de “vento em popa”
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de “vento em popa”
Notícias de Lagos Online www.noticiasdelagos.com Agora tem notícias todos os dias e em cima da hora! Jornal Desportivo à 4ª Feira: rescaldo, antevisão, entrevistas e reportagens NL Cultura à 6ª Feira: tudo sobre artes e letras + agenda de fim-de-semana Urbanização Pedra Alçada, Lote 4 8600-546 Lagos Telefone: 282 762 186 Fax: 282 764 137 Leia em primeira mão a grande entrevista a Gilberto Viegas Câmara põe ICNB em tribunal Festas do Município Ano VII • Nº 92 • Janeiro de 2008 • Preço: 1 Euro • Director: Carlos Conceição Grande Entrevista Júlio Barroso Orçamento superior a 15 milhões de euros Págs 14 a 16 “A obra está à vista, quem quiser fazer comparações, que tire conclusões” “Lagos vai ter o lugar que lhe é devido na História [com o Fórum dos Descobrimentos]” “Se não fosse a incompetência e o erro na aprovação do PDM por parte do executivo anterior, não estaríamos assim” Págs. 19 a 22 Imagem Peregrina de N.ª Senhora “Milagre” em Bensafrim há mais de meio século Págs. 10 a 13 Ecossistemas nos quatro Pág. 36 cantos do mundo Conhece a A polémica história do em torno Hospital de da EN 125 Lagos? Pág. 4 Pág. 3 • Academia de Música e Grupo Coral encantam e apresentam novos talentos • Esperança e Gil Eanes em queda • “O Bambino” em entrevista • Tal Pai Tal Filho, (In)discretas, Ópticas, Nocturno, NL Saúde e NL Turismo 2 Janeiro de 2008 N OTÍCIAS DE LAGOS Júlio Barroso em forma A fechar 2007, o Presidente da Câmara Municipal de Lagos, Júlio Barroso, foi notícia nacional ao capturar um ladrão que havia roubado uma carteira de uma senhora por esticão. Na verdade, o edil lacobrigense em fato de treino, apercebeu-se do incidente e desa- tou a correr até agarrar o larápio que entretanto tinha sido rasteirado por um transeunte. Desde logo releva-se a forma física de Júlio Barroso, mas também a coragem pois na ocasião não terá medido os riscos que corria, uma vez que o ladrão podia estar armado e ter reagido violentamente. Na passagem de ano, Júlio Barroso, após contemplar o fogo de artifício na Avenida dos Descobrimentos, foi dar um pé de dança na Discoteca Dux (antigo Phoenix). E mais uma vez, o Presidente da Câmara demonstrou a sua forma ao curtir durante longo período a boa música dos anos 70 e 80. Contavamse pelos dedos quantos dançarinos aguentaram a pedalada de Júlio Barroso. E olhem que o homem celebra o seu 53º aniversário no dia 26 de Janeiro de 2008! Nuno Marques desabrido www.noticiasdelagos.com O seu jornal diário Nuno Marques, Presidente do PSD/Lagos e vereador da Câmara Municipal de Lagos, terminou 2007 e arrancou o novo ano num corrupio de notas de imprensa versando severas críticas ao PS e Executivo Socialista. “Criminalidade em Lagos preocupa cidadãos, Perigo de atropelamentos e acidentes mantém-se na EN125 entre Lagos e Odiáxere, PSD responsabiliza PS por agravar pobreza, ‘Fuga’ do projecto PIN “Eriksson” para Espanha, Aumentos de tarifas da água e saneamento pesam na consciência do PS/ Lagos, Endividamento Municipal ‘encapotado’ penalizará cidadãos e empresas de Lagos “, foram alguns dos comunicados da lavra do líder social-democrata lacobrigense. Nuno Marques festejou o seu 35º aniversário no passado dia 12 de Janeiro, com pompa e circunstância, e no dia seguinte arrancou desabridamente para Aveiro para um encontro das concelhias do PSD liderado por Luís Filipe Menezes. Depois, tal como o líder nacional, também esteve nas jornadas parlamentares do PSD realizadas no Algarve. Janeiro de 2008 N OTÍCIAS DE LAGOS 3 Em causa perigo de atropelamentos e acidentes Estrada Nacional 125 entre Lagos e Odiáxere gera polémica Morte em véspera de ano novo na zona do Chinicato traz de novo à discussão o perigo daquele troço da EN 125. Recorde-se que nas imediações do Telheiro e Chinicato já se registaram inúmeros acidentes e alguns deles fatais. Embora a via fosse requalificada e colocada uma passadeira aérea perante os aplausos de uns e a contestação de outros, a verdade é que a situação está longe de ser pacífica e sobre- já foi sugerida uma rotunda ao Instituto das Estradas de Portugal. O NL teve oportunidade de conversar com empresários da zona industrial, habitantes do Chinicato e do Sargaçal, e também com munícipes que frequentemente se deslocam aos serviços municipais localizados no Chinicato. Alguns ainda aplaudem as medidas e as alterações introduzidas na altura, mas a maioria dos nossos interlocutores critica a forma displicente e avulsa como foi conduzido o processo reclamando urgência de requalificaçãodo troço da EN 125 entre Lagos e Odi- faz sentido e só prejudica, ao mesmo tempo que advogam a colocação de uma rotunda. Uma rotunda Recolhemos opiniões que criticam as anteriores opções tomadas, apontando o dedo a determinado grupo de moradores do Chinicato que obstaram à colocação de uma rotunda comum para Sargaçal e Chinicato. As saídas da zona industrial (Raminhos, Serros, Solmate, etc) diante da actual situação tornam-se caótica, bem como os acessos para o Sargaçal. É quase unânime a discórdia do figurino em vigor e consensual que se proceda a uma requalificação da EN 125 entre Lagos e Chinicato PSD/Lagos lamenta trágico acidente e apresenta propostas alternativas tudo continua a fazer vitimas. É que a zona industrial cresceu imenso com um superior volume de serviços e de circulação de utentes, e ao mesmo tempo, aumentou substancialmente a população do Chinicato, a que acresce o facto de a Câmara Municipal ali residir com dois dos seus mais expressivos departamentos de serviços. Novas realidades que tornam aquele troço da EN 125 um dos maiores caos de tráfego de veículos e de peões. Há muito que se reclama uma rotunda à entrada do Chinicato. Com efeito, quem vem de Odiáxere entra com facilidade no Chinicato, mas o grande fluxo vem justamente de Lagos e aí reside o constrangimento e mora o perigo. Além disso, a passagem aérea raramente é utilizada. Soluções ainda na era de Valentim Rosado, que para uns foram acertadas, mas que para outros foram remendos sem eficácia. Na sequência do recente acidente na zona do Chinicato, o PSD de Lagos desfere criticas e aponta alternativas. Por seu turno, a Câmara Municipal de Lagos refuta acusações e adianta que áxere, com particular enfoco nos cruzamentos do Sargaçal e Chinicato. Passadeira aérea substituída por passagem subterrânea Uma das preocupações dos moradores do Chinicato prende-se com a passadeira aérea, pouco utilizada, verificando-se constantes peões atravessando perigosamente a EN 125. Reclama-se assim uma passagem subterrânea ou outras alterações que evitem ou condicionem a velocidade na circulação de veículos e permitam através de passadeiras com semáforos a normal circulação de peões. Há quem defenda, à semelhança das propostas do PSD, que sejam criadas ciclovias e zonas pedonais integradas numa alameda. Separador central para fora e lugar a uma alameda com ciclovia e zona pedonal Por outro lado, há também quem não se importe com a passagem aérea, mas sugira que seja retirado o malfadado separador central que não Os sociais-democratas de Lagos lamentam o trágico acidente ocorrido no passado Domingo, dia 30 de Dezembro, na estrada nacional n.º 125 (EN125), no troço compreendido entre Lagos e a povoação de Chinicato, do qual resultou um morto vítima de atropelamento e alertam para o perigo real de novos acidentes se nada for feito para alterar a condição e o perfil actual da via. O PSD afirma que a vítima era um conhecido cidadão lacobrigense, socialmente excluído e que sofria de perturbações mentais e, apesar de ainda não se conhecer qual foi a causa real do atropelamento, é muito provável que o acidente pudesse ter sido evitado caso se tratasse de uma zona iluminada. O atropelamento registou-se à noite numa zona e num horário onde é cada vez mais frequente encontrar pessoas que se deslocam a pé ou de bicicleta a caminho das suas habitações, situadas na zona de Chinicato, e em que os passeios e a iluminação pública são inexistentes, o que leva as pessoas a andarem pela estrada e pela berma sem estarem devidamente sinalizadas e sem serem vistas atempadamente pelos automobilistas. “O percurso rodoviário entre a cidade e Odiáxere sofre de graves problemas de insegurança, com relevo para os cruzamentos de acesso às localidades de Chinicato e sítio da Torre e o ‘crónico’ atravessamento da vila de Odiáxere. Mas há algumas semanas atrás dissemos o que é que defendemos para solucionar os problemas que afectam a segurança dos utentes e o escoamento do tráfego”, diz Nuno Marques, presidente do PSD/Lagos. Para os sociais-democratas, “a solução passa por uma intervenção global, partilhada entre o Governo, a Câmara Municipal e outros parceiros privados, para transformar a EN125 entre Lagos e Odiáxere numa moderna avenida/alameda urbana, associada à construção da via variante a Odiáxere e de um novo acesso sub-regional à Meia-Praia, a partir do chamado ‘nó da Torre’ da via do Infante.” Na perspectiva de Nuno Marques, “há que tentar evitar a perda de mais vidas humanas, razão por que não podemos ficar eternamente à espera de quem tem a responsabilidade de resolver o problema e não o resolve, que é a “Estradas de Portugal”, cabendo à autarquia exigir do Governo que aquele troço de estrada passe a ser gerido pelo município”. “A via entre Lagos e Odiáxere tem de ser transformada numa ‘alameda urbana’, com corredores de ciclovia e passeios pedonais, iluminação, arborização, entradas e saídas disciplinadas dos estabelecimentos comerciais e industriais que marginam a via de ambos os lados, e tem de ter um tratamento paisagístico capaz de proporcionar segurança aos utentes e transformar radicalmente a imagem pouco agradável que actualmente apresenta a entrada nascente do concelho. E quem tem as condições de levar por diante esse pro- jecto é a autarquia e não o Governo”, sublinha Nuno Marques. Câmara Municipal já reivindicou rotundas e electrificação A Câmara Municipal de Lagos compreende as preocupações das populações e lamenta naturalmente os acidentes e transtornos causados. Porém, o executivo socialista refuta quaisquer responsabilidades no actual estado de coisas, transferindo-as para o PSD de Lagos na altura em que Valentim Rosado era Presidente da Câmara. De acordo com responsáveis pela autarquia lacobrigense, esta é uma matéria que já mereceu as devidas e atempadas diligências. Desde as declarações proferidas pelo Presidente da Câmara, Júlio Barroso na inauguração do Edifício Multiusos do Chinicato, anunciando a reivindicação de uma rotunda para o Chinicato, até outras solicitudes avançadas junto do Governo e Instituto das Estradas, no sentido de que seja erguida uma rotunda de acesso ao Chinicato, bem como electrificação entre o Telheiro e a Rotunda junto à Torre. Medidas julgadas oportunas apropriadas para contrariarem a actual e preocupante situação. Sabe-se ainda que na lista de preocupações e reivindicações da Câmara constam uma circular na Vila de Odiáxere e também na estrada que liga Bensafrim a Barão de S. João. 4 Janeiro de 2008 N OTÍCIAS DE LAGOS Hospital Distrital de Lagos – parte II Tal como agendado, publicamos nesta edição na rubrica “Em Foco”, a segunda parte alusiva ao Hospital Distrital de Lagos. Uma breve viagem pela história e reservando ainda espaço em futuras edições para entrevistas a antigos e actuais técnicos de saúde do referido Hospital, opiniões de utentes, dos três concelhos que integram a Associação de Municípios Terras do Infante, bem como outro ciclo de entrevistas a políticos, considerando que se trata de um tema delicado e que a todos interessa debater. Apontamentos Históricos (1) Serafim Ramos e José Mariano recordam com saudade a reabertura do Hospital e a entrega daquele património da Misericórdia de Lagos ao Estado. Com o forte sismo de 1969, à semelhança de outros edifícios, também o Hospital de Lagos sofreu avultados danos que originaram o fecho até 1974. Propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Lagos o Hospital mereceu decisão da então Mesa Administrativa, para reabertura daquela unidade de saúde. Personalidades como Jaime Palhinha (Provedor) e outros membros dos corpos sociais como Serafim Ramos, João Filipe, Viegas e José Mariano, puseram mãos à obra. As consultas dadas pelos médicos da terra e os primeiros funcionários Assim, foram abertas consultas pelos médicos da terra (Godinho, Nunes da Silva, Paz Pereira, Tello e Clarinha), ao mesmo tempo que entravam no Hospital os primeiros funcionários com vencimentos de 500, 600 e 1200 escudos, que mais tarde por força do ordenado mínimo passaram a 3 200 escudos para aqueles três funcionários que na época eram designados “criados”. Raio X e Electrocardiograma e os primeiros técnicos de saúde Paralelamente, surgiam o Raio X e o Electrocardiograma, equipamentos necessários. Eram contratados um radiologista e um enfermeiro, mais dois enfermeiros vindos de outra unidade saúde do Algarve a que se juntaram mais tarde outro enfermeiro e um anestesista de Portimão com vista a intervenções cirúrgicas. A falsa médica Entretanto, verificando-se a necessidade de um médico a tempo inteiro para colocar o Hospital lacobrigense em funcionamento, foi contratada a primeira médica. Um episódio caricato com aquela cidadã brasileira, pois na sequência de comportamentos menos apropriados e no decurso de investigações foi descoberto que, afinal, a dita médica não estava inscrita na Ordem e, por conseguinte, não podia exercer a profissão. Uma tremenda nódoa na desejada reabertura do Hospital de Lagos. Hospital entregue ao Estado Contam os nossos interlocutores que estava agendada a reabertura oficial do Hospital, tendo para isso sido contactadas todas as entidades locais. Todavia, por ironia do destino, na véspera da inauguração, uma jovem com apendicite aguda teve que ser submetida a uma intervenção cirúrgica de urgência, perante algum nervosismo de dirigentes da Misericórdia e do corpo clínico, a operação foi bem sucedida. Entretanto, em matéria de apetrechamento material e humano evidenciava-se um crescimento preocupante de difícil correspondência por parta da Santa Casa da Misericórdia de Lagos. Pessoal para a cozinha, limpezas, secretaria, mais enfermeiros e novos equipamentos médicos. O panorama mudava naquele período entre 1974 e 1976. Conscientes das circunstâncias e das responsabilidades, a direcção tomou a decisão de entregar o Hospital ao Estado (constando que foi um dos primeiros em Portugal). Da fama da Maternidade ao operacional Bloco Operatório Aos poucos, o Hospital Distrital de Lagos ganhava notorieda- de e oferecia condições às populações de Lagos, Aljezur e Vila do Bispo. Com a Maternidade em evidência, verificava-se mesmo a vinda de gente de Portimão e de outros concelhos vizinhos. Na senda da evolução, o Bloco Operatório do Hospital de Lagos tornava-se famoso face à operacionalidade e evidentemente em função da qualidade das equipas médicas onde pontificava o Dr. Gata Gonçalves. Cirurgião de créditos firmados, o primeiro a chegar a Lagos, vindo de Angola e trazido de Lisboa por Serafim Ramos. Embora merecendo beneficiações, mas padecendo de algumas lacunas, o Hospital de Lagos estava de boa saúde e recomendava-se. Contudo, as decisões políticas falaram e continuam a falar mais alto do que os interesses das populações e a qualidade dos profissionais de saúde. Políticas e estatísticas falaram mais alto Primeiro, foi a Maternidade a fugir para Portimão ao sabor das estatísticas da então Ministra Beleza. Depois, quando nada fazia prever, a troco de duas mortes mediáticas e alegadamente negligentes conduziram ao fecho do Bloco Operató- rio de Lagos. Caiu que nem uma bomba para populações e profissionais de saúde. Os números e as políticas falaram mais alto. Quantas mortes se ouvem regularmente em Hospitais espalhados por todo o País, sem que se encerrem Blocos Operatórios? Pois é, mas Lagos perdeu a Maternidade, depois o Bloco Operatório e passou a fazer parte do Centro Hospitalar do Barlavento. Ao mesmo tempo, fechava o SAP de Lagos. Ora, Lagos e os concelhos que fazem parte da Associação de Municípios Terras do Infante, merecem mais e melhor. Mas as supostas estatísticas vão prevalecendo levando à revolta das populações, que percorre todo o território português, em nome das reformas e requalificações. É certo que o Hospital de Lagos necessitava de melhores condições e de outros acessos. Porém, este Triângulo Vicentino reclama um Hospital novo deixando o antigo para os chamados cuidados continuados. Como diz o velho provérbio “a união faz a força”, por isso, as populações e naturalmente a vontade política devem remar para o mesmo lado sem receios e sobretudo distante das tricas partidárias e de jogos de interesses. Janeiro de 2008 N OTÍCIAS DE LAGOS 5 A Foto ou o Traço Doente e maltratado? Vá à Internet! Se é daqueles que sempre que entra num centro de saúde ou num hospital sai arrependido de não ter pedido o livro de reclamações, continue a ler. Especialmente para si, leitor, que está descontente com os serviços prestadores de saúde, que não se revê nas filas intermináveis das consultas de rotina, que acha que a actual política do Governo para a saúde está a precisar de um transplante, a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) criou um livro de reclamações online, onde pode deixar o seu descontentamento por escrito, rápida e facilmente, à distância de um clique. Para tal, basta 1) ter acesso a um computador com Internet, 2) registar-se no site da ERS (www.ers.pt) e 3) preencher um formulário, identificando-se, ao serviço que não terá cumprido o seu dever e à situação que despoletou os sentimentos de raiva, desespero ou quaisquer que tenham sido os da altura. Tendo em conta que, segundo um estudo do Eurostat, dois em cada cinco lares portugueses têm acesso à Internet e 30% até tem sistema de banda larga, parece um serviço de alguma utilidade. No conforto do seu lar, os portugueses enfermos poderão discorrer sobre todas as desgraças – não as que ocorrem no seu próprio organismo, mas as do sistema de saúde nacional. E tendo em conta a quantidade de notícias de queixas de utentes de diversos estabelecimentos de saúde por esse país fora, acho que até posso prever um uso exaustivo deste serviço tão útil que está tão perto de todos nós. Este “todos nós” é que me intriga: sabemos que a grande maioria dos utentes dos serviços prestadores de saúde são idosos. Sabemos que a maioria dos utilizadores da Internet são jovens estudantes. Tudo bem, também sabemos que, a nível europeu, os chamados silversurfers (quem acede à Internet regularmente e tem mais de 55 anos) estão a aumentar exponencialmente, mas o caso português continua a ser diferente. Se pensa que este é mais um dilema governamental imputado ao simples cidadão votante e está preocupado com a sua resolução, não tema, caro leitor! Já pensei num rol de soluções para resolver o assunto, isto, claro está, enquanto não lidamos com o desenvolvimento tecnológico. Solução 1 (e mais demorada): aproveitar os computadores tão gentilmente cedidos pelo nosso primeiro-ministro Sócrates e espalhados pelas freguesias portuguesas e ensinarmos os nossos pais e avós a utilizar a Internet; Solução 2 (e mais aborrecida): ouvir os nossos pais e avós narrar o acontecimento do centro de saúde, anotar mentalmente o mais importante e escrevermos nós a reclamação no site, resumindo-a claro a duas linhas e omitindo todos os nomes feios chamados à recepcionista; Solução 3 (e mais óbvia): aconselhar os nossos pais e avós a olhar quem os aborreceu nos olhos e dizer calmamente “quero o livro de reclamações e o seu nome, por favor”. Diz que resulta sempre numa mudança súbita de humor do seu interlocutor… Atentado ao Património ou protecção ao Infante? Homenagem a Ilídio José Norte Colos (n. 1968, f. 2007) Ilídio Colos, de 39 anos, faleceu tragicamente no hobbie que mais gostava, a pesca que praticava há mais de vinte anos. A sua força e coragem, esgotadas durante meia hora contra a força do mar, não foram suficientes, nem tão pouco a ajuda do amigo e velho companheiro da faina piscatória que sofreu e testemunhou tão doloroso momento. Electricista há quase meio século na Electrolagos, reconhecido e elogiado como profissional e colega, deixa muitas saudades. Porém, Ilídio, para além de excelente profissional, de bom amigo e do gosto pela pesca, tinha naturalmente a grande paixão pela família. Era o pilar de toda a família, aquele a quem recorriam quando precisavam de ajuda ou de um conselho amigo, estando sempre disponível e afectuoso para com seus pais e irmãos. Era um esposo exemplar, presente em todos os momentos da “caminhada” com Ana Cristina. Também um pai “babado e herói” para as suas filhas – Catarina Jesus Norte (12 anos) e Beatriz Jesus Norte (7 anos) – que ficará para sempre guardado nos seus corações. A esposa, filhos e restante família agradecem a todos os que acompanharam o seu ente querido à sua última morada, ou que de outra forma manifestaram o seu pesar. A todos o nosso Bem-Haja. Ana Cristina Colos Páginas em Movimento, Lda Propriedade: Páginas em Movimento, Lda - NIPC 508216842 - Sociedade por quotas Capital Social: 5000 euros - Matriculado na Conservatória do Registo Predial/Comercial de Lagos Director: Carlos Conceição Redacção: Carla Lourenço, Carlos Conceição. Colaboradores: Ana Sofia Cardoso, Alfredo Mendes, Búzio dos Reis, Delmiro Barros, Francisco Castelo, Hélio José, Hélio Xavier, Ilídio Dias, João Velhinho, João Pedro Jacinto, José Alberto Baptista, José Carlos Vasques, José Reis, José Veloso, Luís Barroso, Manuela Duarte, Mário Silva, Nídio Duarte, Oli Fernandes, Rita Figueira Rodrigues, Tolentino Abegoaria e Vieira Calado. Fotografia: NL Grafismo / Paginação: João Almeida e NL Publicidade: NL Periodicidade: Mensal Redacção, Publicidade, Assinantes e Administração: Rua Portas de Portugal, nº. 91 8600-701 Lagos Tel: 282 089 153 Telms: 966 754 800 / 914 536 330 Email: [email protected] Reg. Nº Título DGCS: 123699 Impressão: INGRASA Artes Gráficas Polígono Indústrial el Trocadero, Calle Francia, S/n - Puerto Real (Cádiz) - Espanha Tiragem nesta edição: 3000 exemplares Assinatura anual: Nacional 15 euros; Internacional 50 euros. 6 Janeiro de 2008 N OTÍCIAS DE LAGOS Dois rostos, antigos colegas bancários, a paixão pela política, opções partidárias distintas, juntos na análise mensal de temas da actualidade de âmbito local, ao nível regional e no panorama nacional Temas desta edição: 1. Nacional: A nova lei do tabaco 2. Regional: Embargos do ICNB 3. Local: Previsões para 2008 José Alberto Baptista 1. A quem não é, ou não foi, fumador, a sua posição neste momento pode ser vista como uma posição algo hipócrita ou panfletária. É evidente e conhecido o incómodo que o fumo do tabaco produzia nos não fumadores em áreas de alguma restrição de espaço, como salas, restaurantes e afins. Tivesse havido um pouco de consideração pelo conjunto das outras pessoas e, quem sabe, não teria sido necessário levar tão longe a proibição que agora impende sobre os nossos fumadores. Dirão alguns que a questão não se põe em termos de ética social, mas de legislação comunitária (UE): essa é outra questão a que não fugiremos. A questão de ética social é a que nos parece mais relevante. De tal modo que, tapando de um lado, a lei parece destapar do outro. Assim, poderemos estar a criar um novo “grupo de rua”, excluindo uma massa considerável de cidadãos de usufruir do direito de permanecer em espaços interiores, “enxotando-os” para espaços exteriores, sem condições de acolhimento. É permitido questionar se estes cidadãos não estão a sofrer da “ditadura da lei”, uma vez que esta pode, neste caso, configurar um desvio da essência democrática, - que deve se a do método comunicacional -, fazendo prevalecer, de modo autoritário, a razão da legalidade. E sobre esta questão, como já em outras, a União Europeia vai manifestando mais o zelo como guardião do sistema que o de promotor da equidade rawlsiana do cidadão. Não estará para breve a criação de uma “sala de chuto para fumadores”? 2. Esta matéria assumiu, recentemente, uma gravidade pública, devido ao conjunto de comunicados partidários em que cada uma das partes digladia a razão de fundo e mete lanças em defesa da dama da sua opinião. Parece, contudo, que a questão de fundo é maia ampla e mais esconsa. E tem, também, a ver com a leitura democrática da legalidade. Há algum tempo a esta parte, os portugueses, de modo silencioso, começaram a ver o seu posicionamento legal sendo adormecido pela teoria das “expectativas” que vem substituindo, quando ao Estado convém, a teoria do “direito”. E isto começa a ser um pesadelo para a segurança administrativa e legítima da vida dos cidadãos. Quando ouvimos falar em Estado de Direito – concepção claramente histórica e liberal – sentimos um certo desconforto, uma vez que a afirmação de tal Estado já não configura o conceito em que foi embrulhado pela cultura política. Porque, hoje, estamos mais na dependência de um Estado de expectativas, em que o Estado é que determina o momento e a função dos nossos direitos. Assim, a questão dos embargos do ICNB, para além de configurarem a confissão de uma interpretação sobre as expectativas dos cidadãos, assume uma especial relevância, tendo em atenção a luta dos gestores político e dos cidadãos da Costa Vicentina e das Terras do Infante sobre uma “ilegítima” alienação do direito democrático de participar na gestão territorial dos seus Municípios. O frenesi dos comunicados partidários só veio aumentar a confusão nas populações municipais “contaminadas” pelo ICNB, deixando-as mais des- crentes em poder resolver a questão pertinente e de fundo que é o seu direito – e não mera expectativa – de participar na gestão do território em que nasceram e onde trabalham. Quanto aos embargos, e são muitos, desconhecemos os fundamentos concretos e positivos dos mesmos: só se estranha, e se não aceita, que a administração pública tenha que intervir com embargos, quando, aqui sim, o direito do cidadão em construir se converteu de expectativa em direito pela acção da referida administração pública, mesmo se algum pormenor burocrático não foi cumprido. 3. O ano de 2008 em Lagos pode ser um ano com várias encruzilhadas, tendo algumas delas repercussões no nosso quotidiano. Fiquemos pela encruzilhada política. A alteração da lei eleitoral autárquica, apesar de se fazer sobre o figurino constitucional e democrático da II República, vai deixar de fora um conjunto de experiências e evoluções da gestão municipal e de comunicação democrática, de tal modo que se poderá converter, no futuro, em lastro imobilizador da vida municipal. Contudo, do que sabemos até à data, vamos salientar, com a brevidade deste comentário – deixaremos a matéria para um comentário especial – a escolha dos próximos eleitos locais que será feita em uma única lista, cabendo ao cabeça de lista do partido e da lista vencedora a escolha de 4 Vereadores e à oposição os restantes 2 vereadores. Assim, haverá uma maioria de 5 vencedores contra 2 da oposição. A segunda nota nesta matéria tem a ver com o comportamento dos partidos locais, sobretudo, do PS e do PSD, em confronto com esta alteração. Sem esquecer o papel histórico da CDU, cuja permanência na Assembleia Municipal só será analisável em função do texto final a aprovar ainda na Assembleia da República: mas, a não ser um crescimento extraordinário de votantes, o regresso da CDU ao Executivo será, no futuro, uma miragem. Ora, o comportamento dos partidos tem que ser de uma nova ordem, perante o desafio que a lei lhes impõe: a escolha de todos os eleitos numa só lista vai obrigá-los a um reforço de organização e de militância que hoje não é visível. Se no PSD cresce algum consenso em redor da actual direcção e gestão partidária, apesar de algumas críticas ao seu líder, no PS, o ano de 2008 será de capital importância para o seu futuro, uma vez que terá de aproveitar o “tempo de graça” da actual gestão municipal para preparar a estrutura interna e os militantes para as próximas batalhas política, que não serão só eleitorais. Aguarda-se com alguma expectativa a marcação da data das eleições locais internas no partido para se ver até onde o PS quer, ou pode, ir neste caminho de reorganização e modernização. Na área municipal, o Executivo tem em mãos obras de prestígio, como o Edifício Municipal, e obras de risco, como a reconversão da Zona Ribeirinha. Do mais, o programa cultural e lúdico para 2008, já conhecido, vai na linha de reavaliação da nossa condição de consumidores de divertimento. A todos os lacobrigenses um Bom Ano de 2008, com boas Notícias de Lagos para todos. 1. Sou nesta matéria uma pessoa suspeita na medida em que fui fumador compulsivo durante umas duas décadas. Fumava quatro maços por dia e acendia os cigarros uns nos outros. Queimei fatos, camisas, gravatas, lençóis, estofos do carro entre outros prejuízos para não falar dos custos diários dos cigarros. Até que um dia; há sempre um dia; que resolvi parar. E parei mesmo! Já lá vão mais de vinte anos sem que um cigarro tenha sido por mim consumido, sem sustos médicos, sem medicamentos; só com a minha vontade de deixar. Por tudo isto, considero-me por dentro do vício de fumar, tenho dele uma experiência e por isso posso entender alguns que não conseguindo dar o passo em frente, se acham em desconforto. Mas o que temos que entender é ninguém tem o direito de prejudicar terceiros e nesse sentido estamos perante uma Lei justa, que pouco a pouco irá ser assimilada e dará um forte estimulo aqueles que desejam deixar o vício. Para mim uma lei bem-vinda! 2. Estamos perante um caso de extraordinária importância que ultrapassa o valor das coisas e dos prejuízos inerentes. Estamos perante uma grave arbitrariedade que põe a nu algumas graves fraquezas da nossa Administração e subverte o conceito de justiça e ataca os mais originários pilares do Direito. Na realidade Alvarás de Loteamento; aprovados desde 1983 e 85, antes da Reserva de Paisagem Protegida ou do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, que percorreram todas as Entidades externas para parecer, titulam, a partir de então, direitos de edificação que as Câmaras Municipais através de uma simples autorização Administrativa materializam; estão a ser agredidos na sua eficácia legal por interpretação sinuosa da legislação, deixando a nu, não a vontade do ICN no sentido do cumprimento da Lei, mas sim uma vontade de evitar a todo o custo o repovoamento do Concelho e a fixação de pessoas. Na realidade aparece claro que a questão da legalidade não se põe e só serve de argumento para que o ICN trave a fixação de pessoas naqueles Concelhos. É espantoso como é possível se rebuscarem argumentos filosóficos tais como definições de perímetros urbanos, aglomerados urbanos, para rebuscar razões para estas acções. Todos os pareceres que foram recolhidos a eminentes jurisconsultos, com obra doutrinária publicada, são unânimes em considerar as posições do ICN como ilegais. Mas será que em cada cidadão no recato da sua consciência, morada preferencial do Direito Natural que se impõe ao Direito dos Homens, alguém acha que um título da Administração que era legal há uma década deixou agora de o ser? Ou que a criação do PNSACV, com legislação Búzio dos Reis própria, pode agora interferir em direitos anteriores à sua criação? Mas mais curioso é que o ICN tinha em 1996 sobre a autonomia das Câmaras Municipais uma visão completamente diferente e completamente de acordo com o nosso pensamento actual quando dizia: A autonomia das Câmaras Municipais depende do tipo de plano que estiver em vigor, sendo no entanto plena, sempre que estivermos perante plano de pormenor ou alvará de loteamento. Este parecer, aliás homologado por superior hierárquico que inclusive escreve e muito bem: “A legislação obriga a autorização por parte do Parque Nacional somente quando se trate de actos e actividades e não quanto a situações pré--existentes relativamente às quais cabe a legalização ou punição por parte dos municípios”. Fica pois claro que o ICN tinha um entendimento correcto da Lei em 1996 e que esse entendimento encontra ainda hoje acolhimento nos pareceres de especialistas com publicações doutrinárias sobre a matéria que agora vem condenar a nova posição do ICN porque ilegal, incompreensível e de uma profunda insensatez. O que me espanta não é a possível impreparação dos juristas do ICN ou se quisermos ir mais longe as suas “ guerrinhas”. O que me espanta é que o Governo aceita tudo o que vem do ICN como bom o que para além de ser estranho é em termos de interesse nacional perigoso. O Governo, se a Justiça funcionar, estará a alimentar um escândalo a nível jurídico, mesmo a proposta de resolução do Conselho de Ministros é já uma peça considerada ilegal e inconstitucional Que benefícios reais para o interesse público advirão com tais medidas? Será que o princípio da proporcionalidade foi respeitado? Alguém já ajuizou dos efeitos destes embargos e das medidas preventivas declaradas? Alguém já ajuizou das indemnizações a pagar a Privados? O ICN não pensa nessas coisas de menos importância, já que o fundamental é que os seus técnicos possam interferir na esfera jurídica de toda a gente. Vamos acompanhar este folhetim de põe de rastos o ICN e por arrasto o Ministério do Ambiente. A Nova Lei da responsabilidade Civil do Estado e dos seus agentes promete uma boa estreia. 