REVISTA SOCIEDADE MAIO - 27,5 X 21,5 CM - 4X4
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REVISTA SOCIEDADE MAIO - 27,5 X 21,5 CM - 4X4
!"#$ !" %% &' ' "' ( & MAIO AMARELO MAIO AMARELO - POR UM TRÂNSITO MAIS HUMANO A Imagem divulgação Assembleia-Geral das Nações Unidas editou, em março de 2010, uma resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a ‘Década de Ações para a Segurança no Trânsito’. O documento foi elaborado com base em um estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde) que contabilizou, em 2009, cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países. Aproximadamente 50 milhões de pessoas sobreviveram com sequelas. O Observatório Nacional de Segurança Viária, inspirado nesta década mundial de ações, ajudou a idealizar uma ação que correspondesse a sua missão de ser catalisador da sociedade brasileira nos assuntos relacionados à segurança viária e veicular. Imbuídos deste propósito deu-se início em 2014 ao Movimento Maio Amarelo, que tem como objetivo unir a sociedade civil, o poder público e a iniciativa privada para “juntos fazer mais por um trânsito seguro”. O objetivo do movimento é uma ação multissetorial, envolvendo a participação do Poder Público e da sociedade civil para colocar na pauta das discussões o tema acidentes de trânsito. Mais do que chamar a atenção da sociedade sobre os altos índices de mortes, feridos e sequelados permanentes no trânsito no Brasil e no mundo, a intenção é mobilizar órgãos de governos, empresas, entidades de classe, associações, federações, sociedade civil organizada para, efetivamente discutir o tema, engajar-se Marcos Sigrist Observador Certificado - Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV); Instrutor, Examinador e Educador de Trânsito; Pós-Graduado em Gestão, Engenharia e Operação de Trânsito; Membro (2º secretário) do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança - Secretaria da Segurança Pública). # SOUAMUDANÇA NOTRÂNSITO em ações e propagar o conhecimento, abordando toda a amplitude da questão dos deslocamentos mais seguros. São três mil vidas perdidas por dia nas estradas e ruas ou a nona maior causa de mortes no mundo. Os acidentes de trânsito são o primeiro responsável por mortes na faixa de 15 a 29 anos de idade; o segundo, na faixa de 5 a 14 anos; e o terceiro, na faixa de 30 a 44 anos. Atualmente, esses acidentes já representam um custo de US$ 518 bilhões por ano ou um percentual entre 1% e 3% do PIB (Produto Interno Bruto) de cada país. A responsabilidade pelo trânsito caótico que temos hoje é do ser humano, principalmente daquele que é negligente e imprudente no trânsito. É também daquele ser humano que não fiscaliza os motoristas, daquele que não sinaliza as rodovias corretamente, daquele que quer apenas vender os automóveis sem preocupação com a segurança, daquele que vende bebida alcoólica e permite que seu cliente vá embora do bar dirigindo após beber álcool, daquele que não orienta (pais, professores, agentes de trânsito, instrutores de e CFC, CF entre outros) quando poderia e deveria fazê-lo. A responsabilidade respo é também do ser humano que está no governo go over e não prioriza a segurança e a fluidez no trânsito em m suas su políticas públicas, que não fiscaliza os estados e os municípios m sobre o cumprimento das leis de trânsito dirigidas dirrigid a essas instituições. AO RIO GRANDE: IR OU NÃO IR? Prof. Dr. Samir Felicio Bacha RECURSOS HÍDRICOS Laboratório de Geologia Ambiental. O Dados do Semae de setembro de 2015 dão conta que o volume de água tratada injetado na rede de abastecimento da cidade corresponde aproximadamente a 123.000 m3/dia, que é o volume de água produzido. Contudo, o volume faturado por metros cúbicos corresponde aproximadamente a 83.200 m3/ dia que é o volume consumido. Assim, cerca de 40 mil metros cúbicos/dia deixam de ser faturados. Se não são faturados, são perdidos. Quase 50%. Desta forma, com a redução de perdas, com o saneamento do rio Preto e tributários para garantir a qualidade da água captada por mais tempo e com a avaliação segura das nossas reservas subterrâneas, teremos a condição confortável de só pensar na adução de água do rio Grande lá no futuro (desde que garantido, como se deseja agora, o direito de outorga). Não se discute aqui o valor do projeto. Apenas e tão somente sua oportunidade. RIO GRANDE 18 Revista da Sociedade - Rio Preto | Maio de 2016 Rev Re Revi R Revista evi ev e viissta v stta ta da da S Sociedade oci ocie oc o ccie ci ied ie dade ade ad ad de e-R Rio io P io Preto ret rreto re eto e etto to | Maio Maio aiio a io de de 2016 20 01116 016 6 3 Foto divulgação Semae, segundo informes divulgados na imprensa local, prepara projeto para captação de água para abastecimento de Rio Preto. O assunto está gerando polêmica não só quanto à captação em si, quanto pelo custo do projeto, estimado em mais de 12 milhões de reais, conforme informações da própria autarquia. Eu, particularmente, não sou contra a elaboração de um projeto nesse sentido, pois , segundo