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índice
02 03 04 Sobre este Relatório
· A Floresta da Altri
· As Fábricas da Altri
· O produto da Altri
20 24 26 32 44 47 Governação e Gestão
Mensagem do Presidente do Conselho de Administração
A Altri
Compromissos com iniciativas externas
Partes interessadas
Responsabilidade Ambiental
Responsabilidade Social
Glossário
SOBRE ESTE
RELATÓRIO
Este é o primeiro
Relatório de Sustentabilidade
da Altri SGPS, S.A.
A quem se dirige
Este Relatório tem como alvo todas as partes interessadas, nomeadamente
clientes, acionistas, fornecedores, colaboradores, entidades oficiais, agentes
do poder local, organizações da comunidade civil, comunidade académica e
outro público interessado.
Âmbito
Este Relatório descreve, de uma forma integrada, as atividades e os resultados
relevantes da Altri em 2011, associadas à produção de madeira, de pasta de
papel branqueada e de energia elétrica para uso interno e externo.
Linhas de orientação
Este Relatório foi elaborado com base nas orientações do Global Reporting
Initiative (GRI versão 3.0).
Próximo Relatório
O próximo Relatório será publicado em 2013 e será relativo ao desempenho
da Organização em 2012.
Contactos
Para informações adicionais, comentários ou sugestões contactar:
[email protected]
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ALTRI 2011
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
As preocupações da Altri com a sustentabilidade estiveram sempre presentes
na cultura das empresas que integram o Grupo. A título de exemplo, as
primeiras certificações em Portugal de gestão florestal sustentável por esquemas
reconhecidos internacionalmente (FSC® e PEFC), foram obtidas em 2005 por
uma das empresas que faz hoje parte do universo da Altri.
Mensagem
do Presidente
do Conselho
de Administração
Fiel ao compromisso com
a transparência e o diálogo
com as suas partes interessadas,
é com muito prazer que apresento
o primeiro Relatório
de Sustentabilidade
do Grupo Altri.
Mais recentemente, em março de 2012 e tendo como principal objetivo
o aumento da eficiência energética, a Celbi implementou e certificou um
Sistema de Gestão da Energia em conformidade com os requisitos da Norma
ISO 50001. Foi assim a primeira empresa em Portugal e a primeira do setor
de produção de pasta e papel na Europa a ter esta certificação. Pretende-se
que esta prática seja concretizada nas outras unidades industriais da Altri.
Todas as empresas do Grupo orientam a sua estratégia pelos princípios
económicos, sociais e ambientais definidos nas suas políticas e no código de
conduta da Altri, sendo estes os pilares dos Sistemas de Gestão implementados
em consonância com as melhores práticas internacionais.
Este alinhamento permitiu obter os resultados apresentados neste Relatório,
que compila os dados relativos ao desempenho económico, ambiental e
social da Altri e respetivos impactes.
Em 2011 a Altri atingiu um novo recorde de produção de 847 000 t pasta, o que
representou um crescimento de cerca de 8% face à produção do ano passado.
A par com este aumento de produção, conseguiu reduzir, entre 2009 e 2011, em
26% o consumo específico de água e em 46% as emissões diretas de CO2 fóssil,
mantendo estabilizados os restantes indicadores de desempenho ambiental.
Durante 2011, a Altri contou em média com a colaboração de 676
trabalhadores. Foram ministradas 16 200 horas de formação a trabalhadores
internos, correspondentes a 1,3% do potencial de horas de trabalho,
ilustrando a aposta na valorização profissional contínua das pessoas.
Merecem especial destaque as ações de formação envolvendo trabalhadores
de empresas de prestação de serviços que colaboram com a Altri. Também
a evolução dos indicadores de sinistralidade tem sido bastante positiva, fruto
do empenho das suas empresas na cultura da prevenção de acidentes.
O nosso compromisso para os anos vindouros, que se adivinham bastante
desafiantes, é manter firme o empenho no desenvolvimento do Grupo Altri,
garantindo a sustentabilidade dos seus recursos florestais, a otimização das
suas unidades fabris e a consolidação das suas atividades comerciais.
Gostaria de deixar um agradecimento a todos os que nos acompanham no
nosso caminho e que constituem claramente os nossos parceiros de negócio.
Paulo Fernandes
Presidente do Conselho de Administração da Altri
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A Altri
A Altri foi constituída em março de 2005, sendo
o resultado do processo de cisão da Cofina.
A Empresa é um produtor europeu
de referência de pasta de papel de
eucalipto e está cotada na NYSE
Euronext Lisboa, integrando o seu
índice de referência, o PSI-20.
Até junho de 2008, a Altri possuía uma outra atividade industrial, através
da F. Ramada, que se dedicava ao retalho de aços e ao desenvolvimento
de soluções industriais de sistemas de armazenagem. Em junho de 2008,
efetivou-se a cisão da F. Ramada, que deixou de integrar a Altri. O racional
estratégico desta operação prendeu-se com a focalização exclusiva da Altri
no seu core business, a gestão florestal e a produção de pasta celulósica.
Desde a sua génese o Grupo tem adquirido diversas unidades operacionais
(Celtejo em 2005 e Celbi em 2006), que permitiram à Altri reforçar a sua
posição nos mercados onde opera pelo desenvolvimento de um conjunto de
projetos de expansão da atividade.
Nos últimos anos, a Altri investiu em Portugal aproximadamente 465 milhões
de Euros, essencialmente nas unidades industriais da Celbi e da Celtejo.
A empresa dispõe atualmente de 3 fábricas em Portugal – Celbi, Caima e
Celtejo – onde produziu, em 2011, cerca de 847 000 toneladas de pasta
de papel, o que representou um recorde de produção e um crescimento de
cerca de 8% face à produção de 2010.
Os projetos, que estão em fase de conclusão da curva de aprendizagem,
permitirão aumentar a capacidade nominal de produção para cerca de
900 000 t/ano.
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ALTRI 2011
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
A concretização da estratégia industrial da Altri assenta na gestão florestal
integrada e sustentada, visando a otimização da floresta e garantindo um
aproveitamento integral de todos os seus componentes. Assim, o eucalipto
é processado nas fábricas da Altri, produzindo pasta celulósica, especialidades
químicas de base florestal e energia elétrica em cogeração, sendo a casca,
os ramos e os desperdícios florestais utilizados para produzir energia
elétrica.
Para uma melhor valorização dos recursos florestais, a Altri adquiriu em 2005
50% da EDP Produção Bioeléctrica para, em parceria com a Energias de
Portugal, produzir energia elétrica a partir de biomassa florestal. Esta empresa é
líder no seu segmento de mercado, com uma quota de licenças de produção
de energia elétrica através de biomassa florestal de 50%.
Atualmente, a estrutura orgânica funcional do Grupo Altri pode ser repre­
sentada como segue:
100%
Altri Florestal Gestão Florestal
100%
Celbi Pasta de Papel
99,83%
Celtejo Pasta de Papel
100%
Caima Pasta de Papel
50%
EDP Produção Bioeléctrica* Biomassa
* Joint Venture com EDP
A Altri gere cerca de 85 000 ha de floresta em Portugal, integralmente
certificada pelo Forest Stewardship Council (FSC®) e pelo Programme of
Endorsement of Forest Certification (PEFC).
A ALTRI
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Visão e estratégia
A estratégia da Altri assenta no aumento da produção de pasta branqueada
de eucalipto. Este tipo de pasta tem registado elevados ritmos de crescimento
nos últimos anos devido às suas características excecionais para a produção
de papéis de elevada qualidade, nomeadamente de impressão e escrita,
décor, tissue e papéis de especialidades, bem como produtos de valor
acrescentado elevado para utilização noutras indústrias das quais se destaca
a têxtil e a química.
Projetos de aumento de capacidade
Atualmente a Altri tem uma capacidade de produção nominal de cerca de
900 000 toneladas de pasta de papel.
Projetos concretizados:
•A
umento de capacidade na Celbi de 300 000 t para 600 000 t de pasta
branqueada de eucalipto no segundo semestre de 2009.
• Branqueamento e aumento de capacidade na Celtejo. A partir de 2008
a Celtejo deixou de produzir pasta não branqueada de pinho e eucalipto,
passando a produzir pasta branqueada de eucalipto (ECF e TCF) e
branqueada de pinho (ECF). A sua capacidade aumentou até às 140 000 t
(100% pinho) ou 180 000 t (exclusivamente de eucalipto).
• Aproveitamento químico na Caima. A separação da lenhina da celulose
no processo ao sulfito permite produzir, para além da pasta celulósica,
lenhosulfonatos, os quais são usados por outras indústrias a jusante.
Desta forma maximiza o aproveitamento da madeira nos dois produtos
atrás referidos e em energia. Neste sentido tem desenvolvido o conceito
de biorrefinaria na unidade industrial de Constância, obtendo-se produtos
ambientalmente sustentáveis. A capacidade de produção é de 120 000 t
de pasta e de cerca de 40 000 t de lenhosulfonato.
Evolução da capacidade instalada de pasta
(milhares de toneladas)
600
300
539,8
599,3
133,2
141,0
113,6
107,0
2010
2011
0
Celbi
Celtejo
Eficiência operativa
Para além de planear o aumento da capacidade instalada, a Altri pretende
ser o produtor mais eficiente na colocação da pasta de papel à porta dos
seus clientes. Com esse objetivo, a Altri desenvolveu uma estratégia assente
em três pilares:
Redução do cash cost por tonelada. Os projetos em curso não implicam
aumento dos custos fixos, conduzindo a uma diluição do cash cost por
tonelada. Em termos de transporte, o comboio é o meio de transporte com
os custos de frete mais baixos.
Caima
Indicadores principais da atividade da Altri em 2011
M€
Vendas líquidas
472
EBITDA
113
Resultados líquidos
25
Valor acrescentado
154
Localização estratégica da base de clientes. A localização privilegiada dos
clientes da Altri é a Europa Ocidental e Central, o que permite otimizar a relação
entre a qualidade de serviço aos clientes e o custo de transporte mínimo.
Produção
Autossuficiência de madeira. A Altri gere cerca de 85 000 ha de floresta
em Portugal, o que lhe assegura uma autossuficiência de madeira da ordem
dos 30%.
Número médio de trabalhadores
847 000 t
676
08
A floresta da Altri
A floresta é um dos principais ativos da Altri. Com cerca de 85 000 hectares
de floresta sob sua intervenção em Portugal, a empresa tem um nível
de auto abastecimento de cerca de 30%. A gestão sustentável da floresta
e dos ecossistemas associados é uma atividade estratégica fulcral para
a prossecução dos objetivos da empresa. A floresta da Altri é predominantemente
constituída por eucalipto, ocupando cerca de 80% da área total.
Composição
Área (ha)
Eucaliptos
67 788
Pinheiros
3 419
Sobreiro
3 425
Azinheira
638
Formações ripícolas
330
Outras formações florestais
740
Matos e arbustivas
4 906
Rede divisional
2 678
Outros usos
1 145
Total
85 068
Embora dispersas por todo o País, as áreas sob gestão da Altri estão principalmente
concentradas na região do Vale do Tejo. Esta localização predominante assenta
numa lógica de otimização florestal, já que se distribui na área de influência
das fábricas de pasta de papel da Altri.
A estratégia florestal da Altri assenta na otimização da capacidade produtiva
da floresta de eucalipto através da implementação de um modelo silvícola de
longo prazo, capaz de garantir um nível de rentabilidade adequado, gerido
de forma sustentável e assente na aplicação das melhores práticas florestais.
Simultaneamente, o desenvolvimento e a produção de material vegetal
com uma elevada eficiência produtiva permitem a substituição gradual de
povoamentos com baixa produtividade por outros mais produtivos.
