Clique para acessar o Caderno de Resumos do XIV EDC

Transcrição

Clique para acessar o Caderno de Resumos do XIV EDC
XIV ENCONTRO DIDÁTICO
CIENTÍFICO DO CURSO DE
MEDICINA
Caderno de Resumos
16, 17 e 18 de Julho de 2014
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
CAMPUS MORRO DO CRUZEIRO
1
CADERNO DE RESUMOS
XIV ENCONTRO DIDÁTICO CIENTÍFICO DO CURSO DE MEDICINA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
Ouro Preto, MG
2
XIV ENCONTRO DIDÁTICO CIENTÍFICO DO CURSO DE MEDICINA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
Marcone Jamilson Freitas Souza
Reitor
Célia Maria Fernandes Nunes
Vice-Reitora
ESCOLA DE MEDICINA
Márcio Antônio Moreira Galvão
Diretor
George Luiz Lins Machado Coelho
Vice-Diretor
COLEGIADO DE MEDICINA
Fausto Aloísio Pedrosa Pimenta
Presidente
XIV ENCONTRO DIDÁTICO CIENTÍFICO DO CURSO DE MEDICINA
Leonardo Santos Bordoni
Presidente Docente
Ana Cláudia dos Santos
Presidente Discente
ESCOLA DE MEDICINA DA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
OURO PRETO – MINAS GERAIS
3
PREFÁCIO
Desde sua primeira edição em 2007, o Encontro Didático Científico tem
acompanhado o Curso de Medicina e nesta edição, em especial, alcançou um momento de
consolidação com a integração de mais disciplinas e períodos do Curso e com o I Simpósio
das Ligas Acadêmicas de Medicina.
Para nós da Comissão Organizadora, o EDC é mais do que o fechamento de um
círculo de atividades acadêmicas. É um momento de congraçamento no qual todos os
participantes do processo têm a oportunidade de interagir e compartilhar conhecimento,
percepções e expectativas.
Representa, além de tudo, uma peculiaridade deste Curso que é o da aprendizagem
colaborativa e participativa. Foi resultado da incorporação de proposta dos estudantes da
primeira turma que, entusiasmados com os resultados de trabalhos das disciplinas sentiram
a necessidade de expor para a sociedade e debater coletivamente com os envolvidos. De
forma que, ao longo dos anos, com a flexibilidade e abertura de sua metodologia de
organização, o EDC foi incorporando as boas idéias de estudantes e de professores e se
aprimorando para constituir-se em um dos mecanismos de afirmação da identidade da
Escola de Medicina da UFOP.
Agora o EDC compartilha seu espaço com as iniciativas dos estudantes e
potencializa ainda mais o diálogo e a troca de experiências com a incorporação do I
Simpósio das Ligas Acadêmicas do Curso de Medicina junto a essa edição e a Semana de
Medicina a partir da próxima.
Em nome da Comissão Organizadora tenho a declarar que é para nós uma honra e
um prazer fazer parte dessa história e colaborar para sua consolidação.
Profa. Dra. Adriana Maria de Figueiredo
Coordenadora da Comissão Organizadora
4
CADERNO DE RESUMOS
REALIZAÇÃO:
ESCOLA DE MEDICINA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO
COMISSÃO ORGANIZADORA
Professora Dra. Adriana Maria de Figueiredo (UFOP)
Prof. Dr. Gustavo Meirelles Ribeiro (UFOP)
Professor Dr. João Milton Martins Oliveira Penido (UFOP)
Professor Dr. Leonardo Santos Bordoni (UFOP)
Professor Dr. Leonardo Cançado Monteiro Savassi (UFOP)
Professora Dra. Olívia Maria de Paula Alves Bezerra (UFOP)
Acadêmica de Medicina Allana Silva Mamédio (UFOP)
Acadêmica de Medicina Isabela Gonzaga Silva (UFOP)
Acadêmica de Medicina Mariana Fontes Pereira (UFOP)
Acadêmico de Medicina Vinicius de Jesus Rodrigues Neves (UFOP)
CADERNO DE RESUMOS ORGANIZADO POR
Professora Dra. Adriana Maria de Figueiredo (UFOP)
Acadêmica de Medicina Allana Silva Mamédio (UFOP)
Acadêmica de Medicina Mariana Fontes Pereira (UFOP)
SUMÁRIO
5
Apresentações orais de trabalhos - 09
Disciplina Saúde e Sociedade – 09
• Principais consequências da estigmatização da AIDS no tratamento de
soropositivos – 07
• A Humanização no processo de formação do estudante de medicina com base na
análise do filme: “um médico irreverente” – 09
• A obesidade e as cirurgias bariátricas – 11
• A profissão de “ser médico” na realidade brasileira – 13
Disciplina Práticas em Serviços de Saúde II – 17
• Pênfigo: uma abordagem social – 17
• Educação em saúde complementar ao grupo de atividades físicas voltadas ao
controle da hipertensão arterial sistêmica da unidade de estratégia de saúde da
família de passagem de Mariana, Mariana – MG –19
• Promoção da saúde e da qualidade de vida do idoso – Abordagem na unidade
básica de saúde Vila Gonçalo em Itabirito-MG –21
• Sala de espera: humanização em uma unidade básica de saúde do município de
Mariana – MG –23
• Projeto Insulina e Vida: Educação em saúde focada no manejo e descarte de
insulina pelos diabéticos no território do ESF Vida (Cachoeira do Campo, Ouro
Preto ⁄ MG) – 25
• Hipertensão – Em busca do bem viver – 27
• Socialização e qualidade de vida: atividades físicas na recuperação de pacientes
com sequelas de AVE atendidos pela equipe nova aliança – Cachoeira do
Campo, Ouro Preto (MG) –29
• Projeto de educação em saúde: Prevenção de doenças respiratórias em Santa Rita
de Ouro Preto –31
Disciplina Epidemiologia nos Serviços de Saúde – 33
• Formulário de cirurgia ambulatorial – 33
• Epi Info como ferramenta na elaboração de um banco de dados para auxiliar o
atendimento na prática endocrinológica –35
• Utilização do programa Epi info para a construção de banco de dados e análise
estatística a partir de consultas ginecológicas –37
• Elaboração de prontuário eletrônico de psiquiatria utilizando-se do Epi info –39
• Projeto Crescer: Implantação de prontuário eletrônico no ambulatório de
pediatria da UFOP – 41
• O Epi info no auxílio das consultas cardiólogicas e nefrológicas – 43
• Aplicação do Epi info para melhoria do acesso aos dados na medicina de família
e comunidade – 45
6
• Análise descritiva dos atendimentos realizados na disciplina semiologia II pela
turma 44 no centro de saúde da Universidade, no primeiro semestre de 2014,
Ouro Preto, Minas Gerais. – 46
• Aplicação do software Epi info nas especialidades de geriatria e pneumologia –
48
Disciplinas Medicina Geral de Adulto I e II – 50
• Caso clínico atendido na UBS Cabanas, Mariana – MG: Exacerbação da DPOC50
• Tosse variante de asma - 52
• Síndrome de Tietze: Um diagnóstico diferencial - 54
• Estudo de caso de psoríase atendido na Unidade Básica de Saúde do bairro Santo
Antônio, Mariana, Minas Gerais. -56
• Lesões na mucosa oral com histórico de CCE: Um relato de caso - 58
• Abordagem do risco cardiovascular em paciente de alto risco - 60
• Estratégias para aumentar a adesão ao tratamento em pacientes clínicos - 62
• Abordagem ao paciente hipertenso, efeito do jaleco branco e urgência
hipertensiva.- 64
• Diabetes Mellitus tipo 2 e hipertensão arterial não controladas em idosa - 66
• Abordagem do risco cardiovascular em paciente de alto risco - 68
• Infecção do trato urinário de repetição - 70
• Estudo de caso de epistaxe em paciente atendido na UBS Santo Antônio,
Mariana, Minas Gerais - 72
Disciplinas Medicina Geral da Criança I e II – 74
• Relato de experiência: Abordagem do aleitamento materno na primeira consulta
do recém-nascido - 74
• Craniossinostose: Relato de caso atendido na UBS Cabanas, Mariana, MG - 76
• Estudo de caso de laringomalácia atendido na Unidade Básica de Saúde do
bairro Santo Antônio, Mariana, Minas Gerais- 78
• Relato de caso de infeccção do trato urinário em lactente na Unidade Básica De
Saúde Santo Antônio, Mariana/MG - 80
• Bronquiolite viral aguda - 82
• Infeccões respiratórias na infância: Relato de caso de broncopneumonia
associada à sinusopatia - 84
• Obesidade infantil: Relato de caso - 86
• Alopecia e epistaxe em paciente pediátrico - 88
• Síndrome De Prader Willi: Um diagnóstico diferencial da obesidade infantil - 90
• Otite média aguda - 92
• Impetigo: caso clínico atendido na ubs cabanas, mariana – MG - 94
• Caso clínico – Abordagem da suspeita de abuso sexual em crianças - 96
• Relato de caso: Hipertensão arterial na infância - 98
• Complicacoes clínicas em crianca após vacinacao contra o virus H1N1- 100
• Abordagem na obesidade infantil: Relato de caso -102
• Hordéolo: Relato de experiência - 104
7
• Relato de caso clínico – Otite média aguda resistente a amoxicilina - 105
• Otite média aguda (oma) na infância - 107
• Estudo de caso: Coqueluche - 109
Disciplina Clínica Cirúrgica – 110
• Abordagem inicial ao paciente politraumatizado - 110
• Atualização sobre o tratamento cirúrgico na doença do refluxo gastroesofágico 112
• Diagnóstico e tratamento das lesões cutâneas pigmentadas: Dermatoscopia como
método auxiliar na diagnose diferencial - 114
Encefalopatia hepática: Atualização terapêutica - 116
Fístulas digestivas: Atualização terapêutica - 118
Megacólon tóxico – Revisão literária - 120
Megaesôfago Chagásico – Uma revisão bibliográfica da abordagem cirúrgica na
atualidade -121
• Tratamento da pancreatite crônica -123
•
•
•
•
Apresentações de Pôsteres - 125
Disciplina Modelos Educativos do Processo de Saúde e Temas Livres
• Sintomas depressivos associam-se com a deficiência de tiamina em gestantes de
uma comunidade rural. - 125
• O iceberg celíaco - 126
• O problema da fome: A geografia de Josué de Castro na atualidade - 128
• Origem do vírus HIV e evolução do perfil epidemiológico da AIDS no Brasil 129
• Sintomas ansiosos e depressivos não se associam com os níveis séricos de bdnf e
tnfα durante a gestação - 131
• Epidemiologia dos óbitos por carência nutricional em minas gerais, uma
abordagem sociodemográfica - 133
• Transição epidemiológica no Brasil - 135
• Diabetes mellitus tipo 2 e hipertensão arterial não controladas em idosa -137
• Hipotireoidismo subclínico: Relato de caso - 139
• Linfadenopatia supraclavicular - 141
• Caso Lara: Da teoria à prática. Aprendendo a superar fatores confundidores na
medicina - 143
• Diretrizes curriculares nacionais: As dificuldades de um processo bases
histológicas e anatômicas da distrofia muscular de Duchenne – 145
APRESENTAÇÕES ORAIS – DISCIPLINA SAÚDE E SOCIEDADE
8
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS DA ESTIGMATIZAÇÃO DA AIDS NO
TRATAMENTO DE SOROPOSITIVOS
Jordana Mol Teixeira
Kamylla Versiani
Maria Bernardes Luz
Vinicius Nascimento Ferreira
Vitor S. Batista
O termo estigma foi criado pelos gregos como forma de identificar um indivíduo, seja
devido a uma característica que o valorize ou o deprecie. Atualmente, o conceito de
estigma está vinculado a uma relação de desvalorização de um indivíduo, sendo um
marcador negativo de diferenças individuais. O estigma é diretamente influenciado por
conceitos culturais, educacionais e religiosos e até mesmo por um estado de saúde. Um
exemplo é a estigmatização de indivíduos acometidos por enfermidades como a aids
(Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), na qual o julgamento deteriorativo de
pessoas vivendo com HIV/aids, em qualquer ambiente social, pode influenciar
negativamente o tratamento. Tal postura dificulta o acolhimento desses pacientes, seja
pela ausência de apoio familiar ou na delimitação da implantação de programas de
saúde relacionados à aids. A estigmatização de indivíduos com a infecção pelo
HIV(Vírus da Imunodeficiência Humana) os leva à opressão social, o que demanda
maior conhecimento sobre as consequências no tratamento, ou seja, pode contribuir para
a não adesão à terapia antirretroviral.Com o objetivo de identificar as principais
consequências da estigmatização da aids no tratamentoa antirretroviral, realizou-se uma
revisão integrativa através da análise de artigos científicos, coleções e diretrizes
disponíveis em português, relacionados com a estigmatização de pacientes em
acompanhamento pela aids, publicados entre 2001 e 2013, obtidos nos bancos de dados
Scielo e Portal de revista on line da UFPE. Os artigos analisados indicam que umas das
maiores consequências da estigmatização da aids é o isolamento voluntário dos
pacientes, como forma de evitar a discriminação, o que pode resultar em transtornos
psicológicos e afetar diretamente o tratamento. As alterações corporais, decorrentes do
agravo da síndrome, trazem um novo estigma, pois podem favorecer a descoberta da
condição da doença pelas pessoas do ambiente social, e impactar na auto- imagem e na
sexualidade, podendo influenciar a qualidade da adesão e levar ao abandono do
tratamento. Já nos ambientes de convívio social, como no trabalho, os indivíduos com a
infecção sofrem discriminação pela sua condição de várias formas, entre elas, as faltas e
atrasos ao trabalho, devido aos cuidados com a saúde, o que gera um sentimento de
desconfiança, marcando assim o início de um processo de visibilidade da condição da
infecção. Há vários relatos da estigmatização e discriminação de soropositivos também
pelo sistema de saúde, os principais fatores responsáveis por tais ações são o medo e a
falta de conhecimento sobre as formas de transmissão do HIV. Com o desenvolvimento
dos fármacos antirretrovirais e consequênte aumento da expectativa de vida dos
pacientes, a terceira epidemia da aids (estigma, discriminação e negação) se tornou mais
evidente e requer, atualmente, maior intervenção.O processo de estigmatização
apresenta consequências diretas no trato que o paciente tem com a doença e de como a o
sistema de saúde lida com o tema. Assim, o desafio mais imediato é estimular
intervenções efetivas para diminuir os efeitos do estigma, da discriminação e da
9
violação de direitos humanos a que são submetidos os indivíduos que vivem com a
síndrome. Palavras Chaves: aids, Estigma, HIV, terapia antirretroviral.