consta, a outorga de captação concedida pela ANA está condicionada à apresentação de um projeto técnico completo, sem o que, corre-se o risco de revogação dessa outorga. E é exatamente isso que o Semae tem que evitar a todo custo, pois já existe interesse manifesto de outras cidades, como Ribeirão Preto e Franca, em buscar água naquele manancial. Quem chegar primeiro garante sua cota. Quanto à busca, eu acho, ela poderá ser efetivada no futuro, uma vez garantida a presente outorga. Enquanto isso, temos a chance de avaliar nossos recursos hídricos subterrâneos – Guarani e o Bauru - sanear todo o rio Preto e tributários e reduzir, ao mínimo, nossas perdas de água tratada que ainda são volumosas. Benito Saes Júnior Presidente da Sociedade dos Engenheiros A Revista da Sociedade é uma publicação mensal da Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos de São José do Rio Preto (AEAASJRP). Rua Raul Silva, 1417, Nova Redentora CEP - 15090-260 São José do Rio Preto - SP www.sociedadedosengenheiros.com.br Fone: (17) 3227-7000 / 3305-7001 DIRETORIA Engenheiro agrônomo Benito Saes Júnior Presidente Engenheiro civil César Antônio Vessani Vice-presidente Engenheira de alimentos Vanessa M. R. Ferreira 1ª Secretária Engenheiro agrônomo Haroldo Alcântara Castilho 2º Secretário Engenheiro civil Lucas Tamelini 1º Tesoureiro Engenheiro civil Paulo Henrique da Silva 2º Tesoureiro Engenheiro civil Renato Luis Grolla Diretor Social Engenheiro civil Ricardo Cícero Batista Diretor Cultural Engenheiro civil André Grisi Diretor de Esportes Engenheiro mecânico Ricardo Scandiuzzi Diretor de Sede Engenheiro civil Avilson Ferreira de Almeida Conselheiro Crea-SP Engenheiro civil Ricardo Cícero Batista Suplente Conselheiro Crea-SP Inspetor-chefe de Engenharia Civil no Crea-SP André Grisi EXPEDIENTE 4 RESOLUÇÃO N° 1.073, DE 19 DE ABRIL DE 2016 EDITORIAL As fronteiras do agronegócio O Brasil é um dos maiores participantes no agronegócio mundial. Nem por isso conta com uma comunicação que venda bem o segmento nacional junto aos demais países. Nem aqui, em solo nacional, conseguimos até hoje ter um marketing que garanta, efetivamente, uma agenda positiva para o agribusiness, nicho vital para a nossa economia. Está mais do que na hora de virar essa página na história mal contada desse segmento que emprega milhares de pessoas e gera divisas importantíssimas para o nosso PIB. Na edição deste mês, trazemos uma esclarecedora entrevista com o zootecnista Jorge Espanha, presidente da Associação Brasileira de Marketing Rural & Agronegócio, apontado como um dos 100 nomes mais influentes dos negócios no campo. O influente executivo ressalta os desafios do fomento, valorização e crescimento da comunicação rural. Nesta árdua caminhada figura a promoção de um diálogo mais direto e menos tecnificado, que conta com a simpatia da Sociedade dos Engenheiros. Entendemos que, se cada entidade que integra o meio fizer a sua parte, os resultados serão mais rápidos e eficientes. Ganham os profissionais, a marca Agro-Brasil e a sociedade como um todo. O campo precisa mostrar sua força e o momento é agora. Regulamenta a atribuição de títulos, atividades, competências e campos de atuação profissionais aos profissionais registrados no Sistema Confea/Crea para efeito de fiscalização do exercício profissional no âmbito da Engenharia e da Agronomia. Art. 1º Estabelecer normas para a atribuição de títulos, atividades, competências e campos de atuação profissionais no âmbito das profissões que, por força de legislação federal regulamentadora específica, forem fiscalizadas pelo Sistema Confea/Crea. Art. 3º Para efeito da atribuição de atividades, de competências e de campos de atuação profissionais para os diplomados no âmbito das profissões fiscalizadas pelo Sistema Confea/Crea, consideram-se os níveis de formação profissional, a saber: I - formação de técnico de nível médio; II - especialização para técnico de nível médio; III - superior de graduação tecnológica; IV - superior de graduação plena ou bacharelado; V - pós-graduação lato sensu (especialização); VI - pós-graduação stricto sensu (mestrado ou doutorado); e VII - sequencial de formação específica por campo de saber. § 1º Os cursos regulares de formação profissional nos níveis discriminados nos incisos deste artigo deverão ser registrados e cadastrados nos Creas para efeito de atribuições, títulos, atividades, competências e campos de atuação profissionais. § 2º Os níveis de formação profissional discriminados nos incisos I, III e IV habilitam o diplomado, em cursos reconhecidos pelo sistema oficial de ensino brasileiro, ao registro profissional no Crea na forma estabelecida nos normativos do Confea que regulam o assunto. § 3º Os níveis de formação de que tratam os incisos II, V, VI e VII possibilitam ao profissional já registrado no Crea, diplomado em cursos regulares e com carga horária que atenda os requisitos estabelecidos pelo sistema oficial de ensino brasileiro, a requerer extensão de atribuições iniciais de atividades