Relatório e Contas 2008
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Relatório e Contas 2008
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais ÍNDICE I. ÍNDICE GERAL 2 ÍNDICE DE QUADROS 3 ÍNDICE DE FIGURAS 3 ÍNDICE DE GRÁFICOS 4 INTRODUÇÃO 5 II. O SUCH NO CONTEXTO DO SECTOR DA SAÚDE 12 III. PLANO ESTRATÉGICO 2007-2009 – os objectivos a que nos propusemos em 2008 18 IV. ACTIVIDADES DE 2008 24 IV.1. O 2º ano de execução do Plano Estratégico 25 IV.2. As Funções Corporativas 31 IV.2.1. Recursos Humanos 31 IV.2.2. Qualidade 36 IV.2.3. Comunicação e Imagem 39 IV.2.4. Marketing 47 IV.2.5. Comercial 48 IV.2.6. Sistemas de Informação 54 IV.2.7. Compras 56 IV.2.8. Financeira 58 IV.2.9. Apoio Geral 59 IV.2.10. Apoio Jurídico 60 IV.2.11. Cooperação 62 IV.3. As Áreas de Negócio 63 IV.3.1. A Actividade Produtiva do SUCH 63 IV.3.2. Somos EQUIPAS 68 IV.3.3. Somos AMBIENTE 78 IV.3.4. Somos NUTRIÇÃO 86 IV.3.5. Somos CONSULTORIA 92 V. A SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA 96 V.1. Evolução e Análise 97 V.2. Demonstrações Financeiras 103 Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados 109 V.3. Proposta de Aplicação de Resultados 124 VI. ÓRGÃOS SOCIAIS 125 VII. ASSOCIADOS A 31 DE DEZEMBRO DE 2008 127 VIII. CONSIDERAÇÕES FINAIS 131 IX. ANEXO 137 Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 3 de 141 ÍNDICE DE QUADROS Quadro nº 1 Peso das Instituições do Sistema de Saúde na facturação do SUCH em 2008 14 Quadro nº 2 Despesa alocada aos Recursos Humanos 35 Quadro nº 3 Nº de Clientes e Contratos da Direcção Comercial Norte 49 Quadro nº 4 Vendas da Direcção Comercial Norte 50 Quadro nº 5 Nº de Clientes e Contratos da Direcção Comercial Centro 51 Quadro nº 6 Vendas da Direcção Comercial Centro 51 Quadro nº 7 Nº de Clientes e Contratos da Direcção Comercial Sul 53 Quadro nº 8 Vendas da Direcção Comercial Sul 54 Quadro nº 9 Evolução do Volume de Negócios do SUCH 64 Quadro nº 10 Evolução dos Custos Operacionais do SUCH 64 Quadro nº 11 Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos EQUIPAS no período de 2005-2008 69 Quadro nº 12 Evolução do Volume de Negócios da UN Manutenção de Instalações e Equipamentos 2005-2008 71 Quadro nº 13 Evolução do Volume de Negócios da Segurança e Controlo Técnico 2005-2008 72 Quadro nº 14 Evolução do Volume de Negócios da UN Energia nos anos 2006-2008 73 Quadro nº 15 Evolução do Volume de Negócios da UN Projectos e Obras nos anos 2005-2008 74 Quadro nº 16 Evolução da Actividade da UN Projectos e Obras nos anos 2005-2008 75 Quadro nº 17 Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos AMBIENTE no período de 2005-2008 78 Quadro nº 18 Evolução da Produção - UN Gestão e Tratamento de Roupa 80 Quadro nº 19 Evolução da Produção - UN Limpeza Hospitalar 81 Quadro nº 20 Evolução da Produção - UN Gestão e Tratamento de Resíduos 83 Quadro nº 21 Distribuição Nacional e Exportação dos Resíduos a Incinerar 84 Quadro nº 22 Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos NUTRIÇÃO 2005-2008 88 Quadro nº 23 Evolução do Volume de Produção do Cluster Somos NUTRIÇÃO 2005-2008 89 Quadro nº 24 Evolução do Volume de Negócios do Somos CONSULTORIA 94 Quadro nº 25 Indicadores de Gestão 102 ÍNDICE DE FIGURAS Figura nº 1 Plano Estratégico 2007-2009 20 Figura nº 2 Objectivos para 2007 e 2008 23 Figura nº 3 Principal âmbito de intervenção das Iniciativas Estratégicas 23 Figura nº 4 Ferramentas para a Gestão Estratégica de Recursos Humanos no SUCH 31 Figura nº 5 Programa de Formação no período 2006-2008 32 Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 4 de 141 ÍNDICE DE GRÁFICOS Gráfico nº 1 Evolução, por região, da presença do SUCH em Hospitais do SNS (%) 15 Gráfico nº 2 Nº de áreas contratadas ao SUCH pelos Hospitais do SNS 16 Gráfico nº 3 Percentagem dos Hospitais do SNS clientes do SUCH, por Cluster 17 Gráfico nº 4 Evolução dos Efectivos por Áreas de Negócio 33 Gráfico nº 5 Evolução das Taxas de Rotação, Cessação e Admissão 34 Gráfico nº 6 Distribuição de Auditorias Internas da Qualidade por áreas 37 Gráfico nº 7 Peso das diferentes rubricas nos Custos Operacionais das Áreas de Negócio - 2008 66 Gráfico nº 8 Distribuição do Volume de Negócios pelos diferentes Clusters - 2008 67 Gráfico nº 9 Distribuição dos custos pelos diferentes Clusters - 2008 67 Gráfico nº 10 Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos EQUIPAS 2005-2008 69 Gráfico nº 11 Evolução do Volume de Negócios da UN Manutenção de Instalações e Equipamentos 2005-2008 71 Gráfico nº 12 Evolução do Volume de Negócios da Segurança e Controlo Técnico 2005-2008 72 Gráfico nº 13 Evolução do Volume de Negócios da UN Energia 2006-2008 74 Gráfico nº 14 Evolução do Volume de Negócios da UN Projectos e Obras 2005-2008 75 Gráfico nº 15 Distribuição Percentual de Proveitos por UN 2008 76 Gráfico nº 16 Evolução do Volume de Negócios - Cluster Somos AMBIENTE - 2005-2008 79 Gráfico nº 17 Evolução da Produção - Cluster Somos AMBIENTE 80 Gráfico nº 18 Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos NUTRIÇÃO 2005-2008 88 Gráfico nº 19 Evolução do Volume de Produção do Cluster Somos NUTRIÇÃO 2005-2008 90 Gráfico nº 20 Análise Evolutiva da Actividade do Somos CONSULTORIA 2007-2008 95 Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 5 de 141 I. INTRODUÇÃO O Plano Estratégico 2007-2009 do SUCH (aprovado por unanimidade em Assembleia Geral de Janeiro de 2007) visa que, ao termo do ano 2009, o SUCH seja reconhecido como estrutura de serviços partilhados na área da Saúde, num exercício de elevada responsabilidade social. No primeiro ano de execução – 2007 – foram concretizados todos os objectivos previstos, sendo este requisito essencial ao sucesso de um Plano Estratégico reconhecido por todos como de grande ambição, a saber: - foi operada, no essencial, a reestruturação interna do SUCH (com verticalização e clusterização das áreas produtivas, autonomização das funções Comercial e Marketing e esboço das funções corporativas visando o dimensionamento adequado ao suporte não só das áreas produtivas tradicionais mas também das novas linhas de serviço); - foram criadas quatro novas linhas de serviço aos associados: Consultoria, Compras e Logística, Contabilidade e Gestão Financeira e Processamento de Salários. De acordo com a Estratégia de Parcerias aprovada na Assembleia Geral de Outubro de 2006 foram, para viabilizar as novas linhas de serviços partilhados (internalizando competências no SUCH num horizonte de médio prazo), criadas três estruturas empresariais (Agrupamentos Complementares de Empresas) no ano de 2007, verificando-se a sua instalação e capacidade de arranque observada ao termo desse ano, de molde a apoiar, designadamente: - a concretização das reformas conjugadas do PRACE e dos Cuidados de Saúde Primários (no quadro das quais viriam a ser criados os Agrupamentos de Centros de Saúde - ACES - e extintas as Sub-Regiões de Saúde); - a obtenção de Ganhos Rápidos, por força de Economias de Escala (decorrentes de agregação de compras hospitalares) e da Garantia de Pagamento a Fornecedores (tendo sido para o efeito criado também durante o ano de 2007 um Sistema Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 7 de 141 adequado, disponível a partir de Janeiro de 2008 pelo Consórcio Bancário: CGD, BES e BCP). O financiamento da criação destes três ACEs (que assentam num modelo de recuperação integral dos custos de investimento através dos resultados da própria actividade) foi totalmente assegurado por recurso a capital alheio (empréstimos bancários) em conformidade com o aprovado sucessivamente nas Assembleias Gerais do SUCH de Outubro de 2006, Janeiro de 2007 e Maio de 2007. No fim do ano de 2008, nos termos previstos no Plano Estratégico deveriam “desejavelmente”: - ter ocorrido os primeiros “roll-outs” dos projectos-piloto destas novas áreas; - verificar(em)-se ganhos de optimização decorrentes da nova estrutura orgânica do SUCH; - haver evidências de introdução de uma política de recursos humanos; - estar reposicionada uma área tradicional como Gestor de Contratos; - estar empresarializada uma área tradicional. Parte muito significativa destes itens foi observada no decurso do ano que, no entanto, verificou séria perturbação em alguns factores exógenos pré-identificados no Plano Estratégico como críticos, a saber: - remodelação governamental no sector, ocorrida em Janeiro de 2008; - deslizamento das reformas do PRACE e dos Cuidados de Saúde Primários, não se tendo por força da não criação dos ACES (Agrupamentos de Centros de Saúde) no decurso do ano de 2008, permitido o arranque de algumas das linhas de serviço; - atitudes muito diferenciadas por parte dos associados face ao SUCH, nomeadamente no que respeita à cultura de pagamento das prestações de serviços Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 8 de 141 que contratam, constrangendo gravemente a Tesouraria e obrigando ao recurso sistemático a factoring, evitando maiores níveis de endividamento mas gerando custos financeiros com significado no ano. Outros factores exógenos se impuseram também com impacto forte no exercício 2008: - elevada inflação verificada sobretudo no primeiro semestre (mas reflectida nos preços dos bens e serviços contratados para todo o ano, dada a adopção pelo SUCH das regras do novo CCP – Código dos Contratos Públicos – no primeiro quadrimestre); - degradação das condições nos mercados financeiros, com forte impacto nomeadamente nos custos financeiros suportados pelo SUCH (recorda-se que, ao termo de 2007, a Associação detinha um nível de endividamento próximo dos 70%), bem como no suportado pelos ACEs (nos quais o SUCH detém posições entre os 86% e os 95%) e ainda no Sistema de Garantia de Pagamentos disponibilizado aos associados. Da combinação destes factores resulta designadamente a evolução do peso relativo do total de Custos e Perdas Financeiras na estrutura de custos totais do SUCH de 1,6% (percentagem verificada no ano de 2007) para 3,5%. Por fim, importa expressar também neste contexto e momento a forte surpresa e preocupação do Conselho de Administração do SUCH face à baixa velocidade de materialização da Adesão dos Associados envolvidos nos pilotos dos novos serviços partilhados, serviços estes (recorda-se) solicitados expressamente por Tutela e Associados no ano de 2006.1 1 O estudo realizado pela CONSULMARK em 2006, avaliou o grau de satisfação dos Associados em relação aos serviços tradicionalmente prestados pelo SUCH, bem como identificou expressamente novas necessidades de desenvolvimento de outras linhas de serviço, tendo sido solicitado pelos associados designadamente: - serviços na área da Contabilidade e Finanças, por 20% dos associados hospitais e 12% dos Centros de Saúde e Misericórdias; - serviços na área da administração de Recursos Humanos, por 24% dos associados hospitais e 17% dos Centros de Saúde e Misericórdias; Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 9 de 141 O facto de, por exemplo, os Protocolos de Adesão no âmbito das Compras e Logística só terem sido efectivados em Outubro de 2008 (bem como os ganhos do concurso realizado no último trimestre de 2007 terem sido internalizados no S.N.S. pela contratação directa pelos hospitais - e de modo plurianual - sem remuneração da estrutura de serviços partilhados) impediram o SUCH de um encaixe, nas contas do ano, superior ao que ora se apresenta como prejuízo! Por estes motivos, no acto de submeter à aprovação do Plano e Orçamento 2009 (já aprovado na Assembleia Geral de Janeiro) o Conselho de Administração defendeu a criticidade da elaboração no decurso deste ano do Plano de Sustentabilidade de LongoPrazo do SUCH, considerando que, no contexto de crise internacional e suportando exclusivamente com capital alheio o desenvolvimento das novas áreas (e atentos os níveis de endividamento herdados do SUCH) a instituição se encontra num nível de risco inaceitável. À data - Dezembro de 2008 - alertaram-se também, Associados e Tutela, para o facto de que o pressuposto de Livre Adesão aos serviços partilhados (em regra não instituído nos outros países que os têm utilizado como estratégia reiterada de Ganhos de Eficiência para fazer face ao crescimento da despesa alocada à Saúde) pode pôr em risco não apenas o SUCH mas também a expectativa de geração de poupanças no SNS com uma expressão anual que pode chegar aos 400 milhões de Euros2. - serviços de Compras e Logística, por 24% dos associados hospitais e 20% dos Centros de Saúde e Misericórdias; - serviços de Sistemas de Informação, por 43% dos associados hospitais e 32% dos Centros de Saúde e Misericórdias; - serviços de Consultoria estratégica, por 31% do total de associados. 2 Estimativa realizada pela The Boston Consulting Group em Dezembro de 2008 que evidencia a possibilidade de os serviços partilhados gerarem poupanças até 400 milhões de Euros em ano de velocidade cruzeiro, ao actuarem sobre cerca de 25% da totalidade da despesa do Ministério da Saúde, tendo designadamente presente: - os resultados verificados por serviços partilhados em saúde em outros países desenvolvidos; - os resultados nacionais pela introdução de serviços partilhados em torno dos mesmos processos em Portugal nos outros sectores de actividade; - a capacidade verificada dos serviços partilhados promovidos pelo SUCH a esta data. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 10 de 141 A expressão decorrente destas circunstâncias nos resultados anuais de 2008 do SUCH resume-se com brevidade: - por força dos factores exógenos relacionados com a inflação verificada no ano de 2008 e não prevista em 2007, a um resultado operacional negativo de 1,5 milhões de Euros; - por força da degradação dos mercados financeiros, combinada com um prazo médio de recebimento verificado nos primeiros 11 meses do ano ao nível dos 255 dias, a um resultado líquido negativo (se considerado apenas o SUCH tradicional) da ordem dos 3,7 milhões de Euros, situando-se nesse contexto a Solvabilidade do SUCH em 0,35 e a Autonomia Financeira em 0,26. Contudo, acrescem aos factores enunciados: - a consolidação, nas contas do SUCH, dos resultados dos ACEs em que detém participações; - o saneamento apurado na rubrica de existências/trabalhos em curso3 (pendentes nos últimos 10 anos de exercício do SUCH), o que foi efectuado no ano com consequências muito expressivas na redução do Capital Próprio do SUCH e, em consequência, na degradação de todos os ratios que o contemplam. Reiterando por inteiro o afirmado no Plano e Orçamento 2009 torna-se pois crítica e prioritária a revisão e controlo estratégico sobre os principais factores exógenos (nomeadamente financiamento por capital alheio, liberdade e ritmo de adesão às novas linhas de serviço) situação para que se alertam os Associados e a Tutela dada a crueza dos elementos ora disponibilizados, nomeadamente um nível de endividamento do SUCH de 78% e uma reduzida Autonomia Financeira, que, sem o controlo imediato destes factores, se verão certamente agravados, com sério perigo, nos anos seguintes. Por fim, o Conselho de Administração com o sentido de responsabilidade que o norteia não pode, no entanto, deixar de registar como elementos finais: 3 Este trabalho, tendo sido iniciado no ano anterior, nomeadamente com recurso a auditores externos, foi obrigatoriamente concluído no ano de 2008 na sequência de Reserva efectuada pelo ROC no âmbito da Certificação das Contas de 2007. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 11 de 141 - não obstante não ter sido projectado (nem desejado) no Plano Estratégico 20072009, o crescimento da actividade tradicional do SUCH neste período de reorganização interna e reposicionamento, este manteve-se de novo em 2008 acima dos 15%; - terem sido revistos no âmbito da reorganização do SUCH todos os processos Jurídicos, de Compras e Financeiros ao longo do ano de 2008 e criados os necessários instrumentos (Contabilidade Analítica, de gestão até Planeamento e aqui inexistentes Controlo na instituição de Gestão, Modelo de Valorização Económica de Propostas, Regulamento de Contratação, Fortalecimento do Modelo de Contratação “In-House”, entre outros); - o dimensionamento das Funções Corporativas (desenvolvidas ou criadas apenas neste período estratégico) respeita, ao termo do ano e como previsto, por inteiro os limites preconizados no Plano Estratégico; - apesar da “violência” de uma mudança organizacional tão profunda os níveis de empenhamento e dedicação dos profissionais do SUCH são ainda extraordinários, facto que o Conselho de Administração faz questão de reconhecer e neste acto expressar aos Associados e Tutela. E neste contexto afirmar que apesar do (in)sucesso relativo do ano de 2008 face à Visão para que nos mandatarem até 2010, Conselho de Administração e profissionais do SUCH confiam e continuam a acreditar que é na matriz associativa (assumida sem equívocos), em concertação estratégica com a Tutela, que a Razão Fundadora do SUCH se cumpre e perdura, para além das crises e das circunstâncias. Missão – Ser uma instituição sem fins lucrativos que visa promover a redução de custos e o aumento da Qualidade e Eficiência dos seus Associados e, consequentemente, a sustentabilidade do S.N.S. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 12 de 141 II. O SUCH NO CONTEXTO DO SECTOR DA SAÚDE Tendo como Missão promover a redução de custos e o aumento da qualidade e da eficiência dos seus associados e, consequentemente, do Sistema de Saúde, o SUCH mantém como factores especialmente relevantes para o seu desenvolvimento no período do Plano Estratégico 2007-2009, as principais reformas que se pretendem levar a cabo no Serviço Nacional de Saúde e que se traduzem: Na Reforma dos Cuidados de Saúde Primários que, no âmbito de uma prestação de cuidados de saúde de proximidade, se articula com o PRACE; No desenvolvimento da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados; No processo de empresarialização dos hospitais, tendo em vista, nomeadamente, a sustentabilidade financeira do SNS; No âmbito da Reforma dos Cuidados de Saúde Primários é de salientar que, apesar de ter sido publicado em Fevereiro de 2008 o Decreto-Lei que criou os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES) como serviços desconcentrados das ARSs, apenas um ano depois (Março de 2009) foram publicadas as portarias regulamentares que, pela via da efectiva criação de cada ACES só então iniciada, extinguiram as Sub-Regiões de Saúde. Mantendo o espírito desta reforma, associado aos pretendidos efeitos do PRACE, a pertinência dos serviços partilhados, com especial incidência nas áreas de recursos humanos e financeiros, é primordial. Deste modo, em 2009, será dado um especial enfoque ao arranque destes serviços já contratados pelas ARSs durante o ano 2008/2009 (4). No que concerne à Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e ao seu desenvolvimento em 2008, nomeadamente o decorrente da entrada em vigor do Programa Modelar (bem como às novas necessidades que coloca na compra agregada de medicamentos e outros bens específicos de saúde, também para misericórdias e instituições 4 Encontrando-se para o efeito celebrados Protocolos de Compromisso e de Adesão pelas ARSs Norte, Centro e Algarve. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 14 de 141 de solidariedade social - IPSSs), é de relevar o peso crescente que as Misericórdias têm tido como destinatários dos serviços do SUCH. Embora representando apenas cerca de 1% do volume de negócios da Instituição, o número de Misericórdias clientes ascende já a 86. De facto, apesar de os hospitais serem o maior segmento de mercado do SUCH (cerca de 88% da facturação em 2008, como se pode observar pelo Quadro nº 1), a procura de maior eficiência no seio do Sistema de Saúde abrange ainda outras instituições que, por menor dimensão, representam uma quota-parte inferior no negócio da Associação. Quadro nº 1 Peso das instituições do Sistema de Saúde na facturação do SUCH em 2008 Facturação Tipologia de clientes (milhões euros) (%) 81,8 88,4 81,0 0,8 87,6 0,8 ARS 2,9 3,1 Misericórdias 0,8 0,9 Outros 7,0 7,6 Total 92,5 100,0 Hospitais 1. SNS 2. Outros No que respeita ao contributo possível e desejável do SUCH para a sustentabilidade do SNS, potenciando os efeitos decorrentes da empresarialização dos seus hospitais por via da contratação de serviços partilhados em diferentes áreas (melhoria de eficiência das unidades hospitalares, libertando, desta forma, recursos para o incremento da qualidade da prestação de cuidados de saúde), é de referir que em 2008, o SUCH manteve o seu esforço de eficácia, prestando serviços à quase totalidade dos hospitais do SNS (a cerca de 95% dos hospitais), senão mesmo à sua totalidade em algumas regiões – casos das do Norte, Alentejo e Algarve. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 15 de 141 Gráfico nº 1 Evolução, por região, da presença do SUCH em Hospitais do SNS (%) 100% 100% 100% 100% 100% 96% 96% 100% 100% 100% 91% 87% Norte Centro 2006 87% 89% 88% LVT Alentejo 2007 Algarve 2008 Para melhorar a eficácia no cumprimento da sua missão, quer no que respeita à qualidade dos serviços que a unidade hospitalar presta, quer no que concerne à reafectação de recursos para a prestação de cuidados de saúde, o SUCH tem evoluído no sentido de incrementar a contratação integrada de diferentes áreas. O trabalho desenvolvido tem conduzido a que se tenha vindo a verificar um acréscimo do número de áreas contratadas por cada hospital, traduzindo a confiança que os hospitais possuem na qualidade do serviço prestado pelo SUCH. Em 2008, mais de metade dos hospitais clientes contrataram cinco ou mais áreas de serviço ao SUCH e cerca de 70% contrataram quatro ou mais áreas. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 16 de 141 Gráfico nº 2 Número de áreas contratadas ao SUCH pelos hospitais do SNS 16 Nº de Hospitais 12 11 9 7 3 2 1 2 3 4 5 6 2 7 8 Nº de Áreas É de realçar que, neste movimento de contratação de um cada vez maior número de áreas de serviço do SUCH, são os hospitais de maior dimensão (5) que têm procurado uma maior integração de serviços – 69% destes hospitais, contrataram cinco ou mais áreas em 2008. Os serviços mais procurados pelos hospitais do SNS são os prestados pelos Clusters Somos EQUIPAS e Somos AMBIENTE. De facto estes clusters têm, respectivamente, uma quota de mercado de 78% e 82% na totalidade dos hospitais do SNS, sendo nos hospitais de maior dimensão que a proporção é superior – de realçar que todos os clientes de maior dimensão procuram os serviços do SUCH nestes dois clusters. 5 Consideram-se: Hospitais de grande dimensão – hospitais com um número de camas superior ou igual a 500 Hospitais de média dimensão – hospitais com um número de camas superior ou igual a 200 e inferior a 500 Hospitais de pequena dimensão – hospitais com um número de camas inferior a 200. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 17 de 141 Gráfico nº 3 Percentagem dos hospitais do SNS clientes do SUCH, por Cluster Como nota final, relevar que, apesar de com uma quota menor, o Somos NUTRIÇÃO tem vindo sustentadamente a ganhar terreno junto do principal segmento de mercado do SUCH, em grande parte devido ao reconhecimento da especialização detida pela instituição na abordagem da nutrição como complemento terapêutico. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 18 de 141 III. PLANO ESTRATÉGICO 2007-2009 – os objectivos a que nos propusemos em 2008 Aprovado no início de 2007, na Assembleia Geral de Janeiro, o Plano Estratégico (anexo – Mapa Estratégico) foi concebido para um período de três anos (2007 a 2009) no qual se objectivou o posicionamento do SUCH como uma estrutura de serviços partilhados na Área da Saúde, com elevada responsabilidade social, alinhada com as melhores práticas verificadas nos outros países desenvolvidos, tendo presente a Missão fundadora da Associação de ser uma instituição sem fins lucrativos que visa promover a redução de custos e o aumento da qualidade e eficiência dos seus associados e, em consequência, do SNS. Tendo como objectivo último contribuir para a qualidade e sustentabilidade do SNS e a procura continuada de maior eficiência dos Associados, o SUCH estabeleceu, assim, como finalidades do seu Plano Estratégico 2007-2009: Proporcionar poupanças aos Associados, libertando recursos para a prestação de Cuidados de Saúde de Qualidade; e Assegurar a Auto-suficiência Económica e Financeira do SUCH a longo prazo; pressupondo toda uma estratégia assente em quatro linhas ordenadoras dos Objectivos Estratégicos: 1. O reposicionamento das áreas de negócio de actuação tradicional do SUCH; 2. A criação de novas áreas de negócio; 3. A instituição de mecanismos de revisão do portfolio das áreas de negócio do SUCH em razão dos dinamismos e das falhas de mercado; e 4. O desenvolvimento das funções corporativas do SUCH em ordem a suportar todo o processo estratégico; e que se alicerçam num conjunto coerente de acções e projectos - Programa de Transformação do SUCH 2007-2009 - consubstanciadas em seis Iniciativas Estratégicas. A figura que seguidamente se apresenta, sintetiza a estratégia definida para os três anos em causa. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 20 de 141 Figura nº 1 Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 21 de 141 Neste período de Plano Estratégico, pode-se afirmar que o primeiro ano, 2007, foi concebido como o ano de lançamento do processo de transformação do SUCH, o segundo, 2008, estruturado como o ano de estabilização das reformas ao nível das áreas tradicionais e de arranque das novas áreas de serviços partilhados, concentrando-se os esforços, no ano de 2009, na consolidação das mudanças decorrentes da implementação do Plano Estratégico. Desta forma e na senda da coerência da estratégia definida para os três anos, foram definidos objectivos anuais para 2008, a saber: Satisfazer as necessidades dos associados através de um Serviço de Qualidade ao Melhor Preço; Neste âmbito assumiu-se como estratégico o desenvolvimento de um conjunto de acções estruturantes para a gestão do acompanhamento dos associados e dos clientes, a divulgação e promoção das melhores práticas do SUCH junto dos Associados, evidenciando o valor acrescentado que resulta do processo de clusterização desenvolvido em 2007 e a consolidação do Sistema de Gestão de Qualidade. Prosseguir o esforço de melhoria de Eficiência Global do SUCH, designadamente através da obtenção de Ganhos de Produtividade; No domínio da redução do peso relativo da despesa das estruturas de suporte do SUCH face ao seu volume de negócios, foi considerada estratégica, nomeadamente, a externalização para serviços partilhados das Funções Compras, Contabilidade e Gestão Financeira e Processamento de Salários, o aperfeiçoamento implementação dos e Sistemas de Informação uniformização de novos e o processos desenvolvimento, e procedimentos, designadamente nas áreas Jurídica, Apoio Geral, Administrativa e Financeira. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 22 de 141 Reposicionar as áreas tradicionais de mercado “maduro” e eficiente, evoluindo nestas da posição de prestador de serviços para Parceiro do Associado, nomeadamente como Gestor de Contratos; Neste âmbito, pretendeu-se preparar, durante 2008, a estratégia de empresarialização das áreas tradicionais e, sempre que tal se justifique, a preparação da saída do SUCH da posição de prestador. Alargar os novos Serviços Partilhados a outras instituições de saúde, após a conclusão e demonstração operada no quadro dos respectivos projectos-piloto; e Criar uma “atitude comum” dos profissionais do SUCH, associada a uma cultura de responsabilização generalizada, assente no conhecimento consciente dos processos, sedimentada no fortalecimento da liderança, delegação de responsabilidades e na objectivação de compromissos enquanto expressão dos valores organizacionais. Os objectivos de 2008 prosseguem a linha condutora iniciada no ano anterior, numa óptica de consistência da estratégia, fundamental ao alcance dos objectivos finais. De facto, mantendo como objectivo anual ao longo de todo o período, a prestação de um Serviço de Qualidade ao Melhor Preço, os objectivos de 2008 foram posicionados como corolário dos do ano anterior. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 23 de 141 Figura nº 2 As acções e projectos a desenvolver no período para o alcance dos Objectivos Estratégicos, consubstanciados no Programa de Transformação, centraram-se, em 2008, nas seguintes áreas: Figura nº 3 Principal âmbito de intervenção das Iniciativas Estratégicas PROGRAMA DE TRANSFORMAÇÃO 2007 - 2009 INICIATIVAS ESTRATÉGICAS : ÂMBITO DOS PRINCIPAIS PROJECTOS PARA 2008 - EFICIÊNCIA GLOBAL MIGRAÇÃO DA COMPRAS, RH E FIN. PARA ACE CONSOLIDAÇÃO E OPTIMIZAÇÃO ÁREAS DE NEGÓCIO E ÁREAS COMERCIAIS VERTICALIZAÇÃO E EMPRESARIALIZAÇÃO ESTRATÉGIA DE REPOSICIONAMENTO E EMPRESARIALIZAÇÃO (PREPARAÇÃO) NOVAS ÁREAS DE SERVIÇOS PARTILHADOS ARRANQUE OPERAÇÕES ACE ROLL -OUTS DOS ACE FUNÇÕES CORPORATIVAS DESENVOLVIMENTO DO CENTRO CORPORATIVO COMUNICAÇÃO INTERNA / GESTÃO DA MUDANÇA COMUNICAÇÃO DA MARCA E POSICIONAMENTO COMUNICAÇÃO EXTERNA COMUNICAÇÃO E MOBILIZAÇÃO INTERNA Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 24 de 141 OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS 2007-2009 2009 IV. ACTIVIDADES DE 2008 IV.1. O 2º ANO DE EXECUÇÃO DO PLANO ESTRATÉGICO O ano de 2008 foi alvo de uma forte aposta na criação e desenvolvimento de mecanismos fiáveis de monitorização e acompanhamento do programa de transformação do SUCH e da Gestão. Tendo sido criado e testado um Modelo de Monitorização do Plano Estratégico, a sua aplicação permitiu avaliar, não só o cumprimento das metas anuais estabelecidas para os indicadores de monitorização do Plano, como também o “grau” de concretização dos Objectivos Estratégicos. Verifica-se que, após dois anos de execução do Plano Estratégico 2007-2008, cerca de 75 % dos objectivos estratégicos viram genericamente as suas metas anuais atingidas, tendo o principal atraso no cumprimento do Plano sido registado, dado o intenso crescimento da actividade, ao nível do reposicionamento das áreas tradicionais actuantes em mercados maduros e eficientes e da consequente evolução do SUCH para parceiro do Associado como Gestor de Contratos. Também no que concerne ao objectivo de racionalização da estrutura do SUCH, promovendo maior eficiência global, é de relevar que, apesar das acções e projectos desenvolvidos, com êxito, no âmbito do Programa de Transformação, a situação de desequilíbrio financeiro vivida ao nível internacional e nacional, com consequência, nomeadamente, ao nível dos custos das matérias primas e outros materiais, não permitiu que se tivessem alcançado na totalidade os objectivos ambicionados. Um especial realce, pela positiva, para o alcance das metas estabelecidas, nos dois anos de execução do Plano, para a prossecução dos objectivos estratégicos da prestação de um Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 26 de 141 Serviço de Qualidade ao Melhor Preço, da melhoria da produtividade do SUCH e da Gestão da Mudança. Subjacente à concretização do Plano Estratégico, encontra-se a realização das acções e projectos que, consubstanciados nos seis Programas / Iniciativas Estratégicos enunciados, compõem o Programa de Transformação do SUCH. No âmbito dos principais desafios enunciados são de realçar: - a concretização da migração dos processos administrativos de recursos humanos para o Somos PESSOAS, dos processos na área financeira para o Somos CONTAS, bem como, do início da transição dos processos de compras para o Somos COMPRAS; - da definição da estratégia de reposicionamento e empresarialização das áreas tradicionais; - do início dos trabalhos da criação e desenvolvimento do Centro Corporativo; - do arranque das operações dos ACEs; e - dos esforços desenvolvidos na esfera da comunicação interna e externa. Dos cerca de 70 projectos previstos para o período 2007-2009 no Programa de Transformação, 64% foram concluídos com êxito até ao final de 2008, e 12% encontravam-se, a 31 de Dezembro, em fase de finalização. O esforço e empenho de todos os colaboradores foi fundamental, não deixando de se salientar, neste domínio, o reflexo das acções empreendidas no âmbito da Gestão da Mudança que, no entanto, por via de necessidade de redução de custos no exercício, foram minimizadas no ano. De destacar que dos projectos afectos às áreas tradicionais e que, pelo seu elevado valor estratégico, foram identificados como devendo ser alvo de um especial enfoque na concretização do Programa, 94% tinham sido já concluídos em 31 de Dezembro de 2008. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 27 de 141 De facto, pela importância estratégica atribuída a 2008, como ano de consolidação do processo de transformação do SUCH, foi neste ano que se centraram os maiores esforços de concretização. Tendo em conta os objectivos de 2008 enunciados, consideram-se dignos de destaque os seguintes projectos / acções empreendidas: Satisfazer as necessidades dos associados através de um Serviço de Qualidade ao Melhor Preço; Foi continuado o esforço de foco no Associado através da aposta num Serviço de Qualidade, nomeadamente: - A manutenção e revisão do Sistema de Gestão da Qualidade; - A preparação da certificação de qualidade da área de Segurança e Controlo Técnico, juntando-se, desta forma, às outras seis áreas que viram a sua certificação renovada; - A consolidação da implementação do Sistema de Informação de Marketing Relacional – CRM; - A consolidação da implementação do novo modelo comercial, e sua articulação com as áreas de negócio. Prosseguir o esforço de Melhoria de Eficiência Global do SUCH, designadamente através da obtenção de Ganhos de Produtividade; Neste domínio, destacam-se: - A criação das condições para a redução de custos com a transição dos processos transaccionais de recursos humanos para o Somos PESSOAS, dos processos de Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 28 de 141 contabilidade para o Somos CONTAS e iniciada a transição dos processos de compras para o Somos COMPRAS6; - A revisão detalhada dos processos de facturação a clientes e de contas a pagar; - O lançamento do projecto do desenvolvimento do Centro Corporativo, visando uma maior eficiência e eficácia do apoio às áreas produtivas e empresas do grupo; - A criação do Modelo de Planeamento e Controlo de Gestão; - A instituição do Departamento de Estudos e Planeamento, tendo como principal missão, para além da realização dos estudos considerados necessários, assegurar a monitorização e avaliação do Plano Estratégico e a preparação dos planos seguintes, bem como garantir a eficaz aplicação do Modelo de Controlo de Gestão; - A uniformização dos Modelos de Valorização Económica de Propostas para tratamento de roupa, gestão de resíduos, limpeza, alimentação, projectos e obras, segurança e controlo técnico e dado início à sua automatização. Reposicionar as áreas tradicionais de mercado “maduro” e eficiente, evoluindo nestas da posição de prestador de serviços para Parceiro do Associado, como Gestor de Contratos; Neste âmbito, os trabalhos centraram-se na: - Definição da Estratégia de Empresarialização das áreas, bem como no início da elaboração dos Business Plan a 5 e 10 anos do Somos NUTRIÇÃO e do Somos EQUIPAS; - Criação do ACE do Ambiente – Somos AMBIENTE, ACE, suportado num Plano de Negócios a 15 anos. 6 De referir que o impacto de redução nos custos anuais do SUCH (Funções Corporativas) da decisão de externalização de todos os processos transaccionais respectivos para o Somos PESSOAS, Somos CONTAS e Somos COMPRAS, ACE, foi estimado em cerca de 365 mil €. Tendo, no entanto, a externalização do Processamento de Salários e da Contabilidade ocorrido apenas no 2.º semestre do ano e a das Compras cumprido um plano anual faseado (com início apenas no 2.º trimestre do ano) o impacto no exercício de 2008 – dada a progressiva desactivação das estruturas internas – foi de cerca de 100 mil € negativos. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 29 de 141 Alargar os novos Serviços Partilhados a outras instituições de saúde após a conclusão e demonstração operada no quadro dos respectivos projectos-piloto; - Neste âmbito e apesar das dificuldades sentidas, foi possível arrancar com as ARSs, Centro e Algarve, no Somos PESSOAS, ficando programado o arranque da ARS Norte para Janeiro/09; - Foi, finalmente conseguido, no âmbito do Somos COMPRAS, a assinatura dos Protocolos de Adesão dos hospitais-piloto (agrupados do ACE) e do Protocolo de Utilização do SUCH, bem como das respectivas adesões ao Sistema de Garantia de Pagamentos; - No que se refere ao Somos CONTAS, foram elaborados as Due Dilligencies para a ARS Norte e ULS de Matosinhos, ficando programado o arranque das ARSs Centro e Norte para o 1º quadrimestre de 2009. Criar uma “atitude comum” dos profissionais do SUCH, associada a uma cultura de responsabilização generalizada, assente no conhecimento consciente dos processos, sedimentada no fortalecimento da liderança e na delegação de responsabilidades, bem como na objectivação de compromissos enquanto expressão dos valores organizacionais. Relevam para o efeito no ano: - A criação do Sistema de Gestão de Desempenho, tendo em vista a adopção de uma cultura de gestão orientada para resultados; - A definição das bases de uma política remuneratória mais equitativa e com preocupações de competitividade; - A implementação da política de acolhimento e integração; Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 30 de 141 - O desenvolvimento de iniciativas de Gestão da Mudança, designadamente: o “Learning Map – Somos Líderes”, a Carta de Compromissos7 (através da implementação de um projecto piloto nas áreas da Qualidade, Direcção de Recursos Humanos e Somos NUTRIÇÃO, visando o envolvimento de todos os protagonistas numa cultura activa de serviço ao cliente, quer interno quer externo) e dos Encontros de Quadros (em Abril e Novembro). Não planeado inicialmente para o ano de 2008, a conclusão do estudo e caracterização dos trabalhos em curso pendentes há anos, tornou-se ainda necessário, por força e na sequência da Reserva às Contas de 2007 referente ao valor de trabalhos em curso, operar a verificação detalhada de todos os valores, respectivas causas e identificar soluções. Em consequência deste trabalho constata-se: - a definição de novas regras detalhadas que impõem boas práticas nesta matéria, em vigor desde Novembro de 2008; - a imputação, a resultados transitados, de valores pendentes acumulados nos últimos 10 anos, na rubrica trabalhos em curso, fruto de práticas e sistemas em vigor no SUCH no período de 1997-2007. 7 Carta de Compromissos Investimos no serviço técnico e profissional - Fornecemos um serviço de qualidade, rigoroso e fiável Cumprimos o que acordamos com o Cliente - Prestamos um serviço que satisfaz o Cliente - Acordamos o prazo de resposta com o Cliente - Informamos sempre o Cliente de constrangimentos ao serviço acordado - Cumprimos os prazos de resposta acordados com o Cliente Encaramos as sugestões do Cliente como oportunidades de melhoria - Revelamos abertura para escutar as sugestões/reclamações do Cliente - Desencadeamos acções que tendam para a melhoria/resolução da situação Evoluímos na relação de Parceria com o Cliente - Estamos atentos às necessidades do Cliente e procuramos satisfazê-las atempadamente - Evidenciamos disponibilidade para acolher as solicitações do Cliente - Adequamos a resposta às necessidades manifestadas pelo Cliente - Respondemos ou encaminhamos para o interlocutor adequado as solicitações do Cliente - Mantemos o Cliente informado sobre a evolução dos seus pedidos - Manifestamos uma atitude de respeito e cordialidade para com o Cliente Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 31 de 141 IV.2. AS FUNÇÕES CORPORATIVAS IV.2.1. Recursos Humanos O ano de 2008, na gestão de RH, registou um marcante desenvolvimento com a introdução de um conjunto de modelos estruturantes cujo objectivo foi o de promover uma cultura de gestão orientada para os resultados, visando diferenciar e alinhar o desempenho e construir uma base sustentada para o desenvolvimento pessoal e profissional. Visou-se, desta forma, contribuir para um dos objectivos anuais identificados, traduzido na criação de uma atitude comum dos profissionais, assente no conhecimento consciente dos processos, sedimentada no fortelecimento da liderança e na delegação de responsabilidades. Assentes que foram os pilares do Sistema de Gestão de Desempenho, Modelo de Compensação e Beneficios e Modelo e Dicionário de Competências, na sequência das acções já iniciadas em 2007, pode-se afirmar que se encontram criadas as condições necessárias que permitem ao SUCH responder com eficácia e eficiência aos desafios internos e à mudança sistemática da envolvente: forte identidade que permite a ancoragem dos recursos humanos da Organização ao Plano Estratégico e a manisfestações de padrões de comportamento que o diferenciam de outras Organizações e que constituem a Cultura da Empresa. Dos projectos desenvolvidos em 2008, destacam-se os seguintes: Figura nº 4 Ferramentas para a Gestão Estratégica de Recursos Humanos no SUCH Sistema de Gestão de Desempenho Foi desenvolvido um modelo assente numa matriz de avaliação de dupla entrada, com vista à avaliação de competências e objectivos. Tem como objectivo a adopção de uma cultura de gestão orientada para resultados, visando diferenciar e promover o desempenho e constituir uma base sustentada para o desenvolvimento pessoal e profissional. Em 2008 foram formados 58 trabalhadores neste novo modelo, abrangendo-se a restante população em 2009, que se destina, numa fase inicial aos grupos profissionais de directores, gestores, coordenadores e técnicos (cerca de 700 trabalhadores). Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 32 de 141 Modelo e Dicionário de Competências Conjunto de competências que traduzem os princípios, os valores, a cultura, os conhecimentos do negócio, dos processos e da actividade, com níveis de conhecimento gradativos e cumulativos. As competências definidas integram 3 eixos: transversais, de gestão e funcionais. Foram definidas as competências por função que suportam o sistema de gestão de desempenho. Modelo de Compensação e Benefícios Aprovação do modelo baseado no Total Compensation. Efectuado o estudo de mercado para análise da competitividade externa e diagnóstico da equidade interna. Aprovação do organograma relativo e introdução de uma estrutura salarial assente em 10 bandas. O modelo aplica-se aos grupos profissionais de Directores, Gestores, Coordenadores e Técnicos. Modelo de Compensação Variável Aprovação do modelo para cálculo da componente variável que visa premiar o resultado da avaliação de desempenho. Este modelo diferencia: áreas de suporte e áreas de negócio, tendo sido fixadas as percentagens de referência de compensação variável, associadas à média da banda salarial. Reposicionamento Salarial Foi efectuado o reposicionamento salarial de 141 trabalhadores, com um valor executado de 71.524,00 €, de forma a corrigir o desvio funcional existente face ao posicionamento competitivo deliberado pelo Conselho de Administração de acordo com o percentil 25 da função e 10 de mercado. O ajustamento concretizado em 2008 teve efeitos a partir de 1 de Setembro concretizando-se em alguns casos com um desdobramento em 2009 e 2010. Externalização do Processamento Salarial A partir do mês de Julho/08, a geração do processamento salarial passou a ser efectuado pelo Somos PESSOAS, através do software Meta4. Este projecto integra a implementação de um Portal que permitirá agilizar todo um conjunto de processos administrativos, pela intervenção directa de cada um dos utilizadores, na consulta ou alteração de dados pessoais, através de workflows. Plano de Formação Estratégico Com o objectivo de dotar os trabalhadores dos conhecimentos e competências adequadas para operacionalizar o Plano Estratégico, realizaram-se 38 acções de formação, nas áreas comportamentais e técnicas com um volume total de 5509 horas, abrangendo 366 formandos, no período de Setembro/07 a Junho/08. Learning Map – Somos Líderes Mapa de Aprendizagem constituído pelos Desafios de Liderança associados ao programa de transformação do SUCH e contributos esperados das chefias. Envolveu 198 trabalhadores, com 14 sessões e um volume de formação de 980 horas. Acolhimento e Integração Com vista a acolher e integrar todos os trabalhadores que são admitidos foi aplicado um modelo que engloba todo o processo de entrada e integração com vista à transmissão da visão, valores e missão da organização procurando promover a retenção na fase inicial de adaptação. Formámos 430 Guias e acolhemos 300 trabalhadores. Figura nº 5 Programa de Formação no período 2006-2008 Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 33 de 141 Ao nível da formação dos Recursos Humanos da organização tem sido notório o investimento realizado no desenvolvimento do potencial humano, na vertente da formação profissional, como se pode constar pelos números que evidenciam, para além do aumento do respectivo volume, a diminuição dos correlativos custos em cerca de 30%, comparativamente ao ano de 2006, fruto do recurso crescente a formadores internos. Gráfico nº 4 Evolução dos Efectivos por Áreas de Negócio Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 34 de 141 Em 2008, o crescimento de efectivos situou-se próximo dos 20%, justificado pelo incremento generalizado dos negócios que assentam em mão de obra intensiva. No período 2005-2008, o efectivo do SUCH cresceu cerca de 37% para fazer face a um crescimento no volume de negócios situado na ordem dos 57%. Gráfico nº 5 Evolução das Taxas de Rotação, Cessação e Admissão 2226 FTE´S 0,23 2455 FTE´S + 10% 0,2 2532 FTE ´S + 31% 3047 FTE´S + 20% 0,18 0,29 9,32% 5,42% 5,18% 0,2 0,18 0,14 0,12 0,14 0,13 0,11 Absentismo 5,92% 0,22 2005 2006 2007 Tx Rotação Tx Cessação Tx Admissão 2008 Tendo-se assistido a uma redução gradual da taxa de rotação no período compreendido entre 2005 e 2007 (3%), em que o crescimento do número de efectivos se registou moderadamente, foi contrariada essa tendência no período de 2007 a 2008, pela elevada taxa de admissões situada em 29%. É digna de registo a taxa de retenção registada no período de 2005 a 2008, evidenciada pela diminuição sentida de 20% para 14% na taxa de cessação. A taxa de absentismo tem-se mantido em torno da mesma unidade percentual, situando-se, no entanto, dentro dos valores de mercado para o tipo de actividades desenvolvidas. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 35 de 141 Quadro nº 2 Despesa alocada aos Recursos Humanos +36% +57% +67% +30% +12% +16% +18% +18% 2006 Deslocações 562.192 € Despesa Global 32.664.431 € Horas Extras 540.546 € Volume de Negocios 65.606.102 € 2007 734.019 € 35.919.720 € 639.247 € 77.174.326 € 2008 881.152 € 42.371.881 € 902.131 € 89.296.861 € Orçamento 2008 - €42.307.122,00 A despesa alocada aos Recursos Humanos no ano de 2008 respeitou os valores orçamentados, apesar de a actividade ter registado um crescimento de cerca de 16% O crescimento da massa salarial previsto em sede de Plano de 2008, por força de correcção salariais, foi parcialmente contido, tendo a Política de Compensação aplicada assente num posicionamento competitivo face aos correspondentes mercados ao nível do percentil 10. Esta decisão, que terá consequência no desempenho dos indicadores das taxas de retenção e de rotação (com relevância no Plano Estratégico), tornou-se necessária como medida compensatória dados os fortes efeitos da inflação sentidos em 2008, que fizeram disparar os custos de Matérias-Primas e Fornecimentos e Serviços Externos, face ao orçamentado. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 36 de 141 IV.2.2. Qualidade Num quadro de mudança especialmente marcado por novos desafios, a actividade orientada para a política de Qualidade concretizou: a manutenção e revisão do Sistema de Gestão de Qualidade; a monitorização dos processos certificados e de apoio; a sistematização dos resultados do Estudo de Avaliação e Satisfação dos Clientes e das Auditorias Internas e actividades associadas às Não Conformidades e às Reclamações dos Clientes; o desenvolvimento, acompanhamento e verificação da eficácia das acções correctivas e preventivas; os trabalhos preparatórios para extensão do âmbito da certificação da Qualidade à actividade da Segurança e Controlo Técnico, bem como dos processos de certificação ambiental das áreas de gestão de resíduos, limpeza e Nutrição e ainda o processo para certificação das cozinhas do Hospital de S. Teotónio, do Hospital do Litoral Alentejano e do Hospital Rovisco Pais pela ISO 22000; a revisão do Sistema de Gestão de Qualidade, adequando-o à NP EN ISO 9001:2008 publicada em Novembro. No âmbito das Auditorias Internas da Qualidade (constituindo exames sistemáticos e independentes que determinam se as actividades e resultados relativos à Qualidade satisfazem os requisitos definidos e são adequados para se alcançar os objectivos) realizaram-se, em 2008, 34 auditorias das quais 26 programadas e 8 não programadas. O número de auditorias realizadas corresponde a um acréscimo de 47,8% face a 2007 e apresenta a seguinte distribuição: Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 37 de 141 Gráfico nº 6 Distribuição de Auditorias Internas da Qualidade por áreas Digno de referência ainda é o papel liderante assumido pelo Departamento de Qualidade no quadro de outras iniciativas relevantes no decurso do ano de 2008, designadamente: Plano de Contingência para a Gripe das Aves: Dada a elevada responsabilidade do SUCH na prestação de serviços de apoio na área da Saúde, em 2008, dentro do período de alerta pandémico (fase 3 da evolução da gripe pandémica, de acordo com a OMS), deu-se início à elaboração de um Plano de Contingência para a eventualidade de uma pandemia gripal provocada pelo vírus da gripe aviaria. Este Plano visa criar condições para assegurar a continuidade do negócio, em onda pandémica com duração estimada entre 8 a 12 semanas, dado que as actividades que o SUCH desenvolve são vitais para o normal funcionamento das unidades prestadoras de cuidados de saúde. É objectivo assegurar os serviços de tratamento da roupa, recolha de resíduos, limpeza, manutenção de instalações e equipamentos e de alimentação, entre outros. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 38 de 141 Assim, efectuou-se o diagnóstico que permitiu identificar as áreas e funções críticas à missão do SUCH e o grau de preparação da organização para fazer face ao risco de pandemia, tendo-se concluído o Plano de Contingência de Nível 1 (Master Plan) e iniciado a construção do de Nível 2. Terminada a elaboração do Plano de Contingência será feita a sua validação de modo a avaliar a pertinência das medidas definidas. Escritório Ecológico: O SUCH, decorrente da Missão e dos Valores orientadores da sua actuação, pretende ser um exemplo de boa conduta e boas práticas ambientais. Com o objectivo de ser ambientalmente mais eficiente, adoptou diversas medidas que representam fundamentalmente uma mudança de atitudes, conseguida através da sensibilização dos colaboradores. É neste contexto que surgiu o conceito “Escritório Ecológico” - uma onda de mobilização interna dos colaboradores do SUCH, em torno de boas práticas ambientais. Através da Carta de Compromissos Ambiental o SUCH compromete-se a ser sustentavelmente responsável. Foram, assim, definidas um conjunto de medidas simples, que visam a utilização racional e eficiente da energia, água, gestão de resíduos e de recursos. O projecto “Escritório Ecológico” encontra-se actualmente implementado na sede do SUCH, devendo ser alargado a todas as instalações administrativas durante o ano de 2009. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 39 de 141 IV.2.3. Comunicação e Imagem No âmbito da sua Política de Comunicação e Imagem, os esforços centraram-se em 2008, essencialmente em: Gerir a comunicação institucional da marca Somos Serviços Partilhados em Saúde, entretanto criada e que substituiu a marca SUCH, enquanto marca de comunicação; Identificar as áreas / situações onde a organização deverá expressar opinião / posição preparando as respostas para aprovação pelo CA; Tratar a informação para os media respeitando os valores da marca e seguindo as orientações estratégicas definidas pelo CA; Dar visibilidade ao posicionamento da (nova) marca de comunicação nas relações com o exterior em acções planificadas e executar as mesmas com qualidade; Planear, conceber e implementar as acções dirigidas ao público interno visando a integração através de fluxos de informação / comunicação numa Cultura Somos Serviços Partilhados em Saúde. Neste quadro, o ano de 2008 decorreu segundo dois grandes eixos: 1º A continuação da afirmação do Gabinete de Comunicação e Imagem no contexto da organização, através do desenvolvimento e consolidação de instrumentos e canais de comunicação internos – tendo tido dois suportes principais: a Revista Interna e a preparação do lançamento da Intranet – mas também pelo estender a aplicação da marca aos diferentes suportes de comunicação, internos e externos; 2º A continuação da afirmação da marca de comunicação através da implementação em todos os suportes e aplicações que a transportem para junto de todos stakeholders do universo SUCH / Somos SPS, internos e externos. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 40 de 141 À semelhança de 2007, 2008 foi também um ano em que se procurou reflectir, com iniciativas de comunicação concretas, os objectivos estratégicos do Plano Estratégico 2007-2009, aprovado na Assembleia Geral de Janeiro de 2007. 2008 continuou a reflectir o processo de transformação do SUCH iniciado no começo de 2007, tendo ficado claramente marcado pela definição e implementação da nova marca de comunicação “Somos Serviços Partilhados em Saúde | SPS”, lançada no último trimestre de 2007. No âmbito da nova marca de comunicação importa destacar a sua aplicação nos seguintes suporte e canais: 1. Internet / Portal Somos, anunciado em 3 de Março; 2. Suportes: a continuação da aplicação da marca nos novos suportes como Relatório e Contas, Deliberações, Caderno de Encargos, etc; 3. Outros suportes institucionais: Bandeiras, Pendões e Stand-Ups; 4. Cartão do Funcionário (a sua distribuição pelo DRH ocorrerá apenas em 2009, mas o layout ficou aprovado, tendo sido divulgado a todos os colaboradores na edição de Dezembro da revista interna Somos Nós nº 5); 5. Publicidade. Primeiro anúncio institucional do Somos SPS, publicado no Anuário dos Facility Services: 6. Na área do Somos AMBIENTE foram produzidos os primeiros cartazes na área dos Resíduos Hospitalares e concluída a criatividade da Roupa Hospitalar; 7. Na área do Somos EQUIPAS a concepção do restyling das Etiquetas, bem como a produção de capas (monofolha) para participação em concursos e afins; 8. Na área do Somos NUTRIÇÃO a concepção do package que inclui várias peças para esta área de negócio; 9. Coordenação do projecto Intranet; 10. Desenvolvimento do novo layout das newsletter do Departamento de Qualidade e do layout do Conselho de Qualidade. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 41 de 141 Ainda no âmbito da nova Marca de Comunicação, importa destacar a aprovação do Kit de Normas da Marca e das Sub-Marcas e a comunicação da primeira versão sobre as Regras de Utilização da Marca, em Julho de 2008. Em paralelo com a implementação da nova Marca de Comunicação, salientam-se como grandes prioridades em 2008, apoiar o Somos AMBIENTE, enquanto cluster prioritário, e o início da implementação do acordo de parceria estabelecido com a Direcção Geral de Saúde, no âmbito do Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde (PNCI). Em relação ao Somos AMBIENTE, foram organizadas duas importantes acções: a) Duas edições da Semana Portas Abertas (em Junho e Outubro), cumprindo assim as obrigações imposta pela DIA (Declaração de Impacto Ambiental), à semelhança de 2007. Decorrida entre 2 e 5 de Junho, Dia do Ambiente, a primeira Semana Portas Abertas de 2008 contou com 28 participantes que se repartiram entre as visitas à Central de Incineração e a assistência à Sessão Pública de Esclarecimento. Entre 29 e 31 de Outubro realizou-se a segunda Semana Portas Abertas (SPA) que, à semelhança da realizada em Junho e da sessão de 2007, procurou dar continuidade à política de transparência e abertura ao público desenvolvida na Central de Incineração (CI) do Parque da Saúde de Lisboa. A estrutura foi idêntica à realizada em Junho: a) Visitas Guiadas à Central de Incineração do Parque da Saúde de Lisboa e b) Sessão Pública de Esclarecimento. b) A Conferência Internacional “Ambiente Responsável e Saúde”, realizada em 28 de Outubro na Chamusca, no âmbito do projecto do SUCH para o Eco-Parque do Relvão, que inclui a possibilidade de unidades de triagem e reciclagem em segmentos de resíduos ainda não reciclados no país, dando início a dinâmicas de valorização de resíduos também no sector da saúde, bem como a criação de um Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 42 de 141 Centro de Investigação e Desenvolvimento para a Promoção do Ambiente e da Saúde Pública8. 8 Programa da Conferência: Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 43 de 141 Destaca-se, ainda: Mostra Portugal Tecnológico. No âmbito do Somos AMBIENTE e em termos de comunicação externa é relevante destacar a participação na Mostra “Portugal Tecnológico 2008”, que se realizou na FIL – Feira Internacional de Lisboa, entre 18 e 23 de Novembro. Inserido no Pavilhão da Saúde, sob a alçada “Ambiente e Saúde Pública”, o SUCH divulgou o Projecto do Centro Integrado de Valorização Energética, Reciclagem e Tratamento de Resíduos, inscrito no Plano Tecnológico Nacional e o Estudo de Benchmarking Internacional de Resíduos Hospitalares, apresentados pela primeira vez na Conferência Internacional “Ambiente Responsável e Saúde”, que o SUCH organizou em 28 de Outubro, na Chamusca. Prémio VALORMED. Em paralelo, apoiou a equipa interna que preparou a candidatura ao Prémio VALORMED, que seria ganho pelo SUCH, com um projecto de implantação de uma Unidade de Triagem e Valorização de Resíduos de Embalagens de Medicamentos e de Medicamentos fora de uso. Protocolo PNCI. No âmbito da parceria com a Direcção Geral de Saúde, com a qual assinou um Protocolo, o SUCH tornou-se patrocinador exclusivo do Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infecção Associada aos Cuidados de Saúde. A colaboração do SUCH na estratégia nacional para a melhoria da higiene das mãos centra-se no apoio técnico na área da comunicação, nomeadamente, através da concepção e produção dos materiais de comunicação e na área das tecnologias de informação, nomeadamente, através da disponibilização de aplicações informáticas para a realização online dos Questionários da Campanha e do Inquérito Nacional de Prevalência da Infecção que serão prioridades da DGS. Entre as acções realizadas ao longo de 2008, conta-se o evento público / conferência de imprensa do anúncio da parceria e a estratégia de comunicação da mesma, designadamente, a criação da imagem da iniciativa. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 44 de 141 Protocolo ISQ. Uma outra parceria importante que envolveu o contributo do GCI, em termos de comunicação, apoiando o Somos EQUIPAS, foi a organização, divulgação e preparação do press kit do evento (23 de Abril) que conduziu à assinatura do Protocolo de Cooperação com o Instituto de Soldadura e Qualidade, uma parceria no âmbito do Plano Tecnológico, para a inovação e qualificação do sector da Saúde, através da transferência de tecnologia e incorporação de inovação. No quadro deste Protocolo de Cooperação, as duas entidades vão desenvolver um conjunto de projectos que visam o estudo e experimentação de novos modelos, processos e tecnologias que tragam valor acrescentado às actividades não clínicas do sector da saúde. O primeiro projecto-piloto, já em arranque no Hospital de Santo André (Leiria) integra a criação de um Sistema de Gestão da Manutenção de Equipamentos Hospitalares, completado por um Sistema de Apoio à tomada de decisão de investimento em equipamentos. O SUCH participou, em 2008, num conjunto alargado de iniciativas dos quais se salientam: SUCH na mostra Portugal Tecnológico 08 Organização: AIP-CE, FIL e BAN Data: 18 a 23 Novembro 08 Apresentação: Ambiente na Saúde "A Gestão na Saúde" - II Jornadas de Modernização Administrativa do Hospital de Faro Organização: Hospital de Faro Data: 7 Novembro 08 Apresentação: Inovar em Saúde - Serviços Partilhados "A inovação na gestão, no conhecimento e nas pessoas. Contributos do Projecto b.Sapiens" Organização: AERLIS (Associação Empresarial da Região de Lisboa) Data: 30 Outubro 08 Apresentação: Talentos num momento de mudança: captação, gestão e desenvolvimento Conferência Ambiente Responsável e Saúde Organização: SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Data: 28 Outubro 08 1º Prémio Valormed / Investigação 2008 Data: 10 Outubro 08 Cerimónia de entrega do Prémio Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 45 de 141 Sessão comemorativa da adesão de Portugal à World Alliance for Patient Safety de Organização Mundial da Saúde Organização: Direcção-Geral da Saúde Data: 8 Outubro 08 Apresentação: O Protocolo Direcção-Geral da Saúde - Serviço de Utilização Comum dos Hospitais no âmbito do Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde Inovação em Saúde - XIX Encontro Nacional da Associação Portuguesa para a Promoção da Saúde Pública Organização: Associação Portuguesa para a Promoção da Saúde Pública Data: 5 Junho 08 Apresentação: Somos Serviços Partilhados em Saúde (concepção e animação em powerpoint e produção final em flash) Curso da Pós Graduação em "Sistemas de Informação para a Saúde" Organização: Faculdade de Engenharia da Universidade Católica de Lisboa Data: 23 Maio 08 Apresentação: Uma Experiência Portuguesa de Transformação no Domínio da Saúde Pharmalog 2008 - 6º Encontro Anual para o SCM Farmacêutico Organização: Institute for Internacional Research (IIR) Data: 13 Maio 08 Apresentação: Optimização da negociação entre os Hospitais e os Laboratórios através da Central de Compras Fórum RH'08 - O estado da arte na gestão das pessoas Organização: Recursos Humanos Magazine Data: 18 Abril 08 Apresentação: Atracção e Retenção de Talentos e-Powered" - 1ª Conferência sobre Soluções Integradas para o Sector Público Organização: Oni Communications Data: 8 Abril 08 Apresentação: Os Serviços Partilhados do SUCH Oracle APPLICATIONS Day 2008 Organização: Oracle Portugal Data: 5 Março 08 Apresentação: Inovar em Saúde: Serviços Partilhados e Tecnologias de Informação Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 46 de 141 III Congresso Internacional de Sistemas e Tecnologias de Informação para a Nova Rede Hospitalar Organização: Associação dos Profissionais de Informática, Tecnologias, Comunicação e Internet em Portugal Data: 4 Março 08 Apresentação: Inovar em Saúde: Serviços Partilhados e as Tecnologias de Informação O Novo Código dos Contratos Públicos - Aquisição de Tecnologias da Saúde Organização: APORMED - Associação Portuguesa de Empresas de Dispositivos para a Saúde Data: 28 Janeiro 08 Apresentação: Serviços Partilhados - Uma oportunidade para a Saúde Além destas acções e iniciativas, destaca-se: A preparação do Plano de Comunicação, corporativo e por cluster; A produção de quatro números da revista interna Somos Nós (Abril, Junho, Outubro e Dezembro); O acompanhamento de notícias para a comunicação social (ex. Expresso, Diário Económico); Na coordenação do Diagnóstico de Atendimento presencial e telefónico, feita pelo SUCH, com vista a implementar numa política de regras de Atendimento; A participação do SUCH, como patrocinador no 1º congresso da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar; A participação do projecto “Somos Serviços Partilhados em Saúde” do SUCH, como um dos pioneiros do Banco de Inovação em Saúde (www.ihealthbank.eu), um projecto internacional; A entrada do SUCH, como associado do Health Cluster Portugal; A parceria do SUCH, enquanto Entidade Associada, com a Escola Superior de Tecnologia de Abrantes do Instituto Politécnico de Tomar, no âmbito do curso de PósGraduação denominado “Formação Avançada em Gestão da Informação para a Saúde”. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 47 de 141 Finalmente, importa anotar que em 2008 o trabalho de comunicação desenvolvido em 2007 foi reconhecido pela Associação Portuguesa de Comunicação Empresarial, ao atribuir dois diplomas de mérito na Categoria de Evento Especial com o “Seminário Serviços Partilhados – o Estado da Arte em Portugal” e na categoria Edição Especial com o trabalho “Brochura Institucional Somos”. IV.2.4. Marketing O ano de 2008 foi o segundo ano de existência do Gabinete de Marketing do SUCH tendo a sua actuação sido no essencial orientada para a Instituição propriamente dita, no sentido da sua sedimentação para as mudanças e desafios inerentes à nova Visão, preconizadas no Plano Estratégico 2007/2009. Foi um ano em que, numa óptica estruturante da função de marketing no contexto da sua integração no centro corporativo, a actividade foi centrada em dois dos factores dominantes da estratégia do SUCH. O Quem Somos e o Que Fazemos consubstanciando o plano de Reestruturação Interna e Novo Posicionamento em que destacamos o contributo para a clusterização das unidades produtivas e sua empresarialização. O posicionamento das áreas tradicionais e novas áreas e o programa de comunicação Somos - institucional e dos negócios. O Para Quem Existimos, traduzido no levantamento estratégico do Mercado e Clientes, na definição de metodologias de avaliação e segmentação do mercado e na condução e análise do Estudo da Avaliação da Satisfação dos Clientes. Assim, foram dados importantes contributos na dimensão e caracterização do mercado e suas oportunidades, da concorrência e dos clientes; na metodologia da avaliação e segmentação do mercado; na análise e comunicação interna dos resultados do estudo da avaliação e satisfação dos clientes; na interpretação da avaliação feita pelos clientes, assim Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 48 de 141 como na correcta utilização da informação para a definição dos planos de actuação no sentido de uma evolução positiva da relação e dos serviços prestados; na estruturação e organização dos conteúdos relevantes para a comunicação Somos - institucional e dos negócios; na revisão e redefinição dos serviços prestados por unidade de negócio e no seu programa de comunicação com os clientes nos diversos suportes nomeadamente propostas comerciais, facturas e outros; no plano mais interno a formatação das leituras e análises estruturadas da evolução das vendas; definição das orientações para a construção do orçamento de vendas e monitorização; apoio na preparação das apresentações dos novos serviços a clientes e da nova oferta SUCH a novos clientes e o desenvolvimento do Plano de Marketing Relacional para fomentar a consolidação da posição do SUCH como o parceiro dos seus associados. IV.2.5. Comercial Em 2008, as Direcções Comerciais desenvolveram a sua actividade no âmbito do reforço da política de proximidade ao Associado/Cliente, tendo presente o objectivo de 2008 de “satisfazer as necessidades dos associados através de um Serviço de Qualidade ao melhor preço”. Neste âmbito merece particular realce a consolidação da implementação do modelo comercial em interacção entre as áreas comercial e produtiva, a consolidação da implementação do sistema de informação de Marketing Relacional – CRM e a criação e disponibilização dos conteúdos públicos e privados na Intranet. Complementarmente foi dada sequência à elaboração de documentos de suporte à informação ao cliente (Relatórios de Progresso) e de compilação de informação estratégica sobre os clientes (Planos de Desenvolvimento de Cliente), estes últimos ainda numa versão experimental que se espera implementar e consolidar em 2009. Continuou ainda a dar-se sequência à realização periódica de Reuniões de Planeamento de Operações Comerciais com os vários Clusters e ACEs, que se revestem de importância Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 49 de 141 primordial para a actividade comercial, nomeadamente na definição de abordagens de negócio. Direcção Comercial Norte Em termos de propostas a associados/clientes, no ano de 2008 foi atingida uma percentagem de adjudicação global de 78,79%. Quadro nº 3 N.º de Clientes e Contratos da Direcção Comercial Norte Nº Clientes* Nº de Contratos % Contratos Adjudicados SOMOS EQUIPAS 95 128 71,51 Manutenção 67 Segurança e Controlo Técnico 47 106 91,38 Energia 2 Projectos e Obras 18 22 34,92 SOMOS AMBIENTE 110 125 89,29 Tratamento de Roupa 37 40 83,33 Gestão de Resíduos 92 76 93,83 Limpeza Hospitalar 8 9 81,82 SOMOS NUTRIÇÃO 10 6 100,00 TOTAL GERAL 176 260 78,79 Direcção Comercial Norte É de salientar o seguinte: * Todos os Clientes SRs e C.Saúde, bem como os Hospitais entretanto agregados em C. Hospitalares foram configurados neste mapa de forma agregada num único cliente (ARS Norte e C.Hospitalares respectivo) * Todos os contratos existentes nas SRs e C. Saúde, bem como das Unidades Hospitalares entretanto agregadas em C. Hospitalares foram fundidos em contratos únicos, razão pela qual as colunas Nº. Clientes e Nº. de Contratos apresenta uma redução quantitativa relativamente ao ano anterior Os resultados demonstram um acréscimo do volume de negócios de 10% face aos objectivos – orçamento do ano e de 4% relativamente aos proveitos registados em 2007. Todos os Cluster de actividade do SUCH apresentam um aumento de vendas comparado com os valores orçamentados, com especial destaque para a área do Somos AMBIENTE com um acréscimo de 26,1%. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 50 de 141 Quadro nº 4 Vendas da Direcção Comercial Norte Unid: € Direcção Comercial Norte Orçamento 2008 Real 2008 SOMOS EQUIPAS 9.755.160,87 9.907.655,20 Manutenção 6.231.980,62 4.206.963,61 344.834,70 291.728,28 Energia 1.461.977,13 1.352.802,63 Projectos e Obras 1.716.368,42 4.056.160,68 SOMOS AMBIENTE 7.994.821,29 10.082.097,76 Tratamento de Roupa 5.925.905,71 6.739.897,28 Gestão de Resíduos 1.267.582,25 1.342.095,26 801.333,33 2.000.105,22 7.892.396,63 7.926.745,44 0,00 300.000,00 25.642.378,79 28.216.498,40 Segurança e Controlo Técnico Limpeza Hospitalar SOMOS NUTRIÇÃO SOMOS CONSULTORIA TOTAL DE VENDAS Direcção Comercial Centro Em termos de planeamento e gestão integrada dos clientes nos diferentes negócios tem sido feito um esforço redobrado nos diversos processos de gestão, em articulação com as Áreas de Actividade, de forma a ser assegurado o desenvolvimento comercial com os associados/clientes. Durante o ano de 2008 foram elaborados Relatórios de Progresso para todos os clientes e associados, conforme previsto no plano. Em termos de propostas a associados/clientes, no ano de 2008 foi atingida uma percentagem de adjudicação global de 82,18%. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 51 de 141 Quadro nº 5 Nº de Clientes e Contratos da Direcção Comercial Centro Nº Clientes (a) Nº de Contratos % Contratos Adjudicados SOMOS EQUIPAS 65 129 62,02 Manutenção 53 Segurança e Controlo Técnico 19 Direcção Comercial Centro 72,46 Energia 9 Projectos e Obras 12 SOMOS AMBIENTE 536 Tratamento de Roupa 39 75,00 Gestão de Resíduos 524 90,13 Limpeza Hospitalar 11 48,39 SOMOS NUTRIÇÃO 35 19 76,00 TOTAL GERAL 570 890 82,18 19,51 742 87,60 (a) - Foram considerados como Clientes, as Entidades com Facturação em 2008, com e sem contrato. Relativamente ao volume de negócios e comparando com o Orçamento de Vendas de 2008, o resultado final foi superior ao previsto, com um desvio positivo de 9,5%. Neste âmbito, a taxa de crescimento face ao ano anterior foi de 23 %. Quadro nº 6 Vendas da Direcção Comercial Centro Unid: € Direcção Comercial Centro Orçamento 2008 Real 2008 SOMOS EQUIPAS 5.768.870,00 6.521.440,00 Manutenção 4.704.599,00 4.790.998,00 Segurança e Controlo Técnico 140.633,00 163.883,00 Energia 830.440,00 1.127.962,00 Projectos e Obras 93.198,00 438.597,00 SOMOS AMBIENTE 10.367.370,00 12.350.834,00 Tratamento de Roupa 6.871.488,00 7.306.578,00 Gestão de Resíduos 1.651.263,00 1.961.131,00 Limpeza Hospitalar 1.844.619,00 3.083.125,00 SOMOS NUTRIÇÃO 12.685.303,00 12.677.345,00 TOTAL DE VENDAS 28.821.543,00 31.549.619,00 Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 52 de 141 Dando continuidade aos esforços de prossecução dos objectivos propostos para o período 2007-2009, perspectiva-se para 2009 a consolidação dos processos comerciais desenvolvidos em 2008, nomeadamente: o Modelo de Gestão Comercial, com base na interacção entre a área comercial e área produtiva, com especial referência para o PDC, o Modelo de Valorização Económica de Propostas, o Sistema de informação de Marketing Relacional – CRM (tendo em vista um melhor conhecimento dos associados/clientes e actuar em conformidade) e o Site Comercial da Intranet, como plataforma de comunicação entre as Direcções Comerciais e Áreas de Negócio e a gestão documental de propostas/contratos. Igualmente de salientar a potenciação junto dos associados/clientes do conceito de agregação de unidades de negócio em Clusters, oferecendo prestações de serviços integrados e/ou propostas de soluções globais, a adesão de novos associados privados e públicos e a promoção do contacto sistemático com o Associado/Cliente suportado em Relatórios de Progresso. Direcção Comercial Sul Registou-se o reforço dos contactos com os associados, quer no âmbito dos pontos de situação relativos à actividade nos mesmos desenvolvida (alguns deles suportados em Relatórios de Progresso), quer na divulgação da nova identidade do SUCH como Serviços Partilhados e na apresentação das novas áreas de negócio. Em termos de contratos adjudicados durante 2008, face à elevada incidência de concursos na Região Sul, julga-se ser relevante a percentagem global de contratos adjudicados (74,31%), distribuída pelo Somos EQUIPAS (73,57%), Somos AMBIENTE (75,34%) e Somos NUTRIÇÃO (40,00%) Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 53 de 141 Quadro nº 7 Nº. de Clientes e Contratos da Direcção Comercial Sul Nº Clientes Nº de Contratos % Contratos Adjudicados SOMOS EQUIPAS 52 206 73,57 Manutenção 40 Segurança e Controlo Técnico 24 Energia 1 Projectos e Obras 25 SOMOS AMBIENTE 234 Direcção Comercial Sul 75,47 67,65 278 75,34 Tratamento de Roupa 40 81,82 Gestão de Resíduos 226 74,03 Limpeza Hospitalar 5 83,33 SOMOS NUTRIÇÃO 2 2 40,00 254 486 74,31 TOTAL GERAL Relativamente ao volume de vendas, regista-se uma variação positiva de cerca de 12,4% em relação ao orçamentado. É de registar um acréscimo de actividade comparativamente com 2007, que se traduz num aumento de proveitos de cerca de 28 %, verificando-se uma redução do número global de clientes e contratos como resultado da aglutinação de várias unidades hospitalares em Centros Hospitalares e Unidades Locais de Saúde e de centralização da gestão contratual de vários Centros de Saúde na ARSLisboa e Vale do Tejo, com a consequente unificação de contratos. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 54 de 141 Quadro nº 8 Vendas da Direcção Comercial Sul Unid: € Direcção ComercialSul Orçamento 2008 SOMOS EQUIPAS Real 2008 10.969.257,17 15.290.619,88 6.709.192,45 7.599.473,83 375.241,29 406.502,68 77.823,43 78.429,62 3.807.000,00 7.206.213,75 SOMOS AMBIENTE 11.383.664,10 12.211.846,47 Tratamento de Roupa 7.064.686,07 7.578.494,22 Gestão de Resíduos 2.773.978,03 3.127.145,90 Limpeza Hospitalar 1.545.000,00 1.506.206,35 SOMOS NUTRIÇÃO 4.082.187,51 2.213.128,19 TOTAL DE VENDAS 26.435.108,78 29.715.594,54 Manutenção Segurança e Controlo Técnico Energia Projectos e Obras Na vertente interna e conforme previsto no Plano de Acção da Direcção Comercial do Sul, perspectiva-se dar continuidade à implementação do modelo comercial, consolidar o modelo de valorização económica de propostas, consolidar o CRM e incrementar a disponibilização na Intranet de informação às áreas de negócio. Na vertente externa prevê-se um reforço da divulgação da nova identidade do SUCH junto dos associados e incrementar a oferta de serviços de valor integrado. IV.2.6. Sistemas de Informação Em 2008, conclui-se o Plano Estratégico dos Sistemas de Informação, documento enquadrador para as tomadas de decisão nos próximos anos, designadamente ao nível da evolução dos Enterprise Resource Planning (ERP) existentes: Navision (no SUCH) e Oracle (nos ACE‟s). Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 55 de 141 Desenvolveu-se um trabalho de reflexão sobre os ERP, tendo o mesmo culminado com a aprovação do Plano de Transição do Navision para o Oracle EBS que suporta a nova oferta de serviços partilhados a clientes, após ponderação das várias alternativas viáveis, por parte do Conselho de Administração do SUCH, evitando a prazo custos duplicados de “up grade”, actualização e manutenção de dois ERPs em paralelo. Em termos da Plataforma Tecnológica que serve de base aos novos serviços partilhados dos Somos CONTAS, Somos COMPRAS e Somos PESSOAS, deu-se continuidade aos respectivos desenvolvimentos e conclusões dos mesmos: no caso do Somos PESSOAS importa assinalar o seu arranque em produção em Março de 2008; no que respeita ao Somos COMPRAS, foi preparada uma interligação entre o Navision e o Oracle; quanto ao Somos CONTAS optou-se por um arranque em produção para o SUCH, numa primeira fase em Navision, dado o grau de customização deste ERP nas áreas tradicionais. Em relação à evolução dos Sistemas de Informação do próprio SUCH importa referir ainda que se destacam, ao longo do ano de 2008, as seguintes acções como mais relevantes: Conclusão do Data Mart de Contabilidade Analítica; Informatização de 21 unidades do Somos NUTRIÇÃO; Ligação das encomendas do Somos NUTRIÇÃO ao sistema informático de alguns fornecedores; Ligação de encomendas e recepções do Somos NUTRIÇÃO ao sistema informático do Somos COMPRAS (Oracle); Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 56 de 141 Aquisição e instalação de servidor para página WEB do Somos; Apoio ao Somos CONTAS na passagem da contabilidade do SUCH (Navision) e diversos desenvolvimentos no módulo financeiro a seu pedido; Criação de mecanismo para controlo das facturas de fornecedores; Criação de repositório para Gestão dos dados do MVEP (Modelo de Valorização Económica de Propostas); Instalação de novo circuito de voz e dados no Hospital do Litoral Alentejano; Instalação de ligações ADSL em 12 locais; Preparação e entrega de 23 PC‟s e 24 portáteis; Achiever: consolidação do programa informático Achiever, que constitui uma ferramenta para o controlo documental e apoio à monitorização e medição dos processos evidenciando todo o histórico para posterior análise e conclusões, essencial à actividade do Departamento de Qualidade. IV.2.7. Compras No ano de 2008 prosseguiu-se o processo de centralização das aquisições (iniciado com a criação da Direcção de Compras no final de 2006) e o processo de normalização de procedimentos. No que respeita à Normalização/Monitorização, foi aprovado pelo Conselho de Administração um novo Regulamento de Contratação e emanadas Normas a aplicar, que transpuseram para o SUCH a aplicação das boas práticas do novo Código de Contratação Pública, o Decreto-Lei nº18/2008 de 29 de Janeiro, com adaptações no que se refere à contratação excluída. Foram também adaptadas as peças de procedimento ao novo Regulamento de Contratação. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 57 de 141 Para a aquisição das várias tipologias de bens e serviços para as Áreas Verticalizadas, foram reformuladas /estabeleceram-se as respectivas Delegações de Competências. Concluiu-se ainda o processo de implementação das requisições electrónicas, o que constituiu um pilar muito significativo do processo de monitorização dos pedidos colocados às Compras. No que concerne à Centralização versus ganhos de produtividade e financeiros foi aprovado um novo desenho organizacional da Direcção de Compras que evoluiu para uma especialização por Área de Negócio, adaptando-se à organização dos serviços verticalizados e clusterizados em 2007 que sucedeu às direcções regionais. Mantiveram-se porém os serviços de apoio logístico já existentes: compras locais e armazéns. Esta alteração permitiu acompanhar de forma mais eficaz a verticalização das Áreas de Negócio bem como racionalizar os processos, obtendo-se os inerentes ganhos de produtividade. Esta reorganização permitiu, ainda, racionalizar os recursos humanos afectos à função. Foram realizados processos para aquisição de bens e serviços de forma planeada, para satisfação de necessidades emergentes e para satisfação das necessidades decorrentes do lançamento de novas unidades de produção das áreas de Resíduos, Limpeza e Nutrição. Alguns destes processos foram desencadeados pela primeira vez com carácter global. Paralelamente, foi elaborado um Plano de Transição e iniciado o processo de externalização das compras para o Somos COMPRAS, ACE, tendo sido decidido que em 2008 a externalização se processaria por vagas de produtos e serviços. Foram identificadas 33 vagas para o efeito, envolvendo bens e serviços destinados a várias áreas de negócio e áreas corporativas. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 58 de 141 Em trabalho conjunto entre Direcção de Compras, Direcção Financeira e o Somos CONTAS foi desenvolvido durante o ano de 2008 um enorme esforço de controle dos circuitos de despesa, quer a nível processual e documental, quer a nível económico-financeiro. Foi ainda realizada uma monitorização sistemática do inventário de stocks, o que se traduziu nas contagens físicas do final do ano, num reduzido desvio de existências. Em 2009, perspectiva-se a consolidação do caminho já percorrido, centralização de compras versus ganhos de produtividade e financeiros, bem como, a externalização total das Compras, de acordo com o Plano de Transição para o Somos COMPRAS, ACE. IV.2.8. Financeira A par com a externalização dos processos transaccionais da contabilidade, contas a receber e contas a pagar, para serviços partilhados, operado a partir de Julho, o ano de 2008 ficou marcado pela conclusão do trabalho de saneamento da conta de trabalhos em curso no que à unidade de negócio de projectos e obras diz respeito, conforme relato mais pormenorizado, constante do Ponto V - Situação Económica e Financeira, deste Relatório. Assinalam-se ainda como marcos de desenvolvimento organizacional relevantes no ano para a estruturação dos processos visando melhores condições de gestão, designadamente: a conclusão do Data Mart da Contabilidade Analítica (Abril/08); a aprovação do Modelo de Planeamento e Controlo Orçamental (Setembro/08); Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 59 de 141 o redesenho dos processos e estrutura de suporte à facturação a clientes (Outubro – Dezembro/08); a elaboração do Modelo de Valorização Económica de Propostas (Julho/08); a constituição de uma Task Force de Acompanhamento e Introdução de Melhorias sobre o Controlo da Conferência de Facturação de Fornecedores (Agosto – Dezembro/08); a definição de regras claras a utilizar por toda a organização em relação aos procedimentos a utilizar com rigor face a Trabalhos em Curso, evitando a continuidade de más práticas tradicionais apuradas no Relatório supra-referido (Novembro/08); a adaptação dos sistemas de informação de suporte a todos estes processos e procedimentos. Permitindo estes novos instrumentos a qualificação dos processos de gestão do SUCH e a introdução de boas práticas reconhecidas universalmente, importa, contudo, melhorar as zonas de interface na articulação com os associados, quer ao nível das rotinas de encomenda do serviço (havia serviços prestados sem nota de encomenda que o cliente depois não reconhece), quer ainda ao nível da conferência e pagamento, em tempo, da facturação do SUCH, cujos prazos têm sido excessivamente dilatados, conforme se refere no ponto relativo à Situação Económica e Financeira. IV.2.9. Apoio Geral A par de uma constante preocupação de optimização das condições operacionais de cada área do SUCH, inovando continuamente na busca de uma gestão inteligente, valorizando o património, contribuindo para a eficiência de processos partilhados, promovendo o bem-estar dos trabalhadores, visando desta forma para o sucesso global, a Direcção de Apoio Geral Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 60 de 141 concluiu, no ano transacto, um projecto de redução de custos com utilização de viatura própria em serviço para o Somos EQUIPAS (responsável por 77% dos gastos verificados nesta rubrica), adequando a respectiva frota automóvel. Deste projecto decorrerá uma poupança anual expectável superior a 100.000 €, devendo-se seguir-lhe a adopção de idêntica política para os outros Clusters. Outro processo já iniciado em final de 2008, refere-se ao plano de reinstalação global dos serviços, nomeadamente em Lisboa, Coimbra e Porto, com um impacto anual mínimo de redução de encargos face aos actuais de 82.000 €. IV.2.10. Apoio Jurídico Tendo presente a publicação do novo Código dos Contratos Públicos - CCP, através do Decreto-Lei nº 18/2008 de 29 de Janeiro, que veio unitariamente estabelecer a disciplina aplicável à formação dos contratos públicos, assumiu particular importância o enquadramento geral das relações entre o SUCH e os seus Associados públicos face às normas aplicáveis, no ordenamento jurídico nacional e comunitário, em matéria de contratação pública. Em sede de aprofundamento destas matérias jurídicas, e tendo por base uma interpretação teleológica conforme às normas comunitárias, considera-se possível reconduzir as relações estabelecidas entre o SUCH e os seus associados públicos à figura das relações in house, com a consequente exclusão dos acordos celebrados no âmbito dessa relação jurídica da esfera de aplicação das regras sobre contratação pública, de acordo com o disposto no nº 2 do artigo 5º do CCP. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 61 de 141 Embora, desde sempre se tenha entendido e, portanto defendido, que o SUCH, como organismo de direito privado não está sujeito à disciplina da contratação pública, a verdade é que, também desde sempre, se tem propugnado pelo respeito rigoroso dos princípios da boa fé, transparência, publicidade, igualdade e concorrência na formação dos contratos a celebrar pelo SUCH. Assim, reconhecendo-se “que as melhores práticas em matéria de contratação se encontram consignadas na legislação comunitária e nacional, e que os destinatários da actividade do SUCH são, em larga medida, entidades que gerem dinheiros públicos e que se encontram sujeitas às regras da contratação pública, afigurou-se oportuno adequar os processos de contratação ao novo Código dos Contratos Públicos, com as devidas adaptações às especialidades do SUCH.”. Daí que o Conselho de Administração do SUCH tenha decidido a elaboração de um novo Regulamento destinado a disciplinar todas as aquisições de bens e serviços e empreitadas desencadeadas pelo SUCH que remetesse, ”no essencial, com as devidas adaptações, para as normas do Código dos Contratos Públicos respeitantes aos tipos e escolha de procedimentos, formação dos contratos, tramitação procedimental, sistemas de aquisição dinâmicos, sistemas de qualificação e acordos-quadro”. O Gabinete Jurídico do SUCH contribuiu, em reflexão alargada com jurisconsultos especialistas na matéria, para a feitura desse Regulamento que tendo sido aprovado pelo CA em 28 de Fevereiro antecipou-se à entrada em vigor do novo CCP. É de justiça realçar que, ao longo desta sua ainda curta vigência, o referido Regulamento se tem revelado um eficiente instrumento de contratação, sem problemas ou reparos. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 62 de 141 Quanto ao desempenho das suas normais atribuições, a actividade do Gabinete Jurídico desenvolveu-se, geograficamente, por todo o País, apontando-se a título meramente exemplificativo – Bragança, Vila Real, Porto, Matosinhos, Vila Nova de Gaia, Viseu, Coimbra, Lorvão, Figueira da Foz, Montemor-o-Velho, Leiria, Caldas da Rainha, Vila Franca de Xira, Setúbal, Barreiro, Portalegre, Beja, Elvas e Lagos para além de Lisboa como é óbvio. Em síntese, a sua actividade durante o ano de 2008, poderá resumir-se nos seguintes elementos estatísticos: Processos Disciplinares 41 Processos de Inquérito 6 Processos Judiciais 22 Processos de Contra-Ordenações 20 Actuações contenciosas em Concursos Públicos 7 Pareceres / Informações 656 Reconhecimentos 1700 IV.2.11. Cooperação Com os PALOP, entre Janeiro e Abril de 2008, o SUCH realizou estágios dirigidos a cinco técnicos provenientes de Cabo Verde, designadamente do Hospital Agostinho Neto e do Hospital Sousa Baptista, por solicitação do Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério da Saúde da República de Cabo Verde. Estes estágios tiveram como objectivo proporcionar formação em Manutenção em Equipamentos Hospitalares, abrangendo equipamentos de refrigeração, esterilização, bloco operatório, radiologia e máquinas de revelação. Também por contacto do mesmo Gabinete, foi demonstrado interesse no apoio para a definição da Estratégia de Manutenção de Equipamentos em Cabo Verde, tendo o SUCH Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 63 de 141 revelado disponibilidade, no âmbito de Protocolo a celebrar, para o desenvolvimento deste trabalho no próximo ano. Em cooperação com a Guiné-Bissau, o SUCH ainda preparou a missão que terá em vista instalar, em 2009, um equipamento de Raio-X, doado pelo Hospital de São Teotónio, Viseu, no Hospital de Bafatá, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian. Já relativamente à candidatura apresentada no âmbito do projecto – apoio ao Hospital Pediátrico David Bernardino (Luanda) como Laboratório de Referência de Angola, no âmbito de candidatura conjunta ao Instituto de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), em que também figuram como proponentes o Instituto Nacional Ricardo Jorge e o Hospital D. Estefânia, encaminhada através do Alto Comissariado da Saúde, o SUCH não obteve qualquer decisão até ao final do ano. Em reunião realizada junto do Alto Comissariado da Saúde o SUCH disponibilizou-se, igualmente, para cooperar em outras missões nos PALOPs, dentro de um exercício de Responsabilidade Social, com o enquadramento e apoio do IPAD, Fundação Calouste Gulbenkian e outras organizações. IV.3. AS ÁREAS DE NEGÓCIO IV.3.1. A Actividade Produtiva do SUCH Em 2008, o SUCH viu o seu Volume de Negócios anual aumentar 15,7% face ao ano anterior. Nos últimos três anos (2006-2008) este acréscimo ascendeu a 57,8%, registando todos os anos percentagens anuais de crescimento superiores a 15%. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 64 de 141 Quadro nº 9 Evolução do Volume de Negócios do SUCH Unid: Milhões de € Volume de Negócios Total Volume de Negócios 2005 Realizado 2006 Realizado 2007 Realizado 2008 Realizado 56,6 65,6 77,2 89,3 15,9 17,7 15,7 Evolução % 57,8 Evolução % Nota: Os valores apresentados incorporam os descontos de quotas a associados, bem como, no último ano, os valores dos débitos pelas funções corporativas do SUCH aos novos ACE`s, no valor de 1,6 milhões de euros. De salientar que, não obstante o período complexo do ponto de vista do funcionamento dos mercados vivido em 2008, que ocasionou um acréscimo de custos operacionais idêntico à variação do volume de negócios (15,7%), nos três anos em análise, o incremento dos custos 53,2% - foi inferior ao correspondente aumento do volume de negócios. Quadro nº 10 Evolução dos Custos Operacionais do SUCH Unid: Milhões de € Custos Operacionais Custos Operacionais 2005 Realizado 2006 Realizado 2007 Realizado 2008 Realizado 61,6 67,9 81,6 94,4 10,2 20,2 15,7 Evolução % Evolução % 53,2 Importa, no entanto, salientar que apesar da dinâmica dos custos operacionais ter acompanhado com rigor o aumento do Volume de Negócios (reflectindo um forte Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 65 de 141 empenhamento do SUCH na procura de ganhos de eficiência), por força do efeito inflação não previsível, verificado sobretudo nos primeiros 8 meses do ano, registaram-se desvios com significado nas rubricas Matérias – Primas e Fornecimento de Serviços Externos (FSE). Em rigor face a uma evolução de 15,7% do Volume de Negócios, o Custo de Matérias – Primas evolui mais do que 19% no ano (desviando-se do orçamento em 31%) e os FSE apresentam um acréscimo próximo dos 15% (mas observando um desvio face ao orçamento de 47%)9. Meramente a título ilustrativo referem-se três exemplos que contrastam com o crescimento próximo dos 16% de Volume de Negócios: Electricidade, os custos crescem 40,5% no ano importando um encargo adicional de 182 mil €; Combustíveis, os custos crescem 76,8% no ano importando um encargo adicional de 1,6 Milhões de €; Matérias – Primas Alimentares, os custos crescem 23% no ano, importando um encargo adicional de 1,1 Milhões de €. Num exercício simplificado: se apenas estas três sub-categorias do conjunto Matérias – Primas e FSEs se tivessem comportado sem o efeito inflação, ou seja, acompanhando apenas a respectiva despesa o crescimento da actividade em 16%, então deste encargo adicional que totaliza 2,9 Milhões de € apenas teria resultado o encargo de 1,2 Milhões, pelo que o desvio sentido pelo efeito inflação no SUCH no ano de 2008 (em apenas matérias primas alimentares, combustíveis e electricidade) resultou numa despesa adicional e imprevisível para o ano no montante de 1,7 Milhões de €, com forte impacto no prejuízo operacional (cifrado em 1,5 Milhões de €). 9 De notar que os montantes orçamentados para as rubricas Matérias – Primas e FSE contavam com um esmagamento, no ano de 2008, nos respectivos custos associados, em virtude dos Ganhos de Escala esperados em consequência do arranque da Central de Compras cuja expectativa (à data da elaboração do Orçamento de 2008) se centrava em Janeiro de 2008, facto que só veio a ocorrer um ano depois! Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 66 de 141 A distribuição relativa dos custos operacionais que suportam a actividade do SUCH apresentam, no ano de 2008, o padrão expresso no gráfico seguinte, o qual não regista alterações face ao ano de 2007. Gráfico nº 7 Peso das diferentes rubricas nos Custos Operacionais das áreas de negócio – 2008 3,7% 13,4% 2008 44,9% Materiais Subcontratos 19,2% FSE Custos com Pessoal Outros 18,8% A distribuição percentual do Volume de Negócios pelos diferentes Clusters de actividade é sensivelmente idêntica à verificada no ano anterior, tendo havido, contudo, um ligeiro aumento do peso relativo do Cluster Somos AMBIENTE (que era responsável por 36% do volume de negócios em 2007) em detrimento do Somos EQUIPAS (que assumia, em 2007, 38% do volume total de negócios das áreas). Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 67 de 141 Gráfico nº 8 Distribuição do Volume de Negócios pelos diferentes Clusters - 2008 25,7% 0,4% Somos EQUIPAS Somos AMBIENTE 36,1% Somos NUTRIÇÃO Somos CONSULTORIA 37,8% Esta distribuição encontra paralelo na distribuição dos custos em que o Somos AMBIENTE vê ligeiramente acrescida a sua participação nos custos face ao ano anterior – 37,8% em 2007 – e uma pequena redução na participação do Somos EQUIPAS – 35,5% em 2007. Gráfico nº 9 Distribuição dos custos pelos diferentes Clusters - 2008 0% 26% 35% Somos EQUIPAS Somos AMBIENTE Somos NUTRIÇÃO Somos CONSULTORIA 39% Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 68 de 141 IV.3.2. Somos EQUIPAS A área de negócio desenvolvida pelo cluster Somos EQUIPAS é suportada por quatro unidades de negócio, designadamente: As Manutenção de Instalações e Equipamentos; Segurança e Controlo Técnico; Energia; e, Projectos e Obras, principais orientações/alterações que se verificaram no ano 2008 estiveram, essencialmente, relacionadas com a consolidação e aproveitamento das sinergias resultantes da implementação do modelo de clusterização e verticalização do cluster Somos EQUIPAS, iniciada em 2007 e continuada em 2008 em conformidade com o “Plano de Acção e Orçamento para 2008”. A referida clusterização e verticalização permitiu iniciar a uniformização de procedimentos, com a consequente obtenção de vantagem competitiva, interiorizando as melhores práticas que se encontravam dispersas nas Unidades de Negócio agora verticalizadas e clusterizadas, processo que cabe aprofundar ainda em 2009. O desenvolvimento das áreas corporativas ainda não teve o impacto esperado neste Cluster associando-se ao aumento de rigor alguma perda de agilidade dos processos produtivos, nomeadamente pela centralização dos processos financeiros e de compras. Atendendo a que o SUCH garante a sua subsistência com recursos próprios que decorrem, na sua totalidade, da facturação dos serviços prestados, operando exclusivamente no mercado da saúde, (em particular no apoio a instituições enquadradas pelo Serviço Nacional Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 69 de 141 de Saúde) foi valorizado, no decurso do ano e num contexto organizacional de mudança, salvaguardar a continuidade dos processos produtivos introduzindo-se paulatinamente novos projectos. Entre estes destaca-se o projecto de microgeração de energia eléctrica fotovoltaica, bem como o projecto de arquitectura de Unidades de Cuidados Continuados. O cluster Somos EQUIPAS, apresentou a seguinte evolução no que respeita ao Volume de Negócios nos últimos quatro anos. Quadro nº 11 Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos EQUIPAS no período de 2005-2008 Unid: € Somos EQUIPAS Volume de Negócio 2005 2006 20.905.923 2007 2008 25.904.191 29.018.317 32.548.098 23,9 12,0 12,2 Evolução % Evolução % 55,7 Constata-se que, no âmbito do Cluster, entre 2005 e 2008 o Volume e Negócios aumentou mais de 55%, verificando-se, em todos os anos, taxas de crescimento superiores a dois dígitos. Gráfico nº 10 Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos EQUIPAS 2005-2008 35.000.000 30.000.000 25.000.000 20.000.000 15.000.000 10.000.000 5.000.000 0 2005 2006 2007 Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 70 de 141 2008 Esta tendência global de crescimento de um Cluster que reúne quatro áreas de actividade tradicional do SUCH resulta, no entanto, de dinâmicas diferenciadas nas suas unidades de negócio, que importa observar. Manutenção de Instalações e Equipamentos A Unidade de Negócio responsável pela Manutenção de Instalações e Equipamentos, no ano de 2008, fez um enorme esforço no sentido de inverter a tendência que se vinha verificando nos últimos anos e relativa à perda de capacidade técnica de intervenção nos novos equipamentos electromédicos, caracterizados por tecnologias mais recentes. Estes novos equipamentos têm vindo a ser introduzidos nas unidades de saúde para substituição de outros considerados obsoletos ou para equipar novos serviços. A dificuldade em conseguir formação em equipamentos com tecnologias mais recentes reduziu a capacidade técnica de intervenção por parte do SUCH, tendo-se verificado alguma redução do número de equipamentos abrangidos nos contratos de manutenção. As solicitações para as reparações extra-contrato sofreram igualmente uma redução. A contrario, as actividades de manutenção de redes e equipamentos electromecânicos, asseguradas através de diversos projectos de manutenção de instalações e equipamentos, têm vindo a sofrer um incremento considerável. A redução do número de contratos (para 262) a par do aumento do valor contratado, justificase pela concentração de diversas unidades de saúde em centros hospitalares, o que conduziu ao agrupamento de vários contratos, num único contrato. Simultaneamente, também se constatou a junção de contratos na mesma unidade de saúde. A centralização da aquisição de componentes e peças para proceder à actividade de manutenção, originou, no ano, demoras nas reparações devidas a diversas dificuldades associadas ao processo de aquisição, nomeadamente as resultantes dos fortes Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 71 de 141 constrangimentos de Tesouraria, por insuficiência de recebimentos provenientes dos associados. Apesar dos constrangimentos enunciados registou-se, no ano, um ligeiro aumento do Volume de Negócios desta Unidade de Negócio. Quadro nº 12 Evolução do Volume de Negócios da UN Manutenção de Instalações e Equipamentos 2005-2008 Unid: € Manutenção 2005 Volume de Negócio 2006 14.242.168 2007 2008 14.339.807 17.361.439 17.736.159 0,7 21,1 2,2 Evolução % Evolução % 24,5 Entre 2005 e 2008 o Volume de Negócios apresentou, assim, uma evolução positiva na ordem dos 24,5%. Gráfico nº 11 Evolução do Volume de Negócios da UN Manutenção de Instalações e Equipamentos 2005-2008 20.000.000 15.000.000 10.000.000 5.000.000 0 2005 2006 2007 Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 72 de 141 2008 Segurança e Controlo Técnico No ano de 2008 esta Unidade de Negócio fez uma aposta forte na sua certificação. Este desiderato foi atingido, no entanto o volume de negócios teve uma forte diminuição relativamente a 2007, apesar do acréscimo de 12 contratos no ano, totalizando 159. Foi ainda desenvolvida uma aplicação DataMart para fornecer Indicadores estatísticos fundamentais para o controlo da actividade. Quadro nº 13 Evolução do Volume de Negócios da Segurança e Controlo Técnico 2005-2008 Unid: € Segurança e Controlo Técnico 2005 Volume de Negócio 2006 666.433 2007 2008 787.556 863.874 794.439 18,2 9,7 -8,0 Evolução % Evolução % 19,2 Entre 2005 e 2008 regista-se um aumento de 19,2% do Volume de Negócios da Unidade, configurando o ano de 2008 o ano de inversão da tendência de crescimento sustentado verificada no período de análise. Gráfico nº 12 Evolução do Volume de Negócios da Segurança e Controlo Técnico 2005-2008 1.000.000 800.000 600.000 400.000 200.000 0 2005 2006 2007 Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 73 de 141 2008 Energia A Unidade de Negócio relacionada com a Energia, acrescentou em 2008 aos contratos existentes em 2007 um novo contrato, totalizando a gestão de cinco Centrais Térmicas. A variação que se pode verificar no volume de negócios é condicionada por factores exógenos, designadamente condições meteorológicas, quantidade de roupa tratada ou número de refeições confeccionadas. Em 2008, o cluster Somos EQUIPAS iniciou uma aposta forte nesta área de actividade, nomeadamente na microgeração de energia eléctrica fotovoltaica, tendo sido instalados 17 sistemas de microgeração fotovoltaica. Parece-nos ser uma aposta com inegáveis vantagens para o Serviço Nacional de Saúde, ao nível das poupanças que se podem vir a obter. Quadro nº 14 Evolução do Volume de Negócios da UN Energia nos anos 2006-2008 Unid: € Energia Volume de Negócio 2006 2007 2008 3.218.250 2.246.560 2.569.926 - 30,2 14,4 Evolução % Evolução % - 20,1 O ano de 2008 representa uma quebra da tendência de decréscimo desenhada em 2007, tendo-se verificado um crescimento do volume de negócios superior a 14 %. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 74 de 141 Gráfico nº 13 Evolução do Volume de Negócios da UN Energia 2006-2008 3.500.000 3.000.000 2.500.000 2.000.000 1.500.000 1.000.000 500.000 0 2006 2007 2008 Projectos e Obras Na Unidade de Negócio Projectos e Obras verificou-se um incremento significativo nas actividades de Projecto e Fiscalização o que teve impacto directo no volume de facturação. Esta Unidade de Negócio tem também desenvolvido vários trabalhos de projecto, fiscalização e acompanhamento integrado de obras para apoio a outras áreas de negócio do SUCH. A análise evolutiva do seu Volume de Negócio é apresentada no quadro e no gráfico seguinte. Quadro nº 15 Evolução do Volume de Negócios da UN Projectos e Obras nos anos 2005-2008 Unid: € Projectos e Obras Volume de Negócio Evolução % 2005 2006 2007 3.217.560 6.476.330 7.465.399 10.757.441 101,3 15,3 44,1 Evolução % 234,3 Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais 2008 Página 75 de 141 O crescimento de 234% do Volume de Negócios no período 2005-2008 representa mais do que a triplicação do montante inicial. Em 2008 esta unidade passa a representar 1/3 do Volume de Negócios do Cluster, enquanto no ano anterior representava apenas 1/4. Gráfico nº 14 Evolução do Volume de Negócios da UN Projectos e Obras 2005-2008 12.000.000 10.000.000 8.000.000 6.000.000 4.000.000 2.000.000 0 2005 2006 2007 2008 A evolução do Volume de Negócios expressa no gráfico supra traduz a intensificação dos indicadores de actividade no ano de 2008 como expressos no quadro seguinte: Quadro nº 16 Evolução da actividade da UN Projectos e Obras nos anos 2005-2008 Projectos e Obras Projectos Obras Fiscalização 2005 2006 2008 20 36 20 37 17 30 19 20 4 1 1 5 Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais 2007 Página 76 de 141 Por fim, é apresentada, no gráfico seguinte, a distribuição percentual dos proveitos das quatro unidades de negócio que constituem o Cluster Somos EQUIPAS, ilustrando a sua representatividade relativa. Gráfico nº 15 Distribuição Percentual de Proveitos por UN 2008 34% 56% 2% 8% Manutenção Energia Segurança e Controlo Técnico Projectos e Obras Relativamente ao ano de 2009 estão projectados os seguintes desenvolvimentos em continuidade com o trabalho iniciado em 2008: a implementação do piloto do Sistema de Gestão da Manutenção, em trabalho de parceria com o Instituto de Soldadura e Qualidade (projecto integrado no Plano Tecnológico e com piloto no Hospital de Leiria); o desenvolvimento de um projecto que leve à implementação de um laboratório de metrologia, essencial para avaliação e validação de parâmetros funcionais de equipamentos; expansão do novo negócio da microgeração eléctrica fotovoltaica; lançamento da actividade de avaliação da eficiência energética de unidades de saúde; expansão do projecto relativo a unidades de cuidados continuados modulares; Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 77 de 141 desenvolvimento de um projecto similar vocacionado para Unidades de Saúde Familiares, no âmbito dos cuidados de saúde primários; purificação do Modelo de Gestão de Contratos, após a experiência e respectiva avaliação realizadas em 2008. Transversalmente a todo o Cluster será ainda lançado um programa de retenção de conhecimento, actualização e desenvolvimento de competências que visem potenciar a capacidade de inovação e de um serviço de valor acrescentado para os clientes/associados. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 78 de 141 IV.3.3. Somos AMBIENTE O cluster Somos AMBIENTE integra a Gestão e Tratamento de Roupa, Limpeza e Resíduos Hospitalares, no âmbito do processo de verticalização das áreas de negócio, que veio introduzir uma lógica empresarial por negócio, com abrangência nacional, iniciado no ano anterior. Em 2008, consolidou-se a verticalização e padronizaram-se já, transversalmente, algumas melhores práticas identificadas, nomeadamente: Implementação de um modelo de organização assente numa interacção entre linhas de serviço e linhas de tratamento, com funções e objectivos distintos. Este modelo encontra-se aplicado nas unidades de negócio: Gestão e Tratamento de Resíduos e Limpeza e a dar os primeiros passos na área da Gestão e Tratamento de Roupa; Definição da metodologia de recolha e tratamento da informação para a facturação, padronização da designação dos serviços fornecidos e da apresentação da factura; Implementação do método de análise e valorização dos custos para efeitos de cálculo de propostas a apresentar por solicitação da Área Comercial. No quadro seguinte pode constatar-se a evolução do Volume de Negócios representando, no período 2005-2008, um crescimento de 52,4%. Quadro nº 17 Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos AMBIENTE no período de 2005-2008 Unid: € Somos AMBIENTE Volume de Negócio 2005 2006 22.349.726 2007 2008 24.241.091 27.526.466 34.069.357 8,5 13,6 23,8 Evolução % Evolução % 52,4 No ano de 2008 o Volume de Negócios atinge os 34 Milhões de € representando um crescimento face ao ano anterior superior a 23%. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 79 de 141 Gráfico nº 16 Trat. Roupa Trat. Resíduos 2005 2006 6.889.360 € 3.377.957 € 2.627.967 € 2.200.667 € 6.362.211 € 5.059.580 € 4.574.586 € 4.826.314 € 20.817.786 € 19.088.929 € 17.038.538 € 15.322.745 € Evolução do Volume de Negócios – Cluster Somos AMBIENTE - 2005-2008 Limpezas 2007 Total Cluster Ambiente 2008 Regista-se, em 2008, o crescimento do Volume de Negócios das três unidades, designadamente, na Gestão e Tratamento de Roupa na ordem dos 9,06%, na Gestão e Tratamento de Resíduos de 25,75% e, em especial, na Limpeza hospitalar de 103,95%. No gráfico seguinte, pode observar-se a evolução dos indicadores de actividade de cada uma das unidades, com um aumento na área das Roupas de 8,91%, um ligeiro decréscimo de -1,23% (na quantidade de resíduos tratados) e um forte incremento no nº de horas /homem nas limpezas de 112,55%. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 80 de 141 Gráfico nº 17 ( Kg) Trat. Residuos 2005 ( kg) Limpezas 2006 2007 1.156.530 453.039 358.912 Trat. Roupa 544.133 10.684.084 10.817.063 8.192.377 10.540.377 30.926.260 28.397.230 26.399.073 25.626.723 Evolução da Produção – Cluster Somos AMBIENTE (h/h) 2008 GESTÃO E TRATAMENTO DE ROUPA Esta é a área do Somos AMBIENTE que reflecte a maior adesão por parte dos associados e clientes, com um crescimento notório e, paralelamente, com um nível de exigência constante. De facto, em especial, os hospitais são organizações complexas e de uma forma contínua acrescentam novos requisitos aos padrões de serviço actuais. O desafio do renting – actividade em que o SUCH é pioneiro na área da Saúde, também assinala uma evolução crescente, como comprova o mapa seguinte – sentindo-se hoje também uma maior procura do tratamento personalizado de fardamentos e do serviço de reposição de roupa intra hospitalar. Quadro nº 18 Evolução da Produção – UN Gestão e Tratamento de Roupa Unid: Kg Locação de Roupa Produção 2005 2006 15.322.745 Evolução % 2007 17.038.538 19.088.929 20.817.784 11,2 12,0 9,1 Evolução % 35,9 Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais 2008 Página 81 de 141 A vantagem competitiva do SUCH cifra-se na sua longa experiência nesta área de actuação, reconhecida pelos associados e clientes, e na dimensão da sua capacidade instalada, que permite optimizar os processos. No ano de 2008, destaca-se a padronização de alguns processos produtivos pelas melhores práticas, designadamente, na logística de entrega de roupa, na expedição de guias por tipologias quantificadas (além do peso total), na oferta de roupa de locação quer em modelos quer em cores e dimensões e, ainda, na aquisição de equipamentos de produção de marca e modelo já com prova de eficiência dada noutras unidades. Neste ano, por circunstâncias várias, não foi possível abrir a nova lavandaria do Fundão, mas o projecto manteve-se em curso, permitindo que o seu funcionamento se inicie em Abril de 2009, com capacidade para tratar 7 toneladas/dia. Por outro lado, iniciou-se o projecto de construção de raiz de uma lavandaria na Tocha, tal como previsto no Plano de Acção e Orçamento para 2008. LIMPEZA HOSPITALAR No ano de 2008 a Área da Limpeza Hospitalar viu o seu volume de actividade crescer mais do que o dobro, em resposta directa às solicitações dos associados. Quadro nº 19 Evolução da Produção – UN Limpeza Hospitalar Unid: Nº Horas Limpeza Produção Evolução % 2005 2006 358.912 2007 453.039 544.133 1.156.530 26,2 20,1 112,5 Evolução % 222,2 Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais 2008 Página 82 de 141 Com já foi expresso em anos anteriores, o SUCH no cumprimento de todas as obrigações legais e de qualidade de produtos certificados, não é competitivo, em preço, enquanto critério decisivo, com outras empresas em sede de mercado concorrencial. Não obstante, a preferência por um trabalho sério e rigoroso foi reconhecido por várias instituições de saúde, evidenciando uma preocupação crescente no contexto hospitalar por prestações de qualidade. A maior vantagem competitiva do SUCH, nesta área, reside na sua experiência, reconhecida pelos associados e clientes, e no facto de actuar sinergicamente com as outras áreas de actividade do cluster Somos AMBIENTE. Destaca-se, em particular, o trabalho que está a ser desenvolvido nos HUC e no Hospital de Aveiro, em que existe uma mais valia pela actuação conjunta das áreas da Limpeza e dos Resíduos Hospitalares. GESTÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS Em 2008, salienta-se, já em sede de área verticalizada, a implementação de processos padronizados, nomeadamente, no respeitante à contentorização uniforme na totalidade das instituições de saúde e à higienização dos referidos contentores. Foi ainda elaborado o Manual de Formação/Sensibilização e Auditoria, em utilização junto dos associados e clientes do SUCH. Nesta área, o SUCH perdeu um cliente de dimensão significativa, num processo de difícil compreensão em contexto associativo e concorrencial, com reflexo imediato na quantidade de resíduos tratados, mas que foi possível equilibrar com a adesão de novos associados, designadamente, o Centro Hospitalar do Porto, os Hospitais da Universidade de Coimbra, o Centro Hospitalar de Aveiro e o Centro Hospitalar de Lisboa Central, entre outros, em diferentes fases do ano. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 83 de 141 Esta área tem como principal vantagem competitiva o facto de o SUCH ser reconhecido como pioneiro e experiente nas matérias de tratamento de resíduos hospitalares, sendo o único operador de mercado que detém a linha completa, desde a recolha e tratamento à incineração, em unidades próprias e licenciadas, e actuar em áreas sinérgicas com esta e com o enfoque na prevenção e controlo da infecção hospitalar. No entanto, face a práticas comerciais associadas às propostas da concorrência, nem sempre pode apresentar um preço inferior. No quadro seguinte são apresentados os dados referentes à evolução da recolha e processamento dos resíduos hospitalares de acordo com a sua classificação. Quadro nº 20 Evolução da Produção – UN Gestão e Tratamento de Resíduos Unid: Kg QUANTIDADES DE RESIDUOS PROCESSADOS QUANT. RESIDUOS NACIONAL 2005 2006 2007 2008 GRUPO III 5.569.969 4.793.545 5.254.390 6.688.877 -13,94% 9,61% 27,30% GRUPO IV 1.042.427 1.283.881 1.298.074 1.271.967 23,16% 1,11% -2,01% GRUPO I/II 3.472.124 1.584.224 3.559.292 1.709.151 -54,37% 124,67% -51,98% 15.315 45.600 33.720 67.960 197,75% -26,05% 101,54% RECICLÁVEIS 298.154 249.892 303.946 -16,19% 21,63% 63,26% LIQUIDOS PERIGOSOS 139.634 234.896 338.124 68,22% 43,95% 26,35% 2.754 339 29.517 -87,69% 8606,96% -23,05% -22,28% 32,04% -1,23% RESIDUOS INDUSTRIAIS BANAIS OUTROS RESIDUOS PERIGOSOS TOTAL 10.540.377 8.192.377 10.817.062 496.214 427.203 22.713 10.684.085 Δ % 2005-2006 Δ % 2006-2007 Δ % 2007-2008 É ainda de salientar, com apreciação muito favorável, a exportação meramente residual de resíduos do Grupo IV, tal como mostra o quadro seguinte: Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 84 de 141 Quadro nº 21 Distribuição Nacional e Exportação dos Resíduos a incinerar Unid: Kg GRUPO IV CENTRAL INCINERAÇÃO EXPORTAÇÃO CENTRAL INCINERAÇÃO EXPORTAÇÃO 2005 2006 2007 2008 2005 2006 2007 2008 Δ % 2005-2006 Δ % 2006-2007 Δ % 2007-2008 Δ % 2005-2006 Δ % 2006-2007 Δ % 2007-2008 742.737 725.191 1.059.930 1.484.312 299.690 558.690 238.144 37.034 -2,36% 46,16% 40,04% 86,42% -57,37% -84,45% Destaca-se, ainda, como marco importante, a constituição do Agrupamento Complementar de Empresas, Somos AMBIENTE, ACE, em Julho, na sequência da prévia aprovação do projecto pela Assembleia Geral do SUCH de 7 de Maio de 2008. O Somos AMBIENTE, ACE tem como objecto criar um Centro Integrado de Valorização e Tratamento de Resíduos, na Chamusca, cujo conceito integra a implantação de três unidades de tratamento e valorização, complementares e sinérgicas, mediante a adopção das melhores tecnologias e das melhores práticas existentes. No segundo semestre do ano, foi desenvolvido o Business Plan do referido projecto e procedeu-se à elaboração da respectiva candidatura ao Projecto EUREKA, no sentido de obter o Selo de Excelência Eureka. O projecto “ Centro Integrado de Valorização e Tratamento de Resíduos” esteve presente, na mostra do Portugal Tecnológico, que teve lugar na FIL, no mês de Novembro, com a apresentação de um filme, tendo também, por essa ocasião, sido apresentado o “Estudo de Benchmarking Internacional”, realizado em 2007, pelo SUCH, na sessão de conferências. Importa, ainda, referir, que o projecto integra-se nas prioridades da Estratégia de Lisboa/Plano Nacional de Reformas: Novo Ciclo 2008-2010/Domínio 4 – Combater as Alterações Climáticas, apostar nas Energias Renováveis e na Eficiência Energética, tendo, Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 85 de 141 portanto, sido reconhecido o mérito do projecto na minimização de impactes ambientais, na maximização da eficiência e na geração de créditos de carbono. Ainda em 2008, o SUCH foi distinguido com a atribuição do primeiro Prémio de Investigação Valormed/Universidade Nova de Lisboa, pela apresentação do projecto “Unidade de Triagem e Valorização dos Resíduos de Embalagens de Medicamentos e de Medicamentos Fora de Uso”, elaborado pelo Somos AMBIENTE. De destacar, ainda, no mês de Outubro, a realização da Conferência Internacional “Ambiente Responsável e Saúde”, já anteriormente referida, com o alto patrocínio da Câmara Municipal da Chamusca, onde o SUCH, no seu exercício de Responsabilidade Social, promoveu amplamente o debate sobre a temática dos Resíduos Hospitalares e suas implicações na saúde pública e no desenvolvimento sustentável, reunindo especialistas portugueses e estrangeiros e vários públicos interessados, em que contou, igualmente com a presença de Sua Excelência o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, de Sua Excelência o Secretário de Estado do Ambiente, do Senhor Director Geral da Saúde e do Senhor Presidente da Câmara Municipal da Chamusca. O evento referido assumiu o estatuto de Evento Carbono Zero, tendo as emissões com efeito de estufa associadas à organização da Conferência sido monitorizadas e compensadas, posteriormente, em quantidade equivalente na reflorestação da Herdade da Pernada, situada nos concelhos de Palmela e Vendas Novas. À semelhança do já verificado em 2007, no presente ano, realizou-se igualmente a Semana Portas Abertas da Central de Incineração do Parque da Saúde (em duas edições: de 2 a 5 de Junho e de 29 a 31 de Outubro), com a inclusão de duas sessões de esclarecimento ao público em geral e várias visitas guiadas à Central por parte de cidadãos interessados, tendo como pontos da agenda o seu funcionamento nas vertentes técnica e psicossocial. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 86 de 141 IV.3.4. SOMOS NUTRIÇÃO O processo de verticalização da área tinha por objectivo a adopção uniforme das melhores práticas tendo por meta a implementação de mudanças promotoras de vantagens competitivas, num serviço de qualidade para o cliente. No âmbito deste processo foi considerado crítico, como estratégia de acréscimo de eficiência da área, o ganho de escala e optimização dos processos de compra, tendo no ano sido realizados dois projectos-piloto com Centrais de Compras da Uniself e da Sogenave, rigorosamente monitorizados durante o primeiro semestre do ano. Ponderados os resultados da avaliação dos dois projectos optou-se pela externalização das compras e abastecimento de matérias-primas através do Somos COMPRAS, ACE, em Setembro de 2008. Assim foi com a maior expectativa que se decidiu aproveitar as sinergias do ACE Somos COMPRAS para criar na sua estrutura profissionalizada, um núcleo especializado para aquisição e logística de bens e matérias-primas alimentares, contrapondo ao “efeito escala” (acessível apenas em Centrais de Compras de Alimentação) a especializada gestão de fornecedores, a prospecção de oportunidades de mercado, de produtos locais e de produtos sazonais. Entre as vantagens desta opção (que em devido tempo se avaliará) conta-se especialmente o facto de o Somos NUTRIÇÃO beneficiar, assim, do Sistema de Garantia de Pagamentos associado ao ACE, garantindo-se por essa via o pagamento em tempo aos fornecedores do SUCH (que durante o ano de 2008 geraram inúmeras rupturas de fornecimento por pagamento insuficiente, dados os fortes constrangimentos de Tesouraria verificados). Outro facto relevante, em 2008, foi dar continuidade, no quadro da gestão de recursos humanos, à colocação em todas as unidades produtivas, de terminais biométricos ou outros sistemas de controlo de assiduidade dos recursos humanos, bem como ao recurso à contratação para substituições transitórias, através do trabalho temporário. No entanto este SUCH Relatório | Serviço de e Utilização Contas Comum 2008dos Hospitais SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 87 de 141 último recurso carece ainda de aperfeiçoamento visando idêntica eficácia em todas as regiões do país. Tendo em vista promover uma maior eficiência e automatização dos processos e a viabilidade da adopção de um Controlo de Gestão foi desenvolvido, em colaboração com o Gabinete de Informática e Telecomunicações, o módulo Alimentação no ERP-NAVISION. Após o sucesso dos dois projectos-piloto nos Hospitais da Universidade de Coimbra e Hospital Psiquiátrico do Lorvão, realizados durante o mês de Dezembro de 2007, iniciou-se a entrada em exploração, na base de dados real, a 1 de Janeiro de 2008. Apesar das grandes dificuldades em disponibilizar recursos humanos das unidades produtivas para estas tarefas, foi conseguido, ao longo de 2008, estender esta solução a todos os restantes Centros de Responsabilidade da Área. Em 2008 foi ainda lançado o Concurso para aquisição de POS (Point Of Sale), de forma a satisfazer também requisitos legais e necessidades de optimização, nos processos gestão. No processo de selecção foi atribuída uma elevada ponderação às soluções com capacidade de integração com o sistema NAVISION. Desta forma os dados das vendas e consumos serão apurados automaticamente, permitindo o seu controlo e monitorização em tempo real. Esta informação poderá, assim, ser integrada na Contabilidade Analítica aumentando o seu grau de detalhe de análise. Durante o ano de 2008 registou-se a adesão de quatro novos grandes clientes, totalizandose, ao termo do ano, 22 unidades produtivas e um crescimento do Volume de Negócios de 17,1% face ao ano anterior. O quadro seguinte evidencia a evolução do Volume de Negócios da Área da Alimentação, referente ao período 2005-2008. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 88 de 141 Quadro nº 22 Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos NUTRIÇÃO - 2005-2008 Unid: € Somos NUTRIÇÃO 2005 2006 15.171.837 Volume de Negócio 2007 2008 16.627.493 19.776.159 23.160.777 9,6 18,9 17,1 Evolução % Evolução % 52,7 Assinala-se, pois, uma dinâmica de crescimento sustentado da área traduzida, no período 2005-2008, num crescimento do Volume de Negócios da Ordem dos 53%. Gráfico nº 18 Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos NUTRIÇÃO - 2005-2008 30.000.000 € 25.000.000 € 20.000.000 € 15.000.000 € 10.000.000 € 5.000.000 € - € 2005 2006 2007 Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 89 de 141 2008 O quadro seguinte evidencia a evolução dos indicadores de produção da Área da Alimentação, referentes também ao período 2005-2008. Quadro nº 23 Evolução do Volume de Produção do Cluster Somos NUTRIÇÃO - 2005-2008 Somos NUTRIÇÃO 2005 DOENTES SUB TOTAL Total Refeições PESSOAL 5.660.613 519.624 2006 OUTRAS 403.189 DOENTES PESSOAL 6.004.463 6.583.426 2007 OUTRAS 503.402 430.694 DOENTES 6.742.325 PESSOAL 814.462 2008 OUTRAS 503.826 DOENTES 7.606.436 PESSOAL 1.063.623 6.938.559 8.060.613 9.227.031 5,4 16,2 14,5 Evolução % Evolução % 40 Neste quadro de crescimento sustentado, no período (em análise) os indicadores de produção registam os seguintes aumentos relativos: - 40% no total de refeições produzidas; - 34% no número de doentes servidos; - 105% do número de profissionais servidos. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 90 de 141 OUTRAS 556.972 Gráfico nº 19 Evolução do Volume de Produção do Cluster Somos NUTRIÇÃO - 2005-2008 No quadro das políticas de formação e qualidade registam-se como factos relevantes: nas unidades de produção, o número de horas de formação interna por comparação a 2007, aumentou em 527% (de 98h para 517h). Os temas abordados foram: Práticas Higiene e Segurança Alimentar, Dietas terapêuticas, Técnicas Culinárias, Atendimento ao Cliente, Introdução á informática; O número de auditorias internas, por comparação com 2007, aumentou 47% (de 130 para 192), o número de análises microbiológicas a produtos alimentares 170% (de 127 para 344) e o número de análises microbiológicas por esfregaço 194% (de 145 para 427); O número de testes efectuados para controlo de qualidade do óleo de fritura, por comparação com 2007, aumentou 10% (de 556 para 610) e o número de testes para verificação de limpeza de superfícies 72% (de 218 para 376). Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 91 de 141 De realçar ainda a obtenção de renovação da certificação na ISO 9001:2000, na sequência da auditoria de seguimento da APCER e o desencadear, no ano, da solicitação de inúmeras licenças de catering preparando a dinâmica das Cozinhas Partilhadas. No quadro de uma política de crescimento sustentado da área com acréscimo de eficiência e produtividade, de registo ainda o facto de a um crescimento de 17,1% do Volume de Negócios e do número de refeições servidas de 15%, se contrapor um crescimento do número de efectivos, no ano, de apenas 13%. Por fim, é de assinalar ainda a elaboração, em 2008, de um Plano de Negócios a 10 anos no quadro do qual ganham central relevância: - a evolução para um posicionamento claro de Cozinhas Partilhadas; - a prossecução da política de obtenção de novas Certificações de Qualidade, bem como a de Segurança Alimentar; - a necessidade estrita de ter Ganhos efectivos no processo de Compras, o que até à data (apesar de todos os esforços envidados nesse sentido) não foi possível concretizar com o sucesso pretendido10. 10 Com efeito no ano de 2008 o custo com as matérias-primas alimentares registou um incremento face ao ano anterior de 23,3% (que confronta com 17% do crescimento do volume de negócios) apesar da estratégia de eficiência assumida como projecto crítico para o ano. Esta estratégia permitiu contudo que 30% dos bens tivessem registado uma redução média de preço superior a 50%, evitando-se por esta via um prejuízo operacional ainda mais pesado. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 92 de 141 IV.3.5. Somos CONSULTORIA Somos CONSULTORIA surge durante o ano 2007 como resposta do SUCH à necessidade apresentada pelo conjunto de Associados e Clientes, no sentido de lhes ser fornecido um serviço profissional de consultoria. Tem como missão disponibilizar um serviço de apoio estratégico e de gestão aos Associados do SUCH, com o intuito de os auxiliar na consecução da sua estratégia e objectivos definidos, através de uma abordagem sistemática e disciplinada na avaliação dos processos de gestão, destinada a acrescentar valor e a melhorar as operações e factores produtivos associados. O estudo de satisfação de associados e clientes mostrou ao SUCH o caminho a desenvolver neste âmbito. Apoiar os associados no caminho da mudança provocado pelas medidas de modernização e reforma da Administração Central e pela necessidade de racionalizar os recursos escassos financeiros. Neste contexto, o Somos CONSULTORIA desenvolveu uma presença activa no apoio em quatro vertentes da gestão interligadas nos processos de mudança e desenho do modelo de gestão e do modelo de negócio associado, elaboração de diagnósticos e recomendações sobre processos actuais e futuros, elaboração de planos estratégicos e no planeamento e gestão da concretização de planos de implementação associados a momentos de evolução organizacional e de gestão da comunicação da mudança. A pertinência do Somos CONSULTORIA junto dos associados tem vindo a ser crescente, justificada de certa forma, pelo retorno que os resultados dos projectos de organização e de gestão representam nas instituições do sector. Assume particular destaque o compromisso de adequar correctamente as soluções, sob um estudo rigoroso de viabilidade económicofinanceira, a garantia de transferência do conhecimento para a autonomia futura dos associados e a orientação para a melhoria continua sob objectivos mensuráveis. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 93 de 141 O profundo conhecimento que o SUCH detém da área da Saúde, a ampla experiência profissional da equipa do Somos CONSULTORIA, bem como a ambição da nossa missão, constituem-se como a nossa principal vantagem competitiva. Para maximizar esta vantagem competitiva será necessário ultrapassar alguns constrangimentos, como por exemplo o modelo de abordagem aos Clientes externos, que se tem revelado pouco eficaz, atendendo ao número de intervenientes envolvidos na comunicação entre os potenciais Clientes e a Área. Em 2008, destacam-se os seguintes projectos: Manual de Procedimentos para o Licenciamento das Unidades Privadas de Serviços de Saúde – Administração Central dos Serviços de Saúde - ACSS O Manual de Procedimentos para a instrução, desenvolvimento e finalização do processo inicial de avaliação e verificação da conformidade das Unidades face aos requisitos exigíveis, com vista ao licenciamento das Unidades Privadas de Serviços de Saúde. Business Case (BC) - ACE Ambiente Definição do modelo de parceria e Business case de exploração de um Agrupamento Complementar de Empresas na área de tratamento e valorização de resíduos hospitalares. Gestão da Mudança – Somos PESSOAS Gestão da Mudança, no âmbito da adesão à externalização do serviço de processamento de vencimentos nas ARSs do Algarve, Centro e Norte. Elaboração de diversos Planos de Negócios internos no SUCH - Somos NUTRIÇÃO, Somos EQUIPAS, Micro-geração. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 94 de 141 Revisão do Processo de Facturação a Terceiros do SUCH Revisão dos processos de suporte à facturação a terceiros, desde a produção até ao envio da factura, para cada área de negócio e implementação da proposta de redesenho. INSA – Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge No seguimento do diagnóstico global de novas necessidades determinadas pela reestruturação do INSA, Somos CONSULTORIA colabora com o INSA na prestação de serviços de consultoria na vertente de Comunicação e difusão da Cultura Científica do INSA. O ano 2008, foi o primeiro ano em que se realizou um exercício completo, sendo um ano chave de consolidação da área, em que se adquiriu visibilidade no Universo SOMOS, e simultaneamente nos apresentámos ao mercado. Os resultados deste ano permitem algum optimismo para os anos vindouros. Quadro nº 24 Evolução do Volume de Negócios do Somos CONSULTORIA Unid: € Somos CONSULTORIA Volume de Negócios 2007 2008 100.010 339.090 Evolução (%) 239 Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 95 de 141 Gráfico nº 20 Análise evolutiva da actividade do Somos CONSULTORIA 2007-2008 Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 96 de 141 V. V. A SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA V.1. EVOLUÇÃO E ANÁLISE O exercício económico de 2008, apesar de as Vendas e os Proveitos Totais terem experimentado um crescimento de cerca de 15,7% e de 12,7% respectivamente, (suplantando significativamente as previsões de evolução do volume de negócios e dos proveitos esperados, constantes do Orçamento do ano, em cerca de 14%), encerrou com um resultado líquido negativo de 4.410,6 milhares €. Para este resultado líquido negativo contribuíram principalmente: um crescimento significativo (de 153%), no ano, dos custos e perdas financeiras com um ganho de peso relativo na estrutura de custos totais do SUCH em cerca de 2% (de 1,6%, verificado em 2007, para 3,5%, verificado em 2008); um desvio relevante, face ao orçamentado para o ano, nas rubricas matérias-primas, fornecimento de serviços externos (consequência da inflação não esperada mas verificada em 2008, bem como do facto de não se terem observado nas aquisições os Ganhos de Escala esperados da realização de compras conjuntas com os hospitais que se estimavam associados ao arranque da Central de Compras). Os resultados financeiros negativos de cerca de 2.818 milhares €, explicam-se pelo elevado acréscimo de encargos suportados resultantes do diferimento permanente de cobranças, cujos prazos médios de recebimento atingiram nomeadamente: - Em Fevereiro …………………… 289 dias = 9,6 meses - Em Março ………………………. 291 dias = 9,7 meses - Em Abril ………………………… 271 dias = 9 meses - Em Maio ……………………….. 255 dias = 8,5 meses - Em Junho ………………………. 236 dias = 7,8 meses - Em Julho ………………………. 238 dias = 7,9 meses - Em Agosto ……………………. 238 dias = 7,9 meses - Em Setembro …………………. 245 dias = 8,2 meses - Em Outubro …………………… 242 dias = 8,1 meses Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 98 de 141 - Em Novembro ………………… 243 dias = 8,1 meses - Em Dezembro ………………… 175 dias = 5,8 meses Este resultado financeiro negativo é pois consequência de um custo financeiro global de 3.46411 milhares € e de um proveito global de 646 milhares € (dos quais 96% correspondem à consolidação de resultados positivos de empresas associadas)12. Relativamente aos custos financeiros, tem-se aqui a referir que, conforme devidamente explicitado, na nota nº 45 do ABDR- anexo ao balanço e à demonstração de resultados, de entre aqueles custos, 2.217 milhares € dizem respeito a juros e custos similares, e os restantes 1.247 milhares €, relacionam-se com resultados negativos em empresas do grupo e associadas.13 Não obstante, face ao ano transacto o acréscimo anual verificado naqueles custos (Custos e Perdas Financeiras deduzidos das Perdas em empresas associadas) é de 65%, aliás em consonância com o elevado recurso, mensal e permanente, ao crédito bancário, lato sensu, (incluindo empréstimos bancários, leasings e factoring), cujo balanço - porque sendo um documento meramente “fotográfico” não reflecte, - mas de que os indicadores do quadro infra, obtidos a partir de balancetes mensais, são prova clarividente: - Em Janeiro ……………………… 20.346,8 milhares € - Em Fevereiro …………………… 26.797,9 milhares € - Em Março ………………………. 26.380,9 milhares € - Em Abril ………………………… 30.270,2 milhares € 11 Digno de nota o facto de os juros suportados crescerem 45,5%, no ano de 2008 face ao de 2007, e os descontos de pronto pagamento efectuados sobretudo no final do 1º semestre em momento crítico de Tesouraria registarem um aumento de 138%! 12 Consolidaram resultados positivos nas contas do SUCH o SUCH-Dalkia, ACE, o Somos COMPRAS, ACE, (dado o atraso no início da actividade e a imobilização dos respectivos custos) e a EAS. 13 Este resultado representa a consolidação, nas contas do SUCH, designadamente dos resultados líquidos negativos decorrentes da actividade do Somos PESSOAS, ACE e do Somos CONTAS, ACE, para cujos primeiros anos de actividade se projectam resultados negativos, desejavelmente compensáveis através da consolidação dos resultados positivos do SUCH – Dalkia, ACE, e do Somos COMPRAS, ACE, com “Break-even” possível no 1º ano de actividade (de acordo com o Plano de Negócios aprovado em 2007). Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 99 de 141 - Em Maio ………………………... 28.592,9 milhares € - Em Junho ……………………….. 30.504.9 milhares € - Em Julho ……………………….. 22.007,3 milhares € - Em Agosto …………………….. 31.884,6 milhares € - Em Setembro …………………. 31.883,2 milhares € - Em Outubro …………………… 35.753,8 milhares € - Em Novembro ………………… 38.514,2 milhares € - Em Dezembro ………………… 25.266,1 milhares € O mapa do equilíbrio financeiro evidenciando uma necessidade/desequilíbrio de 21.764 milhares €, que face ao ano transacto quase duplicou, é também prova real e justificação bastante dos resultados alcançados. Os resultados extraordinários apresentam um valor positivo de cerca de 2 milhares €. Do ponto de vista financeiro, na situação patrimonial do SUCH destaca-se que o Activo Líquido global atingiu em 31 de Dezembro o montante de 73.241 milhares €, praticamente igual ao do ano de 2007. Em termos das suas principais componentes, o activo imobilizado passou de 18.000 milhares € em 2007, para 21.944 milhares € em 2008, fundamentalmente à custa das imobilizações incorpóreas que passaram a ter um valor bruto de cerca de 1.369 milhares € e do activo imobilizado corpóreo que cresceu, em termos de valores brutos, cerca de 5.590 milhares € (vide nota nº 10 do ABDR). Num exame detalhado das grandes rubricas que compõem o investimento corpóreo, salientam-se os seguintes acréscimos em valores brutos: - Equipamento básico, que evoluiu de 21.704 m. € para 25.313 milhares €; - Equipamento de Transporte, que evoluiu de 3.576 m. € para 4.309 milhares €; - Equipamento administrativo, que evoluiu de 2.182 m.€ para 2.304 milhares €. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 100 de 141 Enquanto o Activo Bruto verifica uma valorização de 9,3% no ano 2008 face ao ano de 2007 (de 94,5 Milhões de € para 103,2 Milhões de €) o Passivo Total e o Endividamento Global (Passivo/Activo) registam aumentos percentuais idênticos ao do crescimento do volume de negócios – 16%. Com efeito, o Total do Passivo registou um significativo “crescimento”, de cerca de 7.500 milhares €, desde logo explicado: - pela conta de adiantamento de factoring que, pela primeira vez, regista no final do ano uma responsabilidade de 6.258 milhares €; - pelo aumento de cerca de 2.757 milhares € da conta de fornecedores c.c. que passa de 14.503 milhares € para 17.260 milhares €; - pelo saldo da conta de fornecedores de imobilizado (incluindo leasing) que aumenta cerca de 2.373 milhares €; - pelo aumento do saldo credor da conta de outros accionistas (sócios) em cerca de 1.249 milhares € que representa, nas devidas percentagens de participação, a assumpção das responsabilidades do SUCH nos prejuízos dos ACE´s (Somos CONTAS e Somos PESSOAS). Finalmente de realçar a mais que pontual, estática e momentânea situação retratada na rubrica dívidas a instituições de crédito que, pontualmente e não num contexto alargado de financiamento global que inclui empréstimos bancários, leasings e factoring, revela uma redução de 3.122 milhares €. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 101 de 141 No que respeita ao Capital Próprio verifica-se uma séria degradação mercê: - do “saneamento” operado na rubrica de existências/trabalhos em curso14 com o necessário reflexo em termos de resultados transitados e da própria situação liquida no montante de 3.092 milhares €; - decorrente da aprovação do presente relatório, do acréscimo do prejuízo superveniente dos resultados líquidos do exercício de 2008, no montante de – 4.410,6 milhares €. Destas operações decorrerá uma redução global do capital próprio em cerca de 7.500 milhões €, ou seja, passando este de 23.388 milhares € para 15.885,6 milhares €. Em consequência assiste-se à degradação de todos os indicadores que entram com o Capital Próprio na sua composição, nomeadamente numa perspectiva de origem/(passivo e capitais próprios) versus aplicações/(activo) de fundos, o balanço revela, pelos motivos atrás expostos, uma certa deterioração quanto às origens cobrirem as aplicações, aliás como prova, o indicador de Autonomia Financeira, que estabelecendo o nível de cobertura do activo total pelo capital próprio, passou de um valor percentual de cerca de 32% no ano anterior, para 22% no ano em apreço15. Relativamente aos indicadores de gestão já referenciados no exercício anterior, apresentamse no quadro infra a respectiva evolução: 14 A análise cuidada dos Trabalhos em Curso incidiu sobre a Unidade de Negócios de Projectos e Obras, tarefa já iniciada em 2006, e que requereu um exame minucioso e complexo a numerosos projectos alguns com uma antiguidade superior a 4 anos, tendo-se verificado que, estando os sobreditos projectos concluídos, não fazia sentido permanecerem em obras em curso. 15 Caso se quisesse considerar apenas a evolução do SUCH tradicional (sem o impacto da consolidação de resultados das empresas associadas) e sem que se tivesse feito a limpeza dos Trabalhos em Curso o Ratio de Autonomia Financeira situar-seia, em 2008, em 26%. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 102 de 141 Quadro nº 25 Indicadores de Gestão Indicadores de Gestão Volume Negócios (€) Solvabilidade 2008 2007 Variação 08/07 89.296.861 77.174.326 + 12.122.535 46,90% - 19,20% 27,70% (16) Liquidez Geral 0,95 1,229 - 0,279 Reduzida 0,9 1,11 - 0,21 Imediata 0,01 0,14 - 0,130 PMP 128 190 - 62 PMR 175 126 49 Da respectiva análise, para além de uma vez mais os indicadores revelarem, em termos genéricos, a degradação da situação financeira, tem-se a destacar e a realçar, não obstante a decalage de 47 dias entre PMP e PMR, o assinalável esforço levado a cabo pelo SUCH, para ainda assim, no contexto actual de crise que o país e o mundo atravessam, manter níveis aceitáveis e contínuos de prestação de serviços aos seus associados. Por fim, importa sublinhar a desadequação da estrutura de capital, sendo aconselhável que a mesma seja revista adequando-se concomitantemente o capital social da organização, pois que, os níveis dos capitais próprios e daquele, encontrando-se intimamente associados, preservam a autonomia financeira e desta forma enquadram, num intervalo de variação admissível pelo mercado, o risco financeiro associado, o mesmo é dizer ajuda a “refrear spreads” e custos subjacentes. 16 Também aqui se considerado o SUCH tradicional e a não realização da operação relativa aos Trabalhos em Curso, consumada no exercício mas alusiva aos últimos 10 anos de actividade, o Ratio de Solvabilidade encontraria, no ano, o valor de 0,351. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 103 de 141 V.2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Balanço em 31 de Dezembro de 2008 2008 ACTIVO Activo Bruto Amort+Ajust. 