Caderno de Sustentabilidade 2008

Transcrição

Caderno de Sustentabilidade 2008
08
RELATÓRIO DE
SUSTENTABILIDADE
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
ÍNDICE
ÍNDICE
01 MENSAGEM DOS PRESIDENTES 02 VISÃO E ESTRATÉGIA
03 ÂMBITO DO RELATÓRIO
03.1 Perfil do Relatório
02 03
04
19
15
16
03.2 Objectivo e Limites do Relatório
17
03.3 Índice GRI
19
03.4 Auto-declaração
19
04 APRESENTAÇÃO E PERFIL DO GRUPO
21
04.1 Breve Sinopse Histórica
22
04.2 Marcos Históricos Recentes
23
04.3 Perfil do Grupo Mota-Engil
24
04.4 Áreas de Negócio
37
05 GOVERNÂNCIA, COMPROMISSOS COM
INICIATIVAS EXTERNAS, RELACIONAMENTO
COM STAKEHOLDERS
05.1 Governo Societário
77
78
05.2 Compromissos com iniciativas externas
82
05.3 Relacionamento com as partes interessadas
84
06. RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO
DO CAPITAL HUMANO
06.1 Responsabilidade Social
06.2 Gestão do Capital Humano
07. INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO
E INOVAÇÃO
0.7.1 Introdução
89
90
110
115
116
0.7.2 Engenharia e Construção
116
0.7.3 Ambiente e Serviços
119
08. DESEMPENHO
0.8.1. Desempenho ECONÓMICO
123
124
0.8.2. Desempenho AMBIENTAL
135
0.8.3. Desempenho SOCIAL
158
09. ÍNDICE GRI
181
ANEXO
FEEDBACK DAS PARTES INTERESSADAS
186
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
04 05
INSPIRAÇÃO
Sonhar, projectar
e concretizar.
01
MENSAGEM
DOS PRESIDENTES
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
MENSAGEM DOS
PRESIDENTES
O ano de 2008 foi inquestionavelmente marcado pela grave crise financeira que abalou
o mundo, com repercussões negativas na
generalidade das economias nacionais.
o ano de 2008 é ainda marcado pelo início
da operação em Angola, traduzindo a estratégia de internacionalização da actividade
do Grupo.
O cenário de crise a que assistimos e a análise das causas que estiveram na sua origem,
colocam às empresas enormes desafios.
Apesar do contexto desfavorável, o Grupo
Mota-Engil logrou cumprir os objectivos
traçados.
A área de Concessões de Transportes registou um crescimento do seu volume de negócios próximo dos 11%, apesar da redução
dos níveis de tráfego registados em parte
das suas vias concessionadas, fruto do cenário económico recessivo registado no ano
transacto.
O volume de negócios do Grupo cresceu
33,3% em relação a 2007, cifrando-se em
1.868 mil milhões de euros.
Nos domínios organizacional e estratégico,
2008 foi assinalado por dois importantes
eventos:
O resultado líquido atribuível ao Grupo em
2008 ascendeu a 30,6 milhões de euros.
Em Maio foi alterado o modelo de governo
do Grupo com a constituição de uma Comissão Executiva, a que se seguiu a aprovação
do seu plano de desenvolvimento estratégico “Ambição 2013”.
A carteira de encomendas atingiu o valor recorde de 2,6 mil milhões de euros.
António Mota
Presidente do Conselho de Administração
A área de Engenharia e Construção, representando cerca de 78,5% do volume de negócios do Grupo, registou um crescimento
da sua actividade em 40%, atingindo a cifra
de 1.467 mil milhões de euros.
Este acréscimo foi amplamente suportado
pelo incremento da actividade nos mercados de África e América e Europa Central,
que cresceram a taxas superiores a 50%
face ao ano anterior.
Jorge Coelho
Presidente da Comissão Executiva
O mercado nacional, onde o Grupo conserva intacta a sua posição de liderança, representou 49% do volume de negócios da área
de Engenharia e Construção, vendo decrescer a sua contribuição face ao volume de negócios global desta área, o que atesta bem
o reforço da sua projecção internacional no
contexto do Grupo.
A área de Ambiente e Serviços registou
em 2008 um assinalável desempenho
operacional com um volume de negócios
de 285,8 milhões de euros, crescendo 15%
face a 2007.
A par da consolidação da sua posição de
liderança nacional em vários segmentos,
A estratégia traçada encontra-se suportada
em quatro eixos fundamentais: crescimento
sustentado, internacionalização, diversificação e reforço do capital humano, representando os quatro vectores fundamentais
de desenvolvimento do Grupo para o próximo quadriénio.
No domínio operacional e no tocante à evolução dos negócios do Grupo, são dignos de
menção alguns acontecimentos do maior
relevo:
A constituição da Ascendi, como novo veículo societário agregador dos activos concessionados no sector das infra-estruturas
de transportes dos Grupos Mota-Engil e Espírito Santo;
O reforço da posição accionista na Lusoponte, permitindo ao Grupo tornar-se o maior
accionista da concessionária;
A vitória no concurso da subconcessão
do Douro Interior e o anúncio da adjudicação da concessão Marechal Rondon-Leste
no estado brasileiro de São Paulo, através da Ascendi, que integra o consórcio
vencedor;
MENSAGEM DOS PRESIDENTES
06 07
A liderança do consórcio para a Alta Velocidade Ferroviária e a integração no consórcio para a construção do Novo Aeroporto de
Lisboa e privatização da ANA – Aeroportos
de Portugal, projectos considerados da
maior relevância estratégica para o Grupo;
compromisso do Grupo com os princípios
de uma gestão ética, social e ambientalmente responsável, a criação da marca
“Mota-Engil Solidária” constitui o início de
uma nova etapa da intervenção do Grupo na
extensa área da solidariedade social.
O estabelecimento de uma parceria entre
a área de Ambiente e Serviços e o Grupo
Banco Privado do Atlântico, para intervir no
mercado angolano nos segmentos de negócio desta sub-holding do Grupo;
Os apoios à deficiência, causa maior entre
as que presidiram à criação da nova marca,
ocuparam no ano que passou um lugar de
destaque, para além do enorme esforço desenvolvido no suporte a várias outras causas e projectos.
No importante mercado do Malawi, a celebração de um memorando de entendimento
com o Governo para a execução de diversos
projectos.
Justificado realce merecem ainda, por último, o reforço de capital na Indaqua, de que
o Grupo se tornou accionista maioritário;
o início de operação da Takargo, primeira
empresa privada a operar em Portugal no
transporte ferroviário de mercadorias; a
participação, em consórcio, no projecto de
remodelação do porto de La Guaira, na Venezuela; as pré-qualificações para os portos de Ennore (Índia) e Guaymas (México);
e finalmente, já em 2009, a entrada na concessão do porto de La Paíta (Peru).
As matérias relacionadas com a sustentabilidade e a responsabilidade social no Grupo
Mota-Engil continuaram no centro das nossas preocupações.
Com os olhos postos na sociedade e nos
seus problemas, o Grupo Mota-Engil procura exercer uma cidadania empresarial
activa, envolvendo-se com a comunidade
e procurando estar na primeira linha do
apoio ao seu desenvolvimento integrado e
sustentado.
Pela sua dimensão e diversidade, o Grupo
Mota-Engil mantém um extenso e complexo
conjunto de relações com múltiplas pes­
soas e entidades, a quem deve muito do
seu sucesso e que são por isso credoras do
nosso apreço.
Desejo assim, por último, manifestar o nosso reconhecido agradecimento a todos os
Colaboradores, Accionistas, Clientes, Fornecedores, Entidades Financeiras e demais
parceiros que connosco ajudam a construir o Grupo Mota-Engil há mais de seis
décadas.
No capítulo da valorização do capital humano, que encontra no plano “Ambição 2013”
um dos seus eixos estratégicos fundamentais, realce-se a criação da Mota-Engil Active
School.
António Mota
Inspirada no modelo de universidade corporativa, visa o desenvolvimento de competências críticas para o sucesso do negócio e
das pessoas, potenciando o conhecimento
aprofundado do Grupo, a disseminação da
sua cultura e valores e o reforço das competências de gestão e liderança.
No âmbito do seu Programa de Responsabilidade Social, que procura materializar o
Presidente do Conselho de Administração
Jorge Coelho
Presidente da Comissão Executiva
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
08 09
FUTURO
Olhar para amanhã
com a certeza do caminho a percorrer.
02
Visão e
Estratégia
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
Visão e
Estratégia
A aprovação do plano “Ambição 2013”
constitui um marco fundamental da estratégia do Grupo Mota-Engil para os próximos
anos, assente nos eixos de crescimento,
internacionalização, diversificação e valorização do capital humano.
No sector da construção civil e obras públicas, o Grupo Mota-Engil detém desde há
vários anos uma posição de liderança no
mercado nacional.
Representando cerca de 75% do volume de
negócios do Grupo, esta área de negócio
continua a ser vital para o seu desenvolvimento, em moldes que permitam, por um
lado, consolidar a sua liderança no mercado interno, e, por outro, conferir ao negócio
de Engenharia e Construção progressiva
dimensão e exposição internacionais. Particularmente, em mercados com margens
mais atractivas e com maior potencial de
expansão, viabilizando assim a geração dos
indispensáveis equilíbrios que garantam a
rendibilidade e a sustentabilidade do processo de crescimento.
O aumento expressivo do volume de negócios nos mercados África e América e Europa
Central deixa antever a progressiva concretização deste delineamento estratégico.
À luz do plano estratégico “Ambição 2013”,
o crescimento do negócio Engenharia e
Construção deve ser acompanhado de um
permanente esforço de diversificação para
outras áreas.
A área Ambiente e Serviços tem vindo a dar
passos seguros nesse sentido, aumentando
a sua representatividade no seio do Grupo.
Liderando em Portugal o segmento do mercado privatizado de gestão de resíduos
sólidos urbanos e limpeza urbana, através
do Grupo Suma, reforçou a sua posição no
sector do tratamento de resíduos industriais, procurando assim afirmar-se como
operador global neste domínio.
No sector da água, o Grupo tornou-se
accionista maioritário da sua participada
Indaqua, que detém uma posição privilegiada no mercado concessionado de abastecimento de água e saneamento.
Na área portuária e logística, o Grupo conserva a liderança no sector portuário nacional,
reforçando a sua intervenção na cadeia de
valor logística com a entrada em operação
da Takargo, primeira operadora nacional privada no segmento do transporte ferroviário
de mercadorias.
A constituição da participada Vista Multiservices, em associação com um parceiro
angolano, marca a entrada no mercado
de Angola.
Angola apresenta fortes perspectivas de
crescimento no domínio dos negócios ligados à área ambiental, componente fundamental do processo de desenvolvimento
sócio-económico do país.
No negócio portuário, a área de ambiente e
serviços tem vindo a registar importantes
incursões nos mercados externos, em países como a Índia, o México e o Peru, amplamente carecidos da modernização dessas
infra-estruturas, indispensáveis à sua plena inserção no comércio internacional.
Na área das Concessões de Transportes, o
Grupo reforçou a sua posição em Portugal
através da nova subconcessão do Douro
Interior, mantendo a Aenor a vice-liderança nacional no domínio das concessões
rodoviárias.
Para além da concessão no México, a entrada no mercado brasileiro pela via de uma
concessão obtida no estado de São Paulo através do consórcio participado pela
Ascendi, representa o esforço de internacionalização desta área do Grupo, esperando-se
que o novo veículo societário contribua para
acelerar o seu crescimento à escala global.
Deste modo, partindo da cadeia de valor
do negócio Engenharia e Construção e
potenciando as sinergias geradas no universo das empresas que a compõem, a
Mota-Engil procura afirmar-se como Grupo
Visão e Estratégia
internacional e multi-serviços, em linha com
os objectivos estratégicos delineados.
Em matéria de sustentabilidade, a crise
económica e financeira vivida em 2008 veio
trazer alguns dados novos, reavivando a actualidade de alguns problemas.
A crise financeira originada nos EUA, com reflexos a nível global, e o falhanço dos mecanismos de regulação, abalaram a confiança
dos cidadãos nos negócios e nas empresas,
contribuindo ainda para o aumento do sentimento de insegurança face ao desempenho
da economia e para o agravamento dos problemas sociais em múltiplas latitudes.
A recessão das economias nacionais contribuiu também para avivar os receios de
proteccionismo, diminuindo os fluxos do
comércio internacional e travando a marcha
da globalização.
Estas circunstâncias vieram tornar mais evidente a necessidade de um maior intervencionismo no plano regulatório e o reforço do
papel dos Governos no funcionamento das
economias.
As empresas, por seu turno, vêem-se confrontadas com uma gestão mais atenta do
risco e um maior envolvimento com a generalidade das suas partes interessadas,
elemento vital para o restabelecimento da
confiança enquanto veículo propulsor da
geração de um clima favorável aos negócios.
A racionalidade da gestão, assente em critérios puramente financeiros e econométricos,
é ainda desafiada pela necessidade das empresas em permanecerem mais concentradas
nos elementos emotivos e comportamentais
próprios do factor humano e na preservação
das suas competências fundamentais.
A valorização do capital humano, depositário das competências essenciais das empresas, a geração de um ambiente propício
à colaboração e ao esforço partilhados, a
libertação do potencial de criatividade e
aperfeiçoamento contínuos das pessoas,
o reforço das políticas de investigação,
10
11
desenvolvimento e inovação (IDI), constituem penhor seguro da preservação dessas competências e o pilar fundamental de
qualquer estratégia de obtenção de vantagem competitiva sustentável.
Reclama-se ainda da parte das empresas
um esforço acrescido de adaptação, perante um cenário de permanente incerteza.
Os movimentos de capital, de conhecimento e de talento, suportados pelas modernas
tecnologias de informação e comunicação,
reforçam a interconectividade e a interdependência à escala global e representam
igualmente um enorme estímulo ao aumento
da produtividade dos agentes económicos.
A produtividade é pois, ainda e sempre,
um elemento decisivo do desempenho das
empresas e da economia no seu conjunto e
incontornável factor de competitividade no
mundo globalizado.
Por outro lado, mantêm-se ou acentuam-se
mesmo algumas linhas de tendência que se
vêm esboçando no plano geral.
A economia mundial tem vindo a sofrer importantes mutações que a recente crise tornou mais claras.
Os países emergentes, apesar do relativo
abrandamento das suas economias, conseguiram manter trajectória de crescimento,
denotando assim uma maior resistência ao
ciclo recessivo que afectou de forma mais
gravosa os países desenvolvidos.
Tal demonstra uma menor dependência das
suas economias face às tradicionais alavancas do crescimento (EUA, União Europeia e
Japão), a que se associa um aumento continuado dos fluxos económicos e comerciais
dos países emergentes entre si.
Além disso, a competitividade das economias emergentes, com uma vocação exportadora e fortemente radicada no binómio
fraca qualidade/baixo custo, tem vindo a alterar-se nos seus pressupostos tradicionais.
Ganhos contínuos de produtividade e um
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
posicionamento num patamar mais elevado
na cadeia de valor, conjugados com elevados níveis de poupança interna, têm permitido aos países emergentes o reforço da sua
competitividade e favorecido a acumulação
de capital para investimento.
O crescimento tem vindo ainda a ser propulsionado pelo aumento progressivo do consumo interno nas economias emergentes,
aumentando assim a quota-parte da sua
participação no consumo mundial.
O centro de gravidade da economia mundial
está pois em deslocação.
Os grandes desafios da sustentabilidade
permanecem em aberto.
No plano ambiental, as alterações climáticas e em particular o aquecimento global
continuam na ordem do dia.
As perspectivas de um acordo pós-Quioto
encontram-se rodeadas de incertezas, temendo-se que as medidas necessárias para
enfrentar seriamente o problema das alterações climáticas não sejam adoptadas com a
profundidade desejada.
A gestão sustentável da água encontrase ameaçada, agravando-se as situações
de stress hídrico em múltiplas regiões do
globo.
Em 2030, prevê-se que 85% da população
mundial habite em locais onde a procura excederá a oferta dos recursos hídricos disponíveis, o que por si só diz bem a seriedade
do problema.
A produção e o consumo de energia têm
vindo a aumentar de forma continuada,
contribuindo para o aquecimento global e
fazendo perigar o crescimento económico
pela previsível escassez da sua oferta futura, mau grado os investimentos dos sistemas electroprodutores no reforço da sua
capacidade e na provisão de tecnologias
mais limpas.
A pressão sobre a produção e consumo de
matérias-primas mantém-se a níveis elevados, a par da degradação de múltiplos
ecossistemas, essenciais à preservação da
biodiversidade e dos equilíbrios ambientais
fundamentais.
No plano social, a pobreza extrema e a fome
afectam ainda uma percentagem significativa da população mundial.
Subsistem assimetrias significativas na distribuição dos rendimentos e as populações
dos países em vias de desenvolvimento
debatem-se com enormes dificuldades no
acesso à educação básica e aos cuidados
de saúde primários, apresentando índices
elevados de mortalidade materna e infantil
e de proliferação da Sida, malária, tuberculose e outras doenças.
Os Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) permanecem ainda longe da sua
plena consecução.
Face aos desafios do mundo actual, o papel
das empresas em prol da sustentabilidade
reveste-se da maior importância na sua tripla dimensão económica, social e ambiental.
O Grupo Mota-Engil, pelos impactos gerados pela sua actividade aos mais diversos
níveis, tem plena consciência das suas
responsabilidades.
A eco-eficiência na utilização dos recursos
e a preservação do ambiente constituem
eixos fundamentais da estratégia e política
de sustentabilidade do Grupo.
A gestão da água, da energia, a redução da
utilização de materiais o seu reaproveitamento e reciclagem, são metas prioritárias.
A adopção dos princípios da construção
sustentável, o permanente esforço de inovação na busca de soluções económica e
ambientalmente mais eficientes, a gestão
dos resíduos de construção e demolição e
a incorporação de materiais reutilizados
ou reciclados na construção de infra-estruturas rodoviárias, constituem soluções
Visão e Estratégia
e abordagens onde o Grupo tem vindo a investir fortemente.
Na área de Ambiente e Serviços, são particularmente expressivos os esforços no domínio da educação e sensibilização ambiental
junto das populações servidas pela Suma,
no sector dos resíduos e limpeza urbana.
A Suma presta ainda particular atenção à
optimização dos consumos energéticos,
modernização e inovação ao nível dos
equipamentos e processos de trabalho e
à utilização racional da água, elementos
fundamentais da gestão sustentável das
operações.
No plano social interno, o Grupo tem-se
mostrado particularmente atento à valorização do seu capital humano.
Actuando em sectores marcados por níveis
elevados de precariedade e rotatividade
laboral e onde predominam baixos níveis
de qualificação profissional, o Grupo tem
vindo a procurar inverter esta realidade.
A criação da Active School e o crescimento
das acções de formação ministradas são
exemplo da aposta decisiva na valorização
dos seus recursos humanos.
O apoio ao desenvolvimento social, educativo, cultural e ambiental das comunidades
onde se insere, constitui um eixo prioritário
da estratégia de responsabilidade social do
Grupo.
O ano de 2008 fica indelevelmente marcado
pela criação da marca “Mota-Engil Solidária” e um por reforço muito expressivo dos
projectos e iniciativas apoiados pelo Grupo,
actuando em benefício das mais diversas
causas de relevante interesse social.
Num ano particularmente difícil, a Mota-Engil procurou estar atenta às necessidades
das pessoas, apoiando um conjunto muito
vasto de organizações do terceiro sector,
pelo seu relevantíssimo papel na mitigação
dos problemas sociais.
A criação da Fundação Manuel António da
12
13
Mota, prevista para 2009, e o alargamento
territorial do seu programa de responsabilidade social aos países africanos onde o
Grupo está presente, permitirão nos anos
que se seguem consolidar este desígnio
estratégico.
Honrando assim o compromisso do Grupo
com uma gestão ética, social e ambientalmente responsável, na construção de um
mundo mais sustentável.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
ÂMBITO DO RELATÓRIO
SUSTENTABILIDADE
Crescer de forma
sustentável. Mais do
que um sonho, uma
realidade.
14
03
ÂMBITO
DO RELATÓRIO
15
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
3.1
PERFIL DO
RELATÓRIO
O Grupo Mota-Engil, através da sociedade
holding Mota-Engil SGPS, SA, Sociedade
Aberta, publica o seu Relatório de Sustentabilidade de 2008.
Na sequência dos compromissos anteriormente assumidos no Relatório de Sustentabilidade de 2006, o Grupo Mota-Engil
procede à reedição deste documento, com
periodicidade anual, comunicando e dando
a conhecer às partes interessadas o seu desempenho em matéria de sustentabilidade.
A comunicação do desempenho nos domínios social e ambiental, para além da sua
dimensão económica aprofundadamente desenvolvida no Relatório e Contas de
2008, constitui um elemento fundamental
da estratégia de sustentabilidade do Grupo.
Na linha do que tem sido prática em múltiplas empresas e organizações de referência
nos planos nacional e internacional, este
Relatório foi concebido de acordo com as
Directrizes “Global Reporting Initiative”
(GRI versão 3.0) para elaboração de Relatórios de Sustentabilidade.
O Relatório de Sustentabilidade 2008, publicado em língua portuguesa e inglesa, encontra-se disponível em formato digital, podendo ser consultado no endereço de Internet
do Grupo Mota-Engil em www.mota-engil.pt.
No quadro de abertura e diálogo permanente e sistemático com as suas partes interessadas, internas e externas, o Grupo MotaEngil acolhe favoravelmente os pedidos de
esclarecimento, comentários ou sugestões
que lhe sejam transmitidos.
O diálogo assim estabelecido é um instrumento fundamental de auscultação e de
integração das preocupações e propostas
das partes interessadas, nomeadamente
clientes, fornecedores, investidores, entidades públicas, organizações não-governamentais, entre outras, e onde se inclui, de
forma privilegiada, o universo dos colaboradores do Grupo Mota-Engil no plano mais
vasto de uma eficaz política de comunicação interna activa e participativa.
Os assuntos relativos a este Relatório e à
sustentabilidade em geral podem ser colocados à Direcção de Responsabilidade Social,
Corporativa e Sustentabilidade do Grupo
Mota-Engil através dos seguintes contactos:
Mota-Engil, SGPS, SA, Sociedade Aberta
Direcção de Responsabilidade Social,
Corporativa e Sustentabilidade
Endereço
Rua Rego Lameiro, nº 38
4300-454 Porto
Portugal
Telefone
+351 220 914 454
Correio electrónico
[email protected]
Fax
+351 220 914 291
No final do Relatório e como seu Anexo,
encontra-se um formulário, denominado
“Feedback de partes interessadas”, que poderá revelar-se muito útil na apreciação dos
vários aspectos do Relatório e, na óptica da
entidade relatora, de grande importância no
seu aperfeiçoamento em futuras edições.
ÂMBITO DO RELATÓRIO
3.2
Objectivos
e Limites do
Relatório
No seu processo de desenvolvimento estratégico, assente no crescimento, internacionalização e diversificação, o Grupo Mota-Engil
agrega hoje um conjunto muito diversificado
de negócios, afirmando-se de forma crescente como Grupo empresarial de base portuguesa num contexto multinacional.
O carácter multi-sectorial das actividades
do Grupo Mota-Engil, englobando as áreas
de Engenharia e Construção, Ambiente e
Serviços e Concessões de Transportes e a
sua presença em contextos geográficos diversos, operando em 19 países de três continentes, torna a identificação dos aspectos
da sustentabilidade materialmente relevantes uma tarefa de elevado grau de complexidade e exigência.
A estratégia de sustentabilidade do Grupo
encontra-se suportada organicamente na
sua Direcção de Responsabilidade Social,
Corporativa e Sustentabilidade, directamente dependente da Comissão Executiva
da Holding, e no seu Conselho Coordenador
para a Sustentabilidade (CCS), englobando
membros de várias áreas funcionais e unidades de negócio.
Este modelo de gestão visa favorecer a difusão transversal da estratégia de sustentabilidade a toda a organização, tornar claro o compromisso do Grupo e permitir uma
ligação eficaz às áreas e unidades de negócio, responsáveis no plano operacional
pela condução das actividades e execução
dos objectivos decorrentes da estratégia de
sustentabilidade do Grupo.
Assim, a concepção da sua estratégia de
sustentabilidade, bem como a determinação
das questões prioritárias e a identificação
das principais partes interessadas para efeitos da execução da política de sustentabilidade e elaboração do Relatório, obedeceu,
à semelhança dos anos anteriores, a um
processo de auscultação interno promovido
junto dos principais responsáveis das subholdings e unidades de negócio do Grupo,
com particular ênfase nas que são objecto
de relato mais detalhado neste documento,
daí resultando um consenso alargado e um
16
17
conjunto de múltiplas contribuições indispensáveis à elaboração do Relatório.
A determinação dos aspectos materialmente relevantes constitui uma fase incontornável na correcta utilização das Directrizes
adoptadas e pressuposto essencial do cumprimento do plano estratégico e das actividades dele dependentes.
O quadro de Indicadores estabelecido pelas Directrizes de relato adoptadas deve,
por sua vez, reflectir e ser o natural corolário dos objectivos traçados e dos planos de
actuação conducentes à sua concretização,
tendo por base os tópicos prioritários da
sustentabilidade considerados materialmente relevantes.
A resposta aos Indicadores, enquanto barómetro por excelência de aferição do desempenho, não deve pois ser vista como acto
isolado, mas antes como parte integrante
da arquitectura de gestão do Grupo, em geral, e do seu modelo de gestão da sustentabilidade, em especial, ganhando particular
relevo o papel dos sistemas de informação.
Os sistemas de recolha, tratamento e difusão da informação que suportam o modelo
e os processos de gestão e de tomada de
decisão encontram-se particularmente desenvolvidos no âmbito da Mota-Engil Engenharia e SUMA, razão pela qual, a exemplo
dos relatos anteriores, são estas as únicas
entidades do universo do Grupo a fornecer
e divulgar Indicadores de acordo com o referencial adoptado.
Tais entidades figuram, porém, entre as
mais relevantes no que toca à dimensão e
presença no mercado, permitindo assim
que este Relatório possa ter, apesar das limitações ora enunciadas, um considerável
grau de representatividade do todo.
Mantém-se o propósito da entidade relatora
em expandir o quadro de Indicadores às demais entidades do Grupo e às suas operações
nos mercados internacionais, faseadamente
e alargando assim o perímetro de abrangência do Relatório de Sustentabilidade.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
Pretende-se ainda, numa segunda fase,
integrar nos sistemas de informação novos Indicadores que reflictam com maior
propriedade as especificidades de cada
área e unidade de negócio face aos desafios da sustentabilidade, de forma a servir
mais eficazmente o processo interno de
melhoria contínua e a tornar mais clara e
perceptível a sua comparabilidade com organizações congéneres, obedecendo a uma
lógica de “benchmarking” sectorial com
evidentes benefícios para a avaliação da
entidade relatora pelo conjunto das partes
interessadas.
As técnicas de recolha e tratamento da informação e os métodos de cálculo relevantes
para a produção e difusão dos Indicadores
são disponibilizados nos locais próprios e,
sendo caso disso, evidenciadas as alterações a declarações prestadas no Relatório
anterior e sua fundamentação, mormente as
que possam surgir de quaisquer processos
de fusão, aquisição ou operações análogas.
Atentas as circunstâncias referidas, o Relatório de Sustentabilidade de 2008 abrangerá, no que respeita à divulgação de Indicadores, as seguintes entidades:
Área de Negócio – Engenharia e Construção
Unidade de Negócio – Mota-Engil
Engenharia e Construção, SA
Perímetro geográfico – Actividade
em Portugal
Área de Negócio – Ambiente e Serviços
Unidade de Negócio – SUMA, Serviços
Urbanos e Meio Ambiente, SA
Perímetro geográfico – Actividade
em Portugal
Em múltiplas ocasiões ao longo do presente Relatório e em consonância com a forma
como geralmente são apresentadas na generalidade dos demais suportes de comunicação do Grupo, a referência a estas entidades constará sob a designação abreviada
de “Mota-Engil Engenharia” e “SUMA”.
As designações “Mota-Engil Engenharia” e
“SUMA” devem ser assim entendidas como
englobando os negócios e actividades na
dependência da Mota-Engil Engenharia e
Construção, SA (Holding para a área de
negócios de Engenharia e Construção) e
SUMA, Serviços Urbanos e Meio Ambiente,
SA (Holding da área de negócios de Ambiente e Serviços para os negócios e actividades
no sector dos Resíduos).
Tendo em conta as limitações específicas
decorrentes da informação disponível, nalguns casos, ou a sua dimensão relativa, nos
demais, as áreas e unidades de negócio do
Grupo que não fornecem Indicadores serão
objecto de uma abordagem de gestão mais
restrita, procurando-se sobretudo dar uma
visão global do Grupo na sua diversidade,
aprofundando face ao conjunto das suas
actividades, geográfica e materialmente
dispersas, os aspectos com maior relevância no domínio da sustentabilidade.
No que toca à presença em “joint ventures”
ou actividades em regime de “outsourcing”,
estas não serão objecto de relato.
ÂMBITO DO RELATÓRIO
3.3
ÍNDICE GRI
3.4
AUTO-DECLARAÇÃO
18
19
O Capítulo 9, sob a designação “Índice
GRI”, contém o quadro ordenado dos Indicadores GRI 3.0, indicando a sua localização no Relatório.
O Grupo Mota-Engil auto-declara o nível C
de adopção das Directrizes GRI 3.0.
A verificação externa por entidade independente do Relatório de Sustentabilidade
constitui um objectivo a ser concretizado logo que se mostre oportuno e
se encontrem reunidas as indispensáveis condições.
Relatório Níveis de Aplicação c
CONSOLIDADO DO RELATÓRIO
Perfil da G3
Responder aos itens: 1.1;2.1 a 2.10; 3.1 a 3.8; 3.10
a 3.12; 4.1 a 4.4; 4.14 a 4.15
Informações sobre a forma de Gestão da G3
Não exigido
Indicadores de Desempenho da G3 & Indicadores de Suplemento Sectorial
Responder a um mínimo de 10 Indicadores de Desempenho, incluindo pelo menos um de cada
uma das seguintes áreas de desempenho: social, económico e ambiental
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
20 21
DIVERSIDADE
Transpor fronteiras e
barreiras para chegar
sempre mais longe.
04
Apresentação
e Perfil
do Grupo
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
4.1
BREVE
SINOPSE
HISTÓRICA
A Mota & Companhia e a Engil foram fundadas, respectivamente, nos anos de 1946
e 1952.
Ao longo de várias décadas, as duas empresas consolidaram progressivamente a sua
posição no mercado da construção civil e
obras públicas.
Em 1975, a Mota & Companhia iniciou, a
partir de Angola, o seu processo de internacionalização, relançando, um ano mais
tarde, a sua actividade em Portugal.
A empreitada de regularização do Baixo
Mondego adjudicada à época constitui um
importante marco na história da empresa,
simbolizando o início da sua progressiva
afirmação como empresa de referência no
domínio das obras públicas em Portugal.
Em 1978, a Engil dá início, por seu turno, ao
processo de internacionalização das suas
actividades.
Em 1980, a Mota & Companhia, em parceria
com o estado angolano, cria a empresa de
Construção de Terraplenagens Paviterra,
UEM, expandindo assim as suas operações
em Angola, num território onde marcara presença ininterrupta desde a sua fundação.
Em 1984, a Mota & Companhia executa o lanço do IP 5 Albergaria-Viseu, obra pública que
se viria a tornar decisiva e emblemática para
a infra-estruturação da rede viária do país.
O mesmo aconteceria com a Engil, em 1987,
ao associar o seu nome a uma importante
obra pública nacional com a construção da
barragem do Alto Lindoso, de enorme relevância para a modernização e reforço do
sistema electroprodutor nacional.
Igualmente em 1987, a Mota & Companhia
passa a sociedade anónima, após o que viria a dispersar 12% do seu capital pelo público e a solicitar a sua admissão à Bolsa de
Valores portuguesa.
No mesmo ano, é constituída a sociedade
holding Engil SGPS.
Em 1990, a Mota & Companhia inicia o processo de diversificação das suas actividades em sectores directa ou indirectamente
relacionados com a construção ou dela
complementares.
A aposta no sector das concessões de transportes conheceria um momento marcante
em 1994, com a criação da Lusoponte, que
viria a tornar-se a sociedade concessionária
das travessias rodoviárias do Tejo a jusante
de Vila Franca de Xira e que compreendem a
Ponte 25 de Abril e a Ponte Vasco da Gama.
A constituição da Serurb, em 1992, pela Engil e da SUMA, em 1994, por parte da Mota
& Companhia, traduzem a entrada das duas
empresas nos negócios ambientais, num
contexto de progressiva diversificação que
viria a conhecer novos desenvolvimentos
até ao presente.
Apresentação e Perfil do Grupo
1999/2000 – Fundação do Grupo Mota-Engil
4.2
MARCOS
HISTÓRICOS
RECENTES
A 23 de Julho de 1999, empresas do universo da família Mota, detentora maioritária
do capital social da Mota & Companhia, lançam uma Oferta Pública de Aquisição (OPA)
sobre a totalidade do capital social da Engil
SGPS, de que resultou, no decorrer do ano
2000, a constituição do Grupo Mota-Engil.
2002/2003 – Reestruturação do Grupo
Mota-Engil
A fusão das empresas Mota & Companhia,
SA, Engil, SA e Mota-Engil Internacional, dá
origem à criação da maior empresa portuguesa do sector da construção civil e obras
públicas.
Através do aprofundamento então empreendido da estratégia de diversificação do
Grupo, com especial ênfase nas áreas de
Concessões de Transportes e Ambiente e
Serviços, o Grupo Mota-Engil passa a agregar quatro áreas de negócio distintas:
·
·
·
·
Mota-Engil Engenharia e Construção
Mota-Engil Ambiente e Serviços
MEITS — Mota-Engil Imobiliária e Turismo
Mota-Engil Concessões de Transportes
22 23
empresas STL e Util, largando o seu âmbito
geográfico de actuação e consolidando a
sua liderança em Portugal no sector da limpeza urbana e recolha de resíduos sólidos
urbanos (RSU).