e campos de atuação profissionais na forma estabelecida nesta resolução. Art. 4º O título profissional será atribuído pelo Crea, mediante análise do currículo escolar e do projeto pedagógico do curso de formação do profissional, nos níveis discriminados nos incisos I, III e IV do art. 3º, obtida por diplomação em curso reconhecido pelo sistema oficial de ensino brasileiro, no âmbito das profissões fiscalizadas pelo Sistema Confea/Crea. Jornalista responsável Daniele Jammal MTB 25.309 Textos, edição e revisão Daniele Jammal Proj. Gráfico/Direção de Arte Luiz Nardini Repórter fotográfico: Wilson Silveira MTB 78.449 Parágrafo único. O título profissional a ser atribuído em conformidade com o caput deste artigo deverá constar da Tabela de Títulos do Confea. Tiragem 10.150 exemplares Departamento Comercial (17) 3022-2749 Íntegra da resolução pode ser conferida no site do Crea-SP (www.creasp.org.br) Revista da Sociedade - Rio Preto | Maio de 2016 Revista da Sociedade - Rio Preto | Maio de 2016 17 ENTREVISTA COM O PRESIDENTE DA ABMRA Jorge Espanha Presidente da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA) A FORÇA DA COMUNICAÇÃO NO CAMPO O zootecnista Jorge Espanha assumiu no início do ano a presidência da Associação Brasileira de Marketing Rural & Agronegócio. Espanha tem longa trajetória em saúde animal. Atualmente, ele é presidente da Merial Saúde Animal (empresa do Grupo Sanofi) para Brasil, Paraguai e Bolívia. Formado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, ele tem especialização em negócios, marketing e gestão. Antes da Merial, Jorge Espanha atuou em empresas de grande porte, como SmithKline Beecham e Zoetis/Pfizer Saúde Animal, na qual foi presidente da unidade brasileira desde 2004. Para buscar valorizar o marketing e a comunicação do agronegócio, Jorge Espanha convocou um time de peso para colaborar na ABMRA. A equipe inclui o vice-presidente Maurício Mendes (Agro Planting), Donário Lopes de Almeida (Canal Rural), Gúbio Almeida (MSD), Guilherme Vianna (Belgo Bekaert Arames) e Jorge Campos (SBA/Canal do Boi), entre outros profissionais respeitados do mercado rural. Nessa entrevista, Jorge Espanha fala dos desafios da valorização do marketing rural e dos planos de sua gestão à frente da ABMRA. contribuir para reforçar ainda mais o papel da entidade no fomento, valorização e crescimento da comunicação rural. Revista da Sociedade - Em termos práticos, o que prioriza em sua gestão? Jorge Espanha - Se fosse resumir em uma ação, eu diria, sem dúvida, que a prioridade da diretoria da ABMRA é criar uma agenda positiva para valorizar a marca agro-Brasil. Nosso país é um dos maiores players de agronegócios do mundo. Somos líderes em exportação de carne bovina e de frangos, soja, laranja, café. Numa outra ponta, o agronegócio representa 22% do PIB brasileiro e gera 1/3 dos empregos. Nos primeiros quatro meses de 2014, as exportações de produtos agropecuários representaram mais de 40% do volume total comercializado com mais de 150 países. O Brasil é efetivamente muito forte em agronegócio. Porém, percebemos que a história dessa pujança econômica não é bem contada. E é nosso papel contribuir para reverter esse quadro. Foto Divulgação Revista da Sociedade - O que o motivou a assumir a presidência da ABMRA? Jorge Espanha - A Associação Brasileira de Marketing Rural & Agronegócio tem uma rica história de quase quatro décadas de valorização da comunicação e do marketing do setor produtivo. O seu papel é contribuir para o fortalecimento da imagem do campo a partir do trabalho incansável das empresas, entidades de classe, agências e veículos de comunicação. Como profissional do agronegócio, à frente de uma empresa líder em saúde animal, a Merial, quero 16 Revista da Sociedade - Rio Preto | Maio de 2016 Revista da Sociedade - Rio Preto | Maio de 2016 5 ENTREVISTA COM O PRESIDENTE DA ABMRA Árabe, que se envolvem proativamente nesse processo. Somos fortes economicamente, mas precisamos ser mais reconhecidos por tudo o que fazemos. Nesse sentido, é papel da ABMRA promover a troca de informações entre as empresas de agronegócio e de comunicação para que a população brasileira receba informações de qualidade, com fontes especialistas em ambos os setores, promovendo um diálogo mais direto e menos tecnificado. Foto Divulgação ABMRA Revista da Sociedade - O que a ABMRA recomenda para as entidades de classe? Jorge Espanha - É inegável que as entidades de classe têm um papel muito importante a desempenhar. E têm feito muito. Porém, em relação à comunicação com a sociedade como um todo, esse trabalho ainda é tímido e pouco explorado. Fica aqui um convite para as diretorias das associações se aproximarem da ABMRA. Vamos juntar forças, pois assim multiplicamos as frentes de valorização do nosso setor. Jorge Espanha, presidente da ABMRA Revista da Sociedade - Como assim? Jorge Espanha - A população brasileira conhece pouco a força do setor rural. O Brasil não tem nem uma plataforma digital que mostre às pessoas do país ou de qualquer