A Altri assumiu igualmente como prioridade a promoção e a conservação da
biodiversidade, sobretudo em áreas com um valor ecológico considerado
relevante. Neste sentido, áreas com valor intrínseco para a conservação da
natureza – nomeadamente para a proteção de habitats e/ou espécies local ou
globalmente ameaçadas – são frequentemente alvo de projetos de reconversão
que visam restaurar a vegetação natural e o equilíbrio dos ecossistemas.
As atividades silvícolas desenvolvidas pela Altri Florestal constituem ainda
uma alavanca para o desenvolvimento sustentável das economias regionais.
A empresa aposta na contratação de serviços e mão-de-obra locais, contribuindo
assim para o desenvolvimento económico e social das populações.
A Altri Florestal orienta a sua atuação pelos princípios preconizados na sua
Declaração da Politica Florestal.
Principais afiliações
Membro fundador do Conselho
Empresarial para o Desen­vol­vimento
Sustentável (BCSD Portugal) que,
por sua vez, é membro da rede
regional do World Business Council
for Sustaina­
ble Development
(WBCSD).
Membro fundador da Associação
para a Competitividade da Indústria
da Fileira Florestal (AIFF).
Membro da Associação Empresarial
para a Inovação (COTEC Portugal).
Membro da Associação de Indústria
Papeleira (CELPA).
Política de Abastecimento de Madeira da Altri
A Altri, consciente da importância da sustentabilidade do uso dos recursos naturais, tem vindo a assumir para com
a sociedade em geral e para com os seus clientes, a iniciativa de verificar as fontes de abastecimento de madeira
para as suas empresas de produção de pasta de papel.
A Altri compromete-se, assim, a desenvolver os seus melhores esforços para evitar a aquisição de madeira das
seguintes categorias:
a) Madeira explorada ilegalmente;
b) Madeira explorada em violação dos direitos tradicionais e civis;
c) Madeira explorada em florestas, nas quais os altos valores de conservação são ameaçados pelas atividades de gestão;
d) Madeira explorada em florestas em processo de conversão para plantações ou para usos não florestais do solo;
e) M
adeira proveniente de florestas, nas quais foram plantadas árvores geneticamente modificadas.
Adicionalmente, a Altri compromete-se a cumprir os requisitos PEFC e FSC® para a Cadeia de Responsabilidade,
o Código de Con­duta para a Indústria do Papel da CEPI, relativo ao corte legal de madeiras, e a respeitar as
obrigações legais aplicáveis ao comércio de material lenhoso.
Porto, 9 de novembro de 2010
Paulo Fernandes
Presidente do Conselho de Administração da Altri
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Certificação
Aspirando a elevados padrões de qualidade e de sustentabilidade, a Altri
Florestal cumpre em simultâneo os requisitos para a Gestão da Qualidade e
para a Gestão Florestal Sustentável.
da biodiversidade é também a sua própria defesa, pois a manutenção dos
recursos, a sua utilização e reposição são elementos fundamentais para a
sua própria salvaguarda.
Uma das consequências naturais da aposta na qualidade é a certificação
da Altri Florestal pela ISO 9001, nomeadamente na produção de rolaria de
eucalipto para a produção de pasta de papel. O Sistema de Gestão da Qualidade
assenta na satisfação das necessidades dos seus clientes, na melhoria
contínua dos seus produtos e serviços e na eficiência da sua organização.
Ao abastecer as suas unidades fabris com matéria-prima proveniente de
florestas plantadas e geridas especificamente para este fim, a Altri contribui
para a racionalidade da gestão e exploração florestais e para a redução da
pressão sobre florestas e outros ecossistemas naturais, essenciais para a
manutenção da biodiversidade A empresa definiu um conjunto de critérios e
procedimentos para minimizar estes impactos, nomeadamente:
Adicionalmente a empresa tem um vigor um Sistema Integrado de Gestão
Florestal em conformidade com os Princípios e Critérios para a Gestão Florestal
Sustentável do Programme for the Endorsement of Forest Certification (PEFC)
e de acordo com os 10 princípios e critérios do Forest Stweardship Council®
(FSC®). Este sistema, abrange igualmente a cadeia de responsabilidade para a
comercialização da madeira certificada de acordo com os referenciais
normativos FSC® e PEFC.
A Altri Florestal promove a certificação florestal dos seus parceiros e
fornecedores de matéria-prima através do apoio técnico para a constituição e
funcionamento dos agrupamentos de produtores e a consequente aquisição de
madeira certificada. Para além disso a Altri discrimina positivamente a madeira
certificada fornecida às suas unidades fabris, através da atribuição de uma
bonificação aos fornecedores de madeira certificada.
Política de abastecimento de madeira: a empresa avalia criteriosamente
as fontes de madeira, atenuando desta forma o risco de fornecimentos
provenientes de fontes que violem as regras do FSC®, nomeadamente no
que diz respeito a florestas de alto valor de conservação, a desflorestações,
madeira explorada de forma ilegal ou proveniente de regiões onde os direitos
civis são violados. A Altri realiza avaliações de risco a todas as origens de
abastecimento de acordo com o referencial PEFC.
Áreas de conservação e biodiversidade: foram identificadas no património
florestal da Altri áreas de alto valor de conservação e biodiversidade, tal
como áreas significativas com um elevado potencial para restauro ecológico.
A gestão adequada dessas áreas tem um contributo relevante para a
conservação e melhoria da biodiversidade existente, contribuindo deste
modo para o objetivo europeu de travar a perda de biodiversidade até 2010.
Biodiversidade
Neste sentido, a Altri comprometeu-se a:
A proteção da natureza, a conservação da diversidade biológica, a utilização
sustentável dos recursos e a repartição justa dos benefícios extraídos dessa
utilização são valores preconizados pela Altri. Para a empresa, na sua
qualidade de agente ativo na investigação e na gestão de florestas, a defesa
• Promover o restauro e a conservação da biodiversidade;
• Desenvolver um modelo de gestão assente em princípios de valor
acrescentado;
• Envolver de forma direta a comunidade e as autoridades locais;
• Promover a consciencialização junto de todos os seus stakeholders,
incluindo os seus colaboradores de modo a que todos possam aderir aos
princípios da defesa da biodiversidade;
• Promover campanhas de divulgação e sensibilização dos valores da
biodiversidade;
• Manter uma política de abastecimento que elimine ou evite a aquisição
de madeiras a partir de fontes que violem as regras do FSC® e do PEFC,
nomeadamente no que diz respeito à exploração ilegal de madeiras sem
atentar ao valor da biodiversidade, ou proveniente de regiões onde os
direitos civis são violados.
A atividade de gestão florestal corrente e este compromisso materializou-se
na assinatura do protocolo Business and Biodiversity entre a Altri e o Instituto
para a Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB).
A Altri colabora ativamente com um conjunto alargado de entidades nacionais
ligadas à gestão e promoção da biodiversidade, permitindo assim uma troca
de experiências entre a investigação e a gestão florestal, daqui resultando a
implementação nos projetos de medidas de gestão inovadoras, quer para a
proteção, quer para o restauro dos valores naturais.
Proteção florestal
A floresta é um conjunto biológico sobre o qual impendem várias ameaças,
das quais os incêndios florestais são uma das principais.
Para reduzir a dimensão desta ameaça, os principais proprietários florestais
portugueses (Grupo Portucel Soporcel e Altri) estão unidos em torno da
Afocelca, empresa comum que pretende minimizar os prejuízos resultantes
dos incêndios florestais, através da criação de uma estrutura mais eficiente
e dotada de maior flexibilidade na vigilância, alerta e apoio no combate aos
incêndios florestais.
A estratégia de combate aos incêndios florestais assenta em quatro
critérios técnicos:
1. Tempos de chegada: com o objetivo de controlar os incêndios na etapa
nascente, deve-se atuar de forma que as unidades cheguem ao foco do
incêndio no menor tempo possível independentemente da dimensão da
brigada e/ou meio de mobilização.
2. Ataque inicial em massa (golpe único): consiste em fazer atuar todos os
meios necessários para assegurar o controlo e total extinção dos fogos no
primeiro ataque e quando estes ainda se encontram no início.
3. Dano material: com o objetivo de dar prioridade às propriedades de maior
valor e perante a simultaneidade dos factos dos fogos, é determinante o
valor comercial das plantações, madeiras e outros bens ameaçados.
4. Perigo potencial: no mesmo sentido são determinantes as probabilidades
de propagação do incêndio, para cuja avaliação se consideram, entre
outros fatores, a topografia, o declive do terreno, o vento, os combustíveis
e a vegetação em perigo.
As Fábricas da Altri
A Altri detém três fábricas de pasta branqueada
de eucalipto e de pasta branqueada de pinho
localizadas em Portugal, sendo a sua produção
reconhecida pela sua qualidade e eficiência
produtiva.
Celbi
Os primeiros acionistas da Celbi foram a Billerud, com 71% do total do
capital social, a CUF que participou com 23%, e um grupo de produtores
florestais, que subscreveram 6%.
A empresa viria a localizar-se junto à costa, na Leirosa, uma pequena aldeia
piscatória, 15 km a sul da Figueira da Foz.
A empresa arrancou em 1967, com a produção de pasta solúvel, destinada à
fabricação de fibras têxteis, com 80 000 t como capacidade máxima.
A decisão de produzir pasta solúvel viria a ser revista nos primeiros anos de
produção, por se concluir que este tipo de pasta defrontava sérios problemas
de mercado. A unidade fabril viria a ser ajustada para produzir pasta papeleira
com uma capacidade que, naquela data, atingia as 120 000 t anuais.
Em 1970, a empresa alterou a sua designação social, passando a designar-se
por Celulose Beira Industrial (Celbi), SARL.
Em 1975, as nacionalizações transferiram as ações da CUF e dos pequenos
acionistas para o Estado Português, que assumiria a sua titularidade através
do IPE – Investimentos e Participações Empresariais, S.A.
Entretanto, na Suécia, diversas operações de concentração da indústria
florestal fizeram com que o capital da Celbi passasse a ser detido pelo grupo
sueco STORA, integrado na área de negócios liderada pela STORA CELL AB.
Em 1995, o Governo Português viria a alienar integralmente a sua participação
na empresa, vendendo a sua parte à STORA CELL AB que, assim, passou
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ALTRI 2011
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
a deter 100% do seu capital, com o valor atual de 77,5 milhões de euros.
A Celbi passou, então, a designar-se por Stora Celbi Celulose Beira
Industrial, S.A.
No final de 1998, após o processo de fusão do grupo sueco STORA com
o grupo finlandês ENSO, de onde resultou o Grupo Stora Enso, a Celbi
retomou a sua denominação anterior: Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A.
Desde 2006 que é detida na sua totalidade pelo Grupo Altri.
A Celbi é uma referência mundial na produção de pasta de eucalipto do
tipo Bleached Eucalyptus Kraft Pulp (BEKP), sendo um dos produtores mais
eficientes da Europa. A Celbi tem uma capacidade de produção anual de
cerca de 600 000 t. Toda a sua produção é de mercado.
Caima
A Caima-Indústria de Celulose S.A. é uma empresa centenária que em 2013
comemorará 125 anos de existência.
Em 1888 foi fundada a empresa The Timber Estate and Wood Pulp
Company Ltd, com o objetivo da produção de pasta para papel. Para tal foi
adquirida, em 1889, a Quinta do Carvalhal a William Cruickshank, situada
entre as freguesias de Fráguas e da Branca, no concelho de Albergaria-a-Velha, distrito de Aveiro. A fábrica da Caima foi uma das primeiras unidades
industriais de fabrico de pasta fora da Suécia.