2004 – Posicionamento internacional
do Grupo
Com a fusão por incorporação na Mota-Engil
Engenharia e Construção de diversas empresas associadas e participadas já detidas pelo Grupo, consolidam-se as sinergias na área da construção em território
nacional, assistindo-se ainda ao reforço
da actividade e ao crescimento da carteira de encomendas no Leste europeu, em
particular na Polónia, através da fusão
de duas associadas do Grupo neste país,
que deu origem à constituição da MotaEngil Polska.
2005 – Euronext Lisboa – Entrada no PSI 20
O Grupo Mota-Engil passa a integrar o PSI
20, sendo a única empresa do sector da
engenharia e construção a ser cotada no
principal índice do mercado accionista da
Euronext Lisboa.
2006 – Acordo TERTIR
Paralelamente, é criada a MESP – Mota-Engil
Serviços Partilhados Administrativos e de
Gestão, visando apoiar transversalmente o
universo das unidades de negócio do Grupo, prestando um conjunto de serviços especializados (administrativos, financeiros,
recursos humanos, entre outros).
O Grupo Mota-Engil estabelece um acordo
para a aquisição da TERTIR, Terminais de
Portugal, SA, visando reforçar de forma
muito significativa a sua presença no sector
das operações portuárias, após a aquisição, em 2005, de participações no capital
das empresas Sadoport e Tersado.
2003 – Engenharia e Construção
2007
O Grupo Mota-Engil adquire a CPTP, Companhia Portuguesa de Trabalhos Portuários,
expandindo e reforçando a sua presença na
área específica das obras marítimas e portuárias, tirando partido da larga experiência desta empresa no sector.
2003 – Ambiente e Serviços
Após a incorporação da Serurb na SUMA,
em 2001, esta última passou a integrar as
OPERAÇÕES PORTUÁRIAS
O Grupo Mota-Engil conclui a aquisição da
TERTIR, garantindo o controlo sobre a totalidade do capital desta empresa.
Reforço da posição nos terminais portuários de Lisboa, através da aquisição pelo
Grupo da Multiterminal, SA, sociedade que
detém 50% da Sotagus e 31,25% da Liscont.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
CONCESSÕES DE TRANSPORTES
Assinatura do contrato da concessão denominada “Grande Lisboa”, em Portugal
e adjudicação de uma concessão de auto-estrada no México em regime de concepção, construção e manutenção, marcando
assim a entrada neste país centro-americano através desta área de negócios.
Celebração de acordo estratégico entre o
Grupo Mota-Engil e o Grupo Banco Espírito
Santo, através da criação de um veículo societário próprio (ASCENDI), com o objectivo
de desenvolver em conjunto as suas actividades na área das concessões de infra-estruturas de transportes.
MARTIFER
Oferta Pública de Subscrição (OPS) de acções da participada do Grupo para o sector
da indústria e energia, Martifer, SGPS, SA,
num total de 25% do seu capital social e
subsequente admissão à cotação na Euronext Lisboa.
Na sequência de uma Oferta Pública de
Aquisição (OPA) lançada pela Martifer e
pela empresa indiana Suzlon, estas passam
a controlar 86,5% do capital da empresa
alemã Repower Systems AG.
Paralelamente, o Agrupamento Ventinvest,
participado em 33% pela Martifer, obteve,
num concurso lançado pelo Estado português, uma licença para a exploração de
parques eólicos com uma capacidade de
produção de energia de 400 MW.
2008
AMBIENTE E SERVIÇOS
A Mota-Engil Ambiente & Serviços e o Grupo Privado do Atlântico estabeleceram parceria para o mercado de Angola, tendo por
objecto os segmentos de actuação desta
sub-holding.
O Grupo Mota-Engil, através da Mota-Engil
Ambiente & Serviços, SGPS, SA, reforçou a
sua posição accionista passando a deter o
controlo da Indaqua, com 50,06% do seu
capital social.
A Takargo, participada do Grupo Mota-Engil, e a Comsa Rail Transport estabeleceram
um acordo de colaboração para o desenvolvimento de operações ferroviárias de mercadorias na Península Ibérica.
O Grupo Mota-Engil anuncia a participação,
em consórcio, no projecto de remodelação
do porto de La Guaira na Venezuela.
O Grupo Mota-Engil assina um Memorando de Entendimento com o Governo
do Malawi para diversos projectos, com
destaque para a reabilitação do porto de
Nsanje e desenvolvimento de duas centrais
hidroeléctricas.
CONCESSÕES DE TRANSPORTES
A Mota-Engil anunciou a formalização da
parceria com a ES Concessões, dando origem à constituição da Ascendi.
Os activos sob gestão das duas concessionárias representam mais de 1.200 km de
auto-estradas e vias rápidas concessionadas, dos quais mais de 1.100 em exploração.
Num universo de 14 concessionárias, a Ascendi passa a deter projectos em desenvolvimento em nove países e actividade sustentada em três países (Portugal, Espanha
e México), para além de um plano de investimentos de 500 milhões de euros.
A Mota-Engil adquiriu 24,19% da Lusoponte, passando, após a efectivação da
compra, a ser o maior accionista (38,02%)
da empresa que detém a concessão das
duas travessias sobre o rio Tejo até Março
de 2030.
A Mota-Engil anuncia a liderança do consórcio da Alta Velocidade para participação nos
diversos concursos lançados ou a lançar pelo
Estado Português para o estabelecimento
das parcerias público-privadas na área das
linhas ferroviárias de alta velocidade.
Apresentação e Perfil do Grupo
24 25
4.3
PERFIL
DO GRUPO
MOTA-ENGIL
4.3.1
ORGANIZAÇÃO RELATORA
4.3.2
NATUREZA DA PROPRIEDADE E FORMA LEGAL
Mota-Engil SGPS, S.A., Sociedade Aberta
O Grupo Mota-Engil é uma sociedade
anónima por acções que tem por objecto a gestão de participações sociais sob
a forma de uma holding com a denominação social “Mota-Engil, SGPS, SA,
Sociedade Aberta”. O capital social da
Mota-Engil, SGPS, SA, Sociedade Aberta
é de € 204.635.695, representado por
204.635.695 acções ordinárias com valor
nominal de € 1 cada.
Denominação social
Área de Negócio
· Mota-Engil Engenharia e Construção, SA
· Mota-Engil Concessões de Transportes, SA
· Mota-Engil Ambiente e Serviços, SA
4.3.3
LOCALIZAÇÃO DA SEDE E CONTACTOS
A sociedade holding detém sob o seu
controlo três sub-holdings, correspondendo às seguintes Áreas de Negócio:
· Engenharia e Construção
· Ambiente e Serviços
· Concessões de Transportes
A Mota-Engil SGPS, SA, Sociedade Aberta tem a sua sede em Portugal, na cidade
do Porto.
Endereço
Rua Rego Lameiro, nº 38
4300-454 Porto
Portugal
Website
www.mota-engil.pt
Telefone
+351 225 190 300
Endereços electrónicos institucionais
disponíveis no website
Fax
+351 225 190 303
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
4.3.4
MARCAS PRINCIPAIS,
PRODUTOS E SERVIÇOS
INDICADORES FINANCEIROS · Volume de Negócios do Grupo/2008
€ 1,87 mil milhões
· Resultado Líquido do Grupo/2008 € 30,6 milhões
· Carteira de Encomendas do Grupo/2008
€ 2,6 mil milhões
· Volume de Negócios por Segmento Península Ibérica: 59%
Geográfico/2008
O Grupo Mota-Engil compreende três grandes Áreas de Negócio:
- Engenharia e Construção
- Ambiente e Serviços
- Concessões de Transportes
As actividades no sector da Indústria e
Energia são desenvolvidas através da sua
participada Martifer SGPS.
Engenharia e Construção
A Engenharia e Construção é a maior Área
de Negócios do Grupo, representando cerca
de 79% do total das suas vendas e prestação de serviços.
Ao longo dos seus mais de 60 anos de existência, o Grupo tem sido responsável pela
realização de grandes obras e projectos,
entre os quais pontes e barragens, estradas
e vias rápidas, ferrovias, portos e aeroportos, canais e túneis, bem como outras infra-estruturas nas áreas do ambiente, saúde,
comércio e indústria.
Europa Central: 18%
África & América: 23%
Ambiente e Serviços
No quadro das suas linhas de desenvolvimento estratégico assentes no crescimento, internacionalização e diversificação das
suas actividades, as áreas do Ambiente e a
prestação de um conjunto de Serviços Especializados traduzem uma aposta determinante desse esforço de diversificação.
No sector Ambiental, avultam as áreas
dos Resíduos e Água, uma presença forte
no segmento das operações de Logística
Integrada e Gestão Portuária, para além
de uma componente de Multisserviços, de
que se destacam a Manutenção Industrial
e de Edifícios; a concepção, construção e
manutenção de Espaços Verdes; Marketing Directo; e operações de Mercados
Electrónicos.
No sector dos Resíduos, a SUMA é líder em
Portugal do segmento privatizado, encontrando-se em fase de expansão para outros
mercados, em particular o mercado angolano, onde já se encontra a operar.
Esta Área de Negócios desenvolve todas as
valências especializadas no âmbito da engenharia e construção, tirando partido de uma
longa experiência acumulada; do contínuo
aperfeiçoamento dos seus sistemas de gestão; de uma proposta de valor assente em
elevados padrões de produtividade, melhoria
contínua, criatividade e partilha do conhecimento; e na excelência do seu capital humano.
O ano de 2008 marca ainda a incursão desta área de negócio no transporte ferroviário de mercadorias, através da participada
Takargo, primeiro operador privado português neste segmento.
A Mota-Engil Engenharia é líder de mercado
em Portugal e está presente em 19 países
de três continentes. Registou em 2008 um
crescimento de 40% no seu volume de negócios face a 2007.
Concessões de Transportes
As Concessões de Transportes constituem
uma área de vital importância estratégica
para o Grupo.
Esta Área de Negócios representou em
2008 cerca de 15% do volume de negócios
do Grupo.
Apresentação e Perfil do Grupo
A Mota-Engil Concessões de Transportes,
SA através da sua participada AENOR – Auto-Estradas do Norte, SA de que é a principal accionista, gere um conjunto de concessões de mais de 1.100 km de auto-estradas
e vias rápidas.
Esta Área de Negócios inclui ainda concessões no domínio das ferrovias, pontes e metropolitano, através de outras sociedades
em que participa.
A AENOR é a segunda maior concessionária
de auto-estradas em Portugal.
Na sequência do acordo estratégico firmado
entre o Grupo Mota-Engil e o Grupo Banco
Espírito Santo com o objectivo de desenvolverem em conjunto as suas actividades na
área das concessões das infra-estruturas
de transportes, foi constituído, no final de
2007, um veículo societário (Ascendi) que
agregará todas as participações sociais em
sociedades concessionárias de infra-estruturas de transportes de ambos os Grupos.
Além de Portugal, a nova sociedade detém
concessões em Espanha e, mais recentemente, no Brasil.
A área de Concessões de Transportes representou cerca de 6% do volume de negócios
do Grupo.
MARTIFER - Indústria e Energia
O Grupo Mota-Engil marca presença nesta
Área de Negócios através da sua participada Martifer SGPS.
Mantém com a Martifer uma parceria estratégica, detendo uma participação de 37,5%
do seu capital social.
A Martifer SGPS foi objecto, em 2007, de uma
Oferta Pública de Subscrição (OPS), através
de um aumento do seu capital social, tendo
posteriormente as suas acções sido admitidas à negociação na Euronext Lisboa.
A Martifer SGPS desenvolve a sua actividade nos sectores da construção de
26 27
estruturas metálicas (sendo líder ibérico
e uma das mais importantes empresas europeias neste segmento), fornecimento de
equipamentos para energia, geração eléctrica e agricultura e biocombustíveis.
Com uma aposta estratégica em áreas de
negócio em franca expansão, a Martifer
SGPS tem registado um fortíssimo crescimento nos últimos anos, alargando o seu
portefólio de negócios a vários países.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
GRUPO MOTA-ENGIL
ORGANOGRAMA SOCIETÁRIO - PRINCIPAIS ENTIDADES
100%
100%
Largo do Paço
100%
RTA
9.5%
Vortal
35.78%
32.64%
Tertir
100%
Beiratir
10%
v)
28%
50%
EMSA
Operport
Parquegil
STM Term Moçambique
GT SGPS
85%
GT Invest Moçambique
38%
TCL
Vibeiras
Transnáutica
Moçambique
3.4%
40%
Rica
50%
Tratofoz
60%
Proempar
Transter (Guiné Bissau)
51.7%
Lokemark
SLPP
E. Agrícola e Florestal
Iberfibran
100%
Real Verde
49%
Timoz
100%
50%
Ecodetra
Transitiber
Resigés
70%
Rentaco
33%
Takargo
TMB
q)
25%
i)
33%
Tersado
Sedengil
50%
Crespo (Esp)
InvestAmbiente
100%
100%
ME Srodowisko Polónia
80%
Ekosrodowisko Polónia
Triu SA
Tradelsu (Esp)
Relevante Função
Grossiman (Esp)
100%
70%
Enviroil
SIGA
80%
Correia&Correia
n)
100%
20%
70.17%
Nortedómus
Corgimobil
50%
70%
Glan Agua Irlanda
10%
VBT
ak)
Tipsa
11%
Ambibatalha
70%
ME - Irlanda Services
100%
aj)
Tratoser
100%
ag)
50%
50%
73.9%
SRI
100%
Nova Beira
52%
TERTIR SGPS
100%
CPTP
95%
Sadoport
Transitex
LOGZ
Soprocil
Novaflex
90%
35%
100%
100%
Lisprojecto
100%
50%
TTRM
85%
42.5%
45%
15%
50%
100%
25%
50%
Liscont
85%
70%
Ambigere
ac)
49%
49%
Ecolezíria
r)
PTT
Multiterminal
100%
Matiprel
60%
31%
Mota-Engil
Pavimentações
30%
Ambilital
b)
100%
Guiport (Guiné Bissau)
Probigalp
100%
Geogranitos
26%
Sotagus
y)
65%
50%
v)
50%
Citrup
ag)
98.99%
Sadomar
85%
Guiflora
SI
100%
60%
Tracevia Angola
SUMA Matosinhos
20%
Sea Road
GT Invest Guiné Bissau
35%
3.5%
Tracevia
e)
97.5%
98%
f)
100.0%
z)
100%
Areagolfe
TEN
20%
Cerâmica de Boialvo
93%
Indaqua Vila do Conde
SUMA Douro
65%
5%
10%
af)
100%
100%
99.86%
Indaqua Matosinhos
SUMA Esposende
66.7%
aa)
0.14%
Indaqua Feira
100%
Almaque
100%
Maprel - Nelas
Indaqua Fafe
Resilei
65%
Norcargas
9%
50%
Manvia
100%
x)
96.3%
RIMA
50%
E.A. Moreira
w)
Qualibetão
99.99%
Indaqua Sto.Tirso
90%
42.5%
0.01%
ERSUC
50%
100%
Hidrocontrato
6.0%
Sealine
100%
BERD
50%
SUMA Porto
100%
100%
Stifa
Indaqua
100.0%
METI
100%
24.79%
50.01%
SUMA
100%
Socarpor Aveiro
p)
95%
61.5%
MEAS II
Socarpor SGPS D/L
75%
Ternor
15%
l)
58.73%
u)
94.14%
Mota-Engil, Ambiente e Serviços
97%
SGA
a)
Agir
g)
Apresentação e Perfil do Grupo
Mota-Engil, SGPS, SA
28 29
t)
100%
Mota-Engil, Serviços
Partilhados
100%
100%
Mota-Engil, Concessões
de Transportes
Mota-Engil, Engenharia e Construção
100%
100%
100%
ME Magyarorszag (Hun)
Engil 4i
22.5%
70%
Obol XI (Hun)
Translei (Peru)
s)
99.9%
69.8%
20%
Mota-Engil Polska
w)
34%
80%
100.0%
Piastowska (Pol)
God Project (Hun)
Auto-Sueco Angola
MI-2 (Pol)
Mota-Engil Slovakia
Kozielska (Pol)
Sefimota (Cze)
100%
55%
70%
80%
50%
70%
Prefal (Angola)
96.7%
Fabritubo
5%
67%
M-Invest Slovakia
2%
Cenários D'ouro
h)
100%
Mota-Engil Florida
50%
5%
50%
80%
7%
Cosamo
Operadora GP
Cardoso, Ribeiro Antero
Metro, Transportes Sul
18%
j)
18%
100%
38%
Mota Viso
95%
Lusoponte
51%
ME São Tomé e Príncipe
100%
Turalgo
Gestiponte
5%
Const. Perote Xalapa
(México)
36.09%
Lusolisboa
Edifício Galiza
30%
Operadora Lusolisboa
Asinter
ae)
50%
60%
Mota-Engil Irlanda
Mota CheongKong
90%
M-Invest Jihlavska (Cze)
99%
100%
ME-Investitii (Rom)
85%
50%
50%
Emocil (Moçambique)
50.5%
Realmota (Cze)
100%
90%
M-Invest Bohdalec
(Cze)
Ferrovias
Ascendi SGPS
Indimo
40%
15%
100%
Ascendi SA
9%
MKC (USA)
AENOR Douro Interior
Mota Maurícias
Operanor Douro Interior
ah)
100%
80%
90%
ai)
100%
Tecnocarril
M-Inv Barrandov (Cze)
Fibreglass (Moçambique)
Inovia
M-Invest Devonska (Cze)
Cimertex & Cª
30%
ad)
80%
M-Invest Trnavska (Svk)
60.0%
36%
Lusoscut GP
87%
50%
M-Invest Mierova (Svk)
7%
Operadora BLA
5%
Emasa
100%
Holdinorte
95%
95%
Moravské (Cze)
80%
Motadomus
50%
M-Invest (Cze)
k)
100%
Icer (Angola)
20%
M-E Kruszywa (Pol)
36%
Lusoscut BLA
Aurimove
30%
7%
Operadora CP
100%
Socibil
100%
80%
Mil e Sessenta
25.5%
55%
50%
100%
50%
Cimertex Angola
100%
36%
Lusoscut CP
Edipainel
Tetenyi (Hun)
7.0%
Operanor
Planinova
Sonauta Angola
100%
80%
100%
Rentaco Angola
ME Real Estate Hungary
Sołtysowska Project (Pol)
100%
100%
97.5%
Metroepszolg (Hun)
Tabella Holding (Hol)
AENOR
Calçadas do Douro
m)
Martifer SGPS
35.1%
MEIT
100%
Jasz Vasut (Hun)
100%
100%
Mota Internacional
37.5%
90%
Gerfer
M-Invest Portugalia (Cze)
Ferrovias Brasil
M-Invest Polska
100%
100%
50%
100%
Hifer (Esp)
50%
Traversofer (Argélia)
Wilenska Project (Pol)
100%
Kordylewskiego Project
(Pol)
Notas:
a) Vortal também detida em 21,88% pela MEEC e 2,53% de Acções Próprias
u) TERTIR também detida em 27,61% pela MEAS e 2,6% pela Liscont
b) Tratofoz também detida em 1% pela SUMA
v) Tracevia Angola também detida em 20% pela Mota-Internacional
e) Indaqua-Feira também detida em 1% pela MEEC
w) Mota-Engil Polska também detida em 30,23% pela M-Invest Polska
f) Cerâmica de Boialvo também detida em 85,04% pela MGP e em 1,71% pela Matiprel
x) GT Inv Int SGPS também detida em 42,5% pela Liscont e 10% pela RL
g) Corgimobil também detida em 25,305% pela MEIT
y) GT Invest Guiné-Bissau também detida em 10% pela Guiport (Guiné-Bissau)
h) Cenários do Douro também detida em 1,5% pela RTA e em 1% pela SGA
z) Indaqua Vila do Conde também detida em 0,8572% pela MEEC
i) Novabeira também detida a 1% pela SUMA
aa) TCL também detida em 20,41% pela TEN
j) Prefal também detida em 20% pela Qualibetão
ab) Eviva Agighiol, Eviva Casimcea e Eviva Nalbant também detidas em 1% pela Agromart Energy
k) ME- Kruszywa também detida em 50% pela MEEC
ac) PTT também detida pela 10% pela Promoquatro, 10% MEAS e 10% MEEC
l) SGA também detida em 0,28% pela MEEC
ad) LusoLisboa detida em 36,09% pela MEEC
m) Translei também detida em 0,10% pela MEEC
ae) Operadora LusoLisboa detida em 7,218% pela MEEC
n) Correia & Correia detêm 20% de Quotas Próprias
af) Indaqua Matosinhos também detida em 1% pela MEEC
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
4.3.5
PRESENÇA
NO MERCADO
O Grupo Mota-Engil, através da sua Área de
Negócios de Engenharia e Construção, está
presente em 19 países de três continentes.
Apresenta-se, em seguida, um conjunto
de indicadores ilustrativos da presença do
Grupo no mercado.
Vendas e prestação de serviços por área de negócio (%)
Engenharia e Construção 79%
Ambiente e Serviços 15% Concessões de transportes 6%
A Área de Negócios de Engenharia e Construção continua a ter um peso expressivo, representando 79% do volume global de ven-
das e serviços prestados, em 2008 - contra
os 75% que representava em 2007.
Vendas e prestação de serviços por mercado geográfico (%)
peninsula ibérica 59%
áfrica e américa 23% europa central 18%
Apresentação e Perfil do Grupo
O volume de vendas e serviços prestados
pela Mota-Engil cresceu em todos os mercados segmentados no gráfico da página anterior. No entanto, esse crescimento foi muito
mais expressivo no mercado de África e América (crescimento de 77%) e na Europa Central (50%) do que na Península Ibérica (25%).
30 31
Tal traduz uma maior dispersão da contribuição de cada uma das áreas geográficas
para as vendas e serviços prestados, não
obstante a Península Ibérica ter contribuído, ainda, em mais de 60% para o volume
de negócios verificado.
Investimento por área de negócio (%)
Engenharia e Construção 43%
Ambiente e Serviços 24% Concessões de transportes 33%
A MOTA-ENGIL aumentou globalmente o seu
investimento líquido em cerca de 36%.
Este acréscimo concentrou-se essencialmente nas Concessões de Transportes (+91%) e
em Ambiente e Serviços (+ 58%).
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
4.3.6
DIMENSÃO
O Grupo Mota-Engil apresenta, em termos
de dimensão, um conjunto de indicadores
relativos aos seus trabalhadores, volume
de vendas e prestação de serviços, investimento, capitalização total e montante
dos activos.
Colaboradores por empresas nacionais, estrangeiras
e sucursais (%)
empresas nacionais 47%
sucursais 31% empresas estrangeiras 22%
Colaboradores por mercados geográficos (%)
peninsula ibérica e irlanda 49%
áfrica e américa 41% europa central 10%
Apresentação e Perfil do Grupo
Em 2008, a maioria dos colaboradores deixou de estar na Península Ibérica, evidenciando a determinação do Grupo em tornar-se um universo empresarial cada vez mais
global. O peso do número de colaboradores
32 33
cresceu no mercado de África e América,
contrariamente aos mercados da Península
Ibérica e Europa Central, onde se registou
um ligeiro decréscimo face a 2007.
Colaboradores por mercados geográficos (n.º)
8636
7250
1881
peninsula ibérica e irlanda áfrica e américa
europa central
Colaboradores por país (nº)
portugal
8391
angola
3931
1547
polónia
malawi
1415
1014
moçambique
perú
827
república checa
167
espanha
126
irlanda
119
roménia
95
hungria
52
eua
40
cabo verde
22
eslováquia
20
méxico
1
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
A Mota-Engil tem 17.767 colaboradores, dos
quais cerca de 47% em Portugal. Os quatro
mercados mais significativos representam
cerca de 86% do seu efectivo.
Vendas e prestação de serviços por área de negócio
(milhões de euros)
2007
2008
engenharia e construção
ambiente e serviços
concessões de transportes
2007
500
1.000
O volume de negócios da Mota-Engil aumentou em cerca 33% em 2008.
Este acréscimo foi fortemente dinamizado
pela área de Engenharia e Construção, que
1.500
2.000
cresceu a um ritmo muito superior (40%)
face às outras áreas de negócio (15% e 11%,
respectivamente, em Ambiente e Serviços e
na Concessão de Transportes).
Investimento por área de negócio
(milhões de euros)
2007
2008
engenharia e construção
ambiente e serviços
concessões de transportes
0
50
100
150
200
250
300
Apresentação e Perfil do Grupo
O esforço de investimento do Grupo mostra-se mais repartido entre as três áreas – em
2007, o investimento líquido de Engenharia
e Construção representava 55% do investimento total, em 2008, reduziu-se para 44%.
Em 2008, as Concessões de Transportes
já representaram 33% do investimento e
34 35
a área de Ambiente e Serviços representou 24% .
Esta alteração evidencia a intenção clara
do Grupo em reforçar o seu esforço de diversificação, aumentando o investimento
em outras Áreas de Negócio para além da
Engenharia e Construção.
Capitais empregues
(milhões de euros)
TOTAL
ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO AMBIENTE E SERVIÇOS
CONCESSÕES DE TRANSPORTES
Endividamento
Capital Próprio
0
500
1000
1.500
O capital empregue pelo Grupo está aplicado maioritariamente (53%) na área das
Concessões de Transportes, evidenciando
o esforço de investimento nesta área.
2.000
2.500
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
4.3.7
ESTRUTURA ACCIONISTA
A identidade dos principais accionistas, a
percentagem de capital detida por estes
e as alterações à estrutura de capitais
ocorridas durante o ano de 2008 podem ser
consultadas a páginas 145 e 151 do Relatório
e Contas Consolidadas da Mota-Engil SGPS,
SA, acessível através do website www.
mota-engil.pt.
Portugal
Espanha
Irlanda
Polónia
República Checa
Cabo Verde
São Tomé e Príncipe
Angola
Malawi
Moçambique
A MOTA-ENGIL NO MUNDO
Eslováquia
Hungria
Roménia
Turquia
Venezuela
Estados Unidos
México
Peru
Brasil
Apresentação e Perfil do Grupo
36 37
4.4
ÁREAS
DE NEGÓCIO
4.4.1
ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO
Introdução
O Grupo Mota-Engil, através da sua Área de
Negócios de Engenharia e Construção, é líder de mercado em Portugal.
A Mota-Engil Engenharia, face ao seu peso
específico no portefólio de negócios do Grupo, detém um papel essencial no seu desenvolvimento empresarial.
Detentora de um conjunto de valências especializadas em todos os segmentos da engenharia e construção, a Mota-Engil Engenharia ambiciona manter a sua liderança em
Portugal, a par do reforço da sua presença
nos mercados internacionais, num quadro
de internacionalização e expansão que lhe
permite já hoje estar presente em 19 países.
A Mota-Engil Engenharia desenvolve as suas
actividades através da sua marca principal
Mota-Engil Engenharia e Construção, SA e
das suas empresas participadas em Portugal
e no estrangeiro.
A Mota-Engil Engenharia e Construção,
SA engloba dois segmentos de actividade
principais que constituem o núcleo central
do negócio de engenharia e construção —
construção de infra-estruturas e edifícios
—, actuando como sub-holding do Grupo
Mota-Engil para toda a área de Engenharia
e Construção.
Compreende, além disso, o negócio imobiliário e um conjunto de valências e segmentos
de especialização que actuam, quer como
suporte às áreas de actividade principais,
quer como negócios autónomos no seu relacionamento com o mercado.
Através do conjunto das suas empresas
participadas, actua igualmente em segmentos de especialização ou em contextos
de mercado específicos.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
INDICADORES FINANCEIROS
Vendas e Prestações de Serviços:
€ 1,5 mil milhões
Carteira de encomendas:
€ 2,3 mil milhões
Obras em curso: mais de 300 em 19 países
Mota-Engil Engenharia
e Construção, SA
1. Visão, Missão, Valores e Estratégia
Na sequência da aprovação do plano de desenvolvimento estratégico do Grupo “Ambição 2013”, foi revista e aprofundada a estratégia da Mota-Engil Engenharia e Construção,
visando a criação de uma sólida identidade
corporativa, materializada na sua Visão, Missão, Valores e Estratégia.
Missão
Criar Valor no respeito da Comunidade e pelo
Futuro.
biciosas de participação nos projectos do
novo Aeroporto de Lisboa, de Alta Velocidade e de Concessões Rodoviárias;
· Reforçar a posição de referência no mercado de Angola, promover o crescimento
sustentado dos mercados do Malawi e Moçambique e procurar novas oportunidades
em África;
· Consolidar a exploração da Europa Central,
com enfoque nos mercados da Polónia e
Roménia através de um crescimento sustentado, segundo um conceito corporativo
de gestão integrada regional;
Visão
Ser reconhecida como empresa de Excelência na Engenharia e Construção.
· Promover o crescimento sustentado no
Peru, estudar novas oportunidades nas
Américas, nomeadamente no México e
Brasil, e pesquisar mercados emergentes,
designadamente a Índia e a Ucrânia;
Valores
· Compromisso e Responsabilidade
Obrigação e empenhamento no cumprimento dos objectivos;
· Desenvolver novas Áreas de Negócio, nomeadamente mineração, produção de materiais, nichos tecnológicos, reabilitação,
túneis, etc.
· Competência e Rigor
Saber fazer com exactidão todas as tarefas;
2. Actividades principais
· Integridade
Actuar em estrita conformidade com as
normas do meio em que nos inserimos;
· Sustentabilidade
Satisfazer as necessidades do presente
sem comprometer o amanhã;
· Empreendedorismo
Busca de novas oportunidades e desafios;
· Solidariedade e Coesão
Partilhar direitos e obrigações, fortalecendo o espírito de equipa.
Estratégia
As linhas de desenvolvimento da Mota-Engil
Engenharia, traçadas para os anos que se seguem, contemplam cinco eixos estratégicos:
· Reforçar a liderança e a notoriedade da
Marca em Portugal, apontando metas am-
Infra-estruturas
· Estradas e Ferrovias
· Pontes e Viadutos
· Portos e Aeroportos
· Barragens e Infra-estruturas Hidráulicas
· Silos e Chaminés
· Manutenção de Infra-estruturas
· Mineração
Edifícios
· Centros Comerciais e Hotéis
· Construção Industrial
· Habitação e Escritórios
· Hospitais
· Escolas e Edifícios Públicos
· Reabilitação de Edifícios
Negócio Imobiliário
· Habitação
· Escritórios
· Comércio
· Centros de Negócios
Apresentação e Perfil do Grupo
3. Segmentos especializados
· Agregados/Pedreiras
A Mota-Engil Engenharia e Construção, SA
dispõe de uma experiência de quase 50 anos
na produção de agregados.
Os primeiros centros de produção funcionavam geralmente associados à execução de
uma obra que necessitasse de agregados ou
enrocamentos e encerravam sempre que a
obra terminava.
A partir do início dos anos 90, estavam criadas as condições para a manutenção permanente da actividade nas pedreiras. Aproveitando os meios existentes, desenvolveu-se
uma estratégia de acompanhamento dos
projectos em execução e de cobertura das
principais regiões consumidoras de agregados com uma organização flexível, competitiva e inovadora.
Encontram-se hoje em exploração 15 centros
de produção em Portugal.
As preocupações com o ordenamento do território, a qualidade da rocha, a facilidade de
acesso e o mercado regional e local figuram
entre os critérios que presidiram à localização dos centros de produção.
Entre estes contam-se nove pedreiras que
produzem agregados provenientes de rochas siliciosas com origem magmática
(granitos, granodioritos e riolitos), cinco
produzem agregados com rochas de origem
sedimentar (areia e calcário) e uma produz
agregados a partir de uma rocha metamórfica (mármore).
PRODUTOS
Porque usamos agregados
A exploração de pedreiras é, e tem sido ao
longo dos séculos, fundamental para a segurança do Homem, desenvolvimento e manutenção da qualidade de vida baseada na
construção, melhoria e manutenção de um
ambiente recriado.
38 39
Estima-se que, nos países mais desenvolvidos, cada cidadão consuma uma razoável
quantidade de produtos minerais, representando os agregados e o cimento cerca de
50% desse volume, com uma média de 10 t/
homem/ano. Os minerais energéticos representam 46%, sendo os 4% restantes devidos
aos metais, argila, sal e fosfatos.
Hoje em dia, dependemos dos agregados
para construir, melhorar e manter as nossas
habitações, locais de trabalho, hospitais,
escolas, lojas comerciais, locais de diversão,
estruturas desportivas, estradas, pontes e
viadutos, túneis, vias férreas, aeroportos,
portos marítimos e fluviais, proteção da erosão costeira, barragens para aproveitamento hidráulico e energético, sistemas de abastecimento de água, recolha e tratamento de
efluentes, aterros sanitários, redes diversas
de distribuição de gás natural, energia eléctrica e telecomunicações.
Os agregados são ainda utilizados no fabrico
do aço, do cimento, do vidro, do papel e de
rações para animais; nas indústrias cerâmica,
química e alimentar; na limpeza das emissões
nas instalações de produção de energia eléctrica e incineradoras; na redução da acidez
dos solos e da água; e na produção de tintas,
medicamentos, plásticos e cosméticos.
E se em algumas actividades o consumo é
reduzido, outras há em que aqueles valores
são significativos:
- Uma vivenda e as infra-estruturas associadas à sua construção utilizam cerca de 300
toneladas de agregados.
- Para a construção de um apartamento, são
necessárias entre 60 a 80 toneladas de
agregados.
- Para uma auto-estrada, são utilizadas cerca
de 30 toneladas por metro construído, enquanto que uma via-férrea de alta velocidade
utiliza cerca de 10 toneladas por metro de via.
No final do século XIX, a construção dos caminhos-de-ferro e a invenção do automóvel
originam a criação de uma rede de vias importante para a época. Nessa altura, a exploração
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
de agregados era efectuada de acordo com o
local da obra e procurava-se a exploração o
mais próximo possível do local de aplicação.
O aproveitamento da água para abastecimento das grandes metrópoles ou para fins
energéticos e agrícolas conduziu à construção de infra-estruturas de armazenamento,
primeiro em enrocamento e mais tarde em
betão armado.
Mas a indústria dos agregados fica definitivamente marcada pela utilização do automóvel,
aperfeiçoamento da técnica de construção
de estradas e utilização em grande escala do
betão armado nas mais variadas construções.
Os agregados representam entre 70 a 80%
do volume do betão e cerca de 95% do peso
nas misturas betuminosas.
