Comportamento inicial de duas fruteiras amazônicas e duas
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Comportamento inicial de duas fruteiras amazônicas e duas
335 ISSN 0103-9458 Dezembro, 2008 Porto Velho, RO Comportamento inicial de duas fruteiras amazônicas e duas exóticas tropicais, em Porto Velho, Rondônia: abiu gigante (Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk), araçá-boi (Eugenia stipitata Mc Vaugh.), abricó (Mammea americana Jacq.) e rambutan (Nephelium lappaceum L.) George Duarte Ribeiro1 Maria das Graças Rodrigues Ferreira2 Introdução As condições climáticas da Amazônia são muito propícias ao cultivo de fruteiras tropicais, sendo a região de uma riqueza extraordinária em termos de diversidade destas preciosas espécies, quer sejam autóctones (nativas da região) ou exóticas bem adaptadas, mas, apesar disso, relativamente poucos estudos foram desenvolvidos com este enorme potencial nela contido. Assim, para colaborar com um maior conhecimento sobre algumas espécies de fruteiras tropicais, foi implantada em janeiro de 1999 no campo experimental da Embrapa Rondônia, em Porto Velho, uma Unidade de Observação (U. O.) que reúne uma pequena coleção de fruteiras tropicais, composta entre outras espécies por abiu gigante, araçá-boi, abricó e rambutan, com 32 plantas por espécie. O abiu gigante ou abiu tikuna (Pouteria caimito), variedade proveniente do Alto Solimões, que recebe esta denominação superlativa por produzir frutos muito grandes (de até 1 kg), é uma fruteira arbórea da família das sapotáceas. O araçá-boi (Eugenia stipitata), fruteira amazônica arbustiva da família das mirtáceas (a mesma da goiaba e dos outros diversos araçás nativos), é uma espécie muito interessante para ser cultivada em Rondônia, por sua rusticidade, o aroma agradabilíssimo de sua polpa e por, praticamente, produzir durante todo o ano, a partir do segundo ano de idade. 1 2 O abricó ou abricó-do-pará (Mammea americana) que é originário da América Central, é uma fruteira arbórea da família das Clusiáceas {a mesma do nosso bacuri (Platonia insignis) e do mangostão asiático (Garcinia mangostana)}, e produz frutos grandes (de até 1 kg, em nossa experiência de campo – sendo que a literatura cita a ocorrência de frutos de até 4 kg), de apreciável sabor. O rambutan (Nephelium lappaceum), fruteira arbórea de origem asiática, da família das sapindáceas (a mesma do guaraná, da pitomba e da lichia), produz aos 3 anos de idade, pequenos frutos muito saborosos e duráveis, que surpreendem a quem deles toma conhecimento, pelo sabor adocicado e suave da polpa dos seus frutos, e assim torna-se uma interessante alternativa de cultivo para enriquecimento cultural da pequena propriedade agrícola em Rondônia. Material e métodos A Unidade de Observação foi implantada em janeiro de 1999 no campo experimental da Embrapa Rondônia, localizado no Município de Porto Velho (96,3 m de altitude, 8º46’ de latitude Sul e 63º51’ de longitude Oeste). O solo da área é do tipo Latossolo Amarelo Vermelho, textura argilosa, com as seguintes características químicas: pH em água (1:2,5) = 5,1; P = 2 mg/dm3; Ca + Mg = 1,6 cmolc/dm3; Al = 0,4 cmolc/dm3 e K = 0,22 cmolc/dm3. O clima da região é tropical úmido do tipo Am, com precipitação anual entre Engenheiro Agrônomo, M.Sc. em Sistemas Agroflorestais, pesquisador da Embrapa Rondônia, Porto Velho, RO, [email protected] Engenheiro Agrônomo, D.Sc. em Biotecnologia, pesquisadora da Embrapa Rondônia, Porto Velho, RO, [email protected] Comportamento inicial de duas fruteiras amazônicas e duas exóticas tropicais, em Porto Velho, Rondônia: abiu gigante (Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk), araçá-boi (Eugenia stipitata Mc Vaugh.), abricó (Mammea americana Jacq.) e rambutan (Nephelium lappaceum L.) Este “leite” traz alguma inconveniência para o consumo dos frutos “in natura”, por deixar os lábios pegajosos, principalmente se não estão bem maduros, mas os apreciadores nativos costumam neutralizá-lo ao deixar os frutos permanecerem dentro d’água por algum tempo. Foto: George Duarte Ribeiro 2000 e 2500 mm e com uma estação seca bem definida (junho a setembro). A temperatura média anual é de 24,9 ºC e a umidade relativa do ar em torno de 89%. A