2007 Activo Líquido Activo Líquido IMOBILIZADO Imobilizado Incorpóreo Despesas de Investigação e Desenvolvimento 1.369.318,69 456.439,53 912.879,16 1.369.318,69 456.439,53 912.879,16 Imobilizado Corpóreo Terrenos e Outros Recursos Naturais 1.150.000,00 Edifícios e Outras Construções 6.845.684,33 4.150.341,84 2.695.342,49 3.238.946,44 25.313.381,81 13.300.328,46 12.013.053,35 10.201.310,11 4.309.299,75 3.159.890,99 1.149.408,76 320.145,98 Equipamento Básico Equipamento de Transporte Ferramentas e Utensílios 1.150.000,00 1.150.000,00 136.612,32 99.195,44 37.416,88 18.752,14 Equipamento Administrativo 2.304.152,53 1.733.820,40 570.332,13 648.920,52 Outras Imobilizações Corpóreas 1.369.018,75 1.086.173,07 Imobilizações em Curso 1.122.432,43 282.845,68 402.634,98 1.122.432,43 154.214,28 19.020.831,72 16.134.924,45 2.010.079,10 2.010.079,10 1.875.553,79 2.010.079,10 2.010.079,10 1.875.553,79 42.550.581,92 23.529.750,20 Investimentos Financeiros Partes de Capital em Empresas Associadas CIRCULANTE Existências Matérias Primas Subsidiárias e de Consumo Trabalhos em Curso 841.381,56 37.019,09 804.362,47 387.753,03 1.767.844,89 114.669,67 1.653.175,22 4.745.204,92 2.609.226,45 151.688,76 2.457.537,69 5.132.957,95 43.799.210,79 269.900,95 43.529.309,84 40.247.879,94 179.549,00 376.263,04 Adiantamentos p/conta de Compras Dividas de Terceiros - Curto Prazo Clientes c/Corrente Adiantamento a Fornecedores 7.201,86 Estado e Outros Entes Públicos 179.549,00 Outros Devedores 1.819.424,95 21.058,37 1.798.366,58 1.186.989,43 45.798.184,74 290.959,32 45.507.225,42 41.818.334,27 521.687,07 521.687,07 6.156.479,37 5.823,60 5.823,60 7.826,92 6.156.479,37 527.510,67 6.164.306,29 Depósitos Bancários e Caixa Depósitos a Ordem Caixa Acréscimos e Diferimentos Acréscimos de Proveitos Custos Diferidos Total de amortizações Total de ajustamentos Total do Activo 20.444,31 20.444,31 62.291,81 2.784.629,44 2.784.629,44 2.051.031,92 2.805.073,75 2.805.073,75 2.113.323,73 73.241.137,51 73.239.400,48 103.298.944,02 23.986.189,73 442.648,08 23.972.398,28 Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 104 de 141 2008 2007 CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO CAPITAL PRÓPRIO Capital Ajust. Partes de Capital em Filiais e Associadas 93.238,33 93.238,33 738.634,38 738.634,38 22.533.925,75 22.339.903,65 -3.069.669,68 194.022,10 20.296.128,78 23.365.798,46 Reservas Outras Reservas Resultados Transitados Resultado Líquido do Exercício -4.410.574,57 22.211,44 TOTAL CAPITAL PRÓPRIO 15.885.554,21 23.388.009,90 194.746,30 184.679,70 194.746,30 184.679,70 13.897.066,73 18.835.300,54 PASSIVO Provisões p/Riscos e Encargos: Provisões p/Riscos e Encargos Outras Provisões Dívidas a Terceiros-Curto Prazo: Dívidas a Instituições de Crédito Adiantamento de factoring Fornecedores c/c Fornecedores facturas em recepção e Conferência Adiantamento de Clientes 6.258.217,02 17.260.215,14 14.503.458,15 692.406,82 58.784,28 Fornecedores de Imobilizado 6.932.546,23 4.559.998,18 Outros Accionistas ( Socios) 1.248.963,90 344,55 Estado e Outros Entes Públicos 1.859.119,08 2.795.679,11 Outros Credores 3.047.436,43 2.521.740,97 51.254.755,63 43.216.521,50 5.270.850,21 5.716.498,98 635.231,16 733.690,40 5.906.081,37 6.450.189,38 TOTAL DO PASSIVO 57.355.583,30 49.851.390,58 TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO 73.241.137,51 73.239.400,48 Acréscimos e Diferimentos: Acréscimos de Custos Proveitos Diferidos A TÉCNICA DE CONTAS Lisboa, 31 de Dezembro de 2008 O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 105 de 141 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR NATUREZA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 2008 2007 CUSTOS E PERDAS 61 62 Custo das Mercadorias Vendidas e das Materias Consumidas 12.671.615,86 10.646.747,21 Fornecimento e Serviços Externos 35.880.750,23 31.322.282,77 Custos com Pessoal 641+642 Remunerações 34.783.547,12 29.333.082,39 Encargos sociais 643+644 645/649 662+663 666+667 67 63 65 Pensões Outros 7.588.333,50 Amortizações do imobilizado corpóreo e Incorpóreo 69 6.586.637,23 2.688.991,96 Provisões 10.066,60 25.082,54 Impostos 11.509,60 Outros Custos Operacionais 26.684,59 35.919.719,62 Ajustamentos (A) 682 68 42.371.880,62 3.432.612,99 3.259,17 3.480.873,78 944.383,85 3.661.717,52 94.405.120,49 Perdas em empresas do grupo e associadas 1.247.225,63 Juros e Custos Similares 2.216.850,51 81.550.467,12 27.977,48 3.464.076,14 1.339.488,93 1.367.466,41 (C) 97.869.196,63 218.832,48 187.923,18 (E) 98.088.029,11 83.105.856,71 -4.410.574,57 93.677.454,54 22.211,44 83.128.068,15 Custos e Perdas Extraordinárias RESULTADO LIQUIDO DO EXERCICIO 82.917.933,53 PROVEITOS E GANHOS 71 72 Vendas 1.425,69 Prestações de Serviços 89.296.860,82 Variação de Trabalhos em Curso 75 73 74 76 77 79 77.172.900,17 77.174.325,86 -148,58 Trabalhos para a Própria Empresa Proveitos Suplementares Subsídio à Exploração Outros Proveitos Operacionais 69.086,49 3.700,98 10.834,04 72.002,80 93.396,93 3.167.107,51 2.960.824,12 Reversões de amortizações e ajustamentos Ganhos em empresas do grupo e associadas 3.513.488,85 3.134.141,58 92.810.201,09 82.500.174,28 622.020,09 Outros juros e proveitos similares 2.191.706,84 270.677,56 (B) 782 78 89.296.860,82 24.403,68 467.500,00 646.423,77 15.571,50 483.071,50 (D) 93.456.624,86 220.829,68 144.822,37 (F) 93.677.454,54 83.128.068,15 (B) - (A) = (D-B) - (C-A) = (D) - (C) = (F) - (E) = -1.594.919,40 -2.817.652,37 -4.412.571,77 -4.410.574,57 949.707,16 -884.394,91 65.312,25 22.211,44 Proveitos e Ganhos Extraordinários 82.983.245,78 RESUMO: Resultados Operacionais: Resultados Financeiros: Resultados Correntes: Resultados Líquido do Exercício: Lisboa, 31 de Dezembro de 2008 A TÉCNICA DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 106 de 141 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR FUNÇÕES EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008 2008 2007 Vendas e prestação de serviços 89.296.860,82 77.174.325,86 Custo das vendas e das prestações de serviços 82.783.249,09 67.229.042,72 6.513.611,73 9.945.283,14 3.155.842,20 3.156.718,46 11.400.379,72 11.996.201,03 47.334,67 323.189,52 -1.778.260,46 782.611,05 2.101.736,60 1.288.496,33 -625.205,54 439.522,52 -4.505.202,60 -66.362,76 94.628,03 88.574,20 -4.410.574,57 22.211,44 RESULTADOS BRUTOS Outros proveitos e ganhos operacionais Custos administrativos Outros custos e perdas operacionais RESULTADOS OPERACIONAIS Custo liquido do financiamento Ganhos (Perdas) em filiais e associadas RESULTADOS CORRENTES RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS RESULTADOS LÍQUIDOS Lisboa, 31 de Dezembro de 2008 O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 107 de 141 MAPA DE FLUXOS DE CAIXA 2008 2007 ACTIVIDADES OPERACIONAIS: Recebimentos de Clientes 98.939.060,91 86.158.808,28 Pagamentos a Fornecedores 51.246.057,65 44.321.574,39 Pagamentos ao Pessoal 29.857.963,14 24.227.660,78 17.835.040,12 17.609.573,11 115.769,61 125.830,59 20.739.031,23 18.037.782,29 -2.788.221,50 -302.378,59 FLUXO GERADO PELAS OPERAÇÕES Outros Recebimentos relativos à Actividade Operacional Outros Pagamentos relativos à Actividade Operacional FLUXO GERADO ANTES DAS RUBRICAS EXTRAORDINÁRIAS Recebimentos Relacionados com Rubricas Extraordinárias Pagamentos Relacionados com Rubricas Extraordinárias FLUXO DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS 290,28 96,80 83.263,12 19.714,61 -2.871.194,34 -321.996,40 19.994,74 445.205,04 ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO: Recebimentos provenientes de : Imobilizações Corpóreas Investimentos Financeiros 25,00 Pagamentos respeitantes a: Investimentos Financeiros Imobilizações Corpóreas FLUXO DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO 188.563,22 19.994,74 256.666,82 ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO: Recebimentos provenientes de : Empréstimos Obtidos Subsidios e Doações Juros e Proveitos Similares Adiantamentos de Fundos - Factoring (Recebimentos) 4.460,00 21.400,53 5.859.106,19 Dividas a instituições de Crédito 8.478.323,83 Pagamentos respeitantes a: Empréstimos Obtidos Amortização de contratos de locação financeira Juros e custos similares 3.141.760,97 590.567,96 Adiantamentos/Factoring ( Reembolsos) 2.519.760,65 769.717,17 1.396.388,78 Amortização de dividas a instituições de Crédito 4.938.233,81 FLUXO DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO -2.785.596,02 3.792.457,23 -5.636.795,62 3.727.127,65 6.164.306,29 2.437.178,64 527.510,67 6.164.306,29 VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INICÍO DO PERÍODO CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO PERÍODO Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 108 de 141 ANEXO À DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA 2- Discriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes 1. Numerário 2. Depósitos Bancários imediatamente mobilizáveis 3. Equivalentes e Caixa 3.1 Descobertos Bancários 3.2 Adiantamentos de Factoring 4. Total de Caixa e seus Equivalentes 5. Outras Disponibilidades 6. Disponibilidades constantes do Balanço 6.1 No Activo 6.2 No Passivo Total de Disponibilidades no Balanço 3 Créditos Bancários Concedidos e não sacados: Plafonds Bancários autorizados Plafonds Bancários Utilizados Plafond por Utilizar 2008 2007 5.823,60 7.826,92 521.687,07 6.156.479,37 -13.897.066,73 -18.835.300,54 -6.258.217,02 0,00 -19.627.773,08 -12.670.994,25 0,00 0,00 527.510,67 6.164.306,29 -20.155.283,75 -18.835.300,54 -19.627.773,08 -12.670.994,25 2008 23.484.973,62 2007 23.484.973,62 -13.897.066,73 -18.835.300,54 9.587.906,89 4.649.673,08 Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 109 de 141 ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS As Demonstrações Financeiras relativas ao exercício de 2008, foram preparadas em harmonia com os Princípios Contabilísticos geralmente aceites definidos no Plano Oficial de Contabilidade (POC). As notas que se seguem respeitam à numeração sequencial definida pelo POC. As notas cuja enumeração não se encontre mencionada neste anexo não são aplicáveis ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras. 2 – Indicação e comentário das contas do balanço e da demonstração dos resultados cujos conteúdos não sejam comparáveis com os do exercício anterior Foi alterado o critério de cálculo das amortizações e reintegrações do exercício apenas no que diz respeito às aquisições efectuadas a partir de 1 de Janeiro de 2008, deixando de ser utilizadas as taxas máximas permitidas pelo Decreto Regulamentar n.º 2/90, de 12 de Janeiro, e subsequentes alterações, para se passarem a utilizar as taxas mínimas, nas aquisições feitas a partir daquela data. Foram regularizadas as existências na conta de Trabalhos em Curso de projectos e obras, cujo saldo estava influenciado por valores de projectos que, estando concluídos, não fazia sentido permanecerem nesta rubrica patrimonial. Esta regularização, no valor de 3.091.881,12€, dado ser relativa a anos anteriores e de grande significado, foi contabilizada por contrapartida da conta de Resultados Transitados. 3 – Critérios valorimétricos utilizados As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos, mantidos de acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal. Os critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras foram os seguintes: Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 110 de 141 Investimentos Financeiros Os investimentos financeiros são registados pelo método do custo e posteriormente valorizados de acordo com o método de equivalência patrimonial. Imobilizações Corpóreas As imobilizações corpóreas, são valorizadas através do custo histórico de aquisição, não tendo sido objecto de qualquer reavaliação. Para o cálculo das amortizações, até Dezembro de 2007, foi utilizado o método das quotas constantes tendo por base as taxas máximas permitidas pelo Decreto Regulamentar n.º 2/90, de 12 de Janeiro e subsequentes alterações. Alterou-se este critério para os bens imobilizados adquiridos no ano de 2008, conforme já referido na nota 2. No que respeita aos bens imobilizados adquiridos em estado de uso, foi adoptado o critério de amortização à taxa específica, de acordo com a vida útil esperada. Existências As Matérias-Primas, Subsidiárias e de Consumo são valorizadas ao custo médio ponderado de aquisição: Entradas em Armazém - ao preço de custo; Saídas em Armazém - ao custo médio ponderado. Os Ajustamentos em Existências são efectuados, quando necessário, e calculados tendo por base a estimativa do valor de existências obsoletas e de lenta rotação no final do ano. No que respeita à valorização dos Trabalhos em Curso, esta é feita ao preço de custo. Acréscimos e Diferimentos São registados nestas rubricas os efeitos dos custos pagos e proveitos recebidos, nos exercícios a que respeitam, de forma a respeitar o princípio da especialização dos exercícios ou do acréscimo. Foram considerados como Acréscimos de Custos a provisão para Férias e Subsídio de Férias vencida no exercício de 2008 a pagar no exercício subsequente, com base nos valores processados no mês de Dezembro de 2008. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 111 de 141 Ajustamento de Dívidas a Receber Em 2008 a dívida de clientes superior a 2 anos era de 1.819.520,02 €, em 2007, a mesma era de 1.941.592,86 €, isto é, decresceu 122.072,84 €. Desta forma, mantendo-se o mesmo critério que no ano transacto, o ajustamento para dívidas de clientes reduzir-se-ia. Por prudência manteve-se o ajustamento para Dívidas de Clientes no valor do ano transacto, ou seja, nos 269.900,95 €. Provisões para Processos Judiciais em Curso Em 2008, com base nos dados disponíveis e seguindo o mesmo critério do ano transacto, tem-se: Valores médios dos processos em contencioso: 1.156.795,99 € Valor dos custos com decisões judiciais em 2008: 30.405,35 € Afectação de custos suportados versus provisão constituída em 2007: (28.833,64€/184.679,70€) = 15,61% Estimativa de afectação de custos suportados versus provisão a constituir em 2008: (30.405,35€/194.746,30€) *100= 15,61% Face ao exposto, reforça-se a provisão em 10.066,60 €, passando dos 184.679,70€ para 194.746,30€. Demonstração dos Fluxos de Caixa Para efeitos da Demonstração dos Fluxos de Caixa, a rubrica Caixa e seus equivalentes corresponde à rubrica de Depósitos Bancários e Caixa. 7 – Número médio de pessoas ao serviço da empresa, no exercício No exercício de 2008 o número médio de colaboradores ao serviço da empresa foi de 2989. 8 – Comentário à conta 432 – Despesas de investigação e desenvolvimento Foram levados à conta em referência os factos patrimoniais de relevância estratégica para o futuro do SUCH na senda do Plano Estratégico 2007-2009. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 112 de 141 10 – Movimentos ocorridos nas rubricas do Activo Imobilizado constantes do balanço e nas respectivas amortizações e ajustamentos Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 o movimento ocorrido nas rubricas do Imobilizado Corpóreo, bem como nas respectivas amortizações acumuladas está expresso nos quadros seguintes: ACTIVO BRUTO RUBRICAS Saldo Inicial Aumentos Transf/Abates Saldo Final IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS: Despesas de Investigação e Desenvolvimento 0,00 RUBRICAS Saldo Inicial 1.369.318,69 1.369.318,69 Aumentos 0,00 Transf/Abates 1.369.318,69 1.369.318,69 Saldo Final IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS: Terrenos e Recursos Naturais Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Equipamento de Transporte Ferramentas e Utensílios Equipamento Administrativo Outras Imobilizações Corpóreas Imobilizações em Curso RUBRICAS 1.150.000,00 6.845.684,33 21.703.853,68 3.575.757,64 111.464,32 2.182.352,08 1.237.115,55 154.214,28 3.781.090,06 1.679.635,66 25.285,79 123.669,19 131.903,20 1.066.218,15 171.561,93 946.093,55 137,79 1.868,74 98.000,00 1.150.000,00 6.845.684,33 25.313.381,81 4.309.299,75 136.612,32 2.304.152,53 1.369.018,75 1.122.432,43 36.960.441,88 6.807.802,05 1.217.662,01 42.550.581,92 Saldo Inicial Aumentos Regul. Saldo Final INVESTIMENTOS FINANCEIROS SUCH/DALKIA, Serviços Hospitalares EAS, LDª Saudec - Cons.Estudos Saúde Coimbravita,Agência Desenv. Reg.S.A. Coimbra Inovação Parque , S.A. Somos Compras ACE 1.516.882,75 320.278,12 19.994,78 15.372,01 3.026,13 552.630,00 64.425,52 467.500,00 19.994,78 4.964,57 1.875.553,79 622.020,09 487.494,78 Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 113 de 141 1.602.012,75 384.703,64 0,00 15.372,01 3.026,13 4.964,57 2.010.079,10 O SUCH/DALKIA, Serviços Hospitalares, A.C.E., foi constituído em Junho de 1996, e adoptou a figura de Agrupamento Complementar de Empresas (A.C.E.), cujos detentores são o SUCH (50%) e a DALKIA - Empresa de Serviços, Condução e Manutenção de Instalações Técnicas, S.A. (50%). Este ACE tem por objecto social a produção de energia eléctrica, gerir nas condições económicas, técnicas e sociais mais favoráveis as actividades dos membros relacionadas com a gestão e exploração de actividades de apoio em hospitais e outros serviços a instituições de saúde, designadamente o conjunto de serviços técnicos de manutenção de equipamentos e exploração de lavandarias, incineração de resíduos hospitalares, centrais, transportes e, ainda, gerir e explorar estas ou outras actividades, em relação a quaisquer entidades com os quais possa vir a contratar em hospitais. A EAS – Empresa de Ambiente na Saúde, Tratamento de Resíduos Hospitalares, Lda. foi criada em 8 de Maio de 2001, com a participação de 50% do SUCH e 50% do IPE – Investimento e Participações Empresariais, S.A. O seu objecto social alterado no ano de 2008, na sequência da Assembleia Geral de Maio, consiste em actividades relacionadas com a prestação de serviços a entidades que integram o sistema português de saúde. No ano de 2005 o SUCH adquiriu os 50% da participação do IPE, ficando com 100%. A EAS, por seu turno, detém uma participação na Valor Hospital, S.A. de 64,5%. A Coimbravita - Agência de Desenvolvimento Regional S.A., constituída em 27 de Julho de 2000, com a participação de 4% do SUCH, que tem por objecto a promoção de acções que gerem emprego e melhorem o ambiente e a qualidade de vida no distrito de Coimbra e distritos limítrofes, em actividades de serviços, indústria e comércio, exclusivamente relacionadas com a saúde e as ciências da vida. A Coimbra Inovação Parque – Parque de Inovação em Ciência, Tecnologia, Saúde S.A., que foi constituída em Fevereiro de 2004 com a participação do SUCH de 0,32%, tendo por objecto a implementação, gestão e administração de parques empresariais, científicos e tecnológicos e o apoio à actividade económica e empresarial em geral. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 114 de 141 As variações registadas nos valores das participações decorrem da aplicação do método de equivalência patrimonial, aplicado aos resultados de 2008 dos ACEs SUCH-Dalkia e Somos COMPRAS, bem como das participadas EAS e Coimbravita. Em 2007 e 2008 foram constituídos, sem investimento financeiro do SUCH os ACE´S seguintes: Comparsis, ACE (cuja designação social foi posteriormente alterada para Somos COMPRAS, ACE), constituído em Abril de 2007, com uma participação do SUCH de 86% e com o objecto social de implementar e operar, para o agrupado SUCH, uma estrutura capaz de centralizar, optimizar e racionalizar a aquisição de bens e serviços para os agrupados e a disponibilização de serviços de compras e logísticas aos mesmos, bem como para os associados do SUCH. Este ACE veio a ser reconhecido pelo Decreto-Lei nº 200/2008, de 9/10, Central de Compras Pública da Saúde, a par da ACSS. Somos PESSOAS, ACE, constituído em Junho de 2007, com uma participação do SUCH de 95% e um objecto social de implementar e operar, para o agrupado SUCH, um centro capaz de prestar serviços de administração e gestão de recursos humanos aos agrupados e aos associados do SUCH. Somos CONTAS, ACE, constituído em Junho de 2007, com uma participação do SUCH de 95% e um objecto social de desenvolvimento da actividade de prestação de serviços nas áreas de gestão financeira e de contabilidade, tendo em vista a melhoria da eficiência dos agrupados, bem como dos associados do SUCH que adiram aos Serviços Partilhados Financeiros. Somos AMBIENTE, ACE, constituído em Julho de 2008, com uma participação do SUCH de 80% e um objecto social de construção e exploração de um Centro Integrado de Valorização Energética, Reciclagem e Tratamento de Resíduos hospitalares, industriais, comerciais e Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 115 de 141 animais, para prestação de serviços aos associados e clientes dos agrupados, tendo em vista a melhoria da eficiência dos agrupados, através do aproveitamento máximo de sinergias. IMOBILIZAÇÕES CURSO RUBRICAS Obras Gago Coutinho Software Datamart (Contabilidade Analítica) Futuras Instalações -Monte Belo-Coimbra Lavandaria do Fundão Cozinha de Castelo Branco Saldo Inicial Aumentos 64.033,03 185.614,29 49.000,00 41.181,25 49.000,00 Transferências 249.647,32 98.000,00 0,00 41.181,25 277.114,69 554.489,17 98.000,00 1.122.432,43 277.114,69 554.489,17 154.214,28 Saldo Final 1.066.218,15 AMORTIZAÇÕES E AJUSTAMENTOS RUBRICAS Saldo Inicial Reforço Regularizações Saldo Final IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS: Despesas de Investigação e Desenvolvimento 0,00 RUBRICAS Saldo Inicial 456.439,53 456.439,53 Reforço 0,00 Regularizações 456.439,53 456.439,53 Saldo Final IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS: Edifícios e Outras Construções Equipamento Básico Equipamento de Transporte Ferramentas e Utensílios Equipamento Administrativo Outras imobilizações Corpóreas 3.606.737,89 11.502.115,66 3.255.611,66 92.712,18 1.533.431,56 834.908,48 543.603,95 1.798.212,80 174.413,36 6.483,26 201.417,36 251.264,59 0,00 0,00 270.134,03 1.028,52 0,00 4.150.341,84 13.300.328,46 3.159.890,99 99.195,44 1.733.820,40 1.086.173,07 20.825.517,43 2.975.395,32 271.162,55 23.529.750,20 Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 116 de 141 14 – Imobilizações Corpóreas Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 a discriminação dos bens implantados em propriedade alheia são os seguintes: IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS EM PROPRIEDADE ALHEIA ACTIVIDADES MANUTENÇÃO TRAT. DE ROUPA TRAT. DO AMBIENTE LIMPEZA ENERGIA ALIMENTAÇÃO Edif. Const. Eqtº Basico Ferr.utensilios Eqtº Adm. Out.Imob. 216.060,10 9.168.859,86 2.972.378,36 203.045,03 6.438,02 528.386,23 35.197,22 11.916,19 760,03 4.992,28 527,52 2.523,11 99.339,08 97.845,66 15.104,31 9.423,39 72.195,03 364.963,56 10.502.493,16 2.988.242,70 217.460,70 6.965,54 603.104,37 1.223.871,45 13.095.167,60 55.916,35 293.907,47 14.367,16 14.683.230,03 1.223.871,45 14.367,16 TOTAL Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 a discriminação dos bens implantados por actividade são os seguintes IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS POR ACTIVIDADE ACTIVIDADES MANUTENÇÃO TRATAMENTO DE ROUPA TRATAMENTO DO AMBIENTE APOIOS N ESPECIFICADOS LIMPEZA ENERGIA ALIMENTAÇÃO SEG. CONTROLO TÉCNICO PROJECTOS E OBRAS GERAL EM CURSO Valor de Aquisição Amort. Acumulada Valor Contabilistico 2.155.266,52 21.901.965,59 7.076.569,29 55,00 228.751,43 7.165,12 892.412,92 252.999,29 231.338,36 8.681.625,97 1.122.432,43 1.563.452,46 13.418.996,17 2.623.930,34 11,96 58.100,61 1.725,40 587.717,90 197.574,67 203.532,55 4.874.708,14 591.814,06 8.482.969,42 4.452.638,95 43,04 170.650,82 5.439,72 304.695,02 55.424,62 27.805,81 3.806.917,83 1.122.432,43 42.550.581,92 23.529.750,20 19.020.831,72 : Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 117 de 141 15 - Bens Imobilizados em Regime de Locação Financeira Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 a discriminação dos bens utilizados em regime de Locação Financeira é a seguinte: BENS UTILIZADOS EM REGIME DE LOCAÇÃO FINANCEIRA RUBRICAS Valor de Aquisição 422 - Edifícios e Outras Construções 423 - Equipamento Básico 424 - Equipamento de Transporte 426 - Equipamento Administrativo 429 - Outras Imobilizações Corpóreas Amort. Acumulada Valor Contabilistico 213.574,38 13.998.014,38 4.160.395,50 777.750,95 721.047,02 169.344,61 7.783.891,29 3.030.456,68 678.187,31 715.947,10 44.229,77 6.214.123,09 1.129.938,82 99.563,64 5.099,92 19.870.782,23 12.377.826,99 7.492.955,24 16 – Firma e Sede das empresas do grupo e das empresas associadas EMPRESAS ASSOCIADAS DESIGNAÇÃO SOCIAL Such-Dalkia, ACE EAS, Lda. Sede Social Estrada de Paço de Arcos, 42 2770-129 Paço de Arcos Parque da Saúde, nº 53, Pavilhão 33-A, 1749 – 003 Lisboa Coimbra Inov. Parque-Inov. Praça 8 de Maio, Casa Aninhas, Em Ciência, Tecnol., Saúde, 3º Piso 3000-300 Coimbra SA. Curia Tenoparque 3780-544 Coimbravita A.D.R. SA Tamengos Parque da Saúde, nº 53, Somos Pessoas, ACE Pavilhão 33-A, 1749 – 003 Lisboa Capital Social Fracção detida Capitais Próprios Resultado 150.000,00 50,00% 3.204.025,00 1.105.260,00 500.000,00 100,00% 384.703,64 29.868,49 939.000,00 0,32% 940.629,16 237,38 (*) 676.145,00 4,00% 323.646,88 -36.782,66 (*) 0,00 95,00% -1.237.722,54 -1.237.722,54 Somos Compras, ACE Parque da Saúde, nº 53, Pavilhão 33-A, 1749 – 003 Lisboa 0,00 86,00% 5.772,76 5.772,76 Somos Contas, ACE Parque da Saúde, nº 53, Pavilhão 33-A, 1749 – 003 Lisboa 0,00 95,00% -75.146,50 -75.146,50 Somos Ambiente, ACE Rua Anselmo de Andrade, nº 53 Centro de Apoio a Empresas 2140-081 CHAMUSCA 0,00 80,00% 0,00 0,00 (*) Valores de 2007 Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 118 de 141 21 – Movimentos ocorridos na Rubrica de Activo Circulante Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 os movimentos ocorridos na Rubrica de Activo Circulante estão de acordo com o quadro infra: AJUSTAMENTOS CONTAS Saldo Inicial Reforço Transfªs Reversão Saldo Final Existências: Matérias Primas, subsidiárias e de consumo Trabalhos em Curso Dividas de Terceiros: Clientes c/corrente Outros Devedores 37.019,09 114.669,67 37.019,09 114.669,67 269.900,95 21.058,37 269.900,95 21.058,37 442.648,08 0,00 0,00 0,00 442.648,08 25 – Dividas Activas/Passivas ao Pessoal da empresa O exercício de 2008 foi encerrado com o saldo devedor relativamente às contas de Pessoal conforme se detalha no quadro anexo: CONTAS 26241 - Remunerações do Pessoal 26243 - Outros Custos do Pessoal 26244 - Fundo de Auxilío 26245 - Regularização de Vencimentos 26249 - Adiantamentos P/ Deslocações Saldo Inicial Movimentos Saldo final 33.037,59 -364,74 9.992,68 47.884,93 37.167,56 173.763,22 -26.910,51 1.363,75 -147.374,43 26.127,76 206.800,81 -27.275,25 11.356,43 -99.489,50 63.295,32 127.718,02 26.969,79 154.687,81 Estas dívidas dizem respeito a valores atribuídos aos colaboradores relativos a adiantamentos de remunerações e por conta de deslocações, bem como, valores atribuídos para Fundo de Auxílio. 