Relatório e Contas 2008

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Relatório e Contas 2008
RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS
2008
SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais
ÍNDICE
I.
ÍNDICE GERAL
2
ÍNDICE DE QUADROS
3
ÍNDICE DE FIGURAS
3
ÍNDICE DE GRÁFICOS
4
INTRODUÇÃO
5
II. O SUCH NO CONTEXTO DO SECTOR DA SAÚDE
12
III. PLANO ESTRATÉGICO 2007-2009 – os objectivos a que nos propusemos em 2008
18
IV. ACTIVIDADES DE 2008
24
IV.1. O 2º ano de execução do Plano Estratégico
25
IV.2. As Funções Corporativas
31
IV.2.1. Recursos Humanos
31
IV.2.2. Qualidade
36
IV.2.3. Comunicação e Imagem
39
IV.2.4. Marketing
47
IV.2.5. Comercial
48
IV.2.6. Sistemas de Informação
54
IV.2.7. Compras
56
IV.2.8. Financeira
58
IV.2.9. Apoio Geral
59
IV.2.10. Apoio Jurídico
60
IV.2.11. Cooperação
62
IV.3. As Áreas de Negócio
63
IV.3.1. A Actividade Produtiva do SUCH
63
IV.3.2. Somos EQUIPAS
68
IV.3.3. Somos AMBIENTE
78
IV.3.4. Somos NUTRIÇÃO
86
IV.3.5. Somos CONSULTORIA
92
V. A SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA
96
V.1. Evolução e Análise
97
V.2. Demonstrações Financeiras
103
Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados
109
V.3. Proposta de Aplicação de Resultados
124
VI. ÓRGÃOS SOCIAIS
125
VII. ASSOCIADOS A 31 DE DEZEMBRO DE 2008
127
VIII. CONSIDERAÇÕES FINAIS
131
IX. ANEXO
137
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ÍNDICE DE QUADROS
Quadro nº 1
Peso das Instituições do Sistema de Saúde na facturação do SUCH em 2008
14
Quadro nº 2
Despesa alocada aos Recursos Humanos
35
Quadro nº 3
Nº de Clientes e Contratos da Direcção Comercial Norte
49
Quadro nº 4
Vendas da Direcção Comercial Norte
50
Quadro nº 5
Nº de Clientes e Contratos da Direcção Comercial Centro
51
Quadro nº 6
Vendas da Direcção Comercial Centro
51
Quadro nº 7
Nº de Clientes e Contratos da Direcção Comercial Sul
53
Quadro nº 8
Vendas da Direcção Comercial Sul
54
Quadro nº 9
Evolução do Volume de Negócios do SUCH
64
Quadro nº 10
Evolução dos Custos Operacionais do SUCH
64
Quadro nº 11
Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos EQUIPAS no período de 2005-2008
69
Quadro nº 12
Evolução do Volume de Negócios da UN Manutenção de Instalações e Equipamentos 2005-2008
71
Quadro nº 13
Evolução do Volume de Negócios da Segurança e Controlo Técnico 2005-2008
72
Quadro nº 14
Evolução do Volume de Negócios da UN Energia nos anos 2006-2008
73
Quadro nº 15
Evolução do Volume de Negócios da UN Projectos e Obras nos anos 2005-2008
74
Quadro nº 16
Evolução da Actividade da UN Projectos e Obras nos anos 2005-2008
75
Quadro nº 17
Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos AMBIENTE no período de 2005-2008
78
Quadro nº 18
Evolução da Produção - UN Gestão e Tratamento de Roupa
80
Quadro nº 19
Evolução da Produção - UN Limpeza Hospitalar
81
Quadro nº 20
Evolução da Produção - UN Gestão e Tratamento de Resíduos
83
Quadro nº 21
Distribuição Nacional e Exportação dos Resíduos a Incinerar
84
Quadro nº 22
Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos NUTRIÇÃO 2005-2008
88
Quadro nº 23
Evolução do Volume de Produção do Cluster Somos NUTRIÇÃO 2005-2008
89
Quadro nº 24
Evolução do Volume de Negócios do Somos CONSULTORIA
94
Quadro nº 25
Indicadores de Gestão
102
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura nº 1
Plano Estratégico 2007-2009
20
Figura nº 2
Objectivos para 2007 e 2008
23
Figura nº 3
Principal âmbito de intervenção das Iniciativas Estratégicas
23
Figura nº 4
Ferramentas para a Gestão Estratégica de Recursos Humanos no SUCH
31
Figura nº 5
Programa de Formação no período 2006-2008
32
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ÍNDICE DE GRÁFICOS
Gráfico nº 1
Evolução, por região, da presença do SUCH em Hospitais do SNS (%)
15
Gráfico nº 2
Nº de áreas contratadas ao SUCH pelos Hospitais do SNS
16
Gráfico nº 3
Percentagem dos Hospitais do SNS clientes do SUCH, por Cluster
17
Gráfico nº 4
Evolução dos Efectivos por Áreas de Negócio
33
Gráfico nº 5
Evolução das Taxas de Rotação, Cessação e Admissão
34
Gráfico nº 6
Distribuição de Auditorias Internas da Qualidade por áreas
37
Gráfico nº 7
Peso das diferentes rubricas nos Custos Operacionais das Áreas de Negócio - 2008
66
Gráfico nº 8
Distribuição do Volume de Negócios pelos diferentes Clusters - 2008
67
Gráfico nº 9
Distribuição dos custos pelos diferentes Clusters - 2008
67
Gráfico nº 10
Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos EQUIPAS 2005-2008
69
Gráfico nº 11
Evolução do Volume de Negócios da UN Manutenção de Instalações e Equipamentos 2005-2008
71
Gráfico nº 12
Evolução do Volume de Negócios da Segurança e Controlo Técnico 2005-2008
72
Gráfico nº 13
Evolução do Volume de Negócios da UN Energia 2006-2008
74
Gráfico nº 14
Evolução do Volume de Negócios da UN Projectos e Obras 2005-2008
75
Gráfico nº 15
Distribuição Percentual de Proveitos por UN 2008
76
Gráfico nº 16
Evolução do Volume de Negócios - Cluster Somos AMBIENTE - 2005-2008
79
Gráfico nº 17
Evolução da Produção - Cluster Somos AMBIENTE
80
Gráfico nº 18
Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos NUTRIÇÃO 2005-2008
88
Gráfico nº 19
Evolução do Volume de Produção do Cluster Somos NUTRIÇÃO 2005-2008
90
Gráfico nº 20
Análise Evolutiva da Actividade do Somos CONSULTORIA 2007-2008
95
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I.
INTRODUÇÃO
O Plano Estratégico 2007-2009 do SUCH (aprovado por unanimidade em Assembleia Geral
de Janeiro de 2007) visa que, ao termo do ano 2009, o SUCH seja reconhecido como
estrutura de serviços partilhados na área da Saúde, num exercício de elevada
responsabilidade social.
No primeiro ano de execução – 2007 – foram concretizados todos os objectivos previstos,
sendo este requisito essencial ao sucesso de um Plano Estratégico reconhecido por todos
como de grande ambição, a saber:
- foi operada, no essencial, a reestruturação interna do SUCH (com verticalização e
clusterização das áreas produtivas, autonomização das funções Comercial e
Marketing e esboço das funções corporativas visando o dimensionamento adequado
ao suporte não só das áreas produtivas tradicionais mas também das novas linhas de
serviço);
- foram criadas quatro novas linhas de serviço aos associados: Consultoria, Compras e
Logística, Contabilidade e Gestão Financeira e Processamento de Salários.
De acordo com a Estratégia de Parcerias aprovada na Assembleia Geral de Outubro de 2006
foram, para viabilizar as novas linhas de serviços partilhados (internalizando competências no
SUCH num horizonte de médio prazo), criadas três estruturas empresariais (Agrupamentos
Complementares de Empresas) no ano de 2007, verificando-se a sua instalação e capacidade
de arranque observada ao termo desse ano, de molde a apoiar, designadamente:
- a concretização das reformas conjugadas do PRACE e dos Cuidados de Saúde
Primários (no quadro das quais viriam a ser criados os Agrupamentos de Centros de
Saúde - ACES - e extintas as Sub-Regiões de Saúde);
- a obtenção de Ganhos Rápidos, por força de Economias de Escala (decorrentes de
agregação de compras hospitalares) e da Garantia de Pagamento a Fornecedores
(tendo sido para o efeito criado também durante o ano de 2007 um Sistema
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adequado, disponível a partir de Janeiro de 2008 pelo Consórcio Bancário: CGD,
BES e BCP).
O financiamento da criação destes três ACEs (que assentam num modelo de recuperação
integral dos custos de investimento através dos resultados da própria actividade) foi
totalmente assegurado por recurso a capital alheio (empréstimos bancários) em conformidade
com o aprovado sucessivamente nas Assembleias Gerais do SUCH de Outubro de 2006,
Janeiro de 2007 e Maio de 2007.
No fim do ano de 2008, nos termos previstos no Plano Estratégico deveriam
“desejavelmente”:
- ter ocorrido os primeiros “roll-outs” dos projectos-piloto destas novas áreas;
- verificar(em)-se ganhos de optimização decorrentes da nova estrutura orgânica do
SUCH;
- haver evidências de introdução de uma política de recursos humanos;
- estar reposicionada uma área tradicional como Gestor de Contratos;
- estar empresarializada uma área tradicional.
Parte muito significativa destes itens foi observada no decurso do ano que, no entanto,
verificou séria perturbação em alguns factores exógenos pré-identificados no Plano
Estratégico como críticos, a saber:
- remodelação governamental no sector, ocorrida em Janeiro de 2008;
- deslizamento das reformas do PRACE e dos Cuidados de Saúde Primários, não se
tendo por força da não criação dos ACES (Agrupamentos de Centros de Saúde) no
decurso do ano de 2008, permitido o arranque de algumas das linhas de serviço;
- atitudes
muito
diferenciadas
por parte
dos
associados face ao SUCH,
nomeadamente no que respeita à cultura de pagamento das prestações de serviços
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que contratam, constrangendo gravemente a Tesouraria e obrigando ao recurso
sistemático a factoring, evitando maiores níveis de endividamento mas gerando
custos financeiros com significado no ano.
Outros factores exógenos se impuseram também com impacto forte no exercício 2008:
- elevada inflação verificada sobretudo no primeiro semestre
(mas reflectida nos
preços dos bens e serviços contratados para todo o ano, dada a adopção pelo SUCH
das regras do novo CCP – Código dos Contratos Públicos – no primeiro
quadrimestre);
- degradação das condições nos mercados
financeiros, com forte impacto
nomeadamente nos custos financeiros suportados pelo SUCH (recorda-se que, ao
termo de 2007, a Associação detinha um nível de endividamento próximo dos 70%),
bem como no suportado pelos ACEs (nos quais o SUCH detém posições entre os
86% e os 95%) e ainda no Sistema de Garantia de Pagamentos disponibilizado aos
associados.
Da combinação destes factores resulta designadamente a evolução do peso relativo do total
de Custos e Perdas Financeiras na estrutura de custos totais do SUCH de 1,6%
(percentagem verificada no ano de 2007) para 3,5%.
Por fim, importa expressar também neste contexto e momento a forte surpresa e
preocupação do Conselho de Administração do SUCH face à baixa velocidade de
materialização da Adesão dos Associados envolvidos nos pilotos dos novos serviços
partilhados, serviços estes (recorda-se) solicitados expressamente por Tutela e Associados
no ano de 2006.1
1 O estudo realizado pela CONSULMARK em 2006, avaliou o grau de satisfação dos Associados em relação aos
serviços tradicionalmente prestados pelo SUCH, bem como identificou expressamente novas necessidades de
desenvolvimento de outras linhas de serviço, tendo sido solicitado pelos associados designadamente:
- serviços na área da Contabilidade e Finanças, por 20% dos associados hospitais e 12% dos Centros de
Saúde e Misericórdias;
- serviços na área da administração de Recursos Humanos, por 24% dos associados hospitais e 17% dos
Centros de Saúde e Misericórdias;
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O facto de, por exemplo, os Protocolos de Adesão no âmbito das Compras e Logística só
terem sido efectivados em Outubro de 2008 (bem como os ganhos do concurso realizado no
último trimestre de 2007 terem sido internalizados no S.N.S. pela contratação directa pelos
hospitais - e de modo plurianual - sem remuneração da estrutura de serviços partilhados)
impediram o SUCH de um encaixe, nas contas do ano, superior ao que ora se apresenta
como prejuízo!
Por estes motivos, no acto de submeter à aprovação do Plano e Orçamento 2009 (já
aprovado na Assembleia Geral de Janeiro) o Conselho de Administração defendeu a
criticidade da elaboração no decurso deste ano do Plano de Sustentabilidade de LongoPrazo do SUCH, considerando que, no contexto de crise internacional e suportando
exclusivamente com capital alheio o desenvolvimento das novas áreas (e atentos os níveis de
endividamento herdados do SUCH) a instituição se encontra num nível de risco inaceitável.
À data - Dezembro de 2008 - alertaram-se também, Associados e Tutela, para o facto de que
o pressuposto de Livre Adesão aos serviços partilhados (em regra não instituído nos outros
países que os têm utilizado como estratégia reiterada de Ganhos de Eficiência para fazer face
ao crescimento da despesa alocada à Saúde) pode pôr em risco não apenas o SUCH mas
também a expectativa de geração de poupanças no SNS com uma expressão anual que pode
chegar aos 400 milhões de Euros2.
- serviços de Compras e Logística, por 24% dos associados hospitais e 20% dos Centros de Saúde e
Misericórdias;
- serviços de Sistemas de Informação, por 43% dos associados hospitais e 32% dos Centros de Saúde e
Misericórdias;
- serviços de Consultoria estratégica, por 31% do total de associados.
2 Estimativa realizada pela The Boston Consulting Group em Dezembro de 2008 que evidencia a possibilidade
de os serviços partilhados gerarem poupanças até 400 milhões de Euros em ano de velocidade cruzeiro, ao
actuarem sobre cerca de 25% da totalidade da despesa do Ministério da Saúde, tendo designadamente
presente:
- os resultados verificados por serviços partilhados em saúde em outros países desenvolvidos;
- os resultados nacionais pela introdução de serviços partilhados em torno dos mesmos processos em
Portugal nos outros sectores de actividade;
- a capacidade verificada dos serviços partilhados promovidos pelo SUCH a esta data.
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A expressão decorrente destas circunstâncias nos resultados anuais de 2008 do SUCH
resume-se com brevidade:
- por força dos factores exógenos relacionados com a inflação verificada no ano de
2008 e não prevista em 2007, a um resultado operacional negativo de 1,5 milhões de
Euros;
- por força da degradação dos mercados financeiros, combinada com um prazo médio
de recebimento verificado nos primeiros 11 meses do ano ao nível dos 255 dias, a
um resultado líquido negativo (se considerado apenas o SUCH tradicional) da ordem
dos 3,7 milhões de Euros, situando-se nesse contexto a Solvabilidade do SUCH em
0,35 e a Autonomia Financeira em 0,26.
Contudo, acrescem aos factores enunciados:
- a consolidação, nas contas do SUCH, dos resultados dos ACEs em que detém
participações;
- o saneamento apurado na rubrica de existências/trabalhos em curso3 (pendentes nos
últimos 10 anos de exercício do SUCH), o que foi efectuado no ano com
consequências muito expressivas na redução do Capital Próprio do SUCH e, em
consequência, na degradação de todos os ratios que o contemplam.
Reiterando por inteiro o afirmado no Plano e Orçamento 2009 torna-se pois crítica e
prioritária a revisão e controlo estratégico sobre os principais factores exógenos
(nomeadamente financiamento por capital alheio, liberdade e ritmo de adesão às novas
linhas de serviço) situação para que se alertam os Associados e a Tutela dada a crueza dos
elementos ora disponibilizados, nomeadamente um nível de endividamento do SUCH de 78%
e uma reduzida Autonomia Financeira, que, sem o controlo imediato destes factores, se verão
certamente agravados, com sério perigo, nos anos seguintes.
Por fim, o Conselho de Administração com o sentido de responsabilidade que o norteia não
pode, no entanto, deixar de registar como elementos finais:
3
Este trabalho, tendo sido iniciado no ano anterior, nomeadamente com recurso a auditores externos, foi obrigatoriamente
concluído no ano de 2008 na sequência de Reserva efectuada pelo ROC no âmbito da Certificação das Contas de 2007.
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- não obstante não ter sido projectado (nem desejado) no Plano Estratégico 20072009, o crescimento da actividade tradicional do SUCH neste período de
reorganização interna e reposicionamento, este manteve-se de novo em 2008 acima
dos 15%;
- terem sido revistos no âmbito da reorganização do SUCH todos os processos
Jurídicos, de Compras e Financeiros ao longo do ano de 2008 e criados os
necessários
instrumentos
(Contabilidade Analítica,
de
gestão
até
Planeamento e
aqui
inexistentes
Controlo
na
instituição
de Gestão, Modelo de
Valorização Económica de Propostas, Regulamento de Contratação, Fortalecimento
do Modelo de Contratação “In-House”, entre outros);
- o dimensionamento das Funções Corporativas (desenvolvidas ou criadas apenas
neste período estratégico) respeita, ao termo do ano e como previsto, por inteiro os
limites preconizados no Plano Estratégico;
- apesar da “violência” de uma mudança organizacional tão profunda os níveis de
empenhamento e dedicação dos profissionais do SUCH são ainda extraordinários,
facto que o Conselho de Administração faz questão de reconhecer e neste acto
expressar aos Associados e Tutela.
E neste contexto afirmar que apesar do (in)sucesso relativo do ano de 2008 face à Visão para
que nos mandatarem até 2010, Conselho de Administração e profissionais do SUCH confiam
e continuam a acreditar que é na matriz associativa (assumida sem equívocos), em
concertação estratégica com a Tutela, que a Razão Fundadora do SUCH se cumpre e
perdura, para além das crises e das circunstâncias.
Missão – Ser uma instituição sem fins lucrativos que visa promover a redução de custos e o
aumento da Qualidade e Eficiência dos seus Associados e, consequentemente, a
sustentabilidade do S.N.S.
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II.
O SUCH NO CONTEXTO DO SECTOR DA SAÚDE
Tendo como Missão promover a redução de custos e o aumento da qualidade e da eficiência
dos seus associados e, consequentemente, do Sistema de Saúde, o SUCH mantém como
factores especialmente relevantes para o seu desenvolvimento no período do Plano
Estratégico 2007-2009, as principais reformas que se pretendem levar a cabo no Serviço
Nacional de Saúde e que se traduzem:

Na Reforma dos Cuidados de Saúde Primários que, no âmbito de uma prestação de
cuidados de saúde de proximidade, se articula com o PRACE;

No desenvolvimento da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados;

No processo de empresarialização dos hospitais, tendo em vista, nomeadamente, a
sustentabilidade financeira do SNS;
No âmbito da Reforma dos Cuidados de Saúde Primários é de salientar que, apesar de ter
sido publicado em Fevereiro de 2008 o Decreto-Lei que criou os Agrupamentos de Centros de
Saúde (ACES) como serviços desconcentrados das ARSs, apenas um ano depois (Março de
2009) foram publicadas as portarias regulamentares que, pela via da efectiva criação de cada
ACES só então iniciada, extinguiram as Sub-Regiões de Saúde.
Mantendo o espírito desta reforma, associado aos pretendidos efeitos do PRACE, a
pertinência dos serviços partilhados, com especial incidência nas áreas de recursos humanos
e financeiros, é primordial. Deste modo, em 2009, será dado um especial enfoque ao
arranque destes serviços já contratados pelas ARSs durante o ano 2008/2009 (4).
No que concerne à Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e ao seu
desenvolvimento em 2008, nomeadamente o decorrente da entrada em vigor do Programa
Modelar (bem como às novas necessidades que coloca na compra agregada de
medicamentos e outros bens específicos de saúde, também para misericórdias e instituições
4
Encontrando-se para o efeito celebrados Protocolos de Compromisso e de Adesão pelas ARSs Norte, Centro e Algarve.
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de solidariedade social - IPSSs), é de relevar o peso crescente que as Misericórdias têm tido
como destinatários dos serviços do SUCH. Embora representando apenas cerca de 1% do
volume de negócios da Instituição, o número de Misericórdias clientes ascende já a 86.
De facto, apesar de os hospitais serem o maior segmento de mercado do SUCH (cerca de
88% da facturação em 2008, como se pode observar pelo Quadro nº 1), a procura de maior
eficiência no seio do Sistema de Saúde abrange ainda outras instituições que, por menor
dimensão, representam uma quota-parte inferior no negócio da Associação.
Quadro nº 1
Peso das instituições do Sistema de Saúde na facturação do SUCH em 2008
Facturação
Tipologia de clientes
(milhões euros)
(%)
81,8
88,4
81,0
0,8
87,6
0,8
ARS
2,9
3,1
Misericórdias
0,8
0,9
Outros
7,0
7,6
Total
92,5
100,0
Hospitais
1. SNS
2. Outros
No que respeita ao contributo possível e desejável do SUCH para a sustentabilidade do SNS,
potenciando os efeitos decorrentes da empresarialização dos seus hospitais por via da
contratação de serviços partilhados em diferentes áreas (melhoria de eficiência das unidades
hospitalares, libertando, desta forma, recursos para o incremento da qualidade da prestação
de cuidados de saúde), é de referir que em 2008, o SUCH manteve o seu esforço de eficácia,
prestando serviços à quase totalidade dos hospitais do SNS (a cerca de 95% dos hospitais),
senão mesmo à sua totalidade em algumas regiões – casos das do Norte, Alentejo e Algarve.
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Gráfico nº 1
Evolução, por região, da presença do SUCH em Hospitais do SNS (%)
100% 100%
100% 100% 100%
96% 96%
100% 100% 100%
91%
87%
Norte
Centro
2006
87% 89% 88%
LVT
Alentejo
2007
Algarve
2008
Para melhorar a eficácia no cumprimento da sua missão, quer no que respeita à qualidade
dos serviços que a unidade hospitalar presta, quer no que concerne à reafectação de
recursos para a prestação de cuidados de saúde, o SUCH tem evoluído no sentido de
incrementar a contratação integrada de diferentes áreas.
O trabalho desenvolvido tem conduzido a que se tenha vindo a verificar um acréscimo do
número de áreas contratadas por cada hospital, traduzindo a confiança que os hospitais
possuem na qualidade do serviço prestado pelo SUCH.
Em 2008, mais de metade dos hospitais clientes contrataram cinco ou mais áreas de serviço
ao SUCH e cerca de 70% contrataram quatro ou mais áreas.
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Gráfico nº 2
Número de áreas contratadas ao SUCH pelos hospitais do SNS
16
Nº de Hospitais
12
11
9
7
3
2
1
2
3
4
5
6
2
7
8
Nº de Áreas
É de realçar que, neste movimento de contratação de um cada vez maior número de áreas de
serviço do SUCH, são os hospitais de maior dimensão (5) que têm procurado uma maior
integração de serviços – 69% destes hospitais, contrataram cinco ou mais áreas em 2008.
Os serviços mais procurados pelos hospitais do SNS são os prestados pelos Clusters Somos
EQUIPAS e Somos AMBIENTE. De facto estes clusters têm, respectivamente, uma quota de
mercado de 78% e 82% na totalidade dos hospitais do SNS, sendo nos hospitais de maior
dimensão que a proporção é superior – de realçar que todos os clientes de maior dimensão
procuram os serviços do SUCH nestes dois clusters.
5
Consideram-se:
Hospitais de grande dimensão – hospitais com um número de camas superior ou igual a 500
Hospitais de média dimensão – hospitais com um número de camas superior ou igual a 200 e inferior a 500
Hospitais de pequena dimensão – hospitais com um número de camas inferior a 200.
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Gráfico nº 3
Percentagem dos hospitais do SNS clientes do SUCH, por Cluster
Como nota final, relevar que, apesar de com uma quota menor, o Somos NUTRIÇÃO tem
vindo sustentadamente a ganhar terreno junto do principal segmento de mercado do SUCH,
em grande parte devido ao reconhecimento da especialização detida pela instituição na
abordagem da nutrição como complemento terapêutico.
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III.
PLANO ESTRATÉGICO 2007-2009 – os objectivos a que nos
propusemos em 2008
Aprovado no início de 2007, na Assembleia Geral de Janeiro, o Plano Estratégico (anexo –
Mapa Estratégico) foi concebido para um período de três anos (2007 a 2009) no qual se
objectivou o posicionamento do SUCH como uma estrutura de serviços partilhados na
Área da Saúde, com elevada responsabilidade social, alinhada com as melhores práticas
verificadas nos outros países desenvolvidos, tendo presente a Missão fundadora da
Associação de ser uma instituição sem fins lucrativos que visa promover a redução de
custos e o aumento da qualidade e eficiência dos seus associados e, em consequência,
do SNS.
Tendo como objectivo último contribuir para a qualidade e sustentabilidade do SNS e a
procura continuada de maior eficiência dos Associados, o SUCH estabeleceu, assim, como
finalidades do seu Plano Estratégico 2007-2009:

Proporcionar poupanças aos Associados, libertando recursos para a prestação de
Cuidados de Saúde de Qualidade; e

Assegurar a Auto-suficiência Económica e Financeira do SUCH a longo prazo;
pressupondo toda uma estratégia assente em quatro linhas ordenadoras dos Objectivos
Estratégicos:
1. O reposicionamento das áreas de negócio de actuação tradicional do SUCH;
2. A criação de novas áreas de negócio;
3. A instituição de mecanismos de revisão do portfolio das áreas de negócio do
SUCH em razão dos dinamismos e das falhas de mercado; e
4. O desenvolvimento das funções corporativas do SUCH em ordem a suportar
todo o processo estratégico;
e que se alicerçam num conjunto coerente de acções e projectos - Programa de
Transformação do SUCH 2007-2009 - consubstanciadas em seis Iniciativas Estratégicas.
A figura que seguidamente se apresenta, sintetiza a estratégia definida para os três anos em
causa.
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Figura nº 1
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Neste período de Plano Estratégico, pode-se afirmar que o primeiro ano, 2007, foi concebido
como o ano de lançamento do processo de transformação do SUCH, o segundo, 2008,
estruturado como o ano de estabilização das reformas ao nível das áreas tradicionais e de
arranque das novas áreas de serviços partilhados, concentrando-se os esforços, no ano de
2009, na consolidação das mudanças decorrentes da implementação do Plano Estratégico.
Desta forma e na senda da coerência da estratégia definida para os três anos, foram
definidos objectivos anuais para 2008, a saber:

Satisfazer as necessidades dos associados através de um Serviço de Qualidade ao
Melhor Preço;
Neste âmbito assumiu-se como estratégico o desenvolvimento de um conjunto de
acções estruturantes para a gestão do acompanhamento dos associados e dos
clientes, a divulgação e promoção das melhores práticas do SUCH junto dos
Associados, evidenciando o valor acrescentado que resulta do processo de
clusterização desenvolvido em 2007 e a consolidação do Sistema de Gestão de
Qualidade.

