Local Conference Call BRF S.A. Resultados do Quarto Trimestre e

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Local Conference Call BRF S.A. Resultados do Quarto Trimestre e
Local Conference Call
BRF S.A.
Resultados do Quarto Trimestre e do Ano de 2013
28 de fevereiro de 2014
Operadora: Bom dia e bem-vindos à áudio conferência do quarto trimestre e ano
de 2013 da BRF S.A. Informamos a todos que esta áudio conferência e os slides
estão sendo transmitidos pela Internet através do site www.brf-br.com/ri. A
apresentação está também disponível para download em sua versão completa.
Neste momento todos os participantes estão conectados apenas como ouvintes e
mais tarde após a apresentação iniciaremos a sessão de perguntas e respostas
quando as instruções para os senhores participarem serão fornecidas. Solicitamos
que cada participante faça apenas uma pergunta.
Caso necessitem de alguma assistência durante a áudio conferência queiram, por
favor, solicitar a ajuda de um operador digitando asterisco zero.
As declarações contidas nesta áudio conferência relativas às perspectivas dos
negócios da empresa, às projeções e resultados e ao potencial de crescimento da
empresa constituem-se em meras previsões e foram baseadas nas expectativas
da administração em relação ao futuro da empresa. Estas expectativas são
altamente dependentes de mudanças no mercado, do desempenho econômico
geral do país, do setor e dos mercados internacionais, estando sujeitas a
mudanças.
Cabe lembrar que esta áudio conferência está sendo gravada.
Estão presentes nesta conferência o Sr. Abílio dos Santos Diniz, Presidente do
Conselho de Administração; o Sr. Claudio Galeazzi, CEO Global e o Sr. Augusto
Ribeiro Jr., Diretor Vice-Presidente de Finanças e Relações com Investidores.
Eu gostaria agora de passar a palavra aos administradores da companhia.
Sra. Cristiane Assis: Bom dia gente. A gente está aqui reunido para falar um
pouco dos nossos resultados de 2013 e do 4T. Estamos o Abílio, o Claudio, eu
Cristiane e o Augusto e os nossos VPs também que estão presentes e eu gostaria
de passar agora a palavra para o Abílio para a gente começar a falar um
pouquinho.
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A gente vai fazer um pouco diferente: a gente não vai passar a apresentação, a
apresentação está disponível para todos; mas a gente vai falar um pouquinho,
tocar nos pontos mais importantes e depois abrir e dar bastante tempo para vocês
para a gente ter o nosso Q&A. Abílio.
Sr. Abílio dos Santos Diniz: Bom dia a todos, obrigado por estarem participando
conosco desse nosso call de resultados. Eu queria dizer alguma coisa para vocês
em virtude que nós não nos falamos constantemente. Eu considero os resultados
de 2013 muito bons, pelo menos dentro do previsto, daquilo que nós estávamos
esperando. E eu assumi a presidência do conselho da companhia em abril do ano
passado (dia 9 de abril), o Claudio assumiu um pouquinho depois de mim a tarefa
de ser o comandante dessa grande empresa.
E os nossos primeiros passos foram passos de conhecer a companhia,
principalmente eu que vinha do outro lado do balcão. Eu precisava conhecer,
entender melhor o que era essa empresa embora para mim todas as empresas
são iguais: gente e processo, processo e gente. Nós fomos extremamente
cuidadosos no começo, mas muito, muito cuidadosos nos primeiros passos e
vocês sabem muito bem, nós já divulgamos, elaboramos um programa de 100
dias. Trabalhamos bastante, fomos depois para o planejamento estratégico e
depois para o PO, para o planejamento para o orçamento deste ano.
Demos os passos de acordo com aquilo que nós tínhamos planejado. Não
tivemos, considero eu - e depois eu vou passar a palavra para o Claudio e
também para o Augusto que está aqui ao meu lado - e eu acho que é importante
vocês ouvirem o Claudio, que foi o cara que esteve realmente na frente de batalha
tocando, tocando as coisas no dia-a-dia da companhia.
Nós não tivemos, não considero que nós tenhamos tido nenhum imprevisto. O que
nós precisávamos era fazer um trabalho consciente e o nosso trabalho não foi
feito para o ano de 2013; inclusive o que nós tivemos que fazer, de incorrer em
despesas de uma vez só que impactariam o resultado do ano passado nós o
fizemos com coragem. Procuramos ir buscar o que havia a mais e coisas que por
acaso nós precisássemos mostrar logo de uma vez no primeiro ano para que isso
não ficasse nos perturbando.
E felizmente, graças a Deus, foi de acordo com aquilo que eu acredito e nós não
tivemos surpresas maiores. Tudo aquilo que nós estamos fazendo dentro da
companhia está dentro daquilo que é previsto, e é daquilo que eu acredito - e
desculpe um pouco a pretensão - mas aquilo que eu ensino para os meus alunos
na GV no curso de liderança e gestão: nós tínhamos que primeiro procurar colocar
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as pessoas certas no lugar certo; segundo fazer com que essas pessoas
elaborassem os processos, e a companhia com isso iria andar para frente.
É uma grande companhia. É uma companhia realmente sensacional e eu tenho
orgulho de estar pertencendo a ela. Tenho um orgulho enorme de fazer parte
desse time e tenho certeza que as pessoas que estão aqui sentem o mesmo
orgulho e a mesma satisfação.
Mas a companhia precisava receber um golpe, um choque de rejuvenescimento e
é isso que nós estamos procurando fazer, sem nenhuma crítica a gestões
passadas, àquilo que foi feito. Não é o meu estilo fazer isso.
Nós procuramos olhar para a frente. De acordo com o potencial dessa companhia,
o seu tamanho, a sua capacidade, o seu processo de produção, a sua integração
desde a agricultura, desde o nascimento das aves até elas terminarem no cliente
final, no consumidor final ou no mercado interno ou no mercado externo é um
processo que realmente foi construído por décadas - e muito bem construído,
muito bem construído.
Nós temos que aproveitar isso, fazer com que a companhia fique mais ágil, mais
leve, ter decisões muito rápidas e nós estamos conseguindo isso. Nós temos uma
estrutura em cima realmente que dá muita tranquilidade: o Claudio na gestão
global, o Sérgio Fonseca tomando conta como CEO Brasil, e do outro lado o
Pedro Faria dando total tranquilidade no mercado externo. Vocês vão ver, aliás,
que se nós tivermos alguma coisa não fora do previsto; se nós tivermos alguma
coisa que pode... mostrando ao mercado que nós estamos tendo alguma
dificuldade foi no mercado interno e por quê?
Por que nós tivemos que mudar muito os processos, nós tivemos que mudar muito
aquilo que estava sendo feito para tornar a companhia realmente muito mais ágil.
Vocês vejam o resultado desse ano de 2013 é muito melhor que o de 2012, então
já demonstra que aquilo que nós estamos fazendo já está procurando colocar a
companhia num rumo melhor.