Como os grandes consumidores de agregados são as obras públicas, não damos conta
de quanto necessitamos deles. Na realidade, nos últimos anos, cada português consumiu mais de 25kg de agregados por dia
e, embora se possa pensar que esta quantidade venha a ser menor no futuro, o facto é
que a manutenção das actuais condições de
segurança e bem-estar continuarão a exigir
uma grande quantidade de agregados todos os dias.
Ainda assim, a indústria extractiva é considerada por muitos como a principal responsável
pela destruição do património paisagístico e
ambiental, embora, paradoxalmente, proporcione enormes benefícios ambientais:
- Na protecção da erosão costeira, barragens
de terra e encostas acidentadas;
- No tratamento da água potável e efluentes
domésticos e industriais;
- Na redução das emissões de CO2 e neutralização da acidez da água e solos.
- Na recuperação de áreas degradadas e
constituição de barreiras de precipitação
de metais pesados.
As pedreiras, quando exploradas sob controlo, além de servirem de refúgio a muitas
espécies animais, podem criar novos habi-
tats, possibilitando o desenvolvimento de
espécies que de outro modo não seria possível, criando biótipos para espécies raras de
anfíbios, répteis, insectos, aves e plantas,
tornando-se áreas de grande valor ecológico
ou contribuindo para o bem-estar dos habitantes locais pela transformação do espaço
numa zona de lazer.
· Betão e Pré-Fabricados
Através da sua área de Betões Hidráulicos, a
Mota-Engil Engenharia e Construção, SA actua no domínio da produção e transporte de
betão pronto, concepção e desenvolvimento
de novos betões, realização de ensaios laboratoriais e consultoria técnica às empresas
do Grupo Mota-Engil.
No domínio da Investigação e Desenvolvimento de novos produtos, continuaram-se
os estudos sobre betões de agregados leves
estruturais, betões de elevado desempenho,
betões para projectar por via húmida, betões
sustentáveis, betões de elevado desempenho com cimento e adições com menores
emissões de CO2, e viabilidade de reutilização de areias de fundição e de escórias de
“aciaria” na produção de betão.
No início de 2009, a empresa obteve a certificação do Controlo de Produção de betão
das suas centrais segundo a norma NP EN
206-1:2007, processo este iniciado em finais
de 2008.
É ambição da área de Betões Hidráulicos,
durante os próximos três anos, para além
de dar continuidade aos projectos acima
mencionados, realizar estudos inerentes a
betões de baixa retracção, retracção controlada, elevada durabilidade (inclusive cloretos), betões com incorporação de fibras, betões com materiais não tradicionais e ainda
actualizar o estudo realizado anteriormente
em argamassas estabilizadas.
O desenvolvimento comercial deste segmento de negócio, adiante descrito com maior
detalhe, encontra-se organicamente suportado na empresa participada Mota-Engil
Betão e Pré-Fabricados, resultante da fusão
entre as participadas Maprel e Qualibetão.
Apresentação e Perfil do Grupo
· Fundações Especiais
O sector de Fundações Especiais da Mota-Engil
Engenharia e Construção, SA acumula uma
experiência de mais de 20 anos apoiada em
equipas altamente especializadas nas áreas
de fundações e geotecnia.
Este sector executa trabalhos de fundações
em todo o tipo de obras, oferecendo soluções técnicas e equipamentos para as mais
variadas necessidades do mercado, como
microestacas, estacas moldadas “in situ”
com diâmetros de 400 a 1500mm, paredes
moldadas, contenções “Berlim”, ancoragens provisórias e definitivas, betão projectado, pregagens, injecções e instrumentação geotécnica.
Durante estes anos de activa intervenção
no mercado de fundações, tem crescido de
uma forma sustentável, investindo em equipamento e na formação dos seus recursos
humanos, tendo em vista a racionalização de
processos construtivos e a obtenção da melhor relação qualidade/preço.
Tem como objectivos atingir uma qualidade
ímpar do produto final, aliando elevados
padrões de produtividade, eficiência e segurança, de forma a satisfazer as expectativas
do cliente e corresponder às aspirações de
desenvolvimento profissional e capacitação
dos seus quadros técnicos e colaboradores.
Enquanto unidade operacional que tem a seu
cargo este segmento de negócio, é responsável por mais de 800 obras realizadas em
todo o território nacional.
· Geotecnia
A área de Geotecnia da Mota-Engil Engenharia e Construção, SA exerce actividade no
domínio do reconhecimento geológico e geotécnico de maciços, dispondo de um vasto
conjunto de serviços especializados de que
avultam a execução de sondagens mecânicas, prospecção geofísica e ensaios “in situ”,
monitorização de obras geotécnicas com
instalação e observação de instrumentos,
geotecnia ambiental através da amostragem
de solos e águas subterrâneas, e ainda estudos hidrológicos e execução de furos de
pesquisa e captação de água.
40 41
Esta área possui um moderno parque de máquinas e equipamentos para execução de sondagens mecânicas, colocando-a entre as empresas de vanguarda e mais bem equipadas
no reconhecimento de maciços em Portugal.
Presta ainda um amplo conjunto de serviços de consultoria e assessoria técnica no
planeamento de campanhas de prospecção
geológica de acordo com as exigências e
necessidades específicas de cada projecto.
Tem vindo, por outro lado, a explorar novos métodos não-destrutivos para a caracterização de
maciços, com o apoio da sísmica de refracção
e as potencialidades da resistividade eléctrica,
actuando ainda na identificação de cavidades
e grutas em maciços cársicos com georradar,
de forma a introduzir melhorias relevantes nos
modelos tradicionais de prospecção e na optimização das soluções construtivas.
Além de uma larga experiência na execução e
interpretação de ensaios sísmicos, a área da
geotecnia ambiental na avaliação e delimitação de zonas eventualmente contaminadas
tem vindo a ganhar significativa expressão
no contexto das suas actividades e do seu
horizonte de especialização.
· Laboratório Central
A Mota-Engil Engenharia e Construção, SA foi
pioneira em Portugal na criação de um inovador sistema de controlo de qualidade interno
com a criação do seu Laboratório Central.
Celebrando 20 anos de existência em 2008,
o Laboratório Central coordena funcionalmente os laboratórios de obras e centros de
produção de agregados, apoio que se estende às diversas sucursais e obras no estrangeiro, bem como ao conjunto das empresas
participadas da Mota-Engil Engenharia.
Reconhecido como um dos laboratórios de
referência em Portugal, presta serviços na
área da geotecnia e do controlo de qualidade
de obras e materiais de construção, actuando
nos domínios da identificação de solos, agregados, ligantes hidráulicos e betuminosos,
misturas hidráulicas e betuminosas, estudos
de formulação de misturas betuminosas e
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
hidráulicas, estudos de dimensionamento de
pavimentos rodoviários, instrumentação e
auscultação de pavimentos em serviço e ensaios de medição de ruído ambiental e laboral.
O Laboratório Central tem vindo ainda a
desenvolver um conjunto de novas técnicas
construtivas e de valorização de resíduos,
tirando partido da sua larga experiência e
conhecimento nas áreas em que intervém.
· Electromecânica
O sector Electromecânico tem por missão,
no âmbito da Mota-Engil Engenharia e Construção, SA, realizar trabalhos nos domínios
da execução, remodelação e ampliação de
instalações eléctricas de média, alta e muito alta tensão, bem como a execução e manutenção de instalações de baixa tensão.
Actua ainda no domínio da execução e manutenção de instalações mecânicas e de
sistemas de gestão técnica e automação.
A atestar a sua reconhecida capacidade técnica, desenvolve uma importante parcela da sua
actividade junto de clientes exteriores ao Grupo
Mota-Engil, executando trabalhos no âmbito da
distribuição e transporte de energia eléctrica,
instalações eléctricas de baixa tensão em edifícios e projectos de AVAC, destacando-se ainda
na execução de projectos electromecânicos.
A Direcção de Electromecânica contribui
para a estratégia de preservação ambiental
da Mota-Engil, nomeadamente ao nível da
reciclagem dos resíduos produzidos pela
actividade (cabos, mistura de metais, papel, cartão e plástico).
· Gestão de Equipamentos
A gestão do parque de equipamentos da
Mota-Engil Engenharia e Construção, SA
afectos à actividade da empresa, na Península Ibérica, inclui a gestão de mais de
500 equipamentos pesados e de cerca de
10.000 bens de equipamento ligeiros.
O Estaleiro Central (Porto Alto), base das
operações de gestão do parque de equipamentos, é a maior e mais bem equipada
unidade do género existente em Portugal.
A área de gestão de equipamentos presta um
conjunto alargado de serviços ao nível da gestão e formação de operadores de máquinas e
veículos industriais, centralização de toda a
actividade oficinal de manutenção de equipamentos nas suas várias sub-especialidades,
montagem e desmontagem de estaleiros de
obra, execução de projectos e licenciamentos
eléctricos para estaleiros de obra, bem como
a gestão da frota de veículos ligeiros da MotaEngil Engenharia e Construção, SA e de parte
significativa das empresas participadas.
4. Principais empresas participadas
Em Portugal
CPTP
A CPTP opera no mercado desde 1930, tendo assumido a designação actual em 1945.
Em 2003, a CPTP foi adquirida pelo Grupo
Mota-Engil.
Desde a data da sua fundação, a CPTP tem
vindo a marcar presença constante em
obras portuárias de referência ao longo de
toda a costa continental portuguesa e nos
arquipélagos da Madeira e dos Açores.
Trata-se de uma empresa especializada e
com uma posição de liderança no sector das
obras marítimas em Portugal, demonstrando inequívoca capacidade em dar resposta
a todo o tipo de desafios tecnológicos e de
mercado neste sector de especialização.
Com intervenções realizadas em todos os
portos portugueses, nas mais diversas
especialidades, a CPTP é hoje reconhecida como uma empresa de engenharia com
competências em todos os segmentos de
obras marítimas, de que se destacam a
Apresentação e Perfil do Grupo
hidráulica marítima e fluvial e a protecção
costeira e fluvial; a construção de portos
marítimos e fluviais; exutores submarinos;
barragens; aproveitamentos hidráulicos e
hidroeléctricos; dragagens de estabelecimento e de manutenção; quebramento e
dragagem de rocha submersa; cravação de
estacas metálicas e outras; e execução de
ensecadeiras.
Fruto de uma política de inovação constante na busca de novas soluções, alicerçada numa estrutura de recursos humanos
FERROVIAS
Constituída em 1988 e passando a integrar
o Grupo Mota-Engil a partir do ano 2000, a
Ferrovias detém competências especializadas e capacidade industrial no domínio das
obras públicas ferroviárias.
42 43
empreendedora, experiente e fortemente
capacitada e num conjunto de equipamentos sem paralelo em Portugal, a CPTP tem
contribuído decisivamente para o reforço
da vocação atlântica de Portugal e para a
afirmação das plataformas portuárias portuguesas como pólos dinamizadores da actividade económica.
A CPTP obteve, em 2005, a certificação do
seu Sistema de Gestão da Qualidade e, em
Julho de 2008, a certificação do seu Sistema
de Gestão Ambiental.
actividades anteriores, permite-lhe ainda
desenvolver de forma autónoma qualquer
projecto ferroviário.
Partindo das grandes obras de renovação,
construção e manutenção da via férrea,
diversificou sucessivamente, ao longo dos
anos, para outras áreas, tendo participado
em quase todas as grandes obras nacionais
de carácter ferroviário.
Na área da Manutenção, vital para o desenvolvimento futuro do universo ferroviário,
presta serviços integrados de manutenção
da super-estrutura de via, catenária, geotecnia, construção civil e obras de arte, garantindo um acompanhamento regular e a
sustentação programada dos segmentos da
rede ferroviária nacional onde opera.
Entre o vasto portefólio dos serviços que
presta, cobrindo a generalidade do segmento ferroviário, contam-se os trabalhos
de via, ao nível da construção de novas
vias, renovação integral e conservação,
incluindo o domínio da alta velocidade
ferroviária.
Através de uma arrojada política de inovação e investimento, a Ferrovias dispõe da
mais avançada tecnologia de equipamentos
existente no mercado, convertendo-a na
única empresa portuguesa do sector apta
a trabalhar nas bitolas métrica, ibérica e
internacional.
A sua actividade compreende ainda os trabalhos de construção e renovação de catenária, englobando a montagem de postos e
consolas, lançamento de cabos aéreos e do
fio de contacto, regulação e pendulagem.
A atenção particular dada às questões de
Qualidade, Ambiente, Higiene e Segurança
permitiu à Ferrovias a obtenção, em 2006,
da tripla certificação do seu sistema integrado de Gestão da Qualidade, Ambiente e
Segurança.
A Construção Civil, nos domínios da movimentação de terras e estabilização de
taludes, construção de infra-estruturas associadas à via férrea, reabilitação de túneis
e construção e reabilitação de edifícios e
obras de arte, enquanto complemento das
Em consequência da estratégia de diversificação e internacionalização no segmento
de negócio ferroviário, a Ferrovias participa
integralmente no capital da Tecnocarril, empresa especializada na produção, entalhagem
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
e furação de todos os tipos de travessas de
madeira de aplicação ferroviária, impregnação a creosoto de travessas e outras peças
de madeira, execução de cavilhas, cunhas de
“barberot”, peças de telecomunicações e outras peças de madeira, assegurando ainda a
deservagem química da rede ferroviária.
Concretizando uma aposta constante na
qualidade, na certificação de processos e
técnicas, bem como nos equipamentos de
última geração, a Ferrovias desenvolveu recentemente, no âmbito da sua actividade de
manutenção integrada, um sistema de videografia e monitorização de via associado a um
processo de navegação georreferenciado.
O veículo de medição de via e catenária,
concebido integralmente pela Ferrovias,
MOTA-ENGIL PAVIMENTAÇÕES
O ano de 2007 fica marcado pela aquisição,
por parte do Grupo Mota-Engil, de 50% do
capital da Probisa SA, detido até então pela
empresa espanhola Probisa, Tecnología e
Construcción SA, ficando assim o Grupo com
100% da empresa.
A designação da Probisa foi alterada, em
2008, para Mota-Engil Pavimentações SA.
A Mota-Engil Pavimentações tem como actividade principal a construção, a conservação
e a reabilitação de pavimentos rodoviários.
A conservação e reabilitação de pavimentos rodoviários tem por fim reparar defeitos
estruturais e funcionais dos pavimentos ou
melhorar o seu estado, de forma a garantir a
sua adequação aos níveis de desempenho e
serviço pretendidos.
A Mota-Engil Pavimentações actua no domínio das misturas betuminosas a frio e microaglomerado betuminoso a frio, dispondo,
para o efeito, de um conjunto de centrais (fixas e móveis) de fabrico de misturas betuminosas a frio e de equipamentos de fabrico e
viabiliza, assim, a obtenção, em alta-resolução, de uma filmagem da via, da sua envolvência, bem como da catenária, de modo
a favorecer a sua inspecção no âmbito da
actividade de manutenção preventiva sistemática e preventiva condicionada.
Para além de um cadastro de todas as
acções de manutenção realizadas sobre a
linha, em suporte electrónico, e do registo
gráfico dos parâmetros geométricos da via
e seus corredores de tolerância – alinhamento, nivelamento, empeno e bitola – e
da catenária (altura do fio de contacto ao
plano dos carris e seu desalinhamento),
este inovador sistema de georreferênciação
induz uma redução dos efectivos no terreno
e índices mais elevados de segurança.
aplicação de microaglomerado betuminoso
a frio. A Mota-Engil Pavimentações é líder de
mercado neste segmento.
A empresa iniciou, por sua vez, em 2007, um
processo de incorporação das valências de fabrico e aplicação de misturas betuminosas a
quente, anteriormente localizadas no âmbito
da Mota-Engil Engenharia e Construção, SA.
A partir do ano de 2002, foi ainda iniciado o
investimento na área emergente da reciclagem de pavimentos, com recurso a tecnologia própria e a equipamento especialmente
vocacionado para o efeito, criando soluções
inovadoras nesta área.
Além da Mota-Engil Pavimentações, a MotaEngil Engenharia e Construção, SA detém
ainda uma participação na Probigalp.
Esta empresa desenvolve a sua actividade
na produção de ligantes betuminosos e betumes modificados, produtos estes incorporados nas misturas betuminosas aplicáveis
em trabalhos de construção, conservação e
reabilitação de pavimentos rodoviários.
Apresentação e Perfil do Grupo
No ano de 2007, registe-se a aquisição dos
25% desta empresa na posse da Probisa Tecnología y Construcción SA e posterior venda
à Galp de 10% do capital, passando esta última a deter 60% e a Mota-Engil Engenharia e
Construção 40%.
A Mota-Engil Pavimentações, SA tem vindo,
ao longo destes anos, a cumprir com um
dos seus mais importantes desígnios – a
permanente e sustentada busca do equilíbrio entre a protecção ambiental e o desenvolvimento económico. Nesta perspectiva,
e acompanhando as novas e crescentes
exigências e desafios no contexto do mundo actual, a Mota-Engil Pavimentações tem
procurado situar-se na vanguarda da inovação como factor fundamental para sustentar a vantagem competitiva.
Com base na experiência acumulada e
utilizando a criatividade como processo,
a empresa tem vindo a apostar na aplicação de novas técnicas inseridas no seu
“core-business”, que visam a construção,
conservação e reabilitação de pavimentos
rodoviários, actividades fundamentais na
construção e preservação de um património essencial para o desenvolvimento global de qualquer país. A inovação constitui,
para a empresa, um vector fundamental
que potencia a sua competitividade, criando valor para o accionista.
As operações de conservação e reabilitação têm como finalidade reparar defeitos
estruturais e funcionais dos pavimentos, ou
reabilitar e melhorar o seu estado quando
as condições estruturais e funcionais deixam de ser adequadas ao nível de serviço
e desempenho pretendidos, com recurso a
vários tipos de intervenção.
A fundação da Probisa, hoje Mota-Engil
Pavimentações, recaiu sobre as tecnologias de pavimentação a frio, tornando-se
rapidamente líder de mercado nesta área.
As tecnologias de pavimentação a frio utilizam emulsões de betume à temperatura
ambiente, o que reduz substancialmente as
emissões de CO2 para a atmosfera, implicando um reduzido consumo de energia.
44 45
No decurso de 2008, a Mota-Engil Pavimentações executou aproximadamente 2,4
milhões de metros quadrados de microaglomerado betuminoso a frio no âmbito
da conservação/reabilitação de pavimentos
da rede de estradas de Portugal, com recurso a quatro centrais de fabrico de misturas betuminosas a frio, das quais duas
são fixas e as restantes ultra-móveis, e três
equipamentos de fabrico e aplicação de
microaglomerado betuminoso a frio. Este
método tem como principal objectivo o rejuvenescimento das camadas de desgaste
de pavimentos rodoviários através da sua
impermeabilização e selagem generalizada de fissuras, conferindo também maior
rugosidade, o que melhora o contacto
pneu/pavimento, aumentando a segurança
rodoviária.
Esta técnica aplica-se essencialmente em
estradas com volumes de tráfego reduzidos. Neste contexto, a Mota-Engil Pavimentações tem vindo a executar diversos
trabalhos na conservação de pavimentos
da rede secundária de estradas nacionais,
nomeadamente para autarquias e direcções
de estradas do EP, de norte a sul do país.
Sendo uma empresa especialmente vocacionada para área da pavimentação betuminosa, a Mota-Engil Pavimentações tem
como objectivo de curto/médio prazo ser
uma empresa de referência no seu sector.
Atenta à evolução do seu ramo de actividade, está interessada em acompanhar
os mais recentes desenvolvimentos tecnológicos de, forma a concorrer para a melhoria contínua das estradas, oferecendo
produtos de qualidade ao melhor preço e
adoptando as melhores técnicas disponíveis no mercado, que se possam traduzir
numa mais-valia para a empresa e para a
comunidade.
Em 2008, o fabrico de misturas betuminosas a quente atingiu um volume total de
cerca de 220.000 toneladas, marca considerável dada a juventude da empresa
nesta actividade. No sentido de minimizar os custos de produção e os impactos
sobre o meio ambiente derivados desta
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
actividade, a Mota-Engil Pavimentações
tem vindo a adoptar uma estratégia de
implantação das unidades de fabrico de
misturas betuminosas dentro das áreas
de produção dos agregados.
A adaptação das centrais de fabrico para
a reutilização de materiais fresados das
camadas dos pavimentos, bem como o
desenvolvimento de raiz de uma unidade
de fabrico ecoeficiente, foram objectivos já
atingidos, no sentido de marcar a diferença, na área do fabrico de misturas betuminosas a quente.
A partir do ano de 2002, a então Probisa toma a decisão de investir numa outra tecnologia inovadora – a reciclagem
de pavimentos e investe em equipamento
especialmente desenvolvido para o efeito.
Tornou-se desde logo claro que o mercado nacional não absorvia por completo
esta tecnologia, abrindo-se deste modo
as portas para o ibérico, o que possibilitou a aquisição de “know-how” e experiência internacional, contactando com o
que de melhor se fazia nesta área.
Paralelamente e sempre com os olhos postos na inovação, a ex-Probisa decide desenvolver a sua própria tecnologia, criando
RENTACO
A Rentaco foi constituída em 1989, para
operar na actividade de aluguer de equipamentos de construção, com especial destaque para as auto-gruas.
Exerce actualmente a sua actividade no sector do aluguer de gruas automóveis, gruastorre, ferramentas eléctricas, fresadoras, monoblocos, pré-fabricados, redes de vedação,
mini-pás carregadoras e mini-escavadoras.
Neste capítulo do aluguer de equipamentos para
construção, dispõe de um vasto parque circulante, incluindo um dos mais modernos parques de
auto-gruas do País, e um leque muito alargado de
algumas soluções inovadoras, nomeadamente na área da reciclagem com espuma de betume, o que permitiu aumentar
ainda mais a competitividade da empresa
nesta área de negócio. Este foi o trampolim que permitiu alargar os horizontes internacionais. Através do estabelecimento
de sinergias com outra empresa do grupo
Mota-Engil – a Translei – a Probisa chega ao
continente sul-americano para executar uma
obra de reciclagem, reabilitando 120km de
uma estrada em plena cordilheira dos Andes, a mais de 4000m de altitude, para um
cliente canadiano, sedeado no Peru. Abrese, desta forma, o caminho a algo pouco
comum em Portugal neste ramo de actividade: a exportação de tecnologia rodoviária,
que permite encarar o futuro com ambição.
Durante o ano 2008, a Mota-Engil Pavimentações executou cerca de 1.200.000m2 de reciclagem, aumentando em cerca de 10 vezes
a quantidade executada no ano anterior, prova cabal de que está na vanguarda e é empresa de referência neste tipo de actividade.
A Mota-Engil Pavimentações está a estudar a
hipótese de ser pioneira, em Portugal, numa
nova técnica de reciclagem de pavimentos
existentes, uma vez mais com enormes vantagens na preservação do ambiente.
serviços, dispondo, em qualquer momento, de
equipamentos modernos, seguros e operados
por profissionais altamente qualificados, aptos
a satisfazer, de forma flexível e economicamente
optimizada, qualquer tipo de necessidades.
No segmento das ferramentas eléctricas e
fruto de um acordo de parceria com a Hilti Portugal, fabricante de renome mundial, a Rentaco oferece um serviço de colocação imediata
nos locais e nas condições pretendidas, para
além de toda a assistência técnica e logística.
A Rentaco presta ainda serviços no domínio
do transporte público rodoviário de mercadorias com motorista e em regime de “rent
Apresentação e Perfil do Grupo
a cargo”, desde a carga geral aos equipamentos de grande porte, incluindo ainda o
parqueamento e movimentação.
Cumpre assinalar, em 2007, o início da internacionalização da Rentaco, através do aluguer de cinco gruas-torre a um consórcio na
Roménia integrando a Mota-Engil Investiti, e
ainda apoio técnico e logístico à Rentaco An-
TRACEVIA
A actividade da Tracevia iniciou-se, no ano
de 1980, na área da sinalização horizontal, a
que se seguiu a área da sinalização vertical.
Empresa especializada em sinalização,
segurança, gestão e controlo de tráfego
rodoviário, a Tracevia desenvolve a sua actividade em três segmentos principais de
especialização aqui enumerados.
Sinalização e Segurança nos segmentos da
sinalização horizontal e vertical.
No domínio da sinalização horizontal está
equipada para proceder à aplicação de marcas com todo o tipo de produtos.
No capítulo da sinalização vertical, como área
de excelência da Tracevia, o seu conhecimento
e experiência têm-lhe permitido ver o seu nome
associado a uma parte significativa da sinalização implantada na rede viária portuguesa.
Opera igualmente, em matéria de sinalização
e segurança, na colocação de guardas metálicas em vias de comunicação, actividade
que tem vindo a crescer nos últimos anos.
Um outro segmento de especialização consiste na colocação de barreiras acústicas,
elemento hoje fundamental no conforto e na
qualidade de vida das populações vizinhas
das grandes infra-estruturas rodoviárias.
A Telemática e os Sistemas de Informação
Rodoviária são, por último, a mais recente actividade e aposta da Tracevia. Convergem nesta actividade a capacidade de
46 47
gola — empresa constituída neste país para
actuar inicialmente no ramo dos transportes
de produtos betuminosos e aluguer de gruas
automóveis, podendo expandir, mais tarde,
para negócios afins.
Em 2006, a Rentaco renovou e tornou extensiva a todas as suas áreas de actividade a certificação do seu Sistema de Gestão da Qualidade.
inovar, a competência técnica e a experiência ao nível da engenharia.
A Tracevia possui competências especializadas
e capacidade técnica para efectuar o “sourcing” e o “procurement” dos equipamentos,
bem como instalar, colocar em funcionamento e dar assistência pós-entrada em serviço a
qualquer sistema de Telemática Rodoviária.
Entre os projectos já desenvolvidos pode
citar-se os sistemas de portagem virtual e
telemática de quatro concessões de auto-estradas, numa extensão superior a 400kms.
A Tracevia prossegue o seu esforço de aprofundamento na área da Telemática Rodoviária e, em geral, no domínio dos ITS – Intelligent Transport Systems, investindo no
desenvolvimento de software para aplicações de telemática rodoviária.
A plataforma de software entretanto desenvolvida foi já utilizada na criação da aplicação RITA – Road Intelligent Traffic Aplication.
Este software de gestão centralizada está
já instalado na concessão SCUT do Grande
Porto, controlando e gerindo todos os subsistemas telemáticos (portagem virtual, videovigilância, mensagem virtual, meteorologia) bem como todo o hardware informático
do próprio centro de controlo, permitindo o
acesso remoto do concedente (Estradas de
Portugal) a todo o tipo de informação.
A Tracevia tem o seu sistema de Gestão da
Qualidade certificado desde 2005.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
BERD
A BERD, participada do Grupo Mota-Engil,
desenvolve e aplica soluções de vanguarda,
a nível internacional, na área dos métodos
construtivos de pontes.
A BERD foi criada em 2006, conjugando os esforços de uma equipa de gestão profissional
e do grupo de investigação do projecto OPS.
Este grupo de investigação, constituído em
2002 e liderado pelo Prof. Pedro Pacheco,
foi agraciado com diversos prémios nacionais e internacionais, incluindo, em 2001, o
prestigiado prémio FIB (Fédération Internationale du Béton), o FIVE Award, patrocinado pelo IAPMEI e pelo ITP, e o Prémio BES de
Inovação, em cooperação com a Fundação
Ilídio Pinho e a Siemens Portugal.
Desde 1993, e após nove anos de investigação fundamental e pré-experimental, o
Grupo Mota-Engil juntou-se ao Grupo OPS
de investigação.
A cooperação financeira e técnica assim
estabelecida converteu-se num impulso
decisivo na transformação da investigação
fundamental em inovação efectiva.
A partir de 2003 e fruto da celebração de vários
Protocolos entre a Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto (FEUP) e o Grupo MotaEngil, foi possível a execução de um protótipo
full-scale usado com sucesso na construção de
uma ponte em Lousada (Norte de Portugal).
O sistema OPS – Organic Prestressing System, patenteado a nível internacional, é
um sistema adaptativo automático de pré-esforço inspirado no músculo humano, sendo aplicável em vários tipos de estruturas.
A sua utilização assegura a redução de custos de aquisição de equipamentos (cimbres),
a redução de custos operacionais, melhorias
de desempenho em termos funcionais (redução de flechas) e o aumento da segurança.
As actividades da BERD incluem, assim,
a prestação de serviços na área de engenharia de pontes, sendo as suas principais
actividades a consultoria, o projecto e a Investigação & Desenvolvimento, bem como
a venda de equipamentos construtivos de
pontes de grande porte.
Após a constituição da BERD, em Setembro de
2006, têm vindo a ser sucessivamente implementados os processos que irão assegurar o
eficiente funcionamento “cruzeiro” da empresa, nomeadamente os sistemas de gestão da
informação, de organização administrativofinanceira, de produção, de investigação e o
sistema de distribuição comercial.
2007 foi um ano crucial para a BERD, pois
representou o período de implementação
de todos os processos e o arranque de todas as actividades da empresa.
A actividade comercial, ao longo deste período, centrou-se na divulgação e na apresentação da empresa e dos seus produtos.
A actividade comercial da BERD deverá centrar-se ainda mais na Península Ibérica, não
só pelo incremento previsto de obras públicas no mercado espanhol, mas também, pelo
início de um ciclo de obras no mercado português previsto para 2009, nomeadamente
com as novas concessões e com os primeiros
concursos da Rede de Alta Velocidade.
Paralelamente, o Acordo Comercial assinado com a Doka deverá começar a produzir
alguns dos efeitos pretendidos.
No Estrangeiro
EUROPA
Espanha
Com actividade no segmento de Fundações,
a Mota-Engil Engenharia actua no país vizinho através da sua participada Grossiman.
Actua igualmente através da Crespo, em
particular no mercado galego da construção
civil e obras públicas.
Irlanda
A entrada neste mercado fez-se pela via da
assinatura do contrato da Auto-Estrada N7 -
Apresentação e Perfil do Grupo
Nenagh to Limerick, no valor de 175 milhões
de euros, em finais de Novembro de 2006.
Este mercado fica positivamente marcado
pela adjudicação, em 2007, da obra do Terminal 2 do Aeroporto de Dublin, no valor de
46 milhões de euros, num consórcio que conta com a participação de 30% da Mota-Engil
Engenharia e Construção, SA e 60% da sua
participada Martifer.
De igual modo e em 2007, teve lugar o estabelecimento da MEIC – Mota-Engil Ireland
Limited, sendo accionistas a Mota-Engil Engenharia e Construção, SA (60%) e a GKM
(40%), empresa com sede na Irlanda.
Os anos de 2007 e 2008 marcaram ainda a
intensificação da acção comercial na Irlanda,
tendo em vista a obtenção de novos contratos no domínio rodoviário, tanto em projectos D&B como parcerias público-privadas.
Polónia
A Mota-Engil Engenharia actua neste mercado, uma das apostas mais fortes e consolidadas desde o início da sua internacionalização
no Centro e Leste europeus, através da sua
filial na Polónia e da Mota-Engil Polska SA.
A filial da Polónia, além da realização de obras
de sua iniciativa, apoia, em termos curriculares e técnicos, a Mota-Engil Polska SA.
A Mota-Engil Polska tem actividade no mercado polaco de infra-estruturas e no segmento da construção civil.
48 49
Hungria
A Mota-Engil Engenharia opera na Hungria
através da sua participada Mota-Engil Magyarország. Através da sua participada Metróépszolg Rt actua na área da construção Civil.
No segmento da construção ferroviária,
sector com uma forte componente de investimento e especialização, opera através da
Jász Vasút, empresa participada a 70% pelo
Grupo Mota-Engil.
Na área imobiliária e por via da sua participada Mota-Engil Real Estate, tem vindo a desenvolver projectos na área de Budapeste.
República Checa
A presença na República Checa faz-se através das participadas Sefimota, MPS, M-Invest sro e M Invest Devonska.
A Sefimota actua sobretudo no segmento da
construção civil residencial.
Esta empresa, integrando já o Top 30 do seu
sector de actividade na República Checa, tem
vindo a prosseguir uma estratégia de diversificação do seu negócio para as áreas ambientais, incrementando ainda a sua presença na
construção de vias de comunicação e especialização na execução de estruturas de betão.
A MPS actua, por sua vez, no sector especializado da construção de instalações eléctricas de média e baixa tensão. A sua estratégia passa pela diversificação para a área
electromecânica.
A implantação de uma plataforma única de
sistemas de informação e uma forte aposta
no desenvolvimento de políticas de recursos
humanos na formação e recrutamento de
jovens talentos de elevado potencial, através da MEP Academy, pontuam de forma
emblemática o trabalho de consolidação da
presença no país.
A M-Invest actua como marca no mercado
imobiliário de Praga, sendo reconhecida pelos
projectos residenciais de que foi promotora.
A Mota-Engil Engenharia actua ainda no segmento imobiliário do mercado polaco, através de um conjunto de veículos societários
com investimentos em várias regiões e em
particular na região de Cracóvia.
Eslováquia
A actividade da Mota-Engil Engenharia na
Eslováquia é excercida, quer através da sua
sucursal neste país do Leste europeu, quer
por via da Mota-Engil Slovakia, a.s.
A M Invest Devonska, por último, tem a seu
cargo o desenvolvimento específico de um
projecto no sector imobiliário residencial da
cidade de Praga.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
Esta empresa reparte a sua actividade por
toda a área da construção civil e obras públicas. Através da sua participada M-Invest
Slovakia Mierova, irá igualmente desenvolver projectos no segmento imobiliário.
Roménia
A Mota-Engil Engenharia tem centrado a sua
actividade comercial nas oportunidades
oferecidas pelo mercado romeno, em particular no sector de edifícios e igualmente no
segmento das vias de comunicação, procurando reforçar progressivamente a sua presença na área das obras públicas.
O Volume de Negócios na Europa Central
ascendeu a 330 milhões de euros em 2008,
representando um acréscimo de mais de
50% em relação a 2007, em que se cifrou nos
219 milhões de euros.
África
Angola
Os laços históricos que unem o Grupo
Mota-Engil a Angola têm permitido um reforço cada vez maior da sua presença num
país que tem conhecido um forte crescimento económico nos últimos anos.
A Mota-Engil Engenharia desenvolve a sua
actividade em Angola através da sua sucursal, operando nos sectores da construção
civil e obras públicas, e através das suas participadas, com operações noutros segmentos. Entre estas, contam-se a Sonauta, que
actuando no domínio dos transportes marítimos; a ICER e Novicer, na indústria do barro
vermelho; e a PREFAL, actuando no domínio
do fabrico e comercialização de materiais e
estruturas em betão pré-fabricado.