Prosseguir o esforço de melhoria de Eficiência Global do SUCH, designadamente
através da obtenção de Ganhos de Produtividade;
No domínio da redução do peso relativo da despesa das estruturas de suporte do
SUCH face ao seu volume de negócios, foi considerada estratégica,
nomeadamente, a externalização para serviços partilhados das Funções
Compras, Contabilidade e Gestão Financeira e Processamento de Salários, o
aperfeiçoamento
implementação
dos
e
Sistemas
de
Informação
uniformização
de
novos
e
o
processos
desenvolvimento,
e
procedimentos,
designadamente nas áreas Jurídica, Apoio Geral, Administrativa e Financeira.
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
Reposicionar as áreas tradicionais de mercado “maduro” e eficiente, evoluindo
nestas da posição de prestador de serviços para Parceiro do Associado,
nomeadamente como Gestor de Contratos;
Neste
âmbito,
pretendeu-se
preparar,
durante
2008,
a
estratégia
de
empresarialização das áreas tradicionais e, sempre que tal se justifique, a
preparação da saída do SUCH da posição de prestador.

Alargar os novos Serviços Partilhados a outras instituições de saúde, após a
conclusão e demonstração operada no quadro dos respectivos projectos-piloto; e

Criar uma “atitude comum” dos profissionais do SUCH, associada a uma cultura de
responsabilização generalizada, assente no conhecimento consciente dos processos,
sedimentada no fortalecimento da liderança, delegação de responsabilidades e na
objectivação de compromissos enquanto expressão dos valores organizacionais.
Os objectivos de 2008 prosseguem a linha condutora iniciada no ano anterior, numa óptica de
consistência da estratégia, fundamental ao alcance dos objectivos finais.
De facto, mantendo como objectivo anual ao longo de todo o período, a prestação de um
Serviço de Qualidade ao Melhor Preço, os objectivos de 2008 foram posicionados como
corolário dos do ano anterior.
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Figura nº 2
As acções e projectos a desenvolver no período para o alcance dos Objectivos Estratégicos,
consubstanciados no Programa de Transformação, centraram-se, em 2008, nas seguintes
áreas:
Figura nº 3
Principal âmbito de intervenção das Iniciativas Estratégicas
PROGRAMA DE TRANSFORMAÇÃO 2007 - 2009
INICIATIVAS ESTRATÉGICAS :
ÂMBITO DOS PRINCIPAIS PROJECTOS
PARA 2008
-
 EFICIÊNCIA GLOBAL
MIGRAÇÃO DA COMPRAS, RH E FIN. PARA ACE
CONSOLIDAÇÃO E OPTIMIZAÇÃO ÁREAS DE
NEGÓCIO E ÁREAS COMERCIAIS
 VERTICALIZAÇÃO E EMPRESARIALIZAÇÃO
ESTRATÉGIA DE REPOSICIONAMENTO E
EMPRESARIALIZAÇÃO (PREPARAÇÃO)
 NOVAS ÁREAS DE SERVIÇOS PARTILHADOS
ARRANQUE OPERAÇÕES ACE
ROLL -OUTS DOS ACE
 FUNÇÕES CORPORATIVAS
DESENVOLVIMENTO DO CENTRO CORPORATIVO
 COMUNICAÇÃO INTERNA / GESTÃO DA MUDANÇA COMUNICAÇÃO DA MARCA E POSICIONAMENTO
 COMUNICAÇÃO EXTERNA
COMUNICAÇÃO E MOBILIZAÇÃO INTERNA
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OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS 2007-2009
2009
IV.
ACTIVIDADES DE 2008
IV.1. O 2º ANO DE EXECUÇÃO DO PLANO ESTRATÉGICO
O ano de 2008 foi alvo de uma forte aposta na criação e desenvolvimento de mecanismos
fiáveis de monitorização e acompanhamento do programa de transformação do SUCH e da
Gestão.
Tendo sido criado e testado um Modelo de Monitorização do Plano Estratégico, a sua
aplicação permitiu avaliar, não só o cumprimento das metas anuais estabelecidas para os
indicadores de monitorização do Plano, como também o “grau” de concretização dos
Objectivos Estratégicos.
Verifica-se que, após dois anos de execução do Plano Estratégico 2007-2008, cerca de 75 %
dos objectivos estratégicos viram genericamente as suas metas anuais atingidas, tendo
o principal atraso no cumprimento do Plano sido registado, dado o intenso crescimento da
actividade, ao nível do reposicionamento das áreas tradicionais actuantes em mercados
maduros e eficientes e da consequente evolução do SUCH para parceiro do Associado como
Gestor de Contratos.
Também no que concerne ao objectivo de racionalização da estrutura do SUCH,
promovendo maior eficiência global, é de relevar que, apesar das acções e projectos
desenvolvidos, com êxito, no âmbito do Programa de Transformação, a situação de
desequilíbrio financeiro vivida ao nível internacional e nacional, com consequência,
nomeadamente, ao nível dos custos das matérias primas e outros materiais, não permitiu que
se tivessem alcançado na totalidade os objectivos ambicionados.
Um especial realce, pela positiva, para o alcance das metas estabelecidas, nos dois anos de
execução do Plano, para a prossecução dos objectivos estratégicos da prestação de um
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Serviço de Qualidade ao Melhor Preço, da melhoria da produtividade do SUCH e da
Gestão da Mudança.
Subjacente à concretização do Plano Estratégico, encontra-se a realização das acções e
projectos que, consubstanciados nos seis Programas / Iniciativas Estratégicos enunciados,
compõem o Programa de Transformação do SUCH.
No âmbito dos principais desafios enunciados são de realçar:
- a concretização da migração dos processos administrativos de recursos humanos para o
Somos PESSOAS, dos processos na área financeira para o Somos CONTAS, bem como,
do início da transição dos processos de compras para o Somos COMPRAS;
- da definição da estratégia de reposicionamento e empresarialização das áreas tradicionais;
- do início dos trabalhos da criação e desenvolvimento do Centro Corporativo;
- do arranque das operações dos ACEs; e
- dos esforços desenvolvidos na esfera da comunicação interna e externa.
Dos cerca de 70 projectos previstos para o período 2007-2009 no Programa de
Transformação, 64% foram concluídos com êxito até ao final de 2008, e 12%
encontravam-se, a 31 de Dezembro, em fase de finalização. O esforço e empenho de
todos os colaboradores foi fundamental, não deixando de se salientar, neste domínio, o
reflexo das acções empreendidas no âmbito da Gestão da Mudança que, no entanto, por via
de necessidade de redução de custos no exercício, foram minimizadas no ano.
De destacar que dos projectos afectos às áreas tradicionais e que, pelo seu elevado valor
estratégico, foram identificados como devendo ser alvo de um especial enfoque na
concretização do Programa, 94% tinham sido já concluídos em 31 de Dezembro de 2008.
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De facto, pela importância estratégica atribuída a 2008, como ano de consolidação do
processo de transformação do SUCH, foi neste ano que se centraram os maiores esforços de
concretização.
Tendo em conta os objectivos de 2008 enunciados, consideram-se dignos de destaque os
seguintes projectos / acções empreendidas:

Satisfazer as necessidades dos associados através de um Serviço de Qualidade ao
Melhor Preço;
Foi continuado o esforço de foco no Associado através da aposta num Serviço de
Qualidade, nomeadamente:
- A manutenção e revisão do Sistema de Gestão da Qualidade;
- A preparação da certificação de qualidade da área de Segurança e Controlo
Técnico, juntando-se, desta forma, às outras seis áreas que viram a sua certificação
renovada;
- A consolidação da implementação do Sistema de Informação de Marketing
Relacional – CRM;
- A consolidação da implementação do novo modelo comercial, e sua articulação
com as áreas de negócio.

Prosseguir o esforço de Melhoria de Eficiência Global do SUCH, designadamente
através da obtenção de Ganhos de Produtividade;
Neste domínio, destacam-se:
- A criação das condições para a redução de custos com a transição dos processos
transaccionais de recursos humanos para o Somos PESSOAS, dos processos de
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contabilidade para o Somos CONTAS e iniciada a transição dos processos de
compras para o Somos COMPRAS6;
- A revisão detalhada dos processos de facturação a clientes e de contas a pagar;
- O lançamento do projecto do desenvolvimento do Centro Corporativo, visando uma
maior eficiência e eficácia do apoio às áreas produtivas e empresas do grupo;
- A criação do Modelo de Planeamento e Controlo de Gestão;
- A instituição do Departamento de Estudos e Planeamento, tendo como principal
missão, para além da realização dos estudos considerados necessários, assegurar
a monitorização e avaliação do Plano Estratégico e a preparação dos planos
seguintes, bem como garantir a eficaz aplicação do Modelo de Controlo de Gestão;
- A uniformização dos Modelos de Valorização Económica de Propostas para
tratamento de roupa, gestão de resíduos, limpeza, alimentação, projectos e obras,
segurança e controlo técnico e dado início à sua automatização.

Reposicionar as áreas tradicionais de mercado “maduro” e eficiente, evoluindo
nestas da posição de prestador de serviços para Parceiro do Associado, como Gestor
de Contratos;
Neste âmbito, os trabalhos centraram-se na:
- Definição da Estratégia de Empresarialização das áreas, bem como no início da
elaboração dos Business Plan a 5 e 10 anos do Somos NUTRIÇÃO e do Somos
EQUIPAS;
- Criação do ACE do Ambiente – Somos AMBIENTE, ACE, suportado num Plano de
Negócios a 15 anos.
6
De referir que o impacto de redução nos custos anuais do SUCH (Funções Corporativas) da decisão de externalização de todos
os processos transaccionais respectivos para o Somos PESSOAS, Somos CONTAS e Somos COMPRAS, ACE, foi estimado em
cerca de 365 mil €. Tendo, no entanto, a externalização do Processamento de Salários e da Contabilidade ocorrido apenas no 2.º
semestre do ano e a das Compras cumprido um plano anual faseado (com início apenas no 2.º trimestre do ano) o impacto no
exercício de 2008 – dada a progressiva desactivação das estruturas internas – foi de cerca de 100 mil € negativos.
Relatório e Contas 2008
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
Alargar os novos Serviços Partilhados a outras instituições de saúde após a
conclusão e demonstração operada no quadro dos respectivos projectos-piloto;
- Neste âmbito e apesar das dificuldades sentidas, foi possível arrancar com as
ARSs, Centro e Algarve, no Somos PESSOAS, ficando programado o arranque da
ARS Norte para Janeiro/09;
- Foi, finalmente conseguido, no âmbito do Somos COMPRAS, a assinatura dos
Protocolos de Adesão dos hospitais-piloto (agrupados do ACE) e do Protocolo de
Utilização do SUCH, bem como das respectivas adesões ao Sistema de Garantia
de Pagamentos;
- No que se refere ao Somos CONTAS, foram elaborados as Due Dilligencies para a
ARS Norte e ULS de Matosinhos, ficando programado o arranque das ARSs Centro
e Norte para o 1º quadrimestre de 2009.

Criar uma “atitude comum” dos profissionais do SUCH, associada a uma cultura
de responsabilização generalizada, assente no conhecimento consciente dos
processos, sedimentada no fortalecimento da liderança e na delegação de
responsabilidades, bem como na objectivação de compromissos enquanto expressão
dos valores organizacionais.
Relevam para o efeito no ano:
- A criação do Sistema de Gestão de Desempenho, tendo em vista a adopção de
uma cultura de gestão orientada para resultados;
- A definição das bases de uma política remuneratória mais equitativa e com
preocupações de competitividade;
- A implementação da política de acolhimento e integração;
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- O desenvolvimento de iniciativas de Gestão da Mudança, designadamente: o
“Learning Map – Somos Líderes”, a Carta de Compromissos7 (através da
implementação de um projecto piloto nas áreas da Qualidade, Direcção de
Recursos Humanos e Somos NUTRIÇÃO, visando o envolvimento de todos os
protagonistas numa cultura activa de serviço ao cliente, quer interno quer externo) e
dos Encontros de Quadros (em Abril e Novembro).
Não planeado inicialmente para o ano de 2008, a conclusão do estudo e caracterização dos
trabalhos em curso pendentes há anos, tornou-se ainda necessário, por força e na sequência
da Reserva às Contas de 2007 referente ao valor de trabalhos em curso, operar a verificação
detalhada de todos os valores, respectivas causas e identificar soluções.
Em consequência deste trabalho constata-se:
-
a definição de novas regras detalhadas que impõem boas práticas nesta matéria, em
vigor desde Novembro de 2008;
-
a imputação, a resultados transitados, de valores pendentes acumulados nos últimos
10 anos, na rubrica trabalhos em curso, fruto de práticas e sistemas em vigor no
SUCH no período de 1997-2007.
7
Carta de Compromissos
Investimos no serviço técnico e profissional
- Fornecemos um serviço de qualidade, rigoroso e fiável
Cumprimos o que acordamos com o Cliente
- Prestamos um serviço que satisfaz o Cliente
- Acordamos o prazo de resposta com o Cliente
- Informamos sempre o Cliente de constrangimentos ao serviço acordado
- Cumprimos os prazos de resposta acordados com o Cliente
Encaramos as sugestões do Cliente como oportunidades de melhoria
- Revelamos abertura para escutar as sugestões/reclamações do Cliente
- Desencadeamos acções que tendam para a melhoria/resolução da situação
Evoluímos na relação de Parceria com o Cliente
- Estamos atentos às necessidades do Cliente e procuramos satisfazê-las atempadamente
- Evidenciamos disponibilidade para acolher as solicitações do Cliente
- Adequamos a resposta às necessidades manifestadas pelo Cliente
- Respondemos ou encaminhamos para o interlocutor adequado as solicitações do Cliente
- Mantemos o Cliente informado sobre a evolução dos seus pedidos
- Manifestamos uma atitude de respeito e cordialidade para com o Cliente
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IV.2. AS FUNÇÕES CORPORATIVAS
IV.2.1. Recursos Humanos
O ano de 2008, na gestão de RH, registou um marcante desenvolvimento com a introdução
de um conjunto de modelos estruturantes cujo objectivo foi o de promover uma cultura de
gestão orientada para os resultados, visando diferenciar e alinhar o desempenho e construir
uma base sustentada para o desenvolvimento pessoal e profissional.
Visou-se, desta forma, contribuir para um dos objectivos anuais identificados, traduzido na
criação de uma atitude comum dos profissionais, assente no conhecimento consciente dos
processos, sedimentada no fortelecimento da liderança e na delegação de responsabilidades.
Assentes que foram os pilares do Sistema de Gestão de Desempenho, Modelo de
Compensação e Beneficios e Modelo e Dicionário de Competências, na sequência das
acções já iniciadas em 2007, pode-se afirmar que se encontram criadas as condições
necessárias que permitem ao SUCH responder com eficácia e eficiência aos desafios internos
e à mudança sistemática da envolvente: forte identidade que permite a ancoragem dos
recursos humanos da Organização ao Plano Estratégico e a manisfestações de padrões de
comportamento que o diferenciam de outras Organizações e que constituem a Cultura da
Empresa.
Dos projectos desenvolvidos em 2008, destacam-se os seguintes:
Figura nº 4
Ferramentas para a Gestão Estratégica de Recursos Humanos no SUCH
Sistema de Gestão de
Desempenho
Foi desenvolvido um modelo assente numa matriz de avaliação de dupla entrada,
com vista à avaliação de competências e objectivos. Tem como objectivo a
adopção de uma cultura de gestão orientada para resultados, visando diferenciar
e promover o desempenho e constituir uma base sustentada para o
desenvolvimento pessoal e profissional. Em 2008 foram formados 58
trabalhadores neste novo modelo, abrangendo-se a restante população em 2009,
que se destina, numa fase inicial aos grupos profissionais de directores, gestores,
coordenadores e técnicos (cerca de 700 trabalhadores).
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Modelo e Dicionário de
Competências
Conjunto de competências que traduzem os princípios, os valores, a cultura, os
conhecimentos do negócio, dos processos e da actividade, com níveis de
conhecimento gradativos e cumulativos. As competências definidas integram 3
eixos: transversais, de gestão e funcionais. Foram definidas as competências por
função que suportam o sistema de gestão de desempenho.
Modelo de
Compensação e
Benefícios
Aprovação do modelo baseado no Total Compensation. Efectuado o estudo de
mercado para análise da competitividade externa e diagnóstico da equidade
interna. Aprovação do organograma relativo e introdução de uma estrutura salarial
assente em 10 bandas. O modelo aplica-se aos grupos profissionais de
Directores, Gestores, Coordenadores e Técnicos.
Modelo de
Compensação Variável
Aprovação do modelo para cálculo da componente variável que visa premiar o
resultado da avaliação de desempenho. Este modelo diferencia: áreas de suporte
e áreas de negócio, tendo sido fixadas as percentagens de referência de
compensação variável, associadas à média da banda salarial.
Reposicionamento
Salarial
Foi efectuado o reposicionamento salarial de 141 trabalhadores, com um valor
executado de 71.524,00 €, de forma a corrigir o desvio funcional existente face ao
posicionamento competitivo deliberado pelo Conselho de Administração de acordo
com o percentil 25 da função e 10 de mercado. O ajustamento concretizado em
2008 teve efeitos a partir de 1 de Setembro concretizando-se em alguns casos
com um desdobramento em 2009 e 2010.
Externalização do
Processamento Salarial
A partir do mês de Julho/08, a geração do processamento salarial passou a ser
efectuado pelo Somos PESSOAS, através do software Meta4. Este projecto
integra a implementação de um Portal que permitirá agilizar todo um conjunto de
processos administrativos, pela intervenção directa de cada um dos utilizadores,
na consulta ou alteração de dados pessoais, através de workflows.
Plano de Formação
Estratégico
Com o objectivo de dotar os trabalhadores dos conhecimentos e competências
adequadas para operacionalizar o Plano Estratégico, realizaram-se 38 acções de
formação, nas áreas comportamentais e técnicas com um volume total de 5509
horas, abrangendo 366 formandos, no período de Setembro/07 a Junho/08.
Learning Map – Somos
Líderes
Mapa de Aprendizagem constituído pelos Desafios de Liderança associados ao
programa de transformação do SUCH e contributos esperados das chefias.
Envolveu 198 trabalhadores, com 14 sessões e um volume de formação de 980
horas.
Acolhimento e
Integração
Com vista a acolher e integrar todos os trabalhadores que são admitidos foi
aplicado um modelo que engloba todo o processo de entrada e integração com
vista à transmissão da visão, valores e missão da organização procurando
promover a retenção na fase inicial de adaptação. Formámos 430 Guias e
acolhemos 300 trabalhadores.
Figura nº 5
Programa de Formação no período 2006-2008
Relatório e Contas 2008
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Ao nível da formação dos Recursos Humanos da organização tem sido notório o investimento
realizado no desenvolvimento do potencial humano, na vertente da formação profissional,
como se pode constar pelos números que evidenciam, para além do aumento do respectivo
volume, a diminuição dos correlativos custos em cerca de 30%, comparativamente ao ano de
2006, fruto do recurso crescente a formadores internos.
Gráfico nº 4
Evolução dos Efectivos por Áreas de Negócio
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Em 2008, o crescimento de efectivos situou-se próximo dos 20%, justificado pelo incremento
generalizado dos negócios que assentam em mão de obra intensiva.
No período 2005-2008, o efectivo do SUCH cresceu cerca de 37% para fazer face a um
crescimento no volume de negócios situado na ordem dos 57%.
Gráfico nº 5
Evolução das Taxas de Rotação, Cessação e Admissão
2226 FTE´S
0,23
2455 FTE´S
+ 10%
0,2
2532 FTE ´S
+ 31%
3047 FTE´S
+ 20%
0,18
0,29
9,32%
5,42%
5,18%
0,2
0,18
0,14
0,12
0,14
0,13
0,11
Absentismo
5,92%
0,22
2005
2006
2007
Tx Rotação
Tx Cessação
Tx Admissão
2008
Tendo-se assistido a uma redução gradual da taxa de rotação no período compreendido entre
2005 e 2007 (3%), em que o crescimento do número de efectivos se registou
moderadamente, foi contrariada essa tendência no período de 2007 a 2008, pela elevada
taxa de admissões situada em 29%. É digna de registo a taxa de retenção registada no
período de 2005 a 2008, evidenciada pela diminuição sentida de 20% para 14% na taxa de
cessação.
A taxa de absentismo tem-se mantido em torno da mesma unidade percentual, situando-se,
no entanto, dentro dos valores de mercado para o tipo de actividades desenvolvidas.
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Quadro nº 2
Despesa alocada aos Recursos Humanos
+36%
+57%
+67%
+30%
+12%
+16%
+18%
+18%
2006
Deslocações
562.192 €
Despesa Global
32.664.431 €
Horas Extras
540.546 €
Volume de Negocios
65.606.102 €
2007
734.019 €
35.919.720 €
639.247 €
77.174.326 €
2008
881.152 €
42.371.881 €
902.131 €
89.296.861 €
Orçamento 2008 - €42.307.122,00
A despesa alocada aos Recursos Humanos no ano de 2008 respeitou os valores
orçamentados, apesar de a actividade ter registado um crescimento de cerca de 16% O
crescimento da massa salarial previsto em sede de Plano de 2008, por força de correcção
salariais, foi parcialmente contido, tendo a Política de Compensação aplicada assente num
posicionamento competitivo face aos correspondentes mercados ao nível do percentil 10.
Esta decisão, que terá consequência no desempenho dos indicadores das taxas de retenção
e de rotação (com relevância no Plano Estratégico), tornou-se necessária como medida
compensatória dados os fortes efeitos da inflação sentidos em 2008, que fizeram disparar os
custos de Matérias-Primas e Fornecimentos e Serviços Externos, face ao orçamentado.
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IV.2.2. Qualidade
Num quadro de mudança especialmente marcado por novos desafios, a actividade orientada
para a política de Qualidade concretizou:

a manutenção e revisão do Sistema de Gestão de Qualidade;

a monitorização dos processos certificados e de apoio;

a sistematização dos resultados do Estudo de Avaliação e Satisfação dos Clientes e
das Auditorias Internas e actividades associadas às Não Conformidades e às
Reclamações dos Clientes;

o desenvolvimento, acompanhamento e verificação da eficácia das acções correctivas
e preventivas;

os trabalhos preparatórios para extensão do âmbito da certificação da Qualidade à
actividade da Segurança e Controlo Técnico, bem como dos processos de certificação
ambiental das áreas de gestão de resíduos, limpeza e Nutrição e ainda o processo
para certificação das cozinhas do Hospital de S. Teotónio, do Hospital do Litoral
Alentejano e do Hospital Rovisco Pais pela ISO 22000;

a revisão do Sistema de Gestão de Qualidade, adequando-o à NP EN ISO 9001:2008
publicada em Novembro.
No âmbito das Auditorias Internas da Qualidade (constituindo exames sistemáticos e
independentes que determinam se as actividades e resultados relativos à Qualidade
satisfazem os requisitos definidos e são adequados para se alcançar os objectivos)
realizaram-se, em 2008, 34 auditorias das quais 26 programadas e 8 não programadas. O
número de auditorias realizadas corresponde a um acréscimo de 47,8% face a 2007 e
apresenta a seguinte distribuição:
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Gráfico nº 6
Distribuição de Auditorias Internas da Qualidade por áreas
Digno de referência ainda é o papel liderante assumido pelo Departamento de Qualidade no
quadro de outras iniciativas relevantes no decurso do ano de 2008, designadamente:

Plano de Contingência para a Gripe das Aves:
Dada a elevada responsabilidade do SUCH na prestação de serviços de apoio na área
da Saúde, em 2008, dentro do período de alerta pandémico (fase 3 da evolução da
gripe pandémica, de acordo com a OMS), deu-se início à elaboração de um Plano de
Contingência para a eventualidade de uma pandemia gripal provocada pelo vírus da
gripe aviaria.
Este Plano visa criar condições para assegurar a continuidade do negócio, em onda
pandémica com duração estimada entre 8 a 12 semanas, dado que as actividades que
o SUCH desenvolve são vitais para o normal funcionamento das unidades prestadoras
de cuidados de saúde. É objectivo assegurar os serviços de tratamento da roupa,
recolha de resíduos, limpeza, manutenção de instalações e equipamentos e de
alimentação, entre outros.
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Assim, efectuou-se o diagnóstico que permitiu identificar as áreas e funções críticas à
missão do SUCH e o grau de preparação da organização para fazer face ao risco de
pandemia, tendo-se concluído o Plano de Contingência de Nível 1 (Master Plan) e
iniciado a construção do de Nível 2. Terminada a elaboração do Plano de
Contingência será feita a sua validação de modo a avaliar a pertinência das medidas
definidas.

