Caderno de Sustentabilidade 2008
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Caderno de Sustentabilidade 2008
08 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 ÍNDICE ÍNDICE 01 MENSAGEM DOS PRESIDENTES 02 VISÃO E ESTRATÉGIA 03 ÂMBITO DO RELATÓRIO 03.1 Perfil do Relatório 02 03 04 19 15 16 03.2 Objectivo e Limites do Relatório 17 03.3 Índice GRI 19 03.4 Auto-declaração 19 04 APRESENTAÇÃO E PERFIL DO GRUPO 21 04.1 Breve Sinopse Histórica 22 04.2 Marcos Históricos Recentes 23 04.3 Perfil do Grupo Mota-Engil 24 04.4 Áreas de Negócio 37 05 GOVERNÂNCIA, COMPROMISSOS COM INICIATIVAS EXTERNAS, RELACIONAMENTO COM STAKEHOLDERS 05.1 Governo Societário 77 78 05.2 Compromissos com iniciativas externas 82 05.3 Relacionamento com as partes interessadas 84 06. RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO 06.1 Responsabilidade Social 06.2 Gestão do Capital Humano 07. INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO 0.7.1 Introdução 89 90 110 115 116 0.7.2 Engenharia e Construção 116 0.7.3 Ambiente e Serviços 119 08. DESEMPENHO 0.8.1. Desempenho ECONÓMICO 123 124 0.8.2. Desempenho AMBIENTAL 135 0.8.3. Desempenho SOCIAL 158 09. ÍNDICE GRI 181 ANEXO FEEDBACK DAS PARTES INTERESSADAS 186 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 04 05 INSPIRAÇÃO Sonhar, projectar e concretizar. 01 MENSAGEM DOS PRESIDENTES RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 MENSAGEM DOS PRESIDENTES O ano de 2008 foi inquestionavelmente marcado pela grave crise financeira que abalou o mundo, com repercussões negativas na generalidade das economias nacionais. o ano de 2008 é ainda marcado pelo início da operação em Angola, traduzindo a estratégia de internacionalização da actividade do Grupo. O cenário de crise a que assistimos e a análise das causas que estiveram na sua origem, colocam às empresas enormes desafios. Apesar do contexto desfavorável, o Grupo Mota-Engil logrou cumprir os objectivos traçados. A área de Concessões de Transportes registou um crescimento do seu volume de negócios próximo dos 11%, apesar da redução dos níveis de tráfego registados em parte das suas vias concessionadas, fruto do cenário económico recessivo registado no ano transacto. O volume de negócios do Grupo cresceu 33,3% em relação a 2007, cifrando-se em 1.868 mil milhões de euros. Nos domínios organizacional e estratégico, 2008 foi assinalado por dois importantes eventos: O resultado líquido atribuível ao Grupo em 2008 ascendeu a 30,6 milhões de euros. Em Maio foi alterado o modelo de governo do Grupo com a constituição de uma Comissão Executiva, a que se seguiu a aprovação do seu plano de desenvolvimento estratégico “Ambição 2013”. A carteira de encomendas atingiu o valor recorde de 2,6 mil milhões de euros. António Mota Presidente do Conselho de Administração A área de Engenharia e Construção, representando cerca de 78,5% do volume de negócios do Grupo, registou um crescimento da sua actividade em 40%, atingindo a cifra de 1.467 mil milhões de euros. Este acréscimo foi amplamente suportado pelo incremento da actividade nos mercados de África e América e Europa Central, que cresceram a taxas superiores a 50% face ao ano anterior. Jorge Coelho Presidente da Comissão Executiva O mercado nacional, onde o Grupo conserva intacta a sua posição de liderança, representou 49% do volume de negócios da área de Engenharia e Construção, vendo decrescer a sua contribuição face ao volume de negócios global desta área, o que atesta bem o reforço da sua projecção internacional no contexto do Grupo. A área de Ambiente e Serviços registou em 2008 um assinalável desempenho operacional com um volume de negócios de 285,8 milhões de euros, crescendo 15% face a 2007. A par da consolidação da sua posição de liderança nacional em vários segmentos, A estratégia traçada encontra-se suportada em quatro eixos fundamentais: crescimento sustentado, internacionalização, diversificação e reforço do capital humano, representando os quatro vectores fundamentais de desenvolvimento do Grupo para o próximo quadriénio. No domínio operacional e no tocante à evolução dos negócios do Grupo, são dignos de menção alguns acontecimentos do maior relevo: A constituição da Ascendi, como novo veículo societário agregador dos activos concessionados no sector das infra-estruturas de transportes dos Grupos Mota-Engil e Espírito Santo; O reforço da posição accionista na Lusoponte, permitindo ao Grupo tornar-se o maior accionista da concessionária; A vitória no concurso da subconcessão do Douro Interior e o anúncio da adjudicação da concessão Marechal Rondon-Leste no estado brasileiro de São Paulo, através da Ascendi, que integra o consórcio vencedor; MENSAGEM DOS PRESIDENTES 06 07 A liderança do consórcio para a Alta Velocidade Ferroviária e a integração no consórcio para a construção do Novo Aeroporto de Lisboa e privatização da ANA – Aeroportos de Portugal, projectos considerados da maior relevância estratégica para o Grupo; compromisso do Grupo com os princípios de uma gestão ética, social e ambientalmente responsável, a criação da marca “Mota-Engil Solidária” constitui o início de uma nova etapa da intervenção do Grupo na extensa área da solidariedade social. O estabelecimento de uma parceria entre a área de Ambiente e Serviços e o Grupo Banco Privado do Atlântico, para intervir no mercado angolano nos segmentos de negócio desta sub-holding do Grupo; Os apoios à deficiência, causa maior entre as que presidiram à criação da nova marca, ocuparam no ano que passou um lugar de destaque, para além do enorme esforço desenvolvido no suporte a várias outras causas e projectos. No importante mercado do Malawi, a celebração de um memorando de entendimento com o Governo para a execução de diversos projectos. Justificado realce merecem ainda, por último, o reforço de capital na Indaqua, de que o Grupo se tornou accionista maioritário; o início de operação da Takargo, primeira empresa privada a operar em Portugal no transporte ferroviário de mercadorias; a participação, em consórcio, no projecto de remodelação do porto de La Guaira, na Venezuela; as pré-qualificações para os portos de Ennore (Índia) e Guaymas (México); e finalmente, já em 2009, a entrada na concessão do porto de La Paíta (Peru). As matérias relacionadas com a sustentabilidade e a responsabilidade social no Grupo Mota-Engil continuaram no centro das nossas preocupações. Com os olhos postos na sociedade e nos seus problemas, o Grupo Mota-Engil procura exercer uma cidadania empresarial activa, envolvendo-se com a comunidade e procurando estar na primeira linha do apoio ao seu desenvolvimento integrado e sustentado. Pela sua dimensão e diversidade, o Grupo Mota-Engil mantém um extenso e complexo conjunto de relações com múltiplas pes soas e entidades, a quem deve muito do seu sucesso e que são por isso credoras do nosso apreço. Desejo assim, por último, manifestar o nosso reconhecido agradecimento a todos os Colaboradores, Accionistas, Clientes, Fornecedores, Entidades Financeiras e demais parceiros que connosco ajudam a construir o Grupo Mota-Engil há mais de seis décadas. No capítulo da valorização do capital humano, que encontra no plano “Ambição 2013” um dos seus eixos estratégicos fundamentais, realce-se a criação da Mota-Engil Active School. António Mota Inspirada no modelo de universidade corporativa, visa o desenvolvimento de competências críticas para o sucesso do negócio e das pessoas, potenciando o conhecimento aprofundado do Grupo, a disseminação da sua cultura e valores e o reforço das competências de gestão e liderança. No âmbito do seu Programa de Responsabilidade Social, que procura materializar o Presidente do Conselho de Administração Jorge Coelho Presidente da Comissão Executiva RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 08 09 FUTURO Olhar para amanhã com a certeza do caminho a percorrer. 02 Visão e Estratégia RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 Visão e Estratégia A aprovação do plano “Ambição 2013” constitui um marco fundamental da estratégia do Grupo Mota-Engil para os próximos anos, assente nos eixos de crescimento, internacionalização, diversificação e valorização do capital humano. No sector da construção civil e obras públicas, o Grupo Mota-Engil detém desde há vários anos uma posição de liderança no mercado nacional. Representando cerca de 75% do volume de negócios do Grupo, esta área de negócio continua a ser vital para o seu desenvolvimento, em moldes que permitam, por um lado, consolidar a sua liderança no mercado interno, e, por outro, conferir ao negócio de Engenharia e Construção progressiva dimensão e exposição internacionais. Particularmente, em mercados com margens mais atractivas e com maior potencial de expansão, viabilizando assim a geração dos indispensáveis equilíbrios que garantam a rendibilidade e a sustentabilidade do processo de crescimento. O aumento expressivo do volume de negócios nos mercados África e América e Europa Central deixa antever a progressiva concretização deste delineamento estratégico. À luz do plano estratégico “Ambição 2013”, o crescimento do negócio Engenharia e Construção deve ser acompanhado de um permanente esforço de diversificação para outras áreas. A área Ambiente e Serviços tem vindo a dar passos seguros nesse sentido, aumentando a sua representatividade no seio do Grupo. Liderando em Portugal o segmento do mercado privatizado de gestão de resíduos sólidos urbanos e limpeza urbana, através do Grupo Suma, reforçou a sua posição no sector do tratamento de resíduos industriais, procurando assim afirmar-se como operador global neste domínio. No sector da água, o Grupo tornou-se accionista maioritário da sua participada Indaqua, que detém uma posição privilegiada no mercado concessionado de abastecimento de água e saneamento. Na área portuária e logística, o Grupo conserva a liderança no sector portuário nacional, reforçando a sua intervenção na cadeia de valor logística com a entrada em operação da Takargo, primeira operadora nacional privada no segmento do transporte ferroviário de mercadorias. A constituição da participada Vista Multiservices, em associação com um parceiro angolano, marca a entrada no mercado de Angola. Angola apresenta fortes perspectivas de crescimento no domínio dos negócios ligados à área ambiental, componente fundamental do processo de desenvolvimento sócio-económico do país. No negócio portuário, a área de ambiente e serviços tem vindo a registar importantes incursões nos mercados externos, em países como a Índia, o México e o Peru, amplamente carecidos da modernização dessas infra-estruturas, indispensáveis à sua plena inserção no comércio internacional. Na área das Concessões de Transportes, o Grupo reforçou a sua posição em Portugal através da nova subconcessão do Douro Interior, mantendo a Aenor a vice-liderança nacional no domínio das concessões rodoviárias. Para além da concessão no México, a entrada no mercado brasileiro pela via de uma concessão obtida no estado de São Paulo através do consórcio participado pela Ascendi, representa o esforço de internacionalização desta área do Grupo, esperando-se que o novo veículo societário contribua para acelerar o seu crescimento à escala global. Deste modo, partindo da cadeia de valor do negócio Engenharia e Construção e potenciando as sinergias geradas no universo das empresas que a compõem, a Mota-Engil procura afirmar-se como Grupo Visão e Estratégia internacional e multi-serviços, em linha com os objectivos estratégicos delineados. Em matéria de sustentabilidade, a crise económica e financeira vivida em 2008 veio trazer alguns dados novos, reavivando a actualidade de alguns problemas. A crise financeira originada nos EUA, com reflexos a nível global, e o falhanço dos mecanismos de regulação, abalaram a confiança dos cidadãos nos negócios e nas empresas, contribuindo ainda para o aumento do sentimento de insegurança face ao desempenho da economia e para o agravamento dos problemas sociais em múltiplas latitudes. A recessão das economias nacionais contribuiu também para avivar os receios de proteccionismo, diminuindo os fluxos do comércio internacional e travando a marcha da globalização. Estas circunstâncias vieram tornar mais evidente a necessidade de um maior intervencionismo no plano regulatório e o reforço do papel dos Governos no funcionamento das economias. As empresas, por seu turno, vêem-se confrontadas com uma gestão mais atenta do risco e um maior envolvimento com a generalidade das suas partes interessadas, elemento vital para o restabelecimento da confiança enquanto veículo propulsor da geração de um clima favorável aos negócios. A racionalidade da gestão, assente em critérios puramente financeiros e econométricos, é ainda desafiada pela necessidade das empresas em permanecerem mais concentradas nos elementos emotivos e comportamentais próprios do factor humano e na preservação das suas competências fundamentais. A valorização do capital humano, depositário das competências essenciais das empresas, a geração de um ambiente propício à colaboração e ao esforço partilhados, a libertação do potencial de criatividade e aperfeiçoamento contínuos das pessoas, o reforço das políticas de investigação, 10 11 desenvolvimento e inovação (IDI), constituem penhor seguro da preservação dessas competências e o pilar fundamental de qualquer estratégia de obtenção de vantagem competitiva sustentável. Reclama-se ainda da parte das empresas um esforço acrescido de adaptação, perante um cenário de permanente incerteza. Os movimentos de capital, de conhecimento e de talento, suportados pelas modernas tecnologias de informação e comunicação, reforçam a interconectividade e a interdependência à escala global e representam igualmente um enorme estímulo ao aumento da produtividade dos agentes económicos. A produtividade é pois, ainda e sempre, um elemento decisivo do desempenho das empresas e da economia no seu conjunto e incontornável factor de competitividade no mundo globalizado. Por outro lado, mantêm-se ou acentuam-se mesmo algumas linhas de tendência que se vêm esboçando no plano geral. A economia mundial tem vindo a sofrer importantes mutações que a recente crise tornou mais claras. Os países emergentes, apesar do relativo abrandamento das suas economias, conseguiram manter trajectória de crescimento, denotando assim uma maior resistência ao ciclo recessivo que afectou de forma mais gravosa os países desenvolvidos. Tal demonstra uma menor dependência das suas economias face às tradicionais alavancas do crescimento (EUA, União Europeia e Japão), a que se associa um aumento continuado dos fluxos económicos e comerciais dos países emergentes entre si. Além disso, a competitividade das economias emergentes, com uma vocação exportadora e fortemente radicada no binómio fraca qualidade/baixo custo, tem vindo a alterar-se nos seus pressupostos tradicionais. Ganhos contínuos de produtividade e um RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 posicionamento num patamar mais elevado na cadeia de valor, conjugados com elevados níveis de poupança interna, têm permitido aos países emergentes o reforço da sua competitividade e favorecido a acumulação de capital para investimento. O crescimento tem vindo ainda a ser propulsionado pelo aumento progressivo do consumo interno nas economias emergentes, aumentando assim a quota-parte da sua participação no consumo mundial. O centro de gravidade da economia mundial está pois em deslocação. Os grandes desafios da sustentabilidade permanecem em aberto. No plano ambiental, as alterações climáticas e em particular o aquecimento global continuam na ordem do dia. As perspectivas de um acordo pós-Quioto encontram-se rodeadas de incertezas, temendo-se que as medidas necessárias para enfrentar seriamente o problema das alterações climáticas não sejam adoptadas com a profundidade desejada. A gestão sustentável da água encontrase ameaçada, agravando-se as situações de stress hídrico em múltiplas regiões do globo. Em 2030, prevê-se que 85% da população mundial habite em locais onde a procura excederá a oferta dos recursos hídricos disponíveis, o que por si só diz bem a seriedade do problema. A produção e o consumo de energia têm vindo a aumentar de forma continuada, contribuindo para o aquecimento global e fazendo perigar o crescimento económico pela previsível escassez da sua oferta futura, mau grado os investimentos dos sistemas electroprodutores no reforço da sua capacidade e na provisão de tecnologias mais limpas. A pressão sobre a produção e consumo de matérias-primas mantém-se a níveis elevados, a par da degradação de múltiplos ecossistemas, essenciais à preservação da biodiversidade e dos equilíbrios ambientais fundamentais. No plano social, a pobreza extrema e a fome afectam ainda uma percentagem significativa da população mundial. Subsistem assimetrias significativas na distribuição dos rendimentos e as populações dos países em vias de desenvolvimento debatem-se com enormes dificuldades no acesso à educação básica e aos cuidados de saúde primários, apresentando índices elevados de mortalidade materna e infantil e de proliferação da Sida, malária, tuberculose e outras doenças. Os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) permanecem ainda longe da sua plena consecução. Face aos desafios do mundo actual, o papel das empresas em prol da sustentabilidade reveste-se da maior importância na sua tripla dimensão económica, social e ambiental. O Grupo Mota-Engil, pelos impactos gerados pela sua actividade aos mais diversos níveis, tem plena consciência das suas responsabilidades. A eco-eficiência na utilização dos recursos e a preservação do ambiente constituem eixos fundamentais da estratégia e política de sustentabilidade do Grupo. A gestão da água, da energia, a redução da utilização de materiais o seu reaproveitamento e reciclagem, são metas prioritárias. A adopção dos princípios da construção sustentável, o permanente esforço de inovação na busca de soluções económica e ambientalmente mais eficientes, a gestão dos resíduos de construção e demolição e a incorporação de materiais reutilizados ou reciclados na construção de infra-estruturas rodoviárias, constituem soluções Visão e Estratégia e abordagens onde o Grupo tem vindo a investir fortemente. Na área de Ambiente e Serviços, são particularmente expressivos os esforços no domínio da educação e sensibilização ambiental junto das populações servidas pela Suma, no sector dos resíduos e limpeza urbana. A Suma presta ainda particular atenção à optimização dos consumos energéticos, modernização e inovação ao nível dos equipamentos e processos de trabalho e à utilização racional da água, elementos fundamentais da gestão sustentável das operações. No plano social interno, o Grupo tem-se mostrado particularmente atento à valorização do seu capital humano. Actuando em sectores marcados por níveis elevados de precariedade e rotatividade laboral e onde predominam baixos níveis de qualificação profissional, o Grupo tem vindo a procurar inverter esta realidade. A criação da Active School e o crescimento das acções de formação ministradas são exemplo da aposta decisiva na valorização dos seus recursos humanos. O apoio ao desenvolvimento social, educativo, cultural e ambiental das comunidades onde se insere, constitui um eixo prioritário da estratégia de responsabilidade social do Grupo. O ano de 2008 fica indelevelmente marcado pela criação da marca “Mota-Engil Solidária” e um por reforço muito expressivo dos projectos e iniciativas apoiados pelo Grupo, actuando em benefício das mais diversas causas de relevante interesse social. Num ano particularmente difícil, a Mota-Engil procurou estar atenta às necessidades das pessoas, apoiando um conjunto muito vasto de organizações do terceiro sector, pelo seu relevantíssimo papel na mitigação dos problemas sociais. A criação da Fundação Manuel António da 12 13 Mota, prevista para 2009, e o alargamento territorial do seu programa de responsabilidade social aos países africanos onde o Grupo está presente, permitirão nos anos que se seguem consolidar este desígnio estratégico. Honrando assim o compromisso do Grupo com uma gestão ética, social e ambientalmente responsável, na construção de um mundo mais sustentável. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 ÂMBITO DO RELATÓRIO SUSTENTABILIDADE Crescer de forma sustentável. Mais do que um sonho, uma realidade. 14 03 ÂMBITO DO RELATÓRIO 15 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 3.1 PERFIL DO RELATÓRIO O Grupo Mota-Engil, através da sociedade holding Mota-Engil SGPS, SA, Sociedade Aberta, publica o seu Relatório de Sustentabilidade de 2008. Na sequência dos compromissos anteriormente assumidos no Relatório de Sustentabilidade de 2006, o Grupo Mota-Engil procede à reedição deste documento, com periodicidade anual, comunicando e dando a conhecer às partes interessadas o seu desempenho em matéria de sustentabilidade. A comunicação do desempenho nos domínios social e ambiental, para além da sua dimensão económica aprofundadamente desenvolvida no Relatório e Contas de 2008, constitui um elemento fundamental da estratégia de sustentabilidade do Grupo. Na linha do que tem sido prática em múltiplas empresas e organizações de referência nos planos nacional e internacional, este Relatório foi concebido de acordo com as Directrizes “Global Reporting Initiative” (GRI versão 3.0) para elaboração de Relatórios de Sustentabilidade. O Relatório de Sustentabilidade 2008, publicado em língua portuguesa e inglesa, encontra-se disponível em formato digital, podendo ser consultado no endereço de Internet do Grupo Mota-Engil em www.mota-engil.pt. No quadro de abertura e diálogo permanente e sistemático com as suas partes interessadas, internas e externas, o Grupo MotaEngil acolhe favoravelmente os pedidos de esclarecimento, comentários ou sugestões que lhe sejam transmitidos. O diálogo assim estabelecido é um instrumento fundamental de auscultação e de integração das preocupações e propostas das partes interessadas, nomeadamente clientes, fornecedores, investidores, entidades públicas, organizações não-governamentais, entre outras, e onde se inclui, de forma privilegiada, o universo dos colaboradores do Grupo Mota-Engil no plano mais vasto de uma eficaz política de comunicação interna activa e participativa. Os assuntos relativos a este Relatório e à sustentabilidade em geral podem ser colocados à Direcção de Responsabilidade Social, Corporativa e Sustentabilidade do Grupo Mota-Engil através dos seguintes contactos: Mota-Engil, SGPS, SA, Sociedade Aberta Direcção de Responsabilidade Social, Corporativa e Sustentabilidade Endereço Rua Rego Lameiro, nº 38 4300-454 Porto Portugal Telefone +351 220 914 454 Correio electrónico [email protected] Fax +351 220 914 291 No final do Relatório e como seu Anexo, encontra-se um formulário, denominado “Feedback de partes interessadas”, que poderá revelar-se muito útil na apreciação dos vários aspectos do Relatório e, na óptica da entidade relatora, de grande importância no seu aperfeiçoamento em futuras edições. ÂMBITO DO RELATÓRIO 3.2 Objectivos e Limites do Relatório No seu processo de desenvolvimento estratégico, assente no crescimento, internacionalização e diversificação, o Grupo Mota-Engil agrega hoje um conjunto muito diversificado de negócios, afirmando-se de forma crescente como Grupo empresarial de base portuguesa num contexto multinacional. O carácter multi-sectorial das actividades do Grupo Mota-Engil, englobando as áreas de Engenharia e Construção, Ambiente e Serviços e Concessões de Transportes e a sua presença em contextos geográficos diversos, operando em 19 países de três continentes, torna a identificação dos aspectos da sustentabilidade materialmente relevantes uma tarefa de elevado grau de complexidade e exigência. A estratégia de sustentabilidade do Grupo encontra-se suportada organicamente na sua Direcção de Responsabilidade Social, Corporativa e Sustentabilidade, directamente dependente da Comissão Executiva da Holding, e no seu Conselho Coordenador para a Sustentabilidade (CCS), englobando membros de várias áreas funcionais e unidades de negócio. Este modelo de gestão visa favorecer a difusão transversal da estratégia de sustentabilidade a toda a organização, tornar claro o compromisso do Grupo e permitir uma ligação eficaz às áreas e unidades de negócio, responsáveis no plano operacional pela condução das actividades e execução dos objectivos decorrentes da estratégia de sustentabilidade do Grupo. Assim, a concepção da sua estratégia de sustentabilidade, bem como a determinação das questões prioritárias e a identificação das principais partes interessadas para efeitos da execução da política de sustentabilidade e elaboração do Relatório, obedeceu, à semelhança dos anos anteriores, a um processo de auscultação interno promovido junto dos principais responsáveis das subholdings e unidades de negócio do Grupo, com particular ênfase nas que são objecto de relato mais detalhado neste documento, daí resultando um consenso alargado e um 16 17 conjunto de múltiplas contribuições indispensáveis à elaboração do Relatório. A determinação dos aspectos materialmente relevantes constitui uma fase incontornável na correcta utilização das Directrizes adoptadas e pressuposto essencial do cumprimento do plano estratégico e das actividades dele dependentes. O quadro de Indicadores estabelecido pelas Directrizes de relato adoptadas deve, por sua vez, reflectir e ser o natural corolário dos objectivos traçados e dos planos de actuação conducentes à sua concretização, tendo por base os tópicos prioritários da sustentabilidade considerados materialmente relevantes. A resposta aos Indicadores, enquanto barómetro por excelência de aferição do desempenho, não deve pois ser vista como acto isolado, mas antes como parte integrante da arquitectura de gestão do Grupo, em geral, e do seu modelo de gestão da sustentabilidade, em especial, ganhando particular relevo o papel dos sistemas de informação. Os sistemas de recolha, tratamento e difusão da informação que suportam o modelo e os processos de gestão e de tomada de decisão encontram-se particularmente desenvolvidos no âmbito da Mota-Engil Engenharia e SUMA, razão pela qual, a exemplo dos relatos anteriores, são estas as únicas entidades do universo do Grupo a fornecer e divulgar Indicadores de acordo com o referencial adoptado. Tais entidades figuram, porém, entre as mais relevantes no que toca à dimensão e presença no mercado, permitindo assim que este Relatório possa ter, apesar das limitações ora enunciadas, um considerável grau de representatividade do todo. Mantém-se o propósito da entidade relatora em expandir o quadro de Indicadores às demais entidades do Grupo e às suas operações nos mercados internacionais, faseadamente e alargando assim o perímetro de abrangência do Relatório de Sustentabilidade. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 Pretende-se ainda, numa segunda fase, integrar nos sistemas de informação novos Indicadores que reflictam com maior propriedade as especificidades de cada área e unidade de negócio face aos desafios da sustentabilidade, de forma a servir mais eficazmente o processo interno de melhoria contínua e a tornar mais clara e perceptível a sua comparabilidade com organizações congéneres, obedecendo a uma lógica de “benchmarking” sectorial com evidentes benefícios para a avaliação da entidade relatora pelo conjunto das partes interessadas. As técnicas de recolha e tratamento da informação e os métodos de cálculo relevantes para a produção e difusão dos Indicadores são disponibilizados nos locais próprios e, sendo caso disso, evidenciadas as alterações a declarações prestadas no Relatório anterior e sua fundamentação, mormente as que possam surgir de quaisquer processos de fusão, aquisição ou operações análogas. Atentas as circunstâncias referidas, o Relatório de Sustentabilidade de 2008 abrangerá, no que respeita à divulgação de Indicadores, as seguintes entidades: Área de Negócio – Engenharia e Construção Unidade de Negócio – Mota-Engil Engenharia e Construção, SA Perímetro geográfico – Actividade em Portugal Área de Negócio – Ambiente e Serviços Unidade de Negócio – SUMA, Serviços Urbanos e Meio Ambiente, SA Perímetro geográfico – Actividade em Portugal Em múltiplas ocasiões ao longo do presente Relatório e em consonância com a forma como geralmente são apresentadas na generalidade dos demais suportes de comunicação do Grupo, a referência a estas entidades constará sob a designação abreviada de “Mota-Engil Engenharia” e “SUMA”. As designações “Mota-Engil Engenharia” e “SUMA” devem ser assim entendidas como englobando os negócios e actividades na dependência da Mota-Engil Engenharia e Construção, SA (Holding para a área de negócios de Engenharia e Construção) e SUMA, Serviços Urbanos e Meio Ambiente, SA (Holding da área de negócios de Ambiente e Serviços para os negócios e actividades no sector dos Resíduos). Tendo em conta as limitações específicas decorrentes da informação disponível, nalguns casos, ou a sua dimensão relativa, nos demais, as áreas e unidades de negócio do Grupo que não fornecem Indicadores serão objecto de uma abordagem de gestão mais restrita, procurando-se sobretudo dar uma visão global do Grupo na sua diversidade, aprofundando face ao conjunto das suas actividades, geográfica e materialmente dispersas, os aspectos com maior relevância no domínio da sustentabilidade. No que toca à presença em “joint ventures” ou actividades em regime de “outsourcing”, estas não serão objecto de relato. ÂMBITO DO RELATÓRIO 3.3 ÍNDICE GRI 3.4 AUTO-DECLARAÇÃO 18 19 O Capítulo 9, sob a designação “Índice GRI”, contém o quadro ordenado dos Indicadores GRI 3.0, indicando a sua localização no Relatório. O Grupo Mota-Engil auto-declara o nível C de adopção das Directrizes GRI 3.0. A verificação externa por entidade independente do Relatório de Sustentabilidade constitui um objectivo a ser concretizado logo que se mostre oportuno e se encontrem reunidas as indispensáveis condições. Relatório Níveis de Aplicação c CONSOLIDADO DO RELATÓRIO Perfil da G3 Responder aos itens: 1.1;2.1 a 2.10; 3.1 a 3.8; 3.10 a 3.12; 4.1 a 4.4; 4.14 a 4.15 Informações sobre a forma de Gestão da G3 Não exigido Indicadores de Desempenho da G3 & Indicadores de Suplemento Sectorial Responder a um mínimo de 10 Indicadores de Desempenho, incluindo pelo menos um de cada uma das seguintes áreas de desempenho: social, económico e ambiental RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 20 21 DIVERSIDADE Transpor fronteiras e barreiras para chegar sempre mais longe. 04 Apresentação e Perfil do Grupo RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 4.1 BREVE SINOPSE HISTÓRICA A Mota & Companhia e a Engil foram fundadas, respectivamente, nos anos de 1946 e 1952. Ao longo de várias décadas, as duas empresas consolidaram progressivamente a sua posição no mercado da construção civil e obras públicas. Em 1975, a Mota & Companhia iniciou, a partir de Angola, o seu processo de internacionalização, relançando, um ano mais tarde, a sua actividade em Portugal. A empreitada de regularização do Baixo Mondego adjudicada à época constitui um importante marco na história da empresa, simbolizando o início da sua progressiva afirmação como empresa de referência no domínio das obras públicas em Portugal. Em 1978, a Engil dá início, por seu turno, ao processo de internacionalização das suas actividades. Em 1980, a Mota & Companhia, em parceria com o estado angolano, cria a empresa de Construção de Terraplenagens Paviterra, UEM, expandindo assim as suas operações em Angola, num território onde marcara presença ininterrupta desde a sua fundação. Em 1984, a Mota & Companhia executa o lanço do IP 5 Albergaria-Viseu, obra pública que se viria a tornar decisiva e emblemática para a infra-estruturação da rede viária do país. O mesmo aconteceria com a Engil, em 1987, ao associar o seu nome a uma importante obra pública nacional com a construção da barragem do Alto Lindoso, de enorme relevância para a modernização e reforço do sistema electroprodutor nacional. Igualmente em 1987, a Mota & Companhia passa a sociedade anónima, após o que viria a dispersar 12% do seu capital pelo público e a solicitar a sua admissão à Bolsa de Valores portuguesa. No mesmo ano, é constituída a sociedade holding Engil SGPS. Em 1990, a Mota & Companhia inicia o processo de diversificação das suas actividades em sectores directa ou indirectamente relacionados com a construção ou dela complementares. A aposta no sector das concessões de transportes conheceria um momento marcante em 1994, com a criação da Lusoponte, que viria a tornar-se a sociedade concessionária das travessias rodoviárias do Tejo a jusante de Vila Franca de Xira e que compreendem a Ponte 25 de Abril e a Ponte Vasco da Gama. A constituição da Serurb, em 1992, pela Engil e da SUMA, em 1994, por parte da Mota & Companhia, traduzem a entrada das duas empresas nos negócios ambientais, num contexto de progressiva diversificação que viria a conhecer novos desenvolvimentos até ao presente. Apresentação e Perfil do Grupo 1999/2000 – Fundação do Grupo Mota-Engil 4.2 MARCOS HISTÓRICOS RECENTES A 23 de Julho de 1999, empresas do universo da família Mota, detentora maioritária do capital social da Mota & Companhia, lançam uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a totalidade do capital social da Engil SGPS, de que resultou, no decorrer do ano 2000, a constituição do Grupo Mota-Engil. 2002/2003 – Reestruturação do Grupo Mota-Engil A fusão das empresas Mota & Companhia, SA, Engil, SA e Mota-Engil Internacional, dá origem à criação da maior empresa portuguesa do sector da construção civil e obras públicas. Através do aprofundamento então empreendido da estratégia de diversificação do Grupo, com especial ênfase nas áreas de Concessões de Transportes e Ambiente e Serviços, o Grupo Mota-Engil passa a agregar quatro áreas de negócio distintas: · · · · Mota-Engil Engenharia e Construção Mota-Engil Ambiente e Serviços MEITS — Mota-Engil Imobiliária e Turismo Mota-Engil Concessões de Transportes 22 23 empresas STL e Util, largando o seu âmbito geográfico de actuação e consolidando a sua liderança em Portugal no sector da limpeza urbana e recolha de resíduos sólidos urbanos (RSU). 2004 – Posicionamento internacional do Grupo Com a fusão por incorporação na Mota-Engil Engenharia e Construção de diversas empresas associadas e participadas já detidas pelo Grupo, consolidam-se as sinergias na área da construção em território nacional, assistindo-se ainda ao reforço da actividade e ao crescimento da carteira de encomendas no Leste europeu, em particular na Polónia, através da fusão de duas associadas do Grupo neste país, que deu origem à constituição da MotaEngil Polska. 2005 – Euronext Lisboa – Entrada no PSI 20 O Grupo Mota-Engil passa a integrar o PSI 20, sendo a única empresa do sector da engenharia e construção a ser cotada no principal índice do mercado accionista da Euronext Lisboa. 2006 – Acordo TERTIR Paralelamente, é criada a MESP – Mota-Engil Serviços Partilhados Administrativos e de Gestão, visando apoiar transversalmente o universo das unidades de negócio do Grupo, prestando um conjunto de serviços especializados (administrativos, financeiros, recursos humanos, entre outros). O Grupo Mota-Engil estabelece um acordo para a aquisição da TERTIR, Terminais de Portugal, SA, visando reforçar de forma muito significativa a sua presença no sector das operações portuárias, após a aquisição, em 2005, de participações no capital das empresas Sadoport e Tersado. 2003 – Engenharia e Construção 2007 O Grupo Mota-Engil adquire a CPTP, Companhia Portuguesa de Trabalhos Portuários, expandindo e reforçando a sua presença na área específica das obras marítimas e portuárias, tirando partido da larga experiência desta empresa no sector. 2003 – Ambiente e Serviços Após a incorporação da Serurb na SUMA, em 2001, esta última passou a integrar as OPERAÇÕES PORTUÁRIAS O Grupo Mota-Engil conclui a aquisição da TERTIR, garantindo o controlo sobre a totalidade do capital desta empresa. Reforço da posição nos terminais portuários de Lisboa, através da aquisição pelo Grupo da Multiterminal, SA, sociedade que detém 50% da Sotagus e 31,25% da Liscont. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 CONCESSÕES DE TRANSPORTES Assinatura do contrato da concessão denominada “Grande Lisboa”, em Portugal e adjudicação de uma concessão de auto-estrada no México em regime de concepção, construção e manutenção, marcando assim a entrada neste país centro-americano através desta área de negócios. Celebração de acordo estratégico entre o Grupo Mota-Engil e o Grupo Banco Espírito Santo, através da criação de um veículo societário próprio (ASCENDI), com o objectivo de desenvolver em conjunto as suas actividades na área das concessões de infra-estruturas de transportes. MARTIFER Oferta Pública de Subscrição (OPS) de acções da participada do Grupo para o sector da indústria e energia, Martifer, SGPS, SA, num total de 25% do seu capital social e subsequente admissão à cotação na Euronext Lisboa. Na sequência de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pela Martifer e pela empresa indiana Suzlon, estas passam a controlar 86,5% do capital da empresa alemã Repower Systems AG. Paralelamente, o Agrupamento Ventinvest, participado em 33% pela Martifer, obteve, num concurso lançado pelo Estado português, uma licença para a exploração de parques eólicos com uma capacidade de produção de energia de 400 MW. 2008 AMBIENTE E SERVIÇOS A Mota-Engil Ambiente & Serviços e o Grupo Privado do Atlântico estabeleceram parceria para o mercado de Angola, tendo por objecto os segmentos de actuação desta sub-holding. O Grupo Mota-Engil, através da Mota-Engil Ambiente & Serviços, SGPS, SA, reforçou a sua posição accionista passando a deter o controlo da Indaqua, com 50,06% do seu capital social. A Takargo, participada do Grupo Mota-Engil, e a Comsa Rail Transport estabeleceram um acordo de colaboração para o desenvolvimento de operações ferroviárias de mercadorias na Península Ibérica. O Grupo Mota-Engil anuncia a participação, em consórcio, no projecto de remodelação do porto de La Guaira na Venezuela. O Grupo Mota-Engil assina um Memorando de Entendimento com o Governo do Malawi para diversos projectos, com destaque para a reabilitação do porto de Nsanje e desenvolvimento de duas centrais hidroeléctricas. CONCESSÕES DE TRANSPORTES A Mota-Engil anunciou a formalização da parceria com a ES Concessões, dando origem à constituição da Ascendi. Os activos sob gestão das duas concessionárias representam mais de 1.200 km de auto-estradas e vias rápidas concessionadas, dos quais mais de 1.100 em exploração. Num universo de 14 concessionárias, a Ascendi passa a deter projectos em desenvolvimento em nove países e actividade sustentada em três países (Portugal, Espanha e México), para além de um plano de investimentos de 500 milhões de euros. A Mota-Engil adquiriu 24,19% da Lusoponte, passando, após a efectivação da compra, a ser o maior accionista (38,02%) da empresa que detém a concessão das duas travessias sobre o rio Tejo até Março de 2030. A Mota-Engil anuncia a liderança do consórcio da Alta Velocidade para participação nos diversos concursos lançados ou a lançar pelo Estado Português para o estabelecimento das parcerias público-privadas na área das linhas ferroviárias de alta velocidade. Apresentação e Perfil do Grupo 24 25 4.3 PERFIL DO GRUPO MOTA-ENGIL 4.3.1 ORGANIZAÇÃO RELATORA 4.3.2 NATUREZA DA PROPRIEDADE E FORMA LEGAL Mota-Engil SGPS, S.A., Sociedade Aberta O Grupo Mota-Engil é uma sociedade anónima por acções que tem por objecto a gestão de participações sociais sob a forma de uma holding com a denominação social “Mota-Engil, SGPS, SA, Sociedade Aberta”. O capital social da Mota-Engil, SGPS, SA, Sociedade Aberta é de € 204.635.695, representado por 204.635.695 acções ordinárias com valor nominal de € 1 cada. Denominação social Área de Negócio · Mota-Engil Engenharia e Construção, SA · Mota-Engil Concessões de Transportes, SA · Mota-Engil Ambiente e Serviços, SA 4.3.3 LOCALIZAÇÃO DA SEDE E CONTACTOS A sociedade holding detém sob o seu controlo três sub-holdings, correspondendo às seguintes Áreas de Negócio: · Engenharia e Construção · Ambiente e Serviços · Concessões de Transportes A Mota-Engil SGPS, SA, Sociedade Aberta tem a sua sede em Portugal, na cidade do Porto. Endereço Rua Rego Lameiro, nº 38 4300-454 Porto Portugal Website www.mota-engil.pt Telefone +351 225 190 300 Endereços electrónicos institucionais disponíveis no website Fax +351 225 190 303 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 4.3.4 MARCAS PRINCIPAIS, PRODUTOS E SERVIÇOS INDICADORES FINANCEIROS · Volume de Negócios do Grupo/2008 € 1,87 mil milhões · Resultado Líquido do Grupo/2008 € 30,6 milhões · Carteira de Encomendas do Grupo/2008 € 2,6 mil milhões · Volume de Negócios por Segmento Península Ibérica: 59% Geográfico/2008 O Grupo Mota-Engil compreende três grandes Áreas de Negócio: - Engenharia e Construção - Ambiente e Serviços - Concessões de Transportes As actividades no sector da Indústria e Energia são desenvolvidas através da sua participada Martifer SGPS. Engenharia e Construção A Engenharia e Construção é a maior Área de Negócios do Grupo, representando cerca de 79% do total das suas vendas e prestação de serviços. Ao longo dos seus mais de 60 anos de existência, o Grupo tem sido responsável pela realização de grandes obras e projectos, entre os quais pontes e barragens, estradas e vias rápidas, ferrovias, portos e aeroportos, canais e túneis, bem como outras infra-estruturas nas áreas do ambiente, saúde, comércio e indústria. Europa Central: 18% África & América: 23% Ambiente e Serviços No quadro das suas linhas de desenvolvimento estratégico assentes no crescimento, internacionalização e diversificação das suas actividades, as áreas do Ambiente e a prestação de um conjunto de Serviços Especializados traduzem uma aposta determinante desse esforço de diversificação. No sector Ambiental, avultam as áreas dos Resíduos e Água, uma presença forte no segmento das operações de Logística Integrada e Gestão Portuária, para além de uma componente de Multisserviços, de que se destacam a Manutenção Industrial e de Edifícios; a concepção, construção e manutenção de Espaços Verdes; Marketing Directo; e operações de Mercados Electrónicos. No sector dos Resíduos, a SUMA é líder em Portugal do segmento privatizado, encontrando-se em fase de expansão para outros mercados, em particular o mercado angolano, onde já se encontra a operar. Esta Área de Negócios desenvolve todas as valências especializadas no âmbito da engenharia e construção, tirando partido de uma longa experiência acumulada; do contínuo aperfeiçoamento dos seus sistemas de gestão; de uma proposta de valor assente em elevados padrões de produtividade, melhoria contínua, criatividade e partilha do conhecimento; e na excelência do seu capital humano. O ano de 2008 marca ainda a incursão desta área de negócio no transporte ferroviário de mercadorias, através da participada Takargo, primeiro operador privado português neste segmento. A Mota-Engil Engenharia é líder de mercado em Portugal e está presente em 19 países de três continentes. Registou em 2008 um crescimento de 40% no seu volume de negócios face a 2007. Concessões de Transportes As Concessões de Transportes constituem uma área de vital importância estratégica para o Grupo. Esta Área de Negócios representou em 2008 cerca de 15% do volume de negócios do Grupo. Apresentação e Perfil do Grupo A Mota-Engil Concessões de Transportes, SA através da sua participada AENOR – Auto-Estradas do Norte, SA de que é a principal accionista, gere um conjunto de concessões de mais de 1.100 km de auto-estradas e vias rápidas. Esta Área de Negócios inclui ainda concessões no domínio das ferrovias, pontes e metropolitano, através de outras sociedades em que participa. A AENOR é a segunda maior concessionária de auto-estradas em Portugal. Na sequência do acordo estratégico firmado entre o Grupo Mota-Engil e o Grupo Banco Espírito Santo com o objectivo de desenvolverem em conjunto as suas actividades na área das concessões das infra-estruturas de transportes, foi constituído, no final de 2007, um veículo societário (Ascendi) que agregará todas as participações sociais em sociedades concessionárias de infra-estruturas de transportes de ambos os Grupos. Além de Portugal, a nova sociedade detém concessões em Espanha e, mais recentemente, no Brasil. A área de Concessões de Transportes representou cerca de 6% do volume de negócios do Grupo. MARTIFER - Indústria e Energia O Grupo Mota-Engil marca presença nesta Área de Negócios através da sua participada Martifer SGPS. Mantém com a Martifer uma parceria estratégica, detendo uma participação de 37,5% do seu capital social. A Martifer SGPS foi objecto, em 2007, de uma Oferta Pública de Subscrição (OPS), através de um aumento do seu capital social, tendo posteriormente as suas acções sido admitidas à negociação na Euronext Lisboa. A Martifer SGPS desenvolve a sua actividade nos sectores da construção de 26 27 estruturas metálicas (sendo líder ibérico e uma das mais importantes empresas europeias neste segmento), fornecimento de equipamentos para energia, geração eléctrica e agricultura e biocombustíveis. Com uma aposta estratégica em áreas de negócio em franca expansão, a Martifer SGPS tem registado um fortíssimo crescimento nos últimos anos, alargando o seu portefólio de negócios a vários países. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 GRUPO MOTA-ENGIL ORGANOGRAMA SOCIETÁRIO - PRINCIPAIS ENTIDADES 100% 100% Largo do Paço 100% RTA 9.5% Vortal 35.78% 32.64% Tertir 100% Beiratir 10% v) 28% 50% EMSA Operport Parquegil STM Term Moçambique GT SGPS 85% GT Invest Moçambique 38% TCL Vibeiras Transnáutica Moçambique 3.4% 40% Rica 50% Tratofoz 60% Proempar Transter (Guiné Bissau) 51.7% Lokemark SLPP E. Agrícola e Florestal Iberfibran 100% Real Verde 49% Timoz 100% 50% Ecodetra Transitiber Resigés 70% Rentaco 33% Takargo TMB q) 25% i) 33% Tersado Sedengil 50% Crespo (Esp) InvestAmbiente 100% 100% ME Srodowisko Polónia 80% Ekosrodowisko Polónia Triu SA Tradelsu (Esp) Relevante Função Grossiman (Esp) 100% 70% Enviroil SIGA 80% Correia&Correia n) 100% 20% 70.17% Nortedómus Corgimobil 50% 70% Glan Agua Irlanda 10% VBT ak) Tipsa 11% Ambibatalha 70% ME - Irlanda Services 100% aj) Tratoser 100% ag) 50% 50% 73.9% SRI 100% Nova Beira 52% TERTIR SGPS 100% CPTP 95% Sadoport Transitex LOGZ Soprocil Novaflex 90% 35% 100% 100% Lisprojecto 100% 50% TTRM 85% 42.5% 45% 15% 50% 100% 25% 50% Liscont 85% 70% Ambigere ac) 49% 49% Ecolezíria r) PTT Multiterminal 100% Matiprel 60% 31% Mota-Engil Pavimentações 30% Ambilital b) 100% Guiport (Guiné Bissau) Probigalp 100% Geogranitos 26% Sotagus y) 65% 50% v) 50% Citrup ag) 98.99% Sadomar 85% Guiflora SI 100% 60% Tracevia Angola SUMA Matosinhos 20% Sea Road GT Invest Guiné Bissau 35% 3.5% Tracevia e) 97.5% 98% f) 100.0% z) 100% Areagolfe TEN 20% Cerâmica de Boialvo 93% Indaqua Vila do Conde SUMA Douro 65% 5% 10% af) 100% 100% 99.86% Indaqua Matosinhos SUMA Esposende 66.7% aa) 0.14% Indaqua Feira 100% Almaque 100% Maprel - Nelas Indaqua Fafe Resilei 65% Norcargas 9% 50% Manvia 100% x) 96.3% RIMA 50% E.A. Moreira w) Qualibetão 99.99% Indaqua Sto.Tirso 90% 42.5% 0.01% ERSUC 50% 100% Hidrocontrato 6.0% Sealine 100% BERD 50% SUMA Porto 100% 100% Stifa Indaqua 100.0% METI 100% 24.79% 50.01% SUMA 100% Socarpor Aveiro p) 95% 61.5% MEAS II Socarpor SGPS D/L 75% Ternor 15% l) 58.73% u) 94.14% Mota-Engil, Ambiente e Serviços 97% SGA a) Agir g) Apresentação e Perfil do Grupo Mota-Engil, SGPS, SA 28 29 t) 100% Mota-Engil, Serviços Partilhados 100% 100% Mota-Engil, Concessões de Transportes Mota-Engil, Engenharia e Construção 100% 100% 100% ME Magyarorszag (Hun) Engil 4i 22.5% 70% Obol XI (Hun) Translei (Peru) s) 99.9% 69.8% 20% Mota-Engil Polska w) 34% 80% 100.0% Piastowska (Pol) God Project (Hun) Auto-Sueco Angola MI-2 (Pol) Mota-Engil Slovakia Kozielska (Pol) Sefimota (Cze) 100% 55% 70% 80% 50% 70% Prefal (Angola) 96.7% Fabritubo 5% 67% M-Invest Slovakia 2% Cenários D'ouro h) 100% Mota-Engil Florida 50% 5% 50% 80% 7% Cosamo Operadora GP Cardoso, Ribeiro Antero Metro, Transportes Sul 18% j) 18% 100% 38% Mota Viso 95% Lusoponte 51% ME São Tomé e Príncipe 100% Turalgo Gestiponte 5% Const. Perote Xalapa (México) 36.09% Lusolisboa Edifício Galiza 30% Operadora Lusolisboa Asinter ae) 50% 60% Mota-Engil Irlanda Mota CheongKong 90% M-Invest Jihlavska (Cze) 99% 100% ME-Investitii (Rom) 85% 50% 50% Emocil (Moçambique) 50.5% Realmota (Cze) 100% 90% M-Invest Bohdalec (Cze) Ferrovias Ascendi SGPS Indimo 40% 15% 100% Ascendi SA 9% MKC (USA) AENOR Douro Interior Mota Maurícias Operanor Douro Interior ah) 100% 80% 90% ai) 100% Tecnocarril M-Inv Barrandov (Cze) Fibreglass (Moçambique) Inovia M-Invest Devonska (Cze) Cimertex & Cª 30% ad) 80% M-Invest Trnavska (Svk) 60.0% 36% Lusoscut GP 87% 50% M-Invest Mierova (Svk) 7% Operadora BLA 5% Emasa 100% Holdinorte 95% 95% Moravské (Cze) 80% Motadomus 50% M-Invest (Cze) k) 100% Icer (Angola) 20% M-E Kruszywa (Pol) 36% Lusoscut BLA Aurimove 30% 7% Operadora CP 100% Socibil 100% 80% Mil e Sessenta 25.5% 55% 50% 100% 50% Cimertex Angola 100% 36% Lusoscut CP Edipainel Tetenyi (Hun) 7.0% Operanor Planinova Sonauta Angola 100% 80% 100% Rentaco Angola ME Real Estate Hungary Sołtysowska Project (Pol) 100% 100% 97.5% Metroepszolg (Hun) Tabella Holding (Hol) AENOR Calçadas do Douro m) Martifer SGPS 35.1% MEIT 100% Jasz Vasut (Hun) 100% 100% Mota Internacional 37.5% 90% Gerfer M-Invest Portugalia (Cze) Ferrovias Brasil M-Invest Polska 100% 100% 50% 100% Hifer (Esp) 50% Traversofer (Argélia) Wilenska Project (Pol) 100% Kordylewskiego Project (Pol) Notas: a) Vortal também detida em 21,88% pela MEEC e 2,53% de Acções Próprias u) TERTIR também detida em 27,61% pela MEAS e 2,6% pela Liscont b) Tratofoz também detida em 1% pela SUMA v) Tracevia Angola também detida em 20% pela Mota-Internacional e) Indaqua-Feira também detida em 1% pela MEEC w) Mota-Engil Polska também detida em 30,23% pela M-Invest Polska f) Cerâmica de Boialvo também detida em 85,04% pela MGP e em 1,71% pela Matiprel x) GT Inv Int SGPS também detida em 42,5% pela Liscont e 10% pela RL g) Corgimobil também detida em 25,305% pela MEIT y) GT Invest Guiné-Bissau também detida em 10% pela Guiport (Guiné-Bissau) h) Cenários do Douro também detida em 1,5% pela RTA e em 1% pela SGA z) Indaqua Vila do Conde também detida em 0,8572% pela MEEC i) Novabeira também detida a 1% pela SUMA aa) TCL também detida em 20,41% pela TEN j) Prefal também detida em 20% pela Qualibetão ab) Eviva Agighiol, Eviva Casimcea e Eviva Nalbant também detidas em 1% pela Agromart Energy k) ME- Kruszywa também detida em 50% pela MEEC ac) PTT também detida pela 10% pela Promoquatro, 10% MEAS e 10% MEEC l) SGA também detida em 0,28% pela MEEC ad) LusoLisboa detida em 36,09% pela MEEC m) Translei também detida em 0,10% pela MEEC ae) Operadora LusoLisboa detida em 7,218% pela MEEC n) Correia & Correia detêm 20% de Quotas Próprias af) Indaqua Matosinhos também detida em 1% pela MEEC RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 4.3.5 PRESENÇA NO MERCADO O Grupo Mota-Engil, através da sua Área de Negócios de Engenharia e Construção, está presente em 19 países de três continentes. Apresenta-se, em seguida, um conjunto de indicadores ilustrativos da presença do Grupo no mercado. Vendas e prestação de serviços por área de negócio (%) Engenharia e Construção 79% Ambiente e Serviços 15% Concessões de transportes 6% A Área de Negócios de Engenharia e Construção continua a ter um peso expressivo, representando 79% do volume global de ven- das e serviços prestados, em 2008 - contra os 75% que representava em 2007. Vendas e prestação de serviços por mercado geográfico (%) peninsula ibérica 59% áfrica e américa 23% europa central 18% Apresentação e Perfil do Grupo O volume de vendas e serviços prestados pela Mota-Engil cresceu em todos os mercados segmentados no gráfico da página anterior. No entanto, esse crescimento foi muito mais expressivo no mercado de África e América (crescimento de 77%) e na Europa Central (50%) do que na Península Ibérica (25%). 30 31 Tal traduz uma maior dispersão da contribuição de cada uma das áreas geográficas para as vendas e serviços prestados, não obstante a Península Ibérica ter contribuído, ainda, em mais de 60% para o volume de negócios verificado. Investimento por área de negócio (%) Engenharia e Construção 43% Ambiente e Serviços 24% Concessões de transportes 33% A MOTA-ENGIL aumentou globalmente o seu investimento líquido em cerca de 36%. Este acréscimo concentrou-se essencialmente nas Concessões de Transportes (+91%) e em Ambiente e Serviços (+ 58%). RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 4.3.6 DIMENSÃO O Grupo Mota-Engil apresenta, em termos de dimensão, um conjunto de indicadores relativos aos seus trabalhadores, volume de vendas e prestação de serviços, investimento, capitalização total e montante dos activos. Colaboradores por empresas nacionais, estrangeiras e sucursais (%) empresas nacionais 47% sucursais 31% empresas estrangeiras 22% Colaboradores por mercados geográficos (%) peninsula ibérica e irlanda 49% áfrica e américa 41% europa central 10% Apresentação e Perfil do Grupo Em 2008, a maioria dos colaboradores deixou de estar na Península Ibérica, evidenciando a determinação do Grupo em tornar-se um universo empresarial cada vez mais global. O peso do número de colaboradores 32 33 cresceu no mercado de África e América, contrariamente aos mercados da Península Ibérica e Europa Central, onde se registou um ligeiro decréscimo face a 2007. Colaboradores por mercados geográficos (n.