Unidade de Observação reúne uma coleção de fruteiras tropicais, composta entre outras espécies por abiu gigante, araçá-boi, abricó e rambutan, com 32 plantas por espécie, no espaçamento de 5 m x 5 m. Foram coletados em maio de 2007, após oito anos de plantio, dados de altura (m), diâmetro da copa (m) e DAP (diâmetro à altura do peito) dessas espécies citadas, exceto o araçá-boi, que em vez deste ultimo parâmetro, foi coletado diâmetro da base (cm), a dois cm acima do coleto, por causa da irregularidade na forma da copa, o que dificulta a medição de DAP nesta espécie. Resultados e discussão O abiu gigante ou abiu tikuna (Pouteria caimito) (Fig. 1 e 2), aos 3 anos de idade iniciou a produção, tendo produzido frutos de até 800 gramas. Aos 8 anos apresenta, em média, altura de 5,01 m; diâmetro de copa de 3,84 m, e DAP de 8,73 cm. Mas mostrou-se pouco resistente à secas mais prolongadas, como a que ocorreu no ano de 2006 em Porto Velho, quando houve a morte de algumas plantas adultas (três) que secaram completamente. Também, sendo planta de madeira fraca, andou ocorrendo quebra de alguns galhos mais bem desenvolvidos. Fig. 1. Abieiro de 4 anos de idade, já em franca produção, na U. O. de fruteiras tropicais, no C. E. da Embrapa, em Porto Velho. Foto: George Duarte Ribeiro 2 Uma característica interessante desta fruteira é que o pico de produção se dá na época mais seca do ano (julho - agosto), ao contrário da maioria das espécies de fruteiras amazônicas, que produzem no início do ano (na estação chuvosa). Por esta característica e por seus frutos serem muito saborosos, contendo boa quantidade de polpa a ser aproveitada de diversas maneiras, pode ser uma alternativa interessante de cultivo em Rondônia, para o enriquecimento diversificado e cultural (socioeconômico) da pequena propriedade agrícola. No caso de se querer fazer enxertia, para preservar variedades com características agronômicas superiores, evitando a segregação que pode ocorrer no plantio de mudas “pé franco” (oriundas de sementes), o método e o tipo de enxertia mais adequado para esta espécie é o de garfagem de topo de fenda cheia, que se faz coletando garfos ou ponteiros novos de plantas adultas, de reconhecida qualidade e boa produção, para se enxertar em “cavalos” (mudas obtidas através da propagação por sementes) de aproximadamente 6 meses de idade. Um detalhe interessante, que favorece o pegamento da enxertia nesta espécie, é coletar os garfos ou ponteiros de véspera, e deixálos permanecer de um dia para outro em recipiente com água, para que soltem o “leite” (típico das sapotáceas), que interfere negativamente no resultado da prática de enxertia. Fig. 2. Abieiro na mesma U. O., agora aos 8 anos de idade, em julho de 2007. O araçá-boi (Eugenia stipitata) (Fig. 3 e 4), apresenta frutos de grande tamanho, em relação a outras espécies da família (frutos de até 400 gramas), que é composto em quase sua totalidade por polpa, apresentando poucas sementes pequenas e uma tênue película como casca, o que é uma grande vantagem em termos de rendimento de matéria-prima aproveitável, comercializável, mas por outro lado torna o fruto bastante perecível, difícil de ser colocado “in natura” no mercado, e também bastante susceptível ao ataque da mosca-das-frutas. A pequena Comportamento inicial de duas fruteiras amazônicas e duas exóticas tropicais, em Porto Velho, Rondônia: abiu gigante (Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk), araçá-boi (Eugenia stipitata Mc Vaugh.), abricó (Mammea americana Jacq.) e rambutan (Nephelium lappaceum L.) propriedade, que possa contar com energia elétrica e uma pequena estrutura de beneficiamento (despolpadeira e frezers domésticos), pode fazer bom negócio no comércio de polpa desta fruta, que pelas características organolépticas excepcionais que possui, tem boa aceitação no mercado para produção de sucos e sorvetes. Aos oito anos de idade, na U. O. da Embrapa Rondônia, as plantas de araçá-boi medem, em média, 3,51 m de altura; 2,45 m de diâmetro de copa e 11,32 cm de diâmetro do caule a 2 cm acima do coleto. Foto: George Duarte Ribeiro Para o araçá-boi não se recomenda a enxertia, por ser prática que dificulta mais a produção de mudas em relação às produzidas por