A companhia estava muito travada e nós estamos procurando destravá-la dando
métodos mais modernos, mais rápidos. TI e logística de acordo com o que eu
acredito, aquilo que eu sempre vi durante a minha vida do outro lado do balcão, as
grandes empresas, empresas complexas como essa não se movem sem uma TI e
uma logística realmente... não é de primeiro mundo, o primeiro mundo é aqui; mas
TI e a logística é aquilo que existe do melhor no mundo, e nós estamos
procurando fazer isso aqui na BRF. Isso não é fácil, não se faz do dia para noite,
principalmente TI. Você depende de muitas coisas: mudança de processo,
mudança muitas vezes inclusive de equipamento, de forma de atuar.
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Estamos fazendo. Estamos no gerúndio, um ótimo gerúndio, nós temos que
conviver com ele. Estamos fazendo. Estamos fazendo o trabalho de acordo com
aquilo que eu acredito. Se por acaso alguma coisa não der certo vocês podem
debitar para mim. Todas as vitórias, todas as glórias vocês podem creditar ao
time, principalmente o Claudio Galeazzi, ao Sérgio e o Pedro e os débitos podem
fazer para mim, porque eu estou fazendo de acordo com aquilo que eu acredito.
O conselho tem me apoiado, todo o time tem me apoiado e eu tenho dado a
direção dessa companhia de acordo com aquilo que eu penso. Como é que eu
acho que as coisas têm que ser feitas? Nós temos que começar de baixo para
cima. Nós não temos que buscar resultados semanais, diários e muito menos
mensais; nós temos que buscar resultados consistentes ao longo do tempo. Então
tem que fazer um trabalho bem-feito em todos os setores: as granjas tem que
estar todas funcionando, a integração tem que estar funcionando, as fábricas
funcionando, a logística funcionando, toda a mercadoria indo para o
processamento de uma maneira adequada, rápida, ágil, com custos baixos.
Daí você vai para a distribuição fazer com que a distribuição seja eficiente e
depois até chegar no consumidor que haja um processo realmente eficiente. O
que eu aprendi na vida? Tudo aquilo que você faz de forma consistente é
recompensado depois no produto e no resultado final. Eu tenho certeza absoluta
que esse ano já vai ser um ano... acho até que vai ser um ano que vai surpreender
vocês porque é um ano em que as coisas começam a acontecer, mas resultado
deste trabalho que nós estamos fazendo, um trabalho embaixo.
O ano que vem (2015) vai fazer vinte anos que eu convivo com vocês e convivo
com o mercado, que dirijo companhias de capital aberto. Nunca joguei no curto
prazo, nunca joguei para vocês, nunca joguei para o mercado; jogo para a
companhia desta forma, fazendo um trabalho consistente, de baixo para cima e
não tem erro: quando você faz um trabalho consistente de baixo para cima você
vai colher os resultados.
É isso que nós estamos buscando. Estou muito satisfeito com o que nós fizemos
até agora. Já estamos quase no final do último dia do mês de fevereiro. Não posso
dar nenhum guidance, não posso dar nada; mas estou muito satisfeito com o que
estou vendo, com a companhia, com o time. Está todo mundo aqui feliz, sorrisos
porque sabem que estão fazendo um trabalho consistente e é isso que me dá
tranquilidade e é esta tranquilidade que eu quero passar para vocês que estão me
ouvindo: estamos tranquilos e se por acaso tivesse alguma coisa mais complicada
também vocês me conhecem, eu sou de falar, não sou de guardar.
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Então estamos tranquilos, estamos satisfeitos com o trabalho que estamos
fazendo e sinto muito: se vocês esperavam resultados melhores no ano passado a
gente sonhar sempre é bom, mas não dava para atender os sonhos.
Obrigado, obrigado por terem me ouvido. Eu acho que é importante agora vocês
ouvirem o nosso time, o Augusto aqui do meu lado, o Claudio, enfim, vamos lá,
muito obrigado.
Sr. Claudio Galeazzi: Bom dia, é Claudio Galeazzi. É um prazer estar novamente
diante de vocês e eu queria mencionar o fato de que eu não vou me ater aos
números referentes ao ano passado, nós vamos deixar isso para o nosso CFO. O
que eu pretendo fazer aqui é uma apresentação tipo prestação de contas das
ações e das implementações que nós efetuamos durante esses últimos meses.
Quando o Abílio assumiu como presidente do conselho ele, conhecedor do nosso
mundo, da nossa economia e que tudo isso mudou, tinha como certo que havia
uma necessidade para se reorganizar e se adaptar para um novo ciclo. Em outras
palavras, ele queria repensar e transformar a companhia. Ele passou esta missão,
os 100 dias iniciais, para um grupo 70, 80 executivos da empresa e que sem
nenhuma assessoria externa montou toda uma estrutura reorganizada.
A ideia, como disse o Abílio, era oxigenar. Mudou-se o mindset de uma empresa
industrial, que tudo que produzia vendia, para uma empresa comercial. Foi criado
dois cargos de CEOs: um para cuidar da área interna (Brasil) e outro para cuidar
do mercado externo. Ocuparam esses cargos respectivamente o Sérgio Fonseca
e o Pedro Faria. Criou-se também uma vice-presidência de planejamento
integrado e uma vice-presidência de marketing (esta última que reunia os
diferentes setores de marketing que agiam independentemente pela empresa).
Em agosto (em 15 de agosto para ser exato) Abílio empossou a nova diretoria e
agora, sequencialmente, mês a mês eu vou mencionar as diferentes ações,
atividades, implementações: em setembro a nova estrutura foi implementada.
Cada executivo ocupou as suas novas funções ou exercendo as antigas funções.
Em outubro e novembro do ano passado nós começamos a implementar os dois
principais objetivos gerados pelos 100 dias: primeiro obviamente, eu já mencionei,
que era uma nova estrutura voltada à parte comercial e não tanto liderada pela
indústria. Começamos a implementar também as capturas, o que foi mencionado
na ocasião, de 1,9 que consiste de 28 iniciativas.
Talvez por uma falta de comunicação adequada se esperava que a rampa fosse
muito inclinada e que esses 1,9 seriam capturados quase que de imediato. A
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rampa não é assim; a rampa ela é inicialmente de uma inclinação mais baixa e
depois começa a se acelerar chegando no seu final no final de 2016.
Fizemos também em outubro/novembro a pedido do Abílio um imenso repensar no
nosso programa de trainees dando mais ênfase, programas de treinamento, para
que nós possamos continuar aumentando o nosso plantel gerencial. Fizemos
também em outubro/novembro novas avaliações e reduzimos a produção de
frangos para exportação num total (entre frangos e outros produtos)... perdão,
210.000 toneladas/mês visando, obviamente, equacionar a demanda com a nossa
produção, ou seja, a produção ia um pouco atrás da demanda ao invés de nós
irmos com a produção empurrando a demanda.
Implementamos o VP de planejamento e mais o VP de marketing, mencionado
acima, que começaram a agir de forma uniforme e integrada na nossa sala de
execução. Encerramos também em outubro/novembro aquilo que tinha sido
solicitado pelo Abílio, que era um planejamento estratégico BR-17 com 46
iniciativas e cujos alvos principais ao longo dos próximos anos, cujos targets,
visam ROIC sem dúvida, Ebitda, margem e crescimento. Temos que lembrar que
são 46 iniciativas que serão implementadas nos próximos anos visando objetivos
anuais.
