Aventuras de uma turma legal

Transcrição

Aventuras de uma turma legal
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Alunos do 7º ano "A"
Aventuras
de
uma
turma
legal
Capa: Pedro Gustavo Schnorr
Colégio Estadual São José - São José das Palmeiras
2015
~1~
Agradecimentos
Para que este livro pudesse ser produzido, contamos com a
colaboração de pessoas muito importantes, as quais mencionamos
a seguir, dirigindo-lhes um "Muito Obrigado":
Aos alunos do 7º ano "A" do ano letivo de 2015 do Colégio
Estadual São José: Ana Kelly, Bianca, Bruna, Bruno, Camila, Carlos
Eduardo, Carlos Farias, Emanuelly, Everton, Gustavo Borges,
Gustavo Vinícius, Higor Luis, Hiury, Igor, João Vítor, Kássya, Kauã,
Luana Andressa, Luana Aparecida, Lucas, Maria Eduarda (Duda),
Maria Eduarda, Pedro Gustavo, Rafael, Renan, Suellen, Thaís,
Valdair, Vinícius e Vinícius Viana, que aceitaram participar da
pesquisa e colaboraram escrevendo, reescrevendo, reescrevendo e
reescrevendo, sem nunca reclamar e sempre demonstrando carinho
e comprometimento com o trabalho realizado.
À diretora do Colégio, professora Rosane, por autorizar a
realização do trabalho.
À professora Vanessa, que gentilmente cedeu as aulas para
realização da pesquisa.
À professora Luciana, pelo auxílio na elaboração da capa. E à
equipe que auxiliou na seleção da capa vencedora: professoras
Alice, Dineusa e Cleoci.
Ao Jonas e ao Adilson, por auxiliarem na utilização do
Laboratório de Informática.
À professora Dineusa, pela revisão e correção dos textos.
~2~
Introdução
O presente livro é uma coletânea de narrativas de aventura e
foi produzido pelos alunos do 7º ano "A" do Colégio Estadual São
José, de São José das Palmeiras, no decorrer do 4º bimestre do
ano letivo de 2015, nas aulas de Português.
Este é o resultado de um trabalho realizado pela professora
Lucilene A. Spielmann Schnorr durante a aplicação de sua pesquisa
do curso de Mestrado Profissional em Letras - PROFLETRAS, a
qual teve por objetivo investigar os resultados da aplicação de
instrumentos de avaliação da produção textual escrita. A
investigação ocorreu no decorrer do processo de escrita e reescrita
dos textos elaborados pelos alunos, os quais produziram no mínimo
quatro versões do mesmo texto até chegar à produção final.
O gênero discursivo narrativa de aventura foi escolhido para a
produção escrita, pois o conteúdo destas histórias atendia aos
interesses da turma em que se aplicou a pesquisa. O gosto por
temas de aventura e identificação com a narração de histórias
vividas por um herói era muito presente nos alunos do 7º ano A, por
isso o trabalho foi realizado com satisfação por eles.
Narrativas de aventuras, no campo da ficção literária, são
histórias que contam as peripécias vividas por um herói que
enfrenta um conflito num lugar desconhecido, desafiador e cheio de
perigos. São histórias de ação que envolvem riscos, assumidos por
um personagem destemido, que conta suas próprias habilidades
para vencer seu inimigo, o qual pode ser um outro personagem ou o
próprio local do conflito. São direcionadas a um público que se
deixa levar pela fantasia de partir mundo afora em busca de
aventura. Constituem-se em uma espécie de ponte entre a literatura
juvenil e a literatura adulta e se adaptam muito bem ao trabalho em
sala de aula.
Boa leitura!!
~3~
Sumário
Susto no acampamento...................................................................... 5
Aventura na cidade ............................................................................. 6
Grandes aventuras em Springville ..................................................... 7
A luta para o resgate .......................................................................... 9
As aventuras de Ynarah ................................................................... 10
Em busca da ilha perdida de Panapaná .......................................... 12
Tadeu e seu inimigo Jack ................................................................. 14
Aventura no estúdio de dança ........................................................ 15
As aventuras dos meninos ............................................................... 16
Em busca de uma saída ................................................................... 16
A ilha desconhecida ......................................................................... 17
Aventura no Egito ............................................................................. 18
O cristal ômega ................................................................................. 19
O melhor amigo a gente não esquece ............................................. 21
Bruto caubói ...................................................................................... 22
O planeta perdido ............................................................................. 23
Os guardiões dinossauros ................................................................ 25
O sonho de aventuras ...................................................................... 27
O dia em que um alienígena invadiu meu jardim ............................ 30
Lucas e os índios do mal .................................................................. 32
Uma ilha assombrada....................................................................... 33
Momentos estranhos ........................................................................ 34
Terror na Escola de Bruxos .............................................................. 37
~4~
A missão quase impossível .............................................................. 39
Aventura na Terra das Águas .......................................................... 40
Sonhos quase destruídos ................................................................. 41
Aventura no espaço .......................................................................... 43
A procura do ovo .............................................................................. 46
Espartanos e persas: o combate ..................................................... 47
Ilha da salvação ................................................................................ 48
Um pouco de aventura
liberta a alma cativa
do algoz cotidiano.
(Clarice Lispector)
Para que o acontecimento mais banal
se torne uma aventura,
é necessário e suficiente
que o narremos.
(Sartre)
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Susto no acampamento
Ana Kelly Bernabé
Lá estávamos nós, na frente da escola, esperando o ônibus chegar para
irmos acampar. Nós iríamos competir pelo troféu e pela bela medalha de
melhores escoteiros do ano.
A competição envolvia os outros escoteiros, mas nossos verdadeiros
inimigos eram os meninos da escola de Diamante, da equipe Onça Parda. Nas
competições eles sempre trapaceiam, pois têm raiva de perder.
Quando o ônibus chegou, partimos acampar. Horas depois:
_ Oba!! Chegamos!!!
O lugar do acampamento era lindo, seriam três dias de pura animação.
Primeiramente, fomos guardar nossa bolsas, depois, cada um foi montar sua
barraca, cada escola tinha sua área definida para montar as cabanas.
Ao acabarmos de montar nossas barracas estávamos muitos felizes e
fomos assar marshmallows, depois cantamos e fomos dormir.
No dia seguinte, logo de manhã, fomos tomar café. Tinha bolo, pão, chás,
café e leite.
Após tomarmos café fomos conhecer o local do acampamento, o tio
Gilmar nos mostrou tudo e explicou o que íamos fazer em cada lugar.
Almoçamos e a tarde, sim, começamos a nossa aventura. Na primeira
prova tivemos que rolar na lama, depois tivemos que pular troncos subir em
árvores e escalar montanhas.
Muito cansados, fomos tomar um belo de um banho e após jantarmos,
eu e minha amiga Laís fomos pegar gravetos para a fogueira.
Foi aí que o pior aconteceu. Nós acabamos nos perdendo porque os
meninos fizeram uma falsa trilha com gravetos e nós formos seguindo e não
achamos mais o caminho de volta. Não esperávamos por aquilo, mas achamos
que até que seria legal.
Porém, estava muito escuro e ficamos morrendo de medo. Passou um
tempão e começamos a sentir fome e frio. Achamos um lugarzinho embaixo de
uma árvore e decidimos passar a noite ali. Ficamos bem encolhidas e nos
encostamos uma na outra para nos esquentar e encorajar.
No dia seguinte, assim que amanheceu, fomos tentar achar o caminho
de volta, mas não conseguimos, pois não sabíamos onde estávamos e nos
perdemos mais ainda.
Para nossa sorte, achamos um belo de um rio, bebemos água e
comemos umas goiabas que achamos por lá, ficamos paradas um bom tempo
e depois continuamos nossa missão .
Seguimos naquele sol quente até que achamos uma estrada, lembramos
que tínhamos passado por aquele caminho de ônibus e seguimos por ele e,
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para nossa sorte, conseguimos chegar de volta ao acampamento. Todos
ficaram felizes em nos ver .
Depois disso, ganhamos a medalha de melhores escoteiras do ano e
fomos comemorar. No outro dia, logo de manhã, voltamos para casa. Nossos
pais ficaram felizes por nossa atitude corajosa e fizeram até festa para nós.
Aventura na cidade
Bianca Hoelscher Sant’Ana
Isabela e Joaquim brigaram com Regina e Geraldo, seus melhores
amigos. Muito decepcionados, decidiram sair da cidade e se mudar para bem
longe.
Pegaram todas as suas coisas, colocaram em um barco, e foram para o
mar. Navegaram, navegaram, até que avistaram uma ilha, com uma floresta
muito grande. Eles decidiram ir até lá conferir. O lugar era desabitado, mas
observaram que lá havia possibilidade de viverem e resolveram construir uma
casa bem no meio das árvores para morarem. Ali passaram aproximadamente
quarenta anos.
Os dois viviam bem felizes. Se acostumaram a viver em harmonia com a
natureza e nem se lembravam da antiga vida na cidade. Mas, um dia,
decidiram que havia chegado a hora de voltar para a civilização. Construíram
um novo barco, pegaram mantimentos e partiram. Ao saírem da ilha o mar
começou a ficar agitado. Isabela e Joaquim não tinham mais controle do barco,
o mar os jogava em direção a uma onda gigantesca, Joaquim quase não
conseguia pilotar e por muito pouco o barco não afundou. Quando a
tempestade acalmou eles conseguiram seguir navegando e foram em direção à
civilização. Lá pretendiam encontrar uma moradia.
Porém, quando chegaram à cidade não encontraram nada daquilo que
esperavam ver. Tudo estava muito estranho pois não havia mais as coisas de
antigamente. Eles viram muitos veículos, prédios enormes e pessoas com
celulares, relógios e muitos outros equipamentos e acessórios que nunca
tinham visto.
Quando eles começaram a olhar os grandes prédios Joaquim foi de
encontro a um poste de luz. Todos que passavam por ali deram risada e uma
pessoa filmou. Eles começaram a andar pelas ruas, mas não sabiam que
deveriam atravessar nas faixas de pedestre, e começaram a atravessar no
meio dos carros. Os motoristas buzinavam e alguém chamou a polícia. Os
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policias foram imediatamente atrás de Isabela e Joaquim, que ao perceber,
correram e se esconderam.
Isabela, muito triste e assustada, disse para Joaquim:
_ Vamos voltar para a nossa ilha, pois lá tem o sossego e a paz que nós
precisamos!
Joaquim respondeu imediatamente:
_ Vamos, minha querida! Aqui não é lugar para nós!
Voltaram novamente para o barco e partiram mar afora, em direção à
sua ilha. Chegando lá se sentiram tranquilos por estar num lugar sossegado,
sem barulhos, poluição ou tecnologia.
Grandes aventuras em Springville
Bruna Toni Guedes
Estados Unidos 1978
Em uma noite quente e silenciosa, arrumamos as malas para o
acampamento e fomos dormir.
Na manhã seguinte, ouvi Arthur gritando nos meus ouvidos:
_ Anda Peter! Vamos nos atrasar para a viagem!
Imediatamente me lembrei da viagem que vínhamos planejando há
meses. Sabe aquelas viagens cansativas que você faz com a escola? Sim!
Aquelas viagens entediantes que insistem em fazer todos os anos e em que
quase sempre alguém se perde? Pois é, será que essa seria mais uma dessas
viagens?
Depois de três horas sentado em um banco duro de ônibus, finalmente
chegamos ao grandioso Springville. Sim! O lugar que era temido por todos.
Dizia a lenda, que quem lá entrava, de lá jamais saía.
Pois ao contrário do que pensamos, essa não seria uma viagem como as
outras. O acampamento era em um lugar em que ventava muito, ouviam-se
ruídos estridentes e barulhos assustadores, sem contar as árvores caídas e
penhascos sem fim.
Logo que ajeitamos nossas coisas no local do acampamento fomos
explorar os arredores, e como sempre ninguém deu atenção às regras da
viagem, por isso cada um saiu pra um lado. Arthur e eu tentávamos ficar juntos,
mas todo o resto da turma já tinha se espalhado pelo acampamento.
Na tentativa de achá-los, nós andamos muito, tivemos que escalar
paredões de pedras, estávamos com muito medo, principalmente Arhur, pois
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ele morria de medo de altura. Sem que percebêssemos chegamos a um lugar
em que havia muitas cobras ao nosso redor, tentamos nos defender de todas
as formas, até que conseguimos nos proteger em uma caverna que ficava no
alto de uma montanha.
_ Estamos salvos! _ disse Arthur. Mas, como nada é tão fácil assim…
Lá havia muitos lobos famintos que vinham se aproximando de nós, não
tínhamos escapatória a não ser pular, então com os olhos fixos nos lobos,
fomos nos afastando devagar, e com muito medo pulamos de uma altura que
não imaginamos que conseguiríamos sobreviver. E, sim! Sobrevivemos.
Depois de muitos tombos e tropeções, conseguimos escapar e
continuamos caminhando. Foi então que percebemos que já estávamos
afastados da nossa turma há mais de seis horas, era muito tempo para quem
não podia ficar longe do guia mais de alguns minutos.
Andamos mais, mais e mais, e nada de encontrar a nossa turma. Não
poderíamos deixar de procurá-los, pois já estava anoitecendo. Estávamos
desesperados!
Porém, jamais iríamos desanimar, e continuamos caminhando sobre as
folhas que camuflavam o chão. Para piorar a situação, nos distraímos, e
começamos a afundar em buracos com areia movediça. Quanto mais nos
mexíamos, mais afundávamos, então Arthur se agarrou em um cipó e
conseguiu nos salvar.
Já fora da areia, subi em uma árvore para tentar avistar nossos colegas,
foi quando ouvi:
_ Peter! Desce logo!
Só então percebi que a árvore estava quase caindo, de tão velha que era.
Eu não tinha mais nada a fazer, foi um tombo muito doído, novamente não sei
como sobrevivi. Ao abrir os olhos, Arthur disse:
_ Vamos, Peter, já está muito tarde!
Levantei-me rapidamente e voltamos a andar, porém algo chamou nossa
atenção, ouvimos gritos que de longe não conseguíamos distinguir o que
seriam. Saímos correndo na direção do som. Ao chegarmos mais perto,
percebemos que eram nossos colegas, desesperados, nos procurando. Ao nos
verem correram ao nosso encontro nos abraçando e dizendo:
_ Seus doidos! Onde vocês estavam? Querem nos deixar malucos?
Depois da bronca que ganhamos e do interrogatório (que uma coisa fique
bem clara: nós jovens NÃO gostamos de muitas perguntas), voltamos para o
acampamento. Três dias depois fomos para casa, como se nada tivesse
acontecido. Nossos pais nos encheram de mais perguntas sobre como tinha
sido a viagem, mas decidimos que aquilo seria o nosso segredo.