Escritório Ecológico:
O SUCH, decorrente da Missão e dos Valores orientadores da sua actuação, pretende
ser um exemplo de boa conduta e boas práticas ambientais. Com o objectivo de ser
ambientalmente mais eficiente,
adoptou diversas
medidas que representam
fundamentalmente uma mudança de atitudes, conseguida através da sensibilização
dos colaboradores.
É neste contexto que surgiu o conceito “Escritório Ecológico” - uma onda de
mobilização interna dos colaboradores do SUCH, em torno de boas práticas
ambientais. Através da Carta de Compromissos Ambiental o SUCH compromete-se a
ser sustentavelmente responsável. Foram, assim, definidas um conjunto de medidas
simples, que visam a utilização racional e eficiente da energia, água, gestão de
resíduos e de recursos.
O projecto “Escritório Ecológico” encontra-se actualmente implementado na sede do
SUCH, devendo ser alargado a todas as instalações administrativas durante o ano de
2009.
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IV.2.3. Comunicação e Imagem
No âmbito da sua Política de Comunicação e Imagem, os esforços centraram-se em 2008,
essencialmente em:

Gerir a comunicação institucional da marca Somos Serviços Partilhados em Saúde,
entretanto criada e que substituiu a marca SUCH, enquanto marca de comunicação;

Identificar as áreas / situações onde a organização deverá expressar opinião / posição
preparando as respostas para aprovação pelo CA;

Tratar a informação para os media respeitando os valores da marca e seguindo as
orientações estratégicas definidas pelo CA;

Dar visibilidade ao posicionamento da (nova) marca de comunicação nas relações
com o exterior em acções planificadas e executar as mesmas com qualidade;

Planear, conceber e implementar as acções dirigidas ao público interno visando a
integração através de fluxos de informação / comunicação numa Cultura Somos
Serviços Partilhados em Saúde.
Neste quadro, o ano de 2008 decorreu segundo dois grandes eixos:
1º A continuação da afirmação do Gabinete de Comunicação e Imagem no contexto da
organização, através do desenvolvimento e consolidação de instrumentos e canais de
comunicação internos – tendo tido dois suportes principais: a Revista Interna e a
preparação do lançamento da Intranet – mas também pelo estender a aplicação da marca
aos diferentes suportes de comunicação, internos e externos;
2º A continuação da afirmação da marca de comunicação através da implementação em
todos os suportes e aplicações que a transportem para junto de todos stakeholders do
universo SUCH / Somos SPS, internos e externos.
Relatório e Contas 2008
SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais
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À semelhança de 2007, 2008 foi também um ano em que se procurou reflectir, com iniciativas
de comunicação concretas, os objectivos estratégicos do Plano Estratégico 2007-2009,
aprovado na Assembleia Geral de Janeiro de 2007.
2008 continuou a reflectir o processo de transformação do SUCH iniciado no começo de
2007, tendo ficado claramente marcado pela definição e implementação da nova marca de
comunicação “Somos Serviços Partilhados em Saúde | SPS”, lançada no último trimestre de
2007.
No âmbito da nova marca de comunicação importa destacar a sua aplicação nos seguintes
suporte e canais:
1. Internet / Portal Somos, anunciado em 3 de Março;
2. Suportes: a continuação da aplicação da marca nos novos suportes como Relatório e
Contas, Deliberações, Caderno de Encargos, etc;
3. Outros suportes institucionais: Bandeiras, Pendões e Stand-Ups;
4. Cartão do Funcionário (a sua distribuição pelo DRH ocorrerá apenas em 2009, mas
o layout ficou aprovado, tendo sido divulgado a todos os colaboradores na edição de
Dezembro da revista interna Somos Nós nº 5);
5. Publicidade. Primeiro anúncio institucional do Somos SPS, publicado no Anuário dos
Facility Services:
6. Na área do Somos AMBIENTE foram produzidos os primeiros cartazes na área dos
Resíduos Hospitalares e concluída a criatividade da Roupa Hospitalar;
7. Na área do Somos EQUIPAS a concepção do restyling das Etiquetas, bem como a
produção de capas (monofolha) para participação em concursos e afins;
8. Na área do Somos NUTRIÇÃO a concepção do package que inclui várias peças para
esta área de negócio;
9. Coordenação do projecto Intranet;
10. Desenvolvimento do novo layout das newsletter do Departamento de Qualidade e do
layout do Conselho de Qualidade.
Relatório e Contas 2008
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Ainda no âmbito da nova Marca de Comunicação, importa destacar a aprovação do Kit de
Normas da Marca e das Sub-Marcas e a comunicação da primeira versão sobre as Regras de
Utilização da Marca, em Julho de 2008.
Em paralelo com a implementação da nova Marca de Comunicação, salientam-se como
grandes prioridades em 2008, apoiar o Somos AMBIENTE, enquanto cluster prioritário, e o
início da implementação do acordo de parceria estabelecido com a Direcção Geral de Saúde,
no âmbito do Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Infecções Associadas
aos Cuidados de Saúde (PNCI).
Em relação ao Somos AMBIENTE, foram organizadas duas importantes acções:
a) Duas edições da Semana Portas Abertas (em Junho e Outubro), cumprindo assim
as obrigações imposta pela DIA (Declaração de Impacto Ambiental), à semelhança
de 2007.
Decorrida entre 2 e 5 de Junho, Dia do Ambiente, a primeira Semana Portas
Abertas de 2008 contou com 28 participantes que se repartiram entre as visitas à
Central de Incineração e a assistência à Sessão Pública de Esclarecimento.
Entre 29 e 31 de Outubro realizou-se a segunda Semana Portas Abertas (SPA)
que, à semelhança da realizada em Junho e da sessão de 2007, procurou dar
continuidade à política de transparência e abertura ao público desenvolvida na
Central de Incineração (CI) do Parque da Saúde de Lisboa. A estrutura foi idêntica
à realizada em Junho: a) Visitas Guiadas à Central de Incineração do Parque da
Saúde de Lisboa e b) Sessão Pública de Esclarecimento.
b) A Conferência Internacional “Ambiente Responsável e Saúde”, realizada em 28
de Outubro na Chamusca, no âmbito do projecto do SUCH para o Eco-Parque do
Relvão, que inclui a possibilidade de unidades de triagem e reciclagem em
segmentos de resíduos ainda não reciclados no país, dando início a dinâmicas de
valorização de resíduos também no sector da saúde, bem como a criação de um
Relatório e Contas 2008
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Centro de Investigação e Desenvolvimento para a Promoção do Ambiente e da
Saúde Pública8.
8
Programa da Conferência:
Relatório e Contas 2008
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Destaca-se, ainda:
Mostra Portugal Tecnológico. No âmbito do Somos AMBIENTE e em termos de
comunicação externa é relevante destacar a participação na Mostra “Portugal Tecnológico
2008”, que se realizou na FIL – Feira Internacional de Lisboa, entre 18 e 23 de Novembro.
Inserido no Pavilhão da Saúde, sob a alçada “Ambiente e Saúde Pública”, o SUCH divulgou o
Projecto do Centro Integrado de Valorização Energética, Reciclagem e Tratamento de
Resíduos, inscrito no Plano Tecnológico Nacional e o Estudo de Benchmarking Internacional
de Resíduos Hospitalares, apresentados pela primeira vez na Conferência Internacional
“Ambiente Responsável e Saúde”, que o SUCH organizou em 28 de Outubro, na Chamusca.
Prémio VALORMED. Em paralelo, apoiou a equipa interna que preparou a candidatura ao
Prémio VALORMED, que seria ganho pelo SUCH, com um projecto de implantação de uma
Unidade de Triagem e Valorização de Resíduos de Embalagens de Medicamentos e de
Medicamentos fora de uso.
Protocolo PNCI. No âmbito da parceria com a Direcção Geral de Saúde, com a qual assinou
um Protocolo, o SUCH tornou-se patrocinador exclusivo do Programa Nacional de Prevenção
e Controlo da Infecção Associada aos Cuidados de Saúde. A colaboração do SUCH na
estratégia nacional para a melhoria da higiene das mãos centra-se no apoio técnico na área
da comunicação, nomeadamente, através da concepção e produção dos materiais de
comunicação e na área das tecnologias de informação, nomeadamente, através da
disponibilização de aplicações informáticas para a realização online dos Questionários da
Campanha e do Inquérito Nacional de Prevalência da Infecção que serão prioridades da DGS.
Entre as acções realizadas ao longo de 2008, conta-se o evento público / conferência de
imprensa do anúncio da parceria e a estratégia de comunicação da mesma, designadamente,
a criação da imagem da iniciativa.
Relatório e Contas 2008
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Protocolo ISQ. Uma outra parceria importante que envolveu o contributo do GCI, em termos
de comunicação, apoiando o Somos EQUIPAS, foi a organização, divulgação e preparação
do press kit do evento (23 de Abril) que conduziu à assinatura do Protocolo de Cooperação
com o Instituto de Soldadura e Qualidade, uma parceria no âmbito do Plano Tecnológico,
para a inovação e qualificação do sector da Saúde, através da transferência de tecnologia e
incorporação de inovação. No quadro deste Protocolo de Cooperação, as duas entidades vão
desenvolver um conjunto de projectos que visam o estudo e experimentação de novos
modelos, processos e tecnologias que tragam valor acrescentado às actividades não clínicas
do sector da saúde. O primeiro projecto-piloto, já em arranque no Hospital de Santo André
(Leiria) integra a criação de um Sistema de Gestão da Manutenção de Equipamentos
Hospitalares, completado por um Sistema de Apoio à tomada de decisão de investimento em
equipamentos.
O SUCH participou, em 2008, num conjunto alargado de iniciativas dos quais se salientam:
SUCH na mostra Portugal Tecnológico 08
Organização: AIP-CE, FIL e BAN
Data: 18 a 23 Novembro 08
Apresentação: Ambiente na Saúde
"A Gestão na Saúde" - II Jornadas de Modernização Administrativa do Hospital de Faro
Organização: Hospital de Faro
Data: 7 Novembro 08
Apresentação: Inovar em Saúde - Serviços Partilhados
"A inovação na gestão, no conhecimento e nas pessoas. Contributos do Projecto b.Sapiens"
Organização: AERLIS (Associação Empresarial da Região de Lisboa)
Data: 30 Outubro 08
Apresentação: Talentos num momento de mudança: captação, gestão e desenvolvimento
Conferência Ambiente Responsável e Saúde
Organização: SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais
Data: 28 Outubro 08
1º Prémio Valormed / Investigação 2008
Data: 10 Outubro 08
Cerimónia de entrega do Prémio
Relatório e Contas 2008
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Sessão comemorativa da adesão de Portugal à World Alliance for Patient Safety de Organização Mundial
da Saúde
Organização: Direcção-Geral da Saúde
Data: 8 Outubro 08
Apresentação: O Protocolo Direcção-Geral da Saúde - Serviço de Utilização Comum dos Hospitais no âmbito do
Programa Nacional de Prevenção e Controlo das Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde
Inovação em Saúde - XIX Encontro Nacional da Associação Portuguesa para a Promoção da Saúde
Pública
Organização: Associação Portuguesa para a Promoção da Saúde Pública
Data: 5 Junho 08
Apresentação: Somos Serviços Partilhados em Saúde (concepção e animação em powerpoint e produção final
em flash)
Curso da Pós Graduação em "Sistemas de Informação para a Saúde"
Organização: Faculdade de Engenharia da Universidade Católica de Lisboa
Data: 23 Maio 08
Apresentação: Uma Experiência Portuguesa de Transformação no Domínio da Saúde
Pharmalog 2008 - 6º Encontro Anual para o SCM Farmacêutico
Organização: Institute for Internacional Research (IIR)
Data: 13 Maio 08
Apresentação: Optimização da negociação entre os Hospitais e os Laboratórios através da Central de Compras
Fórum RH'08 - O estado da arte na gestão das pessoas
Organização: Recursos Humanos Magazine
Data: 18 Abril 08
Apresentação: Atracção e Retenção de Talentos
e-Powered" - 1ª Conferência sobre Soluções Integradas para o Sector Público
Organização: Oni Communications
Data: 8 Abril 08
Apresentação: Os Serviços Partilhados do SUCH
Oracle APPLICATIONS Day 2008
Organização: Oracle Portugal
Data: 5 Março 08
Apresentação: Inovar em Saúde: Serviços Partilhados e Tecnologias de Informação
Relatório e Contas 2008
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III Congresso Internacional de Sistemas e Tecnologias de Informação para a Nova Rede Hospitalar
Organização: Associação dos Profissionais de Informática, Tecnologias, Comunicação e Internet em Portugal
Data: 4 Março 08
Apresentação: Inovar em Saúde: Serviços Partilhados e as Tecnologias de Informação
O Novo Código dos Contratos Públicos - Aquisição de Tecnologias da Saúde
Organização: APORMED - Associação Portuguesa de Empresas de Dispositivos para a Saúde
Data: 28 Janeiro 08
Apresentação: Serviços Partilhados - Uma oportunidade para a Saúde
Além destas acções e iniciativas, destaca-se:

A preparação do Plano de Comunicação, corporativo e por cluster;

A produção de quatro números da revista interna Somos Nós (Abril, Junho, Outubro e
Dezembro);

O acompanhamento de notícias para a comunicação social (ex. Expresso, Diário
Económico);

Na coordenação do Diagnóstico de Atendimento presencial e telefónico, feita pelo
SUCH, com vista a implementar numa política de regras de Atendimento;

A participação do SUCH, como patrocinador no 1º congresso da Associação
Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar;

A participação do projecto “Somos Serviços Partilhados em Saúde” do SUCH, como
um dos pioneiros do Banco de Inovação em Saúde (www.ihealthbank.eu), um projecto
internacional;

A entrada do SUCH, como associado do Health Cluster Portugal;

A parceria do SUCH, enquanto Entidade Associada, com a Escola Superior de
Tecnologia de Abrantes do Instituto Politécnico de Tomar, no âmbito do curso de PósGraduação denominado “Formação Avançada em Gestão da Informação para a
Saúde”.
Relatório e Contas 2008
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Finalmente, importa anotar que em 2008 o trabalho de comunicação desenvolvido em 2007
foi reconhecido pela Associação Portuguesa de Comunicação Empresarial, ao atribuir
dois diplomas de mérito na Categoria de Evento Especial com o “Seminário Serviços
Partilhados – o Estado da Arte em Portugal” e na categoria Edição Especial com o trabalho
“Brochura Institucional Somos”.
IV.2.4. Marketing
O ano de 2008 foi o segundo ano de existência do Gabinete de Marketing do SUCH tendo a
sua actuação sido no essencial orientada para a Instituição propriamente dita, no sentido da
sua sedimentação para as mudanças e desafios inerentes à nova Visão, preconizadas no
Plano Estratégico 2007/2009.
Foi um ano em que, numa óptica estruturante da função de marketing no contexto da sua
integração no centro corporativo, a actividade foi centrada em dois dos factores dominantes
da estratégia do SUCH.
O Quem Somos e o Que Fazemos consubstanciando o plano de Reestruturação Interna e
Novo Posicionamento em que destacamos o contributo para a clusterização das unidades
produtivas e sua empresarialização. O posicionamento das áreas tradicionais e novas áreas e
o programa de comunicação Somos - institucional e dos negócios.
O Para Quem Existimos, traduzido no levantamento estratégico do Mercado e Clientes, na
definição de metodologias de avaliação e segmentação do mercado e na condução e análise
do Estudo da Avaliação da Satisfação dos Clientes.
Assim, foram dados importantes contributos na dimensão e caracterização do mercado e
suas oportunidades, da concorrência e dos clientes; na metodologia da avaliação e
segmentação do mercado; na análise e comunicação interna dos resultados do estudo da
avaliação e satisfação dos clientes; na interpretação da avaliação feita pelos clientes, assim
Relatório e Contas 2008
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como na correcta utilização da informação para a definição dos planos de actuação no
sentido de uma evolução positiva da relação e dos serviços prestados; na estruturação e
organização dos conteúdos relevantes para a comunicação Somos - institucional e dos
negócios; na revisão e redefinição dos serviços prestados por unidade de negócio e no seu
programa de comunicação com os clientes nos diversos suportes nomeadamente propostas
comerciais, facturas e outros; no plano mais interno a formatação das leituras e análises
estruturadas da evolução das vendas; definição das orientações para a construção do
orçamento de vendas e monitorização; apoio na preparação das apresentações dos novos
serviços a clientes e da nova oferta SUCH a novos clientes e o desenvolvimento do Plano de
Marketing Relacional para fomentar a consolidação da posição do SUCH como o parceiro dos
seus associados.
IV.2.5. Comercial
Em 2008, as Direcções Comerciais desenvolveram a sua actividade no âmbito do reforço da
política de proximidade ao Associado/Cliente, tendo presente o objectivo de 2008 de
“satisfazer as necessidades dos associados através de um Serviço de Qualidade ao
melhor preço”.
Neste âmbito merece particular realce a consolidação da implementação do modelo comercial
em interacção entre as áreas comercial e produtiva, a consolidação da implementação do
sistema de informação de Marketing Relacional – CRM e a criação e disponibilização dos
conteúdos públicos e privados na Intranet.
Complementarmente foi dada sequência à elaboração de documentos de suporte à
informação ao cliente (Relatórios de Progresso) e de compilação de informação estratégica
sobre os clientes (Planos de Desenvolvimento de Cliente), estes últimos ainda numa versão
experimental que se espera implementar e consolidar em 2009.
Continuou ainda a dar-se sequência à realização periódica de Reuniões de Planeamento de
Operações Comerciais com os vários Clusters e ACEs, que se revestem de importância
Relatório e Contas 2008
SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais
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primordial para a actividade comercial, nomeadamente na definição de abordagens de
negócio.
Direcção Comercial Norte
Em termos de propostas a associados/clientes, no ano de 2008 foi atingida uma percentagem
de adjudicação global de 78,79%.
Quadro nº 3
N.º de Clientes e Contratos da Direcção Comercial Norte
Nº Clientes*
Nº de Contratos
% Contratos
Adjudicados
SOMOS EQUIPAS
95
128
71,51
Manutenção
67
Segurança e Controlo Técnico
47
106
91,38
Energia
2
Projectos e Obras
18
22
34,92
SOMOS AMBIENTE
110
125
89,29
Tratamento de Roupa
37
40
83,33
Gestão de Resíduos
92
76
93,83
Limpeza Hospitalar
8
9
81,82
SOMOS NUTRIÇÃO
10
6
100,00
TOTAL GERAL
176
260
78,79
Direcção Comercial Norte
É de salientar o seguinte:
* Todos os Clientes SRs e C.Saúde, bem como os Hospitais entretanto agregados em C. Hospitalares foram configurados neste
mapa de forma agregada num único cliente (ARS Norte e C.Hospitalares respectivo)
* Todos os contratos existentes nas SRs e C. Saúde, bem como das Unidades Hospitalares entretanto agregadas em C.
Hospitalares foram fundidos em contratos únicos, razão pela qual as colunas Nº. Clientes e Nº. de Contratos apresenta uma
redução quantitativa relativamente ao ano anterior
Os resultados demonstram um acréscimo do volume de negócios de 10% face aos objectivos
– orçamento do ano e de 4% relativamente aos proveitos registados em 2007.
Todos os Cluster de actividade do SUCH apresentam um aumento de vendas comparado
com os valores orçamentados, com especial destaque para a área do Somos AMBIENTE com
um acréscimo de 26,1%.
Relatório e Contas 2008
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Quadro nº 4
Vendas da Direcção Comercial Norte
Unid: €
Direcção Comercial Norte
Orçamento 2008
Real 2008
SOMOS EQUIPAS
9.755.160,87
9.907.655,20
Manutenção
6.231.980,62
4.206.963,61
344.834,70
291.728,28
Energia
1.461.977,13
1.352.802,63
Projectos e Obras
1.716.368,42
4.056.160,68
SOMOS AMBIENTE
7.994.821,29
10.082.097,76
Tratamento de Roupa
5.925.905,71
6.739.897,28
Gestão de Resíduos
1.267.582,25
1.342.095,26
801.333,33
2.000.105,22
7.892.396,63
7.926.745,44
0,00
300.000,00
25.642.378,79
28.216.498,40
Segurança e Controlo Técnico
Limpeza Hospitalar
SOMOS NUTRIÇÃO
SOMOS CONSULTORIA
TOTAL DE VENDAS
Direcção Comercial Centro
Em termos de planeamento e gestão integrada dos clientes nos diferentes negócios tem sido
feito um esforço redobrado nos diversos processos de gestão, em articulação com as Áreas
de Actividade, de forma a ser assegurado o desenvolvimento comercial com os
associados/clientes.
Durante o ano de 2008 foram elaborados Relatórios de Progresso para todos os clientes e
associados, conforme previsto no plano.
Em termos de propostas a associados/clientes, no ano de 2008 foi atingida uma percentagem
de adjudicação global de 82,18%.
Relatório e Contas 2008
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Quadro nº 5
Nº de Clientes e Contratos da Direcção Comercial Centro
Nº Clientes (a)
Nº de Contratos
% Contratos
Adjudicados
SOMOS EQUIPAS
65
129
62,02
Manutenção
53
Segurança e Controlo Técnico
19
Direcção Comercial Centro
72,46
Energia
9
Projectos e Obras
12
SOMOS AMBIENTE
536
Tratamento de Roupa
39
75,00
Gestão de Resíduos
524
90,13
Limpeza Hospitalar
11
48,39
SOMOS NUTRIÇÃO
35
19
76,00
TOTAL GERAL
570
890
82,18
19,51
742
87,60
(a) - Foram considerados como Clientes, as Entidades com Facturação em 2008, com e sem contrato.
Relativamente ao volume de negócios e comparando com o Orçamento de Vendas de 2008,
o resultado final foi superior ao previsto, com um desvio positivo de 9,5%. Neste âmbito, a
taxa de crescimento face ao ano anterior foi de 23 %.
Quadro nº 6
Vendas da Direcção Comercial Centro
Unid: €
Direcção Comercial Centro
Orçamento 2008
Real 2008
SOMOS EQUIPAS
5.768.870,00
6.521.440,00
Manutenção
4.704.599,00
4.790.998,00
Segurança e Controlo Técnico
140.633,00
163.883,00
Energia
830.440,00
1.127.962,00
Projectos e Obras
93.198,00
438.597,00
SOMOS AMBIENTE
10.367.370,00
12.350.834,00
Tratamento de Roupa
6.871.488,00
7.306.578,00
Gestão de Resíduos
1.651.263,00
1.961.131,00
Limpeza Hospitalar
1.844.619,00
3.083.125,00
SOMOS NUTRIÇÃO
12.685.303,00
12.677.345,00
TOTAL DE VENDAS
28.821.543,00
31.549.619,00
Relatório e Contas 2008
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Dando continuidade aos esforços de prossecução dos objectivos propostos para o período
2007-2009,
perspectiva-se
para
2009
a
consolidação
dos
processos
comerciais
desenvolvidos em 2008, nomeadamente: o Modelo de Gestão Comercial, com base na
interacção entre a área comercial e área produtiva, com especial referência para o PDC, o
Modelo de Valorização Económica de Propostas, o Sistema de informação de Marketing
Relacional – CRM (tendo em vista um melhor conhecimento dos associados/clientes e actuar
em conformidade) e o Site Comercial da Intranet, como plataforma de comunicação entre as
Direcções Comerciais e Áreas de Negócio e a gestão documental de propostas/contratos.
Igualmente de salientar a potenciação junto dos associados/clientes do conceito de
agregação de unidades de negócio em Clusters, oferecendo prestações de serviços
integrados e/ou propostas de soluções globais, a adesão de novos associados privados e
públicos e a promoção do contacto sistemático com o Associado/Cliente suportado em
Relatórios de Progresso.
Direcção Comercial Sul
Registou-se o reforço dos contactos com os associados, quer no âmbito dos pontos de
situação relativos à actividade nos mesmos desenvolvida (alguns deles suportados em
Relatórios de Progresso), quer na divulgação da nova identidade do SUCH como Serviços
Partilhados e na apresentação das novas áreas de negócio.
Em termos de contratos adjudicados durante 2008, face à elevada incidência de concursos na
Região Sul, julga-se ser relevante a percentagem global de contratos adjudicados (74,31%),
distribuída pelo Somos EQUIPAS (73,57%), Somos AMBIENTE (75,34%) e Somos
NUTRIÇÃO (40,00%)
Relatório e Contas 2008
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Quadro nº 7
Nº. de Clientes e Contratos da Direcção Comercial Sul
Nº Clientes
Nº de Contratos
% Contratos
Adjudicados
SOMOS EQUIPAS
52
206
73,57
Manutenção
40
Segurança e Controlo Técnico
24
Energia
1
Projectos e Obras
25
SOMOS AMBIENTE
234
Direcção Comercial Sul
75,47
67,65
278
75,34
Tratamento de Roupa
40
81,82
Gestão de Resíduos
226
74,03
Limpeza Hospitalar
5
83,33
SOMOS NUTRIÇÃO
2
2
40,00
254
486
74,31
TOTAL GERAL
Relativamente ao volume de vendas, regista-se uma variação positiva de cerca de 12,4% em
relação ao orçamentado.
É de registar um acréscimo de actividade comparativamente com 2007, que se traduz num
aumento de proveitos de cerca de 28 %, verificando-se uma redução do número global de
clientes e contratos como resultado da aglutinação de várias unidades hospitalares em
Centros Hospitalares e Unidades Locais de Saúde e de centralização da gestão contratual de
vários Centros de Saúde na ARSLisboa e Vale do Tejo, com a consequente unificação de
contratos.
Relatório e Contas 2008
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Quadro nº 8
Vendas da Direcção Comercial Sul
Unid: €
Direcção ComercialSul
Orçamento 2008
SOMOS EQUIPAS
Real 2008
10.969.257,17
15.290.619,88
6.709.192,45
7.599.473,83
375.241,29
406.502,68
77.823,43
78.429,62
3.807.000,00
7.206.213,75
SOMOS AMBIENTE
11.383.664,10
12.211.846,47
Tratamento de Roupa
7.064.686,07
7.578.494,22
Gestão de Resíduos
2.773.978,03
3.127.145,90
Limpeza Hospitalar
1.545.000,00
1.506.206,35
SOMOS NUTRIÇÃO
4.082.187,51
2.213.128,19
TOTAL DE VENDAS
26.435.108,78
29.715.594,54
Manutenção
Segurança e Controlo Técnico
Energia
Projectos e Obras
Na vertente interna e conforme previsto no Plano de Acção da Direcção Comercial do Sul,
perspectiva-se dar continuidade à implementação do modelo comercial, consolidar o modelo
de valorização económica de propostas, consolidar o CRM e incrementar a disponibilização
na Intranet de informação às áreas de negócio.
Na vertente externa prevê-se um reforço da divulgação da nova identidade do SUCH junto
dos associados e incrementar a oferta de serviços de valor integrado.
IV.2.6. Sistemas de Informação
Em 2008, conclui-se o Plano Estratégico dos Sistemas de Informação, documento
enquadrador para as tomadas de decisão nos próximos anos, designadamente ao nível da
evolução dos Enterprise Resource Planning (ERP) existentes: Navision (no SUCH) e Oracle
(nos ACE‟s).
Relatório e Contas 2008
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Desenvolveu-se um trabalho de reflexão sobre os ERP, tendo o mesmo culminado com a
aprovação do Plano de Transição do Navision para o Oracle EBS que suporta a nova oferta
de serviços partilhados a clientes, após ponderação das várias alternativas viáveis, por parte
do Conselho de Administração do SUCH, evitando a prazo custos duplicados de “up grade”,
actualização e manutenção de dois ERPs em paralelo.
Em termos da Plataforma Tecnológica que serve de base aos novos serviços partilhados dos
Somos CONTAS, Somos COMPRAS e Somos PESSOAS, deu-se continuidade aos
respectivos desenvolvimentos e conclusões dos mesmos:

