CREATICITE - Constructalia

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CREATICITE - Constructalia
CREATICITE
O objectivo da obra era realizar 4500 m2 de escritórios num antigo local agrícola em mutação peri-urbana.
A intenção do dono da obra era criar três torres, três edifícios destinados apenas ao arrendamento.
Tencionávamos exibir uma tecnologia, exprimir uma arquitectura contemporânea e também um carácter
ecológico.
Ao nível do ambiente, tínhamos a possibilidade de criar um edifício que pudesse ser agradável ao olhar,
claro, mas que oferecesse também conforto acústico e térmico, salvaguardando a necessidade de
protecção dos raios solares, mas também dos olhares e das agressões exteriores.
A intenção era preservar um panorama muito aberto a partir do interior, as perspectivas relativamente ao
horizonte, a vista sobre a cordilheira dos Pirinéus e aproveitar ao máximo a vegetação desta zona de
actividade tão abundantemente plantada.
Surgiu logo a ideia de criar um sistema com dupla função, que servisse de fachada «moucharabieh», uma
camada filtro que favorecesse a ligação entre o exterior e o interior do edifício.
É um tema recorrente na nossa agência, trabalhar a associação entre a madeira e o metal. O seu
comportamento ligeiro e modelável permite obras muito pouco nocivas, com poucos desperdícios. O
«savoir-faire» das empresas que estão ligadas a esses materiais permite-nos ter um maior domínio
dimensional e qualitativo. Além disso, agrada-nos o tema da oposição de tonalidades e de matérias entre a
madeira e o metal.
Escolhemos trabalhar sobre a camada exterior. Tentámos criar ritmos verticais que associámos ao
MASCARET. Cofragem com muitas nervuras e, ao mesmo tempo, perfurado, permite obter um efeito de
moucharabieh.
Queríamos o MASCARET pelo seu efeito gráfico. A sua dobragem muito dinâmica em leitura, associada à
estrutura utilizada (jogo de verticais) criava ritmos. Trata-se de uma verdadeira composição gráfica.
Os objectos que criámos são edifícios dispostos como dados que se lançam e, quando passeamos pelo
meio deles, temos percepções oblíquas, uma projecção de reflexos brilhantes, zonas de sombra ou de
transparências.
Além disso, tomámos uma opção muito mais técnica: a da natureza do material. Trata-se de inox 316L,
porque nos encontramos perto do mar. Tínhamos os constrangimentos do iodo e da maresia que nos
obrigavam a utilizar um material anti-corrosão.
Texto: trechos de entrevista realizada pela empresa PMA, Grupo Arcelor, ao arquitecto Patrick Arotcharen.
Responsáveis pela obra: SEPA (representante), Patrick Arotcharen (arquitecto), GETEC/OTCE (estudos
técnicos estrutura, electricidade, líquidos, vias de acesso) Ingecobat (economista, direcção da obra),
APAVE (técnico responsável, coordenador em matéria de segurança e saúde)
Superfície: 4 500m2 SHON
Empresas: SCREG S.O SACER (terraplanagem, vias de acesso), EPCA BET Cazeaux (toscos)
CANCE (estrutura metálica, serralharia, marcenarias exteriores), SAT étanchéité (cobertura
impermeabilizada) Marcenaria Landes Gironde (marcenaria em madeira), Movinord (tabiques), Espaces
Volumes (tectos), Cousseau (ocultação), Vennesson (revestimento de solos flutuantes), Océan Peinture
(pintura), Arrambide (electricidade), Domec (aquecimento, Ar condicionado, ventilação mecânica), Lafitte
(espaços verdes), Koné (Elevador), Sondefor (alicerces especiais).
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