º) 8636 7250 1881 peninsula ibérica e irlanda áfrica e américa europa central Colaboradores por país (nº) portugal 8391 angola 3931 1547 polónia malawi 1415 1014 moçambique perú 827 república checa 167 espanha 126 irlanda 119 roménia 95 hungria 52 eua 40 cabo verde 22 eslováquia 20 méxico 1 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 A Mota-Engil tem 17.767 colaboradores, dos quais cerca de 47% em Portugal. Os quatro mercados mais significativos representam cerca de 86% do seu efectivo. Vendas e prestação de serviços por área de negócio (milhões de euros) 2007 2008 engenharia e construção ambiente e serviços concessões de transportes 2007 500 1.000 O volume de negócios da Mota-Engil aumentou em cerca 33% em 2008. Este acréscimo foi fortemente dinamizado pela área de Engenharia e Construção, que 1.500 2.000 cresceu a um ritmo muito superior (40%) face às outras áreas de negócio (15% e 11%, respectivamente, em Ambiente e Serviços e na Concessão de Transportes). Investimento por área de negócio (milhões de euros) 2007 2008 engenharia e construção ambiente e serviços concessões de transportes 0 50 100 150 200 250 300 Apresentação e Perfil do Grupo O esforço de investimento do Grupo mostra-se mais repartido entre as três áreas – em 2007, o investimento líquido de Engenharia e Construção representava 55% do investimento total, em 2008, reduziu-se para 44%. Em 2008, as Concessões de Transportes já representaram 33% do investimento e 34 35 a área de Ambiente e Serviços representou 24% . Esta alteração evidencia a intenção clara do Grupo em reforçar o seu esforço de diversificação, aumentando o investimento em outras Áreas de Negócio para além da Engenharia e Construção. Capitais empregues (milhões de euros) TOTAL ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO AMBIENTE E SERVIÇOS CONCESSÕES DE TRANSPORTES Endividamento Capital Próprio 0 500 1000 1.500 O capital empregue pelo Grupo está aplicado maioritariamente (53%) na área das Concessões de Transportes, evidenciando o esforço de investimento nesta área. 2.000 2.500 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 4.3.7 ESTRUTURA ACCIONISTA A identidade dos principais accionistas, a percentagem de capital detida por estes e as alterações à estrutura de capitais ocorridas durante o ano de 2008 podem ser consultadas a páginas 145 e 151 do Relatório e Contas Consolidadas da Mota-Engil SGPS, SA, acessível através do website www. mota-engil.pt. Portugal Espanha Irlanda Polónia República Checa Cabo Verde São Tomé e Príncipe Angola Malawi Moçambique A MOTA-ENGIL NO MUNDO Eslováquia Hungria Roménia Turquia Venezuela Estados Unidos México Peru Brasil Apresentação e Perfil do Grupo 36 37 4.4 ÁREAS DE NEGÓCIO 4.4.1 ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO Introdução O Grupo Mota-Engil, através da sua Área de Negócios de Engenharia e Construção, é líder de mercado em Portugal. A Mota-Engil Engenharia, face ao seu peso específico no portefólio de negócios do Grupo, detém um papel essencial no seu desenvolvimento empresarial. Detentora de um conjunto de valências especializadas em todos os segmentos da engenharia e construção, a Mota-Engil Engenharia ambiciona manter a sua liderança em Portugal, a par do reforço da sua presença nos mercados internacionais, num quadro de internacionalização e expansão que lhe permite já hoje estar presente em 19 países. A Mota-Engil Engenharia desenvolve as suas actividades através da sua marca principal Mota-Engil Engenharia e Construção, SA e das suas empresas participadas em Portugal e no estrangeiro. A Mota-Engil Engenharia e Construção, SA engloba dois segmentos de actividade principais que constituem o núcleo central do negócio de engenharia e construção — construção de infra-estruturas e edifícios —, actuando como sub-holding do Grupo Mota-Engil para toda a área de Engenharia e Construção. Compreende, além disso, o negócio imobiliário e um conjunto de valências e segmentos de especialização que actuam, quer como suporte às áreas de actividade principais, quer como negócios autónomos no seu relacionamento com o mercado. Através do conjunto das suas empresas participadas, actua igualmente em segmentos de especialização ou em contextos de mercado específicos. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 INDICADORES FINANCEIROS Vendas e Prestações de Serviços: € 1,5 mil milhões Carteira de encomendas: € 2,3 mil milhões Obras em curso: mais de 300 em 19 países Mota-Engil Engenharia e Construção, SA 1. Visão, Missão, Valores e Estratégia Na sequência da aprovação do plano de desenvolvimento estratégico do Grupo “Ambição 2013”, foi revista e aprofundada a estratégia da Mota-Engil Engenharia e Construção, visando a criação de uma sólida identidade corporativa, materializada na sua Visão, Missão, Valores e Estratégia. Missão Criar Valor no respeito da Comunidade e pelo Futuro. biciosas de participação nos projectos do novo Aeroporto de Lisboa, de Alta Velocidade e de Concessões Rodoviárias; · Reforçar a posição de referência no mercado de Angola, promover o crescimento sustentado dos mercados do Malawi e Moçambique e procurar novas oportunidades em África; · Consolidar a exploração da Europa Central, com enfoque nos mercados da Polónia e Roménia através de um crescimento sustentado, segundo um conceito corporativo de gestão integrada regional; Visão Ser reconhecida como empresa de Excelência na Engenharia e Construção. · Promover o crescimento sustentado no Peru, estudar novas oportunidades nas Américas, nomeadamente no México e Brasil, e pesquisar mercados emergentes, designadamente a Índia e a Ucrânia; Valores · Compromisso e Responsabilidade Obrigação e empenhamento no cumprimento dos objectivos; · Desenvolver novas Áreas de Negócio, nomeadamente mineração, produção de materiais, nichos tecnológicos, reabilitação, túneis, etc. · Competência e Rigor Saber fazer com exactidão todas as tarefas; 2. Actividades principais · Integridade Actuar em estrita conformidade com as normas do meio em que nos inserimos; · Sustentabilidade Satisfazer as necessidades do presente sem comprometer o amanhã; · Empreendedorismo Busca de novas oportunidades e desafios; · Solidariedade e Coesão Partilhar direitos e obrigações, fortalecendo o espírito de equipa. Estratégia As linhas de desenvolvimento da Mota-Engil Engenharia, traçadas para os anos que se seguem, contemplam cinco eixos estratégicos: · Reforçar a liderança e a notoriedade da Marca em Portugal, apontando metas am- Infra-estruturas · Estradas e Ferrovias · Pontes e Viadutos · Portos e Aeroportos · Barragens e Infra-estruturas Hidráulicas · Silos e Chaminés · Manutenção de Infra-estruturas · Mineração Edifícios · Centros Comerciais e Hotéis · Construção Industrial · Habitação e Escritórios · Hospitais · Escolas e Edifícios Públicos · Reabilitação de Edifícios Negócio Imobiliário · Habitação · Escritórios · Comércio · Centros de Negócios Apresentação e Perfil do Grupo 3. Segmentos especializados · Agregados/Pedreiras A Mota-Engil Engenharia e Construção, SA dispõe de uma experiência de quase 50 anos na produção de agregados. Os primeiros centros de produção funcionavam geralmente associados à execução de uma obra que necessitasse de agregados ou enrocamentos e encerravam sempre que a obra terminava. A partir do início dos anos 90, estavam criadas as condições para a manutenção permanente da actividade nas pedreiras. Aproveitando os meios existentes, desenvolveu-se uma estratégia de acompanhamento dos projectos em execução e de cobertura das principais regiões consumidoras de agregados com uma organização flexível, competitiva e inovadora. Encontram-se hoje em exploração 15 centros de produção em Portugal. As preocupações com o ordenamento do território, a qualidade da rocha, a facilidade de acesso e o mercado regional e local figuram entre os critérios que presidiram à localização dos centros de produção. Entre estes contam-se nove pedreiras que produzem agregados provenientes de rochas siliciosas com origem magmática (granitos, granodioritos e riolitos), cinco produzem agregados com rochas de origem sedimentar (areia e calcário) e uma produz agregados a partir de uma rocha metamórfica (mármore). PRODUTOS Porque usamos agregados A exploração de pedreiras é, e tem sido ao longo dos séculos, fundamental para a segurança do Homem, desenvolvimento e manutenção da qualidade de vida baseada na construção, melhoria e manutenção de um ambiente recriado. 38 39 Estima-se que, nos países mais desenvolvidos, cada cidadão consuma uma razoável quantidade de produtos minerais, representando os agregados e o cimento cerca de 50% desse volume, com uma média de 10 t/ homem/ano. Os minerais energéticos representam 46%, sendo os 4% restantes devidos aos metais, argila, sal e fosfatos. Hoje em dia, dependemos dos agregados para construir, melhorar e manter as nossas habitações, locais de trabalho, hospitais, escolas, lojas comerciais, locais de diversão, estruturas desportivas, estradas, pontes e viadutos, túneis, vias férreas, aeroportos, portos marítimos e fluviais, proteção da erosão costeira, barragens para aproveitamento hidráulico e energético, sistemas de abastecimento de água, recolha e tratamento de efluentes, aterros sanitários, redes diversas de distribuição de gás natural, energia eléctrica e telecomunicações. Os agregados são ainda utilizados no fabrico do aço, do cimento, do vidro, do papel e de rações para animais; nas indústrias cerâmica, química e alimentar; na limpeza das emissões nas instalações de produção de energia eléctrica e incineradoras; na redução da acidez dos solos e da água; e na produção de tintas, medicamentos, plásticos e cosméticos. E se em algumas actividades o consumo é reduzido, outras há em que aqueles valores são significativos: - Uma vivenda e as infra-estruturas associadas à sua construção utilizam cerca de 300 toneladas de agregados. - Para a construção de um apartamento, são necessárias entre 60 a 80 toneladas de agregados. - Para uma auto-estrada, são utilizadas cerca de 30 toneladas por metro construído, enquanto que uma via-férrea de alta velocidade utiliza cerca de 10 toneladas por metro de via. No final do século XIX, a construção dos caminhos-de-ferro e a invenção do automóvel originam a criação de uma rede de vias importante para a época. Nessa altura, a exploração RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 de agregados era efectuada de acordo com o local da obra e procurava-se a exploração o mais próximo possível do local de aplicação. O aproveitamento da água para abastecimento das grandes metrópoles ou para fins energéticos e agrícolas conduziu à construção de infra-estruturas de armazenamento, primeiro em enrocamento e mais tarde em betão armado. Mas a indústria dos agregados fica definitivamente marcada pela utilização do automóvel, aperfeiçoamento da técnica de construção de estradas e utilização em grande escala do betão armado nas mais variadas construções. Os agregados representam entre 70 a 80% do volume do betão e cerca de 95% do peso nas misturas betuminosas. Como os grandes consumidores de agregados são as obras públicas, não damos conta de quanto necessitamos deles. Na realidade, nos últimos anos, cada português consumiu mais de 25kg de agregados por dia e, embora se possa pensar que esta quantidade venha a ser menor no futuro, o facto é que a manutenção das actuais condições de segurança e bem-estar continuarão a exigir uma grande quantidade de agregados todos os dias. Ainda assim, a indústria extractiva é considerada por muitos como a principal responsável pela destruição do património paisagístico e ambiental, embora, paradoxalmente, proporcione enormes benefícios ambientais: - Na protecção da erosão costeira, barragens de terra e encostas acidentadas; - No tratamento da água potável e efluentes domésticos e industriais; - Na redução das emissões de CO2 e neutralização da acidez da água e solos. - Na recuperação de áreas degradadas e constituição de barreiras de precipitação de metais pesados. As pedreiras, quando exploradas sob controlo, além de servirem de refúgio a muitas espécies animais, podem criar novos habi- tats, possibilitando o desenvolvimento de espécies que de outro modo não seria possível, criando biótipos para espécies raras de anfíbios, répteis, insectos, aves e plantas, tornando-se áreas de grande valor ecológico ou contribuindo para o bem-estar dos habitantes locais pela transformação do espaço numa zona de lazer. · Betão e Pré-Fabricados Através da sua área de Betões Hidráulicos, a Mota-Engil Engenharia e Construção, SA actua no domínio da produção e transporte de betão pronto, concepção e desenvolvimento de novos betões, realização de ensaios laboratoriais e consultoria técnica às empresas do Grupo Mota-Engil. No domínio da Investigação e Desenvolvimento de novos produtos, continuaram-se os estudos sobre betões de agregados leves estruturais, betões de elevado desempenho, betões para projectar por via húmida, betões sustentáveis, betões de elevado desempenho com cimento e adições com menores emissões de CO2, e viabilidade de reutilização de areias de fundição e de escórias de “aciaria” na produção de betão. No início de 2009, a empresa obteve a certificação do Controlo de Produção de betão das suas centrais segundo a norma NP EN 206-1:2007, processo este iniciado em finais de 2008. É ambição da área de Betões Hidráulicos, durante os próximos três anos, para além de dar continuidade aos projectos acima mencionados, realizar estudos inerentes a betões de baixa retracção, retracção controlada, elevada durabilidade (inclusive cloretos), betões com incorporação de fibras, betões com materiais não tradicionais e ainda actualizar o estudo realizado anteriormente em argamassas estabilizadas. O desenvolvimento comercial deste segmento de negócio, adiante descrito com maior detalhe, encontra-se organicamente suportado na empresa participada Mota-Engil Betão e Pré-Fabricados, resultante da fusão entre as participadas Maprel e Qualibetão. Apresentação e Perfil do Grupo · Fundações Especiais O sector de Fundações Especiais da Mota-Engil Engenharia e Construção, SA acumula uma experiência de mais de 20 anos apoiada em equipas altamente especializadas nas áreas de fundações e geotecnia. Este sector executa trabalhos de fundações em todo o tipo de obras, oferecendo soluções técnicas e equipamentos para as mais variadas necessidades do mercado, como microestacas, estacas moldadas “in situ” com diâmetros de 400 a 1500mm, paredes moldadas, contenções “Berlim”, ancoragens provisórias e definitivas, betão projectado, pregagens, injecções e instrumentação geotécnica. Durante estes anos de activa intervenção no mercado de fundações, tem crescido de uma forma sustentável, investindo em equipamento e na formação dos seus recursos humanos, tendo em vista a racionalização de processos construtivos e a obtenção da melhor relação qualidade/preço. Tem como objectivos atingir uma qualidade ímpar do produto final, aliando elevados padrões de produtividade, eficiência e segurança, de forma a satisfazer as expectativas do cliente e corresponder às aspirações de desenvolvimento profissional e capacitação dos seus quadros técnicos e colaboradores. Enquanto unidade operacional que tem a seu cargo este segmento de negócio, é responsável por mais de 800 obras realizadas em todo o território nacional. · Geotecnia A área de Geotecnia da Mota-Engil Engenharia e Construção, SA exerce actividade no domínio do reconhecimento geológico e geotécnico de maciços, dispondo de um vasto conjunto de serviços especializados de que avultam a execução de sondagens mecânicas, prospecção geofísica e ensaios “in situ”, monitorização de obras geotécnicas com instalação e observação de instrumentos, geotecnia ambiental através da amostragem de solos e águas subterrâneas, e ainda estudos hidrológicos e execução de furos de pesquisa e captação de água. 40 41 Esta área possui um moderno parque de máquinas e equipamentos para execução de sondagens mecânicas, colocando-a entre as empresas de vanguarda e mais bem equipadas no reconhecimento de maciços em Portugal. Presta ainda um amplo conjunto de serviços de consultoria e assessoria técnica no planeamento de campanhas de prospecção geológica de acordo com as exigências e necessidades específicas de cada projecto. Tem vindo, por outro lado, a explorar novos métodos não-destrutivos para a caracterização de maciços, com o apoio da sísmica de refracção e as potencialidades da resistividade eléctrica, actuando ainda na identificação de cavidades e grutas em maciços cársicos com georradar, de forma a introduzir melhorias relevantes nos modelos tradicionais de prospecção e na optimização das soluções construtivas. Além de uma larga experiência na execução e interpretação de ensaios sísmicos, a área da geotecnia ambiental na avaliação e delimitação de zonas eventualmente contaminadas tem vindo a ganhar significativa expressão no contexto das suas actividades e do seu horizonte de especialização. · Laboratório Central A Mota-Engil Engenharia e Construção, SA foi pioneira em Portugal na criação de um inovador sistema de controlo de qualidade interno com a criação do seu Laboratório Central. Celebrando 20 anos de existência em 2008, o Laboratório Central coordena funcionalmente os laboratórios de obras e centros de produção de agregados, apoio que se estende às diversas sucursais e obras no estrangeiro, bem como ao conjunto das empresas participadas da Mota-Engil Engenharia. Reconhecido como um dos laboratórios de referência em Portugal, presta serviços na área da geotecnia e do controlo de qualidade de obras e materiais de construção, actuando nos domínios da identificação de solos, agregados, ligantes hidráulicos e betuminosos, misturas hidráulicas e betuminosas, estudos de formulação de misturas betuminosas e RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 hidráulicas, estudos de dimensionamento de pavimentos rodoviários, instrumentação e auscultação de pavimentos em serviço e ensaios de medição de ruído ambiental e laboral. O Laboratório Central tem vindo ainda a desenvolver um conjunto de novas técnicas construtivas e de valorização de resíduos, tirando partido da sua larga experiência e conhecimento nas áreas em que intervém. · Electromecânica O sector Electromecânico tem por missão, no âmbito da Mota-Engil Engenharia e Construção, SA, realizar trabalhos nos domínios da execução, remodelação e ampliação de instalações eléctricas de média, alta e muito alta tensão, bem como a execução e manutenção de instalações de baixa tensão. Actua ainda no domínio da execução e manutenção de instalações mecânicas e de sistemas de gestão técnica e automação. A atestar a sua reconhecida capacidade técnica, desenvolve uma importante parcela da sua actividade junto de clientes exteriores ao Grupo Mota-Engil, executando trabalhos no âmbito da distribuição e transporte de energia eléctrica, instalações eléctricas de baixa tensão em edifícios e projectos de AVAC, destacando-se ainda na execução de projectos electromecânicos. A Direcção de Electromecânica contribui para a estratégia de preservação ambiental da Mota-Engil, nomeadamente ao nível da reciclagem dos resíduos produzidos pela actividade (cabos, mistura de metais, papel, cartão e plástico). · Gestão de Equipamentos A gestão do parque de equipamentos da Mota-Engil Engenharia e Construção, SA afectos à actividade da empresa, na Península Ibérica, inclui a gestão de mais de 500 equipamentos pesados e de cerca de 10.000 bens de equipamento ligeiros. O Estaleiro Central (Porto Alto), base das operações de gestão do parque de equipamentos, é a maior e mais bem equipada unidade do género existente em Portugal. A área de gestão de equipamentos presta um conjunto alargado de serviços ao nível da gestão e formação de operadores de máquinas e veículos industriais, centralização de toda a actividade oficinal de manutenção de equipamentos nas suas várias sub-especialidades, montagem e desmontagem de estaleiros de obra, execução de projectos e licenciamentos eléctricos para estaleiros de obra, bem como a gestão da frota de veículos ligeiros da MotaEngil Engenharia e Construção, SA e de parte significativa das empresas participadas. 4. Principais empresas participadas Em Portugal CPTP A CPTP opera no mercado desde 1930, tendo assumido a designação actual em 1945. Em 2003, a CPTP foi adquirida pelo Grupo Mota-Engil. Desde a data da sua fundação, a CPTP tem vindo a marcar presença constante em obras portuárias de referência ao longo de toda a costa continental portuguesa e nos arquipélagos da Madeira e dos Açores. Trata-se de uma empresa especializada e com uma posição de liderança no sector das obras marítimas em Portugal, demonstrando inequívoca capacidade em dar resposta a todo o tipo de desafios tecnológicos e de mercado neste sector de especialização. Com intervenções realizadas em todos os portos portugueses, nas mais diversas especialidades, a CPTP é hoje reconhecida como uma empresa de engenharia com competências em todos os segmentos de obras marítimas, de que se destacam a Apresentação e Perfil do Grupo hidráulica marítima e fluvial e a protecção costeira e fluvial; a construção de portos marítimos e fluviais; exutores submarinos; barragens; aproveitamentos hidráulicos e hidroeléctricos; dragagens de estabelecimento e de manutenção; quebramento e dragagem de rocha submersa; cravação de estacas metálicas e outras; e execução de ensecadeiras. Fruto de uma política de inovação constante na busca de novas soluções, alicerçada numa estrutura de recursos humanos FERROVIAS Constituída em 1988 e passando a integrar o Grupo Mota-Engil a partir do ano 2000, a Ferrovias detém competências especializadas e capacidade industrial no domínio das obras públicas ferroviárias. 42 43 empreendedora, experiente e fortemente capacitada e num conjunto de equipamentos sem paralelo em Portugal, a CPTP tem contribuído decisivamente para o reforço da vocação atlântica de Portugal e para a afirmação das plataformas portuárias portuguesas como pólos dinamizadores da actividade económica. A CPTP obteve, em 2005, a certificação do seu Sistema de Gestão da Qualidade e, em Julho de 2008, a certificação do seu Sistema de Gestão Ambiental. actividades anteriores, permite-lhe ainda desenvolver de forma autónoma qualquer projecto ferroviário. Partindo das grandes obras de renovação, construção e manutenção da via férrea, diversificou sucessivamente, ao longo dos anos, para outras áreas, tendo participado em quase todas as grandes obras nacionais de carácter ferroviário. Na área da Manutenção, vital para o desenvolvimento futuro do universo ferroviário, presta serviços integrados de manutenção da super-estrutura de via, catenária, geotecnia, construção civil e obras de arte, garantindo um acompanhamento regular e a sustentação programada dos segmentos da rede ferroviária nacional onde opera. Entre o vasto portefólio dos serviços que presta, cobrindo a generalidade do segmento ferroviário, contam-se os trabalhos de via, ao nível da construção de novas vias, renovação integral e conservação, incluindo o domínio da alta velocidade ferroviária. Através de uma arrojada política de inovação e investimento, a Ferrovias dispõe da mais avançada tecnologia de equipamentos existente no mercado, convertendo-a na única empresa portuguesa do sector apta a trabalhar nas bitolas métrica, ibérica e internacional. A sua actividade compreende ainda os trabalhos de construção e renovação de catenária, englobando a montagem de postos e consolas, lançamento de cabos aéreos e do fio de contacto, regulação e pendulagem. A atenção particular dada às questões de Qualidade, Ambiente, Higiene e Segurança permitiu à Ferrovias a obtenção, em 2006, da tripla certificação do seu sistema integrado de Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança. A Construção Civil, nos domínios da movimentação de terras e estabilização de taludes, construção de infra-estruturas associadas à via férrea, reabilitação de túneis e construção e reabilitação de edifícios e obras de arte, enquanto complemento das Em consequência da estratégia de diversificação e internacionalização no segmento de negócio ferroviário, a Ferrovias participa integralmente no capital da Tecnocarril, empresa especializada na produção, entalhagem RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 e furação de todos os tipos de travessas de madeira de aplicação ferroviária, impregnação a creosoto de travessas e outras peças de madeira, execução de cavilhas, cunhas de “barberot”, peças de telecomunicações e outras peças de madeira, assegurando ainda a deservagem química da rede ferroviária. Concretizando uma aposta constante na qualidade, na certificação de processos e técnicas, bem como nos equipamentos de última geração, a Ferrovias desenvolveu recentemente, no âmbito da sua actividade de manutenção integrada, um sistema de videografia e monitorização de via associado a um processo de navegação georreferenciado. O veículo de medição de via e catenária, concebido integralmente pela Ferrovias, MOTA-ENGIL PAVIMENTAÇÕES O ano de 2007 fica marcado pela aquisição, por parte do Grupo Mota-Engil, de 50% do capital da Probisa SA, detido até então pela empresa espanhola Probisa, Tecnología e Construcción SA, ficando assim o Grupo com 100% da empresa. A designação da Probisa foi alterada, em 2008, para Mota-Engil Pavimentações SA. A Mota-Engil Pavimentações tem como actividade principal a construção, a conservação e a reabilitação de pavimentos rodoviários. A conservação e reabilitação de pavimentos rodoviários tem por fim reparar defeitos estruturais e funcionais dos pavimentos ou melhorar o seu estado, de forma a garantir a sua adequação aos níveis de desempenho e serviço pretendidos. A Mota-Engil Pavimentações actua no domínio das misturas betuminosas a frio e microaglomerado betuminoso a frio, dispondo, para o efeito, de um conjunto de centrais (fixas e móveis) de fabrico de misturas betuminosas a frio e de equipamentos de fabrico e viabiliza, assim, a obtenção, em alta-resolução, de uma filmagem da via, da sua envolvência, bem como da catenária, de modo a favorecer a sua inspecção no âmbito da actividade de manutenção preventiva sistemática e preventiva condicionada. Para além de um cadastro de todas as acções de manutenção realizadas sobre a linha, em suporte electrónico, e do registo gráfico dos parâmetros geométricos da via e seus corredores de tolerância – alinhamento, nivelamento, empeno e bitola – e da catenária (altura do fio de contacto ao plano dos carris e seu desalinhamento), este inovador sistema de georreferênciação induz uma redução dos efectivos no terreno e índices mais elevados de segurança. aplicação de microaglomerado betuminoso a frio. A Mota-Engil Pavimentações é líder de mercado neste segmento. A empresa iniciou, por sua vez, em 2007, um processo de incorporação das valências de fabrico e aplicação de misturas betuminosas a quente, anteriormente localizadas no âmbito da Mota-Engil Engenharia e Construção, SA. A partir do ano de 2002, foi ainda iniciado o investimento na área emergente da reciclagem de pavimentos, com recurso a tecnologia própria e a equipamento especialmente vocacionado para o efeito, criando soluções inovadoras nesta área. Além da Mota-Engil Pavimentações, a MotaEngil Engenharia e Construção, SA detém ainda uma participação na Probigalp. Esta empresa desenvolve a sua actividade na produção de ligantes betuminosos e betumes modificados, produtos estes incorporados nas misturas betuminosas aplicáveis em trabalhos de construção, conservação e reabilitação de pavimentos rodoviários. Apresentação e Perfil do Grupo No ano de 2007, registe-se a aquisição dos 25% desta empresa na posse da Probisa Tecnología y Construcción SA e posterior venda à Galp de 10% do capital, passando esta última a deter 60% e a Mota-Engil Engenharia e Construção 40%. A Mota-Engil Pavimentações, SA tem vindo, ao longo destes anos, a cumprir com um dos seus mais importantes desígnios – a permanente e sustentada busca do equilíbrio entre a protecção ambiental e o desenvolvimento económico. Nesta perspectiva, e acompanhando as novas e crescentes exigências e desafios no contexto do mundo actual, a Mota-Engil Pavimentações tem procurado situar-se na vanguarda da inovação como factor fundamental para sustentar a vantagem competitiva. Com base na experiência acumulada e utilizando a criatividade como processo, a empresa tem vindo a apostar na aplicação de novas técnicas inseridas no seu “core-business”, que visam a construção, conservação e reabilitação de pavimentos rodoviários, actividades fundamentais na construção e preservação de um património essencial para o desenvolvimento global de qualquer país. A inovação constitui, para a empresa, um vector fundamental que potencia a sua competitividade, criando valor para o accionista. As operações de conservação e reabilitação têm como finalidade reparar defeitos estruturais e funcionais dos pavimentos, ou reabilitar e melhorar o seu estado quando as condições estruturais e funcionais deixam de ser adequadas ao nível de serviço e desempenho pretendidos, com recurso a vários tipos de intervenção. A fundação da Probisa, hoje Mota-Engil Pavimentações, recaiu sobre as tecnologias de pavimentação a frio, tornando-se rapidamente líder de mercado nesta área. As tecnologias de pavimentação a frio utilizam emulsões de betume à temperatura ambiente, o que reduz substancialmente as emissões de CO2 para a atmosfera, implicando um reduzido consumo de energia. 44 45 No decurso de 2008, a Mota-Engil Pavimentações executou aproximadamente 2,4 milhões de metros quadrados de microaglomerado betuminoso a frio no âmbito da conservação/reabilitação de pavimentos da rede de estradas de Portugal, com recurso a quatro centrais de fabrico de misturas betuminosas a frio, das quais duas são fixas e as restantes ultra-móveis, e três equipamentos de fabrico e aplicação de microaglomerado betuminoso a frio. Este método tem como principal objectivo o rejuvenescimento das camadas de desgaste de pavimentos rodoviários através da sua impermeabilização e selagem generalizada de fissuras, conferindo também maior rugosidade, o que melhora o contacto pneu/pavimento, aumentando a segurança rodoviária. Esta técnica aplica-se essencialmente em estradas com volumes de tráfego reduzidos. Neste contexto, a Mota-Engil Pavimentações tem vindo a executar diversos trabalhos na conservação de pavimentos da rede secundária de estradas nacionais, nomeadamente para autarquias e direcções de estradas do EP, de norte a sul do país. Sendo uma empresa especialmente vocacionada para área da pavimentação betuminosa, a Mota-Engil Pavimentações tem como objectivo de curto/médio prazo ser uma empresa de referência no seu sector. Atenta à evolução do seu ramo de actividade, está interessada em acompanhar os mais recentes desenvolvimentos tecnológicos de, forma a concorrer para a melhoria contínua das estradas, oferecendo produtos de qualidade ao melhor preço e adoptando as melhores técnicas disponíveis no mercado, que se possam traduzir numa mais-valia para a empresa e para a comunidade. Em 2008, o fabrico de misturas betuminosas a quente atingiu um volume total de cerca de 220.000 toneladas, marca considerável dada a juventude da empresa nesta actividade. No sentido de minimizar os custos de produção e os impactos sobre o meio ambiente derivados desta RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 actividade, a Mota-Engil Pavimentações tem vindo a adoptar uma estratégia de implantação das unidades de fabrico de misturas betuminosas dentro das áreas de produção dos agregados. A adaptação das centrais de fabrico para a reutilização de materiais fresados das camadas dos pavimentos, bem como o desenvolvimento de raiz de uma unidade de fabrico ecoeficiente, foram objectivos já atingidos, no sentido de marcar a diferença, na área do fabrico de misturas betuminosas a quente. A partir do ano de 2002, a então Probisa toma a decisão de investir numa outra tecnologia inovadora – a reciclagem de pavimentos e investe em equipamento especialmente desenvolvido para o efeito. Tornou-se desde logo claro que o mercado nacional não absorvia por completo esta tecnologia, abrindo-se deste modo as portas para o ibérico, o que possibilitou a aquisição de “know-how” e experiência internacional, contactando com o que de melhor se fazia nesta área. Paralelamente e sempre com os olhos postos na inovação, a ex-Probisa decide desenvolver a sua própria tecnologia, criando RENTACO A Rentaco foi constituída em 1989, para operar na actividade de aluguer de equipamentos de construção, com especial destaque para as auto-gruas. Exerce actualmente a sua actividade no sector do aluguer de gruas automóveis, gruastorre, ferramentas eléctricas, fresadoras, monoblocos, pré-fabricados, redes de vedação, mini-pás carregadoras e mini-escavadoras. Neste capítulo do aluguer de equipamentos para construção, dispõe de um vasto parque circulante, incluindo um dos mais modernos parques de auto-gruas do País, e um leque muito alargado de algumas soluções inovadoras, nomeadamente na área da reciclagem com espuma de betume, o que permitiu aumentar ainda mais a competitividade da empresa nesta área de negócio. Este foi o trampolim que permitiu alargar os horizontes internacionais. Através do estabelecimento de sinergias com outra empresa do grupo Mota-Engil – a Translei – a Probisa chega ao continente sul-americano para executar uma obra de reciclagem, reabilitando 120km de uma estrada em plena cordilheira dos Andes, a mais de 4000m de altitude, para um cliente canadiano, sedeado no Peru. Abrese, desta forma, o caminho a algo pouco comum em Portugal neste ramo de actividade: a exportação de tecnologia rodoviária, que permite encarar o futuro com ambição. Durante o ano 2008, a Mota-Engil Pavimentações executou cerca de 1.200.000m2 de reciclagem, aumentando em cerca de 10 vezes a quantidade executada no ano anterior, prova cabal de que está na vanguarda e é empresa de referência neste tipo de actividade. A Mota-Engil Pavimentações está a estudar a hipótese de ser pioneira, em Portugal, numa nova técnica de reciclagem de pavimentos existentes, uma vez mais com enormes vantagens na preservação do ambiente. serviços, dispondo, em qualquer momento, de equipamentos modernos, seguros e operados por profissionais altamente qualificados, aptos a satisfazer, de forma flexível e economicamente optimizada, qualquer tipo de necessidades. No segmento das ferramentas eléctricas e fruto de um acordo de parceria com a Hilti Portugal, fabricante de renome mundial, a Rentaco oferece um serviço de colocação imediata nos locais e nas condições pretendidas, para além de toda a assistência técnica e logística. A Rentaco presta ainda serviços no domínio do transporte público rodoviário de mercadorias com motorista e em regime de “rent Apresentação e Perfil do Grupo a cargo”, desde a carga geral aos equipamentos de grande porte, incluindo ainda o parqueamento e movimentação. Cumpre assinalar, em 2007, o início da internacionalização da Rentaco, através do aluguer de cinco gruas-torre a um consórcio na Roménia integrando a Mota-Engil Investiti, e ainda apoio técnico e logístico à Rentaco An- TRACEVIA A actividade da Tracevia iniciou-se, no ano de 1980, na área da sinalização horizontal, a que se seguiu a área da sinalização vertical. Empresa especializada em sinalização, segurança, gestão e controlo de tráfego rodoviário, a Tracevia desenvolve a sua actividade em três segmentos principais de especialização aqui enumerados. Sinalização e Segurança nos segmentos da sinalização horizontal e vertical. No domínio da sinalização horizontal está equipada para proceder à aplicação de marcas com todo o tipo de produtos. No capítulo da sinalização vertical, como área de excelência da Tracevia, o seu conhecimento e experiência têm-lhe permitido ver o seu nome associado a uma parte significativa da sinalização implantada na rede viária portuguesa. Opera igualmente, em matéria de sinalização e segurança, na colocação de guardas metálicas em vias de comunicação, actividade que tem vindo a crescer nos últimos anos. Um outro segmento de especialização consiste na colocação de barreiras acústicas, elemento hoje fundamental no conforto e na qualidade de vida das populações vizinhas das grandes infra-estruturas rodoviárias. A Telemática e os Sistemas de Informação Rodoviária são, por último, a mais recente actividade e aposta da Tracevia. Convergem nesta actividade a capacidade de 46 47 gola — empresa constituída neste país para actuar inicialmente no ramo dos transportes de produtos betuminosos e aluguer de gruas automóveis, podendo expandir, mais tarde, para negócios afins. Em 2006, a Rentaco renovou e tornou extensiva a todas as suas áreas de actividade a certificação do seu Sistema de Gestão da Qualidade. inovar, a competência técnica e a experiência ao nível da engenharia. A Tracevia possui competências especializadas e capacidade técnica para efectuar o “sourcing” e o “procurement” dos equipamentos, bem como instalar, colocar em funcionamento e dar assistência pós-entrada em serviço a qualquer sistema de Telemática Rodoviária. Entre os projectos já desenvolvidos pode citar-se os sistemas de portagem virtual e telemática de quatro concessões de auto-estradas, numa extensão superior a 400kms. A Tracevia prossegue o seu esforço de aprofundamento na área da Telemática Rodoviária e, em geral, no domínio dos ITS – Intelligent Transport Systems, investindo no desenvolvimento de software para aplicações de telemática rodoviária. A plataforma de software entretanto desenvolvida foi já utilizada na criação da aplicação RITA – Road Intelligent Traffic Aplication. Este software de gestão centralizada está já instalado na concessão SCUT do Grande Porto, controlando e gerindo todos os subsistemas telemáticos (portagem virtual, videovigilância, mensagem virtual, meteorologia) bem como todo o hardware informático do próprio centro de controlo, permitindo o acesso remoto do concedente (Estradas de Portugal) a todo o tipo de informação. A Tracevia tem o seu sistema de Gestão da Qualidade certificado desde 2005. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 BERD A BERD, participada do Grupo Mota-Engil, desenvolve e aplica soluções de vanguarda, a nível internacional, na área dos métodos construtivos de pontes. A BERD foi criada em 2006, conjugando os esforços de uma equipa de gestão profissional e do grupo de investigação do projecto OPS. Este grupo de investigação, constituído em 2002 e liderado pelo Prof. Pedro Pacheco, foi agraciado com diversos prémios nacionais e internacionais, incluindo, em 2001, o prestigiado prémio FIB (Fédération Internationale du Béton), o FIVE Award, patrocinado pelo IAPMEI e pelo ITP, e o Prémio BES de Inovação, em cooperação com a Fundação Ilídio Pinho e a Siemens Portugal. Desde 1993, e após nove anos de investigação fundamental e pré-experimental, o Grupo Mota-Engil juntou-se ao Grupo OPS de investigação. A cooperação financeira e técnica assim estabelecida converteu-se num impulso decisivo na transformação da investigação fundamental em inovação efectiva. A partir de 2003 e fruto da celebração de vários Protocolos entre a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e o Grupo MotaEngil, foi possível a execução de um protótipo full-scale usado com sucesso na construção de uma ponte em Lousada (Norte de Portugal). O sistema OPS – Organic Prestressing System, patenteado a nível internacional, é um sistema adaptativo automático de pré-esforço inspirado no músculo humano, sendo aplicável em vários tipos de estruturas. A sua utilização assegura a redução de custos de aquisição de equipamentos (cimbres), a redução de custos operacionais, melhorias de desempenho em termos funcionais (redução de flechas) e o aumento da segurança. As actividades da BERD incluem, assim, a prestação de serviços na área de engenharia de pontes, sendo as suas principais actividades a consultoria, o projecto e a Investigação & Desenvolvimento, bem como a venda de equipamentos construtivos de pontes de grande porte. Após a constituição da BERD, em Setembro de 2006, têm vindo a ser sucessivamente implementados os processos que irão assegurar o eficiente funcionamento “cruzeiro” da empresa, nomeadamente os sistemas de gestão da informação, de organização administrativofinanceira, de produção, de investigação e o sistema de distribuição comercial. 2007 foi um ano crucial para a BERD, pois representou o período de implementação de todos os processos e o arranque de todas as actividades da empresa. A actividade comercial, ao longo deste período, centrou-se na divulgação e na apresentação da empresa e dos seus produtos. A actividade comercial da BERD deverá centrar-se ainda mais na Península Ibérica, não só pelo incremento previsto de obras públicas no mercado espanhol, mas também, pelo início de um ciclo de obras no mercado português previsto para 2009, nomeadamente com as novas concessões e com os primeiros concursos da Rede de Alta Velocidade. Paralelamente, o Acordo Comercial assinado com a Doka deverá começar a produzir alguns dos efeitos pretendidos. No Estrangeiro EUROPA Espanha Com actividade no segmento de Fundações, a Mota-Engil Engenharia actua no país vizinho através da sua participada Grossiman. Actua igualmente através da Crespo, em particular no mercado galego da construção civil e obras públicas. Irlanda A entrada neste mercado fez-se pela via da assinatura do contrato da Auto-Estrada N7 - Apresentação e Perfil do Grupo Nenagh to Limerick, no valor de 175 milhões de euros, em finais de Novembro de 2006. Este mercado fica positivamente marcado pela adjudicação, em 2007, da obra do Terminal 2 do Aeroporto de Dublin, no valor de 46 milhões de euros, num consórcio que conta com a participação de 30% da Mota-Engil Engenharia e Construção, SA e 60% da sua participada Martifer. De igual modo e em 2007, teve lugar o estabelecimento da MEIC – Mota-Engil Ireland Limited, sendo accionistas a Mota-Engil Engenharia e Construção, SA (60%) e a GKM (40%), empresa com sede na Irlanda. Os anos de 2007 e 2008 marcaram ainda a intensificação da acção comercial na Irlanda, tendo em vista a obtenção de novos contratos no domínio rodoviário, tanto em projectos D&B como parcerias público-privadas. Polónia A Mota-Engil Engenharia actua neste mercado, uma das apostas mais fortes e consolidadas desde o início da sua internacionalização no Centro e Leste europeus, através da sua filial na Polónia e da Mota-Engil Polska SA. A filial da Polónia, além da realização de obras de sua iniciativa, apoia, em termos curriculares e técnicos, a Mota-Engil Polska SA. A Mota-Engil Polska tem actividade no mercado polaco de infra-estruturas e no segmento da construção civil. 48 49 Hungria A Mota-Engil Engenharia opera na Hungria através da sua participada Mota-Engil Magyarország. Através da sua participada Metróépszolg Rt actua na área da construção Civil. No segmento da construção ferroviária, sector com uma forte componente de investimento e especialização, opera através da Jász Vasút, empresa participada a 70% pelo Grupo Mota-Engil. Na área imobiliária e por via da sua participada Mota-Engil Real Estate, tem vindo a desenvolver projectos na área de Budapeste. República Checa A presença na República Checa faz-se através das participadas Sefimota, MPS, M-Invest sro e M Invest Devonska. A Sefimota actua sobretudo no segmento da construção civil residencial. Esta empresa, integrando já o Top 30 do seu sector de actividade na República Checa, tem vindo a prosseguir uma estratégia de diversificação do seu negócio para as áreas ambientais, incrementando ainda a sua presença na construção de vias de comunicação e especialização na execução de estruturas de betão. A MPS actua, por sua vez, no sector especializado da construção de instalações eléctricas de média e baixa tensão. A sua estratégia passa pela diversificação para a área electromecânica. A implantação de uma plataforma única de sistemas de informação e uma forte aposta no desenvolvimento de políticas de recursos humanos na formação e recrutamento de jovens talentos de elevado potencial, através da MEP Academy, pontuam de forma emblemática o trabalho de consolidação da presença no país. A M-Invest actua como marca no mercado imobiliário de Praga, sendo reconhecida pelos projectos residenciais de que foi promotora. A Mota-Engil Engenharia actua ainda no segmento imobiliário do mercado polaco, através de um conjunto de veículos societários com investimentos em várias regiões e em particular na região de Cracóvia. Eslováquia A actividade da Mota-Engil Engenharia na Eslováquia é excercida, quer através da sua sucursal neste país do Leste europeu, quer por via da Mota-Engil Slovakia, a.s. A M Invest Devonska, por último, tem a seu cargo o desenvolvimento específico de um projecto no sector imobiliário residencial da cidade de Praga. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 Esta empresa reparte a sua actividade por toda a área da construção civil e obras públicas. Através da sua participada M-Invest Slovakia Mierova, irá igualmente desenvolver projectos no segmento imobiliário. Roménia A Mota-Engil Engenharia tem centrado a sua actividade comercial nas oportunidades oferecidas pelo mercado romeno, em particular no sector de edifícios e igualmente no segmento das vias de comunicação, procurando reforçar progressivamente a sua presença na área das obras públicas. O Volume de Negócios na Europa Central ascendeu a 330 milhões de euros em 2008, representando um acréscimo de mais de 50% em relação a 2007, em que se cifrou nos 219 milhões de euros. África Angola Os laços históricos que unem o Grupo Mota-Engil a Angola têm permitido um reforço cada vez maior da sua presença num país que tem conhecido um forte crescimento económico nos últimos anos. A Mota-Engil Engenharia desenvolve a sua actividade em Angola através da sua sucursal, operando nos sectores da construção civil e obras públicas, e através das suas participadas, com operações noutros segmentos. Entre estas, contam-se a Sonauta, que actuando no domínio dos transportes marítimos; a ICER e Novicer, na indústria do barro vermelho; e a PREFAL, actuando no domínio do fabrico e comercialização de materiais e estruturas em betão pré-fabricado. A Tracevia e a Rentaco também iniciaram a sua actividade em Angola. A Mota-Engil Engenharia tem ainda participações na Auto-Sueco Angola e Cimertex Angola. Moçambique A Mota-Engil Engenharia desenvolve igualmente actividade em Moçambique, através da sua sucursal, operando aqui, sobretudo, no segmento das obras públicas. Nesta área, avulta como obra emblemática a ponte sobre o rio Zambeze (em consórcio), que ligará o Norte ao Sul de Moçambique, maior obra pública alguma vez realizada desde a independência do país. As actividades no domínio da construção civil são exercidas através da sua participada Emocil. São Tomé e Príncipe A Mota-Engil Engenharia desenvolve igualmente a sua actividade em São Tomé e Príncipe, através da sua sucursal, operando no segmento das obras públicas e construção civil. Cabo Verde Operando através da sua sucursal, a actividade centra-se nos sectores das obras públicas e construção civil. Malawi A sucursal do Malawi tem conhecido um assinalável crescimento, onde a Mota-Engil Engenharia actua nos segmentos da construção e manutenção rodoviárias. O ano de 2008 marca a assinatura de um memorando de entendimento com o Governo do Malawi para diversos projectos, com particular destaque para a reabilitação do porto de Nsanje e o desenvolvimento de duas centrais hidroeléctricas. América EUA A presença da Mota-Engil Engenharia nos EUA faz-se através da sua participada Mk Contractors, Llc, que actua no domínio da construção civil, em particular no segmento da habitação. Peru A participada do Grupo Translei actua, sobretudo, na execução de trabalhos de apoio à indústria mineira do Peru, possuindo uma das frotas de equipamento mais vastas e tec- Apresentação e Perfil do Grupo nologicamente avançadas deste país andino. A empresa encontra-se, neste momento, preparada para, com maiores probabilidades de êxito, corresponder aos novos desafios que se avizinham neste país latino-americano, através do esperado lançamento pelo Governo peruano de importantes projectos em infra-estruturas. Venezuela Em 2008, a Mota-Engil Engenharia, integrando um consórcio de empresas portuguesas, contratualizou a empreitada de remodelação do porto de La Guaira, principal porto da Venezuela e que serve a capital Caracas. Esta empreitada marca assim a entrada do Grupo num novo mercado da América Latina. O Volume de Negócios em África e no continente americano registou, em 2008, um crescimento de 55%, tendo-se cifrado em 430 milhões de euros, bastante acima dos 278 milhões de euros registados em 2007. 5. CERTIFICAÇÕES A Mota-Engil Engenharia e suas participadas dispõem de um conjunto vasto de Certificações que podem ser consultadas no quadro anexo: 50 51 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 Empresa Sistema de Gestão NORMA Sistema de Gestão da Qualidade ISO 9001 Sistema de Gestão Ambiental ISO 14001 ENTIDADE CERTIFI CADORA APCER MOTA-ENGIL ENGENHARIA FERROVIAS MOTA-ENGIL PAVIMENTAÇÕES Sistema de Gestão da Segurança OHSAS 18001 Ensaios Laboratoriais ISO 17025 Marcação CE DATA DE CONCESSÃO DO CERTIFICADO Concepção, desenvolvimento e comercialização de activos imobiliários; Concepção e execução de contratos de construção civil e obras públicas; Produção e fornecimento de betão; Fundações especiais, contenções, injecções, instrumentação e reconhecimento geotécnico; Exploração de pedreiras e produção de agregados; Ensaios laboratoriais a materiais de construção e estudos de formulação de misturas betuminosas e hidráulicas; Execução e manutenção de instalações eléctricas e mecânicas, e implementação de sistemas de gestão técnica e automação. Junho 2004 Maio 2005 Maio 2005 59 ensaios Fevereiro 2003 Várias NP 15 Centros Industriais (Pedreiras) Maio 2004 Sistema Gestão da Inovação NP 4457 Investigação, Desenvolvimento e Inovação na área da Engenharia, Construção e Geotecnia. Novembro 2007 Controlo de Produção de Betão NP EN 206-1 2 CPB’s Março 2009 Sistema de Gestão da Qualidade ISO 9001 Sistema de Gestão Ambiental ISO 14001 Sistema de Gestão da Segurança OHSAS 18001 Sistema de Gestão da Inovação NP 4457 Sistema de Gestão da Qualidade ISO 9001 Sistema de Gestão Ambiental ISO 14001 Sistema de Gestão da Segurança OHSAS 18001 Marcação CE Várias NP Sistema de Gestão da Qualidade ISO 9001 Sistema de Gestão da Qualidade ISO 9001 IPAC APCER CPTP Sistema de Gestão Ambiental ISO 14001 Actividades desenvolvidas no domínio da construção, renovação e conservação das infra-estruturas fixas ferroviárias (via, catenária, terraplenagens e construção civil), com excepção de telecomunicações e sinalização eléctrica. Fabrico e comercialização de misturas betuminosas; próximo ano será feita a extensão para a pavimentação. APCER APCER TECNOCARRIL APCER TRACEVIA Sistema de Gestão da Qualidade ISO 9001 EIC RENTACO Sistema de Gestão da Qualidade ISO 9001 APCER Sistema de Gestão da Qualidade ISO 9001 Sistema de Gestão Ambiental ISO 14001 Sistema de Gestão da Segurança OHSAS 18001 MOTA-ENGIL BETÃO E PRÉ-FABRICADOS ÂMBITO Fabrico e comercialização de misturas betuminosas; pavimentação Fevereiro 2003 Dezembro 2004 Junho 2006 em curso Março 2009 em curso em curso Todas as centrais de produção de misturas betuminosas. Dezembro 2008 Gestão de fabricação de travessas e outras peças de madeira para utilização ferroviária; impregnação de madeira (processo creosoto). Junho 2008 Obras marítimas e fluviais, obras de barragens, aproveitamentos hidroeléctricos, fundações, redes de infra-estruturas (saneamento básico, drenagem de águas pluviais, redes de distribuição de águas potáveis e combate a incêndios, infra-estruturas eléctricas), vias de comunicação, pontes e túneis, em território nacional. Julho 2005 Julho 2008 Produção e montagens de sinalização rodoviária vertical; marcação de vias rodoviárias; comercialização e montagem de barreiras acústicas e de equipamentos de segurança rodoviária; projecto, comercialização e montagens e manutenção de sistemas de telemática rodoviária; comercialização e montagem de equipamentos de iluminação pública; projecto, comercializaçao e montagem de equipamentos de semaforização rodoviária. Novembro 2005 Aluguer de equipamento de construção, nomeadamente auto-gruas, módulos e ferramentas eléctricas e transporte rodoviário de mercadorias. Fevereiro 2009 Projecto, fabricação e montagem de produtos pré-fabricados em betão de médio e pesado porte Novembro 2007 Concepção, fabrico, fornecimento e comercialização de betão pronto Janeiro 2008 SGS-ICS Apresentação e Perfil do Grupo 4.4.2 AMBIENTE E SERVIÇOS INDICADORES FINANCEIROS Vendas e Prestações de Serviços: € 286 milhões Serviços Urbanos: 2,2 milhões de habitantes em 50 concelhos Operações logístico-portuárias: Líder Nacional, presente em todos os Portos portugueses, com excepção do Porto de Sines Introdução A Mota-Engil Ambiente e Serviços compre -ende um conjunto diversificado e um amplo portefólio de actividades e negócios. No domínio ambiental, opera no sector dos Resíduos e da Limpeza Urbana, sendo líder em Portugal do mercado privatizado de gestão de resíduos sólidos urbanos. 52 53 MultiSServiços - Manutenção industrial e de edifícios; - Arquitectura paisagística; - Concepção, construção e manutenção de espaços verdes e campos de golfe; - Operação de mercados electrónicos (G2B2B); - “Mailing” directo; - Gestão de parques de estacionamento. 