3. É difícil exercitar conjecturas sobre o ano que agora se inicia. Dados que ainda não foram lançados aconselham muita prudência. Contudo atrevo-me a dizer que vai mexer no aspecto político, com o possível encurtar do mandato autárquico. Resta saber se Júlio Barroso vai ser o candidato do PS. As obras na Avenida poderão ser um factor negativo na sua reeleição e um desastre para o Comércio local. De resto não vislumbro grandes novidades. Janeiro de 2008 N OTÍCIAS DE LAGOS 7 Este espaço é de pura ficção e qualquer semelhança com personagens ou lugares, não passa de pura coincidência O Cantinho do Poder O Sheriff de Nottingham Júlio dos Registos reuniu o seu núcleo duro para analisar a situação política, uma vez que o ano de 2007 não correra da melhor maneira, tinha sido um “annus horribilis” – o Sueco a dar o dito por não dito, o Tribunal Supervisor de Desvios e a Projecção do Luís King, dos vinténs para Obras do Futuro, começavam a deixá-lo inquieto e deprimido. Por outro lado, aquela associação do seu reinado ao nome dos Verdinhos, conseguia que ficasse verdadeiramente possesso – que atrevimento. Ele, um adepto da “política da glasnost” (transparência). Resolveu portanto reunir os cérebros mais pensantes e dotados do seu Círculo de Carinhos – Paulinho Empresarial, Mota Mártir, Marretas e Paulinha Pasta de Dentes. Para reforço e portadores de ideias de fora para dentro, convidou Eu Rico Pascoais Vai Vinte, Afonsinho Trovador e Luís Adivinho. Meus Caros Fiéis, As coisas não estão a correr da melhor maneira e já vejo o nosso reinado associado a alguns desaires. E, tal como diz o Povo, na sua imensa sabedoria, mais vale prevenir do que remediar. Precisamos de algo que restitua a minha imagem de homem que não teme os seus adversários, que demonstre coragem e que transmita aos nossos eleitores a minha capacidade de liderança. E a verdade é que sou sempre eu a empurrar o bote. Portanto, preciso de ideias. O primeiro a pronunciar-se, tentando impressionar de imediato, foi Mota Mártir que fez uma longa abordagem sobre os feitos do Júlio dos Registos, o conceito de coragem, separando-a do conceito de bravura e quais os mecanismos psicofisiológicos que desencadeavam estas reacções. A dissertação foi tão longa e exaustiva que a maior parte dos outros participantes já bocejava. Alguém lhe recomendou que a título excepcional, convidasse o Julinho Ensampa, que era uma autoridade em questões de criatividade. Resolveu, por razões até à data desconhecidas, deixar de lado a Quinita e o Jorge Pias. E foi ele mesmo que fez a introdução: Marretas não quis ficar atrás mas foi bem mais sintético. – Senhor Presidente, eu não vejo o panorama tão negro e preto e acho mesmo que o que já temos feito é mais do que suficiente para impressionar os nossos eleitores. (Marretas esqueceu-se que possivelmente não estava da posse de todos os elementos que preocupavam o Júlio dos Registos, da mesma maneira que este também não tinha conhecimento de tudo o que provocava insónias no seu colaborador). – Vamos pô-lo a apanhar um ladrão. Afonsinho Trovador utilizou as armas que tinha ao seu dispor. – Nós organizamos um grande festival de canções de protesto, que faça com que o Povo recue no tempo e recorde os tempos do PREC, em que tu lideravas os Movimentos de Barricadas e de Ocupações de Espaços para o mesmo Povo. As pessoas, face a estes cantares vão ver-te de novo como um herói, sempre à frente, de peito aberto ao inimigo, qual Robin Wood ou José do Telhado. Julinho Ensampa, respondeu: Mas Júlio dos Registos não estava convencido. Achava que precisavam de algo mais forte e mais relacionado com o presente. E começou mesmo a desesperar com a falta de ideias do Paulino Empresarial, do Eu Rico Pascoais Vai Vinte e do Luís Adivinho. Paulinha Pasta de Dentes bem se esforçava para conseguir uma ideia luminosa que satisfizesse o seu líder espiritual, mas não estava inspirada. E foi então que o Julinho Ensampa sacou um dos seus famosos coelhos da cartola e propôs: – Mas como – retorquiu o Júlio dos Registos. É relativamente simples e só precisamos de alguns figurantes. Ainda por cima constou-me que o Sr. Presidente também já fez teatro. – Teatro faço eu todos os dias – comentou o Júlio dos Registos – mas começo a estar cansado. Julinho Ensampa deu continuidade ao seu pensamento: – Precisamos duma vítima, de um amigo do alheio, um peão e um local onde toda a acção se desenrole. – Concretize melhor, porque não estou a perceber. – respondeu Júlio dos Registos. E Julinho Ensampa continuou a dar largas à sua criatividade, de homem com muita experiência de vida: – Para cenário a Rua do Hospital, que é estreita e por onde passa muita gente. Para gatuno não vai ser difícil encontrar um. Para vítima, com- bina-se com a Balofinha… – E depois – questionou Júlio dos Registos, vislumbrando matéria que alimentava os seus objectivos. Julinho Ensampa completou finalmente o seu raciocínio: – A vítima sobe a rua, o senhor desce, o gatuno empurra a Balofinha para lhe tirar a carteira, o senhor corre atrás do ladrão e o transeunte anónimo passa-lhe uma rasteira, para evitar que o senhor corra muito. – Então, e o polícia? – Perguntou Júlio dos Registos. – Polícias é que, segundo ouvi dizer, não lhe faltam. Foi então a vez de Paulinho Empresarial dar a sua contribuição: – E a seguir, publica-se no Caca a Caca e no Correio Madrugador, com fotografia e tudo. – Mas assim mais pareço o Sheriff de Nottingham. – Mas isso já o senhor é, principalmente no que respeita a recolha de impostos que são dos mais altos que existem em todos os Burgos do país – rematou Julinho Ensampa. Viva a Rússia (Comendador) Gil & Sebastião dões, fora das tricas políticas e quase a leste das mais diversificadas iniciativas promovidas na nossa cidade dos descobrimentos. Sebastião - Gil, amigo de longa data, tendes razão pelo deserto de povo à vossa beira. Porém, quanto a tricas partidárias e a tantos festejos despejados, por ventura sois vós, histórico amigo, privilegiado em relação a mim. Por vezes a paciência pede tréguas. Vivida mais uma quadra natalícia, festejada a passagem de ano e cantados os reis, Gil e Sebastião aprazaram um encontro para colocarem a escrita em dia. Gil – Nunca mais chega o Verão, continuo desterrado longe das multi- tivesse mais animado. de Fátima. Gil – Perdoai-me senhor, mas apenas concordo em relação ao festival pirotécnico, pois foi possível admirar um pequeno fogo ali bem perto e outro fantástico clarão ao longe jamais visto por aqui. Quanto à animação do Infante, desculpai, mas ainda hoje o nosso companheiro clamava e desesperava. Gil – Nesse caso da “Santa”, até se tolera, porque as crianças estavam a uma boa distância do Infante. Davam-lhe visibilidade. Mas se quereis a minha modesta e sincera opinião, nem exposição de motos, nem de carros Mercedes, nem pódios de entrega de prémios em provas desportivas, nem mesmo a Feira do Livro devem ofuscar o nobre e ilustre Infante D. Henrique. Salvo se deixarem o Infante respirar, ver quem o rodeia e sobretudo ser admirado. Sebastião – Mas porquê, se estava em seu redor um mar de gente? Gil – Tamanha fartura até pode enjoar um pouco, mas a solidão trai o meu coração. Mas caro amigo, vós tivestes o Presépio e os Cantares dos Reis com alegria e muita gente. Gil – Pois eu vi o Infante tapado, desprezado durante toda a noite. E de manhã, vi aquela lixeira que me fez lembrar a velha estrumeira do Chinicato. Sebastião – Mas também vós fostes bafejado pelo fogo de artifício e pela música, embora o Infante es- Sebastião – Mas homem, viuse gente e festa, tal como aconteceu depois com a Nossa Senhora Sebastião – Sabeis que vão fazer intervenções na frente Ribeirinha.? Tendes noção do que vos vai acontecer? Gil – Em abono da verdade, prefiro adiar essa preocupação. E com esta me despeço, no próximo encon- tro falaremos das tricas políticas, pois há muito para contar e desbravar. Sebastião – De acordo nobre amigo, nessa matéria de política há mesmo grandes novidades e até alguns escândalos. 8 Janeiro de 2008 N OTÍCIAS DE LAGOS Este é o espaço dos leitores. Aqui os cidadãos são os jornalistas. Mais vale tarde que nunca É verdade que há muita coisa por fazer, corrigir, melhorar, requalificar e inovar, mas também é justo relevar boas medidas e oportunas intervenções. Na verdade, verificam-se agora melhorias reclamadas há muito tempo, mas que são sempre bem vindas, tal como diz o ditado “mais vale tarde que nunca”. co da Gama. Para muitos, a ausência da passadeira era inconcebível, quando numa situação idêntica, Praça do Infante, à saída do passeio do Parque de Estacionamento, sempre se conheceu uma travessia para peões assinalada. Porém, para outros, as duas passadeiras junto à Repsol não se justificam, considerando que a bomba que razões presidem a decisão antagónica em relação a situação semelhante na Bomba da Galp? E curiosamente, também no mesmo troço, verifica-se a ausência de Passadeira na Rua General Cândido Guerreiro, quando se sabe que recebe forte tráfego, quer de quem vem da Rua Vasco da Gama junto à Escola EB 2,3 de S. João, que r de quem vem da Avenida dos Descobrimentos para se dirigir para a referida escola ou para a Urbanização Marina Sol. Finalmente colocaram contentores enterrados junto ao Hotel Tivoli Outra boa notícia foi a colocação de contentores enterrados junto ao Hotel Tivoli. Diante da histórica e quase única unidade hoteleira de qualidade em Lagos, era inadmissível constatar aqueles “verdosos” derramando porcaria e a oferecer um péssimo cartão de visita da nossa cidade. A nova Passadeira junto à Repsol São exemplos disso, a passadeira colocada, finalmente, na Avenida dos Descobrimentos, junto à Repsol onde o tráfego é intenso quer para entrar na Bomba de Gasolina, quer para as Rent a Car ou mesmo em direcção às Ruas Vítor Silva e Vas- de gasolina é um espaço privado e perigoso para circulação de elevado tráfego de peões, quando existe uma passadeira entre o Largo Porta de Portugal e a Rua Vasco da Gama que dá acesso ao passeio da Avenida dos Descobrimentos sem circular junto à Repsol. Opiniões à parte, já que na Repsol existem agora duas passadeiras, Até que enfim, as duas vias abertas junto à Escola EB 2,3 de S. João De sublinhar com agrado a abertura das duas vias na Rua Vasco da Gama entre a Escola EB 2,3 de S. João e a Rotunda da Caravela. Até que enfim, parece que foi vencida a teimosia, embora também se cogite que o troço só foi aberto ao trânsito por força das obras do novo edifício da Câmara Municipal que condicionam a circulação na Rua dos Celeiros. Escola pouco segura Ainda a propósito da Escola, recorde-se que já denunciámos os abusos de alguns comodistas que estacionam os carros junto àquele estabelecimento de ensino, mesmo com um Parque de estacionamento ali ao pé. No entanto, a bagunça continua e o caos instala-se em horas de ponta (almoço entre as 12H30 e as 14 horas). Aí, instala-se a confusão com filas intermináveis de carros. Uns parados nos tais recantos e passeios de peões, outros estacionados nos dois sentidos do troço à espera de crianças. Apitadelas, discussões, transtornos para condutores e naturalmente para peões que são obriga- dos a passar no meio da estrada entre os carros. Só que, nos casos de deficientes e carros de bebé a perigosidade aumenta. É o que acontece geralmente em dias de chuva, e numa desta ocasiões, uma senhora circulava por entre veículos com um bebé debaixo de chuva e com pés dentro de água, pois aquela zona quando chove transforma-se numa autêntica ribeira. Perante tão insólitas situações, face a certa apatia das autoridades competentes, são muitos os cidadãos que questionam a falta de policiamento nestas ocasiões. Falta Passadeira na Rua Afonso Caetano Já agora, a propósito da referida zona, ali bem perto, na Rua Afonso Caetano, continua a reclamar-se uma passadeira. Ora se na rua anterior que sobe em direcção à GNR existe passadeira, qual a razão da não existência de passadeira na rua que desce da GNR? Marina Sol ou Marina Sombra? Há muito que é reclamada intervenção no espaço abandonado e degradado na Urbanização Marina Sol, sem merecer, até à data, qualquer sinal de preocupação ou medida tendente a ultrapassar uma moléstia com barbas. Mas se a barbuda moléstia incomoda muita gente, as novas mazelas incomodam muito mais. Até a rotunda da Caravela fica entupida Por diversas vezes a rotunda da Caravela apresenta-se entupida de veículos à espera que desagúe a longa fila que penetra na entrada da Marina Sol (Rua Palos de La Frontera) que atravessa toda a zona residencial até à Rua General Humberto Delgado. Aí esperam que não haja trânsito para seguirem em direcção ao LIDL , Avenida do Cabo Bojador e Avenida das Comunidades. O comodismo ou a poupança de gasolina devem pesar nesta decisão de enfiar pela Marina Sol, por ventura para evitar seguir pela Rua Vasco da Gama e arriscar a paragem nos semáforos e para fugir às longas filas junto à Escola, tal como acontece entre as 13h e as 13.30. Assim, o perigo ronda crianças e idosos da Urbanização em horas de ponta, coincidentes com o regresso das aulas e dos empregos. E naturalmente que é um caos o entupimento numa rotunda por onde todos os veículos têm que passar. Há já quem reclame que seja colocada outra rotunda na Avenida Fonte Coberta no cruzamento com a Rua General Humberto Delgado cuja circulação ou entrada está vedada para quem vem da Rotunda da Caravela. Nova rotunda ou outra solução para assim despistar aqueles que agora entraram na moda de invadir a Marina Sol. Parecem “grutas” Com tamanho tráfego diariamente em piso implantado às três pancadas com remendos a torto e a direito, seria de prever que a chuva provocasse os seus estragos. Com efeito, basta cair um pé de água para que se es- palhem “grutas” por toda a Urbanização Marina Sol. Foi assim que um morador ligado à construção civil qualifica os vários e profundos buracos que podem danificar veículos e também provocar quedas e lesões a peões, como aliás já aconteceu. Outro residente na Urbanização comentava com ironia, “isto não é a Marina Sol mas sim a Marina Sombra”. Parece uma favela abandonada. Janeiro de 2008 N OTÍCIAS DE LAGOS 9 Câmara de Lagos aprova novas medidas sociais de apoio às famílias Natação para Grávidas e famílias com filhos menores de 5 anos será gratuita nas Piscinas Municipais As grávidas e as famílias que se inscrevam com os filhos menores de 5 anos, nas Piscinas Municipais de Lagos, vão poder usufruir de isenção de pagamento. Esta foi uma das importantes propostas aprovadas no passado dia 19, na Reunião de Câmara, e que entrou em vigor este ano. No seguimento do desenvolvimento de medidas sociais de estímulo ao aumento da natalidade, encetadas no ano de 2006 e desenvolvidas em 2007, pela autarquia de Lagos cabem, por maioria de razão, também uma promoção da gravidez segura e qualitativa. Como a natação e actividades aquáticas concebidas especialmente para a gravidez devem ser acessíveis a todos os extractos populacionais, assim como a prática por bebés e crianças com os respectivos progenitores, a autarquia decidiu propor novas medidas nesta área. Assim, as mulheres grávidas residentes e recenseadas na área do Município poderão frequentar gratuitamente a Piscina Municipal de Lagos. Igual isenção é concedida às famílias que se inscreverem com os filhos menores de cinco anos em actividades destinadas a estes escalões etários e às práticas aquáticas familiares. A isenção é concedida à criança e à família desta. Ainda no âmbito dos apoios, foi igualmente aprovado celebrar protocolos entre o Município de Lagos, a LAGOS-EM-FORMA – Gestão Desportiva E.M. e o Centro de Assistência Social Lucinda Anino dos Santos, e o Núcleo de Educação de Crianças Inadaptadas (NECI). Estes protocolos visam a isenção de pagamento pela frequên- cia das Piscinas Municipais de Lagos por crianças e adolescentes em regime de internato e por pessoas portadoras de deficiência. Esta decisão foi tomada, tendo em conta, entre outros factores, que a formação e desenvolvimento desportivo são considerados essenciais na educação para a Vida das crianças. É, além disso, uma salutar ocu- pação dos tempos livres, fomentador da disciplina individual e de grupo, e facilitador da criação de hábitos de vida em sociedade. A oferta pública de equipamentos desportivos, ainda que de gestão empresarial, tem de perseguir objectivos sociais e instituir medidas de discriminação positiva, por forma a permitir a integração social de todos. Primeira reunião do Fórum Ibérico de Cidades Muralhadas Autarquia investe no património A aprovação de um Plano de Acção foi o principal resultado da primeira reunião da Junta Directiva do Fórum Ibérico de Cidades Muralhadas, que decorreu, recentemente, em Plasencia (Espanha) e que contou com a participação de Lagos. Este órgão é composto por seis Câmaras, três portuguesas e três espanholas: Plasencia (na qualidade de Presidente), Castelo Branco (Vice-Presidente), Lagos (Tesoureiro), Lugo (Secretário), Coca (Vogal) e Penela (Vogal). Os assuntos tratados neste primeiro encontro, e que representam decisões tomadas por unanimidade, passam por acordos como a celebração anual do Dia Ibérico das Muralhas, em todas as cidades pertencentes a esta associação, a criação de uma página na Internet, elaboração de material promocional e institucional do Fórum e a elaboração de um Plano de Promoção e Comunicação. Por outro lado, foram igualmente apresentadas novas propostas para se levar a cabo, tais como solicitar a integração do Fórum Ibérico como membro associado na Walled Towns Friendship Circle (Associação Internacional de Cidades Muralhadas); o apoio de todos os membros ao projecto promovido por Plasencia na obtenção da declaração do Dia Internacional das Muralhas e a captação de recursos nacionais e europeus para a promoção e desenvol- vimento do Plano de Acção. Ficou ainda decidido criar um Comité Técnico – Científico Multidisciplinar que servirá de suporte assessor para os restantes órgãos do Fórum e para impulsionar medidas concretas de âmbito económico, cultural, educativo e social. Sublinhe-se que, de acordo com o previsto no documento “Grandes Opções do Plano para o Ano 2008” da Câmara Municipal de Lagos, estão contemplados diversos investimentos no que diz respeito ao património do concelho (que espelha a atenção que o Município tem prestado às suas Muralhas), nomeadamente, a Recuperação do Pano de Muralhas e dos Baluartes e a criação de acesso exterior ao Baluarte da Alcaria ou das Freiras e recuperação da rampa interior, entre outras. Recorde-se, a propósito, que a cidade de Lagos foi convidada a aderir ao Comité Executivo do Fórum Ibérico de Cidades Muralhadas, tendo sido assinado o Protocolo de Constituição e Estatutos da Associação no final do ano passado. Lagos foi um dos 73 municípios que responderam a favor da criação de uma associação que defenda e promova a recuperação, conservação e sensibilização sobre o património muralhado, a captação de recursos para a sua restauração e a promoção dos bens patrimoniais em favor do incremento do turismo e da actividade comercial. Entrega pode ser feita directamente na Estação de Transferência de Lagos Equipamentos Eléctricos e Electrónicos têm novos pontos de recolha A Estação de Transferência de Lagos é um dos 11 novos pontos de recolha de resíduos de equipamentos eléctricos e electrónicos (REEE’s), da responsabilidade da Algar. Assim sendo, qualquer munícipe/utente pode depositar gratuitamente nestes locais, todos os resíduos REEE (Ex.: frigoríficos, congeladores; máquinas de lavar roupa ou loiça, fogões, ventoinhas, microondas, etc), desde que devidamente separados de outro tipo de resíduos. No que diz respeito a empresas particulares, podem igualmente depo- sitar os resíduos gratuitamente, ainda que se tenham de fazer acompanhar de uma Guia de Acompanhamento de Resíduos – Modelo A, devidamente preenchida (poderá ser adquirido na Papelaria Palinova). A Estação de Transferência de Lagos está situada nas Portelas e o horário para recolha dos resíduos é de Segunda a Sexta, das 8h00 às 16h00 e aos Sábados, das 8h00 às 12h00. Não obstante esta nova valência da Estação de Transferência, e para os munícipes que não tenham condição de fa- zer transportar os resíduos à E.T., a Câmara Municipal de Lagos continua a assegurar o serviço domiciliário de Recolha de Monos (gratuito), mediante marcação, através do telefone 282 780 520. Pacotes de Leite e Sumo passam para o Ecoponto Amarelo Ainda na área do ambiente, a ALGAR solicita a colaboração de todos, no sentido das embalagens de cartão para líquidos alimentares (ECAL – Ex.: pacotes de sumo ou leite) começarem a ser depositadas no ecoponto amarelo (e não no azul como vinha sendo feito até agora). Recentemente foram criadas pela Sociedade Ponto Verde novas regras que estabelecem que todas as ECAL deverão passar a ser depositadas no contentor amarelo. De acordo com informação recolhida, esta mudança deve-se ao facto de se ter apurado que o aproveitamento da parte metálica da embalagem é mais proveitosa do ponto de vista ambiental e económico do que o papel que reveste o exterior da embalagem. População quis tornar mais feliz o Natal de muitas crianças Lagos associou-se ao Natal Solidário 2007 A Campanha “Natal Solidário 2007”, que este ano decorreu sob o lema “Torne mais feliz o Natal de uma criança”, mostrou, uma vez mais, o espírito solidário dos munícipes de Lagos. A Campanha, promovida pela Câmara Municipal de Lagos, nos passados dias 7 a 9 de Dezembro, contou com o apoio de alguns supermercados e médias superfícies existentes no concelho, e voltou a demonstrar que os lacobrigenses são solidários. Recorde-se que todos os anos a autarquia organiza esta iniciativa no intuito de poder oferecer àquelas crianças que mais necessitam de maior conforto nesta quadra festiva. O número de pessoas que participou foi bastante elevado, tendo sido recolhidos mais de 2.600 artigos. A saber: Géneros Alimentares (Leite, Bolachas, Pacotes de Papas e Cereais; Chocolates e Doces Diversos, entre outros) - 1972; Brinquedos - 232; Livros - 97; Material Didáctico/Escolar – 313, entre outros. A entrega das prendas às crianças decorreu nas antigas instalações dos Bombeiros Voluntários de Lagos, até ao dia 21 de Dezembro. Sublinhe-se que a selecção das crianças contempladas foi efectuada pelos técnicos através das famílias com processo instruído no Serviço de Acção Social da autarquia. O “Natal Solidário 2007” contou com a colaboração de diversos voluntários, do Núcleo de Lagos da Cruz Vermelha Portuguesa, do Centro de Estudos de Lagos e o apoio das empresas LagosInter (Intermarché), Modelo e Pingo Doce. Janeiro de 2008 10 N OTÍCIAS DE LAGOS Santa Maria Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima Recebida em Santa Maria com pompa e circunstância Lagos recebeu Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima com notável receptividade. Com efeito, depois de Luz, Barão de S. João e Bensafrim, entre o dia 12 de Janeiro e até ao dia 19, foi a vez da Paróquia de Santa Maria, cujo cortejo partiu pelas 17 horas, do Largo das Portas de Portugal, seguindo pela Avenida dos Descobrimentos onde era esperada por um mar de gente, seguindo para a Praça Infante D. Henrique onde se encontravam mui- tas crianças, terminando na Igreja de Santa Maria . Recorde-se que, segundo a tradição, a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, sai do seu santuário uma vez a cada 50 anos, o que tornou esta visita um facto raro. É neste período, e durante dois anos, que a ima- gem irá visitar todas as paróquias da Diocese do Algarve. A iniciativa mereceu o apoio logístico da Câmara Municipal, contando, ainda, com os apoios da Junta de Freguesia de Santa Maria, Associação de Bombeiros Voluntários de Lagos, Moto Clube de Lagos, Grupo Motard de Bensafrim, GNR e PSP, e ainda o Núcleo de Paraquedistas que elevou o Andor desde o Largo das Portas de Portugal até à Igreja. Procissão junta mais de 2000 pessoas no Centro Histórico De sublinhar as Celebrações Eucarísticas e Procissão das Velas no dia 13 de Janeiro, seguindo-se nos dias 14 e 15 o Encontro de Meditação , no dia 16 a Apresentação do Filme “As Aparições de Fátima”, depois no dia 17 Adoração (Celebração destinada aos idoso sendo administrado o Sacramento da Santa Unção), a 18 de Janeiro o Encontro de Casais, e finalmente no dia 19, pelas 16 horas teve lugar nova Celebração Eucarística a Despedida e a entrega da Imagem da Senhora Peregrina à comunidade de Porches (Lagoa). A despedida da “santa” reuniu todas as paróquias dos concelhos de Lagos, Aljezur e Vila do Bispo. Férias Desportivas da miudagem IV Torneio de Natal 3 Modalidades Lagos e Benfica foi o mais pontuado Já se contam quatro edições do Torneio de Natal 3 Modalidades, numa louvável iniciativa da Junta de freguesia de Santa Maria, que assim preenche uma lacuna existente em Lagos, actividade que antigamente tinha a devida e regular inscrição no plano anual da Câmara Municipal de Lagos. Recorde-se que, na década de 80 e até finais dos anos 90, as férias de Carnaval, Páscoa, Verão e Natal consubstanciavam uma marca de qualidade na programação desportiva da Câmara Municipal de Lagos no topo Algarvio, em colaboração com escolas, clubes e instituições privilegiando umas férias saudáveis, ao mesmo tempo que preenchia os interregnos de competições federadas. Com o abandono desta vertente devidamente planeada e trocada apenas em época estival por outra iniciati- va “Viver o Verão”, que se recomenda mas que deveria contemplar quadros competitivos que proporcionariam um saudável competição entre jovens turistas e lacobrigenses. Em boa hora, a Junta de Santa Maria agarrou o projecto e nesta edição 2007, seis equipas aderiram e nas duas semanas que antecederam o final do ano, tiveram oportunidade de desfrutar de um convívio salutar com oportunidade para também colocar à prova as aptidões técnicas em três modalidades. Futebol, Andebol e Basquetebol animaram os miúdos, e no final da festa desportiva o vencedor foi o Sport Lagos e Benfica, a que se seguiram o Estrela de Desportiva Bensafrim A, Clube Desportivo de Odiáxere, Externato Torraltinha A, Externato Torraltinha B e Estrela Desportiva de Bensafrim B. O último dia das férias desportivas consagrou o futebol, mas antes da entrega de prémios simbólicos com medalhas iguais para todos, teve lugar uma breve demonstração das 3 modalidades em simultâneo. As crianças viveram um ambiente festivo longe da ganância competitiva de alguns adultos que correm atrás dos troféus e dos títulos a todo o custo. Rui Santos, membro da Junta de freguesia, agradeceu aos atletas, técnicos e dirigentes das instituições presentes no torneio, mas aproveitou a ocasião para elogiar os pais e familiares dos miúdos que acompanharam a actividade, sem esquecer a preciosa colaboração dos jovens árbitros Luís Carlos, Fábio Rocha e Bruno Ferreira. A organização foi apoiada pela Câmara Municipal de Lagos, Lagos-EmForma e Escola Secundária Gil Eanes. Carlos Figueiras foi o grande dinamizador O evento foi idealizado e coordenado por Carlos Figueiras, homem vocacionado para as lides desportivas, antigo jogador de futebol com curso de treinador e que já orientou e colaborou com clubes lacobrigenses, dirigente desportivo e que também pratica Petanca, es- tando actualmente ao serviço da Junta de freguesia de Aanta Maria. Recordese que Carlos Figueiras organiza ainda o Torneio da Páscoa e das Freguesias em Futebol, colaborando também noutras iniciativas desportivas daquela autarquia. Um valor acrescentado para o desporto lacobrigense, e que deveria ser devidamente aproveitado e reconhecido. Janeiro de 2008 Odiáxere N OTÍCIAS DE LAGOS 11 Clube Desportivo de Odiáxere – parte 1 Da história de talentos à solta na formação às fantásticas instalações desportivas e sociais gumas personalidades que se dedicaram à causa desportiva em Odiáxere, os presidentes José Augusto Calado, Manuel Martiniano, Adérito Andrés, e mais recentemente José Armindo que foi aquele que parece ter protagonizado mais mandatos consecutivos na liderança do clube, sem esquecer João “Rebuçado” pioneiro no arranque do futebol jovem em Odiáxere, Francisco Silva e o próprio Luís Bandarra que foi Presidente e que dinamizou também a formação. A dinâmica de Luís Bandarra O Clube Desportivo de Odiáxere atravessa presentemente um dos mais brilhantes períodos do seu historial, embora se registasse a demissão do seu presidente da Direcção, José Armindo. Por isso, o NL decidiu realizar um ciclo de reportagens com o emblema de Odiáxere, viajando pela sua história, entrevistando protagonistas e dando a conhecer as suas equipas. Em próxima edição, abordaremos a história e a actualidade da equipa sénior do CD Odiáxere. O Clube lacobrigense com melhores instalações Desde logo vislumbramos as magníficas instalações desportivas e sociais, constituindo-se não só como o clube das freguesias rurais melhor dotado de infra-estruturas mas igualmente ao nível de todo o concelho. Primeiro foi a Sede Social e beneficiações no campo pelado e mais re- centemente eis que o sonho se concretizou e aí está um relvado sintético que faz inveja a muita gente, bancadas e balneários requalificados à altura das necessidades actuais do clube face ao volumes de escalões que participam nos campeonatos distritais. Um punhado de gente empenhada de alma e coração Um fantástico trabalho de grupo com muita dedicação, esforço e competência de um punhado de pessoas que se envolveram de alma e coração no progresso do clube. Recorde-se que o Clube Desportivo de Odiáxere já conheceu momentos altos na sua história com participação honrosa na 1ª divisão distrital de seniores, promoveu uma equipa de futebol feminino que participou no campeonato distrital e, por diversas vezes, empenhou-se na formação mas nas duas últimas épocas tornou-se mais notória a aposta nas camadas jovens. Entre outros, destacamos al- Entre as diversas figuras do associativismo, Luís Bandarra esteve, directa e indirectamente, sempre ligado à evolução do Clube Desportivo de Odiáxere. Mesmo sem pertencer aos órgãos sociais do clube, na qualidade de Presidente da Junta de freguesia de Odiáxere há dois mandatos e meio, foi impulsionador através de regulares reivindicações, da construção da Sede Social e agora do Relvado Sintético, sem esquecer o Polivalente Desportivo, em executivos municipais distintos, nomeadamente com Valentim Rosado do PSD e agora Júlio Barroso do PS. Um caso sério que deveria servir de exemplo para outros autarcas das freguesias. É que, por exemplos, os casos na Luz (Espichenses e Luzense), Bensafrim e Barão de S. João, que há muito viram as suas instalações desportivas e sociais erguidas em grande parte com o esforço e mão de obra dos seus sócios e alguns apoios das Juntas e Câmara Municipal, praticamente estagnaram ou até esvaziaram actividades, enquanto Odiáxere, que parecia a mais pobre das freguesias, apresenta-se actualmente como uma referência do Município de Lagos. O caso de José Armindo É indesmentível e inquestionável o mérito e a obra de Luís Bandarra, mas deve reconhecer-se, em abono da verdade, o empenho e esforço de José Armindo na