parte do mundo os números, conquistas, força do campo. Precisamos caminhar nesse sentido, de maneira a mostrar mais e melhor o que é feito dentro e fora das 5,2 milhões de propriedades rurais espalhadas pelo Brasil. Revista da Sociedade - E a ABMRA quer ser o catalizador dessa mensagem? Jorge Espanha - Um dos catalizadores, pois há instituições públicas e privadas, órgãos como a APEX, entidades de classe como a Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo 6 Revista da Sociedade - Rio Preto | Maio de 2016 A CONSTRUÇÃO CÍVIL TÉRREAS estrutural de classe C20 e C25 e no caso de substituição em 40% do agregado, concreto estrutural de classe C20. Apesar de interferir na trabalhabilidade, tem-se um material promissor para futuros estudos de dosagens de concreto contendo agregado reciclado. Além de alcançar resistência superior visualizando a parte técnica, também representa vantagens econômicas, sociais e ambientais, pois se apresenta como uma alternativa lucrativa do ponto de vista econômico (dependendo da região) e reduz o consumo de recursos naturais finitos provindos da natureza, como os agregados naturais ou artificiais. Orientados Evellyn C. M. Gregorio Luciano A. Boleli Pedro P. Junqueira Rodrigo A. Longhini Orientador: Darcy Antônio Dolce Mestre em Engenharia Cívil, Unesp | Ilha Solteira-SP GUIA PROFISSIONAL Revista da Sociedade - Um dos serviços mais importantes da ABMRA é a produção da pesquisa sobre os hábitos do produtor rural. Pode falar um pouco mais sobre ela? Jorge Espanha - A Pesquisa Comportamental e de Hábitos de Mídia do Produtor Rural é o nosso produto mais importante hoje. Ela mostra um retrato do perfil do produtor e quais ferramentas ele utiliza para se informar e se comunicar. É um documento importante para guiar os passos das empresas e das entidades de classe no sentido de se relacionar com seus públicos de contato. A pesquisa está chegando à 7ª edição, que será lançada até o final de 2016. Revista da Sociedade - Que informações da pesquisa ajudam a definir as estratégias de comunicação de uma entidade? Jorge Espanha - Um ponto positivo para a Revista da Sociedade é que a última pesquisa colocou os veículos impressos especializados como uma eficiente ferramenta de contato com o mercado. Por outro lado, as mídias digitais inegavelmente ganham espaço. A pesquisa de 2014 mostrou que 4 em cada 10 produtores rurais acessam a internet Revista da Sociedade - Rio Preto | Maio de 2016 15 O Foto divulgação modelo de construção civil praticado no Brasil ocasiona vários prejuízos ambientais, pois, além de utilizar matéria-prima não renovável da natureza e consumir elevadas quantidades de energia, é considerada grande fonte geradora de resíduos dentro da sociedade, e responsável por cerca de 40% de todo o resíduo no mundo. Este trabalho apresenta os resultados obtidos de ensaios experimentais realizados no laboratório de Engenharia Civil do Centro Universitário de Rio Preto, em concretos fabricados com percentuais de substituição de agregados graúdos e miúdos reciclados de RCC, em relação aos agregados naturais, com a finalidade de avaliar a resistência à compressão para sua utilização em construções residenciais térreas sem funções estruturais, como regulariza a NBR 15116/04. Para isso, foram coletadas amostras de RCC na Usina de Reciclagem de Resíduos Sólidos de Construção Civil de São José do Rio Preto, órgão pertencente à Prefeitura Municipal. Serão realizados ensaios de caracterização dos agregados reciclados e naturais para esse estudo, através da determinação da curva granulométrica e ensaio de resistência à compressão aos 7, 14, 21 e 28 dias. Abordaremos a viabilidade da substituição de 0%, 20% e 40% de agregados graúdos e miúdos reciclados. 14 Revista da Sociedade - Rio Preto | Maio de 2016 Esse trabalho visou o aprimoramento do concreto, adicionando ARC, nas porcentagens de 20% e 40% em relação aos agregados naturais, para aplicação sem função estrutural em uma residência térrea, pois a NBR 15116 não permite a utilização de agregado reciclado em concreto estrutural. A partir dos resultados obtidos, de um modo geral, podemos afirmar que através do ensaio de abatimento do tronco de cone (slump test) foram obtidos valores em ordem decrescente, conforme o aumento da porcentagem de agregados reciclados. Isso mostra que a absorção do material reciclado é significativamente superior aos agregados naturais, que dependendo da relação (a/c) determinada e a utilização em maior porcentagem de material reciclado, devem ser tomadas medidas como a utilização de aditivos plastificantes para conseguirmos manter a trabalhabilidade do concreto. Os resultados de rompimento dos corpos de prova, por compressão axial, foram satisfatórios. Visto que a (Amostra 02), traço contendo 20% de agregados reciclados e 80% de agregados naturais obteve maior resistência em comparação aos demais traços. Ainda que a (Amostra 03), traço contendo 40% de agregados reciclados e 60% de agregados naturais obteve maior resistência à compressão axial