História da Aerodinâmica Automobilística Em 1899 o primeiro carro

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História da Aerodinâmica Automobilística Em 1899 o primeiro carro
História da Aerodinâmica Automobilística
Em 1899 o primeiro carro baseado em princípios
aerodinâmicos é construído, visando superar limites de
velocidade da época. Porém, apenas em 1921, com Edmund
Rumpler, tais princípios passaram a ser aplicados a automóveis
para consumo em grande escala. Todavia, o projeto de Rumpler
(tropfenwagen) Não foi bem aceito pelo mercado consumidor
da época.
Designs que consideravam princípios aerodinâmicos
passaram a ser aceitos e bem vistos tanto por empresas
automotivas quanto pelo próprio mercado a partir das ideias de
Paul Jaray, que até então trabalhava no setor aeronáutico. Com
conhecimentos aerodinâmicos mais apurados, Jaray passou a
desenhar o formato dos carros, acrescentando um novo estágio
de produção à fabricação do carro.
A nova ideia de Jaray, por mais interessante e renovadora,
apresentava falhas. Foi por isso que Rumpler e suas ideias
forma retomadas, uma vez que este produzia o carro
considerando toda a sua estrutura (do motor ao desenho).
A história contemporânea também foi influenciada. A
Alemanha nazista sofreu grandes consequências com designs
aerodinâmicos mal planejados. O Tatra 87 ( também chamado
ironicamente de “ arma tcheca”) alcançava alta velocidade.
Contudo, seu perfil aerodinâmico mostrava-se falho quando
realizava curvas. Desta maneira, o automóvel capotava
facilmente, matando, assim, muitos nazistas (uma vez que o
modelo era muito utilizado pelos alemães).
Com o fim da II Guerra Mundial, os EUA e a Europa
tomaram caminhos diferentes. Tais caminhos dividiram a linha
da história aerodinâmica em duas partes: Os Norte Americanos
estavam em estado próspero, enquanto que a maior parte da
Europa encontrava-se em estado de retrocesso. Desta forma,
continente europeu, encontrou na aerodinâmica um de seus
pilares para que fosse possível o seu reerguimento (projetos
aerodinâmicos tem também a finalidade de economizar
combustível).
Enquanto isso, os EUA e o mais recente “american way of
life” não viam necessidade de economizar. Tudo era abundante
e, desta forma, o combustível gasto não era uma grande
preocupação. Assim o design aerodinâmico de carros estagnouse no pós-guerra. Os modelos eram tão despreocupados com
tais princípios que chegavam a ser “quadrados” (haja vista o
cadillac).
Foi então que a crise do petróleo de 1973 trouxe à tona a
necessidade do desenvolvimento no campo aerodinâmico. Este
foi um período de extrema importância, pois marcou a
consolidação de considerações aerodinâmicas na produção de
carros para um mercado, até então, conservador.
Paralelamente aos acontecimentos do pós guerra, o
desenvolvimento de carros que buscavam velocidades cada vez
maiores, continuava. Para evitar que os carros “decolassem”
com o gradativo aumento da velocidade, Lind Walker percebeu
e iniciou um estudo direcionado à sustentação negativa
(downforce) que um carro deveria ter para não perder contatro
com o solo.
Seu trabalho passou a ser utilizado no mundo das
corridas, visando melhor aceleração, frenagem e melhor
desempenho em curvas (tudo sem permitir que o carro
perdesse estabilidade). Neste processo de aperfeiçoamento
voltado a carros de corrida, Jim Hall foi um dos pioneiros. Com
o uso de ‘spoilers’ e outros artifícios que geravam ‘downforce’,
seu trabalho foi fundamental para que o mundo das corridas se
torna-se mais seguro e rápido.
Assim, com os avanços no campo da velocidade e na
aceitação do público na compra de carros, o setor automotivo
progrediu de 1973 até os dias atuais.
A esse setor foi também aplicada a ciência conhecida
como biônica, que consiste na observação e análise da natureza
para que sejam aplicadas características semelhantes na
indústria. Um exemplo é o Mercedez Bionic que busca no
desenho do boxfish uma melhora aerodinâmica(uma vez que o
coeficiente de arrasto desse peixe é de 0,06).
A grande busca atual do campo aerodinâmico é por
coeficientes cada vez mais baixos, porém sem grande impacto
no design, visando um menor consumo de combustíveis e
consequente menor agressão ao ambiente, embora isso vá
contra os interesses de grandes grupos petrolíferos.
A questão final fica por parte da aceitação de modelos
com designs inovadores pelo mercado consumidor em uma
possível crise energética. O mundo continuaria resistente às
novidades?