A produção iniciou-se com o fabrico de pasta crua de pinho pelo processo
de sulfito. A produção cresceu gradualmente até 1928 quando, após sete
anos de estudos e de experiências no domínio do cozimento do eucalipto pelo
processo de sulfito, se decidiu substituir o pinho pelo eucalipto como matéria-prima, muito embora alguma pasta de pinho tenha sido produzida até 1945.
Albergaria foi então a primeira unidade industrial no Mundo a produzir fibra
de eucalipto. A produção em 1948 era de 6 000 t por ano.
Em 1960 iniciou-se a construção da fábrica de Constância. Foi escolhida
esta localização por se considerar o local privilegiado em termos de fornecimento
de madeira e de água, tendo a produção arrancado em 1962.
Atualmente a Caima é uma das poucas fábricas na Europa que produz
pasta de eucalipto branqueada através do processo de sulfito. Tem uma
capacidade de 120 000 t de pasta branqueada de eucalipto do tipo
Total Chlorine Free (TCF) e ainda de cerca de 40 000 t de lenhosulfonato de
magnésio. Toda a sua produção é de mercado.
A ALTRI
Atendendo à especificidade do processo e à dimensão da unidade industrial,
a Caima procura nichos de mercado dedicando-se à produção de pastas
especiais para a produção de papel e para aplicação noutras indústrias,
entre as quais as de base química e têxtil.
Celtejo
Inicialmente com o nome de Companhia de Celulose do Tejo, SARL, a Celtejo
foi fundada, há cerca de 45 anos, em Vila Velha de Ródão, distrito de Castelo
Branco.
A partir de 1968, a empresa instalou-se num novo parque industrial, com
uma área de cerca de 80 hectares, e arrancou em 1971 com a produção de
pasta kraft crua de pinho.
Pertencente numa primeira fase a um grupo privado português, foi
nacionalizada e integrada em 1976 na Portucel. Mais tarde, já em 1993, viria
a converter-se em sociedade anónima, sob a designação de Portucel Tejo,
S.A., no âmbito de um processo de reestruturação que visava a sua futura
reprivatização.
Mais recentemente, em 2005, a Celtejo passou a incluir o universo do
Grupo Altri.
Durante o ano de 2008 foi implementada uma transformação do processo
produtivo da Celtejo, com vista à produção de pasta branqueada, que
permitiu aumentar a capacidade produtiva desta fábrica. Como resultado
deste projeto, atualmente esta unidade produz pastas branqueadas de
eucalipto (fibra curta) ou de pinho (fibra longa), pelo processo kraft.
A capacidade teórica de produção atual da Celtejo ascende a cerca de
180 000 t de pasta de eucalipto branqueada ou a 140 000 t de pasta
branqueada de pinho.
Em 2011 a empresa iniciou uma série de investimentos com vista a melhorar
o impacte ambiental e a fiabilidade da produção e, consequentemente,a sua
sustentabilidade. Destes, salientam-se a ampliação da instalação de Evaporação
e Stripping, e a melhoria de fiabilidade da sua rede de distribuição de
energia elétrica.
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Da madeira à pasta
madeira
As fábricas da Altri produzem pasta de papel usando madeira de eucalipto e
no caso da Celtejo também madeira de pinho. A madeira chega às fábricas
sob a forma de rolaria com casca, rolaria sem casca ou em aparas. A madeira
com casca é descascada e junto com a madeira sem casca é destroçada em
aparas que são armazenadas em pilhas.
No caso da Celbi e da Celtejo, após um processo de crivagem, as aparas
são alimentadas em conjunto com licor branco (químicos para cozimento
compostos essencialmente por soda cáustica e sulfureto de sódio) a um
digestor contínuo. Os químicos dissolvem a lenhina, a substância responsável
pela agregação das fibras, com libertação destas, resultando a chamada
pasta crua.
A base de qualquer processo químico de produção de pasta é a separação
da lenhina da celulose. Para a Celbi e Celtejo usa-se o processo kraft alcalino,
no caso da Caima o processo usado é o sulfito de base magnésio. Neste
caso o agente que promove a separação entre a lenhina e a celulose é o
bissulfito de magnésio, o qual dissolve a lenhina separando esta das fibras de
celulose. No caso da Caima a estilha de madeira é alimentada a um conjunto
de digestores descontínuos, os quais após descarga no tanque de descarga
de pasta alimentam o processo que passa a ser contínuo.
descasque
destroçamento
cozimento
da madeira
A pasta crua resultante do cozimento é lavada, para remover produtos
residuais, orgânicos e inorgânicos, resultantes do processo de cozimento e
submetida a operações de crivagem, para remoção de partículas incozidas
e outras impurezas.
Na Celbi e na Celtejo, depois destas operações a pasta crua é submetida
a uma deslinhificação adicional com oxigénio, da qual resulta uma pasta
semibranqueada, de tonalidade amarela que é enviada para a instalação
de branqueamento. Na Caima a pasta é alimentada de imediato ao
branqueamento.
À entrada da instalação de branqueamento, a pasta contém ainda compostos
residuais, resultantes da decomposição da lenhina, que são gradualmente
removidos na sua quase totalidade através de reações químicas, com agentes
branqueadores como o oxigénio, o ozono (no caso da Celtejo), o peróxido
de hidrogénio e o dióxido de cloro. No final desta fase, a pasta apresenta-se
sob a forma de uma suspensão espessa, de cor branca.
Na Caima a pasta contendo celulose e alguma lenhina residual é branqueada
recorrendo unicamente a agentes isentos de cloro – oxigénio, peróxido de
hidrogénio e hidróxido de sódio.
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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
lavagem da pasta
branqueamento da pasta
recuperação de químicos
e produção de energia
A suspensão de pasta branqueada é submetida a uma crivagem e depuração
finais, sendo depois lançada sobre um sistema de tela dupla em movimento
para formação da folha, onde lhe é retirada grande parte da água, primeiro
por prensagem e posteriormente por ação de vácuo. A seguir é prensada e
seca através de um sistema compacto de secagem com ar quente ou com
vapor. Após a secagem, a folha final é cortada em folhas mais pequenas que
são empilhadas em fardos que seguem para o armazém da pasta.
No armazém da pasta, os fardos são agrupados com arames em unidades
de 8 fardos. São depois empilhados e posteriormente carregados para
camiões que os transportam para o Porto Comercial ou diretamente para
o cliente.
No caso da Celbi e da Celtejo que utilizam o processo kraft, o licor negro
descarregado do digestor, resultante do cozimento das aparas de madeira e
sob a forma diluída, é concentrado até se obter um espesso biocombustível,
o licor negro concentrado, que é queimado na caldeira de recuperação. Os
produtos químicos inorgânicos do licor negro formam uma substância que
depois de dissolvida em água dá origem ao licor verde, constituído por uma
grande fração de carbonato de sódio e por sulfureto de sódio.
secagem da pasta
A ALTRI
fardos de pasta
Ao licor verde é adicionada cal viva, no chamado processo de caustificação,
dando origem ao licor branco (hidróxido de sódio e sulfureto de sódio) e
a carbonato de cálcio. Este, em suspensão, é retirado e seco, sendo depois
novamente transformado em cal viva no forno da cal. Fechando um ciclo,
o licor branco regenerado na caustificação vai ser de novo utilizado no
processo de cozimento.
No caso da Caima que utiliza o processo ao sulfito, o licor negro que resulta
da lavagem é concentrado numa instalação de evaporação e uma parte é
utilizada para a produção de lenhosulfonato, sendo a quantidade remanescente
queimada na caldeira de recuperação produzindo vapor e energia
elétrica. Os produtos químicos inorgânicos resultantes da queima do licor são
recuperados para a produção do agente de cozimento (bissulfito de magnésio),
enquanto o magnésio é recuperado num eletrofiltro e o enxofre é recuperado
num lavador de gases com 5 estágios.
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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
Abastecimento de água
Dependendo da fábrica, a água bruta tem duas proveniências distintas: água
subterrânea de poços e água superficial do Rio Mondego ou do Rio Tejo. O
tratamento consiste essencialmente numa floculação seguida de sedimentação
e filtração em filtros de areia.
Abastecimento de energia
A energia utilizada no processo de fabrico de pasta resulta da queima do
licor negro concentrado na caldeira de recuperação. O vapor de alta pressão
produzido na caldeira é expandido numa turbina, sendo posteriormente
utilizado no processo a média pressão ou a baixa pressão. A energia
libertada através da expansão de vapor na turbina é convertida em energia
elétrica, a qual, em termos médios e em regime normal de operação, satisfaz
as necessidades da fábrica. O sistema interno de distribuição de energia
elétrica em média tensão da fábrica está interligado em paralelo permanente
com a rede elétrica nacional, permitindo trocas de energia (compra e venda)
com a mesma.
A central termoelétrica da Celbi, que integra a caldeira de recuperação e
o turbogerador, está licenciada com o estatuto de cogerador e utiliza
fundamentalmente biomassa como combustível.
Na Celtejo o vapor turbinado satisfaz em termos médios as necessidades do
processo, sendo por vezes necessário recorrer a uma caldeira auxiliar a gás
natural. Existe também a necessidade constante de uma compra líquida de
energia da rede elétrica nacional, dado que a empresa não possui caldeira
de biomassa própria que permita fazer cogeração a partir deste fonte de
energia primária. No sentido de aumentar a autonomia em energia (vapor
e eletricidade), a partir de uma fonte primária ambientalmente mais limpa, a
empresa planeia para 2012 investimentos na área da cogeração, que passam
pela utilização de gás natural.
A central termoelétrica da Caima integra uma caldeira de recuperação,
uma caldeira de biomassa e duas turbinas, utilizando fundamentalmente
biomassa para a produção de energia. A produção de energia é excedentária
relativamente às necessidades de toda a instalação, sendo injetada na rede
o excedente de energia elétrica contribuindo para a redução de emissão de
CO2 fóssil da rede elétrica nacional.
A ALTRI
Tratamento de águas residuais
No que diz respeito às águas residuais, todos os efluentes líquidos das
unidades industriais da Altri são submetidos a processos de tratamento
primário para remoção de sólidos suspensos, sendo posteriormente
tratados em unidades de tratamento biológico, nas quais a matéria orgânica
é decomposta por ação de micro-organismos.
As lamas resultantes destes processos são posteriormente valorizadas
energeticamente ou em operações de compostagem.
Tratamento de emissões gasosas
Nas fábricas, os gases resultantes da queima de licor negro na caldeira
de recuperação são depurados em precipitadores eletrostáticos, para
remoção de partículas e do enxofre antes de serem lançados na chaminé. As
emissões gasosas (partículas, SO2, TRS, CO e NOx) são medidas em
contínuo por instrumentos em linha.
Os gases resultantes do forno da cal passam por precipitadores eletrostáticos
para remoção de partículas antes de serem lançados na chaminé. As emissões
gasosas (partículas, CO, NOx, SO2 e TRS) são medidas em contínuo por
instrumentos em linha.
Os condensados que resultam da evaporação do licor negro passam por um
processo de purificação num stripper, do qual resulta metanol e gases não
condensáveis, que são posteriormente valorizados energeticamente.
Gestão de resíduos e biomassa
Parte dos resíduos industriais não perigosos de origem processual são
depositados nos aterros controlado de resíduos.
Os resíduos orgânicos resultantes da preparação de madeiras, em conjunto
com as lamas provenientes dos tratamentos de efluentes, são enviados para
compostagem.
Os resíduos resultantes das atividades não processuais (papel, plástico,
vidro, óleos usados, resíduos contaminados com óleos, resíduos metálicos,
etc.) são recolhidos através de uma extensa rede de contentores de recolha
seletiva e encaminhados para operadores externos de gestão de resíduos
devidamente licenciados para o efeito, visando o seu tratamento, eliminação
ou valorização.