franca evolução do Clube Desportivo de Odiáxere. Na verdade, passou praticamente uma década à frente do Clube, entre outras alturas em que colaborou noutras funções, estando inteiramente ligado a este salto qualitativo, quer em matéria de infra-estruturas, quer no desenvolvimento de actividades desportivas. Por entre apoiantes e críticos da gestão de José Armindo, foi com surpresa que se conheceu a sua demissão justamente às portas da inauguração do Relvado Sintético. Fala-se de alegadas divergências com outros dirigentes acerca da forma como o processo decorreu supostamente à margem do líder do clube. De qualquer forma, José Armindo fica para a história principalmente pelos bons momentos do clube. Rui Santos, Manuel Guilhermino, Pedro e companhia na formação... zação e dinamização das actividades, Rui apoia e consegue patrocínios para equipamentos desportivos e infra-estruturas. Um forte contributo que merece o envolvimento de mais gente (cerca de duas dezenas de pessoas entre técnicos e seccionistas) destacando-se Manuel Guilhermino, empresário de Lagos, também ele antigo desportista e dirigente desportivo, que actualmente tem os seus filhos jogando nos escalões de formação do CD Odiáxere. Torneio das Eiras teve honras da presença do Benfica Mas ainda há mais gente na retaguarda do clube, que dá visibilidade Entre outros torneios e a inauguração do Relvado Sintético, há que sublinhar o mediático e fantástico Torneio das Eiras levado a cabo no Ve- à obra e projecta o futuro. A aposta na formação, a organização de torneios mediáticos, o crescimento de equipas e as condições para a prática do futebol, têm rostos e dedos que importa relevar. Pela mão de Pedro, antigo treinador das camadas jovens do Esperança de Lagos e actual “Olheiro” do Benfica no Algarve, ingressaram dezenas de jovens talentos no Clube Desportivo de Odiáxere. Dado o pontapé de saída, logo surgiu um conjunto de pessoas dispostas a abraçar o projecto da formação com unhas e dentes rumo ao futuro. Presentemente, o CD Odiáxere tem cerca de uma centena na prática do futebol, entre federados e não federados nos escalões de Escolas, Infantis e Iniciados. “ Sobrinho de peixe sabe nadar”, é o caso de Rui Santos, antigo jogador de futebol, sobrinho do ex Presidente do Clube Desportivo de Odiáxere, Manuel Martiniano (ambos ligados à construção civil), que para além da dedicação permanente na organi- rão de 2007 coincidindo com o encerramento da época. Com efeito, fecharam com chave de ouro a temporada 2006/2007, com a realização de um torneio que mereceu a participação do Benfica e de outros clubes históricos do Algarve com destaque para o Silves e Portimonense. Foi uma festa desportiva no Estádio Municipal, que se prolongou no Campo das Eiras com um almoço convívio. Na cerimónia de entrega de prémios estiveram presentes os vereadores Jorge Serpa e António Marreiros. A propósito, recorde-se que talentos do CD Odiáxere e de outros clubes rumam periodicamente ao Estádio da Luz para mostrarem as suas habilidades e desfrutarem do contacto com a alta roda do desporto rei, merecendo a companhia do vereador das freguesias e fervoroso benfiquista, António Marreiros, que também foi um dos impulsionadores da concretização da importante obra que foi o Relvado Sintético. Janeiro de 2008 12 N OTÍCIAS DE LAGOS Bensafrim Barão de S. João Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima Presépios nas Aldeias do Algarve O “Milagre” do menino que começou a ver Porém, Bensafrim oferece a particularidade de conter uma história passada há cinquenta anos atrás quando Nossa Senhora esteve naquela freguesia. Pouco mediatizado, reza a história local que teve lugar um alegado milagre da Nossa Senhora de Fátima. Recordação que remonta há mais de meio século Ainda na esperança de que neste ano de 2008, a Assembleia da República arranje tempo para estudar a proposta de candidatura de Bensafrim ao estatuto de Vila, e à espera que Erickson não fuja para outras bandas, esta popular freguesia do concelho de Lagos vai dando motivos para notícias boas. Como é do domínio público, a população bensafrinense é apegada à religião católica. A tradicional Missa do Galo, a Benção das Famílias e ainda a presença do Coro da Diocese do Algarve que acompanhou e consagrou a mais uma habitual actuação do Coro Infantil da Paróquia de Bensafrim, foram pontos religiosos marcantes na saída de 2007 e no arranque do novo ano. Porém, na rota das visitas da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima, Bensafrim recebeu, no dia 5 de Janeiro, o testemunho da “Santa” de Barão de S. João. A comunidade religiosa, o Grupo Motard de Bensafrim e a população em geral, com grande esforço e sem a ajuda de qualquer tipo de entidade oficial, engalanaram-se, enfeitando ruas e casas para receber o cortejo. Com efeito, até um habitante de Bensafrim teve de ir a Barão de São João, com a sua carrinha, buscar o andor com a Santa. Episódio que não ocorreu em mais nenhuma freguesia dos concelhos de Vila do Bispo e de Lagos. Durante uma semana, os bensafrinenses tiveram ocasião de orar e meditar na Igreja de Bensafrim, de tarde e à noite, perante tão simbólica e histórica presença de Nossa Senhora de Fátima. No percurso programado, Santa Maria de Lagos, apoiada pela Câmara Municipal de Lagos e respectiva Junta de Freguesia, foi a paragem seguinte da Imagem Peregrina, recebida com pompa e circunstância. A passagem de testemunho teve lugar por voltas das 16 horas, depois da “Santa” ter pernoitado no Lar de Idosos de Bnsafrim, local que encheu para a despedida, onde mais uma vez o senhor Pacheco disponibilizou transporte, devidamente acompanhado pelos pombos de José da Glória, Motards de Bensafrim e de Lagos e GNR que rumaram até à Avenida dos Descobrimentos. Segundo testemunhos de residentes em Bensafrim incluindo uma senhora que presenciou o acontecimento, uma criança de nome Boaventura, que era cego, parece ter sido abençoada pela Santa. Na verdade, durante o cortejo da Nossa Senhora Peregrina pela aldeia, o pequeno que estava acompanhado de sua mãe disse que via uma pomba. Com efeito, o andor estava adornado de flores e de pombas que haviam pousado junto à “Senhora”, símbolo da Paz. Na altura, segundo os testemunhos dos presentes, a mãe não deu grande importância às palavras do petiz, mas, passado pouco tempo, ele voltou a dizer que, para além da pomba que voava via também a Nossa Senhora. Foi, pois, com estupefacção, alegria e um forte sentido de fé que todos os que lá estavam acolheram o “milagre”. O menino Boaventura começara a ver. Hoje em dia, os amigos de infância, com saudade, não têm o seu contacto em virtude da família deste ter rumado para outras paragens. Consta que é vivo e reside mo estrangeiro. Um episódio que decorreu há mais de meio século, e que foi agora avivado nesta nova visita da Santa. Barão de S. João foi o “embaixador” lacobrigense No dia 19 de Dezembro, o Jardim-de-Infância do Corotelo, no município de São Brás de Alportel, acolheu a sessão de apresentação da edição de 2007 da “Festa dos Presépios nas Aldeias do Algarve”, iniciativa que a CDDR Algarve leva a cabo há já 5 anos, de modo a valorizar, preservar e recuperar a tradição do Presépio Público e comunitário, nas aldeias da região. Presépios estiveram patentes ao público até Dia de Reis, 6 de Janeiro Esta 5.ª edição, da “Festa dos Presépios nas Aldeias do Algarve” in- tegrou 18 aldeias algarvias: em São Brás de Alportel, Corotelo, Alportel, Mesquita e Machados; no município de Silves, a aldeia de Alcantarilha; Monchique, apresentou presépios em Alferce e Monchique; Loulé com presépios em Ameixial, Cortelha, Penina e Tor; Alcoutim, com Martinlongo e Vaqueiros;; Tavira, participa com a aldeia de Cachopo; Faro, com a aldeia de Estói; Castro Marim com a aldeia de Odeleite, Albufeira com Paderne e Lagos, com presépio na aldeia de Barão de São João Os 18 presépios em 10 municípios do Algarve, estiveram patentes até dia 6 de Janeiro, Dia de Reis, e o NL foi naturalmente visitar o Presépio Baronense exposto em frente à Igreja de Barão de S. João População recebeu de braços abertos Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima No âmbito das visitas da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima pelo Algarve, e particularmente pelo Concelho de Lagos, a freguesia de Barão de S. João foi a segunda a acolher a “Santa”, depois de ter estado na Vila da Luz, entre 15 e 22 de Dezembro. A população recebeu Nossa Senhora de braços abertos, num cortejo vindo de Barão de S. Miguel com o apoio dos Bombeiros de Vila do Bispo. Ruas e casas devidamente en- feitadas, pombas e sobretudo muita gente a acompanhar a chegada da Imagem Peregrina à Igreja de Barão de S. João, onde permaneceu durante uma semana com Procissão, Celebrações Eucarísticas, adoração e meditação. Nossa Senhora de Fátima fez a sua despedida de Barão de S. João, no dia 5 de Janeiro rumo à freguesia de Bensafrim, apoiada pelo Grupo Motard de Bensafrim e o sr. Pacheco do Café Nacional de Bensafrim. Janeiro de 2008 N OTÍCIAS DE LAGOS 13 São Sebastião S. Sebastião e a tradição Cantares e Bolos verdadeiramente Reis Embaixadores da cultura lacobrigense juntos no mesmo palco A Junta de freguesia de S. Sebastião mantém a chama viva no que concerne a preservar as tradições lacobrigenses. Em época natalícia e na transição de mais um ano, teve lugar mais uma edição dos Cantares dos Reis. Assim, no dia 6 de Janeiro, em noite húmida e com chuva a espaços, a Praça Gil Eanes aqueceu com muita gente ao som de boa música e de cantares interpretados por dez fantásticos grupos. A pequenada da Escola E.B.1 n.º 2 de Lagos abriu o programa, seguindo-se a Academia de Música de Lagos, e depois um dos pontos altos da noite com o Grupo Coral de Lagos e Filarmónica Lacobrigense juntos. Tempo ainda para ouvir o grupo Entre Amigos, o Grupo Coral de S. Sebastião, o Clube Artístico Lacobrigense, Grupo “Flor da Malva” , Grupo “Cantar dos Reis das Portelas”, e para fechar com chave de ouro, nada melhor que o Rancho Folclórico de Odiáxere. Pisaram o palco os mais notáveis embaixadores da cultura lacobrigense. Palestra “Desatar o Nó do Luto” na Junta de freguesia de S. Sebastião Inaugurado Gabinete de Apoio ao Luto de Lagos Realizou-se no dia passado dia 12 de Janeiro, a Palestra de Divulgação do Gabinete de Apoio ao Luto de Lagos (GAL-Lagos) intitulada “Desatar o Nó do Luto”, onde se deu a apresentação do GAL-Lagos e se falou sobre o Luto, os seus sintomas, as suas fases e a sua importância. Os depoimentos cheios de força e coragem de algumas pessoas presentes encerraram a sessão e emo- Luz cionaram a plateia, que aderiu em grande número à Palestra. Trata-se de uma louvável iniciativa que se saúda, e que se recomenda a quem precisa de apoio em momentos tão tristes e dolorosos. A APELO – Associação de Apoio à Pessoa em Luto, representada pela sua extensão regional do Algarve, o Centro de Apoio à Pessoa em Luto (CAPELO-Algarve), informa o início de actividade do GAL-Lagos com localização na Junta de Freguesia de São Sebastião. O GAL-Lagos irá funcionar inicialmente à segunda-feira, das 10h30 às 13h00 e das 14h00 às 15h30, sendo possível a qualquer dia o contacto telefónico ou via email para futuro atendimento. Espera-se para breve o alargamento do horário de funcionamento para os restantes dias da semana. O Presépio e os Bolos gigantes Com efeito, a Câmara Municipal abriu as portas para colocação de um presépio com o dedo do artista Tolentino Abegoaria, sendo que a organização encomendou dois Bolos verdadeiramente Reis confeccionados pelo pasteleiro Luís da histórica Padaria Gilberto. Mais bolos e bebidas para todos, num ambiente festivo que marcou este evento organizado pela Junta de freguesia de S. Sebastião com apoio da Câmara Municipal de Lagos e colaboração preciosa dos grupos que actuaram e proporcionaram um espectáculo inesquecível. Justa homenagem ao Intermarché em Dia de S. Sebastião A Junta de Freguesia de S. Sebastião, homenageia todos os anos uma Individualidade que se distingue, segundo a opinião do seu executivo, numa área em benefício da comunidade Lacobrigense. Assim, em reunião de vinte e um de Novembro, foi deliberado por unanimidade atribuir um prémio de reconhecimento, não pecuniário, à Empresa Lagosinter – Supermercados, Lda. (Intermarché) pela disponibilidade e sempre presença no apoio às Instituições, Associações e Colectividades do Concelho de Lagos. A cerimónia realizou-se no dia 20 de Janeiro (Dia de S. Sebastião), pelas 21 Horas, no Salão do Grupo de Amigos do Chinicato, sito no Edifício Multifunções do Chinicato, contando com as presenças do Executivo da Junta de freguesia de S. Sebastião liderado por Pedro Cruz, representantes da empresa homenageada e Executivo Camarário presidido por Júlio Barroso, entre demais ilustres convidados. Para além dos breves e simbólicos discursos, houve lugar ainda para desfrutar do requinte musical do Grupo Coral de Lagos e Academia de Música de Lagos. Primeira visita da Imagem Peregrina a uma freguesia de Lagos A Vila da Luz foi a primeira freguesia do concelho a receber a Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima. Ainda em 2007, entre 15 e 22 de Dezembro, interrompendo o percurso pelo Concelho de Vila do Bispo, a “Santa” percorreu as três Paróquias da Freguesia da Luz (Luz, Espiche e Almádena), sempre com muita gente a participar nas várias cerimónias agendadas. Após uma semana na Luz, a Imagem Peregrina voltou a Vila do Bispo, desta feita para visitar Barão de S. Miguel. Reis a cantar e a correr A Vila da Luz tem sempre bons motivos para boas notícias. Com efeito, em época de “Reis”, os Cantares e o Atletismo estiveram em evidência cujos protagonistas foram os Clubes ABC “Os Espichenses” e o CRCD Luzense. Uma grande festa de “Os Espichenses” Cantares das Janeiras ao rubro Depois do sucesso da Festa de Natal, o ABC “ Os Espichenses” levou a efeito outra excelente iniciativa no dia 6 de Janeiro. Sala cheia para assistir ao espectáculo de Cantares das Janeiras, prevalecendo a tradição e a festa da população. Com o apoio da Liga dos Amigos da Poesia, desfilaram vários grupos dos concelhos vizinhos, mas o destaque vai naturalmente para o grupo da casa que abriu a sessão. Boa prestação dos “artistas locais” merecendo vivos aplausos do público presente. Um evento que se saúda e se recomenda continuidade, em nome da tradição e sobretudo em razão da nova dinâmica do ABC “ Os Espichenses”. 38.º Grande Prémio dos Reis em Atletismo CRCD Luzense brilha em Faro nos escalões de formação O CRCD Luzense brilhou com os escalões de formação nas ruas do centro da cidade de Faro, que voltaram a viver as emoções de uma prova de atletismo. Foi a 38.ª edição do Prémio dos Reis, organizada pela Associação de Atletismo do Algarve, que conta no seu historial com a participação de atletas de categoria mundial, não só portugueses como estrangeiros. Na edição deste ano, as provas ditas rainhas, tiveram como vencedores a algarvia Ana Dias (Casa do Benfica de Faro) em femininos e Manuel Damião do Maratona, em masculinos. No entanto, a festa do atletismo na capital algarvia começou logo a meio da tarde com as provas para os atletas mais novos representando clubes de quase todos os lugares da região. E aí, o CRCD Luzense esteve em evidência obtendo fantásticas classificações. Está, pois, de parabéns o CRCD Luzense, que já é uma referência regional nos escalões de formação, fruto do empenho, dedicação e competência de atletas, técnicos e dirigentes. Benjamins Masculinos: 1.º Bruno Frutuoso, CRCDL Infantis Masculinos: 3.º Rodrigo Castro, CRCDL; 4.º Pedro Rosado, CRCD Iniciados Masculinos: 1.º Fábio Reis, CRCDL Juvenis Masculinos: 4.º Ivan Ferreira, CRCDL Juniores Femininos: 4.ª Ana Pires, CRCDL Janeiro de 2008 14 N OTÍCIAS DE LAGOS Autarquia alega ilegalidade nos embargos do Instituto a várias obras no concelho Câmara leva ICNB à barra do tribunal afirmava que a autonomia das Câmaras Municipais depende do tipo de plano que estiver em vigor, sendo no entanto plena, sempre que estivermos perante plano de pormenor ou alvará de loteamento”. Sendo este o caso e estando perante planos e alvarás aprovados e eficazes, os sociais-democratas do Algarve pediram urgência ao Ministério do Ambiente para que se encontre uma solução a fim de se minimizar os danos colaterais que estão a afectar dezenas de pessoas que agiram de boa-fé”. PSD quer demissão de Secretário de Estado • Carla Lourenço O conflito entre o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade (ICNB) e a Câmara Municipal de Vila do Bispo está instalado e parece ter vindo para ficar. Em causa estão uma série de embargos pelo ICNB a obras licenciadas pela câmara vilabispense, que já motivaram o pedido de demissão do Secretário de Estado do Ambiente, pelo deputado Mendes Bota e uma acesa troca de comunicados entre o PSD e o PS Algarve. A Câmara Municipal pretende agora levar esta situação aos tribunais. Na mira das “medidas preventivas” que o ICNB aplicou, estão os loteamentos de Vila Rosalinda, Espartal e Vale da Telha, no município de Aljezur, e Quinta da Fortaleza, Carriços, Moledos, Esparregueira e Martinhal, no município de Vila do Bispo, todos com alvarás da década de 80, muito antes da própria criação do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, e declarados compatíveis com o PROTAL. “Está-se em presença de loteamentos com alvarás em vigor, com as infraestruturas executadas e, nalguns casos, já recebidas definitivamente pela autarquia, e de lotes urbanos registados na Conservatória do Registo Predial sem qualquer ónus, condição ou pendência. Trata-se, sem sombra de dúvida, de áreas urbanas consolidadas” explica o PSD em comunicado, acrescentando que são construções que representam já “a parte final da concretização dos loteamentos, onde abundam dezenas de moradias construídas, licenciadas, vistoriadas e registadas sem qualquer problema” . Assim, para os sociais-democratas, “o governo pretende dar uma falsa imagem do município de Vila do Bispo, como se este estivesse a transformar-se em mais um mau exemplo de betonização”, lembrando ainda que o ICNB, através da Comissão Directiva do Parque Natural “faz vista grossa a algumas construções clandestinas (...) como são os casos da Charneca (Figueira) e do Forno de Cal (Budens)”. Mendes Bota presenciou drama dos investidores A questão já mereceu a visita de Mendes Bota às obras embargadas em Vila do Bispo, no passado dia 27 de Dezembro, tendo sido recebido por uma comitiva composta pelos presidentes da câmara e assembleia muni- cipal de Vila do Bispo, Gilberto Viegas e Francisco Búzio dos Reis, e o líder do PSD Lagos, Nuno Marques que o guiaram pelos polémicos locais e o levaram a conhecer os respectivos proprietários. O deputado do PSD mostrou-se preocupado com a situação das famílias que ficaram endividadas, muitas delas a ponto de terem de vender outros bens para poderem cobrir os gastos que tiveram com as obras que agora estão paradas. “Outro aspecto que muito me sensibilizou é a reputação destas pessoas, muitas delas estrangeiras, que perderam todo o seu investimento e que levam para os seus países uma péssima imagem de Portugal”, disse Mendes Bota, em declarações ao NL. Em comunicado, Bota assegura que estes embargos são “consequência da ofensiva lançada pelo ICNB contra o município de Vila do Bispo” e acrescentou que os efeitos desta acção serão trágicos para o desenvolvimento do concelho: “pequenas empresas destruídas, investidores desiludidos, trabalhadores desempregados, dívidas insolúveis à Segurança Social, ao Fisco a fornecedores e empreiteiros, destruição da imagem de Portugal como um país credível”. O comunicado do PSD assegura que se está “a falar de espaços claramente urbanos e urbanizáveis, onde o Parque (leia-se ICN também) só vê os terrenos agrícolas ou incultos de outrora. É uma cena surrealista”. Os sociais-democratas citam ainda o Decreto-Lei nº 241/88 que refere que são dispensadas do parecer prévio do director da área de Paisagem Protegida “as construções, remodelações, reconstruções e demolições admitidas nos planos gerais de urbanização devidamente aprovados e eficazes“ e mencionam igualmente o “parecer do ICN à data de 18/10/1996 que, entre outras coisas Novamente em comunicado, o PSD Algarve acusou o Secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, de ter dado “cobertura institucional e a cumplicidade ideológica” a toda a situação acusando-o de tomar “uma iniciativa prepotente e ilegal, com a chancela deste governo, que pretende condenar Vila do Bispo ao subdesenvolvimento em que está, à desertificação humana que continua a progredir, e que tem trazido como consequências desemprego e dificuldades financeiras para pequenas empresas e desconfiança por parte de quem investiu, respeitando todas as leis e regulamentos que lhe fo- ram exigidos”. “Por ser o responsável político destas atitudes de prepotência, abuso de autoridade, falta de bom senso, perseguição de autarquias, omissão de combate à construção clandestina, lesão da imagem de Portugal como um Estado de direito, e desprezo pelos mais elementares direitos de cidadãos e investidores, o PSD/Algarve não pode deixar de reclamar a demissão imediata do Secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa”, conclui o comunicado. Assembleia Municipal recomenda acção em tribunal A Assembleia Municipal de Vila do Bispo também se pronunciou so- bre esta questão das medidas preventivas, aprovando duas moções por unanimidade. A primeira reflecte sobre “o desencanto, a falta de respeito em relação às populações, a falta de medidas de discriminação positiva e ainda a necessidade de revisão urgente do Plano e Regulamento do Parque”. A segunda moção, por seu turno, recomenda ao executivo que “faça sentir a indignação colectiva junto dos Tribunais através de acção judicial competente, contra o ICNB/ Ministério do Ambiente”. Para este órgão autárquico, “estas medidas pretendem inviabilizar a eficácia de Alvarás legais e em vigor, num atentado fulminante ao desenvolvimento do Concelho, com uma densidade das mais baixas do Algarve e onde a população diminui, por se não vislumbrarem oportunidades de emprego”. PS Algarve acusa PSD de “populismo” e “incoerência” O socialista algarvio, Miguel Freitas, classificou as críticas do PSD de “populismo fácil” e “incoerência política”, visto que os sociais-democratas não mostram “intenção séria de contribuir para a construção de soluções”. No comunicado do PS Algarve, “o em- bargo de construções localizadas no concelho de Vila do Bispo prende-se à caducidade dos respectivos alvarás de construção, cuja renovação exige, actualmente, um pedido de parecer prévio ao ICNB, Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade”. Freitas aproveitou também para acusar Gilberto Viegas de inércia, visto que “os actuais embargos datam de Outubro de 2007 e não existiram apenas em Vila do Bispo. Também aconteceram no Espartal, em Aljezur. A diferença é que enquanto o Presidente da Câmara de Aljezur, na defesa dos interesses dos seus munícipes, teve uma atitude pronta e eficaz, o Presidente da Câmara de Vila do Bispo quedou-se numa postura displicente e nada fez” . Janeiro de 2008 N OTÍCIAS DE LAGOS 15 Comemorações do Dia do Município No dia 22 de Janeiro Vila do Bispo celebrou o dia do seu Padroeiro, São Vicente, e o Dia do Município, data que a Autarquia vilabispense quis assinalar com um conjunto de iniciativas de índole cultural, política, religiosa e desportiva, durante o período compreendido entre os dias 19 e 27 do corrente mês. IX Mostra de Artistas do Concelho A abrir o diversificado programa festivo, o dia 19 consagrou a inauguração da “IX Mostra de Artistas do Concelho”, na Sala de Exposições do Centro Cultural de Vila do Bispo. Mais uma edição desta louvável iniciativa que reúne e motiva os artis- tas da terra. Já se contam nove anos de arte local com visibilidade a merecer os mais rasgados elogios da comunidade vilabispense ao mesmo tempo que suscita um mar de visitantes de outras paragens, na descoberta de talentos e na consagração de artistas. IX Meia Maratona do Concelho de Vila do Bispo No Domingo, dia 20, a manhã foi dedicada ao desporto com a tradicional e já consagrada Meia Maratona de Atletismo, prova para seniores e veteranos (Vila do Bispo – Sagres – Vila do Bispo). Uma modalidade que continua a ser acarinhada no concelho fruto do empenho e dedicação do CRP Salema que não regateia esforços para manter viva a chama do Atletismo e oferecer a prática desportiva às diferentes faixas etárias da população vilabispense. Para além da atribuição de lembranças de participação a todos os concorrentes e de taças aos primeiros classificados de cada categoria, foram ainda atribuídos prémios monetários aos primeiros 20 classificados de seniores masculinos, às sete primeiras classificadas da geral femininos, aos cinco veteranos masculinos I e aos primeiros cinco veteranos masculinos II, III, IV e V no valor total de € 4.100,00. A prova, organizada pela Câmara Municipal e pelo Clube Recreativo Praia da Salema, contou com a participação de 92 atletas. Seniores Masculinos Louri Albramov venceu prova renhida Luta renhida entre os 3 primeiros classificados na prova de seniores masculinos, com Louri Albramov , atleta individual, a bater o sportinguista Carlos Silva e Pedro Maravilhas de Sesimbra. Para atestar a competitividade nesta prova, basta referir que o credenciado Igor Timbalani que foi o melhor Algarvio ficou em 5º lugar. Sérgio Ramos do Salema que foi o melhor do concelho de Vila do Bispo ocupou o 10º lugar, enquanto que Jorge Candeias em 11º foi o melhor lacobrigense. Classificações: Sen. Fem. 1º Irina To- mofeyeva - Rússia; Vet I Masc. 1º Nuno Romão - Reboleira; Vete II 1º José Inácio -Reboleira; 6º Carlos Jesus - NAA Lagos; Veteranos III 1º Gilberto Fernandes - Frade de Cima, 2º Amilcar Duarte - Sporting; 4º Sérgio Costa - Olímpico Clube de Lagos; Veteranos IV 1º Orlando Carlos Amigos de Atletismo de Mafra; Veteranos V1º Augusto Pires - BPN; 10º José Furtado - Olímpico Clube de Lagos; Veteranos Femininos, 1º Isabel Maldonado - Clube Bairro Alentejano. Espectáculos de Música e Pirotecnia Pedro Khima foi o artista convidado para dar música à população, num espectáculo que teve lugar à noite junto ao Centro Cultural de Vila do Bispo. E se a música fez aquecer a malta, eis que, à hora do costume, foi para o ar o tão desejado e admirado espectáculo de pirotecnia iluminando o céu vilabispense. Dia do Município - 22 de Janeiro O Dia do Município contemplou um conjunto de actividades simbólicas e tradicionais, abrindo logo pela manhã com o habitual Has- tear da Bandeira, consagrando o período da tarde, pelas 14h30, a Procissão em honra de São Vicente a que se seguiu celebração eu- carística. Depois teve lugar a Sessão Solene da Assembleia Municipal , no Salão Nobre dos Paços do Concelho. Estão ainda agendadas mais duas iniciativas para o dia 26, com a Apresentação da “VI Colectânea de Poesia Popular do Concelho de Vila do Bispo” com declamação de poemas, no Auditório do Centro Cultural de Vila do Bispo, pelas 16 horas, e no derradeiro dia das comemorações, lugar para uma manhã desportiva com início às 10 horas da MarchaPasseio “Travessia dos Descobrimentos”, na Freguesia de Sagres. A poesia e Marcha Passeio para acabar em beleza nos dias 26 e 27 Janeiro de 2008 16 N OTÍCIAS DE LAGOS Orçamento de Vila do Bispo superior a 15 milhões de euros A Câmara e a Assembleia Municipal de Vila do Bispo já aprovaram o Orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2008. A Autarquia prevê, para o presente ano económico, uma receita e uma despesa global no montante de 15.406.902 euros. Este valor reporta-se ao nível das receitas, em 9.514.038 euros de receitas correntes e 5.892.864 euros de receitas de capital. Ao nível das despesas o mesmo documento prevê 6.524.063 euros de despesas correntes e 8.882.839 euros de despesas de capital, o que resulta na transferência de 2.989.975,00 euros de receita correntes para despesas de investimento. Ao nível das Grandes Opções do Plano, a Câmara Municipal delineou uma estratégia que visa entre outros propósitos, valorizar os espaços urbanos e a rede viária do município, e melhorar, substancialmente, a qualidade de vida dos cidadãos. Refira-se que as duas rubricas que englobam estas áreas absorvem 50,6% do investimento total. Ordenamento do Território € 2.832.100 Neste âmbito, a maior fatia do orçamente do corrente ano vai para a rubrica “Ordenamento do Território” com a dotação de € 2.832.100. Este montante será distribuído na renovação urbana das várias freguesias do concelho, onde se prevê que sejam aplicados € 797.000 na Freguesia de Vila do Bispo, nomeadamente na Rua Tomás Batista Marreiros (€ 200.000), na execução das infra-estruturas exteriores em Vila do Bispo – Sr.