Em dezembro fizemos uma reorganização do mercado externo comandada pelo
Pedro Faria. Nós tínhamos oito escritórios e reduzimos para quatro, e também em
dezembro revisitamos o Capex ou a torre de Capex verificando quais seriam os
investimentos mais necessárias e que não visasse produção mas sim
produtividade, TI e logística, e esta torre sofreu, obviamente, uma redução e o
Augusto vai mencionar efetivamente os valores em termos de Capex.
Em janeiro foi a vez do mercado interno, o go-to-market. O Sérgio Fonseca
implementou um teste piloto visando o aumento da nossa base de clientes, e fez
esse teste piloto numa região e o resultado foi extremamente positivo com
aumento da nossa base de clientes, aqueles clientes que nós consideramos que
são ativos nos últimos 60 dias, inclusive a produtividade de vendas. Quer dizer,
houve uma reformulação e até de supervisor para cima ficou integrado como
sendo uma unidade só e tendo, digamos, o corpo de vendas agindo ainda
separadamente mas visando talvez uma consolidação da equipe de vendas, do
portfolio, etc.
Como o resultado foi extremamente positivo antecipamos o rollout que estava
programado para março deste teste piloto para o resto da companhia Brasil afora
para fevereiro, já iniciamos esse processo, está sendo o rollout com um mês e
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meio, dois meses, e esse processo deve terminar em maio e a gente pelo teste
piloto tem certeza que deverá ter um resultado muito bom, muito positivo.
No mercado externo foi estabelecido novas estratégias de pricing, novas
estratégias de mercado e com muito bom resultado neste mês de janeiro. Nós
também no mês de janeiro passamos toda a administração de grãos - temos uma
participação extremamente relevante no mercado brasileiro de grãos - passamos
para a vice-presidência de planejamento visando ter dentro do planejamento
integrado também o controle e o acompanhamento dia-a-dia das flutuações, dos
movimentos tanto nacionais quanto internacionais pelo qual passam os grãos, que
é um componente vital dentro do nosso custo.
Fevereiro foi um mês intenso, realmente muito intenso com muitas ações, muita
reorganização. Entre elas eu vou mencionar a parte de operação. Nós tivemos
corte de níveis. Nós cortamos cinco escritórios regionais que eram uma
redundância, uma duplicidade na estrutura (tinha RH, tinha Ciex, tinha
administração), enfim, era uma duplicação daquilo que nós temos na sede e em
alguns casos também uma duplicação ou triplicação porque nas unidades nós
tínhamos também estes mesmos cargos e funções.
Hoje nós temos três diretorias que ficam e despacham na nossa sala de comando
junto ao que está acontecendo, acompanhando no dia-a-dia o que ocorre no
mercado, aquilo que são as mudanças, e levando one step down, quer dizer, só
um movimento para as unidades onde os diretores que lá foram empossados - e a
beleza de todo esse processo é que foi uma cascata para cima de nossos talentos
existentes que assumiram novas funções, novas responsabilidades. E aqueles
outros que estavam em outras unidades foi feito um rotation passando para outras
unidades.
O importante disso tudo foi um empowerment nas pontas, e obviamente essas
pontas muito, muito próximas agora porque não tem aquela cascata de regionais
para filtrar para cima ou para baixo as informações, as instruções, a política e o
planejamento integrado. O que foi também uma mudança muito significativa nessa
mudança ou reorganização da operação é que o planejamento integrado não
conversava com o planejamento de produção que estava em cada uma das
unidades. Pasmem, quer dizer, nem tudo aquilo que era planejado era depois
replicado no planejamento de produção.
Hoje é único esse planejamento, está também com um vice-presidente de
planejamento sediado aqui em São Paulo, mas como eu mencionei com uma linha
direta, imediata com cada uma das unidades.
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Nós também, durante este mês, tivemos uma reorganização do marketing visando
e com uma política que é acompanhada muito de perto pelo Abílio de branding e
pricing. Redução de SKUs, maximização e melhoras no portfolio, enfim, uma
mudança também muito intensa para ser implementada não somente no Brasil
mas também no mercado internacional.
O TI sofre também neste mês de fevereiro (e logística) uma mudança bastante
relevante que fica muito mais próximo da busca das soluções dos grandes
problemas que nós temos em TI e logística. Aliás, foram pontos de fragilidade no
último trimestre do ano onde nós estávamos com produtos disponíveis porém nos
lugares errados e não estávamos fazendo as entregas. Esta mudança bastante
radical foi obviamente uma pressão do Abílio querendo soluções rápidas para que
a gente pudesse contornar essas nossas fragilidades.
Nós criamos também em fevereiro o war room, uma sala de guerra onde todos os
movimentos diários de entregas, de produção são acompanhadas on line
permanentemente e isso está mudando na verdade a nossa qualidade de entrega,
de atendimento no mercado.
No mercado externo tivemos dois movimentos: um deles na Federal Foods que
em janeiro de 2013 nós adquirimos os direitos econômicos de ao redor de 60%.
Em fevereiro aumentamos os nossos direitos econômicos com outro valor de
investimento de 27 milhões aproximadamente de dólares. A Al Khan Foods no
Omã, que a líder em food service já representa a Sadia na região em 25%... em
25 anos e nós adquirimos 40% de participação num entity value... enterprise value
de 68 milhões. Isso está muito em linha com a estratégia mencionada
anteriormente, que seria consolidar a distribuição onde já temos uma presença
marcante. Isso daqui tudo também ocorreu agora em fevereiro, ou está em
andamento em fevereiro.
Uma perspectiva - que obviamente eu sei que vão perguntar - é sobre o nosso
primeiro quarter de 2014 e a Cris está dando R$ aqui de baixo da mesa; mas nós
conseguimos já um aumento no nosso market share na maioria das categorias (e
isso no Nielsen de dezembro e de janeiro, que a nossa equipe tanto de vendas
quanto de marketing estão de parabéns).
Nós estamos também cima do nosso budget com bons resultados iniciais, o que
não necessariamente indica uma reversão da antiga tendência mas não deixa de
ser um sinalizador bastante positivo, e acreditamos que provavelmente no
trimestre será atingido o nosso budget.
A nossa política global - e aí parte muito da política do nosso presidente do
conselho - que é primeiro (não pela ordem definitivamente, prioridade mas pela
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sequência digamos assim para listar) vamos continuar com a política de gerar
caixa, caixa forte, fortalecendo a nossa posição econômica. Estamos revendo o
nosso perfil de endividamento, aumentando o nosso revolver significativamente a
taxas excelentes em termos de stand-by credit o que nos permite, digamos assim,
enfrentar qualquer crise que possa surgir no mercado.
O nosso Capex nós não vamos mais direcionar o Capex para aumento de
produção mas sim para produtividade. Vamos manter, digamos, um foco, como
mencionado acima, até mesmo por uma orientação do nosso Chairman, que seria
investimento em TI e logística.
A nossa política de M&A (de mergers & acquisitions) é uma política conservadora.
Só vamos fazer aquelas aquisições - obviamente aprovadas pelo conselho mediante a possibilidade e competência nossa de digerirmos eventuais
aquisições.