do que a (Amostra 01), concreto referência que não possui porcentagens de substituição por agregados reciclados. Assim, podemos considerar que o material provindo da Usina de Reciclagem de Resíduos Sólidos da Construção Civil de São José do Rio Preto, é de boa qualidade, viabilizando o uso na fabricação de concreto de cimento Portland sem função estrutural, com agregado reciclado que segundo a NBR 15116 seria material destinado a usos como enchimentos, contra pisos, calçadas e fabricação de artefatos não estruturais, como blocos de vedação, meio-fio (guias), sarjeta, canaletas, mourões e placas de muro. Contudo podemos concluir que é viável a utilização de concreto com a porcentagem de 20% e 40% de substituição de agregados reciclados, pois obtivemos uma resistência à compressão maior que o concreto contendo 0% de substituição, e apesar da NBR 15116 regularizar o uso de concreto com agregado reciclado apenas para fins não estruturais, pois suas utilizações em geral implicam em resistência de classes C10 e C15, concluímos que pelo resultado obtido poderia ser feito estudos mais aprofundados, para verificar a sua utilização em concreto estrutural no caso de substituição em 20% do agregado, concreto regularmente. E metade deles participa de redes sociais. É um dado muito expressivo, que deve ser ainda mais fortalecido na nova pesquisa. Revista da Sociedade - Atuar no campo é uma paixão. Como a ABMRA enxerga o futuro do setor rural o Brasil? Jorge Espanha - A julgar pelos dados colhidos na última pesquisa da ABMRA, o campo está se revitalizando de uma maneira inspiradora. Comprovadamente, há uma nova geração de empresários rurais trabalhando com paixão e com profissionalismo. Além disso, são qualificados. De acordo com a pesquisa da ABMRA, 48% dos produtores têm, em média, 48 anos, sendo que 21% dos entrevistados têm ensino superior completo. Foto Divulgação RENOVANDO A MATÉRIA-PRIMA Jorge Espanha Revista da Sociedade - E o papel da mulher no campo? Jorge Espanha - Essa é outro dado muito importante. A participação feminina no campo cresceu de 1% para 10% entre 1991 e 2014 de acordo com a pesquisa da ABMRA, mostrando a força da mulher também no setor rural. E isso está crescendo. Basta ver o índice feminino nas universidades cursando ciências agrárias, zootecnia, medicina veterinária, agronomia. se estatística, além de avaliações genômicas, que trazem maior confiabilidade à seleção dos touros. Foto Divulgação ABMRA CONCRETO COM ADIÇÃO DE RESÍDUOS D VISANDO A UTILIZAÇÃO EM RESIDÊNCIAS Diretoria da ABMRA 2016 a 2017 Revista da Sociedade - Rio Preto | Maio de 2016 7 IMPLEMENTOS E TRATORES PARA P EXEMPLOS PRÁTICOS DE DIMENSION HOMEOPROFILAXIA EVITA Dr. Renan ZIKA E MICROCEFALIA Marino Homeopata O dimensionamento de tratores e implementos agrícolas para preparo do solo é apresentado em forma de 15 questões a serem resolvidas. Os implementos considerados são: grades (três tipos), arado de engate hidráulico, subsolador e escarificador. As seguintes variáveis são dimensionadas por meio das características dos implementos: classificação/finalidade; profundidade de trabalho; largura de trabalho (L); velocidade operacional; Capacidade operacional (CO); potência para operar o implemento, ângulo de ataque da grade, do arado e secção vertical trabalhada pelo subsolador. INTRODUÇÃO Os dados aqui trabalhados refletem a experiência desenvolvida como pesquisador do antigo Planalsucar e como professor de mecanização agrícola na UFSCar – Centro de Ciências Agrárias- campus de Araras, SP. Por essa razão as informações são apresentadas no formato de questões, ou seja, exemplos de aplicação, utilizando-se cálculos rápidos, ao gosto de colegas da área: A tabela1 contém 13 colunas. A coluna 1 contém o nome de seis implementos de preparo do solo. As colunas de 2, 3 e 4 contêm as características desses implementos. O objetivo é preencher as células vazias das colunas de 5 a 13, utilizando-se apenas as características dos implementos (citadas colunas de 2, 3 e 4). O aluno não vai conseguir atingir esse objetivo, mas, sim, apenas após receberem informações dadas em aula por este professor. No presente artigo essas informações estão resumidas na tabela 2. Na prova o aluno responde as questões sem a tabela 2, pois têm que estuda-la para a prova. Assim, voltamos à questão “com apenas as características dos implementos é possível responder as questões das colunas de 5 a 13 da tabela 1?”: Sim, desde que estude e fixe o conhecimento! O preenchimento é discutido por meio de uma série de exercícios. No final, apresenta-se a tabela preenchida (tabela 3) e complementa-se o estudo com mais algumas questões. QUESTÕES PRÁTICAS QUESTÃO 1 (col. 5). Classificar as grades e apresentar as respectivas finalidades: O nº. de discos não tem influência na classificação e sim o diâmentro e o espaçamento entre discos, pois quanto maiores, maiores serão a profundidades e os tamanhos dos torrões. CLASSIFICAÇÃO N E Grade 1: 28 pol 28 cm Classificação Grade média Grade 2: 32 pol 34 cm