ª do Amparo - fase I (€ 330.000) e na renovação urbana da Pedralva (€ 70.000). Na Freguesia de Sagres está previsto investir € 729.400 que serão aplicados na requalificação da Ponta de Sagres – Troço de Sagres – S. Vicente (€ 250.000), na Via Marginal Mareta /Atalaia (€ 200.000). Para a Freguesia de Budens estão reservados € 719.700. As acções a levar a cabo nesta Freguesia englobam várias intervenções das quais se destacam as da Rua dos Pescadores e Largo Central da Salema (€ 240.000), e na envolvente à capela de São Lourenço – Vale do Boi (€ 150.000). Para a Freguesia de Barão de São Miguel estão reservados € 208.000 que serão aplicados na renovação de vários arruamentos (€ 100.000) e no arranjo urbanístico da Portela da Igreja (€ 90.000). A renovação de vários arruamentos são as intervenções prevista para a freguesia da Raposeira para a qual foi reservada uma verba no valor de € 10.000. Transportes Rodoviários - € 1.664.083 A segunda grande área, em termos de volume de investimento, vai para os “Transportes Rodoviários” onde autarquia prevê gastar € 1.664.083. Neste sector o principal investimento vai para a rede viária da freguesia da Raposeira (€ 616.500), que serão investidos principalmente na repavimentação do Caminho Municipal 1257/1 Raposeira/Hortas-Zavial (€ 346.500), na pavimentação do Caminho do Selão (€ 90.000) e no Caminho das Barreiras Ruivas (€ 80.000). Também a construção da EcoVia Municipal foi contemplada nesta rubrica onde se prevê investir € 350.000. Na rede viária de Barão de São Miguel está previsto investir € 236.000, onde se destaca o investimento a realizar na beneficiação da Rua das Flores e Rua do Cerro (€ 136.000). Destaque ainda para as intervenções a levar a cabo na rede viária de Budens, nomeadamente na construção do Caminho Municipal da EN 125 à Pedralva (€ 50.000) e no Caminho Agrícola da Figueira (€ 36.583). Órgãos Autárquicos - € 749.987 Outra fatia do investimento vai para os Órgãos Autárquicos (€ 749.987) onde para além da aquisição de equipamento e serviços de vária natureza tendente à melhoria dos serviços, prevê-se a implementação do projecto SIG (€ 68.000), bem como, a beneficiação do actual edifício dos Paços do Concelho e a edificação de um novo edifício, a ampliação dos armazéns municipais e a construção do Espaço Jovem, num montante de € 246.887. Também a Protecção Civil está inserida nesta acção, assim ao nível de subsídios e transferências para esta Associação, está previsto o apoio à construção e funcionamento do Quartel dos Bombeiros Voluntários num montante de € 145.000. Educação - € 690.000 Na área da educação, o destaque vai para as intervenções nas escolas do ensino básico onde se- rão investidos € 520.000. Das intervenções propostas para as escolas e na sequência do que tem vindo a ser executado nas EB1 de Burgau e Vila do Bispo, destacam-se aqui a ampliação da EB1 P3 de Sagres (€ 230.000) e a EB1 de Budens (€ 250.000). Para a construção da Creche de Vila do Bispo foi definida uma verba de € 40.000. construção de habitação, onde a autarquia prevê gastar € 100.000 na construção de 12 fogos e 6 lojas, na Senhora do Amparo em Vila do Bispo e € 40.000 na localidade da Figueira. Protecção do Meio Ambiente e Resíduos Sólidos - € 630.000 Ao longo do ano são várias as iniciativa/eventos levadas a cabo pela autarquia, assim para a Cultura e Turismo o Plano para 2008 contempla uma verba no valor de € 302.000. A realização da Agro-expo (€ 170.000), a sinalização do património histórico, cultural e turístico (€ 25.000) e a aquisição de serviços (€ 130.000) são os investimentos mais significativos a levar a cabo no âmbito destas áreas. Para as rubricas Protecção do Meio Ambiente (€ 515.000) e Resíduos Sólidos (€ 115.000), foi reservada uma verba de € 630.000. A maior fatia deste montante destina-se à limpeza urbana (€ 230.000), à manutenção de Jardins e Outros Espaços Verdes (€ 80.000) e ainda à limpeza das praias (€ 70.000). Abastecimento de Água e Saneamento - € 627.000 Segue-se a área de Abastecimento de Água e Saneamento com uma dotação de € 627.000. Deste montante, € 150.000 serão canalizados para a conduta de abastecimento à Ingrina e para o depósito das Hortas do Tabual. Para a construção do colector de ligação à Estação Elevatória do Martinhal foi orçamentado o montante de € 137.000. Acção Social - € 494.000 No caso da Acção Social, a grande aposta vai para o Lar da Terceira Idade de Budens, onde a Autarquia prevê investir € 320.000. Outra grande área em termos de volume de investimento vai para a Cultura e Turismo - € 302.000 Desporto, Recreio e Lazer € 241.000 Destaque ainda para a rubrica Desporto, Recreio e Lazer com uma dotação de € 241.000. Deste montante, € 150.000 destina-se ao Complexo Desportivo de Vila do Bispo, e € 50.000 para a construção e reparação dos Parques Infantis e respectivos equipamentos. De salientar ainda que o Orçamento de Vila do Bispo poderá vir a ser reforçado na área da Renovação Urbana com o recurso ao financiamento bancário aprovado pela Câmara e Assembleia Municipal no montante de € 3.000.000 e ainda com o recurso a fundos comunitários no âmbito do QREN, que são verbas ainda não contabilizadas no Orçamento e que virão a sêlo à medida que as candidaturas forem sendo apresentadas e aprovadas e as empreitadas adjudicadas e executadas. Janeiro de 2008 N OTÍCIAS DE LAGOS Depois de “La Conjura de El Escorial”, rodado em Sagres, “Mala Muerte” é a nova produção espanhola a ser rodada no concelho Vila do Bispo aposta no cinema O dia 28 de Dezembro assinalou a assinatura do contrato-programa entre a Câmara Municipal de Vila do Bispo e a Algarve Film Comission (AFC), para a criação e dinamização do “Film Office de Vila do Bispo”, O film office vai permitir desenvolver a economia do cinema e do audiovisual no município, através do apoio logístico à realização de produções audiovisuais. Para Gilberto Viegas, presidente da edilidade vilabispense trata-se de uma actividade que visa desenvolver a economia do cinema e do audiovisual no município, através de apoio logístico à realização de produções audiovisuais, mas também se relaciona com a promoção turística. Adiantou ainda o autarca que é necessário que o alojamento acompanhe a procura, garantindo que daqui a 2 anos haverá mais capacidade hoteleira no concelho”, não só em Vila do Bispo, relembrando que “Sagres está na moda”. Actividades paralelas vão ser levadas a cabo, como a organização de workshops para formar a equipa do film office, o registo de localizações, a criação de um banco de dados de empresas e respectivos serviços, workshops nas escolas para a sensibilização de novos públicos, visita de produtores ao concelho, entre outras. O contrato tem a duração de três anos, começando a ter efeito a partir de 2 de Janeiro de 2008, com perío- do prorrogável, comprometendo-se a autarquia a financiar o projecto anualmente com 5 mil euros. Na ocasião, foi apresentado a obra que reúne a filmografia realizada no Algarve, criada pela AFC. Recorde-se que actualmente estão criados cinco film offices no Algarve: Vila do Bispo, Lagos, Portimão, Albufeira e Vila Real de Santo António. 17 Resumo das Deliberações da Reunião de Câmara de 8 de Janeiro Associação Portuguesa de Karaté Shukokai: A Câmara Municipal deliberou aprovar um protocolo com a Associação Portuguesa de Karaté Shukokai onde define o regime de comparticipação financeira da autarquia à referida Associação para pagamento da inscrição dos atletas federados do Clube Recreativo Infante Sagres e da Sociedade de Instrução e Recreio de Budens, na modalidade de Karaté Shukokai. O valor total a suportar é de € 1.475.00 referentes ao pagamento da quota associativa, quota federativa e inscrição dos atletas federados na modalidade, dos quais 37 representam o Clube Recreativo Infante Sagres, e 22 a Sociedade de Instrução e Recreio de Budens. Rali de Vila do Bispo: A Câmara Municipal deliberou conceder um apoio financeiro no valor de € 4.000,00 ao Clube Automóvel de Portugal para a realização do “Rali de Vila do Bispo” nos dias 17 e 18 de Maio. Esta prova tem autorização da Federação Portu- guesa de Automobilismo e Karting e esta integrada no calendário de provas do Campeonato Regional de Ralis do Sul. VI Torneio Internacional de Patinagem de velocidade “Terras do Infante” e “VII Meia Maratona da Costa Vicentina”: A Câmara Municipal deliberou atribuir um apoio financeiro de € 7.500,00 ao Roller Clube de Lagos para a realização, nos dias 2, 3 e 4 de Fevereiro, da prova de patinagem em velocidade, denominada por VI Torneio Internacional de Patinagem de velocidade “Terras do Infante” e “VII Meia Maratona da Costa Vicentina”, sendo esta última prova disputada no concelho de Vila do Bispo. Aquisição de uma parcela de Terreno em Barão de São Miguel: A Câmara Municipal deliberou adquirir um terreno em Barão de São Miguel com uma área total de 3.820m2 pelo valor de € 76.000,00 para renovação urbana e habitação social. Ondas fatais para pescadores na Costa Vicentina A paixão pelo Sargo Sucedem-se as vitimas na pesca desportiva na Costa Vicentina. Para além das mortes conhecidas ao longo dos anos, recentemente, a findar 2007, uma onda foi fatal para um pescador lacobrigense em busca de sargos na Praia da Barriga, em Vila do Bispo, e já no arranque de 2008, mais dois pescadores caíram ao mar. Um nas águas da Carrapateira (Aljezur) e, no dia 17, outro na zona da Praia do Zavial (Vila do Bispo). Casos dramáticos recorrentes, ris- cos perigosos e por vezes fatais quase sempre à procura do famoso sargo. O caso de Ilídio Colos Ilídio Colos, electricista de 39 anos, era um amante da pesca, hobby preferido há duas décadas. Naquele dia de má memória, Ilídio que estava de férias acompanhado pelo amigo João Camacho, de 39 anos, dono de um restaurante, e que também estava de folga, participavam em mais uma pescaria, na Praia da Barriga, em Vila do Bispo. Os dois amigos desceram cer- ca de 125 metros com o apoio de três cordas. “Como nunca tinha acontecido qualquer problema nesta zona, apesar de ser bastante perigosa, não hesitámos em ir à pesca do sargo. Por azar, a única onda grande na altura foi aquela que o levou”, recordou João Camacho, que se encontrava a mais de dez metros do companheiro quando este foi surpreendido pelo mar. Ilídio ainda não tinha apanhado qualquer peixe. “Ele estava lá em baixo à pesca numa pedra a uns cinco metros da água quando uma onda grande o fez desequilibrar e cair, tendo sido logo arrastado pela corrente. Ainda lhe lancei um tronco de madeira para se agarrar, mas nem chegou a apanhá-lo devido ao forte vento que se fazia sentir. Aguentou cerca de 40 minutos à tona de água e só me dizia que já não suportava mais, enquanto eu lhe pedia calma e telefonava para o 112”. Meiahora após ter sido lançado o alerta, chegou à zona a embarcação salva-vidas, da estação de Sagres do Instituto de Socorros a Náufragos, mas o corpo da vítima já estava a boiar a cerca de 200 metros do local de onde foi arrastado. No local, além da Polícia Marítima, estiveram o helicóptero do Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil, de Loulé, e os Bombeiros Voluntários de Vila do Bispo. Um elemento da corporação de Bombeiros até se surpreendeu como é que eles chegaram a um local de tão difícil acesso, um risco que desta vez foi fatal. O Ilídio aguentou meia-hora, lutou bastante à espera de socorro. Há quem defenda que foram feitos todos os esforços e cumprido em tempo útil o socorro por parte das autoridades envolvidas. Porém, há quem conteste o facto do helicóptero estar estacionado em Loulé, quando na verdade, se reclama maior vigilância e apoio de emergência e eficaz na Costa Vicentina, conhecendo-se tanto as vastas áreas florestais como a zona marítima. Neste caso particular, se o alerta foi dado de imediato, aguentando, Ilídio Colos, mais de meia hora a lutar contra a força do mar, fica a duvida se os meios accionados não socorreram tardiamente e se não devem ser alterados os mecanismos de socorro existentes, por forma a não se sucederem estes trágicos acidentes. Questões que merecem análise e reflexão, como aliás, a título de exemplo, se presenciou nas reivindicações do Presidente da Câmara Municipal de Peniche, no programa da RTP “Prós e Contras”, a propósito dos meios de socorro não estarem sediados em Peniche quando ali existe o maior Porto de Pesca do País. Pergunta-se ainda, que medidas preventivas ou que outros mecanismos podem ser tomados pelas autoridades competentes, Governo, Polícia Marítima, Protecção Civil, Autarcas, e sobretudo mais consciencialização e sensibilização, por parte dos pescadores desportivos, por forma a evitar ou pelo menos minorar os índices de vítimas fatais. Ilídio Colos vivia com a mulher e duas filhas, de sete e doze anos, era um excelente funcionário da Electrolagos onde trabalhava há muitos anos, um bom amigo na opinião daqueles que privavam com ele quotidianamente e deixa muitas saudades. Se sublinhar ainda que a viúva aguarda o relatório do acidente, que se presume a duração de 3 meses, bem como a devida pensão de viuvez por forma a garantir a subsistência da família. Janeiro de 2008 18 N OTÍCIAS DE LAGOS Amândio Glória aposenta-se e despede-se após 25 anos no Tivoli Lagos Os Hotéis Tivoli despediram-se no passado mês de Dezembro, de Amândio Glória, Director Geral do Tivoli Lagos que dirigiu a unidade durante os últimos 25 anos. Surpreso com a homenagem que lhe foi dirigida na última reunião geral de Directores, retribui algumas memórias. “Ao recordar os quase 41 anos de profissão, lembro as diferenças entre o antes e o depois: entre os tempos em que aguardávamos 2 semanas que uma reserva de quarto pudesse ser confirmada, quando se compravam os vinhos para a época por atacado no início do ano, e o que acontece agora: “confirmação de reserva na hora” e entregas de qualquer mercadoria duas ou mais vezes por semana. Como mudaram os tempos (felizmente) mas, sobremaneira, as tecnologias! Lembro a sorte de ter trabalhado sempre com pessoas extraordinárias, administradores e colaboradores. Lembro os amigos feitos no trade, a amizade de muitos clientes e o apoio da família, sem o qual Primeiros recém-nascidos do ano serão “Bebés Turistas” Os bebés do continente que nasceram depois das doze badaladas da meia-noite do dia 31 de Dezembro de 2007, são «Bebés Turistas» do Algarve, designação que introduz a nova acção de marketing da Região de Turismo do Algarve (RTA) para impulsionar o turismo em família. O projecto inédito contempla a oferta de um kit de viagem aos primeiros bebés do ano, entregue nas principais maternidades com um passaporte, um saco, uma bolsa térmica, uma bolsa de documentos, uma manta em tecido polar, um álbum de fotografias e uma moldura. Estando ainda incluída no conjunto uma máquina fotográfica reutilizável que capte, mais tarde, os pormenores da primeira visita dos bebés à região algarvia. «Esta é uma forma simpática de darmos as boas-vindas às crianças nascidas no primeiro dia de 2008 e de, ao mesmo tempo, posicionarmos o Algarve como destino turístico familiar», explicou o presidente da RTA, António Pina, que se deslocou, na manhã do dia 1 de Janeiro, até à Maternidade Alfredo da Costa, em Lisboa, para, num gesto simbólico, oferecer um kit ao menino que ali nasceu na madrugada do primeiro dia do ano. a carreira não teria sido possível” cita Amândio Glória. Natural do Algarve, Amândio Glória iniciou a sua profissão em 1967, como recepcionista do Hotel Algarve. Apaixonado pelo universo hoteleiro, prossegui a sua carreira e trabalhou nas unidades Hoteleiras mais prestigiadas da época, como o Hotel Dona Filipa e Vilalara, já em cargos de Direcção. Em 1980 aceitou o desafio para o cargo de Director Geral de Operações e dirigiu as unidades hoteleiras do grupo Figeirahoteis, Lda. Em 1982 voltou para o Algarve para dirigir o actual Hotel Tivoli Lagos. Os Hotéis Tivoli agradecem e felicitam Amândio Gloria por todo o zelo, empenho e profissionalismo que dedicou ao Tivoli Lagos durante um quarto de século. De hora em diante será Mário Candeias, Director Geral do Tivoli Arade, que acumula interinamente a Direcção desta unidade. A Cadeia Hotéis Tivoli é uma participada da Espírito Santo Hotéis, Foto: Tivoli bem como o Eco Resort da Praia do Forte, no Brasil. Actualmente detém 12 hotéis em Portugal Continental e na Madeira, encontrando-se em construção uma nova unidade no Algarve, o Tivoli Victória. Os Hotéis Tivoli diferenciam-se através das suas localizações geográficas bem como pela qualidade de acolhimento e de serviço. Com mais de 70 anos de tradição hoteleira, a marca Tivoli aplica esta longa experiência na resposta às actuais exigências do mercado e dos seus clientes. Grupo compra o Little River Golf & Resort por 339 milhões de euros Oceânico aposta em “replicar” nos EUA o sucesso em Portugal O grupo Oceânico, formado pelo irlandês Gerard Fagan e o britânico Simon Burgess, que assumem a direcção com o português Heitor Tomás, anunciou a aquisição do Little River Golf & Resort, em Pinehurst, no estado da Carolina Norte, num investimento de 500 milhões de dólares (cerca de 339 milhões de euros). Inaugurado em 1996, o empreendimento inclui um campo de golfe de 18 buracos, que é o único desenhado Foto: Oceânico Developments por Dan Maples em Pinehurst, e club house, bem como 64 apartamentos. Gerry Fagan, um dos directores do grupo português Oceânico,refere que “estamos encantados por ter agora a oportunidade de elevar o Little River a um resort que iguala aos standards sem paralelo dos nossos empreendimentos portugueses, como os 5-estrelas Amendoeira Golf Resort, Vilamoura Golf & Garden Resort e Royal Óbidos Spa & Golf Resort”, comentou Gerry Fagan, sobre a aquisição daquela unidade, localizada na Carolina do Norte, EUA. Destacou ainda que a aquisição do Little River se enquadra numa estratégia de “criar não apenas campos de golfe e alojamento, mas também resorts de classe a nível mundial para golfistas e não só”. Por seu turno, Simon Burgess, salientou que Pinehurst é reputada como a melhor região de golfe nos Estados Unidos e afirmou que a Carolina do Norte é para o golfe nos Estados Unidos o que Portugal é para este desporto na Europa, acrescentando que a sua intenção “é replicar no mercado norte-americano o [seu] êxito na Europa”. De referir que a aquisição do empreendimento em Pinehurst vem na sequência da compra, em Março de 2007, de cinco campos de golfe em Vilamoura, Algarve, entre eles o Victoria, por 125 milhões de euros, bem como do lançameno dos projectos Vilamoura Golf & Garden Resort e do Royal Óbidos Spa & Golf Resort, empreendimentos de luxo que incluem apartamentos, moradias e infra-estruturas como campos de golfe, lojas, piscinas, spas e restaurantes. Recorde-se que grupo Oceânico inclui a Oceânico Developments, empresa responsável pela construção dos projectos, a Oceânico Resorts, a Oceânico Golf e a Oceânico Leisure, responsáveis pela gestão das propriedades, restaurantes e infra-estruturas de lazer do grupo. Os empreendimentos em Lagos Os seus empreendimentos são o Jardim da Meia Praia, o Estrela da Luz, o Vila Baia, ambos na Praia da Luz, o Belmar SPA & Beach Resort, junto à praia de Porto de Mós, o Quinta do Monte Funchal, entre a Baía de Lagos e a Serra de Monchique, todos no concelho de Lagos, e ainda o Amendoeira Golf Resort, no concelho de Silves, o Royal Óbidos Golf Resort, em parceria com a MSF. Plano de Urbanização da Meia Praia Vila Galé é a primeira unidade a ser aprovada A Vila Galé foi, no dia 17 de Dezembro, a primeira unidade hoteleira aprovada, no âmbito do Plano de Urbanização da Meia Praia . Arranca, assim, o primeiro Hotel de 4 Estrelas perspectivado para esta estância balnear do concelho de Lagos, que cativou o interesse dos investidores e que o Município pretende destinar a projectos de reconhecida qualidade urbana e paisagística. Recorde-se que, de acordo com o que foi divulgado em Julho do ano transacto (no decorrer da XXI Feira Concurso Arte Doce subordinada ao tema “Lagos dos Descobrimentos, Destino Turístico de Excelência), Lagos prepara-se para ver ampliado o seu parque hoteleiro no segmento mais alto, resultado de um conjunto de investimentos privados de aproximadamente mil milhões de euros em hotéis de 4 e 5 estrelas, resorts de luxo e campos de golfe que irão criar mais de 6700 novas camas e 1500 novos postos de trabalho directos. A aprovação da Vila Galé é o primeiro passo para que o concelho se afirme no panorama regional, nacional e mesmo internacional, como uma marca forte no que diz respeito à principal actividade económica da região: o Turismo. Este novo empreendimento, cujo grupo promotor é Vila Galé Hotéis, será um Hotel de 4 estrelas, com uma área de 84.600 m2 e uma área de construção de 18.500 m2. Três pisos comportarão 247 quartos (170 quartos duplos e 77 suites júnior) com 494 camas. Um SPA e uma área de convenções farão parte de alguns dos serviços complementares que irá apresentar. O valor do investimento previsto neste Hotel, que implicará 100 a 120 postos de trabalho directos, é de cerca de 30 milhões de euros. A autarquia está ciente de que a vocação turística de Lagos é assumida e inegável, mas o executivo municipal defende que a reputação e excelência deste destino passa também pela variedade e qualidade do alojamento oferecido aos seus visitantes. Janeiro de 2008 N OTÍCIAS DE LAGOS 19 Grande Entrevista Júlio Barroso “A obra está à vista, quem quiser fazer comparações, que tire conclusões” padece com atrasos. Infelizmente, em Portugal, verificase que uma forma infantil de fazer oposição é lançar boatos, em vez de propostas sérias. Obviamente que tal só contribui para a coesão da equipa. Tudo na vida tem o seu tempo. Oportunamente, os lacobrigenses saberão a minha decisão. NL – Por falar em oposição, esteve e parece continuar na ordem do dia a apelidada “santa aliança” entre a CDU e o PSD. Acha que esse cruzamento de ataques constantes e união de forças existe face a uma hipotética má gestão socialista, ou trata-se de estratégias políticas desesperadas de quem vê o poder por um canudo? JB – Para alguns, o vale tudo e o falatório mentiroso são as únicas formas que conhecem para o que devia ser o salutar e desejado combate político. Os lacobrigenses sabem que connosco, podem contar sempre com trabalho, dedicação e seriedade. NL – Partilha da opinião de que o PS mesmo sem Júlio Barroso renovará a maioria absoluta em 2009, desvalorizando completamente o PSD de Nuno Marques? JB – No PS há pessoas com muito valor e com provas dadas na administração pública e privada. A quem compete o julgamento dos políticos e das políticas é aos lacobrigenses. “Infelizmente, em Portugal, verifica-se que uma forma infantil de fazer oposição é lançar boatos, em vez de propostas sérias” Obra visível, comparações, “santa aliança” e recandidatura Com metade do segundo mandato cumprido, há já quem reclame que Júlio Barroso e suas equipas socialistas têm mais obra visível do que o PSD de Valentim Rosado em doze anos de exercício do poder em Lagos. Complexo Desportivo Municipal, Parque da Cidade, Parque Escolar renovado e ampliado, Novo Edifício da Câmara, Parques de Estacionamento em andamento, Frente Ribeirinha e Fórum dos Descobrimentos bem encaminhados, Empreendimentos Turísticos que aí vêm, enfim, uma panóplia de obras e projectos deste executivo que saltam à vista de lacobrigenses e de quem nos visita. Cogita-se até que perante tanta evidência Júlio Barroso não se recandidata. NL – Os socialistas reclamam obra visível deste executivo. Mas não haverá exagero quando se afirma que Júlio Barroso fez mais em seis anos do que o PSD de Valentim Rosado no dobro do tempo em que foi Presidente da Câmara. Não acha que ainda há muito para fazer em Lagos? JB – Apesar do muito que já se fez e se está a fazer, há ainda muito para ser feito em Lagos. Estamos fortemente empenhados em fazer o muito que ainda há por fazer. A obra está à vista, quem quiser fazer comparações, que tire conclusões... NL – Fala-se numa alegada não recandidatura de Júlio Barroso. Essa conjectura faz sentido, tem a ver com a promessa de que apenas faria dois mandatos e por isso apressa-se a mostrar e deixar obra visível até 2009, prende-se com o seu regresso ao Notariado, ou são puras especulações e meros truques da oposição? JB – Com tanto para fazer, é necessário continuar as políticas e as iniciativas programadas pela governação autárquica do PS em Lagos. Uma quebra no ritmo de trabalho iria fazer atrasar Lagos por vários anos. Hoje os municípios têm de ser competitivos e o bem-estar das populações não se com- Ausência do PDM, a alegada fuga de Erickson e a betonização do Porto de Mós e Meia Praia O famoso e já polémico PDM caiu e passados seis anos ainda não se ergueu. Fala-se em in- competência ou meros interesses particulares que alimentam o adiamento. A ausência de tão importante instrumento de ordenamento do território já mereceu a acusação de que o famoso projecto Erickson fugisse para Espanha. Entretanto, as baterias da oposição apontam para severas críticas em relação à chamada betonização do Porto de Mós e Meia Praia. Por seu turno, a Câmara apresenta um pacote de empreendimentos turísticos que visam valorizar e enriquecer a economia lacobrigense. NL – No lote de críticas da oposição aparece o PDM, um instrumento fundamental de ordenamento do território, que ainda não está em vigor. Qual o ponto da situação? JB – O processo de retoma do PDM está em fase muito avançada e segura. Se não fosse a incompetência e o erro na aprovação do PDM por parte do executivo anterior, não estaríamos assim. Não cometeremos os mesmos erros, estamos a avançar de forma segura. NL – A falta de PDM foi a causa da alegada fuga de Erickson para Espanha? JB – O dito projecto Erickson não só não fugiu para Espanha como dele haverá notícias em breve. NL – Manifestamente, a oposição passa a mensagem de que este executivo está a destruir o Porto de Mós. Como é que o Presidente da Câmara analisa esta contestação? JB – Essa crítica não é séria, pois as soluções urbanísticas do Porto de Mós vêm de trás e não fomos nós que “As soluções urbanísticas do Porto de Mós vêm de trás e não fomos nós que as aprovámos” Janeiro de 2008 20 N OTÍCIAS DE LAGOS Grande Entrevista Júlio Barroso as aprovamos. Tivemos, a meu ver, o mérito de reforçar a ideia que, em vez de mais moradias e prédios, alguns promotores optassem por hotéis. lhos a mais do que os previstos, erros e omissões do projecto. A lei prevê que possa ir até 25% do valor inicial; nesta obra, o valor da polémica sa fazer, definitivamente, do Rossio da Trindade? JB – Muito em breve, de forma faseada, aquelas obras e outras arrancarão. Roma e Pavia não só se fizeram num dia, mas fizeram-se. “O dito projecto Erickson não NL – A Meia-Praia é o não fugiu para Espanha ex-libris de Lacomo dele haverá notícias em breve” NL – Recentegos. Também mente, tivemos ocaaqui se acusa a Câmara de embarcar na betoni- não chega aos 5%. O Tribunal de Con- sião de assistir em sessões de Câzação. Afinal que Meia-Praia va- tas, numa primeira análise, não acei- mara, a revolta do Andebol Clube tou a classificação dada pela Câmara Lacobrigense em relação a evenmos ter? JB – Uma Meia-Praia mais qualifi- baseada nos pareceres técnicos. Es- tual discriminação e situações ducada, em que o desenvolvimento é sus- tamos convictos que foi salvaguarda- vidosas na atribuição de subsídios tentado, a natureza preservada, com a do o erário público municipal e respei- e horários de instalações desportiopção clara por unidades turístico-ho- tadas as regras de contratação públi- vas por parte da Câmara Municipal. teleiras de alta qualidade e com baixa ca. Por isso aguardamos com confian- Trata-se de um caso isolado, já está ça o veredicto final. tudo esclarecido, ou existe descondensidade de ocupação de solo, em tentamento por parte de outros cludetrimento de mais habitação. TereNL – Júlio Barroso escolheu um bes mas que não se manifestam pumos, pois, um desenvolvimento harmonioso e sustentado, gerador de riqueza professor de educação física para blicamente? e de emprego. Em vez dos 35.000 habi- tutelar o desporto. Situação que não JB – Julgo que quaisquer situatantes antes previstos, este plano con- acontecia desde o 1º executivo pós ções de menos esclarecimento, quan25 de Abril, em que Joaquim Paulino, do as há, são desde logo elucidadas, templa apenas cerca de 13.500. agora Delegado Regional do IDP, era e acho que foi o que aconteceu. O Andebol Clube Lacobrigense merece o na altura vereador do Desporto. Jorge Serpa corresponde à nosso maior respeito e consideração O fenómeno desportivo, aposta deste executivo no despor- pelo trabalho que desenvolve com os derrapagem no complexo to e ao planeamento e dinâmica que seus jovens atletas. Todos os que na municipal, alegada Câmara se esforçam por servir as sose exigem face à apetência dos lacodiscriminação, a escolha licitações dos clubes, também são mebrigenses pelo desporto? recedores de respeito e consideração JB – Jorge Serpa é um gestor desdo vereador Jorge Serpa e portivo com muita experiência, entu- dos agentes desportivos. a Lagos Em Forma siasmo, dedicação e respeitado pela Se a educação é uma bandei- generalidade dos agentes desportivos. Educação, Formação ra do PS, o desporto foi um trun- Regista-se que cada vez temos mais praticantes desportivos, e as políticas Profissional, Habitação e fo precioso para a conquista do de apoio ao associativismo desportivo poder em 2001 e continua a ter funcionam com um grande dinamismo. Acção Social grande peso na visibilidade da Está-se a levar à prática o Plano EstraA educação é uma bandeira obra levada a cabo pelo executi- tégico de Desenvolvimento Desportivo. vo socialista. Lagos já tem, final- O Vereador Jorge Serpa é incansável deste executivo e tem obra recomente, Pista de Atletismo, ilumi- nesse objectivo (e noutros que lhe es- nhecida até pelos mais cáusticos. Desde a Carta Educativa, o Prénação no Estádio, Complexo Des- tão atribuídos). portivo Municipal, Relvado Sintético de Odiáxere e até uma Empresa Municipal de desporto. Contudo, ainda falta a cobertura da bancada do estádio Municipal, o Patinódromo, a solução para o Campo Rossio da Trindade e certas reticências em relação à gestão da Lagos Em Forma. NL – Surge inesperadamente a polémica em torno de uma eventual derrapagem financeira no Complexo Desportivo Municipal. Afinal, o que é que se passa concretamente? JB – Passouse o mesmo que em qualquer outra obra: traba- Escolar, remodelação e mais escolas, mas também novas competências e superiores responsabilidades. A Formação Profissional, a Acção Social também assumem particulares preocupações deste executivo. Outro grande desígnio deste executivo camarário é a habitação social, a erradicação da pobreza, o combate à desertificação e incentivos à compra de casa a custos controlados. municipais NL – Depois da Pista de Atletismo, iluminação do Estádio, Complexo Desportivo Municipal, Campo Sintético de Odiáxere, ainda existem lacunas. Para quando o Patinódromo, a cobertura da bancada do Estádio Municipal e outro campo sintético, e já agora o que é que a Câmara pen- “As empresas são um instrumento do desenvolvimento, cada vez mais utilizado por autarquias de todos os quadrantes políticos” NL – A Câmara está preparada para os novos desafios na área da Educação? “Já está em obra o projecto de habitação a custos controlados de Espiche (54 fogos), na cidade de Lagos em estudo cerca de 50 fogos e conclusão em Bensafrim (30 fogos). Em projecto está Odiáxere (60 fogos), Chinicato (26 fogos)” JB – A Câmara Municipal de Lagos está sempre preparada para os novos desafios, que possam resultar benefício social, melhoria da qualidade do serviço público e bem estar dos cidadãos. Seguimos atentamente as negociações do Estado com a Associação de Municípios para a transferência das novas funções. NL – E existe vontade de lutar por um pólo universitário? JB – Existem protocolos com várias universidades para o desenvolvimento do ensino superior no nosso concelho. A luta por “pólos universitários” foi assunto do século passado... NL – São notórios os apoios e incentivos à habitação social. Nesta matéria que balanço faz e que projectos estão na calha para o futuro? JB – Muito positivo, embora ainda insuficiente. Já está em obra o projecto de habitação a custos controlados de Espiche (54 fogos), na cidade de Lagos em estudo cerca de 50 fogos e conclusão em Bensafrim (30 fogos). Em projecto está Odiáxere (60 fogos), Chinicato (26 fogos). Vamos, de forma gradual, re-qualificar os Bairros do IGFSS que foram cedidos à Câmara. Continuaremos a apoiar os projectos de habitação a custos controlados das cooperativas Chesgal e Lacóbriga. NL – Os apoios aos carenciados e aos imigrantes estão devidamente controlados para contrariarem críticas de suposto despesismo? JB – Há uma boa coordenação ao nível da Rede Social, designadamente entre a Segurança Social e os serviços sociais da autarquia. Quaisquer situações de abuso que sejam detectadas serão tratadas com o rigor que se exige. Acho injusto e de mau tom chamar despesismo ao apoio a famílias carenciadas e desestruturadas, ainda que nalguns casos possa parecer um aproveitamento abusivo. Jogase pela inclusão e isso tem custos. Vamos “ensiná-los a pescar”, mas, quando a fome é muita, damos “peixe” para subsistirem... Animação, Património Cultural e o Parque de Exposições e Feiras Lagos aposta na animação diversificada, com o Centro Cultural e outros espaços culturais a receberem permanentemente um mar de eventos. Grandes referências culturais, como o Festival dos Descobrimentos com novo figurino, a Arte Doce de cara lavada, a recuperação da Igreja das Freiras e muito mais. Porém, continuamos sem o tão desejado Parque de Exposições e Feiras. NL – Quando é que os lacobrigenses podem desfrutar de um Parque de Feiras e Exposições adequado e atractivo? JB – Nos trabalhos da revisão do Plano de Urbanização de Lagos contempla-se esse equipamento na área de desenvolvimento da Fonte Coberta, que designamos por TECNOPOLIS. A sua execução deverá resultar do dina- Janeiro de 2008 N OTÍCIAS DE LAGOS 21 Grande Entrevista Júlio Barroso mismo da nossa economia e dos agentes económicos. A Câmara está a despoletar as necessárias parcerias. NL – É viável a construção de uma estrutura que atenue o vento no Auditório Municipal? JB – Todo a zona do Parque Dr. Júdice Cabral, mais conhecido por parque das Freiras, vai ter um arranjo urbanístico e uma ampliação. O Festival dos Descobrimentos terá aí uma parte importante, dado o próprio enquadramento cénico. Haverá um tratamento das muralhas e dos baluartes e os mesmos serão enquadrados em percursos turísticos. O Auditório Municipal será requalificado e modernizado, estando-se ainda na fase técnica dos estudos. A cobertura do auditório é uma situação a ser ponderada. NL – Recusa o epíteto de “festarolas a mais”, anarquia e duplicidade de eventos, dispersão de público e esbanjamento de dinheiro? JB – Somos criticados por ter cão e por não ter. Uns acham muito, outros acham pouco, nós achamos que é o que se pode realizar, dada a dimensão e a situação do município. Os programas de animação e eventos são programados cada vez com mais antecedência e rigor, com método e objectivos. NL – É verdade que existe uma certa promiscuidade entre a política partidária e o associativismo, isto é, a tentativa de “infiltração” de gente socialista nas diversas associações e clubes de Lagos? JB – Julgo haver pessoas de todos os partidos nas diversas organizações da sociedade civil. Mais importante que os partidos é a disponibilidade, a dedicação e a participação de cidadãos, em suma, competência, responsabilidade e altruísmo. Reorganização de Serviços da Câmara e as Empresas Municipais Está