no caso do Somos PESSOAS importa assinalar o seu arranque em produção em
Março de 2008;

no que respeita ao Somos COMPRAS, foi preparada uma interligação entre o Navision
e o Oracle;

quanto ao Somos CONTAS optou-se por um arranque em produção para o SUCH,
numa primeira fase em Navision, dado o grau de customização deste ERP nas áreas
tradicionais.
Em relação à evolução dos Sistemas de Informação do próprio SUCH importa referir ainda
que se destacam, ao longo do ano de 2008, as seguintes acções como mais relevantes:

Conclusão do Data Mart de Contabilidade Analítica;

Informatização de 21 unidades do Somos NUTRIÇÃO;

Ligação das encomendas do Somos NUTRIÇÃO ao sistema informático de alguns
fornecedores;

Ligação de encomendas e recepções do Somos NUTRIÇÃO ao sistema informático do
Somos COMPRAS (Oracle);
Relatório e Contas 2008
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
Aquisição e instalação de servidor para página WEB do Somos;

Apoio ao Somos CONTAS na passagem da contabilidade do SUCH (Navision) e
diversos desenvolvimentos no módulo financeiro a seu pedido;

Criação de mecanismo para controlo das facturas de fornecedores;

Criação de repositório para Gestão dos dados do MVEP (Modelo de Valorização
Económica de Propostas);

Instalação de novo circuito de voz e dados no Hospital do Litoral Alentejano;

Instalação de ligações ADSL em 12 locais;

Preparação e entrega de 23 PC‟s e 24 portáteis;

Achiever: consolidação do programa informático Achiever, que constitui uma
ferramenta para o controlo documental e apoio à monitorização e medição dos
processos evidenciando todo o histórico para posterior análise e conclusões, essencial
à actividade do Departamento de Qualidade.
IV.2.7. Compras
No ano de 2008 prosseguiu-se o processo de centralização das aquisições (iniciado com a
criação da Direcção de Compras no final de 2006) e o processo de normalização de
procedimentos.
No que respeita à Normalização/Monitorização, foi aprovado pelo Conselho de Administração
um novo Regulamento de Contratação e emanadas Normas a aplicar, que transpuseram para
o SUCH a aplicação das boas práticas do novo Código de Contratação Pública, o Decreto-Lei
nº18/2008 de 29 de Janeiro, com adaptações no que se refere à contratação excluída.
Foram também adaptadas as peças de procedimento ao novo Regulamento de Contratação.
Relatório e Contas 2008
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Para a aquisição das várias tipologias de bens e serviços para as Áreas Verticalizadas, foram
reformuladas /estabeleceram-se as respectivas Delegações de Competências.
Concluiu-se ainda o processo de implementação das requisições electrónicas, o que
constituiu um pilar muito significativo do processo de monitorização dos pedidos colocados às
Compras.
No que concerne à Centralização versus ganhos de produtividade e financeiros foi aprovado
um novo desenho organizacional da Direcção de Compras que evoluiu para uma
especialização por Área de Negócio, adaptando-se à organização dos serviços verticalizados
e clusterizados em 2007 que sucedeu às direcções regionais. Mantiveram-se porém os
serviços de apoio logístico já existentes: compras locais e armazéns.
Esta alteração permitiu acompanhar de forma mais eficaz a verticalização das Áreas de
Negócio bem como racionalizar os processos, obtendo-se os inerentes ganhos de
produtividade. Esta reorganização permitiu, ainda, racionalizar os recursos humanos afectos à
função.
Foram realizados processos para aquisição de bens e serviços de forma planeada, para
satisfação de necessidades emergentes e para satisfação das necessidades decorrentes do
lançamento de novas unidades de produção das áreas de Resíduos, Limpeza e Nutrição.
Alguns destes processos foram desencadeados pela primeira vez com carácter global.
Paralelamente, foi elaborado um Plano de Transição e iniciado o processo de externalização
das compras para o Somos COMPRAS, ACE, tendo sido decidido que em 2008 a
externalização se processaria por vagas de produtos e serviços. Foram identificadas 33 vagas
para o efeito, envolvendo bens e serviços destinados a várias áreas de negócio e áreas
corporativas.
Relatório e Contas 2008
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Em trabalho conjunto entre Direcção de Compras, Direcção Financeira e o Somos CONTAS
foi desenvolvido durante o ano de 2008 um enorme esforço de controle dos circuitos de
despesa, quer a nível processual e documental, quer a nível económico-financeiro.
Foi ainda realizada uma monitorização sistemática do inventário de stocks, o que se traduziu
nas contagens físicas do final do ano, num reduzido desvio de existências.
Em 2009, perspectiva-se a consolidação do caminho já percorrido, centralização de compras
versus ganhos de produtividade e financeiros, bem como, a externalização total das Compras,
de acordo com o Plano de Transição para o Somos COMPRAS, ACE.
IV.2.8. Financeira
A par com a externalização dos processos transaccionais da contabilidade, contas a receber
e contas a pagar, para serviços partilhados, operado a partir de Julho, o ano de 2008 ficou
marcado pela conclusão do trabalho de saneamento da conta de trabalhos em curso no que à
unidade de negócio de projectos e obras diz respeito, conforme relato mais pormenorizado,
constante do Ponto V - Situação Económica e Financeira, deste Relatório.
Assinalam-se ainda como marcos de desenvolvimento organizacional relevantes no ano para
a estruturação dos processos visando melhores condições de gestão, designadamente:

a conclusão do Data Mart da Contabilidade Analítica (Abril/08);

a aprovação do Modelo de Planeamento e Controlo Orçamental (Setembro/08);
Relatório e Contas 2008
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
o redesenho dos processos e estrutura de suporte à facturação a clientes (Outubro –
Dezembro/08);

a elaboração do Modelo de Valorização Económica de Propostas (Julho/08);

a constituição de uma Task Force de Acompanhamento e Introdução de Melhorias
sobre o Controlo da Conferência de Facturação de Fornecedores (Agosto –
Dezembro/08);

a definição de regras claras a utilizar por toda a organização em relação aos
procedimentos a utilizar com rigor face a Trabalhos em Curso, evitando a continuidade
de más práticas tradicionais apuradas no Relatório supra-referido (Novembro/08);

a adaptação dos sistemas de informação de suporte a todos estes processos e
procedimentos.
Permitindo estes novos instrumentos a qualificação dos processos de gestão do SUCH e a
introdução de boas práticas reconhecidas universalmente, importa, contudo, melhorar as
zonas de interface na articulação com os associados, quer ao nível das rotinas de encomenda
do serviço (havia serviços prestados sem nota de encomenda que o cliente depois não
reconhece), quer ainda ao nível da conferência e pagamento, em tempo, da facturação do
SUCH, cujos prazos têm sido excessivamente dilatados, conforme se refere no ponto relativo
à Situação Económica e Financeira.
IV.2.9. Apoio Geral
A par de uma constante preocupação de optimização das condições operacionais de cada
área do SUCH, inovando continuamente na busca de uma gestão inteligente, valorizando o
património, contribuindo para a eficiência de processos partilhados, promovendo o bem-estar
dos trabalhadores, visando desta forma para o sucesso global, a Direcção de Apoio Geral
Relatório e Contas 2008
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concluiu, no ano transacto, um projecto de redução de custos com utilização de viatura
própria em serviço para o Somos EQUIPAS (responsável por 77% dos gastos verificados
nesta rubrica), adequando a respectiva frota automóvel.
Deste projecto decorrerá uma poupança anual expectável superior a 100.000 €, devendo-se
seguir-lhe a adopção de idêntica política para os outros Clusters.
Outro processo já iniciado em final de 2008, refere-se ao plano de reinstalação global dos
serviços, nomeadamente em Lisboa, Coimbra e Porto, com um impacto anual mínimo de
redução de encargos face aos actuais de 82.000 €.
IV.2.10. Apoio Jurídico
Tendo presente a publicação do novo Código dos Contratos Públicos - CCP, através do
Decreto-Lei nº 18/2008 de 29 de Janeiro, que veio unitariamente estabelecer a disciplina
aplicável à formação dos contratos públicos, assumiu particular importância o enquadramento
geral das relações entre o SUCH e os seus Associados públicos face às normas aplicáveis,
no ordenamento jurídico nacional e comunitário, em matéria de contratação pública.
Em sede de aprofundamento destas matérias jurídicas, e tendo por base uma interpretação
teleológica conforme às normas comunitárias, considera-se possível reconduzir as relações
estabelecidas entre o SUCH e os seus associados públicos à figura das relações in house,
com a consequente exclusão dos acordos celebrados no âmbito dessa relação jurídica da
esfera de aplicação das regras sobre contratação pública, de acordo com o disposto no nº 2
do artigo 5º do CCP.
Relatório e Contas 2008
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Embora, desde sempre se tenha entendido e, portanto defendido, que o SUCH, como
organismo de direito privado não está sujeito à disciplina da contratação pública, a verdade é
que, também desde sempre, se tem propugnado pelo respeito rigoroso dos princípios da boa
fé, transparência, publicidade, igualdade e concorrência na formação dos contratos a celebrar
pelo SUCH.
Assim, reconhecendo-se “que as melhores práticas em matéria de contratação se encontram
consignadas na legislação comunitária e nacional, e que os destinatários da actividade do
SUCH são, em larga medida, entidades que gerem dinheiros públicos e que se encontram
sujeitas às regras da contratação pública, afigurou-se oportuno adequar os processos de
contratação ao novo Código dos Contratos Públicos, com as devidas adaptações às
especialidades do SUCH.”.
Daí que o Conselho de Administração do SUCH tenha decidido a elaboração de um novo
Regulamento destinado a disciplinar todas as aquisições de bens e serviços e empreitadas
desencadeadas pelo SUCH que remetesse, ”no essencial, com as devidas adaptações, para
as normas do Código dos Contratos Públicos respeitantes aos tipos e escolha de
procedimentos, formação dos contratos, tramitação procedimental, sistemas de aquisição
dinâmicos, sistemas de qualificação e acordos-quadro”.
O Gabinete Jurídico do SUCH contribuiu, em reflexão alargada com jurisconsultos
especialistas na matéria, para a feitura desse Regulamento que tendo sido aprovado pelo CA
em 28 de Fevereiro antecipou-se à entrada em vigor do novo CCP.
É de justiça realçar que, ao longo desta sua ainda curta vigência, o referido Regulamento se
tem revelado um eficiente instrumento de contratação, sem problemas ou reparos.
Relatório e Contas 2008
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Quanto ao desempenho das suas normais atribuições, a actividade do Gabinete Jurídico
desenvolveu-se, geograficamente, por todo o País, apontando-se a título meramente
exemplificativo – Bragança, Vila Real, Porto, Matosinhos, Vila Nova de Gaia, Viseu, Coimbra,
Lorvão, Figueira da Foz, Montemor-o-Velho, Leiria, Caldas da Rainha, Vila Franca de Xira,
Setúbal, Barreiro, Portalegre, Beja, Elvas e Lagos para além de Lisboa como é óbvio.
Em síntese, a sua actividade durante o ano de 2008, poderá resumir-se nos seguintes
elementos estatísticos:
Processos Disciplinares
41
Processos de Inquérito
6
Processos Judiciais
22
Processos de Contra-Ordenações
20
Actuações contenciosas em Concursos Públicos
7
Pareceres / Informações
656
Reconhecimentos
1700
IV.2.11. Cooperação
Com os PALOP, entre Janeiro e Abril de 2008, o SUCH realizou estágios dirigidos a cinco
técnicos provenientes de Cabo Verde, designadamente do Hospital Agostinho Neto e do
Hospital Sousa Baptista, por solicitação do Gabinete de Estudos e Planeamento do Ministério
da Saúde da República de Cabo Verde.
Estes estágios tiveram como objectivo proporcionar formação em Manutenção em
Equipamentos Hospitalares, abrangendo equipamentos de refrigeração, esterilização, bloco
operatório, radiologia e máquinas de revelação.
Também por contacto do mesmo Gabinete, foi demonstrado interesse no apoio para a
definição da Estratégia de Manutenção de Equipamentos em Cabo Verde, tendo o SUCH
Relatório e Contas 2008
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revelado disponibilidade, no âmbito de Protocolo a celebrar, para o desenvolvimento deste
trabalho no próximo ano.
Em cooperação com a Guiné-Bissau, o SUCH ainda preparou a missão que terá em vista
instalar, em 2009, um equipamento de Raio-X, doado pelo Hospital de São Teotónio, Viseu,
no Hospital de Bafatá, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian.
Já relativamente à candidatura apresentada no âmbito do projecto – apoio ao Hospital
Pediátrico David Bernardino (Luanda) como Laboratório de Referência de Angola, no âmbito
de candidatura conjunta ao Instituto de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD), em que também
figuram como proponentes o Instituto Nacional Ricardo Jorge e o Hospital D. Estefânia,
encaminhada através do Alto Comissariado da Saúde, o SUCH não obteve qualquer decisão
até ao final do ano.
Em reunião realizada junto do Alto Comissariado da Saúde o SUCH disponibilizou-se,
igualmente, para cooperar em outras missões nos PALOPs, dentro de um exercício de
Responsabilidade Social, com o enquadramento e apoio do IPAD, Fundação Calouste
Gulbenkian e outras organizações.
IV.3. AS ÁREAS DE NEGÓCIO
IV.3.1. A Actividade Produtiva do SUCH
Em 2008, o SUCH viu o seu Volume de Negócios anual aumentar 15,7% face ao ano anterior.
Nos últimos três anos (2006-2008) este acréscimo ascendeu a 57,8%, registando todos os
anos percentagens anuais de crescimento superiores a 15%.
Relatório e Contas 2008
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Quadro nº 9
Evolução do Volume de Negócios do SUCH
Unid: Milhões de €
Volume de
Negócios
Total
Volume de
Negócios
2005
Realizado
2006
Realizado
2007
Realizado
2008
Realizado
56,6
65,6
77,2
89,3
15,9
17,7
15,7
Evolução %
57,8
Evolução %
Nota: Os valores apresentados incorporam os descontos de quotas a associados, bem como, no último
ano, os valores dos débitos pelas funções corporativas do SUCH aos novos ACE`s, no valor de 1,6
milhões de euros.
De salientar que, não obstante o período complexo do ponto de vista do funcionamento dos
mercados vivido em 2008, que ocasionou um acréscimo de custos operacionais idêntico à
variação do volume de negócios (15,7%), nos três anos em análise, o incremento dos custos 53,2% - foi inferior ao correspondente aumento do volume de negócios.
Quadro nº 10
Evolução dos Custos Operacionais do SUCH
Unid: Milhões de €
Custos
Operacionais
Custos
Operacionais
2005
Realizado
2006
Realizado
2007
Realizado
2008
Realizado
61,6
67,9
81,6
94,4
10,2
20,2
15,7
Evolução %
Evolução %
53,2
Importa, no entanto, salientar que apesar da dinâmica dos custos operacionais ter
acompanhado com rigor o aumento do Volume de Negócios (reflectindo um forte
Relatório e Contas 2008
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empenhamento do SUCH na procura de ganhos de eficiência), por força do efeito inflação
não previsível, verificado sobretudo nos primeiros 8 meses do ano, registaram-se desvios
com significado nas rubricas Matérias – Primas e Fornecimento de Serviços Externos (FSE).
Em rigor face a uma evolução de 15,7% do Volume de Negócios, o Custo de Matérias –
Primas evolui mais do que 19% no ano (desviando-se do orçamento em 31%) e os FSE
apresentam um acréscimo próximo dos 15% (mas observando um desvio face ao orçamento
de 47%)9.
Meramente a título ilustrativo referem-se três exemplos que contrastam com o crescimento
próximo dos 16% de Volume de Negócios:

Electricidade, os custos crescem 40,5% no ano importando um encargo adicional de
182 mil €;

Combustíveis, os custos crescem 76,8% no ano importando um encargo adicional de
1,6 Milhões de €;

Matérias – Primas Alimentares, os custos crescem 23% no ano, importando um
encargo adicional de 1,1 Milhões de €.
Num exercício simplificado: se apenas estas três sub-categorias do conjunto Matérias –
Primas e FSEs se tivessem comportado sem o efeito inflação, ou seja, acompanhando
apenas a respectiva despesa o crescimento da actividade em 16%, então deste encargo
adicional que totaliza 2,9 Milhões de € apenas teria resultado o encargo de 1,2 Milhões, pelo
que o desvio sentido pelo efeito inflação no SUCH no ano de 2008 (em apenas matérias primas alimentares, combustíveis e electricidade) resultou numa despesa adicional e
imprevisível para o ano no montante de 1,7 Milhões de €, com forte impacto no prejuízo
operacional (cifrado em 1,5 Milhões de €).
9
De notar que os montantes orçamentados para as rubricas Matérias – Primas e FSE contavam com um esmagamento, no ano
de 2008, nos respectivos custos associados, em virtude dos Ganhos de Escala esperados em consequência do arranque da
Central de Compras cuja expectativa (à data da elaboração do Orçamento de 2008) se centrava em Janeiro de 2008, facto que
só veio a ocorrer um ano depois!
Relatório e Contas 2008
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A distribuição relativa dos custos operacionais que suportam a actividade do SUCH
apresentam, no ano de 2008, o padrão expresso no gráfico seguinte, o qual não regista
alterações face ao ano de 2007.
Gráfico nº 7
Peso das diferentes rubricas nos Custos Operacionais das áreas de negócio – 2008
3,7%
13,4%
2008
44,9%
Materiais
Subcontratos
19,2%
FSE
Custos com Pessoal
Outros
18,8%
A distribuição percentual do Volume de Negócios pelos diferentes Clusters de actividade é
sensivelmente idêntica à verificada no ano anterior, tendo havido, contudo, um ligeiro
aumento do peso relativo do Cluster Somos AMBIENTE (que era responsável por 36% do
volume de negócios em 2007) em detrimento do Somos EQUIPAS (que assumia, em 2007,
38% do volume total de negócios das áreas).
Relatório e Contas 2008
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Gráfico nº 8
Distribuição do Volume de Negócios pelos diferentes Clusters - 2008
25,7%
0,4%
Somos EQUIPAS
Somos AMBIENTE
36,1%
Somos NUTRIÇÃO
Somos CONSULTORIA
37,8%
Esta distribuição encontra paralelo na distribuição dos custos em que o Somos AMBIENTE vê
ligeiramente acrescida a sua participação nos custos face ao ano anterior – 37,8% em 2007 –
e uma pequena redução na participação do Somos EQUIPAS – 35,5% em 2007.
Gráfico nº 9
Distribuição dos custos pelos diferentes Clusters - 2008
0%
26%
35%
Somos EQUIPAS
Somos AMBIENTE
Somos NUTRIÇÃO
Somos CONSULTORIA
39%
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IV.3.2. Somos EQUIPAS
A área de negócio desenvolvida pelo cluster Somos EQUIPAS é suportada por quatro
unidades de negócio, designadamente:
As

Manutenção de Instalações e Equipamentos;

Segurança e Controlo Técnico;