Referências:
GARRIDO, B. P; et al. Aids, estigma e desemprego: implicações para os servições de
saúde. Revista Saúde Pública, São Paulo, v.41 , n. supl. 2, p. 72-79, 2007.
MARCHI, M. C; et al. Adultos em terapia antirretroviral para o hiv/aids: implicações no
Cotidiano. Revista de Enfermagem UFPE on line., Recife, v.7, n.6, p. 4528-34, 2013.
10
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
A HUMANIZAÇÃO NO PROCESSO DE FORMAÇÃO DO ESTUDANTE DE
MEDICINA COM BASE NA ANÁLISE DO FILME: “UM MÉDICO
IRREVERENTE”
Adriana Maria de Figueiredo (Orientadora)
Géssica Mendes de Almeida
Letícia Utsch Araújo
Nicole Críscia Naves da Silva
Tatiana Dalat Coelho Furtado
Vívian de Castro Almeida
Introdução: A humanização configura-se como a valorização de todos os sujeitos
implicados no processo de produção da saúde, o que incluí o paciente e todos os
profissionais da área. Nesse contexto, pode-se afirmar que a prática humanizada busca
integrar os profissionais de saúde em um atendimento eficaz do paciente, garantindo-lhe
longevidade, qualidade de vida e autonomia em seu próprio tratamento. Esses fatores
humanizados são atingidos por meio de uma relação de empatia entre os profissionais e
o paciente, de modo que haja uma democratização das relações interpessoais, com mais
diálogo e compreensão. Soma-se a isso a necessidade de ver o paciente em sua
integralidade, aliando ao tratamento o contexto psicológico e social no qual o enfermo
se insere. A partir desse conceito, pode-se perceber que há um distanciamento do
médico de práticas humanizadas e sociais, o que está vinculado, entre outros fatores, ao
processo de formação do estudante de medicina. O filme “Um médico irreverente”
inspira a reflexão a respeito do modo como os valores humanos são essenciais para o
exercício do ser médico.Objetivo: Fazer uma análise do filme “Um médico
irreverente”, a fim de refletir a respeito do conceito de humanização aliado ao processo
de formação do estudante de Medicina e as futuras implicações na relação médicopaciente. Discussão: O filme “Um médico irreverente”, da direção de Thom Eberhardt,
relata o contexto de estudantes de medicina norte americanos na década de oitenta. Na
história, destaca-se o personagem Joe Slovac, um estudante extraordinário, se
comparado aos padrões tradicionais da universidade. Slovac chama a atenção de sua
professora pela sua inteligência e potencial e, entretanto, pelo seu descaso em levar o
curso a sério. Nesse contexto, em meio a relacionamento e aventuras comuns da
universidade, a professora tenta ensinar a Joe o verdadeiro valor da medicina por meio
da visão mais humanista de pacientes. O filme serviu de base para a reflexão acerca da
importância da humanização do estudante de medicina. A partir dessa ideia, pode-se
questionar o ensino médico brasileiro atual em relação às falhas na integração entre os
sujeitos na área da saúde e as conseqüências na relação médico-paciente. Essas lacunas
podem ser explicadas, dentre vários fatores, por alguns eventos históricos que
influenciaram no modo como a medicina é ensinada nas escolas brasileiras. Um
exemplo de evento é a interpretação do Relatório Flexneriano, aplicado no século XX, e
as suas atuais implicações no cenário brasileiro.Conclusão: Considerando o exposto,
pode-se afirmar que a humanização influencia as relações entre os profissionais da
11
saúde e destes com os pacientes. Sendo, portanto, imprescindível, para uma relação
harmônica e democrática no ambiente de trabalho, a compreensão e a prática do que é
ser humanizado pelos sujeitos envolvidos na saúde. Por isso, faz-se fundamental uma
prática mais humana desde a formação de estudantes de medicina. No filme, tem-se o
exemplo de experiência de um estudante de medicina, que por meio do aprendizado de
enxergar o paciente além da doença para tratá-lo em sua integralidade, desenvolveu
habilidades que o levaram a atuar de forma mais humana.
Palavras Chaves: Humanização, “O médico irreverente”, relação médico-paciente.
Referências:
BINZ, Mara Cristina; MENEZES FILHO, Eliezer Walter de; SAUPE, Rosita. Valores
Humanísticos em espaço docente assistencial. Novas Tendências, velhas atitudes: as
distâncias entre valores humanísticos e inter-relações observadas em um espaço docente
e assistencial. Revista Brasileira de Educação Médica. Rio de Janeiro, vol. 34, p.28-42,
jan/mar 2010.
GROSS Anatomy. Produção de Thom E. Eberhardt e roteiro escrito por Howard
Rosenman e Mark Spragg. Estados Unidos: Touchstone Pictures, 1989. 1 Videocassete
(109 min.): VHS. NTSC, son., color. Legendado. Inglês.
12
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
A OBESIDADE E AS CIRURGIAS BARIÁTRICAS
Iure Kalinine Ferraz de Souza (Orientador)
Adriana Maria de Figueiredo (Orientadora)
Amanda Gonçalves Cerqueira
Florence Costa Faria de Araújo
Isabella Azevedo Queiroz
Matheus Pereira Gervásio
Natália D’arc Queiroz Pimenta
Introdução: A obesidade é uma doença crônica que pode acarretar em riscos para
saúde do indivíduo, uma vez que é uma condição multifatorial relacionada ao
comportamento alimentar, psíquico e físico. Além disso, é uma doença que afeta
diretamente os processos de socialização e interação social, já que tem consequências
que impactam a construção da identidade pessoal. Quando o paciente não responde
satisfatoriamente a intervenções farmacológicas, e tem o IMC superior a 40 kg/m²,
intervenções cirúrgicas são recomendadas- cirurgias bariátricas. Objetivo: Abordar a
obesidade em seus aspectos sociais, definindo-a como um problema de saúde pública e
de interação social. Ademais, apresentar os tipos de cirurgias bariátricas, bem como
suas implicações no pré e no pós-operatório. Discussão: Hoje, devido ao crescente
estigma e suas implicações, a obesidade deixou de ser entendida somente como uma
doença biológica, tornando-se um problema social. Nesse contexto, a obesidade é
influenciada e sofre consequências dos processos de socialização e de interação social
pois seus portadores são, na maioria das vezes, submetidos a um processo de exclusão,
tanto nas relações interpessoais, quanto na qualidade ao acesso em locais públicos. Sob
a ótica biológica, a obesidade pode causar ou agravar algumas doenças, dentre elas
diabetes tipo II e hipertensão. O tratamento de pessoas obesas representa, no
investimento público de vários países, o cerca de 2 a 8% do orçamento destinado à
saúde. Dentre essa porcentagem incluem-se os recursos destinados as cirurgias
bariátricas que podem ser restritivas, absorvitivas ou mistas. A realização da cirurgia
bariátrica é, para o paciente, um mecanismo que altera o modo que ele é compreendido
pela sociedade e por si mesmo. Para isso, previamente ao procedimento, o paciente deve
ser amparado por uma série de profissionais, sobretudo aqueles que lidam com a
questão psicológica. Ao passo que a cirurgia bariátrica viabiliza a inserção do indivíduo
em parâmetros estéticos vigentes, é importante ressaltar as possíveis complicações que
decorrem desse processo que também devem ser consideradas antes da aplicação do
tratamento. Conclusão: A ocorrência frequente da obesidade na sociedade, devido
principalmente ao estilo de vida moderno, nos ajuda a entender a influência dos
imperativos sociais, dissipados pela mídia, acerca do corpo. Além dos prejuízos sociais
que essa doença acarreta como a estigmatização do obeso, há também danos
fisiológicos ao indivíduo. Por isso, é preciso uma abordagem cuidadosa da doença em
seus dois aspectos. Assim, o procedimento cirúrgico pode-se tornar uma opção para a
melhora da qualidade de vida do paciente tanto no aspecto biológico por melhorar
quadros clínicos quanto no aspecto social, por deixar o indivíduo mais confortável com
seu corpo. Mas para isso o sucesso da operação é dependente de um rigoroso
acompanhamento multidisciplinar pré e pós-operatório.
Palavras Chave: obesidade; cirurgia bariátrica; doença crônica.
13
Referências:
MARCUZZO, M.; PICH, S.; DITTRICH, M.G. Construction of body image among
obese subjects and its relationship with the contemporary imperatives for body
beautification.
Interface - Comunic., Saude, Educ., v.16, n.43, p.943-54, out./dez. 2012.
FANDINO, Julia et al . Cirurgia bariátrica: aspectos clínico-cirúrgicos e psiquiátricos.
Rev. psiquiatr. Rio Gd. Sul, Porto Alegre , v. 26, n. 1, Apr. 2004 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script
=sci_arttext&pid=S010181082004000100007&lng=en&nrm=iso>. access on 10 July 2014.
14
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
A PROFISSÃO DE “SER MÉDICO” NA REALIDADE BRASILEIRA
Adriana Maria de Figueiredo (Orientadora)
Alba Larissa dos Santos Esperidião
Eduardo Nogueira Botinha
Felipe Toledo Teixeira
Gabriela Moreira do Nascimento
Matheus Alves de Lima
Renan Ibrahim Neiva
Introdução: Análise das implicações.da profissão médica e do “ser médico”, com foco
em narrativas biográficas contrastadas com as transformações observadas na sociedade
brasileira relacionadas com as expectativas pessoais e sociais da medicina. Objetivo:
Caracterizar um perfil profissional da Medicina e levantar as vicissitudes do “ser
médico” no Brasil. Métodos: Questionários respondidos oralmente ou por escrito por
médicos da Região dos Inconfidentes, selecionados por distinção de idade e períodos de
formação. As questões abordaram aspectos como expectativas no início do curso quanto
à vida profissional e social, os desafios que enfrentou e os que prevê que possam vir;
áreas de atuação mais valorizadas; percepção sobre setores público e privado para essa
atuação; sentimento em relação à preparação que recebeu na formação e a atuação
profissional; ponto de vista sobre os anseios presentes entre os estudantes de medicina.
Resultados: Comparou-se perfis profissionais e ideologias que estes apresentam,
relativos à área de atuação e da relação dela com a sociedade. Estabeleceu-se o perfil de
graduados em medicina no Brasil relacionado à época de formação, uma vez que esses
entrevistados podem ser utilizados como representações metonímicas desses
trabalhadores de diferentes períodos. O grupo contemplou alguns dos principais
aspectos relativos ao pensamento dos entrevistados na época em que eles se formaram e
posteriormente. Por exemplo, um dos entrevistados, formado em 1980, afirmou que a
faculdade onde estudou não preparou seus acadêmicos de Medicina daquele período, tão
bem quanto poderia, para o mercado de trabalho. Além disso, ele demonstra grande
interesse e satisfação pela atuação na área de ensino relacionado aos aspectos sociais da
medicina, no setor público. Outro, em oposição, demonstrou preferência quanto ao
atendimento em consultório particular, porém ressalva a importância do atendimento
pelo Sistema Único de Saúde. Conclusões: Os médicos apresentam interesses distintos
quanto à preferência pelo setor de atendimento, público ou privado. Contudo, destaca-se
a importância do lado humano do trabalho, fundamental para o crescimento do médico
como um profissional de qualidade. Evidencia-se, dessa forma, que, mesmo com o
passar do tempo e a inserção do pensamento capitalista na sociedade, que visa a
primordialmente acumular capital, o lado social do médico ainda se mostra essencial
para o desenvolvimento do profissional.
Palavras chaves: Educação Médica ; Mercado de Trabalho; Médicos
15
Referência:
SCHRAIBER Lilia Blima . O médico e seu trabalho; limites da liberdade. São Paulo:
Editora HUCITEC, 1993.
