Relatório de Sustentabilidade 2013-14

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Relatório de Sustentabilidade 2013-14

Relatório de Sustentabilidade
2013/2014
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
ÍNDICE
5
Mensagem da administração
6 A BIOSEV
12Reconhecimento
15 Sobre o relatório
16 Engajamento e materialidade
19 Estratégia e visão de futuro
22 Vantagens competitivas
24 GOVERNANÇA CORPORATIVA
27
30
Comportamento ético
Gestão de riscos
31 DESEMPENHO ECONÔMICO
32
35
38
Desempenho operacional
Desempenho financeiro
Mercado de capitais
39DESEMPENHO
SOCIAL
40
43
47
Relacionamento com fornecedores
Relacionamento com a comunidade
Clientes e consumidores
50GESTÃO
DE PESSOAS
51
53
56
57
Força de trabalho
Saúde do trabalhador
Remuneração e benefícios
Treinamento e educação
59 GESTÃO DE MEIO AMBIENTE
62 Consumo de recursos
65Biodiversidade
67 Emissões
68 Efluentes e resíduos
71 SUMÁRIO REMISSIVO GRI
75 INFORMAÇÕES CORPORATIVAS
<
3
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
A EMPRESA
pleno, em uma mudança de estrutura
que descentralizou a tomada de decisões
operacionais e tornou a organização mais
ágil, com um menor número de níveis
hierárquicos e otimização de logística.
Decidimos manter os investimentos em
plantio, tratos e manutenção industrial nos
mesmos patamares das safras passadas, o
que permitirá sustentarmos os resultados
planejados.
MENSAGEM DA
ADMINISTRAÇÃO
GRI 1.1, 1.2
Evolução e sustentabilidade resumem
o desempenho da Biosev no ano-safra
2013/2014. Somos uma empresa ancorada
no conceito de sustentabilidade, no
tripé econômico-social-ambiental, e
integramos uma indústria com tecnologia
genuinamente nacional, sustentável e
altamente inclusiva.
Nossa matéria-prima é a cana-de-açúcar,
que não consome nada além de carbono,
oxigênio e hidrogênio e, em seu processo
produtivo, é transformada em alimento,
combustível e energia. O setor demanda
muita mão de obra e tem proporcionado
nos últimos anos uma acelerada
qualificação para a operação de sofisticados
equipamentos de plantio e colheita que
usam GPS e piloto automático.
Apoiados nas características inerentes do
negócio, avançamos em todas as dimensões.
Este foi o primeiro ano da Biosev como
empresa de capital aberto, listada na Bolsa
de Valores, em um processo que nos
permitiu captar recursos de R$ 700 milhões.
Apesar de um ciclo muito desafiador para a
indústria, evoluímos de forma importante
nos aspectos econômicos.
RUI CHAMMAS
DIRETOR-PRESIDENTE
Temos no Brasil
uma plataforma
estabelecida e
competitiva e
vamos priorizar
o aumento da
produtividade
e a eficiência
operacional
dessa estrutura,
ancorados no tripé
econômico-socialambiental.”
Água é um insumo estratégico em
nossa operação. Na safra, realizamos
investimentos em tecnologia para
recirculação de água e, consequentemente,
redução de consumo. Projeto para o
aproveitamento máximo do recurso está em
andamento, buscando otimizar o volume
captado, reduzir perdas no processo e
melhorar nossos indicadores ambientais.
Ao analisarmos o cenário setorial e a
viabilidade econômica de nossas usinas,
optamos pela hibernação de Jardest, em
Jardinópolis (SP), cujos ativos biológicos
passaram a ser utilizados por outras
unidades da região de Ribeirão Preto. Para
amenizar o impacto social da decisão,
conduzimos todo o processo de maneira
cuidadosa, dialogamos com a prefeitura do
município e reabsorvemos a maior parte
dos colaboradores em outras unidades.
Atingimos nossa meta e moemos 30
milhões de toneladas de cana, o maior
volume dos últimos três anos, e alcançamos
receita de R$ 4,3 bilhões, 3% acima da safra
anterior. A cogeração de energia para venda
foi 15% maior, proporcionando crescimento
de 28% na receita líquida desse produto.
Para a próxima safra, nossa meta é moer
entre 29 e 31,5 milhões de toneladas.
Essa atitude reflete nossa crença de que
nossa indústria é inclusiva. Investimos
em treinamento de nossos empregados e
trabalhamos para elevar o setor da
cana-de-açúcar a outro patamar. Também
estamos levando mais conhecimento
técnico aos nossos fornecedores, por meio
do programa Mais Cana. Procuramos
manter uma relação de diálogo aberto
com as comunidades e dedicamos atenção
especial ao programa Liga pela Paz,
dedicado a estimular a não violência, o
respeito às diferenças e a solidariedade
entre crianças e jovens.
Temos o desafio de ganhos de eficiência.
Elaboramos um Plano de Negócios
para o período 2014-2018, tendo como
principal objetivo atingir geração de
caixa livre positiva, de forma sustentável,
já a partir da safra 2014/2015. Para isso,
reorganizamos as operações em quatro
polos agroindustriais, buscando desenvolver
o sentimento de dono, de empresariamento
Sabemos que ainda temos muitos desafios
pela frente: precisamos aprimorar a plena
utilização de nossos ativos, sejam biológicos
ou industriais e estamos conscientes de que
o nosso setor está em plena transformação.
Dessa forma, seguimos comprometidos
com o desenvolvimento sustentável de
nosso negócio e com a criação de valor para
todos os nossos públicos de relacionamento.
<
5
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
A BIOSEV
Companhia é a segunda maior
processadora de cana-de-açúcar do
mundo e atua com 11 unidades industriais
localizadas nas Regiões Sudeste,
Centro-Oeste e Nordeste do Brasil
<
6
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
A BIOSEV
PRINCIPAIS
PRODUTOS
GRI 2.2
S
egunda maior processadora
de cana-de-açúcar do mundo,
a origem da Biosev data de
2000, quando a Usina Cresciumal foi
adquirida pelo Grupo Louis Dreyfus
Commodities, acionista controlador
da companhia. Atua com uma matriz
na cidade de São Paulo, 11 unidades
agroindustriais distribuídas em quatro
polos localizados nas Regiões Sudeste,
Centro-Oeste e Nordeste do Brasil e um
terminal no Porto de Santos (SP). GRI 2.1, 2.6
• Açúcar cristal
• Açúcar refinado
• Açúcar líquido (solução de sacarose
líquida de alta pureza)
Açúcar
• Açúcar líquido invertido (solução de
sacarose, glicose e frutose)
Gerenciando 340 mil hectares de
terras e com capacidade para moer
36,4 milhões de toneladas por ano e
gerar 1.346 GWh de energia elétrica
proveniente da biomassa, a Biosev
possui um portfólio diversificado de
produtos comercializados em todo o
Brasil e em outros 40 países.
Produz diferentes linhas de açúcar
e etanol, além de melaço em pó,
levedura e ração para uso animal,
que são comercializados com
indústrias do setor de alimentos,
distribuidoras de combustíveis e
empresas comerciais. No mercado
interno, comercializa açúcar com
as marcas Estrela e Dumel, sendo a
Estrela líder do mercado de açúcar
cristal na Região Nordeste, de
acordo com dados Nielsen. Todas
as unidades são autossuficientes
em energia, sendo que nove delas
produzem energia excedente que é
comercializada. GRI 2.2, 2.3, 2.5, 2.7
A companhia encerrou a safra
2013/2014 com 16.124 empregados.
No período, a receita líquida
totalizou R$ 4,3 bilhões, a geração de
caixa, pelo conceito EBITDA, foi de
R$ 1,1 bilhão e o lucro bruto atingiu
R$ 560,4 milhões. GRI 2.8
• Açúcar VHP
• Açúcar GC (cristais de sacarose com
granulometria controlada)
• Álcool hidratado (combustível
com 94,5% de pureza)
• Álcool anidro (combustível
com 99,3% de pureza)
Etanol
• Álcool neutro ou industrial
• Geração a partir do bagaço da cana
Energia
Outros produtos
<
7
>
•
•
•
•
Levedura seca
Melaço em pó (suplemento energético)
Melaço em pó (MBS)
Ração para produção animal
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
A BIOSEV
PRESENÇA DA BIOSEV
GRI 2.3, 2.5
A Biosev tem capacidade
anual de
processamento de
36,4
milhões
Cresciumal – Leme (SP)
Continental – Colômbia (SP)
Vale do Rosário – Morro Agudo (SP)
MB – Morro Agudo (SP)
Santa Elisa – Sertãozinho (SP)
Jardest – Jardinópolis (SP) (em hibernação)
Lagoa da Prata – Lagoa da Prata (MG)
de toneladas
de cana-de-açúcar 1
Passa Tempo – Rio Brilhante (MS)
Rio Brilhante – Rio Brilhante (MS)
Maracaju – Maracaju (MS)
Estivas – Arez (RN)
Giasa – Pedra do Fogo (PB)
11
12
A empresa opera
11
7
1
unidades
agroindustriais
em três regiões
do País
<
8 9 10
2 3 4
5 6
8
Não considera a capacidade da unidade
Jardest, que foi colocada em hibernação
na safra 2013/2014
1
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
A BIOSEV
PERFIL DAS UNIDADES OPERACIONAIS1
Capacity
Unidade
Processamento
de cana (t)
Armazenamento
(mil t)
Energia
(MW)
Tancagem
(mil m3)
Flexibilidade
máxima em
2013/2014
Produtos
POLO AGROINDUSTRIAL RIBEIRÃO PRETO
Santa Elisa (SEL)
6,1 milhões
90
126
58
55,6% etanol e
53,9% açúcar
Açúcar cristal, açúcar líquido,
açúcar VHP, álcool anidro, álcool
hidratado, álcool neutro, energia,
melaço em pó (MBS e suplemento
energético), suplemento animal
6,5 milhões
80
120
97
46,3% etanol e
57,8% açúcar
Açúcar VHP, álcool anidro,
álcool hidratado, energia
2,8 milhões
73
80
16
62,3% etanol e
51,2% açúcar
Açúcar cristal, açúcar VHP, álcool
anidro, álcool hidratado, energia
2,6 milhões
32
39
8
52,7% etanol e
59,3% açúcar
Açúcar VHP, álcool hidratado
Jaboticabal
-
47
21
-
-
-
Jardest (JDT)
-
22
40
-
-
-
2,1 milhões
6
48
36
51% etanol e
63,9% açúcar
Açúcar cristal, álcool anidro, álcool
hidratado, energia, levedura seca
3,2 milhões
77
87
85
84,1% etanol e
63,2% açúcar
Açúcar cristal, açúcar VHP, álcool
anidro, álcool hidratado, energia
3,3 milhões
49
66
78
66% etanol e
49,7% açúcar
Açúcar cristal, álcool anidro,
álcool hidratado
5 milhões
200
80
90
46,8% etanol e
66,1% açúcar
Álcool anidro, álcool hidratado, energia
1,8 milhão
29
46
12
46,5% etanol e
60,6% açúcar
Açúcar cristal, álcool hidratado
1,8 milhão
49
22
21
24,6% etanol e
78% açúcar
Açúcar cristal, açúcar refinado,
açúcar VHP, álcool anidro,
álcool hidratado, energia
1,2 milhão
-
54
30
100% etanol
Álcool neutro, álcool anidro,
álcool hidratado, energia
SERTÃOZINHO (SP)
Vale do Rosário (VRO)
MORRO AGUDO (SP)
MB (UMB)
MORRO AGUDO (SP)
Continental (CTN)
COLÔMBIA (SP)
JARDINÓPOLIS (SP) 2
POLO AGROINDUSTRIAL LEME/LAGOA DA PRATA
Cresciumal (LEM)
LEME (SP)
Lagoa da Prata (LPT)
LAGOA DA PRATA (MG)
POLO AGROINDUSTRIAL MATO GROSSO DO SUL
Passa Tempo (PST)
RIO BRILHANTE (MS)
Rio Brilhante (RBR)
RIO BRILHANTE (MS)
Maracaju (MAR)
MARACAJU (MS)
POLO AGROINDUSTRIAL NORDESTE
Estivas (EST)
AREZ (RN)
Giasa (GIA)
PEDRA DO FOGO (PB)
1
2
A Biosev optou por usar dados atuais, considerando que este relatório foi concluído em dezembro de 2014
A unidade Jardest foi colocada em hibernação na safra 2013/2014 e, por essa razão, os dados consolidados de capacidade instalada não consideram essa usina GRI 2.9, 3.10
<
9
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
A BIOSEV
A unidade MB, em
Morro Agudo (SP),
tem capacidade de
processamento de
2,8 milhões
de toneladas de
cana-de-açúcar
<
10
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
A BIOSEV
EUROPA
Bulgária
Croácia
Espanha
Geórgia
Grécia
Holanda
Itália
Lituânia
Montenegro
Polônia
Portugal
Romênia
Rússia
Turquia
DESTINO DAS
EXPORTAÇÕES
ÁSIA
Bangladesh
China
Coréia do Sul
Filipinas
Índia
Indonésia
Malásia
Vietnã
Sri Lanka
Uzbequistão
AMÉRICA
DO NORTE
Canadá
Os produtos são
comercializados
no Brasil e em
cerca de outros
40
países
ORIENTE MÉDIO
Emirados Árabes
Unidos
Iêmen
Irã
Israel
Jordânia
Síria
ÁFRICA
África do Sul
Argélia
Angola
Benin
Camarões
Costa do Marfim
Egito
Gâmbia
Gana
Guiné
Libéria
Madagascar
Marrocos
Mauritânia
Nigéria
Senegal
Serra Leoa
Tanzânia
Togo
Zimbábue
<
OCEANIA
Austrália
Ilhas Salomão
11
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
A BIOSEV
RECONHECIMENTO
GRI 2.10
N
o exercício, a Biosev obteve
dois reconhecimentos e
quatro de suas unidades
receberam certificações:
• As 20 empresas do agronegócio
que mais empregam: em 2013, a
Biosev foi listada na publicação
anual da revista Exame, em que
ocupou a 12ª colocação.
• Prêmio Visão da Agroindústria:
na edição de 2013 do prêmio, a
companhia fez parte do ranking As
Maiores e Melhores em Operações
de Vendas.
CERTIFICAÇÕES
Certificação/Registro
Escopo
Bonsucro EU
Production Standard
Santa Elisa: A Bonsucro é uma associação
multistakeholder criada com o objetivo de reduzir os
impactos ambientais e sociais da produção de canade-açúcar, por meio de um padrão que incorpora
um conjunto de princípios, critérios e indicadores. A
certificação de etanol (anidro, hidratado, neutro) e açúcar
(cristal e VHP) abrange a cadeia de custódia, incluindo
unidade industrial, fazendas próprias e arrendadas.
Em 2013, a certificação foi ampliada até o porto.
RFS2 e LCFS
Vale do Rosário, MB, Santa Elisa, Cresciumal
e Giasa: A Biosev é uma das poucas empresas do
setor que produzem etanol combustível registrado no
Programa RFS2 (Renewable Fuel Standard 2 – Padrão
de Combustível Renovável), pela Agência Americana de
Proteção Ambiental (EPA), para comercialização nos
Estados Unidos. São homologadas as usinas Vale do
Rosário, MB, Santa Elisa, Cresciumal e Giasa. Para o
Estado da Califórnia, a companhia conta com o registro no
Programa LCFS (Low Fuel Carbon Standard – Padrão de
Combustível de Baixo Carbono), da Câmara de Recursos
Atmosféricos da Califórnia (Carb), sendo homologadas
as usinas Vale do Rosário, MB, Santa Elisa e Cresciumal.
NBR ISO 9001:2008
Santa Elisa: Produção e venda de açúcar (cristal, líquido,
líquido invertido), álcool (anidro, hidratado, extraneutro,
refinado, destilado alcoólico) e energia elétrica.
MB: Colheita, carregamento, transporte de
cana, produção e venda de açúcar cristal, álcool
anidro, álcool hidratado e energia elétrica.
A Biosev tem capacidade
anual de cogeração de
461,1 MW
Vale do Rosário: Produção e venda de açúcar cristal,
álcool anidro, álcool hidratado e energia elétrica.
NBR ISO 22000:2005
Santa Elisa: Fabricação de açúcar (líquido, líquido
invertido e cristal), desde o recebimento da matériaprima até a expedição dos produtos finais; Fabricação
de açúcar cristal desde o recebimento da matériaprima até a expedição dos produtos finais.
Certificação Kosher
Santa Elisa, MB e Vale do Rosário: Produção
de açúcar e álcool das unidades atende aos
critérios da comunidade judaica.
de energia
<
12
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
A BIOSEV
PRINCIPAIS INDICADORES GRI 2.8
2011/2012
2012/2013
2013/2014
Var. 12/13 X 13/14 (%)
3.402,9
4.152,2
4.267,5
2,8%
457,3
390,5
560,4
43,5%
1.134,6
1.286,0
1.147,8
-10,7%
Margem EBITDA ajustada
33,3%
31,0%
26,9%
- 4,1 p.p.
Resultado líquido (R$ milhões)
(279,5)
(619,6)
(1.466,8)
-
3.845
3.660
3.302
-9,8%
Ativo total (R$ milhões)
9.717
9.737
9.529
- 2,1%
Patrimônio líquido
2.471
2.457
1.529
- 37,8%
Nº de ações (ON)
-
-
206.810.613
-
Cotação em 31/3 (R$/ação)
-
-
8,50
-
Valor de mercado (R$ milhões)
-
-
1.758
-
Volume financeiro médio diário (R$ mil)
-
-
472
-
Moagem (mil toneladas)
27.514
29.533
30.009
1,6%
Própria
17.286
18.515
17.623
-4,8%
Terceiros
10.228
11.018
12.386
12,4%
Utilização da capacidade instalada (%)
68,7%
73,8%
79,2%
1,6%
Produção (mil t ATR Produto) 2
3.636
3.860
3.767
-2,4
Açúcar (mil t)
1.963
2.136
1.723
-19,3%
Etanol (mil m3)
928
952
1.150
20,7%
Mecanização da colheita
89%
93%
94,7%
1,7 p.p.
Cogeração de energia para venda (GWh)
571
619
712
15,0%
15.322
16.450
16.124
-2,0%
1,19
1,34
1,37
2,2%
ND
0,0033
0,0029
- 12,1%
FINANCEIROS
Receita líquida (R$ milhões)
Lucro bruto (R$ milhões)
EBITDA ajustado (R$ milhões)
Dívida líquida ajustada (R$ milhões)
PATRIMONIAIS
AÇÕES 1
OPERACIONAIS
SOCIOAMBIENTAIS
Total de colaboradores
Consumo de água/tonelada de cana processada (m3/tc)
Consumo de energia indireta (GJ/tc) 3
1
As ações da Biosev começaram a ser negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo em 19 de abril de 2013 | 2 ATR = Açúcar Total Recuperável | 3 tc = tonelada de cana
<
13
>
DESTAQUES DA
SAFRA 2013/2014
Abertura de capital,
com Oferta Pública Inicial
de Ações (IPO), passando
a negociar papéis no
segmento Novo Mercado
da BM&FBovespa
Aumento de
2,8% da receita
líquida, que somou
R$ 4,3 bilhões
Crescimento de 28% na receita líquida
de energia, que atingiu
23,7 kWh/tonelada moída
Redução de
R$ 358 milhões
no endividamento
líquido ajustado
Moagem de cana de
30 milhões de
toneladas, a
maior dos últimos
três anos
Aumento de
13,2% de eficiência
Melhoria na
atingiu 23,7
atingiu 79,2%
utilização de
capacidade, que
da cogeração, que
kWh/
tonelada moída
Revisão do Plano de Negócios, que
resultou na hibernação da unidade Jardest
e realocação de seus ativos biológicos
para as usinas próximas
Reestruturação das
unidades em quatro polos
agroindustriais GRI 2.9
Alienação do ativo
biológico da unidade
industrial São Carlos e
descontinuação de sua
atividade GRI 2.9
Investimentos de:
R$ 13,6 milhões
em saúde e segurança
R$ 9,4 milhões
em iniciativas ambientais
<
14
>
R$ 417 mil
na comunidade
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
A BIOSEV
empresas que fazem parte do grupo:
Biosev Bioenergia Internacional S.A.;
Biosev Bioenergia Ltda.; Bioenergia
Finance International B.V.; Biosev
Bioenergia S.A.; Biosev Terminais
Portuários e Participações Ltda.;
Biosev Passatempo Bioenergia S.A.;
Crystalsev Comércio e Representações
Ltda.; Sociedade Operadora Portuária
de São Paulo Ltda.; Terminal de
Exportação de Açúcar do Guarujá
Ltda. (Teag); Crystalsev Participações
Ltda.; Crystalsev Internacional S.A.;
Crystalsev Fomento Ltda.; Crystalsev
Serviços de Intermediação de Negócios
Ltda.; Crystalsev Bioenergia Ltda.;
Indumel – Indústria e Comércio de
Melaço Ltda.; e Agrícola e Comercial
MB Ltda. GRI 3.8
A
Com 46 indicadores de desempenho,
ante 36 no relatório anterior, o
documento apresenta informações
econômicas, ambientais, sociais e
setoriais das 11 usinas em operação
na safra 2013/2014, localizadas nas
Regiões Sudeste, Nordeste e CentroOeste do Brasil, e de sua controlada
Biosev Bioenergia S.A. Os indicadores
financeiros seguem os padrões
internacionais de contabilidade
(International Financial Reporting
Standards – IFRS) e foram auditados
pela Deloitte Touche Tohmatsu.
Os dados socioambientais são
referenciados em normas trabalhistas
brasileiras e nas certificações ISO 9001,
ISO 22000 e Bonsucro. GRI 3.6, 3.7, 3.9
Além da Biosev S.A. e de sua
controlada Biosev Bioenergia S.A.,
os indicadores de desempenho
econômico incluem os dados das
A Biosev declara que
este relatório cumpre
as exigências do
Nível B de aplicação
das diretrizes GRI
G3.1, tendo, para
isso, atendido aos
requisitos apontados
no quadro a seguir:
C
Dados consolidados de capacidade
instalada de 2013/2014 não consideram a
unidade Jardest, colocada em hibernação
durante a safra. Outras alterações de
informações publicadas em relatórios
anteriores, como emissões atmosféricas,
devem-se a aperfeiçoamento em
métodos de medição e são referenciadas
ao longo do documento. GRI 3.10, 3.11
C+
B
B+
A
Perfil da G3.1
Responder
aos itens:
1.1;
2.1 a 2.10;
3.1 a 3.8;
3.10 a 3.12;
4.1 a 4.4;
4.14 a 4.15
Responder a todos os
critérios elencados
para o Nível C mais:
1.2;
3.9, 3.13;
4.5 a 4.13;
4.16 a 4.17
O mesmo exigido
para o nível B
Informações
sobre a forma de
gestão da G3.1
Não exigido
Informações sobre
a Forma de Gestão
para cada Categoria
de Indicador
Forma de Gestão
divulgada para
cada Categoria
de Indicador
Indicadores de
Desempenho G3.1
& Indicadores
de Desempenho
do Suplemento
Setorial
Responder a um
mínimo de 10
Indicadores de
Desempenho,
incluindo pelo
menos um de
cada uma das
seguintes áreas
de desempenho:
social, econômico
e ambiental.