A casca e a biomassa residual resultantes do descasque da madeira para o
processo, são enviados para valorização energética.
O produto da Altri
A Celbi e a Celtejo produzem pasta de papel de eucalipto, pelo processo ao
sulfato, branqueada sem utilização de cloro elementar (pasta ECF, elemental
chlorine free).
A Celtejo produz também pasta de eucalipto branqueada TCF (totally
chlorine free), através de uma sequência de branqueamento utilizando ozono
“e sem utilização de aditivos difíceis de depurar como o EDTA”.
As propriedades da fibra desta espécie conferem à pasta produzida
características especiais que a tornam especialmente adequada para a
produção de determinados tipos de papel e cartão.
Estas características recomendam a sua utilização para a produção de
papéis finos para impressão, papéis para laminados decorativos e papéis ou
cartões destinados a servirem de suporte a impressões de elevada qualidade.
A Caima produz pasta de papel de eucalipto, pelo processo ao sulfito, com
branqueamento sem utilização de cloro nem seus derivados (pasta TCF
Totally Chlorine Free).
Estas características específicas conferem à pasta celulósica propriedades
especiais e tornam-na particularmente adequada para certas aplicações
papeleiras, nomeadamente em segmentos altos de papéis do tipo tissue
bem como em papéis de impressão e escrita, com especial incidência em
papéis com marcas de água e papéis de cor, bem como propriedades que
a tornam apta para aplicações especiais noutras indústrias doutros setores
como por exemplo de base química e têxtil.
A Caima produz ainda lenhosulfonatos os quais têm como principal
aplicação a indústria da construção.
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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
O Mercado
As vendas de pasta de papel ascenderam em 2011 a cerca de 408 milhões
de Euros, correspondendo a cerca de 84% das receitas totais da Altri.
Em 2011 a Altri exportou aproximadamente 758 000 toneladas de pasta, o
que correspondeu a 92% da sua produção. A Europa foi o principal destino
das vendas.
79 %
8% %
13
Europa
Portugal
Ásia
A ALTRI
Considerando a distribuição geográfica atrás mencionada, a distância
média percorrida para servir os nossos clientes subiu de 1283 kms em 2010
para 2184 kms em 2011. Essa distância foi vencida sobretudo através da
utilização de transporte marítimo, que representou 93% das toneladas/km
movimentadas (83% em 2010). Em termos modais há ainda a menor utilização
do transporte rodoviário que se cifrou em 4% (10% em 2010) e ainda à
queda involuntária do transporte ferroviário para 2,4% (5,8% em 2010).
Esta redução na intensidade do transporte ferroviário, contrária à política da
Altri para a logística, deve-se a dificuldades do operador ferroviário que não
conseguiu sustentar o seu corredor para a Catalunha em virtude do declínio
das importações portuguesas a partir daquela região.
Comparando com 2010, este novo mix geográfico e modal acabou por trazer
uma redução de 15,4% nas externalidades da cadeia de transportes sendo
naturalmente determinante para esse facto a maior intensidade na utilização
do transporte marítimo.
O maior enfoque da Altri no transporte marítimo potenciou ainda o crescimento
do porto da Figueira da Foz que se cifrou em 5,3% (1,7 milhões de toneladas).
A Altri manteve-se como o maior utilizador do porto, reforçando a sua quota
face a 2010 em 3,3% para 38% do total da carga movimentada.
Em termos de utilização da pasta, os produtores de papel de tissue são os
maiores clientes da Altri, com uma quota de 40%.
6%
Responsabilidade pelo produto
A pasta da Celbi está em conformidade com os requisitos e critérios do
Nordic Ecolabelling of Paper Products, que é um programa de rotulagem
ambiental baseado na análise do ciclo de vida do produto.
40 % 21%
Tissue
Impressão e escrita
4% Embalagem
No âmbito do Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho,
certificado em conformidade com a Norma OHSAS 18001, foi feita a
identificação dos perigos e a avaliação dos riscos para todas as etapas do
processo de produção de pasta. Para as operações que envolvem riscos,
foram estabelecidos procedimentos para diminuir ou mesmo mitigar o seu efeito.
Especialidades
29
%
Outros
A distribuição
A geografia de vendas do Grupo consolidou-se no que diz respeito à Celbi
e Celtejo, tendo-se registado uma profunda alteração no caso da Caima
já que esta unidade passou a exportar sistematicamente para o mercado
asiático.
Não foram identificadas não conformidades com regulamentos e códigos
voluntários, relacionados com os impactes causados por produtos e serviços
na saúde e segurança ao longo do ciclo de vida do produto. Não foram
também levantados processos judiciais, nem multas ou sanções por não
cumprimento de leis ou regulamentos relativos a utilização do produto.
As fábricas da Altri têm também os seus processos de cadeia de responsabilidade certificados por dois dos mais reconhecidos sistemas de certificação
de produtos florestais, nomeadamente pelo Forest Stewardship Council (FSC®)
e pelo Programme for the Endorsement of Forest Certification (PEFC).
20
Governação e Gestão
A Administração da Altri é confiada a um Conselho de Administração composto por 5 membros, eleitos
pela Assembleia Geral, pelo período de três anos, conforme definido no Regulamento do Conselho de
Administração da Altri, SGPS, S.A. Compete a este órgão social praticar todos os atos de gestão na
concretização de operações inerentes ao seu objeto social, tendo por fim o interesse da Sociedade,
acionistas e trabalhadores.
Conselho de Administração
Paulo Jorge dos Santos Fernandes
Presidente
João Manuel Matos Borges de Oliveira
Vogal
Pedro Macedo Pinto de Mendonça
Vogal
Domingos José Vieira de Matos
Vogal
Laurentina da Silva Martins
Vogal
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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
Para além deste, a Empresa é composta por mais três órgãos sociais:
• Assembleia Geral, composta por todos os acionistas com direito de
voto, a quem compete deliberar sobre alterações estatutárias, proceder à
apreciação geral da administração e fiscalização da Sociedade, deliberar
sobre o relatório de gestão e contas do exercício, proceder à eleição
dos corpos sociais de sua competência e, de uma forma geral, deliberar
sobre todos os termos que lhe forem submetidos pelo Conselho de
Administração.
• Conselho Fiscal, designado pela Assembleia Geral, é composto por 3
membros e 1 substituto, competindo-lhe a fiscalização da sociedade, bem
como a designação de um Revisor Oficial de Contas ou Sociedade de
Revisores Oficiais de Contas.
• Revisor Oficial de Contas (ou Sociedade de Revisores Oficiais de Contas),
a quem compete proceder ao exame das contas da sociedade.
O modelo de gestão praticado na Altri*, assegura a integração da responsabilidade ambiental e da responsabilidade social nas atividades diárias. São
várias as ferramentas utilizadas para o fazer, nomeadamente:
• Código de Conduta;
• Politicas das empresas da Altri;
• Sistemas de Gestão;
• Objetivos de sustentabilidade das empresas da Altri;
• Gestão da cadeia de fornecedores;
• Relatório de Sustentabilidade.
* O modelo de governação do Grupo Altri está disponível em www.altri.pt
GOVERNAÇÃO E GESTÃO
Código de Conduta
O Código de Conduta estabelece o conjunto de princípios e de valores em
matéria de ética profissional que deve ser reconhecido e adotado por todos
os trabalhadores do Grupo Altri, incluindo os órgãos de gestão.
O Código de Conduta constitui ainda uma referência para o público, no
que respeita aos padrões de conduta da Altri no seu relacionamento com
terceiros, por forma a incentivar a criação de um clima de confiança entre a
empresa e todas as partes interessadas.
Políticas
As Politicas das empresas da Altri definem a sua estratégia nas vertentes
económica, social, ambiental, saúde e segurança no trabalho e qualidade do
produto. São suportadas também pela Politica de abastecimento de madeira
do Grupo Altri, na qual se definem as orientações a seguir no processo de
aquisição desta matéria-prima para as unidades fabris do Grupo.
Sistemas de Gestão
As Politicas são colocadas em prática através das ferramentas fornecidas
pelos Sistemas de Gestão. Os Sistemas de Gestão são utilizados para
estabelecer objetivos e metas, atribuir responsabilidades e fazer o seguimento
do desempenho das empresas do universo do Grupo Altri no que diz respeito
aos seus impactes ambientais, sociais, saúde e segurança no trabalho e
qualidade do seu produto.
22
Historial dos Sistemas de Gestão
Caima
Celbi
Celtejo
Altriflorestal
Sistema de Gestão da Qualidade – ISO 9001
1995
1995
1996
1998
Sistema de Gestão Ambiental – ISO 14001
2003
1999
2008
-
Sistema de Gestão Ambiental – Registo EMAS
2009
2001
-
-
Sistema de Gestão da Segurança e Saúde
no Trabalho – OHSAS 18001
2006
2005
2010
-
Cadeia de responsabilidade de produtos
florestais – PEFC
2009
2005
2008
2010
Cadeia de Responsabilidade – FSC®
2006
2005
2008
2011
Acreditação do Laboratório – NP EN/IEC ISO 17025
2005
1996
1989
-
Gestão Florestal – FSC®
n.a.
n.a.
n.a.
2005
Gestão Florestal – PEFC
n.a.
n.a.
n.a.
2005
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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
Objetivos de sustentabilidade
Anualmente são definidos pela gestão de topo os objetivos de sustentabilidade para as empresas do Grupo Altri. Estes objetivos são continuamente
seguidos e são revistos sempre que necessário. Permitem gerir de forma
eficiente o desempenho de sustentabilidade das unidades da Altri.
Gestão da cadeia de fornecedores
Todos os fornecedores de madeira, produtos químicos e serviços são sujeitos
a um processo de qualificação e avaliação. Deste processo fazem parte
requisitos de desempenho de qualidade, ambiente e segurança. A bolsa de
fornecedores qualificados tem vindo a crescer significativamente nos últimos anos.
Relatório de Sustentabilidade
O Relatório de Sustentabilidade é uma ferramenta importante para gerir
questões relacionadas com a responsabilidade ambiental e a responsabilidade
social. É uma ferramenta de comunicação muito importante para a Altri.
Identificação e gestão dos factores de risco
A gestão de risco é um pilar da governação da Altri, estando presente em
todos os processos de gestão, sendo uma responsabilidade de todos os
colaboradores do Grupo, nos diferentes níveis da organização.
A gestão de risco é desenvolvida tendo como objetivo a criação de valor,
através da gestão e controlo das oportunidades e ameaças que podem
afetar os objetivos de negócio e as empresas do Grupo, numa perspectiva
de continuidade das suas atividades.
GOVERNAÇÃO E GESTÃO
A gestão de riscos é assegurada pelas diversas empresas da Altri com base
numa identificação e priorização prévia de riscos críticos, desenvolvendo
estratégias de gestão de risco, com vista a pôr em prática os procedimentos
de controlo considerados adequados à redução do risco para um nível
aceitável.
Os principais fatores de risco identificados pela Altri são os seguintes:
• Risco de Crédito;
• Risco de Taxa de Juro;
• Risco de Taxa de Câmbio;
•R
isco de variabilidade nos preços de commodities com impacto no preço
da pasta de papel;
• Risco de Liquidez;
• Riscos associados à Gestão Florestal;
• Riscos ambientais;
• Riscos sociais;
• Riscos associados ao abastecimento de madeira.
Este relatório dá ênfase à gestão dos riscos ambientais, sociais, aos associados
à gestão florestal a ao abastecimento de madeira sendo os outros mencionados
no Relatório do Conselho de Administração da Altri (disponível em www.altri.pt).