16
APRESENTAÇÕES ORAIS – DISCIPLINA PRÁTICAS EM SERVIÇOS DE
SAÚDE II
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
PÊNFIGO: UMA ABORDAGEM SOCIAL
Olívia Maria de Paula Alves Bezerra (Orientadora)
Iuri Ferrari Del Favero
Polyana Almeida Barbosa
Luiz Lima
Ray Almeida Pinho Tavares
Pedro Henrique Mageste Heredia da Cruz
A comunidade de Antônio Pereira (distrito de Ouro Preto-MG) conta com uma
população de 4.441 habitantes, sendo que possui uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e
uma Equipe de Saúde da Família. Segundo informações colhidas na UBS, dentre as
doenças prevalentes no território (hipertensão; diabetes; doenças respiratórias das vias
superiores; verminoses; alcoolismo; pênfigo foliáceo endêmico), destaca-se uma na qual
o grupo supracitado resolveu intervir com dinâmicas sociais e informativas devido ao
alarmante índice de acometimento de pênfigo (16 casos na comunidade resultando
numa incidência média de 1 portador para cada 278 indivíduos). Essa incidência, muito
acima dos índices estatais brasileiros, do pênfigo foliáceo endêmico, no distrito ouropretano, indica que faz-se necessário uma intervenção no sentido de informar à
população local sobre a doença. O pênfigo é uma doença autoimune e de caráter
vesicobolhoso que pode acometer membranas, mucosas e pele. Todas as formas de
pênfigo caracterizam-se pela perda de adesão celular, levando à acantólise. Essa perda
de adesão resulta em formação de bolha intraepidérmica. O pênfigo foliáceo endêmico é
um dos tipos de pênfigo, também conhecido como fogo selvagem. Como toda patologia
autoimune, este apresenta predisposição genética, mas só se desencadeia mediante
influências ambientais. Estudos sugerem que a saliva do mosquito borrachudo, S.
nigrimanum, possa ser um fator influente. Outra possibilidade levantada é a de que o
contato com compostos cristalinos tais como urato monossódico, beta-amilóide, sílica e
alúmen também sejam indutivos. A falta de conhecimento da população acerca da
doença leva a uma possível estigmatização dos indivíduos afetados, que, devido às
dermatites ocorrentes, apresentam características físicas distintas do restante da
população e uma possível discriminação desencadeada pela atribuição de estereótipos
negativos. Diante disso, o grupo percebeu quão significante será para a comunidade de
Antônio Pereira uma intervenção no sentido de levar informações com vista ao
conhecimento e à desmitificação acerca da doença. Por meio de encontros com os
pacientes portadores da doença, juntamente com os internos João Antonio Tempesta
Baratti e Natália Reis de Carvalho, conhecemos suas situações de saúde (física e
emocional). A partir dessas visitas decidimos elaborar uma reunião expositiva buscando
informatizar os pacientes, seus familiares e os profissionais de saúde acerca da
enfermidade, além de elucidar suas possíveis dúvidas. Além disso, tentando reduzir o
possível estigma criado pelo fogo selvagem, elaboramos panfletos e cartazes
informativos que apresentam informações simples sobre a doença e sua não
17
transmissão. Esses cartazes foram afixados na Escola Estadual Antônio Pereira e na
Unidade Básica de Saúde, locais de relevante fluxo populacional. Os panfletos foram
distribuídos, durante a reunião, aos pacientes e familiares e o restante deixado na UBS
para que fosse repassado à população.Os integrantes do grupo mostram-se satisfeitos
com a reunião realizada, sugerindo a eficácia desse tipo de ação quando se trabalha com
a informatização no contexto de atividades em grupo mediadas em famílias que
enfrentam diariamente dificuldades semelhantes. Nesse sentido, acredita-se que o
projeto foi interessante no sentido de alcançar um maior entendimento e facilidade em
lidar com a doença por parte dos pacientes e seus familiares, além de um maior
conhecimento e atenção aos mesmos por parte dos profissionais de saúde.
Palavras-chave: Pênfigo foliáceo endêmico; Desestigmatização; Informatização.
Referências:
Aoki V, Sousa JX Jr, Fukumori LM, Perigo AM, Freitas EL, Oliveira
ZNP. Imunofluorescência direta e indireta. An Bras Dermatol. 2010;85(4):490-500.
MELO, Zélia Maria de. Estigmas: Espaço para exclusão social. Revista Symposium, v.
4, n. especial, dez. 2000.
18
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMPLEMENTAR AO GRUPO DE ATIVIDADES
FÍSICAS VOLTADAS AO CONTROLE DA HIPERTENSÃO ARTERIAL
SISTÊMICA DA UNIDADE DE ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA DE
PASSAGEM DE MARIANA, MARIANA - MG
Adriana Maria de Figueiredo (Orientadora)
Déborah Gomes Fernandes
Jéssica Alves Lage Silva
João Lucas Carvalho Gomes
Jorge Fernando de Souza Silva
Julia Taira Sarti Penha
Lara Eponina Reis
Nas ultimas décadas, com a inversão do perfil epidemiológico, as doenças crônicodegenerativas tornaram-se a principal causa de morbimortalidade, em substituição às
doenças infectocontagiosas. Associado ao processo de envelhecimento da população,
este padrão provoca mudanças na atenção à saúde. O distrito de Passagem de Mariana
conta com 533 hipertensos e 128 diabéticos cadastrados na Unidade de Atenção
Primária à Saúde (UAPS), em um total de 1.011 famílias. Dada a prevalência das
doenças crônicas, o PET Saúde - Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde, da
Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), em conjunto com a UAPS, estabeleceu
proposta de intervenção que visa a melhoria da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS)
associada à perda de peso e à prática de exercícios físicos, denominado Projeto
Hiperative. Com alta adesão dos participantes, as atividades são conduzidas duas vezes
por semana na quadra poliesportiva local, com execução de atividades físicas em grupo
e discussão de ações que levem a uma melhora no quadro da HAS e na qualidade de
vida, promovendo abordagem não medicamentosa no tratamento. De forma integrada,
foi desenvolvido este projeto de educação em saúde por acadêmicos do curso de
medicina, com o objetivo de esclarecer dúvidas dos participantes sobre a alimentação
saudável no controle da hipertensão. Foram realizados sete encontros com o grupo. Os
primeiros encontros foram destinados à aclimatação e apresentação entre os discentes e
os participantes do projeto; foram escolhidos temas a serem abordados nos quatro
encontros conseguintes: “Açúcares e Adoçantes”, “Os Benefícios das Fibras na
Alimentação”, “O Uso do Sal na Dieta” e “A Incidência de Câimbras em Pacientes
Acometidos Pela HAS”. Foi decidido que, para maior aproveitamento dos temas, usarse-ia uma metodologia educacional mais próxima do contexto cultural dos envolvidos.
Os encontros consistiram em uma conversa informal a respeito dos temas, com
distribuição de folders que resumiam o assunto e propunham receitas e alimentos que
poderiam ser incorporados à dieta, tendo em mente a condição sócio-econômica dos
idosos do projeto. Os participantes se mostraram cada vez mais interativos e
entusiasmados no decorrer dos encontros, sugerindo a eficácia desse tipo de ação ao
promover a educação em saúde no contexto do trabalho em grupo na Estratégia de
19
Saúde da Família. A reunião final da proposta de ação contou com um café da manhã
coletivo, e para a conclusão do trabalho foi realizada uma dinâmica sobre os temas
abordados nos encontros a fim de avaliar o aproveitamento da proposta pelos idosos do
projeto e pelos alunos. Foi constatado ser de suma importância o desenvolvimento de
uma metodologia de ensino capaz de transformar conceitos técnicos em informações
que gerem mudanças cotidianas, auxiliando na promoção da saúde e na educação em
saúde. O trabalho nos possibilitou, também, engrandecimento pessoal no que tange o
relacionamento com os participantes. Manter contato com os participantes do Hiperative
nos mostrou que simplicidade e força de vontade são condutas extremamente
necessárias para que se tenha qualidade de vida.
Palavras-chave: Hipertensão; Educação em Saúde; Atenção Primária à Saúde.
Referências:
FAJARDO, C. A importância da Abordagem não farmacológica da Hipertensão
Arterial Sistêmica. Rev. Bras. Med. Fam. Com, Rio de Janeiro, v.1, n. 4, p. 107-118,
jan/mar 2006. Disponível em: http://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/30. Acesso em
2/05/2014.
AMARAL RP, TESSER CD, MULLER P. Benefícios dos grupos no manejo da
hipertensão arterial sistêmica: percepções de pacientes e médicos. Rev. Bras. Med.
Fam.
Comunidade.
2013;
8(28):
196-202.
Disponível
em:
http://dx.doi.org/10.5712/rbmfc8(28)762. Acesso em 2/05/2014.
20
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
PROMOÇÃO DA SAÚDE E DA QUALIDADE DE VIDA DO IDOSO –
ABORDAGEM NA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE VILA GONÇALO EM
ITABIRITO-MG
Leonardo Cançado Monteiro Savassi (Orientador)
Bruno Carlos Caixeta
Fabiana Duarte Barbosa
Iuri Vinícius Valadares Moura
Marina Dias Gomes Bar Infante
Yasmin Loredana de Souza Siqueira
Introdução: O projeto “Promoção da saúde e da qualidade de vida do idoso”, tem
enfoque na UBS Vila Gonçalo da cidade de Itabirito e visa atender a grande prevalência
de idosos na região. Atuou em conjunto com o projeto Mexa-se, já existente na cidade,
relacionado à importância da prática de exercícios físicos pelos idosos. A intervenção
baseou-se em quatro vertentes: incentivo à continuidade da prática de exercícios físicos;
demonstração da importância da prevenção da gripe com ênfase na vacinação;
orientação para o controle diário da pressão arterial e na importância do lazer e da
socialização entre os idosos. Objetivos: Conscientizar os idosos sobre a importância de
seguir as orientações médicas quanto à ingestão correta dos medicamentos destinados
ao controle da hipertensão arterial. Apresentar maneiras de evitar a gripe e outras
doenças de igual transmissão por meio de adaptações nas ações cotidianas. Promover a
conscientização sobre os benefícios proporcionados pela vacinação contra a gripe,
esclarecer os mitos acerca do assunto e divulgar o projeto de vacinação que foi realizado
em um dos encontros. Proporcionar um momento de descontração, diversão e
interatividade entre os participantes com o intuito de enfatizar a importância da
autoestima proporcionada por momentos de lazer para a manutenção da saúde,
resultando, juntamente com a ausência de doenças, em uma melhora na qualidade de
vida do idoso. Discussão: Em uma primeira visita à UBS Vila Gonçalo, os Agentes
Comunitários de Saúde (ACS) foram entrevistados e relataram que a região apresenta
predominância de idosos, 2983 pessoas acima dos 40 anos de idade. Também foram
coletados dados epidemiológicos da região e pode-se observar a maior incidência de
casos de hipertensão (15.85%) em comparação às outras doenças, sendo 1020 casos em
6435 pessoas atendidas pela UBS. De acordo com as informações coletadas pela
fisioterapeuta Anna Carolina, responsável pelo projeto Mexa-se, há grande resistência
dos idosos quanto à vacinação contra a gripe devido a preconceitos e falta de
informação sobre os benefícios da imunização. Sabendo-se que a qualidade de vida do
idoso não se baseia apenas na eliminação de doenças, ressalta-se a importância do bemestar promovido pelo lazer e socialização entre eles. A motivação dos idosos repercute
em um aumento da autoestima e em redução de sintomas depressivos, tão recorrentes na
velhice. Com isso, percebeu-se a necessidade de uma intervenção voltada à terceira
idade, que tivesse abordagem em gripe, hipertensão e lazer dos idosos. Conclusão: Os
resultados evidenciaram que os idosos apresentavam déficit na compreensão da eficácia
da vacina contra a gripe. A intervenção aplicada permitiu o conhecimento sobre hábitos
cotidianos para a prevenção da doença, além de incentivar integrantes do grupo a se
vacinarem. Em relação à hipertensão, notou-se a existência de dúvidas quanto à
alimentação e, principalmente, ao uso correto da medicação, posteriormente
esclarecidas. A socialização, a diversão e a autoestima proporcionadas pelas atividades
21
em grupo durante o projeto, ratificaram a percepção de que momentos de lazer são
benéficos para a qualidade de vida do idoso.
Palavras-chave: Saúde da Pessoa Idosa; Pressão Arterial Alta; Gripe Humana.
Referências:
Francisco PMSB, Donalisio MRC, Latorre MRDO. Impacto da vacinação contra
influenza na mortalidade por doenças respiratórias em idosos. Rev Saúde Pública
2005;39(1);75-81
Meurer ST, Borges LJ, Benedetti TRB, Mazo GZ. Associação entre sintomas
depressivos, motivação e autoestima dos idosos praticantes de exercícios físicos; Rev.