*Suplemento setorial em sua versão final
<
15
>
Responder a um
mínimo de 20
Indicadores de
Desempenho,
incluindo pelo menos
um de cada uma
das seguintes áreas
de desempenho:
econômico, ambiental,
direitos humanos,
práticas trabalhistas,
sociedade,
responsabilidade
pelo produto.
Com verificação externa
Para a construção deste documento,
a companhia adotou as diretrizes da
Global Reporting Initiative (GRI), na
sua versão G3.1, um padrão global e
multissetorial que orienta empresas
para o uso de indicadores e princípios
para o relato de suas atividades. GRI 3.1
NÍVEIS DE
APLICAÇÃO
Com verificação externa
Biosev apresenta pelo
terceiro ano seu Relatório de
Sustentabilidade com o objetivo
de manter a transparência diante de
seus públicos sobre os princípios e
compromissos que orientam seus
negócios, bem como seu desempenho
no exercício. O relatório refere-se à
safra 2013/2014, compreendendo o
período de 1º de abril de 2013 a 31 de
março de 2014.
Responder a
cada Indicador
essencial da G3
e do Suplemento
Setorial*
com a devida
consideração
ao Princípio da
materialidade
de uma das
seguintes formas:
a) respondendo
ao indicador ou
b) explicando
o motivo da
omissão.
A+
Com verificação externa
SOBRE O RELATÓRIO
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
A BIOSEV
ENGAJAMENTO
E MATERIALIDADE
GRI 3.5, 4.14, 4.15, 4.16
P
ara a definição do conteúdo deste
relatório, a companhia realizou
uma atualização indireta dos
aspectos relevantes apontados no ciclo
de 2011/2012, quando, com o apoio de
consultoria especializada, foi realizado o
levantamento de interesses e expectativas
dos públicos considerados estratégicos.
Esses públicos foram definidos a
partir da análise tanto dos impactos
e das influências que eles exercem
sobre os negócios da companhia
como daqueles decorrentes das
atividades da Biosev e compreendem:
colaboradores, fornecedores de cana,
clientes, acionistas e investidores,
comunidades, prefeituras, organizações
não governamentais do entorno das
operações e imprensa.
A atualização de temas compreendeu
consulta a pontos focais internos que
se relacionam mais fortemente com
as partes interessadas estratégicas. A
revisão contempla ainda análise de
aspectos abordados prioritariamente
por empresas e entidades do setor
e estudos sobre as preocupações
socioambientais de clientes e
instituições financeiras, expressas em
seus questionários, sites, políticas e
estratégias de relacionamento.
Com isso, houve adequação e foi
introduzido um tópico sobre impactos
ambientais do negócio. Os temas
mais relevantes identificados por
esse processo foram validados pela
alta administração da companhia.
Nem todos os indicadores relativos
TEMAS
MAIS RELEVANTES GRI 4.17
Atualização da
materialidade
1ª materialidade
Força de trabalho;
Indicadores GRI
relacionados
Condições da força de
trabalho e liberdade
de associação.
LA7, LA8, HR5, LA1
Eventuais riscos de ocorrência
de trabalho infantil e/ou
análogo ao escravo;
Eventuais riscos de
ocorrência de trabalho
infantil e/ou análogo
ao escravo na cadeia
de fornecimento.
HR6,HR7
Comunidade local;
Relacionamento
com comunidades
vizinhas e tradicionais.
Desenvolvimento local
SO1, EC6, EC7, EC9
Mudanças climáticas;
Mudanças climáticas
e impactos no setor
sucroenergético.
EC2
Presença no mercado;
Governança corporativa.
EC1, SO7
Saúde do trabalhador;
Liberdade de associação;
Respeito à negociação sindical;
Transferência de
tecnologia agrícola;
Equilíbrio econômico-financeiro;
Governança Corporativa;
Alimentos saudáveis;
Rotulagem de produtos e serviços;
-
Qualidade e responsabilidade PR1, PR2, PR3, FP5, FP8
sobre os produtos.
Impactos ambientais do
negócio (uso da água,
produção de energia,
biodiversidade, emissões,
efluentes e resíduos).
<
16
>
EN3 a EN7
EN8 a EN10
EN11 a EN15
EN16 a EN24
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
A BIOSEV
aos assuntos considerados relevantes
estão contemplados neste documento,
mas a Biosev assume o compromisso
de publicar as informações no
próximo relatório.
AÇÕES DE RELACIONAMENTO
As atividades de engajamento com
os públicos estratégicos são pontuais,
ocorrendo em encontros, reuniões de
negócios, seminários, apresentação
de resultados, entre outras, e são
identificadas mudanças no mercado e
nas operações que possam resultar em
impactos.
• Acionistas e investidores – Reuniões
periódicas, teleconferências
trimestrais para apresentação
de resultados, participação em
eventos, quando são abordados
temas relacionados a indicadores
operacionais e financeiros.
• Clientes – Comunicação permanente
por meio das áreas Comercial e
de Qualidade, incluindo visitas
técnicas proativas. Para as marcas
comercializadas no varejo (Estrela
e Dumel), é mantido um serviço de
atendimento por meio de telefone
0800. Os tópicos de maior relevância
abrangem qualidade de produto,
aspectos comerciais e de logística.
Atividades com
públicos de
relacionamento
da companhia
aspectos de remuneração, saúde
e segurança, treinamento e
capacitação.
• Comunidades, prefeituras,
ONGs – É mantida uma área
de Responsabilidade Social,
Relacionamento com Comunidades
e Investimento Social Privado, que
entra em contato por meio dos
projetos sociais desenvolvidos em
conjunto com ONGs, prefeituras
e associações comunitárias, assim
como por telefone e e-mail, sem
periodicidade definida. Os temas
recorrentes envolvem proteção,
preservação e educação ambiental,
capacitação de mão de obra e
desenvolvimento social.
• Fornecedores – Além de
contatos pontuais realizados por
meio da área de Originação, há
encontros anuais realizados por
usina ou polo regionais, quando
são discutidos itens relacionados
à produção, produtividade e
práticas trabalhistas.
• Imprensa – Atividades sem
periodicidade definida são
realizadas por meio da assessoria
de imprensa, por meio do envio
de notícias, comunicados,
atendimento a demandas e
agendamento de entrevistas
com executivos, envolvendo
temas econômicos, sociais e
ambientais.
• Colaboradores – Contato
permanente por meio de intranet,
e-mail, reuniões de áreas, envolvendo
<
17
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
A BIOSEV
COMPROMISSOS GRI 4.12
ENTIDADES GRI 4.13
A Biosev subscreveu iniciativas
alinhadas a avanços no desempenho
sustentável de suas atividades,
destacando-se:
A fim de defender os interesses do
setor sucroenergético e contribuir para
que as atividades sejam exercidas de
forma sustentável, a Biosev participa de
entidades representativas, como:
Protocolo Agroambiental – Todas as
unidades da companhia localizadas
no Estado de São Paulo são signatárias
da iniciativa do governo estadual
que visa reconhecer as boas práticas
ambientais do setor sucroenergético
por meio de um certificado de
conformidade, renovado anualmente.
Essa iniciativa foi criada a partir de
um entendimento entre governo,
usinas e fornecedores de cana-deaçúcar sobre os programas RFS2
(Renewable Fuel Standard 2), da
Agência Americana de Proteção
Ambiental (EPA), e LCFS (Low
Fuel Carbon Standard – Padrão de
Combustível de Baixo Carbono), da
Câmara de Recursos Atmosféricos
da Califórnia (Carb), e a necessidade
de organizar a atividade agrícola e
industrial de modo a promover a
adequação ambiental e minimizar,
consequentemente, os impactos sobre
o meio ambiente e a sociedade.
As unidades Santa Elisa, MB,
Continental e Vale do Rosário
subscreveram o protocolo em 2007 e a
unidade Leme, em 2008.
Unica – É a maior organização
representativa do setor sucroenergético,
na qual a companhia possui assento
no conselho e contribui para o
desenvolvimento de projetos
ambientais, como o Programa Etanol
Verde, idealizado para incentivar a
produção sustentável de biocombustível
a partir da cana-de-açúcar.
Associação dos Produtores de
Bioenergia de Mato Grosso do Sul
(Biosul) – Ao participar da entidade,
a Biosev procura acompanhar e
apoiar o desenvolvimento do setor
sucroenergético e sua interação com a
sociedade. Adicionalmente, a associação
é responsável pela organização de
comitês técnicos, cuja finalidade é
desenvolver soluções para o setor.
Sindálcool – Participação no Sindicato
da Indústria de Produção do Álcool do
Estado da Paraíba.
Siamig – Entidade que reúne
a Associação das Indústrias
Sucroenergéticas e os sindicatos da
Indústria de Fabricação do Álcool e da
Indústria do Açúcar de Minas Gerais.
Comitês de Bacias Hidrográficas –
Integra as bacias da Paraíba, Litoral Sul
e dos Afluentes do Alto São Francisco.
Madeira Legal – O Selo Verde
representa a reposição florestal,
que é concedida pela Secretaria de
Meio Ambiente para empresas que
cumprirem adequadamente com
a reposição de árvores em volume
equivalente ao de produtos ou
subprodutos florestais explorados,
utilizados ou transformados no
último ano. Nas unidades da Biosev,
é utilizada madeira de eucalipto para
partida e repartida das caldeiras
industriais. As unidades Santa Elisa,
MB, Continental, Vale do Rosário e
Leme mantêm essa prática.
Companhia assumiu
compromissos
sociais e ambientais
<
18
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
A BIOSEV
incremento do uso da capacidade
instalada nas unidades, maximizando a
diluição dos custos fixos de produção e a
margem de produtos.
ESTRATÉGIA E
VISÃO DE FUTURO
GRI 1.2
A
Biosev busca fortalecer sua
posição de liderança no setor
sucroalcooleiro brasileiro e
internacional, de forma rentável e
sustentável, a fim de gerar valor para
todos os públicos de relacionamento. A
companhia atua de forma verticalmente
integrada, participando de todas as
etapas de produção, desde o plantio, a
colheita e o processamento da cana-deaçúcar até a armazenagem, logística e
comercialização da gama de produtos,
no mercado brasileiro e internacional.
PILARES
Focada em produção de
açúcar, álcool e energia
elétrica, companhia
definiu pontos-chave
para assegurar a posição
de liderança em um
modelo de atuação
rentável e sustentável.
Para reduzir os custos, aumentar
a escala e melhorar a eficiência,
a companhia procura reforçar as
operações dos polos, por meio de:
• Investimentos adicionais em
mecanização das atividades agrícolas
e em tecnologias agrícolas, industriais
e da informação;
• Aperfeiçoamento da estrutura
logística (portos, terminais, armazéns
e transporte);
• Investimento em tecnologias que
permitam maior flexibilidade e
otimização do mix de produção de
açúcar e etanol, de forma a garantir
um equilíbrio sobre as oscilações dos
preços de mercado;
• Obtenção dos melhores indicadores
de desempenho industriais e
agrícolas do mercado;
A organização de ativos em polos
agroindustriais, medida adotada na
safra 2013/2014, possibilita obter
ganhos de escala e reduzir custos
com produção, compra e logística da
cana-de-açúcar, assegurando a gestão
eficiente do desempenho econômico e a
criação de valor para todos os públicos
de relacionamento.
• Uso de combustíveis
complementares, como a palha
de cana-de-açúcar, nas unidades
industriais com ativos de cogeração
de energia elétrica.
CRESCIMENTO POR MEIO DE
BROWNFIELDS E COGERAÇÃO
A atuação se apoia em quatro pilares
estratégicos:
Expandir a capacidade de
processamento de cana-de-açúcar em
suas unidades, de forma a maximizar
o potencial dos ativos instalados. Os
projetos de expansão (brownfields)
seguem critérios de eficiência
operacional e logística para assegurar
significativos ganhos de margem,
produtividade e escala, bem como
aumentar a capacidade de cogeração
e exportação de energia elétrica, que
deverá receber investimentos em
tecnologia.
OTIMIZAÇÃO DE ATIVOS
Ampliar a produção de cana-de-açúcar
própria e a aquisição de cana-de-açúcar
por terceiros. Em sua cadeia produtiva,
como estímulo aos fornecedores,
mantém o Projeto Mais Cana, que visa
atrair a parceria de produtores mediante
o oferecimento de pacote de benefícios
que contempla insumos, transferência
de tecnologia, linhas de crédito, entre
outros, de forma a proporcionar o
<
19
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
A BIOSEV
EXPLORAÇÃO
DE PRODUTOS E MERCADOS
MUDANÇAS
ESTRATÉGICAS
NOVA ESTRUTURA
OPERACIONAL
Aproveitar a flexibilidade no mix de
GRI 2.9
produção de açúcar e etanol e suas
diversas formas, o acesso ao mercado
A safra 2013/2014 foi marcada
internacional, as marcas fortes da
por grandes desafios climáticos e
Polo
companhia e os canais de comercialização
macroeconômicos. Para enfrentar
Ribeirão Preto:
Unidades Santa Elisa
abrangentes para garantir agilidade
esse cenário, a Biosev reorganizou
(SP), MB (SP), Vale
e flexibilidade em três dimensões: 1)
sua estrutura operacional, com a
do Rosário (SP) e
produto e sua qualidade; 2) mercado da
criação de quatro polos agroindustriais
Continental (SP)
comercialização; e 3) momento
e a diminuição de camadas
certo da concretização da
hierárquicas, o que implicou a
Polo Mato
Polo
operação. Além disso, a Biosev
redução de 20% no número de
Grosso do Sul:
Leme-Lagoa:
Unidades
se prepara para possíveis
diretores e gerentes.
Unidades Leme (SP)
Rio Brilhante (MS),
oportunidades, como:
e Lagoa da Prata
Passa Tempo (MS) e
• Exportação de açúcar e
etanol em médio e longo
prazos, em razão da liberação das
restrições ao comércio e importação
que atualmente limitam o acesso a
alguns grandes mercados;
(MG)
Maracaju (MS)
Polo
Nordeste:
Unidades
Giasa (PB) e
Estivas (RN)
A reorganização teve como premissa
o aumento da competitividade dos
ativos já instalados e a elevação da
produtividade e eficiência operacional.
Para consolidá-la, a Biosev analisou
detalhadamente a viabilidade
econômica de suas usinas, decidindo
pela hibernação da unidade Jardest, em
Jardinópolis (SP).
• Crescimento da demanda por etanol
combustível no Brasil;
• A atual tendência em diversos
países de buscar fontes de energia
renováveis e menos poluentes, tais
como o etanol limpo;
Ficam mantidos o ativo biológico da
unidade e o fornecimento de cana de
seus parceiros, que na safra 2014/2015
será utilizado por outras unidades da
região de Ribeirão Preto, o que elevará
a eficiência operacional.
• Crescimento da demanda de etanol
para outros fins, como produção de
bioplásticos, bebidas e indústrias
farmacêuticas e de cosméticos.
METAS
Moagem de cana (milhões de toneladas)
ATR cana (Kg/t)
ATR produto (milhões de toneladas) 1
1
Meta
2013/2014
Realizado
Meta
2014/2015
28,7 - 30,1
30
29,0-31,5
125,0 - 131,0
124,9
128,0-134,0
3,6 - 3,9
3,7
3,7-4,2
ATR = Açúcar Total Recuperável
<
20
>
Os primeiros resultados das medidas
foram apresentados já no final da
safra. Apesar de eventos climáticos
desfavoráveis no período, marcado por
seca, o volume de moagem totalizou
R$ 30 milhões de toneladas, o maior
volume dos últimos três anos, e a
melhoria da taxa de utilização de
capacidade, que atingiu 79,2% – ante
73,8% na safra anterior.
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
A BIOSEV
INTELIGÊNCIA AGRÍCOLA
TECNOLOGIA DE PLANTIO
A safra 2013/2014 teve como premissa
o aumento da competitividade dos
ativos já instalados, a introdução de
um novo perfil varietal mais adequado
para explorar o potencial de sacarose,
menor incidência de doenças e
melhoria da produtividade e eficiência
operacional.
Desde 2011, a companhia adota a
prática do plantio alternado, com um
espaçamento entre as linhas de cana
que visa à otimização das atividades
e o aumento de produção. Com esse
recurso, duas linhas de cana são
plantadas a 90 centímetros de distância
uma da outra, com espaçamento da
entrelinha de 1,6 metro. O plantio
tradicional mantém distância uniforme
de 1,5 metro a cada linha. Com isso, a
área de plantio passa de 6,7 mil para 8
mil metros lineares por hectare, o que
proporciona aumento da produção na
mesma área.
Para garantir o aprimoramento de
processos que envolvem tecnologia,
a Biosev mantém parcerias com
instituições como o Centro de Tecnologia
Canavieira (CTC), a Ridesa Agro e o
Instituto Agronômico Campinas (IAC).
O CTC e o IAC, por exemplo, possuem
um programa de melhoramento para
diferentes ambientes de produção, sendo
observado o desempenho de variedades
em todas as unidades da Biosev.
Por meio de um convênio de
cooperação técnica com essas
instituições, a Biosev participa
ativamente do desenvolvimento de
novos cultivares, fornecendo suporte
técnico e áreas de plantio com o
propósito de selecionar as variedades
com os melhores desempenhos.
Após a etapa de seleção, visando
obter o máximo potencial produtivo,
os materiais finais são distribuídos
conforme suas características
específicas para as unidades da Biosev.
MELHORIA
GENÉTICA
A variedade pode
resultar na alavancagem
da produtividade, em
função do material
genético que apresenta.
Para a próxima safra,
a Biosev deve obter
variedades competitivas
no mercado,
provenientes de um
tratamento adequado
para uma lavoura de alto
padrão, livre de doenças.
O plantio alternado usa equipamentos
que operam com piloto automático. Na
safra, esse sistema foi implantado em
100% do plantio no Polo MS e iniciado
nos Polos Ribeirão Preto e Leme/
Lagoa da Prata. No Polo MS teve ainda
início o mapeamento de soqueira para
colheita da próxima safra.
O piloto automático permite um
plantio com alta qualidade no
paralelismo e espaçamento das
linhas de cana, resultando no maior
aproveitamento da área. As linhas
de cana são georreferenciadas e
armazenadas para posterior utilização
nas demais operações agrícolas, que
são diretamente beneficiadas. O
nivelamento de sulcos e cultivo, por
exemplo, é realizado sem danos ou
até mesmo arranque da soqueira. Já
na colheita, há redução de perdas de
matéria-prima e pisoteio da soqueira.
Os principais objetivos do piloto
automático são:
COMPUTADOR
DE BORDO
Hoje todas as
colhedoras são
monitoradas a
distância, por
computador de
bordo, o que também
resulta em maior
produtividade.
<
21
>
1) redução do pisoteio na fileira,
evitando a redução da produtividade nos
cortes subsequentes e proporcionando
maior longevidade do canavial;
2) redução de perdas de matéria-prima,
pois a colhedora fica centralizada na
linha da cultura;
3) aproveitamento integral da área
cultivada em razão do correto
paralelismo e da uniformidade entre
fileiras.
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
A BIOSEV
• Minimizar o risco de insuficiência
de matéria-prima e garantir maior
qualidade nesses insumos, uma vez
que conta com recursos tecnológicos
de difícil acesso a pequenas empresas
e produtores;
VANTAGENS
COMPETITIVAS
E
m seus quase 15 anos de história,
a Biosev construiu diferenciais,
que colaboram para o seu
crescimento.
Localização estratégica – Os ativos
da Biosev são divididos em quatro
polos (São Paulo-Sul, São PauloNorte, Mato Grosso do Sul e Nordeste)
estrategicamente localizados em
regiões com condições climáticas
favoráveis à produção de cana-deaçúcar, o que garante a mitigação de
riscos relacionados a clima, geração
de fluxo de caixa e otimização da
logística. A divisão em polos, baseada
na proximidade entre as unidades
da companhia, também permite
obter ganhos de escala, otimizar
a administração de estoques e a
divisão de mão de obra especializada,
aperfeiçoar a distribuição de matériaprima, reduzir custos de transporte
e condições mais favoráveis para
aquisição de cana-de-açúcar, entre
outros benefícios.
• Compartilhar os riscos de produção
e de preços com os fornecedores de
cana-de-açúcar.
DIFERENCIAIS
Um conjunto de
atributos confere à
companhia capacidade
de atuar de forma
mais competitiva no
mercado, diferenciandose de concorrentes
e assegurando o
crescimento sustentável
dos negócios.
Além disso, as atividades agrícolas da
companhia contam com alto grau de
mecanização – desde o plantio (63,5%)
até tratos culturais (100%) e colheita
(84%), fruto dos investimentos que
resultam na redução de custos de
produção e da dependência de mão
de obra. O índice de mecanização
da colheita própria, por exemplo,
atingiu 94,7% no fechamento da safra
2013/2014, 1,7 ponto percentual
superior à safra 2012/2013.
Alta capacidade de processamento
– A média mensal de capacidade de
processamento da Biosev ultrapassa
o total de 3 milhões de toneladas,
o que contribui para a diluição dos
custos fixos. Adicionalmente, com
alta flexibilidade de mix de produção
nas unidades é possível ajustar a
produção de acordo com as margens
de cada produto, em função das
oportunidades de mercado. Outros
fatores são a estrutura de armazenagem,
com capacidade para estocagem de
754 mil toneladas de açúcar e 829
mil metros cúbicos de etanol – o que
permite controlar a oferta de produtos
no mercado e o melhor momento
para a sua venda – e a joint venture no
Terminal de Exportação de Açúcar
do Guarujá (Teag), que propicia
o escoamento da produção para o
mercado externo a custos competitivos.
Eficiência operacional, agrícola e
industrial – A companhia conta com
uma plataforma de produção integrada
e flexível, que inclui desde o plantio da
cana-de-açúcar até a venda de açúcar
no varejo. Em razão das peculiaridades
regionais, esse modelo permite:
Produtos com valor agregado e
acesso a mercados rentáveis – Além
do açúcar VHP (produto bruto para
exportação) e do etanol combustível, a
Biosev também produz açúcar cristal,
açúcar GC (cristais de sacarose com
granulometria controlada), açúcar
líquido, açúcar líquido invertido,
• Incorporar as margens de
rentabilidade normalmente
associadas à produção agrícola de
cana-de-açúcar;
<
22
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
A BIOSEV
açúcar refinado, etanol industrial e
etanol neutro, que contribuem para
a ampliação da base de clientes. No
mercado doméstico de açúcar, são
comercializados produtos com as
marcas próprias Estrela e Dumel.