28 – Sector Público Estatal Em 31 de Dezembro de 2008 o SUCH não tinha dívidas em mora ao Estado e Outros Entes Públicos. As dívidas correntes, constantes do Balanço, foram liquidadas dentro dos respectivos prazos. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 119 de 141 32 – Responsabilidades por garantias prestadas e recebidas Durante o exercício de 2008, as responsabilidades não reflectidas no Balanço, dizem respeito a garantias bancárias prestadas a clientes no montante de 3.026.648,73 € 34 – Provisões Acumuladas e Explicitação dos movimentos no exercício PROVISÕES CONTAS Saldo Inicial 293 - Provisão para processos judiciais em curso Aumentos 184.679,70 10.066,60 184.679,70 10.066,60 Transfªs Redução Saldo Final 194.746,30 0,00 0,00 194.746,30 40 – Movimentos nas rubricas de Capitais Próprios ocorridos no exercício Explicitação e justificação dos movimentos ocorridos no exercício em cada uma das rubricas de capitais próprios, constantes do balanço: CONTAS 51 - Capital 55 - Ajustamentos .Partes Capital 57 - Reservas 59 - Resultados Transitados 88 - Resultados Liquidos Saldo Inicial Aumentos Transfªs 93.238,33 738.634,38 22.339.903,65 194.022,10 194.022,10 22.211,44 22.211,44 -4.410.574,57 23.388.009,90 -4.194.341,03 0,00 Diminuições Saldo Final 3.285.903,22 22.211,44 93.238,33 738.634,38 22.533.925,75 -3.069.669,68 -4.410.574,57 3.308.114,66 15.885.554,21 41 – Demonstração da variação das existências CONTAS 361 - Matérias Primas 363 - Materiais Diversos 364 - Materiais de Economato Exist.Iniciais Compras Exist.Finais Consumo 56.452,42 326.007,55 42.312,15 6.475.508,08 5.863.913,14 748.804,08 421.133,57 309.904,20 110.343,79 6.110.826,93 5.880.016,49 680.772,44 424.772,12 13.088.225,30 841.381,56 12.671.615,86 Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 120 de 141 42 – Demonstração da variação da produção CONTAS Saldo Inicial 352 - Trabalhos em Curso Regularizações Saldo Final Variação da Produção 4.859.874,59 -3.091.881,12 1.767.844,89 148,58 4.859.874,59 -3.091.881,12 1.767.844,89 148,58 43 – Remunerações atribuídas aos Membros dos Órgãos Sociais As remunerações brutas atribuídas aos Órgãos Sociais da Instituição, no presente exercício foram: Conselho de Administração: 422 817,11 €. 44 – Vendas e Prestações de Serviços As prestações de serviços ocorreram na sua totalidade no mercado nacional e repartiram-se pelas seguintes actividades: Áreas de Actividade Vendas e Prest. Serviços Somos Equipas Somos Ambiente Somos Nutrição Somos Consultoria Administrativa 32.548.098,00 34.069.357,00 23.160.777,00 339.090,00 -820.461,18 89.296.860,82 45 – Demonstração de Resultados Financeiros DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS FINANCEIROS CUSTOS E PERDAS 681- Juros Suportados 682 - Perdas em Emp. Grupo e Associadas 686 - Desc.P.P. Concedidos 688 - Outras Perdas Financeiras RESULTADOS FINANCEIROS 2008 2007 1.515.147,96 1.247.225,63 610.077,09 91.625,46 1.041.525,45 27.977,48 256.589,11 41.374,37 -2.817.652,37 -884.394,91 646.423,77 483.071,50 PROVEITOS E GANHOS 781 - Juros Obtidos 782 - Ganhos em Emp. Grupo e Associadas 786 - Desc.P.P. Obtidos 788 - Reversões e Out. Prov. Ganhos Financeiros 2008 6.686,42 622.020,09 142,18 17.575,08 3.610,24 467.500,00 0,00 11.961,26 646.423,77 483.071,50 Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais 2007 Página 121 de 141 46 – Demonstração de Resultados Extraordinários DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS CUSTOS E PERDAS 691 - Donativos 692 - Dividas Incobraveis 693 - Perdas em Existências 694 - Perdas em Imobilizado 695 - Multas e Penalidades 697 - Correcções Exerc. Anteriores 698 - Outros Perdas Extraordinárias RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS 2008 2007 2.992,80 0,00 10.314,37 9.909,52 PROVEITOS E GANHOS 2008 5.557,80 792 - Recuperação de Dividas 2007 0,00 0,00 348,32 793 - Ganhos em Existências 73.565,87 214,93 127,31 794 - Ganhos em Imobilizações 13.969,71 7.760,11 10.496,22 796 - Red. Amort. Provisões 53.568,04 32.668,80 797 - Correcções .Exerc Anteriores 142.044,67 136.621,73 798 - Outros Ganhos Extraordinários 3,08 2.103,00 1.997,20 -43.100,81 220.829,68 144.822,37 0,00 0,00 36,75 17.015,38 133.257,35 119.831,95 220.829,68 144.822,37 48 – Outras informações consideradas relevantes para melhor compreensão da posição financeira e dos resultados 48.1 - Acréscimos e Diferimentos Os custos diferidos, referem-se aos custos de funcionamento incorridos durante o exercício, que serão reconhecidos nos exercícios a que correspondem, com a seguinte decomposição: Custos Diferidos Roupa Hospitalar - Até 2008 Estudos ACEs Outros Custos Diferidos 2008 2007 1.411.554,21 274.542,12 39.773,73 1.058.759,38 1.027.853,84 682.084,25 39.773,72 301.320,11 2.784.629,44 2.051.031,92 Englobam os valores referentes à Roupa hospitalar, Estudos de Marca, Benchmarking e Concorrência, Estudos Prévios e de Viabilidade do ACE do Ambiente e Outros Custos a imputar em exercícios posteriores. No que respeita à Roupa Hospitalar o diferimento é efectuado pelo período de 2 anos, e em relação aos estudos, o período considerado é de 3 anos. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 122 de 141 Quanto aos Estudos Prévios e de Viabilidade relativos ao ACE do Ambiente não considerados no respectivo Aporte Inicial deverá ser o respectivo montante debitado ao respectivo ACE no ano de 2009. Os acréscimos de custos referem-se a custos relativos ao exercício em referência que até ao momento não foram recepcionados, tal como se detalha no quadro anexo: Acréscimo de Custos 2008 Remunerações a Liquidar Juros a Liquidar Outros Acrescimos de Custos 2007 5.217.877,81 52.785,15 187,25 4.631.377,89 0,00 1.085.121,09 5.270.850,21 5.716.498,98 Nesta rubrica foi considerada a provisão para Férias e Subsídio de Férias vencida no exercício de 2008 a pagar no exercício subsequente. Os proveitos diferidos referem-se aos proveitos incorridos durante o exercício, que serão reconhecidos nos exercícios a que correspondem: Proveitos Diferidos Subsidio p/ Investimento FEDER Outros Proveitos Diferidos 2008 2007 635.231,16 0,00 729.340,07 4.350,33 635.231,16 733.690,40 Durante o exercício findo foi recepcionado parte do subsídio do FEDER para fazer face à Instalação da Central de Incineração. Os Acréscimos de Proveitos referem-se a proveitos relativos ao exercício em referência que até ao momento não foram recepcionados, tal como se detalha no quadro anexo: Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 123 de 141 Acréscimo de Proveitos Juros a Receber Subsidio FSE Indemnizações p/ Sinistros Outros Acrescimos de Proveitos 2008 2007 152,50 0,00 20.291,81 0,00 0,00 42.000,00 20.291,81 0,00 20.444,31 62.291,81 48.2 – FSE - Fundo Social Europeu No presente exercício foram recebidos 56.132,47 € relativos a: - Plano de formação 2007 – Formação para a Inovação e Gestão 23 777,31 € - Programa Operacional Saúde, Saúde XXI 32 355,16 € Os correspondentes proveitos foram registados: - Em 2007 42 000,00 € - Em 2008 14 132,47 € 56 132,47 € Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 124 de 141 V.3. Proposta de Aplicação de Resultados Nos termos das competências conferidas pelos Estatutos, o Conselho de Administração propõe que o Resultado Líquido do Exercício de 2008, no montante de (4.410.574,57) €, (quatro milhões quatrocentos e dez mil quinhentos e setenta e quatro euros e cinquenta e sete cêntimos), seja transferido para a conta de Resultados Transitados; Lisboa, 31 de Março de 2009 O Conselho de Administração Paula Maria Mendes Nanita Lopes de Oliveira Maria Joaquina Rodrigues Sobral de Matos Graça Isabel Bessone Pereira Resendes de Couto Lourdes Hill Giménez João Manuel Vidal Nabais Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 125 de 141 VI. ÓRGÃOS SOCIAIS a 31 de Dezembro de 2008 Mesa da Assembleia Geral Presidente - Eng.º João Gerardo Maurício Wemans 1º Secretário - Dr. Carlos Alberto Raposo de Santana Maia 2º Secretário - Dr. Francisco Cunha de Oliveira Conselho de Administração Presidente - Dra. Paula Maria Mendes Nanita Lopes de Oliveira Vice-Presidente - Dra. Maria Joaquina Rodrigues Sobral de Matos Vogal - Dra. Graça Isabel Bessone Pereira Resendes do Couto Vogal - Dr. João Manuel Vidal Nabais Vogal - Dra. Lourdes Hill Giménez Conselho Fiscal Presidente - Dr. António Pedro Araújo Lopes Vogal - Dra. Maria Manuela Veloso de Carvalho Vogal - Alves da Cunha, A. Dias & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas a 31 de Março de 2009 Mesa da Assembleia Geral Presidente – Professor Doutor António Fernando Correia de Campo 1º Secretário – Dr. Francisco Cunha de Oliveira 2º Secretário – Dr. Artur Aires Rodrigues de Morais Vaz Conselho de Administração Presidente – Paula Maria Mendes Nanita Lopes de Oliveira Vice-Presidente – Maria Joaquina Rodrigues Sobral de Matos Vogal – Graça Isabel Bessone Pereira Resendes do Couto Vogal – João Manuel Vidal Nabais Vogal – Lourdes Hill Giménez Conselho Fiscal Presidente – Dr. António Pedro Lopes Vogal – Drª Maria Manuela Duarte Veloso Carvalho Sousa Vogal – ROC – Dr. José Luís Areal Alves da Cunha Suplente – Dr. José Duarte Assunção Dias Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 127 de 141 VII. ASSOCIADOS A 31 DE DEZEMBRO DE 2008 ACSS do Sistema de Saúde, IP ARS de Lisboa e Vale do Tejo, IP ARS do Alentejo, IP ARS do Algarve, IP ARS do Centro, IP ARS do Norte, IP C.M.R.R.C. - Rovisco Pais Centro Hosp. Alto Ave, EPE Centro Hosp. Barlavento Algarvio, EPE Centro Hosp. Caldas da Rainha Centro Hosp. Cascais Centro Hosp. Coimbra, EPE Centro Hosp. Cova da Beira, EPE Centro Hosp. Lisboa Central, EPE Centro Hosp. Lisboa Norte, EPE Centro Hosp. Lisboa Ocidental, EPE Centro Hosp. Médio Ave, EPE Centro Hosp. Médio Tejo, EPE Centro Hosp. Nordeste, EPE Centro Hosp. Porto, EPE Centro Hosp. Povoa Varzim/Vila Conde Centro Hosp. Psiquiátrico de Coimbra Centro Hosp. Psiquiátrico de Lisboa Centro Hosp. Setúbal, EPE Centro Hosp. Tâmega e Sousa, EPE Centro Hosp. Torres Vedras Centro Hosp. Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE Centro Hosp. V.N. Gaia/Espinho, EPE CESPU Confraria N. Sª. Nazaré Fundação Aurélio Amaro Diniz Hospitais da Universidade Coimbra, EPE Hospital Faro, EPE Hospital Amato Lusitano - Castelo Branco Hospital Bernardino Lopes de Oliveira - Alcobaça Hospital Cândido Figueiredo - Tondela Hospital Curry Cabral Hospital da Prelada - Porto Hospital Dist. Águeda Hospital Dist. da Figueira da Foz , EPE Hospital Dist. Montijo Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 129 de 141 Hospital Dist. Pombal Hospital Dist. S. João da Madeira Hospital Dist. Santarém, EPE Hospital Dr. Francisco Zagalo - Ovar Hospital Espírito Santo, EPE Hospital Garcia de Orta, EPE Hospital Infante D. Pedro, EPE Hospital Joaquim Urbano - Porto Hospital José Luciano de Castro - Anadia Hospital Litoral Alentejano Hospital Lusíadas Hospital Magalhães Lemos Hospital N. Sra. Conceição - Valongo Hospital Nossa Senhora do Rosário, EPE Hospital Reynaldo dos Santos - Vila Franca Xira Hospital S. João, EPE Hospital S. Marcos - Braga Hospital S. Miguel - Oliveira de Azeméis Hospital S. Teotónio, EPE Hospital Sta. Maria Maior, EPE - Barcelos Hospital Sto. André - Leiria Hospital Sto. Espírito de Angra do Heroísmo IDT- Instituto da Droga e da Toxicodependência Infarmed, IP Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto Instituto Nacional de Emergência Médica, IP Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge Instituto Português do Sangue, I.P. Instituto Português Oncologia Francisco Gentil, EPE IPO Porto Francisco Gentil, EPE Irmandade da SCM de Montalegre Irmandade da SCM de Murça Santa Casa da Misericórdia Alijó Santa Casa da Misericórdia Bombarral Santa Casa da Misericórdia Cinfães Santa Casa da Misericórdia Coimbra Santa Casa da Misericórdia Entroncamento Santa Casa da Misericórdia Esposende Santa Casa da Misericórdia Guarda Santa Casa da Misericórdia Marco Canaveses Santa Casa da Misericórdia Mealhada Santa Casa da Misericórdia Pinhel Santa Casa da Misericórdia Portimão Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 130 de 141 Santa Casa da Misericórdia Povoa Lanhoso Santa Casa da Misericórdia Sabrosa Santa Casa da Misericórdia Santiago do Cacém Santa Casa da Misericórdia Vila Real Secretaria-Geral do Ministério da Saúde ULS de Matosinhos, EPE Hospital Pedro Hispano ULS Norte Alentejano, EPE União das Misericórdias Portuguesas Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 131 de 141 VIII. CONSIDERAÇÕES FINAIS O período estratégico 2007-2009 visa afirmar o SUCH, assente na sua natureza de associação privada sem fins lucrativos, como instituição de referência de serviços partilhados em saúde. O ano de 2007 – 1º ano de execução do Plano Estratégico – cumpriu todos os pré-requisitos necessários: de infra-estruturação das novas áreas, de reestruturação das áreas tradicionais (através de verticalização de todas e de clusterização de algumas), de criação e desenvolvimento de funções corporativas. O ano de 2008 – 2º ano de execução do Plano Estratégico – permitiu: O aprofundamento da Estratégia de Eficiência Global do SUCH (nomeadamente através da externalização para os novos ACEs das correspondentes funções de: administração de recursos humanos, contabilidade e compras – esta última apenas parcialmente); A consolidação do Modelo de Relação „In-House‟ com os Associados e a consequente purificação de todos os processos jurídicos; A criação dos necessários instrumentos de gestão de que o SUCH nunca dispôs até à data (Contabilidade Analítica, Modelo de Planeamento e Controlo de Gestão, Modelo de Valorização Económica de Propostas, processos financeiros e de compras redesenhados com base nas boas práticas internacionais); Primeira abordagem-teste ao posicionamento de Gestor de Contratos (muito prejudicada no entanto pelas dificuldades de Tesouraria); Estudo e desenho da Estratégia de Empresarialização das áreas tradicionais (visando os propósitos previstos no Plano Estratégico) e esboço dos primeiros Planos de Negócio destas áreas a 5 – 10 anos; Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 133 de 141 Arranque em produção para os associados do Somos PESSOAS, ACE; Criação do Somos AMBIENTE, ACE. Não obstante o realizado, o ano de 2008 revelou, com clareza, limites e possibilidades do posicionamento pelo qual se optou em sede estratégica – Serviços Partilhados17 – bem como os paradoxos e riscos que resultam da natureza jurídica reafirmada estatutariamente em Dezembro de 2006 – a de Associação. Referimo-nos por exemplo a: 1º- Sendo estritamente necessários ao controlo da evolução da despesa da Saúde – os serviços partilhados (na esteira do que vem sendo feito em todos os países desenvolvidos) – e constituindo estes um instrumento potenciador da estratégia de eficiência subjacente à empresarialização dos hospitais, o momento é ainda de sobrevalorização pelos associados das diferenças entre hospitais e da sua afirmação competitiva, com baixa adesão a mecanismos cooperativos, dos quais os serviços partilhados são exemplo. 2º- Sendo os associados do SUCH maioritariamente entes públicos, foi valorizado o desenho de novas linhas de serviços que melhor combinavam os reptos da Tutela (com quem o Conselho de Administração sempre cultivou forte coordenação estratégica) e os pedidos expressos formulados em 2006 pelos associados públicos. Contudo, os factores: remodelação governamental e atrasos relativos das reformas PRACE e Cuidados de Saúde Primários (verificados em 2008) não permitiram, apenas por parte dos associados aderentes, o arranque preparado em tempo pelo SUCH e previsto para o ano. Neste contexto as linhas de serviço necessárias ao suporte da sustentabilidade do SNS, devidamente infraestruturadas e preparadas para arranque, foram financiadas por capital alheio, sendo o risco de suporte e consequentes custos, assumidos exclusivamente pelo SUCH. 17 Os serviços partilhados consistem em todo o mundo desenvolvido na criação de estruturas autónomas, cuja missão é a prestação de serviços comuns (processos de natureza transaccional) às entidades associadas, sendo o seu financiamento assegurado de modo independente, assegurando-se, pela actividade, a recuperação integral dos custos de estrutura. Para este efeito, em regra, a adesão aos serviços reveste a natureza vinculativa, garantindo-se por essa via a viabilidade económica da nova estrutura e o retorno, em qualidade de serviço e poupança, aos associados. Em todos os países estudados e nos outros sectores em Portugal a recuperação integral dos custos em serviços partilhados foi assegurada entre 1 a 4 anos e as poupanças obtidas situadas entre os 10% e 20% nos primeiros anos de actividade. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 134 de 141 Estes dois vectores (aposta na cooperação entre instituições de saúde e/ou adesão vinculativa às novas linhas de serviços, bem como assumpção exclusiva pelo SUCH do risco do negócio) são desideratos cruciais no Plano Estratégico que, se não controlados com eficácia em 2009 pelos associados e pela Tutela, colocam em sério risco a instituição. Outro factor presente em 2008 e ilustrativo do paradoxo institucional prende-se com o facto de o SUCH ter como únicas fontes de receitas as quotas e a remuneração da prestação de serviços pelos associados (sendo que as primeiras são dedutíveis na segunda, de acordo com o regime de quotizações em vigor), o que não é coadunável com a tradicional cultura de não pagamento protagonizada pela maioria dos associados. Sendo uma instituição sem fins lucrativos e de natureza associativa, os associados esperam do SUCH a melhor relação preço – qualidade. Para o satisfazer o SUCH trabalha com pequenas margens de negócio não incorporando até aqui, na formação do preço, o atraso no recebimento da remuneração dos serviços que prestou. Nesta medida e atentos os níveis de endividamento do SUCH, na ordem dos 70%, foi obrigatório, para fazer face a prazos médios de recebimento (que atingiram os 290 dias!), o recurso, no ano, a sistemas de factoring (com suporte integral do custo pelo SUCH) e a descontos de pronto-pagamento aos associados, no intuito de satisfazer necessidades mínimas e críticas de Tesouraria. Factos: As quotas - de pagamento mensal - representam apenas 2,7% do Volume de Negócios anual; Os custos financeiros decorrentes de juros (excluindo leasings) e de recurso a factoring representaram, no ano, mais de 1,2 milhões de €, consumindo totalmente as pequenas margens de negócio; Os descontos de pronto-pagamento, recurso efectuado em momento crítico de Tesouraria (meados de 2008) face à generalidade dos cortes de fornecimento, cifraram-se em 610 mil €, totalizando, com os custos financeiros referidos supra, um encargo anual superior a 1,8 milhões de €. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 135 de 141 Assente exclusivamente, o modelo de remuneração do SUCH, em quotizações e remuneração das prestações de serviços efectuadas, o cumprimento do objectivo estratégico: Serviço de Qualidade ao Melhor Preço parece apenas possível se: 1º- Fôr revisto o regime de quotização para montantes que representem um pagamento mensal de suporte com significado à Tesouraria do SUCH. 2º- Os associados assumirem de facto e generalizadamente uma cultura de cumprimento das suas obrigações de pagamento (em prazo pré-definido) à semelhança do verificado em Dezembro de 2008, por imposição do Governo. Em suma, ficou claro no exercício de 2008, que o SUCH assumindo exclusivamente o risco dos serviços que disponibiliza para satisfazer as necessidades dos seus associados (e a pedido destes e/ou da Tutela) fica totalmente refém de factores que lhe são exógenos, nomeadamente: - o ritmo de concretização das reformas do sector; - o nível de envolvimento dos associados, expresso designadamente no ritmo de adesão aos serviços e na cultura de pagamento pontual das prestações que contratam; - a sobrevalorização de modelos competitivos entre instituições de saúde em detrimento de modelos cooperativos que viabilizam Ganhos de Escala e a eliminação de duplicações: de investimento e das estruturas de suporte. Importa pois, através do controlo destas variáveis exógenas, pôr termo a uma espiral de consumo dos capitais próprios e de endividamento do SUCH, podendo constituir uma boa solução a injecção de Capital Social (tradicionalmente diminuto na instituição), a par da assumpção de uma cultura de cumprimento dos pagamentos devidos, de molde a serem mantidas condições competitivas e adequadas para a contratação de recursos financeiros a bom preço. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 136 de 141 O expresso até este ponto visa suscitar a reflexão, inadiável, sobre os limites e possibilidades das opções efectuadas em sede estratégica pelas Assembleias Gerais do SUCH, no período compreendido entre Outubro de 2006 e Maio de 2007, ao jeito de avaliação intercalar do Plano mas também enquanto é tempo de agir sobre os factores que, exógenos ao Conselho de Administração, são, no entanto, alteráveis por decisões da Assembleia Geral e da Tutela. Contudo há que recordar que o ano de 2008 foi ainda perturbado pelo descontrolo nos mercados da evolução dos preços, nomeadamente dos combustíveis e matérias-primas alimentares (que determinaram o prejuízo operacional do ano), bem como pelo agravamento sério de todos os spreads associados ao financiamento bancário (também com sério impacto no SUCH e respectivos ACEs em que aquele detém posição dominante). Não obstante, em ano de tão grandes dificuldades (que em síntese supra se plasmam), a actividade tradicional do SUCH verificou de novo um crescimento superior a 15% no ano e deu-se efectivamente início ao arranque de um dos novos Serviços Partilhados – o de Recursos Humanos. Se controlados os factores exógenos dependentes da intervenção dos associados e da Tutela, ao termo do ano de 2009, estará cumprida no essencial a Visão do Plano Estratégico, apesar de já garantidos à presente data novos resultados líquidos anuais negativos resultantes da consolidação de resultados dos novos ACEs que persistem com delongas na entrada em produção. No que respeita à empresarialização das áreas tradicionais, apesar de todos os esforços já envidados na sua preparação, aconselha a prudência, o seu adiamento para um contexto económico-financeiro, mundial e do país, menos marcado pela incerteza e pela recessão. Relatório e Contas 2008 SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais Página 137 de 141