Bras. Ciênc. Esporte, Florianópolis, v.34,n.3.p.683-695,jul/set. 2012
22
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
SALA DE ESPERA: HUMANIZAÇÃO EM UMA UNIDADE BÁSICA
DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE MARIANA – MINAS GERAIS
Adriana Maria de Figueiredo (Orientadora)
Graciela Larissa Amaral Rievers
Jéssica de Oliveira Jacintho
Laura Coimbra Teixeira
Melissa Maia Bittencourt
Vinícius Leite da Costa
Vinícius de Abreu Rocha
Identificação do problema: A sala de espera consiste em lugar dinâmico onde as
pessoas aguardam o atendimento em saúde e onde estão presentes subjetividades e
pluralidades. Humanizar esse ambiente, segundo a Política Nacional de Humanização
(PNH) lançada pelo Ministério da Saúde, consiste em priorizar a integralidade e o
acolhimento da atenção de forma a aumentar a resolubilidade das necessidades dos
usuários. Diante do diagnóstico realizado da Unidade Básica de Saúde (UBS), foi
possível perceber um ambiente de sala de espera no qual não há execução de atividades
de acolhimento, configurando um ambiente monótono e ocioso, que não alivia o
sofrimento e proporciona a sensação de tempo perdido durante a espera para o
atendimento. Cenário: Foram identificadas temáticas de maior prevalência na UBS
alvo da intervenção, como os quadros de obesidade, verminoses e passividade do
usuário diante do cuidado com a própria saúde, abstendo-se desse cuidado e delegandoo aos profissionais da saúde. Diante desse cenário, buscou-se transformar a sala de
espera da UBS em um espaço humanizado de integração, formação de consciência
crítica e construção da literacia em saúde ao promover educação em saúde por meio da
discussão interativa dos temas relevantes para o público alvo. Desenvolvimento:
Durante a intervenção, ocorreu a remodelação da sala de espera, que consistiu na
confecção e fixação de cartazes a respeito da temática abordada, bem como o uso de
recursos audiovisuais. Houve ainda a entrega de cartões informativos, com diferentes
mensagens relacionadas aos temas de cada encontro, com especial cuidado em relação
àqueles desprovidos da capacidade de ler. Esses materiais contribuíram
complementarmente às abordagens interativas no formato de conversa e perguntas e
respostas com a população. A prática do diálogo foi selecionada por ser uma situação de
comunicação ativa que iguala os interlocutores. Além disso, foi criado um espaço para
leitura por meio da montagem de uma biblioteca contendo livros e revistas doados.
Principais Resultados: Uma caixa de sugestões foi elaborada como método de
respaldo quanto às atividades realizadas durante a intervenção. Diante das avaliações
dos usuários foi possível verificar aceitação, receptividade e visão positiva do projeto.
Além disso, o “feedback” da população e dos profissionais de saúde durante a
realização das atividades de sala de espera foi positivo, uma vez que essa atividade
supriu de forma satisfatória uma demanda da UBS. Conclusões: Percebe-se a carência
de uma população que se sente importante quando ganha voz e é ouvida. Diante da
oportunidade de interação, os usuários se mostraram receptivos às instruções e
interessados em compartilhar seus saberes e sanar suas dúvidas. Considerando-se os
resultados e a importância da humanização da sala de espera, é necessário o
engajamento dos profissionais de saúde da UBS e a cobrança pelos usuários para que
23
ocorra a permanência desse novo modo de pensar a sala de espera e, consequentemente,
de acolher o paciente.
Palavras-chave: Humanização, Educação em Saúde, Sala de Espera.
Referências:
JUNGES, J.R; BARBIANI, R.; FERNANDES, R.B.P; PRUDENTE, J.; SCHAEFER,
R.; KOLLING, V.. O Discurso dos Profissionais Sobre a Demanda e a Humanização.
Saúde Soc. São Paulo, v.21, n.3, p.686-697, 2012.
PIMENTEL, A.F.; BARBOSA, R.M.; CHAGAS, M. A musicoterapia na sala de espera
de uma unidade básica de saúde: assistência, autonomia e protagonismo. Interface –
Comunic., Saúde, Educ., v.15, n.38, p.741-54, jul./set. 2011.
24
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
PROJETO INSULINA E VIDA: EDUCAÇÃO EM SAÚDE FOCADA NO MANEJO
E DESCARTE DE INSULINA PELOS DIABÉTICOS NO TERRITÓRIO DO ESF
VIDA (CACHOEIRA DO CAMPO, OURO PRETO ⁄ MG)
Leonardo Cançado Monteiro Savassi (Orientador)
Arthur Vieira Piau
Bruno Jhônatan Costa Lima
Hertz Bezerra Alves
Leonardo Mendes Mesquita
Liege Souza Castro
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA: A Insulinoterapia é uma medida terapêutica
frequentemente aplicada a indivíduos diabéticos do tipo I e do tipo II avançado. O
diagnóstico situacional da Unidade de Saúde defrontou o grupo situação de
inobservância de algumas regras básicas para o eficaz efeito da medicação em foco e
relacionado ao descarte de material contaminante, sendo recorrente na comunidade tal
problemática. Fora enfatizado ao grupo a relevância do tema devido a dificuldades no
que tange a recursos humanos disponíveis a fim de promover tal ação e a repetição
episódica de eventos os quais expunham perigosamente a saúde da população devido ao
incorreto descarte do material residual da aplicação da insulina. CENÁRIO:
Indivíduos em sua ampla maioria adultos, quantificados em vinte e cinco, residentes as
proximidades da Unidade de Saúde e na zona rural, de ambos os sexos. Visitas
domiciliares e evento em espaço comunitário. DESENVOLVIMENTO: Em um
primeiro momento fora realizada uma visita a ESF a fim de elaborar-se o diagnóstico
situacional geral da Unidade. Constatou-se a necessidade e importância de trabalhar-se
com a temática escolhida. Nas semanas seguintes foram realizadas visitas domiciliares
com acompanhamento dos agentes comunitários de saúde as casas dos pacientes
insulinodependentes com objetivo de orientá-los acerca das práticas mais adequadas de
armazenamento, descarte e reutilização dos materiais envolvidos no uso da insulina. Por
fim, foi organizado um evento, para o qual todos os pacientes visitados foram
convidados, realizado em salão comunitário próximo a unidade de saúde. O evento
contou com a presença da enfermeira e a nutricionista responsáveis pela população
adstrita e consistiu em dinâmicas lúdicas focadas na transmissão de informações e
esclarecimento de duvidas sobre a doença. Para tanto, foi realizada breve palestra
complementada com vídeos, além de uma dinâmica de perguntas e repostas que
abordaram questões sobre a fisiopatologia do Diabetes Mellitus, importância de uma
dieta equilibrada e da atividade física no tratamento. Ao final do encontro, houve um
confraternização com alimentos dietéticos e frutas, com concomitante apresentação de
receitas adequadas, para mostrar que a alimentação pode ser saudável e também
palatável. PRINCIPAIS RESULTADOS: Os principais resultados verificados no
projeto foram esclarecimentos por parte da população insulinodependente e seus
familiares a cerca do armazenamento e transporte adequados da insulina, bem como dos
métodos corretos de descarte das ampolas e seringas utilizadas. Houve também
25
intervenções que contribuíram para reforçar a necessidade de um estilo de vida saudável
com alimentação equilibrada e prática de atividades físicas. CONCLUSÃO: Diante
disso, conclui-se que a educação em saúde empreendida no evento lúdico-instrutivo
esclareceu todas as dúvidas manifestadas e, além disso, forneceu recomendações
importantes relacionadas ao armazenamento, uso e descarte adequado acerca das
seringas e agulhas utilizadas no tratamento dos indivíduos insulinodependentes.
Palavras-chave: Insulina. Educação em Saúde. Diabetes Mellitus tipo I. Diabetes
Mellitus tipo II.
Referências
SOUZA, Carla Regina de e ZANETTI, Maria Lúcia. Administração de insulina: uma
abordagem fundamental na educação em diabetes. Rev. esc. enferm. USP [online].
2000, vol.34, n.3, pp. 264-270.
JACOBSON, Alan M. The psychological care of patients with insulin-dependent
diabetes mellitus. New England Journal of Medicine, v. 334, n. 19, p. 1249-1253,
1996.
26
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
HIPERTENSÃO – EM BUSCA DO BEM VIVER
Adriana Maria de Figueiredo (Orientadora)
Gláucia Juliana Neubaner Dueli
Hallan Reis Trindade
Juliana Souza Amorim
Luiz Eduardo de Freitas Xavier
Paula Figueiredo Oliveira Paula Ohana Rodrigues
Identificação do Problema: A Hipertensão Arterial Sistêmica caracteriza-se por níveis
de pressão arterial elevados, associados às alterações hormonais e metabólicas. Quando
se encontra em estágio avançado proporciona lesões graves em órgãos alvo como
coração, rins, retina e cérebro (CHAVES, 2006). Sua prevalência estimada na
população brasileira adulta é de 15-20%, sendo que, entre a população idosa, chega a
65%. Cenário: O projeto Em Busca do Bem Viver foi uma ação realizada por um grupo
de acadêmicos do curso de Medicina da Universidade Federal de Ouro Preto que propôs
ações de ensino e promoção da saúde a um grupo de idosos da equipe de Saúde da
Família (ESF) Bem Viver, do distrito Cachoeira do Campo, pertencente à Ouro Preto,
MG. A ESF tem 5300 pacientes, sendo que destes, 811 são portadores de hipertensão
(aproximadamente 15% do contingente atendido), configurando este último grupo, o
foco de nossa proposta. Desenvolvimento: Após diagnóstico situacional da
comunidade, foram realizadas reuniões semanais, acompanhadas pelos internos da ESF,
em que foi desenvolvida ação de intervenção intencionada à orientação e ao estímulo à
mudança de hábitos. Assim, no decorrer de três semanas, as pessoas portadoras de
hipertensão que se propuseram a participar do grupo operativo puderam esclarecer
dúvidas sobre a doença, aferir a pressão, tomar conhecimento sobre as possíveis
complicações decorrentes da hipertensão, e receber orientações sobre atividade física,
medicamentos, e alimentação a fim de se obter melhoras na condição fisiopatológica,
social e emocional dos pacientes. Para isso, o grupo realizou dinâmicas lúdicas para
abordar a importância do uso correto de medicamentos, da realização de atividades
físicas leves e da adesão a hábitos alimentares saudáveis - visando à menor ingestão e à
substituição de alimentos ricos em sódio por alternativas viáveis. Vale ressaltar que o
trabalho em grupo tem importância fundamental no que diz respeito à interferência
positiva no âmbito social e emocional dos que participaram. Principais Resultados:
Além do aprendizado que o projeto promoveu para nós alunos, tanto em relação ao
maior saber sobre a hipertensão como a aquisição de experiência, proporcionada
principalmente por se trabalhar com pessoas idosas, foi satisfatório constatar, por meio
de perguntas sobre a hipertensão e diálogo aberto a críticas e sugestões, que os
integrantes do grupo também aprenderam e se agradaram com o projeto. Conclusões:
Os profissionais de saúde da rede básica têm importância primordial nas estratégias de
controle da hipertensão arterial, quer na definição do diagnóstico clínico e da conduta
terapêutica, quer nos esforços requeridos para informar e educar o paciente hipertenso
como de fazê-lo seguir o tratamento (Brasil, 2006). Assim, trabalhar em grupos
operativos apresenta-se como um recurso eficiente para a Atenção Primária interferir
positivamente na saúde da população.
Palavras-chave: Hipertensão; Promoção da saúde; Atenção Primária à Saúde.
27
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Hipertensão arterial sistêmica para o Sistema Único de Saúde / Brasília, 2006
CHAVES, Emília Soares. Eficácia de programas de educação para adultos portadores
de hipertensão arterial. Rev Bras Enferm, v. 59, n. 4, p. 543-7, 2006.
28
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
SOCIALIZAÇÃO E QUALIDADE DE VIDA: ATIVIDADES FÍSICAS NA
RECUPERAÇÃO DE PACIENTES COM SEQUELAS DE AVE ATENDIDOS PELA
EQUIPE NOVA ALIANÇA – CACHOEIRA DO CAMPO, OURO PRETO (MG)
Leonardo Cançado Monteiro Savassi (Orientador)
Beatriz Pimenta de Paula
Gisely Santos Silveira
Jaquelyne A. S. L. Ferreira da Silva
Júlia Rossi e Silva
Thayanne Cotta Almeida
Cenário: Após realização de um diagnóstico situacional da Unidade Básica de Saúde
em Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto- MG, Estratégia Saúde da Família
(ESF) - Equipe Nova Aliança, constatou-se onze pacientes que se enquadravam como
vítimas de acidente vascular encefálico (AVE), que apresentavam sequelas físicas e que
estavam desmotivados e desamparados física e psicologicamente. Identificação do
problema: O AVE é hoje uma das causas mais frequentes de disfunção neurológica que
ocorre na população adulta, e seu quadro é definido como um evento patológico agudo
desencadeado pela oclusão ou hemorragia de vasos do encéfalo (Lo, 2003). Sabe-se que
a maioria dos pacientes sobrevive ainda por muitos anos e frequentemente apresentam
deficiência da mobilidade motora (hemiplegia), na linguagem, no aprendizado e/ou na
memória. Neste aspecto, observou-se a necessidade de amparo dos pacientes e
promoção da integração destes entre si e com a equipe interdisciplinar de saúde.