Já no mercado de etanol, possui
registro para comercializar o produto
nos Estados Unidos. Na cogeração
de energia, mantém contratos de
compra e venda com preços atrativos
que contribuem para o desempenho
financeiro.
Integração com o Grupo Louis
Dreyfus Commodities – O Grupo
tem mais de 160 anos de história
no mercado global de commodities
e sucroalcooleiro no Brasil. Além
de ser um dos principais clientes
da companhia, responsável
pela compra de parte do açúcar
direcionado ao mercado externo,
o Grupo proporciona à Biosev
acesso a informações sobre oferta e
demanda de açúcar que auxiliam no
planejamento comercial e na política
de gestão de riscos financeiros e de
mercado.
Capacidade de crescimento – Desde
2000, a Biosev adquiriu 13 unidades
industriais, pertencentes a cinco
grupos, com presença em diferentes
regiões do País, o que garante uma
posição mais vantajosa em um
setor ainda consideravelmente
fragmentado. Atualmente, 11
unidades estão em operação
– São Carlos, em Jaboticabal
(SP), foi desativada em 2012, e a
unidade Jardest, em Jardinópolis
(SP), entrou em hibernação em
2013. As aquisições, somadas ao
crescimento orgânico das unidades,
proporcionaram a posição atual de
maior competidor global do setor,
de acordo com o Anuário da Cana
2012, com um salto em capacidade
industrial de processamento de 900
mil toneladas/ano em 2000 para 36,4
milhões de toneladas/ano em 31 de
março de 2014.
Produtos de valor
agregado e acesso a
mercados rentáveis
INVESTIMENTOS
A Biosev construiu uma plataforma
competitiva de ativos ao longo dos
últimos anos, resultado de um ciclo de
expansão de investimentos realizado
com disciplina de capital. A partir
dessa plataforma, a Biosev projetará o
seu crescimento baseado em aumento
de produtividade e eficiência. Nesse
contexto, a companhia seguirá
mantendo os investimentos em plantio,
tratos e manutenção industrial em linha
com as safras anteriores, reduzindo de
forma importante os investimentos em
expansão.
INVESTIMENTOS
(R$ MIL)
1.336
Os investimentos na safra encerrada
13/14 totalizaram R$ 1,2 bilhão, redução
de 10,3% em relação à safra anterior. O
principal fator na redução do montante
de investimento entre os períodos foi a
redução dos gastos com expansão, devido
à conclusão do projeto de cogeração
de Passa Tempo (MS), que entrou em
operação em maio de 2013. Como
consequência, a capacidade de cogeração
da empresa passou de 973 GWh, em
2010, para os atuais 1.346 GWh.
1.345
1.206
2011/
2012
2013/
2014
2012/
2013
INVESTIMENTOS (R$ MILHÕES)
2011/2012
Expansão
2012/2013
2013/2014
173
189
54
Manutenção
1.163
1.156
1.152
TOTAL
1.336
1.345
1.206
<
23
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
GOVERNANÇA
CORPORATIVA
Listada no Novo Mercado da Bolsa de
Valores de São Paulo (BM&FBovespa), a
companhia adota práticas diferenciadas
de governança corporativa e assegura
direitos iguais a todos os seus acionistas
<
24
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
GOVERNANÇA CORPORATIVA
C
om base nas melhores práticas
de governança, os negócios são
conduzidos por um Conselho
de Administração e uma DiretoriaExecutiva. O Estatuto Social prevê
um Conselho Fiscal de caráter não
permanente, responsável por fiscalizar as
atividades da administração e analisar as
demonstrações financeiras. Atualmente,
a empresa não possui um Conselho
Fiscal instalado. GRI 4.1
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Conselho é responsável
por controlar e fiscalizar o
desempenho da companhia
O Estatuto Social define que o Conselho
de Administração, o mais alto órgão de
governança da companhia, é responsável
por estabelecer políticas e diretrizes
gerais do negócio, incluindo a estratégia
de longo prazo, o controle e a fiscalização
do desempenho da companhia, assim
como pela supervisão da gestão e
aderência a normas e regulamentos.
não manter qualquer vínculo com a
companhia, exceto participação de
capital. Todos são homens, brancos,
sendo 44,5% com idade entre 30 e 50
anos e 55,5% com mais de 50 anos. O
presidente do Conselho não exerce
função de Diretoria, mas é executivo do
grupo controlador. GRI 4.3, LA13, 4.2
Três comitês atuam no apoio ao
Conselho de Administração: GRI 4.1
Comitê Estratégico – É responsável
por revisar propostas de orçamento
e seus ajustes, o plano de negócios, a
política de gestão de riscos, projetos de
investimentos relevantes, projetos de
fusões e aquisições, formação de joint
ventures e associações que envolvam
a companhia, suas subsidiárias e
sociedades controladas.
As reuniões do Conselho ocorrem
pelo menos uma vez a cada trimestre,
para a análise de aspectos relacionados
a desempenho econômico, social e
ambiental. A Diretoria-Executiva,
nomeada pelo Conselho, supervisiona
os riscos incorridos e a conformidade
a normas internas, leis e regulamentos
externos, assim como a condução
dos negócios na busca do melhor
desempenho econômico, ambiental
e social. GRI 4.9
Comitê de Auditoria – Revisa as
demonstrações financeiras; analisa
a Política de Transações entre Partes
Relacionadas e sugere ao CA possíveis
adequações acerca de transações; revisa
a proposta de honorários de contratação
do auditor independente e as políticas
e práticas de compliance adotadas pela
companhia; analisa risco de fraudes
e atende a atribuições eventualmente
determinadas pelo presidente do CA.
O Conselho é composto por nove
membros, sendo quatro independentes
e nenhum executivo, e eleito em
Assembleia Geral, com mandato
unificado de dois anos, sendo permitida
a reeleição. O conceito de independente
é o mesmo adotado pelo regulamento
do Novo Mercado da BM&FBovespa,
caracterizando-se especialmente por
Comitê de Recursos Humanos – É
responsável por revisar as políticas
<
25
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
GOVERNANÇA CORPORATIVA
e os planos de remuneração e
benefícios dos colaboradores, inclusive
dos administradores, e por buscar
informações sobre as condições de
mercado de remuneração e recomendar
modificações acerca dessas políticas.
qualidade, etc., bem como ouvir
sugestões e reclamações. As informações
posteriormente são direcionadas à
administração para análise e adoção
de eventuais providências. Na safra
2013/2014, essas comissões não se
reuniram nas unidades do Nordeste e
em Santa Elisa.
DIRETORIA
Responsável por coordenar e
supervisionar as atividades da
Companhia, a Diretoria era composta
por 16 membros no encerramento da
safra 2013/2014, sendo cinco deles da
Diretoria Estatutária. Dos 16 diretores, 2
(12,5%) são mulheres. Todos são brancos
e 56,2% têm idade entre 30 e 50 anos
e 43,8% mais de 50 anos. Na Diretoria
Estatutária, 100% dos integrantes têm
entre 30 e 50 anos. Cumprem mandato
de um ano e possuem a experiência
necessária para gerir a Biosev e executar
sua estratégia. GRI LA13
ALINHAMENTO
Remuneração variável
dos diretores é vinculada
ao desempenho,
à sustentabilidade
e à estratégia de
crescimento do negócio
REMUNERAÇÃO GRI 4.5
As políticas de remuneração para os
diretores e Conselho de Administração
visam essencialmente atrair, motivar e
reter profissionais de alta competência,
com experiência e capacidade para
criar e implementar as estratégias do
negócio, gerar valor aos acionistas
e promover resultados baseados em
crescimento sustentável de curto, médio
e longo prazos.
A remuneração total dos diretores
é composta por remuneração fixa e
variável. A referência para análise
de valores é pesquisa de mercado
efetuada por consultoria independente.
A remuneração variável é dividida
em remuneração de curto (50%) e
longo prazo (50%), considerando
o desempenho e a estratégia de
crescimento sustentável do negócio.
COMUNICAÇÃO GRI 4.4
A Assembleia Geral Ordinária é o
principal canal de comunicação para
que os acionistas deliberem sobre os
assuntos da companhia, tendo como
tema prioritário o seu desempenho
econômico-financeiro. Convocada
pelo presidente do Conselho de
Administração ou pelos acionistas,
ocorre ordinariamente uma vez ao
ano, no prazo de quatro meses após
o encerramento do exercício social
e, extraordinariamente, sempre que
exigido, de acordo com os interesses da
companhia.
Para garantir o alinhamento e a
consistência dos resultados de longo
prazo, a Biosev utiliza o modelo de
remuneração variável de longo prazo
diferida, com carência de quatro anos
para o resgate total dos valores (4 X
25%), alinhado ao crescimento do
negócio em cada ano de atuação.
A área de Relações com Investidores
também propicia comunicação indireta
com o Conselho de Administração, por
meio de e-mail e telefone, e os acionistas
e/ou seus representantes têm acesso aos
comitês administrativos da companhia.
CONFLITOS DE INTERESSE GRI 4.6
A Biosev adota regras e práticas para
a identificação e gestão de conflitos de
interesse previstas na Lei das Sociedades
por Ações e no regulamento do Novo
Mercado da BM&FBovespa. Além disso,
há a Política de Transações com Partes
Relacionadas, revista e aprovada em
setembro de 2013, que estabelece regras
para a contratação de transações dessa
natureza, de forma a preservar e proteger
os interesses da empresa.
Está em processo de revisão o
funcionamento de Comissões Internas
de Colaboradores (CIC), criadas com
o objetivo de sanar dúvidas em relação
a questões de recursos humanos,
segurança, prestadores de serviços,
<
26
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
GOVERNANÇA CORPORATIVA
COMPORTAMENTO
ÉTICO
GRI 4.4, 4.8
P
ara desenvolver seu negócio,
a Biosev se apoia em quatro
valores: comprometimento,
empreendedorismo, humildade e
diversidade. Eles são divulgados na
integração de novos colaboradores,
nos veículos de comunicação da
empresa (murais, intranet e rádio
Conexão Cana) e em comunicações
visuais na matriz e nas unidades.
Valores sólidos para a
sustentabilidade do negócio
VALORES GRI 4.8
COMPROMETIMENTO
EMPREENDEDORISMO
HUMILDADE
DIVERSIDADE
Construímos relações
com base na confiança,
por meio de uma conduta
ética pessoal consistente.
Temos satisfação em
servir bem os nossos
parceiros, em desenvolver
as pessoas e em oferecer
resultados superiores
aos nossos acionistas.
Temos determinação
inabalável para alcançar a
excelência em tudo o que
fazemos, respeitando a
lei e as comunidades nas
localidades.
Somos empreendedores.
Tomamos decisões
rápidas e claras no limite
da nossa autoridade e
usamos argumentos
embasados para assumir
riscos mensurados e
controlados. Agimos com
iniciativa e criatividade,
porque temos um
comportamento repleto
de energia e entusiasmo.
O ciclo não é eterno.
Criamos e incentivamos
uma cultura de confiança
para gerar crescimento
e estabilidade no longo
prazo. Aprendemos por
meio de questionamentos
e críticas construtivas.
Ainda que reconheçamos
que a maneira de fazer
as coisas possa ser
boa, esforçamo-nos
constantemente para
aprender uns com os
outros e encontrar
melhores soluções.
Respeitamos cada
indivíduo. Respeitamos
as várias abordagens para
a resolução de problemas
e a comunicação honesta
entre colaboradores de
diversas regiões, culturas
e atividades, contribuindo
para o desenvolvimento
das comunidades onde
atuamos.
<
27
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
GOVERNANÇA CORPORATIVA
CONDUTA
Com o objetivo de nortear seu negócio
em linha com fatores ambientais,
econômicos e sociais, a Biosev possui
políticas internas que seguem as
seguintes premissas:
• Todos os acidentes e prejuízos
aos colaboradores, terceiros,
visitantes, instalações e ao meio
ambiente podem ser evitados e
cabe à companhia adotar as devidas
providências para mitigá-los;
• Cada membro da empresa deve
estar dedicado a realizar quaisquer
atividades de forma a estimular
atitudes e práticas corretas,
preocupando-se ao máximo com a
segurança e a saúde das pessoas, bem
como com o meio ambiente;
• Todos devem participar ativamente
dos programas de segurança, das
auditorias e inspeções, e buscar
atender ou superar todas as normas
e regulamentações aplicáveis à
segurança, à saúde e ao meio
ambiente;
• Reduzir os impactos ambientais das
atividades, tomando medidas para
prevenir a poluição e promover
a sustentabilidade dos recursos
naturais utilizados;
• Fabricar produtos de forma
competitiva de acordo com os
padrões de qualidade, de segurança
do alimento e dos requisitos
legais aplicáveis;
• Monitorar e promover a melhoria
contínua do sistema de Gestão da
Qualidade e Segurança do Alimento,
necessária ao desenvolvimento
dos negócios;
• Proporcionar qualidade das relações,
estimulando a comunicação, a
participação e o desenvolvimento
dos colaboradores.
Fabricação de produtos
com padrões de qualidade e
segurança dos alimentos
<
28
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
GOVERNANÇA CORPORATIVA
Um Código de Conduta estabelece
princípios e normas que norteiam as
atitudes diárias e a postura pessoal
de conselheiros de administração,
diretores e demais colaboradores. O
Código de Conduta e o conjunto de
normas internas constituem parte
fundamental da governança da
companhia, e a Diretoria-Executiva
estabelece processos internos,
comitês e quadros funcionais a fim de
assegurar o seu cumprimento.
O documento institui diretrizes para
conduta ética, assim como normas,
limites e condições específicas
que visam prevenir o risco de
corrupção. O texto aborda temas
como discriminação, assédio moral
ou sexual, segurança no trabalho,
conflito de interesse, trabalho
infantil ou análogo ao escravo e
questões indígenas.
O conteúdo está disponível no site
institucional e de Relações com
Investidores e na intranet, sendo
que todos os novos colaboradores
recebem o Código no momento da
integração, tomando conhecimento
dos temas nele descritos.
Para as denúncias relacionadas ao
descumprimento dos princípios do
Código, a empresa conta com um
canal de comunicação específico, o
Linha Ética. Todos os casos recebidos
são registrados e apresentados ao
Comitê de Auditoria, que, após
análise da Auditoria Interna, define
as medidas cabíveis e eventuais
penalidades.
COMBATE À CORRUPÇÃO GRI SO3, SO4
Práticas anticompetitivas ou que
envolvam corrupção não são toleradas
pela Biosev. Além de constar no Código
de Conduta, o tema é tratado por meio
de mecanismos de prevenção.
CANAIS DE
COMUNICAÇÃO
No ano-safra 2013/2014,
a Biosev ampliou seus
canais de comunicação
por meio da consolidação
de um 0800 (número
0800 9409-199) para
atender a sugestões,
opiniões, críticas
e dúvidas sobre a
companhia. O foco
recai sobre assuntos
de saúde, segurança
de consumidores,
trabalhadores e
comunidades,
meio ambiente,
responsabilidade
social e clientes.
O serviço é terceirizado
e o sistema é
automatizado, com
atendimento das 8h
às 20h, de segunda
a sexta-feira.
Há uma matriz de riscos na Auditoria
Interna, a fim de garantir que todos os
processos e unidades verificáveis sejam
auditados pelo menos uma vez a cada
cinco anos. Na safra 2013/2014, 100%
das unidades de negócios e operação
foram avaliadas em relação a riscos de
corrupção. O resultado das auditorias
é encaminhado ao Comitê Executivo
e ao Comitê de Auditoria do Grupo
Louis Dreyfus, que poderão adotar
providências para reduzir ou eliminar
riscos de corrupção, além de realizar
melhorias. GRI SO2
A Auditoria Interna também é
responsável pelo recebimento de
denúncias referentes a desvios éticos,
incluindo casos de corrupção, que são
apurados e podem resultar em medidas
e penalidades aos envolvidos, como
rompimento do contrato e/ou demissão.
Além de receberem treinamento
sobre ética na integração, durante a
abordagem do Código de Conduta
da empresa, todos os colaboradores
contratados são retreinados anualmente
sobre o tema após o retorno das férias.
No ano-safra, não houve casos de
corrupção registrados.
COLABORADORES TREINADOS NO CÓDIGO DE CONDUTA GRI SO3
2011/2012
2012/2013
2013/2014
Nº de empregados treinados
14.249
16.328
15.997
Percentual sobre o total de empregados
94,68%
100%
100%
1.483
121
127
83,36%
100%
100%
EMPREGADOS NÃO GESTORES
EMPREGADOS GESTORES
Nº de empregados treinados
Percentual sobre o total de empregados
<
29
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
GOVERNANÇA CORPORATIVA
GESTÃO DE RISCOS
SOB CONTROLE
Sistema integrado
de gestão de riscos
permite monitorar os
principais fatores que
podem ter impacto
sobre o desempenho
dos negócios e decidir
por ações corretivas
e de mitigação.
GRI 1.2
P
ara identificar e monitorar
continuamente os fatores de
riscos aos quais está exposta
e que podem afetar diretamente a
sustentabilidade do negócio, a Biosev
possui um sistema de gestão integrado.
Nele é definida a aplicação de técnicas
de análise de aspectos/impactos de
todas as atividades da companhia e,
por meio do cruzamento de dados de
probabilidade versus consequência
(matriz de risco), bem como a análise
de dados históricos e discussões em
comitês multidisciplinares, é possível
avaliar os impactos de processos ou
produtos.
a ausência de certeza científica
absoluta não será utilizada como
razão para o adiamento de medidas
economicamente viáveis para prevenir
a degradação ambiental. Comitês de
sustentabilidade monitoram o consumo
de água, de emissões atmosféricas, de
áreas de preservação permanente e
em recuperação. Para cada um desses
aspectos são adotadas medidas de
redução de impactos. As iniciativas
incluem estudos para otimizar o
transporte de matéria-prima e produtos
consumidos. GRI 4.11
Por meio do Departamento de Gestão
de Riscos e Compliance, subordinado
à Diretoria Financeira, são realizados
o cálculo, a mensuração, a análise,
a mitigação e o monitoramento de
exposição aos fatores de risco, o que
permite a tomada de ações corretivas.
Esse processo é amparado pelos
seguintes programas:
Programa Nice – Visa garantir a
confiabilidade na preparação das
demonstrações financeiras e assegurar
o atendimento aos requerimentos
da Instrução CVM Nº 480, de 7
de dezembro de 2009, aplicável
às empresas de capital aberto na
BM&FBovespa.
O Conselho de Administração aprovou,
em setembro de 2013, uma Política
Financeira e de Gestão de Riscos que
estabelece parâmetros prudentes e
orientações transparentes para todos
os públicos de relacionamento da
companhia. Determina, por exemplo,
como objetivo de médio prazo,
atingir limites de alavancagem, com
dívida líquida de no máximo 2,5
vezes o EBITDA ajustado; e índice de
liquidez corrente no mínimo de 1,1.
Define também diretrizes mínimas
de estrutura de dívida, gestão de
riscos cambiais e de preços. A política
pode ser consultada na Central de
Downloads da página de RI (Relações
com Investidores) na internet
(www.biosev.com/ri).
Projeto Axia – Tem como intuito
unificar a gestão orçamentária, com
a redefinição de seus processos e de
projeção de resultados da companhia,
por meio da participação das áreas
operacionais com o processamento de
dados SAP/BPC.
Nos aspectos ambientais, a companhia
utiliza o princípio da precaução,
segundo o qual, quando houver ameaça
de danos graves ou irreversíveis,
<
30
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
DESEMPENHO
ECONÔMICO
Com a moagem de 30 milhões de
toneladas de cana-de-açúcar, o maior
volume dos últimos anos, a companhia
registrou 79% de utilização de capacidade
de suas usinas na safra 2013/2014
<
31
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
DESEMPENHO ECONÔMICO
DESEMPENHO
OPERACIONAL
A
moagem na safra 2013/2014
atingiu 30 milhões de toneladas,
o maior volume dos últimos
três anos. A parcela de cana própria foi
de 58,7% ante 62,7% na safra anterior.
Essa variação decorreu principalmente
da venda do ativo biológico da Usina
São Carlos, ocorrida em 2013, o que
implicou a conversão de cerca de 900
mil toneladas de cana própria em
cana de terceiros, e na consequente
redução do percentual de cana própria.
Adicionalmente, o impacto na geada
no Mato Grosso do Sul, que afetou
majoritariamente os canaviais próprios,
também contribuiu para esse mix.
A Biosev prosseguiu com a melhoria
da sua eficiência operacional e a taxa
de utilização de capacidade evoluiu
de 73,8% para 79,2% entre as safras.
Destaque para o polo de Ribeirão Preto,
onde a taxa de utilização alcançou
87,4%. O resultado reflete a melhoria
de produtividade nos canaviais
próprios combinada ao aumento do
fornecimento de cana de terceiros.
O índice de mecanização da colheita
própria atingiu 94,7% no fechamento da
safra 2013/2014, 1,7 ponto percentual
superior à safra 2012/2013, resultado
dos investimentos realizados ao longo
dos últimos anos visando ao aumento
da tecnologia na colheita.
MOAGEM DE CANA
27.514
29.533
30.009
79,2%
73,8%
68,7%
2011/
2012
2012/
2013
2013/
2014
Moagem (mil toneladas)
Capacidade utilizada (%)
<
32
>
Colheita mecanizada:
índice de 94,7%
em áreas próprias
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
DESEMPENHO ECONÔMICO
PRODUTIVIDADE
A produtividade dos canaviais medida
pelo índice Tonelada de Cana por
Hectare (TCH) se manteve em linha
com a da safra 2012/2013, atingindo
71,0 t/ha, em desempenho fortemente
impactado pelas geadas ocorridas no
Polo Agroindustrial do Mato Grosso do
Sul durante o segundo trimestre.
O aumento de produtividade dos
canaviais da região de Ribeirão Preto
contribuiu para a manutenção do TCH
em bases consolidadas nos mesmos
patamares da safra passada, mesmo
com a ocorrência da geada. Esse
desempenho deve-se principalmente
à utilização da tecnologia de plantio
com espaçamento duplo alternado
e à evolução no manejo da lavoura,
com adequação da idade do canavial,
varietais (tipos de cana) e planejamento
da colheita (mais informações em
Inteligência Agrícola). O TCH aumentou
6,6%, de 78,1 t/ha para 83,3 t/ha, no
Polo Agroindustrial de Ribeirão Preto.