A Tracevia e a Rentaco também iniciaram a
sua actividade em Angola.
A Mota-Engil Engenharia tem ainda participações na Auto-Sueco Angola e Cimertex Angola.
Moçambique
A Mota-Engil Engenharia desenvolve igualmente actividade em Moçambique, através
da sua sucursal, operando aqui, sobretudo,
no segmento das obras públicas.
Nesta área, avulta como obra emblemática a
ponte sobre o rio Zambeze (em consórcio),
que ligará o Norte ao Sul de Moçambique,
maior obra pública alguma vez realizada
desde a independência do país.
As actividades no domínio da construção civil são exercidas através da sua participada
Emocil.
São Tomé e Príncipe
A Mota-Engil Engenharia desenvolve igualmente a sua actividade em São Tomé e Príncipe, através da sua sucursal, operando no segmento das obras públicas e construção civil.
Cabo Verde
Operando através da sua sucursal, a actividade centra-se nos sectores das obras públicas e construção civil.
Malawi
A sucursal do Malawi tem conhecido um
assinalável crescimento, onde a Mota-Engil
Engenharia actua nos segmentos da construção e manutenção rodoviárias.
O ano de 2008 marca a assinatura de um memorando de entendimento com o Governo
do Malawi para diversos projectos, com particular destaque para a reabilitação do porto
de Nsanje e o desenvolvimento de duas centrais hidroeléctricas.
América
EUA
A presença da Mota-Engil Engenharia nos
EUA faz-se através da sua participada Mk
Contractors, Llc, que actua no domínio da
construção civil, em particular no segmento
da habitação.
Peru
A participada do Grupo Translei actua, sobretudo, na execução de trabalhos de apoio
à indústria mineira do Peru, possuindo uma
das frotas de equipamento mais vastas e tec-
Apresentação e Perfil do Grupo
nologicamente avançadas deste país andino.
A empresa encontra-se, neste momento, preparada para, com maiores probabilidades de
êxito, corresponder aos novos desafios que
se avizinham neste país latino-americano,
através do esperado lançamento pelo Governo peruano de importantes projectos em
infra-estruturas.
Venezuela
Em 2008, a Mota-Engil Engenharia, integrando um consórcio de empresas portuguesas,
contratualizou a empreitada de remodelação
do porto de La Guaira, principal porto da Venezuela e que serve a capital Caracas.
Esta empreitada marca assim a entrada do
Grupo num novo mercado da América Latina.
O Volume de Negócios em África e no continente americano registou, em 2008, um
crescimento de 55%, tendo-se cifrado em
430 milhões de euros, bastante acima dos
278 milhões de euros registados em 2007.
5. CERTIFICAÇÕES
A Mota-Engil Engenharia e suas participadas dispõem de um conjunto vasto de Certificações que podem ser consultadas no
quadro anexo:
50 51
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
Empresa
Sistema de Gestão
NORMA
Sistema de Gestão da Qualidade
ISO 9001
Sistema de Gestão Ambiental
ISO 14001
ENTIDADE
CERTIFI­
CADORA
APCER
MOTA-ENGIL
ENGENHARIA
FERROVIAS
MOTA-ENGIL
PAVIMENTAÇÕES
Sistema de Gestão da Segurança
OHSAS 18001
Ensaios Laboratoriais
ISO 17025
Marcação CE
DATA DE
CONCESSÃO DO
CERTIFICADO
Concepção, desenvolvimento e comercialização
de activos imobiliários; Concepção e execução de
contratos de construção civil e obras públicas;
Produção e fornecimento de betão; Fundações
especiais, contenções, injecções, instrumentação e
reconhecimento geotécnico; Exploração de pedreiras e
produção de agregados; Ensaios laboratoriais a materiais
de construção e estudos de formulação de misturas
betuminosas e hidráulicas; Execução e manutenção de
instalações eléctricas e mecânicas, e implementação de
sistemas de gestão técnica e automação.
Junho 2004
Maio 2005
Maio 2005
59 ensaios
Fevereiro 2003
Várias NP
15 Centros Industriais (Pedreiras)
Maio 2004
Sistema Gestão da Inovação
NP 4457
Investigação, Desenvolvimento e Inovação na
área da Engenharia, Construção
e Geotecnia.
Novembro 2007
Controlo de Produção de Betão
NP EN 206-1
2 CPB’s
Março 2009
Sistema de Gestão da Qualidade
ISO 9001
Sistema de Gestão Ambiental
ISO 14001
Sistema de Gestão da Segurança
OHSAS 18001
Sistema de Gestão da Inovação
NP 4457
Sistema de Gestão da Qualidade
ISO 9001
Sistema de Gestão Ambiental
ISO 14001
Sistema de Gestão da Segurança
OHSAS 18001
Marcação CE
Várias NP
Sistema de Gestão da Qualidade
ISO 9001
Sistema de Gestão da Qualidade
ISO 9001
IPAC
APCER
CPTP
Sistema de Gestão Ambiental
ISO 14001
Actividades desenvolvidas no domínio da construção,
renovação e conservação das infra-estruturas fixas
ferroviárias (via, catenária, terraplenagens
e construção civil), com excepção de telecomunicações e
sinalização eléctrica.
Fabrico e comercialização de misturas
betuminosas; próximo ano será feita a
extensão para a pavimentação.
APCER
APCER
TECNOCARRIL
APCER
TRACEVIA
Sistema de Gestão da Qualidade
ISO 9001
EIC
RENTACO
Sistema de Gestão da Qualidade
ISO 9001
APCER
Sistema de Gestão da Qualidade
ISO 9001
Sistema de Gestão Ambiental
ISO 14001
Sistema de Gestão da Segurança
OHSAS 18001
MOTA-ENGIL BETÃO
E PRÉ-FABRICADOS
ÂMBITO
Fabrico e comercialização de misturas
betuminosas; pavimentação
Fevereiro 2003
Dezembro 2004
Junho 2006
em curso
Março 2009
em curso
em curso
Todas as centrais de produção de misturas
betuminosas.
Dezembro 2008
Gestão de fabricação de travessas e outras
peças de madeira para utilização ferroviária;
impregnação de madeira (processo creosoto).
Junho 2008
Obras marítimas e fluviais, obras de barragens,
aproveitamentos hidroeléctricos, fundações, redes
de infra-estruturas (saneamento básico, drenagem
de águas pluviais, redes de distribuição de águas
potáveis e combate a incêndios, infra-estruturas
eléctricas), vias de comunicação, pontes e túneis,
em território nacional.
Julho 2005
Julho 2008
Produção e montagens de sinalização rodoviária
vertical; marcação de vias rodoviárias; comercialização
e montagem de barreiras acústicas e de equipamentos
de segurança rodoviária; projecto, comercialização
e montagens e manutenção de sistemas de telemática
rodoviária; comercialização e montagem de
equipamentos de iluminação pública; projecto,
comercializaçao e montagem de equipamentos
de semaforização rodoviária.
Novembro 2005
Aluguer de equipamento de construção,
nomeadamente auto-gruas, módulos e ferramentas
eléctricas e transporte rodoviário de mercadorias.
Fevereiro 2009
Projecto, fabricação e montagem de produtos
pré-fabricados em betão de médio e pesado porte
Novembro 2007
Concepção, fabrico, fornecimento e comercialização
de betão pronto
Janeiro 2008
SGS-ICS
Apresentação e Perfil do Grupo
4.4.2
AMBIENTE E SERVIÇOS
INDICADORES FINANCEIROS
Vendas e Prestações de Serviços:
€ 286 milhões
Serviços Urbanos:
2,2 milhões de habitantes em 50 concelhos
Operações logístico-portuárias: Líder Nacional, presente em
todos os Portos portugueses, com excepção do Porto de Sines
Introdução
A Mota-Engil Ambiente e Serviços compre
-ende um conjunto diversificado e um amplo
portefólio de actividades e negócios.
No domínio ambiental, opera no sector dos
Resíduos e da Limpeza Urbana, sendo líder
em Portugal do mercado privatizado de gestão de resíduos sólidos urbanos.
52 53
MultiSServiços
- Manutenção industrial e de edifícios;
- Arquitectura paisagística;
- Concepção, construção e manutenção de
espaços verdes e campos de golfe;
- Operação de mercados electrónicos (G2B2B);
- “Mailing” directo;
- Gestão de parques de estacionamento.
1. RESÍDUOS
No sector da Água, gere um conjunto de participações em concessões e parcerias público-privadas de sistemas de abastecimento de
água e tratamento de águas residuais.
A expansão do Grupo para o sector Logístico e
Portuário coloca-o em posição de liderança no
mercado português das operações portuá­rias,
oferecendo ainda soluções abrangentes de integração logística e destacando-se como primeiro operador privado português a entrar no sector do transporte ferroviário de mercadorias.
Na sua componente Multisserviços, esta
Área integra um conjunto de negócios nos
domínios da manutenção industrial e de edifícios, arquitectura paisagística, construção
e manutenção de espaços verdes e campos
de golfe, actuando ainda através de duas
das suas participadas na área dos mercados
electrónicos e do marketing directo.
Actividades principais
Resíduos
- Gestão de resíduos sólidos urbanos
e limpeza urbana;
- Gestão de resíduos industriais;
- Reciclagem e valorização de óleos usados.
Água
- Gestão de sistemas de abastecimento de água;
- Gestão e tratamento de águas residuais.
Portos e Logística
- Operação de terminais marítimos;
- Operação de terminais rodo-ferroviários;
- Operações de logística integrada;
- Operação de transporte ferroviário
de mercadorias.
O mercado da gestão dos resíduos sólidos
urbanos e industriais tem um relevante interesse estratégico para o Grupo Mota-Engil,
fazendo parte do “core business” da sua
Área de Negócios de Ambiente e Serviços.
Opera neste segmento através de um conjunto de participadas, com particular destaque
para a SUMA, incluindo ainda a Correia & Correia, a Enviroil e a Ekosrodowisko (Polónia).
SUMA
A SUMA detém uma posição única no mercado da gestão do ambiente urbano, alicerçada na liderança do sector em Portugal, a
que alia uma atitude de permanente proacti­
vidade na busca da inovação em qualquer
das suas áreas de actuação.
Servindo mais de 2 milhões de habitantes de
50 concelhos do país, a SUMA integra no seu
universo empresarial mais de uma dezena
de empresas prestadoras de serviços complementares no domínio da gestão integrada
de resíduos.
Este alinhamento permite obter sinergias
e congregar competências, favorecendo a
gestão logística de equipamentos e outros
meios e dotando-a de assinalável capacidade de resposta, solidez, qualidade e competitividade nos serviços que presta.
Estes serviços englobam todo o ciclo de
gestão dos resíduos sólidos urbanos e industriais (recolha, transporte, triagem e tratamento) e a limpeza urbana, para além de
serviços complementares na área das análises laboratoriais e controlo de qualidade
de resíduos e águas e os aspectos ligados à
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
sensibilização e educação ambiental, vector
fundamental da política da SUMA perante a
comunidade.
do negócio e melhoria da percepção do benefício por parte dos Clientes e demais Partes Interessadas;
Em 2008, com a integração plena do Grupo
Novaflex, a SUMA reforçou a sua liderança
nacional do mercado privatizado de gestão
de resíduos sólidos urbanos, com uma quota
de 54% do mercado privatizado, alargando
por outro lado a sua presença no mercado de
tratamento de resíduos industriais através
da aquisição da TRIU.
· Compromisso com o Cliente
Diversificação e inovação na actividade para
manutenção da vanguarda em soluções de
gestão de resíduos inovadoras, integradas e
eficientes, que satisfaçam os clientes;
Visão, Missão, Valores e Estratégia
Visão
Consolidação sustentada da liderança em
Portugal e crescimento sustentável para
mercados internacionais
Missão
Gerir resíduos, na construção de um ambiente melhor.
Valores
· Liderança de Mercado;
· Confiança dos Clientes;
· Desempenho sustentável;
· Comprometimento das pessoas.
Com base na Missão, nos Valores, na Visão
e nos 10 Princípios do United Nations Global
Compact, a Administração da SUMA estabelece a política de gestão, comprometendo-se
a gerir a organização, numa perspectiva de
melhoria contínua, de acordo com os seguintes compromissos:
· Compromisso de Cumprimento
Cumprimento dos requisitos legais, normativos e contratuais aplicáveis e dos outros
requisitos que a Organização subscreva;
· Compromisso de Criação de Valor
Criação de valor para os Accionistas, Clientes, Trabalhadores, Fornecedores e demais
Partes Interessadas;
· Compromisso de Liderança
Consolidação da liderança no mercado nacional, promoção da expansão internacional
· Compromisso com as suas Pessoas e seu
Meio Social
Valorização profissional e pessoal dos Trabalhadores, adequação das suas competências
às funções que desempenham e apoio local
aos Trabalhadores e sua envolvente social;
· Compromisso com a Saúde e Segurança
Prevenção dos danos para a saúde, controlo e protecção para a eliminação ou redução
dos riscos para a Segurança e Saúde dos Trabalhadores e Terceiros;
· Compromisso com o Meio Ambiente
e alterações climáticas
Prevenção e controlo da poluição e utilização racional/eficiente da energia e da água,
entre outros aspectos;
· Compromisso de Melhoria Contínua
Melhoria contínua através da revisão periódica de objectivos, metas e processos e da
monitorização, medição, análise e inovação
permanentes ao nível do desempenho;
· Compromisso de Comunicação
Comunicação adequada às partes interessadas, promovendo o seu envolvimento na
Cultura de Qualidade, Ambiente, Segurança,
Inovação e Responsabilidade Social.
Apresentação e Perfil do Grupo
54 55
Organograma
Vocacionada para a Gestão de Resíduos e Limpeza Pública, a SUMA integra um conjunto
de empresas que se complementam e permitem alinhar e fortalecer competências na oferta
de serviços no Sector dos Resíduos.
GRUPO SUMA
INTERNACIONAL
SUMA
GRUPO SUMA
ASSOCIADAS E PARTICIPADAS
Serviços Urbanos e Meio Ambiente, SA
50%
AGIR
Ambiente e Gestão
Integrada
de Resíduos, Lda.
(Cabo Verde)
100%
100%
100%
SUMA Matosinhos
Ambilital
Serviços Urbanos e Meio Ambiente, Lda.
Investimentos Ambientais no Alentejo, EIM
SUMA Douro
CITRUP
Serviços Urbanos e Meio Ambiente, Lda.
Centro Integrado de Resíduos, Lda.
Ecolezíria - Empresa Intermunicipal
para o tratamento de Resíduos Sólidos, EIM
SUMA Esposende
Serviços Urbanos e Meio Ambiente, Lda.
100%
Ambibatalha
SUMA Porto
ERSUC
Novaflex
Tratofoz
Real Verde
Sociedade de Tratamento de Resíduos, SA
Técnicas de Ambiente, SA
52%
50%
Investambiente - Recolha de Resíduos
e Gestão de Sistemas de Saneamento Básico, S.A.
Resiges
Gestão de Resíduos Hospitalares, Lda.
33%
Novabeira
Gestão de Resíduos, SA
100%
TRIU
33%
50%
Técnicas de Resíduos Industriais e Urbanos, SA
70%
Relevante Função, Lda
SIGA
Sistema Integrado de Gestão Ambiental, SA
96,459%
RIMA
Resíduos Industriais e Meio Ambiente, SA
50%
Resilei
Tratamento de Resíduos Indústriais, SA
50%
Ambigere
Serviços Ambientais, SA
24,5%
20%
5,98%
Resíduos Sólidos do Centro, SA
Técnicas do Ambiente, SA
95%
30%
Gestão de Resíduos, SA
Serviços Urbanos e Meio Ambiente, Lda.
100%
49%
50%
TTRM
Transferência e Triagem de Resíduos da Madeira, ACE
1%
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
Certificações
A SUMA dispõe de várias certificações, que podem ser consultadas no quadro abaixo:
Certificações Grupo SUMA
Empresa
ÂMBITO
SUMA, SA
Sede e Centro
de Serviços de Aveiro
e Oliveira de Bairro
Gestão das actividades de limpeza
urbana, recolha e transporte de
resíduos não perigosos, gestão da
contentorização e sensibilização
e educação ambiental
SUMA, SA
Centro de Serviços
de Riba D’Ave
Triagem de resíduos de recolha
selectiva, tratamento por
compostagem de resíduos sólidos
urbanos e comercialização
de composto.
CITRUP
Centro Integrado
de Resíduos, Lda
Deposição controlada em aterro
de resíduos sólidos provenientes
da Central de Valorização
Energética e de resíduos sólidos
urbanos, durante os períodos de
paragem da mesma, assim como
todas as operações relacionadas
com estas actividades.
SISTEMA DE GESTÃO
NORMA DE
REFERÊNCIA
Sistema de Gestão da Qualidade
NP EN ISO 9001:2000
Sistema de Gestão Ambiental
NP EN ISO 14001:2004
Sistema de Gestão da
Segurança e Saúde no Trabalho
NP 4397:2001 / OHSAS
18001:1999
Sistema de Gestão da Qualidade
NP EN ISO 9001:2000
Sistema de Gestão da Qualidade
NP EN ISO 9001:2000
31-Mai-05
Sistema de Gestão Ambiental
NP EN ISO 14001:2004
24-Mai-05
Sistema de Gestão da
Segurança e Saúde no Trabalho
NP 4397:2001 / OHSAS
18001:1999
Sistema de Gestão de
Responsabilidade Social
SA 8000:2001
CORREIA & CORREIA
A Correia & Correia é uma empresa de gestão de resíduos que iniciou a sua actividade
em Setembro de 1988, na recolha de óleos
usados.
Desde 2002, iniciou um processo de evolução e diversificação, tornando-se uma
empresa de gestão global de resíduos
industriais.
Integrada no Grupo Mota-Engil, na Área de
Negócios de Ambiente e Serviços, possui uma
frota própria e os meios que lhe permitem a
recolha de resíduos em todo o Continente.
Como agente activo na preservação do
ambiente, assegura aos seus Clientes o
ENTIDADE
CERTIFICADORA
DATA DE
CONCESSÃO DO
29-Jun-06
APCER
28-Ago-08
28-Ago-08
APCER
APCER
29-Dez-05
24-Mai-05
18-Abr-07
cumprimento das obrigações legais de natureza ambiental, optimizando e racionalizando os custos associados à Gestão de
Resíduos Industriais.
Entre estes últimos, conta-se a triagem e armazenagem de resíduos industriais perigosos e banais, armazenagem e tratamento de
óleos usados, águas contaminadas e lamas
oleosas.
A gestão global de resíduos envolve uma
parceria estreita com os Clientes, compreendendo a caracterização preliminar da
realidade ambiental da empresa ao nível
da inventariação dos resíduos produzidos, do ponto de vista da sua segregação,
Apresentação e Perfil do Grupo
necessidades de acondicionamento e condições para carga e descarga, visando a
implementação do sistema global de gestão dos resíduos através do fornecimento
do adequado acondicionamento, recolha,
transporte, tratamento ou armazenamento
temporário dos mesmos, estando especialmente autorizada para proceder a esta
operação.
A Correia & Correia possui instalações de
tratamento e transferência de Resíduos,
onde recepciona e segrega um vasto leque
de resíduos, procedendo posteriormente ao
seu tratamento.
Executa ainda trabalhos na área de Limpeza
Industrial, actuando com meios de primeira
intervenção na minimização de danos ambientais em caso de derrame acidental de
combustíveis ou produtos químicos, limpeza, desgasificação e desmantelamento de
reservatórios e tanques, lavagens com jacto de água de alta pressão e desobstrução
e limpeza de redes de efluentes industriais,
detendo neste domínio as mais variadas
competências e os mais elevados padrões
de segurança.
A empresa dispõe de uma Unidade Industrial de Valorização de óleos usados, armazenamento temporário de resíduos industriais e tratamento físico-químico e de uma
unidade de armazenamento temporário de
resíduos, para além de um vasto conjunto
ENVIROIL
Esta empresa foi constituída em 2002, tendo como objectivo a reciclagem de óleos
lubrificantes usados e a sua valorização
energética.
A tecnologia empregue pela Enviroil passa
pela prévia eliminação das águas e dos sedimentos sólidos dos óleos, os quais, após
tratamento térmico de evaporação seguido
da respectiva condensação a que são sujeitos, permitem a obtenção de dois produtos
56 57
de equipamentos (contentores, camiões, plataformas e outros equipamentos
industriais).
De destacar, neste âmbito em particular, a
existência de um pavilhão destinado à estabilização/inertização de lamas, as quais,
após desidratação e estabilização, são
encaminhadas para eliminação em aterro
autorizado.
Encontra-se ainda apetrechada de um laboratório devidamente equipado, que permite
efectuar o controlo da qualidade do óleo usado
e águas residuais recepcionadas na Unidade.
A Correia & Correia apresenta no seu quadro técnico colaboradores experientes e
qualificados, apostando na sua permanente
valorização.
Organiza, por outro lado, acções regulares
de sensibilização e formação ambiental
junto dos seus Clientes. A implementação
de acções de melhoria ambiental de acordo
com as estratégias e políticas nacionais de
Ambiente, aplicando as melhores técnicas
disponíveis, nomeadamente ao nível do
tratamento físico-químico de águas residuais, preparação de resíduos, tratamento de
emissões gasosas e gestão de resíduos produzidos nas instalações industriais, constituem igualmente uma preocupação e um
vector primordial da política da empresa.
que podem ser incorporados como combustível em motores a gasóleo e para produção
de energia eléctrica injectada na rede pública de abastecimento eléctrico.
A Enviroil dispõe de um moderno complexo industrial, composto por um parque de
armazenamento e por uma nave de tratamento de óleos usados, bem como por uma
nave de produção de energia.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
EKOSRODOWISKO
A Ekosrodowisko, sedeada no Sul da Polónia, representa o esforço da Área de Negócios de Ambiente e Serviços no sentido da
internacionalização da sua actividade nos
mercados do Centro e Leste europeus.
A empresa dedica-se à recolha de resíduos
sólidos urbanos e limpeza urbana, bem
como à limpeza de neve durante o Inverno
e manutenção de espaços verdes.
O estudo dos materiais recicláveis e a gestão deste tipo de resíduos, através da criação de uma linha de triagem, estão entre as
apostas da empresa e desta Área de Negócios no futuro próximo.
2. ÁGUA
A Mota-Engil Ambiente e Serviços gere participações no mercado das concessões e
das parcerias público-privadas dos serviços de água e saneamento através da sua
participada Indaqua, uma das primeiras
empresas de capitais privados em Portugal
a realizar operações de captação, tratamento e distribuição de água para consumo
INDAQUA
Constituída em 1994, a Indaqua foi uma das
primeiras empresas de capitais privados
em Portugal a realizar operações de captação, tratamento e distribuição de água para
consumo público e a recolha, tratamento e
rejeição de efluentes, gerindo concessões
de serviços públicos de abastecimento de
água e saneamento.
Actuando em todo o vasto domínio da prestação de serviços ligados ao ciclo urbano da
água, a Indaqua, através de um modelo de
gestão integrado e flexível, detém concessões em cinco concelhos do território continental (Fafe, Santo Tirso, Trofa, Santa Maria
da Feira e Matosinhos), servindo cerca de
550.000 habitantes.
As concessões conduziram à criação de empresas autónomas, o que, além de imperativo
legal, permite o reforço das economias locais e
integra o prestador do serviço na comunidade,
público e a recolha, tratamento e rejeição
de efluentes.
A sua participada Hidrocontrato complementa esta actividade, assegurando a concepção, construção, operação e manutenção de
empreendimentos de engenharia nos domínios da hidráulica e saneamento básico.
potenciando a sua responsabilização directa e
criando centros de decisão de proximidade.
No decurso do ano de 2006, a Indaqua iniciou um projecto de concepção e implementação de um Sistema Integrado de Gestão da
Qualidade, Ambiente, Higiene e Segurança,
tendo obtido, em 2007, a tripla certificação.
A sistematização dos procedimentos internos
de actuação e de interacção com as empresas
concessionárias em que participa foi um dos
passos do desenvolvimento do sistema integrado, permitindo obter elevados níveis de
eficiência que se reflectem também no serviço que estas prestam aos seus Clientes.
Consciente da sua missão de prestar os serviços públicos de abastecimento de água e
saneamento e de executar os investimentos
tendo em vista garantir os melhores padrões
de qualidade estabelecidos para o sector, a
Apresentação e Perfil do Grupo
Indaqua tem como visão liderar a prestação
deste tipo de serviços em Portugal.
Tal mostra-se alicerçado num quadro de valores que primam pela transparência no relacionamento com todas as partes interessadas e
num serviço público orientado para o Cliente.
Assim, a política de qualidade da Indaqua
assenta na melhoria contínua do serviço
prestado através da monitorização constante da qualidade da água, obedecendo a um
Programa de Controlo da Qualidade da Água
(PCQA), de que se destaca a análise dos seus
parâmetros em laboratórios acreditados e
independentes que asseguram a qualidade
final do produto.
O “Compromisso Ambiental” da Indaqua,
como vector estratégico da sua política de
gestão ambiental, funda-se em domínios
de intervenção fundamentais, de que se
destacam o planeamento das actividades
visando a minimização dos seus impactos
ambientais e a promoção da consciência
ambiental envolvendo as comunidades no
desenvolvimento de soluções para os problemas com ele relacionados.
A Indaqua definiu ainda como prioridade máxima na exploração dos sistemas públicos de
abastecimento de água a gestão integrada
da água, desde a captação até a distribuição
ao cliente final.
Para isso, tem vindo a investir um importante volume dos seus recursos no desenvolvimento e implementação dos melhores
procedimentos e práticas de gestão de redes, com auxílio das tecnologias mais sofisticadas existentes em todo o mundo, sendo
hoje considerada uma referência no sector
a este nível.
Este esforço tem sido particularmente visível no combate às perdas dos sistemas de
abastecimento de água, cuja intervenção é
de molde a produzir importantes ganhos de
eficiência económica para além dos enormes
benefícios ambientais daí decorrentes.
No seu esforço de relacionamento e auscultação das partes interessadas, a Indaqua
58 59
foi pioneira em Portugal ao introduzir nas
concessões de serviços públicos de abastecimento de água e saneamento o Conselho
do Consumidor e Ambiente, com a participação de representantes das Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia, e o Provedor,
com funções associadas aos interesses dos
consumidores e ao estabelecimento de uma
prática aberta de relacionamento.
A inserção na comunidade inclui ainda a
política de recrutamento, de selecção de
fornecedores e a política de informação,
em que se privilegia sempre o mercado e os
agentes locais.
De destacar também a edição de folhetos
dedicados à problemática do uso racional da
água, a realização de palestras em escolas
e juntas de freguesia e a criação de dias de
visita às instalações afectas à exploração.
Também a resolução de situações de famílias carenciadas utilizadoras do serviço
tem merecido particular atenção por parte
da Indaqua, nomeadamente através de um
atendimento personalizado, analisando e
propondo soluções caso a caso, baseadas
em modos faseados de pagamento ou outros que se tornem mais adequados.
Este relacionamento contribui decisivamente para melhorar a percepção pública face à
utilidade e relevância deste tipo de serviços
e indicia uma atitude socialmente responsável perante a comunidade enquanto imperativo fundamental dos valores e da política de
gestão da Indaqua.
Em 2008, o Grupo Mota-Engil reforçou a sua
participação na Indaqua em 7,2%, tornandose assim seu accionista maioritário, com
50,06% do capital social.
Igualmente em 2008, e em resultado de um
concurso público lançado pelo município de
São João da Madeira, o Grupo irá adquirir 49%
das Águas de São João, EM, SA, numa parceria
público-privada com a edilidade são-joanense
e que consistirá na gestão e exploração de
água e saneamento neste município, que serve uma população de 22.000 habitantes.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
3. PORTOS E LOGÍSTICA
No desempenho da função de interface mar/
terra, os portos têm uma função eminentemente estruturante de todo o sector de
transportes e da economia nacional.
transformação e integração do sector logístico e dos transportes.
Em resposta ao crescimento das trocas comerciais e do correspondente aumento da
procura global de transportes marítimos,
o Grupo Mota-Engil concretizou em 2007 a
aquisição da TERTIR.
A articulação entre o sector portuário e o
dos transportes, a que acrescerá a futura
incorporação da plataforma logística nacional do Poceirão LOGZ, Atlantic Hub – a
desenvolver em parceria com outras entidades no quadro do programa Portugal
Logístico –, permite ao Grupo Mota-Engil
oferecer ao mercado um serviço integrado,
independente dos vários operadores.
A gestão do segmento portuário e logístico,
através da sua Área de Negócios do Ambiente e Serviços, inclui ainda participações
nas empresas Tersado e Sadoport, bem
como na CargoRail/Takargo, actuando no
domínio do transporte ferroviário de mercadorias e visando assim contribuir para a
De referir, como exemplos reveladores da pretendida lógica de integração, a disponibilidade
de espaços de referência para parqueamento
de mercadorias; extensões de cais superiores
a 4500 metros; a proximidade das vias rodoviárias e ferroviárias; e a disponibilidade de
terminais com estatuto alfandegário tipo A.
TERTIR
O ano de 2005 marca a entrada do Grupo
Mota-Engil no sector das operações portuárias, através das participações accionistas adquiridas na Sadoport e Tersado em Setúbal.
Em 2007, consumou a aquisição da TERTIR,
reforçando significativamente a sua presença neste sector.
A TERTIR está presente nos Portos de Aveiro,
Figueira da Foz, Leixões e Lisboa, englobando empresas directamente ligadas à exploração de terminais portuários e empresas
que desenvolvem actividades logísticas e
tecnológicas aplicadas ao sector.
No Porto de Aveiro, a Socarpor Aveiro opera
em regime de concessão um terminal multiusos onde se efectuam movimentações de
carga geral e granéis.
Esta empresa tem vindo a encetar um ambicioso programa de investimentos, compreendendo a aquisição de quatro gruas
móveis e a construção de equipamentos de
movimentação e silos para a recepção e armazenamento de cereais.
Tal permitirá constituir uma alternativa às
instalações já existentes nos portos de Leixões e Lisboa, para além da focalização estratégica na captação de novos mercados,
em particular o “hinterland” representado
pelas regiões espanholas de Castela e Leão.
No Porto da Figueira da Foz, através da Liscont — Figueira da Foz, as operações portuárias de movimentação de cargas visam,
sobretudo, o sector da indústria da pasta e
do papel e os produtos siderúrgicos.
Através do TCL, Terminal de Contentores de
Leixões, SA, opera em regime de concessão
os dois terminais de contentores existentes
naquele porto, prestando ainda serviços de
parqueamento de contentores no terminal e
serviços de “depot”. Possui igualmente os
estatutos de depósito temporário e de armazém de exportação.
O TCL iniciou a sua actividade operacional
em Maio de 2000, data em que a exploração desta actividade passou a ser cometida ao sector privado, na sequência de um
Apresentação e Perfil do Grupo
processo de concessão efectuado pela Autoridade Portuária do Porto de Leixões.
O Porto de Leixões e o seu Terminal de Contentores são parte integrante do sistema portuário europeu, desempenhando um papel de
relevo na fachada atlântica da Península Ibérica, onde se assume como a estrutura inter-regional mais importante, sendo referência para
as cadeias logísticas que operam nesta área.
A vocação do Terminal de Contentores para o
“short sea shipping”, com especial incidência na componente “feeder”, tem permitido
o crescimento sustentado do TCL, mas não
esgota a sua missão de criar condições de
atractividade, quer às linhas “Deep Sea”,
quer às operações de valor acrescentado,
ambas ditadas pelo novo ambiente logístico
nascido com a globalização.
No Porto de Lisboa, a Liscont e a Sotagus operam, em regime de concessão, os dois principais terminais de contentores da capital.
De realçar igualmente a participação da Liscont na concessionária MPDC – Sociedade
de Desenvolvimento do Porto de Maputo, em
Moçambique, responsável pela gestão em
regime de “master concession” dos diversos
terminais do Porto de Maputo.
60 61
Através da Transitex, a TERTIR actua na área
logística, operando em Portugal e Espanha,
com escritórios nos dois países, e representações na Lituânia, no Brasil, nos Estados Unidos e na China.
Tem vindo a desenvolver a sua actividade na
organização de fluxos logísticos que ligam
o mercado ibérico a destinos oceânicos longínquos, utilizando os terminais portuários
do Grupo e constituindo assim um vector
importante no desenvolvimento dos seus
terminais de contentores.
Por via da E.A. Moreira, actua no agenciamento a uma empresa madeirense de navegação e, por intermédio da Lisprojecto,
a TERTIR desenvolve software de apoio à
planificação e controlo das operações portuárias e do sector logístico, suportando ainda
as empresas do Grupo na aquisição e manutenção de hardware.
O ano de 2008 é marcado pela pré-qualificação da TERTIR no porto de Ennore, na Índia, e
pelas pré-qualificações nos portos de Guaymas, no México, e La Paita, no Peru, atestando assim o esforço de penetração e promoção comercial da marca no estrangeiro.
SADOPORT E TERSADO
No Porto de Setúbal, a Tersado e a Sadoport
actuam como concessionárias dos terminais
multiusos daquele porto prestando serviços
de movimentação portuária de carga geral
fraccionada, carga “roll-on/roll-off”, granéis
sólidos e carga contentorizada.
TAKARGO
A Takargo é a primeira empresa privada
portuguesa a marcar presença no sector
do transporte ferroviário de mercadorias,
dispondo igualmente de soluções multimodais integradas de transporte.
A Takargo iniciou já as suas operações,
tendo ainda firmado um acordo com a espanhola Comsa Rail Transport para o desenvolvimento conjunto de operações ferroviárias de mercadorias na Península Ibérica.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
LOGZ - Atantic Hub
Participado pelo Grupo Mota-Engil e integrado na rede das Plataformas Logísticas Nacionais, será desenvolvido, em Palmela, um
“hub” logístico de vocação global.
Este novo espaço será dotado de todos os
serviços necessários às empresas, pessoas
e transportes, vocacionando-se para a promoção e criação de soluções logísticas agregadoras de valor na cadeia de distribuição.