Temos também como alvo no mercado tanto interno quanto externo aumento de
volume e obviamente com uma política de precificação adequada.
Basicamente eu diria que esses são em um briefing resumido de tudo aquilo que
está sendo implementado. É óbvio que isso, o que eu mencionei são as principais
implementações, ações, etc.; mas não representa todas as ações em andamento.
Ela tem uma sequência como vocês puderam ver, como disse o Abílio não se
implementa tudo ao mesmo tempo, está se implementando na medida em que a
gente vai consolidando cada uma dessas posições.
Gente obrigado e eu passo a palavra agora para o Augusto.
Sr. Augusto Ribeiro Jr.: Bom dia pessoal. Cabe a mim esclarecer e mostrar um
pouco de números para vocês. Eu não vou passar a apresentação. Conforme a
Cris mencionou no início da teleconferência o meu desafio maior aqui com vocês é
tentar esclarecer através de números um pouquinho melhor o que foi o quarto
trimestre de 2013.
De maneira nenhuma entendam - e eu vou comentar um pouquinho sobre eventos
não recorrentes, abrir um pouquinho mais a questão de top line e reformas - em
nenhum momento entendam que nós não reconhecemos que o quarto trimestre foi
um trimestre desafiador e um pouco abaixo das nossas expectativas internas. Eu
espero ao final desse breve relato que vocês tenham uma melhor visão do que é
realmente a base de lançamento BRF quarto trimestre de 2013 sobre a qual nós
vamos construir 2014.
Então vamos lá. O primeiro ponto relevante quando vocês olham a performance
de crescimento, o top line da empresa (falando de net revenue, de receita líquida)
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nós apresentamos um percentual de crescimento de 7% em números oficiais. É
importante lembrar que nós tivemos o primeiro semestre de 2012 com todos os
ativos que nós depois passamos adiante ou deixamos de produzir, que são o
evento TCD.
Então o nosso percentual de crescimento em bases comparáveis na verdade foi
ao redor de 12% ano contra ano, o que mostra uma excelente performance e
recuperação de volume 100% acontecida no mercado interno. Entrando um pouco
mais especificamente dentro do mercado interno é importante esclarecer que bom,
no quarto trimestre tivemos uma receita de R$ 3,6 bilhões, em linha com o quarto
trimestre de 2012. Com mais preço (ao redor de 19,6% de incremento de preços)
e uma redução de volume de 16%.
Aqui eu preciso e acho importante que vocês entendam a qualificação desse
volume, o porquê da queda de 16% ano contra ano. São três principais razões que
acabam distorcendo a análise: a primeira delas é que o terceiro trimestre de 2012
e o quarto trimestre de 2012 nós tivemos, vocês devem se lembrar, um
desbalanceamento muito grande entre oferta e demanda no mercado externo e
nós desviamos bastante, muito volume de aves nesse caso para o mercado
interno. Então o volume vendido de aves do final do ano passado (2012) foi muito
alto.
Em 2013 já tivemos um percentual de venda mais alinhado com a estratégia de
colocação de produto de forma rentável e almejando o crescimento desse
mercado. Com isso eu perdi em volume comparativamente mas tive uma cadência
mais racional impactando diretamente o bottom line, o nosso Ebit do mercado
interno.
Outro fator relevante é que no quarto trimestre de 2012 nós ainda vendíamos
insumos para a planta da Doux, coisa que no quarto trimestre de 2013 nós não
operamos. Isso distorce bastante volume especificamente, porém o bottom line
novamente fica muito melhor porque é uma operação pouco rentável.
E obviamente nós tivemos, sim, dificuldades mas aí foram a variação de 2% da
linha de processados ano contra ano e aí dezembro, novembro apresentou um
pouco de dificuldade principalmente no varejo. Quando eu olho agora o Ebit em
contrapartida, mantendo todos esses valores nós apresentamos um crescimento
de quase 11%: foram quase R$ 40 milhões acima trimestre contra trimestre 2013
contra 2012.
No mercado externo nós tivemos 2013... exportamos aproximadamente 2,5
milhões de toneladas, um crescimento de 1,5% em relação ao ano anterior com
aumento de preço muito relevante ao redor de 16%. Mesmo com o impacto de
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câmbio relevante ao redor de 10,4% o aumento de preço veio muito em linha. A
receita líquida cresceu 12,9% totalizando R$ 13 bilhões no ano.
Quebrando um pouco por regiões o mercado externo o quarto trimestre teve uma
recuperação de performance em quase todos os mercados com exceção do
Oriente Médio. A questão especificamente do Japão, o Japão já mostrava, já
mostrou no quarto trimestre um reposicionamento muito mais saudável, são os
estoques locais, o que já provou, já demonstrou no último trimestre uma
recuperação de preços locais que continuou entrando em 2014. Tivemos o
mercado europeu no retorno de consumo, as Américas também.
No Oriente Médio, no entanto, por um problema de oferta e demanda e também
um pequeno problema na Arábia Saudita por um problema de flutuação de volume
nos meses de novembro e dezembro por questões políticas locais nós perdemos
8,9% na ROL basicamente por ações de preço locais mas crescemos 10,6
volume.
Esse crescimento relevante de volume veio principalmente atrelado essas ações
de trade que nós fizemos no local. Nós aproveitamos, tínhamos que reduzir e
regularizar a situação de estoque no Oriente Médio e aproveitamos e fizemos
diversas operações de trade, co-packing, promoções e nós lançamos inovações
na região através de volumes de griller que nós estávamos corrigindo na região.
Em dairy é importante mencionar novamente, chamar a atenção para dairy porque
parte do resultado de dairy foi impactado de maneira relevante por uma parte dos
eventos não recorrentes que ocorreram em 2013 que eu vou mencionar logo em
seguida. Mas de maneira geral foi um ano muito bom para dairy. Tivemos a
estratégia da companhia de focar no mix de maior valor agregado com redução da
dependência de leites UHT que permeou a tônica do ano inteiro de 2013 e ajudou
o negócio a ter resultados mais positivos. No ano nós crescemos 3,5% no
faturamento líquido totalizando R$ 2,8 bilhões com um volume 15% menor e um
preço médio 24% maior. Grande parte desse preço médio vem de UHT e vem de
um mix mais rico.
No ano tivemos um resultado operacional R$ 60 milhões melhor do que o ano de
2012, um ganho de 2,3 pontos percentuais. No entanto, no quarto trimestre
apresentamos um prejuízo de 27 milhões (27,7 milhões) e grande parte, senão a
maior parte desse prejuízo veio desses eventos não recorrentes.
No food service tivemos um crescimento de 1,6% no quarto trimestre com uma
receita líquida de R$ 506 milhões. No acumulado do ano tivemos um faturamento,
um crescimento de 3,1% atingindo R$ 1,6 bilhões, ainda que com a redução de
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volume de 5,7% principalmente por conta do reflexo do cenário econômico e o
problema também de um mix um pouco mais pobre ano contra ano.