O teor de Açúcar Total Recuperável
(ATR) diminuiu 6,1% em relação à safra
12/13, em 124,9 kg/t. Essa variação é
resultante principalmente das condições
climáticas adversas, com destaque para
a geada no Polo do MS.
Eficiência na capacidade
operacional
TONELADAS DE CANA
POR HECTARE (TCH)
AÇÚCAR TOTAL
RECUPERÁVEL (ATR)
69,0
71,1
71,0
132,7
133,0
2011/
2012
2012/
2013
2013/
2014
2011/
2012
2012/
2013
124,9
PRODUÇÃO
A produção em toneladas de ATR
produto foi de 3,7 milhões de toneladas,
redução de 2,4% em relação à safra
12/13, reflexo principalmente da queda
do teor de ATR Cana em 6,1%. Essa
queda foi parcialmente compensada
pelo aumento da moagem em 1,6%
e pelo aumento da eficiência no
processo industrial. O mix da safra foi
equilibrado, com 51% da produção
direcionada ao açúcar, ante 61% na
safra anterior. Esse resultado reflete a
flexibilidade operacional da Biosev, o
que se constitui em uma importante
vantagem competitiva.
PRODUÇÃO DE
AÇÚCAR (MIL T)
PRODUÇÃO DE
ETANOL (MIL m3)
2.136
1.963
2011/
2012
2012/
2013
<
33
2013/
2014
1.150
1.723
928
952
2013/
2014
2011/
2012
2012/
2013
>
2013/
2014
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
DESEMPENHO ECONÔMICO
Energia
sustentável
com cogeração
O bagaço de cana-de-açúcar, que é
o resíduo resultante do processo de
moagem, move as 11 usinas da Biosev,
que não necessitam comprar energia
para seu processo industrial. Em
nove dessas unidades, a tecnologia
de cogeração produz mais energia
do que elas precisam para funcionar.
Assim, elas exportam esse “excesso”
para o Sistema Interligado Nacional,
responsável pela produção e
transmissão de energia elétrica para
todo o Brasil.
Energia limpa:
9 das 11 usinas
são autossuficientes
ENERGIA EXCEDENTE
VENDIDA (GWH)
712
619
571
2012/
2013
2011/
2012
<
34
2013/
2014
>
A cogeração destinada à venda
aumentou 15,0% na safra 2013/2014,
atingindo 712 GWh, resultado da
maior disponibilidade de energia para
venda, decorrente dos investimentos
em capacidade adicional de exportação
nas usinas Lagoa da Prata (LPT),
concluída em julho 2012, e Passa
Tempo (PTP), concluída em maio
de 2013, e também do aumento
da produtividade nas unidades de
cogeração. A produtividade aumentou
13,2%, passando de 21,0 kWh/t de
cana moída para 23,7 kWh/t, como
resultado de entrada em operação
das novas unidades, que dispõem de
caldeiras a vapor com nova tecnologia.
Ao deixar de utilizar combustíveis
de fontes não renováveis, como
petróleo, carvão e gás natural, a Biosev
garante um processo autossustentável,
econômico do ponto de vista financeiro
e amigável ao meio ambiente, já que a
energia gerada não é poluente. Outra
vantagem é que a cogeração contribui
com algumas regiões onde a Biosev
atua: quando não está chovendo e as
hidrelétricas estão com pouca água, a
energia produzida supre a necessidade
da população.
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
DESEMPENHO ECONÔMICO
RECEITA LÍQUIDA
(R$ MILHÕES)
4.268
4.152
DESEMPENHO
FINANCEIRO
3.403
EC1, EC2
RECEITA LÍQUIDA
A
receita líquida totalizou R$ 4,3
bilhões na safra 2013/2014, 2,8%
superior ao registrado na safra
2012/2013. O desempenho é resultado
do aumento do volume de vendas do
etanol e da receita de cogeração, que
evoluiu 28% comparativamente à
safra anterior.
Açúcar – A receita líquida foi de R$
2,2 bilhões, queda de 7,7% em relação
à safra anterior. Essa redução está
diretamente ligada à mudança do
mix, com produção mais orientada
ao etanol. O preço médio de açúcar
da Biosev na safra 2013/2014 foi 1,2%
superior. A apreciação do dólar médio
em cerca de 8% compensou a queda
de aproximadamente 20% dos preços
médios no mercado internacional.
Etanol – A receita líquida foi de R$1,7
bilhão, acréscimo de 11,1% em relação
à safra 2012/2013. Esse aumento é
decorrente do direcionamento para a
produção de etanol em razão da maior
rentabilidade observada no mercado
doméstico. Os preços médios evoluíram
6,7%, com destaque para o aumento de
9,9% no mercado interno. A demanda
cerca de 10% maior por etanol anidro
no mercado interno também contribuiu
para o aumento da receita.
Energia – A receita líquida com a venda
de energia excedente foi de R$ 243
2011/
2012
2012/
2013
2013/
2014
RECEITA LÍQUIDA
POR PRODUTO
SAFRA 2013/2014
milhões. Esse aumento de 28% sobre
a safra anterior é decorrente de: (i)
maior volume de energia cogerada pela
entrada em operação da usina de Passa
Tempo; (ii) cogeração adicional de
energia por meio de biomassa adquirida
no mercado; (iii) maiores preços de
energia no mercado spot, que atingiram
o teto de R$ 823/MWh.
Outros produtos – A receita foi de
R$ 138 milhões, 141,5% superior à
obtida na safra passada. Na linha de
Outros Produtos, são contabilizadas as
receitas com levedura seca, melaço em
pó, bagaço cru e hidrolisado para ração
animal, entre outras.
RECEITA LÍQUIDA
POR MERCADO
SAFRA 2013/2014
Açúcar
52,0%
Externo
56,0%
Etanol
39,1%
Interno
44,0%
Energia
5,7%
Outros
3,2%
RECEITA POR
TIPO DE AÇÚCAR
SAFRA 2013/2014
RECEITA POR
TIPO DE ETANOL
SAFRA 2013/2014
VHP
75,2%
Anidro
51,2%
Cristal
20,3%
Hidratado
43,0%
4,5%
Refinado
<
35
>
Neutro
5,8%
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
DESEMPENHO ECONÔMICO
IMPACTO DO CLIMA GRI EC2
Eventos climáticos adversos afetaram
negativamente os resultados da
Biosev. O montante desse impacto foi
estimado em R$ 328 milhões, antes dos
impostos, para o ano-safra 2013/2014.
Severas geadas atingiram o Estado
do Mato Grosso do Sul, onde estão
localizados os canaviais da companhia que
alimentam as três unidades industriais
(Maracaju, Passa Tempo e Rio Brilhante)
que compõem esse polo agroindustrial.
As temperaturas caíram abaixo de 0ºC
e esse aspecto terá influência sobre o
crescimento dos canaviais atingidos,
com potencial redução da moagem
das unidades industriais da região.
A geada provocou redução de 6,1%
no teor de Açúcar Total Recuperável
(ATR), que encerrou a safra em
124,9 kg/t de cana moída.
CUSTO DOS PRODUTOS
VENDIDOS (CPV)
O CPV total da safra, de R$ 3,7 bilhões,
foi 1,5% inferior ao registrado em
2012/2013. Excluindo efeitos não caixa,
houve aumento de 2,7%. Os principais
fatores que impactaram o custo foram
o acréscimo de 3,5% em matériaprima, pelo aumento da proporção
de cana de terceiros, e a redução
de 14,3% nos gastos com insumos
industriais decorrente do decréscimo
de 20% na produção de açúcar e, por
consequência, menores custos com
embalagens.
LUCRO BRUTO
(R$ MILHÕES)
1.848
1.641
1.600
LUCRO BRUTO
O lucro bruto caixa totalizou R$ 1,6
bilhão, redução de 11,2% em relação
ao ano anterior. Essa queda decorre do
aumento de 14% no custo de produtos
vendidos (CPV) caixa decorrente em
especial da perda de 6,1% do teor de
ATR na cana, essencialmente pelos
eventos climáticos da safra.
EBITDA
O EBITDA ajustado foi de R$ 1,1
bilhão, redução de 10,7% em relação
ao fechamento da safra anterior. A
margem EBITDA ajustada foi de 26,9%,
queda de 4,1 pontos percentuais. Os
principais fatores que contribuíram para
esse resultado foram: (i) aumento de
14% no custo dos produtos vendidos
(CPV) caixa; (ii) impacto positivo da
provisão para baixa de ativos e de gastos
com reestruturação organizacional.
Excluindo-se os efeitos da revenda, a
margem EBITDA ajustada foi de 31,7%
na safra 2013/2014, em comparação a
35,3% da safra anterior.
2011/
2012
2013/
2014
2012/
2013
EBITDA
E MARGEM EBITDA
1.286
1.148
1.135
Impacto de mudanças
climáticas foi avaliado em
33,3%
31,3%
26,9%
2011/
2012
2012/
2013
2013/
2014
EBITDA (R$ milhões)
Margem EBITDA
<
36
>
328
R$
milhões
especialmente por
efeito de geadas
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
DESEMPENHO ECONÔMICO
Dívida líquida ajustada
registrou redução de
HEDGE
A Biosev possui uma política de hedge
que tem como objetivo principal a
proteção do seu fluxo de caixa futuro.
Como parte dessa política, faz uso de
mecanismos de hedge por meio de
contratos futuros e outros derivativos
de taxa de câmbio, açúcar, etanol e
taxa de juros, incluindo operações
nos mercados de derivativos no Brasil
e no exterior, que visam proteger
os resultados de parte das eventuais
variações nas taxas de câmbio, nos
preços do açúcar e do etanol e nas
taxas de juros.
9,8%
comparativamente
ao ano-safra anterior
RESULTADO DO EXERCÍCIO
O resultado da safra 2013/2014 foi
de R$ 1,5 bilhão negativo. Além dos
fatores que influenciaram o lucro bruto
e a geração de caixa, houve impacto
negativo da provisão de R$ 467 milhões
referentes a baixa de imposto de renda
ativo diferido. Excluindo-se efeitos não
recorrentes provenientes, o resultado
foi de R$725 milhões negativos, o
que se compara aos R$ 620 milhões
apresentados na safra anterior.
ENDIVIDAMENTO
ENDIVIDAMENTO GRI 2.8
31/3/2014
31/3/2013
Dívida bruta
(5.322)
(5.222)
1,9%
Curto prazo
(1.907)
(1.254)
52,0%
Longo prazo
(3.415)
(3.967)
-13,9%
Caixa e aplicações financeiras
Dívida líquida
1.848
1.364
35,5%
(3.474)
(3.858)
-10,0%
A dívida líquida ajustada totalizou
Estoques de alta liquidez
172
198
disponíveis para venda
R$ 3,3 bilhões, 9,8% abaixo da
safra anterior. Os principais fatores
Dívida líquida ajustada
(3.302)
(3.660)
que impactaram nessa diminuição
foram: (i) utilização dos recursos do
IPO, em oferta de R$ 700 milhões;
DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (DVA) GRI EC1
(ii) amortização de adiantamentos
Composição do Valor Adicionado (R$/Mil)
2011/2012
2012/2013
de contratos de câmbio (ACCs) e
outros financiamentos internacionais,
Valor Econômico Direto Gerado (VEG)
3.974.627
4.995.067
parcialmente compensadas por novas
1) Receitas
3.686.780
4.785.813
captações; (iii) redução das necessidades
2) Valor recebido em transferência
287.847
209.254
de capital de giro em R$171 milhões.
Do total do endividamento ao final
da safra 2013/2014, cerca de 70%
correspondiam a empréstimos e
financiamentos em dólares norteamericanos, dos quais 48,1% estavam
naturalmente protegidos (hedge) pelos
fluxos de exportações futuras.
Valor Econômico Distribuído (VED)
2) Custos Operacionais
3) Colaboradores (salários e benefícios)
4) Provedores de capital
4.1) Remuneração de capitais de terceiros
4.2) Remuneração de capitais próprios
5) Governo e sociedade (impostos,
taxas e contribuições)
<
37
>
Var. %
-13,4%
-9,8%
2013/2014
4.912.511
4.712.543
199.968
3.974.627
4.995.067
4.912.511
2.669.576
3.769.756
4.069.085
547.882
553.638
586.994
850.563
641.920
-322.963
1.130.016
1.261.478
1.143.836
-279.453
-619.558
-1.466.799
-93.394
29.753
579.395
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
DESEMPENHO ECONÔMICO
OPÇÕES DE AÇÕES1
A Biosev tornou-se uma empresa
de capital aberto em 16 de abril de
2013, com a captação de R$ 700
milhões por meio da emissão de
46.666.667 ações na BM&FBovespa.
Na mesma oferta, 37.406.609 opções
de vendas foram adquiridas por alguns
acionistas, ao preço de R$ 0,25 por
opção. Os acionistas que adquiriram
as opções tinham o direito de exercêlas contra a Hédera Investimentos
e Participações (subsidiária do
controlador da Biosev Grupo LDCH)
em 21 de Julho de 2014, ao preço de
R$ 16,57 por ação. Em 21 de Julho
de 2014, 37.402.763 opções de venda
foram exercidas, representando
99,9% das opções pendentes. GRI 2.6
MERCADO
DE CAPITAIS
A
Biosev abriu seu capital
em abril de 2013, quando
suas ações passaram a ser
negociadas no segmento Novo
Mercado da BM&FBovespa, sob o
código BSEV3.
Os papéis integram as carteiras dos
índices de Ações com Governança
Corporativa Diferenciada (IGC),
das empresas que fazem parte do
Novo Mercado (IGCNM) e das
que oferecem tag along (Itag) –
mecanismo pelo qual, no caso de
venda ou transferência de controle
da companhia, os acionistas
minoritários têm os mesmos direitos
dos acionistas controladores.
A oferta pública inicial de ações
(IPO) compreendeu 46.666.667
ações ON e 37.406.609 opções de
venda (put options). As opções de
venda têm data de vencimento em
21 de julho de 2014 e o preço de
exercício é R$ 16,57 por opção,
sendo a contraparte o acionista
controlador, o Grupo Louis Dreyfus
Commodities. Desde a listagem, o
volume financeiro médio diário da
BSEV3 foi de R$ 427 mil.
O gráfico ao lado representa o
desempenho da ação da companhia,
desde o seu IPO até o fechamento
do ano-safra:
Considerando que este Relatório, excepcionalmente, foi concluído
e publicado em dezembro de 2014, e sendo essa uma informação
relevante ao mercado, A Biosev optou por informar o tema
atualizado conforme a ocorrências dos fatos.
1
COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA EM 31/3/2014
Acionista
Quantidade
de ações
Participação
acionária
Sugar Holding B.V.
103.126.446
49,87%
8.919.302
4,31%
NL Participações Holdings 2 B.V.
NL Participações Holdings 4 B.V.
8.919.302
4,31%
Hédera Investimentos e Participações Ltda.
37.402.763
18,09%
Santelisa Participações S.A.
12.094.232
5,85%
Outros
36.348.568
17,58%
TOTAL
206.810.613
100,00%
EVOLUÇÃO BSEV3 x IBOVESPA
IBOV
BSEV3
20%
10%
0
50.414
-10
-6,5%
-20%
-30%
8,50
-40%
-50%
abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13 jan/14 fev/14 mar/14
<
38
>
-33,9%
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
DESEMPENHO
SOCIAL
Relacionamento da Biosev com
fornecedores, clientes, comunidades
das áreas de atuação e sociedade em
geral é pautado pelo compromisso
com o desenvolvimento sustentável
<
39
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
DESEMPENHO SOCIAL
RELACIONAMENTO
COM
FORNECEDORES
F
orte elo da cadeia de valor da
Biosev, os fornecedores de canade-açúcar respondem por cerca
de 40% da matéria-prima processada
pela companhia. Em sua estratégia
de geração de valor sustentado, busca
construir relacionamentos sólidos,
éticos e transparentes com seus
fornecedores e incentiva a adoção de
boas práticas.
MAIS CANA
Para reforçar esse relacionamento, a
companhia criou o programa Mais
Cana, integrado por uma série de
ferramentas que buscam promover
maior sinergia e fidelizar fornecedores
e parceiros agrícolas. Com foco no
incremento da produtividade e redução
de custos, o programa traz benefícios
para a Biosev e para os fornecedores
e parceiros e se aplicam a todas as
unidades operacionais. As iniciativas
compreendem:
Programa Mais Cana:
iniciativas que buscam
promover maior sinergia
com os fornecedores
outras culturas na entressafra da cana,
com o benefício de renda extra no
período. Para a companhia, significa
economia de recursos no preparo
do solo para o plantio da cana, uma
vez que esse preparo é realizado pelo
fornecedor após a colheita do cereal de
entressafra. Além disso, a rotação de
cultura deixa vários nutrientes no solo
que serão consumidos pela cana.
Repasse de áreas para plantio de
cana-de-açúcar: Áreas da Biosev são
repassadas para parceiros e fornecedores
baseando-se em critérios como
capacidade e eficiência de produção. O
objetivo é a redução de custos tanto para
o fornecedor quanto para a companhia,
com aumento na produtividade e
fidelização de novos volumes de cana.
Venda de fazendas da companhia:
A Biosev prioriza a oferta de
terras próprias aos seus potenciais
fornecedores que podem agregar novos
volumes de cana. Essa ferramenta
possibilitou agregar 1,3 milhão de
toneladas de cana nos últimos cinco
anos. Na safra 2013/2014 foram
vendidos 1.755,92 hectares, como parte
da estratégia de melhor uso dos ativos e
redução de endividamento bancário.
Repasse de áreas para plantio de
cereais: A Biosev repassa áreas para
que fornecedores selecionados plantem
<
40
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
DESEMPENHO SOCIAL
Vantagens
com mais ração
A Biosev aumentou em 70% a
capacidade de produção de alimento
animal com a inauguração de sua
terceira fábrica de ração animal anexa
à Usina de Lagoa da Prata (MG).
Produzida a partir de subprodutos –
principalmente bagaço de cana, melaço
e levedura –, a ração permite à Biosev
criar um diferencial na negociação
e fidelização com produtores que
também tenham gado, além de ser uma
opção mais econômica e eficiente para
os pecuaristas.
Compra de ICMS: A Biosev adquire
créditos de ICMS de fornecedores do
Estado de São Paulo, abrangendo saldos
referentes à compra de insumos e diesel.
Na safra 2013/2014, a aquisição foi de
R$ 1,3 milhão em créditos de ICMS.
Nutrição animal:
diferencial na fidelização
dos produtores rurais
Foram investidos R$ 5,3 milhões na
fábrica, que tem capacidade para 35
mil toneladas de ração, elevando a
capacidade total da Biosev para 85 mil
toneladas/ano. A companhia também
possui fábricas de ração anexas às
Usinas Vale do Rosário e MB, ambas
em Morro Agudo (SP).
Segundo Regina Margarido, gerente de
zootecnia da Biosev, o ganho de peso por
animal é, em média, de 1,6 quilo por dia,
sendo que o preço por tonelada da ração
é cerca de R$ 100 menor que o de rações
comuns. Como 80% do alimento é feito
a partir dos subprodutos da extração de
açúcar e álcool da cana, seu custo
de produção é menor, e isso é repassado
aos pecuaristas.
Plantio: A renovação/reforma dos
canaviais dos fornecedores e parceiros é
incentivada com a concessão de crédito
ou antecipação de valores para compra
de insumos e mudas de cana-de-açúcar.
O prazo de pagamento é de três safras.
Mudas de cana-de-açúcar: A Biosev
possui viveiros de mudas para a
multiplicação de novas variedades
de cana para seu uso e também dos
fornecedores, para quem é feita a venda
em condições especiais.
O principal ganho no uso da ração
de bagaço de cana é a redução de
custos. Os produtores não precisam
produzir a forragem para seus animais,
o que elimina gastos com instalação
e manutenção de silos e com a mão
de obra necessária para operar
esses equipamentos. Há também a
possibilidade de liberar área agricultável
para outras culturas mais rentáveis –
como a cana-de-açúcar.
Crédito: Adiantamento de recursos
financeiros para compra de cana,
parceria agrícola e compra de soqueira.
Além de fidelizar fornecedores, a
finalidade é criar novas parcerias e
investir na qualidade dos canaviais.
<
41
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
DESEMPENHO SOCIAL
SELEÇÃO GRI HR2, HR6, HR7
As decisões de compra e a seleção de
fornecedores levam em consideração
fatores econômicos, qualitativos e de
conformidade legal. Os principais itens
avaliados em conformidade legal são
os relativos a riscos de ocorrência de
trabalho infantil e forçado ou análogo à
escravidão. Assim, 100% dos contratos
possuem cláusulas de direitos humanos,
que expressam o repúdio a essas
práticas e preveem distrato em caso de
ocorrência. As operações de plantio
e colheita manual são passíveis desse
risco, mas não houve identificação
de casos dessa natureza durante a
safra, quando foram realizadas duas
auditorias em fornecedores de cana, que
são aqueles considerados significativos
pela empresa.
Transferência de tecnologia: Ciclos
de palestras técnicas promovem
a integração e a transferência
de tecnologia para parceiros e
fornecedores de cana. São escolhidos
temas com maior relevância para a safra
em andamento. No período coberto por
este relatório, foram abordados controle
de pragas, nutrição de plantas, aplicação
de defensivos agrícolas, mecanização no
setor e iniciativas de mercado.
Além da cláusula presente nos contratos
firmados com os fornecedores, a
empresa procura mecanizar o maior
número possível de operações. Em
2013/2014, 94,7% da colheita foi
mecanizada. A medida visa obter
maior eficiência e um ambiente de
trabalho mais adequado e especializado,
minimizando assim os riscos de
trabalho infantil ou forçado. Também
foi entregue aos fornecedores uma
cartilha com orientações sobre boas
práticas trabalhistas. Esse material está
disponível na internet (http://www.
biosev.com.br/cartilha/).
Compra de insumos agrícolas: Em
parceria com a Coopercitrus, a Biosev
compra defensivos e fertilizantes mais
baratos em virtude da larga escala e
vende aos fornecedores com o desconto
obtido.
Ração para pecuária: A ração
produzida em três unidades da
companhia é fornecida a preço de
custo para parceiros e fornecedores de
DIREITOS HUMANOS NOS CONTRATOS 1 GRI HR2
cana. A medida auxilia na redução de
2010/2011
2011/2012
custos de produção; na diversificação
Nº total de fornecedores e
1.286
2.337
e otimização da propriedade; e na
outros parceiros de negócio
disponibilidade de alimento no período
1.710
4.149
Nº de contratos com cláusulas
seco. Fornecedores possuem direito
de direitos humanos 2
a uma cota de 1% do volume da cana
Nº de auditorias e inspeções com
158
241
entregue na última safra.