Posicionado como o mais ocidental “hub”
logístico da Europa e com excelentes acessibilidades rodo-ferroviárias, permite que
se torne uma porta de entrada de excelência
para o tráfego de mercadorias dos continentes americano e africano, criando ainda uma
nova alternativa na Península Ibérica para o
“short sea shiping” europeu.
O desenvolvimento do LOGZ – Atlantic Hub
permitirá criar uma verdadeira Cidade Logística, com espaços que contemplam uma área
logística multifuncional (centro de distribuição terrestre, plataformas de grupagem de
mercadorias e centro de logística e transformação), uma área de logística e exposição
(área de exposição, centro de distribuição
terrestre e centro de grupagem de mercadorias), uma área de logística intermodal
(áreas multifuncionais não-edificadas com
terminais ferroviários dedicados e área destinada a mercadorias de grande volume),
um centro intermodal (áreas de consolidação/desconsolidação de composições, intermodalidade “rodo/ferro” e “ferro/ferro”,
“shuttle” periódico aos portos de Lisboa,
Setúbal e Sines, ligações regulares a Espanha e à Europa, ligação à futura Rede de Alta
Velocidade Ferroviária, coexistência das
bitolas ibérica e europeia, zona de armazenagem de contentores e movimentação de
carga geral) um centro de serviços integrados (“business centre”, espaços comerciais
de apoio, hotel, jardim infantil, parque de
lazer e serviço de aluguer de equipamento),
para além de um centro de apoio ao transporte rodoviário, contemplando uma zona
de estacionamento de veículos pesados,
com áreas de descanso e stands de venda e
oficinas de reparação de veículos.
4. MULTISSERVIÇOS
Na vastíssima área dos Serviços, o Grupo
Mota-Engil agrega um conjunto de empresas
vocacionadas para a prestação de serviços
em áreas em que a subcontratação se afigura como uma alternativa flexível e eficaz,
permitindo assim uma adequada racionalização de custos a par do aproveitamento de
uma forte componente de inovação e especialização que em muito aproveitam, quer ao
universo de empresas que integram o Grupo
Mota-Engil, quer aos seus clientes externos.
Entre o conjunto de empresas que integram
esta área, é de referir a actuação nos segmentos da manutenção industrial e de edifícios, através das suas participadas Manvia e Almaque: arquitectura paisagística e
concepção, construção e manutenção de
espaços verdes e campos de golfe, através
da Vibeiras e Áreagolfe e, mais recentemente, da VBT, marcando a entrada no mercado
angolano; operação de mercados electrónicos, por via da sua participada Vortal; e serviços nas mais diversas áreas de marketing
directo, através da Lokemark.
Apresentação e Perfil do Grupo
MANVIA
A Manvia iniciou a sua actividade 1998.
As actividades da Manvia enquadram-se
no conceito de multisserviços, abrangendo uma vasta área de intervenção, desde a
manutenção até à gestão de contratos externos, garantindo aos seus clientes a prestação de serviços baseada numa estrutura
técnica sólida e inovadora, que potencia as
valências-alvo específicas das necessidades dos clientes.
Na área das vias de comunicação, a Manvia
dispõe da capacidade, equipamentos e mão-de-obra especializada para a manutenção
e gestão da manutenção de infra-estruturas
de transporte, como sejam vias rápidas, auto
- estradas, estações ferroviárias e portos.
Estão actualmente sob a responsabilidade
directa da Manvia, em termos de manutenção, mais de 400km de auto-estradas e vias
rápidas, no que se refere à manutenção de
iluminação pública, instalações eléctricas,
praças de portagem e estações elevatórias.
Preparada para dar resposta às crescentes
solicitações do mercado, em termos das
necessidades específicas de edifícios complexos, incluindo os centros comerciais, a
Manvia tem centrado grande parte da sua
actividade nesta área.
Os serviços prestados pela Manvia neste
segmento são concebidos e executados
à medida das necessidades dos clientes,
englobando a manutenção de instalações
e equipamentos de electricidade, AVAC,
águas e esgotos e outras especialidades,
a gestão de contratos externos (vigilância,
limpeza, jardinagem, elevadores, sistema
especiais de segurança), “facilities management”, gestão de manutenção, concepção e implementação de planos de manutenção programada e gestão ambiental na
perspectiva do cliente.
As necessidades de gestão, planeamento e
controlo da manutenção no segmento industrial, onde a empresa igualmente opera, conduziram à definição de um posicionamento
62 63
específico da Manvia neste sector. Os serviços prestados pela Manvia nesta área englobam a gestão da manutenção, bem como a
limpeza e desobstrução de colectores, num
trabalho de parceria desenvolvido com outras empresas especializadas.
A especificidade das necessidades de manutenção das cimenteiras levou a Manvia a adquirir participação significativa na ALMAQUE,
líder ibérica na classificação de corpos moentes e engenharia de desobstrução para
cimenteiras.
Paralelamente e através da sua participada
Engeglobo, actua junto de empresas concessionárias do sector portuário ao nível da
manutenção de equipamentos de carga e
descarga de contentores, detendo competências especializadas neste domínio.
A prestação de serviços na área do ambiente
tem vindo, por outro lado, a tornar-se numa
das actividades mais significativas da Manvia, tendo em vista as perspectivas de evolução do sector.
Nesta área, a Manvia presta serviço no sector das águas e águas residuais, abrangendo
a exploração e manutenção de ETA, ETAR e
EE, limpeza e inspecção vídeo de colectores
e reabilitação de colectores (sem abertura
de vala).
A necessidade de continuamente melhorar os
padrões da prestação de serviços em manutenção e gestão da manutenção levou igualmente a Manvia a desenvolver e implementar
um conjunto de soluções tecnológicas que
complementam as normais actividades de
manutenção programada e correctiva, designadamente ao nível da manutenção condicionada (análise de condição — vibrometria
e termografia), auditorias de manutenção,
criação e implementação de planos de manutenção programada, gestão energética de
edifícios e gestão global da manutenção.
A Manvia tem investido em instrumentos que
permitem reduzir custos e o impacto negativo da sua actividade no meio ambiente com,
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
por exemplo, o investimento num sistema de
GPS para controlo dos custos da frota, definição de rotas mais adequadas e controlo
das emissões através da promoção de uma
utilização mais responsável dos meios de
transporte.
A Manvia promove também formação que
visa alteração de comportamentos ao nível
ambiental e de segurança.
Na sua actuação, a Manvia tem fortes preocupações ao nível da melhoria da eficiência
VIBEIRAS
A Vibeiras é uma empresa especializada no
sector da arquitectura paisagística, prestando serviços nas áreas de projecto, construção
e manutenção de espaços exteriores.
Exercendo a sua actividade desde 1990, a
Vibeiras executou já mais de 700 obras e
dispõe de um total de áreas verdes concessionadas de cerca de 400 hectares.
Ao nível do projecto, a concepção de soluções passa pelo seu gabinete de projectos,
que conta com uma equipa pluridisciplinar
de arquitectos paisagistas e técnicos de diversas áreas da engenharia.
A abordagem integrada de concepção/construção dos projectos tem constituído na Vibeiras uma importante garantia na qualidade do serviço prestado.
Ao nível da construção/execução, o elevado
grau de especialização das suas equipas e
um parque de máquinas e equipamentos de
grande valia permitem à Vibeiras garantir os
respectivos prazos de execução e uma elevada qualidade nas obras executadas.
Os serviços de manutenção, operação que
é hoje assegurada por dezenas de equipas
especializadas, desdobram-se numa operação que envolve cerca de 400 hectares de
não só energética mas também na redução
dos efeitos nocivos dos equipamentos que
intervenciona, promovendo a substituição
de equipamentos menos eficientes (como a
substituição de lâmpadas incandescentes
por lâmpadas economizadoras quer nos centros comerciais, quer nas vias públicas) e a
implementação de sistemas de segurança
que permitam evitar potenciais danos para o
ambiente.
Através de trabalho especializado, a Manvia
permite a reduzir a factura energética no
sector das cimenteiras.
áreas concessionadas, em vários pontos do
País, integrados em contratos de manutenção de espaços verdes, num prolongamento
natural do trabalho de construção executado pela empresa.
Tal tem vindo a permitir uma adequada
racionalização de custos a par do aproveitamento de uma forte componente de inovação e especialização que em muito aproveitam, quer ao universo de empresas que
integram o Grupo Mota-Engil, quer aos seus
clientes externos.
A empresa iniciou já o seu processo de internacionalização, tendo constituído em Angola, conjuntamente com um parceiro local,
a empresa VBT – Arquitectura Paisagista, a
quem já foi adjudicado um conjunto inicial de
trabalhos.
A Vibeiras tem certificado o seu Sistema de
Gestão da Qualidade.
Apresentação e Perfil do Grupo
ÁREAGOLF
Esta empresa resultou de uma parceria
estabelecida entre a Vibeiras e um grupo
de reconhecidos especialistas na área da
construção, manutenção e gestão de campos de golfe, a que esta empresa se dedica
em exclusivo, estando actualmente envolvida em diversos projectos nacionais e
internacionais.
Na perspectiva da gestão integrada de campos de golfe, a Áreagolfe desenvolve a sua
actividade nos segmentos da construção e
renovação de campos de golfe (movimentação de terras, “shaping” e trabalhos de finalização, sistemas de rega e drenagem, lagos,
“bunkers”, “tees”, “greens”, “fairways”,
“driving ranges” e topografia), manutenção
(gestão total integrada e supervisão e gestão da manutenção) e prestação de outros
serviços especializados de manutenção.
64 65
Na vertente da gestão comercial de campos de
golfe, tem como objectivos, através do conhecimento aprofundado do negócio e utilizando
as adequadas ferramentas de gestão e marketing, tornar o golfe um negócio independente,
desenvolvendo uma estratégia de comercialização dos diversos campos de golfe onde
opera e disponibilizando ao mercado os meios
de gestão e o pessoal necessários para o exercício de qualquer função num campo de golfe.
De destacar também os serviços prestados ao nível da consultoria especializada e
auditoria, avaliação e aconselhamento na
gestão e manutenção, apoio agronómico e
serviços laboratoriais, irrigação, drenagem,
estudos de impacto ambiental, acompanhamento e gestão ambiental, para além da
gestão de frotas, “pró-shop” e estudos de
viabilidade económico-financeira.
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VBT
A VBT, participada maioritariamente pela Vibeiras, nasceu com o propósito de desenvolver em
Angola actividades na área dos jardins e arranjos
exteriores, relvados desportivos e, ainda, de comercializar equipamento urbano e desportivo.
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Com a criação da VBT, a área de Ambiente e
Serviços dá um passo em frente no cumprimento da sua estratégia de internacionalização, com a entrada no mercado angolano.
VORTAL
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A Vortal, participada do Grupo Mota-Engil, A empresa conta com mais de 90 colabo�����������������������
é uma empresa portuguesa de���
tecnologias
radores distribuídos pelos escritórios de
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de informação líder em plataformas elec- Lisboa, Porto e Vigo, e pelo Laboratório de
trónicas baseadas na Internet, destacada Inovação e Desenvolvimento do “campus”
no mercado ibérico de comércio electró- da Faculdade de Ciências e Tecnologia da
nico G2B2B (“Government to Business to Universidade Nova de Lisboa.
Business”).
Após ter criado, em 2001, o mercado elecTem como missão integrar, por via electrónica, trónico “econstroi”, vocacionado para o
os processos de negócio entre as empresas e sector da construção e que é líder destao Estado, tornando as transacções mais rápi- cado na Península Ibérica no seu segmendas, simples, seguras e confidenciais, ofere- to e uma referência a nível internacional,
cendo serviços inovadores que aportam valor actualmente a Vortal opera seis mercados
e reforçam a competitividade dos clientes.
electrónicos dirigidos a diferentes sectores
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
de actividade: econstroi, vortalGOV, vortalINDUSTRY, vortalENERGY&UTILITIES, vortalOFFICESUPPLIES e vortalHEALTH.
Num quadro de diversificação das suas actividades, alargou a sua oferta ao sector público,
com o lançamento de uma plataforma complementar ao “econstroi”, que passou a possibilitar às entidades públicas a gestão electrónica de todos os processos de contratação.
Inteiramente desenvolvida em Portugal,
esta plataforma é já uma das mais relevantes no plano europeu no domínio da contratação pública.
A crescente realização de negócios extra-construção motivou igualmente, em finais
de 2006 o lançamento de novos mercados
electrónicos direccionados para outros sectores da actividade económica, mormente a
indústria, energia e “utilities”.
LOKEMARK
A Lokemark iniciou a sua actividade em
2003, passando a ser uma participada do
Grupo Mota-Engil a partir de 2007.
A Lokemark desenvolve, em regime de “outsourcing”, um conjunto de actividades nas
mais diversas áreas do Marketing Directo,
detendo, para o efeito, uma vasta e experiente equipa de profissionais especializados, equipamento tecnologicamente avançado e instalações aptas a garantir total
operacionalidade e segurança.
Tem como principais segmentos de actividade as áreas do “fulfillment” (embalamento manual, tratamento de devoluções
e organização e gestão de concursos),
“data entry” (digitação de dados, questionários, RSF, cupões, notas de encomenda),
“contact center” (“callcenter”, “inbound”,
“outbound” e telemarketing), “billing”
(emissão de facturação, gestão informática de cobranças, transferências bancárias,
contra-reembolsos e encomendas postais),
Para além dos negócios de compra e venda
suportados electronicamente, a Vortal disponibiliza uma verdadeira oferta integrada
que permite efectuar actividades de prospecção, promoção de produtos e serviços,
negociação, obtenção de informação de
gestão e divulgação de marcas e produtos.
Em 2007, obteve igualmente a certificação
pela norma ISO 27001, tendo sido a terceira
empresa portuguesa a obter este reconhecimento que constitui a verdadeira referência internacional no domínio da segurança
da informação.
Ao longo destes oito anos de actividade,
foram já transaccionados nas plataformas
de contratação da Vortal perto de 4 mil milhões de euros, pelas mais de 13.000 empresas acreditadas.
facturação electrónica (criação e envio de
factura electrónica certificada, envio massivo de e-mails e colocação em portal de
arquivo), personalização (impressão laser,
endereçamento “inkjet” de documentos),
plastificação, envelopagem, cortes, dobras,
etiquetagem, colagens e agrafagens, tratamento de bases de dados, armazenamento
(recepção de materiais com área superior
a 2.000m2 e capacidade de armazenagem
vertical superior a 1500 euro-paletes, com
gestão de stock e logística de cargas e
descargas), bem como preparação do correio e entrega directa aos CTT ou outros
distribuidores.
Com um vasto conjunto de clientes directos e indirectos, operadores de marketing
e agências de publicidade e meios, a Lokemark posiciona-se num sector de actividade
exigente e competitivo com amplas perspectivas de crescimento futuro.
Apresentação e Perfil do Grupo
4.4.3
CONCESSÕES DE TRANSPORTES
Introdução
INDICADORES FINANCEIROS
Fruto da sua reconhecida experiência na
concretização e desenvolvimento de parcerias público-privadas, o Grupo Mota-Engil,
em consórcio com reputados parceiros, tem
vindo a afirmar-se de forma crescente neste
segmento de mercado em forte expansão.
Vendas e Prestações de Serviços:
€ 117 milhões
Activos geridos:
€ 3,9 mil milhões
Infra-estruturas rodoviárias
concessionadas: + 1.500 km em 4 países
As Concessões de Transportes constituem,
para o Grupo Mota-Engil, uma área do maior
relevo e vital importância estratégica, sendo
desenvolvida através da sua sub-holding
Mota-Engil Concessões de Transportes.
Através da sua participada AENOR, mantém
a vice-liderança como concessionária em
Portugal de infra-estruturas rodoviárias,
marcando ainda presença de referência noutras infra-estruturas de transportes.
O crescimento consolidado desta Área de Negócios permite já hoje a presença em quatro
ASCENDI
A Ascendi é detida em 60% pelo Grupo
Mota-Engil e em 40% pelo Grupo Banco Espírito Santo.
As participações a aportar a esta empresa
são as detidas pela Mota-Engil Concessões
de Transportes, SGPS, SA e pela ESConcessões, SGPS, SA
Entre as concessões detidas pela Ascendi contam-se, em Portugal, as que fazem
parte do domínio da AENOR, Auto-Estradas
do Norte, SA (Norte, Grande Porto, Costa de Prata, Beiras Litoral e Alta e Grande
Lisboa), Scutvias (Beira Interior), ViaLitoral
(Madeira) e Lusoponte (pontes 25 de Abril
e Vasco da Gama, em Lisboa), no domínio
rodoviário e pontes, bem como a MTS (metropolitano ligeiro da margem Sul do Tejo),
no segmento ferroviário.
Em Espanha, avultam as concessões rodoviárias da Autopista Madrid-Toledo, Autovia de Los
Viñedos, Autovia de Los Lianos e Madrid 407.
66 67
países, estando em curso a sua expansão para
novos mercados e geografias internacionais.
O ano de 2007 representa ainda um marco
de enorme relevância no posicionamento
estratégico do Grupo Mota-Engil e da sua
Área de Concessões de Infra-Estruturas de
Transportes com a criação da Ascendi, Concessões de Transportes, SGPS, SA.
Fruto de uma parceria de cerca de uma década com o Grupo Banco Espírito Santo em
diversos projectos, foi acordada e formalizada a criação deste um novo veículo societário onde ambos os Grupos irão concentrar
os seus activos nesta área.
Actividades principais
- Auto-estradas
- Vias Rápidas
- Pontes
- Metropolitano
No México, a concessão rodoviária denominada Autopista Perote-Xalapa.
Mais recentemente, a Ascendi integrou
o consórcio adjudicatário da concessão
Marechal Rondon-Leste, marcando assim
a sua entrada no mercado do Brasil. Esta
concessão, por 30 anos, tem uma extensão
prevista de 410kms, elevando assim a mais
de 1500kms a extensão das vias concessionadas detidas pela Ascendi.
Durante os anos mais próximos, a Ascendi
concentrará grande parte dos seus esforços
e recursos no programa de concessões de
infra-estruturas anunciado e lançado pelo
Governo português, nos segmentos rodoviário, ferroviário e aeroportuário, bem como na
expansão da sua actividade nos mercados-alvo internacionais, designadamente na Europa Central e de Leste e na América Latina.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
AENOR
A AENOR representa, na área de Concessões
de Transportes, a maior parcela dos activos
em infra-estruturas concessionadas.
Para promover a mobilidade dentro de Portugal, o Governo lançou em 1997 um concurso público internacional para a concepção, projecto, financiamento, construção,
manutenção e exploração de mais de 175km
de auto-estradas, ligando o litoral norte ao
interior norte do País.
Em 1999, a respectiva concessão foi atribuída a um consórcio de empresas portuguesas ligadas aos sectores de construção e
financeiro que acreditaram num projecto de
futuro com impacto positivo no desenvolvimento económico e social do País. Assim
nasceu a AENOR.
Na sequência do PRN 2000 (Plano Rodoviário Nacional), aprovado pelo Decreto-Lei
n.º 222/98, de 17 de Julho, foram lançados
outros concursos internacionais a que concorreu a AENOR.
Em quatro desses concursos, as propostas
da AENOR foram consideradas as melhores.
Foram assim atribuídas à AENOR, sequencialmente nos anos de 2000, 2001 e 2002,
três concessões de auto-estradas e, no início de 2007 e finais de 2008, foram atribuídas mais duas concessões.
Hoje, passados apenas 10 anos sobre o início da primeira concessão, a AENOR continua em expansão.
O seu forte dinamismo é potenciado por
uma equipa de gestão cujas competências,
formação e experiência permitiram implementar as mais avançadas técnicas e instrumentos de gestão.
A AENOR é hoje reconhecida como um grande “player” nacional nesta área, ao introduzir um factor concorrencial no panorama nacional de concessionárias de auto-estradas
e outras infra-estruturas rodoviárias.
A AENOR serve hoje um conjunto de seis
concessionárias que, juntas, são responsáveis por cerca de 850km de auto-estradas e
outras infra-estruturas rodoviárias concessionadas pelo Estado Português.
Com um investimento em estudos, projectos e construção de 3,6 mil milhões de euros correspondentes a 421Km em regime
SCUT a 200Km em regime de portagem real
e a 213Km de itinerários principais e complementares, a AENOR é um dos maiores
investidores nacionais, gerando, directa e
indirectamente durante o período mais intenso de construção, mais de 9000 postos
de trabalho.
Descrevem-se, em seguida, os principais
indicadores relativos a cada uma das seis
concessões.
Apresentação e Perfil do Grupo
Concessão Norte
Atribuída em 1999 à AENOR – Auto-Estradas
do Norte, SA, através de um concurso público
internacional, a Concessão Norte constitui um
dos maiores projectos rodoviários desenvolvidos nos últimos anos em Portugal.
O contrato celebrado integra a concepção, projecto, construção, financiamento,
exploração e conservação, em regime de
portagem real, por um período de 30 anos.
Com um total de 175km, esta concessão
liga zonas fortemente industrializadas e de
Concessão Norte em números:
Principais Lanços
Investimento total:
€ 1.570 milhões
Lanços
Extensão: 175,1km
ÁREAS DE SERVIÇO: 6
Através da A7 e da A11, as auto-estradas que
constituem esta concessão, é possível ligar
de uma forma rápida e cómoda, o litoral Norte
do país e, Vila Pouca de Aguiar que, através
da A24, estabelece a ligação a Espanha e Vila
Real; e a A4, que permite o acesso a Amarante, Castelões, Penafiel e Marco de Canaveses.
Extensão (km)
A28/Barcelos
A11
12,6
Barcelos/Braga
A11
14,8
Braga/Guimarães
A11
17,1
Guimarães/A4
A11
26,7
A28/Famalicão
A7
20,3
Famalicão/Guimarães
A7
22,0
Guimarães/Fafe
A7
14,2
Fafe/Basto
A7
20,0
Basto/Vila Pouca Aguiar (A24)
A7
27,4
O contrato celebrado integra a concepção,
projecto, construção, aumento do número de vias, financiamento, exploração e
Concessão Costa de Prata em números:
Principais Lanços
Investimento total:
€ 492 milhões
Lanços
Áreas de serviço:
5 (uma das quais não foi
sub-concessionada
pelo grupo AENOR)
grande densidade populacional, como Vila
do Conde, Braga, Guimarães, com regiões
tradicionalmente com menor poder de compra e de difícil acessibilidade.
Auto- ESTRADA
Concessão Costa de Prata
Atribuída em Maio de 2000 à Lusoscut –
Auto-Estradas da Costa de Prata, SA, através de um concurso público internacional,
a Concessão Costa de Prata integra 110km
de auto-estrada, no litoral, entre as regiões
Norte e Centro do País.
Extensão: 110km
68 69
conservação, em regime de portagem sem
cobrança aos utilizadores (SCUT), por um
período de 30 anos.
Permitindo a circulação de forma rápida e
segura, esta concessão assume-se como
um eixo complementar a outros itinerários
principais, fazendo a ligação entre as principais cidades do litoral Norte do País, entre
Porto e Mira.
Auto- ESTRADA
Extensão (km)
Coimbrões – ER.1-18
A44
ER.1-18 – IP1 (Miramar)
A29
3,8
7,5
Miramar – Maceda
A29
16,2
Maceda – Estarreja
A29
18,4
Estarreja – Angeja
A29
15,8
Barra – Nó com A1
A25
22,8
Aveiro – Mira
A17
25,1
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
Concessão Beiras Litoral e Alta
Atribuída em 2001 à Lusoscut – Auto-Estradas das Beiras Litoral e Alta, SA, através de
um concurso público internacional, a Concessão das Beiras Litoral e Alta teve como
principal objectivo de base a melhoria das
condições de circulação e segurança no IP5.
O contrato celebrado integra a concepção,
projecto, construção, aumento do número de vias, financiamento, exploração e
conservação, em regime de portagem sem
cobrança aos utilizadores (SCUT), por um
período de 30 anos.
Concessão Beiras Litoral
e Alta em números:
Principais Lanços
Investimento total:
€ 1.020 milhões
Lanços
Extensão: 173km
Áreas de serviço:
6 (três das quais não
foram sub-concessionadas
pelo grupo AENOR)
Esta concessão permite o acesso das cidades da Guarda e Viseu ao litoral, constituindo a principal ligação da zona Centro a
Espanha e resto da Europa, através da fronteira de Vilar Formoso.
Em Março de 2002, recebeu o prémio
“European Transport Project Finance Deal
of the Year”, atribuído pela prestigiada
publicação “Euromoney”, na categoria de
infra-estruturas de transportes.
Auto- ESTRADA
Extensão (km)
Albergaria (IP1) – IC2
A25
4,7
IC2 – Viseu
A25
59,3
Viseu – Mangualde
A25
16,9
Mangualde – Guarda
A25
55,8
Guarda – Vilar Formoso A25
35,8
Concessão Grande Porto
Atribuída em 2002 à Lusoscut – Auto-Estradas do Grande Porto, SA, através de um
concurso público internacional, a Concessão do Grande Porto veio conferir uma nova
mobilidade a uma das principais cidades do
Norte do País.
O contrato celebrado integra a concepção,
construção, duplicação e aumento do número de vias, financiamento, exploração e
conservação, em regime de portagem sem
cobrança aos utilizadores (SCUT), por um
período de 30 anos.
Esta concessão contribui de forma inegável
para a melhoria da qualidade de vida de
quem reside e/ou trabalha no distrito do
Porto e para o desenvolvimento económico
e social da região e do País.
Com efeito, através dos 56km que integram
este eixo rodoviário de auto-estradas,
é possível:
· aceder a uma rede alternativa de grande
velocidade para ligações entre a área metropolitana do Porto e os municípios que
se situam a Norte (Valongo, Paredes, Penafiel, Paços de Ferreira, Lousada e Felgueiras);
· aceder à fronteira com Espanha numa ligação sempre em auto-estrada e percorrível numa hora e meia (através da ligação
directa a Lousada – A11 –, que permite o
acesso à A7 e posteriormente à A24); e
· aceder directamente ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro e ao Porto de Leixões,
a partir da A4 e VRI, sem necessidade de
passagem pelo Porto.
Apresentação e Perfil do Grupo
Concessão Grande Porto em números:
Principais Lanços
Investimento total:
€763 milhões
Lanços
Extensão: 56km
Áreas de serviço: 3
Auto- ESTRADA
Nó Aeroporto / IP4
VRI
2,9
A4
9,0
Freixeiro / Alfena
A41
14,6
Alfena / Ermida
A41
8,6
Ermida / Paços de Ferreira A42
6,5
Paços de Ferreira / Lousada
A42
13,9
O contrato celebrado integra:
· a concepção, construção, aumento do número de vias, financiamento, exploração
e conservação de cerca de 25km de auto-estrada, em regime de portagem real, por
um período de 30 anos;
· exploração e conservação de 66km, na sua
maioria já em exploração, sem cobrança
de portagem, por um prazo de cinco anos.
A concretização deste projecto, num investimento total de 256 milhões de euros, do-
Concessão Grande Lisboa em números:
Principais Lanços
Investimento total:
€256 milhões
Lanços
Áreas de serviço: 2
Extensão (km)
Águas Santas / Sendim (IP4)
Concessão Grande Lisboa
Atribuída em Janeiro de 2007 à Lusolisboa
– Auto-Estradas da Grande Lisboa, SA, através de um concurso público internacional,
a Concessão da Grande Lisboa integra um
conjunto de eixos rodoviários que contribuirão não só para a melhoria da qualidade de
vida de todas as pessoas que aí residem e
trabalham, como também para o desenvolvimento económico da região.
Extensão: 25km de
construção e exploração
+ 66km de exploração
(durante 5 anos)
70 71
tará a área metropolitana de Lisboa de uma
série de novas infra-estruturas rodoviárias
que muito positivamente irão impactar a
vida de mais de 2 milhões de pessoas.
A concessão integra a construção de 25km
de nova auto-estrada, sob a designação de
A16/IC16 e A16/IC30, cuja entrada em serviço, ao criar uma nova circular exterior na
área metropolitana de Lisboa, permitirá
descongestionar o tráfego dos sobrecarregados IC19 e A5.
Também a conclusão da construção da
CRIL, do Eixo Norte-Sul, da Circular Nascente ao Cacém e do alargamento total do
IC19 para três vias em cada sentido – com
a subsequente integração destes troços
na Concessão Grande Lisboa para exploração – permitirá contribuir decisivamente
para a melhoria das condições de circulação automovél na área metropolitana de
Lisboa.
Auto- ESTRADA
Extensão (km)
CREL (IC18) – Lourel (IC30)
IC16
11,1
Ranholas (IC19) – Linhó (EN9)
IC30
4,6
Linhó (EN9) – Alcabideche (IC15)
IC30
3,7
Lourel (IC16) – Ranholas (IC19)
IC30
3,6
Sacavém (IP1) – Santa Iria da Azóia (IP1) IC2
Lisboa (IC17) – Nó de Belas (IC18) IC16
4,2
Algés – Sacavém (IP1) IC17
23,6
Buraca (IC17) – Ranholas (IC30) IC19
15,8
Olival de Basto (IC17) – Montemor (IC18)
IC22
Eixo Rodoviário Norte-Sul IP7
10,4
3,2
10,9
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
Concessão Douro Interior
Adjudicada a 25 de Novembro de 2008 à AENOR – Douro Interior, SA, resultante de concurso público lançado, a nova concessão do
Douro Interior concretiza a construção das
duas estradas mais aguardadas no Nordeste Transmontano, o IP2 e o IC5.
A concessão Douro Interior, situada no Nordeste de Portugal, tem uma extensão total
de 242km divididos por dois grandes eixos
viários, nomeadamente:
· O IP2 com 111km, entre Macedo de Cavaleiros e Celorico da Beira, estendendo-se
para além do distrito de Bragança até à
Guarda;
Concessão Douro Interior
em números:
Principais Lanços
Investimento total:
€940 milhões
Lanços
Extensão: 242km
Áreas de serviço: 3
4.4.4
MARTIFER INDÚSTRIA E ENERGIA
· O IC5, com 131km que ligará Murça, no distrito de Vila Real, a Miranda do Douro no
distrito de Bragança.
As duas infra-estruturas rodoviárias beneficiarão directamente os concelhos de Alijó,
Murça, Mirandela, Macedo de Cavaleiros,
Bragança, Miranda do Douro, Mogadouro,
Alfândega da Fé, Vila Flor, Carrazeda de Ansiães, Torre de Moncorvo, Vila Nova de Foz
Côa, Mêda, Trancoso e Celorico da Beira.
Esta concessão irá melhorar a qualidade de
vida de 330 mil pessoas e reduzir a taxa de
sinistralidade grave em 71%.
Auto- ESTRADA
Extensão (km)
Macedo de Cavaleiros – Vale Benfeito
IP2
10
Vale Benfeito – Junqueira
IP2
29
Pocinho – Longroiva
IP2
20
Longroiva – Trancoso
IP2
23
Trancoso – Celorico da Beira
IP2
29
Murça – Pombal IC5
23
Pombal – Nozelos IC5
25
Nozelos – Miranda do Douro IC5
83
O Grupo Mota-Engil detém uma participação qualificada no Grupo Martifer, correspondente a 37,5% do seu capital social,
mantendo com este uma parceria estratégica nos domínios da indústria e energia.
A Martifer SGPS é a empresa-mãe de um
grupo de aproximadamente 120 empresas
– divididas por quatro segmentos básicos
de actividade: Construção metálica; Equipamentos para Energia; Geração eléctrica;
Agricultura e Biocombustíveis.
O crescimento contínuo registado desde a
constituição da Martifer Construções Metalomecânicas, SA, em 1990, e que, em termos
médios, tem rondado os 30% ao ano, conduziu o Grupo à liderança Ibérica do segmento
das construções metalomecânicas.
A continuação do processo de internacionalização das suas actividades e a diversificação dos negócios, essencialmente em áreas
ligadas ao mundo da energia, quer tecnológicas, quer de produção/distribuição de
energia propriamente dta, constituem os
novos desafios a prosseguir.
Fundada em 1990, a Martifer iniciou a sua
actividade no sector das estruturas metálicas, conquistando, em apenas seis anos, a
liderança do mercado nacional.
Apresentação e Perfil do Grupo
A partir de 1996 e 1999, respectivamente,
as estruturas em inox e alumínio começaram a assumir um papel importante dentro
da empresa.
O Grupo complementa a sua actividade com
a aposta nas energias renováveis, no desenvolvimento da área dos equipamentos para
a energia, nomeadamente na produção de
componentes como torres eólicas e caixas
multiplicadoras para aerogeradores e na
instalação de parques eólicos e parques solares chave-na-mão.
Através da Martifer Renewables, desenvolve um conjunto de activos de geração eléctrica a partir de fontes renováveis, visando
assumir-se como um “player” global relevante no mercado de geração e comercialização de energia eléctrica.
O Grupo está ainda presente na área da
agricultura e biocombustíveis, através da
subholding Prio.
A sua actividade cobre a totalidade da cadeia de valor de produção de biodiesel, desde a produção das sementes oleaginosas
até à distribuição de combustíveis, passando pela extracção de óleos vegetais e produção de biodiesel nas unidades de Aveiro
e da Roménia.
Hoje, a Martifer está presente em mais de 15
países e nos cinco continentes, obtendo, em
2008, 902 milhões de euros de receitas operacionais consolidadas, o que em comparação com os 519 milhões de euros registados
em 2007, representa um crescimento em cerca de 74% no volume de negócios.
As suas principais linhas de negócio incluem:
Construções
Criada em 1990, está na base do que é hoje
o Grupo Martifer enquanto líder ibérico e
um dos 10 principais “players” europeus.
Esta linha de negócio encontra-se em expansão para a Europa Central e Angola.
O portefólio da Martifer tem vindo a crescer significativamente ao nível das grandes
construções de infra-estruturas públicas e
privadas.
A Martifer Construções agrega outras soluções nesta área – estruturas metálicas,
fachadas em alumínio e vidro, estruturas
em aço inoxidável e monoblocos – o que
lhe permite oferecer uma gama de serviços
completa nas obras em que participa.
Equipamentos para Energia
Desde 2004 que a Martifer investe em Equipamentos para Energia.
A inovação é outro dos eixos estratégicos
do Grupo. Através do seu Núcleo de Investigação e Desenvolvimento (I&D), desenvolve uma tecnologia inovadora destinada
ao aproveitamento da energia das ondas
(projecto Flow).
