28 de março de 2016

Segunda-feira, 28 de março de 2016.
DESTAQUES
Ibovespa reverte parte da queda
Concentração bancária agrava restrição de crédito a empresas
Gol contrata PJT Partners
WEG compra fabricante de motores americana
Pagar propina era prática antiga na Odebrecht
Setor elétrico passa por fase de redenção na bolsa
Segunda-feira, 28 de março de 2016.
FECHAMENTO ANTERIOR (24/03/2016)
ALTA
ABERTURA
FECHAMENTO
0,00%
51.005
51.010
MAIORES ALTAS
AÇÃO
PREÇO
ABEV3
RADL3
UGPA3
SUZB5
RUMO3
R$ 19,00
R$ 52,25
R$ 69,67
R$ 14,05
R$ 3,46
%
1,39
1,36
1,09
0,79
0,29
A Bolsa brasileira fechou em alta nesta quintafeira. Segundo o analista Felipe P. Otero, da Ágora
Corretora, “–Sem alterações, índice ainda segue
com fluxo positivo, mas agora precisa
MAIORES BAIXAS
superar topo nos 51.370 pts para conseguir
AÇÃO
PREÇO
%
manter trajetória aos 52.860 e a seguir em
BRKM5 R$ 24,45 -11,73 54.735 pts. Do lado inferior suporte
R$ 14,12 -8,49
VALE3
marcado na MME de 200 em 46.481 que
-8,37
GOAU4 R$ 1,97
precisa ser perdido para indicar algum
-8,33
USIM5 R$ 1,76
padrão de reversão em busca dos 44.935
R$ 10,50 -7,08
VALE5
pts. ”
MÍNIMA
MÁXIMA
VOLUME
49.491
51.005
6.046.223.405
BOLSAS INTERNACIONAIS
Índice
Dow Jones
S&P 500
Nasdaq
Pontos
%
17,826.30
-1,54
2,081.18
-1,13
4,581.00
-1,58
Índice
Euro
FTSE 100
DAX
Pontos
%
3,701.90
+0,76
7,041.73
+0,67
11,871.12
+0,29
Índice
CAC 40
Shangai
Nikkei
Pontos
%
5,164.94
+0,42
2,750.00
-6,42
19,634.49
-0,09
AGENDA
11:00 – Pending Home Sales
10:30 – Nota de Mercado Aberto
15:00 – Balança Comercial
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Segunda-feira, 28 de março de 2016.
IBOVESPA REVERTE PARTE DA QUEDA
Em um dia de poucos negócios e com fraco volume financeiro, o Ibovespa operava em baixa de 0,17%
aos 49.606 pontos. Pela manhã, o índice chegou a cair 1,83%, mas a retração foi parcialmente revertida com a
recuperação dos mercados internacionais. O petróleo do tipo WTI fechou com leve baixa de 0,8% a US$ 39,46
a tonelada. Durante o dia, a queda havia chegado a 3%. A notícia divulgada de que o governo brasileiro deve
reconhecer a China como economia de mercado animou os investidores. As ações das companhias que exportam
para a China operavam em alta nesta tarde. No mês, o fluxo de recursos estrangeiros é de R$ 6,841 bilhões,
resultado de compras de R$ 88,713 bilhões e de vendas de R$ 81,871 bilhões. No ano, o fluxo é positivo em R$ 9
bilhões.
CONCENTRAÇÃO BANCÁRIA AGRAVA RESTRIÇÃO DE
CRÉDITO A EMPRESAS
Não é só da falta de crédito que empresários de todos os setores e portes têm se queixado na atual crise.
É também da falta de bancos. Em meio à saída de instituições financeiras estrangeiras do Brasil, ao encolhimento
dos bancos médios e à falta de capital dos bancos públicos, empresas brasileiras têm visto sumir o número de
portas para bater em busca de dinheiro. A redução do número de bancos na ativa ajuda a amplificar os efeitos
da atual escassez de crédito, resultado do temor das instituições em emprestar e não receber. A concentração
bancária não é uma história recente no país, mas ganhou uma série de novos capítulos em 2015. Dois dos maiores
bancos estrangeiros no Brasil, Citi e HSBC, vão encolher as operações no país o HSBC vendeu sua unidade
brasileira ao Bradesco e o Citi busca comprador para seu banco de varejo. Já o BTG Pactual, conhecido por ser
um dos mais agressivos na tomada de risco de crédito no mercado, se viu obrigado a diminuir de tamanho após
a corrida por liquidez causada pela prisão de André Esteves, ex-controlador da instituição. Entre os médios,
instituições como Pine, Indusval e Fibra tiveram nova deterioração nos resultados e reduziram suas operações.