Energia; e,

Projectos e Obras,
principais
orientações/alterações
que
se
verificaram
no
ano
2008
estiveram,
essencialmente, relacionadas com a consolidação e aproveitamento das sinergias resultantes
da implementação do modelo de clusterização e verticalização do cluster Somos EQUIPAS,
iniciada em 2007 e continuada em 2008 em conformidade com o “Plano de Acção e
Orçamento para 2008”.
A referida clusterização e verticalização permitiu iniciar a uniformização de procedimentos,
com a consequente obtenção de vantagem competitiva, interiorizando as melhores práticas
que se encontravam dispersas nas Unidades de Negócio agora verticalizadas e clusterizadas,
processo que cabe aprofundar ainda em 2009.
O desenvolvimento das áreas corporativas ainda não teve o impacto esperado neste Cluster
associando-se ao aumento de rigor alguma perda de agilidade dos processos produtivos,
nomeadamente pela centralização dos processos financeiros e de compras.
Atendendo a que o SUCH garante a sua subsistência com recursos próprios que decorrem,
na sua totalidade, da facturação dos serviços prestados, operando exclusivamente no
mercado da saúde, (em particular no apoio a instituições enquadradas pelo Serviço Nacional
Relatório e Contas 2008
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de Saúde) foi valorizado, no decurso do ano e num contexto organizacional de mudança,
salvaguardar a continuidade dos processos produtivos introduzindo-se paulatinamente novos
projectos. Entre estes destaca-se o projecto de microgeração de energia eléctrica fotovoltaica,
bem como o projecto de arquitectura de Unidades de Cuidados Continuados.
O cluster Somos EQUIPAS, apresentou a seguinte evolução no que respeita ao Volume de
Negócios nos últimos quatro anos.
Quadro nº 11
Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos EQUIPAS no período de 2005-2008
Unid: €
Somos EQUIPAS
Volume de Negócio
2005
2006
20.905.923
2007
2008
25.904.191
29.018.317
32.548.098
23,9
12,0
12,2
Evolução %
Evolução %
55,7
Constata-se que, no âmbito do Cluster, entre 2005 e 2008 o Volume e Negócios aumentou
mais de 55%, verificando-se, em todos os anos, taxas de crescimento superiores a dois
dígitos.
Gráfico nº 10
Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos EQUIPAS 2005-2008
35.000.000
30.000.000
25.000.000
20.000.000
15.000.000
10.000.000
5.000.000
0
2005
2006
2007
Relatório e Contas 2008
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2008
Esta tendência global de crescimento de um Cluster que reúne quatro áreas de actividade
tradicional do SUCH resulta, no entanto, de dinâmicas diferenciadas nas suas unidades de
negócio, que importa observar.
Manutenção de Instalações e Equipamentos
A Unidade de Negócio responsável pela Manutenção de Instalações e Equipamentos, no ano
de 2008, fez um enorme esforço no sentido de inverter a tendência que se vinha verificando
nos últimos anos e relativa à perda de capacidade técnica de intervenção nos novos
equipamentos electromédicos, caracterizados por tecnologias mais recentes. Estes novos
equipamentos têm vindo a ser introduzidos nas unidades de saúde para substituição de
outros considerados obsoletos ou para equipar novos serviços. A dificuldade em conseguir
formação em equipamentos com tecnologias mais recentes reduziu a capacidade técnica de
intervenção por parte do SUCH, tendo-se verificado alguma redução do número de
equipamentos abrangidos nos contratos de manutenção. As solicitações para as reparações
extra-contrato sofreram igualmente uma redução.
A contrario, as actividades de manutenção de redes e equipamentos electromecânicos,
asseguradas através de diversos projectos de manutenção de instalações e equipamentos,
têm vindo a sofrer um incremento considerável.
A redução do número de contratos (para 262) a par do aumento do valor contratado, justificase pela concentração de diversas unidades de saúde em centros hospitalares, o que conduziu
ao agrupamento de vários contratos, num único contrato. Simultaneamente, também se
constatou a junção de contratos na mesma unidade de saúde.
A centralização da aquisição de componentes e peças para proceder à actividade de
manutenção, originou, no ano, demoras nas reparações devidas a diversas dificuldades
associadas ao processo de aquisição,
nomeadamente as resultantes dos fortes
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constrangimentos de Tesouraria, por insuficiência de recebimentos provenientes dos
associados.
Apesar dos constrangimentos enunciados registou-se, no ano, um ligeiro aumento do Volume
de Negócios desta Unidade de Negócio.
Quadro nº 12
Evolução do Volume de Negócios da UN Manutenção de Instalações e Equipamentos 2005-2008
Unid: €
Manutenção
2005
Volume de Negócio
2006
14.242.168
2007
2008
14.339.807
17.361.439
17.736.159
0,7
21,1
2,2
Evolução %
Evolução %
24,5
Entre 2005 e 2008 o Volume de Negócios apresentou, assim, uma evolução positiva na
ordem dos 24,5%.
Gráfico nº 11
Evolução do Volume de Negócios da UN Manutenção de Instalações e Equipamentos 2005-2008
20.000.000
15.000.000
10.000.000
5.000.000
0
2005
2006
2007
Relatório e Contas 2008
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2008
Segurança e Controlo Técnico
No ano de 2008 esta Unidade de Negócio fez uma aposta forte na sua certificação. Este
desiderato foi atingido, no entanto o volume de negócios teve uma forte diminuição
relativamente a 2007, apesar do acréscimo de 12 contratos no ano, totalizando 159.
Foi ainda desenvolvida uma aplicação DataMart para fornecer Indicadores estatísticos
fundamentais para o controlo da actividade.
Quadro nº 13
Evolução do Volume de Negócios da Segurança e Controlo Técnico 2005-2008
Unid: €
Segurança e Controlo Técnico
2005
Volume de Negócio
2006
666.433
2007
2008
787.556
863.874
794.439
18,2
9,7
-8,0
Evolução %
Evolução %
19,2
Entre 2005 e 2008 regista-se um aumento de 19,2% do Volume de Negócios da Unidade,
configurando o ano de 2008 o ano de inversão da tendência de crescimento sustentado
verificada no período de análise.
Gráfico nº 12
Evolução do Volume de Negócios da Segurança e Controlo Técnico 2005-2008
1.000.000
800.000
600.000
400.000
200.000
0
2005
2006
2007
Relatório e Contas 2008
SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais
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2008
Energia
A Unidade de Negócio relacionada com a Energia, acrescentou em 2008 aos contratos
existentes em 2007 um novo contrato, totalizando a gestão de cinco Centrais Térmicas. A
variação que se pode verificar no volume de negócios é condicionada por factores exógenos,
designadamente condições meteorológicas, quantidade de roupa tratada ou número de
refeições confeccionadas.
Em 2008, o cluster Somos EQUIPAS iniciou uma aposta forte nesta área de actividade,
nomeadamente na microgeração de energia eléctrica fotovoltaica, tendo sido instalados 17
sistemas de microgeração fotovoltaica. Parece-nos ser uma aposta com inegáveis vantagens
para o Serviço Nacional de Saúde, ao nível das poupanças que se podem vir a obter.
Quadro nº 14
Evolução do Volume de Negócios da UN Energia nos anos 2006-2008
Unid: €
Energia
Volume de Negócio
2006
2007
2008
3.218.250
2.246.560
2.569.926
- 30,2
14,4
Evolução %
Evolução %
- 20,1
O ano de 2008 representa uma quebra da tendência de decréscimo desenhada em 2007,
tendo-se verificado um crescimento do volume de negócios superior a 14 %.
Relatório e Contas 2008
SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais
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Gráfico nº 13
Evolução do Volume de Negócios da UN Energia 2006-2008
3.500.000
3.000.000
2.500.000
2.000.000
1.500.000
1.000.000
500.000
0
2006
2007
2008
Projectos e Obras
Na Unidade de Negócio Projectos e Obras verificou-se um incremento significativo nas
actividades de Projecto e Fiscalização o que teve impacto directo no volume de facturação.
Esta Unidade de Negócio tem também desenvolvido vários trabalhos de projecto, fiscalização
e acompanhamento integrado de obras para apoio a outras áreas de negócio do SUCH. A
análise evolutiva do seu Volume de Negócio é apresentada no quadro e no gráfico seguinte.
Quadro nº 15
Evolução do Volume de Negócios da UN Projectos e Obras nos anos 2005-2008
Unid: €
Projectos e Obras
Volume de Negócio
Evolução %
2005
2006
2007
3.217.560
6.476.330
7.465.399
10.757.441
101,3
15,3
44,1
Evolução %
234,3
Relatório e Contas 2008
SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais
2008
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O crescimento de 234% do Volume de Negócios no período 2005-2008 representa mais do
que a triplicação do montante inicial. Em 2008 esta unidade passa a representar 1/3 do
Volume de Negócios do Cluster, enquanto no ano anterior representava apenas 1/4.
Gráfico nº 14
Evolução do Volume de Negócios da UN Projectos e Obras 2005-2008
12.000.000
10.000.000
8.000.000
6.000.000
4.000.000
2.000.000
0
2005
2006
2007
2008
A evolução do Volume de Negócios expressa no gráfico supra traduz a intensificação dos
indicadores de actividade no ano de 2008 como expressos no quadro seguinte:
Quadro nº 16
Evolução da actividade da UN Projectos e Obras nos anos 2005-2008
Projectos e Obras
Projectos
Obras
Fiscalização
2005
2006
2008
20
36
20
37
17
30
19
20
4
1
1
5
Relatório e Contas 2008
SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais
2007
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Por fim, é apresentada, no gráfico seguinte, a distribuição percentual dos proveitos das quatro
unidades de negócio que constituem o Cluster Somos EQUIPAS, ilustrando a sua
representatividade relativa.
Gráfico nº 15
Distribuição Percentual de Proveitos por UN 2008
34%
56%
2%
8%
Manutenção
Energia
Segurança e Controlo Técnico
Projectos e Obras
Relativamente ao ano de 2009 estão projectados os seguintes desenvolvimentos em
continuidade com o trabalho iniciado em 2008:

a implementação do piloto do Sistema de Gestão da Manutenção, em trabalho de
parceria com o Instituto de Soldadura e Qualidade (projecto integrado no Plano
Tecnológico e com piloto no Hospital de Leiria);

o desenvolvimento de um projecto que leve à implementação de um laboratório de
metrologia, essencial para avaliação e validação de parâmetros funcionais de
equipamentos;

expansão do novo negócio da microgeração eléctrica fotovoltaica;

lançamento da actividade de avaliação da eficiência energética de unidades de saúde;

expansão do projecto relativo a unidades de cuidados continuados modulares;
Relatório e Contas 2008
SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais
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
desenvolvimento de um projecto similar vocacionado para Unidades de Saúde
Familiares, no âmbito dos cuidados de saúde primários;

purificação do Modelo de Gestão de Contratos, após a experiência e respectiva
avaliação realizadas em 2008.
Transversalmente a todo o Cluster será ainda lançado um programa de retenção de
conhecimento, actualização e desenvolvimento de competências que visem potenciar a
capacidade de inovação e de um serviço de valor acrescentado para os clientes/associados.
Relatório e Contas 2008
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IV.3.3. Somos AMBIENTE
O cluster Somos AMBIENTE integra a Gestão e Tratamento de Roupa, Limpeza e Resíduos
Hospitalares, no âmbito do processo de verticalização das áreas de negócio, que veio
introduzir uma lógica empresarial por negócio, com abrangência nacional, iniciado no ano
anterior.
Em 2008, consolidou-se a verticalização e padronizaram-se já, transversalmente, algumas
melhores práticas identificadas, nomeadamente:

Implementação de um modelo de organização assente numa interacção entre linhas
de serviço e linhas de tratamento, com funções e objectivos distintos. Este modelo
encontra-se aplicado nas unidades de negócio: Gestão e Tratamento de Resíduos e
Limpeza e a dar os primeiros passos na área da Gestão e Tratamento de Roupa;

Definição da metodologia de recolha e tratamento da informação para a facturação,
padronização da designação dos serviços fornecidos e da apresentação da factura;

Implementação do método de análise e valorização dos custos para efeitos de cálculo
de propostas a apresentar por solicitação da Área Comercial.
No quadro seguinte pode constatar-se a evolução do Volume de Negócios representando, no
período 2005-2008, um crescimento de 52,4%.
Quadro nº 17
Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos AMBIENTE no período de 2005-2008
Unid: €
Somos AMBIENTE
Volume de Negócio
2005
2006
22.349.726
2007
2008
24.241.091
27.526.466
34.069.357
8,5
13,6
23,8
Evolução %
Evolução %
52,4
No ano de 2008 o Volume de Negócios atinge os 34 Milhões de € representando um
crescimento face ao ano anterior superior a 23%.
Relatório e Contas 2008
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Gráfico nº 16
Trat. Roupa
Trat. Resíduos
2005
2006
6.889.360 €
3.377.957 €
2.627.967 €
2.200.667 €
6.362.211 €
5.059.580 €
4.574.586 €
4.826.314 €
20.817.786 €
19.088.929 €
17.038.538 €
15.322.745 €
Evolução do Volume de Negócios – Cluster Somos AMBIENTE - 2005-2008
Limpezas
2007
Total Cluster Ambiente
2008
Regista-se, em 2008, o crescimento do Volume de Negócios das três unidades,
designadamente, na Gestão e Tratamento de Roupa na ordem dos 9,06%, na Gestão e
Tratamento de Resíduos de 25,75% e, em especial, na Limpeza hospitalar de 103,95%.
No gráfico seguinte, pode observar-se a evolução dos indicadores de actividade de cada
uma das unidades, com um aumento na área das Roupas de 8,91%, um ligeiro decréscimo
de -1,23% (na quantidade de resíduos tratados) e um forte incremento no nº de horas
/homem nas limpezas de 112,55%.
Relatório e Contas 2008
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Gráfico nº 17
( Kg)
Trat. Residuos
2005
( kg)
Limpezas
2006
2007
1.156.530
453.039
358.912
Trat. Roupa
544.133
10.684.084
10.817.063
8.192.377
10.540.377
30.926.260
28.397.230
26.399.073
25.626.723
Evolução da Produção – Cluster Somos AMBIENTE
(h/h)
2008
GESTÃO E TRATAMENTO DE ROUPA
Esta é a área do Somos AMBIENTE que reflecte a maior adesão por parte dos associados e
clientes, com um crescimento notório e, paralelamente, com um nível de exigência
constante. De facto, em especial, os hospitais são organizações complexas e de uma forma
contínua acrescentam novos requisitos aos padrões de serviço actuais.
O desafio do renting – actividade em que o SUCH é pioneiro na área da Saúde, também
assinala uma evolução crescente, como comprova o mapa seguinte – sentindo-se hoje
também uma maior procura do tratamento personalizado de fardamentos e do serviço de
reposição de roupa intra hospitalar.
Quadro nº 18
Evolução da Produção – UN Gestão e Tratamento de Roupa
Unid: Kg
Locação de Roupa
Produção
2005
2006
15.322.745
Evolução %
2007
17.038.538
19.088.929
20.817.784
11,2
12,0
9,1
Evolução %
35,9
Relatório e Contas 2008
SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais
2008
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A vantagem competitiva do SUCH cifra-se na sua longa experiência nesta área de actuação,
reconhecida pelos associados e clientes, e na dimensão da sua capacidade instalada, que
permite optimizar os processos.
No ano de 2008, destaca-se a padronização de alguns processos produtivos pelas melhores
práticas, designadamente, na logística de entrega de roupa, na expedição de guias por
tipologias quantificadas (além do peso total), na oferta de roupa de locação quer em modelos
quer em cores e dimensões e, ainda, na aquisição de equipamentos de produção de marca e
modelo já com prova de eficiência dada noutras unidades.
Neste ano, por circunstâncias várias, não foi possível abrir a nova lavandaria do Fundão, mas
o projecto manteve-se em curso, permitindo que o seu funcionamento se inicie em Abril de
2009, com capacidade para tratar 7 toneladas/dia.
Por outro lado, iniciou-se o projecto de construção de raiz de uma lavandaria na Tocha, tal
como previsto no Plano de Acção e Orçamento para 2008.
LIMPEZA HOSPITALAR
No ano de 2008 a Área da Limpeza Hospitalar viu o seu volume de actividade crescer mais do
que o dobro, em resposta directa às solicitações dos associados.
Quadro nº 19
Evolução da Produção – UN Limpeza Hospitalar
Unid: Nº Horas
Limpeza
Produção
Evolução %
2005
2006
358.912
2007
453.039
544.133
1.156.530
26,2
20,1
112,5
Evolução %
222,2
Relatório e Contas 2008
SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais
2008
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Com já foi expresso em anos anteriores, o SUCH no cumprimento de todas as obrigações
legais e de qualidade de produtos certificados, não é competitivo, em preço, enquanto critério
decisivo, com outras empresas em sede de mercado concorrencial.
Não obstante, a preferência por um trabalho sério e rigoroso foi reconhecido por várias
instituições de saúde, evidenciando uma preocupação crescente no contexto hospitalar por
prestações de qualidade.
A maior vantagem competitiva do SUCH, nesta área, reside na sua experiência, reconhecida
pelos associados e clientes, e no facto de actuar sinergicamente com as outras áreas de
actividade do cluster Somos AMBIENTE. Destaca-se, em particular, o trabalho que está a ser
desenvolvido nos HUC e no Hospital de Aveiro, em que existe uma mais valia pela actuação
conjunta das áreas da Limpeza e dos Resíduos Hospitalares.
GESTÃO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS
Em 2008, salienta-se, já em sede de área verticalizada, a implementação de processos
padronizados, nomeadamente, no respeitante à contentorização uniforme na totalidade das
instituições de saúde e à higienização dos referidos contentores. Foi ainda elaborado o
Manual de Formação/Sensibilização e Auditoria, em utilização junto dos associados e clientes
do SUCH.
Nesta área, o SUCH perdeu um cliente de dimensão significativa, num processo de difícil
compreensão em contexto associativo e concorrencial, com reflexo imediato na quantidade de
resíduos tratados, mas que foi possível equilibrar com a adesão de novos associados,
designadamente, o Centro Hospitalar do Porto, os Hospitais da Universidade de Coimbra, o
Centro Hospitalar de Aveiro e o Centro Hospitalar de Lisboa Central, entre outros, em
diferentes fases do ano.
Relatório e Contas 2008
SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais
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Esta área tem como principal vantagem competitiva o facto de o SUCH ser reconhecido como
pioneiro e experiente nas matérias de tratamento de resíduos hospitalares, sendo o único
operador de mercado que detém a linha completa, desde a recolha e tratamento à
incineração, em unidades próprias e licenciadas, e actuar em áreas sinérgicas com esta e
com o enfoque na prevenção e controlo da infecção hospitalar. No entanto, face a práticas
comerciais associadas às propostas da concorrência, nem sempre pode apresentar um preço
inferior.
No quadro seguinte são apresentados os dados referentes à evolução da recolha e
processamento dos resíduos hospitalares de acordo com a sua classificação.
Quadro nº 20
Evolução da Produção – UN Gestão e Tratamento de Resíduos
Unid: Kg
QUANTIDADES DE RESIDUOS PROCESSADOS
QUANT. RESIDUOS NACIONAL
2005
2006
2007
2008
GRUPO III
5.569.969
4.793.545
5.254.390
6.688.877
-13,94%
9,61%
27,30%
GRUPO IV
1.042.427
1.283.881
1.298.074
1.271.967
23,16%
1,11%
-2,01%
GRUPO I/II
3.472.124
1.584.224
3.559.292
1.709.151
-54,37%
124,67%
-51,98%
15.315
45.600
33.720
67.960
197,75%
-26,05%
101,54%
RECICLÁVEIS
298.154
249.892
303.946
-16,19%
21,63%
63,26%
LIQUIDOS PERIGOSOS
139.634
234.896
338.124
68,22%
43,95%
26,35%
2.754
339
29.517
-87,69%
8606,96%
-23,05%
-22,28%
32,04%
-1,23%
RESIDUOS INDUSTRIAIS BANAIS
OUTROS RESIDUOS PERIGOSOS
TOTAL
10.540.377
8.192.377
10.817.062
496.214
427.203
22.713
10.684.085
Δ % 2005-2006 Δ % 2006-2007 Δ % 2007-2008
É ainda de salientar, com apreciação muito favorável, a exportação meramente residual de
resíduos do Grupo IV, tal como mostra o quadro seguinte:
Relatório e Contas 2008
SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais
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Quadro nº 21
Distribuição Nacional e Exportação dos Resíduos a incinerar
Unid: Kg
GRUPO IV
CENTRAL INCINERAÇÃO
EXPORTAÇÃO
CENTRAL INCINERAÇÃO
EXPORTAÇÃO
2005
2006
2007
2008
2005
2006
2007
2008
Δ % 2005-2006
Δ % 2006-2007
Δ % 2007-2008
Δ % 2005-2006
Δ % 2006-2007
Δ % 2007-2008
742.737
725.191
1.059.930
1.484.312
299.690
558.690
238.144
37.034
-2,36%
46,16%
40,04%
86,42%
-57,37%
-84,45%
Destaca-se, ainda, como marco importante, a constituição do Agrupamento Complementar de
Empresas, Somos AMBIENTE, ACE, em Julho, na sequência da prévia aprovação do projecto
pela Assembleia Geral do SUCH de 7 de Maio de 2008.
O Somos AMBIENTE, ACE tem como objecto criar um Centro Integrado de Valorização e
Tratamento de Resíduos, na Chamusca, cujo conceito integra a implantação de três unidades
de tratamento e valorização, complementares e sinérgicas, mediante a adopção das melhores
tecnologias e das melhores práticas existentes.
No segundo semestre do ano, foi desenvolvido o Business Plan do referido projecto e
procedeu-se à elaboração da respectiva candidatura ao Projecto EUREKA, no sentido de
obter o Selo de Excelência Eureka.
O projecto “ Centro Integrado de Valorização e Tratamento de Resíduos” esteve presente, na
mostra do Portugal Tecnológico, que teve lugar na FIL, no mês de Novembro, com a
apresentação de um filme, tendo também, por essa ocasião, sido apresentado o “Estudo de
Benchmarking Internacional”, realizado em 2007, pelo SUCH, na sessão de conferências.
Importa, ainda, referir, que o projecto integra-se nas prioridades da Estratégia de
Lisboa/Plano Nacional de Reformas: Novo Ciclo 2008-2010/Domínio 4 – Combater as
Alterações Climáticas, apostar nas Energias Renováveis e na Eficiência Energética, tendo,
Relatório e Contas 2008
SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais
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portanto, sido reconhecido o mérito do projecto na minimização de impactes ambientais, na
maximização da eficiência e na geração de créditos de carbono.
Ainda em 2008, o SUCH foi distinguido com a atribuição do primeiro Prémio de Investigação
Valormed/Universidade Nova de Lisboa, pela apresentação do projecto “Unidade de Triagem
e Valorização dos Resíduos de Embalagens de Medicamentos e de Medicamentos Fora de
Uso”, elaborado pelo Somos AMBIENTE.
De destacar, ainda, no mês de Outubro, a realização da Conferência Internacional “Ambiente
Responsável e Saúde”, já anteriormente referida, com o alto patrocínio da Câmara Municipal
da Chamusca, onde o SUCH, no seu exercício de Responsabilidade Social, promoveu
amplamente o debate sobre a temática dos Resíduos Hospitalares e suas implicações na
saúde pública e no desenvolvimento sustentável, reunindo especialistas portugueses e
estrangeiros e vários públicos interessados, em que contou, igualmente com a presença de
Sua Excelência o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, de Sua Excelência o Secretário
de Estado do Ambiente, do Senhor Director Geral da Saúde e do Senhor Presidente da
Câmara Municipal da Chamusca.
O evento referido assumiu o estatuto de Evento Carbono Zero, tendo as emissões com efeito
de estufa associadas à organização da Conferência sido monitorizadas e compensadas,
posteriormente, em quantidade equivalente na reflorestação da Herdade da Pernada, situada
nos concelhos de Palmela e Vendas Novas.
À semelhança do já verificado em 2007, no presente ano, realizou-se igualmente a Semana
Portas Abertas da Central de Incineração do Parque da Saúde (em duas edições: de 2 a 5 de
Junho e de 29 a 31 de Outubro), com a inclusão de duas sessões de esclarecimento ao
público em geral e várias visitas guiadas à Central por parte de cidadãos interessados, tendo
como pontos da agenda o seu funcionamento nas vertentes técnica e psicossocial.
Relatório e Contas 2008
SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais
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IV.3.4. SOMOS NUTRIÇÃO
O processo de verticalização da área tinha por objectivo a adopção uniforme das melhores
práticas tendo por meta a implementação de mudanças promotoras de vantagens
competitivas, num serviço de qualidade para o cliente.
No âmbito deste processo foi considerado crítico, como estratégia de acréscimo de eficiência
da área, o ganho de escala e optimização dos processos de compra, tendo no ano sido
realizados dois projectos-piloto com Centrais de Compras da Uniself e da Sogenave,
rigorosamente monitorizados durante o primeiro semestre do ano. Ponderados os resultados
da avaliação dos dois projectos optou-se pela externalização das compras e abastecimento
de matérias-primas através do Somos COMPRAS, ACE, em Setembro de 2008.
Assim foi com a maior expectativa que se decidiu aproveitar as sinergias do ACE Somos
COMPRAS para criar na sua estrutura profissionalizada, um núcleo especializado para
aquisição e logística de bens e matérias-primas alimentares, contrapondo ao “efeito escala”
(acessível apenas em Centrais de Compras de Alimentação) a especializada gestão de
fornecedores, a prospecção de oportunidades de mercado, de produtos locais e de produtos
sazonais. Entre as vantagens desta opção (que em devido tempo se avaliará) conta-se
especialmente o facto de o Somos NUTRIÇÃO beneficiar, assim, do Sistema de Garantia de
Pagamentos associado ao ACE, garantindo-se por essa via o pagamento em tempo aos
fornecedores do SUCH (que durante o ano de 2008 geraram inúmeras rupturas de
fornecimento por pagamento insuficiente, dados os fortes constrangimentos de Tesouraria
verificados).
Outro facto relevante, em 2008, foi dar continuidade, no quadro da gestão de recursos
humanos, à colocação em todas as unidades produtivas, de terminais biométricos ou outros
sistemas de controlo de assiduidade dos recursos humanos, bem como ao recurso à
contratação para substituições transitórias, através do trabalho temporário. No entanto este
SUCH Relatório
| Serviço de e
Utilização
Contas
Comum
2008dos Hospitais
SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais
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último recurso carece ainda de aperfeiçoamento visando idêntica eficácia em todas as
regiões do país.
Tendo em vista promover uma maior eficiência e automatização dos processos e a viabilidade
da adopção de um Controlo de Gestão foi desenvolvido, em colaboração com o Gabinete de
Informática e Telecomunicações, o módulo Alimentação no ERP-NAVISION. Após o sucesso
dos dois projectos-piloto nos Hospitais da Universidade de Coimbra e Hospital Psiquiátrico do
Lorvão, realizados durante o mês de Dezembro de 2007, iniciou-se a entrada em exploração,
na base de dados real, a 1 de Janeiro de 2008. Apesar das grandes dificuldades em
disponibilizar recursos humanos das unidades produtivas para estas tarefas, foi conseguido,
ao longo de 2008, estender esta solução a todos os restantes Centros de Responsabilidade
da Área.
Em 2008 foi ainda lançado o Concurso para aquisição de POS (Point Of Sale), de forma a
satisfazer também requisitos legais e necessidades de optimização, nos processos gestão.
No processo de selecção foi atribuída uma elevada ponderação às soluções com capacidade
de integração com o sistema NAVISION. Desta forma os dados das vendas e consumos
serão apurados automaticamente, permitindo o seu controlo e monitorização em tempo real.
Esta informação poderá, assim, ser integrada na Contabilidade Analítica aumentando o seu
grau de detalhe de análise.
Durante o ano de 2008 registou-se a adesão de quatro novos grandes clientes, totalizandose, ao termo do ano, 22 unidades produtivas e um crescimento do Volume de Negócios de
17,1% face ao ano anterior.
O quadro seguinte evidencia a evolução do Volume de Negócios da Área da Alimentação,
referente ao período 2005-2008.
Relatório e Contas 2008
SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais
Página 88 de 141
Quadro nº 22
Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos NUTRIÇÃO - 2005-2008
Unid: €
Somos NUTRIÇÃO
2005
2006
15.171.837
Volume de Negócio
2007
2008
16.627.493
19.776.159
23.160.777
9,6
18,9
17,1
Evolução %
Evolução %
52,7
Assinala-se, pois, uma dinâmica de crescimento sustentado da área traduzida, no período
2005-2008, num crescimento do Volume de Negócios da Ordem dos 53%.
Gráfico nº 18
Evolução do Volume de Negócios do Cluster Somos NUTRIÇÃO - 2005-2008
30.000.000 €
25.000.000 €
20.000.000 €
15.000.000 €
10.000.000 €
5.000.000 €
-
€
2005
2006
2007
Relatório e Contas 2008
SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais
Página 89 de 141
2008
O quadro seguinte evidencia a evolução dos indicadores de produção da Área da
Alimentação, referentes também ao período 2005-2008.
Quadro nº 23
Evolução do Volume de Produção do Cluster Somos NUTRIÇÃO - 2005-2008
Somos NUTRIÇÃO
2005
DOENTES
SUB TOTAL
Total Refeições
PESSOAL
5.660.613
519.624
2006
OUTRAS
403.189
DOENTES
PESSOAL
6.004.463
6.583.426
2007
OUTRAS
503.402
430.694
DOENTES
6.742.325
PESSOAL
814.462
2008
OUTRAS
503.826
DOENTES
7.606.436
PESSOAL
1.063.623
6.938.559
8.060.613
9.227.031
5,4
16,2
14,5
Evolução %
Evolução %
40
Neste quadro de crescimento sustentado, no período (em análise) os indicadores de
produção registam os seguintes aumentos relativos:
- 40% no total de refeições produzidas;
- 34% no número de doentes servidos;
- 105% do número de profissionais servidos.
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OUTRAS
556.972
Gráfico nº 19
Evolução do Volume de Produção do Cluster Somos NUTRIÇÃO - 2005-2008
No quadro das políticas de formação e qualidade registam-se como factos relevantes:

nas unidades de produção, o número de horas de formação interna por comparação a
2007, aumentou em 527% (de 98h para 517h). Os temas abordados foram: Práticas
Higiene e Segurança Alimentar, Dietas terapêuticas, Técnicas Culinárias, Atendimento
ao Cliente, Introdução á informática;