24
Compromissos
com iniciativas externas
O Princípio da Precaução é o princípio 15
da Declaração do Rio que consta do relatório
da Conferência das Nações Unidas sobre ambiente
e desenvolvimento, realizada em 1992
no Rio de Janeiro.
Princípio da Precaução
Para que o ambiente seja protegido, serão aplicadas pelos
Estados, de acordo com as suas
capacidades, medidas preventivas. Onde existam ameaças de
riscos sérios ou irreversíveis não
será utilizada a falta de certeza
científica total como razão para
o adiamento de medidas eficazes
em termos de custo para evitar a
degradação ambiental.
O Princípio da Precaução está presente em todas as atividades das empresas
do Grupo Altri. Mediante uma adequada identificação, avaliação e planeamento
de todos os aspetos de gestão, é possível prevenir eficazmente os riscos,
acidentes e impactes que afetem pessoas, bens e o meio ambiente.
O Princípio da Precaução para as atividades de qualidade, ambiente e
segurança é assegurado pelos requisitos das normas que regem os respetivos sistemas de gestão. Os aspetos ambientais e de saúde e segurança
estão devidamente identificados e, para cada um deles, estão definidas as
medidas de prevenção, mitigação e controlo.
A aplicação do Princípio da Precaução é evidente nos capítulos relativos à
responsabilidade ambiental e à responsabilidade social.
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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
COMPROMISSOS COM INICIATIVAS EXTERNAS
Principais afiliações e participações em outras
organizações
• Membro do World Business Council for Sustainable Development (WBCSD).
Participa no grupo de trabalho Forest Solution, subscrevendo neste âmbito as
suas regras e princípios.
• Membro do Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável
(BCSD Portugal)
• Membro fundador da Associação para a Competitividade da Indústria da
Fileira Florestal (AIFF)
• Membro da Associação Empresarial para a Inovação (COTEC Portugal)
• Membro da Associação de Indústria Papeleira (CELPA)
• Membro da Tecnicelpa, participação em órgãos dirigentes
• Membro do FSC® Portugal
• Confederação Europeia das Indústrias de Papel (CEPI), participação em
grupos de trabalho
• Participação na Iniciativa Business & Biodiversity
• Membro da Iniciativa Business & Biodiversity
• Membro do AFOCELCA (Agrupamento de Empresas para Vigilância e
Combate a Fogos Florestais)
• Membro da IUFRO – International Union of Forest Research Organizations
• Membro do IEFC – Instituto Europeu da Floresta Cultivada
• Membro do Centro Pinus
• Membro da ANEFA (via Viveiros do Furadouro)
• Membro do Núcleo Empresarial de Santarém (NERSANT), participação em
órgãos dirigentes
• Membro do Núcleo Empresarial de Castelo Branco (NERCAB),
participação em órgãos dirigentes.
Princípios subscritos pela Altri
A Altri subscreve, através do seu Código de Conduta, a Declaração Universal
dos Direitos Humanos das Nações Unidas.
Através da sua Política de Abastecimento de Madeira, a Altri compromete-se
com o código de conduta para a indústria do papel da CEPI, relativo ao corte
legal de madeiras.
26
Partes
interessadas
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Entidades O
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Fornecedores
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RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
PARTES INTERESSADAS
Partes interessadas
Canais de comunicação
Acionistas
Reuniões periódicas do Conselho de Administração.
Relatório de Contas (anual).
Relatório de Sustentabilidade (anual).
Informações relevantes à Comissão do Mercado e Valores Imobiliários (CMVM).
Informação no site da Altri.
Existe um responsável pela comunicação com os acionistas da Altri.
Clientes
Visitas a clientes.
Auditorias de clientes.
Inquéritos dos clientes.
Inquéritos de avaliação da perceção externa aos clientes.
Relatório de Sustentabilidade (anual).
Participação na International Pulp Week.
Participação na London Pulp Week.
Colaboradores
Reuniões diárias e mensais com apresentação dos principais indicadores de desempenho.
Intranet.
Fibra Nova (revista interna de publicação quadrimestral).
Floresta Altri (revista interna sobre temas da floresta).
Sistema de Gestão de Desempenho.
Ações de formação.
Acordo Empresa.
Reuniões com Comissões Sindicais.
Comissão de Ambiente, Saúde, Higiene e Segurança no Trabalho.
Relatório de Sustentabilidade.
Programas de Participação.
Documentação e informação do Sistema de Gestão.
Visitas periódicas ao campo para acompanhar e discutir soluções florestais e partilha de experiências.
Fornecedores
Qualificação e avaliação de fornecedores de serviços e de matérias-primas.
Ações de formação a prestadores de serviço, contemplando matérias ambientais e de segurança.
Ações da Altri Florestal são realizadas nas frentes de trabalho.
Dinamização, ao nível da CELPA, do projeto Cartão de Segurança da Indústria de pasta e papel, destinado a trabalhadores
de empresas externas que prestam serviço nas fábricas de pasta e papel.
Sessões de informação sobre ambiente e segurança, destinadas a responsáveis de empresas de prestação de serviços.
Participação dos técnicos de segurança de empresas externas nas ações organizadas pela empresa.
Relatório de Sustentabilidade.
Visitas regulares para informação sobre o negócio.
Auditorias a fornecedores.
Comunidade
Doações financeiras e em espécie, a várias instituições.
Colaboração no apoio a instituições de Solidariedade Social.
Organização conjunta com corporações de bombeiros em diversos simulacros de atuação.
Cedência dos campos de treinos para corporações de bombeiros.
Apoio a diversas iniciativas das Escolas.
Relatório de Sustentabilidade.
Blog da Altri Florestal.
Visitas de Associações de Produtores Florestais e de proprietários a atividades de I&D e aos viveiros florestais.
Autorização de utilização de áreas sob gestão florestal para a realização de eventos desportivos.
Utilização de áreas florestais sob sua gestão para atividades cinegéticas, pastorícia ou apícolas.
Promoção de certificação de gestão florestal junto de outros produtores e suas associações.
Entidades oficiais
Envio regular de estatísticas e relatórios de diversa natureza (fiscal, laboral, ambiental, saúde e segurança no trabalho,
formação profissional, etc).
Inspeções e auditorias oficiais.
Relatório de Sustentabilidade.
Comunidade académica
Protocolos de colaboração com Universidades.
Concessão de estágios curriculares e pós-curriculares em colaboração com os Centros de Formação, Escolas e Universidades.
Estágios Profissionais em colaboração com o Instituto de Emprego e Formação Profissional.
Autorização de acesso e utilização de instalações em mestrados e doutoramentos.
Visitas às fábricas e às atividades florestais.
Relatório de Sustentabilidade.
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Impactes nas partes interessadas
Clientes
A atividade da Altri tem impacte
nas várias partes interessadas,
essencialmente locais e nacionais.
As vendas líquidas da Altri em 2011 representaram cerca de 472 M€. A
distribuição da pasta da Altri por mercados e utilizações encontra-se no
capítulo Produto.
Fornecedores
A Altri representa uma fonte de rendimento credível para muitos fornecedores
de matérias-primas e prestadores de serviços. Em 2011 os custos com
fornecimentos e serviços externos ascenderam a 129 M€, valor superior em
10 M€ ao registado em 2010.
Em 2011, as compras de matérias-primas, subsidiárias e materiais de
consumo, atingiram 229 M€, mais 39 M€.
Em virtude do estatuto de cogerador das suas fábricas, a Altri registou
como proveitos suplementares o valor de 52 M€, provenientes da venda
de energia verde à REN. O acréscimo de produção registado em 2011
teve um efeito multiplicador na atividade de todos os parceiros que se
relacionam com a Celbi, quer se situem a montante ou a jusante do ciclo
de vida do produto.
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O acréscimo de 2,5% no volume de vendas relativamente a 2010,
implicou a necessidade de recurso a um maior número de meios logísticos,
nomeadamente a comboios e camiões.
Consequentemente, os transportadores, os operadores portuários e todos
os outros agentes envolvidos no transporte rodoviário e marítimo tiveram
um aumento na procura diretamente proporcional ao incremento das
vendas.
Colaboradores
Os Custos com o pessoal da Altri totalizaram 33 M€.
Os fundos de pensões do Grupo Altri, registavam em 31 de dezembro de 2011
ativos no valor de 21,9 M€ para responsabilidades por serviços passados
de 21,8 M€.
O Grupo privilegia a remuneração variável, tendo concedido nos últimos anos
um bónus em função dos resultados obtidos, por comparação com objetivos
definidos anualmente. Este Bónus é aplicável aos colaboradores com vínculo
permanente à empresa.
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ALTRI 2011
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
Celbi
e Celtejo
Apoiam as iniciativas, organizadas pelos seus
Clubes
de trabalhadores,
que visem proporcionar a satisfação
do seu bem-estar e a prática
do desporto ou atividades
de lazer.
Celbi
Ocupação
de Tempos Livres,
onde os filhos dos colaboradores com idades compreendidas entre
os 17 e os 22 anos têm a oportunidade de “estagiar” durante um
mês num setor da empresa, proporcionando-lhes um contacto real
com uma atividade profissional.
PARTES INTERESSADAS
Festa
de Natal
As empresas do Grupo organizam regularmente
Festas de Natal
para os seus trabalhadores
e familiares.
São seguramente dias com muita animação e diferentes de todos
os outros, para todos os participantes com a sempre muito esperada
distribuição das prendas de Natal aos filhos.
Acionistas
A Altri é uma empresa aberta, cotada na Euronext Lisbon, não tem acionistas
com uma participação superior a 10% do capital e são os seguintes os que
têm uma participação superior a 5% dos direitos de voto:
CADERNO AZUL – SGPS, S.A. 9,11%
PROMENDO – SGPS, S.A. 7,96%
Paulo Jorge dos Santos Fernandes 6,83%
Domingos José Vieira de Matos 6,80%
Ana Rebelo Mendonça Fernandes 6,56%
Bestinver Gestión S.A., SGIIC 5,61%
Em 2011 foram distribuídos dividendos no montante de 4 102 633€
correspondendo a 0,02€ por ação.
A dívida líquida remunerada a 31 de dezembro de 2011 era de 678 M€,
registando uma diminuição de 40 M€, relativamente a igual período do ano
transato.
30
Caima
Os efluentes domésticos do Município de Constância são tratados na
Estação de tratamento
de efluentes da Caima,
assumindo os custos de tratamento
e a taxa de recursos hídricos destes efluentes.
É o principal apoiante das Festas de Nossa Senhora da Boa Viagem
do concelho de Constância.
Entidades oficiais
Os impostos são uma das fontes mais importantes de financiamento do
Estado. O imposto sobre o rendimento estimado pela Altri foi de 2,4 M€.
Celtejo
Comunidade
PROJETO RIOS
A Altri reconhece a sua responsabilidade de envolvimento com a Comunidade
e, nesse âmbito, desenvolve e apoia um conjunto de iniciativas e atividades,
das mais diversas instituições, que são essenciais no seu compromisso em
criar relacionamentos duradouros e relevantes com as comunidades locais.
Através de donativos e apoio logístico, o Grupo procura identificar projetos
e atividades com mérito e com impacto significativo na sociedade e na
qualidade de vida das populações. As empresas do Grupo desenvolvem
ainda outras ações de proximidade com as comunidades vizinhas.
Colaboração com a
Liga para a Proteção
da Natureza,
no âmbito da formação
e da vigilância das espécies
da fauna e flora presentes
no habitat do Tejo
Internacional
e seus efluentes.
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ALTRI 2011
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
Celbi
A Praia da Leirosa é a localidade mais próxima da Celbi. Esta povoação
tem sido alvo de uma constante preocupação da empresa, nomeadamente para com a população mais jovem. Assim, no ano de 2011,
a Celbi financiou a instalação
de um tapete, em material
derivado de borracha,
no parque infantil do Jardim
de Infância da Praia da Leirosa.