1. RESÍDUOS No sector da Água, gere um conjunto de participações em concessões e parcerias público-privadas de sistemas de abastecimento de água e tratamento de águas residuais. A expansão do Grupo para o sector Logístico e Portuário coloca-o em posição de liderança no mercado português das operações portuárias, oferecendo ainda soluções abrangentes de integração logística e destacando-se como primeiro operador privado português a entrar no sector do transporte ferroviário de mercadorias. Na sua componente Multisserviços, esta Área integra um conjunto de negócios nos domínios da manutenção industrial e de edifícios, arquitectura paisagística, construção e manutenção de espaços verdes e campos de golfe, actuando ainda através de duas das suas participadas na área dos mercados electrónicos e do marketing directo. Actividades principais Resíduos - Gestão de resíduos sólidos urbanos e limpeza urbana; - Gestão de resíduos industriais; - Reciclagem e valorização de óleos usados. Água - Gestão de sistemas de abastecimento de água; - Gestão e tratamento de águas residuais. Portos e Logística - Operação de terminais marítimos; - Operação de terminais rodo-ferroviários; - Operações de logística integrada; - Operação de transporte ferroviário de mercadorias. O mercado da gestão dos resíduos sólidos urbanos e industriais tem um relevante interesse estratégico para o Grupo Mota-Engil, fazendo parte do “core business” da sua Área de Negócios de Ambiente e Serviços. Opera neste segmento através de um conjunto de participadas, com particular destaque para a SUMA, incluindo ainda a Correia & Correia, a Enviroil e a Ekosrodowisko (Polónia). SUMA A SUMA detém uma posição única no mercado da gestão do ambiente urbano, alicerçada na liderança do sector em Portugal, a que alia uma atitude de permanente proacti vidade na busca da inovação em qualquer das suas áreas de actuação. Servindo mais de 2 milhões de habitantes de 50 concelhos do país, a SUMA integra no seu universo empresarial mais de uma dezena de empresas prestadoras de serviços complementares no domínio da gestão integrada de resíduos. Este alinhamento permite obter sinergias e congregar competências, favorecendo a gestão logística de equipamentos e outros meios e dotando-a de assinalável capacidade de resposta, solidez, qualidade e competitividade nos serviços que presta. Estes serviços englobam todo o ciclo de gestão dos resíduos sólidos urbanos e industriais (recolha, transporte, triagem e tratamento) e a limpeza urbana, para além de serviços complementares na área das análises laboratoriais e controlo de qualidade de resíduos e águas e os aspectos ligados à RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 sensibilização e educação ambiental, vector fundamental da política da SUMA perante a comunidade. do negócio e melhoria da percepção do benefício por parte dos Clientes e demais Partes Interessadas; Em 2008, com a integração plena do Grupo Novaflex, a SUMA reforçou a sua liderança nacional do mercado privatizado de gestão de resíduos sólidos urbanos, com uma quota de 54% do mercado privatizado, alargando por outro lado a sua presença no mercado de tratamento de resíduos industriais através da aquisição da TRIU. · Compromisso com o Cliente Diversificação e inovação na actividade para manutenção da vanguarda em soluções de gestão de resíduos inovadoras, integradas e eficientes, que satisfaçam os clientes; Visão, Missão, Valores e Estratégia Visão Consolidação sustentada da liderança em Portugal e crescimento sustentável para mercados internacionais Missão Gerir resíduos, na construção de um ambiente melhor. Valores · Liderança de Mercado; · Confiança dos Clientes; · Desempenho sustentável; · Comprometimento das pessoas. Com base na Missão, nos Valores, na Visão e nos 10 Princípios do United Nations Global Compact, a Administração da SUMA estabelece a política de gestão, comprometendo-se a gerir a organização, numa perspectiva de melhoria contínua, de acordo com os seguintes compromissos: · Compromisso de Cumprimento Cumprimento dos requisitos legais, normativos e contratuais aplicáveis e dos outros requisitos que a Organização subscreva; · Compromisso de Criação de Valor Criação de valor para os Accionistas, Clientes, Trabalhadores, Fornecedores e demais Partes Interessadas; · Compromisso de Liderança Consolidação da liderança no mercado nacional, promoção da expansão internacional · Compromisso com as suas Pessoas e seu Meio Social Valorização profissional e pessoal dos Trabalhadores, adequação das suas competências às funções que desempenham e apoio local aos Trabalhadores e sua envolvente social; · Compromisso com a Saúde e Segurança Prevenção dos danos para a saúde, controlo e protecção para a eliminação ou redução dos riscos para a Segurança e Saúde dos Trabalhadores e Terceiros; · Compromisso com o Meio Ambiente e alterações climáticas Prevenção e controlo da poluição e utilização racional/eficiente da energia e da água, entre outros aspectos; · Compromisso de Melhoria Contínua Melhoria contínua através da revisão periódica de objectivos, metas e processos e da monitorização, medição, análise e inovação permanentes ao nível do desempenho; · Compromisso de Comunicação Comunicação adequada às partes interessadas, promovendo o seu envolvimento na Cultura de Qualidade, Ambiente, Segurança, Inovação e Responsabilidade Social. Apresentação e Perfil do Grupo 54 55 Organograma Vocacionada para a Gestão de Resíduos e Limpeza Pública, a SUMA integra um conjunto de empresas que se complementam e permitem alinhar e fortalecer competências na oferta de serviços no Sector dos Resíduos. GRUPO SUMA INTERNACIONAL SUMA GRUPO SUMA ASSOCIADAS E PARTICIPADAS Serviços Urbanos e Meio Ambiente, SA 50% AGIR Ambiente e Gestão Integrada de Resíduos, Lda. (Cabo Verde) 100% 100% 100% SUMA Matosinhos Ambilital Serviços Urbanos e Meio Ambiente, Lda. Investimentos Ambientais no Alentejo, EIM SUMA Douro CITRUP Serviços Urbanos e Meio Ambiente, Lda. Centro Integrado de Resíduos, Lda. Ecolezíria - Empresa Intermunicipal para o tratamento de Resíduos Sólidos, EIM SUMA Esposende Serviços Urbanos e Meio Ambiente, Lda. 100% Ambibatalha SUMA Porto ERSUC Novaflex Tratofoz Real Verde Sociedade de Tratamento de Resíduos, SA Técnicas de Ambiente, SA 52% 50% Investambiente - Recolha de Resíduos e Gestão de Sistemas de Saneamento Básico, S.A. Resiges Gestão de Resíduos Hospitalares, Lda. 33% Novabeira Gestão de Resíduos, SA 100% TRIU 33% 50% Técnicas de Resíduos Industriais e Urbanos, SA 70% Relevante Função, Lda SIGA Sistema Integrado de Gestão Ambiental, SA 96,459% RIMA Resíduos Industriais e Meio Ambiente, SA 50% Resilei Tratamento de Resíduos Indústriais, SA 50% Ambigere Serviços Ambientais, SA 24,5% 20% 5,98% Resíduos Sólidos do Centro, SA Técnicas do Ambiente, SA 95% 30% Gestão de Resíduos, SA Serviços Urbanos e Meio Ambiente, Lda. 100% 49% 50% TTRM Transferência e Triagem de Resíduos da Madeira, ACE 1% RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 Certificações A SUMA dispõe de várias certificações, que podem ser consultadas no quadro abaixo: Certificações Grupo SUMA Empresa ÂMBITO SUMA, SA Sede e Centro de Serviços de Aveiro e Oliveira de Bairro Gestão das actividades de limpeza urbana, recolha e transporte de resíduos não perigosos, gestão da contentorização e sensibilização e educação ambiental SUMA, SA Centro de Serviços de Riba D’Ave Triagem de resíduos de recolha selectiva, tratamento por compostagem de resíduos sólidos urbanos e comercialização de composto. CITRUP Centro Integrado de Resíduos, Lda Deposição controlada em aterro de resíduos sólidos provenientes da Central de Valorização Energética e de resíduos sólidos urbanos, durante os períodos de paragem da mesma, assim como todas as operações relacionadas com estas actividades. SISTEMA DE GESTÃO NORMA DE REFERÊNCIA Sistema de Gestão da Qualidade NP EN ISO 9001:2000 Sistema de Gestão Ambiental NP EN ISO 14001:2004 Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho NP 4397:2001 / OHSAS 18001:1999 Sistema de Gestão da Qualidade NP EN ISO 9001:2000 Sistema de Gestão da Qualidade NP EN ISO 9001:2000 31-Mai-05 Sistema de Gestão Ambiental NP EN ISO 14001:2004 24-Mai-05 Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho NP 4397:2001 / OHSAS 18001:1999 Sistema de Gestão de Responsabilidade Social SA 8000:2001 CORREIA & CORREIA A Correia & Correia é uma empresa de gestão de resíduos que iniciou a sua actividade em Setembro de 1988, na recolha de óleos usados. Desde 2002, iniciou um processo de evolução e diversificação, tornando-se uma empresa de gestão global de resíduos industriais. Integrada no Grupo Mota-Engil, na Área de Negócios de Ambiente e Serviços, possui uma frota própria e os meios que lhe permitem a recolha de resíduos em todo o Continente. Como agente activo na preservação do ambiente, assegura aos seus Clientes o ENTIDADE CERTIFICADORA DATA DE CONCESSÃO DO 29-Jun-06 APCER 28-Ago-08 28-Ago-08 APCER APCER 29-Dez-05 24-Mai-05 18-Abr-07 cumprimento das obrigações legais de natureza ambiental, optimizando e racionalizando os custos associados à Gestão de Resíduos Industriais. Entre estes últimos, conta-se a triagem e armazenagem de resíduos industriais perigosos e banais, armazenagem e tratamento de óleos usados, águas contaminadas e lamas oleosas. A gestão global de resíduos envolve uma parceria estreita com os Clientes, compreendendo a caracterização preliminar da realidade ambiental da empresa ao nível da inventariação dos resíduos produzidos, do ponto de vista da sua segregação, Apresentação e Perfil do Grupo necessidades de acondicionamento e condições para carga e descarga, visando a implementação do sistema global de gestão dos resíduos através do fornecimento do adequado acondicionamento, recolha, transporte, tratamento ou armazenamento temporário dos mesmos, estando especialmente autorizada para proceder a esta operação. A Correia & Correia possui instalações de tratamento e transferência de Resíduos, onde recepciona e segrega um vasto leque de resíduos, procedendo posteriormente ao seu tratamento. Executa ainda trabalhos na área de Limpeza Industrial, actuando com meios de primeira intervenção na minimização de danos ambientais em caso de derrame acidental de combustíveis ou produtos químicos, limpeza, desgasificação e desmantelamento de reservatórios e tanques, lavagens com jacto de água de alta pressão e desobstrução e limpeza de redes de efluentes industriais, detendo neste domínio as mais variadas competências e os mais elevados padrões de segurança. A empresa dispõe de uma Unidade Industrial de Valorização de óleos usados, armazenamento temporário de resíduos industriais e tratamento físico-químico e de uma unidade de armazenamento temporário de resíduos, para além de um vasto conjunto ENVIROIL Esta empresa foi constituída em 2002, tendo como objectivo a reciclagem de óleos lubrificantes usados e a sua valorização energética. A tecnologia empregue pela Enviroil passa pela prévia eliminação das águas e dos sedimentos sólidos dos óleos, os quais, após tratamento térmico de evaporação seguido da respectiva condensação a que são sujeitos, permitem a obtenção de dois produtos 56 57 de equipamentos (contentores, camiões, plataformas e outros equipamentos industriais). De destacar, neste âmbito em particular, a existência de um pavilhão destinado à estabilização/inertização de lamas, as quais, após desidratação e estabilização, são encaminhadas para eliminação em aterro autorizado. Encontra-se ainda apetrechada de um laboratório devidamente equipado, que permite efectuar o controlo da qualidade do óleo usado e águas residuais recepcionadas na Unidade. A Correia & Correia apresenta no seu quadro técnico colaboradores experientes e qualificados, apostando na sua permanente valorização. Organiza, por outro lado, acções regulares de sensibilização e formação ambiental junto dos seus Clientes. A implementação de acções de melhoria ambiental de acordo com as estratégias e políticas nacionais de Ambiente, aplicando as melhores técnicas disponíveis, nomeadamente ao nível do tratamento físico-químico de águas residuais, preparação de resíduos, tratamento de emissões gasosas e gestão de resíduos produzidos nas instalações industriais, constituem igualmente uma preocupação e um vector primordial da política da empresa. que podem ser incorporados como combustível em motores a gasóleo e para produção de energia eléctrica injectada na rede pública de abastecimento eléctrico. A Enviroil dispõe de um moderno complexo industrial, composto por um parque de armazenamento e por uma nave de tratamento de óleos usados, bem como por uma nave de produção de energia. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 EKOSRODOWISKO A Ekosrodowisko, sedeada no Sul da Polónia, representa o esforço da Área de Negócios de Ambiente e Serviços no sentido da internacionalização da sua actividade nos mercados do Centro e Leste europeus. A empresa dedica-se à recolha de resíduos sólidos urbanos e limpeza urbana, bem como à limpeza de neve durante o Inverno e manutenção de espaços verdes. O estudo dos materiais recicláveis e a gestão deste tipo de resíduos, através da criação de uma linha de triagem, estão entre as apostas da empresa e desta Área de Negócios no futuro próximo. 2. ÁGUA A Mota-Engil Ambiente e Serviços gere participações no mercado das concessões e das parcerias público-privadas dos serviços de água e saneamento através da sua participada Indaqua, uma das primeiras empresas de capitais privados em Portugal a realizar operações de captação, tratamento e distribuição de água para consumo INDAQUA Constituída em 1994, a Indaqua foi uma das primeiras empresas de capitais privados em Portugal a realizar operações de captação, tratamento e distribuição de água para consumo público e a recolha, tratamento e rejeição de efluentes, gerindo concessões de serviços públicos de abastecimento de água e saneamento. Actuando em todo o vasto domínio da prestação de serviços ligados ao ciclo urbano da água, a Indaqua, através de um modelo de gestão integrado e flexível, detém concessões em cinco concelhos do território continental (Fafe, Santo Tirso, Trofa, Santa Maria da Feira e Matosinhos), servindo cerca de 550.000 habitantes. As concessões conduziram à criação de empresas autónomas, o que, além de imperativo legal, permite o reforço das economias locais e integra o prestador do serviço na comunidade, público e a recolha, tratamento e rejeição de efluentes. A sua participada Hidrocontrato complementa esta actividade, assegurando a concepção, construção, operação e manutenção de empreendimentos de engenharia nos domínios da hidráulica e saneamento básico. potenciando a sua responsabilização directa e criando centros de decisão de proximidade. No decurso do ano de 2006, a Indaqua iniciou um projecto de concepção e implementação de um Sistema Integrado de Gestão da Qualidade, Ambiente, Higiene e Segurança, tendo obtido, em 2007, a tripla certificação. A sistematização dos procedimentos internos de actuação e de interacção com as empresas concessionárias em que participa foi um dos passos do desenvolvimento do sistema integrado, permitindo obter elevados níveis de eficiência que se reflectem também no serviço que estas prestam aos seus Clientes. Consciente da sua missão de prestar os serviços públicos de abastecimento de água e saneamento e de executar os investimentos tendo em vista garantir os melhores padrões de qualidade estabelecidos para o sector, a Apresentação e Perfil do Grupo Indaqua tem como visão liderar a prestação deste tipo de serviços em Portugal. Tal mostra-se alicerçado num quadro de valores que primam pela transparência no relacionamento com todas as partes interessadas e num serviço público orientado para o Cliente. Assim, a política de qualidade da Indaqua assenta na melhoria contínua do serviço prestado através da monitorização constante da qualidade da água, obedecendo a um Programa de Controlo da Qualidade da Água (PCQA), de que se destaca a análise dos seus parâmetros em laboratórios acreditados e independentes que asseguram a qualidade final do produto. O “Compromisso Ambiental” da Indaqua, como vector estratégico da sua política de gestão ambiental, funda-se em domínios de intervenção fundamentais, de que se destacam o planeamento das actividades visando a minimização dos seus impactos ambientais e a promoção da consciência ambiental envolvendo as comunidades no desenvolvimento de soluções para os problemas com ele relacionados. A Indaqua definiu ainda como prioridade máxima na exploração dos sistemas públicos de abastecimento de água a gestão integrada da água, desde a captação até a distribuição ao cliente final. Para isso, tem vindo a investir um importante volume dos seus recursos no desenvolvimento e implementação dos melhores procedimentos e práticas de gestão de redes, com auxílio das tecnologias mais sofisticadas existentes em todo o mundo, sendo hoje considerada uma referência no sector a este nível. Este esforço tem sido particularmente visível no combate às perdas dos sistemas de abastecimento de água, cuja intervenção é de molde a produzir importantes ganhos de eficiência económica para além dos enormes benefícios ambientais daí decorrentes. No seu esforço de relacionamento e auscultação das partes interessadas, a Indaqua 58 59 foi pioneira em Portugal ao introduzir nas concessões de serviços públicos de abastecimento de água e saneamento o Conselho do Consumidor e Ambiente, com a participação de representantes das Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia, e o Provedor, com funções associadas aos interesses dos consumidores e ao estabelecimento de uma prática aberta de relacionamento. A inserção na comunidade inclui ainda a política de recrutamento, de selecção de fornecedores e a política de informação, em que se privilegia sempre o mercado e os agentes locais. De destacar também a edição de folhetos dedicados à problemática do uso racional da água, a realização de palestras em escolas e juntas de freguesia e a criação de dias de visita às instalações afectas à exploração. Também a resolução de situações de famílias carenciadas utilizadoras do serviço tem merecido particular atenção por parte da Indaqua, nomeadamente através de um atendimento personalizado, analisando e propondo soluções caso a caso, baseadas em modos faseados de pagamento ou outros que se tornem mais adequados. Este relacionamento contribui decisivamente para melhorar a percepção pública face à utilidade e relevância deste tipo de serviços e indicia uma atitude socialmente responsável perante a comunidade enquanto imperativo fundamental dos valores e da política de gestão da Indaqua. Em 2008, o Grupo Mota-Engil reforçou a sua participação na Indaqua em 7,2%, tornandose assim seu accionista maioritário, com 50,06% do capital social. Igualmente em 2008, e em resultado de um concurso público lançado pelo município de São João da Madeira, o Grupo irá adquirir 49% das Águas de São João, EM, SA, numa parceria público-privada com a edilidade são-joanense e que consistirá na gestão e exploração de água e saneamento neste município, que serve uma população de 22.000 habitantes. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 3. PORTOS E LOGÍSTICA No desempenho da função de interface mar/ terra, os portos têm uma função eminentemente estruturante de todo o sector de transportes e da economia nacional. transformação e integração do sector logístico e dos transportes. Em resposta ao crescimento das trocas comerciais e do correspondente aumento da procura global de transportes marítimos, o Grupo Mota-Engil concretizou em 2007 a aquisição da TERTIR. A articulação entre o sector portuário e o dos transportes, a que acrescerá a futura incorporação da plataforma logística nacional do Poceirão LOGZ, Atlantic Hub – a desenvolver em parceria com outras entidades no quadro do programa Portugal Logístico –, permite ao Grupo Mota-Engil oferecer ao mercado um serviço integrado, independente dos vários operadores. A gestão do segmento portuário e logístico, através da sua Área de Negócios do Ambiente e Serviços, inclui ainda participações nas empresas Tersado e Sadoport, bem como na CargoRail/Takargo, actuando no domínio do transporte ferroviário de mercadorias e visando assim contribuir para a De referir, como exemplos reveladores da pretendida lógica de integração, a disponibilidade de espaços de referência para parqueamento de mercadorias; extensões de cais superiores a 4500 metros; a proximidade das vias rodoviárias e ferroviárias; e a disponibilidade de terminais com estatuto alfandegário tipo A. TERTIR O ano de 2005 marca a entrada do Grupo Mota-Engil no sector das operações portuárias, através das participações accionistas adquiridas na Sadoport e Tersado em Setúbal. Em 2007, consumou a aquisição da TERTIR, reforçando significativamente a sua presença neste sector. A TERTIR está presente nos Portos de Aveiro, Figueira da Foz, Leixões e Lisboa, englobando empresas directamente ligadas à exploração de terminais portuários e empresas que desenvolvem actividades logísticas e tecnológicas aplicadas ao sector. No Porto de Aveiro, a Socarpor Aveiro opera em regime de concessão um terminal multiusos onde se efectuam movimentações de carga geral e granéis. Esta empresa tem vindo a encetar um ambicioso programa de investimentos, compreendendo a aquisição de quatro gruas móveis e a construção de equipamentos de movimentação e silos para a recepção e armazenamento de cereais. Tal permitirá constituir uma alternativa às instalações já existentes nos portos de Leixões e Lisboa, para além da focalização estratégica na captação de novos mercados, em particular o “hinterland” representado pelas regiões espanholas de Castela e Leão. No Porto da Figueira da Foz, através da Liscont — Figueira da Foz, as operações portuárias de movimentação de cargas visam, sobretudo, o sector da indústria da pasta e do papel e os produtos siderúrgicos. Através do TCL, Terminal de Contentores de Leixões, SA, opera em regime de concessão os dois terminais de contentores existentes naquele porto, prestando ainda serviços de parqueamento de contentores no terminal e serviços de “depot”. Possui igualmente os estatutos de depósito temporário e de armazém de exportação. O TCL iniciou a sua actividade operacional em Maio de 2000, data em que a exploração desta actividade passou a ser cometida ao sector privado, na sequência de um Apresentação e Perfil do Grupo processo de concessão efectuado pela Autoridade Portuária do Porto de Leixões. O Porto de Leixões e o seu Terminal de Contentores são parte integrante do sistema portuário europeu, desempenhando um papel de relevo na fachada atlântica da Península Ibérica, onde se assume como a estrutura inter-regional mais importante, sendo referência para as cadeias logísticas que operam nesta área. A vocação do Terminal de Contentores para o “short sea shipping”, com especial incidência na componente “feeder”, tem permitido o crescimento sustentado do TCL, mas não esgota a sua missão de criar condições de atractividade, quer às linhas “Deep Sea”, quer às operações de valor acrescentado, ambas ditadas pelo novo ambiente logístico nascido com a globalização. No Porto de Lisboa, a Liscont e a Sotagus operam, em regime de concessão, os dois principais terminais de contentores da capital. De realçar igualmente a participação da Liscont na concessionária MPDC – Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo, em Moçambique, responsável pela gestão em regime de “master concession” dos diversos terminais do Porto de Maputo. 60 61 Através da Transitex, a TERTIR actua na área logística, operando em Portugal e Espanha, com escritórios nos dois países, e representações na Lituânia, no Brasil, nos Estados Unidos e na China. Tem vindo a desenvolver a sua actividade na organização de fluxos logísticos que ligam o mercado ibérico a destinos oceânicos longínquos, utilizando os terminais portuários do Grupo e constituindo assim um vector importante no desenvolvimento dos seus terminais de contentores. Por via da E.A. Moreira, actua no agenciamento a uma empresa madeirense de navegação e, por intermédio da Lisprojecto, a TERTIR desenvolve software de apoio à planificação e controlo das operações portuárias e do sector logístico, suportando ainda as empresas do Grupo na aquisição e manutenção de hardware. O ano de 2008 é marcado pela pré-qualificação da TERTIR no porto de Ennore, na Índia, e pelas pré-qualificações nos portos de Guaymas, no México, e La Paita, no Peru, atestando assim o esforço de penetração e promoção comercial da marca no estrangeiro. SADOPORT E TERSADO No Porto de Setúbal, a Tersado e a Sadoport actuam como concessionárias dos terminais multiusos daquele porto prestando serviços de movimentação portuária de carga geral fraccionada, carga “roll-on/roll-off”, granéis sólidos e carga contentorizada. TAKARGO A Takargo é a primeira empresa privada portuguesa a marcar presença no sector do transporte ferroviário de mercadorias, dispondo igualmente de soluções multimodais integradas de transporte. A Takargo iniciou já as suas operações, tendo ainda firmado um acordo com a espanhola Comsa Rail Transport para o desenvolvimento conjunto de operações ferroviárias de mercadorias na Península Ibérica. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 LOGZ - Atantic Hub Participado pelo Grupo Mota-Engil e integrado na rede das Plataformas Logísticas Nacionais, será desenvolvido, em Palmela, um “hub” logístico de vocação global. Este novo espaço será dotado de todos os serviços necessários às empresas, pessoas e transportes, vocacionando-se para a promoção e criação de soluções logísticas agregadoras de valor na cadeia de distribuição. Posicionado como o mais ocidental “hub” logístico da Europa e com excelentes acessibilidades rodo-ferroviárias, permite que se torne uma porta de entrada de excelência para o tráfego de mercadorias dos continentes americano e africano, criando ainda uma nova alternativa na Península Ibérica para o “short sea shiping” europeu. O desenvolvimento do LOGZ – Atlantic Hub permitirá criar uma verdadeira Cidade Logística, com espaços que contemplam uma área logística multifuncional (centro de distribuição terrestre, plataformas de grupagem de mercadorias e centro de logística e transformação), uma área de logística e exposição (área de exposição, centro de distribuição terrestre e centro de grupagem de mercadorias), uma área de logística intermodal (áreas multifuncionais não-edificadas com terminais ferroviários dedicados e área destinada a mercadorias de grande volume), um centro intermodal (áreas de consolidação/desconsolidação de composições, intermodalidade “rodo/ferro” e “ferro/ferro”, “shuttle” periódico aos portos de Lisboa, Setúbal e Sines, ligações regulares a Espanha e à Europa, ligação à futura Rede de Alta Velocidade Ferroviária, coexistência das bitolas ibérica e europeia, zona de armazenagem de contentores e movimentação de carga geral) um centro de serviços integrados (“business centre”, espaços comerciais de apoio, hotel, jardim infantil, parque de lazer e serviço de aluguer de equipamento), para além de um centro de apoio ao transporte rodoviário, contemplando uma zona de estacionamento de veículos pesados, com áreas de descanso e stands de venda e oficinas de reparação de veículos. 4. MULTISSERVIÇOS Na vastíssima área dos Serviços, o Grupo Mota-Engil agrega um conjunto de empresas vocacionadas para a prestação de serviços em áreas em que a subcontratação se afigura como uma alternativa flexível e eficaz, permitindo assim uma adequada racionalização de custos a par do aproveitamento de uma forte componente de inovação e especialização que em muito aproveitam, quer ao universo de empresas que integram o Grupo Mota-Engil, quer aos seus clientes externos. Entre o conjunto de empresas que integram esta área, é de referir a actuação nos segmentos da manutenção industrial e de edifícios, através das suas participadas Manvia e Almaque: arquitectura paisagística e concepção, construção e manutenção de espaços verdes e campos de golfe, através da Vibeiras e Áreagolfe e, mais recentemente, da VBT, marcando a entrada no mercado angolano; operação de mercados electrónicos, por via da sua participada Vortal; e serviços nas mais diversas áreas de marketing directo, através da Lokemark. Apresentação e Perfil do Grupo MANVIA A Manvia iniciou a sua actividade 1998. As actividades da Manvia enquadram-se no conceito de multisserviços, abrangendo uma vasta área de intervenção, desde a manutenção até à gestão de contratos externos, garantindo aos seus clientes a prestação de serviços baseada numa estrutura técnica sólida e inovadora, que potencia as valências-alvo específicas das necessidades dos clientes. Na área das vias de comunicação, a Manvia dispõe da capacidade, equipamentos e mão-de-obra especializada para a manutenção e gestão da manutenção de infra-estruturas de transporte, como sejam vias rápidas, auto - estradas, estações ferroviárias e portos. Estão actualmente sob a responsabilidade directa da Manvia, em termos de manutenção, mais de 400km de auto-estradas e vias rápidas, no que se refere à manutenção de iluminação pública, instalações eléctricas, praças de portagem e estações elevatórias. Preparada para dar resposta às crescentes solicitações do mercado, em termos das necessidades específicas de edifícios complexos, incluindo os centros comerciais, a Manvia tem centrado grande parte da sua actividade nesta área. Os serviços prestados pela Manvia neste segmento são concebidos e executados à medida das necessidades dos clientes, englobando a manutenção de instalações e equipamentos de electricidade, AVAC, águas e esgotos e outras especialidades, a gestão de contratos externos (vigilância, limpeza, jardinagem, elevadores, sistema especiais de segurança), “facilities management”, gestão de manutenção, concepção e implementação de planos de manutenção programada e gestão ambiental na perspectiva do cliente. As necessidades de gestão, planeamento e controlo da manutenção no segmento industrial, onde a empresa igualmente opera, conduziram à definição de um posicionamento 62 63 específico da Manvia neste sector. Os serviços prestados pela Manvia nesta área englobam a gestão da manutenção, bem como a limpeza e desobstrução de colectores, num trabalho de parceria desenvolvido com outras empresas especializadas. A especificidade das necessidades de manutenção das cimenteiras levou a Manvia a adquirir participação significativa na ALMAQUE, líder ibérica na classificação de corpos moentes e engenharia de desobstrução para cimenteiras. Paralelamente e através da sua participada Engeglobo, actua junto de empresas concessionárias do sector portuário ao nível da manutenção de equipamentos de carga e descarga de contentores, detendo competências especializadas neste domínio. A prestação de serviços na área do ambiente tem vindo, por outro lado, a tornar-se numa das actividades mais significativas da Manvia, tendo em vista as perspectivas de evolução do sector. Nesta área, a Manvia presta serviço no sector das águas e águas residuais, abrangendo a exploração e manutenção de ETA, ETAR e EE, limpeza e inspecção vídeo de colectores e reabilitação de colectores (sem abertura de vala). A necessidade de continuamente melhorar os padrões da prestação de serviços em manutenção e gestão da manutenção levou igualmente a Manvia a desenvolver e implementar um conjunto de soluções tecnológicas que complementam as normais actividades de manutenção programada e correctiva, designadamente ao nível da manutenção condicionada (análise de condição — vibrometria e termografia), auditorias de manutenção, criação e implementação de planos de manutenção programada, gestão energética de edifícios e gestão global da manutenção. A Manvia tem investido em instrumentos que permitem reduzir custos e o impacto negativo da sua actividade no meio ambiente com, RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 por exemplo, o investimento num sistema de GPS para controlo dos custos da frota, definição de rotas mais adequadas e controlo das emissões através da promoção de uma utilização mais responsável dos meios de transporte. A Manvia promove também formação que visa alteração de comportamentos ao nível ambiental e de segurança. Na sua actuação, a Manvia tem fortes preocupações ao nível da melhoria da eficiência VIBEIRAS A Vibeiras é uma empresa especializada no sector da arquitectura paisagística, prestando serviços nas áreas de projecto, construção e manutenção de espaços exteriores. Exercendo a sua actividade desde 1990, a Vibeiras executou já mais de 700 obras e dispõe de um total de áreas verdes concessionadas de cerca de 400 hectares. Ao nível do projecto, a concepção de soluções passa pelo seu gabinete de projectos, que conta com uma equipa pluridisciplinar de arquitectos paisagistas e técnicos de diversas áreas da engenharia. A abordagem integrada de concepção/construção dos projectos tem constituído na Vibeiras uma importante garantia na qualidade do serviço prestado. Ao nível da construção/execução, o elevado grau de especialização das suas equipas e um parque de máquinas e equipamentos de grande valia permitem à Vibeiras garantir os respectivos prazos de execução e uma elevada qualidade nas obras executadas. Os serviços de manutenção, operação que é hoje assegurada por dezenas de equipas especializadas, desdobram-se numa operação que envolve cerca de 400 hectares de não só energética mas também na redução dos efeitos nocivos dos equipamentos que intervenciona, promovendo a substituição de equipamentos menos eficientes (como a substituição de lâmpadas incandescentes por lâmpadas economizadoras quer nos centros comerciais, quer nas vias públicas) e a implementação de sistemas de segurança que permitam evitar potenciais danos para o ambiente. Através de trabalho especializado, a Manvia permite a reduzir a factura energética no sector das cimenteiras. áreas concessionadas, em vários pontos do País, integrados em contratos de manutenção de espaços verdes, num prolongamento natural do trabalho de construção executado pela empresa. Tal tem vindo a permitir uma adequada racionalização de custos a par do aproveitamento de uma forte componente de inovação e especialização que em muito aproveitam, quer ao universo de empresas que integram o Grupo Mota-Engil, quer aos seus clientes externos. A empresa iniciou já o seu processo de internacionalização, tendo constituído em Angola, conjuntamente com um parceiro local, a empresa VBT – Arquitectura Paisagista, a quem já foi adjudicado um conjunto inicial de trabalhos. A Vibeiras tem certificado o seu Sistema de Gestão da Qualidade. Apresentação e Perfil do Grupo ÁREAGOLF Esta empresa resultou de uma parceria estabelecida entre a Vibeiras e um grupo de reconhecidos especialistas na área da construção, manutenção e gestão de campos de golfe, a que esta empresa se dedica em exclusivo, estando actualmente envolvida em diversos projectos nacionais e internacionais. Na perspectiva da gestão integrada de campos de golfe, a Áreagolfe desenvolve a sua actividade nos segmentos da construção e renovação de campos de golfe (movimentação de terras, “shaping” e trabalhos de finalização, sistemas de rega e drenagem, lagos, “bunkers”, “tees”, “greens”, “fairways”, “driving ranges” e topografia), manutenção (gestão total integrada e supervisão e gestão da manutenção) e prestação de outros serviços especializados de manutenção. 64 65 Na vertente da gestão comercial de campos de golfe, tem como objectivos, através do conhecimento aprofundado do negócio e utilizando as adequadas ferramentas de gestão e marketing, tornar o golfe um negócio independente, desenvolvendo uma estratégia de comercialização dos diversos campos de golfe onde opera e disponibilizando ao mercado os meios de gestão e o pessoal necessários para o exercício de qualquer função num campo de golfe. De destacar também os serviços prestados ao nível da consultoria especializada e auditoria, avaliação e aconselhamento na gestão e manutenção, apoio agronómico e serviços laboratoriais, irrigação, drenagem, estudos de impacto ambiental, acompanhamento e gestão ambiental, para além da gestão de frotas, “pró-shop” e estudos de viabilidade económico-financeira. ������ VBT A VBT, participada maioritariamente pela Vibeiras, nasceu com o propósito de desenvolver em Angola actividades na área dos jardins e arranjos exteriores, relvados desportivos e, ainda, de comercializar equipamento urbano e desportivo. ����������������� Com a criação da VBT, a área de Ambiente e Serviços dá um passo em frente no cumprimento da sua estratégia de internacionalização, com a entrada no mercado angolano. VORTAL ��� � ����������������� �������������������������� A Vortal, participada do Grupo Mota-Engil, A empresa conta com mais de 90 colabo����������������������� é uma empresa portuguesa de��� tecnologias radores distribuídos pelos escritórios de � ����������������� de informação líder em plataformas elec- Lisboa, Porto e Vigo, e pelo Laboratório de trónicas baseadas na Internet, destacada Inovação e Desenvolvimento do “campus” no mercado ibérico de comércio electró- da Faculdade de Ciências e Tecnologia da nico G2B2B (“Government to Business to Universidade Nova de Lisboa. Business”). Após ter criado, em 2001, o mercado elecTem como missão integrar, por via electrónica, trónico “econstroi”, vocacionado para o os processos de negócio entre as empresas e sector da construção e que é líder destao Estado, tornando as transacções mais rápi- cado na Península Ibérica no seu segmendas, simples, seguras e confidenciais, ofere- to e uma referência a nível internacional, cendo serviços inovadores que aportam valor actualmente a Vortal opera seis mercados e reforçam a competitividade dos clientes. electrónicos dirigidos a diferentes sectores RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 de actividade: econstroi, vortalGOV, vortalINDUSTRY, vortalENERGY&UTILITIES, vortalOFFICESUPPLIES e vortalHEALTH. Num quadro de diversificação das suas actividades, alargou a sua oferta ao sector público, com o lançamento de uma plataforma complementar ao “econstroi”, que passou a possibilitar às entidades públicas a gestão electrónica de todos os processos de contratação. Inteiramente desenvolvida em Portugal, esta plataforma é já uma das mais relevantes no plano europeu no domínio da contratação pública. A crescente realização de negócios extra-construção motivou igualmente, em finais de 2006 o lançamento de novos mercados electrónicos direccionados para outros sectores da actividade económica, mormente a indústria, energia e “utilities”. LOKEMARK A Lokemark iniciou a sua actividade em 2003, passando a ser uma participada do Grupo Mota-Engil a partir de 2007. A Lokemark desenvolve, em regime de “outsourcing”, um conjunto de actividades nas mais diversas áreas do Marketing Directo, detendo, para o efeito, uma vasta e experiente equipa de profissionais especializados, equipamento tecnologicamente avançado e instalações aptas a garantir total operacionalidade e segurança. Tem como principais segmentos de actividade as áreas do “fulfillment” (embalamento manual, tratamento de devoluções e organização e gestão de concursos), “data entry” (digitação de dados, questionários, RSF, cupões, notas de encomenda), “contact center” (“callcenter”, “inbound”, “outbound” e telemarketing), “billing” (emissão de facturação, gestão informática de cobranças, transferências bancárias, contra-reembolsos e encomendas postais), Para além dos negócios de compra e venda suportados electronicamente, a Vortal disponibiliza uma verdadeira oferta integrada que permite efectuar actividades de prospecção, promoção de produtos e serviços, negociação, obtenção de informação de gestão e divulgação de marcas e produtos. Em 2007, obteve igualmente a certificação pela norma ISO 27001, tendo sido a terceira empresa portuguesa a obter este reconhecimento que constitui a verdadeira referência internacional no domínio da segurança da informação. Ao longo destes oito anos de actividade, foram já transaccionados nas plataformas de contratação da Vortal perto de 4 mil milhões de euros, pelas mais de 13.000 empresas acreditadas. facturação electrónica (criação e envio de factura electrónica certificada, envio massivo de e-mails e colocação em portal de arquivo), personalização (impressão laser, endereçamento “inkjet” de documentos), plastificação, envelopagem, cortes, dobras, etiquetagem, colagens e agrafagens, tratamento de bases de dados, armazenamento (recepção de materiais com área superior a 2.000m2 e capacidade de armazenagem vertical superior a 1500 euro-paletes, com gestão de stock e logística de cargas e descargas), bem como preparação do correio e entrega directa aos CTT ou outros distribuidores. Com um vasto conjunto de clientes directos e indirectos, operadores de marketing e agências de publicidade e meios, a Lokemark posiciona-se num sector de actividade exigente e competitivo com amplas perspectivas de crescimento futuro. Apresentação e Perfil do Grupo 4.4.3 CONCESSÕES DE TRANSPORTES Introdução INDICADORES FINANCEIROS Fruto da sua reconhecida experiência na concretização e desenvolvimento de parcerias público-privadas, o Grupo Mota-Engil, em consórcio com reputados parceiros, tem vindo a afirmar-se de forma crescente neste segmento de mercado em forte expansão. Vendas e Prestações de Serviços: € 117 milhões Activos geridos: € 3,9 mil milhões Infra-estruturas rodoviárias concessionadas: + 1.500 km em 4 países As Concessões de Transportes constituem, para o Grupo Mota-Engil, uma área do maior relevo e vital importância estratégica, sendo desenvolvida através da sua sub-holding Mota-Engil Concessões de Transportes. Através da sua participada AENOR, mantém a vice-liderança como concessionária em Portugal de infra-estruturas rodoviárias, marcando ainda presença de referência noutras infra-estruturas de transportes. O crescimento consolidado desta Área de Negócios permite já hoje a presença em quatro ASCENDI A Ascendi é detida em 60% pelo Grupo Mota-Engil e em 40% pelo Grupo Banco Espírito Santo. As participações a aportar a esta empresa são as detidas pela Mota-Engil Concessões de Transportes, SGPS, SA e pela ESConcessões, SGPS, SA Entre as concessões detidas pela Ascendi contam-se, em Portugal, as que fazem parte do domínio da AENOR, Auto-Estradas do Norte, SA (Norte, Grande Porto, Costa de Prata, Beiras Litoral e Alta e Grande Lisboa), Scutvias (Beira Interior), ViaLitoral (Madeira) e Lusoponte (pontes 25 de Abril e Vasco da Gama, em Lisboa), no domínio rodoviário e pontes, bem como a MTS (metropolitano ligeiro da margem Sul do Tejo), no segmento ferroviário. Em Espanha, avultam as concessões rodoviárias da Autopista Madrid-Toledo, Autovia de Los Viñedos, Autovia de Los Lianos e Madrid 407. 66 67 países, estando em curso a sua expansão para novos mercados e geografias internacionais. O ano de 2007 representa ainda um marco de enorme relevância no posicionamento estratégico do Grupo Mota-Engil e da sua Área de Concessões de Infra-Estruturas de Transportes com a criação da Ascendi, Concessões de Transportes, SGPS, SA. Fruto de uma parceria de cerca de uma década com o Grupo Banco Espírito Santo em diversos projectos, foi acordada e formalizada a criação deste um novo veículo societário onde ambos os Grupos irão concentrar os seus activos nesta área. Actividades principais - Auto-estradas - Vias Rápidas - Pontes - Metropolitano No México, a concessão rodoviária denominada Autopista Perote-Xalapa. Mais recentemente, a Ascendi integrou o consórcio adjudicatário da concessão Marechal Rondon-Leste, marcando assim a sua entrada no mercado do Brasil. Esta concessão, por 30 anos, tem uma extensão prevista de 410kms, elevando assim a mais de 1500kms a extensão das vias concessionadas detidas pela Ascendi. Durante os anos mais próximos, a Ascendi concentrará grande parte dos seus esforços e recursos no programa de concessões de infra-estruturas anunciado e lançado pelo Governo português, nos segmentos rodoviário, ferroviário e aeroportuário, bem como na expansão da sua actividade nos mercados-alvo internacionais, designadamente na Europa Central e de Leste e na América Latina. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 AENOR A AENOR representa, na área de Concessões de Transportes, a maior parcela dos activos em infra-estruturas concessionadas. Para promover a mobilidade dentro de Portugal, o Governo lançou em 1997 um concurso público internacional para a concepção, projecto, financiamento, construção, manutenção e exploração de mais de 175km de auto-estradas, ligando o litoral norte ao interior norte do País. Em 1999, a respectiva concessão foi atribuída a um consórcio de empresas portuguesas ligadas aos sectores de construção e financeiro que acreditaram num projecto de futuro com impacto positivo no desenvolvimento económico e social do País. Assim nasceu a AENOR. Na sequência do PRN 2000 (Plano Rodoviário Nacional), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 222/98, de 17 de Julho, foram lançados outros concursos internacionais a que concorreu a AENOR. Em quatro desses concursos, as propostas da AENOR foram consideradas as melhores. Foram assim atribuídas à AENOR, sequencialmente nos anos de 2000, 2001 e 2002, três concessões de auto-estradas e, no início de 2007 e finais de 2008, foram atribuídas mais duas concessões. Hoje, passados apenas 10 anos sobre o início da primeira concessão, a AENOR continua em expansão. O seu forte dinamismo é potenciado por uma equipa de gestão cujas competências, formação e experiência permitiram implementar as mais avançadas técnicas e instrumentos de gestão. A AENOR é hoje reconhecida como um grande “player” nacional nesta área, ao introduzir um factor concorrencial no panorama nacional de concessionárias de auto-estradas e outras infra-estruturas rodoviárias. A AENOR serve hoje um conjunto de seis concessionárias que, juntas, são responsáveis por cerca de 850km de auto-estradas e outras infra-estruturas rodoviárias concessionadas pelo Estado Português. Com um investimento em estudos, projectos e construção de 3,6 mil milhões de euros correspondentes a 421Km em regime SCUT a 200Km em regime de portagem real e a 213Km de itinerários principais e complementares, a AENOR é um dos maiores investidores nacionais, gerando, directa e indirectamente durante o período mais intenso de construção, mais de 9000 postos de trabalho. Descrevem-se, em seguida, os principais indicadores relativos a cada uma das seis concessões. Apresentação e Perfil do Grupo Concessão Norte Atribuída em 1999 à AENOR – Auto-Estradas do Norte, SA, através de um concurso público internacional, a Concessão Norte constitui um dos maiores projectos rodoviários desenvolvidos nos últimos anos em Portugal. O contrato celebrado integra a concepção, projecto, construção, financiamento, exploração e conservação, em regime de portagem real, por um período de 30 anos. Com um total de 175km, esta concessão liga zonas fortemente industrializadas e de Concessão Norte em números: Principais Lanços Investimento total: € 1.570 milhões Lanços Extensão: 175,1km ÁREAS DE SERVIÇO: 6 Através da A7 e da A11, as auto-estradas que constituem esta concessão, é possível ligar de uma forma rápida e cómoda, o litoral Norte do país e, Vila Pouca de Aguiar que, através da A24, estabelece a ligação a Espanha e Vila Real; e a A4, que permite o acesso a Amarante, Castelões, Penafiel e Marco de Canaveses. Extensão (km) A28/Barcelos A11 12,6 Barcelos/Braga A11 14,8 Braga/Guimarães A11 17,1 Guimarães/A4 A11 26,7 A28/Famalicão A7 20,3 Famalicão/Guimarães A7 22,0 Guimarães/Fafe A7 14,2 Fafe/Basto A7 20,0 Basto/Vila Pouca Aguiar (A24) A7 27,4 O contrato celebrado integra a concepção, projecto, construção, aumento do número de vias, financiamento, exploração e Concessão Costa de Prata em números: Principais Lanços Investimento total: € 492 milhões Lanços Áreas de serviço: 5 (uma das quais não foi sub-concessionada pelo grupo AENOR) grande densidade populacional, como Vila do Conde, Braga, Guimarães, com regiões tradicionalmente com menor poder de compra e de difícil acessibilidade. Auto- ESTRADA Concessão Costa de Prata Atribuída em Maio de 2000 à Lusoscut – Auto-Estradas da Costa de Prata, SA, através de um concurso público internacional, a Concessão Costa de Prata integra 110km de auto-estrada, no litoral, entre as regiões Norte e Centro do País. Extensão: 110km 68 69 conservação, em regime de portagem sem cobrança aos utilizadores (SCUT), por um período de 30 anos. Permitindo a circulação de forma rápida e segura, esta concessão assume-se como um eixo complementar a outros itinerários principais, fazendo a ligação entre as principais cidades do litoral Norte do País, entre Porto e Mira. Auto- ESTRADA Extensão (km) Coimbrões – ER.1-18 A44 ER.1-18 – IP1 (Miramar) A29 3,8 7,5 Miramar – Maceda A29 16,2 Maceda – Estarreja A29 18,4 Estarreja – Angeja A29 15,8 Barra – Nó com A1 A25 22,8 Aveiro – Mira A17 25,1 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 Concessão Beiras Litoral e Alta Atribuída em 2001 à Lusoscut – Auto-Estradas das Beiras Litoral e Alta, SA, através de um concurso público internacional, a Concessão das Beiras Litoral e Alta teve como principal objectivo de base a melhoria das condições de circulação e segurança no IP5. O contrato celebrado integra a concepção, projecto, construção, aumento do número de vias, financiamento, exploração e conservação, em regime de portagem sem cobrança aos utilizadores (SCUT), por um período de 30 anos. Concessão Beiras Litoral e Alta em números: Principais Lanços Investimento total: € 1.020 milhões Lanços Extensão: 173km Áreas de serviço: 6 (três das quais não foram sub-concessionadas pelo grupo AENOR) Esta concessão permite o acesso das cidades da Guarda e Viseu ao litoral, constituindo a principal ligação da zona Centro a Espanha e resto da Europa, através da fronteira de Vilar Formoso. Em Março de 2002, recebeu o prémio “European Transport Project Finance Deal of the Year”, atribuído pela prestigiada publicação “Euromoney”, na categoria de infra-estruturas de transportes. Auto- ESTRADA Extensão (km) Albergaria (IP1) – IC2 A25 4,7 IC2 – Viseu A25 59,3 Viseu – Mangualde A25 16,9 Mangualde – Guarda A25 55,8 Guarda – Vilar Formoso A25 35,8 Concessão Grande Porto Atribuída em 2002 à Lusoscut – Auto-Estradas do Grande Porto, SA, através de um concurso público internacional, a Concessão do Grande Porto veio conferir uma nova mobilidade a uma das principais cidades do Norte do País. O contrato celebrado integra a concepção, construção, duplicação e aumento do número de vias, financiamento, exploração e conservação, em regime de portagem sem cobrança aos utilizadores (SCUT), por um período de 30 anos. Esta concessão contribui de forma inegável para a melhoria da qualidade de vida de quem reside e/ou trabalha no distrito do Porto e para o desenvolvimento económico e social da região e do País. Com efeito, através dos 56km que integram este eixo rodoviário de auto-estradas, é possível: · aceder a uma rede alternativa de grande velocidade para ligações entre a área metropolitana do Porto e os municípios que se situam a Norte (Valongo, Paredes, Penafiel, Paços de Ferreira, Lousada e Felgueiras); · aceder à fronteira com Espanha numa ligação sempre em auto-estrada e percorrível numa hora e meia (através da ligação directa a Lousada – A11 –, que permite o acesso à A7 e posteriormente à A24); e · aceder directamente ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro e ao Porto de Leixões, a partir da A4 e VRI, sem necessidade de passagem pelo Porto. Apresentação e Perfil do Grupo Concessão Grande Porto em números: Principais Lanços Investimento total: €763 milhões Lanços Extensão: 56km Áreas de serviço: 3 Auto- ESTRADA Nó Aeroporto / IP4 VRI 2,9 A4 9,0 Freixeiro / Alfena A41 14,6 Alfena / Ermida A41 8,6 Ermida / Paços de Ferreira A42 6,5 Paços de Ferreira / Lousada A42 13,9 O contrato celebrado integra: · a concepção, construção, aumento do número de vias, financiamento, exploração e conservação de cerca de 25km de auto-estrada, em regime de portagem real, por um período de 30 anos; · exploração e conservação de 66km, na sua maioria já em exploração, sem cobrança de portagem, por um prazo de cinco anos. A concretização deste projecto, num investimento total de 256 milhões de euros, do- Concessão Grande Lisboa em números: Principais Lanços Investimento total: €256 milhões Lanços Áreas de serviço: 2 Extensão (km) Águas Santas / Sendim (IP4) Concessão Grande Lisboa Atribuída em Janeiro de 2007 à Lusolisboa – Auto-Estradas da Grande Lisboa, SA, através de um concurso público internacional, a Concessão da Grande Lisboa integra um conjunto de eixos rodoviários que contribuirão não só para a melhoria da qualidade de vida de todas as pessoas que aí residem e trabalham, como também para o desenvolvimento económico da região. Extensão: 25km de construção e exploração + 66km de exploração (durante 5 anos) 70 71 tará a área metropolitana de Lisboa de uma série de novas infra-estruturas rodoviárias que muito positivamente irão impactar a vida de mais de 2 milhões de pessoas. A concessão integra a construção de 25km de nova auto-estrada, sob a designação de A16/IC16 e A16/IC30, cuja entrada em serviço, ao criar uma nova circular exterior na área metropolitana de Lisboa, permitirá descongestionar o tráfego dos sobrecarregados IC19 e A5. Também a conclusão da construção da CRIL, do Eixo Norte-Sul, da Circular Nascente ao Cacém e do alargamento total do IC19 para três vias em cada sentido – com a subsequente integração destes troços na Concessão Grande Lisboa para exploração – permitirá contribuir decisivamente para a melhoria das condições de circulação automovél na área metropolitana de Lisboa. Auto- ESTRADA Extensão (km) CREL (IC18) – Lourel (IC30) IC16 11,1 Ranholas (IC19) – Linhó (EN9) IC30 4,6 Linhó (EN9) – Alcabideche (IC15) IC30 3,7 Lourel (IC16) – Ranholas (IC19) IC30 3,6 Sacavém (IP1) – Santa Iria da Azóia (IP1) IC2 Lisboa (IC17) – Nó de Belas (IC18) IC16 4,2 Algés – Sacavém (IP1) IC17 23,6 Buraca (IC17) – Ranholas (IC30) IC19 15,8 Olival de Basto (IC17) – Montemor (IC18) IC22 Eixo Rodoviário Norte-Sul IP7 10,4 3,2 10,9 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 Concessão Douro Interior Adjudicada a 25 de Novembro de 2008 à AENOR – Douro Interior, SA, resultante de concurso público lançado, a nova concessão do Douro Interior concretiza a construção das duas estradas mais aguardadas no Nordeste Transmontano, o IP2 e o IC5. A concessão Douro Interior, situada no Nordeste de Portugal, tem uma extensão total de 242km divididos por dois grandes eixos viários, nomeadamente: · O IP2 com 111km, entre Macedo de Cavaleiros e Celorico da Beira, estendendo-se para além do distrito de Bragança até à Guarda; Concessão Douro Interior em números: Principais Lanços Investimento total: €940 milhões Lanços Extensão: 242km Áreas de serviço: 3 4.4.4 MARTIFER INDÚSTRIA E ENERGIA · O IC5, com 131km que ligará Murça, no distrito de Vila Real, a Miranda do Douro no distrito de Bragança. As duas infra-estruturas rodoviárias beneficiarão directamente os concelhos de Alijó, Murça, Mirandela, Macedo de Cavaleiros, Bragança, Miranda do Douro, Mogadouro, Alfândega da Fé, Vila Flor, Carrazeda de Ansiães, Torre de Moncorvo, Vila Nova de Foz Côa, Mêda, Trancoso e Celorico da Beira. Esta concessão irá melhorar a qualidade de vida de 330 mil pessoas e reduzir a taxa de sinistralidade grave em 71%. Auto- ESTRADA Extensão (km) Macedo de Cavaleiros – Vale Benfeito IP2 10 Vale Benfeito – Junqueira IP2 29 Pocinho – Longroiva IP2 20 Longroiva – Trancoso IP2 23 Trancoso – Celorico da Beira IP2 29 Murça – Pombal IC5 23 Pombal – Nozelos IC5 25 Nozelos – Miranda do Douro IC5 83 O Grupo Mota-Engil detém uma participação qualificada no Grupo Martifer, correspondente a 37,5% do seu capital social, mantendo com este uma parceria estratégica nos domínios da indústria e energia. A Martifer SGPS é a empresa-mãe de um grupo de aproximadamente 120 empresas – divididas por quatro segmentos básicos de actividade: Construção metálica; Equipamentos para Energia; Geração eléctrica; Agricultura e Biocombustíveis. O crescimento contínuo registado desde a constituição da Martifer Construções Metalomecânicas, SA, em 1990, e que, em termos médios, tem rondado os 30% ao ano, conduziu o Grupo à liderança Ibérica do segmento das construções metalomecânicas. A continuação do processo de internacionalização das suas actividades e a diversificação dos negócios, essencialmente em áreas ligadas ao mundo da energia, quer tecnológicas, quer de produção/distribuição de energia propriamente dta, constituem os novos desafios a prosseguir. Fundada em 1990, a Martifer iniciou a sua actividade no sector das estruturas metálicas, conquistando, em apenas seis anos, a liderança do mercado nacional. Apresentação e Perfil do Grupo A partir de 1996 e 1999, respectivamente, as estruturas em inox e alumínio começaram a assumir um papel importante dentro da empresa. O Grupo complementa a sua actividade com a aposta nas energias renováveis, no desenvolvimento da área dos equipamentos para a energia, nomeadamente na produção de componentes como torres eólicas e caixas multiplicadoras para aerogeradores e na instalação de parques eólicos e parques solares chave-na-mão. Através da Martifer Renewables, desenvolve um conjunto de activos de geração eléctrica a partir de fontes renováveis, visando assumir-se como um “player” global relevante no mercado de geração e comercialização de energia eléctrica. O Grupo está ainda presente na área da agricultura e biocombustíveis, através da subholding Prio. A sua actividade cobre a totalidade da cadeia de valor de produção de biodiesel, desde a produção das sementes oleaginosas até à distribuição de combustíveis, passando pela extracção de óleos vegetais e produção de biodiesel nas unidades de Aveiro e da Roménia. Hoje, a Martifer está presente em mais de 15 países e nos cinco continentes, obtendo, em 2008, 902 milhões de euros de receitas operacionais consolidadas, o que em comparação com os 519 milhões de euros registados em 2007, representa um crescimento em cerca de 74% no volume de negócios. As suas principais linhas de negócio incluem: Construções Criada em 1990, está na base do que é hoje o Grupo Martifer enquanto líder ibérico e um dos 10 principais “players” europeus. Esta linha de negócio encontra-se em expansão para a Europa Central e Angola. O portefólio da Martifer tem vindo a crescer significativamente ao nível das grandes construções de infra-estruturas públicas e privadas. A Martifer Construções agrega outras soluções nesta área – estruturas metálicas, fachadas em alumínio e vidro, estruturas em aço inoxidável e monoblocos – o que lhe permite oferecer uma gama de serviços completa nas obras em que participa. Equipamentos para Energia Desde 2004 que a Martifer investe em Equipamentos para Energia. A inovação é outro dos eixos estratégicos do Grupo. Através do seu Núcleo de Investigação e Desenvolvimento (I&D), desenvolve uma tecnologia inovadora destinada ao aproveitamento da energia das ondas (projecto Flow). Do desenvolvimento à comercialização, passando pela concepção, a Martifer Energy Systems beneficia da experiência do Grupo na área das estruturas metálicas e das sinergias das restantes áreas de negócio. Para fazer face ao seu importante plano de investimentos nas diversas áreas, a Martifer foi admitida à cotação na bolsa portuguesa em Junho de 2007, através de uma operação de aumento de capital. A estratégia da Energy Systems passa por posicionar-se entre os principais “players” no fornecimento de equipamentos para a produção de energia, a partir de fontes renováveis e como fornecedor de projectos “chave na mão”. A internacionalização do Grupo Martifer fez sempre parte integrante das preocupações estratégicas da empresa. Este processo teve início em 1999, com a criação da Martifer Espanha. Além dos equipamentos para produção de energia eólica, solar e equipamentos para os biocombustíveis, a Martifer está empenhada na criação de um protótipo para aproveitamento da energia das ondas. 