aí, finalmente, a reorganização de serviços da lavra deste executivo. Embora se saiba que o novo organograma só entra verdadeiramente em vigor quando estiver concluído o novo Edifício da Câmara Municipal. NL – Vamos ter mais qualidade de serviços e novos horários de atendimento ao público? JB – Vamos ter melhores postos de trabalho, mais qualidade de vida nos postos de trabalho, comunicações mais facilitadas, serviços em rede, efi- cácia organizacional e por conseguinte, um melhor serviço prestado aos munícipes. Os novos horários estão em estudo. NL – Estão previstas mexidas nas chefias, uma revolução no quadro de pessoal ou simplesmente pequenos ajustes e melhor organização? JB – Quando entra em vigor uma nova organização de serviços, os antigos são extintos e há que instalar os novos. Tal acontece com as chefias, que, de acordo com a Lei, são recrutadas por concursos públicos, já publicados. NL – Para quando o novo Edifício da Câmara Municipal, e que destino terão as instalações que entretanto foram adquiridas e estão actualmente como valências da autarquia? JB – Estima-se que o novo edifício municipal entre em funcionamento no Verão de 2009. As instalações arrendadas, que não tenham outro uso possível, serão devolvidas aos senhorios e as instalações municipais que deixarem de ter utilização serão rentabilizadas. NL – Esta reestruturação pode reforçar as críticas da oposição em relação às Empresas Municipais, defendendo que não fazem sentido. O Presidente da Câmara acha que as Empresas Municipais estão bem e recomendam-se? JB – Completamente! As empresas municipais são um instrumento do desenvolvimento, cada vez mais utilizado por autarquias de todos os quadrantes políticos. As mesmas podem desenvolver métodos de gestão e de financiamento eficazes para os projectos de obras e de desenvolvimento, que demorariam muito mais e dificilmente seriam exequíveis em tempo razoável. As “Estima-se que o novo edifício municipal entre em funcionamento no Verão de 2009” com a elevada carga de impostos municipais, estando Lagos no topo nacional, alegadamente para pagar festas em demasia e sobretudo para substituir os financiamentos do governo, nomeadamente o novo quartel da PSP. Entretanto também houve novo aumento da água, liquido precioso que há quem diga que não tem qualidade. Por seu turno, a Câmara vai concretizando os projectos e entende que os lacobrigenses e os empresários ao pagar impostos estão a contribuir decisivamente para a obra que está á vista e parece que respira saúde financeira. NL – Que argumentos utiliza o Presidente da Câmara para conti- posto municipal mais antigo e, a meu ver, mais justo porque incide sobre os lucros das actividades das empresas no concelho e, normalmente, ficam consignados a intervenções simbólicas, consideradas imprescindíveis por todos, conferindo às empresas uma feição mais social. Sem receitas não se podem fazer obras, não se pode fazer uma política de apoio social, educacional e cultural. Sem recursos financeiros os equipamentos degradam-se, a qualidade de vida das pessoas e do espaço público baixa. Sem estas intervenções municipais neste mercado global competitivo os nossos produtos e o nosso território perdem valor, as nossas empresas perdem actividade, a nossa comunidade perde riqueza e sustentabilidade... NL – Como reage à acusação de alegada substituição da Câmara pelo Governo, particularmente no que se refere ao novo Quar- “Não é verdade que em Lagos se paga mais impostos do que no resto do país! A maior parte das autarquias do Algarve e do país têm o IMI mais elevado do que Lagos” mesmas permitem dinamizar formas de financiamento de projectos, através de parcerias público privadas, que conduzem a obras que, de outra forma, não poderiam ser feitas. A carga de impostos e alegada água barrenta Uma matéria muito cara aos munícipes e frequentemente atacada pela oposição, prende-se nuar com as derramas e com as taxas tão elevadas do IMI? JB – Não é verdade que em Lagos se paga mais impostos do que no resto do país! A maior parte das autarquias do Algarve e do país têm o IMI mais elevado do que Lagos. O facto de se ter uma boa receita fiscal resulta de existirem muitas segundas residências e casas de férias. Em suma, de termos muitos mais imóveis em proporção com os residentes, do que a maior parte do país. A taxa de IMI está na média que a Lei permite (0,35). A derrama é o im- tel da PSP? JB – A Câmara Municipal não se substituiu ao Estado. Cada um cumpre com as suas responsabilidades. A Câmara Municipal teve um papel facilitador, como lhe compete, por pugnar pela segurança pública, através de uma melhor qualidade de trabalho dos seus agentes, do atendimento dos utentes e dos direitos dos detidos. Veja-se que há vinte anos que se espera pelo novo Quartel da PSP. Se a Câmara não tivesse agido, quantos mais anos teríamos de esperar ? NL – Houve mais uma vez aumento nas tarifas da água e saneamento. Mas surgem críticas de que a água é barrenta e não tem qualidade. Por conseguinte, nada justifica o aumento. Quer comentar? JB – A actualização das tarifas da água, esgotos e lixo justifica-se pelo preço que a Câmara tem de pagar aos prestadores desses serviços e pela manutenção e melhoria das infra-estruturas, para a substituição da rede. A água é controlada laboratorialmente e tem a qualidade exigida por lei. Os episódios de falta de qualidade devem-se a canalizações muito antigas, a mais das vezes dentro das próprias habitações. A Câmara disponibilizará a todos os cidadãos que apresentem reclamação a necessária colaboração. NL – Afinal, como está a saúde financeira da Câmara Municipal de Lagos? JB – A saúde financeira está boa e deverá manter-se boa se continuarmos uma gestão com rigor, com equilíbrio entre a receita e a despesa, cumprindo os limites legais de endividamento e dos custos com pessoal. Se a mesma for rigorosa, podemos pagar aos nossos fornecedores atempadamente, como tem acontecido até agora. Transportes, Frente Ribeirinha e Fórum dos Descobrimentos Embora debaixo de habituais críticas, atrasos de inauguração, Lagos vai ter, finalmente, nova rede de transportes. Entretanto, também anda por aí a requalificação da Frente Ribeirinha, com o tão badalado Par- Janeiro de 2008 22 N OTÍCIAS DE LAGOS Grande Entrevista Júlio Barroso que de Estacionamento enterrado a suscitar dúvidas. Mediatização ainda em torno do famoso Fórum dos Descobrimentos, um projecto em nome da história e dos descobrimentos de Portugal, onde Lagos teve um papel fundamental. Por ventura, mais um reforço de atractividade e fonte de economia para Lagos. é devido na História, como local de encontro de povos e de civilizações, desde a antiguidade. O Fórum vai ser o encontro do passado com o futuro, através da produção e divulgação de conhecimento. O primeiro núcleo vai ser inaugurado proximamente (lá para Abril) com o Centro de Ciência Viva na Casa da Fogaça. Um núcleo de exposições, actividades e eventos será instalado a partir do próximo ano, no ac- “O abandono do tanque de maré não se deveu ao PSD, uma mentira mil vezes repetida nunca deixa de ser mentira” NL – Para quando está prevista a inauguração da nova rede de transportes de Lagos, e que benefícios vão ter os lacobrigenses e os turistas? JB – Para muito em breve e de forma faseada. Espera-se que a “ONDA” (assim se chamará ao transporte) comece a espraiar-se por aí na altura da Páscoa. NL – Em que pé está o tão badalado Parque de Estacionamento enterrado da Avenida? JB – Está em fase de projecto técnico e financeiro. Deverá arrancar em breve numa parceria público privada entre a FUTURLAGOS - Empresa Municipal para o Desenvolvimento, EM e uma empresa privada cuja selecção está agora em curso. NL – A requalificação da Frente Ribeirinha sofreu ligeira alteração e o PSD reclama os louros do abandono do lago. Em que ponto está este projecto? JB – O abandono do tanque de maré não se deveu ao PSD, uma mentira mil vezes repetida nunca deixa de ser mentira. Tal constava do estudo inicial, mas desde logo se solicitou à equipa projectista a sua alteração por ocupar demasiado espaço. Este projecto está em fase de preparação de obra para arrancar em Fevereiro próximo. NL – Vamos ter realmente o Fórum dos Descobrimentos. Que medidas, alterações e sobretudo o que é isso do Fórum dos Descobrimentos e que mais-valias traz para Lagos? JB – Lagos vai ter o lugar que lhe tual edifício da Câmara, com eventual inclusão dos edifícios dos Correios e Telecom e do espaço traseiro da Câmara, que ganhará mais proeminência com ligação ao mar. O terceiro núcleo localiza-se na margem esquerda da Ribeira de Bensafrim na Zona Portuária, onde se situam agora os armazéns de aprestos. Será um centro de estudos e divulgação científica, lúdico, interactivo, multigeracional, temático da nossa especial ligação à epopeia dos Descobrimentos, à descoberta dos mares e difusão da lusofonia. As seis Juntas de Freguesia, hegemonia PS, a dinâmica e assimetrias O PS conseguiu a hegemonia nas seis Juntas de Freguesia do Concelho de Lagos. Talvez fruto de uma aposta de valorização harmoniosa de todas as freguesias, tendo mesmo destacado um vereador para garantir maior ligação e proximidade com os respectivos executivos das Juntas e também em relação às populações. Trabalho que valeu as transferências de dois presidentes do PSD para o PS. Porém, Barão de S. João parece um pouco desprotegida e à espera de melhores dias, enquanto as Juntas urbanas de S. Sebastião e Santa Maria se confundem ou se diluem na visibilidade e acção com a Câmara Municipal. NL – Este executivo parece prestar simultaneamente grande atenção e apoio às Juntas de freguesia.Isso deve-se ao facto do PS ter a hegemonia ou é uma aposta clara deste executivo em valorizar harmoniosamente as suas seis freguesias e, por isso, destacou um vereador que anda no terreno para garantir maior ligação e proximidade? JB – Isto deve-se ao facto de o PS defender, desde sempre, políticas de integração de todas as comunidades do território, numa óptica de coesão territorial. Nunca as Juntas de Freguesia tiveram tantas verbas através de transferências de competências, aplicando-se o princípio da subsidariedade. Os presidentes das Juntas têm acesso directo ao Presidente e ao executivo para a resolução dos problemas do dia-a-dia. NL –Apesar de tudo, parece existir particular preocupação com as freguesias rurais. Porém, Barão de S. João parece continuar a ser a mais desprotegida, carecendo ainda de requalificação da escola, requalificação do centro da aldeia, com outra entrada para o Centro Cultural e Mata Nacional, e também o troço que liga Bensafrim a Barão e que passa pelo ZOO, sem esquecer a construção do Lar de Idosos. A que se devem estes atrasos? JB – Não concordo com essa visão tão derrotista e negativa. Gosto muito de Barão de São João, a nossa “pérola rural”, e garanto que não está esquecida. Foi recentemente aprovado o Plano de Pormenor de Barão de São João, a ser publicado em breve. A partir deste instrumento essencial de desenvolvimento do território vai ainda desenvolver-se o novo Lar de Idosos, a requalificação da escola básica, mais requalificação urbana, a zona industrial, o núcleo museológico e também a Variante de Barão de São João, que vai melhorar de forma drástica as suas acessibilidades. Já começaram as obras de pavimentação da estrada Bensafrim/Barão de São João. O Lar de Idosos é uma obra em que a Câmara apoia a Santa Casa da Misericórdia, JB – Barão de São João já pertenceu a Bensafrim. Qualquer reforma administrativa tem os seus prós e os seus contras. Mas sobre esta matéria, o melhor que há a fazer é ouvirse as populações. Entretanto convém esclarecer que para ser vila, Bensafrim não precisa da anexação de Barão de São João. NL – Outra questão que muito se fala prende-se com a escassa ou confusa visibilidade e acção das juntas de freguesia urbanas. S. Sebastião ainda apanha Chinicato, Meia praia, Portelas e Sargaçal, mas Santa Maria parece esvaziar-se ou diluirse na Câmara Municipal. Por exemplo, Portimão só tem uma Junta de freguesia urbana. Acha que em Lagos se pode colocar essa hipótese? JB – As Juntas de Freguesia de Santa Maria e de São Sebastião têm muitos séculos de existência, com bons resultados para as populações. Não vejo necessidade de se mexer no que funciona bem há tantos anos! Associação de Municípios Terras do Infante e a Saúde A Associação de Municípios Terras do Infante passa um pouco despercebida da opinião pública. Embora se conheçam medidas e propostas recentes, tais como a problemática Adega Cooperativa de Lagos e o Matadouro Regional. Outra matéria comum diz respeito ao Hospital de Lagos, à espera de solução adequada para satisfazer os utentes dos três concelhos (Lagos, Vila do Bispo e Aljezur). NL – Como funciona a Associação Terras do Infante, que poderes e vantagens? JB – A Terras do Infante – Associação de Municípios tem a forma jurídica de associação de municípios de fins específicos. Tem um trabalho notável ao nível do desenvolvimento do Plano NL - Como se encontram os casos da Adega Cooperativa e do Matadouro? JB – A Associação adquiriu o edifício da Adega, para obviar que o mesmo fosse entregue pelo valor das dívidas da Adega Cooperativa, que era o que se antevia. A Associação comprou para vender, e utilizar o ganho na venda para apoiar a construção de uma unidade de produção vitícola mais moderna. A Associação comprou por um milhão e seiscentos mil euros e, depois de várias tentativas, vai vender por dois milhões e seiscentos mil euros. Assim, realizar-seá um ganho de cerca de um milhão de euros a aplicar na nova unidade. Tal unidade está em estudo com os dirigentes da Adega Cooperativa, os técnicos municipais e o Conselho Directivo da Associação, com o apoio da Delegação Regional do Ministério da Agricultura. NL – O Hospital é uma matéria sensível e que requer especial cuidado mas também acção determinante. A Associação tem efectivamente algum projecto para um Hospital que substitua o “velhinho distrital de Lagos”, que sirva eficazmente os três concelhos e se prepare para responder à realidade actual e aos novos empreendimentos turísticos que aí vêm? JB – Os três municípios estão firmemente unidos em torno do actual Hospital de Lagos, actualmente integrado no centro Hospitalar do Barlavento Algarvio. Desejamos mantê-lo, preservando as suas valências e funcionalidades. Têm-se falado muito na possibilidade da sua relocalização em parcerias com privados e instituições. Para já, no Plano de Urbanização de Lagos, contemplámos uma área para tal fim. A sua concretização dependerá, obviamente, do Ministério da Saúde. A nossa parte, a nossa disponibilidade e o nosso compromisso estão em cima da mesa. NL – Que outros projectos estão na calha para potenciar este triângulo Vicentino? JB – Os órgãos associativos aprovaram recentemente o plano e orça- “Veja-se que há vinte anos que se espera pelo novo Quartel da PSP. Se a Câmara não tivesse agido, quantos mais anos teríamos de esperar ?” já que o projecto não tem apoio de fundos da segurança social. NL – Pegando numa velha aspiração do Governo de Sócrates, numa reforma administrativa do território, onde freguesias com menos de 1000 habitantes desapareceriam, acha que Barão de S. João poderia ser anexada a Bensafrim e assim potenciar a futura Vila? de Intervenção na Floresta Contra Incêndios, pioneiro no país e com resultados neste último Verão. Promove a construção de mini-barragens, caminhos rurais, aceiros e tem equipas de vigilância florestal, que actuam em coordenação com os agentes da protecção civil. Tem ainda participação em diversas feiras de turismo com um pavilhão e publicidade própria. mento da Associação para 2008. Prevê-se o desenvolvimento de estudos para o Plano Estratégico para o território da Associação. Se houver acordo dos outros dois municípios, Lagos, como Presidente, exercerá a inerente liderança. Tal plano será com toda a certeza um documento orientador para novos projectos que potenciem este território. Janeiro de 2008 N OTÍCIAS DE LAGOS 23 Música Interreg III A Academia de Música de Lagos promove Projecto “SuestArte” A temática abordada será complementada por concertos essencialmente tocados em espaços previamente seleccionados, onde os alunos abrangidos pelas acções de carácter pedagógico possam facilmente deslocar-se e desfrutar de momentos de elevado rigor e valia técnico-instrumental. Todas as escolas do ensino regular dispõem de anfiteatros e auditórios. As acções serão desenvolvidas em grande maioria nesses espaços, com a participação e colaboração, do lado algarvio, da Direcção Regional de Educação do Algarve e das Câmaras Municipais beneficiadas e, do lado andaluz, da Delegación de Educación de Huelva e dos Ayuntamentos abrangidos. A metodologia a aplicar passa forçosamente pelo envolvimento das Câmaras Municipais e dos Ayuntamentos, na deslocação dos alunos das escolas periféricas para auditórios de maior capacidade, para que possam assistir e viver momentos culturais diferentes, que envolvem a divulgação da poesia, dos compositores, e da música das duas regiões.A apresentação pública de obras de poetas e compositores contemporâneos pretende inverter, em parte, a crescente dependência das populações pelas novas tecnologias e pelo isolamento individual de cada um. Este projecto procura estabelecer uma maior aproximação entre os produtores de obras musicais (compositores) e literárias (poetas) com os seus públicos. Embora muitos poetas, escritores e compositores já tenham as suas obras publicadas e difundidas através das novas tecnologias, ainda é muito reduzido o número de pessoas que os lêem ou escutam. Levar às populações a cultura de cada região é uma forma de melhor a difundir. A escolha das camadas mais jovens das populações, assim como dos locais onde as actividades serão desenvolvidas, permite estabelecer um contacto mais directo entre o público e o “artista”, para além de fomentar a procura por novos talentos e a manutenção de uma cultura identificativa de cada região. Último concerto do ano - Integral das Sonatas para Violino e Piano Concertos de Natal Luís Rodrigues da Orquestra do em concerto na Algarve em São Igreja de Stª Maria Brás e Lagos Aqueles que produziram e realizaram durante o ano de 2007, 151 concertos, 80 acções de carácter pedagógico, 32 programas de animação musical, 8 masterclass, 5 workshops, 4 cursos de férias, 3 conferências, 1 Concurso de Música, 1 Encontro de Escolas de Música, 1 Estágio de Verão (Academia de Verão), num total de 286 eventos, ainda tiveram coragem e disponibilidade, para presentear o último concerto do ano. João Pedro Cunha, violino e António Rosado, piano, na interpretação da integral das sonatas para violino e piano de Beethoven, no Centro Cultural de Lagos no dia 28 de Dezembro, proporcionaram mais um fabuloso espectáculo musical a fechar um ano dourado. A Orquestra do Algarve deu música de Natal em Lagos, no dia 22 de Dezembro, no Centro Cultural, após ter realizado outro concerto no dia anterior no Cine-Teatro São Brás. Sob a direcção do maestro Luís Carvalho, e tendo como solista o barítono Rui Baeta, a Orquestra interpretou peças dedicadas ao Natal, como a «Noite Feliz», «Adeste Fidelis», «Joy to the World» e muitas outras bem conhecidas do grande público., como composições de Corelli, Bach, Francesco Manfredi, Franz Gruber, Haendel, Charles Gounod e Giuseppe Torelli, todas apropriadas à quadra festiva. Concertos na Escola Sec. Júlio Dantas e no Pavilhão Multifunções no Chinicato Com o apoio da Direcção Regional de Educação do Algarve, Câmaras Municipais de Lagos, Lagoa e Portimão, Caixa Geral de Depósitos e inserido na estrutura financiada pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional - Programa Interreg III A, a Academia de Música de Lagos em parceria com o Conservatório Profissional de Música de Huelva realizou o concerto inaugural na Escola Secundária Júlio Dantas, no dia 10 de Janeiro de 2008, integrado nas comemorações dos 25 anos daquela escola. Depois, no dia 20, novo Concerto no Pavilhão Multifunções no Chinicato, no âmbito da comemoração do Dia de S. Sebastião. O barítono Luís Rodrigues foi o convidado dos concertos que a Orquestra do Algarve, sob direcção do maestro Josep Caballé-Domenech, ofereceu no fim-de-semana de 12 e 13 de Janeiro, na Igreja de Santa Maria de Lagos e no Teatro das Figuras, em Faro. Espectáculos ao rubro que arrancaram com árias do «Barbeiro de Sevilha», de Rossini, depois com árias de «As Bodas de Fígaro», de Mozart., seguindo-se a estreia absoluta da peça «Oito minutos para orquestra», de Ka’mi, e para fechar foi interpretada a Sinfonia nº 38 em Ré Maior, k. 504, de Mozart. 2- Astronomia para Amadores • Vieira Calado 2 - Na verdade, um cometa típico apresenta uma espécie de cabeleira envolvendo o seu núcleo brilhante e uma longa cauda, que pode dar a ideia dum cabelo muito comprido e esguio, que se encontra sempre na direcção oposta ao Sol, por efeito do vento solar que a empurra nesse sentido. Certas caudas podem atingir os 150 milhões de quilómetros de extensão, a distância Terra/Sol! Passam a maior parte do tempo nas profundezas do Sistema Solar, gelados. Geralmente descrevem trajectórias elípticas de grande excentricidade e voltam regularmente. Outros, porém, só por cá passam uma vez, por descreverem órbitas hiperbólicas, e não mais regressam. Por múltiplas razões, os cometas são astros importantes, embora para a maior parte dos humanos, eles sejam apenas estranhos, raros e intrigantes, ou belos. Já lá vai o tempo em que eram considerados portadores de mensagens ameaçadoras e funestas, ou bons presságios, para outros… Porém, hoje em dia, e embora se saiba exactamente o que são e a razão por que nos visitam, ainda causam perturbações a muita gen- te e trazem para a ribalta a ignorância atávica de alguns habitantes do planeta. Terão sido observados desde sempre. Alguns deles não poderiam passar desapercebidos aos nossos antepassados de antanho, quanto mais não fosse pela sua forma e luminosidade, parecendo pairar nos céus nocturnos. Vários, de entre eles, até foram visíveis em pleno dia! A maioria dos que estão catalogados foi descoberta no século XX, depois da utilização mais profusa dos bons telescópios que conseguem vislumbrar os que são invisíveis a olho nu. Há uns 1000 que já nos visitaram pelo menos uma vez. Desses, uns 120 são regulares visitantes. E todos os anos se descobrem uns dez ou doze novos cometas. Ganham o nome do seu descobridor (ou descobridores), a que se ajunta um código de números e letras. Mas os cometas realmente magníficos, os que facilmente podem ser vistos por qualquer pessoa, só aparecem, em média, um por década. (continua) A gravura mostra o cometa Halley, representado na célebre tapeçaria de Bayeux (Normandia), na Idade Média. Janeiro de 2008 24 N OTÍCIAS DE LAGOS Música Associação do Grupo Coral de Lagos encanta A divinal e trintona Associação do Grupo Coral de Lagos continua a encantar lacobrigenses e todos quantos desfrutam da oportunidade para admirarem os seus fantásticos concertos. Fecharam 2007 com chave de ouro da lavra do Coro Infanto-Juvenil, na Igreja das Freiras, e abriram 2008 numa “santa aliança dos miúdos com os graúdos” na Igreja de Santa Maria, com tempo ainda para o Grupo Coral cantar os Reis em parceria com a Filarmónica Lacobrigense 1º de Maio e uma deslocação a Lisboa também um Concerto de Reis, no dia 6 de Janeiro, na Igreja de Nossa Senhora da Ajuda. De salientar ainda que a 20 de Janeiro o Grupo Coral participa na homenagem ao Intermarché ,a realizar no Chinicato - Edifício Multifunções. Concertos do Coro Infanto - Juvenil de Lagos Uma Pequena Cantata de Natal Igreja das Freiras completamente cheia Numa parceria com a Associação Contemporanus, de Évora, e o apoio das Câmaras Municipais de Évora, Estremoz, Alter-do-Chão e Lagos, a Associação do Grupo Coral de Lagos levou o seu Coro Infanto-Juvenil em digressão pelo Alentejo, de 20 a 23 de Dezembro. E para encerrar o ano com chave de ouro, o Coro Infanto-Juvenil de Lagos apresentou a peça “Uma Pequena Cantata de Natal”, de Sérgio Azevedo, na Igreja das Freiras, no dia 29 de Dezembro. Assim, pelas 21:30 horas, casa completamente cheia para apreciar e aplaudir tão fantástico espectáculo. De sublinhar que marcaram presença nesta noite memorável, o autor da peça musical, Sérgio Azevedo e o Presidente da Câmara Municipal de Lagos, Júlio Barroso, destacando-se ainda que o concerto mereceu honras de gravação de CD. A direcção musical esteve a cargo de Vera Batista. Coro Infanto-Juvenil Adriana Santos, Alexandra Viegas, Ana Cristina Martins, Ana Sofia Cançado, António Santos, Beatriz Correia, Carina Dias, Carlota Moura, Catarina Louro, Diogo Rodrigues, Diogo Santos, Elisabete Carapeto, Francisco Santos, Guilherme Félix, Jorge Lopes, Lilli Shultz, Luís Casinhas, Margarida Duarte, Maria Luísa Duarte, Mariana Sousa, Maria Prieto, Marta Ferreira e Tiago Guedes. Evorensemble Contemporâneo Flautas: Solange Silva e Maria João Cerol (convidada) Clarinetes: Ricardo Gama (convidado), Luís Romão, André Surra e José Carlos Pereira (alunos da Escola de Música União) Trompete: Vítor Pereira (con- vidado) Trombone e Percussões: Francisco Seródio Piano: Rita Abranches (convidado) Órgão: Inês Lopes (convidada) Percussão: Jorge Madeira (aluno da Escola de Música União) Direcção Musical: Vera Batista Juventude com onze anos de actividade a alimentar o presente e a preparar o futuro O Coro Infanto-Juvenil de Lagos nasceu em 1996,ano em que se comemorava o 20.º aniversário da Associação do Grupo Coral de Lagos. Conta, actualmente, com cerca de 25 elementos, de idades compreendidas entre os 6 e os 16 anos, que a eles se dedicam com entusiasmo. Este grupo representa um complemento indispensável na educação musical dos alunos e é um estímulo e um incentivo para as demais actividades desenvolvidas pela Escola de Música de Lagos. Realiza concertos especialmente na época natalícia e em eventos ou festividades para os quais é convidado, e participa sempre nas audições dos alunos da Escola de Música de Lagos. Ao longo da sua existência, tem participado em vários Encontros de Coros e, desde 2001, é o Coro anfitrião dos Encontros de Coros Juvenis em Lagos. Integrou o elenco da Ópera Atanor, produção da Associação do Grupo Coral de Lagos, levada à cena em Novembro de 2001. Foi dirigido, desde a sua fundação e até Setembro de 2001, pela maestrina Maria José Ferreira, professora com reconhecida experiência neste campo e, a partir dessa data, pela maestrina Vera Mónica Batista, colaboradora assídua da Associação e professora na sua Escola de Música. De salientar que do Infanto-Juvenil já ingressaram no Grupo Coral de Lagos cerca de uma dezena de jovens, a que se acrescenta a Maestrina Vera Batista, também fruto das sementes plantadas pela Associação, que agora dirige os miúdos e os graúdos. Jovem e talentosa Maestrina é rebento lacobrigense A maestrina Vera Batista é natural de Lagos, iniciou os seus estudos musicais na Escola de Música da Associação do Grupo Coral de Lagos. Mais tarde ingressou na Academia de Música de Lagos e no Conservatório Maria Campina, onde integrou as classes de Piano do Prof. João Rosa e Oxana Annikeeva, respectivamente. Actualmente estuda na Universidade de Évora no Curso de Piano, integrada na classe da Professora Elizabeth Allen. Frequentou aulas de canto no Eborae Musica. Participa frequentemente em cursos de Direcção Coral com os maestros Paulo Lourenço, Teresita Gutierrez e Cara Tasher. É membro do Grupo Coral de Lagos desde 1991 e membro fundador do Vocal apArte, do EvorEnsemble Contemporâneo e de O Piano Súbito. Desde 1998 integra o quadro de docentes da Escola de Música da Associação do Grupo Coral de Lagos nas classes de Formação Musical e Piano, leccionou também na Academia de Música de Lagos. Desde Setembro de 2001 desempenha funções de maestrina titular do Coro Infanto-Juvenil de Lagos e desde 2007 maestrina titular do Grupo Coral de Lagos. Concerto de Reis (Grupo Coral e Coro Infanto-Juvenil) Que linda forma de abrir 2008 brindando o público com um Concerto de Reis que juntou o Grupo Coral com o Coro Infanto-Juvenil. A Igreja de Santa Maria acolheu uma magnífico espectáculo no dia 4 de Janeiro, pelas 21:30h. Ora, o Grupo Coral de Lagos dispensa apresentações, pois trata-se de uma grande referência nacional com créditos internacionais, ao lado do de um Coro jovem que já ganhou notoriedade, só podia resultar em sucesso. Cantares de Reis (Grupo Coral e Filarmónica 1º de Maio) À semelhança do que se tem passado nos anos anteriores, o centro da cidade de Lagos voltou a ser animado com Cantares de Reis pelo Grupo Coral de Lagos e Sociedade Filarmónica 1º de Maio, numa parceria louvável e sempre bastante acarinhada pelos lacobrigenses. Uma tradição preservada que vai merecendo o apoio da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia de S. Sebastião, esta apostada em manter a chama viva dos festejos tradicionais de Lagos, como também é o caso das Maias, por exemplo. Janeiro de 2008 N OTÍCIAS DE LAGOS 25 Música António-Pedro Vasconcelos filma vídeo-clip no Porto de Mós O amor condenado ao desencontro e as rupturas dos romances são os ingredientes para mais uma filmagem realizada na Praia de Porto de Mós no âmbito da «Algarve Film Commission». Uma pequena equipa de 10 elementos e o realizador António-Pedro Vasconcelos («Call Girl», actualmente a passar nos cinemas) terminaram na segunda-feira, dia 21 de Janeiro, a filmagem de um vídeo-clip da música «Se o amor fosse só isso», da autoria da cantora Patrícia Vasconcelos, filha do realizador e também directora de «castings». Patrí- Exposições “Articor” na Artebúrguer Esteve patente até dia 11, na galeria restaurante “Artebúrguer”, espaço da Vila da Luz, perto da cidade de Lagos,.a exposição “Articor”, pintura sobre tecido, de Almerinda Furtado Gorgulho. Natural de Lagos (Santa Maria), onde nasceu a 21 de Junho de 1929, Almerinda Furtado Gorgulho dedica-se à pintura desde 1982, inicialmente em porcelana e, desde 1995, no tecido. Em 1997 começou a dar aulas. Fundou o Grupo ARTICOR, que tem exposto no Centro Cultural de Lagos (2001 e 2006), Armazém Regimental (2003) e antigo quartel dos Bombeiros (2005). Nesta mostra, são apresentados também trabalhos com motivos de Natal, de Luísa Pereira e Jesus Marreiros. Continua patente na “Artebúrguer” exposição do artista Jorge Pereira expõe fotografia e escultura “AL [NE].3s2.3p1”, a exposição, consiste num conjunto de fotografias – de puxadores de portas – inseridas em molduras esculpidas artesanal- mente para cada uma delas, criando peças únicas e originais. O artista nasceu em Moçambique (1974) e vive em Lagos. Em 1998, concluiu o curso de Escultura na ARCA, em Coimbra e, desde então, desenvolveu vários trabalhos cénicos com diversos grupos de Teatro e Dança. A partir de 2003, trabalha com a Amalgama Companhia de Dança, ao nível do design gráfico e vídeo. Paralelamente, executa trabalhos de desenho técnico de arqueologia. A exposição “AL [NE].3s2.3p1”, de Jorge Pereira, prolonga-se até ao próximo dia 8 de Fevereiro e poderá ser visitada todos os dias, das 10 às 23 horas. A Artebúrguer fica situada entre o parque de estacionamento e a igreja, na Vila da Luz. ca Vasconcelos, 41 anos, responsável pela escolha de actores em vários filmes portugueses, editou no Verão de 2007 o seu primeiro álbum, «All That jazz». A organização ‘Algarve Film Commission’ explicou que se trata de uma produção de baixo custo e quase familiar, onde as protagonistas do ‘clip’ musical são a própria autora do tema musical, Patrícia Vasconcelos, e a sua filha, Laura, de quatro anos. O tema musical, que está a passar numa telenovela portuguesa, insere-se num disco produzido por Armando Teixeira (Balla) e Nanu Fi- gueiredo (Mola Double) e conta com a participação de Sam the Kid e de Kalu, dos Xutos e Pontapés, e da actriz Milú. A filmagem do clip é a primeira acção cinematográfica em 2008 que a ‘Algarve Film Comission’ trouxe para a região. Recorde-se que, curiosamente, a última filmagem foi em Novembro com o Porto da Baleeira, em Sagres, a servir de pano de fundo para a longa- metragem «La conjura de el Escorial», uma co-produção espanhola e inglesa, do realizador espanhol Antonio del Real. Centro Cultural de Lagos Inauguração: dia 26 de Janeiro e patente até 15 de Março. “E Agora ?” de Nelson Correia “E Agora ?” é o título da exposição das últimas obras realizadas por Nelson Correia (Vila Nova de Gaia, 1945), artista autodidacta residente em Lagos há duas décadas. Nesta mostra são apresentadas pinturas e esculturas realizadas em materiais pouco convencionais como a mistura de terras e pigmentos sobre tela e sistemas eléctricos que emanam luz. Estas características estão associadas, nas pinturas, à utilização de cores terra e um gestualismo forte e, nas esculturas, à presença de cores primárias e texturas agressivas. Cria assim, Nelson Correia, um ambiente muito expressivo salientado pela representação de uma figuração que nos remete para um “mundo africano”, que também fez parte do percurso de vida do artista. “Miniaturas” de Amável da Luz e Augusto Figueiras “Miniaturas” é uma exposição de modelos de portas e mobiliário doméstico do sec. XX e de diligências e carroças, do sec. XVIII até à actualidade. Estes trabalhos foram realizados por Amável da Luz (Lagos, 1929) e Augusto Figueiras (Marvão, 1949) habilidosos artesãos que construíram, sobretudo em madeira, miniaturas porme- norizadas de objectos de outros tempos ou em “vias de extinção” que eles acharam importante preservar para que fiquem na memória de todos nós. Esta mostra é registo etnográfico dos usos e costumes da humanidade, e continuação da atenção prestada pela autarquia ao levantamento etnográfico do artesanato do concelho. Janeiro de 2008 26 N OTÍCIAS DE LAGOS Leituras Top de vendas em Lagos Ficção 1º lugar “As Benevolentes” Não-Ficção As Benevolentes são as memórias de Maximilien Aue, um exoficial nazi, alemão de origens francesas que participa em momentos sombrios da recente história mundial: a execução dos judeus, as batalhas na frente de Estalinegrado, a organização dos campos de concentração, até a derrocada final da Alemanha. 