sementes, sendo que mesmo as plantas oriundas de sementes, iniciam produção já aos dois anos de idade (por ser o araçá-boi planta de período juvenil curto), além de ser espécie rústica de porte baixo (arbustiva). A enxertia nesta espécie só faz sentido se for para preservar características superiores encontradas em alguma variedade especial. As sementes perdem logo seu poder germinativo (ficam viáveis apenas por uns 5 dias, em condições normais) e demoram muito tempo para germinar (de 2 a 6 meses). Foto: George Duarte Ribeiro Fig. 3. Araçá-boi de 2 anos de idade, já apresentando fruto e intensa floração, em Unidade de Observação (U. O.) de fruteiras tropicais, no campo experimental da Embrapa Rondônia, em Porto Velho. Fig. 4. Araçá-boi, de 4 anos de idade, exibindo frutificação. O abricó ou abricó-do-pará (Mammea americana) (Fig. 5 e 6), conduzido a partir de mudas de pé franco, em solo pobre e sem emprego de maiores recursos da moderna tecnologia agrícola, como é o caso do cultivo na U. O. em questão, demora bastante a produzir, pois até agora, quando completam 8 anos de idade, ainda não entraram em produção, conquanto no último ano (aos 7 anos) algumas plantas tenham apresentado floração. Resiste bem à secas mais prolongadas no período de juvenilidade das plantas. Pela boa consistência, os frutos podem ser transportados a distâncias mais longas, permanecendo viáveis por considerável período (semanas). Um problema parecido com o que acontece com o rambutanzeiro, que tem plantas femininas, hermafroditas e masculinas, ocorre tambem com o abricó, que apresenta plantas com flores hermafroditas e outras com flores hermafroditas e masculinas numa mesma planta, ou mesmo em plantas distintas, devendo as plantas machos serem evitadas, pois não são produtivas, tendo o agravante de que esta espécie demora até oito anos para iniciar floração, quando então, se pode detectar a condição da planta quanto a sua sexualidade e conseqüente capacidade de produção ou não. O abricoteiro é planta muito perseguida pelas abelhas-cachorro ou abelha-irapuá (Trigona sp), que perfuram o tronco desta planta em busca do látex amarelado que, muito provavelmente, usam na construção de seus redutos sociais (colméias, ninhos, etc.). Abricoteiros plantados em outras regiões da Amazônia (como em Belém) apresentam pico de produção no segundo semestre do ano, o que se constitui em característica interessante na exploração de um pomar diversificado. Nesta U. O. da Embrapa Rondônia, aos oito anos de idade, os abricoteiros, em média, medem 4,48 m de altura, 3,53 m de diâmetro de copa, e 7,47 cm de DAP. No caso de se fazer a necessária enxertia, para viabilizar o cultivo, racionalizando-o, ao já iniciálo, plantando mudas de qualidade e com perspectivas seguras de boa produção, o método e tipo de enxertia mais indicado é o de garfagem de topo de fenda cheia, que deve ser feito quando os cavalos ou porta-enxertos (mudas produzidas através de sementes) alcançam 6 meses de idade, tendo-se o cuidado de coletar nas matrizes especiais que se quer propagar, os garfos ou ponteiros (que vão ser os “cavaleiros” ou enxertos). Também a seleção de matrizes de qualidades superiores e de comprovada boa produção, para se coletar os garfos, é medida para contornar o desagradável problema mencionado ao início deste texto, de só saber se as plantas produzirão ou não, depois de no mínimo 7-8 anos de idade, quando a planta “pé franco” (plantada por semente) alcança a maturidade e inicia seus episódios fenológicos (floração, frutificação). Além do mais, as plantas enxertadas, conforme experiências desenvolvidas com esta espécie na Embrapa Amazônia Oriental (ex-CPATU) e a regra geral que acontece com as espécies frutíferas de período juvenil longo 3 Comportamento inicial de duas fruteiras amazônicas e duas exóticas tropicais, em Porto Velho, Rondônia: abiu gigante (Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk), araçá-boi (Eugenia stipitata Mc Vaugh.), abricó (Mammea americana Jacq.) e rambutan (Nephelium lappaceum L.) (mangueira, abacate, laranja, etc.) enxertadas, que iniciam produção por volta da metade do tempo previsto quando são plantadas de “péfranco”, devem iniciar produção aos 4 anos de idade, como citado