Desenvolvimento: De acordo com Costa & Duarte (2002) um programa regular de
atividades físicas e recreativas pode alterar significativamente a qualidade de vida de
indivíduos com sequela de AVE, aumentando a autonomia e as capacidades funcionais,
melhorando aspectos físicos, atuando na prevenção de quedas e impactando até mesmo
a saúde mental. Desta forma, foram feitas duas visitas domiciliares para se conhecer os
pacientes de forma a delinear um subsequênte enquadramento das atividades físicas que
estes poderiam realizar, e que após análise da equipe envolvida, foram promovidas em
dois encontros na quadra da comunidade com a supervisão de médico, terapeuta
ocupacional e parceria com o departamento de Educação Física da Universidade Federal
de Ouro Preto, além do auxílio do transporte fornecido pela Secretaria de transportes do
município. Nestes encontros foram realizados alongamentos e atividades físicas préestabelecidos pela equipe, além de momentos informais de integração entre os
pacientes, equipe de saúde e estudantes. Principais resultados: Observou-se que os
pacientes, apesar de terem dificuldades de locomoção (grande maioria) aderiram ao
projeto e compareceram aos encontros promovidos na quadra. Estes se mostraram muito
satisfeitos com a proposta do projeto e julgam ser este um importante instrumento de
promoção de qualidade de vida, além de ter proporcionado um ambiente acolhedor e de
integração, muitas vezes privado para a maioria. Os pacientes apresentam necessidades
físicas específicas e, portanto, os exercícios também tiveram suas limitações. No último
encontro foi entregue a cada paciente um guia de atividades físicas desenvolvido
29
especificamente para cada um deles, descrito pelo Professor de Educação Física que nos
acompanhou, proporcionando-os a continuidade do desenvolvimento das atividades
diariamente. Conclusões: Conclui-se que a promoção da integração entre os pacientes
são tão fundamentais quanto a prática das atividades físicas. Os encontros permitiram
um momento de relexão e de valorização da vida, além de despontarem uma motivação
e satisfação maiores perante a realidade de todos os envolvidos.
Palavras-chave: Acidente Vascular Encefálico; qualidade de vida; socialização.
Referências:
COSTA, A. M.; DUARTE, E. Atividade física e a relação com a qualidade de vida, de
pessoas com seqüelas de acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI). Revista Brasileira
de Ciência e Movimento, Brasília, v. 10, n. 1, p. 47-54, jan. 2002. Disponível em:
http://www.unisalesiano.edu.br/biblioteca/monografias/53463.pdf. Acesso em: 18 de Maio,
2014.
Lo EH, Dalkara T, Moskowitz MA (2003) Mechanisms, challenges and opportunities in
stroke. Nature Rev Neurosci 4:399-414. Disponível em:
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3595043/. Acesso em: 18 de Maio, 2014.
30
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
PROJETO DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE: PREVENÇÃO DE DOENÇAS
RESPIRATÓRIAS EM SANTA RITA DE OURO PRETO
Leonardo Cançado Monteiro Savassi (Orientador)
Olívia Maria de Paula Alves Bezerra (Orientadora)
Bruno Roberto Freiria
Henrique Santiago França
Maria Elisa Vasconcelos
Monique Moura
Vinicius Scandiuzzi
IDENTIFICAÇÃO DO PROBLEMA Doenças respiratórias, por definição são as
doenças que afetam o trato e os órgãos do sistema respiratório sendo um assunto de
relevância mundial (FORNAZARI et al., 2003). Segundo dados da Organização
Mundial de Saúde (OMS), estas doenças representam cerca de 8% do total de mortes
em países desenvolvidos e 5% em países em desenvolvimento (MARTINS et al., 1996).
No Brasil, em 2001, as doenças respiratórias ocuparam o segundo lugar de maior
frequência de internações no SUS correspondendo a 16% das internações
(TOYOSHIMA et al., 2005). Uma vez identificadas como importante agravo à saúde é
preciso reconhecer que existem fatores que influenciam no desenvolvimento de doenças
respiratórias como: tabagismo, poluição atmosférica, substâncias alergênicas, agentes
ocupacionais, entre outros (WHO, 2007). CENÁRIO Santa Rita de Ouro Preto é um
distrito de Ouro Preto / MG, possui 4236 habitantes (IBGE, 2010). Dentre as atividades
econômicas predominantes estão: o artesanato com a pedra sabão e produção de carvão
vegetal e que são sabidamente atividades ocupacionais de risco para o desenvolvimento
de doenças respiratórias crônicas como a antracose e a talcose. A atenção primária
possui sua sede na Unidade Básica de Saúde Veredas que abriga dois grupos de
Estratégia de Saúde da Família: ESF Veredas e ESF Pedra Sabão que registra como os
principais agravos à saúde: as doenças respiratórios, inclusive há 8 oxigêniodependentes, doenças ósseo-articulares e dermatológicas. DESENVOLVIMENTO
Abordou-se, através da exposição de peças sintéticas, o funcionamento fisiológico
sistema respiratório, com explicação das patologias: doenças respiratórias agudas como
gripes e resfriados, doenças crônicas como pneumoconioses, explanação de como os
fatores de risco como tabagismo, trabalho em carvoarias e artesanato com pedra sabão,
sem os devidos cuidados, levam às patologias e as formas de prevenção. Foram
realizados três encontros na Escola Estadual José Leandro tendo como público alvo
cerca de 280 alunos do 9º ano, 1º, 2º e 3º anos do Ensino Médio. Os encontros
consistiram em parte expositiva com duração de 20 a 30 minutos com posterior
discussão sobre os temas abordados. PRINCIPAIS RESULTADOS Através das
discussões realizadas obteve-se relatos de alunos relacionando os temas apresentados
com o seu dia-a-dia e suas experiências prévias, apresentando algum caso particular
sobre os temas abordados ou mesmo casos de pessoas próximas a eles e passou-se a
discutir de que maneira o que foi exposto pelo grupo poderia ser aplicado e passado
para terceiros em forma de informações, visando o entendimento das doenças, a
minimização de fatores de risco e tentativas de mudanças de hábitos e atitudes que
gerem riscos de desenvolver doenças respiratórias. CONCLUSÃO É notório afirmar
que a educação em saúde se faz de maneira eficaz através da problematização, pois
assim as pessoas conseguem se enxergar como atores de sua própria saúde, dessa forma
31
o grupo tentou fazer com que os participantes desse projeto conseguissem assumir esse
papel de atuantes na sua saúde e através de informações disponibilizadas a eles
transformá-los em disseminadores da educação em saúde.
Palavras Chaves: Doenças Respiratórias – Educação em Saúde – Doenças
Ocupacionais
Referências:
FAÇANHA, M. C.; PINHEIRO, A. C. Doenças respiratórias agudas em serviços de
saúde entre 1996 e 2001, Fortaleza. CE. Revista Saúde Pública, v. 38, n. 3, p. 346-50,
2004.
Acesso
em
29/05/2014,
às
17:00.
Disponível
em:
http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v38n3/20649.pdf
FORNAZARI, D. H.; MELLO, D. F.; ANDRADE, R. D. Doenças respiratórias e
seguimento de crianças menores de cinco anos de idade: revisão da literatura. Revista
Brasileira Enfermagem, v. 56, n. 6, p. 665-8, 2003. Acesso em 28/05/2014, às 13:59.
Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v56n6/a15v56n6.pdf
32
APRESENTAÇÕES ORAIS – DISCIPLINA EPIDEMIOLOGIA NOS
SERVIÇOS DE SAÚDE
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
FORMULÁRIO DE CIRURGIA AMBULATORIAL
George Luiz Lins Machado Coelho (Orientador)
Francisco Patrus Ananias de Assis Pires
Filipe Mateus Costa Teixeira
Gustavo Moreira Madeira
Sávio Henrique de Souza Almeida
Túlio Felício da Cunha Rodrigues
Introdução: Observa-se atualmente um crescente desenvolvimento das técnicas
cirúrgicas ambulatoriais. Os novos métodos anestesiológicos, os avanços na área
farmacológica, a incorporação de recursos para prevenção da dor e do vômito e a
melhoria da qualidade dos estabelecimentos e do sistema de saúde têm contribuído para
o avanço da cirurgia ambulatorial em nível regional e nacional. Desse modo, os critérios
para seleção dos pacientes se reestruturam e se reafirmam, conforme as indicações para
esses procedimentos: é necessário que os pacientes sejam hígidos ou com distúrbio
sistêmico moderado decorrente de doenças crônicas, não demandem cuidados especiais
no pós-operatório e garantam um acompanhante adulto, lúcido e previamente
identificado. Tendo-se em vista essa crescente realização de cirurgias ambulatoriais e a
eminente demanda por incremento nos critérios e na classificação dos pacientes
recomendados para esse tipo de procedimento, a criação de um banco de dados com
informações básicas de cada paciente faz-se indispensável. Dados como estado de saúde
geral, risco cardiovascular, distúrbios pulmonares, endócrinos, renais, hepáticos,
neurológicos, hábitos de vida e história familiar são de suma importância. Esses dados
surgem como ferramentas para reduzir os riscos no contexto pré-operatório, ajudar na
indicação do procedimento, elaborar um mapa epidemiológico e melhorar os índices de
saúde gerais. Objetivos: Desenvolver um formulário completo para criação de um
banco de dados capaz de armazenar dados do pré e do pós operatório do paciente. Isso
permitiria a análise dos resultados encontrados para, assim, reforçar ou refutar a
indicação do procedimento e permitir um acompanhamento completo do paciente.
Métodos: Utilizando o programa Epi Info7, será criado um formulário, contendo
identificação de cada paciente, considerações do pré-cirúrgico, história pregressa,
procedimento a ser realizado e bases do pós-cirúrgico. Após a formulação das fichas
será realizado um teste do formulário com um banco de dados fictícios e, então, serão
analisados os resultados, usando-se a ferramenta Analysis do programa Epi Info, para
verificar a funcionalidade e efetividade do formulário. Resultados: Espera-se criar um
formulário completo e prático, capaz de relacionar a condição do paciente, sua
classificação ASA, tipo de procedimento, risco cirúrgico,entre outros, funcionando
como um elemento facilitador das classificações pré-operatórias. Além disso, espera-se
facilitar um direcionamento para avaliação de parâmetros indispensáveis para cada tipo
de procedimento a ser realizado, bem como produzir dados que auxiliem na promoção
de saúde pública. Conclusões: A avaliação pré-operatória das condições de saúde
constitui uma sistematização da busca por fatores que possam aumentar o risco
cirúrgico do paciente e o uso da tecnologia como instrumento de auxílio da medicina
apresenta grande valor. Especificações do tipo de procedimento a ser realizado, além de
facilitarem a abordagem dos cuidados necessários, trazem também dados benéficos para
33
população em geral, por serem capazes de facilitar no desenvolvimento de políticas de
prevenção e cuidado mais bem direcionadas.
Palavras-chave: cirurgia; formulário; epiinfo7.
Referências:
Santos, José Sebastião dos; Sankarankutty, Ajith Kumar; Salgado Jr,Wilson;
Kemp, Rafael; Leonel,Elias Paim; Castro,Orlando; Silva Jr; Cirurgia Ambulatorial: do
conceito à organização dos serviços e seus resultados
Petroiano, Andy; Miranda, Marcelo Eller; Oliveira, Reynaldo Gomes; Blackbook
Cirurgia, Blackbook Editora, primeira edição.
34
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
EPI INFO COMO FERRAMENTA NA ELABORAÇÃO DE UM BANCO DE
DADOS PARA AUXILIAR O ATENDIMENTO NA PRÁTICA
ENDOCRINOLÓGICA
George Luiz Lins Machado Coelho (Orientador)
Aline Sanches Oliveira
Carla Gomes de Paiva
Lauanny Ribeiro Aguiar
Luana Almeida Silveira
Sebastião Leonardo Silva Leite
Introdução O EPI INFO é um software estatístico de domínio público, criado pelo
Centers for Disease Controland Prevention, que vem sendo um instrumento essencial
para os estudos epidemiológicos. Trata-se de um programa de fácil manuseio, podendo
ser executado por diversos profissionais que trabalham na área da saúde. O EPI INFO
oferece ferramentas simples que permitem a criação de banco de dados, formação de
gráficos, gerenciamento e análise estatísticas das informações coletadas. Sendo um
utensilio para recrutamento de dados, o sistema operacional EPI INFO pode auxiliar
assim na formulação de um prontuário eletrônico, a fim de facilitar o manuseio das
informações obtidas durante uma consulta médica endocrinológica. A endocrinologia é
uma especialidade muito abrangente quando se refere aos sinais, e sintomas, uma vez
que os hormônios são produzidos tanto por glândulas endócrinas quanto por órgãos que
possuem células secretoras de hormônios, sendo que, essas substâncias são
fisiologicamente ativas e transportadas pelo sague para atingir seus pontos alvos. Desta
maneira a coordenação do estudo semiológico das glândulas endócrinas apresenta
alguma dificuldade em virtude da ação sistêmica dos hormônios. Objetivo O presente
trabalho tem como finalidade elaborar um formulário que auxiliará no cadastro dos
pacientes e na organização das informações adquiridas no decorrer do atendimento
ambulatorial, além de possibilitar a análise estatística destes dados posteriormente.