Do desenvolvimento à comercialização,
passando pela concepção, a Martifer Energy Systems beneficia da experiência do Grupo na área das estruturas metálicas e das
sinergias das restantes áreas de negócio.
Para fazer face ao seu importante plano de
investimentos nas diversas áreas, a Martifer foi admitida à cotação na bolsa portuguesa em Junho de 2007, através de uma
operação de aumento de capital.
A estratégia da Energy Systems passa por
posicionar-se entre os principais “players” no
fornecimento de equipamentos para a produção de energia, a partir de fontes renováveis e
como fornecedor de projectos “chave na mão”.
A internacionalização do Grupo Martifer fez
sempre parte integrante das preocupações
estratégicas da empresa. Este processo
teve início em 1999, com a criação da Martifer Espanha.
Além dos equipamentos para produção de
energia eólica, solar e equipamentos para
os biocombustíveis, a Martifer está empenhada na criação de um protótipo para
aproveitamento da energia das ondas.
72 73
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
Geração eléctrica
Com uma grande taxa de desenvolvimento
e um enquadramento político, económico e
social favorável, a produção de electricidade apresenta-se como uma área de negócio
de grande sustentabilidade e rentabilidade.
Deste modo e através da Martifer Renewables, a Martifer reforçou a sua presença
neste sector muito promissor, tanto em termos de negócio como em termos de sustentabilidade e responsabilidade social.
criando soluções de combustão sustentáveis e com menor impacto ambiental.
Assim, e através da Prio Advanced Fuels, a
Martifer investe na criação de uma empresa de combustíveis avançados, dando mais
um passo a caminho do futuro.
Agricultura e Biocombustíveis
Numa era de preocupação ecológica, é necessário pensar na área dos combustíveis,
4.4.5
TURISMO
A área do Turismo do Grupo Mota-Engil engloba um conjunto de actividades nas áreas
de desporto e lazer, hotelaria e restauração,
sendo integrada por três empresas:
· RTA – Rio Tâmega, Turismo e Recreio, SA;
· L argo do Paço – Investimentos Turísticos e
Imobiliários, Lda;
· SGA – Sociedade do Golfe de Amarante,
SA.
Desporto e Lazer
· Quinta de Covelas (RTA) – Composta por
um parque aquático, com capacidade
para 1200 pessoas, health center, piscina
de ondas, piscinas cobertas e campos de
ténis, equipamento este servido por parques de estacionamento para 570 veículos
e implantado num terreno com cerca de 17
hectares sobre o rio Tâmega.
· Campo de Golfe (SGA) – A cerca de 10 minutos do centro da cidade, o campo de
Golfe de Amarante dispõe de um percurso
de 18 buracos, 5060 metros e par 68, desenhado por Jorge Santana da Silva e inaugurado em 1997.
A unidade dispõe de um “driving range” e
“club-House” com restaurante e bar.
Hotelaria e Restauração
Estalagem Casa da Calçada (Largo do Paço)
– Situada em pleno centro histórico de Amarante, a Casa da Calçada é um hotel de charme, membro da cadeia Relais & Châteaux.
A unidade dispõe de 26 quartos, uma suite presidencial e três suites executivas.
Disponibiliza ainda um bar, o restaurante
gourmet Largo do Paço e as Salas do Paço,
para a realização de eventos sociais e empresariais.
No exterior, oferece ainda uma piscina, bar
e um espaço dedicado à realização de eventos, harmoniosamente integrados num secular jardim.
A esplanada Parque das Tílias, completa a
unidade.
· Hotel Navarras (RTA) – Unidade hoteleira
de três estrelas localizada em pleno centro
de Amarante, objecto de uma remodelação
total em 2002. O Hotel Navarras é uma unidade tradicional que dispõe de 55 quartos
e três suites, equipados com TV satélite e
ar condicionado.
Apresentação e Perfil do Grupo
O hotel oferece ainda aos hóspedes o conforto de uma ampla sala de estar com bar de
apoio, uma sala de reuniões e espaço para
banquetes com capacidade para receber
até 120 pessoas.
· Casa do Rio (RTA) – A Casa do Rio é um
espaço modular, que faz parte da Quinta
4.4.6
MESP SERVIÇOS PARTILHADOS
A MESP – Mota-Engil, Serviços Partilhados
Administrativos e de Gestão, SA foi constituída em Dezembro de 2001, tendo em
vista prestar um conjunto de serviços às
empresas do grupo Mota-Engil nas áreas da
contabilidade e prestação de contas, fiscalidade, finanças, sistemas de informação,
recursos humanos e controlo de gestão.
A MESP, Mota-Engil Serviços Partilhados
Administrativos e de Gestão, SA aspira a
prestar e partilhar com os seus clientes um
serviço de excelência incorporado na sua
Visão, Missão e proposta de valor.
A partilha de recursos especializados permite à MESP redesenhar múltiplas tarefas para
formatos de execução mais eficientes e integrados, reduzindo burocracia, assegurando
a eficaz circulação da informação e acelerando processos de decisão e aprovação.
A MESP suporta todo este processo de mudança adequando pessoas e competências
às alterações da realidade interna e externa
das empresas.
Visão
Ser a única empresa de serviços de suporte
do Grupo Mota-Engil e obter reconhecimento no mercado pela excelência dos serviços.
Missão
Assumir o papel de parceiro estratégico através da prestação de serviços de
suporte.
Valor Acrescentado
Ao optimizar processos e desenvolver recursos, a MESP possibilita um reaproveitamento
74 75
de Covelas, com cerca de 2800 m2, distribuídos por vários salões em três pisos com
vistas privilegiadas sobre o Rio Tâmega.
Os espaços destinam-se a grandes serviços
de restauração e reuniões, dispondo a sua
cozinha de capacidade para a confecção de
1000 refeições em simultâneo.
de talento para as actividades que acrescentam valor aos negócios e aos parceiros.
Benefícios
- Acesso às melhores práticas e plataformas
tecnológicas a custos reduzidos;
- Focalização no “core business”;
- Desenvolvimento do capital humano;
- Processos de negócio suportados em SAP;
- Reforço da posição negocial na interacção
com terceiros;
- Acesso aos investimentos contínuos da
MESP nos processos e sistemas.
Qualidade no serviço prestado - Sistema
de gestão
A certificação do Sistema de Gestão obtida em 2007 comprovou o alinhamento da
MESP com as melhores práticas, em conformidade com a Norma NP EN ISO 9001:2000.
Esta certificação reconhece o esforço da
MESP em assegurar a conformidade dos
seus serviços, a melhoria contínua e a satisfação dos seus parceiros, garantindo:
- satisfação das expectativas dos parceiros, consolidando não só a sua fidelização mas também o seu desenvolvimento
sustentável;
- acesso inequívoco a um Sistema de Gestão da Qualidade adequado e que promove a dinâmica de melhoria contínua;
- aumento de notoriedade no mercado;
- adopção das mais actuais ferramentas
de gestão;
- confiança acrescida nos processos de
concepção, planeamento e fornecimento
do serviço.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
76 77
RIGOR
A visão de quem se revê nos mais
exigentes padrõeS de conduta.
05
Governância,
Compromissos com
iniciativas externas,
Relacionamento
com Stakeholders
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
Introdução
5.1
GOVERNO
SOCIETÁRIO
O Grupo Mota-Engil é hoje um dos principais grupos económicos privados em Portugal, explorando e desenvolvendo um portefólio integrado de negócios, centrado na
cadeia de valor da construção e com níveis
de “performance” alinhados com as melhores práticas internacionais.
Ao longo da última década, o Grupo Mota-Engil
adoptou e implementou uma estratégia assente no reforço e consolidação, internacionalização e diversificação.
O cumprimento deste plano estratégico traduziu-se em elevadas taxas de crescimento
dos negócios do Grupo.
A estratégia da Mota-Engil face aos sinais
que o mercado apresentava no início da
década conduziu à diversificação do seu
portefólio de negócios para áreas onde as
margens são significativamente superiores
às da construção e que não se encontram
tão condicionados à sazonalidade dos ciclos económicos e políticos.
Esta estratégia, integrada com o processo
de internacionalização da construtora, permitiu criar as bases do crescimento que se
verifica actualmente no Grupo.
A entrada nos mercados onde o Grupo está
actualmente presente fez-se sempre através da Engenharia e Construção (exceptuando o México – área de Concessões), estando em muitos destes mercados criadas
as condições para que as restantes áreas do
Grupo Mota-Engil possam internacionalizar-se, tendo a Engenharia e Construção logrado, com a sua presença, garantir os factores
críticos de sucesso vencendo a resistência
à entrada de empresas estrangeiras, pela
qualidade e fiabilidade apresentadas.
Com a aprovação, em 2008, do Plano Estratégico “Ambição 2013”, o Grupo Mota-Engil
reiterou os seus principais Objectivos Estratégicos, assentes em quatro Áreas-Chave:
Crescimento Sustentado
· Promovendo a assunção plena por parte
dos órgãos de gestão do Grupo das suas
funções e responsabilidades;
· Reforço do controlo da execução das decisões tomadas;
· Incremento dos mecanismos de comunicação interna de forma a dinamizar a participação dos colaboradores nos objectivos do Grupo;
· Promoção da imagem nacional e internacional, como instrumento de valorização
do posicionamento global do Grupo;
· Progressiva implementação de procedimentos e práticas de gestão transversais
a todo o Grupo;
· Política integrada de Recursos Humanos,
num quadro de Rigor e Compromisso que
estimule a excelência e o mérito, a progressão na carreira, tornando o Grupo
capaz de enfrentar os desafios do futuro.
Diversificação
· Política de crescimento contínuo e sustentado;
· Diversificação de actividades cujo dinamismo permitirá elevadas taxas de crescimento dentro de um contexto onde a
participação das áreas de negócio não-construção aumentam o seu contributo
para o volume de negócios;
· Condução do Grupo para um cenário de
sustentabilidade, num contexto nacional
e internacional, em que o retorno não depende em exclusivo de nenhum sector,
criando assim imunidade aos efeitos sazonais dos ciclos económicos e políticos;
· Objectivo de liderança de mercado em todas as áreas de negócio onde actua, no
mercado nacional, alicerçando-se ainda
na procura constante de novos negócios;
· Aproveitamento do potencial de crescimento externo, em negócios de elevadas
rentabilidades e com retornos de capital
recorrentes;
· Acompanhamento dos pólos de Investigação & Desenvolvimento, de modo a tirar
partido das oportunidades emergentes;
· Escrutínio permanente das inovações
tecnológicas de carácter modernizador
GOVERNÂNCIA, COMPROMISSOS COM INICIATIVAS
EXTERNAS, RELACIONAMENTO COM STAKEHOLDERS
dos sectores de actividade onde o Grupo opera, adoptando paralelamente as
melhores práticas de gestão existentes
no mercado.
Internacionalização
· Análise, com objectividade e rigor, dos
mercados onde o Grupo se encontra presente, de forma a centrar as principais
apostas no reforço nos mercados que
se revelem mais rentáveis, explorando
ainda novos mercados e oportunidades
de negócio;
· Presença global em todos os mercados, onde qualquer das áreas de negócio se encontre, potenciando sinergias
intra-Grupo.
·
·
·
·
Desenvolvimento do Capital Humano
· Afirmação da Mota-Engil como Grupo
multidisciplinar e global;
· Reforço das competências-chave como
suporte e garantia na conquista dos objectivos estabelecidos;
·Identificação e gestão do talento de
modo a promover o rigor e a elevação dos
5.1.1
ESTRUTURA DE
GOVERNO SOCIETÁRIO
·
·
78 79
níveis de desempenho e a capacidade do
Grupo em gerar líderes para o futuro;
Formação de gestores com capacidade
internacional, visão transversal do Grupo e com disponibilidade para a rotação
entre funções / mercados, reforçando a
cultura e o conhecimento do Grupo;
Fomento do recrutamento e integração de quadros estrangeiros nas estruturas de decisão, devidamente alinhados com os Valores e a Estratégia
definida globalmente, mas com a possibilidade para, localmente, potenciar novas
oportunidades;
Captação de competências internas / parcerias para as novas áreas de negócio a
desenvolver;
Promoção de instrumentos de avaliação
de desempenho articulados com os instrumentos de planificação estratégica;
Estímulo à remuneração em função do
desempenho;
Aposta clara na formação contínua e
numa política de expatriamento de recursos humanos compensadora e eficaz.
A Mota-Engil SGPS, na qualidade de sociedade de capital aberto, está atenta às recomendações da Comissão de Mercado dos
Valores Mobiliários (CMVM) sobre o Governo das sociedades cotadas, tal como previsto nos regulamentos por esta emitidos.
O acompanhamento responsável que a
Mota-Engil tem vindo a fazer neste domínio
permite concluir por um bom grau de adopção das recomendações emanadas pelos
órgãos competentes sobre o Governo das
Sociedades.
Procura igualmente interiorizar as reflexões
e consequentes alterações do quadro regulamentar aplicável, entendendo-as como
um contributo oportuno e pertinente cuja
observância favorece todas as entidades
envolvidas na actividade societária, analisando assim criticamente o seu posicionamento em matéria de governo da sociedade
à luz destas recomendações, ponderando
designadamente as vantagens efectivas da
sua integral implementação face à realidade em que opera.
As boas práticas de governo corporativo
são, além disso, entendidas como um suporte fundamental à Visão e Estratégia do
Grupo Mota-Engil, tal como se encontra explicitado no ponto anterior.
A estrutura de governo corporativo do Grupo Mota-Engil é a seguinte:
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
·O Conselho de Administração da MotaEngil, SGPS, SA, constituído por 14 membros, sendo três Administradores independentes não-executivos;
·O Conselho de Administração é constituído por um Presidente, dois Vice-Presidentes e 11 Vogais;
·O Presidente do Conselho de Administração não desempenha funções executivas;
· No Conselho de Administração, estão
presentes, como Vogais, em número de
três, os Presidentes dos Conselhos de
Administração das sub-holdings do Grupo Mota-Engil Engenharia e Construção,
Mota-Engil Ambiente e Serviços e MotaEngil Concessões de Transportes;
- Gabinete de Coordenação Internacional;
- Direcção de Responsabilidade Social,
Corporativa e Sustentabilidade;
- Gabinete de Coordenação da Comissão
Executiva;
- Direcção do Controlo de Gestão do Grupo;
- Direcção de Finanças Corporativas;
- Direcção de Relações com o Mercado de
Capitais;
- Serviços Partilhados;
- Projecto Alta Velocidade;
- Novos Mercados Geográficos;
- Desenvolvimento e coordenação de Projectos Imobiliários nos mercados interno
e externo;
- Negócios Engenharia e Construção;
- Negócios Ambiente e Serviços;
- Negócios Concessões de Transportes;
· Este órgão está focado essencialmente
na gestão estratégica e na orientação superior dos negócios globais do Grupo.
· A Comissão Executiva é o órgão de decisão operacional do Grupo, actuando em
conformidade com as linhas de orientação global dos negócios estabelecidas
pelo Conselho de Administração.
COMISSÃO EXECUTIVA
·A Comissão Executiva constituída na
sequência das decisões da Assembleia
Geral de Accionistas, ocorrida em 26 de
Maio de 2008, e que é constituída por um
Presidente e seis Membros;
ÓRGÃOS DE FISCALIZAÇÃO
A fiscalização da sociedade é exercida por
um Conselho Fiscal e por uma Sociedade de
Revisores Oficiais de Contas, que exercem
funções resultantes da legislação aplicável
e dos estatutos.
·Preside à Comissão Executiva, na qualidade de Chief Executive Officer (CEO),
um dos Vice-Presidentes do Conselho de
Administração, integrando ainda, entre
os seus membros, o outro Vice-Presidente deste último órgão e cinco outros
membros, designadamente, os três Presidentes do Conselho de Administração
das sub-holdings do Grupo e dois Vogais
do Conselho de Administração, um dos
quais com as funções de Chief Financial
Officer (CFO);
O Conselho Fiscal é constituído por quatro
membros, dos quais um Presidente, dois
membros efectivos e um suplente.
· A Comissão Executiva, através dos pelouros atribuídos aos seus membros, superintende e coordena as seguintes direcções de carácter corporativo e áreas:
- Direcção Corporativa de Recursos Humanos;
- Direcção de Comunicação e Imagem;
COMISSÕES ESPECIALIZADAS
O modelo de governo do Grupo Mota-Engil
engloba ainda as seguintes Comissões especializadas:
· A Comissão de Vencimentos que, nos termos estatutários, tem por função definir a
política de remunerações dos titulares dos
órgãos sociais, fixando as remunerações
aplicáveis, tendo em consideração as funções exercidas, o desempenho verificado
e a situação económica da Sociedade;
· A Comissão de Investimento, Auditoria e
Risco, composta por três membros permanentes (um administrador não-executivo,
GOVERNÂNCIA, COMPROMISSOS COM INICIATIVAS
EXTERNAS, RELACIONAMENTO COM STAKEHOLDERS
que preside, um administrador independente não-executivo e o CFO), que tem
como principais funções e responsabilidades apreciar e sugerir políticas de investimento e risco de negócios e projectos ao
Conselho de Administração, examinar e
emitir parecer sobre projectos de investimento ou desinvestimento, emitir parecer
sobre a entrada e saída em novas áreas de
negócio, e monitorizar operações financeiras e societárias relevantes;
·A Comissão de Desenvolvimento de Recursos Humanos, que tem como membros permanentes um Administrador da
Mota-Engil, SGPS, SA e os Presidentes
dos Conselhos de Administração das
5.1.2
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Num quadro de adequação do modelo de
governo societário às recomendações, regras e boas práticas de governo corporativo
consagradas nacional e internacionalmente,
importa acrescentar o seguinte:
Relativamente à remuneração dos titulares
de órgãos de administração, refira-se que
uma parte da mesma está directamente dependente dos resultados da empresa.
Assim, em 2008, os membros do Conselho de
Administração da Mota-Engil SGPS auferiram
globalmente o montante de 700 mil Euros,
correspondentes a cerca de 0,8% dos Resultados Líquidos de 2007, por proposta de aplicação de resultados aprovada em Assembleia
Geral de Accionistas.
Registe-se ainda, em matéria de dividendos,
a adopção pelo Grupo de uma política de atribuição de dividendos materializada, em cada
ano económico, num “Pay-Out Ratio” mínimo
de 50% e máximo de 75%, dependendo da
avaliação pelo Conselho de Administração
de um conjunto de condições temporais, mas
onde pontifica o objectivo de atingir uma
adequada remuneração do capital accionista
por essa via.
80 81
Áreas de Negócio. As principais funções
desta Comissão são as de monitorar os
níveis de produtividade, remuneração e
igualdade de oportunidades; avaliar os
programas de captação e desenvolvimento de quadros de elevado valor; definir as
orientações dos sistemas de avaliação e
incentivos, planos de carreiras, plano de
formação e plano de recrutamento e selecção; avaliar regularmente a motivação
dos colaboradores; e definir a cultura e
valores-chave, coordenando esforços para
a sua implementação no Grupo.
ÁREAS DE NEGÓCIO
Cada uma das Áreas de Negócio do Grupo é
dirigida por um Conselho de Administração.
De salientar ainda não terem sido efectuados negócios nem outras operações entre
a Sociedade e os membros dos órgãos de
administração e fiscalização, titulares de
participações qualificadas ou sociedades
que se encontram em relação de domínio
ou de grupo, excepto os negócios que fazem parte da actividade corrente e que
foram realizados em condições normais
de mercado.
No que toca ao exercício dos direitos societários, é de salientar o facto de não existirem
limites estatutários ao exercício do direito de
voto nem direitos especiais de um accionista
ou de um conjunto de accionistas.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
5.2
COMPROMISSOS
COM INICIATIVAS
EXTERNAS
5.2.1
CÓDIGO DE CONDUTA ANEOP
No quadro da sua participação na Associação Nacional de Empreiteiros de Obras
Públicas (ANEOP), onde desde sempre o
Grupo Mota-Engil, através da sua Área de
Negócios Mota-Engil Engenharia, marcou
presença de relevo, foi aprovado para vigorar, a partir de 2007, o Código de Conduta
das empresas filiadas na ANEOP.
Este documento, de adopção voluntária e
aplicável em todo o espaço nacional, enuncia um conjunto de princípios a que se obrigam as empresas de construção e obras
públicas que integram esta associação
que conta, entre os seus membros, com as
maiores e mais importantes entidades do
sector a operar em Portugal.
O Código de Conduta ANEOP contempla cinco grandes capítulos, englobando a ética e
o governo das sociedades; a saúde e segurança dos trabalhadores; qualidade, meio
ambiente e responsabilidade social; inovação e tecnologia; e criação de valor para os
accionistas e a sociedade.
No que à ética e governo das sociedades respeita, privilegiam-se as relações com os clientes, com os fornecedores, com os accionistas,
com os colaboradores, com os concorrentes e
com a sociedade, sendo que o denominador
comum assenta na satisfação que deve ser
uma exigência da acção empresarial, no comportamento pelo respeito da lei e pelos critérios do mercado e na rejeição de práticas que
possam falsear o processo económico.
Quanto à saúde e segurança dos trabalhadores, consagra-se o compromisso de
desenvolver sistemas de largo espectro
que abranjam a globalidade das operações
produtivas e a totalidade dos trabalhadores, garantindo-se, em paralelo, formação
profissional desenhada de molde a que a
prevenção do risco se substitua à inventariação das consequências do acidente.
Na parte respeitante à qualidade, meio ambiente e responsabilidade social, reafirma-se uma atitude de diferenciação pela qualidade, o compromisso pela adopção de
soluções e critérios de cariz ambiental nos
processos produtivos e o comportamento
perante o meio envolvente que ajude a conferir sentido à vida, tanto a das gerações
presentes, quanto, e em especial, a das gerações futuras.
Numa actividade integrante, por excelência, da fileira da engenharia, como é o caso
da construção, enfatiza-se a exigência da
aposta em Investigação e Desenvolvimento, acolhendo a vertente tecnológica nas
estratégias empresariais e incutindo-lhes
uma sólida cultura técnica.
Finalmente e no pressuposto que a Empresa
é o produto da iniciativa, da capacidade de
avaliar e gerir o risco e de fazer opções na
afectação dos recursos existentes, com vista à optimização do lucro, esta lógica deve
compaginar-se com os direitos fundamentais
da pessoa humana, garantindo-se, por esta
via, a criação de valor para a Sociedade.
GOVERNÂNCIA, COMPROMISSOS COM INICIATIVAS
EXTERNAS, RELACIONAMENTO COM STAKEHOLDERS
5.2.2
ACTIVIDADE ASSOCIATIVA
Consciente do seu papel na sociedade e de
forma a assegurar mais eficazmente a interacção e o diálogo com as partes interessadas, o
Grupo Mota-Engil participa activamente em
inúmeras organizações de índole industrial e
comercial.
A presença nestes organismos associativos
consubstancia-se através do financiamento às
suas actividades por via do esforço de quotização a cargo das empresas filiadas e pelo exercício de funções nos seus órgãos executivos.
Apresenta-se, em seguida, o elenco das instituições de que o Grupo Mota-Engil faz parte,
através das suas várias empresas, devendo
ser realçada a importância estratégica que as
mesmas representam para o Grupo enquanto
factores de cooperação e de relacionamento
estreito com a comunidade empresarial.
ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO
ACHE – Associación Cientifico-Técnica del
Hormigon Estrutural
ADFER – Associação Portuguesa para o
Desenvolvimento do Transporte Ferroviário
AECOPS – Associação das Empresas de
Construção e Obras Públicas do Sul
AFESP – Associação Portuguesa de
Fabricantes e Empreiteiros de Sinalização
AICCOPN – Associação dos Industriais da
Construção Civil e Obras Públicas do Norte
AICOPA – Associação dos Industriais de
Construção Civil e Obras Públicas dos Açores
AIMAP – Associação dos Industriais
Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins
de Portugal
AIMMP – Associação das Indústrias de
Madeira e Mobiliário de Portugal
ANAGREI – Associação Nacional dos
Alugadores de Gruas e Equipamentos
Industriais
ANEOP – Associação Nacional dos
Empreiteiros de Obras Públicas
ANEP – Associação Nacional de Empreiteiros
de Parques de Estacionamento
ANIET – Associação Nacional da Indústria
Extractiva e Transformadora
ANIPC – Associação Nacional dos Industriais
de Produtos de Cimento
ANTRAM – Associação Nacional dos
Transportadores Públicos Rodoviários
de Mercadorias
82 83
AP3E – Associação Portuguesa de Estudos
e Engenharia de Explosivos
APCMC – Associação Portuguesa dos
Comerciantes de Materiais de Construção
APEB – Associação Portuguesa das Empresas
de Betão Pronto
Associação Comercial do Porto
Associação de Comércio e Indústria
de Amarante
Associação de Promotores Imobiliários
Associação Portuguesa para a Normalização e
Certificação Ferroviária
Associação para a Organização Ferroviária
Portuguesa
ASSICOM – Associação da Indústria da
Construção da Região Autónoma da Madeira
CMM – Associação Portuguesa de Construção
Metálica e Mista
CNPCE – Comissão Nacional Portuguesa de
Congressos de Estradas
CRP – Centro Rodoviário Português
EFFC – European Federation of Foundation
Contractors
International Society for Soil and Mechanical
Engineering
RELACRE – Associação de Laboratórios
Acreditados em Portugal
SPG – Sociedade Portuguesa de Geotecnia
ANET – Associação Nacional dos Engenheiros
Técnicos
AMBIENTE E SERVIÇOS
AEPSA – Associação das Empresas
Portuguesas para o Sector do Ambiente
AOP – Associação Marítima e Portuária
APAP – Associação Portuguesa de Arquitectos
Paisagistas
APEMETA – Associação Portuguesa de
Empresas de Tecnologias Ambientais
APESB – Associação Portuguesa para Estudos
de Saneamento Básico
APIRAC – Associação Portuguesa das
Indústrias de Refrigeração e Ar Condicionado
APMI – Associação Portuguesa de
Manutenção Industrial
ASSOCIAÇÕES EMPRESARIAIS
AEP – Associação Empresarial de Portugal
ELO – Associação Portuguesa para o
Desenvolvimento Económico e Cooperação
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
5.3
RELACIONAMENTO
COM AS PARTES
INTERESSADAS
CÂMARAS DE COMÉRCIO
Câmara de Comercio e Indústria do Centro
Câmara de Comércio e Indústria de Ponta
Delgada
Câmara de Comércio e Indústria do Porto
Câmara de Comércio Americana em Portugal
Câmara de Comércio e Indústria
Árabe-Portuguesa
Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa
Câmara de Comércio e Indústria Luso-Húngara
Câmara de Comércio e Indústria
Luso-Espanhola
Câmara de Comércio e Indústria
Luso-Marroquina
Câmara de Comércio e Indústria
Portugal-Angola
Câmara de Comércio e Indústria
Portugal-Moçambique
Identificação das partes
interessadas
detalhado neste Relatório, a identificação das
partes interessadas obedeceu a um procedimento de consulta interna junto dos principais responsáveis dessas Áreas, produzindose, relativamente aos Relatórios anteriores, a
um maior refinamento na sua identificação.
O Grupo Mota-Engil considera essencial focalizar a sua atenção nas múltiplas partes
interessadas com que se relaciona.
Pela dimensão e carácter diversificado das
suas actividades em múltiplas geografias
e contextos económicos, sociais e culturais
de referência, o quadro relacional do Grupo
Mota-Engil expande-se significativamente,
assumindo regularmente novos contornos.
A identificação e abordagem das suas partes interessadas afigura-se assim como
tarefa complexa, exigindo um processo de
monitorização e melhoria contínua num
quadro de abertura e estreitamento de relações, envolvendo múltiplas instituições e
segmentos da sociedade.
Os processos de identificação e abordagem
das principais partes interessadas dependem pois, em grande medida, da dinâmica
e das características próprias de cada Área
de Negócios do Grupo, disso se dando em
seguida resumida conta.
Em todas as Áreas de Negócio, com particular ênfase nas que são objecto de relato mais
OUTROS ORGANISMOS
APQ – Associação Portuguesa para a Qualidade
COTEC – Associação Empresarial para a
Inovação
FUNDEC – Fundação para a Formação Contínua em Engenharia Civil
INOVA.GAIA – Associação para o Centro de
Incubação da Base Tecnológica de Vila Nova
de Gaia
No que respeita ao Grupo Mota-Engil em
geral, pelo seu carácter internacional e
diversificado e face aos objectivos do seu
desenvolvimento estratégico, a consolidação e busca constante de novas oportunidades de negócio coloca particular ênfase
nos seus Clientes, nacionais e internacionais, nos seus parceiros de negócio e no
universo dos seus Colaboradores, num
contexto de valorização do seu capital humano decisivo enquanto activo e vector
fundamental para o cumprimento dos seus
objectivos estratégicos.
Assumem, de igual modo, primacial importância os accionistas do Grupo, os investidores, as entidades financeiras e do sector
segurador, os meios de comunicação social,
as organizações não-governamentais, bem
como as entidades reguladoras.
A identificação destas partes interessadas
assume, assim, um carácter transversal a
todo o Grupo.
GOVERNÂNCIA, COMPROMISSOS COM INICIATIVAS
EXTERNAS, RELACIONAMENTO COM STAKEHOLDERS
Na Área de Negócios de Engenharia e Construção, avultam igualmente como partes interessadas de referência os Clientes do Grupo,
quer se trate de clientes institucionais (Estado e demais entidades públicas), pelo seu
peso muito significativo em relação aos principais segmentos de actividade desta Área de
Negócios, quer ainda os inúmeros clientes do
sector privado atento o número de valências
especializadas na área de engenharia e construção detidas pelo Grupo.
Para além das comunidades locais, pelo impacto do sector construtivo nos domínios
social e ambiental, e da vasta gama de fornecedores de produtos e serviços, nota marcante desta actividade caracterizada pela sua
extensa cadeia de procura.
Na Área de Negócios de Ambiente e Serviços e em particular nas actividades ligadas
ao sector dos Resíduos e da Água, assumem
particular relevância as autarquias locais, enquanto concedentes de serviços públicos explorados em regime de concessão, bem como
a multiplicidade dos cidadãos na sua qualidade de clientes finais dos serviços prestados,
sendo ainda especialmente importantes os
organismos responsáveis pelo enquadramento legal e regulação destes sectores.
Na Área das Concessões de Transportes, concitam especial atenção os concedentes dos
serviços públicos no sector das concessões
de infra-estruturas de transportes, bem como
o público utilizador dessas infra-estruturas
numa área particularmente sensível às questões da segurança, qualidade e níveis de serviço disponibilizados.
Abordagem das partes interessadas
Uma das formas privilegiadas de abordagem
das partes interessadas por parte do Grupo
Mota-Engil, na sua globalidade, consiste na
adopção de um conjunto de meios de comunicação, entre os quais avulta o seu website,
disponibilizando um conjunto de informação
vasta sobre o Grupo, para além da sua publicação periódica “Sinergia”, que constitui um
amplo repositório informativo sobre as actividades do Grupo.
84 85
A este nível, registe-se ainda a existência de
“newsletters” e publicações disponibilizadas
por várias empresas do Grupo.
Através dos contactos disponibilizados via
website, encontra-se facilitada a interlocução
com qualquer das áreas do Grupo, possibilitando assim um número considerável de interacções com o exterior do Grupo.
Assinale-se ainda a dinâmica de relacionamento com os meios de comunicação social,
quer generalistas, quer da imprensa especializada, nos domínios económico e financeiro,
atestada pelo extenso acervo de menções às
actividades, negócios e iniciativas do Grupo e
pela presença regular dos seus representantes nos meios de comunicação social.
No que concerne em particular à abordagem
das partes interessadas na Área de Negócio
de Engenharia e Construção, importa destacar os seguintes aspectos:
Colaboradores:
· Realização de Encontros de Quadros e
Fóruns de partilha de conhecimento;
· Publicação mensal de uma “newsletter” interna, que pretende dar a conhecer a todos os
seus colaboradores as notícias da Empresa;
· Divulgação periódica de campanhas de
Sensibilização Ambiental.
Clientes:
· Envio de Inquéritos de Satisfação do Cliente.
Fornecedores:
· Promoção de acções de formação de fornecedores;
·Realização de inquéritos de satisfação e desenvolvimento de parcerias.
Universidades:
· Celebração de vários protocolos com Universidades;
·Parcerias para desenvolvimento de estudos e projectos específicos.
Comunicação:
· Participação em eventos, feiras de construção, seminários.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
Associações:
·Participação em Grupos de Trabalho e noutras
iniciativas, nomeadamente com a ANEOP.
A SUMA, na Área de Negócios de Ambiente e
Serviços, identificou no seu processo de Monitorização, Medição e Análise, a Actividade
“Satisfação das Partes Interessadas”. Com
esta actividade pretende monitorizar, medir
e analisar a satisfação das várias partes interessadas da Organização de forma a estabelecer bases para a melhoria contínua.
Relativamente aos Clientes, são considerados
dois aspectos principais:
· A gestão do Inquérito de Avaliação da Satisfação de Clientes (ISC);
· A gestão das reclamações recebidas na
organização.
Com uma periodicidade mínima anual, são
enviados inquéritos aos clientes em todos
os municípios onde a SUMA presta serviços.
Esta ferramenta visa monitorizar, numa base
mensurável, informação relativa à percepção
de cada Cliente em relação à organização e os
requisitos e níveis de serviço dela esperados.
Contempla quatro parâmetros de avaliação:
· Avaliação dos serviços prestados;
·Avaliação das competências técnicas e
imagem da organização;
· Avaliação global;
· Campo para fornecimento de Opiniões
e Sugestões.
Independentemente do envio destes inquéritos, sempre que a área Comercial ou a área da
Produção, no seu contacto regular com clientes, tome conhecimento de informações relevantes ao nível da satisfação ou sugestões de
melhoria, documentam tais situações e dão-lhes o seguimento adequado.
No que respeita às Reclamações, a SUMA
definiu e documentou a forma como realiza
o seu tratamento, desde que estas são recebidas até à transmissão da resposta ao reclamante, de forma a assegurar que:
·As reclamações são devidamente registadas e analisadas, com o envolvimento
dos respectivos responsáveis;
· É dada resposta objectiva ao reclamante,
· Se obtém dados fidedignos/pertinentes
para a melhoria do desempenho da Organização;
· São detectadas as não-conformidades
associadas às reclamações,
No que respeita às restantes partes interessadas, a SUMA identificou os seus principais
stakeholders e analisou os assuntos que lhes
podem interessar mais, relativamente à sua
relação com a SUMA, desdobrando-os pelas
perspectivas da sustentabilidade.