Aqui eu vou abrir um parêntese. Já falei do TCD que era relevante, falei da
divergência de volume que era relevante para a compreensão da verdadeira
performance do mercado interno. É importante mencionar agora o que são os
eventos não recorrentes ou extraordinários que nós tivemos no fechamento do
ano de 2013. Nós dividimos isso... eu posso dividir isso em três grandes blocos:
um primeiro bloco reestruturação basicamente de pessoas (aqui foram 71 milhões
no quarto trimestre) e se nós somarmos o terceiro e quarto trimestres São R$ 100
milhões com gastos de reestruturação.
Nós tivemos - conforme já anunciado e sabemos que isso é uma ação positiva nós anunciamos uma redução de portfolio no Brasil para 2014. Essa redução de
portfolio já antecipada e já prevista (inclusive o plano de ação para atingir o
sucesso desse projeto) nos mostrou a necessidade de realizar uma provisão,
porque em qualquer processo de revisão de SKU sobra matéria-prima, sobram
algumas embalagens e então nós estamos falando de uma provisão de
aproximadamente 5 milhões entre esse processo mais algumas pequenas
reestruturações relacionadas ao tema.
E o outro grande evento, conforme o Claudio já mencionou nós tivemos uma
revisão profunda na nossa estratégia de Capex no ano e nós paralisamos e já
provisionamos para perdas especificamente da companhia alguns investimentos
que tinham maior conotação de aumento de capacidade, já considerando toda a
nossa capacidade atual, a nossa ociosidade vigente, e isso contabilizou
aproximadamente R$ 35 milhões.
Esses três blocos somam R$ 111 milhões. Vocês podem perguntar
eventualmente: mas todo ano tem evento não recorrente? O que eu estou
tentando dizer aqui não é explicar 100% dos eventos não recorrentes - porque
houveram outros - e aqui especificamente aqueles três blocos eu acho que vocês
hão de convir comigo, concordar comigo que são eventos extremamente ligados à
nova estratégia da empresa e por isso eles machucaram o resultado, distorceram
um pouco o resultado de rentabilidade da companhia conforme eu havia
mencionado.
Se eu pegar esses 111 milhões e agora comentar sobre o nosso Ebit e sobre o
nosso Ebitda haverá um pouquinho de divergência, um pouquinho de diferença do
anunciado. O Ebit por exemplo da empresa nós atingimos R$ 461 milhões no
trimestre, 14,9% inferior ao quarto trimestre de 2012 com margem operacional de
5,6% nosso Ebit.
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Esses 111 milhões, conforme citado eventos não recorrentes, se eu adicioná-los à
base novamente nós temos um Ebit mais próximo do que foi o verdadeiro Ebit da
empresa no trimestre de 7%, e isso é importante ter em mente. No ano a empresa
cresceu... entregou um Ebit de quase R$ 2 bilhões (R$ 1,9 bilhões), um
crescimento de quase 50% sobre o atingido em 2012.
Quando nós falamos agora de Ebitda ajustado - e aqui agora eu vou abrir um
outro parêntese: esse é o último trimestre que nós falamos de Ebitda ajustado
para o mercado. A partir do primeiro trimestre de 2014 nós falaremos apenas de
Ebitda. Eu acho que alguns de vocês vão nos agradecer porque simplifica a vida
das análises, mas o fato é que nós precisamos manter esse último com Ebitda
ajustado porque isso mantém o padrão de reporte ao longo de 2014... de 2013
perdão.
Então dando continuidade, considerando o Ebitda ajustado nós tivemos uma
margem Ebitda ajustada de 11,9 no tri... no ano ante 9,4% em 2012. Quando o
Ebitda ajustado do quarto trimestre... perdão. No quarto trimestre de 2013 atingiu
R$ 954 milhões, 6,3% com diferença de 2012. Quando nós adicionamos os
eventos recorrentes ao Ebitda ajustado a nossa margem sai de 11,6 para 13% no
quarto trimestre de 2013, acima dos 12,5 que nós apresentamos no ano anterior.
Aqui eu vou dar, abrir um parêntese. Faltam mais quatro pontos antes de abrir
para Q&A que eu acho que são pontos muito relevantes, importantes que nós
gostaríamos de chamar a atenção do mercado. O mercado na verdade já vem
notando, reparando, comentando mas são pontos 100% ligados a toda a
estratégia que nós estamos tratando.
O primeiro como o Claudio mencionou forte e contínua - importante isso - geração
de caixa da empresa. Nós geramos 578 milhões de free cash flow no quarto
trimestre contra 197 milhões no quarto trimestre de 2012 e 518 no terceiro
trimestre de 2013. Esse incremento vem de onde? Vem da melhoria operacional
do período, vem da melhor eficiência de capital de giro e um Capex melhor
controlado.
Se você contabilizar, comparar o ano de 2013 versus o ano de 2012 nós
crescemos mais de 10x a geração de caixa dessa empresa: nós fomos de 115
milhões em 2012 para R$ 1,5 bilhões em 2013. A tendência se mantém para 2014
cada vez buscando maior eficiência.
Aproveitando falando de Capex o nosso Capex totalizou R$ 1,5 bilhões em 2013,
um patamar bem inferior ao que nós víamos em anos anteriores ao redor de 2
bilhões, 2,5 bilhões (já incluídos ativos biológicos de 500 milhões) e para 2014 nós
mantemos o guidance de 1,5 bilhões de Capex para a BRF. Aqui basicamente é a
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priorização de projetos estratégicos alinhados à companhia e muito mais focados
em logística, sistemas de TI e automação de linhas, enfim produtividade.
Outro ponto importante, capital de giro. A empresa saiu de um ciclo financeiro de
56 dias em dezembro de 2012 (o que na época era mais ou menos 14,5% da ROL
- da receita líquida da empresa) para 49,5 dias em dezembro de 2013
(representando isso 13% da ROL), de 14,5 para 13%. Em 2014 também
esperamos continuar com essa melhoria trabalhando forte na gestão do contas a
pagar, a receber e estoques.
E o último ponto que também é muito relevante: a nossa dívida líquida fechou em
6,8 bilhões com um ratio dívida líquida/Ebitda ajustado de 1,87x, alinhado com a
nossa disciplina financeira e nossos objetivos internos.
Eu termino por aqui, agradeço a atenção e abrimos para Q&A.
Sessão de Perguntas e Respostas
Operadora: Senhoras e senhores, iniciaremos agora a sessão de perguntas e
respostas. Lembramos que cada participante terá direito a uma pergunta. Para
fazer uma pergunta por favor digitem asterisco um e para retirar a pergunta da
lista digitem asterisco dois.
Nossa primeira pergunta vem de Giovanna Araújo, Itaú BBA.
Sra. Giovanna Araújo: Bom dia a todos. A minha pergunta é sobre a geração de
caixa, especificamente sobre o capital de giro. A gente observou que tem uma
geração de caixa expressiva de quase 600 milhões, uma contribuição importante
do capital de giro.
A gente queria entender quão sustentáveis são esses números e se existe algum
benefício como venda de ativos ligados à operação de bovinos que contribuiu
também positivamente para este número ou algum outro evento não recorrente, e
em que medida esses números já refletem também esse processo de
reestruturação em curso na empresa. Obrigada.
Sr. Augusto Ribeiro Jr.:
efeito ainda da operação
pouquíssimo impacto de
recorrentes, aqui no caso
financeiro.