por Villachica (1996), e apresentam menor porte, o que facilita o emprego dos recursos tecnológicos e os tratos culturais indicados na boa condução das plantas. Foto: George Duarte Ribeiro Em países da América Central e do Caribe, o abricoteiro além de ser cultivado para produção de frutos é tambem usado na arborização de ruas, por causa da forma muito bonita de sua copa, sendo tambem árvore fornecedora de madeira de boa qualidade, utilizada em construções. Fig. 5. Abricoteiro de 8 anos de idade, no campo experimental da Embrapa Rondônia, em Porto Velho. Foto: George Duarte Ribeiro 4 Fig. 6. Abricoteiro enxertado, de aproximadamente 6 anos de idade, já em produção, na Embrapa Amazônia Oriental (CPATU), em Belém, Pará. (Foto de 1997). O rambutan (Nephelium lappaceum) (Fig. 7, 8 e 9), fruteira arbórea de origem asiática, da família das sapindáceas (a mesma do guaraná, da pitomba e da lichia), produz, aos 3 anos de idade, pequenos frutos muito saborosos e duráveis, que surpreendem favoravelmente a quem deles toma conhecimento, pelo sabor adocicado e suave da polpa dos seus frutos, e assim torna-se uma interessante alternativa de cultivo para enriquecimento cultural da pequena propriedade agrícola em Rondônia. Os rambutanzeiros são muito resistentes a prolongados períodos de seca, como os que ocorre em Rondônia (de julho a outubro), não tendo havido morte de plantas neste experimento conduzido durante 8 anos no campo experimental da Embrapa em Porto Velho. Há um inconveniente de grande importância na implantação desta cultura, pois a espécie apresenta plantas femininas, hermafroditas e masculinas, e estas últimas não produzem frutos, devendo ser descartadas, ou deixadas em número mínimo, mas, esta condição da sexualidade das plantas só se percebe quando elas entram na maturidade (quando ficam adultas e iniciam o ciclo reprodutivo), e assim, perde-se pelo menos 3 anos com as plantas masculinas do plantio, até serem detectadas na floração, ocasião em que estas plantas improdutivas devem receber poda drástica e suas rebrotações enxertadas com material botânico proveniente de matrizes comprovadamente produtivas, para tentar otimizar a produção de todo o “stand” cultivado. Os rambutanzeiros da U. O. da Embrapa Rondônia foram prejudicados pela invasão de búfalos na área do experimento, quando tinham 2 anos de idade, e pelo grande estrago feito, com várias plantas quebradas, teve que se fazer uma poda drástica em quase todas as plantas, que foram cortadas aproximadamente à altura de 1 m do solo, vindo a rebrotar depois, pelo que a performance atual das plantas não espelha bem a realidade de um plantio de oito anos de idade, e, então, não consideramos as medidas efetuadas. O método e tipo de enxertia mais apropriado para o rambutan é o de borbulhia de placa ou escudo ou janela aberta, que se faz quando os “cavalos” (mudas de pé franco, formadas através de sementes) alcançam em torno de 1 ano de idade, quando, então, o caule da muda apresenta espessura suficiente (em torno de 0,75 a 1 cm de diâmetro a uns 30 cm do coleto) a que se abra a janelinha que receberá a plaquinha contendo a gema do material nobre que se quer propagar. Na escolha das matrizes de onde vai ser retirado este material, deve-se dar preferência as plantas hermafroditas, que apresentam maior potencial de produção. Comportamento inicial de duas fruteiras amazônicas e duas exóticas tropicais, em Porto Velho, Rondônia: abiu gigante (Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk), araçá-boi (Eugenia stipitata Mc Vaugh.), abricó (Mammea americana Jacq.) e rambutan (Nephelium lappaceum L.) Foto: George Duarte Ribeiro Conclusão As fruteiras consideradas neste trabalho, por sua rusticidade e pela excelência de seus frutos, apresentam boas perspectivas de exploração agrícola em Porto Velho, e, principalmente, no interior de Rondônia, onde os solos têm maior fertilidade natural, e a cultura destas fruteiras tem assim maiores chances de ser bem sucedida. Também apresentam bom potencial mercadológico, para consumo local ou para serem exportados, na forma de polpa, ou frutos “in natura”, para outras regiões do Brasil, e até mesmo para o exterior, necessitando para isso, evidentemente, que se tenha uma produção