2012/2013
2013/2014
8.024
3.586
5.587
6.816
151
2
critérios de direitos humanos
Contratos com cláusulas
de direitos humanos
CONTRATOS RECUSADOS
Inclui fornecedores de cana e de demais suprimentos
2
Um mesmo fornecedor pode ter mais de um contrato
1
<
42
>
100%
93,38%
100%
100%
0%
0%
0%
0%
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
DESEMPENHO SOCIAL
RELACIONAMENTO
COM A COMUNIDADE
GRI SO1
A
tuando em um dos negócios
mais inclusivos do Brasil,
capaz de desenvolver
empregos no campo, em regiões em
desenvolvimento longe das grandes
cidades, a Biosev busca garantir
a sustentabilidade priorizando o
relacionamento com a comunidade.
Tem como premissa cumprir e seguir
a legislação, as normas técnicas
e as boas práticas, o que a leva a
ter uma gestão bem organizada.
Possui uma área especialmente
dedicada à aproximação com
as populações do entorno das
unidades, a área Responsabilidade
Social Corporativa, que também
gerencia esse relacionamento e o
investimento social.
Dessa forma, relaciona-se ativamente
com órgãos públicos das três esferas,
associações e ONGs e mantém
abertos canais de comunicação como
endereço de e-mail e telefone 08009409-199. Tanto que, em setembro de
2013, o 0800 antes disponível apenas
para consumidores do açúcar Estrela
passou a ser o canal de contato para
outros assuntos como sugestões,
opiniões, críticas e dúvidas referentes
a segurança, saúde, meio ambiente e
responsabilidade social corporativa
das usinas da empresa.
A interface com as prefeituras
municipais dos municípios onde
há unidades geralmente acontece
por meio das secretarias de meio
ambiente ou desenvolvimento social.
Ênfase à educação no
relacionamento com as
comunidades
<
43
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
DESEMPENHO SOCIAL
Já por meio de associações de
classe e setoriais como SiamigMG, Biosul-MS, Sindálcool-PB e
Unica, a empresa define as áreas
prioritárias de suas linhas de
investimento. Frequentemente,
tais associações buscam parcerias
para programas de grande
relevância ou influência no setor
sucroenergético, como educação
ambiental e formação e capacitação
técnica de mão de obra em virtude
do fechamento de postos de
trabalho com a mecanização
no campo.
As questões socioambientais de
relevância para a comunidade do
entorno das unidades operacionais
estiveram entre as principais
preocupações dos públicos que mais
se relacionaram com a área ao longo
da safra. No período coberto por
este relatório, os temas reciclagem,
biomas brasileiros, conservação
do solo e da água e doação de
mudas foram abordados com as
comunidades das unidades Lagoa
da Prata, Estivas, Giasa, Maracaju,
Passa Tempo e Ribeirão Preto.
Todos os projetos de
responsabilidade social estão
relacionados aos impactos sociais,
econômicos e ambientais da
companhia. No quadro ao lado são
apresentados os potencias e reais
impactos identificados relacionados
com os projetos investidos que
visam mitigá-los:
GESTÃO DE IMPACTOS
Impactos potenciais ou reais
Ações mitigadoras
Degradação das Áreas de
Preservação Permanente (APPs)
Viveiro de mudas
Programa APProximar (Estivas e Giasa)
Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (Prads)
Mata da Bela (Estivas)
Programa de Educação Ambiental ASF (Lagoa da Prata)
Poluição do ar pela queima
de cana e do bagaço
Protocolo Agroambiental – Certificação Etanol Verde
Contaminação do solo
Centrais de resíduos (Corporativo)
Investimentos em sistema de lavagem de gases
Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos (Corporativo)
Programa APProximar (Estivas e Giasa)
Programa Cidade Limpa – Prefeitura Municipal de Colômbia
e Cooperativa de Reciclagem Coopercolômbia (Continental)
Treinamentos e campanhas educacionais (Corporativo)
Estação de Reciclagem (Santa Elisa)
Contaminação e consumo
excessivo da água
Investimento em:
ETE – Estação de Tratamento de Esgoto
ETA – Estação de Tratamento de Água
ETAR – Estação de Tratamento de Água para Reúso
Decantador de fuligem
Torres de resfriamento
Redução da contratação de
colaboradores em decorrência
da mecanização
Programa APProximar (Estivas e Giasa)
Inchaço do sistema público
municipal de saúde
Campanhas de vacinação
Treinamentos e campanhas internas
de prevenção a doenças
Estrutura de Saúde Ocupacional com
médicos e enfermeiros do trabalho
Convênios médicos e odontológicos
oferecidos a todos os colaboradores
<
44
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
DESEMPENHO SOCIAL
LIGA PELA PAZ
Em 2013, a Biosev completou o
quarto ano de apoio ao programa
Liga pela Paz, criado pela organização
não governamental Inteligência
Relacional. Desenvolvido em
parceria com as secretarias de
educação dos municípios onde há
unidades da empresa, o projeto tem
o objetivo de fomentar a cultura
de paz, respeito às diferenças, não
violência, compreensão, compaixão
e solidariedade entre os alunos do
ensino fundamental por meio de
material distribuído aos estudantes
da rede pública desses municípios.
O material consiste em CDs com
canções, livros digitais, guias de
orientação, vídeos formativos,
além de ferramentas para formação
continuada, avaliação de resultados,
entre outros.
O Sistema de Educação Liga pela Paz
também utiliza processo de avaliação
que mensura o desenvolvimento
dos comportamentos habilidosos
dos educandos (alunos) por meio
da percepção dos educadores
(professores). Nesse processo de
avaliação, aplica-se um pré-teste
no início do ano e um pós-teste
ao final do ano letivo. Os dados de
cada aplicação são comparados e
o desenvolvimento de habilidades
sociais gerais, de empatia, de
assertividade, de autocontrole e de
participação pela criança é mensurado.
Depois de terem apresentado
melhora significativa em 2011 e
2012 – aprendendo a lidar com suas
emoções e a conviver melhor com os
colegas, professores e familiares – em
2013 os resultados do processo de
avaliação também foram excelentes:
os educandos passaram a identificar,
compreender e lidar melhor com
as emoções, construindo relações
mais harmônicas em busca de uma
convivência pacífica.
EVOLUÇÃO DO LIGA PELA PAZ
12.164
7.283
525
8.237
12
13
10
376 386
3.041
10
143
Educadores
Educandos
2011
2012
2013
Municípios
2014
AVALIAÇÃO DE HABILIDADES SOCIAIS E EMOCIONAIS
MÉDIA GERAL
58,8%
67,9%
66,6%
2011
81,9%
76,3%
64,7%
2012
Pré-teste
2013
Pós-teste
PROGRAMA LIGA PELA PAZ
Nº de escolas
Município
Nº de educadores
Nº de
educandos
Colômbia/SP
3
14
239
Jardinópolis/SP
9
64
1.306
Morro Agudo/SP
6
56
1.189
Viradouro/SP
3
24
615
Lagoa da Prata/MG
6
37
730
Rio Brilhante/MS
6
40
874
Maracaju/MS
9
62
1.484
Arez/RN
2
15
366
Goianinha/RN
1
9
Pedras de Fogo/PB
16
65
1.234
TOTAL
61
386
8.237
<
45
>
200
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
DESEMPENHO SOCIAL
Acervo Museu Nacional do Açúcar e do Álcool
PROGRAMA APPROXIMAR
Criado em 2012 com o objetivo de
estabelecer ações que contribuam
com o desenvolvimento sustentável
das comunidades locais vizinhas às
unidades Estivas (RN) e Giasa (PB), o
Programa APProximar (Preservação de
Matas Nativas e Áreas de Preservação
Permanentes – APPs – do Nordeste)
– desenvolveu em 2013 sua segunda
fase, a de execução do Plano de Ação
em comunidades identificadas como
prioritárias na primeira fase do projeto.
Foi realizado um circuito de 12 oficinas
na comunidade de Imbiribeira/Riacho
do Salto, no município de Pedras de
Fogo (PB). Realizadas em parceria
com a Associação para a Proteção da
Mata Atlântica do Nordeste (Amane) e
o Centro de Pesquisas Ambientais do
Nordeste (Cepan), as oficinas reuniram
dezenas de pessoas para tratar temas
como Agroecologia e Conservação da
Biodiversidade, Educação Ambiental e
Cidadania, Agroecologia e Repartição
dos benefícios da biodiversidade da
Mata Atlântica. Durante os encontros,
os presentes têm a oportunidade de
participar de atividades lúdicas e
educativas, como palestras, exibição de
vídeos temáticos e até mesmo de uma
apresentação teatral, que sensibiliza o
espectador a proteger a floresta.
Maquinário exposto no
Museu do Açúcar e
do Álcool, em Pontal (SP)
MUSEU NACIONAL
DO AÇÚCAR E DO ÁLCOOL
Desde dezembro de 2013, os
colaboradores da unidade Santa Elisa e
da comunidade de Pontal (SP) podem
usufruir um espaço marcado pela
memória industrial da cana-de-açúcar.
Trata-se do Museu Nacional do Açúcar
e do Álcool, localizado no município de
Pontal (SP), construído sobre as antigas
instalações do Engenho Central, que
produzia açúcar no século 20.
Patrocinado pela Biosev, o acervo
do museu possui objetos históricos
e equipamentos raros, como uma
maquinaria escocesa dos anos 1880,
composta por moenda, cozedores,
cristalizadores, entre outros.
Curiosamente, todos eles estão dispostos
em suas posições originais dentro da
linha de produção do engenho. Tudo
para preservar cada lembrança do lugar,
como era do gosto da família Biagi
quando idealizou a criação do museu.
Fica aberto à visitação pública de terça
a domingo, das 10h às 16h, com
entrada gratuita.
Também está dentro do cronograma
de ação o início dos cursos práticos
de viveiristas florestais, a construção
de um viveiro (50 mil mudas/ano) e a
realização de um evento sociocultural
na comunidade.
<
46
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
DESEMPENHO SOCIAL
CLIENTES E
CONSUMIDORES
A
Biosev possui uma base de
clientes ampla e distribuída nos
mercados de açúcar e etanol,
realizando vendas tanto no Brasil como
nos mercados internacionais.
A carteira de clientes de açúcar no
mercado interno inclui redes atacadistas
e varejistas, fabricantes de alimentos
e bebidas. No varejo, comercializa
seus produtos sob as marcas próprias
Estrela e Dumel, sendo a marca
Estrela, conforme dados divulgados
pela Nielsen do Brasil Ltda., a líder no
mercado de açúcar cristal no Nordeste
brasileiro.
Já as exportações destinam-se a diversas
regiões do mundo, principalmente
China, Sudeste Asiático, Rússia, União
Europeia, norte e oeste da África e
Oriente Médio, sendo majoritariamente
por meio de transações com tradings
internacionais.
Vista aérea do Terminal
de Exportação do Guarujá,
no Porto de Santos
No etanol, o mercado brasileiro é
o destino de mais de dois terços do
produto e os clientes nacionais de
etanol combustível e etanol industrial
são principalmente distribuidores de
combustíveis, indústrias alimentícias,
farmacêuticas e de bebidas. Com
relação ao mercado externo, o etanol é
exportado diretamente a clientes finais
ou via tradings internacionais, sendo
que as vendas externas destinam-se
principalmente aos Estados Unidos, ao
Japão, à Grécia e à Suíça.
de suas necessidades. As melhorias
discutidas e acordadas com os
clientes são monitoradas em planos
de ação gerenciados pela Gestão da
Qualidade Corporativa, que participa
ativamente das reuniões e de workshops
promovidos pelos clientes para
divulgação das demandas relacionadas
à Segurança de Alimentos (Responsible
Sourcing) e apresentação do ranking de
fornecedores.
A execução do processo de tratativa
de solicitações e reclamações e o
monitoramento contínuo de ações
oriundas desses processos possibilitam
que a Biosev atenda às demandas dos
clientes em tempo hábil para garantir a
sua satisfação.
Além disso, o nível de satisfação é
medido por meio de pesquisa realizada
anualmente. As informações obtidas neste
processo também permitem que a Biosev
defina ações para promover a melhoria
contínua de seus processos. GRI PR5
Os clientes, conforme especificidade
de contrato, recebem visitas técnicas
que buscam interação e identificação
<
47
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
DESEMPENHO SOCIAL
Açúcar certificado
pela norma ISO 22000
correspondeu a
11%
QUALIDADE DO PRODUTO
da produção total
da safra 2013/2014
As 11 unidades operacionais da Biosev
fabricam produtos seguindo as boas
práticas de fabricação, baseadas em
requisitos regulamentares nacionais
(RDC 275 – Anvisa) que contam com
a verificação de itens relevantes para
o sistema de gestão de segurança do
alimento.
O gerenciamento dos requisitos
regulamentares aplicáveis aos negócios
da companhia é realizado em todas
as unidades por meio do software
CAL, da Ius Natura. As especificações
técnicas de produtos comercializados
são atualizadas e monitoradas pela
Gestão da Qualidade Corporativa de
acordo com a necessidade e legislação
e contemplam análises físico-químicas,
microbiológicas, metais pesados,
pesticidas e informações de uso,
manuseio, transporte e data de validade.
No período coberto pelo relatório,
a unidade Santa Elisa produziu
416.707,815 toneladas de açúcar, sendo
81% de açúcar cristal – 335.486,09
toneladas ou 6.709.721 sacas de 50
quilos – e 19% (81.221,72 toneladas)
de açúcar líquido/líquido invertido
(AL/ALI). A produção da unidade
correspondeu a 11,06% do volume total
de açúcar produzido pela Biosev no
ano-safra. GRI FP5
ROTULAGEM
Os rótulos das embalagens dos
produtos comercializados para o
varejo – as marcas próprias de açúcar
Estrela e Dumel – atendem aos
requisitos regulamentares nacionais. A
regulamentação determina a publicação
de informações nutricionais, dados
de produção (tipo de produto, lote de
fabricação, data de fabricação, validade,
safra, nº sequencial de produção,
quantidade) para rastreabilidade;
orientações sobre a conservação
e a origem do produto (unidade
produtora). GRI PR3, FP8
Já a verificação da aderência das
unidades aos requisitos normativos das
certificações de qualidade, que possuem
validade de três anos, é realizada por
meio de auditorias internas e externas
(empresa terceirizada – SGS).
A Biosev, porém, não possui política
de comunicações, marketing e
propaganda nem política ou programa
que contemple a divulgação das
informações nutricionais dos produtos
na comunidade.
As unidades Santa Elisa, Vale do
Rosário e MB possuem certificação
externa por normas internacionalmente
reconhecidas de Sistema de Gestão de
Qualidade NBR ISO 9001, conforme
escopos específicos por unidade.
Contudo, apenas a unidade Santa Elisa
possui certificação externa da norma
internacional NBR ISO 22000 – Sistema
de Gestão da Segurança de Alimentos
para a fabricação de açúcar líquido
e açúcar líquido invertido, desde o
recebimento da matéria-prima até a
expedição dos produtos finais
e fabricação.
Considerado como um alergênico em
potencial, o sulfito presente no açúcar
é monitorado durante as etapas de
produção e no produto final. Os valores
considerados são os permitidos pelo
Codex Alimentarius. Já o glúten, também
considerado alergênico, não faz parte
da composição do açúcar – que traz
essa informação em sua embalagem
no varejo. As embalagens para o varejo
contemplam ainda receitas culinárias
para aplicação do açúcar.
<
48
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
nt
al
Se
Avanços em
Minas Gerais
m
Sucroene
tor
rgé
Se
Seminário discutiu
o Código Florestal
na produção
sucroalcooleira
m MG
oe
tic
Avanços
do
DESEMPENHO SOCIAL
in
e
ário m bi
A
Lâmina C
O novo Código Florestal, a prática
de compensação ambiental e os
cuidados com a responsabilidade
civil ambiental foram discutidos no
Seminário Ambiental Avanços do
Setor Sucroenergético em Minas
Gerais, que aconteceu em junho de
2013 em Lagoa da Prata, que fica a
203 quilômetros de Belo Horizonte.
governamentais, órgãos de
fiscalização, universidades e
a comunidade em geral.
O objetivo foi apresentar
informações, promover o debate
e esclarecer dúvidas sobre temas
importantes para as atividades
agrícolas e que contribuíssem para
o desenvolvimento econômico
e ambiental da região.
Promovido pela Biosev, que possui
unidade operacional no município,
o evento teve foco na produção
sucroalcooleira, uma das principais
atividades econômicas da Lagoa da
Prata. Reuniu toda a cadeia produtiva,
de agricultores a representantes
Pesquisadores e profissionais da
Biosev também esclareceram
os principais mitos envolvendo
a lavoura de cana-de-açúcar.
<
49
>
GESTÃO DE PESSOAS
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
A Biosev contribui para criar empregos
de qualidade, treina e capacita
colaboradores para o uso de novas
tecnologias e estimula atitudes e práticas
para a saúde e a segurança das pessoas
<
50
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
GESTÃO DE PESSOAS
FORÇA DE
TRABALHO
A
Biosev está ciente de que, com
a mecanização da lavoura, tem
papel importante na geração
de empregos de qualidade, nos quais
estudo e conhecimento são necessários.
A partir disso, iniciou um processo de
internalização da mão de obra e parte
dos colaboradores de manutenção,
antes terceirizados, passaram a
ser empregados próprios na safra
2013/2014.
Entretanto, o número de colaboradores
apresentou redução de 2% nessa safra
devido à reestruturação operacional e
consequente hibernação da unidade
Jardest, em Jardinópolis (SP). Parte
do quadro foi realocado em outras
unidades e a Biosev encerrou a safra
com 16.124 empregados próprios.
GRI LA1, 3.10
No exercício, 100% dos colaboradores
da Biosev eram abrangidos por acordos
de negociação coletiva e não há na
empresa qualquer risco inerente à
liberdade de associação desse tipo, já
que são permitidas as associações e a
participação sindical. A companhia
também possibilita que os sindicatos
exerçam seu papel plenamente e
no término da safra 2013/2014 se
relacionava com 47 entidades. GRI LA4, HR5
Compromissos com a
geração de empregos
com qualidade
TOTAL DE EMPREGADOS
GRI LA1
10.137
655
9.482
3.409
2.578
380
78
2.500
3.029
CentroOeste
Nordeste
Homens
<
Sudeste
Mulheres
51
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
GESTÃO DE PESSOAS
EMPREGADOS POR REGIÃO GRI LA1
2011/2012
2012/2013
2013/2014
Homens
Mulheres
Total
Homens
Mulheres
Total
Homens
Mulheres
Total
Centro-Oeste
3.001
351
3.352
3.194
379
3.573
3.029
380
3.409
Nordeste
2.532
86
2.618
2.628
82
2.710
2.500
78
2.578
Sudeste
TOTAL
8.904
666
9.570
9.540
627
10.167
9.482
655
10.137
14.437
1.103
15.540
15.362
1.088
16.450
15.011
1.113
16.124
EMPREGADOS POR TIPO E CONTRATO DE TRABALHO 1 GRI LA1
2011/2012
Tempo determinado
2012/2013
2013/2014
Homens
Mulheres
Total
Homens
Mulheres
Total
Homens
Mulheres
Total
1.359
15
1.374
2.894
73
2.967
2.892
99
2.991
Tempo indeterminado
13.078
1.088
14.166
12.468
1.015
13.483
12.119
1.014
13.133
Subtotal
14.437
1.103
15.540
15.362
1.088
16.450
15.011
1.113
16.124
1
Todos os empregados são contratados em tempo integral, inclusive aqueles que trabalham em regime de escala
ROTATIVIDADE GRI LA2
Média de
empregados no ano
Média de
admissões
Média de
desligamentos
Taxa de
admissões
Taxa de
desligamento
Rotatividade
(turnover)
POR GÊNERO
16.124
765
484
4,74%
3,00%
3,87%
Masculino
15.011
718
452
4,78%
3,01%
3,90%
Feminino
1.113
47
33
4,22%
2,92%
3,57%
POR IDADE
16.124
765
484
4,74%
3,00%
3,87%
18 a 25 anos
2.714
234
119
8,61%
4,38%
6,50%
26 a 30 anos
3.197
161
107
5,02%
3,34%
4,18%
31 a 40 anos
5.273
217
152
4,11%
2,88%
3,49%
41 a 50 anos
3.289
107
71
3,26%
2,16%
2,71%
51 a 60 anos
1.464
43
30
2,90%
2,07%
2,48%
186
4
5
2,28%
2,86%
2,57%
Mais de 60 anos
POR REGIÃO
16.124
765
484
4,74%
3,00%
3,87%
Centro-Oeste
3.409
129
103
3,79%
3,02%
3,41%
Nordeste
2.578
165
58
6,41%
2,25%
4,33%
Sudeste
10.137
470
323
4,64%
3,19%
3,91%
Na safra 2013/2014 a Biosev alterou a forma de reportar “Rotatividade” para melhor refletir a realidade da companhia. Agora ,o cálculo tem como base a média do número de empregados (admitidos e demitidos)
do período de abril de 2013 a março de 2014, de forma a seguir a mesma premissa já utilizada para calcular o número de colaboradores, o qual também compõe a fórmula do índice de rotatividade. A fórmula é
((média admitidos + média demitidos)/2)/HC. Média HC = média de colaboradores, exceto estagiários e afastados, no período de março de 2013 a abril de 2014.
<
52
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
GESTÃO DE PESSOAS
SAÚDE DO
TRABALHADOR
C
om uma política de
desenvolvimento sustentável
fundamentada nos pilares
pessoas, meio ambiente, comunidade
e parceiros, o sistema de gestão de
segurança, saúde e meio ambiente da
Biosev funciona desde 2010 como base
de aplicação dessa estratégia.
Programas apoiam a
melhoria da cultura de
saúde e segurança
Apoiado em padrões de gestão
com eficácia internacionalmente
reconhecida, o sistema tem como
principais objetivos não causar prejuízo
às pessoas, ao patrimônio da empresa e
ao meio ambiente; atender ou superar
normas e regulamentações aplicáveis;
reduzir impactos ambientais, adotar
medidas para prevenir a poluição
e promover a sustentabilidade dos
recursos naturais utilizados.
Realizada pelo departamento de
Segurança, Saúde e Meio Ambiente
(Safety, Health and Environment
– SHE), a gestão de segurança do
trabalho conta com o apoio de comitês
de segurança que representam 100%
dos colaboradores. Presentes em todas
as unidades da Biosev, os comitês
garantem o atendimento dessa política.