72 73 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 Geração eléctrica Com uma grande taxa de desenvolvimento e um enquadramento político, económico e social favorável, a produção de electricidade apresenta-se como uma área de negócio de grande sustentabilidade e rentabilidade. Deste modo e através da Martifer Renewables, a Martifer reforçou a sua presença neste sector muito promissor, tanto em termos de negócio como em termos de sustentabilidade e responsabilidade social. criando soluções de combustão sustentáveis e com menor impacto ambiental. Assim, e através da Prio Advanced Fuels, a Martifer investe na criação de uma empresa de combustíveis avançados, dando mais um passo a caminho do futuro. Agricultura e Biocombustíveis Numa era de preocupação ecológica, é necessário pensar na área dos combustíveis, 4.4.5 TURISMO A área do Turismo do Grupo Mota-Engil engloba um conjunto de actividades nas áreas de desporto e lazer, hotelaria e restauração, sendo integrada por três empresas: · RTA – Rio Tâmega, Turismo e Recreio, SA; · L argo do Paço – Investimentos Turísticos e Imobiliários, Lda; · SGA – Sociedade do Golfe de Amarante, SA. Desporto e Lazer · Quinta de Covelas (RTA) – Composta por um parque aquático, com capacidade para 1200 pessoas, health center, piscina de ondas, piscinas cobertas e campos de ténis, equipamento este servido por parques de estacionamento para 570 veículos e implantado num terreno com cerca de 17 hectares sobre o rio Tâmega. · Campo de Golfe (SGA) – A cerca de 10 minutos do centro da cidade, o campo de Golfe de Amarante dispõe de um percurso de 18 buracos, 5060 metros e par 68, desenhado por Jorge Santana da Silva e inaugurado em 1997. A unidade dispõe de um “driving range” e “club-House” com restaurante e bar. Hotelaria e Restauração Estalagem Casa da Calçada (Largo do Paço) – Situada em pleno centro histórico de Amarante, a Casa da Calçada é um hotel de charme, membro da cadeia Relais & Châteaux. A unidade dispõe de 26 quartos, uma suite presidencial e três suites executivas. Disponibiliza ainda um bar, o restaurante gourmet Largo do Paço e as Salas do Paço, para a realização de eventos sociais e empresariais. No exterior, oferece ainda uma piscina, bar e um espaço dedicado à realização de eventos, harmoniosamente integrados num secular jardim. A esplanada Parque das Tílias, completa a unidade. · Hotel Navarras (RTA) – Unidade hoteleira de três estrelas localizada em pleno centro de Amarante, objecto de uma remodelação total em 2002. O Hotel Navarras é uma unidade tradicional que dispõe de 55 quartos e três suites, equipados com TV satélite e ar condicionado. Apresentação e Perfil do Grupo O hotel oferece ainda aos hóspedes o conforto de uma ampla sala de estar com bar de apoio, uma sala de reuniões e espaço para banquetes com capacidade para receber até 120 pessoas. · Casa do Rio (RTA) – A Casa do Rio é um espaço modular, que faz parte da Quinta 4.4.6 MESP SERVIÇOS PARTILHADOS A MESP – Mota-Engil, Serviços Partilhados Administrativos e de Gestão, SA foi constituída em Dezembro de 2001, tendo em vista prestar um conjunto de serviços às empresas do grupo Mota-Engil nas áreas da contabilidade e prestação de contas, fiscalidade, finanças, sistemas de informação, recursos humanos e controlo de gestão. A MESP, Mota-Engil Serviços Partilhados Administrativos e de Gestão, SA aspira a prestar e partilhar com os seus clientes um serviço de excelência incorporado na sua Visão, Missão e proposta de valor. A partilha de recursos especializados permite à MESP redesenhar múltiplas tarefas para formatos de execução mais eficientes e integrados, reduzindo burocracia, assegurando a eficaz circulação da informação e acelerando processos de decisão e aprovação. A MESP suporta todo este processo de mudança adequando pessoas e competências às alterações da realidade interna e externa das empresas. Visão Ser a única empresa de serviços de suporte do Grupo Mota-Engil e obter reconhecimento no mercado pela excelência dos serviços. Missão Assumir o papel de parceiro estratégico através da prestação de serviços de suporte. Valor Acrescentado Ao optimizar processos e desenvolver recursos, a MESP possibilita um reaproveitamento 74 75 de Covelas, com cerca de 2800 m2, distribuídos por vários salões em três pisos com vistas privilegiadas sobre o Rio Tâmega. Os espaços destinam-se a grandes serviços de restauração e reuniões, dispondo a sua cozinha de capacidade para a confecção de 1000 refeições em simultâneo. de talento para as actividades que acrescentam valor aos negócios e aos parceiros. Benefícios - Acesso às melhores práticas e plataformas tecnológicas a custos reduzidos; - Focalização no “core business”; - Desenvolvimento do capital humano; - Processos de negócio suportados em SAP; - Reforço da posição negocial na interacção com terceiros; - Acesso aos investimentos contínuos da MESP nos processos e sistemas. Qualidade no serviço prestado - Sistema de gestão A certificação do Sistema de Gestão obtida em 2007 comprovou o alinhamento da MESP com as melhores práticas, em conformidade com a Norma NP EN ISO 9001:2000. Esta certificação reconhece o esforço da MESP em assegurar a conformidade dos seus serviços, a melhoria contínua e a satisfação dos seus parceiros, garantindo: - satisfação das expectativas dos parceiros, consolidando não só a sua fidelização mas também o seu desenvolvimento sustentável; - acesso inequívoco a um Sistema de Gestão da Qualidade adequado e que promove a dinâmica de melhoria contínua; - aumento de notoriedade no mercado; - adopção das mais actuais ferramentas de gestão; - confiança acrescida nos processos de concepção, planeamento e fornecimento do serviço. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 76 77 RIGOR A visão de quem se revê nos mais exigentes padrõeS de conduta. 05 Governância, Compromissos com iniciativas externas, Relacionamento com Stakeholders RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 Introdução 5.1 GOVERNO SOCIETÁRIO O Grupo Mota-Engil é hoje um dos principais grupos económicos privados em Portugal, explorando e desenvolvendo um portefólio integrado de negócios, centrado na cadeia de valor da construção e com níveis de “performance” alinhados com as melhores práticas internacionais. Ao longo da última década, o Grupo Mota-Engil adoptou e implementou uma estratégia assente no reforço e consolidação, internacionalização e diversificação. O cumprimento deste plano estratégico traduziu-se em elevadas taxas de crescimento dos negócios do Grupo. A estratégia da Mota-Engil face aos sinais que o mercado apresentava no início da década conduziu à diversificação do seu portefólio de negócios para áreas onde as margens são significativamente superiores às da construção e que não se encontram tão condicionados à sazonalidade dos ciclos económicos e políticos. Esta estratégia, integrada com o processo de internacionalização da construtora, permitiu criar as bases do crescimento que se verifica actualmente no Grupo. A entrada nos mercados onde o Grupo está actualmente presente fez-se sempre através da Engenharia e Construção (exceptuando o México – área de Concessões), estando em muitos destes mercados criadas as condições para que as restantes áreas do Grupo Mota-Engil possam internacionalizar-se, tendo a Engenharia e Construção logrado, com a sua presença, garantir os factores críticos de sucesso vencendo a resistência à entrada de empresas estrangeiras, pela qualidade e fiabilidade apresentadas. Com a aprovação, em 2008, do Plano Estratégico “Ambição 2013”, o Grupo Mota-Engil reiterou os seus principais Objectivos Estratégicos, assentes em quatro Áreas-Chave: Crescimento Sustentado · Promovendo a assunção plena por parte dos órgãos de gestão do Grupo das suas funções e responsabilidades; · Reforço do controlo da execução das decisões tomadas; · Incremento dos mecanismos de comunicação interna de forma a dinamizar a participação dos colaboradores nos objectivos do Grupo; · Promoção da imagem nacional e internacional, como instrumento de valorização do posicionamento global do Grupo; · Progressiva implementação de procedimentos e práticas de gestão transversais a todo o Grupo; · Política integrada de Recursos Humanos, num quadro de Rigor e Compromisso que estimule a excelência e o mérito, a progressão na carreira, tornando o Grupo capaz de enfrentar os desafios do futuro. Diversificação · Política de crescimento contínuo e sustentado; · Diversificação de actividades cujo dinamismo permitirá elevadas taxas de crescimento dentro de um contexto onde a participação das áreas de negócio não-construção aumentam o seu contributo para o volume de negócios; · Condução do Grupo para um cenário de sustentabilidade, num contexto nacional e internacional, em que o retorno não depende em exclusivo de nenhum sector, criando assim imunidade aos efeitos sazonais dos ciclos económicos e políticos; · Objectivo de liderança de mercado em todas as áreas de negócio onde actua, no mercado nacional, alicerçando-se ainda na procura constante de novos negócios; · Aproveitamento do potencial de crescimento externo, em negócios de elevadas rentabilidades e com retornos de capital recorrentes; · Acompanhamento dos pólos de Investigação & Desenvolvimento, de modo a tirar partido das oportunidades emergentes; · Escrutínio permanente das inovações tecnológicas de carácter modernizador GOVERNÂNCIA, COMPROMISSOS COM INICIATIVAS EXTERNAS, RELACIONAMENTO COM STAKEHOLDERS dos sectores de actividade onde o Grupo opera, adoptando paralelamente as melhores práticas de gestão existentes no mercado. Internacionalização · Análise, com objectividade e rigor, dos mercados onde o Grupo se encontra presente, de forma a centrar as principais apostas no reforço nos mercados que se revelem mais rentáveis, explorando ainda novos mercados e oportunidades de negócio; · Presença global em todos os mercados, onde qualquer das áreas de negócio se encontre, potenciando sinergias intra-Grupo. · · · · Desenvolvimento do Capital Humano · Afirmação da Mota-Engil como Grupo multidisciplinar e global; · Reforço das competências-chave como suporte e garantia na conquista dos objectivos estabelecidos; ·Identificação e gestão do talento de modo a promover o rigor e a elevação dos 5.1.1 ESTRUTURA DE GOVERNO SOCIETÁRIO · · 78 79 níveis de desempenho e a capacidade do Grupo em gerar líderes para o futuro; Formação de gestores com capacidade internacional, visão transversal do Grupo e com disponibilidade para a rotação entre funções / mercados, reforçando a cultura e o conhecimento do Grupo; Fomento do recrutamento e integração de quadros estrangeiros nas estruturas de decisão, devidamente alinhados com os Valores e a Estratégia definida globalmente, mas com a possibilidade para, localmente, potenciar novas oportunidades; Captação de competências internas / parcerias para as novas áreas de negócio a desenvolver; Promoção de instrumentos de avaliação de desempenho articulados com os instrumentos de planificação estratégica; Estímulo à remuneração em função do desempenho; Aposta clara na formação contínua e numa política de expatriamento de recursos humanos compensadora e eficaz. A Mota-Engil SGPS, na qualidade de sociedade de capital aberto, está atenta às recomendações da Comissão de Mercado dos Valores Mobiliários (CMVM) sobre o Governo das sociedades cotadas, tal como previsto nos regulamentos por esta emitidos. O acompanhamento responsável que a Mota-Engil tem vindo a fazer neste domínio permite concluir por um bom grau de adopção das recomendações emanadas pelos órgãos competentes sobre o Governo das Sociedades. Procura igualmente interiorizar as reflexões e consequentes alterações do quadro regulamentar aplicável, entendendo-as como um contributo oportuno e pertinente cuja observância favorece todas as entidades envolvidas na actividade societária, analisando assim criticamente o seu posicionamento em matéria de governo da sociedade à luz destas recomendações, ponderando designadamente as vantagens efectivas da sua integral implementação face à realidade em que opera. As boas práticas de governo corporativo são, além disso, entendidas como um suporte fundamental à Visão e Estratégia do Grupo Mota-Engil, tal como se encontra explicitado no ponto anterior. A estrutura de governo corporativo do Grupo Mota-Engil é a seguinte: RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO ·O Conselho de Administração da MotaEngil, SGPS, SA, constituído por 14 membros, sendo três Administradores independentes não-executivos; ·O Conselho de Administração é constituído por um Presidente, dois Vice-Presidentes e 11 Vogais; ·O Presidente do Conselho de Administração não desempenha funções executivas; · No Conselho de Administração, estão presentes, como Vogais, em número de três, os Presidentes dos Conselhos de Administração das sub-holdings do Grupo Mota-Engil Engenharia e Construção, Mota-Engil Ambiente e Serviços e MotaEngil Concessões de Transportes; - Gabinete de Coordenação Internacional; - Direcção de Responsabilidade Social, Corporativa e Sustentabilidade; - Gabinete de Coordenação da Comissão Executiva; - Direcção do Controlo de Gestão do Grupo; - Direcção de Finanças Corporativas; - Direcção de Relações com o Mercado de Capitais; - Serviços Partilhados; - Projecto Alta Velocidade; - Novos Mercados Geográficos; - Desenvolvimento e coordenação de Projectos Imobiliários nos mercados interno e externo; - Negócios Engenharia e Construção; - Negócios Ambiente e Serviços; - Negócios Concessões de Transportes; · Este órgão está focado essencialmente na gestão estratégica e na orientação superior dos negócios globais do Grupo. · A Comissão Executiva é o órgão de decisão operacional do Grupo, actuando em conformidade com as linhas de orientação global dos negócios estabelecidas pelo Conselho de Administração. COMISSÃO EXECUTIVA ·A Comissão Executiva constituída na sequência das decisões da Assembleia Geral de Accionistas, ocorrida em 26 de Maio de 2008, e que é constituída por um Presidente e seis Membros; ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO A fiscalização da sociedade é exercida por um Conselho Fiscal e por uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, que exercem funções resultantes da legislação aplicável e dos estatutos. ·Preside à Comissão Executiva, na qualidade de Chief Executive Officer (CEO), um dos Vice-Presidentes do Conselho de Administração, integrando ainda, entre os seus membros, o outro Vice-Presidente deste último órgão e cinco outros membros, designadamente, os três Presidentes do Conselho de Administração das sub-holdings do Grupo e dois Vogais do Conselho de Administração, um dos quais com as funções de Chief Financial Officer (CFO); O Conselho Fiscal é constituído por quatro membros, dos quais um Presidente, dois membros efectivos e um suplente. · A Comissão Executiva, através dos pelouros atribuídos aos seus membros, superintende e coordena as seguintes direcções de carácter corporativo e áreas: - Direcção Corporativa de Recursos Humanos; - Direcção de Comunicação e Imagem; COMISSÕES ESPECIALIZADAS O modelo de governo do Grupo Mota-Engil engloba ainda as seguintes Comissões especializadas: · A Comissão de Vencimentos que, nos termos estatutários, tem por função definir a política de remunerações dos titulares dos órgãos sociais, fixando as remunerações aplicáveis, tendo em consideração as funções exercidas, o desempenho verificado e a situação económica da Sociedade; · A Comissão de Investimento, Auditoria e Risco, composta por três membros permanentes (um administrador não-executivo, GOVERNÂNCIA, COMPROMISSOS COM INICIATIVAS EXTERNAS, RELACIONAMENTO COM STAKEHOLDERS que preside, um administrador independente não-executivo e o CFO), que tem como principais funções e responsabilidades apreciar e sugerir políticas de investimento e risco de negócios e projectos ao Conselho de Administração, examinar e emitir parecer sobre projectos de investimento ou desinvestimento, emitir parecer sobre a entrada e saída em novas áreas de negócio, e monitorizar operações financeiras e societárias relevantes; ·A Comissão de Desenvolvimento de Recursos Humanos, que tem como membros permanentes um Administrador da Mota-Engil, SGPS, SA e os Presidentes dos Conselhos de Administração das 5.1.2 INFORMAÇÕES ADICIONAIS Num quadro de adequação do modelo de governo societário às recomendações, regras e boas práticas de governo corporativo consagradas nacional e internacionalmente, importa acrescentar o seguinte: Relativamente à remuneração dos titulares de órgãos de administração, refira-se que uma parte da mesma está directamente dependente dos resultados da empresa. Assim, em 2008, os membros do Conselho de Administração da Mota-Engil SGPS auferiram globalmente o montante de 700 mil Euros, correspondentes a cerca de 0,8% dos Resultados Líquidos de 2007, por proposta de aplicação de resultados aprovada em Assembleia Geral de Accionistas. Registe-se ainda, em matéria de dividendos, a adopção pelo Grupo de uma política de atribuição de dividendos materializada, em cada ano económico, num “Pay-Out Ratio” mínimo de 50% e máximo de 75%, dependendo da avaliação pelo Conselho de Administração de um conjunto de condições temporais, mas onde pontifica o objectivo de atingir uma adequada remuneração do capital accionista por essa via. 80 81 Áreas de Negócio. As principais funções desta Comissão são as de monitorar os níveis de produtividade, remuneração e igualdade de oportunidades; avaliar os programas de captação e desenvolvimento de quadros de elevado valor; definir as orientações dos sistemas de avaliação e incentivos, planos de carreiras, plano de formação e plano de recrutamento e selecção; avaliar regularmente a motivação dos colaboradores; e definir a cultura e valores-chave, coordenando esforços para a sua implementação no Grupo. ÁREAS DE NEGÓCIO Cada uma das Áreas de Negócio do Grupo é dirigida por um Conselho de Administração. De salientar ainda não terem sido efectuados negócios nem outras operações entre a Sociedade e os membros dos órgãos de administração e fiscalização, titulares de participações qualificadas ou sociedades que se encontram em relação de domínio ou de grupo, excepto os negócios que fazem parte da actividade corrente e que foram realizados em condições normais de mercado. No que toca ao exercício dos direitos societários, é de salientar o facto de não existirem limites estatutários ao exercício do direito de voto nem direitos especiais de um accionista ou de um conjunto de accionistas. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 5.2 COMPROMISSOS COM INICIATIVAS EXTERNAS 5.2.1 CÓDIGO DE CONDUTA ANEOP No quadro da sua participação na Associação Nacional de Empreiteiros de Obras Públicas (ANEOP), onde desde sempre o Grupo Mota-Engil, através da sua Área de Negócios Mota-Engil Engenharia, marcou presença de relevo, foi aprovado para vigorar, a partir de 2007, o Código de Conduta das empresas filiadas na ANEOP. Este documento, de adopção voluntária e aplicável em todo o espaço nacional, enuncia um conjunto de princípios a que se obrigam as empresas de construção e obras públicas que integram esta associação que conta, entre os seus membros, com as maiores e mais importantes entidades do sector a operar em Portugal. O Código de Conduta ANEOP contempla cinco grandes capítulos, englobando a ética e o governo das sociedades; a saúde e segurança dos trabalhadores; qualidade, meio ambiente e responsabilidade social; inovação e tecnologia; e criação de valor para os accionistas e a sociedade. No que à ética e governo das sociedades respeita, privilegiam-se as relações com os clientes, com os fornecedores, com os accionistas, com os colaboradores, com os concorrentes e com a sociedade, sendo que o denominador comum assenta na satisfação que deve ser uma exigência da acção empresarial, no comportamento pelo respeito da lei e pelos critérios do mercado e na rejeição de práticas que possam falsear o processo económico. Quanto à saúde e segurança dos trabalhadores, consagra-se o compromisso de desenvolver sistemas de largo espectro que abranjam a globalidade das operações produtivas e a totalidade dos trabalhadores, garantindo-se, em paralelo, formação profissional desenhada de molde a que a prevenção do risco se substitua à inventariação das consequências do acidente. Na parte respeitante à qualidade, meio ambiente e responsabilidade social, reafirma-se uma atitude de diferenciação pela qualidade, o compromisso pela adopção de soluções e critérios de cariz ambiental nos processos produtivos e o comportamento perante o meio envolvente que ajude a conferir sentido à vida, tanto a das gerações presentes, quanto, e em especial, a das gerações futuras. Numa actividade integrante, por excelência, da fileira da engenharia, como é o caso da construção, enfatiza-se a exigência da aposta em Investigação e Desenvolvimento, acolhendo a vertente tecnológica nas estratégias empresariais e incutindo-lhes uma sólida cultura técnica. Finalmente e no pressuposto que a Empresa é o produto da iniciativa, da capacidade de avaliar e gerir o risco e de fazer opções na afectação dos recursos existentes, com vista à optimização do lucro, esta lógica deve compaginar-se com os direitos fundamentais da pessoa humana, garantindo-se, por esta via, a criação de valor para a Sociedade. GOVERNÂNCIA, COMPROMISSOS COM INICIATIVAS EXTERNAS, RELACIONAMENTO COM STAKEHOLDERS 5.2.2 ACTIVIDADE ASSOCIATIVA Consciente do seu papel na sociedade e de forma a assegurar mais eficazmente a interacção e o diálogo com as partes interessadas, o Grupo Mota-Engil participa activamente em inúmeras organizações de índole industrial e comercial. A presença nestes organismos associativos consubstancia-se através do financiamento às suas actividades por via do esforço de quotização a cargo das empresas filiadas e pelo exercício de funções nos seus órgãos executivos. Apresenta-se, em seguida, o elenco das instituições de que o Grupo Mota-Engil faz parte, através das suas várias empresas, devendo ser realçada a importância estratégica que as mesmas representam para o Grupo enquanto factores de cooperação e de relacionamento estreito com a comunidade empresarial. ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO ACHE – Associación Cientifico-Técnica del Hormigon Estrutural ADFER – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento do Transporte Ferroviário AECOPS – Associação das Empresas de Construção e Obras Públicas do Sul AFESP – Associação Portuguesa de Fabricantes e Empreiteiros de Sinalização AICCOPN – Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas do Norte AICOPA – Associação dos Industriais de Construção Civil e Obras Públicas dos Açores AIMAP – Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal AIMMP – Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal ANAGREI – Associação Nacional dos Alugadores de Gruas e Equipamentos Industriais ANEOP – Associação Nacional dos Empreiteiros de Obras Públicas ANEP – Associação Nacional de Empreiteiros de Parques de Estacionamento ANIET – Associação Nacional da Indústria Extractiva e Transformadora ANIPC – Associação Nacional dos Industriais de Produtos de Cimento ANTRAM – Associação Nacional dos Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias 82 83 AP3E – Associação Portuguesa de Estudos e Engenharia de Explosivos APCMC – Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção APEB – Associação Portuguesa das Empresas de Betão Pronto Associação Comercial do Porto Associação de Comércio e Indústria de Amarante Associação de Promotores Imobiliários Associação Portuguesa para a Normalização e Certificação Ferroviária Associação para a Organização Ferroviária Portuguesa ASSICOM – Associação da Indústria da Construção da Região Autónoma da Madeira CMM – Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista CNPCE – Comissão Nacional Portuguesa de Congressos de Estradas CRP – Centro Rodoviário Português EFFC – European Federation of Foundation Contractors International Society for Soil and Mechanical Engineering RELACRE – Associação de Laboratórios Acreditados em Portugal SPG – Sociedade Portuguesa de Geotecnia ANET – Associação Nacional dos Engenheiros Técnicos AMBIENTE E SERVIÇOS AEPSA – Associação das Empresas Portuguesas para o Sector do Ambiente AOP – Associação Marítima e Portuária APAP – Associação Portuguesa de Arquitectos Paisagistas APEMETA – Associação Portuguesa de Empresas de Tecnologias Ambientais APESB – Associação Portuguesa para Estudos de Saneamento Básico APIRAC – Associação Portuguesa das Indústrias de Refrigeração e Ar Condicionado APMI – Associação Portuguesa de Manutenção Industrial ASSOCIAÇÕES EMPRESARIAIS AEP – Associação Empresarial de Portugal ELO – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Económico e Cooperação RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 5.3 RELACIONAMENTO COM AS PARTES INTERESSADAS CÂMARAS DE COMÉRCIO Câmara de Comercio e Indústria do Centro Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada Câmara de Comércio e Indústria do Porto Câmara de Comércio Americana em Portugal Câmara de Comércio e Indústria Árabe-Portuguesa Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa Câmara de Comércio e Indústria Luso-Húngara Câmara de Comércio e Indústria Luso-Espanhola Câmara de Comércio e Indústria Luso-Marroquina Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Angola Câmara de Comércio e Indústria Portugal-Moçambique Identificação das partes interessadas detalhado neste Relatório, a identificação das partes interessadas obedeceu a um procedimento de consulta interna junto dos principais responsáveis dessas Áreas, produzindose, relativamente aos Relatórios anteriores, a um maior refinamento na sua identificação. O Grupo Mota-Engil considera essencial focalizar a sua atenção nas múltiplas partes interessadas com que se relaciona. Pela dimensão e carácter diversificado das suas actividades em múltiplas geografias e contextos económicos, sociais e culturais de referência, o quadro relacional do Grupo Mota-Engil expande-se significativamente, assumindo regularmente novos contornos. A identificação e abordagem das suas partes interessadas afigura-se assim como tarefa complexa, exigindo um processo de monitorização e melhoria contínua num quadro de abertura e estreitamento de relações, envolvendo múltiplas instituições e segmentos da sociedade. Os processos de identificação e abordagem das principais partes interessadas dependem pois, em grande medida, da dinâmica e das características próprias de cada Área de Negócios do Grupo, disso se dando em seguida resumida conta. Em todas as Áreas de Negócio, com particular ênfase nas que são objecto de relato mais OUTROS ORGANISMOS APQ – Associação Portuguesa para a Qualidade COTEC – Associação Empresarial para a Inovação FUNDEC – Fundação para a Formação Contínua em Engenharia Civil INOVA.GAIA – Associação para o Centro de Incubação da Base Tecnológica de Vila Nova de Gaia No que respeita ao Grupo Mota-Engil em geral, pelo seu carácter internacional e diversificado e face aos objectivos do seu desenvolvimento estratégico, a consolidação e busca constante de novas oportunidades de negócio coloca particular ênfase nos seus Clientes, nacionais e internacionais, nos seus parceiros de negócio e no universo dos seus Colaboradores, num contexto de valorização do seu capital humano decisivo enquanto activo e vector fundamental para o cumprimento dos seus objectivos estratégicos. Assumem, de igual modo, primacial importância os accionistas do Grupo, os investidores, as entidades financeiras e do sector segurador, os meios de comunicação social, as organizações não-governamentais, bem como as entidades reguladoras. A identificação destas partes interessadas assume, assim, um carácter transversal a todo o Grupo. GOVERNÂNCIA, COMPROMISSOS COM INICIATIVAS EXTERNAS, RELACIONAMENTO COM STAKEHOLDERS Na Área de Negócios de Engenharia e Construção, avultam igualmente como partes interessadas de referência os Clientes do Grupo, quer se trate de clientes institucionais (Estado e demais entidades públicas), pelo seu peso muito significativo em relação aos principais segmentos de actividade desta Área de Negócios, quer ainda os inúmeros clientes do sector privado atento o número de valências especializadas na área de engenharia e construção detidas pelo Grupo. Para além das comunidades locais, pelo impacto do sector construtivo nos domínios social e ambiental, e da vasta gama de fornecedores de produtos e serviços, nota marcante desta actividade caracterizada pela sua extensa cadeia de procura. Na Área de Negócios de Ambiente e Serviços e em particular nas actividades ligadas ao sector dos Resíduos e da Água, assumem particular relevância as autarquias locais, enquanto concedentes de serviços públicos explorados em regime de concessão, bem como a multiplicidade dos cidadãos na sua qualidade de clientes finais dos serviços prestados, sendo ainda especialmente importantes os organismos responsáveis pelo enquadramento legal e regulação destes sectores. Na Área das Concessões de Transportes, concitam especial atenção os concedentes dos serviços públicos no sector das concessões de infra-estruturas de transportes, bem como o público utilizador dessas infra-estruturas numa área particularmente sensível às questões da segurança, qualidade e níveis de serviço disponibilizados. Abordagem das partes interessadas Uma das formas privilegiadas de abordagem das partes interessadas por parte do Grupo Mota-Engil, na sua globalidade, consiste na adopção de um conjunto de meios de comunicação, entre os quais avulta o seu website, disponibilizando um conjunto de informação vasta sobre o Grupo, para além da sua publicação periódica “Sinergia”, que constitui um amplo repositório informativo sobre as actividades do Grupo. 84 85 A este nível, registe-se ainda a existência de “newsletters” e publicações disponibilizadas por várias empresas do Grupo. Através dos contactos disponibilizados via website, encontra-se facilitada a interlocução com qualquer das áreas do Grupo, possibilitando assim um número considerável de interacções com o exterior do Grupo. Assinale-se ainda a dinâmica de relacionamento com os meios de comunicação social, quer generalistas, quer da imprensa especializada, nos domínios económico e financeiro, atestada pelo extenso acervo de menções às actividades, negócios e iniciativas do Grupo e pela presença regular dos seus representantes nos meios de comunicação social. No que concerne em particular à abordagem das partes interessadas na Área de Negócio de Engenharia e Construção, importa destacar os seguintes aspectos: Colaboradores: · Realização de Encontros de Quadros e Fóruns de partilha de conhecimento; · Publicação mensal de uma “newsletter” interna, que pretende dar a conhecer a todos os seus colaboradores as notícias da Empresa; · Divulgação periódica de campanhas de Sensibilização Ambiental. Clientes: · Envio de Inquéritos de Satisfação do Cliente. Fornecedores: · Promoção de acções de formação de fornecedores; ·Realização de inquéritos de satisfação e desenvolvimento de parcerias. Universidades: · Celebração de vários protocolos com Universidades; ·Parcerias para desenvolvimento de estudos e projectos específicos. Comunicação: · Participação em eventos, feiras de construção, seminários. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 Associações: ·Participação em Grupos de Trabalho e noutras iniciativas, nomeadamente com a ANEOP. A SUMA, na Área de Negócios de Ambiente e Serviços, identificou no seu processo de Monitorização, Medição e Análise, a Actividade “Satisfação das Partes Interessadas”. Com esta actividade pretende monitorizar, medir e analisar a satisfação das várias partes interessadas da Organização de forma a estabelecer bases para a melhoria contínua. Relativamente aos Clientes, são considerados dois aspectos principais: · A gestão do Inquérito de Avaliação da Satisfação de Clientes (ISC); · A gestão das reclamações recebidas na organização. Com uma periodicidade mínima anual, são enviados inquéritos aos clientes em todos os municípios onde a SUMA presta serviços. Esta ferramenta visa monitorizar, numa base mensurável, informação relativa à percepção de cada Cliente em relação à organização e os requisitos e níveis de serviço dela esperados. Contempla quatro parâmetros de avaliação: · Avaliação dos serviços prestados; ·Avaliação das competências técnicas e imagem da organização; · Avaliação global; · Campo para fornecimento de Opiniões e Sugestões. Independentemente do envio destes inquéritos, sempre que a área Comercial ou a área da Produção, no seu contacto regular com clientes, tome conhecimento de informações relevantes ao nível da satisfação ou sugestões de melhoria, documentam tais situações e dão-lhes o seguimento adequado. No que respeita às Reclamações, a SUMA definiu e documentou a forma como realiza o seu tratamento, desde que estas são recebidas até à transmissão da resposta ao reclamante, de forma a assegurar que: ·As reclamações são devidamente registadas e analisadas, com o envolvimento dos respectivos responsáveis; · É dada resposta objectiva ao reclamante, · Se obtém dados fidedignos/pertinentes para a melhoria do desempenho da Organização; · São detectadas as não-conformidades associadas às reclamações, No que respeita às restantes partes interessadas, a SUMA identificou os seus principais stakeholders e analisou os assuntos que lhes podem interessar mais, relativamente à sua relação com a SUMA, desdobrando-os pelas perspectivas da sustentabilidade. A avaliação da satisfação para a totalidade das partes interessadas está a ser alvo de um reforço, através da utilização melhorada de metodologias e ferramentas já existentes (p.ex. inquérito à satisfação do trabalhador), ou através de metodologias e ferramentas a introduzir nos próximos programas de gestão, dada a valia que essa avaliação tem para o desempenho sustentável da SUMA. No que respeita à Área de Negócios do Concessões de Transportes, e em particular à AENOR, enquanto concessionária de mais de 600kms de auto-estradas em Portugal, registem-se a existência de uma Linha de Apoio ao Cliente em funcionamento 24 horas por dia, a existência, no seu website, de um espaço para preenchimento de Sugestões e Reclamações, sendo ainda disponibilizada informação sobre a forma de restituição de taxas de portagem por parte dos seus utilizadores em relação aos troços ou sublanços em obras. Acresce a existência de um espaço de esclarecimento de dúvidas e de um Questionário de Avaliação de Satisfação dos Utilizadores. É de assinalar, por último, a criação da figura do Provedor do Cliente, entidade criada para garantir a máxima satisfação do Cliente, acompanhando de perto e respondendo a todas as questões que sejam colocadas. O Provedor do Cliente é o próprio Presidente do Conselho de Administração da AENOR, simbolizando assim a importância conferida à figura do Cliente e utilizador final dos serviços prestados pela empresa. GOVERNÂNCIA, COMPROMISSOS COM INICIATIVAS EXTERNAS, RELACIONAMENTO COM STAKEHOLDERS 86 87 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 88 89 RESPONSABILIDADE Um encontro de vontades que se revela. 06 Responsabilidade Social e Gestão do Capital Humano RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 INTRODUÇÃO 6.1 RESPONSABILIDADE SOCIAL 6.1.1 PROGRAMA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL Em 2006, o Grupo Mota-Engil deu início à concretização de uma estratégia de sustentabilidade e responsabilidade social e que viria a culminar, em 2007, na publicação do seu primeiro Relatório de Sustentabilidade. através da referência ao Programa de Responsabilidade Social do Grupo, em que se materializa a sua concretização, e à forma de organização adoptada para dar cumprimento aos objectivos estratégicos traçados. A Visão e a Estratégia de sustentabilidade do Grupo Mota-Engil, tratadas em capítulo próprio deste Relatório, são aqui detalhadas O Programa de Responsabilidade Social procura corporizar e dar resposta prática à estratégia de sustentabilidade do Grupo Mota-Engil. Este programa integra um conjunto de Objectivos Gerais e uma Estrutura Orgânica de suporte à sua execução, a qual, por sua vez, se desdobra na realização de Actividades/ Projectos que resultam, quer de iniciativas próprias, quer do apoio a iniciativas com origem em entidades exteriores ao Grupo. Paralelamente e no domínio da comunicação do desempenho nas áreas social e ambiental, o Programa de Responsabilidade Social integra ainda a publicação regular do Relatório de Sustentabilidade do Grupo, bem como, e igualmente no domínio da comunicação externa, a publicação e actua lização dos conteúdos inseridos no website institucional sob a designação “Desenvolvimento Sustentável”. riscos decorrentes dos impactos económicos, sociais e ambientais do negócio, integrando-os no modelo global de gestão; · Cultura baseada na qualidade, no rigor e na orientação para o cliente; ·Incremento da produtividade e eficiência de processos, visando atingir elevados níveis de desempenho operacional de acordo com as melhores práticas internacionais e de mercado. 2. Ecoeficiência e Inovação O Programa contempla os seguintes eixos estratégicos e Objectivos Gerais: ·Fazer mais com menos, reduzindo o consumo de recursos e incrementando a eficiência na sua utilização; ·Procura constante de melhorias no plano ambiental que potenciem paralelamente benefícios económicos; ·Forte incentivo à inovação como factor crítico de aumento da competitividade, estimulando o crescimento, a diversificação e a criação de novas oportunidades de negócio. 1. Criação de valor 3. Protecção do meio ambiente · Criar valor na perspectiva do accionista e da sociedade em geral; · Abordagem preventiva e prospectiva dos ·Minimizar o impacto ambiental das actividades do Grupo, integrando a perspectiva ambiental nos processos e sistemas de gestão; RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO ·Promover e participar em iniciativas de sensibilização e preservação dos valores ambientais. 4. Ética empresarial ·Observância de critérios éticos na promoção dos valores, cultura e modelo de gestão do Grupo; ·Respeito pelas pessoas e pelos seus direitos. 5. Diálogo com as partes interessadas ·Transparência e abertura no relacionamento com as partes interessadas; ·Comunicação regular e sistematizada com as partes interessadas, visando auscultar e integrar as suas preocupações; ·Relato objectivo e credível do desempenho económico, social e ambiental. 6. Gestão do capital humano ·Traduzir a dimensão humana e o respeito pelas pessoas na estratégia e nas políticas de gestão de recursos humanos; ·Valorizar o emprego e a progressão na carreira, estimulando a aquisição de com- 90 91 petências através da formação contínua e da aprendizagem ao longo da vida; ·Criar condições de trabalho motivadoras e compensadoras mediante políticas remuneratórias e de incentivo que favoreçam a excelência e o mérito; ·Garantir os mais elevados padrões de saúde e segurança no trabalho, ·Adoptar práticas de recrutamento e selecção não-discriminatórias e que promovam a igualdade de oportunidades; ·Apoiar activamente a transição da escola para a vida activa, promovendo a formação qualificante; ·Estimular o envelhecimento activo, visando o equilíbrio geracional dos recursos humanos no quadro de uma política laboral responsável e socialmente sustentável. 7. Apoio ao desenvolvimento social ·Apoiar iniciativas de carácter social, educativo, cultural e ambiental promovidas pelo Grupo ou em parceria com entidades externas; ·Contribuir através da acção mecenática para o desenvolvimento sócio-económico das comunidades onde desenvolve a sua actividade. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 6.1.2 ESTRUTURA ORGÂNICA O Programa de Responsabilidade Social é coordenado e executado ao nível corporativo pela Direcção de Responsabilidade Social, Corporativa e Sustentabilidade (DRSCS). A Direcção de Responsabilidade Social, Corporativa e Sustentabilidade constitui uma das funções de carácter estratégico e corporativo do Grupo Mota-Engil, estando integrada na sua holding na dependência directa do Presidente da Comissão Executiva do Grupo Mota-Engil. Compete a esta Direcção planear, coordenar e executar a política de Sustentabilidade e o Programa de Responsabilidade Social do Grupo Mota-Engil, de acordo com a Visão e a Estratégia de sustentabilidade aprovadas pelos seus órgãos, actuando transversalmente nas suas áreas e unidades de negócio. O Conselho Coordenador para a Sustentabilidade (CCS) é o órgão interno de carácter permanente responsável pelo acompanhamento da política de Sustentabilidade do Grupo Mota-Engil, coadjuvando a Direcção de Responsabilidade Social, Corporativa e Sustentabilidade na coordenação e execução do Programa de Responsabilidade Social. O Conselho Coordenador para a Sustentabilidade (CCS) integra, além do Director de 6.1.3 ACTIVIDADES E PROJECTOS DO PROGRAMA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL Apresenta-se, em seguida, uma breve sinopse das Actividades e Projectos em que o Grupo Mota-Engil se encontra envolvido, no cumprimento do seu Programa de Responsabilidade Social. 6.1.3.1 MOTA-ENGIL SOLIDÁRIA Em 2008, foi criada a marca Mota-Engil Solidária. A marca Mota-Engil Solidária foi especialmente concebida para conferir uma identidade gráfica e imagética aos projectos e Responsabilidade Social, Corporativa e Sustentabilidade, que coordena o seu funcionamento, os responsáveis corporativos pelo Controlo de Gestão, Desenvolvimento de Recursos Humanos, Relações com os Investidores e outros elementos de áreas e unidades de negócio com responsabilidades operacionais nos domínios de Ambiente, Qualidade, e Saúde e Segurança no Trabalho, podendo cooptar membros de outras áreas operacionais ou unidades de negócio em função da especial natureza das matérias que fazem parte da sua esfera de competências. Compete igualmente ao Conselho Coordenador para a Sustentabilidade (CCS) controlar e avaliar a execução do Programa de Responsabilidade Social do Grupo, propor aos seus órgãos de gestão as actividades relativas aos Objectivos do Programa, encetar acções internas e externas de divulgação, sensibilização e formação em matéria de sustentabilidade, bem como apoiar a redacção e a publicação do Relatório de Sustentabilidade do Grupo. O Conselho Coordenador para a Sustentabilidade (CCS) rege-se pelo seu Regimento Interno reunindo ordinariamente com periodicidade mensal e extraordinariamente sempre que tal se justifique. iniciativas do Grupo no domínio da Responsabilidade Social, em particular na sua vertente de Solidariedade Social. Procura representar os conceitos de acolhimento e protecção tão característicos da ideia de solidariedade social. A nova marca e a identidade gráfica de suporte visam assim, de uma forma que se pretende marcante e apelativa, simbolizar uma nova etapa da política de Responsabilidade Social da Mota-Engil, na esteira da sua melhor tradição e espírito filantrópico, profundamente enraizadas na longa história do Grupo. RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO Sob a nova marca, foi desenvolvido um conjunto de iniciativas de apoio às mais diversas causas no domínio da solidariedade social, parte das quais realizadas já durante o ano de 2009. Assistiu-se, por outro lado, ao reforço e consolidação de projectos já anteriormente desenvolvidos. Apoio à Deficiência OEIRAS SEM BARREIRAS O Projecto Oeiras Sem Barreiras resulta de um protocolo celebrado entre a Mota-Engil e a Câmara Municipal de Oeiras, visando o apoio do Grupo à remoção de barreiras arquitectónicas nos edifícios de habitação das famílias mais carenciadas do concelho de Oeiras e que integrem paralelamente deficientes ou pessoas com mobilidade condicionada. As intervenções a efectuar são objecto de um trabalho conjunto de referenciação e análise das situações apresentadas, traduzindo-se em regra na execução de trabalhos de requalificação e beneficiação das habitações, melhorando assim as condições de mobilidade existentes. O Grupo Mota-Engil procura assim, em estreita articulação com a autarquia, exercer uma cidadania activa e participativa, contribuindo para a inclusão social no concelho, onde se situa um dos principais escritórios do Grupo. Em 2008, após a análise das várias situações apresentadas, resultou já uma primeira intervenção na casa de uma idosa com dificuldades de locomoção. Esta intervenção, coordenada por uma equipa do Núcleo da Assistência em Garantia da Mota-Engil Engenharia, consistiu na execução de diversos trabalhos de requalificação e beneficiação da habitação, melhorando assim as condições de mobilidade existentes ASSOCIAÇÃO DE PARALISIA CEREBRAL DE LISBOA A Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa, instituição particular de solidariedade social (IPSS), tem por missão apoiar e 92 93 proporcionar tranquilidade às pessoas com paralisia cerebral e situações neurológicas afins e suas famílias, através do desenvolvimento das suas capacidades, visando a concretização dos seus projectos de vida e o pleno exercício da cidadania. A Associação dispõe de um significativo conjunto de valências e equipamentos, entre os quais o Centro Nuno Belmar da Costa, em Oeiras. Este Centro engloba um Lar Residencial e um Centro de Actividades Ocupacionais, para além de outras actividades relevantes no apoio à deficiência. Em 2008 o Grupo doou à instituição um veí culo adaptado para transporte de deficientes, o que muito irá concorrer para melhorar os serviços prestados pela Associação que há mais de 50 anos se dedica com paixão e competência à causa da deficiência. ACTIVA BRAILLE O Grupo Impresa deu início em 2005 ao projecto Braille, com a publicação da revista “Visão Braille”. Em 2006 iniciou-se a publicação da “Júnior Braille” e “Activa Braille”. A “ACTIVA BRAILLE” dirige-se em particular a mulheres invisuais, sendo editada sem fins lucrativos, com periodicidade bimestral e distribuição gratuita. Convidada a patrocinar as edições de 2009 da revista, a Mota-Engil associou-se a este projecto, procurando deste modo apoiar a difusão de conteúdos informativos junto dos cidadãos invisuais. ASSOCIAÇÃO SALVADOR A Associação Salvador nasceu a 23 de Novembro de 2003 por iniciativa de Salvador Mendes de Almeida, fundador da Associação, que ficou tetraplégico aos 16 anos em consequência de um acidente de viação. A Associação tem por missão concorrer para a plena integração social das pessoas com RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 deficiência, sensibilizando a sociedade para a causa da acessibilidade, desenvolvendo acções de apoio dirigidas em particular aos deficientes motores, fomentando a investigação de mecanismos de reabilitação e promovendo iniciativas e divulgando um conjunto de suportes de comunicação. Os seus principais eixos de intervenção englobam a prossecução de acções próprias vocacionadas para as áreas de integração, acessibilidade e prevenção rodoviária, cooperação internacional e investigação e tecnologia. O projecto “Portugal Acessível” conta-se entre as suas mais recentes iniciativas, tendo por objectivo, através do website www.portugalacessivel.com, facilitar a integração das pessoas com mobilidade reduzida na sociedade, disponibilizando uma lista de espaços que estão preparados para recebê-las. O Grupo Mota-Engil estabeleceu um acordo de parceria com a Fundação, visando apoiar a gestão do projecto “Portugal Acessível”, tornando-se seu “Mecenas Ouro”. O Grupo procura assim, mais uma vez, postar-se na primeira linha de apoio à causa da deficiência, que afecta cerca de 50 milhões de pessoas em toda a Europa e 8 a 10% da população portuguesa. CADIn – CENTRO DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO INFANTIL O CADIn – Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil, sediado no concelho de Cascais, é uma instituição particular de solidariedade social de apoio às crianças e jovens deficientes nas diversas vertentes de assistência clínica, reabilitação, investigação científica, social, beneficência e cultural. Entre as suas actividades destacam-se a promoção da prestação de cuidados médicos e afins na área da pediatria do desenvolvimento, pedo-psiquiatria e reabilitação pediátrica, divulgação de conhecimentos sobre perturbações existentes, bem como o apoio aos familiares de pessoas que padeçam destas enfermidades. Através do programa Bolsa Social, a instituição apoia as famílias de menores recursos económicos, permitindo que as crianças tenham acesso gratuito aos tratamentos ministrados. Desde 2005, o CADIn publica um calendário com fotografias de crianças ou jovens com algum problema de desenvolvimento, acompanhados por uma figura pública. Em 2009, o Grupo Mota-Engil patrocinou a publicação deste calendário, associando-se a esta causa. Apoio ao Desporto 2os JOGOS DA LUSOFONIA-LISBOA 2009 No ano 2009, a cidade de Lisboa e os concelhos limítrofes acolheram os 2os Jogos da Lusofonia. Sob o lema “A união mais forte que a vitória”, os Jogos da Lusofonia constituem no plano desportivo um espaço de encontro e um traço de união entre desportistas que partilham entre si o património comum da língua portuguesa. Num clima de intercâmbio e multiculturalidade, os países participantes têm a oportunidade de discutir ao mais alto nível as estratégias de acesso ao desporto, sensibilização para a actividade desportiva e os múltiplos e benéficos impactos do desporto na saúde, bem-estar e qualidade de vida das populações. Os jogos contaram com a participação de cerca de 1300 atletas nas modalidades de Atletismo, Basquetebol, Futebol, Futsal, Judo, Taekwondo, Ténis de Mesa, Voleibol e Voleibol de Praia. O Grupo Mota-Engil, no quadro de um dos mais importantes objectivos estratégicos da sua política de responsabilidade social, patrocinou os Jogos, associando-se à entidade organizadora como “Parceiro Social dos Jogos da Lusofonia”. O apoio dirigiu-se em especial à disciplina de Atletismo para Deficientes, na ocasião em RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO 94 95 que o desporto para deficientes entra pela primeira vez no programa dos Jogos, como modalidade de demonstração. Por razões de vária ordem, esta iniciativa tem conhecido alguns atrasos, prevendo-se para 2009 a sua efectiva concretização. Apoio à Habitação Apoio à Infância e Juventude PORTO AMIGO A Mota-Engil e a Fundação Porto Social, integralmente detida pela Câmara Municipal do Porto, celebraram no dia 17 de Março de 2009 um protocolo denominado “Porto Amigo”. REFÚGIO ABOIM ASCENSÃO O Refúgio Aboim Ascensão é uma instituição particular de solidariedade social (IPSS) fundada em Faro, no ano de 1933, por Manuel Aboim Ascensão de Sande Lemos. O protocolo tem por objecto o estabelecimento de formas de colaboração entre o Grupo e a Fundação na realização de obras de adaptação e de melhoria das condições de habitabilidade da população sénior dependente da cidade do Porto, em situação de pobreza e que resida em habitação própria ou arrendada. A Mota-Engil alia-se assim à autarquia portuense num esforço conjunto em prol da coesão social urbana e na promoção de condições habitacionais condignas a favor dos mais idosos. ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA HABITAT A Associação Humanitária Habitat, fundada em Maio de 1996, constitui a primeira filial portuguesa da organização não-governamental sem fins lucrativos Habitat for Humanity International, com sede nos EUA. Tem como princípio fundamental congregar esforços e promover iniciativas no âmbito da solidariedade social, visando especialmente contribuir para eliminar a degradação habitacional e apoiar famílias carenciadas na obtenção de habitações adequadas e condignas, através da sua construção ou recuperação. O Grupo Mota-Engil, através de um protocolo celebrado com esta instituição, procura associar-se ao seu trabalho, tendo em vista viabilizar a construção ou recuperação de habitações para famílias carenciadas, em especial no concelho de Amarante, território a que o Grupo se encontra ligado por fortes laços sociais e institucionais. Em 1985, foi criado o serviço de Emergência Infantil, destinado a acolher crianças em risco até aos cinco anos de idade, no âmbito das medidas previstas por lei em matéria de promoção e protecção das crianças e jovens em risco, respondendo assim às necessidades das crianças que, por qualquer motivo, se vêem privadas da sua integração na família natural. Ao longo dos anos, o Refúgio tem-se notabilizado pela sua perspectiva inovadora na protecção das crianças em risco, procurando através de uma abordagem integradora nos planos educativo, pedagógico e psicossocial, proporcionar às crianças que acolhe a sua plena inserção social e afectiva, baseada no “direito a ter um colo” na ausência da família natural. Tendo em vista proporcionar à instituição melhores condições de trabalho, o Grupo Mota-Engil efectuou um donativo que permitiu a aquisição de dois veículos de transporte, o que em muito irá contribuir para o cumprimento dedicado e eficaz da sua missão. ACISJF A Junta Diocesana do Porto da Associação Católica Internacional ao Serviço da Juventude Feminina (ACISJF) é uma associação de orientação católica que tem por missão acolher, orientar e promover integralmente jovens do sexo feminino em risco social ou em especial situação de desfavor, como sejam as mães solteiras e as famílias monoparentais. Esta instituição particular de solidariedade social (IPSS), igualmente considerada de uti- RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 lidade pública desde 1937, dispõe de quatro equipamentos sociais na cidade do Porto, de que se destacam dois lares, uma cantina social e um serviço de acolhimento. Em 2009, a Mota-Engil doou à instituição uma viatura que permitirá assegurar o transporte das jovens acolhidas pela instituição, viabilizando assim a melhoria dos serviços prestados pela ACISJF e constituindo uma importante ajuda no cumprimento da sua missão ao serviço da juventude feminina. ALDEIAS DE CRIANÇAS SOS As Aldeias de Crianças SOS têm origem na Áustria, em 1949, emergindo da necessidade de apoiar as crianças órfãs e abandonadas após a Segunda Guerra Mundial. Em 1964, é fundada a Associação das Aldeias SOS Portugal, IPSS reconhecida como pessoas colectiva de utilidade pública, com o objectivo de acolher crianças em risco desinseridas do seu contexto familiar, procurando proporcionar-lhes um modelo familiar e uma sólida formação, visando a sua progressiva autonomização e plena integração social. Para além de três aldeias de crianças, a primeira das quais fundada em 1967, a instituição possui ainda uma residência de jovens e um centro social. A Mota-Engil subvencionou financeiramente esta instituição, em linha com o que tem vindo a fazer neste domínio no apoio a outras instituições congéneres. ASSOCIAÇÃO DOS FAMILIARES DAS VÍTIMAS DA TRAGÉDIA DE ENTRE-OS-RIOS (AFVTER) A Associação dos Familiares das Vítimas da Tragédia de Entre-os-Rios viu concretizado o seu primeiro grande projecto ao inaugurar o seu Centro de Acolhimento Temporário (CAT) para crianças e jovens em risco, denominado “Crescer a Cores”. Localizado na vila de Raiva, no concelho de Castelo de Paiva, o CAT tem capacidade para acolher 20 crianças e jovens entre os 0 e os 18 anos. O Grupo Mota-Engil doou uma viatura que permitirá à instituição proceder ao transporte dos jovens acolhidos no novo equipamento, melhorando as suas condições de mobilidade e propiciando a prestação de um serviço de elevado grau de exigência e qualidade. FUNDAÇÃO DO GIL A Fundação do Gil, nome inspirado na mascote da Expo’98, foi criada em 1999 com origem num protocolo assinado entre a Parque Expo 98, SA e o então Ministério do Trabalho e da Solidariedade, através do Instituto para o Desenvolvimento Social. A Fundação tem como principais objectivos o bem-estar, a valorização pessoal e a plena integração social das crianças e dos jovens, apoiando em particular as crianças em risco no domínio da resolução de casos de crianças em internamento hospitalar prolongado por razões sociais, assegurando a necessária articulação com outras instituições e serviços competentes. Entre os seus projectos mais emblemáticos figuram a Casa do Gil, primeiro centro de acolhimento temporário de cuidados intermédios de saúde, e a Unidade Móvel de Apoio Domiciliário. O Grupo Mota-Engil celebrou com a Fundação um protocolo com a duração de três anos, adquirindo o estatuto de Padrinho da Fundação do Gil. Tal permitirá apoiar as actividades e projectos da Fundação, num domínio particularmente caro ao Grupo no âmbito da sua política de responsabilidade social. 6.1.3.2 INICIATIVAS E COMPROMISSOS INSTITUCIONAIS Para além da criação da marca “Mota-Engil Solidária” e no desenvolvimento dos objectivos e eixos estratégicos fundamentais do seu Programa de Responsabilidade Social, o Grupo Mota-Engil apoiou um conjunto mui- RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO to vasto de projectos e iniciativas, assumindo ainda compromissos institucionais de vária ordem. Os apoios à cultura, educação, ciência e saúde figuram entre as áreas de intervenção onde o Grupo tem marcado presença mais destacada, a que acresce uma atenção muito particular à temática da sustentabilidade nas suas várias dimensões. O Grupo encontra-se associado, de forma mais estável e duradoura, a instituições de referência no panorama nacional em qualquer dos domínios citados, acolhendo e apoiando ainda projectos e iniciativas emanados da sociedade civil considerados de maior relevância e interesse social. Ambiente MOVIMENTO ECO – EMPRESAS CONTRA OS FOGOS O Movimento ECO – Empresas Contra os Fogos partiu da iniciativa de um conjunto de empresários com o objectivo de coordenar os processos de colaboração do mundo empresarial com os diversos organismos sob a tutela do Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas e do Ministério da Administração Interna, nas áreas da prevenção e combate aos incêndios florestais. Ciente do seu compromisso enquanto entidade ambiental e socialmente responsável, o Grupo Mota-Engil aderiu ao Movimento ECO através de um protocolo de cooperação estabelecido com a Autoridade Florestal Nacional, Autoridade Nacional de Protecção Civil e Guarda Nacional Republicana. Nos termos da parceria estabelecida, o Grupo Mota-Engil procedeu à oferta de um conjunto de 102 kits de incêndios florestais destinados a equipar os elementos da Direcção do Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente (SEPNA) da Guarda Nacional Republicana na execução da sua missão de controlo, prevenção, detecção, investigação e validação das áreas ardidas. 96 97 CASCAISNATURA – PROJECTO OXIGÉNIO Planear a promoção e defesa da natureza e da biodiversidade no concelho de Cascais constitui o principal objectivo do Projecto Oxigénio, da responsabilidade da CascaisNatura – Agência de Ambiente da Câmara Municipal de Cascais. A área de intervenção do Projecto engloba um extenso arco de território de cerca de 1300 hectares em pleno Parque Natural de Sintra-Cascais, que une a costa atlântica ocidental acima do Guincho até à proximidade de Cascais, passando pelas encostas da Serra de Sintra voltadas a sul. O Projecto Oxigénio visa recuperar, manter e abrir à visitação as parcelas do território sob a sua intervenção através de um conjunto de acções em que avultam a plantação de espécies autóctones (arbustivas e arbóreas), apoio à regeneração natural de espécies autóctones, acções de controlo e erradicação de espécies exóticas invasoras, recolha de sementes e estacas para propagação vegetativa, estabilização e recuperação de ribeiras e linhas de água, criação e protecção de galerias ripícolas, controlo de erosão em zonas de risco com técnicas de engenharia natural, implementação de uma rede de percursos interpretativos e construção e colocação de ninhos. Constitui objecto de intervenção prioritária deste Projecto a defesa de áreas ricas em biodiversidade e sob elevado grau de ameaça (“hotspots”). Apostado na defesa da biodiversidade como bem maior no plano ambiental, o Grupo Mota-Engil celebrou um protocolo de colaboração com a Agência CascaisNatura, comprometendo-se por um período de cinco anos a assegurar a co-gestão de uma parcela de 1,2 hectares localizada junto à ribeira de Marmeleiros, na freguesia de Alcabideche. PARQUE NATURAL DA MADEIRA Através de um protocolo celebrado, em Abril de 2007, entre a Mota-Engil Engenharia e o RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 Parque Natural da Madeira, o Grupo Mota-Engil compromete-se a patrocinar a Reserva Natural Parcial do Garajau, primeira reserva nacional de índole exclusivamente marinha, financiando a montagem, afixação em solo firme e manutenção de três bóias marítimas de sinalização e de três painéis informativos para identificação e delimitação da Reserva Natural. Em contrapartida, o Parque Natural compromete-se a divulgar a imagem e a marca Mota-Engil associando-a às actividades por si desenvolvidas. Esta iniciativa inscreve-se na promoção dos valores ambientais, que integra a política de sustentabilidade do Grupo Mota-Engil, associando-o a um património natural de inquestionável raridade e beleza. Esta iniciativa, de carácter plurianual, manteve plena vigência durante o ano de 2008. EDUCAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL Assumindo uma política de investimento na formação cívica das populações, sobretudo nas suas camadas mais jovens, a SUMA detém, no mercado do Ambiente, um património ímpar ao nível da Educação Ambiental. Constituído por mais de quatro centenas de campanhas de sensibilização vocacionadas para gerar consciências críticas que actuem numa perspectiva de mudança e desenvolvimento, a aposta na conquista de uma responsabilidade cívica colectiva e de âmbito nacional está associada à aquisição e manutenção de competências individuais e sociais de urbanidade e respeito pelos espaços e equipamentos públicos, bem como pelos recursos naturais esgotáveis, através da adopção de comportamentos e rotinas de redução, reutilização e reciclagem. Destinadas a contribuir para elevar os níveis de participação e co-responsabilização dos produtores de resíduos, as iniciativas levadas a cabo pela SUMA neste campo de actuação têm como objectivo colateral o aumento da eficácia e eficiência dos serviços de produção, sobretudo no que concerne às actividades de Recolha de RSU e Limpeza Urbana, áreas cuja intervenção envolveu, no período em análise, 1.279.570 sujeitos, através de 39 campanhas de sensibilização com recurso às metodologias de contacto pró-activo, que se desmultiplicaram em 167 intervenções geradoras de comportamentos convergentes com os padrões de Civilidade e Crescimento Sustentável, para além dos investimentos em território nacional, que envolveram o alargamento das acções aos Municípios Clientes das empresas que têm sido integradas no projecto SUMA. A complementar as estratégias de mobilização epidémica assentes na abordagem directa junto dos alvos e na implicação dos sujeitos em esquemas de hetero-fiscalização entre pares, este ciclo de trabalhos foi caracterizado pelo recurso crescente à utilização da certificação e reconhecimento de competências – mediante regulamentos e sessões de verificação por observação directa –, como modelo de criação de quadros de referência em matéria comportamental (exploração do conceito de pertença e de distintividade social). A destacar, ainda, a focalização da sensibilização nos conceitos da prevenção, Cidadania Activa e vantagens individuais do produtor de Resíduos. A diversificação de alvos e de metodologias utilizadas foi igualmente um dos objectivos deste período, com acções como as da Unidade Móvel de Sensibilização Cidadómetro® a incluírem famílias e jardins-de-Infância no seu percurso, e a criação de campanhas para faixas etárias que habitualmente não são trabalhadas nos Programas de Educação Ambiental e que exigem adequação estratégica e pedagógica. Tendo assumido desde cedo uma das características diferenciadoras da SUMA relativamente à concorrência, a Educação e Sensibilização Ambiental ultrapassa em muito as suas valências contratuais com os municípios de actuação. No terreno, a empresa continua a desenvolver e implementar projectos de cariz transversal, que associam temáticas como a Prevenção de Risco, a Prevenção Rodoviária e a Saúde Primária aos aspectos relacionados com a produção de resíduos seu acondicionamento e RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO encaminhamento para os circuitos normais e de valorização. 98 99 O Decreto-Lei nº 115/2006, de 14 de Julho, tornou possível a integração nas Redes Sociais concelhias de entidades privadas com fins lucrativos. Comunicação CAMPANHA “PENSAR SUSTENTÁVEL, AGIR RESPONSÁVEL” A comunicação constitui um aspecto fundamental da estratégia de sustentabilidade do Grupo Mota-Engil. A tomada de consciência sobre os principais temas da sustentabilidade e sobre os objectivos e metas da política do Grupo nesta área são uma condição indispensável à sua apropriação por parte dos colaboradores enquanto agentes decisivos de mudança. A campanha materializa-se num conjunto de suportes de comunicação nas várias línguas de trabalho do Grupo, em que se inclui a edição de conteúdos em suporte digital patentes no website do Grupo. O Grupo Mota-Engil é membro das redes sociais dos concelhos de Oeiras e Porto, o que se traduz numa oportunidade e num incentivo ao conhecimento aprofundado dos diagnósticos sociais concelhios e dos subsequentes planos de desenvolvimento social, permitindo ao Grupo contribuir com os seus conhecimentos técnicos, estruturas operacionais e recursos financeiros e logísticos para o desenvolvimento social das comunidades em que se insere. SISTEMA DE MEDIAÇÃO LABORAL O Sistema de Mediação Laboral resulta de uma iniciativa do Ministério da Justiça e de um protocolo de acordo celebrado entre esta instância governamental, as confederações patronais CAP, CCP, CIP e CTP, e as confederações sindicais CGTP-IN e UGT, facultandose às empresas a adesão voluntária a este sistema de composição dos litígios. Comunidades e Cidadania REDE SOCIAL A Rede Social foi criada por diploma legal em 1997, tendo em vista dar expressão organizada ao conjunto das diferentes formas de entreajuda e articulação das actividades do Estado, autarquias locais e entidades particulares sem fins lucrativos, em prol da erradicação da pobreza e exclusão social e da promoção do desenvolvimento social. A Rede Social é um programa aplicável a todo o território nacional, possuindo uma lógica territorializada de intervenção, sendo por isso desenvolvido à escala concelhia. A Rede Social consiste assim num fórum de congregação e articulação de esforços baseado na adesão livre e voluntária por parte das entidades públicas da administração desconcentrada do Estado com responsabilidades nas áreas da segurança social e acção social, educação, emprego, saúde e outras, envolvendo ainda as autarquias locais e entidades particulares sem fins lucrativos. Em 2006, o Grupo Mota-Engil aderiu ao Sistema de Mediação Laboral (SML), visando a resolução de litígios do foro laboral de forma extra-judicial e com recurso a mediadores independentes. A Mota-Engil foi um dos primeiros grupos empresariais a aderir a este sistema, procurando desta forma associar-se ao esforço de resolução extra-judicial dos litígios de natureza juslaboral. CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA - 5 Escolas | 5 Designers A Câmara Municipal de Lisboa, no âmbito do programa de expansão e modernização da rede pública do ensino pré-escolar e do 1º ciclo da cidade de Lisboa, denominado “Escola Nova”, concebeu o projecto 5 Escolas | 5 Designers. Lançado em Outubro de 2008, o projecto foi concluído no primeiro trimestre de 2009. O projecto envolveu a participação de cinco equipas de designers e cinco patrocinado- RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 res, visando a requalificação de cinco escolas da cidade. O Grupo Mota-Engil patrocinou a intervenção da Escola do Bairro da Madre de Deus, em particular no seu Centro de Recursos, permitindo o acesso e a fruição de um conjunto de actividades lúdicas a desenvolver pelos alunos neste renovado espaço. O projecto ficou a cargo de Vera Paulino, do Atelier 003. CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA - Estudo sobre Dinâmicas Residenciais A Câmara Municipal de Lisboa está a realizar, durante o ano de 2009, um estudo sobre Dinâmicas Residenciais, tendo em vista adequar a sua política habitacional às necessidades de quem trabalha e vive na cidade de Lisboa. A Fundação Pro Dignitate ONGD (Organização Não-Governamental para o Desenvolvimento) promove igualmente campanhas de solidariedade com os países de língua oficial portuguesa. Procurando associar-se a esta instituição de utilidade pública na prossecução das suas actividades, o Grupo Mota-Engil efectuou em 2009 uma doação que lhe permitiu adquirir o estatuto de Benemérito da Fundação, colocando-se assim ao lado dos que lutam pela defesa dos direitos humanos e pela universalidade da sua promoção. ANGOLA – VISITA DO PAPA BENTO XVI No âmbito da deslocação de Sua Santidade o Papa Bento XVI a Angola, nos dias 24 a 26 de Março de 2009, a Mota-Engil, através da sua sucursal angolana, realizou a expensas suas um conjunto de trabalhos de apoio à visita. Procura desta forma conhecer melhor onde vivem e quais as motivações relativas à habitação por parte dos cidadãos/trabalhadores que residam em concelhos próximos e demandem regularmente a cidade de Lisboa para trabalhar. Os trabalhos executados, de valor muito significativo, consistiram na construção de um heliporto de emergência e no fornecimento de casas de banho portáteis e restantes infra-estruturas necessárias à sua disponibilização. O Grupo Mota-Engil, convidado a participar neste estudo, deu a conhecer o teor desta iniciativa aos seus colaboradores que não residem em Lisboa mas trabalham na cidade, convidando-os a preencher o inquérito on-line disponibilizado para o efeito pela edilidade lisboeta. Num evento da maior importância para Angola e para a sua comunidade católica, o Grupo não podia deixar de acolher este importante apelo, dando assim o seu contributo para o sucesso da visita e a todos quantos quiseram testemunhar a presença em terras angolanas do mais alto representante da Igreja Católica. FUNDAÇÃO PRO DIGNITATE Criada em 1994, a Fundação Pro Dignitate tem fins humanitários e sociais e visa sobretudo a prevenção da violência e a promoção dos direitos humanos, através da realização de estudo científicos, planeamento, promoção e avaliação de medidas preventivas e outras acções dirigidas à salvaguarda daqueles direitos fundamentais. Com esta iniciativa, o Grupo pretende ainda dar testemunho do alargamento da sua política de responsabilidade além-fronteiras. Entre essas acções incluem-se a realização de campanhas, seminários, projectos de ajuda, publicações e outras iniciativas de promoção e defesa dos direitos humanos. SANTUÁRIO DO CRISTO-REI Em 1934, ao contemplar a imagem de Cristo Redentor do Corcovado no Rio de Janeiro (Brasil), o então Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel Cerejeira, terá exprimido o desejo de construir obra semelhante em frente a Lisboa. Aprovado o projecto pelo Episcopado Português, já no ano de 1940 e em plena segunda Guerra Mundial, os bispos portugueses RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO fizeram o voto de erguer sobre Lisboa um monumento ao Sagrado Coração de Jesus, caso Portugal fosse poupado às agruras da guerra. Iniciada a construção em 1949, o monumento foi inaugurado uma década depois, em 1959, na presença das mais altas individualidades civis e religiosas e perante uma assistência de 300.000 pessoas. Nos dias 16 e 17 de Maio, tiveram lugar as cerimónias comemorativas do 50º aniversário do Santuário, evento de grande simbolismo religioso e de enorme significado para toda a comunidade cristã em Portugal. O Grupo Mota-Engil associou-se à cerimónia, apoiando a realização deste marco evocativo. Cultura FUNDAÇÃO DE SERRALVES A Fundação de Serralves é uma instituição cultural de âmbito europeu ao serviço da comunidade nacional, que tem como missão sensibilizar o público para a arte contemporânea e o ambiente, através do Museu de Arte Contemporânea como centro pluridisciplinar, do Parque como património natural vocacionado para a educação e animação ambientais, e do Auditório como centro de reflexão e debate sobre a sociedade contemporânea. Reconhecida hoje como uma das principais instituições culturais portuguesas e a mais relevante do Norte de Portugal, a Fundação de Serralves tem desenvolvido um grande esforço no sentido de projectar nacional e internacionalmente a arte dos nossos dias e de divulgar o seu notável património arquitectónico e paisagístico. A Fundação organiza e apresenta anualmente ao público uma programação diversificada de iniciativas, tendo como fins incentivar o debate e a curiosidade sobre a arte, a natureza e a paisagem, educar de forma criativa e promover a activamente a reflexão sobre a sociedade contemporânea. 100 101 O Grupo Mota-Engil é Fundador desta prestigiada instituição desde 1994, integrando o seu Conselho de Fundadores. Em 2009, ano em que se celebram 20 anos de instituição da Fundação e 10 anos da criação do Museu de Arte Contemporânea, Serralves irá desenvolver um conjunto de actividades destinadas a assinalar a efeméride. De entre elas, destacam-se as exposições “Jacques-Émile Rhulmann e a Fraternidade das Artes” e “Pedro Barateiro”. O Grupo Mota-Engil patrocinou estas importantes mostras, a que se associa igualmente o ciclo de debates “Espírito Empreendedor e uma Visão Contemporânea do Mundo”. CASA DA MÚSICA A Casa da Música, na cidade do Porto, constitui uma obra de vulto no plano nacional e um marco incontornável da moderna arquitectura urbana, sendo hoje um importante pólo de divulgação da música e das actividades formativas ligadas à arte musical, através de uma programação de qualidade, abundante e diversificada, que procura acolher todos os estilos e gostos musicais. O Grupo Mota-Engil encontra-se ligado como Fundador à Fundação da Casa da Música, entidade gestora deste equipamento cultural. No contexto da sua ligação à Casa da Música, o Grupo disponibiliza anualmente junto dos seus colaboradores um leque de benefícios que se traduzem no acesso gratuito aos espectáculos e descontos na aquisição de bilhetes, para além de outros serviços disponibilizados pela instituição. Facilitando o acesso à programação da Casa da Música, o Grupo demonstra o seu empenhamento na generalização do acesso à cultura, procurando ir ao encontro dos muitos colaboradores que já apreciam a arte musical e despertar em todos os demais o interesse pela música nas suas mais diversas formas e manifestações. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 CENTRO CULTURAL DE BELÉM O Centro Cultural de Belém (CCB), na cidade de Lisboa, figura entre as mais importantes e prestigiadas instituições culturais portuguesas. O Grupo Mota-Engil celebrou em 2008 um protocolo com o Centro Cultural de Belém, através do qual adquiriu o estatuto de “Empresa Amiga Gold CCB”, tornando-se assim parceira do CCB no cumprimento da sua missão e objectivos. O protocolo contempla um conjunto de benefícios a favor dos colaboradores do Grupo, em que se incluem a oferta de Cartões Amigo CCB, cartões de estacionamento no parque do CCB, para além de descontos nas actividades desenvolvidas pela instituição. Com esta iniciativa, o Grupo pretende generalizar e estimular o acesso à cultura por parte dos seus colaboradores, associando-se a uma insígnia de referência no panorama cultural nacional. MUSEU NACIONAL DE SOARES DOS REIS No quadro da evocação do Bicentenário das Invasões Francesas (1709-2009), a Área Metropolitana do Porto (AMP) organiza um vasto programa de evocação do Bicentenário das Invasões Francesas, através do qual foram estabelecidas várias parcerias com outras instituições. O Museu Nacional de Soares dos Reis (MNSR), na Porto, realizou enquanto instituição parceira uma exposição evocativa da tragédia da Ponte das Barcas, nome por que ficou tristemente cunhado um dos episódios mais marcantes das Invasões Francesas na cidade. A exposição será complementada por um Roteiro das Pontes do Porto, convidando a um percurso de descoberta da sua importância e significado pelos cidadãos do Porto e da sua área metropolitana. O Grupo Mota-Engil apoiou financeiramente esta iniciativa, ligando o seu nome à memória de um importante marco da história nacional e da cidade do Porto. CENTRO NACIONAL DE CULTURA O Centro Nacional de Cultura (CNC) é uma Associação Cultural fundada em 1945, procurando ser um espaço de encontro e de diálogo entre os diversos sectores políticos e ideológicos, em defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar. Grande parte da sua acção tem sido dedicada à defesa do património cultural português, à divulgação do papel desempenhado pela cultura portuguesa no mundo, e à actualização das suas relações com outras culturas. A dimensão europeia tem vindo a adquirir peso crescente no CNC, desenvolvendo projectos em parceria com congéneres de outros países europeus. Em 2009, o Núcleo do Porto do CNC promoveu pelo quarto ano consecutivo a Festa na Baixa do Porto (FNB), procurando contribuir para a animação da baixa portuense através da realização de um conjunto de eventos culturais de carácter multidisciplinar. O Grupo Mota-Engil patrocinou o evento, associando-se a uma instituição de grande prestígio na difusão da cultura em Portugal. ANGOLA – EXPOSIÇÃO DE PINTURA José de Guimarães (pseudónimo artístico de José Maria Fernandes Marques, em homenagem à cidade que o viu nascer) é um dos principais artistas plásticos portugueses contemporâneos, com uma obra notável no domínio da pintura, premiada ao longo da sua carreira com importantes galardões. Em 2009, enquadrada nas festividades do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, esteve patente no Instituto Camões, Centro Cultural Português, em Luanda, uma mostra de mais de 30 peças de José Guimarães intitulada “José Guimarães…40 Anos Depois”. O Grupo Mota-Engil foi um dos patrocinadores da exposição, apoiando a divulgação das artes plásticas portuguesas além-fronteiras. PROJECTO NOMADLAB A Terratreme é uma produtora portuguesa da área dos audiovisuais e do cinema que pre- RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO tende articular a pesquisa, a pedagogia e a produção em volta do cinema, da imagem e do som, numa lógica de produção baseada na autonomia e independência dos realizadores. Inscrito no seu plano de actividades para 2009, o NOMADLAB – Laboratórios de formação e experimentação visual, é um projecto de formação e desenvolvimento na área do cinema e da imagem em movimento, destinado a promover a cultura visual e a dotar de ferramentas de leitura pessoas de contextos sociais desfavorecidos e periféricos, em especial as populações deslocadas ou para as quais os temas da mobilidade e da viagem assumam a forma de vivência quotidiana. Os ateliers NOMADLAB irão decorrer em Maputo (Moçambique) durante um período de seis meses, sendo realizados em parceria com o DOCKANEMA - Festival de Cinema Documentário de Maputo, e com o Programa INOV-ART, da Direcção Geral das Artes. O Grupo Mota-Engil apoiou esta relevante iniciativa de produção cultural, procurando contribuir para o acesso dos públicos mais desfavorecidos à cultura. Desenvolvimento Sustentável BCSD PORTUGAL A missão do BCSD Portugal traduz-se na divulgação dos princípios do desenvolvimento sustentável, cooperação e articulação dos seus esforços com os governos e a sociedade civil na promoção da sustentabilidade, realização de acções de formação e sensibilização, disponibilização de ferramentas de gestão da sustentabilidade nas empresas, execução de projectos e estudo de casos ilustrativos das práticas de sustentabilidade. 102 103 diversas iniciativas, de que se destacam o Encontro Anual de Presidentes, o Encontro Anual de Delegados e a Conferência Anual, para além dos grupos de trabalho, conferências e seminários em que tem tomado parte. QUERCUS – ECOCASA III O Grupo Mota-Engil volta a associar-se à Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza, através de um protocolo que procura dar continuidade a um projecto que conheceu já duas anteriores edições. Integrada no conjunto das suas actividades na área do desenvolvimento sustentável, o tema da energia e em particular os aspectos ligados à gestão da procura têm merecido da parte desta instituição assinalável ênfase, pela sua interligação com outros aspectos da sustentabilidade. O projecto EcoCasa III, na linha das duas edições anteriores, visa a sensibilização para a gestão da procura e eficiência energética no sector doméstico, procurando a minimização do consumo energético através de soluções concretas de poupança energética e de estímulo à mudança de comportamentos. O projecto envolve o desenvolvimento de uma Casa Virtual de Energia (CVE), o acompanhamento dos hábitos de consumo de um conjunto de famílias (EcoFamílias) e a difusão de um conjunto de suportes de comunicação direccionadas para os segmentos mais jovens da população. Através do website ww.ecocasa.org a Quercus disponibiliza toda a informação sobre o projecto e um conjunto de funcionalidades sobre a temática da energia no sector doméstico. Educação e Ciência O BCSD Portugal conta com a filiação de mais de 110 membros, entre os quais um grande número de empresas portuguesas e multinacionais de referência. BOLSAS DE ESTUDO O Programa de Bolsas de Estudo do Grupo teve início no ano lectivo 2006/2007. O Grupo Mota-Engil é membro do BCSD Portugal, mantendo uma presença activa neste organismo através da participação nas suas Este programa destina-se apoiar os colaboradores do Grupo na educação dos seus filhos, favorecendo uma política de igualdade RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 de oportunidades, que contribua para elevar os seus patamares de qualificação e sirva de estímulo ao seu desempenho académico. As bolsas são atribuídas aos estudantes do ensino superior, filhos de colaboradores do Grupo com menores recursos económicos, e que tenham obtido bom aproveitamento escolar. O Programa de Bolsas de Estudo, traduzido na atribuição de uma prestação pecuniária mensal, encontra-se já na sua quarta edição, tendo apoiado, até à data, 16 estudantes universitários. NOVAS OPORTUNIDADES No contexto do programa de iniciativa governamental Novas Oportunidades, o Grupo Mota-Engil tem vindo a dinamizar, em parceria com outras entidades, um conjunto de acções neste domínio, visando promover a qualificação dos seus activos menos escolarizados. O objectivo destas acções visa o reconhecimento, validação e certificação das competências de carácter pessoal, social e profissional dos trabalhadores do Grupo sem a adequada qualificação académica, permitindo a obtenção de equivalência ao 9º e ao 12º anos. As acções desenvolvidas nesta área formativa inserem-se na política de qualificação permanente de activos conduzida pelo Grupo, parte integrante da sua estratégia de desenvolvimento e valorização do seu capital humano. EPIS – EMPRESÁRIOS PELA INCLUSÃO SOCIAL A EPIS é uma associação de direito privado sem fins lucrativos criada por impulso da Presidência da República. A Associação tem por objectivo mobilizar a comunidade empresarial, colocando-a ao serviço da inclusão e do desenvolvimento sociais. A EPIS tem como missão prioritária a Educação, em particular o combate ao insucesso e ao abandono escolares. Entre os seus principais eixos de intervenção, destacam-se a criação da Rede nacional de mediadores de capacitação para o sucesso escolar, focalizada nos alunos do 3º ciclo, com base numa metodologia que visa a sinalização de jovens em risco de insucesso escolar e a criação de um portefólio de métodos de capacitação que possibilitem a construção de planos individuais de aconselhamento em proximidade e continuidade junto dos jovens e suas famílias. Centrado no aluno, foi igualmente desenvolvido um conjunto de iniciativas, em parceria com a COTEC e a Júnior Achievement Portugal, traduzido na realização de acções de formação em empreendorismo junto de alunos de várias escolas do país. Voluntários do Grupo têm actuado em apoio desta iniciativa, ministrando um Curso de empreendorismo em escolas da área metropolitana do Porto. Encontra-se ainda em execução, em parceria com a consultora internacional McKinsey & Company, um projecto de Codificação das boas práticas de gestão nas escolas, materializado na edição de um Manual de boas práticas e na preparação e lançamento de um programa de formação em gestão destinado às equipas directivas das escolas. O Grupo Mota-Engil conta-se entre os 95 fundadores desta associação, a par de um conjunto alargado de empresas de referência no panorama nacional. PORTO DE FUTURO O Porto de Futuro é um projecto da iniciativa da Câmara Municipal do Porto, com a duração inicial de três anos, visando a conjugação de esforços e interesses comuns do sistema educativo e da comunidade empresarial, através da adopção pelas escolas de boas práticas do modelo de gestão do meio empresarial. Em Abril de 2007, a Mota-Engil, em conjunto com outras empresas de referência da Área Metropolitana do Porto, assinou o protocolo que serve de suporte a este projecto e de que são igualmente subscritores a Câmara Municipal do Porto, a Direcção Regional de Educação do Norte e o Agrupamento Vertical RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO de Escolas Manoel de Oliveira, instituição parceira da colaboração e apoio do Grupo. O Grupo tem vindo a prestar apoio a um conjunto de iniciativas do agrupamento escolar, entre as quais o patrocínio ao prémio dos alunos do quadro de honra, comparticipação nos concursos de construção de carros solares e assessoria técnica em matéria de eficiência energética dos edifícios que compõem o agrupamento. FUNDAÇÃO CIDADE DE LISBOA A Fundação Cidade de Lisboa é uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD) fundada em 1989. Tem por objecto a defesa dos valores culturais, artísticos, monumentais, turísticos e etnográficos, educativos e sociais da cidade de Lisboa. A Fundação procura ainda fomentar o estudo da realidade urbana em geral e o desenvolvimento de relações e intercâmbio entre Lisboa e outras cidades, a nível nacional e internacional, nomeadamente com as de língua oficial portuguesa ou em que vivam significativas comunidades portuguesas. As suas áreas de intervenção comportam igualmente as vertentes educativa, formativa e científica, destacando-se em particular a acção do Colégio Universitário da Cooperação – Nuno Krus Abecasis. O Grupo Mota-Engil tem vindo a patrocinar regularmente alunos bolseiros do colégio oriundos dos PALOP, contribuindo assim para o desenvolvimento das relações de intercâmbio e cooperação entre culturas e povos irmanados pelo traço de união representado pela língua portuguesa. TESE – ESCOLA EM MOÇAMBIQUE A TESE – Associação para o Desenvolvimento pela Tecnologia, Engenharia, Saúde e Educação é uma associação sem fins lucrativos que tem por objecto a concepção, promoção, execução e apoio a programas, projectos e acções de cariz social, cultural, ambiental, cívico, educacional e económico, em Portugal e em especial nos países em vias de desenvolvimento. 104 105 Especialmente vocacionada para as áreas da tecnologia, engenharia, saúde e educação, procura promover o encontro de comunidades, entidades ou pessoas que necessitem de ajuda humanitária, dando especial relevância ao meio ambiente e aos Direitos do Homem. Desenvolve projectos nas áreas de apoio e educação para o desenvolvimento, incubação, inovação e intervenção social, investigação e desenvolvimento e voluntariado. No âmbito do voluntariado universitário e em apoio à Associação WAY – We And You, a TESE desenvolve um conjunto de acções de desenvolvimento multidisciplinar em Moçambique, particularmente na Ilha de Moçambique, de que se destacam a construção e manutenção de uma escola. O Grupo Mota-Engil apoiou este projecto numa área fundamental do domínio da ajuda ao desenvolvimento e de estímulo ao trabalho voluntário. INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO (IST) A Mota-Engil e o Instituto Superior Técnico celebraram em 2008 um Protocolo no âmbito do Mestrado em Sistemas Complexos de Infra-estruturas de Transportes, realizado no âmbito do programa MIT-Portugal. O Grupo contribuirá financeiramente no apoio ao funcionamento do mestrado. Os valores envolvidos destinam-se a isentar total ou parcialmente do pagamento de propinas os alunos inscritos, podendo ainda a subvenção atribuída ser utilizada a título excepcional para custear as despesas de alojamento e alimentação dos alunos inscritos com menores recursos económicos e que tenham sido integralmente isentos do pagamento de propinas. O protocolo contempla ainda o fomento da cooperação entre a Mota-Engil e o IST, em particular no recrutamento de quadros e na adequação da sua oferta formativa às necessidades do Grupo. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 IPATIMUP O IPATIMUP, Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, associação privada de utilidade pública sem fins lucrativos, foi criado em 1989 sob a égide da Universidade do Porto. Entre os seus associados efectivos e aderentes contam-se a Câmara Municipal do Porto, a Comissão de Coordenação para o Desenvolvimento da Região Norte, entre outras instituições de referência. e microambientais com os diferentes factores genéticos, afectando vários processos biológicos como a saúde humana. O Grupo Mota-Engil patrocinou o evento, associando-se assim ao esforço de investigação científica numa área em rápido progresso e de grande importância para a vida humana. Saúde O IPATIMUP tem por vocação fundamental a investigação de translação e pós-graduação em Patologia Humana, Oncobiologia, Medicina Molelucar e Genética Populacional. No ano em que comemora 20 anos de existência, o Instituto consolidou-se progressivamente como entidade de referência a nível nacional e internacional no seu campo de investigação, pela qualidade do trabalho desenvolvido pelos seus cerca de 130 elementos e pelo elevado número de artigos científicos publicados em revistas internacionais. O Grupo Mota-Engil integra o núcleo restrito de 15 empresas que apoiam a instituição, contando-se entre os Amigos do IPATIMUP, estatuto que muito nos honra e prestigia. GABBA – PROGRAMA DOUTORAL O GABBA – Programa Graduado em Áreas da Biologia Básica e Aplicada é um programa doutoral da Universidade do Porto (UP) de âmbito e reconhecimento internacional. Anualmente, os 12 alunos seleccionados pelo Programa são responsáveis pela organização de um simpósio com o objectivo de promover a inovação científica e tecnológica na área das Ciências da Vida. Em 2009, realizou-se no Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), no Porto, o Simpósio anual subordinado ao tema “Environome: sequencing the environment”, conceito novo nos diferentes domínios da investigação em que se procura evidenciar a interacção dos factores sociais, ambientais GLOBAL BUSINESS COALITION (GBC) A Global Business Coalition (GBC) integra mais de 220 empresas de grande dimensão do mundo inteiro, tendo por missão o combate às doenças infecciosas, em particular o VIH/sida, a malária e a tuberculose. A GBC desenvolve as suas actividades ao nível da troca de experiências e práticas das empresas no combate a estas doenças, ajuda a definir e implementar programas e políticas de prevenção e apoio aos trabalhadores das empresas e suas famílias mais expostos a estes riscos, facilita o acesso das empresas associadas à ajuda técnica e financiamentos internacionais visando integrar as comunidades locais nos programas de sensibilização, prevenção e tratamento das doenças infecciosas, e mobiliza a comunidade empresarial na gestão, comunicação e criatividade na luta contra este tipo de enfermidades. A GBC foi escolhida pela ONU como ponto focal para o sector privado do Fundo Global da Luta Contra o VIH/SIDA, Malária e Tuberculose. O Grupo Mota-Engil é membro da GBC desde 2007, procurando com a sua presença tirar partido da dimensão e reconhecida experiência deste organismo, apoiando ainda as suas iniciativas na luta contra estas enfermidades. CÓDIGO DE CONDUTA EMPRESAS E VIH/SIDA A relação da problemática do VIH/SIDA com o mundo do trabalho conduziu em 2004 à RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO constituição da Plataforma Laboral contra a Sida, dirigida pela actual Coordenação Nacional para a Infecção VIH/SIDA. A Plataforma integra associações patronais e sindicais, a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), organizações não-governamentais que actuam nesta área e o escritório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em Lisboa. Por iniciativa da Plataforma Laboral foi desenvolvido um projecto destinado a obter o compromisso das empresas no sentido de garantirem condições de trabalho dignas para as pessoas que vivem com a infecção pelo VIH/SIDA nas vertentes de não discriminação, prevenção e acesso ao tratamento. O projecto consistiu na subscrição de um “Código de Conduta Empresas e VIH” de adesão voluntária, mostrando-se especialmente dirigido às empresas portuguesas e outras que operem no mercado nacional, sendo dada particular prioridade às entidades que desenvolvam também actividade nos países da CPLP e que assumam uma posição de referência no panorama nacional e internacional, quer pelo reconhecimento público de uma atitude socialmente responsável, quer pela dimensão pedagógica e de disseminação de uma atitude empresarial solidária. O Grupo Mota-Engil, convidado a subscrever o Código de Conduta, integra o conjunto de 52 empresas fundadoras, entre elas multinacionais e empresas portuguesas de grande dimensão. ANGOLA – CENTRO DE INVESTIGAÇÃO EM SAÚDE (CISA) O projecto CISA (Criação de um Centro de Investigação em Saúde em Angola), em desenvolvimento na província do Bengo e localizado no Caxito, resulta de uma parceria entre o Ministério da Saúde de Angola, o Governo Provincial do Bengo, o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD) e a Fundação Calouste Gulbenkian. 106 107 Tem por objectivos melhorar as condições de saúde da população local através do fortalecimento dos seus serviços de saúde, criar um Centro de Investigação que permita contribuir para a resolução dos principais problemas de saúde da região e do país, e potenciar a participação internacional conjunta de Portugal e Angola na área da investigação, visando as principais doenças que afectam os países em vias de desenvolvimento. Convidada a associar-se a esta iniciativa, a Mota-Engil cedeu graciosamente aos investigadores do projecto um apartamento na cidade de Luanda, procurando assim dar um sinal claro do seu compromisso com o futuro de Angola, numa área fundamental para o desenvolvimento do país. SOCIEDADE PORTUGUESA DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL (SPAVC) A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) é uma associação sem fins lucrativos que tem por objectivos prevenir e reduzir a mortalidade, morbilidade e incapacidade devido ao Acidente Vascular Cerebral (AVC), promover o estudo, investigação e educação sobre esta doença, mediante a criação de planos de acção e de apoio, identificando os níveis de intervenção mais efectivos e contribuindo assim para a melhoria da saúde em Portugal. Foi criada em 8 de Março de 2005 por iniciativa de um conjunto de membros do Grupo de Estudo das Doenças Cerebrovasculares (GEDCV) da Sociedade Portuguesa de Neurologia, grupo este composto por um conjunto de neurologistas com o propósito de congregar, dentro daquela Sociedade, as pessoas com um especial interesse pela área das doenças vasculares cerebrais. O Grupo Mota-Engil tem vindo a apoiar de forma muito relevante esta importante instituição no combate a uma enfermidade que figura entre as principais causas de morte e em que são decisivos os aspectos ligados à sua prevenção e à promoção de hábitos de vida saudáveis. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 FUNDAÇÃO ERNESTO ROMA A Fundação Ernesto Roma, entidade criada para apoiar a mais antiga associação do mundo no acompanhamento das pessoas com Diabetes (Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal APDP), lançou a campanha “100 Mecenas Unidos pela Diabetes”. A campanha, dirigida a organizações e empresas, tem por objectivo sensibilizá-las para a problemática da Diabetes, tornando-as patronos desta causa com o fim específico de ajudar a APDP na investigação para a cura desta enfermidade e na viabilização da Escola da Diabetes Ernesto Roma — que deve o seu nome ao criador da Diabetologia Social e Fundador da APDP —, destinada à formação de profissionais de saúde e doentes na forma de lidar com a doença e suas formas de tratamento. A Diabetes é uma doença crónica que atinge cerca de 900.000 pessoas em Portugal, sendo a quarta principal causa de morte nos países desenvolvidos. O Grupo Mota-Engil adquiriu o estatuto de Mecenas desta causa, atravez de um apoio com carácter plurianual. FUNDAÇÃO PORTUGUESA DE CARDIOLOGIA A Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC), criada em 7 de Novembro de 1979 por iniciativa da Sociedade Portuguesa de Cardiologia, tem por objectivos divulgar junto do público conhecimentos sobre a prevenção das doenças cardiovasculares, promover a adopção de estilos de vida saudáveis, apoiar a investigação e colaborar na formação científica dos profissionais de saúde, desenvolver acções de apoio social e reabilitação de doentes cardíacos, cooperar nacional e internacionalmente com entidades suas congéneres, desenvolvendo ainda um conjunto de acções junto da comunidade, em que se incluem os rastreios cardiovasculares. As doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte no mundo ocidental, estando geralmente associadas a sedentarismo, hipertensão, tabagismo, stress e obesidade como principais factores de risco. Procurando contribuir activamente para a prevenção e detecção dos factores de risco entre os seus colaboradores, o Grupo Mota-Engil, em colaboração com a FPC, realizou em 2009, no mês de Maio – Mês do Coração –, um conjunto de acções de rastreio junto dos seus colaboradores. ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA CONTRA A LEUCEMIA A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) foi criada em 2002, tendo sido reconhecida um ano mais tarde como Instituição de Utilidade Pública. Tem por objectivos contribuir para aumentar a eficácia do tratamento das leucemias e outras neoplasias hematológicas afins, apoiar os doentes e as suas famílias e promover o progresso do conhecimento científico sobre a natureza, evolução, prevenção e tratamento destas doenças. Fá-lo através de iniciativas que contribuam para melhores cuidados de saúde nesta área e que proporcionem apoios a todos os que se vêm afectados, directa ou indirectamente, por estas doenças. Entre as suas iniciativas mais marcantes conta-se a ajuda na constituição em Portugal, em colaboração com o Centro Nacional dos Dadores de Células de Medula Óssea, Estaminais ou de Sangue do Cordão (CEDACE), de um Registo Nacional dos Dadores Benévolos de Medula Óssea, pressuposto fundamental no combate às doenças leucémicas. Em 2009, a APCL realizou no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, o seu concerto bianual de angariação de fundos em que participaram prestigiados intérpretes nacionais e estrangeiros. O Grupo Mota-Engil patrocinou mais uma vez esta importante iniciativa, apoiando a instituição na prossecução da sua imprescindível missão. RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO INSTITUTO PORTUGUÊS DE SANGUE O Instituto Português do Sangue (IPS) é um instituto público que tem por missão regular, a nível nacional, a actividade da medicina transfusional e garantir a disponibilidade e acessibilidade de sangue e componentes sanguíneos de qualidade, seguros e eficazes. Na linha do que vem acontecendo nos últimos anos, o Grupo Mota-Engil apoia o Instituto Português do Sangue na realização de sessões de colheita de sangue, convidando os seus colaboradores a contribuírem com a sua dádiva, em particular nos seus escritórios principais do Porto e de Linda-a-Velha. LIGA DOS AMIGOS DO HOSPITAL DE SANTA CRUZ Integrado no Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE, o Hospital de Santa Cruz em Carnaxide (Oeiras), é uma instituição pública de saúde vocacionada para o tratamento de doentes com patologias graves dos foros cardíaco e renal. Por iniciativa da Liga dos Amigos desta unidade de saúde e em colaboração com os seus responsáveis, foi concebido um conjunto de intervenções nas instalações do Hospital e da Liga visando proporcionar aos doentes e suas famílias melhores condições de conforto e bem-estar na sua utilização. Em 2009, o Grupo Mota-Engil contribuiu financeiramente para a realização das obras de requalificação e aquisição de equipamentos, associando-se assim ao esforço de melhoria da qualidade e humanização dos serviços hospitalares. LIGA DOS AMIGOS DO HOSPITAL DE AMARANTE A Liga dos Amigos do Hospital de Amarante, entidade que presta serviço de voluntariado no Hospital de Amarante, procura intervir no apoio aos doentes que regressam a suas casas após a alta clínica e que, mercê da sua incapacidade temporária, necessitam de ajudas técnicas de apoio à sua mobilidade. 108 109 O Grupo Mota-Engil apoiou a aquisição de cadeiras de rodas e camas articuladas, procurando assim ajudar na minimização das carências existentes. JUNTA DE FREGUESIA DE FRIDÃO (AMARANTE) A freguesia de Fridão dista cerca de 6km da sede do concelho de Amarante, situando-se nas abas da Serra do Marão, entre os caudais convergentes dos rios Tâmega e Olo. A serra e os rios Tâmega e Olo marcaram de forma indelével a vida da população desta freguesia através dos tempos. De cunho predominantemente rural e com uma população envelhecida, a freguesia debate-se com diversas carências, entre as quais o acesso em tempo útil a ajudas técnicas especializadas destinadas a pessoas com deficiência ou incapacidade, permanente ou temporária. A Junta de Freguesia de Fridão constituiu um Banco de Ajudas Técnicas. Associando-se à iniciativa, a Mota-Engil ofereceu à autarquia um conjunto de equipamentos (camas articuladas, cadeiras de rodas e andarilhos) que a Junta irá disponibilizar à população da freguesia. O Grupo procura assim contribuir para o reforço da coesão territorial do país, ajudando as populações do interior a acederem a esta tipologia de cuidados, essencial à preservação da qualidade de vida por parte dos cidadãos deficientes ou incapacitados. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 INTRODUÇÃO 6.2 GESTÃO DO CAPITAL HUMANO A identificação do Desenvolvimento do Capital Humano, enquanto eixo estratégico para a concretização do Plano Ambição 2013, materializa a importância que o Grupo reconhece nas suas Pessoas. Neste contexto, e em total alinhamento com as linhas de desenvolvimento projectadas para o negócio e com os valores partilhados no Grupo, foi identificada a necessidade de revisitar as prioridades de recursos humanos anteriormente definidas. 