GOL CONTRATA PJT PARTNERS
A Gol Linhas Aéreas contratou a PJT Partners para prestar assessoria financeira e propor alternativas
para a dívida sem garantia colocada pela companhia no exterior. Segundo comunicado enviado nesta segunda-feira
à Comissão de Valores Mobiliários, a PJT Partners irá aconselhar a companhia na tomada de medidas para
fortalecimento da sua estrutura de capital, liquidez e perfil de endividamento. A contratação, de acordo com a
Gol, integra o plano de negócios e é consistente com as medidas já anunciadas de otimização da sua malha aérea,
alteração no cronograma de entrega de novas aeronaves e racionalização da sua capacidade, de maneira a ajustar
a oferta de voos da empresa à demanda e ao atual cenário do setor.
WEG COMPRA FABRICANTE DE MOTORES AMERICANA
A montadora de máquinas e equipamentos WEG anunciou nesta segunda-feira a compra da fabricante
americana de motores elétricos Bluffton Motor Works. O valor pago na transação não foi revelado, mas não
representa investimento relevante, de acordo com comunicado da empresa. A Bluffton Motor Works é uma
companhia com sede na cidade de Bluffton, em Indiana, nos Estados Unidos. Foi fundada em 1944 e é especializada
na manufatura de motores elétricos fracionários. A sede da empresa ocupa uma área de 37 mil metros quadrados
e tem aproximadamente 400 colaboradores. A companhia atende clientes do setor de processamento de alimentos
e bebidas, fabricantes de máquinas industriais, equipamentos para comércio e serviços, bombas e ventilação,
entre outros. No ano passado, a receita líquida da Bluffton foi de US$ 64 milhões.
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Segunda-feira, 28 de março de 2016.
PAGAR PROPINA ERA PRÁTICA ANTIGA NA ODEBRECHT
Ex-funcionária do departamento financeiro da Odebrecht, Conceição Andrade afirmou que o pagamento
de propinas era uma prática antiga na empreiteira. Conceição, que trabalhou por 11 anos na empresa, disse ter
uma lista, referente ao ano de 1988, com mais de 500 nomes, entre eles os de ex-ministros, ex-governadores,
ex-prefeitos, senadores e deputados, relacionados a obras em que supostamente houve pagamento de propina.
Não há comprovação de que se trata de propina e de que os políticos listados, cujos nomes não foram divulgados,
cometeram ilegalidade. À TV Globo, a PF afirmou que, se for comprovada sua autenticidade, os documentos
serão incorporados ao banco de dados da Operação Lava-Jato, que apura um esquema de corrupção bilionário
na Petrobras, mas que provavelmente ninguém poderá ser processado, porque esses crimes, que teriam ocorrido
na década de 1980, já estariam prescritos.
SETOR ELÉTRICO PASSA POR FASE DE REDENÇÃO NA BOLSA
Basta olhar a carteira do Índice Bovespa para se surpreender com a quantidade de ativos que acumulam
valorização acima de dois dígitos no ano: nada menos que 42 papéis. As altas vão de 11,13%, caso das units do
Santander, aos incríveis 181% das ordinárias da incorporadora PDG. Entretanto, em meio ao rali de preços visto
em fevereiro e março, há um grupo de papéis nos quais a apreciação destoa da euforia política pura. São as ações
de companhias de eletricidade. Um dos grupos de empresas preferido de casas de análise no momento atual é o
mesmo que foi um dos mais evitados nos últimos três anos. Desde a Medida Provisória 579, de setembro de
2012, que mudou as regras vigentes e derrubou o valor de mercado dessas companhias, papéis do setor
amargaram quedas de até 54%, caso da Eletrobras PNB, até janeiro do ano passado. Além da interferência do
governo, dois anos de crise hídrica acrescentaram pressão às cotações no período. Os anos de sofrimento, porém,
tornaram as companhias mais enxutas e preparadas para adversidades. Com a mudança dos cenários de regulação
e de crise hídrica, analistas passaram a chamar a atenção para o setor elétrico muito antes de a possibilidade de
mudança de governo vir a causar a atual corrida ao risco. As companhias de geração, distribuição e transmissão
têm vivido uma espécie de redenção na bolsa desde a metade do ano passado.
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Segunda-feira, 28 de março de 2016.
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