A avaliação da satisfação para a totalidade
das partes interessadas está a ser alvo de
um reforço, através da utilização melhorada
de metodologias e ferramentas já existentes
(p.ex. inquérito à satisfação do trabalhador),
ou através de metodologias e ferramentas a
introduzir nos próximos programas de gestão, dada a valia que essa avaliação tem para
o desempenho sustentável da SUMA.
No que respeita à Área de Negócios do Concessões de Transportes, e em particular à
AENOR, enquanto concessionária de mais de
600kms de auto-estradas em Portugal, registem-se a existência de uma Linha de Apoio ao
Cliente em funcionamento 24 horas por dia,
a existência, no seu website, de um espaço
para preenchimento de Sugestões e Reclamações, sendo ainda disponibilizada informação
sobre a forma de restituição de taxas de portagem por parte dos seus utilizadores em relação aos troços ou sublanços em obras.
Acresce a existência de um espaço de esclarecimento de dúvidas e de um Questionário de
Avaliação de Satisfação dos Utilizadores.
É de assinalar, por último, a criação da figura do Provedor do Cliente, entidade criada
para garantir a máxima satisfação do Cliente, acompanhando de perto e respondendo
a todas as questões que sejam colocadas. O
Provedor do Cliente é o próprio Presidente do
Conselho de Administração da AENOR, simbolizando assim a importância conferida à
figura do Cliente e utilizador final dos serviços
prestados pela empresa.
GOVERNÂNCIA, COMPROMISSOS COM INICIATIVAS
EXTERNAS, RELACIONAMENTO COM STAKEHOLDERS
86 87
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
88 89
RESPONSABILIDADE
Um encontro de vontades que se revela.
06
Responsabilidade
Social e Gestão
do Capital Humano
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
INTRODUÇÃO
6.1
RESPONSABILIDADE SOCIAL
6.1.1
PROGRAMA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL
Em 2006, o Grupo Mota-Engil deu início à
concretização de uma estratégia de sustentabilidade e responsabilidade social e que
viria a culminar, em 2007, na publicação do
seu primeiro Relatório de Sustentabilidade.
através da referência ao Programa de Responsabilidade Social do Grupo, em que se
materializa a sua concretização, e à forma
de organização adoptada para dar cumprimento aos objectivos estratégicos traçados.
A Visão e a Estratégia de sustentabilidade
do Grupo Mota-Engil, tratadas em capítulo
próprio deste Relatório, são aqui detalhadas
O Programa de Responsabilidade Social procura corporizar e dar resposta prática à estratégia de sustentabilidade do Grupo Mota-Engil.
Este programa integra um conjunto de Objectivos Gerais e uma Estrutura Orgânica de
suporte à sua execução, a qual, por sua vez,
se desdobra na realização de Actividades/
Projectos que resultam, quer de iniciativas
próprias, quer do apoio a iniciativas com
origem em entidades exteriores ao Grupo.
Paralelamente e no domínio da comunicação do desempenho nas áreas social e ambiental, o Programa de Responsabilidade
Social integra ainda a publicação regular
do Relatório de Sustentabilidade do Grupo,
bem como, e igualmente no domínio da comunicação externa, a publicação e actua­
lização dos conteúdos inseridos no website
institucional sob a designação “Desenvolvimento Sustentável”.
riscos decorrentes dos impactos económicos, sociais e ambientais do negócio, integrando-os no modelo global de gestão;
· Cultura baseada na qualidade, no rigor
e na orientação para o cliente;
·Incremento da produtividade e eficiência
de processos, visando atingir elevados
níveis de desempenho operacional de
acordo com as melhores práticas internacionais e de mercado.
2. Ecoeficiência e Inovação
O Programa contempla os seguintes eixos
estratégicos e Objectivos Gerais:
·Fazer mais com menos, reduzindo o consumo de recursos e incrementando a eficiência na sua utilização;
·Procura constante de melhorias no plano
ambiental que potenciem paralelamente
benefícios económicos;
·Forte incentivo à inovação como factor
crítico de aumento da competitividade,
estimulando o crescimento, a diversificação e a criação de novas oportunidades
de negócio.
1. Criação de valor
3. Protecção do meio ambiente
· Criar valor na perspectiva do accionista e
da sociedade em geral;
· Abordagem preventiva e prospectiva dos
·Minimizar o impacto ambiental das actividades do Grupo, integrando a perspectiva ambiental nos processos e sistemas de gestão;
RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO
·Promover e participar em iniciativas de
sensibilização e preservação dos valores
ambientais.
4. Ética empresarial
·Observância de critérios éticos na promoção dos valores, cultura e modelo de
gestão do Grupo;
·Respeito pelas pessoas e pelos seus
direitos.
5. Diálogo com as partes interessadas
·Transparência e abertura no relacionamento com as partes interessadas;
·Comunicação regular e sistematizada
com as partes interessadas, visando auscultar e integrar as suas preocupações;
·Relato objectivo e credível do desempenho económico, social e ambiental.
6. Gestão do capital humano
·Traduzir a dimensão humana e o respeito
pelas pessoas na estratégia e nas políticas de gestão de recursos humanos;
·Valorizar o emprego e a progressão na
carreira, estimulando a aquisição de com-
90 91
petências através da formação contínua e
da aprendizagem ao longo da vida;
·Criar condições de trabalho motivadoras
e compensadoras mediante políticas remuneratórias e de incentivo que favoreçam a excelência e o mérito;
·Garantir os mais elevados padrões de
saúde e segurança no trabalho,
·Adoptar práticas de recrutamento e selecção não-discriminatórias e que promovam a igualdade de oportunidades;
·Apoiar activamente a transição da escola
para a vida activa, promovendo a formação qualificante;
·Estimular o envelhecimento activo, visando o equilíbrio geracional dos recursos humanos no quadro de uma política laboral
responsável e socialmente sustentável.
7. Apoio ao desenvolvimento social
·Apoiar iniciativas de carácter social, educativo, cultural e ambiental promovidas
pelo Grupo ou em parceria com entidades
externas;
·Contribuir através da acção mecenática
para o desenvolvimento sócio-económico das comunidades onde desenvolve a
sua actividade.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
6.1.2
ESTRUTURA ORGÂNICA
O Programa de Responsabilidade Social é
coordenado e executado ao nível corporativo
pela Direcção de Responsabilidade Social,
Corporativa e Sustentabilidade (DRSCS).
A Direcção de Responsabilidade Social, Corporativa e Sustentabilidade constitui uma
das funções de carácter estratégico e corporativo do Grupo Mota-Engil, estando integrada na sua holding na dependência directa do
Presidente da Comissão Executiva do Grupo
Mota-Engil.
Compete a esta Direcção planear, coordenar
e executar a política de Sustentabilidade e o
Programa de Responsabilidade Social do Grupo Mota-Engil, de acordo com a Visão e a Estratégia de sustentabilidade aprovadas pelos
seus órgãos, actuando transversalmente nas
suas áreas e unidades de negócio.
O Conselho Coordenador para a Sustentabilidade (CCS) é o órgão interno de carácter
permanente responsável pelo acompanhamento da política de Sustentabilidade do
Grupo Mota-Engil, coadjuvando a Direcção
de Responsabilidade Social, Corporativa e
Sustentabilidade na coordenação e execução
do Programa de Responsabilidade Social.
O Conselho Coordenador para a Sustentabilidade (CCS) integra, além do Director de
6.1.3
ACTIVIDADES E PROJECTOS DO PROGRAMA DE RESPONSABILIDADE SOCIAL
Apresenta-se, em seguida, uma breve sinopse das Actividades e Projectos em que o
Grupo Mota-Engil se encontra envolvido, no
cumprimento do seu Programa de Responsabilidade Social.
6.1.3.1
MOTA-ENGIL SOLIDÁRIA
Em 2008, foi criada a marca Mota-Engil
Solidária.
A marca Mota-Engil Solidária foi especialmente concebida para conferir uma identidade gráfica e imagética aos projectos e
Responsabilidade Social, Corporativa e Sustentabilidade, que coordena o seu funcionamento, os responsáveis corporativos pelo
Controlo de Gestão, Desenvolvimento de Recursos Humanos, Relações com os Investidores e outros elementos de áreas e unidades
de negócio com responsabilidades operacionais nos domínios de Ambiente, Qualidade,
e Saúde e Segurança no Trabalho, podendo
cooptar membros de outras áreas operacionais ou unidades de negócio em função da
especial natureza das matérias que fazem
parte da sua esfera de competências.
Compete igualmente ao Conselho Coordenador para a Sustentabilidade (CCS) controlar e
avaliar a execução do Programa de Responsabilidade Social do Grupo, propor aos seus
órgãos de gestão as actividades relativas
aos Objectivos do Programa, encetar acções
internas e externas de divulgação, sensibilização e formação em matéria de sustentabilidade, bem como apoiar a redacção e a
publicação do Relatório de Sustentabilidade
do Grupo.
O Conselho Coordenador para a Sustentabilidade (CCS) rege-se pelo seu Regimento
Interno reunindo ordinariamente com periodicidade mensal e extraordinariamente sempre que tal se justifique.
iniciativas do Grupo no domínio da Responsabilidade Social, em particular na sua vertente de Solidariedade Social.
Procura representar os conceitos de acolhimento e protecção tão característicos da
ideia de solidariedade social.
A nova marca e a identidade gráfica de suporte visam assim, de uma forma que se
pretende marcante e apelativa, simbolizar
uma nova etapa da política de Responsabilidade Social da Mota-Engil, na esteira da
sua melhor tradição e espírito filantrópico,
profundamente enraizadas na longa história
do Grupo.
RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO
Sob a nova marca, foi desenvolvido um conjunto de iniciativas de apoio às mais diversas causas no domínio da solidariedade social, parte
das quais realizadas já durante o ano de 2009.
Assistiu-se, por outro lado, ao reforço e consolidação de projectos já anteriormente desenvolvidos.
Apoio à Deficiência
OEIRAS SEM BARREIRAS
O Projecto Oeiras Sem Barreiras resulta de
um protocolo celebrado entre a Mota-Engil
e a Câmara Municipal de Oeiras, visando o
apoio do Grupo à remoção de barreiras arquitectónicas nos edifícios de habitação das
famílias mais carenciadas do concelho de
Oeiras e que integrem paralelamente deficientes ou pessoas com mobilidade condicionada.
As intervenções a efectuar são objecto de um
trabalho conjunto de referenciação e análise
das situações apresentadas, traduzindo-se em
regra na execução de trabalhos de requalificação e beneficiação das habitações, melhorando
assim as condições de mobilidade existentes.
O Grupo Mota-Engil procura assim, em estreita articulação com a autarquia, exercer uma
cidadania activa e participativa, contribuindo
para a inclusão social no concelho, onde se
situa um dos principais escritórios do Grupo.
Em 2008, após a análise das várias situações apresentadas, resultou já uma primeira
intervenção na casa de uma idosa com dificuldades de locomoção. Esta intervenção,
coordenada por uma equipa do Núcleo da
Assistência em Garantia da Mota-Engil Engenharia, consistiu na execução de diversos
trabalhos de requalificação e beneficiação
da habitação, melhorando assim as condições de mobilidade existentes
ASSOCIAÇÃO DE PARALISIA CEREBRAL DE
LISBOA
A Associação de Paralisia Cerebral de Lisboa, instituição particular de solidariedade social (IPSS), tem por missão apoiar e
92 93
proporcionar tranquilidade às pessoas com
paralisia cerebral e situações neurológicas
afins e suas famílias, através do desenvolvimento das suas capacidades, visando a
concretização dos seus projectos de vida e
o pleno exercício da cidadania.
A Associação dispõe de um significativo
conjunto de valências e equipamentos, entre os quais o Centro Nuno Belmar da Costa,
em Oeiras.
Este Centro engloba um Lar Residencial e um
Centro de Actividades Ocupacionais, para
além de outras actividades relevantes no
apoio à deficiência.
Em 2008 o Grupo doou à instituição um veí­
culo adaptado para transporte de deficientes, o que muito irá concorrer para melhorar
os serviços prestados pela Associação que
há mais de 50 anos se dedica com paixão e
competência à causa da deficiência.
ACTIVA BRAILLE
O Grupo Impresa deu início em 2005 ao projecto Braille, com a publicação da revista
“Visão Braille”.
Em 2006 iniciou-se a publicação da “Júnior
Braille” e “Activa Braille”.
A “ACTIVA BRAILLE” dirige-se em particular
a mulheres invisuais, sendo editada sem fins
lucrativos, com periodicidade bimestral e
distribuição gratuita.
Convidada a patrocinar as edições de 2009
da revista, a Mota-Engil associou-se a este
projecto, procurando deste modo apoiar a
difusão de conteúdos informativos junto dos
cidadãos invisuais.
ASSOCIAÇÃO SALVADOR
A Associação Salvador nasceu a 23 de Novembro de 2003 por iniciativa de Salvador
Mendes de Almeida, fundador da Associação, que ficou tetraplégico aos 16 anos em
consequência de um acidente de viação.
A Associação tem por missão concorrer para
a plena integração social das pessoas com
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
deficiência, sensibilizando a sociedade para
a causa da acessibilidade, desenvolvendo
acções de apoio dirigidas em particular
aos deficientes motores, fomentando a investigação de mecanismos de reabilitação
e promovendo iniciativas e divulgando um
conjunto de suportes de comunicação.
Os seus principais eixos de intervenção englobam a prossecução de acções próprias vocacionadas para as áreas de integração, acessibilidade e prevenção rodoviária, cooperação
internacional e investigação e tecnologia.
O projecto “Portugal Acessível” conta-se
entre as suas mais recentes iniciativas,
tendo por objectivo, através do website
www.portugalacessivel.com, facilitar a integração das pessoas com mobilidade reduzida na sociedade, disponibilizando uma
lista de espaços que estão preparados para
recebê-las.
O Grupo Mota-Engil estabeleceu um acordo
de parceria com a Fundação, visando apoiar
a gestão do projecto “Portugal Acessível”,
tornando-se seu “Mecenas Ouro”.
O Grupo procura assim, mais uma vez, postar-se na primeira linha de apoio à causa da
deficiência, que afecta cerca de 50 milhões
de pessoas em toda a Europa e 8 a 10% da
população portuguesa.
CADIn – CENTRO DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO INFANTIL
O CADIn – Centro de Apoio ao Desenvolvimento Infantil, sediado no concelho de Cascais, é uma instituição particular de solidariedade social de apoio às crianças e jovens
deficientes nas diversas vertentes de assistência clínica, reabilitação, investigação
científica, social, beneficência e cultural.
Entre as suas actividades destacam-se a
promoção da prestação de cuidados médicos e afins na área da pediatria do desenvolvimento, pedo-psiquiatria e reabilitação
pediátrica, divulgação de conhecimentos
sobre perturbações existentes, bem como o
apoio aos familiares de pessoas que padeçam destas enfermidades.
Através do programa Bolsa Social, a instituição apoia as famílias de menores recursos económicos, permitindo que as crianças tenham
acesso gratuito aos tratamentos ministrados.
Desde 2005, o CADIn publica um calendário
com fotografias de crianças ou jovens com
algum problema de desenvolvimento, acompanhados por uma figura pública.
Em 2009, o Grupo Mota-Engil patrocinou a
publicação deste calendário, associando-se
a esta causa.
Apoio ao Desporto
2os JOGOS DA LUSOFONIA-LISBOA 2009
No ano 2009, a cidade de Lisboa e os concelhos limítrofes acolheram os 2os Jogos da
Lusofonia.
Sob o lema “A união mais forte que a vitória”,
os Jogos da Lusofonia constituem no plano desportivo um espaço de encontro e um traço de
união entre desportistas que partilham entre si
o património comum da língua portuguesa.
Num clima de intercâmbio e multiculturalidade, os países participantes têm a oportunidade de discutir ao mais alto nível as
estratégias de acesso ao desporto, sensibilização para a actividade desportiva e os
múltiplos e benéficos impactos do desporto
na saúde, bem-estar e qualidade de vida
das populações.
Os jogos contaram com a participação de
cerca de 1300 atletas nas modalidades de
Atletismo, Basquetebol, Futebol, Futsal,
Judo, Taekwondo, Ténis de Mesa, Voleibol e
Voleibol de Praia.
O Grupo Mota-Engil, no quadro de um dos
mais importantes objectivos estratégicos da
sua política de responsabilidade social, patrocinou os Jogos, associando-se à entidade
organizadora como “Parceiro Social dos Jogos da Lusofonia”.
O apoio dirigiu-se em especial à disciplina
de Atletismo para Deficientes, na ocasião em
RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO
94 95
que o desporto para deficientes entra pela
primeira vez no programa dos Jogos, como
modalidade de demonstração.
Por razões de vária ordem, esta iniciativa
tem conhecido alguns atrasos, prevendo-se
para 2009 a sua efectiva concretização.
Apoio à Habitação
Apoio à Infância e Juventude
PORTO AMIGO
A Mota-Engil e a Fundação Porto Social, integralmente detida pela Câmara Municipal
do Porto, celebraram no dia 17 de Março
de 2009 um protocolo denominado “Porto
Amigo”.
REFÚGIO ABOIM ASCENSÃO
O Refúgio Aboim Ascensão é uma instituição
particular de solidariedade social (IPSS) fundada em Faro, no ano de 1933, por Manuel
Aboim Ascensão de Sande Lemos.
O protocolo tem por objecto o estabelecimento de formas de colaboração entre o
Grupo e a Fundação na realização de obras
de adaptação e de melhoria das condições
de habitabilidade da população sénior dependente da cidade do Porto, em situação
de pobreza e que resida em habitação própria ou arrendada.
A Mota-Engil alia-se assim à autarquia portuense num esforço conjunto em prol da
coesão social urbana e na promoção de
condições habitacionais condignas a favor
dos mais idosos.
ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA HABITAT
A Associação Humanitária Habitat, fundada
em Maio de 1996, constitui a primeira filial
portuguesa da organização não-governamental sem fins lucrativos Habitat for Humanity International, com sede nos EUA.
Tem como princípio fundamental congregar
esforços e promover iniciativas no âmbito da
solidariedade social, visando especialmente
contribuir para eliminar a degradação habitacional e apoiar famílias carenciadas na obtenção de habitações adequadas e condignas,
através da sua construção ou recuperação.
O Grupo Mota-Engil, através de um protocolo celebrado com esta instituição, procura
associar-se ao seu trabalho, tendo em vista
viabilizar a construção ou recuperação de
habitações para famílias carenciadas, em
especial no concelho de Amarante, território a que o Grupo se encontra ligado por
fortes laços sociais e institucionais.
Em 1985, foi criado o serviço de Emergência
Infantil, destinado a acolher crianças em risco até aos cinco anos de idade, no âmbito
das medidas previstas por lei em matéria de
promoção e protecção das crianças e jovens
em risco, respondendo assim às necessidades das crianças que, por qualquer motivo, se
vêem privadas da sua integração na família
natural.
Ao longo dos anos, o Refúgio tem-se notabilizado pela sua perspectiva inovadora na
protecção das crianças em risco, procurando
através de uma abordagem integradora nos
planos educativo, pedagógico e psicossocial, proporcionar às crianças que acolhe a
sua plena inserção social e afectiva, baseada no “direito a ter um colo” na ausência da
família natural.
Tendo em vista proporcionar à instituição
melhores condições de trabalho, o Grupo
Mota-Engil efectuou um donativo que permitiu a aquisição de dois veículos de transporte, o que em muito irá contribuir para o cumprimento dedicado e eficaz da sua missão.
ACISJF
A Junta Diocesana do Porto da Associação
Católica Internacional ao Serviço da Juventude Feminina (ACISJF) é uma associação de
orientação católica que tem por missão acolher, orientar e promover integralmente jovens do sexo feminino em risco social ou em
especial situação de desfavor, como sejam as
mães solteiras e as famílias monoparentais.
Esta instituição particular de solidariedade
social (IPSS), igualmente considerada de uti-
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
lidade pública desde 1937, dispõe de quatro
equipamentos sociais na cidade do Porto, de
que se destacam dois lares, uma cantina social e um serviço de acolhimento.
Em 2009, a Mota-Engil doou à instituição
uma viatura que permitirá assegurar o transporte das jovens acolhidas pela instituição,
viabilizando assim a melhoria dos serviços
prestados pela ACISJF e constituindo uma
importante ajuda no cumprimento da sua
missão ao serviço da juventude feminina.
ALDEIAS DE CRIANÇAS SOS
As Aldeias de Crianças SOS têm origem na
Áustria, em 1949, emergindo da necessidade
de apoiar as crianças órfãs e abandonadas
após a Segunda Guerra Mundial.
Em 1964, é fundada a Associação das Aldeias SOS Portugal, IPSS reconhecida
como pessoas colectiva de utilidade pública, com o objectivo de acolher crianças em
risco desinseridas do seu contexto familiar,
procurando proporcionar-lhes um modelo
familiar e uma sólida formação, visando a
sua progressiva autonomização e plena integração social.
Para além de três aldeias de crianças, a primeira das quais fundada em 1967, a instituição possui ainda uma residência de jovens e
um centro social.
A Mota-Engil subvencionou financeiramente
esta instituição, em linha com o que tem vindo a fazer neste domínio no apoio a outras
instituições congéneres.
ASSOCIAÇÃO DOS FAMILIARES DAS VÍTIMAS
DA TRAGÉDIA DE ENTRE-OS-RIOS (AFVTER)
A Associação dos Familiares das Vítimas da
Tragédia de Entre-os-Rios viu concretizado o
seu primeiro grande projecto ao inaugurar o
seu Centro de Acolhimento Temporário (CAT)
para crianças e jovens em risco, denominado
“Crescer a Cores”.
Localizado na vila de Raiva, no concelho de
Castelo de Paiva, o CAT tem capacidade para
acolher 20 crianças e jovens entre os 0 e os
18 anos.
O Grupo Mota-Engil doou uma viatura que
permitirá à instituição proceder ao transporte
dos jovens acolhidos no novo equipamento,
melhorando as suas condições de mobilidade
e propiciando a prestação de um serviço de
elevado grau de exigência e qualidade.
FUNDAÇÃO DO GIL
A Fundação do Gil, nome inspirado na mascote da Expo’98, foi criada em 1999 com origem num protocolo assinado entre a Parque
Expo 98, SA e o então Ministério do Trabalho
e da Solidariedade, através do Instituto para
o Desenvolvimento Social.
A Fundação tem como principais objectivos
o bem-estar, a valorização pessoal e a plena
integração social das crianças e dos jovens,
apoiando em particular as crianças em risco
no domínio da resolução de casos de crianças em internamento hospitalar prolongado
por razões sociais, assegurando a necessária articulação com outras instituições e serviços competentes.
Entre os seus projectos mais emblemáticos
figuram a Casa do Gil, primeiro centro de
acolhimento temporário de cuidados intermédios de saúde, e a Unidade Móvel de
Apoio Domiciliário.
O Grupo Mota-Engil celebrou com a Fundação
um protocolo com a duração de três anos, adquirindo o estatuto de Padrinho da Fundação
do Gil. Tal permitirá apoiar as actividades e
projectos da Fundação, num domínio particularmente caro ao Grupo no âmbito da sua
política de responsabilidade social.
6.1.3.2
INICIATIVAS E COMPROMISSOS INSTITUCIONAIS
Para além da criação da marca “Mota-Engil
Solidária” e no desenvolvimento dos objectivos e eixos estratégicos fundamentais do
seu Programa de Responsabilidade Social, o
Grupo Mota-Engil apoiou um conjunto mui-
RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO
to vasto de projectos e iniciativas, assumindo ainda compromissos institucionais de
vária ordem.
Os apoios à cultura, educação, ciência e
saúde figuram entre as áreas de intervenção
onde o Grupo tem marcado presença mais
destacada, a que acresce uma atenção muito particular à temática da sustentabilidade
nas suas várias dimensões.
O Grupo encontra-se associado, de forma
mais estável e duradoura, a instituições de
referência no panorama nacional em qualquer dos domínios citados, acolhendo e
apoiando ainda projectos e iniciativas emanados da sociedade civil considerados de
maior relevância e interesse social.
Ambiente
MOVIMENTO ECO – EMPRESAS CONTRA
OS FOGOS
O Movimento ECO – Empresas Contra os Fogos partiu da iniciativa de um conjunto de
empresários com o objectivo de coordenar
os processos de colaboração do mundo empresarial com os diversos organismos sob a
tutela do Ministério da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas e do Ministério da
Administração Interna, nas áreas da prevenção e combate aos incêndios florestais.
Ciente do seu compromisso enquanto entidade ambiental e socialmente responsável,
o Grupo Mota-Engil aderiu ao Movimento
ECO através de um protocolo de cooperação estabelecido com a Autoridade Florestal
Nacional, Autoridade Nacional de Protecção
Civil e Guarda Nacional Republicana.
Nos termos da parceria estabelecida, o
Grupo Mota-Engil procedeu à oferta de um
conjunto de 102 kits de incêndios florestais
destinados a equipar os elementos da Direcção do Serviço de Protecção da Natureza e Ambiente (SEPNA) da Guarda Nacional
Republicana na execução da sua missão de
controlo, prevenção, detecção, investigação
e validação das áreas ardidas.
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CASCAISNATURA – PROJECTO OXIGÉNIO
Planear a promoção e defesa da natureza e
da biodiversidade no concelho de Cascais
constitui o principal objectivo do Projecto
Oxigénio, da responsabilidade da CascaisNatura – Agência de Ambiente da Câmara
Municipal de Cascais.
A área de intervenção do Projecto engloba
um extenso arco de território de cerca de
1300 hectares em pleno Parque Natural de
Sintra-Cascais, que une a costa atlântica ocidental acima do Guincho até à proximidade
de Cascais, passando pelas encostas da Serra de Sintra voltadas a sul.
O Projecto Oxigénio visa recuperar, manter e
abrir à visitação as parcelas do território sob
a sua intervenção através de um conjunto de
acções em que avultam a plantação de espécies autóctones (arbustivas e arbóreas),
apoio à regeneração natural de espécies autóctones, acções de controlo e erradicação
de espécies exóticas invasoras, recolha de
sementes e estacas para propagação vegetativa, estabilização e recuperação de ribeiras e linhas de água, criação e protecção
de galerias ripícolas, controlo de erosão em
zonas de risco com técnicas de engenharia
natural, implementação de uma rede de percursos interpretativos e construção e colocação de ninhos.
Constitui objecto de intervenção prioritária deste Projecto a defesa de áreas ricas
em biodiversidade e sob elevado grau de
ameaça (“hotspots”).
Apostado na defesa da biodiversidade como
bem maior no plano ambiental, o Grupo
Mota-Engil celebrou um protocolo de colaboração com a Agência CascaisNatura,
comprometendo-se por um período de cinco
anos a assegurar a co-gestão de uma parcela
de 1,2 hectares localizada junto à ribeira de
Marmeleiros, na freguesia de Alcabideche.
PARQUE NATURAL DA MADEIRA
Através de um protocolo celebrado, em Abril
de 2007, entre a Mota-Engil Engenharia e o
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
Parque Natural da Madeira, o Grupo Mota-Engil
compromete-se a patrocinar a Reserva Natural Parcial do Garajau, primeira reserva
nacional de índole exclusivamente marinha,
financiando a montagem, afixação em solo
firme e manutenção de três bóias marítimas
de sinalização e de três painéis informativos para identificação e delimitação da Reserva Natural.
Em contrapartida, o Parque Natural compromete-se a divulgar a imagem e a marca
Mota-Engil associando-a às actividades por
si desenvolvidas.
Esta iniciativa inscreve-se na promoção dos
valores ambientais, que integra a política
de sustentabilidade do Grupo Mota-Engil,
associando-o a um património natural de inquestionável raridade e beleza.
Esta iniciativa, de carácter plurianual, manteve plena vigência durante o ano de 2008.
EDUCAÇÃO E SENSIBILIZAÇÃO AMBIENTAL
Assumindo uma política de investimento na
formação cívica das populações, sobretudo
nas suas camadas mais jovens, a SUMA detém, no mercado do Ambiente, um património ímpar ao nível da Educação Ambiental.
Constituído por mais de quatro centenas
de campanhas de sensibilização vocacionadas para gerar consciências críticas que
actuem numa perspectiva de mudança e
desenvolvimento, a aposta na conquista de
uma responsabilidade cívica colectiva e de
âmbito nacional está associada à aquisição
e manutenção de competências individuais
e sociais de urbanidade e respeito pelos espaços e equipamentos públicos, bem como
pelos recursos naturais esgotáveis, através
da adopção de comportamentos e rotinas
de redução, reutilização e reciclagem.
Destinadas a contribuir para elevar os níveis de participação e co-responsabilização
dos produtores de resíduos, as iniciativas
levadas a cabo pela SUMA neste campo de
actuação têm como objectivo colateral o aumento da eficácia e eficiência dos serviços
de produção, sobretudo no que concerne às
actividades de Recolha de RSU e Limpeza
Urbana, áreas cuja intervenção envolveu,
no período em análise, 1.279.570 sujeitos,
através de 39 campanhas de sensibilização
com recurso às metodologias de contacto
pró-activo, que se desmultiplicaram em 167
intervenções geradoras de comportamentos convergentes com os padrões de Civilidade e Crescimento Sustentável, para além
dos investimentos em território nacional,
que envolveram o alargamento das acções
aos Municípios Clientes das empresas que
têm sido integradas no projecto SUMA.
A complementar as estratégias de mobilização epidémica assentes na abordagem
directa junto dos alvos e na implicação dos
sujeitos em esquemas de hetero-fiscalização entre pares, este ciclo de trabalhos foi
caracterizado pelo recurso crescente à utilização da certificação e reconhecimento de
competências – mediante regulamentos e
sessões de verificação por observação directa –, como modelo de criação de quadros
de referência em matéria comportamental
(exploração do conceito de pertença e de
distintividade social). A destacar, ainda, a
focalização da sensibilização nos conceitos
da prevenção, Cidadania Activa e vantagens
individuais do produtor de Resíduos. A diversificação de alvos e de metodologias utilizadas foi igualmente um dos objectivos deste
período, com acções como as da Unidade
Móvel de Sensibilização Cidadómetro® a
incluírem famílias e jardins-de-Infância no
seu percurso, e a criação de campanhas para
faixas etárias que habitual­mente não são
trabalhadas nos Programas de Educação
Ambiental e que exigem adequação estratégica e pedagógica.
Tendo assumido desde cedo uma das características diferenciadoras da SUMA relativamente à concorrência, a Educação e
Sensibilização Ambiental ultrapassa em
muito as suas valências contratuais com os
municípios de actuação. No terreno, a empresa continua a desenvolver e implementar projectos de cariz transversal, que associam temáticas como a Prevenção de Risco,
a Prevenção Rodoviária e a Saúde Primária
aos aspectos relacionados com a produção de resíduos seu acondicionamento e
RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO
encaminhamento para os circuitos normais
e de valorização.
98 99
O Decreto-Lei nº 115/2006, de 14 de Julho,
tornou possível a integração nas Redes Sociais concelhias de entidades privadas com
fins lucrativos.
Comunicação
CAMPANHA “PENSAR SUSTENTÁVEL, AGIR
RESPONSÁVEL”
A comunicação constitui um aspecto fundamental da estratégia de sustentabilidade
do Grupo Mota-Engil.
A tomada de consciência sobre os principais
temas da sustentabilidade e sobre os objectivos e metas da política do Grupo nesta
área são uma condição indispensável à sua
apropriação por parte dos colaboradores
enquanto agentes decisivos de mudança.
A campanha materializa-se num conjunto
de suportes de comunicação nas várias línguas de trabalho do Grupo, em que se inclui
a edição de conteúdos em suporte digital
patentes no website do Grupo.
O Grupo Mota-Engil é membro das redes
sociais dos concelhos de Oeiras e Porto, o
que se traduz numa oportunidade e num incentivo ao conhecimento aprofundado dos
diagnósticos sociais concelhios e dos subsequentes planos de desenvolvimento social,
permitindo ao Grupo contribuir com os seus
conhecimentos técnicos, estruturas operacionais e recursos financeiros e logísticos
para o desenvolvimento social das comunidades em que se insere.
SISTEMA DE MEDIAÇÃO LABORAL
O Sistema de Mediação Laboral resulta de
uma iniciativa do Ministério da Justiça e de
um protocolo de acordo celebrado entre esta
instância governamental, as confederações
patronais CAP, CCP, CIP e CTP, e as confederações sindicais CGTP-IN e UGT, facultandose às empresas a adesão voluntária a este
sistema de composição dos litígios.
Comunidades e Cidadania
REDE SOCIAL
A Rede Social foi criada por diploma legal
em 1997, tendo em vista dar expressão organizada ao conjunto das diferentes formas
de entreajuda e articulação das actividades
do Estado, autarquias locais e entidades
particulares sem fins lucrativos, em prol da
erradicação da pobreza e exclusão social e
da promoção do desenvolvimento social.
A Rede Social é um programa aplicável a
todo o território nacional, possuindo uma
lógica territorializada de intervenção, sendo
por isso desenvolvido à escala concelhia.
A Rede Social consiste assim num fórum de
congregação e articulação de esforços baseado na adesão livre e voluntária por parte das entidades públicas da administração
desconcentrada do Estado com responsabilidades nas áreas da segurança social e acção social, educação, emprego, saúde e outras, envolvendo ainda as autarquias locais
e entidades particulares sem fins lucrativos.
Em 2006, o Grupo Mota-Engil aderiu ao Sistema de Mediação Laboral (SML), visando a
resolução de litígios do foro laboral de forma
extra-judicial e com recurso a mediadores
independentes.
A Mota-Engil foi um dos primeiros grupos
empresariais a aderir a este sistema, procurando desta forma associar-se ao esforço de
resolução extra-judicial dos litígios de natureza juslaboral.
CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA
- 5 Escolas | 5 Designers
A Câmara Municipal de Lisboa, no âmbito
do programa de expansão e modernização
da rede pública do ensino pré-escolar e do
1º ciclo da cidade de Lisboa, denominado
“Escola Nova”, concebeu o projecto 5 Escolas | 5 Designers.