Dias depois, vimos em um jornal a notícia de que dois garotos da nossa
idade, que visitavam o acampamento, tinham falecido ao se jogarem de um
penhasco para se defender das cobras e lobos que havia por ali.
Depois disso Springville foi fechado ao público.
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A luta para o resgate
Bruno Eduardo Ferreira
Jack era um homem muito bom. Um dia ele foi viajar de navio para
Portugal e no meio da viagem o navio afundou porque bateu em uma pedra.
Isso fez um buraco no casco, levando o navio para o fundo do mar. Muitos
passageiros morreram dentro daquela embarcação, mas Jack e algumas
outras pessoas sobreviveram. Uma dessas pessoas era Plínio.
Jack e Plínio já se conheciam há três anos, pois trabalhavam juntos em
uma companhia aérea, porém não eram amigos. Jack sabia que Plínio era um
homem mau, e não gostava de ninguém, diferente dele que gostava de ajudar
a todos.
Os sobreviventes do naufrágio conseguiram nadar até no fundo do mar
para pegar suas malas dentro do navio que estava afundando. Depois nadaram
até uma ilha perto dali. Avistaram uma floresta e correram para dentro dela. Lá
cada um fez uma cabana com folhas e galhos de árvores, e passaram a viver
caçando e pescando. Com o tempo fizeram amizade e ajudavam uns aos
outros a sobreviver.
Plínio sempre incomodava Jack quando ele ia caçar e pescar, ou
sempre que ele ia fazer alguma coisa para ajudar alguém. Um dia Jack xingou
Plínio, porque o homem era muito chato e Jack não suportava mais vê-lo
atrapalhando a sua vida.
Plínio ficou tão bravo e irritado que sequestrou algumas pessoas
daquelas que tinham afundado com ele no navio e que haviam conseguido se
salvar. Plínio capturou esses sobreviventes e prendeu em uma armadilha.
Quando Jack soube não gostou, e ficou muito furioso. Ele foi atrás daquelas
pessoas, mas não as encontrou, porque elas estavam escondidas na ilha.
Depois de alguns dias Plínio apareceu perto do mar, e Jack foi atrás
dele, porque sabia que era ele quem havia sequestrado as pessoas, pois era
muito malvado. Ao encontrá-lo, Jack falou:
_ Eu não quero confusão, mas não quero que você maltrate essas
pessoas só porque eu vim atrás de você, elas são gente muito boa.
Plínio, rindo, respondeu:
_ Você não pode me impedir.
Sem ninguém saber, o “louco” estava construindo um barco para fugir
com todas aquelas pessoas amarradas dentro dele.
Por sorte, Jack viu que Plínio veio do outro lado da ilha e foi até a beira
do mar. Quando ele voltou Jack foi atrás dele. Para sua surpresa, Jack viu que
Plínio estava construindo um barco e voltou até onde estavam seus
companheiros para avisá-los. No outro dia, chamou dois de seus amigos para
acabar com o plano de Plínio, esses amigos eram Maicon e Pedro. Eles
pegaram algumas armas que Jack havia fabricado e foram atrás de Plínio.
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Quando chegaram no outro lado da ilha, que era o lugar onde Plínio
estava, viram que ele não estava mas ali. Imediatamente, correram até a praia
e olharam para o mar e viram que o barco estava navegando, com várias
pessoas amarradas dentro dele. Eles viram Plínio dentro do barco, pularam no
mar e nadaram bem rápido até conseguir alcançá-los.
Quando conseguiram entrar no barco Plínio já estava preparado com
suas armas e veio para cima deles. Pedro e Maicon correram para salvar as
pessoas que estavam amarradas. Jack foi para cima de Plínio e eles começam
a brigar. Plínio, com sua faca, fez um corte no braço e no rosto de Jack, o qual
deu um tiro com sua pistola e acertou a perna de Plínio, que caiu na hora.
Pedro e Maicon conseguiram imobilizar Plínio e o amarram. Em seguida
soltaram as pessoas.
Eles pegaram o barco e voltaram para ilha, buscar as outras pessoas
que estavam lá presas para elas voltarem para suas casas. Eles navegaram
por dois dias e chegaram na Nova Zelândia, lá denunciaram Plínio e a polícia
o levou preso.
Todos voltaram para suas casas e agora estão felizes.
Com isso, Jack ficou muito feliz, e se sentiu digno de ser considerado
uma boa pessoa. Por isso, ele decidiu que vai continuar a viver aventuras e
ajudar cada vez mais pessoas.
As aventuras de Ynarah
Camila Cardoso da Silva
Ynarah era uma jovem muito forte, corajosa, divertida e grande
aventureira. Adorava lugares desconhecidos e perigosos. Certo dia, em uma de
suas aventuras, viu-se em apuros. Ela estava nadando em um rio quando a
correnteza ficou muito forte e ela começou a ser arrastada. Ynarah não sabia
se iria sobreviver, mas agarrou-se em um galho de uma árvore caída, se
segurou forte e conseguiu sair de lá. Já escapara da correnteza e agora estava
dentro da floresta.
O que ela poderia fazer? Como iria sair de lá? Não podia voltar. Então,
começou a andar na floresta, lá viu belas árvores com frutos deliciosos.
Começou a subir nelas, queria viver uma aventura e pegar algo para comer. Ao
menos, o treinamento militar valera a pena. Pegou alguns frutos e ficou
observando a vista. Era um lugar muito lindo. De repente, percebeu que
animais eufóricos vinham em sua direção, deu um pulo da árvore e começou a
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correr. Os animais continuaram atrás dela, mas, de um segundo ao outro, eles
pararam de correr, foi quando Ynarah caiu em um buraco.
Lá dormia um urso muito grande e a jovem precisava sair daquele lugar.
Atrás do animal tinha uma passagem, o urso dormia quieto, mas ela teria de
acordá-lo para passar, por isso pegou uma pedra e jogou bem no olho do
animal, que acordou rapidamente e, muito bravo por sinal, começou a se
mexer. Ela foi direto até a passagem e entrou.
O lugar era muito escuro, com uma lanterna ela percebia que havia
pedras preciosas. Ela foi andando, o caminho foi ficando apertado, mas
continuou caminhando e conseguiu sair de lá. Foi parar perto de uma rodovia
muito movimentada. Ali passavam vários carros e caminhões.
A garota resolveu pedir carona a alguém. Já era noite e o movimento
começava a diminuir, depois de muito tempo conseguiu carona em um
caminhão de carregar milho, que tinha uma mulher no volante. Parecia um
pouco assustador, pois dava para perceber que a mulher estava bêbada,
quase dormindo.
Ynarah foi ficando com medo, de repente, em uma curva, o caminhão
capotou. Ynarah desmaiou na hora do capotamento. Acordou na praia, na beira
do mar, com um monte de câmeras ao seu redor, logo chegou uma ambulância
que a levou para um hospital.
O hospital era um lugar muito ruim e a menina acabou tendo uma alergia,
ficou fraca e não conseguia comer nada. Certo dia, ela ouviu alguém dizer que
havia uma flor que curaria sua alergia se fizesse um chá com ela. Desesperada
e um pouco fraca, fugiu do hospital e entrou novamente em uma mata muito
fechada. Começou a procurar a tal flor, mata adentro. Depois de algum tempo
encontrou um grupo de índios e perguntou se sabiam algo sobre a flor, eles
sabiam pouco, mas foi útil. Com pena de Ynarah, eles a convidaram para ficar
junto deles e passar a noite em sua tribo.
Pela manhã, ela continuou sua busca. Dois meninos da aldeia foram
com ela e depois de muito procurar eles encontraram a flor. Ela fez o chá,
tomou, e aos poucos foi melhorando. A corajosa jovem ficou na tribo por alguns
dias, depois voltou para a cidade, trabalhou em um mercadinho e conseguiu
dinheiro para comprar uma passagem de volta para sua cidade.
Lá reencontrou sua família, que estava muito preocupada. E não era
para menos, afinal, Ynarah tinha apenas dezesseis anos. Ela foi muito bem
recebida e até fizeram uma festa para comemorar que tudo acabou bem.
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Em busca da ilha perdida de Panapaná
Carlos Eduardo Buzinaro
“Meu nome é Luana, eu tenho um irmão chamado Luan. Somos gêmeos
e adoramos fazer viagens de aventura para descontrair, temos vinte e cinco
anos, moramos em Londres na Inglaterra”.
Certo dia fomos até a biblioteca da nossa cidade procurar alguns livros
de aventura. Chegando lá, vimos um livro com capa dourada e brilhante, que
me chamou muita atenção. Começamos a ler aquele livro e notamos que havia
alguma coisa diferente nele, pois em cada página havia um pedaço de um
mapa. Decidimos levar aquele livro para casa, cortar todos os pedaços, juntálos, colá-los e ver que tipo de mapa seria.
Quando acabamos de cortar e colar aqueles pedaços, descobrimos que
o mapa indicava o caminho para chegar a uma ilha chamada Ilha Perdida de
Panapaná.
Panapaná é o coletivo de borboletas, por isso fiquei interessada em
desvendar aquele mistério.
Conversei com meu irmão, e decidimos ir em busca da ilha perdida. Na
frente do mapa dizia que ela ficava no Oceano Pacífico, mas ninguém sabia
onde, e no verso do mapa havia uma mensagem que dizia assim:
SE VOCÊ ESTÁ LENDO ESTA MENSAGEM É PORQUE DESCOBRIU O
SEGREDO DA ILHA DE PANAPANÁ. A ILHA PRECISA DE VOCÊ!! MAS,
CUIDADO! SE A ILHA ENCONTRAR, NÃO SERÁ FÁCIL LÁ FICAR, POIS HÁ
UM HOMEM MUITO MAU MORANDO NAQUELE LUGAR. É O SMITH. ELE
ODEIA QUE ALGUÉM ENTRE LÁ, POIS ACHA QUE TUDO É DELE. SMITH
POLUIU E DESTRUIU UM LUGAR QUE ERA LINDO E CHEIO DE VIDA E O
TRANSFORMOU EM UM AMBIENTE HORRÍVEL E ASSUSTADOR. SE VOCÊ
VOCÊ PUDER AJUDAR, SIGA O MAPA E COMECE A NAVEGAR.
Em poucos dias eu e Luan já estávamos preparando o barco para partir
rumo à Ilha de Panapaná. Passamos bastante tempo arrumando as malas e
juntando mantimentos e equipamentos de sobrevivência, pois não sabíamos o
que íamos encontrar, nem quantos meses demoraríamos nessa aventura.
Depois de tudo pronto e organizado, partimos em direção à ilha. E não
tivemos medo, porque estávamos felizes com a aventura.
Depois de dias e dias de viagem, pelo que dizia o mapa, já estávamos
perto do nosso destino. Estávamos ansiosos para chegar lá. De repente, meu
irmão gritou: “Terra à vista!!!" Ficamos emocionados e sem reação, pois
havíamos encontrado a Ilha de Panapaná.
Já dentro da ilha, após termos ancorado o barco, fomos procurar galhos e
folhas grandes para construirmos uma cabana bem escondida, a fim de nos
protegermos do perigoso Smith. Também tínhamos que procurar comida e
água, pois a que levamos no barco estava quase acabando.
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Ao passearmos pela ilha procurando os galhos e as folhas grandes para
a cabana, fomos observando a destruição que Smith havia causado. Havia
muito lixo, árvores quebradas, frutas arrancadas e muito mais. Já havíamos
passado dois dias naquela ilha e estávamos quase acabando de construir
nossa cabana, quando ouvimos os gritos de um homem que só poderia ser
Smith, ele dizia:
_ De quem é este barco?! Eu acabo com quem estiver na minha ilha!!!
Eu e meu irmão ficamos assustados e preocupados com o que
estávamos ouvindo, porque a voz era horripilante, mas, mesmo com medo,
seguimos em direção àquele homem para ver como ele era. Andávamos com
cuidado, mas caímos em uma armadilha. Ficamos em desespero, pois
sabíamos que era uma emboscada de Smith. Estávamos tentando escapar
quando apareceu na nossa frente um homem desarrumado e sujo, com uma
barba enorme e uma cara de mau. Ele nos perguntou:
_ Quem são vocês?
Eu respondi:
_ Sou a Luana e esse ao meu lado é meu irmão Luan!
Smith perguntou:
_ O que vocês estão fazendo na minha ilha?!
Nós respondemos:
_ Esta ilha não é sua e viemos combater o mal que você está fazendo a
ela!!!
Smith ficou com raiva, nos tirou da armadilha e nos prendeu em uma
jaula, que era feita com troncos de árvores, bambu e folhas de bananeira.
Smith disse que iríamos ficar presos naquela jaula até morrermos.
Ficamos com medo, pois estava escurecendo, estávamos com fome e
frio, e sem saber o que fazer. Escutávamos os sons da floresta, uivos, o
cantado das corujas, o piar de pássaros, o rugir de onças e o sibilar das
cobras. Tudo isso nos dava arrepios. Já estávamos sem forças para lutar e
achamos que aquele seria o nosso fim. Foi quando meu irmão se lembrou que
tinha um canivete em seu bolso e poderíamos usá-lo para nos libertarmos.
Cortamos os bambus e as folhas de bananeira e conseguimos escapar,
mas vimos Smith chegando. Ele correu atrás de nós e não nos alcançou, então
voltamos para nossa cabana. Estávamos cansados, com sede e com fome, por
isso comemos umas frutas e bebemos um pouco de água.
Depois de nos alimentarmos, eu e meu irmão bolamos um plano para
capturar Smith.
Como estava escuro e Smith já havia se recolhido, colocamos uma
armadilha na porta de sua cabana, para que, quando ele saísse, fosse
capturado.
Na manhã seguinte, quando ele saiu da cabana, a armadilha não
funcionou. Ficamos preocupados e pensamos em outro jeito de prendê-lo. Me
lembrei de uma bolsa que eu tinha trazido com equipamentos de emergência.
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Dentro dessa minha bolsa havia um spray de pimenta. Corremos até nosso
esconderijo, buscamos o spray e seguimos Smith até a beira da praia. Ficamos
escondidos e quando Smith se distraiu, corri e apliquei o spray em seus olhos
para que ele não enxergasse mais nada, assim conseguimos amarrá-lo com as
cordas que havíamos trazido. Depois disso, levamos ele para a sua cabana e
o prendemos.
Imediatamente começamos a desfazer os estragos de Smith. Ficamos
mais ou menos dois meses naquela ilha, limpando e arrumando o lugar para
que ele ficasse em condições de receber pessoas. Todos os dias levávamos
água e comida para Smith e tentávamos convencê-lo a mudar.
Havíamos acabado o nosso serviço, já estávamos prontos para partir.
Flores desabrocharam, animais silvestres apareceram como se fosse mágica.