Obrigado pela pergunta. Na verdade não tem nenhum
de bovinos que está sobre a aprovação do Cade. Há
operação de eventos... na verdade os eventos não
o Ebitda, eles acabam prejudicando o cálculo do ciclo
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Nós tivemos uma melhora significativa e consistente principalmente na conta
fornecedores onde estamos trabalhando fortemente nos últimos meses. Os
estoques estão bem mais sãos. Desde o final do ano passado nós tivemos um
desbalanço... no final de 2012 com um desbalanceamento mais relevante de
estoques. Nós viemos trabalhando fortemente nos estoques de produtos
acabados ao longo de 2013.
Então respondendo diretamente à sua pergunta os números são sólidos, são
100% relacionados a toda a estratégia que nós temos de captura de sinergias e
melhoria operacional da empresa. Não tem evento de bovinos nele ou outro
evento extraordinário de venda de qualquer ativo e esperamos para 2014 uma
contínua melhora nesse indicador.
É óbvio que fornecedores teve uma melhora significativa em 2013 versus 12 e nós
esperamos a mesma curva de melhora 2014 versus 13; mas ainda com
expectativa de melhora ano contra ano.
O contas a receber também teve diversas ações em andamento e estoques ainda
continuamos buscando uma melhoria oficial.
Sra. Giovanna Araújo: Tá ótimo, obrigada.
Operadora: Nossa próxima pergunta vem de Fernando Ferreira, Merrill Lynch.
Sr. Fernando Ferreira: Bom dia a todos. Eu tinha uma pergunta em relação à
performance no mercado externo que é o seguinte: eu queria que vocês
comentassem quando a gente fala com outras empresas do setor ninguém está
estressando que o quarto trimestre foi um trimestre desafiador no mercado
externo.
Então eu só queria entender um pouco mais a que vocês atribuem a BRF estar
com uma performance pior do que outros players do Brasil e eu queria entender
um pouco mais como é que é feita a alocação de custo entre mercado interno
mercado externo. Obrigado.
Sr. Augusto Ribeiro Jr.: Obrigado Fernando. O mercado externo nosso como eu
havia comentado grande parte do resultado do mercado externo foi originado na
nossa própria ação, que foi a BRF, um desbalanceamento de oferta e demanda
focado principalmente no Oriente Médio.
O Japão no quarto trimestre já apresentou melhora significativa de estoques,
porém o preço ainda não estava 100% recuperado e então nós tivemos um pouco
de... não tivemos 100% de recuperação, mas uma melhora relativa significante
versus trimestres anteriores, e isso especificamente Japão.
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Agora quando nós analisamos o Oriente Médio no Oriente Médio tivemos ações
fortes de readequação de estoques locais e através, como eu havia mencionado
anteriormente, de ações fortes no próprio trade. Então teve muito... teve
lançamento de produtos, de inovações que nós trouxemos de nossas fábricas na
Europa e lançamos no Oriente Médio e aproveitamos toda essa necessidade de
adequação de estoque e fizemos diversas promoções "pague dois... leve um",
esse tipo de ações.
A Arábia Saudita também para nós no fechamento do ano especificamente
dezembro se provou um desafio relevante por diversas razões que ocorreram no
mercado local. Vocês ouviram as notícias, mas houve uma forte ação de
repatriação de pessoas eventualmente ilegais no país (quase um milhão de
pessoas), a população da Arábia Saudita é de 30 milhões e isso impactou a
expectativa e então reduziu a compra do mercado. Ainda bem, no primeiro
trimestre de 2014 isso já está basicamente regularizado, pois nos pegou forte no
último trimestre.
Outro ponto relevante que é na parte de custos que você perguntou como é que a
gente faz o rateio. Nós fazemos pouco rateio entre mercado externo e mercado
interno. Isso na verdade são fábricas dentro do possível sempre dedicadas ao
mercado externo e interno, então esse é o custo presente para a companhia de
uma maneira geral.
Quando nós temos... olhando especificamente pressão de custos nós tivemos,
apesar de por exemplo nos Estados Unidos nós tivemos uma redução no preço
dos grãos, no Brasil na verdade quando você olha a soja ele teve um aumento de
12% fortemente influenciado pelo câmbio e por toda uma relação também de
mercado, a Argentina segurando venda e isso acabou pressionando um
pouquinho os nossos resultados.
Sr. Fernando Ferreira: Tá legal, obrigado Augusto e só um follow up do que o
Claudio tinha mencionado sobre o ramp up de todas essas ações que vocês estão
tomando que ele tinha mencionado que vocês estão um pouquinho... mais lenta
no começo, então eu só queria entender um pouco mais a cabeça de vocês
quando é que é o inflexion point, ou seja, quando é que a gente deve ver
realmente a rentabilidade melhorando, o resultado mais em linha com o que vocês
esperam? Vocês veem isso já para o primeiro trimestre ou algo que é só mais
para frente?
Sr. Claudio Galeazzi: Ok Fernando. O ramp up como nós dissemos ele é
inicialmente com inclinação mais baixa, mas podemos dizer que estamos dentro
daquilo que foi projetado e esperado, e lamento dizer que se não fosse por essas
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capturas o nosso resultado provavelmente no quarto tri... provavelmente não; seria
um pouco mais baixo do que foram indicados na verdade. Teve um acréscimo aí
das capturas de ramp up.
Nós... dentro da nossa programação ele começa a ter um efeito nos nossos
resultados - e já está incluído no nosso budget - a partir do segundo semestre.
Obviamente que aí são, como mencionamos, são 28 ações que envolvem
processos, envolvem logística, enfim, tem várias ações que já estão sendo
implementadas mas cujo resultado ainda precisa de um tempo para maturar.
Ou seja, a partir do segundo semestre já está incluso no nosso budget, quer dizer,
não é que esteja fora; e nós fazemos um acompanhamento mês a mês de onde
nós capturamos, e na verdade está um pouco acima do que é o nosso ramp mas
não necessariamente exatamente onde nós esperávamos. Teve pontos que teve
uma melhora significativa, captura significativa, e outros que estão abaixo daquilo
que foi a expectativa. Mas estamos agindo mês a mês ou quase que a cada
quinze dias para sabermos exatamente onde nós estamos na rampa vis-à-vis o
nosso orçamento.
Sr. Fernando Ferreira: Tá ótimo, obrigado.
Operadora: Nossa próxima pergunta vem de Thiago Duarte, BTG Pactual.
Sr. Thiago Duarte: Bom dia a todos. Eu queria entender um pouco mais na
medida do possível - eu acho que é para o Claudio essa pergunta - principalmente
entender que tipo de métricas ou KPIs a gente deveria olhar ao longo desse ano
para acompanhar essas melhoras.
Eu entendi, acho que está muito claro para todo mundo essa questão que o
Augusto mencionou do capital de giro ou a questão do Capex agora voltado muito
mais para eficiência, menos para crescimento e mais restrito nessa casa de 1,5 bi;
mas quando a gente pensa em termos, por exemplo, de crescimento de receita
para esse ano ou expansão de margens eu não sei, eu acho que ainda existe uma
discrepância bastante grande de expectativas.