Discussão Sabe-se que há uma interação inexorável entre o sistema nervoso e o
endócrino, sendo responsáveis pela homeostase do organismo como um todo, pelas
alterações diretas e indiretas que o corpo do indivíduo sofre durante seu crescimento e
desenvolvimento. Todavia para se chegar ao diagnóstico dos distúrbios endócrinos, de
acordo com a literatura, “é necessário um exame clinico mais abrangente, tendo em
vista a heterogeneidade dos sintomas, quase inteiramente decorrente das alterações
funcionais”. O banco de dados desenvolvido através do EPI INFO possibilitará o
direcionamento e padronização dos atendimentos, sistematizando as avaliações
realizadas pelo endocrinologista. Desta maneira se faz necessário a criação de uma
página inicial de identificação, onde constará as informações pessoais do paciente. Na
segunda página, um espaço disponível para o médico preencher a queixa principal e a
história da moléstia atual. Adiante, perguntas direcionadas à anamnese, sucedidas de
questões sobre a história patológica pregressa, familiar, história social/hábitos de vida,
exame físico geral e finalizando com a hipótese diagnostica, exames solicitados e
35
conduta a ser tomada. Conclusão: É indispensável um prontuário que englobe o maior
conteúdo de informações possíveis, para que o médico possa avaliar com mais
segurança as condições do paciente, e ter subsídios para fechar o diagnóstico e a
conduta a ser tomada. Ademais, a substituição do prontuário de papel pelo prontuário
eletrônico será relevante, uma vez que, haverá perguntas direcionadas a endocrinologia,
sua rastreabilidade se tornará mais rápida e eficiente, podendo também evitar extravios
inconvenientes.
Palavras Chaves: Endocrinologia, Formulário, Epidemiologia.
Referências:
Centers
for
Disease
Controland
Prevention
–
http://wwwn.cdc.gov/epiinfo/, acessado dia 16 de junho de 2014.
Disponível
PORTO, C.C. Semiologia Médica – 6ªed. Rio de Janeiro – Guanabara Koogan, 2012.
36
em
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
UTILIZAÇÃO DO PROGRAMA EPI INFO PARA A CONSTRUÇÃO DE BANCO
DE DADOS E ANÁLISE ESTATÍSTICA A PARTIR DE CONSULTAS
GINECOLÓGICAS
George Luiz Lins machado Coelho(Orientador)
Jacqueline Braga Pereira (Orientadora)
Geiza das Dores Conceição
Laís Sato dos Santos
Maria Alice Matias Cardoso
Rafael Henrique Aparecido Ferreira
Raíssa Fernanda Rodrigues Ribeiro
Introdução: O Programa Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM), criado em
1983, tem por objetivo a atenção à saúde da mulher com a abordagem direcionada às
doenças ginecológicas prevalentes, como o câncer de mama e o de colo de útero,
prevenção e tratamentos de doenças sexualmente transmissíveis, além da assistência às
vítimas de violência. Diante da relevância da atenção integral à mulher, evidente na
criação do PAISM e na representatividade dessa população dentre a geral,
especialmente, dentre a comunidade ouropretana, foi desenvolvido uma ficha para
banco de dados no software Epi Info para consultas Ginecológicas. Serão abordados no
registro das pacientes a anamnese, o exame físico geral da mulher e o exame
ginecológico.Objetivos: O trabalho tem como proposta aprimorar e facilitar o
preenchimento do prontuário das pacientes pelos acadêmicos e profissionais da área de
saúde durante o atendimento em ambulatório de ginecologia da Universidade Federal de
Ouro Preto-UFOP, além de permitir maior aproveitamento deste aparato para futuros
projetos de pesquisa e extensão, a partir da análise dos dados vigentes.Discussão: O
programa Epi Info, de domínio público, é um sistema de processamento de texto, banco
de dados e análise estatística para uso em epidemiologia. Permite a transformação direta
de um questionário em banco de referências, além de fácil programação para entrada e
análise das informações colhidas. Dessa forma, o presente trabalho pretende
informatizar, a partir das ferramentas deste software, os prontuários das pacientes de
área de Ginecologia, de modo que os dados possam ser compartilhados na rede digital
de saúde local de forma padrão e segura, reduzindo a perda desses arquivos. Apartir
disto, acreditamos ser possível a busca de novas alternativas para aprimorar a
assistência das mulheres de Ouro Preto e região, a partir do uso e processamento de
dados da incidência e prevalência de determinada patologia, por exemplo. Além disso, o
uso deste programa na atenção básica de saúde , pode tornar possível o direcionamento
da conscientização das pacientes sobre a importância do cuidado integral da saúde da
mulher.Conclusão: A escolha pelo método de preenchimento e análise de dados do Epi
info foi realizada porque o programa possui ferramentas que propiciam organização e
segurança de informações colhidas em consultas ginecológicas. Também desenvolve,
nos acadêmicos e profissionais da área de saúde, habilidade de comunicação, pela
facilidade do acesso às informações pregressas e o consequente cuidado direcionado
com as pacientes que serão atendidas por eles.
Palavras-chave: Saúde da mulher, Análise de Dados, Prontuário Eletrônico.
37
Referências:
SOUSA, Maria Helena de; SILVA, Nilza Nunes da. Comparação de softwares para
análise de dados de levantamentos complexos. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v.
34, n. 6, Dec. 2000. Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003489102000000600013&lng=en&nrm=iso>. access on 17 June 2014.
http://dx.doi.org/10.1590/S0034-89102000000600013.
OLIVEIRA, Wágna Maria de Araújo et al . Adesão de mulheres de 18 a 50 anos ao
exame colpocitológico na estratégia saúde da família. Rev. Enf. Ref., Coimbra, v.
serIII, n. 7, jul. 2012 . Disponível em
<http://www.scielo.gpeari.mctes.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S087402832012000200002&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 17 jun. 2014.
http://dx.doi.org/10.12707/RIII11139.
38
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
ELABORAÇÃO DE PRONTUÁRIO ELETRÔNICO DE PSIQUIATRIA
UTILIZANDO-SE DO EPI INFO
George Luz Lins Machado Coelho (Orientador)
Aihancreson Kirchoff Vaz Oliveira
Fernanda Linhares de Carvalho Pereira
Larissa Meireles Braga
Ligiane Figueiredo Falci
Rayanna Mara de Oliveira Santos Pereira
Introdução: O prontuário do paciente é um importante documento no atendimento
médico, além de ter valor legal. É fundamental a elaboração de um prontuário em todas
as áreas da medicina, pois ele contém informações sobre o paciente, como a
identificação do mesmo, dados de caráter socioeconômico e de saúde. Na Psiquiatria o
prontuário tem as informações tradicionais da clínica, mas também contém a história
clínica psiquiátrica e o exame do estado mental do paciente. Para facilitar o acesso aos
prontuários pelos médicos, assim como a sua elaboração, foi proposta a criação de um
modelo de prontuário psiquiátrico eletrônico usando o Epi Info com intuito de implantálo nas Unidades Básicas de Saúde de Ouro Preto. A digitalização de prontuários agiliza
o arquivo das informações médicas além de reduzir os custos de operação. Em 2007, o
Conselho Federal de Medicina aprovou as regras para a digitalização do prontuário,
assim como o uso de sistemas informatizados para acesso e guarda desses documentos.
Objetivo: Montar um modelo de prontuário psiquiátrico eletrônico utilizando o
software Epi Info. Métodos: Foi escolhido o Epi Info para criar o prontuário por ser um
software de fácil manuseio, de não necessitar de muitos recursos para seu uso e permitir
a criação de questionários e formulários de entrada de dados. Após pesquisa
bibliográfica e conversa com professores de psiquiatria da Universidade Federal de
Ouro Preto, elaborou-se um modelo de prontuário eletrônico psiquiátrico. Resultados:
O modelo de prontuário eletrônico criado contém uma página inicial, na qual há
identificação do paciente e condições sócio-econômicas. Em seguida, se tem acesso ao
link 1ª consulta, onde estão presentes formulários sobre anamnese (que inclui além das
informações pessoais e queixa principal, a história psiquiátrica, os antecedentes
mórbidos pessoais, hábitos e antecedentes familiares) anamnese especial, exame físico,
exame neurológico, exame do estado mental atual, exames complementares, hipótese
diagnóstica e conduta médica. Há também outro link, o de consultas de retorno, onde o
médico poderá anotar quais foram as evoluções no tratamento do paciente, as novas
queixas e condutas realizadas. Conclusões: Um prontuário que consta informações
completas sobre a história de vida do paciente é imprescindível para a compreensão
sobre quem ele é, quais são suas queixas e quais condutas tomar. Na Psiquiatria então,
saber como foi o desenvolvimento físico, intelectual e afetivo é fundamental, por isso o
prontuário eletrônico elaborado contém formulários a respeito desses assuntos. Uma das
vantagens do prontuário proposto é abordar todos os itens que devem constar em uma
consulta psiquiátrica, de modo a deixar o prontuário do paciente bem completo.
Segundo Patricio et al. (2011), o prontuário eletrônico aumenta a qualidade de
preenchimento dos prontuários e há melhor controle das medicações prescritas ou
usadas anteriormente. Através do software Epi Info, é possível fazer análise
epidemiológica do banco de dados construídos, o que pode contribuir com eventuais
pesquisas.
39
Palavras-chave: semiologia; prontuário; psiquiatria.
Referências:
PATRICIO, C.M.; MAIA, M.M.; MACHIAVELLI, J. L. & NAVAES, M. A. O
prontuário eletrônico do paciente no sistema de saúde brasileiro: uma realidade para os
médicos? Scientia Medica, Porto Alegre, volume 21, número 3, p. 121-131, ago. 2011.
Disponível em
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientiamedica/article/view/8723/6722p
hp/scientiamedica/article/view/8723/6722. Data de acesso: 16 de junho de 2014.
DALGALARRONDO, P. Psicopatologia e Semiologia dos Transtornos Mentais. 2ª
edição. Porto Alegre: Artmed Editora S. A., 2008. 440 p.
40
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
PROJETO CRESCER: IMPLANTAÇÃO DE PRONTUÁRIO ELETRÔNICO NO
AMBULATÓRIO DE PEDIATRIA DA UFOP
George Luiz Lins Machado Coelho (Orientador)
Célia Maria da Silva (Orientadora)
Carolina de Almeida e Silva
Flávia Pádua Tavares
Gabriela Ribeiro Salim Nogueira
Helena Távora de Senna Albuquerque Guimarães
Linamar Salomé Santana Machado
Introdução: O registro das informações dos pacientes é uma tarefa diária de suma
importância na prática médica. No ambulatório de pediatria da Escola de Medicina da
Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), registrar de maneira clara e completa os
dados e as queixas dos pacientes é fundamental para garantir a qualidade das futuras
consultas. Dessa forma, os prontuários devem ser de fácil compreensão para que seja
possível o acesso simplificado às informações colhidas em consultas anteriores em vista
razão da rotatividade dos alunos que atendem nessa disciplina. Apesar de o prontuário
em papel ser utilizado há muito tempo, o avanço da tecnologia possibilita a criação de
prontuários eletrônicos que são fáceis de usar, são econômicos e capazes de armazenar
maior quantidade de dados. Além disso, inconveniências como a perda do prontuário
em papel ou a não compreensão da grafia de alguns profissionais são minimizadas com
a implantação de prontuários eletrônicos. Tendo em vista os benefícios deste tipo de
prontuário e com o intuito de cumprir com o que foi proposto pela disciplina de
“Epidemiologia nos Serviços de Saúde”, decidiu-se por criar um modelo de prontuário
pediátrico eletrônico, utilizando o programa Epi Info. Objetivos: Produzir um modelo
de prontuário eletrônico utilizando o programa Epi Info, para ser introduzido nos
ambulatórios de pediatria da UFOP, com o intuito de facilitar e melhorar a
administração dos registros médicos. Métodos: Utilização do Software Epi Info para a
criação do prontuário eletrônico tendo como base principal a Caderneta de Saúde da
Criança. Para fins metodológicos foi definido que a faixa etária englobada seria de
crianças entre 0 e 12 anos de idade, distribuídas de acordo com as seguintes
subdivisões: 0 a 28 dias, 29 dias a 2 anos e 2 a 12 anos. Resultados: Prontuário
eletrônico funcionante e disponível para a implantação no Ambulatório de Pediatria da
UFOP. Conclusões: É sabida a importância de um registro eficiente das informações
colhidas na consulta médica, bem como a praticidade e a comodidade conferida pelos
prontuários eletrônicos. Desse modo, aproveitou-se a oportunidade fornecida pela
disciplina para a criação de um modelo a ser proposto ao ambulatório de pediatria da
UFOP. Espera-se assim, que este contribua para facilitar os atendimentos realizados e a
análise epidemiológica dos dados obtidos.
Palavras-chave: Prontuário; Pediatria; Eletrônico.
41
Referências:
MINISTÉRIO DA SAÚDE. PASSAPORTE DA CIDADANIA. Caderneta de Saúde da
Criança - Menino. Brasília – DF. 2013. 8ª edição.
OLIVEIRA, Renato Gomes de. Blackbook de Pediatria. Editora Blackbook. 4 Edição.
810 páginas.