Para nossa surpresa surgiram várias borboletas, que tomaram conta da ilha.
Percebemos que as borboletas só voltaram para a ilha porque agora tudo
estava limpo e porque era primavera. Pensamos em ficar, mas já era hora de
voltarmos para casa, para contarmos para todos a aventura que tínhamos
vivido.
Mas ainda teríamos que resolver um problema, não tínhamos como levar
Smith. Depois de muita conversa o convencemos a ser um guardião da ilha.
Levamos o homem para dar uma volta e mostramos para ele tudo que
havíamos feito. Ele viu que tudo estava mais bonito e percebeu que era mais
agradável viver em harmonia com a natureza. Por isso, jurou que manteria a
ilha limpa para que todos pudessem visitá-la.
Após um longo tempo de viagem chegamos novamente em casa. Tudo
acabou como nós esperávamos: chegamos bem, Smith se tornou um homem
bom e a ilha se transformou num ponto turístico.
Tadeu e seu inimigo Jack
Carlos Farias de Azevedo
No ano de 2075 um menino chamado Tadeu resolveu ir até a lua. Para
isso, precisava montar um foguete, tentou vários dias até que conseguiu.
No dia da viagem, ele usava roupa de couro, uma calça preta, uma capa
branca e também um capacete de astronauta. Ele tinha uma arma de laser
para se defende e era muito forte, apesar de ser apenas uma criança.
Depois de alguns dias de viagem Tadeu chegou à lua e lá encontrou
Jack, um garoto estranho, que se vestia sempre de roupa branca, mas usava
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uma capa preta. Ele usava algumas armas: uma flecha, uma espada e também
uma pistola cheia de balas pendurada na roupa. Ele era forte, muito feio e tinha
uma cara de gente má.
Tadeu queria o bem, mas Jack só queria o mal. Eles então começaram
a brigar e ficaram brigando por muito tempo. Um dia, o menino Tadeu, que era
muito esperto, arrumou uma armadilha para capturar Jack. Ele fez uma
emboscada e conseguiu o que ele queria.
Mas o menino mau conseguiu fugir e os dois se encontraram e lutaram
até se desgastar de canseira. Depois de muito tempo, o menino Tadeu
conseguiu ganhar a luta e fez Jack jurar que não praticaria mais maldades.
Todos os extraterrestres que viviam lá na lua agradeceram ao garoto por ter ido
até lá e ter dado uma lição em Jack, pois ninguém gostava do seu jeito
maldoso.
Depois disso, Tadeu voltou para casa com seu foguete e ficou
conhecido como o menino que foi para a lua.
Aventura no estúdio de dança
Emanuelly Borba de Oliveira
Havia um estúdio de dança abandonado que ficava em uma rua deserta
de um bairro afastado do centro da cidade. E havia duas meninas que eram
boas amigas. Elas se chamavam Emanuelly e Ana Kelly. As duas sempre
usavam shorts, camiseta e tênis, e adoraram dançar zumba.
Certo dia, as garotas foram ao estúdio para descobrir o que tinha lá
dentro, pois eram muito curiosas e adoravam uma aventura. Quando entraram
no estúdio, viram que havia um palco, correram para lá e começaram a dançar.
De repente, elas ouviram um barulho e perceberam que alguém estava
mexendo na porta. Elas ficaram assustadas e com medo, mas para a surpresa
das garotas, entraram no estúdio dois meninos. Eram Weverton e Anderson,
eles usavam calça e blusa de moletom, Anderson tinha um boné. Os meninos
eram morenos e tinham um olhar desafiador.
Sem querer, elas descobriram que aquele não era um estúdio de dança
abandonado, na verdade, era um lugar usado para ensaios.
De repente, os meninos ligaram o som começaram a dançar e desfiaram
as meninas para uma disputa: Emanuelly e Ana Kelly contra Anderson e
Weverton.
~ 16 ~
As garotas eram ótimas dançarinas e faziam passos super
interessantes e bem elaborados. Os meninos ficaram admirados da maneira
como as meninas dançavam.
Depois de algum tempo, os dois garotos admitiram que as garotas eram
melhores e mereciam ganhar a disputa.
A partir daquele dia as meninas e os meninos se tornaram amigos e
Emanuelly convidou Weverton e Anderson para voltar lá no estúdio para
dançar outras vezes.
As aventuras dos meninos
Everton Antonio Schons
Em um dia chuvoso duas crianças nasceram. Eram dois meninos. Os
pais deles não tinham condições para criá-los. Por isso, os dois foram
abandonados numa floresta e foram achados por lobos, que os criaram junto à
matilha.
Os meninos se davam muito bem e eram muito unidos. Aprenderam a
sobreviver na mata e cresceram com o amor dos lobos. Eles viviam felizes na
floresta, sem nenhuma preocupação e junto com a matilha.
Numa tarde em que tudo parecia bem, começou o terror. Vilões da
cidade começaram a incendiar as florestas. Os irmãos fugiram para longe.
Bem longe, eles começaram a treinar para combater os vilões.
Quando estavam preparados, eles voltaram e combateram de todas as
formas. Teve muitas mortes, mas eles conseguiram vencer. Agora ficou tudo
bem para as pessoas e os animais da floresta. Os meninos, que já eram
rapazes, continuaram a combater os inimigos.
Em busca de uma saída
Gustavo Borges Picinini
Certo dia, Stive foi à cafeteria Café Mágico. Entrou, se dirigiu até as
banquetas e pediu uma xícara de café.
Assim que terminou de tomar seu café ele olhou para o relógio e falou
assustado:
~ 17 ~
- Meu Deus! São quase onze horas, tenho que ir para casa agora.
Stive estava indo correndo para casa quando apareceu bem na sua
frente um portal que, acidentalmente, o engoliu.
Do outro lado do portal havia uma imensa floresta, com monstros para
todos os lados.
Para sua infelicidade o portal se fechou. Assustado, com medo e
tremendo, começou a andar em busca de uma saída.
De repente, ele avistou o mesmo portal no alto de uma montanha.
Correu até o pé da montanha, mas percebeu que ela era muito íngreme.
Com coragem e vontade de sair daquele lugar misterioso, começou a escalar.
Quando chegou a certo ponto da montanha, viu que havia nela uma
fenda, que impedia sua passagem, ele tentou pular, mas escorregou e caiu.
Abaixo dele havia monstros mortos de fome. Ao chegar perto da morte uma
pedra no meio do caminho o salvou.
Ele voltou a escalar a montanha. Quando chegou na fenda, pulou e
conseguiu segurar-se em uma pedra, mas a pedra se soltou e ele caiu
novamente. Dessa vez se agarrou em um galho de uma árvore, no qual subiu e
se sentiu aliviado.
Como em uma corda bamba ele se dirigiu ao centro da árvore. No
momento em que ele estava chegando perto, o galho se quebrou, e ele caiu
em cima dos monstros.
Na tela do computador apareceu GAME OVER!
A ilha desconhecida
Gustavo Vinícius de Oliveira
Era domingo, todos almoçavam em família, como de costume, e haviam
bebido muito. À tarde, os irmãos Fred e Jason resolveram fazer um passeio de
barco. Porém o barco não estava em boas condições.
Quando Fred e Jason saíram, a família ficou preocupada, pois havia
muitos perigos no mar, inclusive uma ilha misteriosa, que guardava muitos
segredos.
Fred era um rapaz muito tranquilo, mas Jason era agitado e tinha
problemas mentais, eles sempre andavam juntos. Os dois foram se
distanciando tanto da praia que ao anoitecer acabaram chegando onde todos
temiam: na ilha misteriosa, onde o barco estragou.
Um pouco assustados, Fred e Jason desceram do barco, pegaram uma
lanterna, o kit de primeiro socorros e começaram a andar pela areia. Eles
~ 18 ~
acharam um lugar perto de uma pedra para se esconder, por causa dos
perigos da ilha, como os animais selvagens e raivosos.
Quando amanheceu, Fred e Jason decidiram voltar ao lugar em que
haviam deixado o barco. Quando menos esperavam, encontraram habitantes
no lugar. Eles sentiram muito medo, porque pensaram que aquelas pessoas
iriam machucá-los, mas isso não aconteceu. Por isso, eles pediram ajuda para
tentar consertar o barco. Os habitantes daquele lugar eram índios e disseram
que iriam ajudar, mas precisavam chegar do outro lado da ilha, onde ficava a
tribo, para pegar ferramentas e outras coisas para fazer o conserto.
Começaram a andar, mas Jason, que tinha problemas mentais, não
sabia se cuidar e quando estavam passando perto de uma caverna Jason se
afastou do irmão e entrou nela. Lá tinha um urso e Fred saiu correndo atrás do
irmão para socorrê-lo. Depois de salvá-lo eles voltaram para o caminho que os
levaria até a tribo. Quando chegaram lá já era noite e Fred e Jason foram
dormir em uma das cabanas.
Logo que amanheceu os irmãos falaram que iam partir e os moradores
da ilha voltaram com eles até o barco e ajudaram a consertá-lo. Também
ofereceram comida e depois se despediram dos “visitantes”, que se foram de
volta para a cidade.
Lá na ilha fizeram amigos e acabaram com a lenda de que naquele lugar
havia muitos perigos e mistérios, encontrando lá um povo muito querido e
acolhedor, onde todos trabalhavam e seguiam suas vidas felizes, com seus
familiares.
Aventura no Egito
Higor Luis de Oliveira Dechoti
No final do século XVlll, eu, Tom Holkes, esperto, corajoso e muito forte,
fui participar de uma grande expedição para as tumbas do Egito, porém minha
vontade era visitar as pirâmides de Gizé.
Eu estava muito ansioso pra chegar ao meu destino, mesmo sabendo
que lá seria insuportavelmente quente. Logo que cheguei não via a hora de
visitar aquela pirâmide com cabeça de gente e corpo de leão, porque eu queria
conquistar um grande tesouro que estava lá, escondido na tumba de uma
múmia chamada Tutancâmon.
Eu sabia que ela era protegida por grandes armadilhas, mas não tive
medo! Quando cheguei à pirâmide de Gizé entrei pela porta da frente, mas
acionei uma armadilha quando pisei em um piso falso que fazia soltar fogo do
chão e apontar lâminas muito afiadas nas paredes. Quase virei picadinho.
~ 19 ~
Logo depois de sair das armadilhas caí em um buraco escuro, onde
havia muitas teias de aranha. Por sorte, trouxera meu farolete e pude ver onde
estava. Como num conto de terror, uma múmia se levantou da tumba, ela era
muito feia, cheia de bichos nojentos saindo do corpo e toda enrolada de trapos,
seus olhos eram vermelhos. Me deu arrepios. Para defender o tesouro ela
tentou me atacar com sua lança. Mas, como a múmia não conhecia tecnologia,
eu a atingi com um tiro da minha pistola 38.
Derrotei a perigosa guardiã e peguei o tesouro. Na tumba tinha uma
grande quantidade de ouro e joias em um baú. Carreguei o tesouro com meus
braços fortes e musculosos.
De repente, tudo começou a desmoronar, fiquei muito apavorado e
procurei um jeito para fugir de lá. Peguei uma saída que havia ali por perto e
quando escapei de lá fiquei muito feliz com minha conquista. Peguei meu
quadriciclo e fui a um aeroporto. Embarquei rumo a New York com o tesouro
em meus braços.
Quando chequei em New York e contei sobre minha conquista fiquei
famoso, pois eu fui o primeiro a conseguir o tesouro da pirâmide de Gizé.
O cristal ômega
Hiury Dal Pozzo da Costa
Rússia, ano de 3088:
Os russos disseram para os americanos que havia uma notícia urgente:
num observatório, quando observavam a super nova de Polus A, conseguiram
observar um pulsar, que é quando uma estrela explode e uma grande energia
se concentra num único lugar. Mas isso não deveria ser possível, pois teria que
ser uma estrela de grande porte, e Polus A não era.
Os cientistas de ambos os países concluíram que só poderia ser a
energia de um salto intergaláctico, já que não estava refletindo a luz de Polus A
azul. O pulsar tinha luz própria, e era roxa, contudo não existia nenhuma
estrela que transmitisse luz roxa, e o mais preocupante, é que estava vindo em
direção à Terra!
Estados Unidos, ano de 3093:
A luz do salto intergaláctico estava na galáxia vizinha à nossa, e em
proporção, tinha o tamanho de Júpiter, muitos seres humanos estavam
~ 20 ~
assustados, uns achavam que era o fim do mundo, outros, que era mentira do
país.
Estados Unidos, ano de 3098:
Os voidanos chegaram à Terra e dizimaram quase toda população do
planeta. Primeiro atacaram as maiores cidades, com tecnologia mais avançada
e com maior concentração de pessoas, depois atacaram as menores.
Os voidanos, queriam o CRISTAL ÔMEGA! Um cristal que foi
encontrado no centro da Terra no ano de 3087, cujo poder era imenso e com
energia para destruir uma estrela!
Havia uma organização secreta, que guardava o cristal ômega, mas
algumas pessoas dessa organização foram mortas. Entre as que sobraram
estava Jaks Truble, um expedicionário corajoso, inteligente e muito esperto. Ele
estava com o cristal e partiu em uma expedição para descobrir outros planetas.
Lua, ano de 3099:
Jaks Truble estava chegando à lua, quando avistou tantos destroços
flutuando que por pouco não atingiram sua nave. Ele aterrizou e viu a base da
organização secreta que havia lá toda destruída. Todos os membros, que eram
seus amigos, estavam mortos. Jaks ficou muito triste e prometeu descobrir
quem tinha feito aquilo. Ao olhar para o espaço, viu explosões gigantes
acontecendo. Ele sabia que eram na Terra, e eram literalmente colossais!
Repentinamente, as explosões pararam, e uma nave de luz roxa, com a
proporção de júpiter, apareceu atrás dele. No mesmo momento, Jaks Truble
pegou sua nave e foi em direção ao sol. Na tentativa de atingi-lo, os voidanos
fizeram vários disparos!
No caminho para o sol, alguns cometas vieram em direção à nave de
Jaks Truble. Só existia uma possibilidade para ele sobreviver: atirar dali mesmo
o cristal ômega nos inimigos.
Quando ele foi jogar o cristal ômega colossal, a nave dos voidanos
apareceu em sua frente, em forma de antimatéria, lançando um raio que atingiu
o cristal e o explodiu, fazendo surgir um buraco negro no sistema solar. Como
a nave dos voidanos era grande e lenta foi sugada para dentro do buraco
negro, o qual não se estabilizou e se fechou, com os voidanos dentro dele.
Logo após, pelo radar de sua nave, Jaks truble voltou à Terra, achou o
esconderijo dos humanos que sobreviveram ao ataque dos voidianos, e os
levou para um outro planeta, que havia descoberto durante suas expedições.