1. Identificar e Gerir o Talento no Grupo; 2. Desenvolver o Perfil de Gestor do Grupo; Convicto de que a concretização das prioridades definidas só é possível através do desenvolvimento e de implementação de projectos construídos à sua medida – do que hoje é e do que quer ser no futuro –, o Grupo continuará a lançar novos projectos no domínio da gestão das suas pessoas e a avaliar continuamente o impacto das iniciativas já implementadas. No ano de 2008, assume particular destaque a concepção e implementação da Mota-Engil Active School. encontra presente, difundindo e alargando o conhecimento das áreas de actuação e valências do Grupo. Como resultado desse exercício, o Grupo identificou sete prioridades estratégicas para a gestão e valorização do seu Capital Humano: 6.2.1 PRINCIPAIS INICIATIVAS 3. Desenvolver Competências que acrescentem valor ao negócio; 4. Promover a Mobilidade e Rotação de Quadros, 5. Fomentar o recrutamento e desenvolvimento de quadros internacionais; 6. Alinhar a política de retribuição com a gestão da performance; 7. Reforçar a Cultura e Conhecimento do Grupo. A Mota-Engil Active School é um projecto estratégico orientado para a valorização dos colaboradores, através do desenvolvimento de competências críticas para o sucesso do negócio e das pessoas, encorajando e estimulando um espírito contínuo de aprendizagem nos colaboradores de diferentes gerações e geografias. O modelo de funcionamento da Mota-Engil Active School contempla três diferentes escolas, com desafios diferenciados mas complementares: ·Mota-Engil Active School – Cultura e Valores, visando a disseminação e o reforço dos valores e de cultura Mota-Engil nos colaboradores das diferentes unidades de negócio e mercados onde o Grupo se ·Mota-Engil Active School – Gestão e Liderança, disponibilizando programas e iniciativas de formação materializadas em soluções de aprendizagem diferenciadas, que permitam acelerar o desenvolvimento das competências de gestão e liderança do Grupo. ·Mota-Engil Active School – Áreas de Negócio, oferecendo programas e iniciativas de formação que permitam preservar, reforçar e disseminar as competências técnicas e o conhecimento do negócio, garantindo a sua transferência para as gerações mais jovens. RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO No âmbito da Mota-Engil Active School – Cultura e Valores, é possível evidenciar a materialização do desafio definido através da elevada adesão que as várias sessões das duas edições do Programa [Entre Nós] obtiveram. Esta iniciativa, cuja participação é acessível à totalidade dos colaboradores do Grupo, tem por principal objectivo contribuir para a disseminação e reforço dos Valores e Cultura Mota-Engil e, simultaneamente, difundir e alargar o conhecimento das áreas de actuação e valências do Grupo. Pela sua natureza, este Programa é sempre assumido por oradores do Grupo, capazes de personificar a Cultura e Valores Mota-Engil e partilhar o conhecimento e informação existente, permitindo combinar a “vontade de ensinar com a vontade de aprender”. O ano de 2008 permitiu reforçar e consolidar o papel desta iniciativa no Grupo, integrando-a na Mota-Engil Active School 110 111 – Cultura e Valores e, consequentemente, conferindo-lhe uma grande proximidade a uma elevada diversidade de colaboradores. Durante 2008, foi concluído o ciclo de sessões promovidas pelo Eng. António Mota – Presidente do Conselho de Administração do Grupo – e iniciada uma segunda edição do Programa, tendo como orador o Dr. Jorge Coelho – Presidente da Comissão Executiva – , sob o tema “O todo é maior do que a soma das partes”. Num total de 15 sessões, realizadas entre Lisboa, Porto, Angola, Malawi e Polónia, participaram 764 colaboradores de diferentes gerações e geografias. Tratando-se de indicadores importantes para a concretização do desafio a que se propôs, a Mota-Engil Active School – Cultura e Valores continuará a desenvolver e implementar mais e diferentes iniciativas em 2009. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 Comentários qualitativos “O Programa “Entre Nós”, é uma estratégia de mais-valia para os Recursos Humanos inerentes a este grandioso Grupo: MotaEngil. No presente e no futuro, este tipo de acções é extramamente importante para nos sentirmos orgulhosos e motivados para atingir mais e melhor os objectivos pretendidos pelo Grupo”. “Julgo que foi uma excelente abordagem do que representa hoje para o mercado o Grupo Mota-Engil. Exposição bastante clara e com um aspecto que considero a mais-valia desta apresentação: estávamos mesmo “entre nós” e falou-se de colaborador para colaborador e não de CEO para os restantes elementos”. A Mota-Engil Active School – Gestão e Liderança desenvolveu, em parceria com escolas de gestão de reconhecida capacidade, um conjunto de programas de desenvolvimento de competências de gestão e liderança. Programas de gestão, de média e longa duração, especificamente desenvolvidos para responder eficazmente aos objectivos e metas do Grupo, conciliados com programas de curta duração com uma forte componente de aquisição e treino de competências de gestão e liderança e seminários temáticos orientados para matérias críticas para o Grupo, são algumas das iniciativas que a Mota-Engil Active School promoveu em 2008. Estas diferentes iniciativas de desenvolvimento de competências de gestão e liderança foram criadas para responder eficazmente a diferentes níveis de experiência na gestão, tendo a participação nesses mesmos programas sido definida com base no resultado do mapeamento de competências estratégicas para o Grupo, efectuado junto de um total de 250 quadros. Nesta fase de arranque, a Mota-Engil Active School – Gestão e Liderança promoveu a participação de 139 quadros, provenientes das três Áreas de Negócio do Grupo: Engenharia e Construção, Ambiente e Serviços e Concessões de Transportes. Estas participações foram concretizadas através de uma diversidade de iniciativas: · Programa de Gestão Avançada em parceria com a EGP-UPBS University of Porto Business School. Este programa de longa duração visa desenvolver e consolidar competências de gestão avançada; · Programa Geral de Gestão em parceria com Universidade Católica Portuguesa. Este programa de longa duração visa promover a aquisição de conhecimentos nas áreas fundamentais da gestão, sendo especificamente direccionado para quadros que assumiram recentemente ou que seja expectável que venham a assumir funções de gestão; · Seminários de Comunicação Eficaz em parceria com a Dynargie. Iniciativa de curta duração com uma forte componente de aquisição e treino da competência em questão; · Seminário Executivo “Realizando a Estratégia”, em parceria com a AESE. Iniciativa de curta duração com vista ao desenvolvimento de conhecimentos e competências de “Top Management”, orientado para quadros com funções de administração ou de direcção de topo. A Mota-Engil Active School, através do desenvolvimento do Capital Humano do Grupo, assume-se como uma ferramenta essencial para a criação sustentada de valor, que irá assegurar a competitividade e a solidez do Grupo Mota-Engil no longo prazo. Tendo iniciado a sua actividade no último quadrimestre de 2008, este projecto promoveu um elevado número de participações em iniciativas de desenvolvimento de competências. As expectativas para o ano de 2009 são claramente elevadas, antecipando o alargamento dessas iniciativas a outros mercados onde o Grupo está presente. RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO 112 113 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 114 115 DIFERENCIAÇÃO Só estando um passo à frente se chega primeiro. 07 Investigação, Desenvolvimento e Inovação RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 7.1 INTRODUÇÃO A Investigação, o Desenvolvimento e a Inovação (IDI) ocupam um lugar central da estratégia do Grupo Mota-Engil e constituem hoje um incontornável factor de diferenciação e competitividade empresariais. Grande parte das iniciativas neste domínio apresentam forte correlação com os temas da sustentabilidade, quer ao nível económico, através da minimização de custos, aumento da eficiência operacional, melhoria dos sistemas de gestão e geração de novas oportunidades de negócio; quer no plano ambiental, pela sua influência na minimização dos impactos ambientais gerados pelas diversas actividades e processos de negócio. Este esforço é particularmente notório nas Áreas de Engenharia e Construção e Ambiente e Serviços, com particular ênfase na actuação da SUMA neste domínio. Descrevem-se, em seguida, as principais iniciativas. 7.2 ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO 7.2.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS 2008 foi um ano de consolidação do modelo de Gestão de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI). Foi definida uma metodologia, da qual se destacam alguns pontos considerados relevantes: No decurso de um processo de reestruturação interna, foi deliberada a criação de um departamento específico que promovesse e potenciasse a inovação na organização. Após um diagnóstico interno ao modelo desenvolvido em 2007 e um estudo do estado da arte a nível mundial sobre inovação, concluiu-se que haveria a necessidade de simplificar o modelo e de o suportar em ferramentas informáticas colaborativas que agilizassem o processo e promovessem a criatividade e a geração de valor acrescentado. · Concepção de um fluxo de informação desde a gestão de interfaces até ao projecto de inovação; · Desenvolvimento de um conjunto de plataformas informáticas (4) de apoio à gestão; · Elaboração de uma matriz de avaliação de oportunidades de inovação que permitiu introduzir alguma objectividade na avaliação das oportunidades e que pretende aumentar o potencial dos projectos de inovação que venham a ser desenvolvidos; · Criação de uma comissão para a inovação, com o macro-objectivo de alinhar as actividades de IDI com os eixos estratégicos da empresa. No respeito pela norma NP4457 (Sistema de Gestão de IDI), foi definida a melhor metodologia para que se dinamizasse uma cultura de inovação na empresa. INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO 7.2.2 ORGANIZAÇÃO 116 117 O Sistema de Gestão de IDI foi submetido a uma auditoria da APCER no final de 2008, tendo sido apreciadas e validadas todas as alterações implementadas ao sistema. No início de 2009, foi preparada a candidatura ao SIFIDE relativa aos projectos em curso no ano de 2008, que se encontram descritos no seguinte quadro: Projecto Objectivo Encarregados on-line “Revolucionar” os canais de comunicação entre o encarregado e a empresa. Building Information Model Promover a pré-construção virtual e consequentemente reduzir os problemas na fase de construção. VIRMEEC Criar ferramentas específicas de planeamento da construção, com visualização em 3 e 4 dimensões e com capacidade de fornecer elementos de suporte ao processo de gestão de obra. Link.ME Visa potenciar a gestão do conhecimento técnico na empresa. A Gestão de IDI está cometida à Direcção de “Performance”, Tecnologia e Inovação da Mota-Engil Engenharia. externa nas áreas da gestão de Inovação Avançada, Certificação da Inovação e Normas IDI-SPI. A implementação do Modelo Corporativo de Funções e Competências, integrada no Projecto de Mapeamento de Competências (MAP), permitiu reforçar a importância da competência Inovação nos colaboradores da Mota-Engil Engenharia, e o desenvolvimento do “Balance ScoreCard”, integrado no Projecto Score, possibilitou fortalecer o compromisso das várias áreas de negócio para com a Inovação. Comunicação No domínio da comunicação interna, assistiu-se à promoção de eventos (seminários, workshops) sobre Conhecimento, Tecnologia e Inovação na Mota-Engil Engenharia, sendo de destacar os seguintes: Auditorias, Avaliação de Resultados e Formação Durante o ano de 2008, foi realizada por uma entidade externa uma auditoria ao Sistema de Gestão de IDI, tendo igualmente sido iniciado um conjunto de acções de melhoria. No âmbito do Projecto INOVAR-ME, foram avaliadas as competências-base dos principais colaboradores envolvidos nos processos de gestão da inovação e do conhecimento e realizadas acções de formação · Curso de Inovação e Qualidade ministrado pela SPI; · Formação ao Negócio dos Agregados sobre a nova metodologia do SIGIDI; · Workshops Gestão do IDI na Mota-Engil Engenharia; · Workshops sobre Gestão Colaborativa; · Open Day “What Can I Change?” – Dia aberto para os jovens engenheiros; · Apresentação dos trabalhos de estágio dos jovens engenheiros. Foi igualmente renovado o Portal da Inovação, com o objectivo de o tornar ainda mais funcional e de o integrar com o Portal Corporativo da Empresa. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 7.2.3 SISTEMA DE GESTÃO IDI Relacionamento com entidades externas O relacionamento e a gestão de interfaces com entidades externas reveste-se da maior importância para o sistema de gestão IDI. Os Clientes, Fornecedores, Distribuidores, Parceiros, Concorrentes, Consultores, Associações Empresariais, Centros de Conhecimento/Instituições de Ensino Superior, Estado e Organismos Reguladores, bem como a imprensa técnica especializada e o mercado em geral, constituem o amplo acervo de interfaces com entidades externas que importa desenvolver. Avulta, neste âmbito o protocolo celebrado com a Universidade do Minho com a finalidade de estabelecer e desenvolver acções de cooperação técnico-científica e de inovação, em domínios considerados de interesse mútuo pela Mota-Engil e pela UM. É ainda pertinente realçar as seguintes iniciativas e parcerias: Iniciativas: · Inova Gaia – Participação numa incubadora de empresas; · PTPC – Participação na Plataforma Tecnológica para a Construção. Parcerias: · INFOR – Protocolo de Cooperação no âmbito do projecto BIM; · Miguel Krippahl – Protocolo de Cooperação no âmbito do projecto BIM; · FEUP – Carta de Intenções no âmbito do projecto LAV. Destaque-se, por último, a atribuição que vem sendo efectuada, de há vários anos a esta parte, de um prémio destinado a galardoar o melhor aluno do curso de Engenharia Civil da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). Projectos IDI Construção e Infra-estruturas · Encarregados on-line - “Revolucionar” os canais de comunicação entre o encarregado e a empresa; · Building Information Model - Promover a pré-construção virtual e consequentemente reduzir os problemas na fase de construção; · VIRMEEC - Criar ferramentas específicas de planeamento da construção, com visualização em 3 e 4 dimensões e com capacidade de fornecer elementos de suporte ao processo de gestão de obra; · Link.ME - Visa potenciar e dinamizar a gestão do conhecimento técnico na empresa. Laboratório Central: · Implementação dos ensaios iniciais de tipo obrigatório para a Marcação CE de misturas betuminosas; · Utilização do deflectómetro de impacto portátil (DIP) no controlo de execução de aterros; · Concepção de uma plataforma de gestão on-line dos laboratórios de obra; · Gamadensímetro com sistema GPS para determinação da posição, cota e grandezas geotécnicas. Geotecnia: · “Geotecnia do it well“, para a redução dos impactes ambientais resultantes das actividades desenvolvidas no âmbito do negócio de Geotecnia, bem como um conjunto de acções de comunicação, formação e promoção da estratégia de Inovação e Desenvolvimento Sustentável. Fundações · Projecto Melhoramento dos Solos: Tratamento de solos moles por activação alcalina Electromecânica · Acompanhamento à distância das obras através do uso de câmaras; · Implementação de um Sistema de Inspecções Eléctricas TEGG. INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO 118 119 CONSIDERAÇÕES GERAIS 7.3 AMBIENTE E SERVIÇOS sUMA, SERVIÇOs URBANOS E MEIO AMBIENTE, SA O departamento de Inovação, Desenvolvimento e Rentabilização (IDR) procedeu, durante o ano 2008, ao acompanhamento de questões e soluções relacionadas com a produção e os equipamentos, desenvolvendo vários estudos de viabilidade técnica e actividades conexas. Relativamente à actividade de prestação de serviços, providenciou-se argumentação técnica para inclusão em propostas comerciais relativamente a inovações propostas pela Empresa ou solicitadas por clientes e realizaram-se melhoramentos ao nível das estruturas e infra-estruturas de produção para melhor aproveitamento de sistemas já existentes ou para adaptações visando uma melhor “performance”. Quanto aos equipamentos, o IDR orientou inspecções técnicas de segurança e desenvolveram-se propostas de melhoria e conformidade tendo em conta a legislação aplicável. Foram realizados estudos e várias adaptações de “upgrade” ao equipamento patenteado SUMA-VLE (Viatura Lava-Ecopontos - viatura para lavagem “in situ” de contentores de grande volume/capacidade) e estudou-se uma solução de higienização de veículos de produção, tendo em conta a 7.3.1 projectos necessidade de redução de consumos de água e de contaminantes nos efluentes. Está também a finalizar-se o estudo de adaptação da patente SUMA-SPIC (sistema de pesagem e identificação de contentores) para os veículos de recolha lateral de resíduos que irão, em breve, entrar em funcionamento. Em 2008, iniciou-se a implementação da NP 4457:2007, com a definição do Manual do SG Investigação, Desenvolvimento e Inovação, e do Plano de Projecto de IDI de acordo com a NP4457:2007 e NP4458:2007 Ainda durante o ano 2008, foi definido o sistema de gestão de estágios para Inovação, a entrar em funcionamento em 2009, bem como os estágios a dar prioridade face aos objectivos e metas da Organização derivados da política de gestão. Em 2009 pretende-se desenvolver vários estudos técnicos com a colaboração de estagiários, que serão seleccionados tendo em conta a sua formação de capacidades e de competências específicas, que depois integrarão uma bolsa de potencial recrutamento para o Grupo SUMA, e que serão acompanhados pelo iSUMA. SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Ao nível de Sistemas de Informação (SI), em 2008, devem destacar-se dois projectos de extrema relevância para a Organização: · A adopção de um ERP (Enterprise Resource Planning) transversal, nas suas vertentes de Aprovisionamentos, Gestão de Infraestruturas, Gestão de Armazéns e Oficinas, Gestão de Recursos Humanos, Contabilidade, Finanças e Controlo de Gestão, levou a uma profunda uniformização dos respectivos processos informáticos, assente nas especificações da plataforma SAP. Este processo decorreu desde o segundo trimestre de 2008 e a sua total aplicabilidade foi conseguida em Janeiro de 2009; · A criação de uma unidade GIS (Geographic Information System), enquadrada internamente sob a alçada da Coordenação de Sistemas de Informação e Telecomunicações, irá permitir uma profunda reorganização e estandardização da informação georreferenciada (contentorização / circuitos), alinhada com as melhores práticas e centralizada numa plataforma GIS reconhecida internacionalmente (ARCGIS Server da ESRI). Dentro da estrutura dos SI, foi efectuada uma análise detalhada do Data Center, identificando-se as necessidades para um melhor acompanhamento do crescimento RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 estrutural da Empresa e agindo nos aspectos mais relevantes. Em 2008, procedeu-se à aquisição de uma nova UPS, com maior carga, para suportar as necessidades computacionais pelo menos durante 30 minutos e instalou-se um sistema de extinção de incêndios exclusivamente para a sala de servidores, para garantir a segurança desta instalação. Ambas as acções desenrolaram-se em 2008 e foram finalizadas e testadas já em Janeiro de 2009. Um outro projecto, denominado por iniciativa Green IT, que pretende a remode lação/”upgrade” dos sistemas computacionais para sistemas mais sustentáveis, está ainda em fase de consulta ao mercado. As expectativas são de substituir cinco servidores por três em formato Blade, com poupanças em termos de consumo de energia na ordem dos 25%, a que acresce a diminuição da carga térmica, com repercussão ao nível da menor necessidade de refrigeração da sala de servidores. A SUMA está a avaliar uma solução integrada de “Routing” e Optimização de Rotas, recorrendo a testes exaustivos nas vertentes de GPS, auxiliando os motoristas na execução dos circuitos e na optimização de rotas, usando o melhor software disponível e identificado como “best of breed” para a área de resíduos, integrado no ambiente SIG usado pela Organização. Devido ao número de características disponíveis, à complexidade e ao impacto no terreno, os testes irão prosseguir durante o primeiro semestre de 2009. Os serviços SIT-GIS assumiram um papel agregador de toda a informação dispersa pelos centros de serviços, procedendo a uma uniformização das nomenclaturas dos circuitos e dos serviços afectos aos centros de produção. Iniciaram-se em quase todos os centros de serviços projectos de levantamento e actualização de informação, com os respectivos tratamentos e coordenação no “back office” GIS. A solução GISUMA sofreu um upgrade significativo, estando em testes pré-produção até Março de 2009. Com a adopção do sistema SAP, a Base de Dados (BD) Produção sofreu também uma significativa reestruturação interna – mudanças em termos de centros de custo, recursos humanos e equipamento obrigaram a repensar e agregar a informação de forma mais flexível. Desde o inicio de 2009, a BD está a ser introduzida à generalidade dos centros de serviços e estão a ser desenvolvidos novos relatórios, que permitam a obtenção de informação/indicadores de modo uniforme em todos os centros. Com a informação dos novos relatórios, será possível refinar e identificar variáveis de negócio até agora pouco exploradas, caminhando para um sistema de BI (“Business Inteligence”) que permita inferir informação de elevada qualidade para tomada de decisões. INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO 7.3.2 LABORATÓRIO SUMA O controlo de processos de qualidade é facto determinante para a salvaguarda das condições ambientais. O estudo integrado dos parâmetros ambientais em sistemas de tratamento e controlo de águas residuais corresponde à missão do laboratório da SUMA enquanto estrutura vocacionada para dar resposta às obrigações contratuais decorrentes da gestão de aterros sanitários e centrais de compostagem, bem como para acorrer às solicitações de clientes externos. Através de ensaios interlaboratoriais mantidos com a Associação dos Laboratórios Acreditados (RELACRE) e com a Aquacheck (organismo internacional de referência), 120 121 esta unidade laboratorial actua no domínio dos ensaios laboratoriais da água (caracterização de afluentes e efluentes líquidos, colheita e transporte de amostras e avaliação de processos de tratamento), resíduos (estudos de caracterização, análise e monitorização de parâmetros físico-químicos, ensaios de lixiviação/percolação e análise química de solos, lamas e correctivos orgânicos) e sistemas de tratamento (monitorização ambiental de aterros sanitários e caracterização e avaliação de processos de tratamento de águas). O laboratório encontra-se acreditado pelo IPAC desde 2004, segundo a norma NP EN ISO/IEC 17025. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 desempenho AMBIÇÃO Projectar um futuro melhor, para nós e para todos. 122 123 08 Desempenho RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 8.1 DESEMPENHO ECONÓMICO 8.1.1 ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO MOTA-ENGIL ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO SA 1. Enquadramento Estratégico e de Mercado Península Ibérica Como consequência da crise financeira mundial, o sector da construção em Por tugal e Espanha conheceu uma quebra de produção em 2008. Em Portugal, a actividade de Engenharia e Construção, em crise profunda desde há al guns anos, com fraca procura, excesso de capacidade instalada e encolhimento das margens praticadas, viu, em 2008, a sua situação agravada. O índice de produção global do sector re gistou no ano de 2008, um decréscimo de 1,1%, depois de, em 2007, ter registado uma variação também negativa de 2,2%. Contudo, esta tendência poderá ser inver tida já em 2009, tendo em conta as medi das anunciadas e algumas já concretizadas para colmatar os efeitos da crise nas econo mias nacionais, as quais assentam num re lançamento das actividades de construção. Foram os crescimentos registados nos seg mentos da engenharia civil e da construção de edifícios não residenciais que contribuí ram para atenuar o efeito da forte quebra que se verificou no segmento da habitação (8,0%, o segundo pior resultado desde o início da crise, em 2002), de tal forma que o decréscimo do índice de produção global do sector em 2008 apenas se situou em 1,1%. Na realidade, situando-se a área licenciada para a construção de edifícios residenciais em menos 23% no final de 2008, esperarse-iam quebras de produção globais mais acentuadas, o que não aconteceu devido ao bom desempenho dos segmentos da enge nharia civil e dos edifícios não-residenciais, os quais registaram acréscimos de produ ção em 2008. Com efeito, nos últimos anos, a evolução do mercado da habitação foi-se degradando, potenciando-se os efeitos decorrentes da ex tinção do regime de crédito bonificado ocor rida em Setembro de 2002, momento a partir do qual os níveis de produção deste segmen to registaram quebras sucessivas até 2008. A produção deste segmento em 2008 terá caído 9% face a 2007, redução que só foi ul trapassada no ano de 2003. Para 2009, as expectativas não são optimistas, dados os reduzidíssimos níveis de licenciamento de edifícios para a habitação. Os níveis de produção de obras de engenha ria civil revelaram-se positivos em 2008, terminando o ano com um acréscimo de 2,1% face a 2007, variação que, no entanto, também não foi suficiente para imprimir ao sector um ritmo de actividade desejado. Apesar do bom ritmo apurado no lançamen to de concursos públicos de empreitadas e da melhoria gradual do ritmo de adjudica ções ao longo de 2008, este segmento terá ficado aquém das expectativas criadas com as crescentes intenções de investimento em infra-estruturas. De facto, tendo atingido o valor licitado para a realização de empreitadas mais 32% desempenho 124 125 que o apurado em 2007, tendo mesmo apre sentado a meio do ano variações superiores a 100%, esperar-se-ia um ritmo de adjudi cações mais elevado, fenómeno que só nos últimos meses se começou a verificar, já que, até ao final de Agosto, o valor contra tado estava abaixo do valor de 2007. nacional para concorrer ao projecto no novo aeroporto internacional de Lisboa e os in vestimentos efectuados pelas associadas especializadas nos trabalhos de construção em ferrovias, antecipando necessidades que decorrerão do lançamento dos concur sos para as linhas de alta velocidade. É expectativa do Grupo que 2009 se venha a revelar como um ano de melhoria deste ci clo depressivo no sector da construção em Portugal, sendo essa expectativa assente na convicção de que as medidas recente mente anunciadas pelo Conselho Europeu, e mais concretamente pelo Governo portu guês, de reforço do investimento público, contribuirão para o relançamento das acti vidades de construção. Em 2008, o volume de negócios da área em Portugal foi superior a 700 milhões de euros. Por seu turno, em termos de rentabilidade operacional, continuou a ser possível man ter uma “performance” bastante positiva, apesar da política de preços praticada por alguns operadores do sector, nos escassos concursos públicos. Adicionalmente, os investimentos ainda não concretizados do Plano de Investimen to em Infra-estruturas Prioritárias (PIIP), anunciado em anos anteriores, viu a sua im portância estratégica reforçada com a crise. Apesar das dificuldades referidas, o merca do doméstico manteve uma expressão rele vante no peso total do volume de negócios: em 2008, o mercado português representou 49% da actividade da construção do Grupo, em comparação com os 57% de 2007. Desta forma, espera-se uma maior brevi dade no lançamento dos grandes projectos ainda não concretizados, como sejam os ca sos da Alta Velocidade Ferroviária e do novo Aeroporto de Lisboa. Europa Central Actualmente, a área de Engenharia e Cons trução está presente nos seguintes países da Europa Central: Polónia, República Che ca, Eslováquia, Hungria e Roménia. De acordo com estas perspectivas, o Grupo Mota-Engil tem vindo a colocar-se em posi ção de desempenhar um papel relevante na execução destes projectos, considerados desígnios nacionais. Em 2008, os efeitos da conjuntura económi ca mundial desfavorável fizeram-se sentir com menos impacto, ou mais tardiamente, nos países da Europa Central. Ao mesmo tempo que somos o líder nacional no segmento da construção, acumulamos experiência e “know-how” em grandes re alizações, sejam elas de aeroportos, auto-estradas, pontes ou caminhos-de-ferro. Continuamos, assim, à semelhança do que já havia sucedido em 2007, a adoptar todas as medidas de organização interna necessá rias, bem como a efectuar avultados inves timentos nos activos produtivos, no sentido de estar sempre na primeira linha das futu ras adjudicações. Exemplos destas iniciativas são o estabe lecimento de um consórcio inteiramente Desta forma, os mercados da construção da Europa Central registaram, em 2008, mais um ano de crescimento, fruto de um défice considerável de infra-estruturas e benefi ciando da transferência de avultados fun dos comunitários para modernização das mesmas. No final do ano, com o aparecimento de uma verdadeira crise cambial nesta região, pro vocada essencialmente por insustentáveis défices das contas correntes e por moedas sobreavaliadas, os já debilitados mercados bancários e de habitação destes países vi ram os seus problemas acrescidos. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 Aliada a estes problemas conjunturais, uma auditoria interna da Mota-Engil permitiu de tectar a existência de irregularidades na sua operação na Hungria, relativas a exercícios anteriores, originadas por gestão danosa e fraudulenta, efectivadas pelo responsável financeiro daquela operação. A análise detalhada e a auditoria externa que se seguiu permitiram evidenciar um im pacto negativo de 6.394 milhões de forints húngaros (aproximadamente 21 milhões de euros, ao câmbio actual) na situação patri monial da Mota-Engil Magyarorszag e da sucursal da Mota-Engil Engenharia naquele país, relacionado com o valor de realização de activos e com passivos não relevados contabilisticamente e respeitante a opera ções de exercícios anteriores. Obviamente que aquela gestão provocou impactos em 2008 e anos seguintes que estão já a ser minorados com base numa reorganização da actividade naquele mer cado que conduzirá à forte redução das operações. Apesar da crise conjuntural, que se espera vir a manter-se durante o ano de 2009, e do acontecimento particular da Hungria, estes mercados continuam a ser uma das fortes apostas do Grupo, por apresentarem pers pectivas de intenso crescimento. Aliás, o Grupo Mota-Engil está presente na Europa Central desde 1997, pelo que, ao longo de mais de 10 anos, acumulou valiosa experiência e conhecimento de mercados que, ao mesmo tempo que se tornam mais e mais atraentes, também se revelam muito exigentes e competitivos. Neste âmbito, e em conformidade com as di ficuldades sentidas nas relações com forne cedores, o Grupo procura integrar nas suas obras uma componente cada vez maior de competências internas, promovendo a inte gração vertical da actividade. Esta orientação estratégica implica a con centração de investimentos em meios pro dutivos e, além disso, na integração de actividades produtoras de matérias-primas aplicadas nas construções. A título de exemplo, refere-se a aquisição de uma so ciedade polaca de extracção de agregados minerais, produtora de matéria-prima es sencial, nomeadamente, no abastecimento de obras de construção e pavimentação de estradas. O Grupo sempre se mostrou atento a no vas oportunidades de negócio que nestes países pudessem ser exploráveis, nomea damente por apresentarem oportunidades de realização de sinergias com a actividade tradicional da construção. Neste sentido, e embora num contexto de crise, a expansão da actividade ligada ao imobiliário permanece como um dos objec tivos da Mota-Engil. A lista dos países com maiores carências ao nível habitacional é encabeçada, sem dúvida, pela Polónia, mas inclui também a Roménia, a Hungria, a República Checa e a Eslováquia. Em todos estes países, o Grupo já está presente e em todos eles tem inte resses em projectos imobiliários em curso. É assim com optimismo, embora moderado pela crise internacional, que o Grupo olha para a actividade prevista para 2009 nestes mercados: forte crescimento do volume de negócios, sempre assegurando a melhoria sustentada das margens operacionais. Em 2008, o volume de negócios alcançado na Europa Central foi de 330 milhões de eu ros, quando em 2007 tinha sido de 219 mi lhões de euros. O contributo para o EBITDA da área de negócio regista uma evolução bastante positiva: em 2008, o valor foi po sitivo em 4,9 milhões de euros, sendo que em 2007 tinha sido negativo de 5,3 milhões de euros. África & Américas A área de Engenharia e Construção está pre sente ainda nos seguintes países: Angola, Moçambique, Malawi, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, EUA, México, Peru e Venezuela. desempenho Angola tem tido nos últimos anos ritmos de crescimento económico bastante con sideráveis. O ano de 2008 foi mais um ano de confirmação deste bom desempenho, com um PIB previsto de 16%, apesar de um abrandamento da actividade econó mica face a 2007, ano em que se registou uma taxa de 21%. Apesar desta desacele ração, fundamentada principalmente pela quebra dos níveis de produção do petróleo por imposição de quotas pela OPEP e ain da pela baixa muito acentuada do preço do barril quando comparado com os valores de há um ano, sente-se que a economia angolana está a ganhar maturidade e esta bilidade, com a consolidação de um sector não-petrolífero com em peso cada vez maior. O Grupo Mota-Engil está presente em Ango la desde a sua constituição, e assume este como um dos seus mercados naturais de actuação. É certo que a evolução económica do país traz consigo alterações de mercado e novos concorrentes, mas o Grupo, benefi ciando da sua posição histórica e dotado de excelentes recursos, tem-se mostrado capaz de, não só se adaptar a essas evoluções, como sobretudo de retirar delas vantagens. A sucursal angolana da Mota-Engil Engenha ria está equipada com meios técnicos mo dernos e com meios humanos reconhecida mente competentes e vê na estabilidade das instituições públicas e na modernização do aparelho de Estado angolano oportunidades para continuar a desenvolver a sua activida de de forma profissional e eficiente. Deve-se destacar as boas relações que o Grupo man tém e promove com o sector público ango lano, quer como adjudicatário, quer como parceiro em associadas locais. A actividade em Angola registou em 2008 um ano exce lente, com um crescimento de 117% face ao ano transacto, para os 301 milhões de euros. Também ao nível da rentabilidade operacio nal, o ano de 2008 foi muito positivo, com a margem EBITDA a situar-se nos 15%. Apesar da crise mundial, o arranque do ano de 2009 no mercado angolano é encarado com algum optimismo e a expectativa do Grupo é a de conseguir ainda um maior 126 127 crescimento, sustentado numa carteira de encomendas robusta e em consolidação. Por outro lado, a Mota-Engil pretende diver sificar os negócios em Angola e, para isso, está a analisar projectos nas áreas de ener gia, ambiente e logística. Nos outros mercados de África onde o Grupo Mota-Engil está presente, o ano de 2008 foi também bastante positivo, destacando-se o Malawi, onde o Grupo reforçou a sua presença, nomeadamente na área de construção e manutenção de estradas, tendo anunciado adjudicações de mais de 100 milhões de euros. Também em 2008, o Grupo assinou um memorando de entendimento com o Governo do Mala wi para diversos projectos, com destaque para a reabilitação do porto de Nsanje e desenvolvimento de duas centrais hidro eléctricas. Este feito apenas foi possível devido ao reconhecido prestígio que foi construindo por via do seu posicionamen to no mercado, pautado pela correcção e competência na execução. Em Moçambique, continua a merecer desta que a realização da ponte sobre o rio Zam beze, a obra pública de maior dimensão desde a independência deste país. A obra, adjudicada em 2006 ao consórcio liderado pela Mota-Engil, foi orçada em 80 milhões de euros e estima-se que fique concluída durante o ano de 2009. Ainda em Moçambi que, a Mota-Engil ganhou a obra de recupe ração de um troço de estrada em Massinga, no Sul do país, com cerca de 50km, com um valor orçado de 26 milhões de euros, e encontra-se pré-qualificada, num conjunto de cinco concursos, para a reconstrução de diversas infra-estruturas, que somam 280 milhões de euros. A Mota-Engil encontra-se igualmente pré-qualificada no concurso para a concepção e concessão da empreitada da ponte entre Maputo e Catembe, na margem sul da cidade, uma obra avaliada em 200 milhões de euros. A actividade em São Tomé e Príncipe e em Cabo Verde, embora limitada pela dimen são dos respectivos mercados, demonstra RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 a capacidade do Grupo para aproveitar as oportunidades surgidas nos países de lín gua oficial portuguesa. No Peru, continuamos a marcar presença sobretudo na actividade de movimentação de terras. 2008 foi mais um bom ano para a actividade neste país, sendo que a estabili dade do mercado permitiu continuar a de senvolver a estratégia de crescimento e va lorização da nossa associada local. É neste sentido que continuamos a dar passos para a diversificação da actividade, com a entra da no mercado da promoção imobiliária. Nos EUA, a associada MK Contractors, que se dedica à construção de empreendimentos imobiliários residenciais, foi inevitavelmente afectada pela crise do mercado habitacional norte-americano, à semelhança do ano de 2007. A actividade desta associada limitou-se, assim, a assegurar a continuidade, a um ritmo reduzido, dos projectos que já haviam sido iniciados em anos anteriores. O ano de 2008 registou ainda o início da ac tividade desta área de negócio no México e na Venezuela. No México, foi iniciada a construção da auto-estrada Perote-Banderilla y Libra miento de Xalapa, representando um inves timento na área da construção de cerca de 179 milhões de euros. Na Venezuela, devemos destacar que o Gru po integra, com uma participação de 26%, um consórcio de empresas portuguesas para a realização de uma empreitada no porto de La Guaira, na Venezuela. A fase já contratualizada, referente à elaboração do projecto, está orçada em 9 milhões de dóla res americanos de um total de 658 milhões, estimado para a totalidade da empreitada (57 meses). A remodelação do porto de La Guaira será uma obra de grande impacto, pois trata-se do principal porto da Venezue la, servindo a cidade de Caracas. A emprei tada permitirá modernizar o porto, através da execução de novas estruturas de cais acostáveis, elementos de protecção marí tima, novas plataformas de movimentação de cargas e contentores e instalação dos respectivos equipamentos portuários de elevação e movimentação de carga. O segmento de negócio África & América re gistou em 2008 um crescimento do volume de negócios de 55% para os 430 milhões de euros (2007: 278 milhões de euros). Ao nível da rentabilidade operacional o desem penho foi também positivo, com o EBITDA a situar-se nos 61 milhões de euros, em com paração com os 44 milhões de euros obti dos em 2007. No quadro seguinte, encontram-se reflecti dos os fluxos de capital entre a organização e os seus stakeholders: O Valor Económico Directo Gerado cresceu de forma expressiva (48%) entre 2007 e 2008, o que possibilitou aumentar o Valor Económico Acumulado, em 2008, em 72%. Valor económico gerado e distribuído euros 2008 2007 Valor económico directo gerado 1.106.867.674 749.150.806 Receitas 1.106.867.674 749.150.806 Valor económico distribuído 1.053.089.072 Custos operacionais 866.430.859 582.289.312 Salários e benefícios de empregados 136.815.992 108.348.421 Pagamento a fornecedores de capital 38.362.317 19.466.908 Pagamentos ao Estado 11.371.704 7.589.235 Investimentos na comunidade 108.200 Valor económico acumulado 53.778.602 Indicador 717.799.636 105.760 31.351.170 desempenho Na prática, a Mota-Engil conseguiu aumen tar a capacidade de retenção de riqueza (Valor Económico Acumulado) de 4% do Valor Gerado, em 2007, para 5%, em 2008. Não se registaram, em 2008, implicações financeiras nem outros riscos ou oportuni dades para as actividades desenvolvidas pela organização provocadas por altera ções climáticas. 2. Subsídios auferidos e Planos de Pensões O valor dos subsídios à actividade recebi dos em 2008 pela Mota-Engil Engenharia provenientes do Estado ou de outras enti dades públicas nacionais ou estrangeiras cifrou-se em € 404.613,40. Foram ainda recebidos do Estado subsídios no valor de € 44.379,47 relativos à contra tação de trabalhadores em regime de pri meiro emprego. Para além das contribuições obrigatórias para o regime geral da Segurança Social, cuja base contributiva incide sobre a massa salarial, não existe, na Mota-Engil Engenha ria, qualquer Plano de Pensões de contri buição definida. 3. Presença no mercado Relativamente a este aspecto e que constitui matéria a ser abordada de acordo com as di rectrizes de relato adoptadas (GRI 3.0), pas sa a dar-se conta da política da Mota-Engil Engenharia em relação às questões adiante enunciadas. Política salarial Os padrões remuneratórios praticados pela Mota-Engil Engenharia correspondem, em traços gerais, à política global do Grupo sobre a matéria e são estabelecidos ten do em conta a categoria profissional e a avaliação das funções dos seus colabora dores, a inserção nas linhas e respectivos planos de carreira, e o desempenho obtido, 128 129 premiando os comportamentos de mérito através de uma adequada política de remu neração variável. No plano laboral, a Mota-Engil Engenharia rege-se pela observância do Contrato Co lectivo de Trabalho (CCT) para a Construção Civil e Obras Públicas, instrumento este que rege supletivamente as condições de traba lho da empresa para além dos dispositivos de natureza imperativa vertidos na lei geral. No plano remuneratório e relativamente à fixação por via legal do Ordenado Mínimo Nacional (OMN), os valores praticados pela Mota-Engil Engenharia situam-se acima desse nível. Fornecedores locais A complexidade dos projectos e obras em que a Mota-Engil Engenharia se encontra envolvida não permite a adopção sistemá tica de uma política de selecção de fornece dores que atente à sua proximidade numa lógica de favorecimento das comunidades locais. Ainda assim, e apesar de não se encontrar formalizada uma política de preferência aos fornecedores locais, sempre que inicia um processo de procura no mercado, a Mota-Engil Engenharia procura garantir que estes são consultados e incluídos no processo de se lecção, efectuado segundo critérios técnicos e financeiros previamente definidos. Estes critérios incluem as variáveis quali dade/preço, prazo de execução ou entre ga e apresentação de propostas variantes que cumpram ou melhorem os dois pontos anteriores. Em igualdade de condições, são utilizados os critérios de melhor cotação na fase de concurso e melhor avaliação interna. Os fornecedores são sujeitos a um processo de qualificação onde são analisados tendo em conta a sua idoneidade, existência dos alvarás adequados, capacidade técnica e económico-financeira, bem como a garantia da qualidade. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 As regras e condições gerais de fornecimen to a cumprir pelos fornecedores e contrata dos da Mota-Engil Engenharia estão devida mente formalizadas. Os subcontratados que operem com a Mota-Engil Engenharia são, por outro lado, integrados no Sistema de Gestão, sendolhes previamente comunicadas as regras ambientais e de segurança a cumprir na execução dos contratos. Trabalhadores locais O carácter especializado de uma grande parte das actividades da Mota-Engil Enge nharia, aliado aos constrangimentos pró prios do funcionamento do mercado de tra balho, não permite o recurso sistemático à contratação local. Além dos impactos sociais favoráveis para as comunidades locais que daí decorreriam, tal traduziria ainda a obtenção de evidentes ganhos no custo dos recursos envolvidos. Todavia e tendo a Mota-Engil Engenharia uma actividade marcada pela dispersão e pelo carácter temporário das obras e projec tos em que está envolvida, procura sempre que possível dar preferência à contratação local, designadamente nos sectores que re queiram menor grau de especialização. Quadros dirigentes A proveniência local na contratação de qua dros dirigentes e membros da Alta Direcção não é tida em conta, atenta a diversidade e complexidade da actividade da Mota-Engil Engenharia, prevalecendo outros critérios que atendem ao perfil de qualificações, ex periência e conhecimento do negócio dos profissionais a contratar. 4. Impactos económicos indirectos A Mota-Engil Engenharia procura contribuir responsavelmente para o desenvolvimento das comunidades locais, em particular no que toca aos projectos de infra-estruturas, no decurso da sua actividade exercida em múltiplos contextos geográficos e sócio-económicos. Um exemplo desta preocupação foi o de safio criado pela empreitada da Variante à EN205 em Arco de Baúlhe, em que existia a necessidade de se encontrar uma solução alternativa ao depósito de 710.000 m3 de solos em vazadouro e que cumprisse com as exigências ambientais. Para esse efei to, foi desenvolvido, em coordenação com a autarquia, um projecto de execução de diversos aterros com recurso aos materiais sobrantes da empreitada. Esta solução permitiu reaproveitar um total de 645.000 m3 destes materiais e teve um impacto para a Câmara/população de cerca de 1.780.000 euros. Dos diversos trabalhos desenvolvidos, des taca-se a execução de quatro aterros com recurso a um total de 445.000 m3 de mate riais sobrantes da empreitada e a recupera ção da antiga pedreira, localizada no buraco da Moura, com recurso a 200.000 m3 destes materiais, o que permitiu eliminar um risco ambiental e de segurança para as popula ções vizinhas. desempenho 8.1.2 AMBIENTE E SERVIÇOS SUMA, SERVIÇOS URBANOS E MEIO AMBIENTE, SA 1. Enquadramento do Sector dos Resíduos A organização e infra-estrutururação do sector, procurando a sua sustentabilidade ambiental, social e económica, constituem prioridades essenciais. São disso exemplo a apresentação, em Ja neiro de 2007, do QREN - Quadro de Refe rência Estratégica Nacional, instrumento de definição da aplicação da política comuni tária de coesão económica e social em Por tugal para o período 2007-2013, cujos pro gramas operacionais integram estratégias para o sector; e a publicação, em Fevereiro de 2007, do PERSU II – Plano Estratégico dos Resíduos Sólidos Urbanos 2007-2016, que define eixos de actuação, objectivos, metas e acções a desenvolver e pretende revolucionar o panorama da Gestão de RSU no nosso país nos próximos anos, tirando partido do novo ciclo de fundos comunitá rios integrados no QREN. O PERSU II é um instrumento estratégico es sencial, para o qual se prevêem investimen tos na ordem dos mil milhões de euros, dos quais cerca de 650 milhões serão elegíveis no âmbito do QREN. Uma das grandes linhas orientadoras deste plano é a valorização máxima dos resíduos, em detrimento da deposição em aterro, e uma das maiores aspirações é o desvio dos resídu os urbanos biodegradáveis (RUB) de aterro, apostando fortemente nas unidades de di gestão anaeróbia, compostagem, e tratamen to mecânico e biológico, contribuindo para a minimização da utilização do solo e diminuin do a emissão de gases com efeito de estufa. Os objectivos preconizados irão ao en contro do alinhamento com as estratégias comunitárias e do Protocolo de Quioto, dissociando a produção de resíduos do crescimento económico, alcançando as me tas impostas de reciclagem, valorização de resíduos e desvio de RUB de aterro, aumen tando a vida útil destes e contribuindo para alcançar as metas na produção de energia a partir de fontes renováveis. 130 131 Este plano aponta para grandes transfor mações no sector dos resíduos, prevendo um aumento de 10% tanto na valorização orgânica de RUB recolhidos selectivamen te como na valorização multimaterial, um crescimento de 20% no tratamento mecâ nico e biológico, e uma redução de 40% na deposição em aterro. A adaptação dos Sistemas de Gestão de RSU no sentido de prosseguirem a estra tégia agora implementada acarretará um esforço na prossecução dos objectivos e uma responsabilidade acrescida de todos os agentes envolvidos, de forma a que o sector dos resíduos possa evoluir no sen tido da organização, da modernização e da sustentabilidade. 2. Análise da actividade A actividade da área de Ambiente e Serviços registou uma excelente “performance” em 2008, com consolidação da sua liderança em vários segmentos. O seu volume de ne gócios atingiu os 285,8 milhões de euros, face aos 248,9 milhões de euros de 2007, representando um crescimento de 15%. Também ao nível da rentabilidade operacio nal, o desempenho desta área de negócio foi positivo. O EBITDA foi de 66,4 milhões de euros (2007: 58,7 milhões de euros), re presentando uma margem EBITDA de 23%, um pouco abaixo da verificada em 2007. O segmento de negócio dos resíduos inclui as empresas de recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos, concentradas na SUMA, e de óleos usados. Em 2008, a acti vidade de resíduos atingiu um crescimento de 18%, tendo o seu volume de negócios passado a crescer de 85,8 milhões de euros em 2007 para os 101,4 milhões de euros. A integração do Grupo Novaflex, ocorrida já em 2007, permitiu reforçar a posição de liderança nacional do Grupo SUMA. Por outro lado, após a aquisição da Triu, o Gru po alargou a sua presença no mercado do tratamento de resíduos industriais. Desta forma, a SUMA, com uma quota de 54% do RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 mercado privatizado, serve 46 concelhos e uma população superior a 2 milhões de ha bitantes. No que concerne ao tratamento de resíduos, está presente em 28 concelhos, servindo uma população de 815 mil habi tantes. Dada a quota de mercado alcança da, estamos conscientes que só consegui remos continuar a crescer a este ritmo se neste mercado, maioritariamente operado por entidades públicas, o ritmo de privati zação se acelerar. Assim, a opção de crescimento passa pela internacionalização do negócio, tendo o Grupo definido como mercados estratégi cos Angola e Europa Central, nos quais se encontra presente através da estrutura da actividade de Construção. De referir que, em Angola, foram já adjudicados alguns con tratos e as perspectivas são animadoras. A operação já existente na Polónia continua sem ter o desenvolvimento que se deseja va; o Grupo mantém-se atento a oportuni dades de crescimento por aquisição. Apesar da conjuntura actual, é nossa con vicção que o ano 2009 permitirá manter o crescimento do segmento, embora com me nor ritmo e forte pressão nas margens ope racionais. No quadro seguinte encontram-se reflecti dos os fluxos de capital entre a organização e os seus stakeholders: Valor económico gerado e distribuído Indicador euros 2008 2007 Valor económico directo gerado 71.821.528 61.276.169 Receitas 71.821.528 61.276.169 Valor económico distribuído 62.028.302 53.929.971 Custos operacionais 27.584.467 20.942.134 20.226.996 Salários e benefícios de empregados 23.382.465 Pagamento a fornecedores de capital 6.696.077 8.113.474 Pagamentos ao Estado 4.219.588 4.635.012 Investimentos na comunidade Valor económico acumulado 145.704 12.355 9.793.226 7.346.198 O Valor Económico Directo Gerado cresceu cerca de 17% em 2008, o que possibilitou aumentar o Valor Económico Acumulado em 33%. Dimensão SUMA Indicador Volume de Negócios (€) Nº de Instalações/Centros Nº Equipamentos (pesados/ligeiros) 2008 2007 83.117.886 57.787.915 53 52 804 702 Nº Municípios servidos (recolha RSU e limpeza urbana) 46 35 Nº Habitantes servidos (recolha RSU e limpeza urbana) 1.981.880 1.808.213 Nº Municípios servidos (tratamento RSU) 43 6 Nº Habitantes servidos (tratamento RSU) 1.249.964 472.472 Quantidade de Resíduos - Recolha RSU (ton) 704.863 573.612 Quantidade de Resíduos - Tratamento RSU (ton) 554.908 259.116 26.451 24.991 Quantidade de Resíduos - Industriais (ton) desempenho 3. Subsídios auferidos e Planos de Pensões Durante o ano de 2008, a SUMA não aufe riu subsídios à exploração, do Estado ou outras entidades. No entanto, foram con cedidos benefícios fiscais no montante de € 361.380,46 respeitantes à criação de em prego para jovens. Para além das contribuições obrigatórias para o regime geral da Segurança Social, cuja base contributiva incide sobre a massa salarial, não existe na SUMA qualquer Plano de Pensões de contribuição definida. 4. Presença no mercado Política salarial Os padrões remuneratórios praticados pela SUMA seguem, de forma geral, a política global do Grupo e são estabelecidos tendo em conta a categoria profissional e avaliação das funções dos seus colaboradores, a inser ção nas linhas e respectivos planos de car reira, e o desempenho obtido, premiando os comportamentos de mérito através de uma adequada política de remuneração variável. Face à inexistência de qualquer instrumen to de regulamentação colectiva do trabalho que abranja a actividade da SUMA, no seu conjunto, as relações de trabalho na empre sa são reguladas observando a lei geral. No plano remuneratório e relativamente à fixação por via legal do Ordenado Mínimo Nacional (OMN), os valores praticados pela SUMA situam-se acima desse nível. Fornecedores locais Os fornecedores da SUMA estão agrupados em dois grandes segmentos — principais e secundários. São considerados fornecedores principais, aqueles cujo desempenho influencia direc tamente os serviços prestados pela SUMA, nomeadamente no que diz respeito à quali dade do serviço e às condições ambientais e de segurança em que este é realizado. 