De igual forma a Celbi
financiou a instalação
de um ponto de acesso
à internet na escola primária
e proporcionou às crianças que frequentam os estabelecimentos
de ensino na Leirosa diversas visitas de estudo.
Na área de desporto e lazer a empresa apoiou a recuperação
do campo desportivo público, a aquisição de material e equipamento
desportivo para as camadas jovens do clube local e apoiou
as já conhecidas festas em honra de Nossa S.ª da Boa Viagem.
Por fim, a empresa assumiu a titularidade do contrato de abastecimento
de água ao Parque de Merendas da Praia da Leirosa e promoveu
uma ação para o seu embelezamento que contemplou a instalação
de diversas espécies florestais e um novo bebedouro para maior
conforto dos frequentadores do referido parque.
PARTES INTERESSADAS
Comunidade escolar e académica
As empresas da Altri têm uma longa tradição de cooperação com escolas
e universidades. A política de concessão de estágios, quer de profissionais
quer de complemento de curriculum escolar está definitivamente adquirida,
sendo frequente a presença de jovens nas empresas, o que lhes permite
um contacto com a realidade empresarial e que deixa um vasto grupo de
contacto para futuros recrutamentos. Em 2011 foram gastos 66 mil euros
com 54 estagiários e 38 jovens num programa de ocupação de tempos
livres.
Celbi
O Programa de Ocupação
de Tempos Livres (OTL)
é dirigido aos filhos dos trabalhadores e aos melhores alunos
das escolas da zona geográfica da Celbi, com idades compreendidas
entre os 17 e os 22 anos. Este Programa visa promover a ocupação
de tempos livres de verão dos jovens e proporcionar um contacto
com a atividade profissional.
32
32
Responsabilidade
ambiental
A Altri tem mantido e pretende continuar a manter
uma atitude de abertura e diálogo com as entidades
interessadas e responsáveis pela proteção
do ambiente. As questões ambientais são temas
presentes na gestão corrente das empresas
do Grupo e são tidas em conta durante o estudo
e execução de novos projetos.
Todas as unidades industriais da Altri dispõem de Sistemas de Gestão
Ambiental implementados e certificados em conformidade com normas
internacionais. Neste âmbito, estão identificados todos os aspetos ambientais
e avaliados os respetivos impactes para todas as atividades realizadas, bem
como definidas as medidas de controlo e mitigação associadas.
Todas as reclamações ambientais são devidamente tratadas e, se relevantes,
incorporadas nos processos de melhoria contínua existentes.
Considera-se que a eliminação dos agentes poluentes no seu local de
origem é a forma mais adequada para minimizar o impacte das atividades
industriais sobre o meio envolvente. Esta estratégia de prevenção baseia-se,
fundamentalmente, na aplicação de tecnologias relacionadas com as
características intrínsecas do processo, que são as chamadas medidas
internas. A sua aplicação está associada à introdução das melhores técnicas
disponíveis, tornando dispensáveis, quando possível, os sistemas de tratamento
externo, que são muitas vezes fontes de agressão ambiental.
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ALTRI 2011
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
A Altri e o Ambiente – Resultados
e evoluções
A Altri reconhece ser esta a forma mais adequada de harmonizar a qualidade
do ambiente com a qualidade do produto final.
Tem sido feito um esforço, ao longo dos anos, para minimizar os consumos
de matérias-primas, de combustíveis fósseis e de água. Pretende-se continuar
neste caminho, por forma a otimizar o desempenho ambiental, reduzindo
custos e aumentando a competitividade.
Por outro lado, tem-se trabalhado na redução do impacte ambiental
provocado pelas atividades das fábricas da Altri, com o desenvolvimento
de ações conducentes à diminuição dos poluentes líquidos, das emissões
atmosféricas e dos resíduos produzidos.
Em 2011 foram ministradas 10 425 horas de formação em Ambiente e
Saúde e Segurança, o que ilustra a preocupação da Altri relativamente a
estes temas.
Esforço de formação em matérias de proteção
ambiental e saúde e segurança no trabalho
• Foram cumpridos os limites de emissão de poluentes estabelecidos nas
Licenças Ambientais da Caima, Celbi e Celtejo e aplicadas as medidas
obrigatórias de gestão ambiental, designadamente quanto a efluentes,
emissões, resíduos, energia, reclamações e emergências.
• Não se verificaram cenários de emergência ambiental nem derrames
significativos.
• Em 2011 não foram aplicadas quaisquer coimas ambientais.
Produção Anual
Produção, t pasta
(milhares de toneladas)
900
Total de horas em 2011
600
A trabalhadores da Altri
4 976
A prestadores de serviços
5 449
Total
Aspetos gerais
300
10 425
0
2009
2010
2011
Materiais
A base para a produção de pasta de papel da Altri é a madeira, matéria-prima renovável proveniente de florestas geridas de forma sustentável.
São também utilizados vários produtos químicos, sendo os mais relevantes
o clorato de sódio, a soda cáustica, o peróxido de hidrogénio, o oxigénio
líquido, o ozono e o ácido sulfúrico.
Consumo total de madeira
%
150
140
130
120
110
100
2009
2010
2011
Consumo total de produtos químicos
%
160
140
120
100
2009
2010
2011
O aumento do consumo de madeira e de produtos químicos está diretamente
relacionado com o aumento da produção de pasta que se tem vindo a
verificar desde 2009, fruto de vários projetos de modernização e expansão
das unidades fabris.
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ALTRI 2011
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
Energia
O processo de produção de pasta de papel é energeticamente intensivo,
mas, nas fábricas da Altri, as necessidades energéticas são satisfeitas
maiori­tariamente recorrendo à biomassa resultante de subprodutos e resíduos
do processo, nomeadamente licor negro, serradura e casca, cujo teor em
carbono é considerado ambientalmente neutro.
A Altri é autossuficiente em energia elétrica, utilizando sistemas de cogeração
otimizados, baseados na produção combinada de energia térmica e energia
elétrica para uso industrial. O excedente de eletricidade é colocado na rede
elétrica nacional. O investimento em novas tecnologias assim como a aposta
nas melhores práticas de eficiência energética, permitiram que praticamente
toda a energia fosse produzida a partir da queima de biocombustíveis. A
dependência dos combustíveis fósseis nas unidades fabris tem vindo a
baixar desde 2009.
Na sequência do projeto de expansão e modernização da Celbi, em 2009,
entraram em operação uma nova Caldeira de Recuperação e um novo Forno
da Cal, saindo de serviço as instalações antigas, o que permitiu deixar de
se utilizar fuelóleo nesta unidade fabril, passando-se a utilizar o gás natural.
a primeira empresa em Portugal e a primeira do setor de produção de pasta
e papel na Europa a ter esta certificação, tendo sido a entidade certificadora
a Loyd´s Register Quality Assurance.
Estando o consumo específico de energia elétrica da Celbi ao nível do
estado da arte praticado para este setor de atividade, é possível ainda reduzi-lo
através de um conjunto de medidas de otimização no funcionamento de
motores elétricos, sistemas de bombagem, sistemas de ventilação, sistemas
de ar comprimido, sistemas AVAC e iluminação. Apesar da juventude deste
Sistema, já foi possível verificar variações positivas no balanço energético
da fábrica. Foram entretanto abertos vários programas específicos de melhoria,
que vão permitir identificar mais medidas adicionais de racionalização do
consumo de energia.
A Celtejo tem também em curso a certificação do seu Sistema de Gestão de
Energia pela referida Norma Internacional.
Água
A Altri está consciente da importância da gestão eficiente do consumo de água.
Na Caima, apenas 2,6% dos combustíveis consumidos são de origem fóssil.
Para além disso, esta unidade fabril tem um excedente de cerca de 20% na
produção de energia elétrica, que injeta na REN com um fator de emissão de
CO2 bastante baixo (36,15 g CO2/kWh), contribuindo assim para a redução
do fator de emissão desta.
Fontes de energia para o processo de fabrico
%
Ao longo dos anos têm sido realizadas diversas ações de melhoria no sentido
de diminuir o consumo deste recurso natural, reciclando e reutilizando o mais
possível. Entre 2009 e 2011 verificou-se uma redução de cerca de 26% no
consumo específico de água.
Consumo específico de água
(m3 ptp)
100
50
80
40
60
30
40
20
20
10
0
2009
2010
2011
0
2009
2010
2011
Combustíveis fósseis
Combustíveis não fósseis
Tendo como principal objetivo o aumento da eficiência energética, a Celbi
implementou e certificou um Sistema de Gestão da Energia em conformidade com os requisitos da Norma ISO 50001 em março de 2012. Foi assim
Aproximadamente 63% da água captada em 2011 foi de origem superficial,
tendo sido a restante, água subterrânea.
A Altri tem como objetivo para 2012, reduzir o consumo de água das suas
unidades fabris em cerca de 10%.
36
Emissões gasosas
Como consequência da diminuição do consumo de combustíveis fósseis,
as emissões diretas de CO2 fóssil, nos últimos 3 anos, registaram um
decréscimo de cerca de 46%.
Emissões específicas de CO2 fóssil
Emissões específicas de SO2
250
0,15
kg S ptp
kg CO2 ptp
200
0,10
150
100
0,05
50
0
2009
2010
2011
Relativamente a este tema, a Altri definiu como objetivo para 2012, o
cálculo da pegada de carbono da pasta de papel que produz, por forma a ser
possível reportar no próximo relatório de sustentabilidade também as suas
emissões indiretas.
0,00
2009
2010
2011
Emissões específicas de NOx
kg NO2 ptp
Relativamente aos outros indicadores de desempenho ambiental no domínio
do ar, os mesmos têm-se mantido estáveis e em consonância com as Melhores
Técnicas Disponíveis definidas para o Setor da Pasta e Papel refletidas nas
Licenças Ambientais das três unidades fabris da Altri.
1,50
Emissões específicas de partículas
1,00
kg ptp
0,30
0,50
0,20
0,00
2010
2011
Emissões líquidas
No que diz respeito às emissões liquidas, todos os efluentes líquidos das
unidades industriais da Altri, são submetidos a processos de tratamento
primário para remoção de sólidos suspensos, sendo posteriormente
tratados em unidades de tratamento biológico, nos quais a matéria orgânica
é decomposta por ação de micro-organismos.
0,10
0,00
2009
2009
2010
2011
Verificou-se, ao longo do ano, o cumprimento dos limites de emissão em
todas as fábricas.
Caudal de efluente produzido
m3 ptp
40
30
20
10
0
2009
2010
2011
Entre 2009 e 2011, verificou-se uma diminuição de cerca de 25% na
quantidade de efluente proveniente das fábricas da Altri.
Os restantes indicadores no domínio das emissões líquidas têm-se mantido
estáveis.
Emissões específicas de CQO
Emissões específicas de SST
kg O2 ptp
kg ptp
3,0
20,0
15,0
2,0
10,0
1,0
5,0
0,0
2009
2010
2011
0,0
2009
2010
2011
Resíduos
Parte dos resíduos industriais não perigosos de origem processual são
depositados em aterros controlados de resíduos, no caso da Celbi e da
Celtejo aterros integrados nas unidades fabris.
Na Celbi, os resíduos orgânicos resultantes da preparação de madeiras,
em conjunto com as lamas provenientes do tratamento de efluentes, são
processados na Estação de Compostagem de Resíduos.
Os resíduos resultantes das atividades não processuais (papel, plástico,
vidro, óleos usados, resíduos contaminados com óleos, resíduos metálicos,
etc.) são recolhidos através de uma extensa rede de contentores de recolha
seletiva e encaminhados para operadores externos de gestão de resíduos
devidamente licenciados para o efeito, visando o seu tratamento, eliminação
ou valorização.