O número de auditorias internas, por comparação com 2007, aumentou 47% (de 130
para 192), o número de análises microbiológicas a produtos alimentares 170% (de 127
para 344) e o número de análises microbiológicas por esfregaço 194% (de 145 para
427);

O número de testes efectuados para controlo de qualidade do óleo de fritura, por
comparação com 2007, aumentou 10% (de 556 para 610) e o número de testes para
verificação de limpeza de superfícies 72% (de 218 para 376).
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De realçar ainda a obtenção de renovação da certificação na ISO 9001:2000, na sequência
da auditoria de seguimento da APCER e o desencadear, no ano, da solicitação de inúmeras
licenças de catering preparando a dinâmica das Cozinhas Partilhadas.
No quadro de uma política de crescimento sustentado da área com acréscimo de eficiência e
produtividade, de registo ainda o facto de a um crescimento de 17,1% do Volume de
Negócios e do número de refeições servidas de 15%, se contrapor um crescimento do
número de efectivos, no ano, de apenas 13%.
Por fim, é de assinalar ainda a elaboração, em 2008, de um Plano de Negócios a 10 anos no
quadro do qual ganham central relevância:
- a evolução para um posicionamento claro de Cozinhas Partilhadas;
- a prossecução da política de obtenção de novas Certificações de Qualidade, bem
como a de Segurança Alimentar;
- a necessidade estrita de ter Ganhos efectivos no processo de Compras, o que até à
data (apesar de todos os esforços envidados nesse sentido) não foi possível
concretizar com o sucesso pretendido10.
10
Com efeito no ano de 2008 o custo com as matérias-primas alimentares registou um incremento face ao ano anterior de 23,3%
(que confronta com 17% do crescimento do volume de negócios) apesar da estratégia de eficiência assumida como projecto
crítico para o ano. Esta estratégia permitiu contudo que 30% dos bens tivessem registado uma redução média de preço superior
a 50%, evitando-se por esta via um prejuízo operacional ainda mais pesado.
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IV.3.5. Somos CONSULTORIA
Somos CONSULTORIA surge durante o ano 2007 como resposta do SUCH à necessidade
apresentada pelo conjunto de Associados e Clientes, no sentido de lhes ser fornecido um
serviço profissional de consultoria.
Tem como missão disponibilizar um serviço de apoio estratégico e de gestão aos Associados
do SUCH, com o intuito de os auxiliar na consecução da sua estratégia e objectivos definidos,
através de uma abordagem sistemática e disciplinada na avaliação dos processos de gestão,
destinada a acrescentar valor e a melhorar as operações e factores produtivos associados.
O estudo de satisfação de associados e clientes mostrou ao SUCH o caminho a desenvolver
neste âmbito. Apoiar os associados no caminho da mudança provocado pelas medidas de
modernização e reforma da Administração Central e pela necessidade de racionalizar os
recursos escassos financeiros. Neste contexto, o Somos CONSULTORIA desenvolveu uma
presença activa no apoio em quatro vertentes da gestão interligadas nos processos de
mudança e desenho do modelo de gestão e do modelo de negócio associado, elaboração de
diagnósticos e recomendações sobre processos actuais e futuros, elaboração de planos
estratégicos e no planeamento e gestão da concretização de planos de implementação
associados a momentos de evolução organizacional e de gestão da comunicação da
mudança.
A pertinência do Somos CONSULTORIA junto dos associados tem vindo a ser crescente,
justificada de certa forma, pelo retorno que os resultados dos projectos de organização e de
gestão representam nas instituições do sector. Assume particular destaque o compromisso de
adequar correctamente as soluções, sob um estudo rigoroso de viabilidade económicofinanceira, a garantia de transferência do conhecimento para a autonomia futura dos
associados e a orientação para a melhoria continua sob objectivos mensuráveis.
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O profundo conhecimento que o SUCH detém da área da Saúde, a ampla experiência
profissional da equipa do Somos CONSULTORIA, bem como a ambição da nossa missão,
constituem-se como a nossa principal vantagem competitiva.
Para
maximizar
esta
vantagem
competitiva
será
necessário
ultrapassar
alguns
constrangimentos, como por exemplo o modelo de abordagem aos Clientes externos, que se
tem revelado pouco eficaz, atendendo ao número de intervenientes envolvidos na
comunicação entre os potenciais Clientes e a Área.
Em 2008, destacam-se os seguintes projectos:

Manual de Procedimentos para o Licenciamento das Unidades Privadas de
Serviços de Saúde – Administração Central dos Serviços de Saúde - ACSS
O Manual de Procedimentos para a instrução, desenvolvimento e finalização do
processo inicial de avaliação e verificação da conformidade das Unidades face aos
requisitos exigíveis, com vista ao licenciamento das Unidades Privadas de Serviços de
Saúde.

Business Case (BC) - ACE Ambiente
Definição do modelo de parceria e Business case de exploração de um Agrupamento
Complementar de Empresas na área de tratamento e valorização de resíduos
hospitalares.
 Gestão da Mudança – Somos PESSOAS
Gestão da Mudança, no âmbito da adesão à externalização do serviço de
processamento de vencimentos nas ARSs do Algarve, Centro e Norte.
 Elaboração de diversos Planos de Negócios internos no SUCH - Somos
NUTRIÇÃO, Somos EQUIPAS, Micro-geração.
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 Revisão do Processo de Facturação a Terceiros do SUCH
Revisão dos processos de suporte à facturação a terceiros, desde a produção até ao
envio da factura, para cada área de negócio e implementação da proposta de
redesenho.

INSA – Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge
No seguimento do diagnóstico global de novas necessidades determinadas pela
reestruturação do INSA, Somos CONSULTORIA colabora com o INSA na prestação
de serviços de consultoria na vertente de Comunicação e difusão da Cultura Científica
do INSA.
O ano 2008, foi o primeiro ano em que se realizou um exercício completo, sendo um ano
chave de consolidação da área, em que se adquiriu visibilidade no Universo SOMOS, e
simultaneamente nos apresentámos ao mercado.
Os resultados deste ano permitem algum optimismo para os anos vindouros.
Quadro nº 24
Evolução do Volume de Negócios do Somos CONSULTORIA
Unid: €
Somos CONSULTORIA
Volume de Negócios
2007
2008
100.010
339.090
Evolução (%)
239
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Gráfico nº 20
Análise evolutiva da actividade do Somos CONSULTORIA 2007-2008
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V.
V. A SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA
V.1. EVOLUÇÃO E ANÁLISE
O exercício económico de 2008, apesar de as Vendas e os Proveitos Totais terem
experimentado um crescimento de cerca de 15,7% e de 12,7% respectivamente, (suplantando
significativamente as previsões de evolução do volume de negócios e dos proveitos
esperados, constantes do Orçamento do ano, em cerca de 14%), encerrou com um resultado
líquido negativo de 4.410,6 milhares €.
Para este resultado líquido negativo contribuíram principalmente:

um crescimento significativo (de 153%), no ano, dos custos e perdas financeiras com
um ganho de peso relativo na estrutura de custos totais do SUCH em cerca de 2%
(de 1,6%, verificado em 2007, para 3,5%, verificado em 2008);