São as Comissões Internas de Prevenção
de Acidentes (Cipas), com membros
da área industrial e administrativa;
as CipaTRs, com membros da área
agrícola e administrativa; os Serviços
Especializados em Engenharia de
Segurança e em Medicina do Trabalho
COMITÊS DE SEGURANÇA
(SESMT) e o Comitê SHE. GRI LA6
Já as informações sobre acidentes são
repassadas semanalmente pelos pontos
focais dos polos agroindustriais à área
Número de membros
corporativa de SHE para que os dados
sejam avaliados, discutidos e medidas
de controle sejam apresentadas à
gerência. O fechamento do controle
estatístico de acidentes é mensal, quando
é controlada a classificação de acidentes
(fatal, gravíssimo, grave, leve e sem
afastamento), tempo perdido, quase
acidentes e números de acidentes (tanto
para colaboradores próprios quanto para
terceiros). Nesse fechamento, a Taxa
de Frequência e Gravidade é calculada
de acordo com a NBR 14280 e todas as
informações são avaliadas e aprovadas
pelos engenheiros de cada unidade e
pelo Gerente de SHE do polo, antes de
serem reportadas para consolidação.
REDUÇÃO
A padronização de processo nas
unidades do grupo tem contribuído
positivamente para a gestão SHE e a
Biosev teve uma redução de 20% nos
acidentes na safra 2013/2014 em relação
à safra anterior. A taxa de frequência
e gravidade dos acidentes ocorridos
no grupo teve queda de 28% e 54%,
respectivamente. Porém, ocorreu um
óbito na unidade Santa Elisa decorrente
de um acidente envolvendo funcionário
próprio da área industrial da moenda.
2011/2012
2012/2013
2013/2014
Cipas
387
360
358
Comitês locais (NR10 e outros)
408
378
410
<
53
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
GESTÃO DE PESSOAS
Além da gestão controlada, os
programas comportamentais aplicados
na empresa colaboraram para a
melhoria na cultura de segurança,
entre eles destaca-se o BBS – Behavior
Based Safety (Segurança Baseada em
Comportamento). Em sua primeira fase,
em 2011, trabalhou na sensibilização
e no treinamento de colaboradores
na identificação de perigos e riscos,
formando multiplicadores. Já durante a
safra 2013/2014, o programa atuou na
formação de líderes operacionais como
observadores e facilitadores da mudança
do comportamento.
Padronização de
processo permitiu
reduzir em
QUALIDADE DE VIDA GRI LA8
A criação dos polos agroindustriais
ocorrida na safra também refletiu
na estrutura da área de saúde da
companhia. Agora, as equipes da área
de saúde nas unidades são coordenadas
pelo médico do trabalho local, que se
reporta diretamente para o gerente
de SHE do polo correspondente.
Entretanto, as diretrizes da área são
definidas globalmente, pelo SHE
normativo, e os resultados são analisados
e discutidos juntamente com a Gerência
de SHE.
20%
o número de
acidentes na safra
Todas as unidades da Biosev têm
acordos coletivos firmados com os
sindicatos locais que são renegociados
anualmente. Abrangentes, esses acordos
contemplam cláusulas específicas de
saúde e segurança como a gratuidade do
ferramental de trabalho e equipamentos
de proteção individual (EPI); regras
sobre a constituição de Cipa/CipaTR,
instalações sanitárias adequadas e
fornecimento de água para área agrícola
e auxílio em medicamentos. GRI LA9
PIRÂMIDE SHE
Outra iniciativa importante que começou
a ser desenvolvida nesta safra foi a
Pirâmide SHE, um projeto para registrar
e informar possíveis irregularidades em
segurança, saúde e meio ambiente. A
intenção da Pirâmide SHE é comunicar
desvios, tanto comportamentais como os
relacionados às condições do ambiente
de trabalho, que possibilitem a tomada
de medidas adequadas para prevenir
problemas, evitando acidentes. Os
registros de irregularidades são feitos por
meio de um bloco de anotações, que pode
ser retirado pelos colaboradores no setor INDICADORES DE SEGURANÇA GRI LA7
de Segurança do Trabalho. Depois de
2012/2013
preencher o material, basta depositar em
Homens
Mulheres
Total
uma das urnas espalhadas na unidade.
NÚMERO DE ACIDENTES SEM AFASTAMENTO
O gestor responsável pelo setor recolhe
o material e fica encarregado de dar um
Centro-Oeste
78
11
89
retorno para o colaborador.
Nordeste
54
2
56
Já o Programa de Segurança Veicular
tem o objetivo de disseminar a
importância do comportamento seguro
na direção para eliminar os acidentes
ocorridos com veículos leves e reduzir
as multas por excesso de velocidade.
A cada safra, o programa vem se
mostrando mais satisfatório, como
resultado dos esforços desempenhado
pela área de Segurança do Trabalho.
No exercício, houve redução de 87%
nas multas de trânsito por excesso de
velocidade (15 multas em 2013 e 2 em
2014) e zero acidentes com veículos
leves em 2014.
2013/2014
Homens
Mulheres
Total
73
9
82
37
1
38
Sudeste
295
9
304
230
11
241
Total
427
22
449
340
21
361
NÚMERO DE ACIDENTES COM AFASTAMENTO
112
12
124
34
3
37
Nordeste
58
-
58
13
-
13
Sudeste
102
2
104
75
5
80
Total
272
14
286
122
8
130
Centro-Oeste
TAXA DE FREQUÊNCIA, INCLUINDO ACIDENTES COM PRIMEIROS SOCORROS (%)
2012/2013
2013/2014
Homens
Mulheres
Homens
Mulheres
20,0
19,0
19,41
-
Nordeste
9,0
6,0
-
-
Sudeste
35,0
17,0
16,37
13,45
Centro-Oeste
<
54
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
GESTÃO DE PESSOAS
Iniciativas buscam criar
ambiente de trabalho seguro,
saudável e produtivo
Conscientizados da importância de
se trabalhar em um local seguro e
saudável, os colaboradores da Biosev
têm participado ativamente das
campanhas programadas anualmente
pela área de Saúde Corporativa.
Tanto as palestras quanto os
materiais informativos entregues aos
colaboradores ajudam a abordar tais
temas dentro das unidades e com
os seus familiares e comunidade.
que contribua eficazmente para elevar
a produtividade e a competitividade.
Durante o programa, é feito ainda um
diagnóstico para auxiliar a empresa a
identificar as condições de qualidade
de vida de seus trabalhadores
mensurando variáveis que influenciam
diretamente na produtividade,
como: qualidade no trabalho, saúde
e estilo de vida, levantamento
das condições do ambiente de
trabalho e clima organizacional.
INDÚSTRIA SAUDÁVEL
Desde 2010, todas as unidades da
Biosev possuem o selo de certificação
relacionado ao Compromisso
Nacional para Aperfeiçoamento das
Condições de Trabalho na Canade-Açúcar, uma iniciativa tripartite
que envolve representação das
agroindústrias, dos trabalhadores
rurais e do governo federal.
Na unidade de Leme, por exemplo, o
Programa Indústria Saudável, realizado
em parceria com o Sesi, inclui serviços
integrados de promoção da saúde e
da qualidade de vida do trabalhador.
O objetivo é criar um ambiente de
trabalho que permita a adoção de estilo
de vida seguro, saudável e produtivo,
<
55
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
GESTÃO DE PESSOAS
mínimo nacional, de R$ 678). Já a
maior média é da unidade de Leme,
com o salário de R$ 1.049,18 (155% do
salário mínimo). GRI EC5
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
REMUNERAÇÃO
E BENEFÍCIOS
A
Biosev realizou pesquisa salarial
em 2012 com o objetivo de se
manter alinhada às melhores
práticas de mercado, bem como atender
às necessidades e expectativas de seus
colaboradores conforme a região e a
função exercida.
O pacote de benefícios da companhia
possui assistência médica, vacinas,
subsídio para despesas com farmácia,
transporte fretado, vale-transporte,
pagamento de remuneração variável
de acordo com o Programa de
Participação nos Resultados (PPR),
subsídio para educação e cursos de
idiomas, vale-refeição, cesta básica e
previdência privada. GRI LA3
A Biosev possui duas formas de
avaliação de desempenho, uma
destinada aos gestores e outra ao
contingente operacional e ambas estão
atreladas a remunerações variáveis.
MERITOCRACIA
A Biosev utiliza
modelo de bonificação
atrelado a resultados
operacionais e avaliação
de desempenho,
em linha com as
melhores práticas do
mercado. Conceito
mais transparente e
que valoriza o mérito.
A avaliação de desempenho de
diretores, gerentes, supervisores,
coordenadores e especialistas, um
universo de cerca de 500 pessoas,
acontece por meio da ferramenta
de gestão de performance alinhada
às práticas de mercado e utiliza a
metodologia Nine Box, mundialmente
conhecida.
Em um sistema eletrônico, cada
avaliado – junto com o seu gestor –
elabora e faz revisões semestrais em seu
Plano de Desenvolvimento Individual
(PDI). Nesse ambiente, constam
feedback, metas quantitativas e análises
qualitativas sobre as competências
comportamentais definidas pela
empresa. O cumprimento das metas
individuais define o pagamento dos
bônus anuais, juntamente com o
resultado da área e da empresa.
Na safra 2013/2014, o piso médio
negociado com os sindicatos foi de
R$ 868,80, considerando o total de
220 horas/mês, ou seja, o valor médio
por hora de R$ 3,95 para profissionais
operacionais. Em média, esses pisos
salariais estão 120% acima do salário
mínimo regional.
Os colaboradores não abrangidos
por essa metodologia são avaliados por
metas coletivas definidas anualmente
com os diferentes sindicatos,
pois interferem diretamente no
pagamento do PPR.
A menor média do piso negociado é a
da unidade de Estivas, onde o salário
médio foi de R$ 688 (101% do salário
COLABORADORES AVALIADOS1 GRI LA12
2011/2012
2012/2013
2013/2014
Quantidade
%
Quantidade
%
Quantidade
%
Masculino
945
6,55%
295
1,92%
307
2,05%
Feminino
259
23,48%
44
4,04%
54
4,85%
1.204
7,89%
339
2,06%
361
2,24%
TOTAL
2
Não considera afastados e estagiários.
2
A partir da safra 2012/2013, o sistema de avaliação foi reestruturado de maneira a considerar público elegível a bônus
1
<
56
>
Os controles são feitos no próprio
sistema e metas coletivas são
registradas em planilhas por áreas e
centralizadas nos Recursos Humanos,
que acompanha todo o processo e
faz a gestão das metas coletivas. Os
resultados das avaliações definem
o recebimento do PPR e balizam
anualmente as progressões salariais
dos avaliados.
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
GESTÃO DE PESSOAS
TREINAMENTO
E EDUCAÇÃO
Na safra 2013/2014,
treinamento totalizou
Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial (Senai).
32
Uma novidade na área de treinamentos
desta safra foi o início do chamado
Mapeamento de Prontidão, que é a
identificação de aspectos técnicos
e comportamentais que podem
aprimorar as habilidades de liderança
de gestores em cargos atuais. Cerca
de 185 lideranças em níveis acima da
coordenação participaram do projeto.
horas em média
por colaborador
PROJETO FORMAR
GRI LA11
A
O Projeto Formar tem o objetivo de
qualificar colaboradores que trabalham
diretamente no campo nas funções de
operadores de máquinas e motoristas.
As aulas acontecem em parceria com
o Serviço Nacional de Aprendizagem
Rural (Senar) e o Programa Nacional de
Acesso ao Ensino Técnico e Emprego
(Pronatec). Cerca de 150 colaboradores
da unidade Estivas foram qualificados
em treinamento que aconteceu de
abril a julho de 2013. Além do curso
de operador de máquinas, os alunos
passaram por módulos de Relações
Humanas, Meio Ambiente, Saúde e
Segurança do Trabalho. O Pronatec é
uma iniciativa do governo federal, em
parceria com os governos estaduais e
Biosev busca por meio da
formação e capacitação de seus
colaboradores o aumento da
eficiência operacional. Para eliminar
e reduzir as lacunas de conhecimento
das equipes, mantém o Programa
Anual de Treinamento, que consiste na
realização de cursos para promover a
conscientização sobre atitudes seguras,
qualidade, capacitação técnica para
atividades específicas e a aquisição de
conhecimento visando à evolução
de carreira.
Além disso, há diversos treinamentos
para os níveis operacionais que visam
principalmente o cumprimento de
normas e a operacionalização de
máquinas. Na safra 2013/2014, o total
de horas de treinamento foi de 512.789
horas, com média de 32 horas por
empregado.
A empresa também oferece ajuda
financeira para a formação em nível
técnico, superior, pós-graduação e
para cursos do idioma inglês. Regras
como tempo de empresa, avaliação de
desempenho e função realizada, assim
como questões orçamentárias, definem
quem pode usufruir o benefício.
Há ainda parcerias com diferentes
instituições. Sete colaboradores da
unidade de Estivas (RN), por exemplo,
se formaram em julho de 2013 no
curso de Aprendizagem Industrial e
Habilitação Técnica após dois anos
de formação graças à bolsa de
estudos oferecida em parceria com o
MÉDIA DE HORAS DE TREINAMENTO GRI LA10
Homens
Mulheres
Cargos gerenciais
12
3
Cargos com nível superior
27
19
Cargos sem nível superior
33
MÉDIA TOTAL
23
32
São considerados todos os treinamentos, incluindo as horas-aula de inglês. Não foram consideradas as horas de treinamento dos
estagiários.
INVESTIMENTO EM TREINAMENTO (R$)
Tipo
Total
Subsídio educação
500.604
Subsídio idiomas
160.259
Treinamentos técnicos
1.342.410
Treinamentos comportamentais
1.342.410
TOTAL
3.345.683
<
57
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
GESTÃO DE PESSOAS
expandido para as demais unidades
do Polo MS e dos outros polos.
Com o programa, houve ganho em
indicadores como tempo médio de
reparo (MTTR), tempo médio entre
falhas (MTBF) e consumo de óleo
diesel e hidráulico.
INCLUSÃO DIGITAL
Em parceria com o Serviço Social
da Indústria (Sesi) e a Prefeitura
de Pedras de Fogo, a Biosev iniciou
um Programa de Inclusão Digital
na unidade Giasa (PB). Destinado a
colaboradores e seus dependentes,
consiste em aulas de informática
básica e acesso à internet. Os 168
alunos das 12 primeiras turmas
concluíram o curso com duração de
90 horas/aula em dezembro de 2013.
O projeto é uma oportunidade de
adquirir conhecimento e qualificação
e trabalha com os alunos a
importância do acesso à tecnologia
nos dias de hoje.
PROGRAMA DE TRAINEE
municipais, cujo objetivo é oferecer
bolsas de estudo e financiamento para
cursos de qualificação profissional.
Operadores estão sendo
capacitados para a manutenção
dos equipamentos de colheita
Lançado em junho de 2013, o
Programa de Trainee possui dois
anos de duração, tempo em que os
jovens recém-formados conhecerão
os diversos processos da companhia
e se especializarão nas suas
respectivas áreas.
A seleção foi dividida em três fases
(avaliação online, dinâmicas de grupos
e painéis com os gestores), o processo
seletivo contou com mais de 17 mil
inscritos e ocorreu em quatro cidades:
São Paulo (SP), Ribeirão Preto (SP),
Campo Grande (MS) e Belo Horizonte
(MG). Foram selecionados 19 jovens
que vão atuar nas áreas de Segurança,
Saúde e Meio Ambiente (Safety, Health
and Environment – SHE), Finanças,
Comercial, Recursos Humanos,
Agrícola e Industrial.
PROGRAMA OPERADOR
MANTENEDOR
Iniciado na safra 2013/2014 como
piloto em uma frente de trabalho
da unidade Rio Brilhante (MS), o
Programa Operador Mantenedor tem
como objetivo capacitar os operadores
de colhedora, desenvolvendo as
competências necessárias para
manutenção básica em colhedoras de
cana, visando melhores resultados na
atividade de colheita e manutenção
(safra e entressafra).
Funcionou com 20 colaboradores
(operadores e líderes) e foi muito
bem-sucedido, de forma que deverá ser
<
58
>
GESTÃO
DE MEIO AMBIENTE
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
A atuação da Biosev é conduzida por
políticas e programas de monitoramento
e gestão de impactos, assim como por
iniciativas de educação ambiental de
colaboradores, fornecedores e comunidades
<
59
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
GESTÃO DE MEIO AMBIENTE
A
s questões socioambientais de
relevância para as comunidades
vizinhas às operações estiveram
entre as principais preocupações dos
públicos que mais se relacionaram com
a Biosev ao longo da safra 2013/2014.
No período, os temas reciclagem,
biomas brasileiros, conservação do solo
e da água e doação de mudas foram
abordados com as comunidades das
unidades Lagoa da Prata, Estivas, Giasa,
Maracaju, Passa Tempo e no Polo de
Ribeirão Preto.
A Biosev realiza frequentemente
monitoramentos ambientais qualitativos
e quantitativos de recursos hídricos e
emissões atmosféricas frequentes, que
permitem estudos de engenharia que
refletem na instalação de sistemas e
equipamentos para mitigar os impactos
ambientais mais significativos das suas
atividades. O monitoramento é feito da
seguinte forma:
•
Recursos hídricos: por meio de
análises laboratoriais, instalação de
sistema de medidores automáticos,
fechamento de circuito nos
processos industriais (com metas
anuais de eficiência de redução
em m³/tc) e aplicação de seus
efluentes após análise de aspectos
como fertirrigação das lavouras
de cana-de-açúcar conforme
normas estabelecidas por agências
ambientais;
•
Emissões atmosféricas: via coleta
por laboratórios especializados,
com emissão de certificados
analíticos para a realização
de manutenções e regulagens
periódicas nos sistemas de captação
dos particulados.
Viveiros próprios
produzem mudas nativas
para o reflorestamento
<
60
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
GESTÃO DE MEIO AMBIENTE
Já a redução dos impactos ocasionados
pela geração de resíduos do processo
de fabricação industrial ocorre com a
utilização de torta de filtro e fuligem
como fonte de matéria orgânica
para lavoura. Os demais resíduos
são segregados e armazenados nas
Centrais de Resíduos das unidades
até o momento de sua destinação
ou comercialização com empresas
licenciadas em agências ambientais ou
por meio do Gerenciamento Integrado
de Resíduos, implantado em algumas
unidades desde 2011. GRI EN26
Como medidas de precaução, a Biosev
realizou investimentos na ordem de
R$ 16 milhões, que contemplaram a
instalação de torres de resfriamento
para o fechamento dos circuitos,
a fim de minimizar os volumes
captados; decantadores de fuligem,
para promover melhorias na eficiência
do reúso de água; lavadores de gases
modernos para atendimento aos
padrões de emissões e centrais de
resíduos para seu gerenciamento;
impermeabilização de tanques
de armazenamento de efluente
industriais; Estação de Tratamento de
Água Residuária (ETAR) e Estação
de Tratamento de Esgoto (ETE);
construção de depósito de produtos
químicos e adequação de casa de
bombeamento de efluentes.
No exercício, foram investidos R$ 9,2
milhões em melhorias de processo e
aplicação de tecnologias para minimizar
os impactos ambientais de suas
atividades. Apesar dos esforços, alguns
impactos, como os incêndios florestais
que afetam todo o setor sucroenergético
e as comunidades do entorno, ainda
precisam de mais estudos para a busca
de soluções efetivas.
Adicionalmente, por meio do
dashboard (painel de controle), os
analistas ambientais das unidades
acompanham os resultados de consumo
de água, energia, geração de efluentes,
resíduos, energia e emissões.
Tecnologia para
tratamento e verificação
das emissões atmosféricas
A seguir são apresentados os principais
impactos ambientais da companhia
e as ações mitigadoras realizadas no
período:
GESTÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS GRI EN26
Impacto
Ação mitigadora
Consumo de água
Investimento em tecnologias de reúso e
recirculação de água no processo
Geração de resíduos
Treinamento e capacitação das principais áreas geradoras,
criação de portal para difusão de boas práticas com foco
nos 3R´s – reduzir, reutilizar e reciclar – e treinamento e
capacitação da equipe responsável pela gestão do processo
Emissões atmosféricas
Investimento em tecnologias para tratamento das emissões
atmosféricas, que contemplam programas de manutenção
preventiva dos equipamentos de lavagem dos gases
Efluentes industriais
Investimento em melhorias nas redes de canais
e adutoras, travessias de rios e tanques de
armazenamento, bem como realização de estudos
em fase piloto de automação de todo o processo
Incêndios florestais
Treinamento das equipes de brigada, realização de
simuladores e investimento em tecnologias antichamas
nos equipamentos de colheita mecanizada
Áreas de Preservação
Permanente
Reforma e ampliação dos viveiros de mudas nativas,
treinamento e capacitação para os responsáveis pelos
viveiros, desenvolvimento de pesquisas, recuperação
de áreas degradadas com uso de novas tecnologias –
tubetes, gel para retenção de umidade nas mudas, entre
outras – e investimentos em programas de educação
ambiental em comunidades no entorno das usinas
<
61
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
GESTÃO DE MEIO AMBIENTE
CONSUMO
DE RECURSOS
ÁGUA
O consumo de água nas unidades
da Biosev aumentou 9,4% na safra
2013/2014 em relação à anterior,
totalizando 40.994.993 metros
cúbicos. Isso se deve a algumas
falhas operacionais que já foram
sanadas, adotando-se maior rigor no
monitoramento do consumo.
A companhia deu continuidade ao seu
plano de ações para reduzir o consumo
de água, e continuou o investimento
em treinamento e capacitação de
seus profissionais de meio ambiente,
promovendo cursos internos e externos
com especialistas de diversas áreas, entre
elas a de gestão de águas e efluentes.
Foram instalados novos equipamentos
que possibilitaram ampliar a recirculação
de água no processo industrial e a
instalação de sistemas de monitoramento
remoto interligados aos Centros de
Controle Operacional (COEs) das
unidades industriais também avançou,
visto que seu uso possibilita a interação
com outros sistemas que integram o
controle de fluxo para gerenciamento de
riscos ambientais.