42
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
O EPI INFO NO AUXÍLIO DAS CONSULTAS CARDIÓLOGICAS E
NEFROLÓGICAS
Vinícius Tostes Carvalho (Orientador)
Fernanda Pinheiro Manhães
Ludmila Moreira Cruz
Luisa Guimarães Hofner
Luiz Gustavo
Pedro Fonseca Abdo Rocha
Introdução: A importância de se desenvolver uma ficha de cadastro para as
especialidades de cardiologia e de nefrologia se dá pela necessidade de organizar, por
exemplo, os bancos de dados de um hospital e para facilitar a criação de uma possível
análise estatística de dados para, por exemplo, pesquisas de prevalência de doenças e de
exames mais pedidos pelos médicos para um estudo realizado por entidades
especializadas e planos de saúde. Para isso, existem meios para se criar as fichas de
cadastro, como o programa Epiinfo. Objetivo: Produzir uma ficha de cadastro no
programa de computador Epi Info™ 7 com as principais informações e variáveis a
serem coletadas pelos médicos das áreas de Cardiologia e Nefrologia, durante a
anamnese do paciente. Essa ficha de cadastro poderá representar uma possível
complementação dos atendimentos, realizados nas áreas em questão, no posto de saúde
da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Discussão: A precariedade da busca e
da organização de dados nos centros de saúde do Brasil obriga o desenvolvimento de
meios eficazes de se colher informações de forma que facilite a visualização delas por
outros médicos e a coleta de informações para realização de pesquisas, para que se
possam direcionar as políticas públicas para as áreas mais defasadas na saúde brasileira.
Além dessa maior facilidade de acesso às informações colhidas, a criação de fichas dos
pacientes facilitará também a realização de uma anamnese digitalizada por esses
profissionais, já que a ficha conterá variáveis pré-determinadas a serem selecionadas
pelo médico, além de espaços para ele colocar as suas próprias observações, graças aos
recursos do programa Epi Info™ 7. Por fim, essas fichas também podem servir,
eventualmente, para orientar os profissionais a cerca das principais informações a serem
coletas na anamnese do paciente de acordo com as áreas específicas, como resultados de
eletrocardiograma e quadro de pressão arterial sistêmica, no âmbito de cardiologia; e
resultados de função renal e coloração da urina, no âmbito de nefrologia, por exemplo.
Conclusão: A busca por uma organização dos dados de um paciente em um
determinado posto de saúde faz com que seja necessário o desenvolvimento de algum
meio de se coletar esses dados. Para isso, a produção de um banco de dados é de
extrema importância e um meio de se fazer isso é a partir do programa Epi Info™ 7,
maneira fácil e rápida de se armazenar e relacionar dados tanto para uma organização
43
interna das informações de um centro de saúde, como para a facilitação de pesquisas
que tenham como finalidade a melhora da saúde no Brasil, principalmente a pública.
Palavras-chave: Cardiologia, Nefrologia e Formúlario.
Referências:
L Ó P E Z , M a r i o ; L A U R E N T Y S - MEDEIROS, José de. Semiologia médica:
as bases do diagnóstico clínico. 5.ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2009.
http://www.saude.ba.gov.br/direg/images/arquivos/protocolo_regulacao_nefrologia.pdf.
Acesso em: 19 de junho de 2014
44
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
APLICAÇÃO DO EPI INFO PARA MELHORIA DO ACESSO AOS DADOS NA
MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE
Rodrigo Pastor Alves Pereira (Orientador)
Bianca Silveira
Eric Morais da Costa Braga
Daniel Magalhães Nobre
Iara Proença Xavier
Marcio Massao Santana Sueto
Mariane Habib Sales de Paula
Introdução: A medicina de família e comunidade é uma especialidade da Medicina em
que os médicos atuam em postos e outros serviços de Atenção Primária em Saúde,
incluindo os do Programa de Saúde da Família (PSF), prestando atendimento médico
geral, integral e de qualidade a indivíduos, famílias e comunidades. Objetivos: Este
trabalho visa introduzir o programa Epi Info em locais onde atuam os médicos de
família para melhorar o acesso às informações dos pacientes e suas respectivas famílias,
além da possibilidade de realizar análises estatísticas e construir um banco de dados
para facilitar o atendimento médico. Métodos: Foram utilizadas as ferramentas do
programa Epi Info, tais como criação de formulários e de banco relacional, para a
construção do trabalho. Resultados: Houve a criação de uma ficha de cadastro, contendo
espaço para preenchimento de todos os dados dos pacientes, assim como um banco
relacional que associa o paciente com o restante da família e os principais sinais e
sintomas relacionados à Medicina de Família. Foram criadas também fichas de
acompanhamento para hipertensos, diabéticos e gestantes, atendendo às principais
necessidades e queixas de cada paciente. Conclusões: A construção desse projeto
permite um acesso prático aos dados dos pacientes e de suas famílias, o que é algo
fundamental para o bom andamento de uma consulta e para a segurança do paciente e
do médico.
Palavras Chaves: Medicina de Família; Consulta; Cadastro.
Referências:
Epi Info® sem mistérios: um manual prático [recurso eletrônico] / Ângelo José
Gonçalves Bós. – Dados eletrônicos –. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2012. 211 p.
SIAB: manual do sistema de Informação de Atenção Básica / Ministério da Saúde,
Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 1. ed., 4.ª reimpr. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2003.
45
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
ANÁLISE DESCRITIVA DOS ATENDIMENTOS REALIZADOS NA DISCIPLINA
SEMIOLOGIA II PELA TURMA 44 NO CENTRO DE SAÚDE DA
UNIVERSIDADE, NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2014, OURO PRETO, MINAS
GERAIS.
Carolina Coimbra Marinho (Orientadora)
Ana Clarisse da Costa Porto
Andressa Harpis Bastos
Eliana Fernandes Maia
Emília Calil Silva
Felipe Sabec Folgueral
Julia Carvalho Oliveira
Maira Kroetz Boufleur
Natália Dias do Nascimento
Paulo Henrique Castanha Miranda
Vanessa Almeida de Camargos
INTRODUÇÃO A importância do registro em saúde teve seu início com a prática
clínica, quando profissionais de saúde identificaram a necessidade de se recorrer à
história evolutiva para acompanhamento dos doentes (MORAES, 2002). Estratégico
para a decisão clínica e gerencial, para o apoio à pesquisa e à formação profissional, o
registro é atualmente considerado critério de avaliação da qualidade da assistência
prestada. (VASCONCELOS, 2008). Dessa forma, a análise sistematizada desses
registros torna-se um ponto-chave para obter informações acerca do processo de
trabalho em saúde. OBJETIVO Catalogar e analisar o perfil dos pacientes atendidos
durante as atividades ambulatoriais da disciplina de Semiologia II, propondo uma
reflexão acerca dos padrões patológicos e socioculturais daqueles que procuram o
serviço. MÉTODOS Foi desenvolvido um protocolo de investigação baseado em dados
de identificação, história e achados clínico-laboratoriais dos registros em prontuário. Os
dados foram transferidos para banco de dados criado no software Epi Info, com
posterior análise quali-quantitativa baseada em revisão de literatura. RESULTADOS
Foram catalogados 17 pacientes, dos quais 76% com mais de 40 e 17% com 60 anos ou
mais. Destacou-se também o fato de que apenas 39% residiam no bairro Bauxita – que
tem como referência para atendimento a Unidade Básica de Saúde (UBS) desta
universidade – sendo os demais pacientes provenientes de outros bairros ou distritos.
Em relação ao perfil socioeconômico, observou-se que menos de 30% possuíam
escolaridade de Ensino Médio, 12% apresentavam profissão nível técnico, e menos de
1% nível superior. Percebeu-se uma alta prevalência de pacientes com doenças crônicas,
sendo que 23% apresentavam diabetes mellitus, 35% hipertensão arterial sistêmica, 12%
dislipidemia, 18% obesidade, 18% hipotireoidismo, 29% dos pacientes eram portadores
46
do HIV e 18% apresentavam lombalgia/lombociatalgia. Quanto aos medicamentos em
uso, foi notado que 60% dos pacientes faziam uso de medicamentos contínuos, com
destaque para o dado de que 24% usavam medicamentos psicotrópicos. Em relação ao
vínculo com ou serviço, observou-se que apenas 36% retornaram a uma segunda
consulta ao longo deste semestre letivo. CONCLUSÕES Parte significativa dos
pacientes atendidos tem outra UBS como referência, porém opta pelo ambulatório da
universidade, o que sugere uma vinculação positiva ao serviço. Em contrapartida, a
baixa taxa de retorno poderia sugerir uma insatisfação com o serviço prestado, assim
como refletir a demora em realizar exames complementares solicitados ou em marcar o
retorno, ou simplesmente relacionar-se ao fato de que algumas doenças crônicas
demandam controle apenas semestral ou anual. Por fim, percebe-se a necessidade de
fortalecimento do vínculo entre a população e serviços, assim como inovações nos
processos de trabalho e nas práticas profissionais, buscando ampliar a qualidade da
comunicação e, consequentemente, dos registros, corroborando a importância do
registro eletrônico sistemático dos dados do serviço de saúde, em especial no contexto
de ensino, para uma valiosa análise dos processos de trabalho.
Palavras Chaves: Semiologia. Epidemiologia. Sistema de Registro Médico.
Referências
CANDEIAS, N. Sociologia e medicina. Rev. Saúde Pública. 1971, vol.5, n.1, pp. 111127;
VASCONCELLOS, M. M.; GRIBEL, E. B.; MORAES, I. H. S. de. Registros em saúde:
avaliação da qualidade do prontuário do paciente na atenção básica. Brasil.Cad. Saúde
Pública. 2008, vol.24, suppl.1, pp. s173-s182.
47
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
APLICAÇÃO DO SOFTWARE EPI INFO NAS ESPECIALIDADES DE
GERIATRIA E PNEUMOLOGIA
George Luiz Lins Machado Coelho (Orientador)
Fausto Aloisio Pedrosa Pimenta (Orientador)
Caroline Ferreira Vieira
Izabela Zarnowski Passos
Juliana Oliveira Pedrosa
Mariana Fontes Pereira
Paulo Henrique de Melo Figueiredo Neto
Introdução:Criado pelo CDC (Centers for Disease Control and Prevention) o Epi
info é um software público voltado para área da Epidemiologia que já possui mais de
um milhão de downloads em cento e oitenta países diferentes. O programa permite a
criação de bancos de dados e análise de suas informações por meios estatísticos. È
amplamente utilizado no setor de saúde por ser uma ferramenta simples e de fácil
acesso. Algumas unidades de Saúde não possuem prontuários digitalizados o que torna
o acesso difícil e pode facilitar a perda das informações neles contidas. A digitalização
de documentos tornou-se uma alternativa viável e útil no ambiente médico, entretanto
para que constem informações completas e corretas faz-se necessário a criação de
programas específicos para cada uma das especialidades médicas, dessa maneira o
presente trabalho contemplará a área da medicina que cuida das pessoas idosas
(geriatria) e do trato respiratório (pneumologia). Objetivos:O trabalho tem por objetivo
a criação de prontuários médicos, através do software EpiInfo para as especialidades de
Geriatria e Pneumologia e viabilizar a implementação nas Unidades de Saúde de Ouro
Preto para que os dados fiquem digitalizados e facilitem acessos posteriores. Discussão:
Diante das dificuldades enfrentadas, no posto de saúde, quanto ao arquivamento dos
prontuários, foi verificada a necessidade de fazer um modelo eletrônico para facilitar o
acesso dos profissionais ao histórico médico do paciente. Como grande parte das
pessoas atendidas é idosa, preconizamos a criação de um banco de dados para a
geriatria. Além disso, a população ouropretana sofre com os problemas relacionados ao
aparelho respiratório, devido ao clima da região, levando em consideração a demanda
apresentada é fundamental a criação de um arquivo com dados de pneumologia. Em
ambos os projetos constarão os dados básicos do paciente: numero de registro, data da
consulta, nome, idade, data de nascimento, profissão, estado civil, endereço, etnia.
Quanto ao estudo geriátrico é fundamental a analise das doenças pregressas existentes, o
estudo detalhado da queixa principal, uma revisão rápida de todos os sistemas, uma
analise do estado mental do paciente (Mini Exame do Estado Mental e outros testes
cognitivos) e um estudo do estado nutricional. Quanto ao estudo pneumológico
analisaremos o uso de tabaco e outras drogas, teste de espirometria e outros exames de
imagem, descrição detalhada da queixa principal e da história pregressa de doenças do
paciente. Conclusão:Diante da demanda apresentada e da necessidade da criação de
uma maneira segura para se arquivar os dados dos pacientes criaremos o prontuário
eletrônico nas especialidades apresentadas e implementaremos nas Unidades de Saúde
de Ouro Preto, com um teste inicial no Centro de Saúde da UFOP.
48
Palavras-chave: Geriatria, Pneumologia, Prontuário Eletrônico
Referências:
CAMPOS, L.; CAMPOS, F. Inspeção, palpação e percussão do tórax. In: MEDEIROS,
J. L.; LÓPEZ, M. Semiologia Médica: As bases do diagnóstico clínico. v. I, 4 ed. Rio de
Janeiro: Revinter, 2001. p. 620 - 631.
COSTA, E.F.A; PORTO, C.C; ALMEIDA, J.C et al. Semiologia do Idoso. In: Porto,
CC. (ed). Semiologia médica. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2001. cap. 9,
p.165-197.