Assim começou uma nova era, na tentativa de construir uma nova Terra,
ou melhor falando, uma Terra 2.0!
~ 21 ~
O melhor amigo a gente não esquece
Igor de Jesus Alves
Havia dois amigos, Lion e o Max que moravam em um sítio, em
Missisipe. Eles eram humildes, mas felizes. Todos que olhavam para eles
pensavam que eram pessoas normais, mas os dois tinham um segredo
escondido. Um segredo nada comum, um segredo de heróis. Isso mesmo, eles
eram super-heróis. Lion era um homem forte, grande, enquanto Max era o
contrário, baixo e muito magro.
Estava chegando o aniversário do Max, e Lion não tinha nenhum
presente para lhe dar. Ele, estava pensando que como o Max sempre quis ser
igual a ele e, como ele era um grande cientista, poderia fazer uma fórmula
mágica para tornar Max muito forte. Porém, para completar a fórmula, faltava
um ingrediente, que ficava numa base militar abandonada desde a 1ª Guerra
Mundial e que se localizava uma praia de uma ilha no meio do oceano
atlântico. Não seria uma surpresa se ele contasse seu plano, mas pensou que
seria bem mais que uma surpresa se levasse o amigo até lá. Foi correndo
chamar o Max:
_ Max! Max! Max!
_ O que Lion, está tudo bem?
Lion se escorou no trator e esperou Max vir do celeiro e disse:
_ Max, você sempre quis ir comigo para um lugar bem longe, agora
chegou a hora.
_ Sério? Max deu um abraço em Lion, que sussurrou no seu ouvido:
_ Vá se arrumar, logo nós vamos partir.
Max correu até sua casa e pegou três pares de roupa, enquanto isso
Lion foi até o celeiro, puxou uma alavanca, e apareceu o submarino (afinal,
eles eram super-heróis). Max chegou e falou.
_ Achei que nós íamos de ônibus!
Lion sorriu e disse que não, que iam de submarino. Engataram o
submarino no trator e o arrastam até a praia, entram nele e partiram. Depois de
uma hora e meia eles chegaram à ilha deserta, foram até as margens da praia
e Max comentou:
_ Ufa! Chegamos! Que lugar bonito!
Lion pegou um mapa e pediu para Max cuidar dele, que só ele podia
lhes tirar de lá. No começo da praia descobriram que não estavam sozinhos,
pois na areia havia algumas pegadas de pessoas. Mas Lion não se preocupou
e falou para Max:
_ Vamos pegar o que preciso e voltar para casa, Max respondeu:
_ Justo agora que está legal?
Logo anoiteceu e Lion falou para acharem um lugar para dormir. Então
fizeram uma fogueira e adormeceram. No outro dia foram procurar a base
militar, mas, infelizmente, Lion encontrou lá alguém que não queria ver nem
~ 22 ~
pintado de ouro: era o Homem de Lata. Ele tinha o corpo metade de lata e
metade humano por causa de um acidente que aconteceu em 1843, em
Londres. Também tinha armamentos: uma lança e uma espada. O Homem de
Lata disse:
_ Estava esperando você! E deu uma gargalhada. Lion disse para Max:
_ Corre! Corre!
Eles sumiram no meio da mata, ou melhor, da selva e Max perguntou
para Lion quem era aquele homem. Lion respondeu:
_ Um velho inimigo, que eu achei que estivesse morto.
_ Vamos embora, então.
_ Agora que ele me viu, vai me procurar até a morte. Eu não devia ter te
trazido aqui, Max.
Os dois tentaram fazer o contorno da ilha para chegar até o submarino
porém, no caminho encontram o inimigo. Ele atirou sua lança que atravessou
pelas costa de Lion e com um só golpe o matou. Max, chorando, retirou a lança
do corpo do amigo e ouviu suas últimas palavras:
_ Você é perfeito do jeito que é, não precisa ser forte, nem grande, só
precisa ter um bom coração, meu amigo. E fechou os olhos. Uma lágrima
correu solta dos olho de Max, que, com muita raiva, atirou a lança no Homem
de Lata. Sua pontaria era perfeita e acertou em cheio o alvo. A lança
atravessou a cabeça do Homem de Lata, que caiu morto.
Depois, segurando Lion nos braços, foi se arrastando até o submarino.
Chegando de volta ao sítio enterrou Lion, e sobre sua sepultura colocou uma
plaquinha onde estava escrito: O MELHOR AMIGO A GENTE NÃO ESQUECE.
Bruto caubói
João Vitor Duarte Queiroz
Havia um caubói que gostava de montar em bois, era Wiliam Fox. Ele
ganhava todos os rodeios dos quais participava.
Certa vez, ele foi procurado por telefone pelo homem que tinha o touro
mais forte do Brasil, que fez um desafio para ele: manter-se por um tempo no
lombo do touro mais bravo de todos os tempos.
O campeão aceitou o desafio e depois de três semanas o homem
chegou à casa de Wilian Fox com o touro.
A chegar, o homem disse:
_Você que é Wiliam Fox?
~ 23 ~
_Sim, sou eu, o senhor deseja alguma coisa?
_Sim, eu vim dos Estados Unidos, e tenho uma coisa para te mostrar: o
touro Bandido. Esse touro é terrível e ninguém consegue vencê-lo.
Eles fizeram uma aposta: se Wiliam Fox ficasse oito segundos em cima
do touro, ia ganhar um milhão de reais, mas, se não parasse, teria que pagar
ao homem um milhão de reais.
Wilian Fox, que era muito rico, não tinha medo de nada e adorava uma
disputa, disse:
_ Feito o trato.
Chegou o dia de Wilian Fox montar no touro Bandido.
O campeão chegou perto, o touro bufou e deu um coice no brete. Ele
subiu no brete. O touro quase deu uma chifrada. Ele montou no animal, que
pulou e saiu apurado, deixando o caubói com medo, os homens gritavam.
_ Segura peão.
Em poucos segundos o touro jogou o rapaz pra cima e o derrubou. Por
isso, o dono do touro ganhou um milhão de reais e ficou muito feliz.
O touro foi colocado com os outros touros, numa fazenda bem grande.
Tempo depois, o homem vendeu a fazenda por dois milhões de reais para
Wilian Fox.
O planeta perdido
Kássya C. F. Almeida
Raquel e Artur eram amigos há muito tempo. Ambos tinham dezesseis
anos e amavam livros e histórias de aventura. Moravam com suas famílias e
amigos no lugar onde nasceram: um planeta chamado Guitzu!
Num certo dia, acordaram cedo e, para a surpresa dos dois, viram que
não tinha mais ninguém ao seu redor. No planeta Guitzu estavam apenas eles:
Raquel e Artur... Tudo sumira inexplicavelmente durante a noite.
Foram correndo tentar desvendar o mistério. Por incrível que pareça,
todas as pessoas, animais e veículos haviam desaparecido. A única coisa que
não havia sumido era o foguete do pai da Raquel. Ele era engenheiro mecânico
e fizera o foguete para ter um aliado com quem contar se um dia precisasse.
O foguete era pequeno por fora, porém espaçoso por dentro. Lá havia
comida, água, camas para descansar e armas.
Foi então que decidiram iniciar as buscas. Começaram por ir a um outro
planeta perto dali, para ver se achavam alguma pista dos desaparecidos.
~ 24 ~
Estavam no espaço, tentando descobrir o significado de tantos botões e
alavancas, quando, repentinamente, apareceu a seguinte mensagem no painel
do foguete: “Sem combustível”. A nave iniciou pouso e aterrizou.
O lugar se parecia com Guitzu, lá havia árvores, lagos e oxigênio, mas
nada de pessoas ou animais.
Então começaram a andar para ver se, por sorte, não achavam algo ou
alguém. Foi quando viram, de longe, um gigante, de uns vinte metros de altura
e de uma aparência assustadora. Mas o pior foi que, além deles terem visto o
gigante, o “monstro” também os viu.
Com medo de que fossem inimigos, o gigante resolveu atacá-los antes
que eles resolvessem atacar primeiro.
A batalha começou…
O “monstro” batia os pés no chão e os dois amigos atiravam pedras nos
pés dele. Pisões daqui e pedras de lá, o gigante gritou: “Parem com isso, por
favor, eu não sou mais tão novo e preciso descansar.”
Foi aí que Raquel e Artur pediram o porquê do ataque. O gigante
respondeu, interrogando-os: “Mas vocês não são inimigos?” Depois de muitos
risos, eles explicaram o motivo de estarem lá e, depois das justificativas, se
tornaram amigos!
Enquanto conversavam, o gigante disse que há alguns dias tinha visto
bastante movimento numa ilha distante, como ele nunca vira antes. Ele levou
os dois jovens até lá para ver se encontravam o que estavam procurando.
Quando chegaram à ilha, perceberam que ela era bem parecida com o
planeta onde moravam: cheia de gente, com muita harmonia e alegria.
Andaram um pouco por lá e depois de um tempo, finalmente encontraram suas
famílias, amigos, animais e tudo mais que havia desaparecido.
Perguntaram se alguém sabia explicar como todos foram parar ali e a
mãe do Artur disse que ninguém saíra do lugar. Aliás, Artur e Raquel saíram…
Foram capturados por extraterrestres...
Eles ficaram confusos e perguntaram como e por que nunca haviam
visto aquelas lindas paisagens. Todos disseram que enquanto eles dormiam,
ETs vieram e os levaram para viverem uma aventura como as de suas histórias
e livros. O foguete foi uma “ajuda” e o gigante sempre morou ali, mas sozinho,
do outro lado do planeta… E quanto às lindas paisagens, disseram que elas
sempre estiveram ali, mas nunca foram notadas, sempre foram vistas apenas
como mais um lugar comum.
A partir desse dia, Raquel e Artur viveram felizes e em companhia de um
novo amigo: o gigante!
~ 25 ~
Os guardiões dinossauros
Kauã Gabriel Kuhn dos Santos
No século XVIII, no Norte da América Central muito perto do mar, havia
uma tribo de índios chamada Caigangue, ela era uma tribo bem grande e vivia
da caça e da coleta.
Nessa tribo havia um garoto de doze anos chamado Roni. Era um
menino obediente, educado, que ajudava seu pai na caça, e sua mãe na
coleta de frutos e ervas. Ele brincava muito de arco e flecha, sempre queria
dormir fora de casa, mas sua mãe quase nunca deixava, pois ela era muito
protetora e dizia que algum bicho ia picá-lo ou mordê-lo. Seu pai, ao contrário,
falava que o menino precisa fazer isso para tomar coragem. Roni sempre dizia
que quando crescesse ia se tornar um aventureiro.
Muitos anos se passaram e Roni se tornou um homem muito forte.
Desde pequeno, planejava sair viajando de barco pelo mar, para achar terras
desconhecidas e registrar alguma descoberta em um mapa para todo mundo
ficar sabendo.
Um dia, ele pegou seu barco e anunciou para sua tribo que ia viajar.
Seus pais, que já estavam velhinhos, não queriam aceitar, mas depois de
conversar bastante, conseguiu convencê-los. Muito animado, foi procurar
alguém para ir junto na sua viagem, contudo, ninguém aceitou, todos diziam
que era loucura, que era morte na certa. Então Roni teve que viajar sozinho,
ele saiu da sua tribo e foi em direção ao Norte.
Depois de dois meses viajando, só se alimentando de carne seca que
tinha levado e de peixes, e só bebendo água que também trouxera, avistou
um recife de corais, sinal de terra. O aventureiro ficou muito feliz,
entusiasmado e emocionado porque achou uma enorme ilha. Quando chegou
perto dela e soltou a âncora, percebeu que o lugar era inabitado, pois a mata
era muito fechada e não havia sinal de vida humana.
Roni era muito corajoso e logo estava andando pela ilha. Explorou tanto
até que encontrou uma caverna. Porém, não era uma caverna qualquer, ela
era muito grande, profunda e escura. Com alguns materiais que ele achou na
ilha fez uma tocha. Como era muito curioso, entrou para explorá-la e viu que a
água do mar passava dentro da caverna.
Sentiu um pouco de medo, mas continuou seguindo e viu logo à frente
algo brilhando. Ele achou que era o reflexo da água, entretanto, quando
chegou perto viu que era uma pedra preciosa. Com suas mãos tentou
arrancá-la, como não conseguiu, rapidamente pegou uma outra pedra que
estava no chão e bateu várias vezes até que conseguiu arrancá-la.
Imediatamente colocou dentro de seu embornal de couro e saiu da caverna.
Naquele momento, teve a maior surpresa de sua vida: ao redor da
caverna viu muitos dinossauros enormes e aterrorizantes. Roni ficou bastante
~ 26 ~
assustado e pensou em como não ser atacado por aqueles gigantes. Planejou
sair de fininho e ir até o barco, com o qual voltaria para casa.
O rapaz estava escondido em uma vegetação bem densa, mas um
dinossauro percebeu sua presença e começou a correr em sua direção. Com
o movimento desse dinossauro os outros também viram Roni e ele começou a
correr, saiu da mata, atravessou a praia e entrou no barco. Muito aliviado
pensou que estava seguro, mas ainda tinha de tirar a âncora do chão, por isso
foi correndo soltá-la.
Enquanto estava erguendo-a, um dinossauro tentou mordê-lo, mas ele
desviou e a mordida arrancou um pedaço do barco. Mesmo assim, Roni
conseguiu levantá-la e sair dali.
Poucos metros adiante, ele viu, caída no chão do barco, a pedra que
tinha retirado da caverna, ele a pegou com cuidado e viu algo de diferente: a
pedra era oca, e dentro dela havia alguma coisa. Com muito cuidado, abriu a
pedra e viu um pedaço de casca de árvore no seu interior, nele estava escrito:
“se você está lendo isso é porque chegou à caverna da ilha e, se você pegou
essa pedra como eu peguei, terá que devolvê-la ao local em que estava. Se
não fizer isso, os dinossauros irão te matar, porque para eles você é
considerado um ladrão. Boa sorte para devolvê-la!”
Após ler isso Roni ficou muito assustado e com medo de voltar lá, por
isso não voltou e pensou que já não tinha mais com o que se preocupar. Ele
seguiu viagem normalmente e quando já tinha navegado bastante, sem nem
mais enxergar a ilha, viu muitas ondas na água. Era um enorme tubarão de
aproximadamente vinte metros. O bicho pulou contra o seu barco e o
danificou. Na mesma hora veio em sua cabeça a mensagem da pedra, com
muito medo ele parou de teimar e conduziu o que sobrou de seu barco em
direção à ilha. Quando estava quase chegando novamente ao recife de corais
um tubarão deu outro golpe no barco, Roni caiu no mar e foi levado pelas
ondas para dentro do recife, como era raso, o tubarão não conseguiu
persegui-lo.