2º lugar “Sapatos de Rebuçado” 1º lugar “Boca do Inferno” Lançamento de segundo volume de 5 Poetas de Lagos «Boca do Inferno» é uma composição de peças humorísticas com a assinatura inconfundível de Ricardo Araújo Pereira. Das crónicas que pervertem os assuntos mais banais às que colocam na berlinda políticos de ponta, o traço comum é uma ironia certeira, um olhar sempre inesperado, que nos surpreende de cada vez que julgamos nada mais haver para inventar. 2º lugar “Breve História do Futuro” Após ter abandonado a aldeia de Lansquenet-sur-Tannes, Vianne Rocher procura refúgio e anonimato em Paris. A tempestade que caracterizava a sua vida parece ter acalmado... Pelo menos até ao momento em que Zozie de l’Alba, a mulher com sapatos de rebuçado, entra de rajada nas suas vidas… Este livro é um extraordinário relato da «história» dos próximos 50 anos, baseado nos factos e contexto em que hoje vivemos e a partir de tudo o que sabemos da História e da Ciência. . 3º lugar “O Homem em Queda” Começando no fumo e nas cinzas das Torres Gémeas em chamas, Homem em queda desenha as consequências deste tremor global na história íntima de vidas marcadas pela perda, pela dor e pela força imensa da História. A narração de um homem que escapa das torres, da sua ex-mulher e de um dos terroristas. 3º lugar “Os mitos da Economia Portuguesa” Escrito num estilo aberto e informal, este livro pretende diagnosticar os males da economia nacional, de uma forma acessível a todos e não só a economistas. Hélio Xavier, José Ribeiro Ferreira, José Alberto Baptista, Fátima Santos e Maria Inês Cerol são os autores incluídos no segundo volume da colectânea “5 Poetas de Lagos”, lançado, na Biblioteca Municipal Dr. Júlio Dantas, durante o II Encontro de Poesia do Grupo dos Amigos de Lagos. A apresentação esteve a cargo de Pedro Magalhães, poeta incluído no primeiro volume da colecção. Depois de cada um dos homenageados neste II Encontro ter falado um pouco do seu trabalho e lido alguns dos poemas agora publicados, seguiu-se o convívio e a sessão de autógrafos. O encontro e a edição do livro tiveram o apoio da Câmara Municipal de Lagos, através de contrato-programa assinado com o Grupo dos Amigos de Lagos. Estes dados foram fornecidos pela livraria “Livros da Ria Formosa”, em Lagos 4.ª edição do concurso Sophia de Mello Breyner Andresen • Ana Sofia Cardoso As autarquias de Loulé e Lagos, através das suas bibliotecas, vêm promover, uma vez mais, o concurso, de periodicidade anual, junto dos estudantes algarvios das escolas do 3.º ciclo do ensino básico e secundário, ou equiparado. São admitidos a concurso trabalhos de poesia, prosa ou ensaio, em língua portuguesa, e ilustrações, originais e inéditas que incidam sobre a obra literária da escritora. Sob pena de exclusão, os trabalhos têm que indicar a obra original sobre a qual reflectem e deverão ser entregues, até ao dia 1 de Fevereiro de 2008, na Biblioteca Municipal de Lagos ou de Loulé. Cada autor pode candidatar-se no máximo com 3 trabalhos, com pseudónimos diferentes para cada um. São igualmente admitidos trabalhos de grupo com um máximo de 3 elementos. Inspirada na figura ímpar de uma das mais notáveis poetisas contemporâneas, esta iniciativa procura “incutir nos nossos jovens e adolescentes hábitos de leitura e de reflexão [e constitui] um exemplo a continuar para a cidadania activa”, salientou o Presidente da Câmara de Lagos, Dr. Júlio Barroso, no prefácio do livro que reúne os trabalhos premiados da 1ª edição. A significativa participação dos alunos do nosso concelho na 3.ª edição do concurso – 45 trabalhos num total de 82 - comprova o interesse da população estudantil por esta iniciativa. Refira-se ainda o facto de dois alunos da Escola Secundária Júlio Dantas, Anton Kharchenko e Joana Filipa Pereira Bravo, terem sido distinguidos com menções honrosas. 2.º concurso literário infantil e juvenil “Saúde em palavras” • Ana Sofia Cardoso No decurso do 1.º concurso literário “O Mar, a Viagem”, no âmbito das comemorações de Faro Capital Nacional da Cultura em 2005, foram recepcionados 1064 trabalhos, tendo sido atribuídos 132 prémios, na fase regional/distrital, segundo declarações prestadas pela Dra. Filomena Branco, membro da Direcção Regional de Educação do Algarve, ao NL. Este sucesso constituiu a força propulsora para a realização de um novo concurso, agora subordinado ao tema “Saúde em Palavras” que decorre até ao dia 29 de Fevereiro de 2008. O objectivo desta iniciativa visa incentivar estilos e hábitos de vida saudáveis, para além de pretender promover a leitura e escrita, combatendo a iliteracia. A organização é da responsabilidade da Direcção Regional de Educação do Algarve, Promoção e Educação para a Saúde, Rede de Bibliotecas Escolares; da Administração Regional de Saúde do Algarve, I.P.; do Hospital Central de Faro e do Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio. Grupo dos Amigos de Lagos Livro de Vasques assinala aniversários Assinalando a passagem do 15º aniversário da sua fundação e do 435º aniversário da elevação de Lagos a cidade, no próximo Domingo, dia 27, o Grupo dos Amigos de Lagos edita o seu décimo quinto título, “Contributos para as Memórias de Lagos”, do investigador lacobrigense José Carlos Vasques. Este livro é o nº 13 da colecção “Conhecer Lagos”, na qual estão incluídos diversos estudos de História regional e local, de vários autores. O ciclo “Lagos, pensamento e acção”, que preencheu os Encontros de 5ª Feira do Grupo dos Amigos de Lagos, durante o ano de 2006, teve como tema vários dos artigos agora coligidos. Na presente edição, que tem apresentação de Francisco Castelo, o Grupo dos Amigos de Lagos contou com o apoio do CEMAL – Centro de Estudos Marítimos e Arqueológicos de Lagos, de que o José Carlos Vasques é membro. Janeiro de 2008 N OTÍCIAS DE LAGOS 27 Os Rostos e as Modalidades: Pódio Lacobrigense, Família Desportiva, Álbum Desportivo, Memória Desportiva, Massagistas em Destaque, Arbitragem em Foco, Livre (In)Directo , Rota de Efemérides. Andebol, Atletismo, Corridas em Patins, Futebol, Futsal, Ginástica, Hóquei em Patins, Natação, Petanca, Pesca, Karate, Kickboxing, Kempo, Remate Frontal, Vela, Surf, Bodyboard, Ténis, Ténis de Mesa, Vela. Pódio Lacobrigense Gala mensal dos agentes desportivos lacobrigenses: Clubes, Dirigentes, Técnicos, Atletas e ainda os Árbitros e as Massas Associativas. Clubes Clube Karate de Lagos Brilhantes resultados Clube de Golfe de Lagos Actividades qb e comemoração do aniversário CRCD Luzense Fantástico trabalho na formação da secção de atletismo Técnicos José Romão Clube Karate de Lagos Armando Guerreiro CRCD Luzense Atletas Carlos Poucochinho Para o mês de Janeiro, a nossa selecção apresenta um 4x3x3, com os jogadores do Esperança de Lagos a pontificarem no onze escolhido. Clube de Golfe de Lagos Vencedor do Torneio de Aniversário e vencedor da Ordem de Mérito 2007 Carlos Jesus Veterano Campeão do Algarve da INATEL em atletismo Carlos Carneiro Rodrigues Atletas do CKL Andebol Costa D’Oiro Selecção Lacobrigense Boas prestações a nível regional e nacional Toco (CFEL) Diogo Jorge Messias (Odiáxere) (Odiáxere) (Bensafrim) Paulo Alexandre (CFEL) Totóia Ricardo Marco (CFEL) Fábio (Bensafrim) (CFEL) Luís A. “Mantorras” Filipe Borges (Odiáxere) Vitinha (CFEL) (CFEL) Jogador em Destaque Massas Associativas Clube Desportivo de Odiáxere Árbitros Dirigentes José Casimiro Presidente do Clube de Golfe de Lagos Francisco Figueiras CRCD Luzense Fábio CD Odiáxere Jovens que apitaram os jogos do Torneio de Natal de Manuel Silva e Costa 3 Modalidades Sport Lagos e Benfica Gala dos Goleadores Todas as notícias de desporto Campeonatos Distritais de Seniores brevemente no seu jornal desportivo diário Os resultados, as entrevistas, as rúbricas do costume... www.noticiasdelagos.com Vitinha (Esp. de Lagos) - 6 golos Filipe Borges (Esp. de Lagos) - 5 golos Fábio Alves (CD Odiáxere) 5 golos Janeiro de 2008 28 N OTÍCIAS DE LAGOS Hóquei emefemérides Patins Rota de Livre (in)directo Pequenas anomalias, coisa pouca num universo de eventos realizados no Estádio Municipal ... Minuto de silêncio em homenagem a Ernesto Sousa e a Nobre da Silva Clube de Golfe comemora 14º aniversário com torneio na Quinta da Boavista • Carla Lourenço O campo de golfe da Quinta da Boavista foi o palco escolhido para a realização do Torneio do 14º Aniversário do Clube de Golfe de Lagos (CGL), que teve lugar no passado dia 12 de Janeiro. Carlos Poucochinho bateu a concorrência ao somar 40 pontos, sagrando-se vencedor absoltuo da competição. Poucochinho começa assim 2008 da mesma forma que acabou o ano que passou, visto que havia saído vencedor do torneio de Dezembro. O golfista justifca desta forma o primeiro lugar obtido na Ordem de Mérito 2007, mostrando que será novamente candidato ao troféu nesta época. A entrega de prémios, que contou com a presença de Júlio Barroso, teve lugar no restaurante do campo onde se jogou o torneio e ficou marcado pelo minuto de silêncio em homenagem a Enersto Silva, antigo presidente do clube, e sócio nº 3, José Nobre da Silva, falecidos durante o ano de 2007. O presidente do CGL, José Casimiro, aproveitou para agradecer aos membros da direcção do clube o trabalho desempenhado ao longo do ano, realçando que todos juntos conseguiram “levar esta nau a bom porto”. Da mesma opinião é também Júlio Barroso, que assegurou que o Plano Estatégico de Desenvolvimento Desportivo só poderá ter sucesso se houver esforço por parte das instituições, como é o caso do CGL. Prometido ficou novamente o campo de treinos para o clube lacobrigense. Ordem de Mérito 2007 1º Classificado - Carlos Poucochinho, 43 pts; 2º Classificado- Joaquim da Silva, 41 pts; 3º Classificado - Pedro Sousa, 28 pts. Torneio do 14º Aniversário 1º Absoluto e vencedor do torneio Carlos Poucochinho - 40 pts (C.G.L.); 1º 2ª Categoria - José Vicente Martins - 32 pts (C.G.L.); 1º 3ª Categoria - Nuno Fialho - 36 pontos (C.G.L.); 1º Convidado - Amândio Pacheco 36 pontos (Penina G.C.). É justo relevar desde logo as beneficiações nas instalações desportivas, a oferta de serviços desportivos e o robusto e rico pacote de eventos diversificados da Lagos Em Forma. Porém, não será descabido nem inoportuno relatar factos menos positivos e até enviar sugestões com vista a contribuir para melhorar ainda mais a qualidade dos serviços prestados pela Empresa Municipal de Desporto. Em duas ocasiões, verificámos pequenas anomalias na organização de jogos oficiais de futebol, coisa pouca num universo de eventos realizados no Estádio Municipal. A falta de chaves e de balde de lixo Recordamos aqui o episódio ocorrido num jogo entre o Clube Desportivo de Odiáxere e o Moncarapachense, a contar para o campeonato distrital de seniores da 2ª divisão realizado no relvado nº 2 em virtude das obras que decorriam no relvado sintético em Odiáxere. Com efeito, por estranho que possa parecer, naquele Sábado à tarde alguém se esqueceu que de deixar as chaves dos balneários, o que naturalmente gerou confusão e as consequentes reclamações dos intervenientes. Outro descuido que deu nas vistas foi o balde lixo atestado obrigando alguns uten- tes do recinto desportivo a jogar lixo para lugares indevidos. Portão trancado impede Observador de Árbitros de entrar a horas no jogo Esperança/Farense Recentemente, num duelo entre históricos do futebol Algarvio, alguém se lembrou de fechar o portão de acesso ao Estádio Municipal vinte minutos antes do início do jogo Esperança de Lagos - Farense. Tudo passaria desapercebido se não acontecesse que entre vários agentes desportivos que acedem habitualmente ao Estádio por aquela entrada, não estivesse o Delegado/Observador de Árbitros nomeado para aquele dérbi regional. Perante certo período de espera e após várias diligências, já com o jogo a decorrer lá veio um dirigente do Esperança de Lagoa abrir o portão e assim permitir que o Observador pudesse dirigir-se para o seu posto de trabalho. Não se sabe se o árbitro cometeu alguns erros que influenciassem a sua nota naquele espaço de tempo que impediu o Observador de tomar apontamentos, mas realmente não se perceberam as razões que determinaram trancar o Portão e deste modo condicionar os normais ingressos dos vários agentes desportivos. Subsídio suplementar ao Esperança de Lagos • Carlos Poucochinho arrecadou o primeiro lugar A Câmara Municipal atribuiu um subsídio extraordinário ao Clube de Futebol Esperança de Lagos (CFEL), no montante de 56.420,00 euros para actividades de formação desportiva amadora. O subsídio é atribuído considerando que, ao longo da vida, o Esperança de Lagos tem tido o apoio da população e dos órgãos autárquicos lacobri- genses, pelo seu trabalho em favor da divulgação e do fomento de modalidades desportivas e do trabalho desenvolvido na divulgação e formação em várias modalidades desportivas. Recorde-se que o CFEL foi reconhecido pelo Governo como Pessoa Colectiva de Utilidade Pública e agraciado com a Medalha de Ouro de Mérito Desportivo Municipal. Marchas Passeio pelo concelho arrancaram em Janeiro na Luz Começou no passado dia 13 de Janeiro a primeira Marcha Passeio Concelhia do ano. Os participantes do “Saúde em Movimento” têm oportunidade de participar numa das diversas actividades integradas neste projecto, sendo uma delas a 1ª Marcha Passeio de 2008, que teve lugar na Luz. Este ano todos os participantes nas Marchas Passeio, que têm como principal objectivo incentivar a prática da Marcha de forma segura e saudável, têm direito ao “Passaporte do Marchante”, um pequeno livro onde podem apontar todos os detalhes das suas marchas (concelhia/regional; data; nº de quilómetros; local; etc.) Recorde-se que o projecto “Saúde em Movimento”, cuja organização está a cargo da Câmara Municipal de Lagos, visa promover a saúde e qualidade de vida dos munícipes através da prática regular de actividade física e psicomotora e que se destina à população do concelho, com idade superior a 40 anos. Esta é mais uma medida que a autarquia promove com o intuito de combater a tendência das pessoas com alguma idade para o isolamento e solidão, promovendo igualmente, não só as condições para que os munícipes tenham uma vida mais saudável, como também o convívio entre os mesmos. Além das Marchas Passeio o projecto “Saúde em Movimento” tem outras actividades nas quais os munícipes se poderão inscrever. Para mais informações, os interessados poderão contactar o Gabinete de Desporto e Juventude da autarquia (tel. 282 780 060). As inscrições decorrem todas as Terças Feiras, das 9h30 às 12h00, no Centro de Saúde de Lagos. Calendário das Marchas Concelhias 2008 (4 – 8 Km) 13 de Janeiro – 10h00 | Luz (Junto à Sede do CRCD Luzense); 10 de Fevereiro – 10h00 | Chinicato (Junto ao Ed. Multifunções); 09 de Março – 10h00 | Espiche (Junto ao “ABC” os Espichenses); 06 de Abril – 09h30 | Barão de São João (Mata Nacional B.S. João); 04 de Maio – 09h30 | Portelas (Junto à Escola Primária); 15 de Junho – 09h30| Bensafrim (Est. Desp. De Bens.). Janeiro de 2008 N OTÍCIAS DE LAGOS 29 Atletismo Olímpico de Lagos em grande na S. Silvestre de Ponta Delgada nos Açores O Olímpico Clube de Lagos já é um habitual participante na mais antiga Meia Maratona de Portugal. Com efeito, o emblema lacobrigense este presente na 48ª prova de Ponta Delgada, nos Açores, e para além de excelentes classificações, mereceu honras de destaque no site da Câmara Municipal de Ponta Delgada com uma foto da comitiva lacobrigense acompanhada por Carlos Lopes e Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada. Nesta Meia Maratona de grande prestígio, realizada a 22 de Dezembro, onde clubes como Sporting, Benfica e Maratona marcam presença e outras equipas de gabarito nacional e internacional, o Olímpico Clube de Lagos deslocou 10 atletas, que obtiveram as seguintes classificações: Equipas: 1º lugar em Juvenis e veteranos; Juvenis: Emanuel Loureiro - 3º lugar, João Soares – 4º lugar, André Santos – 8º lugar; Veteranos: Sérgio Costa – 1º em Veteranos; Jorge Candeias – 2º Veteranos II; Manuel Faísca – 2º Veteranos IV; Mário Gonçalves – 6º Veteranos II. Seniores: Luís Ginja – 13º lugar, Pedro Miguel – 15º lugar, Tiago Reis – 31º lugar. Torneio Regional 3 atletas do OCL no pódio As jornadas disputaram-se em Quarteira e Lagos, destacando-se o triunfo de Carlos Cabral logo seguido pelo seu colega de equipa Miguel Jorge, ambos com passaportes para o Torneio Nacional, mas devido a imponderáveis particulares, Carlos Cabral não este presente no Pombal. No sector feminino, Bobbie Batista também do OCL obteve o 2º lugar em Juvenis femininos. Torneio Nacional Excelentes prestações Para o Torneio Nacional, para além de Miguel Jorge que conseguiu um brilhante 13º lugar entre os melhores nacionais onde constavam atletas do Sporting, Benfica e Porto, também André Santos (Juvenil) fruto dos mínimos obtidos participou na prova de saltos conquistando o 11º lugar, e ainda Vitor Miguel que alcançou um magnífico 6º lugar nos juniores e 10º na geral. Torneio Regional de Triatlo Jovem No Triatlo Jovem, os atletas de Lagos voltaram a estar em evidência. conseguindo os seguintes resultados: Juv Masc - 60 metros, Peso e Altura: 2º lugar - André Santos (OCL); Juv Fem 60 metros, Peso e Altura: 9º Susana Encarnação (OCL); In Fem– 60 metros, Peso e Altura: 9º lugar - Nadine Alexandre (Lagos e Benfica); Inf Masc– 60 metros, Peso e Altura: 1º Dam Ferreira (Lagos e Benfica), 4º Guilherme Reis (Lagos e Benfica); Inf Fem: 1º Rute Catarino (OCL); 3º Luisa Araújo (OCL). 38º Edição do Prémio dos Reis, Campeonatos Regionais de Estrada e da INATEL Jovens e Veteranos Lacobrigenses brilharam em Faro O CRCD Luzense com os escalões de formação e o Olímpico Clube de Lagos em Veteranos brilharam nas ruas do centro da cidade de Faro. A capital Algarvia voltou a viver as emoções de uma de numa histórica e conceituada prova de atletismo, com a realização da 38.ª edição do Prémio dos Reis, organizada pela Associação de Atletismo do Algarve, que habitualmente conta com a participação de atletas de categoria mundial, não só portugueses como estrangeiros. Mas este dia assinalou também o Campeonato Regional de Estrada e o Campeonato Regional da INATEL, quando a grande favorita era a letã Yelena Prokopcuka, recente vencedora da São Silvestre da Amadora representante da Letónia, Daniela Fecere. Em Masculinos, Manuel Damião, do Maratona, foi o melhor português, tendo cortado a meta 17 segundos depois do finlandês, Jussi Utriainen. Nos lugares imediatos e até ao sexto classificado só aparecem atletas lusos, apesar da grande qualidade dos representantes estrangeiros que participaram na prova este ano. No entanto, a festa do atletismo na capital algarvia começou logo a meio da tarde com as provas para os atletas mais novos representan- do clubes de quase todos os lugares da região. E aqui, o CRD Luzense foi o principal animador obtendo excelentes classificações, tendo também o Lagos e Benfica garantido boas prestações, enquanto o Olímpico apenas viu Sérgio Loureiro nos lugares cimeiros, fruto de um atraso da comitiva que impediu a participação dos seus atletas nas provas dos mais jovens. Por seu turno, em Veteranos, O OCL esteve mais uma vez em destaque com Jorge Candeias à cabeça. De sublinhar ainda que o Lacobrigense Carlos Jesus sagrou-se campeão Regional no seu escalo de veteranos. futuro se for bem conduzido”. Segundo José Romão, em breve o Clube vai participar no Campeonato Regional de Seniores que se realiza em Beja esperando fazer um bom campeonato nas provas de combate e kata. O técnico lamenta que, infelizmente só participam com 2 atletas, pois os que treinavam no Clube e que podiam competir nesta categoria, 90% está na universidade ou a trabalhar fora de Lagos.“Estes atletas passaram por uma fase de iniciação, formação e estão agora numa fase de consolidação da sua forma assim como do seu desenvolvimento técnico, físico e espiritual, e esperamos que no futuro eles tenham condições de continuar a treinar o desporto em que os pais os colocaram quando ainda crianças”. Classificações: Benj Fem.: 2.ª Carolina Costa, COP; Benj Masc.: 1.º Bruno Frutuoso, CRCDL; 4.º Tiago Rodrigues, CRCDL; 5.º Rui Ventura, SLB; Inf Masc.: 3.º Rodrigo Castro, CRCDL; 4.º Pedro Rosado, CRCD; In Fem.: 2.ª Nadine Alexandre, SLB; In Masc: 1.º Fábio Reis, CRCDL; Juv Fem: 5.ª Tânia Marreiros, SLB; Juv Masc: 3.º Emanuel Loureiro, OCL; 4.º Ivan Ferreira, CRCDL; Jun Fem: 4.ª Ana Pires, CRCDL; Sen Fem: 1.ª Ana Dias, Casa Benfica de Faro, 21.01; 2.ª Daniela Fecere, Letónia, 21.05; 3.ª Inna Polushkina, Letónia, 21.15; Sen Masc 1º Jussi Utriainen, Finlândia, 30.05; 2.º Manuel Damião, Maratona, 30.22; 3.º Alberto Chaiça, Conforlimpa, 30.38; 4.º Paulo Guerra, Maratona, 30.44; 5.º António Travassos, Sporting, 31.07; Vet. I: 1.º Luís Ginja, Olímpico Lagos; Vet. III: 1.º Jorge Candeias, Olímpico Lagos. Karate Clube Karate de Lagos Mais uma vez atletas convocados para os treinos da Selecção Finalizado o ano de 2007, atletas do Clube alcançaram excelentes resultados no Campeonato Nacional de karate que envolve todos os estilos, Shito Ryu, Shotokan, Wado Ryu, Goju Ryu. Depois de terem sido Campeões Regionais, os atletas lacobrigenses subiram ao pódio no campeonato Nacional. Daniel Jesus e Carlos Matias conquistam 2º lugar no Campeonato Nacional Daniel Jesus foi 2º classificado ganhando todos os combates, só per- dendo na final porque foi penalizado por excesso de contacto. Carlos Matias também 2º lugar fazendo excelente prova até à final. Estes fantásticos resultados fazem com que sejam chamados aos treinos de Selecção Nacional, motivo de orgulho para o Clube, técnicos e dirigentes, e naturalmente para os atletas, pois sentem que estão a trabalhar muito e bem. “Quando assim é os resultados aparecem”, diz José Romão, treinador e director técnico da Associação. Ricardo Reis (que já representou a selecção) de alguns anos a esta parte, Campeão Regional e Nacional por diversas vezes, foi também convocado assim como Célia Espada, mas que, por dificuldades de dispensa do emprego, não puderam comparecer. “Uma vez que existe um Seleccionador Regional que faz o registo da qualidade dos atletas e do trabalho que se desenvolve nos Clubes através da observação das suas prestações nos campeonatos, espero que um dia possam representar a selecção” diz José Romão. O credenciado técnico lacobrigense acrescenta: “Sabemos das dificuldades que é competir Internacionalmente, mas é sempre bom para um atleta passar por essa experiência, pois dá-lhe alguma experiência que pode ser aproveitada no Janeiro de 2008 30 N OTÍCIAS DE LAGOS Andebol Masculino Feminino Campeonato Nacional da 1ª Divisão de Seniores Derrotas em casa com os mais directos adversários Madeira SAD e Colégio de Gaia fazem cair Gil Eanes para o 3º lugar a casa do último classificado Maiastars, tendo o conjunto lacobrigense triunfado folgadamente por 32-17. Gil Eanes, 23Colégio de Gaia, 26 À saída de 2007, o Gil Eanes seguia em primeiro lugar, embora com mais um jogo em relação aos mais directos adversários, Madeira SAD e Colégio de Gaia. Factor positivo para alimentar a esperança de continuar na liderança, pois no arranque de 2008 a formação de Lagos recebia em casa a equipa madeirense cujo resultado da 1ª volta se cifrou num empate motivador para as lacobrigenses, e depois também oportunidade de vencer a equipa gaiense que infligiu a única derrota do Gil Eanes na 1ª volta. Gil Eanes, 19 – Madeira SAD, 24 Porém, mais uma vez, talvez a maturidade forasteira e o habitual nervosismo gilista determinassem a fuga para a vitória das insulares num período de inferioridade numérica da equipa local. Com efeito, o equilíbrio foi dominante até ao momento em que Maria Pina foi expulsa, conduzindo ao assalto das madeirenses ao triunfo. Na mesma jornada, o Colégio de Gaia vencia o Maiastars remetendo assim o Gil Eanes para a terceira posição. Maiastars, 17 – Gil Eanes, 32 Refeita da derrota face à rival Madeira sad, a formação orientada por José Manuel Dias deslocou-se Na jornada seguinte, um duelo interessante entre Gil Eanes e Colégio de Gaia. Na verdade, a equipa forasteira veio à procura da vitória para consolidar o 2º lugar na classificação, enquanto o Gil Eanes naturalmente que partia em busca do triunfo para garantir pelo menos o estatuto de vice campeão. O Pavilhão Gil Eanes voltou a registar bastante público entusiasta num encontro vibrante e emotivo até ao apito final. Porém, adversidades à parte, evidencia-se claramente uma quebra na equipa lacobrigense. Menor acutilância ofensiva, desnorte defensivo, em suma, alguma anarquia ou transformação táctica que a par de aparente menor fulgor físico determinam inferior rendimento e consequentes resultados negativos. Altura para reflexão, pois o Colégio de Gaia passou por um período de renovação, praticamente à base de jogadoras da formação e sem subsídios avultados comparativamente com a Madeira SAD e outros emblemas que participam neste campeonato de andebol feminino. Formação Iniciadas em destaque asseguraram passagem à 2ª fase do campeonato Das três equipas do Gil Eanes que participam nas competições nacionais, as Iniciadas merecem destaque pois conseguiram o apuramento para a 2ª fase. Nas derradeiras jornadas da 1ª fase, as lacobrigenses venceram em casa de forma brilhante o líder AC Albufeira por 20-15, e depois foram ganhar fora face ao Lagoa por 23-18, assegurando o 2º lugar em igualdade pontual com a equipa de Albufeira. Realizaram 10 jogos somando 24 pontos, com 7 vitórias e 3 derrotas. Parabéns às meninas da Liliana Ferreira para a nova etapa que tem início a 23 de Fevereiro, onde participam para além do Gil Eanes, as equipas de Casa do Povo Valongo Vouga, Juventude Amizade Convívio de Alcanena e Liga dos Amigos de Aguada de Cima. Juniores despedem-se com derrota Por seu turno, as Juniores despediram-se do campeonato com uma derrota fora por 18-15 diante do Torrense, último classificado que assim obteve a única vitória na competição. As lacobrigenses terminaram na penúltima posição (5º lugar), realizando 10 jogos onde somaram 16 pontos com 3 vitórias e 7 derrotas. Fica, no entanto, bem expresso o esforço e a esperança no futuro, pois grande parte das jogadoras são ainda juvenis e têm larga margem de progressão. Infantis em 1º lugar A equipa mais jovem do Gil Eanes vai dando conta do recado e evoluindo à medida que disputa mais jogos competitivos. Com efeito, as lacobrigenses abriram o campeonato a perder em casa por 9-29 com o Lagoa, mas depois triunfaram fora por 29-11 face ao Vela de Tavira, seguindo-se nova vitória em casa por 24-11 perante o Porto Salvo, ocupando o 1ºlugar com 7 pontos e mais um jogo que o 2º classificado Lagoa que soma 6 pontos. Campeonato Nacional da 1ª Divisão de Seniores Costa D’ Oiro continua lanterna vermelha Os ares do novo ano não trouxeram ainda sinais positivos para o AC Costa D’ Oiro. Apenas com uma vitória, a turma de Lagos ocupa o último lugar da classificação. Na nona jornada, os lacobrigenses deram, réplica e a dada altura até parecia caminhar para a segunda vitória, mas os forasteiros foram mais fortes e a equipa de Carlos Carneiro Rodrigues foi derrotada por 22-28 diante do Sines. Em mais uma deslocação ,a equipa lacobrigense viajou à casa do líder Alto do Moinho, longe da possibilidade de somar pontos mas ainda assim na determinação de honrar e suar a camisola. Todavia, a classe e a supremacia dos donos da casa foram notórias e a goleada foi inevitável num expressivo 38-11. Formação Saldo bastante positivo com 4 equipas nos primeiros três lugares Infantis Costa D’ Oiro em 3º lugar Já em pleno 2008, o Costa D’ Oiro perdeu fora com o líder Lagoa por um expressivo 13-38 folgando na jornada seguinte, e na 11ª jornada voltou a perder por escassa diferença de 25-23 com o Olhanense. Ocupa o 3º lugar da tabela classificativa com 18 pontos. O ACL também foi batido copiosamente na casa do Olhanense por 34-18, depois goleou em Lagos perante o Messines por 52-5, mas na 11ª jornada averbou nova derrota fora face ao Guadiana por 18-13, posicionando-se na Sexta posição com 14 pontos. Iniciados Costa D’oiro em 2º, AC Lacobrigense em 3º No início do novo ano, ambas as duas equipas lacobrigenses tiveram bias prestações e ocupam lugares de destaque na classificação, nomeadamente o Costa D’ Oiro em 2º lugar com 23 pontos colado ao líder Redondo, enquanto o Andebol Clube Lacobrigense ocupa o 3º lugar com 18 pontos. Na oitava jornada, o Costa D’ Oiro bateu em casa o Náutico Guadiana por 37-21, enquanto o ACL triunfou em Lagos diante do Messines por 32-16. Já na jornada seguinte, o Costa D’ Oiro somou nova vitória em casa face ao Évora por 2920, e o ACL não conseguiu ir além de um simples empate fora a 23 golos perante o gurpo do Náutico de Guadiana. Juvenis 3º lugar garantiu apuramento para a 2ª fase O Costa D’ Oiro segue em 3º lugar à 14ª jornada garantindo o apuramento para a 2ª fase, após ter registado no começo de 2008 dois preciosos triunfos, respectivamente em casa por 36-21 diante do Messines, e depois fora face ao Andebol de Sines por 31-30. Por seu lado, o ACL, perdeu em casa com o Zona Azul por 22-45 e de seguida deslocou-se a Ponte Sor onde foi derrotado por 30-28, ocupando o último lugar. Janeiro de 2008 N OTÍCIAS DE LAGOS Distrital da 2ª divisão Futebol Distrital da 1ª Divisão Esperança cai para o 6º lugar te, na derrota perante o líder apenas sofreu 1 golo, mas também aí o estatuto de equipa realizadora não prevaleceu ficando a equipa de Lagos em branco. Aljezurense continua acima da linha de água Com a derrota fora pelo magro 1-0 no duelo de históricos Algarvios diante do líder Lusitano Vila Real de Santo António, a equipa lacobrigense orientada por Paulo Nunes caiu para o 6º lugar. Agora com 23 pontos e já a 12 pontos da subida, o Esperança de Lagos continua a ser a segunda equipa mais realizadora com 29 golos sendo o Farense a equipa mais realizadora com 32 golos marcados, mas já é a sexta mais batida do campeonato com 16 golos sofridos. Nos primeiros dois jogos de 2008. a equipa lacobrigense sofreu sete golos com equipas do fundo tabela., designadamente fora de portas com o Sambrazense com derrota inesperada por 4-3, de depois em casa embora vencendo por 5-3 face ao lanterna vermelha. Contrariando deste modo, a anterior solidez defensiva, mas que, curiosamen- O Juventude Aljezurense arrancou o novo ano com dois empates que souberam a pouco, sendo que na 12ª jornada igualou