49
APRESENTAÇÕES ORAIS – DISCIPLINAS MEDICINA GERAL DO ADULTO
I E II
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
CASO CLÍNICO ATENDIDO NA UBS CABANAS, MARIANA – MG
EXACERBAÇÃO DA DPOC
Carolina Coimbra Marinho (Orientadora)
Ivan Batista Coelho (Orientador)
Bárbara Vidigal dos Santos
Breno Bernardes de Souza
Joyce Carvalho Martins
Keilly Fonseca e Andrade
Laurice Barbosa Freitas
Lillian Guimaraes de Faria
Liliane Alves Matos
Luiza Fagundes Lima
Marília Fontenelle e Silva
Naline Silva Jaques
Natália Corrêa de Assis
Rafaela Carvalho Gersanti
Tuian Santiago Cerqueira
Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma enfermidade
respiratória prevenível e tratável, que se caracteriza pela presença de obstrução crônica
do fluxo aéreo, que não é totalmente reversível. A obstrução do fluxo aéreo é
geralmente progressiva e está associada a uma resposta inflamatória anormal dos
pulmões à inalação de partículas ou gases tóxicos, causada primariamente pelo
tabagismo. Além de comprometer os pulmões, a DPOC pode levar a consequências
sistêmicas significativas. O processo inflamatório crônico pode produzir alterações dos
brônquios (bronquite crônica), bronquíolos (bronquiolite obstrutiva) e parênquima
pulmonar (enfisema pulmonar). A exacerbação da DPOC é uma complicação da doença
e possui como fatores predisponentes os pulmonares - infecção respiratória;
tromboembolismo pulmonar; pneumotórax; deterioração da própria doença de base – e
os extrapulmonares: alterações cardíacas (arritmias, infartos, descompensação cardíaca);
uso de sedativos e outras drogas. Para diagnóstico da crise, o paciente deve apresentar 2
dos 3 critérios que seguem: piora da dispneia, aumento do escarro, escarro purulento. O
tratamento pode ser feito ambulatorialmente ou por internação hospitalar e objetiva: 1)
tratar fator de predisposição; 2) melhorar a oxigenação; 3) diminuir a resistência das
vias aéreas; 4) melhorar a função da musculatura respiratória. Como principais
diagnósticos diferenciais (DD), destacam-se: crise aguda de asma, edema pulmonar,
insuficiência cardíaca, pneumonia aguda, entre outros.
Objetivo: Relatar um caso
clínico de um paciente com exacerbação de DPOC na UBS de Cabanas em MarianaMG, excluindo seus principais DD. Discussão: paciente G.C.M., 75 anos, aposentado,
chega ao ambulatório com queixa de cansaço, associado à falta de ar e tosse há 3 dias.
Em sua história clínica, destaca-se: tabagista por 30 anos, ocupação em minas de
carvão. Doenças prévias: hipertensão arterial, hipercolesterolemia, DPOC. Ao exame
50
físico apresentava-se: dispneico, taquipneico, com alterações no exame no aparelho
respiratório. Apresentava os três critérios diagnósticos da exacerbação da DPOC. Foi
realizado o diagnóstico de exacerbação da DPOC, por exclusão dos demais DD.
Conclusão: A DPOC, é uma doença prevenível e tratável, porém apresenta alta
prevalência e mortalidade. É importante reconhecer o paciente que apresenta fatores de
risco para DPOC, diagnosticá-lo e tratá-lo precocemente para evitar complicações. O
médico deve saber as principais manifestações da exacerbação da DPOC para correto
manejo.
Palavras-chave: DPOC, terapêutica, diagnóstico diferencial.
Referências:
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. II Consenso
Brasileiro sobre Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica – DPOC. Brasília, 2004.
MARCHIORI, R. C.; SUSIN, C. F.; LAGO, L. D et al. Diagnóstico e tratamento da
DPOC exacerbada na emergência. Revista da AMRIGS, Porto Alegre, v. 54, n.2,
p.214-223. 2010.
51
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
TOSSE VARIANTE DE ASMA
Roberto Veloso Gontijo (Orientador)
Amanda Freire Vieira
Christiane Torres Felício da Silva
Jordan Mariano de Souza Araújo
Luisa Coutinho Teixeira
Larissa Amaral Lauriano
Renata Barbosa Nogueira Gibram
Samuel Silva Ferreira
Tulio Henrique Versiani de Oliveira
Vitor Antonacci Condessa
Identificação do Problema: I.R.M., 64 anos, sexo feminino, aposentada e viúva
chegou a sua primeira consulta com queixa de tosse. Relatou tosse seca, que durava
mais de 20 anos, associada à irritação na garganta. Crises são mais frequentes à noite e
agravam-se ao contato com produtos químicos (detergente, desinfetantes, etc.). Passou
por avaliações e realizou diversos tratamentos anteriormente, sem bons resultados. Não
apresenta sibilos, dispneia ou qualquer outra manifestação associada. História de
tabagismo, dos 10 aos 16 anos. Teve contato com fogão à lenha quando jovem.
Portadora de hipertensão arterial sistêmica e fibromialgia. Em uso de Anlodipino,
Hidroclorotiazida e Amitriptilina. Não foram encontradas alterações ao exame físico do
aparelho respiratório. Cenário: Unidade Básica de Saúde do Distrito de
Amarantina/Ouro Preto, Minas Gerais. Desenvolvimento: A partir das informações
colhidas mediante entrevista médica e exame físico foi aventada a hipótese diagnóstica
de tosse variante de asma. Solicitou-se espirometria com prova broncodilatadora.
Principais Resultados: A espirometria evidenciou um distúrbio obstrutivo leve, com
variação significativa em fluxo e volume após a administração do broncodilatador. Tal
achado corroborou com a hipótese inicial e foi instituído o tratamento com
broncodilatador associado à corticóide inalatório (salmeterol + propionato de
fluticasona). Na semana seguinte a mesma voltou ao consultório relatando uma melhora
parcial do quadro. Teve uma redução da frequência das crises de tosse e na duração dos
episódios. Em outro contato com a paciente, quatro semanas após o início do
tratamento, relatou um período de recorrência dos sintomas. As crises de tosse
retornaram por duas semanas, mesmo utilizando a medicação indicada. Após esse
período, passou a utilizar uma dose maior da associação salmeterol + propionato de
fluticasona e manteve-se novamente assintomática. Conclusões: A tosse é classificada
como crônica quando persiste por mais de oito semanas. Constitui uma queixa frequente
das consultas médicas e pode ser indicativa de diversas patologias, sejam elas
pulmonares ou não. A anamnese e o exame físico, quando bem realizados, podem
esclarecer grande parte das etiologias. Exames complementares podem ser solicitados
quando as informações forem insuficientes. O caso da paciente nos possibilitou uma
52
oportunidade de aprendizado a respeito da abordagem da tosse crônica. A história de
tosse seca, com piora a exposição a irritantes e função pulmonar normal nos levou a
hipótese de tosse variante de asma. O resultado da espirometria também foi fundamental
pra construção do diagnóstico, assim como a boa resposta ao tratamento instituído.
Palavras chave: Tosse crônica, Tosse variante de asma, Asma
Referências:
Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. II diretrizes Brasileiras no Manejo da
Tosse Crônica, J Bras Pneumol 2006. 32 (supp 6): S 403-446.
BRAUNWALD, Eugene; FAUCI, Anthony S.; HAUSER, Stephen L.; KASPER,
Dennis L.; LONGO, Dan L.; JAMESON, J. Larry - Harrison Medicina Interna - 18ª
Edição, Editora Artmed, Rio de Janeiro, 2013.
53
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
SÍNDROME DE TIETZE: UM DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Roberto Veloso Gontijo (Orientador)
Luísa Coutinho Teixeira
Amanda Freire Vieira
Christiane Torres Felício da Silva
Jordan Mariano de Souza Araújo
Larissa Amaral Lauriano
Renata Barbosa Nogueira Gibram
Samuel Silva Ferreira
Tulio Henrique Versiani de Oliveira
Vitor Antonacci Condessa
Paciente KCBS, 40 anos, sexo feminino, natural de Campinas-SP, residente em
Amarantina-MG há 4 anos, 1,60m de altura, 95Kg, comparece à Unidade Básica de
Saúde de Amarantina no dia 30 de abril de 2014 queixando-se de “dor no peito e no
ombro esquerdo”. Na historia da moléstia atual, paciente relata dor na região esternal,
em pontada, aguda, desencadeada quando exerce atividade mais pesada, como carregar
peso no trabalho, de intensidade 8/10, intermitente, melhora com diclofenaco mas não
cessa, melhora com repouso. Relata também dor na região acrômio-escapular esquerda,
contínua, que piora com movimento, melhora com repouso. Inicio das dores há 6 dias.
Refere dispneia de esforço, fadiga, nega palpitações. Possui história pregressa de
pancreatite, esteatose hepática, hérnia de hiato, gastrite nervosa com uso continuo de
Omeprazol, colecistectomia há 10 anos, cirurgia de laqueadura há 19 anos, G2P2A0.
Não possui histórico prévio de doença cardiovascular e relata não ter realizado exames
laboratoriais há muitos anos. Possui histórico familiar de Diabetes Mellitus e doença
renal. Nega histórico familiar de hipertensão arterial ou doença cardiovascular. Paciente
não é alcoolista, é ex-tabagista, não fuma há mais de 20 anos. No momento da consulta,
paciente apresentava sintomas coerentes com inicio de quadro viral (tosse, odinofagia,
cefaleia, ardência nos olhos e febre termometrada de 39oC no dia anterior). Ao exame,
apresentava-se eupneica, afebril, normotensa, normocárdica, aparelhos cardiovascular e
respiratório sem alterações, membros inferiores sem edema. O exame do aparelho
digestório demonstrou abdome globoso, ruídos hidroaéreos presentes, dor à palpação
profunda na região do hipocôndrio direito, baço e fígado não palpáveis. Diante do
quadro exposto, a hipótese diagnostica de angina estável foi a primeira a ser levantada,
uma vez que a paciente apresentava os sinais e sintomas típicos desta síndrome. Porém,
ao analisar a história, pode-se observar que a paciente não apresentava fatores de risco
que corroborassem a hipótese, e analisando-se sua probabilidade de ter uma doença
arterial coronariana, esta mostrou-se menor que 10%. Prosseguiu-se então para uma
investigação mais aprofundada em busca de causas de dor torácica não anginosa e foi
descoberto ao exame físico dor a palpação da região esternocostal direita. Tais sinais
levantaram a segunda hipótese diagnóstica: Síndrome de Tietze. A síndrome de Tietze é
uma inflamação benigna de uma ou mais cartilagens costais, descrita pela primeira vez
54
em 1921. A manifestação clinica inicial é uma dor aguda no peito, que pode mimetizar
episódios de angina e até mesmo de infarto do miocárdio, sua etiologia ainda não foi
elucidada. Muitas vezes pode ser debilitante, e até mesmo tornar-se um quadro crônico.
O diagnostico da síndrome de Tietze é clinico, realizado principalmente através do
exame físico e excluindo-se outras doenças que apresentam sintomatologia semelhante.
Neste caso, o diagnóstico foi confirmado através, além do exame físico, pela descoberta
de uma historia de entumescimento local na região esternocostal direita ha 3 dias,
ausente no momento da consulta, que caracteriza esta síndrome.
Palavras-chave: Sindrome de Tietze; Angina pectoris; diagnóstico diferencial
Referências:
Harold, L.; Kayser, M.D. Tietze’s Syndrome: A review of the literature. JAMA, 21(6),
982-989 (1956)
National Clinical Guideline Center. Chest Pain of Recent Onset: Assessment and
diagnosis of recent onset chest pain or discomfort of suspected cardiac origin. NICE
clinical guideline 95. p19-29 (2010)
55
APRESENTAÇÃO ORAL DE TRABALHOS
ESTUDO DE CASO DE PSORÍASE ATENDIDO NA UNIDADE BÁSICA DE
SAÚDE DO BAIRRO SANTO ANTÔNIO, MARIANA, MINAS GERAIS.
Allan Jefferson Cruz Calsavara (Orientador)
Bryan Ferraz Freitas
Douglas Donadone Soares
Fernanda Souza Pereira
Geysa Carvalho Mendes Silva
Gustavo Resende Furtado
Marina Letícia Massote Couto
Nayane Moura Maia
Patrícia Junqueira de Resende
Pauline Dias Soares
Thales Miranda Sales
Vanessa Cristine Rezende
Viviane Felício da Cunha Rodrigues
Identificação do problema: O caso relatado trata-se de uma paciente M.C. do sexo
feminino, 40 anos, solteira, aposentada, natural de Mariana-MG que procurou o
atendimento médico devido à presença de lesões hipercrômicas na região abdominal,
membro superior esquerdo e cervical, com descamação e prurido intenso, há
aproximadamente nove meses. Cenário: UBS Santo Antônio, no município de
Mariana- Minas Gerais. Desenvolvimento: A psoríase é uma dermatose crônica
caracterizada por lesões eritemato-escamosas, geralmente simétricas e com grau variado
de prurido e tamanho, localizando-se preferencialmente em cotovelos, joelhos, unhas,
região sacral, mãos, pés e couro cabeludo, menos frequente em mucosas labiais e
genitais. As formas atípicas são quando as lesões se localizam em áreas intertriginosas.
Acomete cerca de 1% da população mundial, incide igualmente em ambos os sexos,
sendo mais frequente na terceira e quarta décadas de vida e 50% dos pacientes
apresentam história familiar positiva. A causa da psoríase permanece desconhecida;
sabe-se que possui componente genético e trata-se de uma alteração inicialmente
imunológica, mediada pela resposta tipo Th1. Principais resultados:
56

Documentos relacionados