132 133 Aos fornecedores secundários estão asso ciadas aquisições e fornecimentos especí ficos, de acordo com a área geográfica em que se encontra implantado cada Centro de Serviço, sendo normal e preferencialmente fornecedores locais. A qualificação e avaliação de Fornecedores é realizada de acordo com procedimento docu mentado e que integra a rede de processos do sistema de gestão da SUMA, destinandose a todos os Fornecedores Principais. São considerados fornecedores principais, aqueles cujo desempenho influencia direc tamente os serviços prestados pela SUMA, nomeadamente no que diz respeito à quali dade do serviço e às condições ambientais e de segurança em que este é realizado. Aos fornecedores secundários estão associadas aquisições e fornecimentos específicos, de acordo com a área geográfica em que se en contra implantado cada Centro de Serviços e são preferencialmente fornecedores locais. O procedimento de compras a fornecedores locais define que “o requerente tem auto nomia para efectuar uma compra localmen te, sempre que pretenda adquirir material descentralizado” sendo a lista de material centralizado/descentralizado e respectivos fornecedores actualizada periodicamente com base na avaliação dos fornecedores já qualificados e na qualificação de novos for necedores. A compra descentralizada, tal como a centra lizada, terá em consideração aspectos como especificações do bem ou serviço, condições de fornecimento e de pagamento compatí veis, risco para os trabalhadores e terceiros na utilização do bem ou serviço, impacto ambiental dos bens ou serviços a fornecer e análise do histórico do fornecedor visado. Trabalhadores locais A SUMA procura, sempre que possível, pro ceder ao recrutamento de trabalhadores locais, em particular para o exercício de funções que requerem menor grau de espe cialização técnica. A exemplo do que acontece com a Mota-Engil RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 Engenharia, o carácter especializado das ac tividades da SUMA, aliado aos constrangi mentos próprios do funcionamento do mer cado de trabalho, não permitem o recurso sistemático à contratação local. Quadros dirigentes A proveniência local na contratação de qua dros dirigentes e membros da Alta Direcção não é tida em conta, tal como sucede com a Mota-Engil Engenharia, prevalecendo ou tros critérios que atendem ao perfil de qua lificações, experiência e conhecimento do negócio dos profissionais a contratar. 5. Impactos económicos indirectos A actividade da SUMA é exercida em múltiplos contextos geográficos e sócio-económicos, o que obriga a uma permanen te aprendizagem da própria Organização na adaptação a esses contextos procurando que os seus impactos sejam socialmente positivos para a envolvente. Dado que a maioria do trabalho desenvolvido nesses contextos tem por base contratos de média duração, existe uma estabilidade nas suas operações, o que possibilita o estabeleci mento de relações com a rede económica e social local com alguma consistência e res ponsabilização de parte a parte. Para além dos impactos indirectos devidos à própria actividade, a SUMA procura ainda contribuir responsavelmente para o desen volvimento das comunidades locais, atra vés de um esforço particularmente notório no desenvolvimento das suas acções de educação e sensibilização ambiental. desempenho 134 135 8.2 DESEMPENHO AMBIENTAL 8.2.1 ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO MOTA-ENGIL ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO 1. Gestão ambiental O respeito pelo Ambiente é um aspecto es sencial da visão, da estratégia e da política da Mota-Engil Engenharia. Nesse sentido, a Mota-Engil Engenharia estabeleceu como princípios gerais de Gestão Ambiental: · Garantir o cumprimento dos requisitos le gais e contratuais aplicáveis; · Reduzir os impactos ambientais decorren tes das actividades das Áreas de Negócio, pela implementação dos procedimentos e normas ambientais adequados, nomea damente relativos à gestão de resíduos, águas residuais e produtos perigosos; ao controlo de emissões atmosféricas e ruí do; à racionalização das áreas a ocupar; e ao consumo de matérias-primas, · Implementar em todos os Centros de Cus to o Sistema de Gestão Ambiental e definir um documento orientador que, desenvol vendo as metodologias de planeamento, implementação, acompanhamento, verifi cação e monitorização a adoptar, dê com pleto cumprimento aos requisitos legais e à norma EN NP 14001, incluindo os defini dos na sua Política Ambiental. · Garantir que os factores fundamentais de protecção ambiental e as melhores práti cas de gestão ambiental sejam conside rados em todas as fases das actividades das áreas de negócio; · Sensibilizar todos os colaboradores inter nos e subempreiteiros para a responsabili dade da preservação e protecção do meio ambiente, assegurando a formação e educa ção adequadas a cada função; · Estabelecer os programas de monitori zação e controlo adequados para a ve rificação dos parâmetros de qualidade fundamentais, de modo a permitir uma avaliação contínua da implementação e eficácia dos procedimentos; · Avaliar periodicamente a eficácia do Pro grama de Gestão Ambiental implementa do, a fim de o corrigir ou melhorar, com vista à melhoria contínua do desempe nho ambiental. Para a concretização destes princípios, a Mota-Engil Engenharia possui, desde Maio de 2005, um Sistema de Gestão Ambiental implementado e certificado no âmbito da norma NP EN ISO 14001, estando o mesmo integrado no seu Sistema de Gestão por Processos, o que permite dar resposta aos vários requisitos da Norma. Reconhecendo a dimensão e influência da sua actividade em matéria ambiental, a Mota-Engil Engenharia assume um compro misso de actuação responsável, buscando, de forma permanente, a minimização dos impactos ambientais, directos e indirectos, da sua actividade. Esta preocupação encontra-se interioriza da e embebida nos processos de gestão da Mota-Engil Engenharia, através da im plementação de procedimentos específi cos para os vários descritores ambientais, cumprimento de requisitos legais, avalia ção regular do desempenho ambiental e RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 promoção, junto dos seus trabalhadores e entidades subcontratadas, dos valores e procedimentos ambientais. colaboradores da Mota-Engil Engenharia, alusivas à comemoração do Dia Mundial da Água, Dia Mundial da Árvore, Dia Interna cional da Terra e outras datas evocativas. 2. Organização do sistema de gestão ambiental Os níveis de responsabilidade, a definição de funções e as interdependências em que estão envolvidos todos os colaboradores, no âm bito do sistema de gestão ambiental, estão definidos na modelação do sistema, recaindo sobre o membro do Conselho de Administra ção da Mota-Engil Engenharia e Construção com o pelouro ambiental a responsabilidade máxima pela política ambiental. O Sistema de Gestão Ambiental em vigor na Mota-Engil Engenharia é suportado numa mo delação por processos, traduzida num reposi tório de conhecimento funcional e organiza cional orientado para os seus vários negócios. Tal permite uma abordagem integrada e siste matizada da gestão, a partir da qual é fixado o cumprimento de objectivos e dos referenciais normativos de certificação, bem como a ino vação e a melhoria do desempenho. Para cada actividade, são identificados os aspectos ambientais associados, obede cendo o processo de identificação a uma metodologia descrita num procedimento específico aplicável a todas as actividades desenvolvidas pela organização. Os aspectos ambientais considerados signi ficativos são posteriormente integrados num Plano de Gestão Ambiental, de forma a serem objecto de controlo através de programas de monitorização e medição, aplicação de proce dimentos de controlo operacional, definição de medidas a cumprir pelas entidades sub contratadas, estabelecimento de acções cor rectivas e preventivas, medidas de formação e sensibilização ambiental dos trabalhadores, e informação junto das populações sobre os impactos decorrentes da obra. Aos responsáveis das áreas e Direcções de Obra compete a missão de desenvolverem as suas actividades em conformidade com o que está previsto no sistema, tendo ainda a incumbência da sua actualização em função das práticas efectivamente implementadas, na perspectiva da sua melhoria contínua. Nas ausências ou impedimentos destes res ponsáveis, é assegurada a sua substituição temporária através da identificação explícita de um substituto no exercício dessas funções. Em relação ao negócio de Construção, Infraestruturas e Engenharia, segmento principal de actividade, alguns dos projectos são objec to de Avaliação de Impacto Ambiental, sendo ainda relevantes os princípios e exigências ambientais a respeitar em cada empreitada tal como definidos pelo respectivo dono de obra. A formação e sensibilização dos trabalhado res constitui um aspecto central do Plano de Gestão Ambiental, através de um conjunto de acções de divulgação dos aspectos es senciais do Sistema de Gestão Ambiental, procedimentos ambientais a executar e infor mação sobre temas ambientais relevantes, acções estas extensivas às entidades e tra balhadores das entidades subcontratadas. Na componente da gestão ambiental em es taleiros, existem procedimentos específicos para a gestão de resíduos e efluentes e con trolo de ruído, estando os referidos estaleiros e as diferentes frentes de obra equipados com os materiais e meios necessários a dar resposta a quaisquer incidentes/acidentes ambientais, nomeadamente quando haja lu gar a derrames acidentais de substâncias po luentes. As áreas afectas a oficinas, parque de máquinas e armazenamento de produtos químicos são impermeabilizadas, possuin do uma drenagem eficaz. Neste âmbito, são ainda efectuadas acções de “direct mailing”, dirigidas a todos os No sector de actividade da Mota-Engil Enge nharia, é particularmente relevante a gestão desempenho de resíduos. Em todas as instalações e obras da empresa são implementados Planos de Gestão de Resíduos em que se definem li nhas de actuação para as operações de re colha selectiva, armazenamento temporário, acondicionamento, transporte e encaminha mento para destino final adequado. O Sistema de Gestão Ambiental comporta ainda a condução de auditorias internas com o objectivo de avaliar a conformidade com o referido sistema. O seu planeamento é realizado semestralmente e as equipas de auditoria são independentes das áreas au ditadas, de forma a garantir a sua imparcia lidade e independência. 3. Sistema de indicadores O sistema de indicadores adoptado no quadro da política de gestão ambiental da Mota-Engil Engenharia procura dar respos ta às informações solicitadas no âmbito da directriz de relato GRI 3.0. 136 137 descritor ambiental. Foram utilizadas as seguintes densidades e factores de conversão e emissão: Densidades típicas: · Gasóleo 890 kg/m3 · Factores de conversão: · Gasóleo 43,31 Gj/ton – Fonte: Instituto do Ambiente; · Electricidade 0,0036 Gj/kwh – Fonte: EDP · Factores de Emissão de CO2: ·Gasóleo 74,1 kg/Gj – Fonte: Instituto do Ambiente; · Electricidade 445 g/kwh líquido – Fonte: EDP. I. Materiais No decurso da actividade da Mota-Engil Engenharia, os maiores consumos de mate riais referem-se a trabalhos de execução de obras e extracção de minerais. Na tabela que se segue, são apresentados os principais materiais consumidos em 2008 e respectivas quantidades. Nos quadros que se seguem, são apre sentados os indicadores referentes a cada Materiais consumidos Designação Acumuladores (baterias) Unidades total un 235 Aço ton 37.192 Adjuvante ton 670 Agregados (areias, britas, inertes…) ton 1.919.314 m2 16.344 Azulejos Bentonite ton 0,5 Betão ton 1.409.578 Cimento ton 234.041 un 155 Coroas Ferro Geotêxtil Lâmpadas Fluorescentes ton 98 m2 397.652 un 18.407 Madeira ton 3.997 Massas de Lubrificação ton 1 Óleos ton 262 Papel ton 21 Tintas ton 4 un 3.493 un 1.078 ton 186 Tinteiros Toners Tubos de PVC RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 II. Energia Este é um recurso essencial à actividade da Mota-Engil Engenharia, seja para o trans porte ou para o sector produtivo, sendo a principal forma de energia consumida o gasóleo, associado ao funcionamento de máquinas, equipamentos e outros veículos. Os gráficos abaixo permitem-nos analisar o consumo directo de energia segmentado por fonte primária. Consumo directo de Energia, segmentado por fonte primária áreas de negócio agregados betões hidráulicos construção infra-estruturas engenharia fundações especiais geotecnia estaleiro do porto alto laboratório central Consumo de 3.803.424 776.926 6.635.557 711.810 103.926 1.202.292 27.386 total 13.261.321 Gasóleo (litros) Consumo directo de Energia por actividade Construção, infra-estruturas E engenharia 50% fundações especiais 5% geotecnia 1% estaleiro do porto alto 9% agregados 29% betões hidráulicos 6% Durante 2008, as áreas de negócio que re gistaram um maior consumo deste recurso foram a Construção, Infra-estruturas e En genharia e a área dos Agregados, represen tando respectivamente 50% e 29% do con sumo total. No entanto, convém salientar que a área dos Agregados diminuiu o seu consumo de gasóleo em cerca de 35% face ao ano de 2007. desempenho 138 139 EVOLUÇÃO DO CONSUMO DIRECTO DE ENERGIA (Gj/ano) 2006 289,985 2007 460,654 2008 511,169 0 100 200 300 Analisando o consumo de gasóleo da MotaEngil Engenharia ao longo dos últimos três anos, verifica-se que, apesar de existir um au mento no consumo deste recurso, a taxa de crescimento está, no entanto, a diminuir - au mentou 11% em 2008, face aos 59% de 2007. 400 500 600 Os gráficos abaixo permitem-nos analisar os consumos de electricidade, aqui consi derada como componente indirecta do con sumo total de energia. Relativizando o consumo de gasóleo face ao volume de actividade, constata-se que o consumo de gasóleo em Gj, por milhão de euros vendido, diminuiu em 20% - passan do de 439 Gj por milhão de euros, em 2007, para 348, em 2008. Consumo INdirecto de Energia, segmentado por fonte primária áreas de negócio agregados Consumo de Energia 9.666.694 Eléctrica (Kwh)) betões hidráulicos 211.046 construção infra-estruturas engenharia 4.270.848 geotecnia estaleiro do porto alto laboratório central 20.550 756.117 19.706 total 14.944.961 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 Consumo indirecto de Energia por actividade agregados 65% estaleiro do porto alto 5% Construção, infra-estruturas e engenharia 29% betões hidráulicos 1% Em termos de consumo de electricidade, foram também as áreas de negócio de Agregados e a área de Construção, Infra-estruturas e Engenharia as que mais con tribuíram para o consumo deste recurso em 2008, representando respectivamente 65% e 29% do consumo total. À excepção da Construção, registou-se uma diminuição no consumo de electricidade em todas as Áreas de Negócio face a 2007. O aumento do consumo registado na área de Construção, Infra-estruturas e Engenha ria é parcialmente explicado pelo facto de a análise do consumo de energia eléctrica nos estaleiros temporários ser particular mente complexa, pois os valores variam consoante a natureza das actividades exer cidas, o tipo de obra, o número de colabo radores afectos e o equipamento existente. Evolução do Consumo INdirecto de Energia 2006 45.035 2007 53.491 2008 53.801 0 10.000 20.000 30.000 Verifica-se que a Mota-Engil Engenharia, tal como no consumo de gasóleo, tem vin do a registar uma diminuição na taxa de 40.000 (Gj/ano) 50.000 60.000 crescimento do consumo de electricidade desde 2006 – em 2008, o consumo mantevese praticamente constante face a 2007. desempenho Para uma análise comparativa mais rigorosa destes consumos, houve necessidade de ex purgar do consumo total de energia de 2007 o consumo de electricidade registado nos edifí cios, dado que não foi possível obter com cla reza esta informação relativa a 2008. Assim, face a 2007, registou-se um ligeiro aumento no consumo total de electricidade (cerca 0,6%), provocado essencialmente pela área de Construção, Infra-estruturas e Engenharia. Relativizando este consumo de electricidade face ao volume de actividade, constata-se que o consumo de electricidade em Gj, por milhão de euros vendido, diminuiu em 28% passando de 51 Gj consumidos por milhãode euros, em 2007, para 37, em 2008. São várias as áreas de negócio da Mota-Engil Engenharia que apostam na implementação de medidas com vista à optimização do con sumo de energia, destacando-se o Projecto Sustentabilidade EPA (Estaleiro do Porto Alto), que visa a adopção de energias alter nativas no estaleiro, através da instalação de painéis solares térmicos e/ou solares fotovoltaicos em edifícios de alvenaria e nas naves industriais de estrutura e revestimen to metálico que compõem o estaleiro. A par deste projecto, foram caracterizados procedimentos acessórios de racionalização de consumos, tais como: 140 141 ·Instalação de automatismos destinados a controlar a activação e desactivação de equipamentos/instalações, de acordo com os respectivos períodos de funcionamento; ·Substituição de lâmpadas incandescentes por outras de menor consumo e maior du rabilidade; ·Melhor aferição da bateria de condensado res de compensação de energia reactiva. Estas iniciativas irão revelar-se fundamen tais também na redução de emissões de Ga ses de Efeito de Estufa. III. Água Em 2008, o consumo de água da Mota-Engil Engenharia ascendeu aos 409 mil m3. A água utilizada nas diferentes actividades tem como finalidade o uso doméstico, o uso industrial, a lavagem de rodados e vias pú blicas e a lavagem de caminhos de acesso de forma a diminuir a libertação de poeiras para a atmosfera. Cerca de 48% da água consumida na activi dade da Mota-Engil Engenharia é provenien te de rede pública, sendo também consumi da água de 34 captações subterrâneas e de seis captações superficiais. ·Aplicação de películas atérmicas nos vi dros das janelas dos edifícios; Consumo de água por fonte rede pública 48% Captações Subterrâneas (34 captações) 42% Captações Superficiais (6 captações) 10% RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 Constata-se também que, apesar do consu mo de água ter aumentado, a taxa de cres cimento tem vindo a diminuir ao longo dos anos. Face a 2007, registou-se uma diminui ção significativa (41%) no consumo de água proveniente de captações superficiais. Evolução do consumo de água segmentado por fonte (m3) 2006 2007 Captações Superficiais 2008 Captações Subterrâneas rede pública 0 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 350.000 400.000 450.000 Relativizando este consumo de água face ao volume de actividade, constata-se que o consumo de água em m3, por milhão de eu ros vendido, diminuiu em 14%, face a 2007 passando de 323 m3 consumidos por milhão de euros para 279. O gráfico abaixo ilustra os consumos de água efectuados pelas diversas actividades desenvolvidas na Mota-Engil Engenharia du rante o ano 2008. Consumo total de água por actividade Construção infra-estruturas engenharia 45% estaleiro do porto alto 5% agregados 33% betões 17% desempenho Os principais consumos estão associados à área de negócio de Construção, Infra-estru turas Engenharia e à de Agregados, repre sentando estas duas áreas 78% do consumo total de água. O aumento no consumo de água é parcialmente explicado por uma me lhor recolha de dados em 2008 e o aumento no volume de negócios. Saliente-se que a área de negócio da Geotecnia tem vindo a diminuir o seu consumo de água desde 2006, registando em 2008 uma diminui ção de 24% face a 2007. Refira-se ainda que as áreas de negócios Agregados e Betão Pronto reutilizaram 11.100 m3 de água em 2008, o que representa 5,4% do seu consumo. IV. Biodiversidade A Mota-Engil Engenharia não tem instala ções localizadas em áreas classificadas ou em zonas protegidas. No entanto, para todas as áreas de negócio são identificados e avaliados os possíveis 142 143 impactos ambientais, entre eles os impactos sobre a biodiversidade. No caso das obras sujeitas a elaboração de Estudos de Impacto Ambiental e Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução (RECAPE), bem como na elabora ção de Estudos de Impacto Ambiental para a exploração de pedreiras, também a biodiver sidade é tida em consideração. V. Emissões, Efluentes, Resíduos De uma forma geral, o sector da construção civil tem uma tipologia de emissões que lhe está associada: as emissões gasosas resul tantes do transporte e da movimentação de máquinas e veículos. Uma vez que o CO2 é a emissão gasosa emi tida pela Mota-Engil Engenharia com maior relevância, quer em termos de quantidade, quer de impacto, foram estimadas as emis sões de CO2 correspondentes a consumos directos – relacionados com a produção – e indirectos de energia – da frota automóvel. Emissões Directas e Indirectas de Gases com Efeito de Estufa (ton/ano) EMISSÕES CO2 Gasóleo 31.645,7 Electricidade 6.800,0 Total 38.445,7 electricidade 18% gasóleo 82% RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 O gasóleo é a fonte energética responsável por 82% das emissões de CO2 na Mota-Engil Engenharia. Em 2008, registou-se uma diminuição das emis sões de gases com efeito de estufa em 3,3%, com maior expressão na electricidade (10%). Evolução das Emissões Directas e Indirectas de GEE 21.488 2006 5.567 32.192 2007 electricidade (ton/ano) 7.561 31.645 2008 6.800 gasóleo 0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 Outras emissões indirectas de Gases com Efeito de Estufa 35.000 (ton/ano) 2008 Gasóleo - frota automóvel 6.232 A actividade da Mota-Engil Engenharia não provoca a emissão de substâncias destrui doras da camada de ozono. sosos e, sempre que necessário, procede à instalação de filtros para remoção de par tículas. No que se refere à produção de poeiras re sultantes da movimentação de máquinas e veículos, as medidas de controlo normal mente impostas passam pelo humedeci mento dos solos, transporte coberto de terras, silos encapsulados, uso de equipa mentos dotados de captação e lavagem dos rodados das viaturas. Relativamente à produção de efluentes lí quidos, as actividades desenvolvidas pelas áreas de negócio da Mota-Engil Engenha ria caracterizam-se pela relativa reduzida quantidade de efluentes produzidos, tendo, durante o ano de 2008, sido descarregados 1.557 m3 de águas residuais industriais. A Mota-Engil Engenharia efectua também regularmente o controlo de efluentes ga As actividades que mais contribuem para este volume são a escorrência e lavagem de areias (área de negócio dos Agregados), desempenho lavagem e manutenção de equipamentos e dos postos de abastecimento de combustí vel e lavagem de rodados. Nestas situações, à excepção da lavagem de areias, o efluente antes de ir para o destino final passa por um separador de hidrocarbonetos. O sector da construção civil é responsável por uma parte muito significativa dos resí duos gerados em Portugal, situação comum à generalidade dos demais Estados-mem bros da União Europeia em que se estima uma produção anual global de 100 milhões de toneladas de Resíduos de Construção e Demolição (RCD). 144 145 Assim, relativamente aos resíduos produ zidos nas actividades desenvolvidas pela Mota-Engil Engenharia, temos as seguintes tipologias, representadas no gráfico abaixo: ·Resíduos de Construção e Demolição ·Resíduos Industriais ·Resíduos Equiparados a Urbanos Com a entrada em vigor do DL 46/2008, passaram a ser enquadrados em RCD os re síduos produzidos em actividades de Cons trução e Demolição. Quantidade total de resíduos por tipo Resíduos Construção e Demolição 92,2% Resíduos Industriais 7,4% Resíduos Equiparados a Urbanos 0,4% RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 Refira-se que a Mota-Engil se encontra a de senvolver vários projectos de valorização de resíduos: ·Valorização de materiais provenientes de escavação – os materiais provenien tes das escavações executadas em obras rodoviárias constituem um resíduo tradi cionalmente depositado em vazadouro, sendo a sua valorização possível através de técnicas de tratamento dos materiais com ligantes hidráulicos (cal e cimento). Esta valorização permite uma redução do consumo de recursos minerais e ao mes mo tempo uma redução de custos e de consumo de energia; ·Reciclagem de misturas betuminosas a quente – a reabilitação de pavimentos rodoviários origina grandes quantidades de materiais resultantes da fresagem dos pavimentos e cujo destino final é maiori tariamente a condução a vazadouro. Com a reciclagem de misturas betuminosas a quente, pretende-se uma gestão mais sus tentável do consumo de materiais nobres na execução de pavimentos rodoviários; ·Reciclagem de misturas betuminosas com betume borracha – os pneus usados cons tituem um resíduo altamente poluente e com poucas alternativas em termos de va lorização. A Mota-Engil tem desenvolvido estudos na utilização da borracha triturada proveniente de pneus usados para modifi cação das propriedades do betume utiliza do no fabrico de misturas betuminosas; ·Valorização de finos de pedreiras – no âmbito do protocolo celebrado entre o Laboratório Nacional de Engenharia Civil e a Mota-Engil Engenharia, está em cur so um programa de investigação para a valorização dos finos resultantes da lava gem de agregados e provenientes de dois centros de produção, numa perspectiva de valorizar o resíduo através da sua apli cação como material de construção em obras geotécnicas. Na tabela que se segue, encontram-se ca racterizados os resíduos produzidos pela Mota-Engil Engenharia, no decurso de 2008, por tipologia e método de tratamento. Quantidade total de Resíduos por Tipo e Método de Tratamento Tipo de resíduos produzidos (ton/ano) Total Resíduos Industriais Perigosos 269,7 Valorização (Código R) 150,2 Eliminação (Código D) 119,5 Total Resíduos Industriais Não-Perigosos 1.419,1 Valorização (Código R) 1.294,0 Eliminação (Código D) 125,1 Total Resíduos Construção e Demolição Perigosos 1.389,2 Valorização (Código R) 19,5 Eliminação (Código D) 1.369,7 Total Resíduos Construção e Demolição Não-Perigosos 19.554,8 Valorização (Código R) 11.664,7 Eliminação (Código D) 7.890,1 Total Resíduos Equiparados a Urbanos 79,8 Valorização (Código R) 24,9 Eliminação (Código D) 54,9 desempenho 146 147 Os resíduos gerados pela actividade da Mota-Engil Engenharia são essencialmen te Resíduos de Construção e Demolição RCD, que representam cerca de 92% do total de 22.713 toneladas de resíduos pro duzidos. Destes RCD, 86% são resíduos Não-Perigosos. Refira-se ainda que, em 2008, foram reutili zadas 277 toneladas de solos e rochas. No gráfico abaixo, pode ser analisado o mé todo de tratamento dos resíduos efectuado pela Mota-Engil Engenharia. Dentro dos Resíduos Industriais e RCD Peri gosos mais produzidos na Mota-Engil Enge nharia, a título de exemplo estão as lamas contaminadas com hidrocarbonetos e as, misturas betuminosas contendo alcatrão. Dentro dos Não-Perigosos, consideram-se a mistura de betão, ladrilhos, telas e materiais cerâmicos, mistura de resíduos de constru ção e demolição, betão e metais ferrosos. Quantidade total de Resíduos por Tipo e Método de Tratamento (ton/ano) RESÍDUOS INDUSTRIAIS PERIGOSOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS NÃO-PERIGOSOS Valorização (Código R) eliminação (Código D) 0 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000 16.000 18.000 Evolução do tratamento efectuado aos resíduos 20.000 22.000 Eliminação/Valorização 2007 2008 Valorização (Código R) eliminação (Código D) 0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 A queda significativa registada na produção de resíduos possibilitou um aumento do peso da valorização em 2008, de 11% para 58 %. Durante o ano 2008, a Mota-Engil Engenha ria não registou a ocorrência de derrames significativos. Registou-se a ocorrência de pequenos derrames de lubrificantes cuja contenção foi devidamente efectuada. VI. Produtos e Serviços Foi desenvolvido, pelo Núcleo de Gestão Ambiental, um procedimento específico com o objectivo de definir uma metodologia de identificação e avaliação dos aspectos ambientais das actividades e/ou serviços desenvolvidos pela Mota-Engl Engenharia. A metodologia estabelecida neste procedi mento consiste em identificar e avaliar os impactos e os aspectos associados a de terminada actividade, produto ou serviço, integrando os aspectos considerados signi ficativos no sistema de Gestão e garantir o respectivo controlo. Desta forma, nas obras da Mota-Engil Enge nharia é implementado um Plano de Gestão Ambiental cujo propósito consiste em ga rantir o cumprimento dos requisitos legais, do cliente e do Sistema, contribuindo desta forma para a minimização dos impactos ge rados pela sua actividade (como por exem plo: produção de RDC, ruído, derrames). Todas as áreas da Mota-Engil Engenharia são responsáveis pelo cumprimento dos re quisitos legais e outros que lhes sejam apli cáveis, existindo para tal procedimentos internos que garantam o seu conhecimento e aplicação. O Núcleo de Gestão Ambiental tem a res ponsabilidade de analisar os requisitos le gais aplicáveis às diversas áreas de negó cio da organização, divulgá-los e verificar o seu cumprimento. Quando são detectadas situações de não-conformidade, são desen volvidas acções correctivas no sentido de resolver a situação e impedir a sua recor rência no futuro. VII. Conformidade Em 2008, registou-se uma contra-ordena ção ambiental no valor de 9.750 euros, re lativa à ausência de licença de ruído numa obra da Mota-Engil Engenharia. VIII. Transporte A frota da Mota-Engil Engenharia, que inclui viaturas ligeiras, viaturas pesadas e máqui nas, tem uma idade média reduzida, a ron dar os cinco anos, o que possibilita meno res consumos de combustíveis e emissões associadas. No sentido de minimizar impactos ambien tais resultantes do transporte de bens e outros materiais utilizados nas operações da organização, têm sido implementadas algumas medidas, das quais se destacam: · Mensalmente, é quantificado o consumo da frota e acompanhada a sua evolução para controlo e divulgação; · Está em curso a caracterização da frota relativamente aos índices de emissões gasosas, o que possibilitará a definição de objectivos que permitam a imple mentação de medidas para a redução de emissões de CO2; · Realizaram-se, em 2008, duas acções de formação em Ecocondução no sentido de sensibilizar os utilizadores para as boas práticas ao nível da condução, poupança de combustível e segurança rodoviária; · Um dos factores de decisão na aquisição de novas viaturas é o nível de emissões gasosas; ·Juntamente com os documentos de cada nova viatura, o colaborador recebe um documento com 12 dicas para uma con dução ecológica. desempenho 8.2.2 AMBIENTE E SERVIÇOS SUMA, SERVIÇOS URBANOS E MEIO AMBIENTE, SA 1. Gestão ambiental A SUMA tem definidas e documentadas as seguintes metodologias, no âmbito da ges tão ambiental: · Dar cumprimento às disposições legais existentes em matéria de Ambiente e de Segurança e Saúde no Trabalho e planear as operações que estão associadas aos aspectos ambientais e perigos e respec tivos impactos ambientais e riscos, con sistentes com a sua Política de Gestão e com os seus objectivos e metas, de forma a garantir que estas operações são reali zadas sob condições especificadas; · Estabelecer metodologias para controlar não só as situações relacionadas com os aspectos ambientais e riscos significa tivos, mas também as situações onde a inexistência destas metodologias pudes se conduzir a desvios da Política da Orga nização e dos seus objectivos e metas. Anualmente, é definido um Programa de Monitorização, de modo a regrar a monito rização do desempenho da Organização ao nível da Qualidade/Conformidade, Ambien te, Segurança e Saúde no Trabalho, que in clui os seguintes aspectos: ·Monitorização da medida do cumprimen to dos Objectivos e suas Metas associa dos à Política de Gestão da SUMA; ·Monitorização e medição dos vários pro cessos/actividades através dos resulta dos obtidos nos indicadores definidos para cada um deles; 148 149 De referir que estão definidas e documenta das metodologias para: · Prevenir o consumo de álcool durante o período de trabalho; · A organização e manutenção dos servi ços de Medicina do Trabalho, com vista à promoção e vigilância da saúde dos Tra balhadores; ·Garantir que as potenciais situações de emergência na Organização são evitadas e que quando ocorrem são implementa das as medidas de controlo operacional definidas, procurando limitar as suas consequências para o Homem e para o Ambiente. 2. Sistema de indicadores À semelhança da análise efectuada para a Mota-Engil Engenharia, o sistema de indi cadores adoptado no quadro da política de gestão ambiental da SUMA procura dar res posta às informações solicitadas no âmbito da directriz de relato GRI 3.0. Nos quadros que se seguem, são apresen tados os indicadores referentes a cada des critor ambiental e para os quais foram uti lizadas as seguintes densidades e factores de conversão e emissão: · Densidades típicas: ·Gasóleo 850 Kg/m3 – Fonte: BP; ·Gasolina 750 Kg/m3 – Fonte: BP. ·Medições pró-activas do desempenho que monitorizem a conformidade com o Programa de Gestão da SUMA, com cri térios operacionais e requisitos legais e regulamentares; · Factores de conversão: ·Gasóleo 43,31 Gj/ton – Fonte: Instituto do Ambiente; ·Gasolina 44,77 Gj/ton – Fonte: Instituto do Ambiente; · Electricidade 0,0036 Gj/kwh – Fonte: EDP. · Medições reactivas do desempenho para a monitorização de não-conformidades (incluindo quase-acidentes). · Factores de Emissão de CO2: · Gasóleo 74,1 kg/Gj – Fonte: Instituto do Ambiente; RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 · Gasolina 69,3 kg/Gj – Fonte: Instituto do Ambiente; · Electricidade 445 g/kwh líquido – Fonte: EDP. I. Materiais Os principais materiais consumidos pelas acções características da actividade da SUMA relacionam-se com o acondiciona mento de resíduos, as actividades de lim peza urbana e a manutenção dos veículos e equipamentos da frota da empresa. Na tabela seguinte, detalham-se os princi pais materiais consumidos na actividade da SUMA durante o ano de 2008. Materiais consumidos Designação Unidades Baterias Sacos de plástico total ton 5 un 1.568.701 Pneus novos ton 94 Pneus recauchutados ton 114 Lubrificantes/massas l 128.207 Gasóleo l 5.643.241 Gasolina l 3.275 Total Químicos Produção (herbicidas, desinfectantes, detergentes, lixívia) l 41.812 Tintas/Vernizes/Esmaltes/Diluentes l 3.117 (Outros) Produtos Químicos para Manutenção Automóvel l 33.398 Papel ton 8 Cartuchos/tinteiros (jacto tinta) un 108 Toners (laser) un 184 A monitorização e optimização do consumo de matérias-primas e recursos assume, na Política de Gestão da empresa, um papel fundamental, sendo estas acções alvo da ac tividade de Investigação e Desenvolvimento. Sempre que seja possível, a SUMA recorre ao uso de materiais reutilizáveis ou reci clados. No caso destes últimos, o consumo mais significativo diz respeito aos pneus recauchutados. Em 2008, de um total de 3.555 pneus consumidos, 1.732 (49%) eram recauchutados. No que diz respeito aos sacos de plástico utilizados na produção para a realização dos serviços, no seu processo de fabrico são incorporados materiais reciclados. II. Energia Os principais consumos de energia da SUMA decorrem de actividades afectas aos seus Centros de Serviços, tais como transporte de resíduos e funcionamento de equipamentos. Nesta análise, estes consumos serão desa gregados em consumos directos, que estão relacionados com a produção, e consumos indirectos, que, para além da actividade in directa, englobam deslocações, viagens de serviço dos trabalhadores e transporte de pessoas. Na tabela da página seguinte, podemos ver que o consumo directo de energia é feito maioritariamente sob a forma de gasóleo. desempenho 150 151 CONSUMO DIRECTO DE ENERGIA SEGMENTADO POR FONTE PRIMÁRIA Energia Consumo (litros) consumo (gj) Gasóleo 5.662.963 Gasolina 43.439 1.459 5.706.402 209.932 Consumo Total 208.473 GASÓLEO 99,2% GASOLINA 0,8% Registam-se ainda consumos indirectos de gasolina (relacionados com deslocações, viagens de serviço dos trabalhadores, transporte de pessoas) e de electricidade, assumindo esta última uma importância re lativa considerável quando analisamos os consumos indirectos de energia. CONSUMO INDIRECTO DE ENERGIA SEGMENTADO POR FONTE PRIMÁRIA Energia Consumo consumo (gj) Gasóleo (litros) 19.722 726 Gasolina (litros) 3.275 110 Electricidade (kwh) 7.997.200 28.790 - 29.626 Consumo Total electricidade 97,2% gasóleo 2,5% gasolina 0,4% RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 Um dos objectivos traçados pela SUMA para 2008 consistia na obtenção de uma redução de 2%, face ao ano 2007, do rácio entre o consumo de energia (instalações e frota) e o Valor Acrescentado Bruto (VAB). Este objecti vo foi superado com uma redução de 27,7%. Este recurso tem três grandes utilizações – Produção, Oficinas e Uso Doméstico –, sendo nas actividades de produção, como na lavagem de ruas, equipamentos, conten tores e viaturas de recolha, que o seu con sumo é mais expressivo. III. Água Durante o ano de 2008, o consumo de água na SUMA ascendeu aos 102 mil m3. Consumo de Água segmentada por Fonte (m3) 2007 2008 Subterrânea 14.148 28.865 Municipal 78.150 39.203 Cedência de Cliente 13.286 34.363 105.584 102.431 Total Subterrânea 28% municipal 38% Cedência de Cliente 34% EVOLUÇÃO DO consumo de água segmentada por fonte 2007 2008 Subterrânea municipal Cedência de Cliente 0 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000 120.000 desempenho 152 153 Consumo de Água segmentada por utilização (m3) 2008 Uso doméstico 2.438 Oficinas/Lavagem de Viaturas 14.300 Viaturas lava-Contentores 30.894 Lavagem de Contentores/ Papeleiras no CS 1.315 Lavagem de Contentores/ Papeleiras na via pública 10.871 Lavagem de Ruas 22.414 Total 82.232 Viaturas lava-Contentores 38% Lavagem Contentores/papeleiras no CS 2% Lavagem de Contentores/ papeleiras na via pública 13% Lavagem de Ruas 27% USO DOMÉSTICO 3% OFICINAS/LAVAGEM DE VIATURAS 17% Em 2008, verificou-se uma alteração signi ficativa na proveniência da água consumida pela SUMA, resultando numa distribuição mais repartida entre as três principais fon tes. Assim, face a 2007, registou-se uma diminuição de cerca de 50% no consumo da água proveniente da rede pública – em 2007 esta representava 74% do consumo total – e, em contrapartida, houve um au mento significativo no consumo de água proveniente de captações subterrâneas e de cedência de clientes, registando-se nes te o aumento mais expressivo. Relativizando o consumo de água face ao VAB, foi igualmente superado o objectivo traçado para 2008 de redução de 2% na quele rácio, face a 2007 – registou-se uma redução de 13%. IV. Biodiversidade A SUMA não tem instalações definitivas em áreas classificadas ou em zonas protegidas. O único estaleiro temporário, com uma área próxima dos 2.000 m2, implantado numa área de Reserva Agrícola Nacional, será desmantelado ainda este ano após a con clusão da construção do novo Centro de Serviços de Alcobaça. Não foram também identificados impactos significativos na biodiversidade provoca dos pelas operações da organização. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 V. Emissões, Efluentes, Resíduos A actividade da SUMA que origina maiores impactos ambientais a nível das emissões gasosas – sendo o CO2 a mais relevante — é a recolha e transporte de resíduos. Neste sentido, foram estimadas as emissões de CO2 correspondentes aos consumos direc tos (relacionados com a produção) e indirectos (deslocações, viagens de serviço dos trabalha dores e transporte de pessoas) de energia. Emissões Directas e Indirectas de Gases de Efeito de Estufa (Gee) (ton/ano) emissões CO2 Gasóleo 15.501,0 Gasolina 108,7 Electricidade 3.558,7 Total 19.168,4 Gasóleo 81% electricidade 18% gasolina 1% O gasóleo é a fonte energética responsável por grande parte (81%) das emissões de CO2 na SUMA. Evolução das Emissões Directas e Indirectas de GEE (ton/ano) 2007 Gasóleo 2008 gasolina ELECTRICIDADE 0 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 desempenho É de salientar que a actividade da organiza ção não provoca a emissão de substâncias destruidoras da camada de ozono. Também não possui emissões significati vas, nomeadamente as regulamentadas por licenças ambientais. No que concerne aos efluentes resultantes da actividade da SUMA, estes são, em to dos os casos, descarregados em colectores municipais de águas residuais, tendo o seu volume ascendido aos 49 mil m3 durante o ano de 2008, representando uma diminui ção face aos 52 mil m3 de 2007. Assim, face a 2007, a SUMA conseguiu uma redução de 13% no rácio entre a produção de águas residuais e o Valor Acrescentado Bruto (VAB), ultrapassando a meta de 2% estabelecida para 2008. Medidas de gestão dos efluentes líquidos produzidos incluem o tratamento prévio à descarga de águas residuais das lavagens das viaturas e a monitorização regular dos sistemas de tratamento instalados via análi ses laboratoriais em laboratório acreditado. 154 155 Na actividade de aplicação de herbicidas, a SUMA recorre apenas a produtos aprovados pelo Ministério da Agricultura, seguindo as instruções recomendadas, que, para além de optimizar as quantidades utilizadas, mi nimizam os impactos negativos decorrentes desta actividade. É de salientar que é evi tado o recurso massivo a estes produtos e, para tal, a SUMA adopta uma atitude pre ventiva, promovendo o corte mecânico e a aplicação localizada. Quanto a resíduos produzidos no decorrer da actividade da SUMA, estes são, na sua maioria, resíduos industriais não-perigosos, como óleos, pneus, metais ferrosos e lamas e misturas de resíduos provenientes de de sarenadores e de separadores óleo/água. No que respeita ao destino final dos resídu os, cerca de 46% são valorizados, destacan do-se, no entanto, que quase um terço destes diz respeito a resíduos industriais perigosos. Quantidade total dos resíduos por tipo e método de tratamento Resíduos por Tipo e Método de Tratamento ton/ano Total Resíduos Industriais Perigosos Valorização (Código R) Eliminação (Código D) Total Resíduos Industriais Não-Perigosos 129,9 % 42,2% 43,1 86,8 178,2 Valorização (Código R) 97,8 Eliminação (Código D) 80,5 57,8% RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 Resíduos industriais perigosos e industriais não perigosos (ton/ano) RESÍDUOS INDUSTRIAIS PERIGOSOS RESÍDUOS INDUSTRIAIS NÃO-PERIGOSOS eliminação (Código D) Valorização (Código R) 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 Evolução do tratamento efectuado aos resíduos 200 (Eliminação/Valorização) 2007 2008 eliminação (Código D) Valorização (Código R) 0 100 200 300 400 Em 2008, a quantidade de resíduos gera dos pela actividade da SUMA diminuiu para metade face a 2007. Este facto possibilitou uma diminuição do peso da eliminação de 81%, em 2007, para 54%, em 2008. Não existiram episódios de derrames signi ficativos na Organização durante o ano de 2008. VI. Produtos e Serviços Desde o planeamento e desenvolvimento das suas acções que a SUMA tem presentes preocupações de cariz ambiental e social, conforme descrito anteriormente, que vi sam a minimização dos impactos associa dos à sua actividade. 500 600 700 800 VII. Conformidade Em 2008, foram registadas duas multas por incumprimento de requisitos legais ambien tais (transporte de resíduos mal acondicio nados e processo de contra-ordenação no domínio hídrico) no montante de 3.525 euros. VIII. Transporte No que se refere ao transporte de bens e produtos utilizados na actividade da SUMA, o gráfico seguinte apresenta-nos a classi ficação destes veículos, consoante a sua classe de emissões, segundo o Padrão Eu ropeu de Emissões, que disciplina as emis sões de veículos comercializados na União Europeia. desempenho 156 157 N.º EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NOS SERVIÇOS classes de emissões rsu rsi rmm total 37 Euro 1 33 3 1 Euro 2 66 1 8 75 Euro 3 62 35 4 101 Euro 4 18 7 2 27 8 6 15 29 TOTAL 269 NA Transporte (RSU, RSI, RMM) — Classes de emissões euro 1 14% euro 2 28% euro 3 37% euro 4 10% na 11% RSU - Recolha de Resíduos Sólidos Urbanos RSI - Recolha Selectiva de Resíduos Industriais RMM - Recolha de Monos e Monstros Frota SUMA 2007-2008 33 NA 29 41 EURO 1 37 76 EURO 2 75 101 EURO 3 2007 101 11 EURO 4 27 2008 0 20 40 60 80 100 120 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 1. Gestão de Recursos Humanos 8.3 DESEMPENHo social 8.3.1 ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO MOTA-ENGIL ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO Introdução A Gestão de Recursos Humanos na Mota-Engil Engenharia procura reflectir a estratégia e política geral de recursos humanos do Grupo adoptada a nível corporativo, adaptando-a às suas características próprias e do sector de actividade em que está envolvida, para o que conta com o apoio permanente da Di recção Corporativa de Desenvolvimento de Recursos Humanos na condução da sua es tratégia e principais políticas. Cumpre sublinhar igualmente, no plano orgânico, o apoio prestado por parte da Mota-Engil Serviços Partilhados (MESP), a quem está cometido um conjunto de fun ções de suporte nesta área, nomeadamente em matéria de gestão administrativa de re cursos humanos, recrutamento e selecção e formação profissional, sendo responsável pela gestão do seu Centro de Formação. No plano estratégico, a Mota-Engil Enge nharia considera os recursos humanos um elemento diferenciador fundamental e o seu mais valioso activo ao serviço da competiti vidade e da criação de valor duradouro. O respeito escrupuloso pelas pessoas cons titui ainda uma matriz de referência da sua estratégia, perpassando todo o ciclo de vida da sua presença na organização. A política de recursos humanos da Mota-Engil Engenharia tem, assim, como principais objectivos: Recrutamento e selecção · Planear o recrutamento e seleccionar os melhores recursos, garantindo a sua ade quação às necessidades da empresa e a sua eficaz integração e adaptação à cul tura e valores da organização. Descrição e avaliação de funções · Descrever e avaliar as funções, de forma a obter um referencial claro dos domínios de responsabilidade e de uma adequa da articulação interfuncional, servindo ainda de suporte ao estabelecimento dos fundamentos da sua política retributiva. Política retributiva · Garantir uma política de retribuição equi tativa e motivadora que tenha em conta não só o enquadramento e o ajustamento às condições de mercado, mas também o valor relativo de cada função e o seu con tributo para os objectivos da empresa, através de uma política adequada de re muneração variável promotora do mérito e da excelência. Avaliação do desempenho · Generalizar a política de avaliação do de sempenho a todos os colaboradores, ga rantindo a uniformidade, clareza e equi dade do processo de avaliação. Gestão de carreiras · Promover uma política que assegure a estratificação dos recursos humanos por linhas e níveis de carreira, favorecendo a retenção e valorização do talento e o de senvolvimento e progressão na carreira profissional, de acordo com critérios ba seados na aquisição de competências, experiência e avaliação do desempenho. Formação profissional · Apostar decisivamente na formação pro fissional e na aprendizagem ao longo da vida como forma de valorização do capi tal humano. Condições de trabalho · Promover um clima de bem-estar e qua lidade de vida, assegurando as melhores condições de trabalho nas áreas da segu rança e saúde ocupacionais e promovendo a igualdade de oportunidades em todos os contextos geográficos, culturais e sócioeconómicos em que se encontra presente. A política de recursos humanos da Mota-Engil Engenharia tem como principal responsável o membro do Conselho de Administração da empresa titular do pelouro, suportando-se ainda, tal como já referido, na Direcção Cor porativa de Desenvolvimento de Recursos desempenho 158 159 Humanos e na Comissão de Desenvolvimento de Recursos Humanos da Mota-Engil SGPS e na Mota-Engil Serviços Partilhados (MESP), nas funções já descritas. As questões relativas a esta área em ma téria de formação e consciencialização dos colaboradores no domínio dos recursos hu manos encontram exemplificativa expres são nas iniciativas descritas noutro capítu lo deste Relatório. Relativamente à monitorização, adopção de medidas preventivas e correctivas, audi toria e verificação em matéria de recursos humanos, encontram-se expressas, no que toca às questões relacionadas com a hi giene e segurança no trabalho, no sistema de gestão destas matérias certificado de acordo com o referencial normativo OHSAS 18001:2007. Protecção social Em matéria de protecção social a Mota-Engil Engenharia efectua contribuições obrigató rias para o regime geral da Segurança So cial portuguesa, as quais ascenderam a € 11.825.602,64 em 2008. Como já acima referido, foram recebidos do Estado subsídios relativos à contratação de trabalhadores em regime de primeiro emprego. 1.1 Práticas laborais e relações de trabalho Emprego O sector da construção e obras públicas reveste-se de grande importância no con texto nacional, representando quase 10% do emprego gerado na economia. O emprego gerado pela Mota-Engil Enge nharia aumentou 5,2% em 2008, face ao ano anterior, apesar do ciclo recessivo que o sector vem enfrentando há alguns anos. Assim, o número de trabalhadores em 31 de Dezembro de 2008 ascendia a 3.295, face a 3.131 na mesma data do ano 2007. O número de trabalhadores por Grupo Pro fissional, Género e Faixa Etária encontra-se estruturado da seguinte forma: Número de trabalhadores por Grupo Profissional, Género e Faixa Etária <30 grupo profissional masculino Dirigentes Praticantes/Aprendizes Profissionais Altamente Qualificados e Qualificados 30 a 50 feminino masculino total masc. >50 feminino masculino total femin. total total geral geral 2008 2007 feminino 0 0 2 0 6 0 8 0 8 50 19 3 2 1 0 54 21 75 11 51 194 14 1.130 76 443 6 1.767 96 1.863 1.820 248 Profissionais Não-Qualificados 64 0 126 2 46 1 236 3 239 Profissionais Semi-Qualificados 22 0 24 5 14 6 60 11 71 73 3 0 262 1 141 0 406 1 407 366 162 Quadros Intermédios (inc.contra-mestres e chefes de equipa) Quadros Médios Quadros Superiores Total por Género 9 1 99 10 50 1 158 12 170 91 25 219 70 53 4 363 99 462 400 433 59 1.865 166 754 18 3.052 243 3.295 3.131 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 O quadro anterior reflecte a predominân cia de trabalhadores do sexo masculino na Mota-Engil Engenharia - cerca de 93% do to tal de efectivos - situação resultante das ca racterísticas específicas do sector da Cons trução Civil. Convém ainda realçar que, em 2008, cerca de 62% dos efectivos da Mota-Engil Enge nharia se encontrava na faixa etária entre os 30 e os 50 anos. Comparativamente a 2007, a estrutura dos recursos por grupo profissional manteve-se, registando-se um aumento de 47% no recru tamento de Praticantes/Aprendizes e de 16% de Quadros superiores. O grupo profissional que integra o maior número de trabalhadores é o grupo dos Profissionais altamente qualificados e qua lificados, representando 57% do total de efectivos. No quadro abaixo pode ser analisada a estru tura dos recursos por tipo de contrato e re gião. Refira-se que na rubrica “Não-afectos” estão incluídos os trabalhadores que não estão especificamente afectos a uma região (quer a nível nacional, quer internacional). No que respeita à distribuição em termos de género, é também no grupo dos Profissio nais altamente qualificados e qualificados que se encontra a maior percentagem de trabalhadores do sexo masculino. Quanto ao sexo feminino, é também mais expressivo neste grupo e nos Quadros Superiores, re presentando o somatório destes dois grupos 80% do total de efectivos do sexo feminino. Em 2008, os trabalhadores contratados a termo representavam 44% dos efectivos la borais, representando um ligeiro acréscimo face aos 42,3% de 2007. N.º de trabalhadores por tipo de contrato e região portugal norte não afectos estrangeiro centro sul ilhas áfrica total europa central outras regiões A Termo 278 570 89 49 336 6 46 83 1.457 Quadro Permanente 468 713 60 36 353 51 25 83 1.789 19 21 1 1 0 0 0 1 43 3 3 0 0 0 0 0 0 6 Estagiários Administ./Gerência N.º de trabalhadores por tipo de contrato e região portugal ilhas sul norte centro 76 A termo quadro permanente estagiários administ./gerÊncia 75 não afectos outras regiões europa central áfrica 0 200 400 600 800 1.000 1.200 1.400 desempenho 160 161 Verifica-se que é em Portugal que se encon tra a maioria dos trabalhadores da Mota-En gil Engenharia, destacando-se a região Cen tro com 40% do total. Registe-se que, destes, 54,5% pertencem ao quadro. A nível interna cional, é em África que se encontra o maior número de trabalhadores, o que se deve ao crescimento do peso destes mercados. No gráfico abaixo, encontra-se reflectida a taxa de rotatividade dos colaboradores da Mota-Engil Engenharia. Taxa de rotatividade por género e faixa etária 57,3% < 30 anos 41,% < 30 a 50 anos > 50 anos 35,9% feminino 15,6% masculino 44,8% global 42,7% 0 10% 20% 30% 40% A taxa de rotatividade global da Mota-Engil Engenharia registada em 2008 é elevada (42,7%), como acontece na generalidade do sector. Este facto é parcialmente expli cado pelo esforço de internacionalização que a organização tem vindo a realizar nos últimos anos. Verifica-se igualmente que na Mota-Engil, tal como na economia em geral, a taxa de rotatividade feminina é inferior à masculina e é superior em escalões etários mais bai xos (<30 anos). Benefícios A Mota-Engil Engenharia assegura aos seus trabalhadores um conjunto de benefícios, de que se destacam: 50% 60% 70% · Seguro de Acidentes Pessoais a quadros médios e superiores, da estrutura técni ca/administrativa e chefias de produção, bem como um Seguro de Saúde a um nú mero mais restrito de trabalhadores; · Complementos de subsídio de doença e acidentes de trabalho aos colaboradores do quadro permanente até ao limite de 30 dias/ano, para períodos de incapacidade temporária para o trabalho superiores a oito dias, sendo que, em situações ex cepcionais de doença grave, o período de concessão tem sido alargado; · Realização da Festa de Natal; · Distribuição de Prémios de Antiguidade; RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 ·Atribuição de Prémios de Segurança aos responsáveis de Obras e Centros Autóno mos (Agregados/Pedreiras); 1.3. Segurança Ocupacional e Medicina no Trabalho 1.3.1 Segurança Ocupacional · Disponibilização de veículos pesados de transporte de colaboradores; · Protocolo com o Banco Espírito Santo, per mitindo aos colaboradores da Mota-Engil Engenharia usufruírem de condições mais vantajosas no crédito à habitação; · Protocolo com vários ginásios e spas no sentido de permitir aos seus colaborado res condições mais vantajosas de acesso, isenção de pagamento de inscrição e usu fruto das instalações em qualquer parte do País; · Condições especiais na utilização dos ser viços da Casa da Calçada em Amarante. 