Então seria importante, eu acho, ter um pouco de norte de vocês de como
enxergar isso ao longo do ano e eventualmente outras medidas que eu acho que
vocês podem passar para a gente que a gente deveria olhar um pouco mais de
perto.
E a segunda pergunta particularmente com relação à parte de lácteos. Eu acho
que vocês poderiam colocar um pouco mais o que foram esses não recorrentes e
comentar um pouco esse comunicado que vocês soltaram essa semana quando à
busca para a possível alienação parcial dos ativos e parcerias, etc. Obrigado.
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Sr. Claudio Galeazzi: Ok. Com referência à primeira parte da sua pergunta
obviamente que eu mencionei que o BR-17 tem como targets ou alvos ROIC,
Ebitda, margem e crescimento muito ligado ao nosso bônus, nossa share, stock
options, está muito voltado a ROIC, Ebitda e também ao preço de mercado das
ações, ou seja, em princípio nós estamos (nós os executivos) estamos muito
alinhados com os interesses dos acionistas.
Com referência a lácteos na verdade ali foi uma falha de comunicação onde nós
contratamos efetivamente a participação do BBA (Itaú BBA) para nós vermos as
oportunidades que possam existir sejam elas de Joint Venture, sejam elas de
associação, e também não exclui obviamente venda total ou parcial tá certo? Dos
lácteos. Basicamente eu diria que é isso. Não sei se respondi à sua pergunta,
Thiago?
Sr. Thiago Duarte: Mais ou menos, Claudio. A ideia na verdade eu queria mais
ter - eu sei que vocês não dão guidance, eu acho que ainda muito cedo no ano
para a gente falar de números fechados para o ano - mais eu acho que era dar
mais uma sinalização do que vocês imaginam, por exemplo, crescimento de
receita e evolução de margem, de rentabilidade, quer dizer, faz sentido pensar
numa evolução expressiva esse ano já como resultado daquilo que vocês têm no
budget principalmente no segundo semestre?
E o que é crescimento de receita num ano em que vocês estão fazendo uma série
de redirecionamentos de volume e corte de SKU, quer dizer, a gente vai ver
volumes um pouco mais contidos e preços melhores? É mais ou menos nessa
direção que eu pretendia ir.
Sr. Claudio Galeazzi: Tá certo, você tem razão, um momentinho. Com referência
ao guidance, Thiago, você deve saber muito bem que no CBD nós dávamos uns
guidances dentro de certo range; aqui ainda nós não estamos muito tranquilos em
apresentar um guidance mais inteligente, tá certo?
Para dar um guidance na base da insegurança nós preferimos não fazer essa
posição agora, tomar essa posição agora. Mas sem dúvida no futuro - não posso
te precisar quando - nós vamos aí com maior tranquilidade e já tendo uma
experiência maior de tudo aquilo que está sendo implementado e os seus
resultados e consequências - apresentar um guidance.
Sr. Augusto Ribeiro Jr.: E se me permite só completar um pouquinho, Claudio:
nós não estamos dando o guidance, como o Claudio mencionou, o momento, etc.;
mas de uma maneira qualitativa e conforme a gente já às vezes conversa com
algumas pessoas, nós esperamos 2014 com um forte crescimento ou um
crescimento relevante (principalmente a partir do segundo semestre) mas
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crescimento relevante no bottom line, rentabilidade, então as ações que nós
estamos tomando hoje - e o caixa já começa a mostrar melhoria significativa, é um
primeiro sinal disso - onde a gente vai ter um melhor retorno sobre o capital
investido, onde eu tenho um melhor Ebitda, margens mais robustas e com
tendências em que todos confiem nos resultados e não em altos e baixos. Por isso
que nós mencionamos que isso é uma rampa, etc.
No top line lembrando nós entramos muito nesse detalhe; mas para 2014 são
duas estratégias: o mercado externo tem uma estratégia de um crescimento mais
seletivo que vai bater muito fortemente, deveria bater na rentabilidade e
volatilidade onde nós temos um crescimento menor de volume em alguns
mercados menos... que nos davam lucro no passado.
E no mercado interno nós temos um crescimento onde não deve acontecer
especificamente por aumento de preços como nós fizemos nos últimos anos
crescimentos fortes de preço bem acima da inflação. 2014 é um ano de melhores
produtos, mix de produtos em linha com ações entre os SKUs, com a
recuperação, o crescimento de canais seletivos e mais rentáveis e é óbvio que nós
devemos ter um incremento de preço mais muito mais próximo de uma inflação.
Se você somar isso que eu disse agora de mercado interno e externo o nosso
crescimento de top line é um crescimento... com certeza não será duplo dígito,
pelo menos hoje não esperamos isso; alguma coisa mais mid-digit, alguma coisa
parecida - que não é um guidance por favor.
Sr. Claudio Galeazzi: E outra coisa Thiago, só para complementar a linha do
pensamento do Augusto, ou de raciocínio: nós estamos acreditando que o
mercado este ano deverá ser um mercado difícil, extremamente competitivo, difícil
principalmente quando você considera que você tem um crescimento ao redor de
1,5 (muito baixo), você tem praticamente um full employment que com dificuldades
no mercado deverá ter uma queda e obviamente isso não facilita o mercado.
Você pode ver pelo que nós comentamos aqui que eu diria que a absoluta maioria
das nossas ações buscam efetivamente redução de custo, redução de despesa,
ou seja, agindo internamente onde a gente tem o poder de atuar, e obviamente
atento ao mercado e tentando maximizar no mercado. Mas não estamos pondo as
nossas fichas em termos de ganhos de mercado.
Sr. Thiago Duarte: Tá ótimo, obrigado pessoal.
Operadora: Nossa próxima pergunta vem de Alexandre Amson, Credit Suisse.
Sr. Alexandre Amson: Oi, bom dia a todos, eu tenho duas perguntas rápidas e a
primeira é em relação... eu queria entender um pouco melhor a dinâmica do
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mercado na Arábia Saudita. Eu queria entender, enfim, se vocês puderem dar um
pouco mais de detalhe em relação ao impacto dessa instabilidade política em
termos de demanda local, o que vocês estão vendo de movimento de oferta de
outros competidores, como isso está se ajustando, quanto tempo pode demorar, o
que vocês estão fazendo? Basicamente é entender essa dinâmica lá.
E a segunda pergunta seria em relação ao pagamento de dividendos ou à
remuneração, a distribuição dos lucros. Esse ano pelo que eu entendi então foi um
aumento significativo em relação ao nível histórico que estava sempre em 30%,
40% e 2013 deve chegar a 68% pelo que eu entendi.
Eu queria entender primeiro por que houve essa mudança nesse momento da
companhia e entender como isso se relaciona com expectativa de estrutura de
capital, o alvo para a companhia, qual é o nível de alavancagem que a gente deve
esperar considerando esse aumento de geração de caixa mais forte nos últimos
trimestres. Obrigado.
Sr. Augusto Ribeiro Jr.: Pessoal... obrigado. Referente à Arábia Saudita isso foi
algo que aconteceu no quarto trimestre. Você mencionou alguma coisa sobre
concorrência e não foram ações de concorrência; na verdade a concorrência no
Oriente Médio de maneira geral tem sido extremamente... não sei qual é a
palavra... racional digamos assim, sempre buscando maximização, rentabilização,
tentando alinhar, respeitar posições de mercado.