Depois de nadar muito, Roni chegou à ilha e se escondeu bem, para que
nenhum dinossauro lhe visse. Quando pensou que estava seguro, saiu
correndo em direção à caverna, contudo, para seu azar, foi visto por um
dinossauro, que saiu correndo atrás dele. Roni entrou na caverna e viu o
buraco onde a pedra estava, rapidamente tirou-a do embornal e olhou para
trás para ver onde dinossauro estava. O animal estava a uns dois metros dele
e já com a boca aberta para comê-lo. Roni fez um movimento rápido para
colocar a pedra de volta ao lugar em que estava. Após colocar esse gesto
houve um impacto e um clarão muito forte, Roni caiu a metros de distância e
de olhos fechados por causa da luz. Quando ele abriu os olhos, os
dinossauros já não estavam mais lá.
Em seguida, ele voltou correndo para o barco, mas seu barco estava
muito destruído, então ele pegou alguns galhos e troncos de árvores para
~ 27 ~
tampar os buracos, e algumas folhas de coqueiro para fazer amarrações,
depois de consertá-lo, seguiu sua viagem para casa.
Depois de pensar muito durante sua viagem, ele concluiu que os
dinossauros eram os guardiões da ilha. Roni não quis registrar no mapa
aquela descoberta, pois os homens são muito ambiciosos e iriam querer
pegar a pedra e poderiam facilmente ser mortos pelos dinossauros.
Roni voltou para casa e contou a todos sua aventura. Até os dias de
hoje sua história é contada pelos indígenas daquela região.
O sonho de aventuras
Luana A. Moscardi
Meu nome é Jessy, sou irmã mais velha de Mary. Minha irmã tem vários
pesadelos à noite, isso a assusta, parecem pesadelos sem fim.
Quando ando em minha casa durante a noite para buscar um copo de
leite na cozinha e Mary está dormindo, sempre vejo ela se mexendo. Gostaria
que ela não tivesse tantos pesadelos.
P.O.V Mary*
Meu nome? Acho que sabem, sou Mary, a garotinha dos pesadelos,
Opa! Sonhos! Tenho cabelos cacheados e ruivos. Meus olhos são castanhos,
não gosto deles… Tenho dez anos de idade. Minha mãe me considera um
bebê, não posso me aventurar, nem sequer matar uma pequenina formiga. Ah
isso não é muito emocionante… Nem ao menos interessante... Mas, ao menos
em meus sonhos eu posso viver minhas aventuras sem ninguém me perturbar.
Eu estava tendo mais um dos meus sonhos, estava mesmo na hora
mesmo de uma aventura! Jessy não está aqui para falar o que devo fazer. Ela
acha que tenho pesadelos, mas, não tenho. Mas, ué! Onde estou? Nunca vi
esse lugar, nem aqui nem na China! Esses sonhos estão ficando cada vez
mais confusos, ave Maria! O que é aquilo?
É mais um das sombras de meus sonhos, são sombras musculosas e
tenebrosas, me assustam, porém não passa de um pequeno sonho. Não dá
para perder a chance de me aventurar nisso. Ela está falando comigo?
- Mary? - Ela sussurrou, ventos frios batiam em meus cabelos.
- M-mas quem é o senhor? - Eu gaguejei, estava com um pouco de
medo.
~ 28 ~
- Você sabe quem eu sou! - Ela disse, se aproximando - Você sabe…
Mary...
- E-eu sei?! Lógico que não! - Eu estava tremendo!
- Então, para você descobrir, vai ter que se aventurar nesse sonho! - Ela
sumiu, de repente, sem dar o ar da graça.
- O-o que, mas… - eu fiquei em dúvida, eu a conhecia?
Não me importei e sai dali sem dar atenção, mas ficou uma dúvida: ela
me conhecia? Ela ou ele? Não sabia. Que confusão, mas quais desafios terei
que enfrentar daqui para frente? Ah! Nem ligo! isso e um sonho, afinal.
Antes que eu falasse isso em meus pensamentos tudo mudou de
repente. Eu havia chegado em uma floresta, e não conseguia enxergar nada. A
floresta estava coberta por neblina. Que droga! Vou ter que sair daqui, mas
meus olhos são muitos pequeninos, não consigo ver nada.
- Alguém aí, pra me ajudar? Por favor? - Meus olhos lacrimejavam.
Ah! Que barulho é esse? Trovões? Era só o que me faltava! Mas… isso
não são trovões... é o som de uma música! Ai, credo! Jesus está comigo.
Era uma música muito estranha... Olhei para a direita e vi uns seres
estranhos, pareciam índios canibais. O que quereriam eles? Tomara que não
fosse a minha carne. Oh céus! - S-são mesmo canibais! Deus me proteja!
Como eu disse, é só um sonho, não há razões pra que eu me preocupar. Vou
encará-los.
- Ei! Vocês! Acham que são quem para assustar as pessoas? - Eu me
levantei da neblina.
- Somos canibais?! - Eles falaram em coro.
- Ah! Isso eu sei… - Eles me puxaram, que música é essa? Ah, não
péssima ideia a de vir falar eles.
- Uh! ah! uh! ah! - Eles cantavam enquanto me carregavam.
- Me larguem! Esse sonho é meu - Abri minha boca e dei uma mordida
em um dos que me carregavam.
- Uh! O que você fez? - Eles me largaram para prestar ajuda ao
companheiro.
Sem pensar duas vezes saí em disparada. Ai que coisa! Agora eu sabia
os desafios daquela sombra. Queria ver a insana vir falar comigo, me encarar.
Ah, se eu pudesse ver seu rosto! Ei! Esse é meu sonho! Sou eu quem mando
nele! Ordeno ver a cara da sombra!
- Olá, amiga - A sombra se aproximou e dei um pulo de susto.
- Ah! Você de novo! Você quer me matar do coração? - Coloquei minha
mão na boca.
- Ahaa! Você já descobriu quem eu sou? - Ela parecia ainda mais
escura. A neblina não havia desaparecido ainda.
- N-não?! - eu a interrompi.
- Pois você vai saber… - Ela disse se afastando.
- Por favor! Não vá! Preciso saber quem é você!
~ 29 ~
Ela sumiu mais uma vez. O que ela quis dizer com “vou descobrir”? Eu a
conheço? Será familiar? Se for Jessy, juro que nunca mais quero sonhar na
minha vida. De repente, os canibais apareceram de novo atrás de mim.
- Mary, Mary! - Eles gritavam em coro.
- Saiam daqui! - Gritei me jogando no chão, sem forças. Um punhal
apareceu nas minhas mãos. Como podia aquilo!?
- Não me machuquem, eu tenho uma arma! - Eu mal sabia usá-la , mas
dizia isso pra que saíssem dali.
- Garotinha! - A sombra gritou.
- Ah! - ela me puxou e foi me levando para outra dimensão. - O-onde
estou, senhora?!
- Não se preocupe, você vai ficar bem aqui. - A sobra sumiu, mais uma
vez, como poderia?
- Você não pode ir sem ao menos me dizer onde estou! - Eu disse, me
ajoelhando no chão. - Ei, volte! - Naquele momento eu vi algo se mexendo
numa folhagem.
Mais uma vez… Essa sombra ao menos poderia me dizer quem é ela.
Vai me deixar nesse mistério? Ninguém merece! Hum… queria muito descobrir
o que tinha lá... Tinha várias folhas, flores, tinha árvores enormes, não tinha
neblina alguma, mas a sensação que o lugar transmitia me deixava
aterrorizada.
Cadê? Não havia nada lá! Essa sombra! Ah! que droga. Ela achou que
eu podia me virar sozinha! Quero acordar! Como pode ser tão confuso assim
um sonho idiota? Uh! ela poderia aparecer de novo, para ao menos conversar.
Eu estava ajoelhada, tentei me levantar, quando senti que minhas mãos
estavam presas a uma corrente. De repente, avistei a sombra. Será?
- Oi pobre garotinha! - Para minha surpresa, a voz era de minha avó,
que havia falecido há algum tempo. Como poderia?
- Já descobriu quem sou eu? - Ela havia tomado o corpo de minha avó.
- Vovó! - como é bom vê-la.
- Agora você pode acordar, mas antes, ouça-me: você viverá grandes
aventuras por aí, minha netinha, em seus pequeninos sonhos!
Acordei exatamente nessa hora! Como isso era possível? Vou ter mais
sonhos assim com ela? Ah! meu Deus, mas… E se eu não conseguir vencer
alguns desafios nos sonhos? Ah! Deixa pra lá...
Eu acordei com os olhos inchados, e apenas os cocei quando acordei.
Parecia que eu havia dormido por horas.
P.O.V Jessy*
Mary! acordou. Ela dormiu mais de duas horas. Ela não tem esse
costume. Pobre garota! Deve ter tido mais um de seus pesadelos. Devem ser
tenebrosos. Ah! Nem quero imaginar. Vou avisar que o almoço está pronto.
~ 30 ~
- Mary, venha logo! o almoço está servido. Levante logo essa bunda daí,
garota!
- Já vou! Pare de ser boba… - ela vinha tropeçando pela casa - Bom dia,
mamãe, papai. - Ela sorriu.
- Bom dia filha, dormiu bem? - Mamãe disse pondo uma torrada em sua
boca.
- Sim, sim, mamãe, que delícia está esse pão. - Ela disse, mordendo-o.
- Ah! Claro, fui eu quem o fez. - Rimos juntas e ela tocou amavelmente
em meu ombro.
O dia continuou… Como sempre...
P.O.V Mary*
Jessy mal sabe de meus sonhos… SONHOS DE AVENTURA!
Vocabulário: *(P.O.V) Point of view = Ponto de vista.
O dia em que um alienígena invadiu meu jardim
Luana Aparecida Ferreira Novaes
Em um dia qualquer eu e meu irmão Bruno estávamos brincando no
jardim, estávamos distraídos jogando futebol, quando um raio de luz desceu
até a casinha do nosso cachorro e uma criatura horripilante saiu de dentro dela.
Era um ser verde, que veio andando pelo jardim, em nossa direção. Eu e Bruno
ficamos estado de choque, a nossa única reação naquele momento foi gritar:
_ Mamãe, mamãe, socorro!!!
Mas ninguém nos ouvia. Começamos a ficar trêmulos, pois nunca
tínhamos visto uma criatura tão horrenda.
Eu, como sou muito corajoso, peguei o taco de golfe do meu pai, e saí
correndo para atacar o monstro. Ele ficou parado me olhando, apertou um
botão em seu cinto e desapareceu bem na minha frente. Meu irmão não parava
de gritar e quando eu menos esperava Bruno ficou quieto. Me virei para ver o
que estava acontecendo e levei um susto.
Bruno não estava mais no mesmo lugar que eu o havia deixado, então,
desesperado, gritei:
- Bruno! Bruno! Onde você está?
Percebi que ele havia sido levado pela criatura e saí correndo atrás de
pistas para achá-lo.
~ 31 ~
Como eu não sabia onde ele estava, fui para a rua e acabei pegando um
ônibus que parou na minha frente. Fui parar em um lugar que eu nunca havia
visto na minha cidade. Lá, vi um monte de criaturas “surreais”. Fiquei morrendo
de medo, mas eu tinha que achar meu irmãozinho. Então segui em frente, até
que avistei uma estrada, onde havia uma placa dizendo: “Você está em
Etenópolis. Aqui os humanos não são bem-vindos!”
Fiquei morrendo de medo, mas segui caminhando, até que avistei várias
criaturas andando em direção a um objeto que parecia uma nave espacial.
Por mais surpreendente que fosse, aquelas grandes e horripilantes criaturas
eram seres extraterrestres, que vieram à Terra e, pelo jeito, haviam capturado
meu irmão.
Como tinha que salvar Bruno, eu teria que enfrentá-los. Por isso,
precisaria de um plano infalível. Esperei escurecer e fui andando pelas ruas
desertas até que, de repente, tive a melhor ideia do mundo!
Eu só precisaria de uma corda e um lençol verde. Comecei a procurar os
objetos para realizar meu plano, porém que eu não sabia que no meio do
caminho encontraria guardas-Ets. Eles quase me viram, mas como sou muito
esperto consegui me esconder. Numa esquina encontrei uma corda e continuei
andando até ver, estendido num varal, o lençol verde que eu precisava.
Peguei o pano e saí correndo até uma grande árvore que havia lá perto.
Me escondi debaixo dela e coloquei o pano sobre mim, fiz um buraco no lugar
dos olhos e amarrei a corda na minha cintura, deixando uma ponta bem grande
para poder usar como arma contra os alienígenas. Assim que me vesti, fui em
direção a um grande salão, que era o lugar onde eles estavam. Para conseguir
executar meu plano com sucesso eu precisava entrar lá disfarçadamente,
encontrar meu irmão e achar um jeito de levá-lo comigo.
Eu ia entrando no salão, mas veio um daqueles alienígenas e me deu
um soco. Quando acordei estava sentado em uma cadeira, ao lado de meu
irmão Bruno. Num primeiro momento fiquei muito feliz por tê-lo encontrado,
contudo a felicidade logo acabou porque percebi que não seria fácil sair dali,
pois estávamos sendo vigiados por um guarda. Comecei a pensar em uma
solução para sair daquele lugar horrível, que tinha cheiro de ovo podre.
Bruno teve a ideia de pegar a arma de raio lazer do Et-guarda. Para meu
irmão conseguir pegar a arma, eu tinha que distraí-lo. Por isso, fingi que estava
passando mal para Bruno poder agir. Simulei um desmaio, e assim que o Et
chegou perto de mim e me desamarrou eu me joguei em cima dele e fiz com
que a arma caísse nos pés de Bruno. Meu irmão foi muito rápido, pegou a
arma e deu um tiro no Et, que acabou ficando menor que uma mosca. Só então
descobrimos que a arma era um raio redutor.
Eu e Bruno conseguimos fugir e voltamos para casa. Nunca mais
ouvimos falar dos Ets. Mas, cuidado! Eles podem estar te observando nesse
exato momento!
~ 32 ~
Lucas e os índios do mal
Lucas Aparecido de Lima
No Brasil, no estado do Rio Grande do Sul, morava Lucas, um grande
homem, corajoso e forte. Ele era arqueólogo. Era um profissional muito bom,
ninguém se metia no caminho dele. Lucas tinha uma família muito linda, tinha
dois filhos, uma menina e um menino.
Um dia, foi viajar com sua família para a Amazônia, era uma viagem de
ano novo. Ia ser muito legal.
Quando eles chegaram ao hotel em que iriam se hospedar foram bem
atendidos e se sentiram muito felizes.
Eles viram muitos bichos, andaram pela floresta e nadaram nos rios.