Grade pesada Grade 3: 20 pol 19 cm Grade leve FUNÇÃO/FINALIDADE Grade 1: Média. Preparo do solo para cereais (culturas anuais de forma geral) e reforma de pastagens. Em cana-deaçúcar complementa o trabalho da grade pesada no preparo de solo e na destruição de soqueira. TABELA 1. COMPLETAR AS CÉLULAS VAZIAS (colunas de 5 a 13 (correspondentes ás questões de 1 a 9). Col 1 Col 2 Col 3 Col 4 E Espaçamento entre órgãos ativos (disco; haste) N no. Órgãos ativos(disco ou haste) D Diâmetro de disco Polegada Grade 1 16discos 28 pol 28 cm Grade 2 8 discos 32 pol 34 cm Grade 3 24discos 20 pol 19 cm Arado de hidr 3 discos 28 pol Subsolador 3 hastes 80 cm Escatificador2 12hastes 20 cm Implemento 8 Revista da Sociedade - Rio Preto | Maio de 2016 30 cm Col 5 Classificação da grade:Ultra leve Leve médiapesada Superpesada Col 6 Prof. das grade e do arado(cm) Col 7 L largura de trabalho(m) Col 8 V velocidade operacional (km/h) Col 9 f eficiência Col 10 CO capacidade opercional ha/h Col 11 Col 12 Pp Potência: operar grade baseado no no. de discos e diâmentro Pp Potência: operar grade baseado no no. de discos diâmentro e espaçamentro entre discos Col 13 EPIDEMIA A zika é uma doença viral aguda transmitida pelo aedes aegypti, que na maioria dos caos tem poucos sintomas, como exantema maculopapular com prurido (coceira) no corpo todo, dores articulares leves, hiperemia das conjuntivas (olhos avermelhados), dor de cabeça e febre. Embora pareça de fato ser mais branda que dengue e chikungunya, a febre zika tem como suas mais preocupantes consequências a ocorrência de microcefalia em gestantes infectadas nos três primeiros meses (bebês que nascem com perímetro cefálico menor que 33cm) e a paralisia de Guillain Barré, possível de ocorrer em até 6 semanas após o início dos sintomas, sendo uma fraqueza progressiva das pernas, que progride para tronco, braços e face, e que acometendo os músculos respiratórios pode levar à morte, requerendo cuidados intensivos e de ventilação assistida. A homeopatia tem experiência secular no tratamento de doenças epidêmicas, que ficou célebre pelo controle de repetidas epidemias de cólera que castigavam a Europa em meados do século XIX, especialmente a de 1854 em Londres, registrada nos anais do parlamento inglês. Existem procedimentos simples para se detectar o medicamento exigido para se controlar ntrolar os casos de doenças populacionais, chamada de ‘Técnica nica de Gênio Epidêmico’. No caso da febre zika é extraído aído da planta Gelsemium Sempervirens e deve ser tomado mado preventivamente na potência 30CH, na dose de 5 gotas, tas, 1x ao mês, durante os meses de elevada incidência dos casos. Nos casos suspeitos ou confirmados de febre zika, as 5 gotas devem ser tomadas 4x ao dia, durante 10 dias, e nos casos de complicações, como Guillain lain Barré, deve ser mantida até a regressão total dos sintomas. s. O vírus zika é um flavivírus que tem intenso neurotropismo, assim se infectar gestantes nos três primeiros de gestação, detém a multiplicação dos neurônios do sistema nervoso central dos bebês, que assim tem o seu desenvolvimento final reduzido em seu volume, e daí resultando em microcefalia. Isto implica em sérias consequências, como retardo mental, comprometimento visual e auditivo do bebê. Além de se evitar áreas de ocorrência epidêmica, cuidados como o uso de repelentes de insetos, como o DEET e a Icaridina, podem ajudar. Mas creio que o principal, além destas medidas, seja recorrer à homeoprofilaxia, tomando o Gelsemium 30CH, na dose de 5 gotas a cada 2 semanas até o 6° mês, passando para 1x ao mês até o final da gestação. ANTE IMPORTA Imagens divulgação RESUMO e Chikungunya, como Dengue, Zika Em todas as febres o acetil salicílico) nem ido PIRINA (áccid não se deve tomar AS E O CONTENHA. UE ODUTO QU PARACETAMOL ou PR Revista vista Revista da Sociedade Sociedade -- Rio Rio Preto Preto || Maio Abril aio de 2016 13 IMPLEMENTOS E TRATORES PARA PREPARO DE SOLO: EXEMPLOS PRÁTICOS DE DIMENSIONAMENTO REPARO DE SOLO: AMENTO Rubismar Stolf Professor titular - UFSCar Car | Centro de Ciências Agrárias Agrá árias | campus de Araras-SP TABELA 2 INFORMAÇÕES PARA DIMENSIONAMENTO TRATOR-IMPLEMENTOS Angulo de Ataque da Grade (STOLF et al., 2013) Sen ( ) = (BM - Bm) / (2L) Largura de Trabalho do Subsolador Largura de Trabalho do Arado Velocidade Operacional (V em km/h): Grade Pesada: 5 a 7 km/h (em média 6 km/h) Grade Média: 7 a 9 km/h (em média 8 km/h) Grade Leve: 9 a 11 km/h (em média 10 km/h) Arado e Subsolador: 4 a 6 km/h Escarificador: 7 a 9 km/h (em média 8 km/h) QUESTÃO 2 (col. 6). Calcular a profundidade de trabalho das grades e do arado em cm. Grade = 1/6 do diâmetro do disco; ARADO = 1/3 do diâmetro do disco; 1 pol = 2,56 cm Grade 1 = 2,56● 28/6= 11,9 cm Grade 2 = 2,56● 32/6= 13,6 cm Grade 3 = 2,56● 20/6= 8,5 cm Arado = 2,56● 28/3= 23,9 cm Rendimento Operacional RO (ha/h) RO = (V.1000 m). L /(10.000 m2) Portanto: RO = V . L. f/10 Potência de Trator para Operar Grade (STOLF, 2007.c) CÁLCULO DA SEÇÃO VERTICAL TRABALHADA