A casca e a biomassa residual das áreas do Parque e Preparação de
Madeiras, resultante do descasque da madeira para o processo, são
utilizadas pelas Centrais Termoelétricas a Biomassa, através de processos
de valorização energética.
Os fardos de pasta são embalados utilizando folhas de pasta ou papel kraft
e arame. As folhas de pasta e o papel são incorporadas no processo de
produção dos clientes e o arame é retirado. No caso da pasta de papel colocada
no mercado nacional, é paga uma taxa à Sociedade Ponto Verde que é uma
entidade privada sem fins lucrativos, com a missão de promover a recolha
seletiva, a retoma e a reciclagem de resíduos de embalagens a nível nacional.
Destino dos resíduos em 2011
%
7%
2 % 7 8 %
13%
Valorização energética
Compostagem
Deposição em aterro
Valorização externa
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ALTRI 2011
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
Gestão da biodiversidade
As áreas florestais sob gestão da Altri são geridas com base em avaliações
do seu estado de conservação. No caso particular das áreas cuja gestão visa
proteger os valores naturais, as áreas de conservação, são decididas quais as
intervenções necessárias para conservar e melhorar os valores ecológicos.
A Altri implementou, após caracterização das áreas de conservação, um
programa de gestão e monitorização das mesmas. Com base em visitas
de campo é avaliado o estado das propriedades visitadas e são identificadas
medidas de gestão que visam proteger ou restaurar os valores de conservação.
Estas medidas são integradas num plano plurianual de intervenções nas
áreas de conservação e executadas conforme o seu planeamento.
As medidas de gestão das áreas de conservação são definidas com base
nos valores nelas presentes (prováveis ou comprovados) e nas orientações
Fases
Tarefas
Recolha de informação
PSRN 2000, Planos de ordenamento de
Áreas Classificadas, PROF, informação
fornecida por peritos.
Identificação de estratos de vegetação
Compartimentação da propriedade
através dos diferentes estratos de
vegetação.
Visita de campo às propriedades com
potenciais áreas de conservação
Avaliação do valor ecológico global da
propriedade, com base na comprovação
da presença dos valores de conservação.
provenientes de fontes como Plano Setorial Rede Natura 2000, Livro
Vermelho de Vertebrados de Portugal, entre outros.
Na elaboração de projetos de florestação de maior dimensão ou com
condicionantes (por exemplo nas áreas integradas no Sistema Nacional das
Áreas Classificadas), é avaliada a oportunidade de estabelecer novas áreas
de conservação, nomeadamente através de zonas de descontinuidade ou
corredores ecológicos.
A identificação das áreas de conservação é efetuada para cada propriedade
presente no património da Altri Florestal, através das seguintes fases:
Resultados
O sistema nacional de AP inclui amostras representativas de ecossistemas
existentes na paisagem. Assim, e dada a dispersão do património da empresa
pelo País, considera-se que o património da empresa situado dentro das AP
pode assegurar a conservação destas amostras.
Os estratos potencialmente interessantes para a função de conservação
são identificados e mapeados.
Critérios para a avaliação:
• Potencial para conservar as espécies ameaçadas (e/ou seus habitats);
• Potencial para conservar a diversidade de habitats a uma escala pequena/média;
• Potencial de restauro (exemplo: áreas plantadas com eucalipto mas ainda
com abundantes elementos de vegetação seminatural);
• Conectividade, dimensão da área de conservação;
• Grau de naturalidade da comunidade;
• Raridade ou importância regional do habitat;
• Importância para a proteção de recursos hídricos e/ou solo.
40
A Altri gere as seguintes áreas integradas no Sistema Nacional das
Áreas Classificadas:
Zonas de Proteção Especial (Aves)
Caldeirão
Monchique
Tejo Internacional, Erges e Pônsul
Total
Parques Naturais
Serra da Estrela
Serra de Montejunto
Serra de São Mamede
Serras de Aire e Candeeiros
Área (ha)
Sítios de Importância Comunitária
(Rede Natura 2000)
Área (ha)
102
Alvão / Marão
11
Cabeção
56
Cabrela
405
Caldeirão
102
Carregal do Sal
107
Gardunha
223
Malcata
302
Monchique
581
Nisa / Lage da Prata
782
Rio Paiva
195
581
2 272
2 954
Área (ha)
8
343
1 075
131
Tejo Internacional
2 264
São Mamede
Total
3 821
Serra da Estrela
8
Serra da Lousã
239
Serra de Montejunto
344
Serra de Montemuro
87
1 803
Serra da Freita e Serra da Arada
209
Serra de Aire e Serra dos Candeeiros
131
Sicó / Alvaiázere
125
Valongo
Total
78
5 790
58
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ALTRI 2011
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
Para cada área sob gestão da Altri presente em Áreas Classificadas, foram
elaborados Planos de Gestão da Biodiversidade.
Para todo o seu património, a Altri tem vindo a recolher informação sobre a
presença provável ou comprovada de espécies ameaçadas. Para tal recorre
à ajuda de diversos especialistas e partes interessadas, devido ao elevado
grau de conhecimento específico necessário para a identificação destas
espécies. Também tem vindo a compilar a informação disponível em diversos
organismos e instituições, tanto públicos como privados, disponibilizando a
mesma a todas as áreas da empresa.
Habitats identificados
e protegidos
Habitats de água doce
Área 2011
(ha)
2
Charnecas e matos das zonas temperadas
424
Matos esclerófilos
897
Formações herbáceas naturais e seminaturais
Habitats rochosos e grutas
Florestas
Total
2 364
13
435
4 135
Espécies de fauna vulneráveis e ameaçadas
observadas na floresta e com medidas de
proteção definidas e implementadas
Categoria
AVES
Noitibó-de-nuca-vermelha - Caprimulgus ruficollis
VU
Chasco-ruivo - Oenanthe hispânica
VU
Abutre-preto - Aegypius monachus
CR
Águia-real - Aquila chrysaetos
EN
Cegonha-preta - Ciconia nigra
VU
Abutre do Egipto - Neophron percnopterus
EN
Açor - Accipiter gentilis
VU
Alcaravão - Burhinus oedicnemus
VU
Coruja-do-nabal - Asio flammeus
EN
Noitibó da Europa - Caprimulgus europaeus
VU
Tartaranhão-caçador - Circus pygargus
EN
Falcão-peregrino - Falco peregrinus
VU
Ógea - Falco subbuteo
VU
Colhereiro - Platalea leucorodia
VU
ANFÍBIOS
Salamandra-lusitânica - Chioglossa lusitânica
VU
Tritão-palmado - Triturus helveticus
VU
RÉPTEIS
Cágado-de-carapaça-estriada - Emys orbicularis
EN
MAMÍFEROS
CR – Criticamente em Perigo
EN – Em Perigo
VU – Vulnerável
Morcego-de-franja - Myotis nattereri
VU
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ALTRI 2011
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
Adicionalmente, a Altri criou uma ferramenta informática de registo da
biodiversidade, acessível a todos os colaboradores para a recolha dos
avistamentos de fauna. Posteriormente a informação é colocada na
plataforma pública – BioDiversity4All – www.biodiversity4all.org, ficando
disponível para a comunidade.
Os principais projetos de identificação e monitorização dos valores de
conservação apresentam-se no seguinte quadro:
Projetos
Parcerias
FITOS
(2006 – 2009)
Capital Natural
Escola Superior Agrária Castelo Branco
Monitorização da avifauna
(2008 –...)
Mãe d’água
NaturSapo
(2010-2015)
CIBIO (Univ. Porto)
Naturlink
Avaliação dos impactes das plantações
florestais na fauna
(2009-2013)
CIBIO (Univ. Porto)
University of York
Business and Biodiversity
(2007-…)
ICNB
Projeto Cabeço Santo
(2005 -…)
Quercus – Núcleo Regional de Aveiro
A Altri estabeleceu um procedimento que identifica e avalia os aspetos e
impactes ambientais associados às atividades da empresa, com vista a
garantir que os aspetos ambientais negativos considerados significativos são
controlados.
Esta avaliação identificou como principais impactes potenciais a menor
diversidade de espécies de flora e fauna, a degradação ou perturbação de
habitats e espécies de fauna ameaçadas, a compactação e erosão do solo
e a contaminação de aquíferos ou águas superficiais.
Resultados
• Identificação de áreas de conservação e habitats classificados e respetivas
medidas de gestão.
• Definição da metodologia e identificação das FAVC.
• Formação a todos os colaboradores sobre os valores naturais identificados
e medidas de gestão.
• Consulta às partes interessadas sobre as FAVC identificadas no projeto.
• Identificação e monitorização da presença de espécies ameaçadas em todo
o património sob gestão.
• Implementação de medidas de proteção dos ninhos e aplicação de restrições
temporais às atividades florestais nos períodos de nidificação.
• Colocação de plataformas para ninhos de grandes rapinas.
• Inventário em 20 ribeiras permanentes das populações de anfíbios e répteis.
• Criação de 4 Microrreservas de proteção a populações relevantes de anfíbios.
• Ações de restauro do habitat ribeirinho.
• Elaboração de manual de construção de charcos temporários (stepping stones)
para aplicação nos projetos de florestação.
• Ações de divulgação do projeto e das microrreservas.
• Monitorização das populações de anfíbios, morcegos e mamíferos.
• Colocação de câmaras noturnas para monitorização dos mamíferos que utilizam
o eucaliptal (javali, raposa, texugo, etc.).
• Compromisso do Grupo Altri perante a sociedade na conservação dos valores
naturais nas áreas sob gestão e na divulgação das suas práticas de gestão.
• Participação em ações de divulgação e promoção do valor da biodiversidade.
• Cedência da gestão de áreas de conservação ao Núcleo de Aveiro da Quercus.
• Ações de restauro do habitat ribeirinho da Ribeira de Belazaima.
• Erradicação e controlo de invasoras lenhosas.
• Envolvimento de voluntários nos trabalhos de restauro (plantação de espécies
autóctones).
Para o controlo dos riscos negativos significativos são estabelecidas medidas
de gestão, de modo a prevenir ou minimizar o risco. Estas medidas de gestão
podem incluir formação específica, alteração das práticas da empresa ou em
alguns casos, a definição de práticas reparadoras ou compensadoras do
impacte. São exemplo destes casos a definição de práticas reparadoras para
os impactes dos incêndios florestais, derrames de derivados de petróleo ou
situações de erosão.
44
Responsabilidade social
Recursos Humanos
A gestão de recursos humanos
na Altri tem-se orientado com a
finalidade de dotar a organização
de uma estrutura adequada e
eficiente para vencer os desafios
futuros.
Para o conseguir procura:
• criar uma cultura de desempenho capaz de mobilizar os seus colaboradores
para comportamentos excelentes e orientá-los para a prossecução de
objetivos desafiantes;
• desenvolver as competências dos seus colaboradores;
• atrair e reter os melhores profissionais para assegurar a excelência da sua
prestação e consolidar a imagem de qualidade do Grupo.
Durante 2011 a Altri contou em média com a colaboração de 676 trabalhadores.
Foram ministradas 16 200 horas de formação o que representa 1,3% do
potencial de horas de trabalho, ilustrando a sua aposta na valorização
profissional contínua das pessoas.
No que diz respeito aos indicadores de sinistralidade, a evolução dos mesmos
tem sido bastante positiva. O índice de frequência (número de acidentes
ocorridos com dias perdidos por 1 milhão de horas de trabalho) registou uma
queda de cerca de 17 em 2009 para 13 em 2011 e o índice de gravidade
(número de dias perdidos causados por acidente por mil horas trabalhadas)
uma redução significativa passando de 0,35 em 2009 para 0,25 em 2011.