Depois de alguns dias, chegou a hora deles irem embora. Estavam indo para o
aeroporto com o carro que haviam alugado, quando, no meio do caminho foram
atacados e capturados por índios muito malvados, que levaram Lucas e sua
família para uma tribo de canibais no meio da mata.
Eles ficaram muito assustados. Os canibais prenderam Lucas numa gaiola
de bambu e sua família foi levada para uma cabana. O arqueólogo não teve
medo, mas ficou muito bravo porque haviam levado a família dele.
Lucas era forte, ele podia sair da gaiola, porque o bambu e já estava
bem podre e os indígenas não perceberam. O arqueólogo esperou escurecer
para fugir, pois estava muito preocupado com a sua família.
À noite estava bastante nublado, e quando o índio que estava vigiando o
prisioneiro saiu de perto, Lucas entrou em ação. Tirou a camisa, amarrou na
mão e deu um soco bem forte na gaiola, mas ela não quebrou. Tentou outra
vez e deu certo, e ele fugiu. Não fazia ideia de onde sua família estava, mas
sabia que iria procurá-los. Pegou uma lança que estava caída no chão e saiu
andando pela mata.
De repente, ouviu alguns gritos e percebeu que eram de sua filha.
Seguiu os gritos, até que identificou que vinham de uma cabana bem fechada.
Queria entrar, mas tinha dois índios de guarda. Para distraí-los, pegou uma
pedra do chão e atirou para longe, um índios saiu para ver o que era e
desapareceu na mata, o outro ficou lá. Sem outra opção, Lucas foi para cima
dele. Eles lutaram por uns minutos e, como Lucas era muito forte, conseguiu
dar um golpe no índio que ficou desacordado.
Depois disso, abriu a porta da cabana e viu lá dentro toda sua família.
Como ele estava machucado, acabou desmaiando. Sua esposa o socorreu e
os filhos ficaram vigiando para ver se vinham mais índios.
Lucas se recuperou logo e falou para a família que o carro deles estava
perto dali e que eles precisavam correr. Com cuidado, foram andando pela
beira de um riacho, para que os índios não os vissem. Porém, os canibais já
estavam procurando por eles e acabaram sendo vistos. Com muita esperteza,
~ 33 ~
Lucas os despistou. Enquanto isso, sua mulher e os filhos correram para o
carro. Lucas correu muito até que conseguiu chegar também. Por sorte, a
chave estava na ignição. Eles foram embora, deixando os índios para trás.
Quando chegaram ao aeroporto avisaram a polícia e foram para casa.
Nunca ficaram sabendo se os índios continuaram sequestrando e assustando
as pessoas.
Uma ilha assombrada
Maria Eduarda Oliveira
Jackob era um aventureiro que vivia em uma pequena cidade, no final
do século XVIII. Ele adorava navegar pelos mares em busca de aventuras.
Certa vez, soube de um tesouro que havia em uma ilha, que era guardado por
um terrível fantasma. Muito animado, decidiu procurá-lo.
Seguiu em viagem até que encontrou uma pequena ilha que
aparentemente parecia ser desabitada. No lugar havia muitas árvores,
pássaros e animais de diversas espécies. Mas, mal sabia ele que era naquela
ilha que morava o fantasma de Edward, o mais horripilante e terrível pirata que
já navegou os sete mares.
Todos que chegavam à ilha eram aterrorizados por Edward e logo
abandonavam o lugar. Mas Jackob era corajoso, destemido e, com sua espada
na mão, não tinha medo de nada. Logo percebeu que era ali que estava o
tesouro, pois o fantasma apareceu na primeira noite que passou lá.
Corajosamente, passou várias noites naquele lugar, em uma pequena barraca
que ele sempre carregava consigo para situações de emergência. Sempre que
anoitecia, o fantasma de Edward fazia de tudo para assustá-lo e expulsá-lo,
mas tudo era em vão.
Uma noite o fantasma apareceu bem na frente de Jackob e os dois
travaram a maior luta de todos os tempos. As espadas relampearam na
escuridão, a noite parecia dia. Depois de muito batalhar Jackob arrancou a
cabeça do fantasma com sua espada, pois esse era o único meio de acabar
com ele.
No dia seguinte, ele foi procurar o tal tesouro escondido de Edward. O
tesouro estava enterrado debaixo de uma pedra em forma de cruz. Era um baú
enorme cheio de joias, diamantes, taças de ouro, espadas e moedas antigas e
muito valiosas. Jackob carregou o que pode e depois voltou para sua barraca
pra desmontar acampamento e ir embora.
Dias depois chegou em sua casa, e depois de um banho bem quente,
ele contou tudo o que tinha acontecido na ilha. A sua esposa ficou muito
~ 34 ~
orgulhosa com tudo o que tinha acontecido e resolveu fazer uma festa
surpresa.
Jackob ficou muito feliz com a surpresa, e com o reencontro com a
família. Como era um homem bom doou quase todo o seu tesouro, para os
necessitados e orfanatos da cidade, menos a espada de Edward, que era o
mais importante para ele.
Até hoje Jackob conta que quando ele arrancou a cabeça do fantasma,
o espírito lhe agradeceu por ter sido libertado da maldição, então lhe mostrou
aonde ficava o seu tesouro. Foi assim que terminou mais uma das histórias de
aventura de Jackob.
Momentos estranhos
Maria Eduarda Tegoni Teodoro
Eu vivia em uma cidade antiga e com poucos habitantes. Lá as pessoas
não tinham celulares, computador, nem qualquer outro tipo de equipamento
tecnológico. Eu tinha um filho e uma esposa para cuidar e trabalhava como
mecânico.
Certo dia fui levar meu filho para brincar no parque. De repente, percebi
que ele estava com algo estranho na mão, era prateado e pequeno, então
perguntei:
_ Que brinquedo é esse? De quem você ganhou?
O meu menino, que tinha quase sete anos, me falou:
_ Achei aqui no parque, pai.
_ Então deve devolver ao dono.
_ Mas eu não sei quem é o dono, disse ele.
Peguei o objeto em minhas mãos e, naquele exato momento, algo
estranho aconteceu: fui transportado rapidamente para um lugar com poucas
pessoas e muitos robôs.
Em um instante apareceu em minha frente um jovem robô, que me
disse:
_ Quem é você? De onde você veio?
Respondi:
_ Não sei onde estou, aliás, eu sou Jack e moro numa cidade pequena,
lá não tem robôs como aqui, mas quem é você? Pode me dizer onde estou?
_ Posso sim. Estamos na Cidade Moderna, aqui existem tantos
equipamentos tecnológicos que você nem imagina. Ah! Me chamo Thouty.
Quer conhecer a cidade?
_ Quero sim.
~ 35 ~
_ Então vamos.
E começamos a andar com um carro que se transformava em robô.
Fiquei admirado e Thouty me perguntou:
_ Como você chegou aqui?
Meio espantado, expliquei tudo o que havia acontecido. Thouty me
explicou que o objeto que meu filho achou era um tele transportador e que eu
fui tele transportado para cá acidentalmente, por isso, teria que ficar ali até que
me autorizassem a voltar para minha casa.
Continuamos andando pela cidade e à tardinha ele me mostrou onde eu
ia dormir. Ao se despedir, me falou:
_ Aqui podemos tudo, menos falar de coisas antigas ou que não tenham
tecnologia, se você falar alguma coisa que não deve, uma parte do seu corpo
vai desaparecer e, se tudo acabar, nunca mais poderá voltar para casa.
Fiquei preocupado e comecei a chorar. Só depois de muito tempo
consegui dormir.
No dia seguinte, Thouty veio me acordar e comecei a reclamar com ele
que não podia deixar minha casa e minha família. Naquele momento, minhas
mãos e meus pés começaram a desaparecer e, de repente, tudo ficou escuro.
Quando meus olhos se acostumaram com a escuridão vi uma porta.
Quando abri algo me puxou e comecei a cair sem parar. Só parei quando
consegui me segurar nos galhos de uma árvore enorme. Lá de cima comecei a
ver no chão. A uma certa distância vários gigantes estavam lutando e atirando
coisas uns nos outros. Desci bem devagar e vi um deles mexendo no celular.
Pensei em fugir porém não iria adiantar, porque eu estava perdido e precisava
saber como voltar. Comecei a chamar a atenção daquele gigante, mas ele não
me ouvia. Resolvi subir pela roupa dele até que consegui chegar ao celular, na
hora que ele me viu, me segurou com a ponta dos dedos e perguntou com uma
voz irritada:
_ O que você está fazendo aqui? Fale agora!
_ Só queria saber como posso ir embora daqui o mais rápido possível!
Com um jeito bravo ele começou a falar:
_ Primeiro você vai ter que passar pela cidade dos gigantes que vivem
brigando sem motivo, depois deverá ir até o grande castelo e achar um
feiticeiro. Ele lhe dirá como você poderá chegar à sua casa. E agora, pare de
me perturbar!
Ele me colocou no chão, eu agradeci alegremente e me despedi.
Andei um pouco e logo encontrei os gigantes que estavam brigando e
gritando muito alto, pensei: “Como vou passar?” Tentei ir correndo, mas quase
fui pisoteado, tentei ir pulando, quase me acertaram uma pedra, fui andando,
porém o chão tremia muito e eu estava nervoso, por fim, me abaixei e andei
bem rápido.
Quando cheguei ao castelo estava meio ferido e com muita dor. Não
conseguia sair do chão, comecei a me desesperar e pensei em desistir. Mas,
~ 36 ~
veio à minha mente a voz do meu filho e da minha esposa dizendo: “Não
desista, você vai conseguir”. Isso me deu forças para continuar. Meio tonto
ainda, comecei a procurar o mago naquele castelo enorme.
O lugar era cheio de armadilhas, tinha que prestar atenção o tempo todo
nos mínimos detalhes. Na última torre havia uma cadeira vermelha, na qual um
homem pequeno estava sentado. Fiquei confuso e falei:
_ Com licença, você é um mago?
Depois de alguns segundos ele falou:
_ Sim! O que você está fazendo aqui?
_ Estou perdido, preciso muito ir para casa. Pode me ajudar?
_ Depende. Onde você mora?
_ Moro numa cidade pequena e bem antiga, onde as pessoas vivem
sem tecnologia.
_ Mas, como você veio parar aqui?
_ Fui trazido por um tele transportador. Mas eu o vi apenas uma vez e
nunca mais achei.
O mago ficou me olhando, nas mãos dele vi algo parecido com o objeto
que tinha dado início à minha aventura e resolvi perguntar:
_ O que é isso nas suas mãos?
_ Isto é o que você precisa para voltar para casa.
_ Como!?! Você tem certeza?
_ Basta você querer muito isso, meu jovem...
_ Quero sim!
Ele se aproximou de mim e, no exato momento em que ele colocou a
máquina na minha mão, eu fechei os olhos e senti como se estivesse sendo
sugado pelo objeto. Quando abri os olhos estava na praça novamente e, por
incrível que pareça, haviam se passado somente alguns minutos. Voltei para
casa com meu filho e contei a história toda para minha mulher, que falou
espantada:
_ Sério? Isso não é verdade!
_ Sim, é verdade! Me ajude a ir para cama, meu corpo está doendo
muito.
Minha mulher e meu filho me abraçaram e começamos a conversar até
que me recuperei…
No final deu tudo certo. Porém, nunca mais esqueci essa aventura.
~ 37 ~
Terror na Escola de Bruxos
Pedro Gustavo Schnorr
Era o meu terceiro ano na Escola de Bruxos, quando o incidente
aconteceu, nunca achei que chegaria ao limite da morte como naquele dia…
Por volta do ano de 1700 (Caça às Bruxas)
Hoje, nossa primeira aula será de levitação com o professor Spin.
_ Alunos, finalmente estão qualificados para praticarem magia de
levitação, vocês deverão dizer estas palavras, quando forem praticar esta
magia: Adis, levita, cristhis, anymore!
Rapidamente, a mesa de madeira que estava à minha frente começou a
flutuar.
_ Para cancelar o feitiço, basta dizer: Djemni!
Nesse momento a grande mesa de madeira caiu no chão, e fez um som
tão forte que seria capaz de deixar um homem surdo.
_ Agora é a vez de vocês, vou marcar o recorde de cada um com uma
linha na parede, disse o professor
Muitos alunos se saíram bem, muitos não. O aluno que mais se
destacou foi Max Lary, que conseguiu levar um objeto até o topo da linha.
Surpreso, o professor Spin disse para Max:
_ Vejo…que você terá futuro, meu rapaz.
A aula seguinte foi previsão do futuro, com a professora Elisabeth.
_ Alunos, bem vindos à primeira aula de prever o futuro, o esquema de
hoje será o seguinte: eu verei o futuro de cada um, para sabermos o que vos
aguarda.
Muitos dos alunos tiveram um futuro de glória, contudo, a previsão de
Max foi tão intrigante, mas tão intrigante, que a professora saltou da cadeira
quando o viu.
_ Meu garoto, seu futuro será terrível, você travará uma batalha com o
destruidor de mundos, o bruxo Krumble!!!
_ Mas, por que professora?!?
_ Ele quer te matar! Seus pais o prenderam na prisão mágica, e agora
ele está solto. Como seus pais...morreram ele irá se vingar de você.
Em estado de desespero, Max disse:
_ O que eu faço?!?!
_ Procure o Professor Jax, seu antigo professor de poderes oculares,
conte a ele o que eu lhe disse, ele saberá o que fazer.
Max correu até onde o professor Jax praticava suas magias, e fez o que
a professora mandou.
~ 38 ~
_ Entendo, Max… vamos atrás da varinha Abissal, que fica no Pântano
dos mortos. Porém, o Pântano é guardado por ents grandes e perigosos, por
isso pegue sua varinha mágica e, sua vassoura voadora, que nós vamos partir!
Chegando perto do seu destino, a vassoura de Max falhou e ele caiu no
meio do lamaçal… quando acordou, viu um ent gigantesco prestes a esmagálo, sabendo que iria morrer, Max não tentou escapar.
Quando, de repente, um relâmpago explodiu o ent em milhares de
pedaços e Max foi salvo. O garoto olhou para cima e viu seu professor, em sua
vassoura voadora.
_ Você está bem?
_ Sim…
_ Eu achei a varinha! Ela contém poderes ocultos, como também
aumentam os seus, legal não é?
Nesse momento, eles ouviram terríveis explosões…
_ É na Escola de Bruxos!! _ gritou Max.
Max e seu professor retornaram à Escola de Bruxos e, chegando lá,
viram Krumble aterrorizando os alunos.
_ Então você é Max… nem se parece como seus pais, que tinham
poderes extraordinários. Disse Krumble.
_ Cale a boca, seu idiota!
_ Você precisa se acalmar professor.
Então Krumble fechou sua mão e Jax ficou totalmente paralisado.