um desvio relevante, face ao orçamentado para o ano, nas rubricas matérias-primas,
fornecimento de serviços externos (consequência da inflação não esperada mas
verificada em 2008, bem como do facto de não se terem observado nas aquisições os
Ganhos de Escala esperados da realização de compras conjuntas com os hospitais
que se estimavam associados ao arranque da Central de Compras).
Os resultados financeiros negativos de cerca de 2.818 milhares €, explicam-se pelo elevado
acréscimo de encargos suportados resultantes do diferimento permanente de cobranças,
cujos prazos médios de recebimento atingiram nomeadamente:
-
Em Fevereiro …………………… 289 dias = 9,6 meses
-
Em Março ………………………. 291 dias = 9,7 meses
-
Em Abril ………………………… 271 dias = 9 meses
-
Em Maio ……………………….. 255 dias = 8,5 meses
-
Em Junho ………………………. 236 dias = 7,8 meses
-
Em Julho ………………………. 238 dias = 7,9 meses
-
Em Agosto ……………………. 238 dias = 7,9 meses
-
Em Setembro …………………. 245 dias = 8,2 meses
-
Em Outubro …………………… 242 dias = 8,1 meses
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-
Em Novembro ………………… 243 dias = 8,1 meses
-
Em Dezembro ………………… 175 dias = 5,8 meses
Este resultado financeiro negativo é pois consequência de um custo financeiro global de
3.46411 milhares € e de um proveito global de 646 milhares € (dos quais 96% correspondem à
consolidação de resultados positivos de empresas associadas)12.
Relativamente aos custos financeiros, tem-se aqui a referir que, conforme devidamente
explicitado, na nota nº 45 do ABDR- anexo ao balanço e à demonstração de resultados, de
entre aqueles custos, 2.217 milhares € dizem respeito a juros e custos similares, e os
restantes 1.247 milhares €, relacionam-se com resultados negativos em empresas do grupo e
associadas.13
Não obstante, face ao ano transacto o acréscimo anual verificado naqueles custos (Custos e
Perdas Financeiras deduzidos das Perdas em empresas associadas) é de 65%, aliás em
consonância com o elevado recurso, mensal e permanente, ao crédito bancário, lato sensu,
(incluindo empréstimos bancários, leasings e factoring), cujo balanço - porque sendo um
documento meramente “fotográfico” não reflecte, - mas de que os indicadores do quadro infra,
obtidos a partir de balancetes mensais, são prova clarividente:
-
Em Janeiro ……………………… 20.346,8 milhares €
-
Em Fevereiro …………………… 26.797,9 milhares €
-
Em Março ………………………. 26.380,9 milhares €
-
Em Abril ………………………… 30.270,2 milhares €
11
Digno de nota o facto de os juros suportados crescerem 45,5%, no ano de 2008 face ao de 2007, e os descontos de pronto
pagamento efectuados sobretudo no final do 1º semestre em momento crítico de Tesouraria registarem um aumento de 138%!
12
Consolidaram resultados positivos nas contas do SUCH o SUCH-Dalkia, ACE, o Somos COMPRAS, ACE, (dado o atraso no
início da actividade e a imobilização dos respectivos custos) e a EAS.
13
Este resultado representa a consolidação, nas contas do SUCH, designadamente dos resultados líquidos negativos
decorrentes da actividade do Somos PESSOAS, ACE e do Somos CONTAS, ACE, para cujos primeiros anos de actividade se
projectam resultados negativos, desejavelmente compensáveis através da consolidação dos resultados positivos do SUCH –
Dalkia, ACE, e do Somos COMPRAS, ACE, com “Break-even” possível no 1º ano de actividade (de acordo com o Plano de
Negócios aprovado em 2007).
Relatório e Contas 2008
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-
Em Maio ………………………... 28.592,9 milhares €
-
Em Junho ……………………….. 30.504.9 milhares €
-
Em Julho ……………………….. 22.007,3 milhares €
-
Em Agosto …………………….. 31.884,6 milhares €
-
Em Setembro …………………. 31.883,2 milhares €
-
Em Outubro ……………………
35.753,8 milhares €
-
Em Novembro …………………
38.514,2 milhares €
-
Em Dezembro …………………
25.266,1 milhares €
O mapa do equilíbrio financeiro evidenciando uma necessidade/desequilíbrio de 21.764
milhares €, que face ao ano transacto quase duplicou, é também prova real e justificação
bastante dos resultados alcançados.
Os resultados extraordinários apresentam um valor positivo de cerca de 2 milhares €.
Do ponto de vista financeiro, na situação patrimonial do SUCH destaca-se que o Activo
Líquido global atingiu em 31 de Dezembro o montante de 73.241 milhares €, praticamente
igual ao do ano de 2007. Em termos das suas principais componentes, o activo imobilizado
passou de 18.000 milhares € em 2007, para 21.944 milhares € em 2008, fundamentalmente à
custa das imobilizações incorpóreas que passaram a ter um valor bruto de cerca de 1.369
milhares € e do activo imobilizado corpóreo que cresceu, em termos de valores brutos, cerca
de 5.590 milhares € (vide nota nº 10 do ABDR).
Num exame detalhado das grandes rubricas que compõem o investimento corpóreo,
salientam-se os seguintes acréscimos em valores brutos:
-
Equipamento básico, que evoluiu de 21.704 m. € para 25.313 milhares €;
-
Equipamento de Transporte, que evoluiu de 3.576 m. € para 4.309 milhares €;
-
Equipamento administrativo, que evoluiu de 2.182 m.€ para 2.304 milhares €.
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Enquanto o Activo Bruto verifica uma valorização de 9,3% no ano 2008 face ao ano de 2007
(de 94,5 Milhões de € para 103,2 Milhões de €) o Passivo Total e o Endividamento Global
(Passivo/Activo) registam aumentos percentuais idênticos ao do crescimento do volume de
negócios – 16%.
Com efeito, o Total do Passivo registou um significativo “crescimento”, de cerca de 7.500
milhares €, desde logo explicado:
- pela conta de adiantamento de factoring que, pela primeira vez, regista no final do ano
uma responsabilidade de 6.258 milhares €;
- pelo aumento de cerca de 2.757 milhares € da conta de fornecedores c.c. que passa
de 14.503 milhares € para 17.260 milhares €;
- pelo saldo da conta de fornecedores de imobilizado (incluindo leasing) que aumenta
cerca de 2.373 milhares €;
- pelo aumento do saldo credor da conta de outros accionistas (sócios) em cerca de
1.249 milhares € que representa, nas devidas percentagens de participação, a
assumpção das responsabilidades do SUCH nos prejuízos dos ACE´s (Somos
CONTAS e Somos PESSOAS).
Finalmente de realçar a mais que pontual, estática e momentânea situação retratada na
rubrica dívidas a instituições de crédito que, pontualmente e não num contexto alargado de
financiamento global que inclui empréstimos bancários, leasings e factoring, revela uma
redução de 3.122 milhares €.
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No que respeita ao Capital Próprio verifica-se uma séria degradação mercê:
- do “saneamento” operado na rubrica de existências/trabalhos em curso14 com o
necessário reflexo em termos de resultados transitados e da própria situação
liquida no montante de 3.092 milhares €;
- decorrente da aprovação do presente relatório, do acréscimo do prejuízo
superveniente dos resultados líquidos do exercício de 2008, no montante de –
4.410,6 milhares €.
Destas operações decorrerá uma redução global do capital próprio em cerca de 7.500
milhões €, ou seja, passando este de 23.388 milhares € para 15.885,6 milhares €.
Em consequência assiste-se à degradação de todos os indicadores que entram com o Capital
Próprio na sua composição, nomeadamente numa perspectiva de origem/(passivo e capitais
próprios) versus aplicações/(activo) de fundos, o balanço revela, pelos motivos atrás
expostos, uma certa deterioração quanto às origens cobrirem as aplicações, aliás como
prova, o indicador de Autonomia Financeira, que estabelecendo o nível de cobertura do activo
total pelo capital próprio, passou de um valor percentual de cerca de 32% no ano anterior,
para 22% no ano em apreço15.
Relativamente aos indicadores de gestão já referenciados no exercício anterior, apresentamse no quadro infra a respectiva evolução:
14
A análise cuidada dos Trabalhos em Curso incidiu sobre a Unidade de Negócios de Projectos e Obras, tarefa já iniciada em
2006, e que requereu um exame minucioso e complexo a numerosos projectos alguns com uma antiguidade superior a 4 anos,
tendo-se verificado que, estando os sobreditos projectos concluídos, não fazia sentido permanecerem em obras em curso.
15
Caso se quisesse considerar apenas a evolução do SUCH tradicional (sem o impacto da consolidação de resultados das
empresas associadas) e sem que se tivesse feito a limpeza dos Trabalhos em Curso o Ratio de Autonomia Financeira situar-seia, em 2008, em 26%.
Relatório e Contas 2008
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Quadro nº 25
Indicadores de Gestão
Indicadores de Gestão
Volume Negócios
(€)
Solvabilidade
2008
2007
Variação 08/07
89.296.861
77.174.326
+ 12.122.535
46,90%
- 19,20%
27,70%
(16)
Liquidez
Geral
0,95
1,229
- 0,279
Reduzida
0,9
1,11
- 0,21
Imediata
0,01
0,14
- 0,130
PMP
128
190
- 62
PMR
175
126
49
Da respectiva análise, para além de uma vez mais os indicadores revelarem, em termos
genéricos, a degradação da situação financeira, tem-se a destacar e a realçar, não obstante a
decalage de 47 dias entre PMP e PMR, o assinalável esforço levado a cabo pelo SUCH, para
ainda assim, no contexto actual de crise que o país e o mundo atravessam, manter níveis
aceitáveis e contínuos de prestação de serviços aos seus associados.
Por fim, importa sublinhar a desadequação da estrutura de capital, sendo aconselhável que a
mesma seja revista adequando-se concomitantemente o capital social da organização, pois
que, os níveis dos capitais próprios e daquele, encontrando-se intimamente associados,
preservam a autonomia financeira e desta forma enquadram, num intervalo de variação
admissível pelo mercado, o risco financeiro associado, o mesmo é dizer ajuda a “refrear
spreads” e custos subjacentes.
16
Também aqui se considerado o SUCH tradicional e a não realização da operação relativa aos Trabalhos em Curso,
consumada no exercício mas alusiva aos últimos 10 anos de actividade, o Ratio de Solvabilidade encontraria, no ano, o valor de
0,351.
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V.2. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Balanço em 31 de Dezembro de 2008
2008
ACTIVO
Activo Bruto
Amort+Ajust.
2007
Activo Líquido
Activo Líquido
IMOBILIZADO
Imobilizado Incorpóreo
Despesas de Investigação e Desenvolvimento
1.369.318,69
456.439,53
912.879,16
1.369.318,69
456.439,53
912.879,16
Imobilizado Corpóreo
Terrenos e Outros Recursos Naturais
1.150.000,00
Edifícios e Outras Construções
6.845.684,33
4.150.341,84
2.695.342,49
3.238.946,44
25.313.381,81
13.300.328,46
12.013.053,35
10.201.310,11
4.309.299,75
3.159.890,99
1.149.408,76
320.145,98
Equipamento Básico
Equipamento de Transporte
Ferramentas e Utensílios
1.150.000,00
1.150.000,00
136.612,32
99.195,44
37.416,88
18.752,14
Equipamento Administrativo
2.304.152,53
1.733.820,40
570.332,13
648.920,52
Outras Imobilizações Corpóreas
1.369.018,75
1.086.173,07
Imobilizações em Curso
1.122.432,43
282.845,68
402.634,98
1.122.432,43
154.214,28
19.020.831,72
16.134.924,45
2.010.079,10
2.010.079,10
1.875.553,79
2.010.079,10
2.010.079,10
1.875.553,79
42.550.581,92
23.529.750,20
Investimentos Financeiros
Partes de Capital em Empresas Associadas
CIRCULANTE
Existências
Matérias Primas Subsidiárias e de Consumo
Trabalhos em Curso
841.381,56
37.019,09
804.362,47
387.753,03
1.767.844,89
114.669,67
1.653.175,22
4.745.204,92
2.609.226,45
151.688,76
2.457.537,69
5.132.957,95
43.799.210,79
269.900,95
43.529.309,84
40.247.879,94
179.549,00
376.263,04
Adiantamentos p/conta de Compras
Dividas de Terceiros - Curto Prazo
Clientes c/Corrente
Adiantamento a Fornecedores
7.201,86
Estado e Outros Entes Públicos
179.549,00
Outros Devedores
1.819.424,95
21.058,37
1.798.366,58
1.186.989,43
45.798.184,74
290.959,32
45.507.225,42
41.818.334,27
521.687,07
521.687,07
6.156.479,37
5.823,60
5.823,60
7.826,92
6.156.479,37
527.510,67
6.164.306,29
Depósitos Bancários e Caixa
Depósitos a Ordem
Caixa
Acréscimos e Diferimentos
Acréscimos de Proveitos
Custos Diferidos
Total de amortizações
Total de ajustamentos
Total do Activo
20.444,31
20.444,31
62.291,81
2.784.629,44
2.784.629,44
2.051.031,92
2.805.073,75
2.805.073,75
2.113.323,73
73.241.137,51
73.239.400,48
103.298.944,02
23.986.189,73
442.648,08
23.972.398,28
Relatório e Contas 2008
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2008
2007
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
CAPITAL PRÓPRIO
Capital
Ajust. Partes de Capital em Filiais e Associadas
93.238,33
93.238,33
738.634,38
738.634,38
22.533.925,75
22.339.903,65
-3.069.669,68
194.022,10
20.296.128,78
23.365.798,46
Reservas
Outras Reservas
Resultados Transitados
Resultado Líquido do Exercício
-4.410.574,57
22.211,44
TOTAL CAPITAL PRÓPRIO
15.885.554,21
23.388.009,90
194.746,30
184.679,70
194.746,30
184.679,70
13.897.066,73
18.835.300,54
PASSIVO
Provisões p/Riscos e Encargos:
Provisões p/Riscos e Encargos
Outras Provisões
Dívidas a Terceiros-Curto Prazo:
Dívidas a Instituições de Crédito
Adiantamento de factoring
Fornecedores c/c
Fornecedores facturas em recepção e Conferência
Adiantamento de Clientes
6.258.217,02
17.260.215,14
14.503.458,15
692.406,82
58.784,28
Fornecedores de Imobilizado
6.932.546,23
4.559.998,18
Outros Accionistas ( Socios)
1.248.963,90
344,55
Estado e Outros Entes Públicos
1.859.119,08
2.795.679,11
Outros Credores
3.047.436,43
2.521.740,97
51.254.755,63
43.216.521,50
5.270.850,21
5.716.498,98
635.231,16
733.690,40
5.906.081,37
6.450.189,38
TOTAL DO PASSIVO
57.355.583,30
49.851.390,58
TOTAL DO CAPITAL PRÓPRIO E DO PASSIVO
73.241.137,51
73.239.400,48
Acréscimos e Diferimentos:
Acréscimos de Custos
Proveitos Diferidos
A TÉCNICA DE CONTAS
Lisboa, 31 de Dezembro de 2008
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Relatório e Contas 2008
SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais
Página 105 de 141
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR NATUREZA EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008
2008
2007
CUSTOS E PERDAS
61
62
Custo das Mercadorias Vendidas e das Materias Consumidas
12.671.615,86
10.646.747,21
Fornecimento e Serviços Externos
35.880.750,23
31.322.282,77
Custos com Pessoal
641+642
Remunerações
34.783.547,12
29.333.082,39
Encargos sociais
643+644
645/649
662+663
666+667
67
63
65
Pensões
Outros
7.588.333,50
Amortizações do imobilizado corpóreo e Incorpóreo
69
6.586.637,23
2.688.991,96
Provisões
10.066,60
25.082,54
Impostos
11.509,60
Outros Custos Operacionais
26.684,59
35.919.719,62
Ajustamentos
(A)
682
68
42.371.880,62
3.432.612,99
3.259,17
3.480.873,78
944.383,85
3.661.717,52
94.405.120,49
Perdas em empresas do grupo e associadas
1.247.225,63
Juros e Custos Similares
2.216.850,51
81.550.467,12
27.977,48
3.464.076,14
1.339.488,93
1.367.466,41
(C)
97.869.196,63
218.832,48
187.923,18
(E)
98.088.029,11
83.105.856,71
-4.410.574,57
93.677.454,54
22.211,44
83.128.068,15
Custos e Perdas Extraordinárias
RESULTADO LIQUIDO DO EXERCICIO
82.917.933,53
PROVEITOS E GANHOS
71
72
Vendas
1.425,69
Prestações de Serviços
89.296.860,82
Variação de Trabalhos em Curso
75
73
74
76
77
79
77.172.900,17
77.174.325,86
-148,58
Trabalhos para a Própria Empresa
Proveitos Suplementares
Subsídio à Exploração
Outros Proveitos Operacionais
69.086,49
3.700,98
10.834,04
72.002,80
93.396,93
3.167.107,51
2.960.824,12
Reversões de amortizações e ajustamentos
Ganhos em empresas do grupo e associadas
3.513.488,85
3.134.141,58
92.810.201,09
82.500.174,28
622.020,09
Outros juros e proveitos similares
2.191.706,84
270.677,56
(B)
782
78
89.296.860,82
24.403,68
467.500,00
646.423,77
15.571,50
483.071,50
(D)
93.456.624,86
220.829,68
144.822,37
(F)
93.677.454,54
83.128.068,15
(B) - (A) =
(D-B) - (C-A) =
(D) - (C) =
(F) - (E) =
-1.594.919,40
-2.817.652,37
-4.412.571,77
-4.410.574,57
949.707,16
-884.394,91
65.312,25
22.211,44
Proveitos e Ganhos Extraordinários
82.983.245,78
RESUMO:
Resultados Operacionais:
Resultados Financeiros:
Resultados Correntes:
Resultados Líquido do Exercício:
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A TÉCNICA DE CONTAS
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Relatório e Contas 2008
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Página 106 de 141
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS POR FUNÇÕES
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2008
2008
2007
Vendas e prestação de serviços
89.296.860,82
77.174.325,86
Custo das vendas e das prestações de serviços
82.783.249,09
67.229.042,72
6.513.611,73
9.945.283,14
3.155.842,20
3.156.718,46
11.400.379,72
11.996.201,03
47.334,67
323.189,52
-1.778.260,46
782.611,05
2.101.736,60
1.288.496,33
-625.205,54
439.522,52
-4.505.202,60
-66.362,76
94.628,03
88.574,20
-4.410.574,57
22.211,44
RESULTADOS BRUTOS
Outros proveitos e ganhos operacionais
Custos administrativos
Outros custos e perdas operacionais
RESULTADOS OPERACIONAIS
Custo liquido do financiamento
Ganhos (Perdas) em filiais e associadas
RESULTADOS CORRENTES
RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS
RESULTADOS LÍQUIDOS
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O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS
O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Relatório e Contas 2008
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Página 107 de 141
MAPA DE FLUXOS DE CAIXA
2008
2007
ACTIVIDADES OPERACIONAIS:
Recebimentos de Clientes
98.939.060,91
86.158.808,28
Pagamentos a Fornecedores
51.246.057,65
44.321.574,39
Pagamentos ao Pessoal
29.857.963,14
24.227.660,78
17.835.040,12
17.609.573,11
115.769,61
125.830,59
20.739.031,23
18.037.782,29
-2.788.221,50
-302.378,59
FLUXO GERADO PELAS OPERAÇÕES
Outros Recebimentos relativos à Actividade Operacional
Outros Pagamentos relativos à Actividade Operacional
FLUXO GERADO ANTES DAS RUBRICAS EXTRAORDINÁRIAS
Recebimentos Relacionados com Rubricas Extraordinárias
Pagamentos Relacionados com Rubricas Extraordinárias
FLUXO DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS
290,28
96,80
83.263,12
19.714,61
-2.871.194,34
-321.996,40
19.994,74
445.205,04
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:
Recebimentos provenientes de :
Imobilizações Corpóreas
Investimentos Financeiros
25,00
Pagamentos respeitantes a:
Investimentos Financeiros
Imobilizações Corpóreas
FLUXO DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
188.563,22
19.994,74
256.666,82
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:
Recebimentos provenientes de :
Empréstimos Obtidos
Subsidios e Doações
Juros e Proveitos Similares
Adiantamentos de Fundos - Factoring (Recebimentos)
4.460,00
21.400,53
5.859.106,19
Dividas a instituições de Crédito
8.478.323,83
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos Obtidos
Amortização de contratos de locação financeira
Juros e custos similares
3.141.760,97
590.567,96
Adiantamentos/Factoring ( Reembolsos)
2.519.760,65
769.717,17
1.396.388,78
Amortização de dividas a instituições de Crédito
4.938.233,81
FLUXO DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
-2.785.596,02
3.792.457,23
-5.636.795,62
3.727.127,65
6.164.306,29
2.437.178,64
527.510,67
6.164.306,29
VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES
CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INICÍO DO PERÍODO
CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO PERÍODO
Relatório e Contas 2008
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Página 108 de 141
ANEXO À DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
2- Discriminação dos componentes de caixa e seus equivalentes
1.
Numerário
2.
Depósitos Bancários imediatamente mobilizáveis
3.
Equivalentes e Caixa
3.1
Descobertos Bancários
3.2 Adiantamentos de Factoring
4.
Total de Caixa e seus Equivalentes
5.
Outras Disponibilidades
6.
Disponibilidades constantes do Balanço
6.1 No Activo
6.2 No Passivo
Total de Disponibilidades no Balanço
3 Créditos Bancários Concedidos e não sacados:
Plafonds Bancários autorizados
Plafonds Bancários Utilizados
Plafond por Utilizar
2008
2007
5.823,60
7.826,92
521.687,07
6.156.479,37
-13.897.066,73 -18.835.300,54
-6.258.217,02
0,00
-19.627.773,08 -12.670.994,25
0,00
0,00
527.510,67
6.164.306,29
-20.155.283,75 -18.835.300,54
-19.627.773,08 -12.670.994,25
2008
23.484.973,62
2007
23.484.973,62
-13.897.066,73 -18.835.300,54
9.587.906,89
4.649.673,08
Relatório e Contas 2008
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Página 109 de 141
ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
As Demonstrações Financeiras relativas ao exercício de 2008, foram preparadas em
harmonia com os Princípios Contabilísticos geralmente aceites definidos no Plano Oficial de
Contabilidade (POC). As notas que se seguem respeitam à numeração sequencial definida
pelo POC.
As notas cuja enumeração não se encontre mencionada neste anexo não são aplicáveis ou a
sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras.
2 – Indicação e comentário das contas do balanço e da demonstração dos resultados
cujos conteúdos não sejam comparáveis com os do exercício anterior
Foi alterado o critério de cálculo das amortizações e reintegrações do exercício apenas no
que diz respeito às aquisições efectuadas a partir de 1 de Janeiro de 2008, deixando de ser
utilizadas as taxas máximas permitidas pelo Decreto Regulamentar n.º 2/90, de 12 de Janeiro,
e subsequentes alterações, para se passarem a utilizar as taxas mínimas, nas aquisições
feitas a partir daquela data.
Foram regularizadas as existências na conta de Trabalhos em Curso de projectos e obras,
cujo saldo estava influenciado por valores de projectos que, estando concluídos, não fazia
sentido permanecerem nesta rubrica patrimonial. Esta regularização, no valor de
3.091.881,12€, dado ser relativa a anos anteriores e de grande significado, foi contabilizada
por contrapartida da conta de Resultados Transitados.
3 – Critérios valorimétricos utilizados
As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das
operações, a partir dos livros e registos contabilísticos, mantidos de acordo com os princípios
de contabilidade geralmente aceites em Portugal.
Os critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras foram os
seguintes:
Relatório e Contas 2008
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Investimentos Financeiros
Os investimentos financeiros são registados pelo método do custo e posteriormente
valorizados de acordo com o método de equivalência patrimonial.
Imobilizações Corpóreas
As imobilizações corpóreas, são valorizadas através do custo histórico de aquisição, não
tendo sido objecto de qualquer reavaliação.
Para o cálculo das amortizações, até Dezembro de 2007, foi utilizado o método das quotas
constantes tendo por base as taxas máximas permitidas pelo Decreto Regulamentar n.º 2/90,
de 12 de Janeiro e subsequentes alterações. Alterou-se este critério para os bens
imobilizados adquiridos no ano de 2008, conforme já referido na nota 2.
No que respeita aos bens imobilizados adquiridos em estado de uso, foi adoptado o critério
de amortização à taxa específica, de acordo com a vida útil esperada.
Existências
As Matérias-Primas, Subsidiárias e de Consumo são valorizadas ao custo médio
ponderado de aquisição:
Entradas em Armazém - ao preço de custo;
Saídas em Armazém - ao custo médio ponderado.
Os Ajustamentos em Existências são efectuados, quando necessário, e calculados tendo
por base a estimativa do valor de existências obsoletas e de lenta rotação no final do ano.
No que respeita à valorização dos Trabalhos em Curso, esta é feita ao preço de custo.
Acréscimos e Diferimentos
São registados nestas rubricas os efeitos dos custos pagos e proveitos recebidos, nos
exercícios a que respeitam, de forma a respeitar o princípio da especialização dos exercícios
ou do acréscimo. Foram considerados como Acréscimos de Custos a provisão para Férias e
Subsídio de Férias vencida no exercício de 2008 a pagar no exercício subsequente, com base
nos valores processados no mês de Dezembro de 2008.
Relatório e Contas 2008
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Página 111 de 141
Ajustamento de Dívidas a Receber
Em 2008 a dívida de clientes superior a 2 anos era de 1.819.520,02 €, em 2007, a mesma era
de 1.941.592,86 €, isto é, decresceu 122.072,84 €. Desta forma, mantendo-se o mesmo
critério que no ano transacto, o ajustamento para dívidas de clientes reduzir-se-ia. Por
prudência manteve-se o ajustamento para Dívidas de Clientes no valor do ano transacto, ou
seja, nos 269.900,95 €.
Provisões para Processos Judiciais em Curso
Em 2008, com base nos dados disponíveis e seguindo o mesmo critério do ano transacto,
tem-se:
Valores médios dos processos em contencioso: 1.156.795,99 €
Valor dos custos com decisões judiciais em 2008: 30.405,35 €
Afectação de custos suportados versus provisão constituída em 2007:
(28.833,64€/184.679,70€) = 15,61%
Estimativa de afectação de custos suportados versus provisão a constituir em 2008:
(30.405,35€/194.746,30€) *100= 15,61%
Face ao exposto, reforça-se a provisão em 10.066,60 €, passando dos 184.679,70€ para
194.746,30€.
Demonstração dos Fluxos de Caixa
Para efeitos da Demonstração dos Fluxos de Caixa, a rubrica Caixa e seus equivalentes
corresponde à rubrica de Depósitos Bancários e Caixa.
7 – Número médio de pessoas ao serviço da empresa, no exercício
No exercício de 2008 o número médio de colaboradores ao serviço da empresa foi de 2989.
8 – Comentário à conta 432 – Despesas de investigação e desenvolvimento
Foram levados à conta em referência os factos patrimoniais de relevância estratégica para o
futuro do SUCH na senda do Plano Estratégico 2007-2009.
Relatório e Contas 2008
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10 – Movimentos ocorridos nas rubricas do Activo Imobilizado constantes do balanço e
nas respectivas amortizações e ajustamentos
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 o movimento ocorrido nas rubricas do
Imobilizado Corpóreo, bem como nas respectivas amortizações acumuladas está expresso
nos quadros seguintes:
ACTIVO BRUTO
RUBRICAS
Saldo Inicial
Aumentos
Transf/Abates
Saldo Final
IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS:
Despesas de Investigação e Desenvolvimento
0,00
RUBRICAS
Saldo Inicial
1.369.318,69
1.369.318,69
Aumentos
0,00
Transf/Abates
1.369.318,69
1.369.318,69
Saldo Final
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS:
Terrenos e Recursos Naturais
Edifícios e Outras Construções
Equipamento Básico
Equipamento de Transporte
Ferramentas e Utensílios
Equipamento Administrativo
Outras Imobilizações Corpóreas
Imobilizações em Curso
RUBRICAS
1.150.000,00
6.845.684,33
21.703.853,68
3.575.757,64
111.464,32
2.182.352,08
1.237.115,55
154.214,28
3.781.090,06
1.679.635,66
25.285,79
123.669,19
131.903,20
1.066.218,15
171.561,93
946.093,55
137,79
1.868,74
98.000,00
1.150.000,00
6.845.684,33
25.313.381,81
4.309.299,75
136.612,32
2.304.152,53
1.369.018,75
1.122.432,43
36.960.441,88
6.807.802,05
1.217.662,01
42.550.581,92
Saldo Inicial
Aumentos
Regul.
Saldo Final
INVESTIMENTOS FINANCEIROS
SUCH/DALKIA, Serviços Hospitalares
EAS, LDª
Saudec - Cons.Estudos Saúde
Coimbravita,Agência Desenv. Reg.S.A.
Coimbra Inovação Parque , S.A.
Somos Compras ACE
1.516.882,75
320.278,12
19.994,78
15.372,01
3.026,13
552.630,00
64.425,52
467.500,00
19.994,78
4.964,57
1.875.553,79
622.020,09
487.494,78
Relatório e Contas 2008
SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais
Página 113 de 141
1.602.012,75
384.703,64
0,00
15.372,01
3.026,13
4.964,57
2.010.079,10
O SUCH/DALKIA, Serviços Hospitalares, A.C.E., foi constituído em Junho de 1996, e adoptou
a figura de Agrupamento Complementar de Empresas (A.C.E.), cujos detentores são o SUCH
(50%) e a DALKIA - Empresa de Serviços, Condução e Manutenção de Instalações Técnicas,
S.A. (50%). Este ACE tem por objecto social a produção de energia eléctrica, gerir nas
condições económicas, técnicas e sociais mais favoráveis as actividades dos membros
relacionadas com a gestão e exploração de actividades de apoio em hospitais e outros
serviços a instituições de saúde, designadamente o conjunto de serviços técnicos de
manutenção de equipamentos e exploração de lavandarias, incineração de resíduos
hospitalares, centrais, transportes e, ainda, gerir e explorar estas ou outras actividades, em
relação a quaisquer entidades com os quais possa vir a contratar em hospitais.
A EAS – Empresa de Ambiente na Saúde, Tratamento de Resíduos Hospitalares, Lda. foi
criada em 8 de Maio de 2001, com a participação de 50% do SUCH e 50% do IPE –
Investimento e Participações Empresariais, S.A. O seu objecto social alterado no ano de
2008, na sequência da Assembleia Geral de Maio, consiste em actividades relacionadas com
a prestação de serviços a entidades que integram o sistema português de saúde. No ano de
2005 o SUCH adquiriu os 50% da participação do IPE, ficando com 100%. A EAS, por seu
turno, detém uma participação na Valor Hospital, S.A. de 64,5%.
A Coimbravita - Agência de Desenvolvimento Regional S.A., constituída em 27 de Julho de
2000, com a participação de 4% do SUCH, que tem por objecto a promoção de acções que
gerem emprego e melhorem o ambiente e a qualidade de vida no distrito de Coimbra e
distritos limítrofes, em actividades de serviços, indústria e comércio, exclusivamente
relacionadas com a saúde e as ciências da vida.
A Coimbra Inovação Parque – Parque de Inovação em Ciência, Tecnologia, Saúde S.A., que
foi constituída em Fevereiro de 2004 com a participação do SUCH de 0,32%, tendo por
objecto a implementação, gestão e administração de parques empresariais, científicos e
tecnológicos e o apoio à actividade económica e empresarial em geral.
Relatório e Contas 2008
SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais
Página 114 de 141
As variações registadas nos valores das participações decorrem da aplicação do método de
equivalência patrimonial, aplicado aos resultados de 2008 dos ACEs SUCH-Dalkia e Somos
COMPRAS, bem como das participadas EAS e Coimbravita.
Em 2007 e 2008 foram constituídos, sem investimento financeiro do SUCH os ACE´S
seguintes:
Comparsis, ACE (cuja designação social foi posteriormente alterada para Somos COMPRAS,
ACE), constituído em Abril de 2007, com uma participação do SUCH de 86% e com o objecto
social de implementar e operar, para o agrupado SUCH, uma estrutura capaz de centralizar,
optimizar e racionalizar a aquisição de bens e serviços para os agrupados e a disponibilização
de serviços de compras e logísticas aos mesmos, bem como para os associados do SUCH.
Este ACE veio a ser reconhecido pelo Decreto-Lei nº 200/2008, de 9/10, Central de Compras
Pública da Saúde, a par da ACSS.
Somos PESSOAS, ACE, constituído em Junho de 2007, com uma participação do SUCH de
95% e um objecto social de implementar e operar, para o agrupado SUCH, um centro capaz
de prestar serviços de administração e gestão de recursos humanos aos agrupados e aos
associados do SUCH.
Somos CONTAS, ACE, constituído em Junho de 2007, com uma participação do SUCH de
95% e um objecto social de desenvolvimento da actividade de prestação de serviços nas
áreas de gestão financeira e de contabilidade, tendo em vista a melhoria da eficiência dos
agrupados, bem como dos associados do SUCH que adiram aos Serviços Partilhados
Financeiros.
Somos AMBIENTE, ACE, constituído em Julho de 2008, com uma participação do SUCH de
80% e um objecto social de construção e exploração de um Centro Integrado de Valorização
Energética, Reciclagem e Tratamento de Resíduos hospitalares, industriais, comerciais e
Relatório e Contas 2008
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animais, para prestação de serviços aos associados e clientes dos agrupados, tendo em vista
a melhoria da eficiência dos agrupados, através do aproveitamento máximo de sinergias.
IMOBILIZAÇÕES CURSO
RUBRICAS
Obras Gago Coutinho
Software Datamart (Contabilidade
Analítica)
Futuras Instalações -Monte Belo-Coimbra
Lavandaria do Fundão
Cozinha de Castelo Branco
Saldo Inicial
Aumentos
64.033,03
185.614,29
49.000,00
41.181,25
49.000,00
Transferências
249.647,32
98.000,00
0,00
41.181,25
277.114,69
554.489,17
98.000,00
1.122.432,43
277.114,69
554.489,17
154.214,28
Saldo Final
1.066.218,15
AMORTIZAÇÕES E AJUSTAMENTOS
RUBRICAS
Saldo Inicial
Reforço
Regularizações
Saldo Final
IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS:
Despesas de Investigação e Desenvolvimento
0,00
RUBRICAS
Saldo Inicial
456.439,53
456.439,53
Reforço
0,00
Regularizações
456.439,53
456.439,53
Saldo Final
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS:
Edifícios e Outras Construções
Equipamento Básico
Equipamento de Transporte
Ferramentas e Utensílios
Equipamento Administrativo
Outras imobilizações Corpóreas
3.606.737,89
11.502.115,66
3.255.611,66
92.712,18
1.533.431,56
834.908,48
543.603,95
1.798.212,80
174.413,36
6.483,26
201.417,36
251.264,59
0,00
0,00
270.134,03
1.028,52
0,00
4.150.341,84
13.300.328,46
3.159.890,99
99.195,44
1.733.820,40
1.086.173,07
20.825.517,43
2.975.395,32
271.162,55
23.529.750,20
Relatório e Contas 2008
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14 – Imobilizações Corpóreas
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 a discriminação dos bens implantados
em propriedade alheia são os seguintes:
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS EM PROPRIEDADE ALHEIA
ACTIVIDADES
MANUTENÇÃO
TRAT. DE ROUPA
TRAT. DO AMBIENTE
LIMPEZA
ENERGIA
ALIMENTAÇÃO
Edif. Const.
Eqtº Basico
Ferr.utensilios
Eqtº Adm.
Out.Imob.
216.060,10
9.168.859,86
2.972.378,36
203.045,03
6.438,02
528.386,23
35.197,22
11.916,19
760,03
4.992,28
527,52
2.523,11
99.339,08
97.845,66
15.104,31
9.423,39
72.195,03
364.963,56
10.502.493,16
2.988.242,70
217.460,70
6.965,54
603.104,37
1.223.871,45 13.095.167,60
55.916,35
293.907,47
14.367,16 14.683.230,03
1.223.871,45
14.367,16
TOTAL
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 a discriminação dos bens implantados
por actividade são os seguintes
IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS POR ACTIVIDADE
ACTIVIDADES
MANUTENÇÃO
TRATAMENTO DE ROUPA
TRATAMENTO DO AMBIENTE
APOIOS N ESPECIFICADOS
LIMPEZA
ENERGIA
ALIMENTAÇÃO
SEG. CONTROLO TÉCNICO
PROJECTOS E OBRAS
GERAL
EM CURSO
Valor de Aquisição
Amort. Acumulada
Valor Contabilistico
2.155.266,52
21.901.965,59
7.076.569,29
55,00
228.751,43
7.165,12
892.412,92
252.999,29
231.338,36
8.681.625,97
1.122.432,43
1.563.452,46
13.418.996,17
2.623.930,34
11,96
58.100,61
1.725,40
587.717,90
197.574,67
203.532,55
4.874.708,14
591.814,06
8.482.969,42
4.452.638,95
43,04
170.650,82
5.439,72
304.695,02
55.424,62
27.805,81
3.806.917,83
1.122.432,43
42.550.581,92
23.529.750,20
19.020.831,72
:
Relatório e Contas 2008
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15 - Bens Imobilizados em Regime de Locação Financeira
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 a discriminação dos bens utilizados
em regime de Locação Financeira é a seguinte:
BENS UTILIZADOS EM REGIME DE LOCAÇÃO FINANCEIRA
RUBRICAS
Valor de Aquisição
422 - Edifícios e Outras Construções
423 - Equipamento Básico
424 - Equipamento de Transporte
426 - Equipamento Administrativo
429 - Outras Imobilizações Corpóreas
Amort. Acumulada
Valor Contabilistico
213.574,38
13.998.014,38
4.160.395,50
777.750,95
721.047,02
169.344,61
7.783.891,29
3.030.456,68
678.187,31
715.947,10
44.229,77
6.214.123,09
1.129.938,82
99.563,64
5.099,92
19.870.782,23
12.377.826,99
7.492.955,24
16 – Firma e Sede das empresas do grupo e das empresas associadas
EMPRESAS ASSOCIADAS
DESIGNAÇÃO SOCIAL
Such-Dalkia, ACE
EAS, Lda.
Sede Social
Estrada de Paço de Arcos, 42
2770-129 Paço de Arcos
Parque da Saúde, nº 53,
Pavilhão 33-A, 1749 – 003
Lisboa
Coimbra Inov. Parque-Inov.
Praça 8 de Maio, Casa Aninhas,
Em Ciência, Tecnol., Saúde,
3º Piso 3000-300 Coimbra
SA.
Curia Tenoparque 3780-544
Coimbravita A.D.R. SA
Tamengos
Parque da Saúde, nº 53,
Somos Pessoas, ACE
Pavilhão 33-A, 1749 – 003
Lisboa
Capital Social
Fracção detida
Capitais Próprios
Resultado
150.000,00
50,00%
3.204.025,00
1.105.260,00
500.000,00
100,00%
384.703,64
29.868,49
939.000,00
0,32%
940.629,16
237,38 (*)
676.145,00
4,00%
323.646,88
-36.782,66 (*)
0,00
95,00%
-1.237.722,54
-1.237.722,54
Somos Compras, ACE
Parque da Saúde, nº 53,
Pavilhão 33-A, 1749 – 003
Lisboa
0,00
86,00%
5.772,76
5.772,76
Somos Contas, ACE
Parque da Saúde, nº 53,
Pavilhão 33-A, 1749 – 003
Lisboa
0,00
95,00%
-75.146,50
-75.146,50
Somos Ambiente, ACE
Rua Anselmo de Andrade, nº 53
Centro de Apoio a Empresas
2140-081 CHAMUSCA
0,00
80,00%
0,00
0,00
(*) Valores de 2007
Relatório e Contas 2008
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21 – Movimentos ocorridos na Rubrica de Activo Circulante
Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2008 os movimentos ocorridos na Rubrica
de Activo Circulante estão de acordo com o quadro infra:
AJUSTAMENTOS
CONTAS
Saldo Inicial
Reforço
Transfªs
Reversão
Saldo Final
Existências:
Matérias Primas, subsidiárias e de consumo
Trabalhos em Curso
Dividas de Terceiros:
Clientes c/corrente
Outros Devedores
37.019,09
114.669,67
37.019,09
114.669,67
269.900,95
21.058,37
269.900,95
21.058,37
442.648,08
0,00
0,00
0,00
442.648,08
25 – Dividas Activas/Passivas ao Pessoal da empresa
O exercício de 2008 foi encerrado com o saldo devedor relativamente às contas de Pessoal
conforme se detalha no quadro anexo:
CONTAS
26241 - Remunerações do Pessoal
26243 - Outros Custos do Pessoal
26244 - Fundo de Auxilío
26245 - Regularização de Vencimentos
26249 - Adiantamentos P/ Deslocações
Saldo Inicial
Movimentos
Saldo final
33.037,59
-364,74
9.992,68
47.884,93
37.167,56
173.763,22
-26.910,51
1.363,75
-147.374,43
26.127,76
206.800,81
-27.275,25
11.356,43
-99.489,50
63.295,32
127.718,02
26.969,79
154.687,81
Estas dívidas dizem respeito a valores atribuídos aos colaboradores relativos a
adiantamentos de remunerações e por conta de deslocações, bem como, valores atribuídos
para Fundo de Auxílio.
28 – Sector Público Estatal
Em 31 de Dezembro de 2008 o SUCH não tinha dívidas em mora ao Estado e Outros Entes
Públicos. As dívidas correntes, constantes do Balanço, foram liquidadas dentro dos
respectivos prazos.
Relatório e Contas 2008
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32 – Responsabilidades por garantias prestadas e recebidas
Durante o exercício de 2008, as responsabilidades não reflectidas no Balanço, dizem respeito
a garantias bancárias prestadas a clientes no montante de 3.026.648,73 €
34 – Provisões Acumuladas e Explicitação dos movimentos no exercício
PROVISÕES
CONTAS
Saldo Inicial
293 - Provisão para processos judiciais em curso
Aumentos
184.679,70
10.066,60
184.679,70
10.066,60
Transfªs
Redução
Saldo Final
194.746,30
0,00
0,00
194.746,30
40 – Movimentos nas rubricas de Capitais Próprios ocorridos no exercício
Explicitação e justificação dos movimentos ocorridos no exercício em cada uma das rubricas
de capitais próprios, constantes do balanço:
CONTAS
51 - Capital
55 - Ajustamentos .Partes Capital
57 - Reservas
59 - Resultados Transitados
88 - Resultados Liquidos
Saldo Inicial
Aumentos
Transfªs
93.238,33
738.634,38
22.339.903,65
194.022,10
194.022,10
22.211,44
22.211,44 -4.410.574,57
23.388.009,90 -4.194.341,03
0,00
Diminuições
Saldo Final
3.285.903,22
22.211,44
93.238,33
738.634,38
22.533.925,75
-3.069.669,68
-4.410.574,57
3.308.114,66
15.885.554,21
41 – Demonstração da variação das existências
CONTAS
361 - Matérias Primas
363 - Materiais Diversos
364 - Materiais de Economato
Exist.Iniciais
Compras
Exist.Finais
Consumo
56.452,42
326.007,55
42.312,15
6.475.508,08
5.863.913,14
748.804,08
421.133,57
309.904,20
110.343,79
6.110.826,93
5.880.016,49
680.772,44
424.772,12
13.088.225,30
841.381,56
12.671.615,86
Relatório e Contas 2008
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42 – Demonstração da variação da produção
CONTAS
Saldo Inicial
352 - Trabalhos em Curso
Regularizações
Saldo Final
Variação da
Produção
4.859.874,59
-3.091.881,12 1.767.844,89
148,58
4.859.874,59
-3.091.881,12 1.767.844,89
148,58
43 – Remunerações atribuídas aos Membros dos Órgãos Sociais
As remunerações brutas atribuídas aos Órgãos Sociais da Instituição, no presente exercício
foram:
Conselho de Administração: 422 817,11 €.
44 – Vendas e Prestações de Serviços
As prestações de serviços ocorreram na sua totalidade no mercado nacional e repartiram-se
pelas seguintes actividades:
Áreas de Actividade
Vendas e Prest. Serviços
Somos Equipas
Somos Ambiente
Somos Nutrição
Somos Consultoria
Administrativa
32.548.098,00
34.069.357,00
23.160.777,00
339.090,00
-820.461,18
89.296.860,82
45 – Demonstração de Resultados Financeiros
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS FINANCEIROS
CUSTOS E PERDAS
681- Juros Suportados
682 - Perdas em Emp. Grupo e Associadas
686 - Desc.P.P. Concedidos
688 - Outras Perdas Financeiras
RESULTADOS FINANCEIROS
2008
2007
1.515.147,96
1.247.225,63
610.077,09
91.625,46
1.041.525,45
27.977,48
256.589,11
41.374,37
-2.817.652,37
-884.394,91
646.423,77
483.071,50
PROVEITOS E GANHOS
781 - Juros Obtidos
782 - Ganhos em Emp. Grupo e Associadas
786 - Desc.P.P. Obtidos
788 - Reversões e Out. Prov. Ganhos Financeiros
2008
6.686,42
622.020,09
142,18
17.575,08
3.610,24
467.500,00
0,00
11.961,26
646.423,77
483.071,50
Relatório e Contas 2008
SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais
2007
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46 – Demonstração de Resultados Extraordinários
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS
CUSTOS E PERDAS
691 - Donativos
692 - Dividas Incobraveis
693 - Perdas em Existências
694 - Perdas em Imobilizado
695 - Multas e Penalidades
697 - Correcções Exerc. Anteriores
698 - Outros Perdas Extraordinárias
RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS
2008
2007
2.992,80
0,00
10.314,37
9.909,52
PROVEITOS E GANHOS
2008
5.557,80 792 - Recuperação de Dividas
2007
0,00
0,00
348,32 793 - Ganhos em Existências
73.565,87
214,93
127,31 794 - Ganhos em Imobilizações
13.969,71
7.760,11
10.496,22 796 - Red. Amort. Provisões
53.568,04
32.668,80 797 - Correcções .Exerc Anteriores
142.044,67
136.621,73 798 - Outros Ganhos Extraordinários
3,08
2.103,00
1.997,20
-43.100,81
220.829,68
144.822,37
0,00
0,00
36,75
17.015,38
133.257,35
119.831,95
220.829,68
144.822,37
48 – Outras informações consideradas relevantes para melhor compreensão da
posição financeira e dos resultados
48.1 - Acréscimos e Diferimentos
Os custos diferidos, referem-se aos custos de funcionamento incorridos durante o exercício,
que serão reconhecidos nos exercícios a que correspondem, com a seguinte decomposição:
Custos Diferidos
Roupa Hospitalar - Até 2008
Estudos
ACEs
Outros Custos Diferidos
2008
2007
1.411.554,21
274.542,12
39.773,73
1.058.759,38
1.027.853,84
682.084,25
39.773,72
301.320,11
2.784.629,44
2.051.031,92
Englobam os valores referentes à Roupa hospitalar, Estudos de Marca, Benchmarking e
Concorrência, Estudos Prévios e de Viabilidade do ACE do Ambiente e Outros Custos a
imputar em exercícios posteriores.
No que respeita à Roupa Hospitalar o diferimento é efectuado pelo período de 2 anos, e em
relação aos estudos, o período considerado é de 3 anos.
Relatório e Contas 2008
SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais
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Quanto aos Estudos Prévios e de Viabilidade relativos ao ACE do Ambiente não considerados
no respectivo Aporte Inicial deverá ser o respectivo montante debitado ao respectivo ACE no
ano de 2009.
Os acréscimos de custos referem-se a custos relativos ao exercício em referência que até ao
momento não foram recepcionados, tal como se detalha no quadro anexo:
Acréscimo de Custos
2008
Remunerações a Liquidar
Juros a Liquidar
Outros Acrescimos de Custos
2007
5.217.877,81
52.785,15
187,25
4.631.377,89
0,00
1.085.121,09
5.270.850,21
5.716.498,98
Nesta rubrica foi considerada a provisão para Férias e Subsídio de Férias vencida no
exercício de 2008 a pagar no exercício subsequente.
Os proveitos diferidos referem-se aos proveitos incorridos durante o exercício, que serão
reconhecidos nos exercícios a que correspondem:
Proveitos Diferidos
Subsidio p/ Investimento FEDER
Outros Proveitos Diferidos
2008
2007
635.231,16
0,00
729.340,07
4.350,33
635.231,16
733.690,40
Durante o exercício findo foi recepcionado parte do subsídio do FEDER para fazer face à
Instalação da Central de Incineração.
Os Acréscimos de Proveitos referem-se a proveitos relativos ao exercício em referência que
até ao momento não foram recepcionados, tal como se detalha no quadro anexo:
Relatório e Contas 2008
SUCH | Serviço de Utilização Comum dos Hospitais
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Acréscimo de Proveitos
Juros a Receber
Subsidio FSE
Indemnizações p/ Sinistros
Outros Acrescimos de Proveitos
2008
2007
152,50
0,00
20.291,81
0,00
0,00
42.000,00
20.291,81
0,00
20.444,31
62.291,81
48.2 – FSE - Fundo Social Europeu
No presente exercício foram recebidos 56.132,47 € relativos a:
- Plano de formação 2007 – Formação para a Inovação e Gestão
23 777,31 €
- Programa Operacional Saúde, Saúde XXI
32 355,16 €
Os correspondentes proveitos foram registados:
- Em 2007
42 000,00 €
- Em 2008
14 132,47 €
56 132,47 €
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V.3. Proposta de Aplicação de Resultados
Nos termos das competências conferidas pelos Estatutos, o Conselho de Administração
propõe que o Resultado Líquido do Exercício de 2008, no montante de (4.410.574,57) €,
(quatro milhões quatrocentos e dez mil quinhentos e setenta e quatro euros e cinquenta e
sete cêntimos), seja transferido para a conta de Resultados Transitados;
Lisboa, 31 de Março de 2009
O Conselho de Administração
Paula Maria Mendes Nanita Lopes de Oliveira
Maria Joaquina Rodrigues Sobral de Matos
Graça Isabel Bessone Pereira Resendes de Couto
Lourdes Hill Giménez
João Manuel Vidal Nabais
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VI. ÓRGÃOS SOCIAIS
a 31 de Dezembro de 2008
Mesa da Assembleia Geral
Presidente - Eng.º João Gerardo Maurício Wemans
1º Secretário - Dr. Carlos Alberto Raposo de Santana Maia
2º Secretário - Dr. Francisco Cunha de Oliveira
Conselho de Administração
Presidente - Dra. Paula Maria Mendes Nanita Lopes de Oliveira
Vice-Presidente - Dra. Maria Joaquina Rodrigues Sobral de Matos
Vogal - Dra. Graça Isabel Bessone Pereira Resendes do Couto
Vogal - Dr. João Manuel Vidal Nabais
Vogal - Dra. Lourdes Hill Giménez
Conselho Fiscal
Presidente - Dr. António Pedro Araújo Lopes
Vogal - Dra. Maria Manuela Veloso de Carvalho
Vogal - Alves da Cunha, A. Dias & Associados, Sociedade de Revisores Oficiais de Contas
a 31 de Março de 2009
Mesa da Assembleia Geral
Presidente – Professor Doutor António Fernando Correia de Campo
1º Secretário – Dr. Francisco Cunha de Oliveira
2º Secretário – Dr. Artur Aires Rodrigues de Morais Vaz
Conselho de Administração
Presidente – Paula Maria Mendes Nanita Lopes de Oliveira
Vice-Presidente – Maria Joaquina Rodrigues Sobral de Matos
Vogal – Graça Isabel Bessone Pereira Resendes do Couto
Vogal – João Manuel Vidal Nabais
Vogal – Lourdes Hill Giménez
Conselho Fiscal
Presidente – Dr. António Pedro Lopes
Vogal – Drª Maria Manuela Duarte Veloso Carvalho Sousa
Vogal – ROC – Dr. José Luís Areal Alves da Cunha
Suplente – Dr. José Duarte Assunção Dias
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VII. ASSOCIADOS A 31 DE DEZEMBRO DE 2008
ACSS do Sistema de Saúde, IP
ARS de Lisboa e Vale do Tejo, IP
ARS do Alentejo, IP
ARS do Algarve, IP
ARS do Centro, IP
ARS do Norte, IP
C.M.R.R.C. - Rovisco Pais
Centro Hosp. Alto Ave, EPE
Centro Hosp. Barlavento Algarvio, EPE
Centro Hosp. Caldas da Rainha
Centro Hosp. Cascais
Centro Hosp. Coimbra, EPE
Centro Hosp. Cova da Beira, EPE
Centro Hosp. Lisboa Central, EPE
Centro Hosp. Lisboa Norte, EPE
Centro Hosp. Lisboa Ocidental, EPE
Centro Hosp. Médio Ave, EPE
Centro Hosp. Médio Tejo, EPE
Centro Hosp. Nordeste, EPE
Centro Hosp. Porto, EPE
Centro Hosp. Povoa Varzim/Vila Conde
Centro Hosp. Psiquiátrico de Coimbra
Centro Hosp. Psiquiátrico de Lisboa
Centro Hosp. Setúbal, EPE
Centro Hosp. Tâmega e Sousa, EPE
Centro Hosp. Torres Vedras
Centro Hosp. Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE
Centro Hosp. V.N. Gaia/Espinho, EPE
CESPU
Confraria N. Sª. Nazaré
Fundação Aurélio Amaro Diniz
Hospitais da Universidade Coimbra, EPE
Hospital Faro, EPE
Hospital Amato Lusitano - Castelo Branco
Hospital Bernardino Lopes de Oliveira - Alcobaça
Hospital Cândido Figueiredo - Tondela
Hospital Curry Cabral
Hospital da Prelada - Porto
Hospital Dist. Águeda
Hospital Dist. da Figueira da Foz , EPE
Hospital Dist. Montijo
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Hospital Dist. Pombal
Hospital Dist. S. João da Madeira
Hospital Dist. Santarém, EPE
Hospital Dr. Francisco Zagalo - Ovar
Hospital Espírito Santo, EPE
Hospital Garcia de Orta, EPE
Hospital Infante D. Pedro, EPE
Hospital Joaquim Urbano - Porto
Hospital José Luciano de Castro - Anadia
Hospital Litoral Alentejano
Hospital Lusíadas
Hospital Magalhães Lemos
Hospital N. Sra. Conceição - Valongo
Hospital Nossa Senhora do Rosário, EPE
Hospital Reynaldo dos Santos - Vila Franca Xira
Hospital S. João, EPE
Hospital S. Marcos - Braga
Hospital S. Miguel - Oliveira de Azeméis
Hospital S. Teotónio, EPE
Hospital Sta. Maria Maior, EPE - Barcelos
Hospital Sto. André - Leiria
Hospital Sto. Espírito de Angra do Heroísmo
IDT- Instituto da Droga e da Toxicodependência
Infarmed, IP
Instituto de Oftalmologia Dr. Gama Pinto
Instituto Nacional de Emergência Médica, IP
Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge
Instituto Português do Sangue, I.P.
Instituto Português Oncologia Francisco Gentil, EPE
IPO Porto Francisco Gentil, EPE
Irmandade da SCM de Montalegre
Irmandade da SCM de Murça
Santa Casa da Misericórdia Alijó
Santa Casa da Misericórdia Bombarral
Santa Casa da Misericórdia Cinfães
Santa Casa da Misericórdia Coimbra
Santa Casa da Misericórdia Entroncamento
Santa Casa da Misericórdia Esposende
Santa Casa da Misericórdia Guarda
Santa Casa da Misericórdia Marco Canaveses
Santa Casa da Misericórdia Mealhada
Santa Casa da Misericórdia Pinhel
Santa Casa da Misericórdia Portimão
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Santa Casa da Misericórdia Povoa Lanhoso
Santa Casa da Misericórdia Sabrosa
Santa Casa da Misericórdia Santiago do Cacém
Santa Casa da Misericórdia Vila Real
Secretaria-Geral do Ministério da Saúde
ULS de Matosinhos, EPE Hospital Pedro Hispano
ULS Norte Alentejano, EPE
União das Misericórdias Portuguesas
Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE
Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE
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VIII. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O período estratégico 2007-2009 visa afirmar o SUCH, assente na sua natureza de
associação privada sem fins lucrativos, como instituição de referência de serviços partilhados
em saúde.
O ano de 2007 – 1º ano de execução do Plano Estratégico – cumpriu todos os pré-requisitos
necessários: de infra-estruturação das novas áreas, de reestruturação das áreas tradicionais
(através de verticalização de todas e de clusterização de algumas), de criação e
desenvolvimento de funções corporativas.
O ano de 2008 – 2º ano de execução do Plano Estratégico – permitiu:

O aprofundamento da Estratégia de Eficiência Global do SUCH (nomeadamente
através da externalização para os novos ACEs das correspondentes funções de:
administração de recursos humanos, contabilidade e compras – esta última apenas
parcialmente);

A consolidação do Modelo de Relação „In-House‟ com os Associados e a consequente
purificação de todos os processos jurídicos;

A criação dos necessários instrumentos de gestão de que o SUCH nunca dispôs até à
data (Contabilidade Analítica, Modelo de Planeamento e Controlo de Gestão, Modelo
de Valorização Económica de Propostas, processos financeiros e de compras
redesenhados com base nas boas práticas internacionais);

Primeira abordagem-teste ao posicionamento de Gestor de Contratos (muito
prejudicada no entanto pelas dificuldades de Tesouraria);

Estudo e desenho da Estratégia de Empresarialização das áreas tradicionais (visando
os propósitos previstos no Plano Estratégico) e esboço dos primeiros Planos de
Negócio destas áreas a 5 – 10 anos;
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
Arranque em produção para os associados do Somos PESSOAS, ACE;

Criação do Somos AMBIENTE, ACE.
Não obstante o realizado, o ano de 2008 revelou, com clareza, limites e possibilidades do
posicionamento pelo qual se optou em sede estratégica – Serviços Partilhados17 – bem como
os paradoxos e riscos que resultam da natureza jurídica reafirmada estatutariamente em
Dezembro de 2006 – a de Associação.
Referimo-nos por exemplo a:
1º- Sendo estritamente necessários ao controlo da evolução da despesa da Saúde – os
serviços partilhados (na esteira do que vem sendo feito em todos os países desenvolvidos) –
e constituindo estes um instrumento potenciador da estratégia de eficiência subjacente à
empresarialização dos hospitais, o momento é ainda de sobrevalorização pelos associados
das diferenças entre hospitais e da sua afirmação competitiva, com baixa adesão a
mecanismos cooperativos, dos quais os serviços partilhados são exemplo.
2º- Sendo os associados do SUCH maioritariamente entes públicos, foi valorizado o desenho
de novas linhas de serviços que melhor combinavam os reptos da Tutela (com quem o
Conselho de Administração sempre cultivou forte coordenação estratégica) e os pedidos
expressos formulados em 2006 pelos associados públicos. Contudo, os factores:
remodelação governamental e atrasos relativos das reformas PRACE e Cuidados de Saúde
Primários (verificados em 2008) não permitiram, apenas por parte dos associados aderentes,
o arranque preparado em tempo pelo SUCH e previsto para o ano. Neste contexto as linhas
de serviço necessárias ao suporte da sustentabilidade do SNS, devidamente infraestruturadas e preparadas para arranque, foram financiadas por capital alheio, sendo o risco
de suporte e consequentes custos, assumidos exclusivamente pelo SUCH.
17
Os serviços partilhados consistem em todo o mundo desenvolvido na criação de estruturas autónomas, cuja
missão é a prestação de serviços comuns (processos de natureza transaccional) às entidades associadas, sendo
o seu financiamento assegurado de modo independente, assegurando-se, pela actividade, a recuperação integral
dos custos de estrutura. Para este efeito, em regra, a adesão aos serviços reveste a natureza vinculativa,
garantindo-se por essa via a viabilidade económica da nova estrutura e o retorno, em qualidade de serviço e
poupança, aos associados. Em todos os países estudados e nos outros sectores em Portugal a recuperação
integral dos custos em serviços partilhados foi assegurada entre 1 a 4 anos e as poupanças obtidas situadas entre
os 10% e 20% nos primeiros anos de actividade.
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Estes dois vectores (aposta na cooperação entre instituições de saúde e/ou adesão
vinculativa às novas linhas de serviços, bem como assumpção exclusiva pelo SUCH do
risco do negócio) são desideratos cruciais no Plano Estratégico que, se não controlados
com eficácia em 2009 pelos associados e pela Tutela, colocam em sério risco a
instituição.
Outro factor presente em 2008 e ilustrativo do paradoxo institucional prende-se com o facto
de o SUCH ter como únicas fontes de receitas as quotas e a remuneração da prestação de
serviços pelos associados (sendo que as primeiras são dedutíveis na segunda, de acordo
com o regime de quotizações em vigor), o que não é coadunável com a tradicional cultura de
não pagamento protagonizada pela maioria dos associados. Sendo uma instituição sem fins
lucrativos e de natureza associativa, os associados esperam do SUCH a melhor relação
preço – qualidade. Para o satisfazer o SUCH trabalha com pequenas margens de negócio
não incorporando até aqui, na formação do preço, o atraso no recebimento da remuneração
dos serviços que prestou. Nesta medida e atentos os níveis de endividamento do SUCH, na
ordem dos 70%, foi obrigatório, para fazer face a prazos médios de recebimento (que
atingiram os 290 dias!), o recurso, no ano, a sistemas de factoring (com suporte integral do
custo pelo SUCH) e a descontos de pronto-pagamento aos associados, no intuito de
satisfazer necessidades mínimas e críticas de Tesouraria.
Factos:

As quotas - de pagamento mensal - representam apenas 2,7% do Volume de
Negócios anual;

Os custos financeiros decorrentes de juros (excluindo leasings) e de recurso a
factoring representaram, no ano, mais de 1,2 milhões de €, consumindo totalmente as
pequenas margens de negócio;

Os descontos de pronto-pagamento, recurso efectuado em momento crítico de
Tesouraria (meados de 2008) face à generalidade dos cortes de fornecimento,
cifraram-se em 610 mil €, totalizando, com os custos financeiros referidos supra, um
encargo anual superior a 1,8 milhões de €.
Relatório e Contas 2008
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Assente exclusivamente, o modelo de remuneração do SUCH, em quotizações e
remuneração das prestações de serviços efectuadas, o cumprimento do objectivo estratégico:
Serviço de Qualidade ao Melhor Preço parece apenas possível se:
1º- Fôr revisto o regime de quotização para montantes que representem um
pagamento mensal de suporte com significado à Tesouraria do SUCH.
2º- Os associados assumirem de facto e generalizadamente uma cultura de
cumprimento das suas obrigações de pagamento (em prazo pré-definido) à
semelhança do verificado em Dezembro de 2008, por imposição do Governo.
Em suma, ficou claro no exercício de 2008, que o SUCH assumindo exclusivamente o risco
dos serviços que disponibiliza para satisfazer as necessidades dos seus associados (e a
pedido destes e/ou da Tutela) fica totalmente refém de factores que lhe são exógenos,
nomeadamente:
- o ritmo de concretização das reformas do sector;
- o nível de envolvimento dos associados, expresso designadamente no ritmo de
adesão aos serviços e na cultura de pagamento pontual das prestações que
contratam;
- a sobrevalorização de modelos competitivos entre instituições de saúde em
detrimento de modelos cooperativos que viabilizam Ganhos de Escala e a eliminação
de duplicações: de investimento e das estruturas de suporte.
Importa pois, através do controlo destas variáveis exógenas, pôr termo a uma espiral de
consumo dos capitais próprios e de endividamento do SUCH, podendo constituir uma boa
solução a injecção de Capital Social (tradicionalmente diminuto na instituição), a par da
assumpção de uma cultura de cumprimento dos pagamentos devidos, de molde a serem
mantidas condições competitivas e adequadas para a contratação de recursos financeiros a
bom preço.
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O expresso até este ponto visa suscitar a reflexão, inadiável, sobre os limites e possibilidades
das opções efectuadas em sede estratégica pelas Assembleias Gerais do SUCH, no período
compreendido entre Outubro de 2006 e Maio de 2007, ao jeito de avaliação intercalar do
Plano mas também enquanto é tempo de agir sobre os factores que, exógenos ao Conselho
de Administração, são, no entanto, alteráveis por decisões da Assembleia Geral e da Tutela.
Contudo há que recordar que o ano de 2008 foi ainda perturbado pelo descontrolo nos
mercados da evolução dos preços, nomeadamente dos combustíveis e matérias-primas
alimentares (que determinaram o prejuízo operacional do ano), bem como pelo agravamento
sério de todos os spreads associados ao financiamento bancário (também com sério impacto
no SUCH e respectivos ACEs em que aquele detém posição dominante).
Não obstante, em ano de tão grandes dificuldades (que em síntese supra se plasmam), a
actividade tradicional do SUCH verificou de novo um crescimento superior a 15% no ano e
deu-se efectivamente início ao arranque de um dos novos Serviços Partilhados – o de
Recursos Humanos.
Se controlados os factores exógenos dependentes da intervenção dos associados e da
Tutela, ao termo do ano de 2009, estará cumprida no essencial a Visão do Plano Estratégico,
apesar de já garantidos à presente data novos resultados líquidos anuais negativos
resultantes da consolidação de resultados dos novos ACEs que persistem com delongas na
entrada em produção.
No que respeita à empresarialização das áreas tradicionais, apesar de todos os esforços já
envidados na sua preparação, aconselha a prudência, o seu adiamento para um contexto
económico-financeiro, mundial e do país, menos marcado pela incerteza e pela recessão.
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