Pe=(Pp/29,9)/1,42 ou Pp=1,42●Pe+29,9 Pp = potencia de tratores de pneus (cv) Pe = potência tratoresw de esteiras (cv) E = espaçamento entre discos (cm) Pg – peso da grade (kg) D = diâmetro de disco (pol) N = número de discos LASTRO (peso total do trator) depende da potência (cv) e da operação HERRMANN et al. (1986) Peso total que o o trator deve ter = (total de cv do motor) . K K minímo:- 40 kg/c.v. do motor (baixa exigência em tração: cobrição. K médio: - 50 kg/c.v. do motor (média exigência em tração: gradagem) K máximo:: 60 kg/c.v. do motor(alta exigência em tração: subsolagem) - distribuição de peso total: Trator 4x2: 33% dianteiro, 66% traseiro Trator 4x4 (rodas dianteiras menores que as traseiras): 45% dianteiro, 55% traseiro Trator 4x4 (rodas dianteiras e traseiras iguais): 55% dianteiro, 45% traseiro 12 Revista da Sociedade - Rio Preto | Maio de 2016 O que determina essa diferença é o ângulo de ataque do disco do arado que é aproximadamente o dobro da do disco de grade. Quanto ao subsolador o usuário que escolhe. Como raramente a compactação ocorre abaixo de 35 cm, um valor médio seria 40 cm de profundidade. O escarificador via de regra atinge a metade dessa profundidade 20-25 cm e semelhante à do arado. LARGURA DE TRABALHO DO ARADO, SUBSOLADOR E ESCARIFICADOR Arado= 3●30 = 90 cm = 0,90 m Subsolador= 3●80 = 240 cm = 2,40 m Escarificador =12●20 = 240 cm = 2,40 m Obs.: considerar para arado de engate hidráulico sempre E=30 cm= 0,30 m QUESTÃO 4 (col. 8). Os implementos apresentam velocidades operacionais características, diferentes. Apresente uma faixa de variação e um valor médio para os implementos considerados. Não se tratar de decorar valores. O técnico em mecanização deve ter esse conhecimento. Para grades, quanto menor for o disco e seu espaçamento (D e E), mais superficial será o trabalho e deve-se imprimir maior velocidade. Implementos que mobilizam o solo em maiores profundidades são operados em velocidades menores. Assim torna-se fácil reter as informações: Grade Pesada: 5 a 7 km/h (em média 6 km/h) Grade Média: a 9 km/h (em média 8 km/h) Grade Leve: 9 a 11 km/h (em média 10 km/h) Arado/Subsolador:4 a 6 km/h (em média 5 km/h) Escarificador: 7 a 9 km/h (em média 8 km/h) QUESTÃO 3 (col. 7). Calcular a largura efetiva de trabalho dos implementos. Largura de trabalho da grade Profundidade de Trabalho da Grade e do Arado Grade = 1/6 do diâmetro do disco Arado = 1/3 do diâmetro do disco Obs.: transformar pol em cm Capacidade Operacional Teórica (COt); Efetiva (Coe) COt = V . L/10 Portanto: COe = V . L. f/10 V: vel em km/h. L largura em m. f: coef. de eficiência (0 a1) Grade 1: L=(16/2 - 1)●28 = 196 cm = 1,96 m Grade 2: L=(08/2 - 1)●34 = 102 cm = 1,02 m Grade 3: L=(24/2 -1)●19 = 209 cm = 2,09 m Foto divulgação Largura de Trabalho da Grade Grade 2: Pesada. Preparo de solo mais profundo em culturas como a cana-de-açúcar (primeira gradagem) e terras virgens. Grade 3: Leve. Nivelamento e destorroamento como operação final de acabamento do preparo de solo em cereais (culturas anuais de forma geral). Nivelamento e destorroamento como operação final de acabamento do preparo de solo em cana-de-açúcar. Obs.: a rigor os corpos da grade que sustentam os discos mantém não atuam perpendicular ao movimento, defletem um pequeno ângulo igual ao ângulo de ataque que assume o valore a grosso modo de 20º. Assim, a rigor o resultado acima deve ser multiplicado pelo cos(20º) = 0,96 Revista da Sociedade - Rio Preto | Maio de 2016 9 IMPLEMENTOS E TRATORES PARA P REPARO DE SOLO: EXEMPLOS PRÁTICOS DE DIMENSION AMENTO QUESTÃO 5 (col. 9). Calcule a eficiência da operação. É um termo que desconta as perdas de tempo. Em geral são necessárias: as vidadas de cabeceiras cujas perdas as maiores em áreas de menor comprimento; paradas para abastecimentos de adubos sementes; manutenção e outras perdas. É um valore de depende de muitas variáveis e não uma simples medida de um dia. Envolve o histórico de um longo tempo de atividade. Na ausência dessa informação sugerimos. - f=0,8 (uma atividade): preparo do solo - f= 0,8●0,8= 0,64 ( duas atividades): sulcação e adubação. Perdas nas viradas de cabeceira e no abastecimento de adubo - f= 0,8●0,8●0,8 = 0,51 (colheita mecanizada da canade-açúcar. Perdas na virada de cabeceira, na espera do transbordo que por sua vez espera o caminhão de transporte. Plantio (virada adubo, semente). No caso do preparo de solo estimamos uma perda de 20%, ou seja, uma eficiência de 80%, isto é, f=0,8 para todos os implementos. QUESTÃO 6 (col. 10). Calcular a capacidade operacional efetiva dos implementos (COe em ha/h). COt (capacidade operacional teórica em ha/h) = V(km/h) ● L (m) / 10 COe (capacidade operacional efetiva em ha/h) = V(km/h) ● L (m) ● f / 10 Eficiência f = 0,8 Para responder a questão aplica-se os dados das colunas 7, 8 e 9 na equação da COe: Grade 1, Média: COe = 8 ●●0,8/10 = 1,25 ha/h Grade 2, Pesada: COe = 6 ●●0,8/10 = 0,49 ha/h Grade 3, Leve: COe = 10●●0,8/10 = 1,67 ha/h Arado: COe = 5 ●0,90●0,8/10 = 0,36 ha/h Subsolador: COe = 5 ●●0,8/10 = 0,96 ha/h Escarificador: COe = 8 ●●0,8/10 = 1,54 ha/h Grade 1: 16 discos x 28 pol x 28 cm Grade 2: 08 discos x 32 pol x 34 cm Grade 3: 24 discos x 20 pol x 19 cm Por se tratar de métodos diferentes os resultados da coluna 11, comparados com os da coluna 12, não eram para resultarem iguais, contudo próximos como se verificou. A expectativa é de que a equação com mais variáveis reproduza melhores resultados. Quando muito diferentes podem indicar erros de projeto ao dimensionar D em relação a E. QUESTÃO 9 (coluna 13). Recomendar o ângulo horizontal de ataque das três grades e do arado. Exemplificar o cálculo para grades. Recomendação 17,5 graus: grades leves de nivelamento e destorroamento, sendo aquelas que desenvolvem maior velocidade 20 a 22,5 graus: grades médias (intermediárias) e grades pesadas (grades aradoras). 35 a 55 graus: Arados. Em geral 45º. Considerando a recomendação acima, vamos sugerir valores: Grade 1, Média: 20º.; Grade 2, Pesada: 21º; Grade 3, Leve: 18º e Arado: 45º. Obs.: Respondida todas as questões da tabela 1, vamos trabalhar mais algumas questões que complementam o estudo. QUESTÃO 10 Exemplificar o cálculo do ângulo horizontal de ataque de uma grade. O desenho demonstra como medir o ângulo de ataque da grade através das dimensões de um trapézio inscrito: Base maior (BM= 3,86 m), Base menor (Bm=2,06 m) e Lado (L=2, 69 m). Aplicando a fórmula: Seno = (3,86 - 2,06 ) / (2*2,69) = 0,335. Localizando o ângulo correspondente a 0,335 (tabela), obtém o ângulo de ataque = = 19,6 graus. QUESTÃO 11 Considere que um escarificador de 5 hastes trabalha à profundidade de 20 cm. E considere também que um subsolador de 3 hastes trabalha à profundidade de 40 cm. Calcule a) A seção vertical mobilizada do perfil do solo (área) por uma haste de cada implemento S(uma haste escarificador)=h2 = 202 = 400 cm2 S(uma haste subsolador)=h2 = 402 = 1600 cm2 b) A seção vertical mobilizada do perfil do solo (área), total, de cada implemento S(5 hastes escarificador)=5h2 = 5*202 =5* 400 = 2000 cm² S(3 hastes subsolador)=3h2 = 3*402 = 3*1600 -= 4800 cm² QUESTÃO 12 Se o subsolador da questão anterior está sendo operado por um trator de pneus de 180c.v., estime aproximadamente a potência para operar o escarificador (use regra de três) 180 cv > 4800 cm² X cv > 2000 cm² X= 75 cv QUESTÃO 13 Uma determinada grade, em uma empresa agrícola, é normalmente operada por um trator de pneus com 250 c.v.. Em uma condição especial de terreno (declivoso, úmido com muitos restos culturais ...) o trator começa a patinar QUESTÃO 7 (col. 11). Calcular a potência de trator para operar as três grades em função do diâmetro (D) e número de discos (N). Grade 1: 16 discos x 28 pol Col 2 Col 3 Col 4 10 Revista da Sociedade - Rio Preto | Maio de 2016 Pe=(Pp/29,9)/1,42 Pe = (250 - 29,9)/1,42 = 155 cv QUESTÃO 14 Uma grade é operada por um trator de esteiras de 80 c.v.. Qual seria a equivalência em termos de potência de trator de pneus? Pp=1,42●Pe+29,9 Pp=1,42*80 + 29,9 = =144 cv QUESTÃO 15 Qual deve ser a distribuição de peso em kg dos tratores abaixo: a)Trator 4x4, rodas iguais, 200 cv, média força de tração (50 kgt/cv) Peso total com lastro para média força de tração = 200 x 50 = 10.000 kg = 10 toneladas Eixo dianteiro= 10.000 x 0,55 = 5500 kg Eixo traseiro = 10.000 x 0,45 = 4500 kg b) Trator 4x4 rodas dianteiras menores, 100 cv, alta força de tração (60 kg/cv) Peso total com lastro para alta força de tração = =100x60= 6.000 kg = 6 toneladas Eixo dianteiro= 6.000 x 0,45 = 2.700 kg Eixo traseiro = 6.000 x 0,55 = 3.300 kg c) Igual anterior, para trator 4x2 Peso total com lastro para alta força de tração = =100x60= 6.000 kg = 6 toneladas d) Eixo dianteiro= 6.000 x 0,333 = 2000 kg e) Eixo traseiro = 6.000 x 0,666 = 4000 kg E Espaçamento entre órgãos ativos (disco; haste) Col 5 Classificação da grade:Ultra leve Leve médiapesada Superpesada Col 6 L largura de trabalho(m) Col 8 V velocidade operacional (km/h) Col 9 Col 10 CO capacidade opercional ha/h Col 11 Col 12 Pp Potência: operar grade baseado no no. de discos e diâmentro Pp Potência: operar grade baseado no no. de discos diâmentro e espaçamentro entre discos Col 13 D Diâmetro de disco Polegada Grade 1 16discos 28 pol 28 cm 11,9 20º Grade 2 8 discos 32 pol 34 cm 13,6 21º Grade 3 24discos 20 pol 19 cm 8,5 18º Arado de hidr 3 discos 28 pol 30 cm 23,9 45º Subsolador 3 hastes 80 cm Escatificador2 12hastes 20 cm Implemento Prof. das grade e do arado(cm) Col 7 N no. Órgãos ativos(disco ou haste) Grade 3: 24 discos x 20 pol QUESTÃO 8 (col. 12). Calcular a potência de trator para operar as três grades em função do espaçamento entre discos (E) diâmetro (D) e número de discos (N). excessivamente e decide-se acoplar a grade a um trator de esteira. Estime a potência do trator de esteira a ser selecionado. TABELA 3. CÉLULAS PREENCHIDAS. Respostas às questões de 1 a 9, referentes às colunas de 5 a 13. Col 1 Grade 2: 08 discos x 32 pol Rubismar Stolf f eficiência Revista da Sociedade - Rio Preto | Maio de 2016 11