Max extremamente irritado lançou um meteoro gigantesco em Krumble e
os dois começaram uma batalha épica pela sobrevivência…
A luta durou duas horas
Quase no final do combate a tensão era alta, o medo tomava conta de
todos… Max sabia que se perdesse morreria e a Escola de Bruxos seria
destruída! Foi quando se lembrou dos ensinamentos de seu antigo professor:
uma magia, que podia tele transportar qualquer um para o inferno.
Max, sem perder tempo, começou a pronunciar as palavras mágicas:
_ Karo-no-ten-gu!!!
E puf! tudo acabou, Max derrotou Krumble e salvou a Escola de Bruxos,
que voltou a seu estado de paz, tranquilidade, e magias...
~ 39 ~
A missão quase impossível
Rafael Omar Leichter
Jack adorava uma aventura quando foi chamado para ser soldado.
O chefe de Jack logo viu que ele era forte e corajoso por isso lhe falou:
_ Você e mais cinco homens irão para uma missão, para salvar cinco
pessoas que foram sequestradas por uma gangue.
Jack pegou o helicóptero e foram para o território da gangue.
No meio do caminho, quando passavam por uma floresta o helicóptero
teve problemas e começou a cair. Por sorte estava voando baixo e Jack
quase não se machucou, mas um dos homens que estava com ele morreu.
Jack e os outros quatro homens começaram a andar pela floresta,
porém um deles caiu num rio que passava atrás de uma moita. Os outros
tentaram tirá-lo, mas ele foi tão perto de uma cachoeira que caiu dentro dela.
Já sem ter o que fazer os outros homens se deitaram na relva e acabaram
adormecendo.
Quando eles acordaram estavam deitados numa cama de uma tribo
indígena, que os acolheu e deu água e comida para eles. Quando chegou a
noite Jack não conseguia dormir e resolveu sair para andar pela tribo e
acabou ouvindo o chefe dizer que ia matar os três. No mesmo momento Jack
saiu correndo para falar com os outros.
Logo que amanheceu nenhum dos três estava mais na tribo, eles já
estavam longe dali. Depois de muito andar eles encontraram as pessoas que
estavam procurando. Armaram um plano para libertá-las. Na bolsa de Jack
havia armas. Um homem ficou com uma 38, o outro com uma 12 e Jack com
uma AK 47. O homem que estava com a 38 ficou mais longe, Jack ficou no
meio e o outro, que estava com a 12 ficou mais na frente.
Um gangster ouviu Jack falando e atirou contra ele, mas não acertou.
Quando o soldado que estava com a 12 deu um head shot num guarda
começou o tiroteio. Mais um dos parceiros de Jack morreu, e vários inimigos
também. Para terminar a luta Jack rendeu o chefe da gangue e chamou um
avião para levá-los de volta.
Quando Jack chegou na sua base seu chefe perguntou:
_ Onde estão os outros soldados?
Jack respondeu:
_ Eles morreram, infelizmente só eu e mais um homem conseguimos
sobreviver...
Por causa de sua coragem e inteligência, Jack foi promovido a chefe de
combate.
~ 40 ~
Aventura na Terra das Águas
Renan Marques Bassi
Lucas era um menino fraco, mas tinha um enorme espírito aventureiro.
Ele passava o dia em seu quarto pesquisando sobre plantas e animais e
esperando o tão sonhado acampamento de verão da sua escola.
Durante o acampamento, os alunos passariam dois dias em uma
enorme mata fechada, onde havia muitos rios e cachoeiras gigantescas, além
de animais selvagens, montanhas e perigos escondidos. Um lugar assustador,
não é? Mas era o que Lucas precisava para vivenciar a sua aventura.
Após uma semana de preparativos, chegou o momento da partida.
Lucas, ansioso, arrumou logo de manhã a sua mochila, dentro dela colocou
roupas, água, comida e outros objetos que seriam necessários, tais como
cordas e uma faca. Também levou uma barraca e um colchão inflável.
O nome do lugar em que aconteceria o acampamento era Terra das
Águas. Ao chegarem lá Lucas montou sua barraca, arrumou suas coisas e logo
saiu com seus quatro amigos Bruno, Tiago, Felipe e Daniel para procurar
lenha.
O grupo foi conversando pelo caminho, andaram bastante e, sem
perceber, chegaram à beira de um rio. Não repararam que o tempo havia
fechado e uma tempestade se aproximava. Logo começou a ventar e a chover.
Eles pensaram em se esconder, mas não tiveram tempo, um estrondoso raio
caiu em uma enorme árvore desabou em cima do grupo. Eles foram
arremessados no rio. Lucas, desesperado, observou um bote de madeira perto
deles e gritou:
_ Vamos para aquele bote, rápido!
Todos nadaram até o bote, mas a corda que os prendia se soltou e eles
desceram numa correnteza muito forte que os levou até um vale cheio de
pedras. Lá o bote encalhou e se quebrou. Muito assustados, se agarraram nas
pedras e conseguiram chegar à margem. Lucas olhou o relógio e percebeu que
já era tarde, logo, eles teriam que dormir por ali mesmo. Andaram um pouco e
encontraram uma enorme pedra que formava uma caverna e era uma proteção
para eles passarem a noite.
Quando amanheceu, o grupo acordou exausto, mas tinham que achar o
acampamento. Tiago sugeriu seguirem rio acima, todos concordaram e
começaram a caminhar. Ao passarem por uma curva do rio, índios apareceram
e atacaram os garotos, que saíram correndo a toda velocidade. Estavam
fugindo quando, de repente, Felipe caiu e se machucou, Daniel e Bruno
carregaram o amigo até uma moita de arbustos e de lá ficaram observando,
escondidos, os índios que passavam reto.
~ 41 ~
Lucas procurou ervas medicinais, que conhecia porque estudara sobre o
assunto durante a sua preparação para o acampamento, e passou no ferimento
de Felipe.
Estavam novamente andando quando Daniel percebeu que aquele lugar
não era estranho. Andaram mais um pouco e viram restos de fogo e migalhas
de comida no chão.
Naquele momento, Felipe se lembrou que já era o dia em que iriam
embora. Lucas então pensou em uma forma de localização e decidiu usar a
bússola para achar o Norte, que era onde ficava o acampamento. Foram
andando até que chegaram a uma estrada. Seguiram andando depressa para a
direita, mas ouviram um barulho, que parecia de carro, vindo do lado esquerdo.
Correram para ver o que era e, para a sorte do grupo, era a Van que os
trouxera. Então, mais tranquilos, correram para alcançá-la.
A professora ficou aliviada de reencontrar os meninos, e os colegas
estavam curiosos para saber o que tinha havido. Com certeza os quatro
amigos teriam muitas coisas para contar, porque, naquele acampamento, eles
vivenciaram a sua maior aventura.
Sonhos quase destruídos
Suellen Caruso Candido
Tudo começou quando João e Maria estavam se preparando para
inaugurar a lanchonete que eles haviam comprado no shopping. Um pouco
antes de abrirem as portas, Maria disse:
_ João, eu até imagino várias pessoas comprando nossos deliciosos
hambúrgueres, nossos sucos e refrigerantes, e você?
_ Claro, imagino dias perfeitos e muitos clientes. _ Respondeu João.
Ao abrirem as portas da lanchonete, viram todos que estavam no
shopping correndo e gritando. Era Luke e Clarisse que atacavam novamente.
Ao ver os irmãos, Clarisse disse:
_ Olha só, se não é Maria e o seu irmão João!
_ João e Maria vendendo hambúrgueres, quem diria? _ Comentou Luke.
Os dois irmãos estavam assustados por encontrarem novamente seus
“amigos” de infância. Luke e Clarisse só lhes deram trabalho quando crianças e
só queriam o mal de todos com quem conviviam. Para tentar afastá-los, Maria
disse:
_ Vão embora! Vocês estão assustando a todos.
Luke e Clarisse não estavam sozinhos, havia companheiros com eles
escondidos no meio da multidão.
~ 42 ~
_ Agora! _ Clarisse gritou alto e forte.
Com a ordem, Luke e seus companheiros fecharam o shopping.
Ninguém entrava, ninguém saía.
Os capangas de Luke e Clarisse recolheram todos os pertences das
pessoas e também recolheram todos os celulares, e por isso ninguém
conseguia ligar para a polícia ou pedir ajuda a alguém. Isso fez com que todos
ficassem presos no shopping.
Porém, Maria pediu para ir ao banheiro e conseguiu ligar para os
policiais. Ela usou um celular bem antigo que tinha escondido no bolso de
dentro de seu casaco e informou para a polícia o que estava acontecendo, pois
não aguentava mais ver todas aquelas pessoas apavoradas. Os policiais
disseram que era para ela agir como se não tivesse ligado para eles, e foi o
que Maria fez.
Ao anoitecer, os irmãos malvados ficaram de olho em João e Maria, pois
os dois estavam confortando todas as pessoas, que continuavam com medo,
pois os capangas de Luke e Clarisse estavam vigiando a todos, até quando
pediam para beber água ou ir ao banheiro.
Somente Maria sabia dos policiais, ela não contou nada para ninguém,
nem para seu irmão, porque estava se sentindo insegura. Os policiais estavam
a caminho, mas demorariam um pouco, porque a delegacia era distante do
shopping.
A situação era tensa, mas a aventura começou mesmo quando os
policiais estavam para chegar. O último andar do shopping era meio estranho,
quase ninguém ia lá, pois achavam aquela parte assustadora. As luzes
estavam quase todas apagadas, então Clarisse, com a intenção de assustar
Maria, mandou que ela fosse sozinha até uma loja bem no final do corredor e
ficasse lá até que a chamassem. Maria aceitou numa boa, pois não havia do
que temer, pelo que João dizia.
Ao chegar à loja, a garota viu que o lugar era realmente assustador, pois
se tratava de uma loja com personagens de brinquedo de filme de terror. Ao
entrar, Maria logo viu que havia uma boneca muito feia em cima do balcão que
aparentava estar lhe vigiando, ela ficou muito assustada e gritou para seu
irmão:
_ João! Socorro, socorro! Estou com medo, me ajude!
Ao escutar os gritos, Luke liberou João para ajudar Maria e quando os
dois irmãos estavam voltando, ouviram uma gritaria tão forte de chegar a dar
dor de cabeça. Eram os policiais que haviam chegado.
A polícia invadiu o shopping e prendeu Luke, Clarisse e seus capangas,
que eram procurados por sequestro, furto e roubo. Também soltaram as
pessoas, e disseram que estavam gratos pela ajuda de Maria.
Quando toda aquela bagunça acabou um dos policiais chamou João e
Maria e lhes disse:
~ 43 ~
_ Nós queremos agradecer pela atitude heroica de vocês ao ajudarem a
acalmar as pessoas e a prender esses criminosos. João comentou:
_ Nós é que agradecemos pela ação de vocês, e agora só queremos
realizar nossos sonhos quase destruídos, se é que o senhor nos entende?!
A partir daquele dia João e Maria puderam realizar seu sonho e tiveram
uma vida muito feliz.
A nossa história conta o fato de dois irmãos serem solidários e quererem
realmente ajudar aos outros. Eles não se importavam apenas consigo, como
Luke e sua irmã. Eles agiam com o coração, se é que você me entende?
Às vezes a gente só se importa com nós mesmos, mas esses irmãos
provaram que a solidariedade vale muito. Acho que isso realmente merecia um
prêmio, não é mesmo? Mas essa, caro leitor, é outra história.
Aventura no espaço
Thaís Scolari
Era um belo e agradável fim de tarde do mês de dezembro, em
Monarca, quando tudo aconteceu.
Eu, Bernardo, e meu melhor amigo Gregory, que gostava muito de
filmes de ETs e tinha loucura por conhecer esses seres de outro mundo,
estávamos em uma sorveteria, quando, de repente ouvimos uns barulhos
estranhos e uma fumaça vindos da mata que havia perto da cidade. Curiosos,
saímos da sorveteria e fomos em direção à mata.
No caminho, a gente observou umas larvas verdes andando pelo chão e
uma luz branca, ardente em meio às árvores. Quando estávamos perto do
lugar de onde saía a fumaça ouvimos um barulho horripilante. Como nós
assistíamos a filmes sobre ETs e sempre acontecia algo assim nesses filmes,
passou pela nossa cabeça que aquilo seria um sinal de seres de outro mundo.
Imediatamente decidimos voltar para a minha casa, que ficava perto da
mata. Da janela da cozinha conseguimos avistar de onde vinha a fumaça.
Decidimos pegar sacolas e encher de ketchup, pois pensamos que isso
queimaria o que estivesse por lá. Saímos da minha casa, pegamos nossas
bicicletas que estavam na garagem e partimos novamente para a mata.
Quando chegamos ao nosso destino, avistamos, estacionada numa
clareira, uma Nave Espacial enorme, branca, com luzes em todos os cantos,
luzes tão fortes que poderiam deixar qualquer um cego. Chegamos mais perto
~ 44 ~
e vimos que tinha uma porta aberta atrás da nave, não pensamos duas vezes,
deixamos nossas bicicletas encostadas em uma árvore e entramos na
espaçonave.
Lá dentro tudo era muito limpo e havia várias máquinas e painéis de
controles. De repente a porta pela qual nós entramos se fechou e começamos
a decolar. Gregory se assustou, assim como eu. Então nos escondemos atrás
de uma das máquinas que havia perto da porta. Estávamos bem quietos
quando outra porta se abriu e dela saiu um grande ET. Ele era verde, tinha
umas antenas e usava uma roupa muito esquisita.
Gregory, por querer muito conhecer esses seres ficou agitado, mas
sentiu um enorme medo, afinal aquele ET poderia achar a gente e nos matar,
não é mesmo? Sem conseguir controlar a emoção, Gregory deu um grito e o
extraterrestre se aproximou do lugar onde estávamos. Para nosso azar, o
esquisito olhou para atrás da máquina e nos encontrou. Gregory deixou o pé
escorregar e foi puxado, eu logo saí atrás do meu amigo mas o ET se assustou
com alguma coisa e nos puxou para um canto, trancou a porta, e fez sinal para
que ficássemos em silêncio. Eu, sem entender nada, perguntei a ele o que se
sucedia:
_ O que está acontecendo aqui?!
Ao invés de me responder, o ET tirou a roupa que estava usando e junto
com ela saiu uma máscara. Eu não acreditava no que via! Ele era um ser
humano! Então ele começou a nos explicar o que estava acontecendo.