Até onde nós vimos o quarto trimestre foi um quarto trimestre sem grandes ações
agressivas de outros players sejam brasileiros, sejam franceses, sejam turcos e de
outras regiões. Então a situação na Arábia Saudita no final do ano passado teve
um pique referente a essa situação local mas isso aconteceu em novembro, em
dezembro já um pouco menos de intensidade - apesar de preventivamente o trade
local não ter puxado a mesma quantidade de volume, estar esperando entender
melhor o impacto dessas ações - mas o primeiro trimestre de 2014 nós não
estamos vendo mais impactos relevantes referentes a isso. O mercado volta aos
poucos, já está bem melhor do que foi no fechamento do ano e aparentemente a
situação está normalizado por aquela região.
Você mencionou também sobre a questão de pagamento de dividendos, o porquê.
São duas, basicamente dois grandes pontos: geração de caixa e decisão de
conselho. Fora isso tivemos forte geração de caixa, tivemos posição
extremamente sólida financeira e isso é uma decisão de conselho, estratégia da
nossa posição atual.
E a terceira pergunta é nível de alavancagem. O nível de alavancagem nós não
temos um guidance para isso. Nós costumamos mencionar que nós estamos
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confortáveis. As rating agencies, as agências de rating estão confortáveis quando
nós navegamos ao redor de 2x relação Ebitda/dívida líquida. Já estamos abaixo,
em linha com essa meta e qualquer ação de M&A que nós tenhamos
eventualmente podemos subir como estivemos agora no ano passado, passar um
pouco dessa relação mas desde que ela convirja para o número 2, para 2x, não
vemos nenhum problema nisso.
Sr. Claudio Galeazzi: Só complementando o Augusto aqui com referência ao
mercado da Arábia... perdão o Menasa, do Middle East nós temos uma feliz
posição interna que nós temos distribuição própria seja ela com a Al Wafi, que é
totalmente nossa, e nós estamos ampliando, como eu mencionei, a nossa política
de aquisição em termos de distribuição nas diferentes regiões.
Nós temos uma marca top of mind privilegiada que é a Sadia, tanto é que os
nossos commodities lá quase que deixam de ser commodities pois ela é branded,
ela tem uma marca muito forte. Nós estamos olhando mercados complexos
também mas que possam ser bastante interessantes dentro dessa mesma política
que nós mencionamos de consolidar a nossa presença nesta região. Estamos
olhando Turquia, estamos olhando outras possibilidades desde que, obviamente,
dentro daquela política nossa de sermos bastante conservadores no nosso
mergers & acquisitions e não engolirmos algo que seja maior.
Nós achamos que nossa política de redução de oferta está surtindo efeito com
melhores preços já durante esse primeiro trimestre. A argumentação: "bom, se
você reduz oferta a concorrência aumenta"; mas eu tenho a impressão que o bom
senso diz que é melhor você ter preços melhores do que volume nesse momento
nesse tipo de produto e especificamente nesta região.
Complementando tudo isso nós estamos inaugurando em junho/julho uma fábrica
lá bastante grande com expectativa de chegarmos num ramp up em dois anos ou
talvez um pouco mais - depende de aceitação de mercado, de participação de
mercado - de 85.000 toneladas. Inicialmente projetamos 40.000 toneladas e
obviamente continuamos a exportar para lá. Nós temos uma presença no mercado
nos ASs e a nossa posição lá tende a se fortalecer.
Bom, basicamente é isso, Alexandre. Seria bom se a gente tivesse uma pergunta
por cada questão senão não vamos dar oportunidade aos demais perguntarem,
gente.
Sr. Alexandre Amson: Ok obrigado.
Operadora: Nossa próxima pergunta vem de Luca Cipiccia, Goldman Sachs.
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Sr. Luca Cipiccia: Oi bom dia, obrigado. Eu só vou fazer uma pergunta, mais um
follow up sobre a redução de SKUs de processados no mercado doméstico para
entender o quanto isso vai impactar volumes do ano e também esse vai ter um
phasing out dessa iniciativa ou tudo isso vai ser colocado no primeiro tri?
Para entender de fato quanto os volumes em cima de um cenário de um mercado
mais desafiador também poderiam ter um impacto dessa redução voluntária.
Sr. Augusto Ribeiro Jr.: Obrigado Luca. Na verdade ano contra ano nós não
vemos impacto dessa redução de SKUs porque nós temos todo um plano interno
de crescimento em categorias core. O Claudio já mencionou anteriormente: a
leitura de novembro e dezembro... novembro/dezembro e dezembro/janeiro da
Nielsen já mostra ganhos em quase todas as categorias que nós operamos - e
mais relevantemente nas principais.
A redução de SKUs o principal objetivo foi simplificar a organização, trabalhar
melhor nas fábricas, na nossa logística e no final do dia inclusive aumentar a
produtividade por vendedor, etc.
Quando você considera que isso é 5% da receita, provavelmente no ano para mim
nós vamos ter que recompor isso ao longo de 2013, e impacto no bottom line é
positivo porque a maior parte desses SKUs não adicionavam valor para a
empresa.
Sr. Luca Cipiccia: Então toda a redução já foi implementada?
Sr. Augusto Ribeiro Jr.: Não, desculpa; nós estamos implementando a ação.
Agora por exemplo quando a gente anuncia eu já parei, por exemplo, de comprar
matéria-prima para a maior parte desses SKUs e agora eu começo a consumir
essas matérias-primas, embalagens, etc. ao longo dos próximos meses.
Aproximadamente seis meses é o tempo que nós temos para tirar 100% desses
SKUs do portfolio, sendo que a provisão de perda estimada no final do processo já
foi feita em dezembro de 2013 conforme eu mencionei anteriormente.
Sr. Luca Cipiccia: Tá, obrigado.
Operadora: Encerramos neste momento a seção de perguntas e respostas.
Gostaria de passar a palavra ao Sr. Claudio Galeazzi para as considerações
finais.
Sr. Claudio Galeazzi: Eu gostaria mais uma vez de enfatizar que todas as
medidas que foram tomadas nesses últimos seis meses vocês puderam
comprovar que foram implementadas e visam efetivamente medidas internas de
busca de melhores resultados: redução de custo (ampla redução de custo), a
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nossa movimentação nas operações agora em fevereiro apontam para redução de
custos e despesas que podem ser relevantes. No momento não quantificamos
ainda, mas esse processo vai continuar efetivamente durante os próximos três,
quatro meses buscando obviamente um resultado bem melhor baseado nos
nossos esforços internos e não tão baseados no mercado.
Basicamente, gente, é isso que nós temos para comentar. Estaremos sempre às
ordens para recebê-los na medida do possível e muito obrigado pela presença,
pelas perguntas muito pertinentes. Espero que nós tenhamos respondido
adequadamente a esses questionamentos, mas estamos aqui às ordens tanto a
Cris, o Augusto e eu para mais esclarecimentos ou na medida que o tempo vai
correndo. Muito obrigado gente pela participação.
Operadora: A áudio conferência da BRF S.A. está encerrada. Agradecemos a
participação de todos, tenham um bom dia.
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