a dois golos em casa face ao difícil Castromarinense, depois nova igualdade a 1 golo no sempre problemático reduto do Faro e Benfica. No regresso ao Município de Aljezur, mesmo com a derrota por 3-1 diante do Culatrense, a equipa Aljezurense mantémse acima da linha de água no 14º lugar, apenas com 1 ponto a mais que o Serrano que está na zona de despromoção. Formação Escolas e Infantis continuam a vencer e na liderança Juniores 1ª Divisão Esperança inicia 2ª volta com derrota O Esperança ao perder fora 1-3 diante do Olhanense, depois de na jornada anterior, ter empatado em casa com o Almacilense a 2 golos e assim registado o 3º empate somando apenas uma vitória, conferiu-lhe o 10º lugar no final da 1ª volta. No arranque da segunda volta, os lacobrigenses voltaram a perder com o 3ºclassificado Lagoa pela margem mínima (1-0), mantendo a mesma posição mas agora apenas com dois pontos de avanço em relação ao penúltimo Messinense. Juvenis 1ª Divisão Aljezurense com campanha positiva e Esperança melhora no arranque de 2008 O Esperança conquistou a primeira vitória com o 1ª Janeiro por 4-2, depois obteve um empate fora face ao Internacional de Almancil a 2 golos, e na 8ª jornada logrou empatar a 2 golo em casa face ao comandante S. Luís de Faro, ocupando agora o 8º lugar. Aljezurense segue em 7º lugar, tendo perdido com o Quarteirense em casa por 1-2, depois no jogo com o Silves fora obteve um precioso empate a 1 golo, mas inesperadamente foi derrotado em casa diante do último classificado Alvorense por 2-4. Iniciados 1ª Divisão Falta uma pontinha de sorte O Esperança subiu ao 4º lugar, tendo vencido fora o Alvorense por 4-0, depois não conseguiu mais do que um empate sem golos em casa perante o Portimonense que ocupava o último lugar, e na 8ª jornada perdeu por um escasso 10 na casa do líder S. Luís de Faro. Iniciados 2ª Divisão Odiáxere amealha pontos 31 Após uma magnífica vitória em casa por 1-0 diante do Louletano, o CD Odiáxere foi perder fora com o candidato Marítimo Olhanense por 2-1, ocupando à 12ªjornada o 9º lugar na tabela classificativa com 16 pontos. Infantis 2ª Divisão série B Esperança lidera e Odiáxere com honroso 4º lugar O Esperança comanda a competição à nona jornada com 27 pontos, somando dois triunfos no arranque de 2008, primeiro fora com o Alvorense por 9-4, depois goleada por 15-2 na casa do Messinense e ainda triunfo expressivo de 16-0 diante do Ferreiras. O CD Odiáxere segue num honroso 4º lugar, tendo já neste novo ano batido em casa o Lisboa Geração por 8-5 (equipa de Pedro antigo treinador do Odiáxere), enquanto na jornada anterior havia goleado na casa do Messinense por 80, e agora ma 9ª jornada voltou a golear fora o Monchiquense por 9-1. Quanto ao Infante de Sagres, lá vai cumprindo calendário dando pelo menos actividade aos jovens, uma vez que em termos de resultados competitivos sucedem-se as derrotas, ocupando o último lugar sem pontuar. Infantis 2ª Divisão série C Esperança escorregou em Salir O Esperança seguia em 2º lugar colado ao líder Portimonense, mas a derrota inesperada fora diante do Salir por 4-2 remeteu a equipa lacobrigense para o 3º posto. Porém, está separado apenas 1 ponto do 2º classificado Farense e a 4 pontos da liderança. Por seu turno, o CD Odiáxere ocupa o 8º posto com 5 pontos, somando apenas uma vitória e dois empates. Escolas A série A Esperança luta pelo título O Esperança voltou ao comando após ter vencido fora o rival Lagoa por 4-0.Na jornada seguinte folgou devido à desistência do Ferreiras. Em face disso, o Lagoa que venceu em casa do Aljezurense por 1-0, passou a liderar com 21 pontos, mas o Esperança com menos um jogo segue em 2º lugar com 19 pontos situação que lhe pode conferir a liderança caso vença o encontro em atraso. O Aljezurense segue a meio da tabela (6º lugar), tendo perdido por 3-1 na casa do 3º classificado Portimonense sendo que antes tinha sido derrotado justamente em casa do comandante Esperança de Lagos por 12-0 e agora na 8ª jornada voltou a perder com outro candidato Lagoa pela margem mínima de1-0. O Odiáxere que folgou, ocupa o 7º lugar depois de ter perdido por 4-8 em casa face ao 2º classificado Lagoa. Escolas A série B O Esperança ocupa agora o 6º lugar, depois de ter vencido por 3-2 o 1º de Janeiro, perdido fora por 2-1 em casa do Padernense e agora averbou nova derrota por 5-1 na casa do 2 classificado Louletano. Escolas B série A O Esperança continua a liderar isolado, após um precioso e difícil triunfo por 1-0 na casa da Associação Escola de Futebol de Portimão, e nova vitória em casa por 6-1 diante do Lagoa. O Odiáxere venceu folgadamente por 7-1 fora diante do Guia, tendo depois obtido novo triunfo em casa por 76, face à Escola de Futebol de Portimão, ocupando o 8º lugar. Escolas B série B Os mais pequenos do Esperança seguem a meio da tabela (8º lugar), depois de terem vencido o 1º Janeiro por 52 e agora empatado a 5 golos fora diante do Sambrazense. Odiáxere a 2 pontos da zona de subida O CD Odiáxere folgou na 12ª jornada depois de ter vencido em casa por 2-1 o 11 Esperanças. Recorde-se que a equipa do Professor Eleutério também havia triunfado face ao Odeceixense por 2-0. Assim, o Odiáxere ocupa agora o 4º lugar com 23 pontos separado apenas por dois pontos do Ginásio de Tavira que é 3º e do Quarteira que segue em 2º e a escassos 4 pontos do líder Estombarenses. Como nota curiosa, refira-se que o CD Odiáxere tem a defesa menos batida com 6 golos sofridos. Outra agradável surpresa foi o Infante Sagres arrancar 2008 com duas vitórias consecutivas, perante os dois últimos classificados ,Bensafrim e Boliqueime, ambos pelo mesmo resultado 3-1. Porém, na deslocação a casa do candidato Quarteira, o conjunto orientado por Carlos Ventura perdeu por 51, mas mesmo assim saltou para o 10 posto da tabela classificativa. Odeceixense sobe para o 9º lugar Bensafrim continua sem vencer Destaque para o Odeceixense que após ter somado mais duas derrotas, em casa diante do Odiáxere e depois fora face ao Moncarapachense ambos os resultados por 2-0, teve o ensejo de vencer em casa o Beira Mar por 1-0 e subir para o 9º lugar, sendo a Segunda equipa melhor classificada do triângulo vicentino. Sagres arranca 2008 com duas vitórias Quem continua sem vencer e é lanterna vermelha é o Estrela de Bensafrim.Com efeito, a equipa lacobrigense perdeu no dérbi vicentino com o Sagres por 3-1, na jornada seguinte averbou nova derrota fora perante o Santaluziense por 3-0 e no regresso a casa foi derrotado por 20 diante do candidato Ginásio de Tavira. Futsal Seniores Masculinos UAC conquista primeira vitória e já soma 6 empates À nona jornada, o UAC conquistou a primeira vitória, batendo em casa o Silves por 4-3. Embora tenha inaugurado 2008 com uma pesada derrota fora diante do líder Inter-Vivos por 8-3,.Contudo, parece que o triunfo motivou a Seniores Femininos equipa lacobrigense, pois somou novo empate a 1 golo no campo do Portimonense, podendo partir para uma segunda volta que se inicia na próxima semana, de forma mais positiva e de acordo com os seus pergaminhos. UAC ainda no 2º lugar com menos um jogo O UAC de Lagos mantém o 2º lugar com 16 pontos mas menos 1 jogo que o líder Padernense que soma 19 pontos. A equipa de Helder Lúcio realizou somente Formação Juniores Femininos Nos últimos dois jogos, a equipa lacobrigense perdeu em casa por 011 diante do CHE Lagoense e depois voltou a somar nova derrota em casa por 0-8 face ao Centro de Alte e ocupa o último lugar da classificação. Juniores Masculinos O União que segue em 11º lugar,cresce paulatinamente, tendo nos últimos dois jogos somado duas derrotas tangenciais respectivamente com o 5º classificado S. Estevão por 2-1 fora de portas, e depois na 16ª jornada perdeu em casa por 3-4 perante o Fontainhas que ocupa o 4º lugar. Iniciados masculinos O Sport Lagos e Benfica em 5º lugar, após ter adicionado dois preciosos triunfos no começo de 2008. Com efeito, a equipa encarnada de Lagos venceu na sexta jornada o S. Pedro de Faro por 5-3, e no jogo se- três jogos neste novo ano de 2008, tendo vencido em casa o S. Pedro de Faro por 1-0, a tal equipa que impôs a única derrota do UAC no campeonato. guinte voltou a vencer desta vez fora o Jograis António Aleixo por 5-2. Já na 8ªjornada, a equipa lacobrigense deslocou-se à casa do líder Olhos de Água tendo perdido por 10-7, mas ofereceu boa réplica. Infantis À oitava jornada, o Lagos e Benfica ocupa a penúltima posição apenas com um triunfo. alcançado na 7ª jornada face ao Centro de Alte por 6-3. Mas depois voltou a perder em casa perante o lanterna vermelha Sonâmbulos por 3-6. Escolas O escalão mais jovem do Lagos e Benfica segue no 6º lugar, após ter vencido brilhantemente o então 4º classificado Boavista por 6-5, tendo antes goleado fora o lanterna vermelha Sambrazense por 10-0. Já na oitava jornada, os lacobrigenses lutaram e mereciam mais, mas averbaram uma derrota em Lagos por 4-5 diante do Louletano. Janeiro de 2008 32 N OTÍCIAS DE LAGOS Hóquei em Patins Campeonato Nacional Feminino Roller perde mas evolui No outro jogo do nacional feminino envolvendo equipas algarvias, o HC Portimão realizou uma exibição convincente frente à Académica de Coimbra conseguindo melhorar substancialmente de rendimento, mas a maior experiência das estudantes e 3 golos onde a guarda-redes Portimonense não fica isente de culpas, ditaram a derrota por 5-1. Roller Lagos com derrota amarga em Sesimbra A fechar 2007 e já no novo ano, a equipa feminina do Roller Lagos, embora perdendo mantém a chama da evolução e de entusiasmo. Aqui fica um breve resumo dos jogos da equipa lacobrigense, podendo a partir de Janeiro, diariamente, conhecer todos os detalhes do Hóquei em Patins e do panorama desportivo lacobrigense no Notícias de Lagos Online. Roller Lagos, 1 – Os Lobinhos, 11 Numa tarde de Hóquei em Lagos, que contemplou o HC de Portimão face ao Alcobacense, o HC Portimão face ao Castrense a contar para o nacional de seniores masculinos da 3ª divisão, o segundo jogo despertava algum interesse fruto da boa evolução das duas jovens equipas femi- ninas, a formação do GDR Os Lobinhos surpreendeu ao vencer por 111 o Roller Lagos. Num jogo em que as algarvias se apresentaram sem a sua garra habitual e entrega ao jogo, cometendo muitos erros defensivos, não conseguindo efectuar a transição defesa ataque nas melhores condições. A equipa esteve uma sombra de si própria consentido muitos golos, algo que não acontecia desde a 5ª jornada do campeonato. Boliqueime vence Roller Lagos por 6-2 e continua líder sem derrotas O CD Boliqueime venceu a jovem equipa Lacobrigense por uns confortáveis 6-2, mostrando as razões pelas quais lidera a zona sul do campeonato nacional de seniores femininos. O jogo resolveu-se bastante cedo com a equipa Louletana a aproveitar alguma desconcentração inicial para marcar 2 golos nos 2 primeiros minutos. O treinador Lacobrigense pediu então um desconto de tempo, que serviu para acalmar a equipa que voltou ao jogo com maior segurança defensiva. Mas o Boliqueime respondia com grandes jogadas de envolvimento ofensivo em alta velocidade provocando grandes dificuldades defensivas à equipa forasteira. Assim aos 8 minutos o Boliqueime já vencia por 4-0. A equipa Louletana teve uma vitória sem contestação construída cedo, o Roller Lagos deu uma boa réplica não facilitando a vida ao líder, pecando uma vez mais por erros defensivos infantis que terão de ser corrigidos para melhorar os resultados. A jovem equipa Lacobrigense rubricou uma boa exibição colectiva, mas voltou a sofrer um golo a 1 minuto do final perdendo assim por 3-2 na difícil deslocação a Sesimbra. Uma vez mais a jovem equipa Lacobrigense está de parabéns pela grande evolução que tem vindo a mostrar, que apenas não é traduzida em vitórias por alguma ingenuidade e falta de experiência, na equipa com uma média de idades nos 16 anos, que compete de igual para igual com equipas do escalão sénior. Roller equilibra meia parte frente às Vice Campeãs do Alcobacense A equipa Lacobrigense recebeu as vice-campeãs nacionais de hóquei em patins feminino e perdeu por 7-3, num jogo em que as jovens do Roller Lagos realizaram uma excelente primeira parte, mas onde após o descanso, 2 penaltis e algumas desconcentrações defensivas, permitiram ao Alcobacense sentenciar o desafio nos últimos minutos da partida, conquistando uma vitória que lhe permite consolidar a sua posição rumo à fase final do nacional feminino. Quem esteve presente no Pavilhão Municipal assistiu a uma grande partida de hóquei feminino, em que o resultado prejudica em demasia a exibição Lacobrigense, que frente a uma das mais fortes equipas da zona sul conseguiu equilibrar e disputar o jogo até 5 minutos do final onde a falta de experiência e alguma sorte ditaram o avolumar do resultado. Lacobrigenses perdem face ao Externato S. Filipe Na 14ª Jornada do Nacional Feminino, o Roller Lagos recebeu o 4ºclassificado da prova, o Externato S. Filipe, que na primeira volta tinha vencido o conjunto Lacobrigesne por 6-2. No jogo de sábado, a equipa Algarvia deu excelente réplica perdendo por 3-1, após estar em vantagem no marcador até 12 minutos do final da partida. Também no sábado o CD Boliqueime, actual líder da zona sul, não teve dificuldade em vencer o HC Portimão por 13-0, mantendo-se assim invicto na presente temporada. No domingo, a equipa Louletana deslocou-se a Coimbra a fim de cumprir um jogo em atraso referente á 10ª jornada. As algarvias bateram a Associação Académica por expressivos 6-0. Um fim-de-semana positivo para o lider da zona sul onde em dois jogos conseguiu marcar 19 golos e nenhum sofrido. Patinagem de velocidade Natação VI Torneio Internacional de Patinagem de Velocidade Terras do Infante Masters do CCD iniciam Época com bons resultados Patinagem de Velocidade vai animar Carnaval em Lagos e Vila do Bispo O VI Torneio Internacional de Patinagem de Velocidade - Terras do Infante promete, uma vez mais, trazer a Lagos os maiores patinadores da actualidade. Com três provas distintas : Circuito de Estrada - Sábado dia 2 de Fevereiro /à tarde na Avenida dos Descobrimentos, em Lagos.Provas de Pista – Domingo dia 03 de Fevereiro /manhã e tarde, na Pista da Escola Secundária Júlio Dantas, também em Lagos; Meia Maratona, entre Vila do Bispo e Sagres, na Segunda-feira, dia 04 Fevereiro /Manhã. Não haverá limite de velocidade para os candidatos aos primeiros lugares que, em virtude do elevado nível dos adversários, vão dar tudo por tudo para ganhar os excelentes prémios monetários desta competição. Parece loucura mas, com quilometragem ilimitada e equipamento topo de gama, estes patinadores chegam a atingir velocidades incríveis, ultrapassando os 60 Kms/ hora, nos seus patins. O Roller Lagos, empenhado no sucesso deste prestigiado evento desportivo, não poupa esforços para que as comitivas visitantes desfrutem também da beleza e hospitalidade algarvia, elogiada em anos anteriores. Realizou-se no dia 15 de Dezembro o Torneio de Especialidades-II do INATEL, na piscina do Estádio 1º de Maio, em Lisboa. O CCD Lagos esteve representado por 5 atletas (Amélia Ponte Galhardo, Rui Ricardo Capelo, Paulo Alexandre Sousa, Luís Costa Landeiro e Hélio Lúcio Silva). Estiveram presentes 230 nadadores em representação de 12 Clubes. Em termos competitivos o CCD Lagos lutou pelos lugares no pódio, alcançando: 2 Primeiros lugares, 4 segundos, 1 terceiro, 1 quinto e 1 sétimo. Amélia Galhardo (40 - 44 anos), mais uma dobradinha e novo recorde nacional, 1.ª nos 100 Bruços (1:30,08) e 1.ª nos 200 Livres com novo recorde nacional de 2:45,77 (a anterior marca 2:48,49 pertencia a Isabel Cardona e datava de 2004); Paulo Sousa (35 - 39 anos), 2.º nos 100 Livres (1:07,13) e 3.º nos 100 Mariposa (1:22,77); os três estreantes em provas de Masters: Rui Capelo (40 - 44 anos), um regresso à natação 25 anos depois, com participação no pódio, 2.º nos 100 Livres (1:03,38) e nos 100 Costas (1:18,70); Hélio Silva (25 - 29 anos), clas- sificou-se em 7.º nos 100 Livres (1:14,85); Luís Landeiro (35 - 39 anos), muito bem nos 100 Bruços, 3.º (1:45,19), na sua primeira competição. Os “rapazes” ainda competiram em estafeta (4 x 50 livres), Escalão 120 - 159 anos tendo-se classificado em 5.º com o tempo de 2:03,69. No final, houve um convívio bem-disposto à volta da mesa, a convite dos atletas do Clube de Futebol Benfica, que convidaram o clube para o seu Jantar de Natal e ainda o presentearam com cachecóis. Janeiro de 2008 N OTÍCIAS DE LAGOS 33 Columbofilia José da Glória Um homem com história (s) Depois de falar com o senhor José da Glória sobre episódios acontecidos com animais, nomeadamente pombos, ficou a vontade de ter uma conversa mais aprofundada sobre a sua paixão. E como as palavras são como as cerejas, atrás de uma vem sempre outra, uma breve conversa tornou-se num recordar de episódios, emoções, gostos e experiências que explicam o homem que se tornou hoje. Uma viagem pelo passado até ao presente que deixou ainda muito por dizer. Columbófilo há 35 anos Fez a 9 de Janeiro 60 anos, sendo que mais de metade da sua vida dedicou-a aos pombos. Viúvo, vive com os seus animais perto da Barragem da Bravura onde os seus pombos têm toda a liberdade para voar numa paisagem verde e azul de encantar. Hoje em dia trabalha para a Junta de Freguesia de Bensafrim onde mantém sempre um sorriso sincero e a simpatia que todos lhe reconhecem. Por vezes também tem de prestar serviço no cemitério, algo que não o preocupa, pois na sua passagem pela tropa teve que se deparar com o cenário de corpos abertos de homens, que lutaram em Ultramar, para serem autopsiados. É um homem respeitado por todos tanto no trabalho como no Clube de Columbofilia. A Columbofilia é a sua paixão Tudo começou com um mero acaso, quando um vizinho ofereceu um casal de pombos brancos à sua irmã mais velha – Maria Isabel. Com o passar do tempo a sua irmã casa-se, partiu para a sua vida e na despedida deixou os pombos ao seu irmão dizendo «Pronto Zé, até um dia que a gente se veja e repara lá nos meus pombos». Nessa altura José da Glória tinha 8 anos e a responsabilidade de cuidar de cer- ca de 50 pombos (criam-se em grande número) era muito grande. Como era novo demais foi o seu pai – António José da Glória – que “reparou” pelos animais. Um dia o pai pensou em acabar com os pombos devido à sujidade e estragos que faziam. Um amigo dele matou alguns, outros fugiram com medo, outros ficaram; mas, por fim, só um de cor azul se manteve. Não esquecendo o que a irmã lhe dissera, e tentando manter aquela memória, arranjou uma pombinha branca para acasalarem. Com a oferta de um pombo de raça adragão, de cor castanha, o pombo azul não conseguindo competir com o rival desapareceu. Os pombos começaram a andar desencontrados e não terem criação. Já com o gosto pelos animais pediu ao pai um casal de pombos e pagou a um “compadre” para lhe construir uma casa para eles. Como disse José da Glória «Há sempre uma altura em que se descobrem algumas coisas». Com a ida obrigatória à tropa foram o seu pai e a sua irmã mais nova – Telma – que cuidaram dos seus animais. Pombos ou Pintos? Um dos hábitos que José da Glória tinha era colocar ovos de pintos debaixo de pombas para estas os chocarem. Quando os animais nasciam voltavam para junto dos seus. Num fim-de-semana em que teve folga da tropa foi a casa e colocou alguns ovos de galinha debaixo das pombas. Partiu para o Quartel sem nada dizer aos familiares. Uns dias passados recebe uma carta da sua irmã Telma dizendo «Apareceu um pinto nos sobreiros» e surpreendida por pombos estarem a ter pintos. Bastou uma carta para esclarecer a situação e alertar para mais ocorrências desse tipo, pois muitos ovos ainda estavam no pombal. A tropa como experiência de vida Os 36 meses que José da Glória passou na tropa, foram sem dúvida, marcantes na sua vida. Passou pelos Quartéis de Abrantes e Viseu, fez muitos conhecimentos e amizades que ainda hoje recorda com saudade. Foi também um período marcado pelas idas aos Hospitais e a sua vida quase terminou. Tudo começou no próprio dia da inspecção em que foi mandado directamente para o Hospital da Estrela em Lisboa. Já lá se desconfiava que algo em José da Glória não estava bem. Apesar de já ter um antecedente de problema de nervos, os médicos nunca souberam detectar a sua origem. Foi em Lisboa que, no meio da infelicidade e com um pouco de sorte, descobriram o seu problema. José da Glória teve de fazer uma endoscopia (nada agradável para quem já a fez). Comeu a famosa “papa” e depois do exame regressou ao Quartel. Passou a noite mal, o outro dia sem comer nem beber, e já em desespero dirigiu-se no outro dia à noite ao Hospital da Estrela. Visto que era fim-de-semana e não haviam médicos aconselharam-no a ir às Urgências. Quase sem conseguir andar a sua sorte foi encontrar um Polícia na rua que o levou até lá e o acompanhou. Foi detectada uma úlcera nervosa. As únicas palavras do médico foram «Rapaz, dá graças a Deus que ainda estás vivo». Foi na tropa que conheceu um colega de Loulé, cozinheiro, que o ajudou a ter uma dieta mais saudável para recuperar. Também foi lá que se tornou amigo de Joaquim João Bitoque, colega de Albufeira que tinha o posto de pronto como ele. O facto de serem os dois algarvios aproximou-os e tornou-os como irmãos. «O que um tinha, o outro também tinha». Andavam sempre juntos nas saídas e acabaram por ficar a trabalhar na horta e pecuária por intermédio do Alferes Pereira que por ele intercedeu e lhe entregou o “impedimento” (o impedimento permitia a que o soldado trabalhasse apenas num sítio e não fosse obrigado a estar na formatura todos os dias). Recordou também todos os Oficiais de que se tornou amigo e as despedidas emocionantes que teve nos Quartéis por onde passou, talvez devido à sua personalidade afável e simpática que ainda hoje tem. Fez o “espólio da roupa” (momento em que entregam todos os pertences ao Exército e regressam a casa) a 18 de Outubro de 1972. De regresso aos seus amigos e as competições Ainda em Janeiro de 71, quando se encontrava na tropa, enviou os dados para um amigo o inscrever no Clube Columbófilo de Lagos, o único que existia na altura. Nem a formatura o fazia esquecer dos pombos. Em 72, com o regresso a casa e com a ajuda dos columbófilos mais velhos, começou a competir com apenas 35 pombos. Hoje em dia tem um total de 150 pombos, estando 116 registados este ano para as competições. Do Clube de Lagos passou para o Clube Columbófilo de Odiáxere onde participa nas provas. Estas têm início, este ano, a 12 de Janeiro, com os treinos dos pombos, até fins de Fevereiro e depois começam as provas até Julho, onde todos os domingos a perícia dos treinadores e a força e determinação dos pombos são postas à prova. Foram os colegas que o ensinaram a arte de os treinar e hoje treina-os, sempre que pode 1/2 hora de manhã e 1/2 hora de tarde. Durante os 35 anos competiu sempre, tendo sido o maior prémio ter ficado em 3.º lugar no Campeonato Absoluto. De todos os prémios recorda também o 1.º lugar adquirido em Alcaler (na fronteira entre a Espanha e a França) em 1998; e em 2004 o 1.º lugar, no segundo dia, em Lérida (Espanha) com uma pomba. A primeira vez Na primeira vez que competiu, no meio do azar, a sorte esteve do seu lado. Com efeito, a prova realizou-se em Évora e José da Glória, depois de soltar os pombos para a prova reparou que tinha perdido a chave para o relógio. Na altura usavam uns relógios que, com uma chave própria, permitia colocar a anilha do pombo a chegar primeiro dentro do aparelho e marcar a hora da chegada. Sem a chave era impos- sível marcar a chegada dos seus animais. Ainda tentou, com a ajuda de um amigo fazerem de um tubo uma “chave” mas, com sorte, encontraram um homem que lhe emprestou uma. Passado pouco tempo chega uma pomba pedrada (pomba malhada) e conseguiram marcar o tempo que levou de Évora até ao clube (duas horas e setenta e poucos minutos). Ganhara o 1.º lugar. Os inesquecíveis De todos os pombos que cuidou e treinou os mais marcantes foram o “Francisco”, macho azul, que em 1995 fez 13 classificações em 1.ºs e 2.ºs lugares. Recorda que esse pombo numa prova em Lion (França) regressou com o peito aleijado e depois de 2 meses a recuperar ainda venceu o 1.º lugar numa prova em Tomar. Também nesse ano a “Campeoa”, fêmea azul, teve 15 classificações num só ano de 1.ºs e 2.ºs lugares. A “Gaivota” foi igualmente uma vencedora quando fez 345 km, em Espanha, em 3h12m, ficando em 1.º lugar. A “Chuna” também é uma pomba que lhe ficou na memória pelos melhores motivos. E os custos anuais? José da Glória ri-se sempre com esta pergunta. No tempo dos escudos ainda guardava num caderno o que gastava por ano, agora com a chegada do euro, o melhor é nem pensar nisso. Os seus pombos são muito mais valiosos do que o dinheiro que gasta. Com insistência lá foi enumerando as despesas: cotas do Clube, cotas para a Federação, seguro para os animais, vacinação, ração (cerca de 50 kg por semana), ração especial para a chegada dos pombos depois de uma prova, poleiros, bebedouros, vitaminas, obras e pinturas no pombal renovado... o melhor é fazer como o senhor da Glória, nem pensar! Janeiro de 2008 34 N OTÍCIAS DE LAGOS Uma família multifacetada • Manuela Duarte O normal é encontrarmos no concelho de Lagos filhos que seguem o negócio dos pais, daí que surgiu a rubrica no NL de “Tal Pai, Tal Filho”. Neste caso deveria ser tal bisavô, tal avô, tal pai, tal filho... Nesta edição fui entrevistar José Francisco Costa Evangelista, proprietário de um super-mercado em Bensafrim. Com o avançar da conversa apercebi-me que o comércio não era apenas um negócio de família, que o próprio edifício não era apenas uma casa e que a família Evangelista não eram simples proprietários de um negócio. Uma família unida e multifacetada que se distinguiu e se tornou conhecida por toda a população pela barbearia, música, comércio e até na medicina. Com efeito, o “Mestre Romão” (bisavô de José Evangelista), homenageado com a atribuição de um nome de rua na Urbanização Municipal de Bensafrim, notabilizou-se durante o grande surto de pneumónica que atingiu o concelho. Apesar de não ser médico, a sua importância foi tal, na cura de doentes, que a Ordem dos Médicos autorizou o “avio das receitas” passadas por si, em qualquer tipo de papel – caso inédito em Portugal. Também José Evangelista tem no seu sangue o gosto e a vocação pela aprendizagem do poder das plantas na cura de algumas doenças, provavelmente transmitido pelo seu bisavô, e com a simpatia que lhe é característica, está disponível a ajudar todos os que lhe pedem conselhos. Hoje em dia, gere um super-mercado, curiosamente com o símbolo na entrada de um cacho de uvas (homenagem ao antigo proprietário, o sr. Bago D’uva), apoiado pela sua esposa Natália. Já o filho Alexandre, rapaz inteligente e perspicaz, “passa a perna” aos pais no que diz respeito à aplicação das novas tecnologias no super-mercado. Como curiosidade final resta dizer que o actual super-mercado se situa na rua onde o mercado em Bensafrim surgiu pela primeira vez, antes da construção de uma Praça, onde a venda era feita ao ar livre. Uma coincidência interessante! NL: A “veia” para o negócio já tem quantas gerações na vossa família? JE: A veia para o negócio tem cerca de quatro gerações, do lado da minha Mãe, e três gerações do lado do meu pai. Do lado da minha Mãe, conhecemos a partir do Mestre Romão, meu bisavô que era barbeiro, curandeiro; o meu avô materno – José Jacinto Costa – proprietário de uma taberna, que nos anos vinte, era ao mesmo tempo taberna, barbearia e leitaria, por que, como não havia leite empacotado este era vendido ao lado da aguardente, do vinho e dos pirolitos, (o pirolito era uma espécie de gasosa em que a rolha era uma esfera de vidro); e a minha mãe – Maria da Graça – que trabalhou na taberna e no supermercado. Do lado do meu Pai, conhecemos o ramo do comércio a partir do meu avô José Luís Evangelista que era sapateiro e tinha uma tinha uma venda onde também vendia farinha, açúcar e outros bens de primeira necessidade. O meu Pai – Gilberto Evangelista – foi músico no Rancho Folclórico, barbeiro, dono de uma taberna e, posteriormente, adquiriu o supermercado, que é o meu negócio hoje em dia. NL: O seu pai era, e ainda é, barbeiro. O que o levou a abrir uma mercearia? JE: A profissão de barbeiro vem do meu bisavô Mestre Romão, ele tinha quatro filhos e a todos ensinou esse oficio, depois o meu Pai aprendeu o oficio de barbeiro com o meu avô José Jacinto Costa. A profissão de músico, vem naturalmente do lado do seu Pai, que também tocava concertina (acordeão, pequeno). O supermercado vem mais tarde e especialmente pela vontade da minha Mãe, visto que o meu Pai ainda tinha bastantes contratos para tocar. NL: O edifício onde se situa a mercearia, hoje super-mercado, tem uma grande história. Pode contar-nos? JE: O edifício onde se situa o supermercado, como estabelecimento aberto ao público tem mais de cem anos. Abriu em 1903 com o nome de Bago D`uva (proprietário da altura). Desde 1903 até 1976, era o estabelecimento Bago D`uva, depois foi posto à venda ,e eu junto com os meus pais decidimos comprar o edifício. Uma curiosidade neste edifício é que existe um Poço, e este Poço tem uma história interessante. O Sr. Bago D’uva (Pai) sonhou que havia água dentro da sua casa, que neste caso era num pequeno quintal, e realmente quando o Poço foi aberto por sua vontade, verificou-se que este tinha muita água e boa. Mais tarde este Poço deu muita água para as pessoas de Bensafrim.(Nesta época era normal as famílias mais ricas , com mais posses, terem Poços dentro de casa, porque não havia água canalizada, e aqui em Bensafrim haviam várias casas com Poços). NL: Com quantos anos começou o senhor José Evangelista a ajudar o seu pai? JE: O negócio de mercearias começou em 1976, próximo da Junta de Freguesia, tinha eu 22 anos. NL: Continuou o ramo do seu pai por vocação ou sentiu-se obrigado a isso? JE: Passados alguns anos o negócio aumentou, e eu era um elemento essencial para ir às compras. NL: Já o seu filho vai ajudando, como e quando? JE: O meu filho Alexandre, com 16 anos, vai-nos ajudando quando tem tempo disponível, especialmente aos sábados. NL: Acha que ele já tem o “bichinho” do negócio para continuar com o super-mercado aberto mais uma geração ou tem outra profissão em mente para o futuro? JE: Os negócios tradicionais e pequenos estão cada vez mais difíceis, mas ninguém sabe o dia de amanhã. NL: Em Bensafrim foi atribuída uma Rua ao Mestre Romão. Ele era seu bisavô. Pode contar-nos o que conhece da sua vida e o homem que foi? JE: O Mestre Romão foi uma figura importante deste povo. Embora as suas raízes não fossem de cá ele viveu cá quase toda a sua vida. O Mestre Romão era de Vila Real de Santo António, e estava casado com a senhora Felisbela dos Santos. Quando aqui chegou já trazia 2 filhos, mas vinha outro na barriga da minha bisavô – era o meu avô José Jacinto Costa – que nasceu no Odiáxere, não deu tempo de chegar ao destino que era Bensafrim. Quando ele chegou a Bensafrim a sua profissão era a de barbeiro, profissão que ensinou aos seus quatro filhos, e só mais tarde se interessou pela medicina. Foi um curandeiro respeitado, e ao mesmo tempo “alqueirado”, ou seja, no seu tempo o dinheiro era pouco, e como tal as pessoas pagavam em géneros alimentares (cereais, galinhas, etc). Em troca o médico estava sempre disponível para acorrer a uma doença ou aflição das famílias que lhe pagavam. Janeiro de 2008 N OTÍCIAS DE LAGOS 35 Bambino na rota das descobertas mos a Festa de Natal e apresentamos o CD do Bambino, ideia do Prof. de música na altura – Daniel Completo. Fomos também convidados para apresentar o CD no Programa “Fátima Lopes” da SIC. Nos últimos anos tivemos de fazer as Festas no Auditório de Portimão. Este ano, com a construção concluída, tentámos logo ir para o Pavilhão Municipal. A sensação foi óptima e até as crianças estavam mais calmas, sem o stress característico das deslocações a outro concelho. O espaço é óptimo e tivemos uma grande afluência de familiares à Festa, no entanto deparámo-nos com problemas, tais como o suporte de som. • Manuela Duarte Depois da Festa de Natal com o tema “Os Descobrimentos” que se realizou no passado dia 14, e que encheu o Pavilhão Municipal, fomos conhecer melhor “O Bambino” e os rostos que o gerem. Foi uma entrevista com Cristina Rodrigues que nos acolheu com grande simpatia e nos deu a conhecer a história de um infantário que, tal como as crianças que tem a cargo, cresceu bastante. O Bambino existe desde 1990. Iniciaram a sua actividade no centro da cidade (atrás do cinema), numas instalações alugadas; depois mudaramse para a Atalaia, também num espaço alugado; e em 1998 construíram a primeira parte do Bambino actual, num terreno pertencente à Câmara Municipal de Lagos. A parte mais recente já foi construída em 2001, com a necessidade de fazer face à procura e à enorme lista de espera que existia no concelho. Em 1998 fizeram uma primeira ampliação com a construção de 2 salas de berçário, 3 de pré-primária e 1 de ATL (Actividades de Tempos Livres). Funcionou assim durante cerca de 4 anos. Quando, devido à necessidade, a primeira parte passou a creche tiveram de construir 3 berçários, 4 salas para a creche e nas instalações actuais já tiveram de edificar 6 salas de pré-primária e mais para o ATL. Há 3 anos atrás abriram também “as portas” ao 1.