bem organizada e de qualidade. Foto: George Duarte Ribeiro Fig. 7. Rambutanzeiro de 8 anos de idade, no campo experimental da Embrapa Rondônia, em Porto Velho, onde as plantas tiveram que sofrer poda drástica, quando tinham 2 anos de idade, e hoje apresentam crescimento diferenciado em relação ao padrão da espécie, tendo suas brotações se tornado espigadas. (Foto de 2007). O abiu gigante e o araçá-boi (fruteiras nativas na Amazônia) iniciam a produção de frutos em pouco tempo de campo (2–3 anos) e podem ser cultivados com mudas formadas através de sementes, só devendo se fazer a opção por mudas enxertadas, no caso de se querer preservar características especiais de determinadas variedades. O abricó e o rambutan (fruteira exóticas) têm a característica de apresentarem plantas de flores hermafroditas e masculinas, e plantas fêmeas, hermafroditas e machos, respectivamente, e, por isso, as mudas devem ser formadas através da propagação vegetativa (assexuada), em que predomina, ainda nos dias de hoje, a enxertia (sendo que para o abricó, o tipo de enxertia mais indicado é o de garfagem de topo de fenda cheia e para o rambutan o de borbulhia de placa ou gema), para que se comece com segurança e boas perspectivas de sucesso a exploração agrícola destas fruteiras. O Abricoteiro de “pé franco” demora muito tempo para produzir frutos (mais de oito anos), enquanto o rambutanzeiro, mesmo propagado por sementes, produz mais rápido (aos 3–4 anos), para o caso de fruteiras perenes. Foto: George Duarte Ribeiro Fig. 8. Rambutanzeiro em plena frutificação na propriedade do Sr. Nakata, em Sta. Isabel, município próximo à cidade de Belém, Pará, onde se pratica agricultura bem rentável, a partir do cultivo de fruteiras tropicais exóticas, que são vendidas para as cidades mais prósperas do Brasil. (Foto de 1997). Literatura consultada CAVALCANTE, P. Frutas da Amazônia. Belém: Museu Emílio Goeldi, 1991. 279 p. CLAY, J. W.; SAMPAIO, P. de T. B.; CLEMENT, C. R. (Ed.). Biodiversidade amazônica: exemplos e estratégias de utilização. Manaus: INPA; SEBRAE, 1999. 409 p. DONADIO, L. C.; MARTINS, A. B. G.; VALENTE, J. P. Fruticultura tropical. Jaboticabal: FUNEP, 1992. 268 p. DONADIO, L. C.; NACHTIGAL, J. C.; SACRAMENTO, C. K. do. Frutas exóticas. Jaboticabal: FUNEP, 1998. 279 p. GEILFUS, F. El arbor al servicio del agricultor: guia de espécies. Caribe: [s.n.], 1994. v.2, 778 p. Fig. 9. Rambutanzeiro de aproximadamente, 10 anos de idade, na propriedade do Sr. Selvino Sordi, produtor associado ao Projeto RECA, na Vila Nova Califórnia, Município de Porto Velho, RO. (Foto de 1999). RIBEIRO, G. D. Fruticultura: uma alternativa para a agricultura de Rondônia. Porto Velho: Embrapa Rondônia, 2000. 7 p. (Embrapa Rondônia. Recomendações Técnicas, 20). 5 6 Comportamento inicial de duas fruteiras amazônicas e duas exóticas tropicais, em Porto Velho, Rondônia: abiu gigante (Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk), araçá-boi (Eugenia stipitata Mc Vaugh.), abricó (Mammea americana Jacq.) e rambutan (Nephelium lappaceum L.) SOUZA, A. das G. C. de; SOUZA, N. R.; SILVA, S. E. L. da; NUNES, C. D. M.; CANTO, A. do C.; CRUZ, L. A. de A. Fruteiras da Amazônia. Brasília, DF: Embrapa-SPI; Manaus: Embrapa-CPAA, 1996. 204 p., il. (Biblioteca Botânica Brasileira, 1). VILLACHICA, H.; CARVALHO, J. E. U. de MULLER, C. H.; DIAZ, C.; ALMANZA, M. Frutales y hortalizas promisorios de La Amazonia. Lima: Tratado de Cooperacion Amazonica, Secretaria Pro-Tempore, 1996. 367 p. Il. (TCA-SPT. Publicaciones, 44). Comunicado Técnico, 335 Exemplares desta edição podem ser adquiridos na: Embrapa Rondônia BR 364 km 5,5, Caixa Postal 406, CEP 78900-970, Porto velho, RO. Fone: (69)3901-2510, 3225-9384/9387 Telefax: (69)3222-0409 www.cpafro.embrapa.br 1ª edição 1ª impressão (2008): 100 exemplares Comitê de Publicações Presidente: Cléberson de Freitas Fernandes Secretária: Marly de Souza Medeiros Membros: Abadio Hermes Vieira André Rostand Ramalho Luciana Gatto Brito Michelliny de Matos Bentes-Gama Vânia Beatriz Vasconcelos de Oliveira Expediente Normalização: Daniela Maciel Revisão de texto: Wilma Inês de França Araújo Editoração eletrônica: Marly de Souza Medeiros
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