1.2. Relações de Trabalho As relações de trabalho na Mota-Engil En genharia são reguladas pelo Contrato Co lectivo de Trabalho (CCT) para o sector de construção civil e obras públicas e, supleti vamente, pela lei geral. A totalidade dos trabalhadores está abran gida por este instrumento de regulamen tação colectiva do trabalho, ascendendo a taxa de sindicalização a 14,3% num sector onde estes índices se apresentam como tra dicionalmente baixos. Não existe na Organização qualquer comis são de trabalhadores constituída. A lei geral e o instrumento de regulamenta ção colectiva do trabalho a que estão sujei tas as relações laborais na Mota-Engil En genharia fixam os períodos de pré-aviso a observar no caso de qualquer mudança or ganizacional com impacto nas relações de trabalho, mormente em caso de alteração do horário ou do local de trabalho, encerra mento de instalações ou outros processos conducentes à alteração ou cessação das relações de trabalho. A segurança ocupacional constitui matéria de abordagem e preocupação prioritárias no âmbito da actividade da Mota-Engil Engenharia, num sector tradicionalmente associado a níveis assinaláveis de sinis tralidade laboral, apesar dos significativos progressos obtidos nos últimos anos. A empresa dispõe de um Sistema de Gestão da Segurança e Medicina no Trabalho im plementado e certificado de acordo com o referencial NP EN 4397 (OHSAS 18001). O planeamento das actividades de segu rança e medicina no trabalho tem em conta as características próprias da actividade da empresa, sendo assim um instrumen to essencial para a prevenção dos riscos profissionais. A política de Segurança Ocupacional pre tende garantir o permanente conhecimento e cumprimento dos requisitos legais e nor mativos aplicáveis à organização e suas ac tividades, bem como das orientações inter nas do Grupo. Pretende-se a promoção de uma cultura comportamental responsável quanto à segurança e saúde no trabalho e prevenção dos riscos no exercício da activi dade. Esta política assenta na definição de metodologias elaboração de documentos e instrumentos de planeamento que integram os requisitos aplicáveis que são difundidos pela organização. São identificadas as necessidades e pro movidas acções de desenvolvimento das competências dos colaboradores atra vés de programas de formação contínua e participação em eventos subordina dos, assim como acções de informação e sensibilização. Outro dos vectores de actuação passa pelo planeamento e realização de auditorias téc nicas de segurança e visitas de inspecção que visam a avaliação da conformidade, desempenho definição de acções correctivas e identifica ção de acções no sentido da melhoria con tínua do sistema de gestão de segurança e saúde no trabalho. Modelo organizativo A estrutura de segurança ocupacional e me dicina no trabalho na Mota-Engil Engenharia assenta no seguinte modelo organizativo: Direcção de Segurança – o seu responsável, que agrega igualmente as áreas da Qualida de e Ambiente, dirige um órgão executivo que coordena um conjunto de quase quatro dezenas de técnicos profissionalmente habi litados que desempenham diversas funções: - Técnicos afectos à estrutura central - têm como principais funções o desenvolvimento de métodos e técnicas; análise e elaboração de documentos e instrumentos de preven ção, identificação, e apoio à implementação e avaliação do cumprimento de requisitos; visitas de inspecção e acompanhamento e auditorias técnicas de segurança, análise de programas de concurso e preparação de elementos (no âmbito da Segurança e Saú de no Trabalho) para integração na resposta comercial a concursos; assegurar o Sistema de Gestão de Segurança e Saúde; - Técnicos afectos a projectos e obras es pecíficos - têm como principais funções a implementação do sistema em obra, reali zação de auditorias técnicas de seguran ça, visitas de inspecção, elaboração de documentos e instrumentos de prevenção. As principais atribuições da Direcção de Segurança centram-se na análise detalhada dos projectos a executar, com vista à reco mendação de medidas de prevenção inte grada e de forma a introduzir no modo de execução das empreitadas as acções con ducentes à máxima segurança do pessoal e equipamentos, avaliando e minimizando os riscos inerentes à execução da obra. Esta Direcção desenvolve ainda activida des de auditoria, consultadoria e formação, possuindo, para o efeito, os suportes forma tivos adequados às acções a empreender. 162 163 Comissões de Segurança – as comissões de segurança são estruturas independentes compostas por representantes dos principais níveis hierárquicos com relevância na proble mática da segurança e saúde no trabalho. As comissões de segurança obedecem à se guinte tipologia: omissão Geral de Segurança — um órgão · C consultivo e informativo do Conselho de Administração, sendo fórum privilegiado para a reflexão e criação de uma cultura de segurança na empresa. Cabe-lhe fun damentalmente a missão de promoção, harmonização e dinamização de acções no âmbito da prevenção de riscos pro fissionais, competindo-lhe ainda propor políticas, objectivos e orientações no sen tido de concretizar os objectivos determi nados pelo Conselho de Administração; ·Comissões de Segurança de Obra — têm como âmbito de actuação a implementa ção da política e directivas da empresa nas respectivas obras, de acordo com uma me todologia de funcionamento estabelecida em regulamento específico. Estas Comis sões não devem limitar-se ao cumprimen to dos requisitos legais, devendo também ser o fórum apropriado para planear a segurança do trabalho no estaleiro, verifi car a adequação do Plano de Segurança e Saúde à obra e analisar os níveis de pre venção ou protecção implementados; · Comissões de Segurança de Centro de Exploração (Pedreiras) — as comissões de segurança de centro de exploração têm os mesmos objectivos das comissões de segurança de obra, mas com âmbito de actuação ao nível da própria unidade de exploração. Formação, sensibilização e comunicação As questões da segurança são acompanha das da realização de um conjunto de acções de que se salientam: ·Acções de acolhimento – normalmente de curta duração (cerca de 30 minutos), dirigidas a todos os trabalhadores que RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 integrem o estaleiro e que abordam re gras gerais de segurança aplicáveis à ge neralidade dos empreendimentos, bem como regras específicas para o estaleiro em causa; ·Acções de sensibilização – também de curta duração e que se destinam a aler tar, genericamente, os diferentes grupos de trabalho para os riscos de uma nova actividade (por ex: imediatamente antes do início de uma escavação); ·Acções de Formação específicas – com duração adequada ao tema a tratar, des tinadas a pequenos grupos, versando ac tividades de risco, processos de trabalho inovadores ou pouco conhecidos da parte dos recursos humanos envolvidos, novos equipamentos, condições particulares do local ou envolvente, entre outras; · Acções de Formação de especialização – dirigidas a grupos específicos e destinadas a capacitar trabalhadores em actividades definidas (por ex.: curso de primeiros so corros, formação de gruistas, formação de operadores de substâncias explosivas); ·Acções de formação em geral — inclusão sistemática de um módulo de saúde e se gurança laboral, · Participação dos trabalhadores em co missões de segurança e acções de divul gação, nomeadamente, através da afixa ção de cartazes, divulgação de pequenas brochuras e distribuição a todos os traba lhadores do “Manual de Normas Básicas de Segurança e Ambiente”. Lei geral e instrumentos de regulamentação colectiva do trabalho As matérias de segurança ocupacional são enquadradas por vários diplomas legais, designadamente o Decreto-Lei nº 441/91, de 14 de Novembro, e a Lei nº 99/2004, de 27 de Agosto. Para além destes diplomas de carácter ge nérico, existe ainda um diploma específico para o sector da construção (Decreto-Lei nº 273/2003, de 29 de Outubro) e um outro para as Centrais de Agregados/Pedreiras (Decreto-Lei nº 324/95, de 29 de Outubro) e regulamentação conexa. Ao nível da contratação colectiva, avul ta o Contrato Colectivo de Trabalho para a Indústria da Construção Civil e Obras Públicas. Este instrumento fixa um conjunto de re gras em matéria de organização dos ser viços de segurança, higiene e saúde no trabalho e obrigações do empregador, obri gações gerais dos trabalhadores, medidas de segurança e protecção, representação dos trabalhadores e controlo de alcoolemia. É ainda de referir, que se mantém a colabo ração com o Sindicato dos Trabalhadores da Construção, Madeiras, Mármores, Pedrei ras, Cerâmica e Materiais de Construção do Norte, tendo esta entidade efectuado, durante o ano 2008, acções de informação/ sensibilização para as matérias de seguran ça e saúde no trabalho nos estaleiros mais representativos da empresa em território nacional. Indicadores de segurança ocupacional Durante o ano 2008, realizaram-se 723 reu niões de Comissões de Segurança em obra, estando presentes, em média, sete partici pantes por reunião, efectuadas pelos diver sos centros de custo. A Comissão de Segurança dos Agregados reuniu-se por cinco vezes, com uma mé dia de oito participantes (a estas reuniões acrescem as 48 reuniões periódicas de se gurança realizadas nos 15 Centros de Pro dução de Agregados, contando em média com 10 participantes). Na área de negócios de Betões, foram efectuadas três reuniões com uma média de cinco participantes. Na área das Fundações, foram efectuadas 11 reuniões com uma média de seis traba lhadores por reunião. Nas áreas de Equipa mentos e Electromecânica, realizaram-se quatro reuniões, em cada uma, com uma média de seis trabalhadores por reunião. desempenho 164 165 1.3.2 Medicina no trabalho No âmbito da medicina no trabalho e nos termos da lei, todos os colaboradores estão obrigados à realização de exames de saúde ocupacional e que se encontram tipifica dos em exames de admissão, periódicos e ocasionais. durante o horário de trabalho, a Mota-Engil Engenharia dispõe de procedimento espe cífico para prevenção e controlo do alcoo lismo, aplicável a todos os trabalhadores da Mota-Engil Engenharia e de entidades subcontratadas. Estes exames destinam-se a verificar a apti dão física e psíquica do trabalhador para o exercício da sua profissão, bem como con trolar a sua saúde. No capítulo da prevenção e resposta a emer gências, encontram-se definidas as metodo logias que permitem responder a situações de emergência, mediante a implementação de planos de emergência no âmbito da segu rança ocupacional e medicina no trabalho. É ainda promovida a medicina preventiva relativamente à constatação de doenças profissionais, através de visitas periódicas dos médicos aos locais de trabalho, visando o levantamento dos riscos para a saúde dos trabalhadores e posterior implementação das acções preventivas e/ou correctivas. Os serviços da medicina no trabalho estão disponíveis em todos os locais de operação da Mota-Engil Engenharia. Complementarmente, a Mota-Engil Enge nharia disponibiliza, nos escritórios do Por to e de Linda-a-Velha, um Serviço de Medi cina Curativa, com a presença semanal de um médico. A actividade deste médico está inserida num protocolo com as Administrações Regionais de Saúde do Porto e de Lisboa, o que permi te a utilização de receituário e requisições de meios auxiliares de diagnóstico no âmbito do Serviço Nacional de Saúde. São de destacar as seguintes actividades desenvolvidas neste âmbito: ·Realização de diagnóstico preventivo; ·Vacinação anti-gripe, ·Realização de campanha de dádiva de sangue. Semestralmente, são realizadas, por entida de externa acreditada, avaliações de exposi ção ocupacional nas áreas de escritórios do Porto e de Linda-a-Velha, sendo analisados os seguintes parâmetros: partículas em sus pensão, dióxido de carbono, monóxido de carbono, temperatura e humidade relativa, ruído, iluminação, campos electromagnéti cos e microrganismos em suspensão no ar. Em matéria de controlo de alcoolemia e de modo a prevenir acidentes/incidentes que tenham como origem o consumo de álcool No que toca a doenças profissionais, não se registou nenhum caso a reportar, inse rindo-se a sua prevenção nos princípios supra-enunciados. Também não se regis tou, durante o ano de 2008, nenhum caso de acidente mortal entre os trabalhadores da Mota-Engil Engenharia. Apresentam-se na página seguinte os rácios relativos à Segurança e Saúde no Trabalho, calculados de acordo com as orientações GRI. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 Rácios de acidentes, doenças profissionais, dias perdidos e absentismo relacionados com o trabalho Nº Total Trabalhadores Taxa Lesões Taxa Dias Perdidos Taxa Absentismo agregados betões hidrául. const. infr. engenh. electrom. 194,0 102,0 2.155,0 92,0 3,3 6,5 6,7 5,0 222,6 280,9 110,5 estaleiro porto alto fundaç. especiais geotecnia laborat. central edifícios 176,0 131,0 39,0 18,0 386,0 11,7 6,0 9,4 0,0 1,7 1,3 260,4 83,7 536,4 0,0 45,4 8.965,7 5.405,8 6.820,2 4.185,4 8.389,1 8.649,0 4.405,5 658,5 2.760,3 Indice de Frequência 14,3 28,3 14,2 6,3 23,4 13,3 46,8 0 4,2 Indice de Gravidade 1,1 1,4 1,1 0,0 1,3 0,4 2,7 0 0,2 1.4. Formação e educação O plano de formação dos colaboradores da Mota-Engil Engenharia pretende reflectir as necessidades diagnosticadas junto de cada área de negócio e adopta as seguintes linhas de orientação: Formação Técnica Promover formação específica que garanta o reforço e alargamento da base de conhe cimentos e valências técnicas e de gestão de todos os quadros, designadamente daque las que se apresentam como mais críticas à prossecução dos objectivos da empresa nas suas diversas áreas; Formação Comportamental Dinamização de projectos de formação contí nua na área comportamental, nomeadamen te ao nível da liderança, gestão da mudança, espírito de equipa e comunicação, permitin do aos diferentes níveis da organização a melhoria de comportamentos e atitudes e o reforço das competências de gestão de equi pas e de orientação para os resultados; Prevenção e Segurança Desenvolvimento de um conjunto articulado de acções, quer de sensibilização, quer de qua lificação, abrangendo um conjunto alargado de colaboradores, a diferentes níveis, que reforce e alargue os conhecimentos desta matéria, no sentido de garantir o permanente cumprimen to dos requisitos legais e consolidar os padrões de excelência até hoje alcançados; Informática Alargamento e consolidação das competên cias dos utilizadores das diferentes aplica ções informáticas da empresa, designada mente do SAP, nos seus diversos domínios de utilização, de forma a melhorar os fluxos e consolidar a informação de gestão e opti mizar o ciclo de produção dessa informação; Conhecimento e Inovação Desenvolvimento de acções de formação/ sensibilização que promovam uma atitude de vigilância e gestão dos conhecimentos da empresa e externos, assim como um am biente aberto à criatividade e à mudança, para identificação e desenvolvimento de ideias inovadoras. Em 2008, o total de horas de formação minis trada aos colaboradores da Mota-Engil Enge nharia atingiu as 39.083 horas, o que corres ponde a uma média de aproximadamente 12 horas de formação por trabalhador - mais três horas do que em 2007 e mais cinco do que em 2006. desempenho 166 167 Nº de horas de formação por grupo profissional Nº horas formação Grupo Profissional Dirigentes Praticantes/aprendizes Profissionais altamente qualificados e qualificados 138 17 4.152 55 13.787 7 233 1 275 4 Profissionais não qualificados Profissionais semi-qualificados Quadros intermédios (inc.contra-mestres e chefes de equipa) Quadros médios Nº médio horas formação/ colaborador 2.111 5 3.770 22 Quadros superiores 14.618 32 Total 39.083 12 Número médio de horas de formação por grupo profissional Dirigentes 17 Praticantes/aprendizes 55 Profissionais altamente qualificados e qualificados 7 Profissionais não-qualificados 1 Profissionais semi-qualificados 4 Quadros intermédios (inc.contra-mestres e chefes de equipa) 5 Quadros médios 22 Quadros superiores 32 0 10 20 30 40 50 60 nº médio de horas de formação Como reflectem os gráficos anteriores, foi no grupo dos Praticantes/Aprendizes que se registou uma média superior de horas de formação por colaborador (55 horas). Em contrapartida, foram os Profissionais não -qualificados os que tiveram menos horas de formação – registou-se, em média, uma hora por colaborador. 1.5 Diversidade e igualdade de oportunidades A Mota-Engil Engenharia pratica uma rigo rosa política de igualdade de oportunida des, integrando nas suas fileiras homens e mulheres de várias nacionalidades e etnias. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 Essa política é extensiva a todos os aspectos da vida laboral e envolve uma atitude de tra tamento igualitário e de não-discriminação em matérias como o recrutamento e selec ção de recursos humanos, política salarial, progressão na carreira e todos os demais aspectos atinentes à relação de trabalho. Atenta a natureza das actividades desen volvidas pela empresa, existe, contudo, um claro predomínio de trabalhadores do sexo masculino, com excepção dos quadros su periores, onde se esbate essa diferença. Em relação à política remuneratória e tendo em conta a escassa representatividade de tra balhadoras do sexo feminino em alguns gru pos profissionais, constata-se não existirem diferenças significativas entre os níveis sala riais praticados entre homens e mulheres. Proporção dos salários entre mulheres e homens, por grupo profissional Grupo Profissional Género DirigentesMasculino -- Feminino 21 1,15 Masculino 54 Profissionais altamente qualificados e qualificados Feminino 96 Masculino 1.767 Profissionais não qualificados Feminino 3 Masculino 236 Profissionais semiqualificados Feminino 11 Masculino 60 Quadros intermédios Feminino 1 (inc.contra-mestres e chefes de equipa)Masculino 406 Quadros médios Feminino 12 Masculino 158 Quadros superiores SUMA, SERVIÇOS URBANOS E MEIO AMBIENTE, SA Proporção salários Mulheres/Homens 8 Praticantes/aprendizes 8.3.2 AMBIENTE E SERVIÇOS Nº Colaboradores 1. Gestão de Recursos Humanos Introdução A Gestão de Recursos Humanos na SUMA procura reflectir, tal como na Mota-Engil Engenharia, a estratégia e política geral de recursos humanos do Grupo adoptada a ní vel corporativo, adaptando-a às suas carac terísticas próprias e do sector de actividade em que está envolvida. No plano estratégico, a SUMA vê igualmen te nos recursos humanos um elemento dife renciador fundamental e o seu mais valioso activo ao serviço da competitividade e cria ção de valor duradouro. Feminino 99 1,34 0,91 0,96 1,85 0,88 0,69 A SUMA tem conferido especial ênfase à ac tividade formativa, direccionando-a para a introdução de melhorias na estrutura que operacionaliza o plano de formação. Estas opções agregaram-se num projecto cujos objectivos consistem em elevar os ní veis de eficiência e responder de forma mais ágil às exigências do referencial do Sistema de Acreditação da Direcção Geral do Empre go e Relações de Trabalho. A dispersão geográfica é um desafio cons tante para o Departamento de Recursos Hu manos da SUMA. desempenho De forma a responder à necessária es tabilização de procedimentos em todos os centros de serviço, foi desenvolvido um plano de trabalhos que visou a defini ção de normas internas e que integrou a maioria dos processos administrativos. A disponibilização destes documentos no IntraSUMA (website corporativo) veio faci litar a dispersão da informação por todos responsáveis nesta área. Apesar das contingências geradas pelo processo de reestruturação, foi possível investir em campanhas de formação direc cionadas para o Desempenho, a Higiene e Segurança no Trabalho e o Ambiente, áreas fundamentais no comprometimento que a SUMA desde sempre assumiu na dignifi cação e qualificação dos profissionais que compõem a empresa, enquanto garantia da prestação de serviços de excelência. Os indicadores de actividade formativa re velam valores que ultrapassam as metas definidas e que indicam um volume de for mação que se aproxima de valores consis tentes com os objectivos da Organização. As 2.283 presenças registadas e as 712 ac ções de formação realizadas revelam um in dicador que merece ser destacado face aos recursos humanos e materiais dedicados à gestão e execução das actividades formati vas do Grupo SUMA. Com o objectivo de incrementar uma iden tificação com os valores SUMA, fortalecer o compromisso dos colaboradores com a Organização, introduzir políticas activas que acrescentem valor aos quadros do Gru po e implementar políticas de retenção, em 2008 foi desenvolvido o programa SUMA Experience. Desta forma, foram desenvol vidos dois programas: a sinalização dos aniversários e um programa de promoção dos níveis de saúde de todos os colabora dores da SUMA. O programa de promoção dos níveis de saúde iniciou-se sob a forma de projecto-piloto, com a realização de um rastreio nutricional que avaliou o risco nu tricional (peso, altura, massa gorda, índice massa corporal e perímetro abdominal) e aconselhamento nutricional personalizado. 168 169 Em Outubro de 2008, foram iniciados os trabalhos de implementação do ERP SAP, na área da Gestão de Recursos Humanos. A implementação do SAP requereu esforços adicionais de toda a equipa, cujos resultados indicam um período de implementação abai xo do esperado, em que as dificuldades fo ram superadas com maior facilidade graças ao empenho de toda a equipa envolvida. A complexidade das operações de migração de toda a informação do sistema anterior para o SAP, a que se seguiu uma fase de va lidações de todos os dados dos 2.032 traba lhadores (tais como remunerações, dados pessoais, dados bancários, horários, habi litações literárias, sindicatos, descontos ju diciais, IRS, Segurança social, endereços) e, por último, o período de parametrização do ERP e a campanha de formação e de apoio via “elpdesk” aos 39 utilizadores de SAP/ RH, foram os pontos-chave deste projecto. As etapas enunciadas culminaram na reali zação do primeiro processamento salarial realizado em Janeiro de 2009 com total su cesso. Estes patamares de implementação do sistema revelam a dimensão do projecto e demonstram os elevados padrões de fia bilidade. A política de recursos humanos da SUMA tem como principal responsável o membro do Conselho de Administração da empresa titular do pelouro, suportando-se na sua Di recção de Recursos Humanos, que acumula funções nas áreas administrativa e de de senvolvimento de recursos humanos, bem como na Comissão de Desenvolvimento de Recursos Humanos da Mota-Engil SGPS. Protecção social Em matéria de protecção social, a SUMA efectua contribuições obrigatórias para o regime geral da Segurança Social portugue sa, as quais, no ano 2008, ascenderam a € 3.897.845,85. Como já anteriormente referido, foram re cebidos do Estado subsídios relativos à contratação de trabalhadores em regime de primeiro emprego. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 1.1 Práticas laborais e relações de trabalho Emprego O ano de 2008 representou para a SUMA um período de acréscimo de actividade, o que se traduziu num aumento de 76,3% do seu efectivo laboral. Assim, o número de trabalhadores, em 31 de Dezembro de 2008, ascendia a 2.114, contra 1.199 na mesma data do ano 2007. Número de trabalhadores por Grupo Profissional, Género e Faixa Etária <30 grupo profissional masculino 30 a 50 feminino total masc. >50 masculino feminino masculino total femin. total total geral geral 2008 2007 feminino Quadros Superiores 0 0 8 21 0 3 8 24 32 Quadros Médios 7 10 26 31 0 3 33 44 77 52 Quadros Intermédios 0 2 1 57 1 24 2 83 85 61 Profissionais Altamente Qualificados e Qualificados 21 10 50 21 312 4 104 35 466 501 11 Profissionais Semi-qualificados 2 5 0 15 0 1 2 21 23 290 Profissionais Não-Qualificados 22 244 122 762 32 214 176 1220 1396 764 Total Geral 41 311 178 1.198 37 349 256 1.858 2.114 1.199 Constata-se, pela leitura do quadro anterior, que existe uma predominância de trabalha dores do sexo masculino na SUMA - cerca de 88% do total de efectivos - situação resultan te das características específicas do sector. Comparativamente a 2007, registou-se um aumento significativo no recrutamento de Profissionais não-qualificados (83%) e de Profissionais altamente qualificados e qua lificados (45%). O grupo profissional que integra o maior nú mero de trabalhadores é o grupo dos Pro fissionais não-qualificados, representando 66% do total de efectivos. No quadro abaixo pode ser analisada a es trutura dos recursos por tipo de contrato e região. No que respeita à distribuição em termos de género, é também no grupo dos Profis sionais não-qualificados que se encontra a maior percentagem de trabalhadores do sexo masculino. Quanto ao sexo feminino, é também este grupo o mais expressivo, seguido dos grupos dos Profissionais alta mente qualificados e qualificados” e “Qua dros superiores. Convém ainda realçar que, em 2008, cerca de 65% dos efectivos da SUMA se encontra va na faixa etária entre os 30 e os 50 anos. desempenho 170 171 Número de trabalhadores por tipo de contrato e por região Contrato sem termo total geral 0 1 14 0 6 8 11 419 781 560 8 719 1.287 9 12 3 24 935 31 1.148 2.114 Região Contrato a termo certo Contrato a termo INcerto Açores 13 Angola 2 Centro 351 Norte Sul Total Geral Em 2008, os trabalhadores contratados a termo representavam 44% dos efectivos la borais, valor que é sensivelmente idêntico ao registado em 2007. cipais e/ou Associações de Municípios, as contratações de novos trabalhadores são, em regra, efectuadas através de contratos a termo. Devido ao facto de a actividade da SUMA ter como base contratos limitados no tempo, geralmente efectuados com Câmaras Muni N.º de trabalhadores por tipo de contrato e região 13 2 CONTRATO A TERMO CERTO 351 560 9 CONTRATO A TERMO INCERTO 11 8 12 1 açores angola CENTRO 6 CONTRATO SEM TERMO 419 719 NORTE 3 SUL 0 100 200 300 400 500 600 700 800 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 Taxa de rotatividade por género e faixa etária < 30 anos 49,7% < 30 a 50 anos 24,3% > 50 anos 16,1% feminino 19,9% 28,0% masculino 27,0% global 0 10 20 30 40 Tendo em conta a natureza da actividade desenvolvida pela SUMA, verifica-se que a rotatividade é elevada principalmente em trabalhadores com idade inferior a 30 anos, o que se explica pelo facto de mais facil mente conseguirem emprego noutro tipo de actividade. À medida que a faixa etária vai aumentando, a rotatividade vai diminuindo, devido ao facto de estes trabalhadores fica rem com menos opções de escolha. Verifica-se que a rotatividade masculina é superior à feminina, o que também se expli ca pela maior facilidade de os homens muda rem de actividade no mercado de trabalho. No que respeita às regiões, existe maior rota tividade na região Sul, parcialmente explicada pela maior oferta sazonal de trabalho, essen cialmente verificada na área da restauração. 50 60 70 permitindo aos trabalhadores da SUMA usufruírem de condições mais vantajosas no crédito à habitação; · Protocolo de Acordo com Ginásios e Spa, nomeadamente com o Ginásio Holmes Place, com o Clube FIT e com o SPA GES, permitindo aos trabalhadores a obtenção de condições de acesso mais vantajosas, isenção de pagamento de inscrição e usu fruto das instalações das entidades visa das em qualquer parte do país; · Protocolo de acordo com agências de via gens, permitindo aos trabalhadores da SUMA a obtenção de viagens e pacotes turís ticos com descontos até 5% e com condições de pagamento idênticas às da Organização; Benefícios A SUMA assegura aos seus trabalhadores um conjunto de benefícios, de que se destacam: · Seguro de Acidentes Pessoais atribuído a todos os colaboradores logo que perfa çam sete meses de trabalho e Seguro de Saúde apenas a colaboradores com anti guidade superior a 36 meses. · Distribuição de presentes de Natal aos filhos dos Colaboradores; 1.2 Relações de Trabalho ·Protocolo de acordo com entidades fi nanceiras, como o Banco Português de Investimento (BPI) e o Millenium BCP, As relações de trabalho na SUMA não são reguladas por qualquer instrumento de regulamentação colectiva do trabalho, desempenho 172 173 vigorando a Lei Geral do Código de Trabalho. Não existe na empresa qualquer comissão de trabalhadores. · Informar e formar os trabalhadores sobre os riscos identificados e respectivas me didas de prevenção e controlo; A lei geral fixa os períodos de pré-aviso a observar no caso de qualquer mudança or ganizacional com impacto nas relações de trabalho, mormente em caso de alteração do horário ou do local de trabalho, encerra mento de instalações ou outros processos conducentes à alteração ou cessação das relações de trabalho. ·Aplicar e fazer cumprir a Política, os programas e procedimentos definidos pela Organização, relacionados com a Higiene e Segurança; 1.3 Segurança Ocupacional e Medicina no Trabalho 1.3.1 Segurança Ocupacional De acordo com o quadro normativo vigente, os empregadores são obrigados a organizar Serviços de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (SHST), de modo a abranger todos os Trabalhadores que desempenham fun ções na Organização, incluindo, obviamen te, o próprio empregador quando desempe nhe, também, actividade. · Promover, em conjunto com os estabeleci mentos da Organização, a elaboração de Planos de Emergência e a realização peri ódica dos respectivos simulacros; · Realizar a análise de todos os incidentes e definir as respectivas acções correctivas; · Recolher e organizar os elementos estatís ticos relativos à segurança dos trabalha dores, de forma a possibilitar a obtenção de conclusões que permitam a respectiva prevenção e organização, de modo a efec tuar-se um estudo dos potenciais riscos profissionais; ·Suspender a execução de qualquer traba lho em caso de risco iminente para a inte gridade e saúde dos trabalhadores; Na organização dos Serviços de Segurança, Higiene e Saúde do trabalho, a SUMA adop tou as seguintes modalidades: ·Informar a Administração de todas e quais quer situações que coloquem em risco a integridade ou a saúde dos trabalhadores; Os serviços de Segurança e Higiene no tra balho são internos e geridos pela SUMA com recursos próprios (Técnicos Superiores de SHST), abrangendo todas as pessoas que nela trabalham e em cujas instalações se encontrem. Estes serviços, cujos principais objectivos são a prevenção e redução dos riscos profissionais e a promoção da Segu rança, Higiene e Saúde dos trabalhadores, desenvolvem as seguintes actividades: · Acatar as recomendações das autoridades/ entidades competentes no âmbito da SHST; · Conhecer a legislação de SHST e assegu rar o cumprimento dos requisitos legais aplicáveis à Organização; · Identificar os perigos, avaliar os riscos e definir acções de prevenção e controlo dos riscos identificados; ·Providenciar os meios de prevenção e de protecção colectiva e individual, definidos como obrigatórios ou necessários; ·Fazer respeitar a sinalização e instruções de segurança e emergência; ·Elaborar e enviar, anualmente, o relatório de actividades de cada estabelecimento da SUMA para as autoridades/entidades competentes no âmbito da SHST; · Participar nas reuniões das várias Comis sões Locais de SHST. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 1.3.2 Medicina no trabalho Os serviços de medicina no trabalho na SUMA são externos e prestados por uma empresa prestadora de serviços de SHST. A vigilância da saúde, tendo como objectivos fundamentais a prevenção de doenças pro fissionais e de doenças relacionadas com o trabalho, deve ainda promover o bem-estar dos trabalhadores como factor de produti vidade, nomeadamente: · Conhecer os postos de trabalho, estabele cendo, para cada um, os factores de risco a ter em conta, e adequar os exames médicos dos trabalhadores aos factores de risco ca racterizados no seu posto de trabalho; · Realizar os exames médicos de admissão, periódicos e de regresso ao trabalho, e ana lisar os exames complementares de diag nóstico necessários à avaliação do estado de saúde do trabalhador, tendo em atenção as características do posto de trabalho; · Colaborar na escolha dos meios de pro tecção individual mais adequados ao trabalhador; ·Incentivar os trabalhadores a adopta rem boas práticas de trabalho (vacina ção, educação para a saúde, nutrição e reabilitação). A SUMA promove a realização de exames de saúde, tendo em vista verificar a aptidão física e psíquica dos trabalhadores para o exercício da actividade, bem como a re percussão desta e das condições em que é prestada na saúde dos mesmos. Os serviços de SHST são geridos na SUMA em duas Coordenações: ·Segurança e Higiene do Trabalho: Serviços de Qualidade, Ambiente e Segurança (QAS), que integram a Coordenação de Sustentabi lidade (que reporta à Administração); · Medicina do Trabalho: Coordenação de Gestão de Recursos Humanos (que repor ta à Administração). As Coordenações em questão gerem e ope racionalizam cada uma a sua área e equipa de trabalho com base nos objectivos e me tas, comunicando entre si periodicamente, nomeadamente quando há a necessidade de passagem de informação entre ambas as equipas ou entre ambas e a empresa pres tadora de serviços de medicina do trabalho e em concreto nas seguintes situações: · Política de gestão nos compromissos de SHST; vObjectivos e metas a cumprir e atingir para a SHST; · Programa de gestão nas acções relativas à SHST; ·Identificação de perigos e avaliação de riscos para SHST; · Avaliações específicas de SHST: ruído, vibrações, agentes biológicos, ergono mia, etc.; ·Monitorização e medição do desempenho; ·Documentação e registos relativos a SHST. Modelo organizativo A estrutura de segurança ocupacional e medicina no trabalho na SUMA assenta no seguinte modelo organizativo: Comissão Geral de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (CGSHST) – Órgão inter no responsável pela coordenação e execu ção do Programa de Gestão e Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, que funciona na dependência do Director Geral da SUMA e membro do seu Conselho de Administração. As principais atribuições desta Comissão centram-se no planeamento, coordenação e controlo do programa, concepção e gestão do sistema de informação dos indicadores de desempenho, proposta das actividades, encetar as acções internas de divulgação, sensibilização e formação, e elaboração do relatório das suas actividades. Este órgão reúne ordinariamente uma vez por mês e extraordinariamente sempre que convocado para o efeito. desempenho 174 175 Comissões Locais de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho (CLSHST) – estas co missões existem em cada um dos Centros de Serviços da SUMA, tendo por missão a execução do programa ao nível local. Compõem cada uma destas comissões a chefia dos respectivos serviços e um con junto de trabalhadores representativos de cada centro. As comissões reúnem ordina riamente uma vez por mês e extraordina riamente sempre que convocadas para o efeito. Formação, sensibilização e comunicação No âmbito do seu plano geral de formação, a SUMA desenvolve um conjunto de acções de formação de Higiene e Segurança no Tra balho para os seus colaboradores. Lei geral e instrumentos de regulamentação colectiva do trabalho As matérias de segurança ocupacional são enquadradas por vários diplomas legais, designadamente o Decreto-Lei nº 441/91, de 14 de Novembro, e a Lei nº 99/2004, de 27 de Agosto, conforme já anterior mente referido a propósito da Mota-Engil Engenharia. Não existindo instrumento de regulamenta ção colectiva de trabalho com incidência no sector de actividade da SUMA, a empresa rege-se nesta matéria pela lei geral. No âmbito da Segurança e Saúde no Traba lho da SUMA, apresentam-se de seguida al guns indicadores calculados de acordo com as orientações GRI. Rácios de acidentes, doenças profissionais, dias perdidos e absentismo relacionados com o trabalho número de trabalhadores 2.114 horas trabalhadas nº de acidentes trabalho nº de dias perdidos 3.500.963 310 5.666 taxa de lesões 17,7 TAXA DE DOENÇAS OCUPAC. 17,7 TAXA DE DIAS PERDIDOS ÍNDICE DE PREQUÊNCIA (IF) 323,7 88,5 ÍNDICE GRAVIDADE (IG) 1,6 1.4 Formação e educação A execução de acções promotoras da qua lificação dos recursos humanos do Grupo SUMA é um eixo de intervenção central da Política de Gestão da Organização, reforça do em 2008, pela inclusão de novas empre sas no seio do grupo e pela expansão para mercados externos. Por outro lado, as contingências restritivas manifestadas no comportamento da econo mia portuguesa e internacional foram facto res condicionantes da actividade formativa de 2008, que consequentemente reforça ram a necessidade de alinhar a intervenção de carácter qualificante com a estratégia da empresa, orientação central para a defi nição da formação profissional e de todas as acções que visam o desenvolvimento da força de trabalho do Grupo SUMA. Com vista à dignificação dos seus recursos humanos e das actividades desenvolvidas, directamente relacionadas com a gestão de resíduos e com a limpeza dos espaços públicos, a SUMA assegura a formação, motivação e participação activa dos traba lhadores no dia-a-dia laboral e nos actos importantes da empresa, procurando pro mover a valorização pessoal e profissional dos seus colaboradores no âmbito da em presa e da comunidade. Para o efeito, a SUMA conta com um depar tamento dedicado à formação, acreditado RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 pelo IQF como Entidade Formadora, e que tem por finalidade responder às necessida des internas de formação, com o objectivo fundamental de desenvolver a qualificação técnica e pessoal de todos os seus trabalha dores, prestando, além disso, serviços de formação externos especializados sempre que para o efeito é solicitado e consultado. Este departamento inclui uma Bolsa de Téc nicos e Formadores com formação acredi tada pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional na vertente pedagógica e expe riência profissional técnica específica em áreas interdisciplinares e complementares. Embora a SUMA opere em vários pontos do País, a dispersão geográfica não constitui, porém, impedimento à realização de acti vidades formativas, requerendo todavia o recurso a soluções flexíveis e imaginativas, de forma a poder alcançar os seus objecti vos nesta área. base numa viatura pesada de passageiros devidamente adaptada a espaço de forma ção, que constitui a forma privilegiada de atingir públicos mais vastos e tornar possí vel a presença dos trabalhadores com toda a comodidade e economia de custos. São áreas de formação transversal e per manente a Comunicação, o Desempenho, a Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, as Questões Ambientais, a Condução Defen siva, a Informática, e as Práticas Adminis trativas e de Recursos Humanos, sendo um número significativo de actividades forma tivas orientado para estas áreas. Outras áreas de formação englobam as áreas Comportamental, Motivacional, Organiza cional e de Liderança. Em 2008, foram realizadas 712 acções de formação, envolvendo 2.283 trabalhadores e um volume de 2.138 horas de formação. Para o efeito, a SUMA desenvolveu uma Unidade Móvel de Formação (UMF), com Nº de horas de formação por grupo profissional Grupo Profissional Nº horas formação Nº médio horas formação/ colaborador Quadros Médios 289 Quadros Superiores 159 5,0 Profissionais Altamente Qualificados e Qualificados 518 1,0 Quadros Intermédios 183 2,2 51 2,2 Profissionais Semi-Qualificados Profissionais Não Qualificados Total 3,8 938 0,7 2.138 1,0 desempenho 176 177 Número médio de horas de formação por grupo profissional Quadros Médios 3,8 Quadros Superiores 5 Profissionais Altamente Qualificados e Qualificados 1 Quadros Intermédios 2,2 Profissionais Semiqualificados 2,2 Profissionais Não Qualificados 0,7 0 1 2 3 4 5 6 nº médio de horas de formação Como reflectem os gráficos anteriores, foi no grupo dos Quadros superiores que se regis tou uma média superior de horas de formação por colaborador (cinco horas). Em contrapar tida, foram os Profissionais não-qualificados os que tiveram menos horas de formação. No Grupo SUMA, não existem ainda progra mas de educação, formação, aconselhamen to, prevenção e controlo de risco em curso para os colaboradores, seus familiares ou membros da comunidade, relativamente a doenças graves. No entanto, realizaram-se diversas acções de formação durante o ano de 2008 no âmbito da Saúde, Higiene e Se gurança no Trabalho que se traduziram numa maior consciencialização dos colaboradores da SUMA face a temas específicos como a avaliação de riscos profissionais ou utilização de equipamento de protecção individual. A avaliação de desempenho é realizada semes tralmente, pela chefia directa de cada colabora dor, através de um ficheiro criado para o efeito. 1.5 Diversidade e igualdade de oportunidades A SUMA pratica uma rigorosa política de igualdade de oportunidades, integrando nas suas fileiras homens e mulheres de vá rias nacionalidades e etnias. Essa política é extensiva a todos os aspectos da vida laboral e envolve uma atitude de tra tamento igualitário e de não-discriminação em matérias como o recrutamento e selec ção de recursos humanos, política salarial, progressão na carreira e todos os demais aspectos atinentes à relação de trabalho. Todos os colaboradores têm à disposição, para consulta, afixada nos seus locais de trabalho, a informação relativa aos direitos e deveres do trabalhador em matéria de igualdade e não-discriminação, nomeada mente a Norma Interna de Recursos Huma nos – NI_RH_021 – Princípio da não-descri minação, o artigo 22º e seguintes do Código Trabalho, o artigo 33º e seguintes do Códi go Trabalho; o artigo 66º e seguintes da Lei nº 35/2004, de 29 de Julho, e o Decreto-lei nº 143/99, de 30 de Abril. RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 8.3.3 GRUPO MOTA-ENGIL 1. Direitos Humanos O Grupo Mota-Engil respeita e promove os Direitos Humanos em todos os contextos culturais, sócio-económicos e geografias onde opera. Tal comportamento é naturalmente extensi vo às práticas do Grupo, quer em matéria de política de investimentos, quer na gestão da cadeia de fornecimento, procurando tor nar extensíveis à mesma os princípios por que se rege nas actividades directamente exercidas, designadamente em matéria de saúde e segurança no trabalho. Não se registou no interior de qualquer das empresas do Grupo situações de discrimina ção, estando, por outro lado, completamente salvaguardada a prática dos direitos associa tivos do foro laboral, mormente a liberdade de associação e de negociação colectiva, o que corresponde, de resto, a um imperativo de natureza constitucional e legal. Não existem no Grupo quaisquer situações de trabalho infantil ou forçado. Os trabalhadores ou entidades subcontrata das envolvidos em questões de segurança (“security”) de instalações e salvaguarda dos seus bens (não existem no Grupo trabalhado res ou entidades subcontratadas envolvidos em missões de segurança pessoal) respei tam, nas suas interacções pessoais, os direi tos legalmente consagrados em cada espaço geográfico onde exercem as suas funções. Refira-se, por último, que o Grupo Mota-En gil não exerce habitualmente actividade em qualquer território onde estejam ou possam estar em causa os direitos das populações ou povos indígenas. 2. Sociedade O Grupo Mota-Engil privilegia de forma mui to particular o seu relacionamento com as comunidades locais, avaliando regularmen te os impactos ambientais e sociais provo cados pelas suas actividades. O Grupo Mota-Engil respeita os mais ele vados padrões de ética, nomeadamente os relativos à promoção da concorrência justa, proibição de subornos, pagamentos ilícitos e corrupção, não existindo quaisquer situações a reportar a este nível nem quaisquer penali zações ou multas decorrentes da incursão em qualquer comportamento ilícito neste âmbito. Em matéria de políticas públicas, o Grupo não toma habitualmente, nem de forma di recta, quaisquer posições, nem, por outro lado, procede a quaisquer contribuições para organizações políticas. 3. Responsabilidade pelo produto A análise dos impactos na saúde e segurança dos clientes do Grupo Mota-Engil está incor porada nos sistemas de gestão em vigor, em particular na Mota-Engil Engenharia e SUMA, cujo desempenho é descrito neste Relatório. Em matéria de rotulagem de produtos e ser viços, não são frequentes os casos em que tal se mostre necessário, atendendo à natu reza da actividade desenvolvida pelo Grupo e em particular pelas entidades objecto de relato do seu desempenho, sendo, porém, providenciadas todas as informações em matéria de rotulagem quando exigidas Não existiram, em 2008, quaisquer casos de não-conformidade nestas matérias nem quaisquer penalizações associadas, sejam de carácter pecuniário ou outro. A propósito deste tema e em relação às práticas relacionadas com a satisfação dos clientes, as mesmas encontram-se já evi denciadas noutro capítulo deste Relatório. Na sua política de comunicação de Marke ting, o Grupo Mota-Engil cumpre na íntegra as determinações legais em vigor, não exis tindo quaisquer situações de não-conformi dade ou aplicação de sanções a relatar. O mesmo se diga, por último, relativamente ao respeito pelos direitos de personalidade dos clientes do Grupo Mota-Engil, designada mente em matéria de defesa e salvaguarda do seu direito à privacidade na gestão do relacio namento com estes, não existindo até à data quaisquer reclamações a registar a este título. desempenho 178 179 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 índice gri RESULTADOS Números que reflectem a vontade de fazer sempre mais. 180 181 09 Índice GRI RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 Perfil Capitulo Página 1.1 Mensagem do Presidente 1 6e7 1.2 Descrição dos Principais Impactos, Riscos e Oportunidades 2, 5 e 8 12 a 15, 80 a 88, 126 a 179 2.1 Nome da organização 4 27 2.2 Principais marcas, produtos e/ou serviços 4 28 e 29 2.3 Estrutura operacional da organização, incluindo principais divisões, 4 30 e 31 2.4 Localização da sede da organização 4 28 2.5 Número de países em que a organização opera e nome dos países 4 35 2.6 Tipo e natureza jurídica da propriedade 4 27 2.7 Mercados servidos 4 32, 33 e 38 2.8 Dimensão da organização 4 34 2.9 Mudanças significativas, realizadas durante o período de elaboração 3 19 a 21 4 75 3.1 Período a que se referem as informações 3 18 3.2 Data do Relatório mais recente 3 18 3.3 Ciclo de reporte 3 18 3.4 Contactos para questões relacionadas com o Relatório 3 18 3.5 Processo para a definição do conteúdo do Relatório 3 19 e 20 3.6 Limites do Relatório 3 19 e 20 3.7 Outras limitações de âmbito específico 3 19 e 20 3.8 Base para a elaboração do relatório no que se refere a “joint 3 20 3 19 e 20 3 19 e 20 3 19 e 20 9 184 a 187 1. ESTRATÉGIA E ANÁLISE 2. PERFIL ORGANIZACIONAL unidades operacionais, subsidiárias e “joint ventures” em que as suas principais operações estão localizadas ou são especialmente relevantes para as questões da sustentabilidade cobertas pelo Relatório do Relatório, relacionadas com tamanho, estrutura ou controlo accionista 2.10 Prémios/Reconhecimentos recebidos durante o período de reporte 3. PARÂMETROS DO RELATÓRIO Perfil do Relatório ou o seu conteúdo Âmbito e Limites do Relatório ventures”, subsidiárias, instalações arrendadas, operações subcontratadas e outras entidades que possam afectar significativamente a comparabilidade entre períodos e/ou entre organizações 3.9 Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos incluindo hipóteses e técnicas, que sustentam as estimativas aplicadas à compilação dos indicadores e outras informações do Relatório 3.10 Explicação da natureza e das consequências de qualquer reformulação de informações contidas em Relatórios anteriores e o motivo da reformulação 3.11 Mudanças significativas em comparação com anos anteriores, no que se refere a âmbito, limite ou métodos de medição aplicados no Relatório. Índice do Conteúdo GRI 3.12 Tabela que identifica a localização de cada elemento do Relatório da GRI n.a = não aplicável índice gri 182 183 Capitulo Página Verificação 3.13 Políticas e procedimentos actuais para fornecer verificações externas 3 21 do Relatório 4. GOVERNO SOCIETÁRIO, COMPROMISSOS E ENVOLVIMENTO DE STAKEHOLDERS Governo Societário 5 4.1 Estrutura de Governo Societário 5 81 a 83 81 a 83 4.2 Indicar se o Presidente do Conselho de Administração também desempenha funções executivas (e, se for caso disso, as suas funções dentro da administração da organização e as razões para tal composição) 5 81 a 83 4.3 Para organizações com uma estrutura de administração unitária, declaração do número de membros independentes ou não-executivos 5 81 a 83 4.4 Mecanismos que permitem aos accionistas e trabalhadores fazerem recomendações ao mais alto orgão de governação 5 81 a 83 4.5 Relação entre a remuneração para membros do mais alto órgão de governação e demais executivos e o desempenho da organização (incluindo desempenho social e ambiental) 5 81 a 83 4.6 Processos em vigor no mais alto órgão de governação para assegurar que conflitos de interesse sejam evitados 5 81 a 83 4.7 Processo para determinação das qualificações e conhecimento dos membros do mais alto órgão de governação para definir a estratégia da organização para questões relacionadas com temas económicos, ambientais e sociais 5 4.8 Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios internos 6 81 a 83 relevantes para o desempenho económico, ambiental e social, assim como 4 92 e 93 o estado da sua implementação 5 40 a 56 81 a 83 4.9 Procedimentos do mais alto órgão de governação para supervisionar a identificação e gestão por parte da organização do desempenho económico, ambiental e social, incluindo riscos e oportunidades relevantes, assim como a adesão ou conformidade com normas acordadas internacionalmente, códigos de conduta e princípios 5 81 a 83 4.10 Processos para a auto-avaliação do desempenho do mais alto órgão de governação, especialmente com respeito ao desempenho económico, ambiental e social Compromissos com Iniciativas Externas 5 4.11 Explicação sobre se e como o princípio de precaução é tratado pela organização 5 79 a 81 84 4.12 Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de carácter económico, ambiental e social que a organização subscreve ou endossa 5 85 a 86 4.13 Participação em associações (como federações de indústrias) e/ou organismos nacionais/internacionais Envolvimento de “Stakeholders” 5 4.14 Lista dos principais “Stakeholders” 5 86 a 88 4.15 Base para identificação e selecção dos principais “Stakeholders” 5 86 a 88 86 a 88 4.16 Formas de consulta dos “Stakeholders”, de acordo com a frequência das consultas, por tipo ou grupo de “Stakeholders” 4.17 Principais questões e preocupações apontadas pelos “Stakeholders” como resultado da consulta, e como a organização responde a estas questões e preocupações 5 86 a 88 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 Páginas Capitulo 5. DESEMPENHO Económico 8 EC1 EC2 EC3 EC4 EC5 EC6 EC7 EC8 EC9 Mota-Engil Engenharia SUMA 130 131 131 131 131 131 132 132 132 134 133 135 135 135 135 135 136 136 Ambiental 8 EN1 EN2 EN3 EN4 EN5 EN6 EN7 EN8 EN9 EN10 EN11 EN12 EN13 EN14 EN15 EN16 EN17 EN18 EN19 EN20 EN21 EN22 EN23 EN24 EN25 EN26 EN27 EN28 EN29 EN30 139 --140 e 141 141 e 142 ------143 e 144 ----145 145 137 ----145 146 --146 146 146 147 a 149 150 ----150 --150 150 - 152 152 153 153 ------154 ----155 155 145 ----156 156 --157 157 157 157 a 158 158 ----158 --158 158 a 159 - Social Práticas Laborais e Relações de Trabalho LA1 LA2 LA3 LA4 LA5 LA6 LA7 LA8 LA9 LA10 LA11 LA12 LA13 LA14 162 163 --163 163 166 168 166 166 169 ----161 169 e 170 173 174 --174 a 175 175 --177 179 --178 ----172 179 8 índice gri 184 185 Páginas Capitulo Mota-Engil Engenharia SUMA Direitos Humanos HR1 HR2 HR3 HR4 HR5 HR6 HR7 HR8 HR9 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 Sociedade SO1 SO2 SO3 SO5 SO5 SO6 SO7 SO8 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 180 Responsabilidade pelo produto PR1 PR2 PR3 PR4 PR5 PR6 PR7 PR8 PR9 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008 Anexo – Feedback de partes interessadas Diga-nos o que achou deste relatório! Porque a sua opinião é muito importante para nós, agradecemos o preenchimento do questionário que segue e o seu envio à nossa Direcção de Responsabilidade Social, Corporativa e Sustentabilidade, através do seguinte correio electrónico: [email protected]. O questionário encontra-se disponível para “download” em www.mota-engil.pt. Obrigado pela sua colaboração! 1. Das actividades da Mota-Engil incluídas neste relatório, qual lhe interessa mais? Mota-Engil Engenharia SUMA – Serviços Urbanos e Meio Ambiente, SA 2. Além destas actividades, quais gostaria que fossem incluídas no âmbito do próximo Relatório? 3. A que grupo de partes interessadas pertence? Clientes Fornecedores Entidades Oficiais (incluindo Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia) Comunidade Local Colaboradores Munícipes Accionistas/Investidores ONG Media Outros (especifique, por favor): 4. O que achou deste Relatório no geral e de cada uma das secções consideradas? Muito Bom Opinião geral Visão e estratégia Apresentação e perfil do Grupo Governação, Responsabilidade Social e Gestão do Capital Humano Sistemas de Gestão e relacionamento com “Stakeholders” Investigação, Desenvolvimento e Inovação Desempenho Económico Desempenho Ambiental Desempenho Social Bom Médio Mau anexo - feedback das partes interessadas 186 187 5. Qual a secção do Relatório que considerou mais interessante? 6. Há questões que considera importantes e que não foram abordadas neste Relatório? 7. O que achou deste Relatório, relativamente aos aspectos abaixo indicados? Muito Bom Conteúdo Nível de detalhe Linguagem Apresentação gráfica Estrutura Facilidade de utilização Apresentação de exemplos 8. Outros comentários Identificação (preenchimento opcional) Nome: Empresa: Função: Bom Médio Mau