º ciclo, um ano depois deste iniciar na Escola da Ameijeira. Os rostos que gerem este equipamento são Cristina Rodrigues (a nível da parte pedagógica da pré-primária e creche), Maria José Costa (Recursos Humanos) e Joaquim Ferreira (Administração). A parte pedagógica do 1.º ciclo está a cargo do prof. Jorge Silva. Neste momento “O Bambino” já tem cerca de 280 crianças e 32 pessoas a trabalhar nesta instituição, sendo a maior parte mulheres. Uma gerência e um ambiente familiar que tentam transmitir às crianças. NL: Neste momento apostam também no ensino do 1.º ciclo. Quais as vantagens e os obstáculos que tiveram de ultrapassar? CR: A vantagem é haver uma continuidade do percurso das crianças, desde o primeiro ano que entram no Bambino. Os obstáculos que tivemos de enfrentar foram sobretudo burocráticos, apesar de termos tido, da parte da Direcção Regional de Educação do Algarve, todo o apoio incondicional. Também a nível da pré-primária e do 1.º ciclo a Direcção Regional sempre nos deu todo o apoio no esclarecimento de dúvidas, talvez por termos sido o primeiro infantário a ter o alvará passado por esta Direcção, acto que só era feito pela Direcção em Lisboa. O Bambino tem o Alvará n.º1 do Algarve. NL: Quais os serviços e actividades extra-curriculares que o Bambino oferece? CR: Tanto a ginástica como a música são actividades que fazem parte do nosso currículo, por isso, extra-curriculares temos o ballet, a natação, o inglês, o fast track kids (para o desenvolvimento cognitivo das crianças) e, este ano, iniciámos a capoeira. Providenciámos também um autocarro que faz a recolha e a distribuição das crianças, em pontos estipulados em conjunto com os pais e as suas necessidades, com horário prédefinido. NL: No âmbito do Plano de Actividades consta a Festa de Natal. Depois de nos últimos anos terem recorrido a Portimão, qual a sensa- ção de “regresso” num espaço amplo e que constituiu um assinalável êxito? CR: Tentamos sempre que o nosso Projecto Curricular de Escola Anual seja sempre inserido no Carnaval e Natal (alturas em que estamos mais abertos à população). Todos os anos o nosso Projecto Curricular tem um tema. O deste ano é Lagos – um olhar sobre a nossa cidade. Nos primeiros anos do Bambino as Festas foram feitas no Clube Artístico Lacobrigense que sempre nos acolheu com muito carinho e sem pedirem qualquer pagamento, o que demos foi da nossa iniciativa. Depois recorremos ao Cinema da Praia da Luz onde fomos acolhidos pelo senhor Soares com grande satisfação. Também fizemos 2 ou 3 no Auditório de Vila do Bispo. Há dois anos atrás estivemos no Centro Cultural de Lagos onde fize- NL: Foi-lhes cobrada alguma taxa ou a Empresa “Lagos-Em-Forma” teve em consideração o facto de serem um dos infantários referência do concelho? CR: Tivemos de pagar o que estava estipulado na tabela, pagámos a taxa de ocupação. NL: O tema da Festa foi “Os Descobrimentos”. Que razões os levaram a essa escolha? CR: Como já foi dito o tema do nosso Projecto Curricular é a cidade de Lagos. O tema “Os Descobrimentos” foi uma forma de fazermos uma homenagem à cidade. NL: Constatámos a presença do Executivo Camarário na Festa. Foi o tema que os atraiu ou é habitual a sua presença? CR: Convidámos o senhor Presidente da Câmara, assim como todo o Executivo, a assistirem à nossa Festa. Foi a primeira vez que fizemos algo do género no nosso concelho e queríamos que assistissem ao nosso trabalho. Foi a primeira vez que estiveram presentes numa Festa nossa. NL: Quais as alterações/ adaptações que o Bambino teve que fazer face às exigências do Governo a nível do ensino? CR: Foram várias. As exigência são muitas, desde as alterações aos sanitários, o tamanho das janelas e das portas ... exigências essas que acabamos por nos aperceber que as instituições públicas não as cumprem. NL: Como reagiram à abertura das Escolas da Ameijeira e mais recentemente a de Santa Maria? CR: Com a construção da Escola da Ameijeira sentimos um grande abalo no Bambino, pois tivemos de fechar uma sala na pré-primária e tivemos de fechar outra com a abertura da Escola de Santa Maria. Sentimos por parte das instituições responsáveis que não houve um cuidado em falar com as instituições privadas de modo a nos preparamos e até mesmo para evitar gastos desnecessários por parte do Estado. NL: Tendo em conta a concorrência, a nível particular e público, que “trunfos na manga” tem o Bambino para o futuro? CR: O Bambino vai ter um projecto para as crianças de 5 anos que tem como objectivo desenvolver as capacidades de leitura e escrita de forma a estarem mais preparados para o 1.º ciclo. Este projecto tem como base o método da Cartilha Maternal de João de Deus, e constitui uma mais-valia para as crianças, assim como para a nossa instituição. Janeiro de 2008 36 N OTÍCIAS DE LAGOS “Oliveiras de Portugal” de “vento em popa” Ecossistemas exporta para todo o mundo • Carla Lourenço A Ecossistemas é actualmente uma referência no que diz respeito à jardinagem e a espaços verdes. Desde 1988, que esta empresa sedeada em Odiáxere, na Estrada Nacional 125 (à direita de quem sai de Lagos) se vem implantando não apenas na nossa cidade, como também no Algarve, com a realização de importantes obras (ver “Currículo Invejável”), bem como no sul de Espanha. O desafio que a Ecossistemas tem agora pela frente é a construção de maiores e mais importantes obras públicas, uma vez que o alvará de Obras Públicas de Empreiteiro Geral está em vias de ser atribuído a esta empresa lacobrigense. Mais um negócio de sucesso que ajuda a projectar o nome de Lagos a nível internacional, com o selo da qualidade e distinção que o NL Negócios dá a conhecer este mês. “Esperamos juntar o novo alvará de Empreiteiro Geral de Obras Públicas na Classe de Construção Civil e Respectivas Subcategorias, ainda este mês, ao já existente: Classe de Estradas e Vias de Comunicação na Subcategoria de Ajardinamento, Plantações e Sistemas de Rega. Depois disso, vamos poder concorrer aos concursos de uma forma autónoma”, explica Luís Piedade, sócio gerente da Ecossistemas, lembrando que desta forma a empresa terá um maior desenvolvimento e liberdade para se expandir de uma forma mais rápida. A empresa aguarda apenas que o INCCI dê luz verde para a aprovação do alvará, já que todos os requisitos estão preenchidos: existência da licença de produtor para viveiros, autorização da AECOPS (Associação das Empresas de Construção e Obras Públicas) e a certificação de qualidade de serviços ISO 9001:2000, que obriga a uma série de normas internas e externas, que ajudam a prestar um serviço de excelência aos clientes. A Ecossistemas conta actualmente com um vasto leque de tra- balhadores nas mais variadas áreas (ver “Um grande leque de serviços para uma equipa qualificada”), sendo de destacar a existência de pessoal de cedência em trabalho temporário proveniente de associações de deficientes. Outra das apostas desta firma é a formação contínua que proporciona aos seus empregados, um dos factores fundamentais para o sucesso da empresa: a qualificação de toda a equipa. O grande negócio das Oliveiras de Portugal Mas, por trás dos trabalhadores existe alguém que se mantém a par da evolução do mercado e tem as ideias visionárias para grandes negócios. Foi precisamente por estar atento que Luís Piedade viu que a exportação de oliveiras seria uma boa aposta. “Costumávamos comprar as árvores em Espanha, mas isso tinha um grande custo e chegávamos a pagar 5 mil euros por oliveira, percorrendo mais de mil quilómetros, porque tinhamos de ir até Alicante”, Currículo invejável A lista é extensa e é difícil escolher os mais importantes clientes da Ecossistemas. Desde trabalhos para entidades oficiais, execuções em resorts de renome mundial, passando por inúmeros condomínios privados, a empresa conta com um currículo invejável. Estes são apenas alguns exemplos: Marlagos, Neocivil, Hotel Golfinho, Tivoli lagos, Pingo Doce, Intermarché, escolas primárias de La- gos e Praia da Luz, requalificação da Ribeira de Bensafrim, Universidade do Algarve (Faro), Pine Cliffs Resort (Albufeira), Club House Golf Oceânico Victoria (Vilamoura), Fábrica do Inglês (Silves), Marina Park (Lagos), Hotel Baleeira (Sagres), entre muitos outros. No estrangeiro, para além da exportação de oliveiras para a Ásia, destaque para os trabalhos em hotéis em Málaga, Almeria e Huelva. conta. “Se nós já cá tinhamos as árvores, havia que as reaproveitar, tal como os estrangeiros já faziam. Então, pensámos em ir para zonas de construção de grandes obras, como estradas, urbanizações e a barragem do Alqueva, por exemplo”. E foi assim que nasceu o negócio das “Oliveiras de Portugal” que transplanta as árvores, deixando-as no viveiro até um ano e meio, servindo depois para uso ornamental em áreas verdes, desde campos de golfe, parques ou jardins privados, hotéis e resorts. No historial de transplantes da Ecossistemas, já foram comercializadas mais de 5 mil oliveiras de tratamento adulto e árvores centenárias, bem como mais de 20 mil árvores jovens até 100 anos. Para além das que a Ecossistemas utiliza para os seus próprios projectos, as oliveiras têm tido vários destinos, sendo os principais o Algarve e o sul de Espanha, que agora já começa a fazer a sua própria transplantação. Todavia, a Ecossistemas não se fica por aqui e, graças à fama adquirida por transplantar árvores para resorts de renome mundial, como o Pine Cliffs, em Albufeira, a empresa lacobrigense tem enviado árvores adultas para o Dubai, Xangai, Macau e Pequim, este último local com vista à decoração dos espaços para a realização dos Jogos Olímpicos de 2008. Praga das palmeiras continua a dizimar árvores A questão da importação e exportação de árvores assume uma grande importância para a Ecossistemas que não se esquece das questões ambien- tais. “Alerto novamente para a praga que está a afectar as palmeiras na Europa e também em Portugal”, diz Luís Piedade. Trata-se de um insecto, que veio para o nosso continente dentro de palmeiras importadas, que se instala nas árvores, apodrecendo-as por dentro, sendo que só é detectável quando já não há recuperação possível. O sócio gerente da Ecossistemas recordou a necessidade de limpeza das árvores afectadas, para que este mal não se propague às árvores saudáveis, “porque, uma vez afectadas, já não há como salvar a árvore”. Outro factor ambiental que preocupa a empresa é a questão da poupança da água. A Ecossistemas procura minimizar ao máximo o gasto, criando formas de controlo e registos internos que comprovem os consumos, desenvolvendo uma política ambiental de racionamento de água. Este é apenas mais um pormenor que justifica o sucesso desta empresa de Lagos, visto que faz da inovação, qualidade e preocupações ambientais a sua imagem de marca. Um grande leque de serviços para uma equipa qualificada Apesar da jardinagem e espaços verdes serem as principais áreas de acção da Ecossistemas, a empresa presta ainda inúmeros outros serviços: • projectos, construção, renovação, recuperação, conservação, fiscalização, supervisão, aconselhamento técnico de áreas verdes: parques, jardins, campos desportivos (golfe, futebol e outros relvados), sistemas de rega; lagos; cascatas; muros de pedra; calçadas; mobiliário urbano (parques infantis, bancos, quiosques, candeeiros, etc), hidrosementeira; gabiões; sustentação de taludes ou declives; recuperação ambiental; trabalho em construção civil geral; empreiteiro geral de edifícios; estrutura e alvenaria; carpintaria; serralharia; canalização; electricidade; arruamentos; esgotos e ajardinamentos na classe 3; viveiros de plantas; produção e comércio de plantas e afins (importação e exportação); centros de jardinagem; serviços de agricultura, arboricultura e trans- plantes de árvores centenárias para recuperação; especialistas em oliveiras, alfarrobeiras, ficus e palmeiras; plantações florestais, limpeza de matas e áreas verdes, execução de regas agrícolas e lagos ou barragens; piscinas naturais e biológicas em forma de lagos. Para pôr a “máquina” a funcionar é necessária uma equipa de trabalhadores qualificados: • 7 engenheiros técnicos (4 agrários, 1 mecânico, 1 civil e 1 florestal), 1 consultor técnico superior, 1 sociólogo, 4 arquitectos paisagistas, 1 técnico de Segurança e Higiene no Trabalho, 12 medidores preparadores, 1 técnico oficial de contas, 1 serralheiro mecânico, 2 mecânicos, 2 calceteiros, 2 carpinteiros, 1 ladrilhador, 5 pedreiros e 10 serventes de pedreiro, 18 encarregados ou arvorados e 87 jardineiros formados pelo IEFP, bem como pessoal de cedência em trabalho temporário de associações de deficiência. Janeiro de 2008 N OTÍCIAS DE LAGOS 37 Credibilidade, solidez económica e financeira e competência técnica Neocivil aumenta capital social para 22 milhões de euros A Neocivil - Construções do Algarve SA, empresa do Grupo MSF direccionada para o sector de obras públicas e particulares na região do Algarve, aumentou, no passado dia 17 de Dezembro, o seu Capital Social de 3.007.230 euros para 22.000.000 de euros. De acordo com a Neocivil, esta operação visa dotar a empresa dos meios financeiros necessários para a expansão da sua actividade, nomeadamente na área da promoção imobiliária, consolidando a robustez financeira com que vem actuando no mercado. A Neocivil, participada a 100% pela MSF – Moniz da Maia, Serra & Fortunato – Empreiteiros, SA, é a maior empresa de construção do Algarve, em volume de negócios (37,7 milhões de euros em 2006). Esta alteração faz parte de uma estratégia de reforço de capacidade e robustez, no sentido de continuar a assegurar os melhores desempenhos em todos os empreendimentos no Algarve, sejam eles de promoção imobiliária, construção civil ou reabilitação de edifícios. A Neocivil - Construções do Algarve SA é uma empresa do Grupo MSF, fundada em 1971 e direccionada para o sector de Obras Públicas e Particulares, em toda a região do Algarve. A Marina de Lagos A Neocivil desenvolve a sua actividade através de uma acentuada especialização, baseada em modernas tecnologias de produção, o que lhe permite realizar as mais complexas obras nos vários sectores de actividade - desde a construção de empreendimentos turísticos, habitacionais e de serviços, à reabilitação de edifícios, recuperando o património histórico e imobiliário. Actua também na área da promoção imobiliária, de que é exemplo a gestão das infra-estruturas imobiliárias da Marina de Lagos. Empresa de referência nacional com forte expansão internacional O Grupo MSF, empresa de referência em Portugal, tem vindo a contribuir significativamente, há mais de 37 anos, para o desenvolvimento e modernização do País, através da sua participação na concepção e construção de projectos de engenharia de grande dimensão e complexidade técnica. Tem vindo a diversificar a sua actividade, dividindo as suas participações em cinco áreas: imobiliário e turismo; construção e obras públicas; concessões; consultoria, organização e sistemas de informação; participações financeiras. A empresa lacobrigense tem o seu campo de acção em Portugal, Angola, Bulgária, Cabo Verde, Ghana, Guiné Equatorial, Polónia e Senegal, seguindo os seus princípios fundamentais para o sucesso e afirmação: credibilidade, solidez económica e financeira e competência técnica. Mestranda em Comunicação, Cultura e Tecnologias da Informação Oferta de final de ano reduzida A iluminação das principais ruas da cidade, os concertos alusivos à época, os tapetes vermelhos que espelham as lojas aderentes ao cabaz de Natal recriaram um ambiente mágico na quadra natalícia. Na oferta de final de ano houve espectáculo de fogo de artifício piro-musical animado pelo DJ Maurel. A escolha musical arrojada permitiu atrair os olhares das camadas mais jovens. Contudo, não marcou de forma emblemática o panorama das ofertas existentes no seio das demais cidades algarvias. Em vários meios de comunicação social, nomeadamente a imprensa e televisão, ressaltavam os cartazes das localidades de Albufeira e Portimão. A primeira organizou quatro dias de folia, repartidos pela actuação de alguns dos nomes mais sonantes do actual panorama musical nacional e internacional: Mundo Secreto, Da Weasel, Pedro Abrunhosa, David Fonseca e Bob Sinclair, no dia 31 de Dezembro. Em conjunto com o fogo-de-artifício, Albufeira reunia todas as condições para ser um dos destinos mais concorridos do final do ano. O mediatismo dos músicos convidados neste concelho afasta a atenção dos mais novos à oferta existente em Lagos. Portimão apostou em forte nas festividades que marcaram o final de ano durante sete dias. O espectáculo piro musical constituiu o principal pólo de atracção, tendo sido lançados um total de 80 mil foguetes que se estenderam por cerca de 6 km. Passada a folia da última noite de 2007, a cidade abraçou o Festival SolRir, entre o dia 1 e 4 de Janeiro, constituído pela participação de vários humoristas da nossa praça: Raul Solnado, Fernando Mendes, Nilton, Óscar Branco, José Raposo, Carlos Areia, Cristina Areia, entre outros. De acordo com o Jornal do Algarve do dia 29 de Novembro de 2007, a autarquia de Portimão esperava “mais de 300 mil [visitantes], um número que deverá encher por completo as ruas, os restaurantes e as unidades hoteleiras”. Lagos, esteve muito longe de seguir a previsão da sua congénere portimonense face a um programa qualitativa e quantitativamente pouco atractivo, mantendo-se à sua margem. Ao contrário das oportunidades musicais que a nossa cidade nos costuma brindar, em datas especiais como o 25 de Abril, a festa do banho 29 e com realce para o dia do município, com a actuação do grupo Delfins, o novo ano foi celebrado com menor apoteose musical. Deseja-se que a versátil programação cultural que a nossa cidade nos oferece ao longo do ano, seja também nesta altura um motivo de orgulho a fim de ser catapultada para o nível a que outras cidades algarvias nos têm habituado. Os habitantes e veraneantes merecem mais... Não permitamos que Lagos continue a ser “ofuscada” pela cidade de Portimão. Uma outra perspectiva Venda de Rua • Oli Fernandes Quando falamos de venda ambulante, falamos de um tipo de comércio que é realizado em diferentes locais e em dias alternados. Existe portanto a venda de rua, que é realizada de uma forma permanente e continua sempre no mesmo local de trabalho, e existe então a dita venda ambulante que é realizada num sistema nómada. Estes dois tipos de trabalho são parecidos, e de alguma forma estão interligados; mas existe uma grande diferença entre ambos. O que se está passando neste momento em alguns municípios é a falta de entendimento em relação a estas diferenças, existindo municípios que não sabem respeitar o trabalho de rua que é realizado de uma forma séria e constante tal como outra qualquer actividade económica estabelecida no concelho. Não é pelo facto de alguém trabalhar na rua, que vai descriminar e desvalorizar a sua actividade como trabalhador. É importante sim, que sejam providenciadas condições laborais para que os trabalhadores de rua tenham condições dignas de exercer a sua profissão. Portugal, sendo um país de grandes tradições turísticas, é normal que vejamos espalhado por todo o país este tipo de actividade comercial ligada ao turismo, que é a venda e trabalho nas ruas. Seja nas praias, seja no turismo rural ou nas cidades é normal encontrar trabalhadores de rua a vender fruta, mel, vestuário, artigos de praia, bilhetes para todo tipo de actividades lúdicas, chapéus, gelados, artesanato e muitas outras coisas que poderíamos aqui mencionar. Perante este facto, alguns responsáveis municipais pensam que o melhor seria acabar com o trabalho de rua ou então colocar esses mesmos trabalhadores numa localização geográfica onde a sua presença não fosse visível aos olhos de todos os que visitassem a cidade. Será preciso relembrar aos nossos governantes que esses mesmos trabalhadores de rua, têm família e orçamentos de despesa? Será preciso relembrar que cada vendedor de rua é menos um elemento inscrito no centro de desemprego? Será preciso relembrar a velha máxima popular que diz que é melhor trabalhar que roubar? É claro que a melhor hipótese não é acabar com o trabalho de rua nem sequer levá-lo à exterminação com politicas de recolocação geográfica onde nem os turistas nem os vendedores têm hipótese de comercializar entre si os produtos característicos de uma região que vive virada para o turismo. A única hipótese de melhorar esta situação, é os políticos e administradores municipais entenderem e respeitarem todos os cidadãos de uma forma igual, dando e criando condições laborais para a existência de uma venda de rua organizada, bonita, asseada e profissional onde todos tenham orgulho de representar o seu município através das diferentes funções e actividades. Para isso também será necessário uma estreita e forte colaboração por parte daqueles que trabalham na rua com vista a melhorar o meio social e laboral de todas aquelas cidades que estão viradas para a indústria do turismo. Janeiro de 2008 38 N OTÍCIAS DE LAGOS Protocolo de cooperação contribui para uma mais célere recuperação dos utentes CHBA e UALG unidos pela ortoprotesia Palavras com Psicologia Psicólogos, psiquiatras e outros “psis” • Helena Correia, Psicóloga e Professora Universitária Decorreu, no passado dia 13 de Dezembro de 2007, a assinatura de um protocolo entre o Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (CHBA, EPE) e a Universidade do Algarve. O acordo celebrado entre as pessoas do Director Clínico da Instituição Hospitalar, Dr. Pedro Quaresma e os Presidentes dos Conselhos Directivos das Escolas: Superior de Saúde de Faro (ESSaF), Prof.ª Nídia Brás e Escola Superior de Tecnologia (EST), Prof. Francisco Calhau abrange uma cooperação no âmbito do curso da Licenciatura Bi-Etápica de Ortoprotesia. Neste acordo o CHBA, mais es- pecificamente, o Serviço de Medicina Física e de Reabilitação, compromete-se a ceder para as aulas práticas do curso supra mencionado, próteses e/ou componentes e equipamentos usados recolhidos pela Instituição aos utentes que decidam efectuar a doação. O material cedido será utilizado durante as aulas práticas de Ortoprotesia que se destinarão a torná-lo “reutilizável” para outros utentes que dele necessitem, nomeadamente na concepção de próteses provisórias. Os equipamentos de carácter temporário serão utilizados pelos doentes durante o período de espera pela prótese ou equipamento definitivo. Num acordo que não representa contrapartidas financeiras para nenhum dos envolvidos, os ganhos em saúde são visíveis, uma vez será mais célere o início do restabelecimento e adaptação do doente. Apela-se a todos os membros da comunidade que tenham em casa próteses/ equipamentos/ componentes inutilizados (as) (até mesmo com pequenas avarias) e que estejam interessados em dar o seu contributo, para os entregarem junto do Serviço de Medicina Física e de Reabilitação do CHBA. Centros de Saúde do Algarve melhoram o seu desempenho em 2007 No ano de 2007, os Centros de Saúde do Algarve realizaram 1.347.672 atendimentos dos quais 944.539 consultas programadas, mais 25.062 (2.7%) consultas do que em 2006, destas 274.600 foram primeiras consultas o que significa uma melhoria na taxa de utilização cerca de 1%, isto é 65.1% da população residente utilizou os Centros de Saúde no ano de 2007. No que se refere aos atendimentos em Consulta Aberta/SAP dos Centros de Saúde do Algarve verificou-se um total de 403.133 consultas, menos 7.7% do que os atendimentos realizados em 2006, demonstrando assim que a reorganização da maioria dos SAP, que não serão requalificados em Serviços de Urgência Básicos em 2008, iniciada em 2006 transformando-os em consultas abertas de atendimento complementar para os pacientes com doença aguda ou com médico de família ausente, demonstrando os benefícios esperados com a reorganização, assim em 2007 obtiveramse mais consultas programadas e me- nos consultas de atendimento complementar/SAP. Nos SAP dos Centros de Saúde que funcionam 24 horas situados nas áreas de maior sazonalidade e procura turística, Albufeira, Loulé e Vila Real de Santo António, registaram-se 169.320 atendimentos apenas mais 2.471 consultas do que em 2006 e menos 35.302 do que em 2005 ano em que se tinham registado nos SAP de 24 horas 204.622 atendimentos. Estes resultados verificados nos atendimentos efectuados nos SAP/Consulta Aberta dos Centros de Saúde da área de referência do Hospital de Faro associados aos resultados verificados no ano de 2007 na Urgência Geral do Hospital de Faro, desmentem qualquer associação entre a reorganização da actividade dos SAP e a requalificação da rede de urgências com as circunstâncias vividas na Urgência do Hospital de Faro nas últimas semanas. Ano novo, vida nova… e novas leituras! Este espaço no Notícias de Lagos pretende informar e esclarecer os leitores, de forma simples, clara e acessível, sobre algumas das questões tratadas pela Psicologia, enquanto ciência do comportamento humano. Espera-se que o leitor daqui retire uma maior compreensão sobre temas que compõem a actualidade e que a todos dizem respeito, tais como: depressão, fobias, dislexia, hiperactividade, sobredotação, comportamento alimentar, agressividade, doença mental. Enfim, estes são apenas alguns dos assuntos sobre os quais poderá ler em “Palavras com Psicologia”. Verifica-se uma procura cada vez maior de profissionais da área da saúde mental ou psicológica – psicólogos, psiquiatras e outros “Psis”. Numa época em que a Psicologia ganha terreno e perde preconceitos, importa clarificar dentro da amálgama de técnicos e serviços, quem faz o quê. Afinal qual a diferença entre um psicólogo e um psiquiatra? Pois bem, a principal diferença entre estes técnicos está na formação académica. O psiquiatra é médico e, portanto, tem uma visão médica sobre os problemas do foro mental. Geralmente prescreve medicamentos em resposta aos sintomas do paciente, pois parte do princípio que na origem desses sintomas está um desequilíbrio de certas substâncias químicas no cérebro. Os antidepressivos são um exemplo de psicofármacos, cuja função é promover o reequilíbrio dessas substâncias. Já o psicólogo possui uma licenciatura em Psicologia, não é médico, mas sim um especialista que estabelece com as pessoas que o procuram uma relação de ajuda, sem intervenção farmacológica. Neste caso, acredita-se que os problemas do foro psicológico dependem de variados factores (além dos genéticos e neurológicos), tais como a história de desenvolvimento do indivíduo desde a infância, a vida familiar, afectiva e social, acontecimentos traumáticos e a personalidade, ou seja, a forma habitual que cada um tem de pensar, de sentir e de reagir às situações e aos outros. Se por outro lado já passou por alguma placa a dizer “psicoterapeuta”, poderá ter ficado ainda mais confuso… Pois não se deixe enganar! Estes são profissionais mais especializados, já que podem ser psiquiatras ou psicólogos, mas frequentaram uma formação adicional de cerca de 4 anos, em psicoterapia, ficando depois habilitados a exercer psicoterapia comportamental, psicoterapia familiar sistémica ou psicanálise, entre outras. E quando é indicado consultar um Psicólogo? Quando queremos projectar uma casa recorremos a um arquitecto, se temos um problema jurídico consultamos um advogado, muitas vezes precisamos de um contabilista. Pois é a mesma lógica que nos deve levar a uma consulta de psicologia - se os nossos comportamentos, pensamentos ou sentimentos se transformam num problema que nos impede de viver plenamente, e que não conseguimos resolver sozinhos ou com a ajuda dos que nos estão mais próximos. Mas há também quem se dirija a um psicólogo com vista a um maior crescimento pessoal. A intervenção psicológica procura ajudar as pessoas a conheceremse melhor a si próprias, a desenvolverem competências e estratégias para resolver conflitos, tomar decisões, enfrentar situações e pessoas, e a combater o sofrimento psicológico, melhorando a qualidade de vida. Existem diversos tipos de intervenção psicológica, que é como quem diz, muitos psicólogos de áreas diferentes, das quais se destacam três: educacional, organizacional e clínica. Um psicólogo educacional é aquele que trabalha em escolas ou ligado a elas, ajudando as crianças, os jovens, as suas famílias e a comunidade escolar no que toca a questões relacionadas com a aprendizagem e o sucesso educativo, ou com a orientação escolar e profissional. O psicólogo organizacional é aquele que trabalha em contexto empresarial e que se ocupa de questões relacionadas com a produtividade dos indivíduos nas organizações. Faz selecção e recrutamento de pessoal e ajuda a gerir as carreiras dos colaboradores nessa organização. O psicólogo clínico é geralmente aquele que encontramos a trabalhar no nosso centro de saúde local, no hospital ou em clínicas, prestando ajuda no domínio da saúde mental. Feitas as devidas distinções, atenção, pois apesar de diferentes, as abordagens psicológica e psiquiátrica não são incompatíveis. Uma pessoa pode manter sessões semanais de acompanhamento psicológico e recorrer a uma consulta da especialidade de psiquiatria, mais espaçada no tempo, estando ambos os técnicos a colaborar para o bem-estar psicológico e saúde mental da pessoa. Janeiro de 2008 O NL parte para nova aventura informativa, sempre ao encontro dos desejos dos leitores. Nada melhor que espreitar e partilhar a animação nocturna, divulgando locais de diversão, caras bonitas e famosas da nossa praça. São muitos e bons os locais de diversão em Lagos para passar longas e mágicas noites. Tentaremos ir a todos, mas naturalmente que existem uns mais mediáticos e frequentados que outros onde param beldades e gente ilustre.. Neste primeiro percurso nocturno, fomos até ao Xpreitaqui e logicamente ao Néctar, para fazer tempo até que chegasse a hora da inauguração do Dux que vem assim substituir o RGB (antigo, histórico e famoso Phenix). N OTÍCIAS DE LAGOS Foi no dia 23 que o Dux Bar Disco abriu as portas para a festa. Uma noite inesquecível com os DJs residentes Petethazouk, Kingbizz e Pedro Tabuada bem com os convidados de calibre Carlos Manaça, Miss Sheila, entre outros... Depois das noites memoráveis criadas em Faro, o Dux reabre as portas agora em Lagos para reeditar o sucesso, com uma boa escolha musical e o ambiente seleccionado que é apanágio da sua gerência. Passagem de ano ao rubro A segunda viagem nocturna teve lugar inevitavelmente na passagem de ano. Após olhares atentos pelos fogos de artifício de Lagos e Porti- mão na Avenida dos Descobrimentos, viagem obrigatória pela Praça do Infante completamente cheia ao som do DJ de serviço. O percurso levou-nos ao Lionheart com um excelente ambiente, seguindo-se o carismático Mullens atestado de gente a dançar em cima das mesas num ambiente de louca animação. E para acabar em beleza, nada melhor que dar uma vista de olhos ao Dux com música dos anos 70 e 80. E entre gerações num fantástico convívio com os cinquentões e miúdos de 12 anos, toca a dançar até aguentar, pois com tão boa selecção musical só o cansaço podia travar os frenéticos dançarinos. Um local que sugerimos para “aquecer” ainda mais as suas noites. 39