Além disso, aconteceram medidas
específicas nas usinas para aprimorar
essa gestão. A unidade Rio Brilhante,
por exemplo, recebeu sistema de
filtragem da água de lavagem das
telas do filtro prensa para utilizar na
embebição da moenda. Na unidade
Leme, houve melhoria do sistema
de drenagem do chorume de bagaço
de cana. Já as unidades Estivas e
TOTAL DE ÁGUA RETIRADO POR FONTE GRI EN8
2011/2012
Captação
TOTAL
2013/2014
m3/tc
Volume (m3)
m3/tc
Volume (m3)
m3/tc*
4.005,8
0,15
5.604,2
0,19
5.512,8
0,18
Subterrânea
Superfície
2012/2013
Volume (m3)
28.687,6
1,05
33.757,5
1,15
35.482,2
1,18
32.693,4
1,19
39.361,7
1,34
40.995,0
1,37
tc = total de toneladas de cana moída referente ao ano-safra
FONTES HÍDRICAS AFETADAS GRI EN9
2012/2013
Unidades
Principais fontes
2013/2014
Volume
(m3/h)
Descrição
Descrição
Volume
(m3/h)
Rio Brilhante
Guarani (Botucatu)
subterrânea
760,0
subterrânea
760,0
Lagoa da
Prata
Rio São Francisco
superficial
3.525
superficial
3.525
Vale do
Rosário
Formação Serra
Geral/Guarani
(Botucatu)
subterrânea
169,53
subterrânea
169,53
Santa Elisa
Formação Serra
Geral/Guarani
(Botucatu)
subterrânea
435
subterrânea
435
Jardest
Guarani (Botucatu)
subterrânea
220
subterrânea
220
TOTAL
5.190,62
5.190,62
*As unidades não listadas não possuem fontes significativamente afetadas por retirada de água
ÁGUA RECICLADA E REUTILIZADA GRI EN10
Efluentes reutilizados em outras
instalações da organização (m3)
Percentual de água reciclada/reutilizada
<
62
>
2011/2012
2012/2013
2013/2014
35.920.774,31
38.189.830,87
41.796.086,74
96,97%
98,12%
101,95%
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
GESTÃO DE MEIO AMBIENTE
Fechamento de
circuitos hídricos
Giasa reforçaram investimentos
em controles ambientais: foi feita a
impermeabilização de dois tanques para
armazenamento de efluentes industriais
em Estivas e a instalação de um sistema
para controle de ruptura em Giasa.
O caso de sucesso na redução do
consumo de água mais emblemático
da safra foi o da unidade MB,
onde investimentos feitos em dois
processos que envolvem circuitos
hídricos representaram redução de
821 m³ por hora na captação de água.
Essas melhorias permitiram reduzir a
geração de água residuária (proveniente
de sistemas de lavagem de cana, de
resfriamento e efluentes que passaram
por estações de tratamento ou das
caixas separadoras de água e óleo) em
As melhorias ocorreram por meio
cerca de 4 milhões de litros (volume
do fechamento do circuito hídrico de
equivalente a 172 piscinas olímpicas).
resfriamento de água da fabricação
Ao mesmo tempo, houve maior
de açúcar e fechamento do circuito
geração de vinhaça, o que ocorreu
hídrico de água de lavagem de gases
principalmente devido ao aumento do
de combustão da caldeira. GRI EN26
mix de produção para etanol durante
a safra. Dessa forma, o volume de
reaproveitamento de água superou os
CONSUMO DE ENERGIA DIRETA (GJ) GRI EN3
100% do total captado, uma vez que o
cálculo desse valor considera a soma
Uso
2012/2013 1
2013/2014
do volume da vinhaça com a água
FONTES RENOVÁVEIS - PRODUÇÃO PRÓPRIA
residuária dividido pelo total de água
Etanol
Veículos
91.746,75
retirado da fonte. GRI EN26
Biocombustíveis (bagaço de cana)
ENERGIA
A Biosev registrou consumo de
energia de 84.952.773,34 gigajoules
(GJ) no ano-safra 2013/2014, sendo
84.864.909,84 GJ de energia direta e
87.863,5 GJ de energia indireta. Os
dados não são comparáveis aos da
safra anterior, pois o cálculo passou a
incluir o bagaço comprado e o etanol
produzido como fontes de energia
renovável, e mudança na metodologia
de cálculo de energia direta produzida
de fonte renovável. GRI 3.10
Caldeira
4.430.142,79
77.703.423,12
74.493,92
5.956.956,40
FONTES RENOVÁVEIS - ENERGIA COMPRADA
Biocombustíveis (bagaço, madeira)
Caldeira
FONTES NÃO RENOVÁVEIS - ENERGIA COMPRADA
Gasolina
Veículos
Diesel
Maquinário
agrícola
Gás Liquefeito de Petróleo – GLP
Carregadeiras
5.537,71
2.135,51
3.939.599,38
4.043.933,01
-
27.335,44
ENERGIA DIRETA VENDIDA DE FONTE RENOVÁVEL
Bagaço
-
-
402.916,40
Biocombustíveis
-
2.249.367,23
2.555.713
2.255/269,48
80.791.505.88
CONSUMO TOTAL DE ENERGIA DIRETA
Renovável
-
Até a safra 2012/2013, era considerada
Não renovável
3.945.137,09
4.073.403.96
como energia direta produzida de fonte TOTAL
6.200.400,60
84/864.909,84
renovável exclusivamente a energia
Os dados da safra 2012/2013 não incluem etanol produzido e bagaço de cana adquirido de terceiros.
elétrica produzida a partir da queima do
bagaço. A partir da safra 2013/2014, o
CONSUMO DE ENERGIA INDIRETA1 GRI EN4
cálculo passou a abranger toda a energia
2012/2013
2013/2014
disponível no bagaço para a queima
(levando em conta o poder calorífico
GJ
GJ/tc2
GJ
GJ/tc
desse material da mesma forma como é Energia elétrica 3
96.529,3
0,0033
87.863,5
0,0029
feito para diesel, etanol e madeira), o que Energia consumida para abastecimento de necessidades de energia intermediária (como eletricidade, aquecimento e
explica a diferença significativa entre os refrigeração).
tc = total de toneladas de cana moída referente ao ano-safra.
valores de uma safra e outra.
A energia consumida é proveniente do Sistema Interligado Nacional (SIN). De acordo com o Balanço Energético Nacional 2014,
1
1
2
3
com base em dados de 2013, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a matriz energética brasileira teve 79,3% de participação
de fontes renováveis, com predominância de energia hidrelétrica (70,6%).
<
63
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
GESTÃO DE MEIO AMBIENTE
A nova metodologia também passou
a considerar nos cálculos de energia
comprada renovável e energia
vendida renovável o bagaço de cana
e o seu respectivo poder calorífico.
Para a energia cogerada vendida, foi
considerada a energia elétrica vendida
ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
contou com maximização da geração
de energia, com a operação da
termoelétrica em períodos de paradas
de moagem, o que aumenta o consumo
global de energia em momentos
sem processamento de cana e
impacta diretamente nos índices de
consumo específico.
O início da substituição da frota de
automóveis da Biosev para veículos
flex, para uso de etanol como principal
combustível, levou à redução de 60% na
compra de gasolina na safra e à inclusão
do etanol, de produção própria, entre
os combustíveis consumidos, medida
que tem também efeito para reduzir
emissões de gases de efeito estufa.
Ainda a partir desta safra, a empresa
passou a considerar o consumo de GLP
utilizado pelas empilhadeiras. GRI EN26
Houve otimização também de
fornecedores e parceiros. Todos os
motores novos são comprados do
fabricante WEG, de alta eficiência e
com menor consumo de energia. Já
a limpeza de evaporação está mais
intensa a fim de melhorar a eficiência
de troca térmica nos mesmos e reduzir
o consumo de vapor.
Diversos outros investimentos
realizados na safra foram destinados
a melhorar o desempenho de
equipamentos e, consequentemente,
reduzir o consumo de energia.
Entre as ações destacam-se aquelas
destinadas à melhoria da eficiência
das moendas, como a instalação de
regeneradores caldo/condensado
nas unidades de Lagoa da Prata e
Maracaju, a instalação de turbinas mais
eficientes (condensação) na unidade
Lagoa da Prata e outras adequações e
manutenções dos sistemas de geração
de vapor (caldeiras, tratamento de
água, etc.) com foco em redução da
umidade do bagaço.
Outro ponto que colaborou na busca
da máxima eficiência foi o treinamento
destinado aos colaboradores da
operação, supervisão e coordenação
da geração de vapor e energia, a fim
de trabalharem sempre com a melhor
configuração de combinação de
equipamentos.
Um comitê de energia se reúne
semanalmente para analisar os
resultados e propor ações corretivas,
assim como atuar nos pilares de
exportação de energia a fim de
maximizá-la. Reuniões diárias são
ENERGIA ECONOMIZADA (GJ) GRI EN5
Melhorias de conservação
e eficiência
Conversão e retrofitting
Na unidade Passa Tempo foi implantada de equipamentos
a cogeração, com as caldeiras de menor Mudança de comportamento
pressão e eficiência sendo substituídas
dos colaboradores
por uma de maior pressão e eficiência.
Redesenho do processo
Houve substituição dos acionamentos
TOTAL
da moenda de turbina para motor
elétrico, muito mais eficiente, e
substituição das turbinas dos geradores
por novas mais eficientes.
CONSUMO DE ENERGIA
O redesenho do processo contou ainda Evolução
com a substituição de equipamento de
Consumo de vapor (toneladas)
aquecimento e evaporação utilizando
Consumo específico de vapor (Kg/tc)
materiais mais nobres e reduzindo
o consumo de vapor. A estratégia
Consumo de energia elétrica (MWh)
2011/2012
2012/2013
2013/2014
42.140,00
52.081.173,16
32.870.942
63.211,00
34.720.782,10
43.827.922
316.053,00
260.405.865,78
142.449.747
421.404,00
347.207.821,04
219.139.61
Consumo específico de energia elétrica (kWh/tc)
<
64
>
2012/2013
2013/2014
13.946.514
15.124.913
506,67
504,01
625.414
674.741
21,33
22,48
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
GESTÃO DE MEIO AMBIENTE
realizadas com todos os supervisores de
geração de energia das unidades, onde
são analisados indicadores reativos e
proativos e planos de ação são traçados
para tratar desvios existentes. Foram
inseridos na gestão da rotina das
unidades novos indicadores proativos
de energia, também a fim de maximizar
o foco e os resultados.
Entretanto, não houve redução maior
do consumo devido ao alto índice
pluviométrico e às necessidades de
partidas e paradas do processo, que levam
a um consumo maior de vapor e energia
para liquidação e start muito alto.
BIODIVERSIDADE
Na safra 2013/2014, a Biosev continuou
investindo em novas tecnologias
ambientais, na preservação ambiental
de suas áreas de cultivo, na produção de
mudas de espécies florestais nativas para
a proteção de matas ciliares, nascentes e
áreas de preservação permanente, bem
como em treinamento e capacitação
dos profissionais que atuam em seus
viveiros. Ações de educação ambiental,
promoção de eventos para discussão
de temas importantes da legislação
ambiental brasileira e doação de mudas
de árvores para escolas públicas,
prefeituras municipais e produtores
rurais também fizeram parte das ações
realizadas no período.
Controle de áreas protegidas
para assegurar a preservação
da biodiversidade
HABITATS PROTEGIDOS E RESTAURADOS
GRI EN13
Habitats protegidos (ha)
Habitats restaurados (ha)
2012/2013
2013/2014
14.557,07
15.820,67
81,63
18,00
Houve acréscimo de 1.263 hectares
(8,68%) de áreas protegidas nesta safra
em relação à anterior, com destaque
para a unidade Giasa, que intensificou
suas ações de proteção de mananciais
e matas ciliares. Já as unidades Estivas
e UMB totalizaram 81,63 hectares de
áreas nativas restauradas no período.
A restauração que se iniciou em 2013
segue por pelo menos dois anos e meio
para garantir que as espécies nativas
plantadas atinjam porte suficiente
para resistência.
Essas áreas foram recuperadas em
razão de danos causados por incêndios
de origem desconhecida, provocados
por fatores como condições climáticas
<
65
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
GESTÃO DE MEIO AMBIENTE
desfavoráveis e proximidade com
áreas urbanas ou rodovias. Além
disso, o acréscimo de áreas em Vale
do Rosário, Santa Elisa e Continental
se devem ao fato destas unidades
estarem prosseguindo com o processo
de regularização de suas reservas legais
com o órgão competente.
Viveiros para
restauração
QUEIMADAS
O alto índice de queimadas de origem
desconhecida tem causado danos a
áreas de preservação ambiental sob a
tutela da Biosev. Preocupada com o
tema, a empresa vem buscando soluções
para minimizar o impacto gerado
pelas queimadas, como a criação de
indicadores ambientais específicos.
Entre as ações desenvolvidas, destacamse treinamento e formação de brigadas
florestais, criação de procedimentos
internos para inspeção e manutenção de
equipamentos e veículos utilizados em
situações de emergência e simuladores
de incêndio, integrados com a
participação de empresas e entidades
filiadas ao Plano de Atendimento
Mútuo (Pame).
TECNOLOGIAS
O Etanol Verde é um importante
projeto de tecnologia agrícola para
a preservação da biodiversidade. A
adesão ao programa prevê antecipar
para 2014 a eliminação da queima
de palha da cana-de-açúcar em áreas
mecanizáveis e para 2017 em áreas não
mecanizáveis, nas usinas do Estado de
São Paulo. Pela lei estadual, os prazos
são, respectivamente, 2021 e 2031.
O gráfico ao lado mostra a comparação
do Protocolo Agroambiental Projeto
Etanol Verde e a Lei Estadual nº
11.241/02.
PRAZO PARA A
ELIMINAÇÃO DA QUEIMA
DE PALHA NO ESTADO
DE SÃO PAULO
ÁREAS MECANIZÁVEIS
%
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2006 2010 2011 2014 2016 2021
ÁREAS NÃO MECANIZÁVEIS
%
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
2007 2010 2011 2016 2017 2021 2026 2031
Protocolo agroambiental
Lei Estadual nº 11.241/02
Nota: Os pontos destacados nas linhas
dos gráficos mostram os anos específicos
citados na Lei ou no Protocolo.
Elaborado pela Unica.
<
66
>
A Biosev vem se dedicando à produção
de mudas para restauração florestal nas
regiões em que atua, tanto em áreas
próprias como de parceiros, e para
doação às comunidades. Os viveiros
das unidades Vale do Rosário (SP),
Continental (SP), Santa Elisa (SP), Lagoa
da Prata (MG), Giasa (PB) e Estivas (RN)
possuem capacidade de produção anual
de 410 mil mudas nativas. A produção
inclui várias espécies dos biomas da Mata
Atlântica e Cerrado, como açoita-cavalo,
angico, jatobá, cedro, paineira, ingazeiro e
ipês, entre outras.
A unidade Vale do Rosário mantém
parceria com a Escola de Agricultura
Luiz de Queiroz, da USP, em Piracicaba.
Já a unidade Estivas atua com o
Instituto Chico Mendes de Conservação
da Biodiversidade (ICMBIO), que
ajuda no fornecimento de mudas
de seu viveiro e oferece capacitação
aos colaboradores, aperfeiçoando
as metodologias utilizadas para a
produção de mudas e práticas de
plantio. A unidade Continental aderiu
ao Programa Semear, que tem por
objetivo a ressocialização de detentos
que produzem mudas nativas em
penitenciárias do Estado de São Paulo.
Em parceria com a Biosev, a Associação
Ambientalista do Alto São Francisco
(ASF) e o Comitê da Bacia Hidrográfica
dos Afluentes do Alto São Francisco
(CBHSF1) doaram cerca de 900
mudas de árvores urbanas e frutíferas
à comunidade do bairro Sol Nascente,
em Lagoa da Prata, em janeiro de
2014. A iniciativa, que contou com o
apoio da Polícia Ambiental e Secretaria
Municipal do Meio Ambiente, tinha
como objetivo incentivar o plantio e
promover a conscientização ambiental
dos moradores. GRI EN13
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
GESTÃO DE MEIO AMBIENTE
EMISSÕES
As emissões de gases de efeito estufa
(GEE) totalizaram 8.672.363 toneladas
de carbono equivalente. O inventário
tem como base a metodologia
internacional GHG Protocol e a norma
ABNT NBR ISO 14.064-1 e considera
todas as unidades operacionais.
As emissões renováveis representaram
85,18% das totais, em comparação a
84,74% na safra 2012/2013, mantendo-se
estáveis em 0,23 tCO2e por tonelada de
cana produzida. Essas emissões refletem
o carbono recentemente sequestrado
da atmosfera, não contribuindo,
portanto, para o aumento da
concentração de GEE.
As emissões não renováveis reduziramse de 0,41 tCO2e por tonelada de cana
moída para 0,40 tCO2e em razão de:
crescimento da queima de bagaço nas
caldeiras, maior emissão de CO2 nas
dornas (tanques) de fermentação em
decorrência do aumento do mix de
etanol, ampliação da frota de automóveis
usando etanol como principal
combustível e acréscimo da fração de
biodiesel em equipamentos diesel.
Emissões atmosféricas são
inventariadas com base na
metodologia GHG Protocol
de cogeração a partir da queima de
biomassa (bagaço) da usina Passa
Tempo, com capacidade instalada de
77,8 MW.
Durante a revisão dos dados da safra
2013/2014, foi identificado um erro
no cálculo de emissões indiretas no
aspecto de transportes de colaboradores
que ocorria também para o inventário
de 2012/2013. Em razão disso, foram
corrigidos os valores reportados no
relatório anterior, incluindo também
o cálculo de emissões pelo transporte
rodoviário de insumos agrícolas. GRI 3.10
Outra forma de contribuição para o
aumento de emissões renováveis foi
o início da operação da nova unidade
EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA GRI EN16, EN17
2012/2013
Emissões consideradas
2013/2014
Variação
tCo2e
tCO2e/tc
tCo2e
tCO2e/tc
tCO2e/tc
Escopo 1
425.415
0,014
489.554
0,017
- 14,48%
Escopo 2
3.568
0,0001
3.348
0,0001
4,87%
Escopo 3
TOTAL
779.272
0,026
721.524
0,024
6,30%
1.208.255
0,040
1.214.426
0,041
- 2.08%
Fontes renováveis
GRI EN18, EN26
Escopo 1
6.932.483
0,2310
6.736.458
0,2281
1,28%
Escopo 2
-
0
0
0,0
-
Escopo 3
Reduzir os impactos ambientais de suas
atividades é uma grande preocupação
da Biosev. Para isso, a empresa investe
em ações e tecnologias que contribuem
para o desenvolvimento sustentável
de suas atividades. As principais ações
na safra 2013/2014 relacionadas a
transporte e emissões envolveram:
9.501
0,0003
7.341
0,0002
27,38%
TOTAL
6.941.985
0,23
6.743.798
0,23
1,30%
EMISSÕES TOTAIS
(consideradas
mais renováveis)
8.150.240
0,27
7.958.225
0,27
0,79%
Obs.: Os dados da safra 2012/2013 foram revistos em razão de aperfeiçoamento de medição GRI 3.10
Escopo1: emissões diretas | Escopo 2: emissões de energia comprada | Escopo 3: emissões indiretas
<
67
>
• Otimização da logística de
transporte de cana – A iniciativa
abrangeu o uso de imagens de satélite
e ferramentas de mapeamento de
rodovias e possibilitou realizar um
amplo estudo nas unidades do Polo
Ribeirão Preto, com o objetivo de
melhorar o transporte de cana,
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
GESTÃO DE MEIO AMBIENTE
considerando fatores como distância,
capacidade da usina, condições das
vias e restrições dos municípios.
Esse efluente é misturado à vinhaça,
um subproduto do processo industrial,
e todo esse volume é usado na
fertirrigação do solo. Em 2012, foi
criado o Plano Diretor de Vinhaça, um
diagnóstico técnico de toda a estrutura
para tratamento, transporte e disposição
final de efluentes industriais que auxilia
na tomada de decisões e na definição de
prioridades que impulsionem resultados
do controle de efluentes.
Geração total de resíduos
registrou redução de
18%
• Otimização da logística de
transporte de produto acabado –
Investimento no uso de transporte
multimodal para distribuição de
seus produtos acabados (açúcar e
álcool), sendo utilizado transporte
rodoviário até local de transbordo
para transporte ferroviário, sendo
este mais limpo e eficiente.
em comparação à
safra anterior
Na safra, foram desenvolvidas diversas
ações para controlar melhor essa gestão
e reduzir os riscos ambientais. A unidade
Giasa passou a operar com um sistema
automático de controle de ruptura em
adutoras que impede o vazamento
acidental de efluentes por meio de
controles automatizados interligados ao
sistema de bombeamento da usina.
• Utilização de etanol na frota de
veículos leves – A empresa vem ao
longo dos últimos anos substituindo
sua frota de veículos leves, utilizados
em atividades administrativas e
de apoio agrícola e industrial, por
veículos flex (que usam etanol
e gasolina). O abastecimento
desses veículos é feito nas próprias
usinas com o etanol produzido
internamente.
• Tecnologias de plantio e colheita
– Outro importante avanço em fase
experimental é o uso de tecnologias
de plantio e colheita com uso de
sistemas de navegação via satélite.
Com sistemas interligados de forma
eletrônica aos equipamentos, é
possível realizar com alta precisão
as operações de plantio, adubação,
aplicação de agroquímicos e colheita
da cana, o que possibilita reduzir
do processo e, consequentemente,
otimizar o consumo de combustível.
EFLUENTES E RESÍDUOS
A unidade Estivas recebeu o mesmo
controle automático, além de melhorias
no sistema de bombeamento de
efluentes industriais, permitindo maior
eficiência no processo, reduzindo
o tempo gasto nessas operações e
ampliando as proteções de segurança
desses equipamentos. Na unidade Leme
foi construído um novo sistema para
a captação do efluente gerado na pilha
zde bagaço, o que permitiu a destinação
adequada desse efluente. GRI EN21
EFLUENTES 1 GRI EN21
2012/2013
Água residuária
Geração (m³)
m³/tc
26.433.829,97
0,90
2013/2014
AR +
vinhaça
(m3/tc)
Geração (m³)
m³/tc
26.429.829,79
0,88
AR +
vinhaça
(m3/tc)
A Biosev mantém um processo de
1,34
1,39
Vinhaça
13.074.174,63
0,44
15.366.256,95
0,51
melhoria contínua do controle de
100%dos
dosefluentes
efluentessão
sãoaplicados
aplicadosna
nairrigação
irrigaçãodo
dosolo;
solo tc = toneladas de cana
100%
efluentes e resíduos por meio do
compartilhamento de boas práticas
MÉTODOS DE DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS DESCARTADOS GRI EN22
desenvolvidas internamente pelos
próprios funcionários. Chamado de
Tipo de resíduos
Total gerado (t) Reciclagem (t) Reutilização (t)1
Rejeito (t)2
águas residuárias, o efluente gerado nas
2012/ 2013/ 2012/ 2013/ 2012/ 2013/ 2012/ 2013/
usinas é proveniente de vários setores do
2013
2014
2013
2014
2013
2014
2013
2014
processo (lavagem de cana, resfriamento, Resíduos Classe I
1.194
1.024
505
156
297
457
392
410
efluente final das estações de tratamento,
Resíduos Classe II
11.952
9.813 10.098
7.692
50
487
1.803
1.628
efluente final das caixas separadoras de
TOTAL
13.146 10.837 10.603
7.848
348
944
2.195
2.038
água e óleo, etc.).