_ Meu nome é Rick, tenho 30 anos. Quando era pequeno eu morava nos
Estados Unidos e adorava histórias de ETs. No dia em que completei 18 anos
uma nave espacial pousou no quintal de uma velha casa abandonada que
ficava a alguns metros de minha casa. Curioso, fui ver o que era e vi muitos
seres extraterrestres lá dentro. Na mesma hora fui para casa, peguei minhas
economias, corri até a uma loja de fantasias, comprei uma fantasia de ET e
voltei para casa. Ajeitei a fantasia e me vesti, ela ficou tão perfeita que entrei
na nave e os ETs não perceberam nada. Quando a nave decolou eu fui com
eles e eles não descobriram nada até hoje.
Depois de ouvir a história, perguntei:
_ E como você se alimenta?
_ Bom eu me alimento apenas quando pousamos, eu saio daqui e vou
em alguma casa, pego comida que não é necessário cozinhar, como um pouco
e guardo o resto. Aqui eles só comem uma vez por dia, é uma comida especial
que nunca tive coragem de provar.
Eu fiquei maluco ouvindo aquilo. Gregory ficou um pouco assustado,
mas, como adorava essas coisas ficou bastante curioso e gostou da ideia de
viver com os ETs. Naquele momento o meu único pensamento era sair
daquele lugar, pois se os outros seres nos descobrissem, com certeza iríamos
morrer. Eles não seriam tão bonzinhos quanto Rick.
~ 45 ~
Rick sugeriu que nós descêssemos na próxima parada, que seria em
Marrocos, a uns 3.000 km de Monarca. O combinado seria ficarmos
escondidos até chegarmos em Marrocos. Rick tinha comida e deixou um pouco
para nós podermos nos alimentar por 2 dias, que era o tempo que ficaríamos
na nave ainda. Rick deixou bem claro que era pra gente ficar quieto, mas
Gregory não sabia o que isso significava, eu acho, porque fez tudo diferente.
Quando foi ao banheiro trombou em uma máquina e o barulho foi muito grande.
Um dos ETs (que não era nenhum humano como Rick) saiu da porta com uma
arma enorme na mão, parecia que já previa o que estava acontecendo. Ele deu
de cara com Gregory, pegou um microfone que ficava na parede e começou a
falar numa língua esquisita. Naquele momento, uma luz se acendeu, eu perdi
totalmente a sensibilidade e desmaiei.
Acordei depois de algumas horas e vi que estava preso em um quarto.
Eu estava flutuando. Tinha uma janela do lado da porta, me locomovi até ela e
lá fora vi alguns planetas, pensei “MEU DEUS ONDE ESTOU?”. Olhei para os
lados e não encontrei Gregory, fiquei apavorado, e comecei a procurar um jeito
de sair dali. Vi que havia uma fresta na porta do cômodo, fui até lá e dei de
cara com Gregory sendo amarrado pelos ETs, ele estava inconsciente, pelo
que eu estava vendo. Rick estava no meio deles tentando de alguma forma
parar aquela situação. Achei que estava tudo perdido, meu amigo estava
desmaiado nas mãos daqueles monstros, eu não sabia onde estava e nem
fazia ideia de como iria voltar para casa.
A situação era péssima, mas não desanimei, eu teria que sair dali de um
jeito ou de outro para salvar Gregory. Olhei para os lados e vi uma arma caída
no chão, pelo jeito aquela arma era muito potente e pensei em usá-la para
atacar os outros ETs. Mesmo com medo peguei a arma e me preparei para
atirar naqueles nojentos. Enquanto tentava me ajeitar para atirar, Rick abriu a
porta, me puxou para o lado e falou:
_ Você está louco? Vou tirar seu amigo dali! Trate de se esconder, nós
vamos pousar na Terra novamente em trinta minutos.
Eu fiquei muito assustado e sem saber o que iria fazer. Me escondi e
esperei Rick trazer Gregory. Porém, ele estava demorando muito e eu sentia
que precisava fazer alguma coisa. De repente Gregory foi atirado para o meu
lado, olhei para ele e vi o peito dele todo ensanguentado e dei um grito. No
momento do meu grito a porta pela qual entramos se abriu e eu e Gregory
fomos puxados para baixo. Naquele momento perdi toda minha visão e ouvi um
grito de "ACORDA BERNARDO!!"
Consciente, vi que tudo aquilo foi apenas um sonho.
~ 46 ~
A procura do ovo
Valdair Prado Behling
Willian morava na floresta Amazônica. Ele era muito corajoso e não
tinha medo de nada. Era também um aventureiro. Certo dia, encontrou uma
folha de papel pregada em uma árvore, nela estava escrito: “Procura-se o ovo
do higorsauro. Paga-se ótima recompensa!”
O rapaz decidiu buscar esse ovo. Ele estava na “ilha encantada’’, lá
tinha coisas que ninguém queria ver, como animais selvagens, armadilhas e
uma águia guardiã do ovo, que era muito perigosa. Mesmo assim, ele arriscou.
Foi com seu fusca até onde deu, depois foi de barco inflável, que ele trazia no
porta-malas do carro. Levou consigo equipamentos, tais como uma barraca e
um estilingue, que ele tinha desde a outra recompensa que havia ganho. E isso
era o que precisava, pois era muito corajoso e sabia se defender dos perigos
da floresta.
Para chegar à ilha demorou uma semana. A recompensa para quem
conseguisse um ovo de dinossauro era muito boa, mas Willian não se
importava com o dinheiro, só com sua reputação.
Chegando à floresta, que ficava na “ilha encantada” já imaginava os
perigos: buracos, armadilhas, estacas com pontas agudas, animais e feras
ninguém queria enfrentar. Já que estava quase anoitecendo ele fez uma
barraca e uma fogueira com lenhas. Comeu umas frutas e foi dormir, para estar
disposto para procurar o ovo na manhã seguinte, pois não devia estar cansado.
De manhã estava frio. Ele estava com um casaco bem grosso, feito de
pele de urso, que também tinha de outra aventura. Foi tentar achar algo para
comer pois estava com muita fome. Logo achou uma lebre e a acertou com
seu estilingue. Willian estava indo na direção da lebre morta quando caiu em
um buraco. Ficou assustado e usou o elástico do estilingue para tentar agarrar
um galho, e sair dali. Não foi fácil, ele conseguiu apenas na oitava tentativa. Foi
escalando no elástico do estilingue e quando saiu do buraco pegou a lebre, fez
uma fogueira, comeu sua carne, e ficou satisfeito.
Depois disso, andou mais um pouco e logo avistou, em cima de uma
pirâmide, perto de um lugar limpo, o ovo que procurava. Ele tinha 50
centímetros de altura e estava em um ninho. O aventureiro estava indo para lá,
quando se enroscou num fio, que acionou uma armadilha de facas. Com
reflexo rápido, ele desviou, mas quase morreu enforcado por um cipó que
estava na frente dele.
Nesse momento uma águia veio em sua direção, passou tão rápido que
cortou o cipó e Willian caiu. Rapidamente, ele se escondeu atrás de uma
árvore. Arrumou o estilingue com uma pedra pontiaguda e atirou. Acertou na
cabeça da águia, que ficou tonta e caiu. Willian correu até o lugar onde estava
~ 47 ~
o ovo. Por sorte o higorsauro não estava lá, por isso, pegou o ovo, colocou em
uma sacola e saiu correndo.
Quando chegou no barco guardou suas coisas e remou de volta até seu
fusca. Ao chegar onde estava seu carro, tirou o ovo, colocou no porta-malas,
deixou o barco lá mesmo e partiu para apresentar o ovo.
Willian ganhou o prêmio e ficou rico. Gastou seu dinheiro com
armamentos, comprou um barco novo, uma casa nova e partiu para outra
aventura…
Espartanos e persas: o combate
Vinícius R. Padilha
Por volta de mil anos antes de Cristo os espartanos treinavam suas
tropas em um dia ensolarado, quando surgiram das montanhas dez cavaleiros
persas. Os espartanos se preparam imediatamente para defender seu reino.
Os cavaleiros persas chegaram em Esparta e o rei Leônidas lhes perguntou:
_ O que vieram fazer aqui?
O príncipe Jorge respondeu:
_ Viemos avisar que o rei da Pérsia manda vocês entregarem o seu
reino com todas as riquezas.
Leônidas, assustado com o recado, respondeu:
_ Nunca! Peguem seus cavaleiros e sumam daqui.
O príncipe Jorge, que estava seguindo as ordens de seu pai, gritou:
_ Pense bem, Leônidas! Meu pai está decidido a conquistar o seu reino,
nem que seja pela luta!
O rei Leônidas, irritado, disse:
_Já pensei e não vou falar mais nenhuma vez.
O príncipe Jorge saiu o mais rápido possível do reino. Leônidas disse:
_Vamos nos preparar, porque vai acontecer uma guerra muito,
sangrenta, soldados.
No dia seguinte, estava chovendo muito, havia neblina e fazia frio. Os
persas chegaram destruindo tudo, sem dar chance aos espartanos de se
defenderem. Renderam todos do reino, menos o rei Leônidas, que conseguiu
fugir. Os habitantes do reino foram escravizados.
Enquanto isso o rei Leônidas procurava ajuda em outros reinos vizinhos.
Ele recebeu ajuda do rei da Grécia, o mais rico e forte rei que existia por ali. Ele
ordenou a 15.000 mil soldados que seguissem o rei Leônidas ao seu Reino e
lutassem com ele, mas estabeleceu a seguinte condição:
~ 48 ~
_ Leônidas, se você ganhar, vai me dar um pedaço de suas terras!
Leônidas respondeu que aceitava a condição e o rei grego mandou
chamar os soldados e, junto com o rei Leônidas, planejaram o ataque.
No outro dia eles foram para o ataque. Andaram dois dias sem parar, até
que chegaram ao reino. Imediatamente começou a destruição. Muitas vezes,
Leônidas dizia com raiva:
_ Vocês não têm pra onde correr, soldados!
Um soldado persa, acreditando que podia vencer, respondeu:
_Vamos derrotá-los!!!
Depois de muito tempo de combate, a luta acabou. Foi uma batalha
muito longa, difícil e sangrenta, com muitas mortes, mesmo assim os
espartanos ganharam.
Ao final, o rei Leônidas cumpriu a parte do combinado, doando um
pedaço de suas terras para o rei da Grécia.
Ilha da salvação
Vinícius Viana
Mery e Dimy eram namorados. Eles moravam em Nova York e
combinaram de se encontrar no porto para conversar .
Dimy planejava ir para a Europa, queria fazer um cruzeiro e levar a
namorada junto, mas ela não sabia de nada. Ele chegou primeiro ao local do
encontro e ficou esperando por ela. Quando Mery chegou, Dimy falou:
_ Querida, tenho uma surpresa. Comprei duas passagens para a
Europa. Você quer ir comigo ?
Surpresa e contente, Mery respondeu :
_ Mas é claro que eu vou, amor! Quando vamos embarcar?
Muito feliz, Dimy falou :
_ Hoje mesmo, querida! Eu te amo tanto, que bom que você vai comigo.
Mery, muito animada, disse:
_ Então eu vou para casa arrumar as malas, tudo bem?
Com carinho, Dimy falou:
_ Tudo bem, mas volta logo, querida!
Enquanto Mery foi buscar sua mala, Dimy ficou esperando ansioso.
Depois de uma hora Mery chegou e Dimy lhe falou:
_ Vamos embarcar, está quase na hora da partida.
~ 49 ~
_ Vamos, querido!!
Ao embarcarem, Mery perguntou a Dimy quanto tempo ia demorar para
chegarem à Europa e Dimy lhe falou:
_ Vai demorar três semanas para chegarmos à Europa, querida!
Depois de uma semana de viagem, tudo parecia correr muito bem, mas
uma tempestade se iniciou de repente e o capitão tentava controlar o navio,
quando percebeu que colidiram em uma rocha gigantesca…
Desesperado, o capitão disse:
_ Agora já era, o navio está sem condições de continuar viagem, não
podemos fazer mais nada! Vamos morrer aqui!
Eram três horas da manhã quando isso aconteceu e todos estavam
aflitos tentando consertar o navio. Dimy e Mery pegaram comida, colocaram
em um bote salva-vidas e navegaram em direção ao norte. Os dois acabaram
adormecendo e quando amanheceu e eles acordaram, perceberam que
estavam em uma ilha. Dimy falou:
_ Olha Mery, que lugar bonito. Estamos seguros, por enquanto. Vamos
ficar aqui até que nos salvem. O nome dessa ilha vai ser “Ilha da Salvação”.
Mery disse que era um nome muito apropriado e os dois passaram o dia
a explorar a ilha. Depois voltaram e comeram os mantimentos que haviam
trazido. Mery pegou seu celular e tentou ligar para seus pais, mas não deu
certo, tentou mais uma vez e não conseguiu, então começou a ficar
desesperada e começou a chorar. Dimy tentou consolar a namorada, mas ela
disse:
_ Por que vim nessa droga dessa viagem?
Mery ficou irritada e disse que queria ficar sozinha. Dimy foi coletar
madeira e folhas para construir uma cabana. Quando terminou, chamou Mery
para dormir junto com ele.
Quando amanheceu o dia Dimy foi até o bote e pegou os sinalizadores,
porque lembrou que se passasse algum avião eles poderiam dar um tiro para o
alto para chamar atenção do piloto. Porém ficou preocupado, pois no
sinalizador havia somente duas balas.
Depois disso, Dimy foi procurar alimento porque os mantimentos que
eles pegaram do navio tinham acabado. Dimy foi explorar a ilha para achar
comida, conseguiu encontrar umas frutas e voltou para a cabana com muita
comida em seus fortes braços. Ao vê-lo, Mery foi correndo encontrá-lo, abraçou
Dimy e disse-lhe:
_ Nossa eu estava preocupada, onde você esteve?
_Eu fui buscar comida para sobrevivermos.
_ Ah! Você é um amor! O que você trouxe?
_ Eu trouxe bananas, maçãs e pêssegos, à tarde vou pegar mais.
Então eles tomaram um café da manhã de frutas.
~ 50 ~
Em Nova York, todos souberam da tragédia que aconteceu com o navio.
O prefeito ordenou que o exército fosse até o local para socorrer os
sobreviventes.
Muitas pessoas foram salvas e os soldados decidiram sobrevoar o
oceano para procurar mais vítimas.
Dimy e Mery estavam descansando quando Dimy ouviu um barulho e viu
um helicóptero. Sem acreditar no que via, Dimy comentou:
_ Isso é uma miragem ou é real? Nossa, é real!
Dimy foi correndo pegar o sinalizador. Deu o primeiro tiro para o alto,
para para chamar a atenção do piloto e deu o segundo tiro para mostrar onde
eles estavam.
O piloto viu os sinais, foi até a ilha e socorreu Dimy e Mery. Ao entrar no
avião os dois deram graças a Deus por terem sido salvos.
Depois de algumas horas eles chegam novamente a Nova York e Dimy disse
para Mery:
_ Nunca mais vou viajar de navio, agora vou viajar só de avião.

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