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45
ALTRI 2011
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Índice de frequência de acidentes
com incapacidade*
40,0
30,0
20,0
10,0
0,0
2009
2010
2011
*número de acidentes ocorridos com dias perdidos por 1 milhão de horas de trabalho
Índice de gravidade de acidentes
com incapacidade*
1,0
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
2009
2010
2011
*número de dias perdidos causados por acidente por mil horas trabalhadas
A taxa de absentismo total dos colaboradores atingiu 2,9% do potencial
de horas de trabalho e a taxa de
absentismo por doença e acidentes
foi de 0,2%, verificando-se uma
melhoria relativamente a 2010.
2010
2011
horas
39 563
35 129
Taxa Absentismo
%
3,3
2,9
Taxa Absentismo
(doença+acidentes)
%
0,3
0,2
Absentismo
46
Segurança e Saúde Ocupacional
Direitos Humanos
As três unidades industriais da Altri estão certificadas em conformidade com
a OHSAS 18001.
A Altri cumpre rigorosamente a lei e orienta-se de acordo com o seu Código
de Conduta, no que se refere ao respeito pelos direitos de personalidade
dos seus colaboradores e à igualdade de oportunidades e não discriminação
em razão do sexo, origens étnicas, religiosas, convicções políticas, ideológicas
ou sindicais, não havendo quaisquer processos judiciais sobre estas
matérias nem conhecimento de quaisquer factos que indiciem problemas
nesta matéria.
Os Sistemas de Gestão da Saúde e Segurança no Trabalho implementados
assentam nos seguintes pilares:
• Certificação em conformidade com a Norma OHSAS 18001;
• Existência de um Posto Médico, com um Médico do Trabalho e um serviço de
enfermagem a funcionar adequadamente, dotado de moderno equipamento
de diagnóstico e tratamento;
• Instalações próprias de segurança, com disponibilidade de materiais e
equipamentos para proteção individual e coletiva e para o acompanhamento
da execução de trabalhos;
• Disponibilidade de meios técnicos e humanos de atuação em emergências,
designadamente em caso de acidentes individuais, incêndios e outras
incidências de caráter industrial.
Relações laborais
A Altri mantém um diálogo institucional com as organizações representativas
dos trabalhadores baseado na transparência e respeito mútuo.
Este diálogo manifesta-se em reuniões periódicas de informação com a Direção
da empresa sobre os seus aspetos mais relevantes e nas negociações
no âmbito do Acordo de Empresa aplicável à generalidade dos colaboradores.
Diversidade e igualdade de oportunidades
Não há práticas de diferenciação salarial entre homens e mulheres no exercício
das mesmas funções.
Código de Conduta
A Altri tem em vigor um Código de Conduta onde se estabelece o conjunto
de princípios e de valores em matéria de ética profissional que deve ser
reconhecido e adotado por todos os trabalhadores do Grupo, incluindo os
órgãos de gestão.
O Código de Conduta constitui ainda uma referência para o público. Ele
estabelece os padrões de conduta da Altri no seu relacionamento com
terceiros, promovendo o estabelecimento de um clima de confiança entre a
empresa e todas as partes interessadas.
Em 2010, realizou-se um conjunto de iniciativas por forma a promover a
divulgação do Código de Conduta da Altri, nomeadamente a inclusão deste
tema em todas as sessões de Acolhimento e Integração, destinadas a novos
colaboradores e estagiários, bem como nas sessões dedicadas aos visitantes.
Foi também publicado um artigo sobre o tema na revista interna da empresa,
a Fibra Nova.
Sociedade
Na sua relação com a sociedade, a Altri dinamiza a economia das zonas em
que opera, nomeadamente através da geração de emprego direto e indireto.
O programa de formação na frente de trabalho, que decorre em todas as
atividades na floresta da Altri, permite a transmissão de conhecimentos e a
qualificação dos fornecedores de serviços florestais. Estas ações de curta
duração, mas de elevada frequência pretendem transmitir as boas práticas
florestais e promover uma relação de proximidade entre a Altri e as empresas
que trabalham na floresta.
A Altri relaciona-se com as comunidades envolventes às suas áreas
florestais, através do diálogo com os vizinhos e com os representantes
do poder local (juntas de freguesia, municípios), que recebem informação
sobre as atividades florestais planeadas nos respetivos territórios.
Este diálogo permite identificar e discutir os potenciais impactos decorrentes
das operações e promover as medidas para os prevenir. Permite também
estabelecer uma rede de comunicação e alerta sobre qualquer ocorrência ou
emergência (ex: fogo florestal).
A Altri tem também uma política de concessão de estágios, quer profissionais
quer de complemento de curriculum escolar, que permite aos jovens a
possibilidade de terem um contacto com a realidade empresarial.
Em parceria com diversas instituições locais, são desenvolvidas e apoiadas
iniciativas e atividades essenciais para a criação de relacionamentos relevantes
com a comunidade envolvente. Através de donativos e de apoio logístico,
a empresa procura identificar e apoiar projetos com mérito e com impacto
significativo na qualidade de vida das populações.
A Altri não assume posições quanto a políticas públicas nem participa
em lobbies. É membro de várias associações empresariais que têm como
objetivo assegurar, junto de diversas entidades e organismos, nacionais e
internacionais, públicos ou privados, a representação dos interesses coletivos
da sua atividade.
Não existem quaisquer processos judiciais por concorrência desleal, antitrust,
ou práticas de monopólio. Não foram identificadas práticas de corrupção.
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Glossário
AOX Sigla correspondente à designação inglesa de adsorbable organic
halogens. Parâmetro que serve para avaliar o conteúdo em organoclorados
de um efluente líquido.
BCSD Portugal Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável.
(www.bcsdportugal.org)
BEKP Sigla correspondente à designação inglesa Bleached Eucalyptus Kraft
Pulp cuja tradução em português é: pasta branqueada de eucalipto pelo
processo kraft.
Cash cost É a despesa corrente que forma o custo industrial, identificada
pelas rubricas custos variáveis e custos fixos totais. Na sua relação inversa
são os custos totais deduzidos das amortizações, do custo das vendas, dos
custos financeiros e do imposto sobre o rendimento.
CELPA Associação da Indústria Papeleira. (www.celpa.pt)
CEPI Confederação Europeia da Indústria Papeleira. (www.cepi.org)
CO2 Dióxido de Carbono.
COTEC Associação Empresarial para a Inovação. (www.cotec.pt)
CQO Carência química de oxigénio. Parâmetro que mede o potencial impacte
ambiental de um efluente líquido sobre o meio recetor, causado pela oxidação
química dos compostos orgânicos.
EBITDA Sigla correspondente à designação inglesa Earnings Before Interest,
Taxes, Depreciation and Amortization, cuja tradução em português é: resultados
antes de juros, impostos, depreciação e amortização, ou seja é o Resultado
Operacional adicionado das amortizações.
ECF Sigla correspondente à designação inglesa Elemental Chlorine Free
e que significa pasta branqueada sem utilização de cloro elementar.
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EMAS Sigla correspondente à designação inglesa Environmental Management
and Audit Scheme, cuja tradução em português é: Sistema Comunitário de
Ecogestão e Auditoria. (www.iambiente.pt)
FSC® O Forest Stewardship Council é uma organização não governamental,
internacional e independente, constituída por três câmaras – económica,
ambiental e social – que define os Princípios e Critérios FSC® para uma
gestão florestal responsável. (www.fsc.org)
GRI O GRI (www.globalreporting.org) é uma organização com o objetivo
de desenvolver um conjunto de critérios para a divulgação de resultados
económicos, ambientais e sociais que possam ser aceites e usados globalmente.
PEFC Programme for the Endorsement of Forest Certification schemes é um
esquema de certificação que pretende assegurar aos compradores de madeira
e papel, que estão a comprar produtos de gestão florestal sustentável, assente
nos pilares social, ambiental e económico.
Processo Kraft Também designado processo ao sulfato. As aparas de madeira são cozidas num recipiente pressurizado (digestor), na presença de
hidróxido de sódio e de sulfureto de sódio.
PSI-20 Índice de referência do mercado de bolsa nacional, refletindo a
evolução dos preços das 20 emissões de ações de maior dimensão e liquidez
selecionadas do universo das empresas admitidas à negociação no Mercado
de Cotações Oficiais.
ha hectare.
ptp Por tonelada de pasta.
H2S Sulfureto de hidrogénio.
REN Redes Energéticas Nacionais. (www.ren.pt)
Índice de Frequência Número de acidentes ocorridos com dias perdidos
por um milhão de horas trabalháveis (potenciais).
Índice de Gravidade Número de dias perdidos causados por acidente por
mil horas trabalhadas.
ISO 9001 Norma internacional que especifica requisitos para um sistema de
gestão da qualidade.
Resultados líquidos Resultados da empresa após impostos.
SO 2 Dióxido de enxofre. Gás formado na combustão de combustíveis
contendo enxofre. Por oxidação e reação com a humidade da atmosfera,
pode dar origem a chuvas ácidas.
SST Sólidos suspensos totais. Parâmetro que mede a quantidade de materiais
sólidos em suspensão num efluente líquido.
ISO 14001 Norma internacional que especifica requisitos para um sistema
de gestão ambiental.
t tonelada.
ISO 17025 Norma Internacional que especifica os requisitos gerais de
competência para laboratórios de ensaio e calibração.
Taxa de absentismo Percentagem das horas de absentismo relativamente
ao potencial de horas de trabalho no ano.
n.a. Não aplicável.
TCF Sigla correspondente à designação inglesa Total Chlorine Free e que
significa pasta branqueada sem utilização de cloro.
Nordic Ecolabelling Rótulo Ecológico. Considera o impacte do produto no
ambiente ao longo do seu ciclo de vida. Os produtos têm que obedecer
a padrões mínimos de qualidade e desempenho, obrigando a que sejam
pelo menos tão bons como produtos similares no mercado. Os critérios são
continuamente elevados, assegurando que o rótulo se mantém sempre na
linha da frente da qualidade ambiental. As decisões são tomadas pelo
Comité Nórdico para a Rotulagem Ecológica, que inclui um representante
de cada país e inclui também representantes da indústria.
(www.svanen.nu/Eng)
NOx Designação geral dos óxidos de azoto formados durante a queima de
um combustível. Pode dar origem a chuvas ácidas e ser responsável pela
acidificação dos solos e reservas de água doce.
OHSAS 18001 Norma que especifica requisitos para um sistema de gestão
da segurança e saúde do trabalho.
Parte interessada (Stakeholder em inglês) – Indivíduo ou grupo interessado
ou afetado pelo desempenho de uma organização.
TRS Sigla correspondente à designação inglesa Total Reduced Sulphur.
Parâmetro que mede a quantidade de gases de enxofre, na forma reduzida
(isto é, suscetíveis de serem oxidados/queimados), nas emissões gasosas de
uma instalação ou de uma chaminé.
Valor acrescentado Valor de produção deduzido das compras de bens e
serviços (excluindo as mercadorias) mais ou menos, consoante a variação
positiva ou negativa dos stocks de matérias primas subsidiárias e de consumo,
e deduzidos de outros impostos sobre a produção ligados ao volume de
negócios mas não dedutíveis. Representa a fração que fica para distribuição
do VAB, após o pagamento de todos os impostos sobre a produção e o
recebimento de todos os subsídios sobre a produção.
Vendas líquidas Vendas deduzidas de descontos e abatimentos.
WBCSD Sigla correspondente à designação inglesa World Business Council
for Sustainable Development cuja tradução em português é: Conselho
Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável.

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