1
1
2
Resíduos destinados a coprocessamento e rerrefino
Resíduos destinados a aterro industrial e sanitário
<
68
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
GESTÃO DE MEIO AMBIENTE
Unidade Santa Elisa
recebeu o piloto da
Estação de Reciclagem
No período, o total de resíduos
gerados foi 17,6% menor do que na
safra anterior: 10.837 toneladas, em
comparação a 13.146 toneladas.
Apoio à
reciclagem
A Biosev, por meio da unidade
Continental, doa materiais recicláveis,
como papelão, plásticos e big bags,
à Cooperativa Coopercolômbia,
formada por famílias de catadores de
papelão do município de Colômbia
(SP). O projeto, além de agregar valor
financeiro à associação – com o lucro
da venda desses materiais às empresas
de reciclagem sendo repassado aos
cooperados –, é ambientalmente
responsável, pois garante a destinação
correta dos materiais.
COLETA SELETIVA
Na gestão de resíduos, coletores
seletivos a partir de tambores
reutilizados, recipientes para
armazenamento de lâmpadas feitos de
embalagens de equipamentos (caixas
de madeira), bacias de contenção para
armazenar resíduos de óleo e graxa
construídas com sucata, estantes para
armazenagem de pneus, também de
sucata, são exemplos de boas práticas
compartilhadas e multiplicadas.
Outro ponto do projeto é a distribuição
de ecobags (sacolas ecológicas)
confeccionadas pela cooperativa
aos moradores do município, para
acondicionamento de materiais
recicláveis. A iniciativa contribui com o
Projeto Cidade Limpa, da Prefeitura de
Colômbia, que mantém caçambas para
descarte de entulhos de construção e
podas de árvores, entre outros.
A Biosev dispõe de modernas centrais
de armazenamento temporário
de resíduos dotadas de prensas
hidráulicas e paleteiras elétricas
para enfardamento e transporte de
resíduos, o que auxilia a reduzir os
riscos ergonômicos dessas atividades.
<
69
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
GESTÃO DE MEIO AMBIENTE
A empresa também promoveu
treinamentos e realizou controles
efetivos de todos os resíduos gerados
em seus processos agrícolas e
industriais, ampliando oportunidades
de reduzir ou reciclar os resíduos.
Colaboradores da área de
Oficina Automotiva de todas as
unidades receberam treinamento
de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos, atividade que abrangeu
212 participantes. A parceria entre
Agrícola e SHE permitiu orientar
sobre as formas adequadas de
segregação, acondicionamento e
armazenamento de resíduos sólidos.
Essas iniciativas resultam na menor
geração de resíduos, proporcionando
ganhos ambientais, econômicos
e sociais. Durante o treinamento
também foram abordadas as Boas
Práticas SHE, mostrando exemplos de
sugestões já adotadas.
Coleta seletiva de lixo
estimula boas práticas entre
os colaboradores
ESTAÇÃO DE RECICLAGEM
A unidade Santa Elisa lançou em
julho de 2013 o projeto-piloto de
consciência ambiental Estação de
Reciclagem, para que os colaboradores
depositem resíduos recicláveis de suas
residências. Os coletores ficam no
estacionamento do prédio central e
recebem itens como papel, papelão,
plásticos e embalagens, alumínio,
vidro, lâmpadas e eletrônicos. Por esse
meio, em 2013 foram coletados e
enviados para reciclagem 23.680 quilos
de resíduos.
DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE
Para lembrar e reforçar o Dia Mundial
do Meio Ambiente, a equipe de SHE
realizou intensa programação em todas
as unidades durante a semana de 5 de
junho. Resíduos foi o tema central da
campanha 2013 de conscientização
dos colaboradores e das comunidades.
O objetivo foi que todos percebessem
a importância em reduzir, reutilizar e
reciclar todos os tipos de resíduos, seja
em casa, seja no local de trabalho ou
na comunidade. A identidade visual da
campanha foi marcada pelo selo Usina
Limpa, movimento para estimular essa
atitude entre os colaboradores.
Grandes lixeiras adesivadas foram
espalhadas pelas unidades para chamar a
atenção de todos para o tema. Além disto,
parcerias com o Sesi/Senai viabilizaram
diversas oficinas de reciclagem. Nas
unidades SP Norte e Sul, os colaboradores
puderam pintar telas feitas a partir do
reaproveitamento de big bags de açúcar. A
agenda da semana comemorativa também
contou com distribuição de cartilhas
educativas sobre resíduos em escolas
dos 12 municípios onde há unidades; a
realização de um Seminário Ambiental,
na cidade de Lagoa da Prata (MG), e
Simulados de Emergências Químicas
nas unidades Estivas (RN), Rio Brilhante
(MS) e Jardest (SP).
<
70
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
SUMÁRIO REMISSIVO GRI
GRI 3.12
Página/Comentário
Nível de relato
ESTRATÉGIA E ANÁLISE
1.1
Declaração do detentor do cargo com maior poder de decisão na Organização sobre
a relevância da Sustentabilidade para a Organização e sua estratégia
5
Parcial
1.2
Descrição dos principais impactos, riscos e oportunidades
5, 19, 30
Parcial
2.1
Nome da organização
7
Completo
2.2
Principais marcas, produtos e/ou serviços
7
Completo
2.3
Estrutura operacional, incluindo principais divisões, unidades operacionais, subsidiárias e joint ventures
7, 8
Completo
PERFIL ORGANIZACIONAL
2.4
Localização da sede
75
Completo
2.5
Número de países em que a Organização opera e nome dos países em que
suas principais operações estão localizadas ou são especialmente relevantes
para as questões de sustentabilidade cobertas pelo relatório
7, 8
Completo
2.6
Tipo e natureza jurídica da propriedade
7
Completo
2.7
Mercados atendidos (regiões, setores e tipos de clientes/beneficiários)
7, 38
Completo
2.8
Porte da organização
7, 13, 37
Completo
2.9
Principais mudanças durante o período coberto pelo relatório
referentes a porte, estrutura ou participação acionária
9, 14, 20
Completo
2.10
Prêmios recebidos no período coberto pelo relatório
12
Completo
3.1
Período coberto pelo relatório para as informações apresentadas
15
Completo
PERFIL DO RELATÓRIO
3.2
Data do relatório anterior mais recente
2012/2013
Completo
3.3
Ciclo de emissão de relatórios
Anual
Completo
3.4
Dados para contato em caso de perguntas relativas ao relatório ou seu conteúdo
75
Completo
3.5
Processo para definição do conteúdo do relatório
16-17
Parcial
3.6
Limite do relatório (países, divisões, subsidiárias, fornecedores)
15
Completo
3.7
Declaração sobre quaisquer limitações específicas quanto ao escopo ou ao limite do relatório
15
Completo
3.8
Base para a elaboração do relatório no que se refere a joint ventures, subsidiárias,
instalações arrendadas, operações terceirizadas e outras organizações que possam afetar
significativamente a comparabilidade entre períodos e/ou entre organizações
15
Completo
3.9
Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos
15
Completo
3.10
Consequências de quaisquer reformulações de informações fornecidas
em relatórios anteriores e as razões para tais reformulações
9, 15, 51, 63, 67
Completo
3.11
Mudanças significativas em comparação a anos anteriores no que se refere
a escopo, limite ou métodos de medição aplicados no relatório
15
Completo
3.12
Tabela que identifica a localização das informações no relatório
71
Completo
3.13
Política e prática atual relativa à busca de verificação externa para o relatório
Não houve verificação externa
na safra 2013/2014.
Completo
4.1
Estrutura de governança da organização
25
Completo
GOVERNANÇA, COMPROMISSOS E ENGAJAMENTO
4.2
Indicação caso o presidente do mais alto órgão de governança também seja diretor
25
Completo
4.3
Membros independentes ou não executivos do mais alto órgão de governança
25
Completo
4.4
Mecanismos para que acionistas e empregados façam recomendações
ou deem orientações ao mais alto órgão de governança
26, 27
Parcial
4.5
Relação entre remuneração para membros do mais alto órgão de governança, diretoria-executiva
e demais executivos (incluindo acordos rescisórios) e o desempenho da Organização
26
Completo
4.6
Processos em vigor no mais alto órgão de governança para
assegurar que conflitos de interesse sejam evitados
26
Completo
<
71
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
SUMÁRIO REMISSIVO GRI
Página/Comentário
Nível de relato
4.7
Processo para determinada composição, das qualificações e do conhecimento dos
membros do mais alto órgão de governança para definir a estratégia da Organização
Não há processo estruturado. Os
conselheiros devem zelar pela fiel
observância das normas legais e
regulamentares pertinentes às atividades
da companhia e de suas subsidiárias,
possuindo reputação ilibada e não sendo
eleitos aqueles impedidos em virtude
de lei ou de condenação judicial.
Completo
4.8
Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios internos relevantes para o
desempenho econômico, ambiental e social, assim como o estágio de sua implementação
27
Completo
4.9
Procedimentos do mais alto órgão de governança para supervisionar a identificação
e gestão por parte da Organização do desempenho econômico, ambiental e social,
incluindo riscos e oportunidades relevantes, assim como a adesão ou conformidade
com normas acordadas internacionalmente, códigos de conduta e princípios
25
Completo
4.10
Processos para a autoavaliação do desempenho do mais alto órgão de governança,
especialmente com respeito ao desempenho econômico, ambiental e social
A empresa não possui processo
Completo
estruturado de autoavaliação do Conselho
de Administração, apenas análise de
desempenho de diretores, gerentes,
supervisores, coordenadores e especialistas.
4.11
Explicação de como a organização aplica o princípio da precaução
30
Parcial
4.12
Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de caráter
econômico, ambiental e social que a Organização subscreve ou endossa
18
Completo
4.13
Participação em associações e/ou organismos nacionais/internacionais de defesa
18
Completo
4.14
Relação de grupos de stakeholders engajados pela Organização
16
Completo
4.15
Base para a identificação e seleção de stakeholders com os quais se engajar
16
Completo
4.16
Abordagens para o engajamento dos stakeholders, incluindo a frequência
do engajamento por tipo e por grupos de stakeholders
16
Completo
4.17
Principais temas e preocupações levantados por meio do engajamento dos
stakeholders e que medidas a Empresa tem adotado para tratá-los
16
Parcial
INDICADORES DE DESEMPENHO
Página/Comentário
Nível de relato
19-23, 30, 35-37
Parcial
DESEMPENHO ECONÔMICO
Forma de gestão
EC1
Valor econômico direto gerado e distribuído
35
Completo
EC2
Implicações financeiras, riscos e oportunidades para as atividades
da Organização devido a mudanças climáticas
35, 36
Completo
EC5
Salário mais baixo, por gênero, comparado ao salário mínimo local
56
Completo
EC6
Políticas, práticas e proporção de gastos com fornecedores locais
A empresa está aperfeiçoando a gestão
dese tema material e os dados deverão
estar disponíveis na safra 2014/2015.
Não informado
EC7
Procedimentos para contratação local
A empresa está aperfeiçoando a gestão
desse tema material e os dados deverão
estar disponíveis na safra 2014/2015.
Não informado
EC9
Identificação e descrição de impactos econômicos indiretos
significativos, incluindo a extensão dos impactos
A empresa está aperfeiçoando a gestão
desse tema material e as informações
deverão estar disponíveis em 2014/2015.
Não informado
DESEMPENHO AMBIENTAL
EN3
Forma de gestão
60-70
Parcial
Consumo de energia direta discriminado por fonte de energia primária
63
Completo
EN4
Consumo de energia indireta discriminado por fonte primária
63
Completo
EN5
Energia economizada, devido a melhorias em conservação e eficiência
64
Completo
EN6
Iniciativas para fornecer produtos e serviços com baixo consumo de energia
Iniciativas para reduzir o consumo de energia indireta e as reduções obtidas
A empresa está aperfeiçoando a gestão
desse tema material e as informações
deverão estar disponíveis em 2014/2015.
Não informado
EN7
EN8
Total de retirada de água por fonte
62
Completo
Não informado
EN9
Fontes hídricas significativamente afetadas por retirada de água
62
Completo
EN10
Porcentagem e volume total de água reciclada e reutilizada
62
Completo
<
72
>
BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
SUMÁRIO REMISSIVO GRI
Página/Comentário
Nível de relato
EN11
Localização e tamanho da área da empresa em áreas protegidas ou alta biodiversidade
Descrição de impactos significativos sobre a biodiversidade
A empresa está aperfeiçoando a gestão
desse tema material e os dados deverão
estar disponíveis na safra 2014/2015.
Não informado
EN12
EN13
Habitats protegidos ou restaurados
65, 66
Parcial
Não informado
EN14
Gestão de impactos na biodiversidade
Número de espécies na Lista Vermelha da IUCN e em listas nacionais de conservação
A empresa está aperfeiçoando a gestão
desse tema material e os dados deverão
estar disponíveis na safra 2014/2015.
Não informado
EN15
EN16
Total de emissões diretas e indiretas de gases causadores de efeito estufa, por peso
67
Completo
Não informado
EN17
Outras emissões indiretas relevantes de gases causadores de efeito estufa, por peso
67
Completo
EN18
Iniciativas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e as reduções obtidas
67
Parcial
EN19
Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozônio, por peso
Não informado
EN20
NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo e peso
A empresa está aperfeiçoando a gestão
desse tema material e os dados deverão
estar disponíveis na safra 2014/2015.
Não informado
EN21
Descarte total de água, por qualidade e destinação
68
Completo
EN22
Peso total de resíduos, por tipo e método de disposição
68
Parcial
A empresa está aperfeiçoando a gestão
desses temas materiais e os dados deverão
estar disponíveis na safra 2014/2015.
Não informado
61, 63, 64, 67
Parcial
EN23
Número e volume total de derramamentos significativos
EN24
Peso de resíduos perigosos transportados, importados, exportados ou tratados
EN25
Biodiversidade de corpos d’água e habitats afetados por descartes de água e drenagem
EN26
Iniciativas para mitigar os impactos ambientais de produtos e
serviços e a extensão da redução desses impactos
Não informado
Não informado
PRÁTICAS TRABALHISTAS E TRABALHO DECENTE
Forma de gestão
51, 53-58
Completo
LA1
Trabalhadores por tipo de emprego contrato de trabalho e região
51, 52
Completo
LA2
Número total de empregados que deixaram o emprego e de novos contratados durante
o período e taxa de rotatividade de empregados por faixa etária, gênero e região
52
Completo
LA3
Benefícios oferecidos a empregados de tempo integral que não são oferecidos
a empregados temporários ou em regime de meio período
56
Completo
LA4
Porcentagem de empregados abrangidos por acordos de negociação coletiva
51
Completo
LA6
Porcentagem dos empregados representados em comitês formais de segurança
e saúde, compostos por gestores e trabalhadores, que ajudam no monitoramento
e aconselhamento sobre programas de segurança e saúde ocupacional
53
Completo
LA7
Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absenteísmo
e óbitos relacionados ao trabalho, por região
54
Parcial
LA8
Programas de educação, treinamento, aconselhamento, prevenção e controle de risco em andamento para 54-55
dar assistência a empregados, seus familiares ou membros da comunidade com relação a doenças graves
Parcial
LA9
Temas relativos à segurança e saúde cobertos por acordos formais com sindicatos
54
Completo
LA10
Média de horas de treinamento por ano, por empregado, por categoria funcional
57
Completo
LA11
Programas para gestão de competências e aprendizagem contínua que apoiam a
continuidade da empregabilidade dos funcionários e para gerenciar o fim da carreira
57 (Não há programas para
gerenciamento de fim de carreira)
Completo
LA12
Porcentagem de empregados que recebem regularmente análises de desempenho
56
Completo
LA13
Composição dos grupos responsáveis pela governança corporativa e discriminação de empregados
por categoria, de acordo com gênero, faixa etária, minorias e outros indicadores de diversidade
25, 26
Parcial
DIREITOS HUMANOS
Forma de gestão
27-29, 42
Parcial
HR2
Porcentagem de fornecedores significativos, contratados e parceiros de negócios que foram
submetidos a avaliações referentes a direitos humanos e as medidas tomadas
42
Completo
HR5
Operações e fornecedores significativos identificados em que o direito de exercer
a liberdade de associação e a negociação coletiva pode estar sendo violado ou
correndo risco significativo e as medidas tomadas para apoiar esse direito
51
Completo
HR6
Operações e fornecedores significativos identificados como de risco significativo de ocorrência
de trabalho infantil e as medidas tomadas para contribuir para a abolição do trabalho infantil
42
Completo
HR7
Operações e fornecedores significativos identificados como de risco significativo de
ocorrência de trabalho forçado ou análogo ao escravo e as medidas tomadas para
contribuir para a erradicação do trabalho forçado ou análogo ao escravo
42
Completo
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73
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BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
SUMÁRIO REMISSIVO GRI
Página/Comentário
Nível de relato
SOCIEDADE
Forma de gestão
43-46
Parcial
Natureza, escopo e eficácia de quaisquer programas e práticas para avaliar e gerir os
impactos das operações nas comunidades, incluindo a entrada, operação e saída
43-46
Completo
SO1 Porcentagem de operações nas quais foram implementadas práticas de engajamento
(G3.1) com a comunidade, avaliação de impactos e desenvolvimento de programas
100%
Completo
SO1
FP4
Natureza, escopo e eficácia de quaisquer programas e práticas
que promovam acesso a estilos de vida saudáveis
Não possui programas ou práticas
que promovam acesso a estilos de
vida saudáveis ou para conscientizar
a respeito do consumo de açúcar.
Completo
SO2
Porcentagem e número total de unidades de negócios submetidas
a avaliações de riscos relacionados à corrupção
29
Completo
SO3
Porcentagem de empregados treinados nas políticas e procedimentos anticorrupção da Organização
29
Completo
SO4
Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção
29
Completo
SO7
Ações judiciais por concorrência desleal, práticas de truste e monopólio
-
Não informado
SO8
Valor monetário de multas significativas e número total de sanções não
monetárias resultantes da não conformidade com leis e regulamentos
No período, houve um total de dez
sanções não monetárias resultantes
da não conformidade com leis e
regulamentos. A soma das multas
significativas foi de R$ 336.605,88.
Completo
Forma de gestão
47-48
Completo
PR1
Fases do ciclo de vida de produtos e serviços em que são avaliados impactos de saúde e segurança
Conformidade com regulamentos e códigos voluntários relativos à saúde e segurança
A empresa está aperfeiçoando a gestão
desse tema material e as informações
deverão estar disponíveis na safra
2014/2015.
Não informado
PR2
RESPONSABILIDADE SOBRE O PRODUTO
Não informado
PR3
Tipo de informação sobre produtos e serviços exigida por procedimentos de rotulagem
48
Parcial
FP5
Percentual do volume de produção em unidades certificadas – segurança de alimentos
48
Completo
FP8
Comunicação aos consumidores sobre ingredientes e informações nutricionais
48
Completo
PR5
Práticas relacionadas à satisfação do cliente, incluindo resultados
de pesquisas que medem essa satisfação
47
Parcial
PR6
Programas de adesão a leis, normas e códigos voluntários relacionados a
comunicações de marketing, incluindo publicidade, promoção e patrocínio
A Biosev comercializa as marcas
próprias Estrela e Dumel no mercado
regional de varejo e não há política
de comunicações de marketing e
propaganda para essas marcas.
Completo
PR7
Número total de casos de não conformidade com regulamentos e códigos
voluntários relativos a comunicações de marketing, incluindo publicidade,
promoção e patrocínio, discriminados por tipo de resultado
Não foram registrados.
Completo
PR8
Número total de reclamações comprovadas relativas à violação
de privacidade e à perda de dados de Clientes
Não foram registrados.
Completo
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BIOSEV RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE SAFRA 2013/2014
INFORMAÇÕES
CORPORATIVAS
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Claude Pierre Ehlinger
PRESIDENTE
Adrien Dominique Lucien Tardy
VICE-PRESIDENTE
André Roth
CONSELHEIRO
Antonio Delfim Netto
CONSELHEIRO INDEPENDENTE
Ciro Echesortu
CONSELHEIRO
Cristiano Biagi
CONSELHEIRO
A elaboração
deste Relatório de
Sustentabilidade é o
resultado do esforço
de toda a equipe
Biosev. Solicitações
de esclarecimentos
sobre o conteúdo desta
publicação podem
ser feitas pelo e-mail
sustentabilidade@
biosev.com GRI 3.4
SEDE GRI 2.4
Biosev
A Louis Dreyfus Commodities Company
Av. Brigadeiro Faria Lima, 1.355 - 11° andar
São Paulo/SP | CEP 01452-919
Telefone: (11) 3092-5200
Ian Clive Barnard
CONSELHEIRO INDEPENDENTE
Philippe Jean Henri Delleur
CONSELHEIRO INDEPENDENTE
Ricardo Barbosa Leonardos
CONSELHEIRO INDEPENDENTE
DIRETORIA
Rui Chammas
DIRETOR-PRESIDENTE (CHIEF EXECUTIVE OFFICER – CEO)
Carlos Alberto Ribeiro Campos Gradim
DIRETOR TESOURARIA
Daniel Schmidt Pitta
DIRETOR JURÍDICO
Dante Lanza dos Santos
DIRETOR-ADJUNTO ORIGINACÃO
Eduardo Lemes Das Neves
DIRETOR COMPETITIVIDADE
Enrico Biancheri
DIRETOR COMERCIAL
Evandro Schmidt Pause
DIRETOR-GERAL OPERAÇÕES
Luiz Henrique Cerqueira Valverde
DIRETOR- EXECUTIVO RELAÇÕES COM INVESTIDORES
Manoel de Moura Silva Filho
DIRETOR CONTROLADORIA E FP&A
CRÉDITOS
Marcel Resende Porto
Coordenação-geral e conteúdo GRI
Gerência de SHE – Segurança,
Saúde e Meio Ambiente
Gerência de Comunicação Corporativa
DIRETOR INVESTIMENTO
Maria Paula Ferreira Curto
DIRETORA RECURSOS HUMANOS
Mauro Sergio Gines Martins
DIRETOR ENGENHARIA
Redação e edição
Editora Contadino
Patrick Julien Treuer
DIRETOR ESTRATÉGIA
Paulo Prignolato
Projeto gráfico e diagramação
Multi Design
DIRETOR FINANCEIRO E DE RELAÇÕES
COM INVESTIDORES
Tereza Cristina Peixoto
Fotografias
Banco de imagens Biosev
DIRETORA AGRÍCOLA
Walter Biagi Becker
DIRETOR NACIONAL DE ORIGINACÃO
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