Lançado em Outubro de 2008, o projecto foi
concluído no primeiro trimestre de 2009.
O projecto envolveu a participação de cinco
equipas de designers e cinco patrocinado-
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
res, visando a requalificação de cinco escolas da cidade.
O Grupo Mota-Engil patrocinou a intervenção da Escola do Bairro da Madre de Deus,
em particular no seu Centro de Recursos,
permitindo o acesso e a fruição de um conjunto de actividades lúdicas a desenvolver
pelos alunos neste renovado espaço.
O projecto ficou a cargo de Vera Paulino, do
Atelier 003.
CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA
- Estudo sobre Dinâmicas Residenciais
A Câmara Municipal de Lisboa está a realizar, durante o ano de 2009, um estudo
sobre Dinâmicas Residenciais, tendo em
vista adequar a sua política habitacional às
necessidades de quem trabalha e vive na
cidade de Lisboa.
A Fundação Pro Dignitate ONGD (Organização Não-Governamental para o Desenvolvimento) promove igualmente campanhas
de solidariedade com os países de língua
oficial portuguesa.
Procurando associar-se a esta instituição de
utilidade pública na prossecução das suas
actividades, o Grupo Mota-Engil efectuou
em 2009 uma doação que lhe permitiu adquirir o estatuto de Benemérito da Fundação, colocando-se assim ao lado dos que lutam pela defesa dos direitos humanos e pela
universalidade da sua promoção.
ANGOLA – VISITA DO PAPA BENTO XVI
No âmbito da deslocação de Sua Santidade o
Papa Bento XVI a Angola, nos dias 24 a 26 de
Março de 2009, a Mota-Engil, através da sua
sucursal angolana, realizou a expensas suas
um conjunto de trabalhos de apoio à visita.
Procura desta forma conhecer melhor onde
vivem e quais as motivações relativas à habitação por parte dos cidadãos/trabalhadores que residam em concelhos próximos e
demandem regularmente a cidade de Lisboa para trabalhar.
Os trabalhos executados, de valor muito
significativo, consistiram na construção de
um heliporto de emergência e no fornecimento de casas de banho portáteis e restantes infra-estruturas necessárias à sua
disponibilização.
O Grupo Mota-Engil, convidado a participar
neste estudo, deu a conhecer o teor desta
iniciativa aos seus colaboradores que não
residem em Lisboa mas trabalham na cidade, convidando-os a preencher o inquérito
on-line disponibilizado para o efeito pela
edilidade lisboeta.
Num evento da maior importância para Angola e para a sua comunidade católica, o Grupo
não podia deixar de acolher este importante
apelo, dando assim o seu contributo para o
sucesso da visita e a todos quantos quiseram
testemunhar a presença em terras angolanas
do mais alto representante da Igreja Católica.
FUNDAÇÃO PRO DIGNITATE
Criada em 1994, a Fundação Pro Dignitate
tem fins humanitários e sociais e visa sobretudo a prevenção da violência e a promoção
dos direitos humanos, através da realização
de estudo científicos, planeamento, promoção e avaliação de medidas preventivas e
outras acções dirigidas à salvaguarda daqueles direitos fundamentais.
Com esta iniciativa, o Grupo pretende ainda
dar testemunho do alargamento da sua política de responsabilidade além-fronteiras.
Entre essas acções incluem-se a realização
de campanhas, seminários, projectos de
ajuda, publicações e outras iniciativas de
promoção e defesa dos direitos humanos.
SANTUÁRIO DO CRISTO-REI
Em 1934, ao contemplar a imagem de Cristo Redentor do Corcovado no Rio de Janeiro (Brasil),
o então Cardeal Patriarca de Lisboa, D. Manuel
Cerejeira, terá exprimido o desejo de construir
obra semelhante em frente a Lisboa.
Aprovado o projecto pelo Episcopado Português, já no ano de 1940 e em plena segunda Guerra Mundial, os bispos portugueses
RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO
fizeram o voto de erguer sobre Lisboa um
monumento ao Sagrado Coração de Jesus,
caso Portugal fosse poupado às agruras
da guerra.
Iniciada a construção em 1949, o monumento
foi inaugurado uma década depois, em 1959,
na presença das mais altas individualidades
civis e religiosas e perante uma assistência
de 300.000 pessoas.
Nos dias 16 e 17 de Maio, tiveram lugar as cerimónias comemorativas do 50º aniversário
do Santuário, evento de grande simbolismo
religioso e de enorme significado para toda a
comunidade cristã em Portugal.
O Grupo Mota-Engil associou-se à cerimónia,
apoiando a realização deste marco evocativo.
Cultura
FUNDAÇÃO DE SERRALVES
A Fundação de Serralves é uma instituição
cultural de âmbito europeu ao serviço da
comunidade nacional, que tem como missão sensibilizar o público para a arte contemporânea e o ambiente, através do Museu de Arte Contemporânea como centro
pluridisciplinar, do Parque como património natural vocacionado para a educação e
animação ambientais, e do Auditório como
centro de reflexão e debate sobre a sociedade contemporânea.
Reconhecida hoje como uma das principais
instituições culturais portuguesas e a mais
relevante do Norte de Portugal, a Fundação
de Serralves tem desenvolvido um grande
esforço no sentido de projectar nacional e
internacionalmente a arte dos nossos dias e
de divulgar o seu notável património arquitectónico e paisagístico.
A Fundação organiza e apresenta anualmente ao público uma programação diversificada
de iniciativas, tendo como fins incentivar o
debate e a curiosidade sobre a arte, a natureza e a paisagem, educar de forma criativa
e promover a activamente a reflexão sobre a
sociedade contemporânea.
100 101
O Grupo Mota-Engil é Fundador desta prestigiada instituição desde 1994, integrando o
seu Conselho de Fundadores.
Em 2009, ano em que se celebram 20 anos
de instituição da Fundação e 10 anos da criação do Museu de Arte Contemporânea, Serralves irá desenvolver um conjunto de actividades destinadas a assinalar a efeméride.
De entre elas, destacam-se as exposições
“Jacques-Émile Rhulmann e a Fraternidade
das Artes” e “Pedro Barateiro”.
O Grupo Mota-Engil patrocinou estas importantes mostras, a que se associa igualmente
o ciclo de debates “Espírito Empreendedor e
uma Visão Contemporânea do Mundo”.
CASA DA MÚSICA
A Casa da Música, na cidade do Porto, constitui uma obra de vulto no plano nacional e
um marco incontornável da moderna arquitectura urbana, sendo hoje um importante
pólo de divulgação da música e das actividades formativas ligadas à arte musical,
através de uma programação de qualidade,
abundante e diversificada, que procura acolher todos os estilos e gostos musicais.
O Grupo Mota-Engil encontra-se ligado
como Fundador à Fundação da Casa da Música, entidade gestora deste equipamento
cultural.
No contexto da sua ligação à Casa da Música, o Grupo disponibiliza anualmente junto
dos seus colaboradores um leque de benefícios que se traduzem no acesso gratuito
aos espectáculos e descontos na aquisição
de bilhetes, para além de outros serviços
disponibilizados pela instituição.
Facilitando o acesso à programação da
Casa da Música, o Grupo demonstra o seu
empenhamento na generalização do acesso à cultura, procurando ir ao encontro
dos muitos colaboradores que já apreciam
a arte musical e despertar em todos os demais o interesse pela música nas suas mais
diversas formas e manifestações.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
CENTRO CULTURAL DE BELÉM
O Centro Cultural de Belém (CCB), na cidade de
Lisboa, figura entre as mais importantes e prestigiadas instituições culturais portuguesas.
O Grupo Mota-Engil celebrou em 2008 um
protocolo com o Centro Cultural de Belém,
através do qual adquiriu o estatuto de “Empresa Amiga Gold CCB”, tornando-se assim
parceira do CCB no cumprimento da sua missão e objectivos.
O protocolo contempla um conjunto de benefícios a favor dos colaboradores do Grupo,
em que se incluem a oferta de Cartões Amigo
CCB, cartões de estacionamento no parque
do CCB, para além de descontos nas actividades desenvolvidas pela instituição.
Com esta iniciativa, o Grupo pretende generalizar e estimular o acesso à cultura por
parte dos seus colaboradores, associando-se a uma insígnia de referência no panorama cultural nacional.
MUSEU NACIONAL DE SOARES DOS REIS
No quadro da evocação do Bicentenário das
Invasões Francesas (1709-2009), a Área
Metropolitana do Porto (AMP) organiza um
vasto programa de evocação do Bicentenário das Invasões Francesas, através do qual
foram estabelecidas várias parcerias com
outras instituições.
O Museu Nacional de Soares dos Reis
(MNSR), na Porto, realizou enquanto instituição parceira uma exposição evocativa
da tragédia da Ponte das Barcas, nome por
que ficou tristemente cunhado um dos episódios mais marcantes das Invasões Francesas na cidade.
A exposição será complementada por um Roteiro das Pontes do Porto, convidando a um
percurso de descoberta da sua importância
e significado pelos cidadãos do Porto e da
sua área metropolitana.
O Grupo Mota-Engil apoiou financeiramente
esta iniciativa, ligando o seu nome à memória de um importante marco da história nacional e da cidade do Porto.
CENTRO NACIONAL DE CULTURA
O Centro Nacional de Cultura (CNC) é uma Associação Cultural fundada em 1945, procurando
ser um espaço de encontro e de diálogo entre
os diversos sectores políticos e ideológicos, em
defesa de uma cultura livre e pluridisciplinar.
Grande parte da sua acção tem sido dedicada
à defesa do património cultural português,
à divulgação do papel desempenhado pela
cultura portuguesa no mundo, e à actualização das suas relações com outras culturas.
A dimensão europeia tem vindo a adquirir
peso crescente no CNC, desenvolvendo projectos em parceria com congéneres de outros
países europeus.
Em 2009, o Núcleo do Porto do CNC promoveu pelo quarto ano consecutivo a Festa na
Baixa do Porto (FNB), procurando contribuir
para a animação da baixa portuense através
da realização de um conjunto de eventos culturais de carácter multidisciplinar.
O Grupo Mota-Engil patrocinou o evento,
associando-se a uma instituição de grande
prestígio na difusão da cultura em Portugal.
ANGOLA – EXPOSIÇÃO DE PINTURA
José de Guimarães (pseudónimo artístico de
José Maria Fernandes Marques, em homenagem à cidade que o viu nascer) é um dos
principais artistas plásticos portugueses
contemporâneos, com uma obra notável no
domínio da pintura, premiada ao longo da
sua carreira com importantes galardões.
Em 2009, enquadrada nas festividades do
Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, esteve patente no
Instituto Camões, Centro Cultural Português, em Luanda, uma mostra de mais de
30 peças de José Guimarães intitulada “José
Guimarães…40 Anos Depois”.
O Grupo Mota-Engil foi um dos patrocinadores da exposição, apoiando a divulgação das
artes plásticas portuguesas além-fronteiras.
PROJECTO NOMADLAB
A Terratreme é uma produtora portuguesa da
área dos audiovisuais e do cinema que pre-
RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO
tende articular a pesquisa, a pedagogia e a
produção em volta do cinema, da imagem e
do som, numa lógica de produção baseada na
autonomia e independência dos realizadores.
Inscrito no seu plano de actividades para
2009, o NOMADLAB – Laboratórios de formação e experimentação visual, é um projecto
de formação e desenvolvimento na área do
cinema e da imagem em movimento, destinado a promover a cultura visual e a dotar de
ferramentas de leitura pessoas de contextos
sociais desfavorecidos e periféricos, em especial as populações deslocadas ou para as
quais os temas da mobilidade e da viagem
assumam a forma de vivência quotidiana.
Os ateliers NOMADLAB irão decorrer em
Maputo (Moçambique) durante um período
de seis meses, sendo realizados em parceria com o DOCKANEMA - Festival de Cinema
Documentário de Maputo, e com o Programa
INOV-ART, da Direcção Geral das Artes.
O Grupo Mota-Engil apoiou esta relevante
iniciativa de produção cultural, procurando
contribuir para o acesso dos públicos mais
desfavorecidos à cultura.
Desenvolvimento Sustentável
BCSD PORTUGAL
A missão do BCSD Portugal traduz-se na divulgação dos princípios do desenvolvimento
sustentável, cooperação e articulação dos
seus esforços com os governos e a sociedade
civil na promoção da sustentabilidade, realização de acções de formação e sensibilização,
disponibilização de ferramentas de gestão da
sustentabilidade nas empresas, execução de
projectos e estudo de casos ilustrativos das
práticas de sustentabilidade.
102 103
diversas iniciativas, de que se destacam o
Encontro Anual de Presidentes, o Encontro
Anual de Delegados e a Conferência Anual,
para além dos grupos de trabalho, conferências e seminários em que tem tomado parte.
QUERCUS – ECOCASA III
O Grupo Mota-Engil volta a associar-se à
Quercus - Associação Nacional de Conservação da Natureza, através de um protocolo
que procura dar continuidade a um projecto
que conheceu já duas anteriores edições.
Integrada no conjunto das suas actividades
na área do desenvolvimento sustentável, o
tema da energia e em particular os aspectos
ligados à gestão da procura têm merecido da
parte desta instituição assinalável ênfase,
pela sua interligação com outros aspectos
da sustentabilidade.
O projecto EcoCasa III, na linha das duas edições anteriores, visa a sensibilização para a
gestão da procura e eficiência energética no
sector doméstico, procurando a minimização
do consumo energético através de soluções
concretas de poupança energética e de estímulo à mudança de comportamentos.
O projecto envolve o desenvolvimento de
uma Casa Virtual de Energia (CVE), o acompanhamento dos hábitos de consumo de um
conjunto de famílias (EcoFamílias) e a difusão de um conjunto de suportes de comunicação direccionadas para os segmentos
mais jovens da população.
Através do website ww.ecocasa.org a Quercus
disponibiliza toda a informação sobre o projecto e um conjunto de funcionalidades sobre
a temática da energia no sector doméstico.
Educação e Ciência
O BCSD Portugal conta com a filiação de
mais de 110 membros, entre os quais um
grande número de empresas portuguesas e
multinacionais de referência.
BOLSAS DE ESTUDO
O Programa de Bolsas de Estudo do Grupo
teve início no ano lectivo 2006/2007.
O Grupo Mota-Engil é membro do BCSD Portugal, mantendo uma presença activa neste
organismo através da participação nas suas
Este programa destina-se apoiar os colaboradores do Grupo na educação dos seus filhos, favorecendo uma política de igualdade
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
de oportunidades, que contribua para elevar
os seus patamares de qualificação e sirva de
estímulo ao seu desempenho académico.
As bolsas são atribuídas aos estudantes do
ensino superior, filhos de colaboradores do
Grupo com menores recursos económicos,
e que tenham obtido bom aproveitamento
escolar.
O Programa de Bolsas de Estudo, traduzido
na atribuição de uma prestação pecuniária
mensal, encontra-se já na sua quarta edição, tendo apoiado, até à data, 16 estudantes universitários.
NOVAS OPORTUNIDADES
No contexto do programa de iniciativa governamental Novas Oportunidades, o Grupo Mota-Engil tem vindo a dinamizar, em
parceria com outras entidades, um conjunto
de acções neste domínio, visando promover
a qualificação dos seus activos menos escolarizados.
O objectivo destas acções visa o reconhecimento, validação e certificação das
competências de carácter pessoal, social
e profissional dos trabalhadores do Grupo
sem a adequada qualificação académica,
permitindo a obtenção de equivalência ao
9º e ao 12º anos.
As acções desenvolvidas nesta área formativa inserem-se na política de qualificação
permanente de activos conduzida pelo Grupo, parte integrante da sua estratégia de desenvolvimento e valorização do seu capital
humano.
EPIS – EMPRESÁRIOS PELA INCLUSÃO SOCIAL
A EPIS é uma associação de direito privado
sem fins lucrativos criada por impulso da
Presidência da República.
A Associação tem por objectivo mobilizar a comunidade empresarial, colocando-a ao serviço
da inclusão e do desenvolvimento sociais.
A EPIS tem como missão prioritária a Educação, em particular o combate ao insucesso e
ao abandono escolares.
Entre os seus principais eixos de intervenção, destacam-se a criação da Rede nacional de mediadores de capacitação para o
sucesso escolar, focalizada nos alunos do
3º ciclo, com base numa metodologia que
visa a sinalização de jovens em risco de insucesso escolar e a criação de um portefólio
de métodos de capacitação que possibilitem
a construção de planos individuais de aconselhamento em proximidade e continuidade
junto dos jovens e suas famílias.
Centrado no aluno, foi igualmente desenvolvido um conjunto de iniciativas, em parceria
com a COTEC e a Júnior Achievement Portugal, traduzido na realização de acções de formação em empreendorismo junto de alunos
de várias escolas do país.
Voluntários do Grupo têm actuado em apoio
desta iniciativa, ministrando um Curso de
empreendorismo em escolas da área metropolitana do Porto.
Encontra-se ainda em execução, em parceria com a consultora internacional McKinsey
& Company, um projecto de Codificação das
boas práticas de gestão nas escolas, materializado na edição de um Manual de boas práticas
e na preparação e lançamento de um programa
de formação em gestão destinado às equipas
directivas das escolas. O Grupo Mota-Engil
conta-se entre os 95 fundadores desta associação, a par de um conjunto alargado de empresas de referência no panorama nacional.
PORTO DE FUTURO
O Porto de Futuro é um projecto da iniciativa
da Câmara Municipal do Porto, com a duração
inicial de três anos, visando a conjugação de
esforços e interesses comuns do sistema educativo e da comunidade empresarial, através
da adopção pelas escolas de boas práticas do
modelo de gestão do meio empresarial.
Em Abril de 2007, a Mota-Engil, em conjunto
com outras empresas de referência da Área
Metropolitana do Porto, assinou o protocolo que serve de suporte a este projecto e de
que são igualmente subscritores a Câmara
Municipal do Porto, a Direcção Regional de
Educação do Norte e o Agrupamento Vertical
RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO
de Escolas Manoel de Oliveira, instituição
parceira da colaboração e apoio do Grupo.
O Grupo tem vindo a prestar apoio a um
conjunto de iniciativas do agrupamento escolar, entre as quais o patrocínio ao prémio
dos alunos do quadro de honra, comparticipação nos concursos de construção de carros solares e assessoria técnica em matéria
de eficiência energética dos edifícios que
compõem o agrupamento.
FUNDAÇÃO CIDADE DE LISBOA
A Fundação Cidade de Lisboa é uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento (ONGD) fundada em 1989.
Tem por objecto a defesa dos valores culturais,
artísticos, monumentais, turísticos e etnográficos, educativos e sociais da cidade de Lisboa.
A Fundação procura ainda fomentar o estudo da realidade urbana em geral e o desenvolvimento de relações e intercâmbio entre
Lisboa e outras cidades, a nível nacional e
internacional, nomeadamente com as de língua oficial portuguesa ou em que vivam significativas comunidades portuguesas.
As suas áreas de intervenção comportam
igualmente as vertentes educativa, formativa e científica, destacando-se em particular
a acção do Colégio Universitário da Cooperação – Nuno Krus Abecasis.
O Grupo Mota-Engil tem vindo a patrocinar
regularmente alunos bolseiros do colégio
oriundos dos PALOP, contribuindo assim
para o desenvolvimento das relações de
intercâmbio e cooperação entre culturas e
povos irmanados pelo traço de união representado pela língua portuguesa.
TESE – ESCOLA EM MOÇAMBIQUE
A TESE – Associação para o Desenvolvimento pela Tecnologia, Engenharia, Saúde
e Educação é uma associação sem fins lucrativos que tem por objecto a concepção,
promoção, execução e apoio a programas,
projectos e acções de cariz social, cultural,
ambiental, cívico, educacional e económico, em Portugal e em especial nos países
em vias de desenvolvimento.
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Especialmente vocacionada para as áreas da
tecnologia, engenharia, saúde e educação,
procura promover o encontro de comunidades, entidades ou pessoas que necessitem
de ajuda humanitária, dando especial relevância ao meio ambiente e aos Direitos do
Homem.
Desenvolve projectos nas áreas de apoio e
educação para o desenvolvimento, incubação, inovação e intervenção social, investigação e desenvolvimento e voluntariado.
No âmbito do voluntariado universitário e
em apoio à Associação WAY – We And You,
a TESE desenvolve um conjunto de acções
de desenvolvimento multidisciplinar em Moçambique, particularmente na Ilha de Moçambique, de que se destacam a construção
e manutenção de uma escola.
O Grupo Mota-Engil apoiou este projecto
numa área fundamental do domínio da ajuda
ao desenvolvimento e de estímulo ao trabalho voluntário.
INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO (IST)
A Mota-Engil e o Instituto Superior Técnico
celebraram em 2008 um Protocolo no âmbito do Mestrado em Sistemas Complexos de
Infra-estruturas de Transportes, realizado no
âmbito do programa MIT-Portugal.
O Grupo contribuirá financeiramente no
apoio ao funcionamento do mestrado.
Os valores envolvidos destinam-se a isentar total ou parcialmente do pagamento de
propinas os alunos inscritos, podendo ainda
a subvenção atribuída ser utilizada a título
excepcional para custear as despesas de
alojamento e alimentação dos alunos inscritos com menores recursos económicos e que
tenham sido integralmente isentos do pagamento de propinas.
O protocolo contempla ainda o fomento da
cooperação entre a Mota-Engil e o IST, em
particular no recrutamento de quadros e na
adequação da sua oferta formativa às necessidades do Grupo.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
IPATIMUP
O IPATIMUP, Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto, associação privada de utilidade pública
sem fins lucrativos, foi criado em 1989 sob a
égide da Universidade do Porto.
Entre os seus associados efectivos e aderentes contam-se a Câmara Municipal do
Porto, a Comissão de Coordenação para o
Desenvolvimento da Região Norte, entre
outras instituições de referência.
e microambientais com os diferentes factores genéticos, afectando vários processos
biológicos como a saúde humana.
O Grupo Mota-Engil patrocinou o evento,
associando-se assim ao esforço de investigação científica numa área em rápido progresso e de grande importância para a vida
humana.
Saúde
O IPATIMUP tem por vocação fundamental a
investigação de translação e pós-graduação
em Patologia Humana, Oncobiologia, Medicina Molelucar e Genética Populacional.
No ano em que comemora 20 anos de
existência, o Instituto consolidou-se progressivamente como entidade de referência a nível nacional e internacional no seu
campo de investigação, pela qualidade do
trabalho desenvolvido pelos seus cerca de
130 elementos e pelo elevado número de
artigos científicos publicados em revistas
internacionais.
O Grupo Mota-Engil integra o núcleo restrito de 15 empresas que apoiam a instituição,
contando-se entre os Amigos do IPATIMUP,
estatuto que muito nos honra e prestigia.
GABBA – PROGRAMA DOUTORAL
O GABBA – Programa Graduado em Áreas
da Biologia Básica e Aplicada é um programa doutoral da Universidade do Porto (UP)
de âmbito e reconhecimento internacional.
Anualmente, os 12 alunos seleccionados
pelo Programa são responsáveis pela organização de um simpósio com o objectivo de
promover a inovação científica e tecnológica na área das Ciências da Vida.
Em 2009, realizou-se no Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), no Porto, o
Simpósio anual subordinado ao tema “Environome: sequencing the environment”,
conceito novo nos diferentes domínios da
investigação em que se procura evidenciar a
interacção dos factores sociais, ambientais
GLOBAL BUSINESS COALITION (GBC)
A Global Business Coalition (GBC) integra
mais de 220 empresas de grande dimensão
do mundo inteiro, tendo por missão o combate às doenças infecciosas, em particular
o VIH/sida, a malária e a tuberculose.
A GBC desenvolve as suas actividades ao
nível da troca de experiências e práticas
das empresas no combate a estas doenças,
ajuda a definir e implementar programas e
políticas de prevenção e apoio aos trabalhadores das empresas e suas famílias mais
expostos a estes riscos, facilita o acesso
das empresas associadas à ajuda técnica e
financiamentos internacionais visando integrar as comunidades locais nos programas
de sensibilização, prevenção e tratamento
das doenças infecciosas, e mobiliza a comunidade empresarial na gestão, comunicação e criatividade na luta contra este tipo
de enfermidades.
A GBC foi escolhida pela ONU como ponto
focal para o sector privado do Fundo Global da Luta Contra o VIH/SIDA, Malária e
Tuberculose.
O Grupo Mota-Engil é membro da GBC desde 2007, procurando com a sua presença
tirar partido da dimensão e reconhecida
experiência deste organismo, apoiando ainda as suas iniciativas na luta contra estas
enfermidades.
CÓDIGO DE CONDUTA EMPRESAS E VIH/SIDA
A relação da problemática do VIH/SIDA com
o mundo do trabalho conduziu em 2004 à
RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO
constituição da Plataforma Laboral contra a
Sida, dirigida pela actual Coordenação Nacional para a Infecção VIH/SIDA.
A Plataforma integra associações patronais
e sindicais, a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), organizações não-governamentais que actuam nesta área e o
escritório da Organização Internacional do
Trabalho (OIT) em Lisboa.
Por iniciativa da Plataforma Laboral foi
desenvolvido um projecto destinado a obter o compromisso das empresas no sentido de garantirem condições de trabalho
dignas para as pessoas que vivem com a
infecção pelo VIH/SIDA nas vertentes de
não discriminação, prevenção e acesso ao
tratamento.
O projecto consistiu na subscrição de um
“Código de Conduta Empresas e VIH” de
adesão voluntária, mostrando-se especialmente dirigido às empresas portuguesas
e outras que operem no mercado nacional,
sendo dada particular prioridade às entidades que desenvolvam também actividade
nos países da CPLP e que assumam uma posição de referência no panorama nacional
e internacional, quer pelo reconhecimento
público de uma atitude socialmente responsável, quer pela dimensão pedagógica e de
disseminação de uma atitude empresarial
solidária.
O Grupo Mota-Engil, convidado a subscrever o Código de Conduta, integra o conjunto de 52 empresas fundadoras, entre elas
multinacionais e empresas portuguesas de
grande dimensão.
ANGOLA – CENTRO DE INVESTIGAÇÃO EM
SAÚDE (CISA)
O projecto CISA (Criação de um Centro de
Investigação em Saúde em Angola), em
desenvolvimento na província do Bengo e
localizado no Caxito, resulta de uma parceria entre o Ministério da Saúde de Angola,
o Governo Provincial do Bengo, o Instituto
Português de Apoio ao Desenvolvimento
(IPAD) e a Fundação Calouste Gulbenkian.
106 107
Tem por objectivos melhorar as condições
de saúde da população local através do
fortalecimento dos seus serviços de saúde, criar um Centro de Investigação que
permita contribuir para a resolução dos
principais problemas de saúde da região
e do país, e potenciar a participação internacional conjunta de Portugal e Angola na
área da investigação, visando as principais
doenças que afectam os países em vias de
desenvolvimento.
Convidada a associar-se a esta iniciativa,
a Mota-Engil cedeu graciosamente aos investigadores do projecto um apartamento
na cidade de Luanda, procurando assim dar
um sinal claro do seu compromisso com o
futuro de Angola, numa área fundamental
para o desenvolvimento do país.
SOCIEDADE PORTUGUESA DO ACIDENTE
VASCULAR CEREBRAL (SPAVC)
A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC) é uma associação
sem fins lucrativos que tem por objectivos
prevenir e reduzir a mortalidade, morbilidade e incapacidade devido ao Acidente Vascular Cerebral (AVC), promover o estudo,
investigação e educação sobre esta doença, mediante a criação de planos de acção
e de apoio, identificando os níveis de intervenção mais efectivos e contribuindo assim
para a melhoria da saúde em Portugal.
Foi criada em 8 de Março de 2005 por iniciativa de um conjunto de membros do Grupo
de Estudo das Doenças Cerebrovasculares
(GEDCV) da Sociedade Portuguesa de Neurologia, grupo este composto por um conjunto de neurologistas com o propósito de
congregar, dentro daquela Sociedade, as
pessoas com um especial interesse pela
área das doenças vasculares cerebrais.
O Grupo Mota-Engil tem vindo a apoiar de
forma muito relevante esta importante instituição no combate a uma enfermidade que
figura entre as principais causas de morte e
em que são decisivos os aspectos ligados à
sua prevenção e à promoção de hábitos de
vida saudáveis.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
FUNDAÇÃO ERNESTO ROMA
A Fundação Ernesto Roma, entidade criada
para apoiar a mais antiga associação do
mundo no acompanhamento das pessoas com Diabetes (Associação Protectora
dos Diabéticos de Portugal APDP), lançou
a campanha “100 Mecenas Unidos pela
Diabetes”.
A campanha, dirigida a organizações e empresas, tem por objectivo sensibilizá-las
para a problemática da Diabetes, tornando-as patronos desta causa com o fim específico de ajudar a APDP na investigação para
a cura desta enfermidade e na viabilização
da Escola da Diabetes Ernesto Roma — que
deve o seu nome ao criador da Diabetologia
Social e Fundador da APDP —, destinada à
formação de profissionais de saúde e doentes na forma de lidar com a doença e suas
formas de tratamento.
A Diabetes é uma doença crónica que atinge cerca de 900.000 pessoas em Portugal,
sendo a quarta principal causa de morte
nos países desenvolvidos.
O Grupo Mota-Engil adquiriu o estatuto de
Mecenas desta causa, atravez de um apoio
com carácter plurianual.
FUNDAÇÃO PORTUGUESA DE CARDIOLOGIA
A Fundação Portuguesa de Cardiologia
(FPC), criada em 7 de Novembro de 1979
por iniciativa da Sociedade Portuguesa de
Cardiologia, tem por objectivos divulgar
junto do público conhecimentos sobre a
prevenção das doenças cardiovasculares,
promover a adopção de estilos de vida saudáveis, apoiar a investigação e colaborar
na formação científica dos profissionais de
saúde, desenvolver acções de apoio social
e reabilitação de doentes cardíacos, cooperar nacional e internacionalmente com
entidades suas congéneres, desenvolvendo
ainda um conjunto de acções junto da comunidade, em que se incluem os rastreios
cardiovasculares.
As doenças cardiovasculares estão entre
as principais causas de morte no mundo
ocidental, estando geralmente associadas
a sedentarismo, hipertensão, tabagismo,
stress e obesidade como principais factores
de risco.
Procurando contribuir activamente para a
prevenção e detecção dos factores de risco entre os seus colaboradores, o Grupo
Mota-Engil, em colaboração com a FPC,
realizou em 2009, no mês de Maio – Mês
do Coração –, um conjunto de acções de
rastreio junto dos seus colaboradores.
ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA CONTRA
A LEUCEMIA
A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) foi criada em 2002, tendo sido
reconhecida um ano mais tarde como Instituição de Utilidade Pública.
Tem por objectivos contribuir para aumentar a eficácia do tratamento das leucemias
e outras neoplasias hematológicas afins,
apoiar os doentes e as suas famílias e promover o progresso do conhecimento científico sobre a natureza, evolução, prevenção
e tratamento destas doenças.
Fá-lo através de iniciativas que contribuam
para melhores cuidados de saúde nesta
área e que proporcionem apoios a todos os
que se vêm afectados, directa ou indirectamente, por estas doenças.
Entre as suas iniciativas mais marcantes
conta-se a ajuda na constituição em Portugal, em colaboração com o Centro Nacional
dos Dadores de Células de Medula Óssea,
Estaminais ou de Sangue do Cordão (CEDACE), de um Registo Nacional dos Dadores
Benévolos de Medula Óssea, pressuposto fundamental no combate às doenças
leucémicas.
Em 2009, a APCL realizou no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, o seu concerto bianual de angariação de fundos em que participaram prestigiados intérpretes nacionais e estrangeiros.
O Grupo Mota-Engil patrocinou mais uma
vez esta importante iniciativa, apoiando a
instituição na prossecução da sua imprescindível missão.
RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO
INSTITUTO PORTUGUÊS DE SANGUE
O Instituto Português do Sangue (IPS) é
um instituto público que tem por missão
regular, a nível nacional, a actividade da
medicina transfusional e garantir a disponibilidade e acessibilidade de sangue e componentes sanguíneos de qualidade, seguros e eficazes.
Na linha do que vem acontecendo nos últimos anos, o Grupo Mota-Engil apoia o Instituto Português do Sangue na realização de
sessões de colheita de sangue, convidando
os seus colaboradores a contribuírem com a
sua dádiva, em particular nos seus escritórios principais do Porto e de Linda-a-Velha.
LIGA DOS AMIGOS DO HOSPITAL DE
SANTA CRUZ
Integrado no Centro Hospitalar de Lisboa
Ocidental, EPE, o Hospital de Santa Cruz em
Carnaxide (Oeiras), é uma instituição pública de saúde vocacionada para o tratamento
de doentes com patologias graves dos foros
cardíaco e renal.
Por iniciativa da Liga dos Amigos desta unidade de saúde e em colaboração com os
seus responsáveis, foi concebido um conjunto de intervenções nas instalações do
Hospital e da Liga visando proporcionar aos
doentes e suas famílias melhores condições
de conforto e bem-estar na sua utilização.
Em 2009, o Grupo Mota-Engil contribuiu financeiramente para a realização das obras
de requalificação e aquisição de equipamentos, associando-se assim ao esforço de
melhoria da qualidade e humanização dos
serviços hospitalares.
LIGA DOS AMIGOS DO HOSPITAL
DE AMARANTE
A Liga dos Amigos do Hospital de Amarante,
entidade que presta serviço de voluntariado no Hospital de Amarante, procura intervir no apoio aos doentes que regressam a
suas casas após a alta clínica e que, mercê
da sua incapacidade temporária, necessitam de ajudas técnicas de apoio à sua
mobilidade.
108 109
O Grupo Mota-Engil apoiou a aquisição de
cadeiras de rodas e camas articuladas, procurando assim ajudar na minimização das
carências existentes.
JUNTA DE FREGUESIA DE FRIDÃO
(AMARANTE)
A freguesia de Fridão dista cerca de 6km da
sede do concelho de Amarante, situando-se
nas abas da Serra do Marão, entre os caudais convergentes dos rios Tâmega e Olo.
A serra e os rios Tâmega e Olo marcaram de
forma indelével a vida da população desta
freguesia através dos tempos.
De cunho predominantemente rural e com
uma população envelhecida, a freguesia
debate-se com diversas carências, entre as
quais o acesso em tempo útil a ajudas técnicas especializadas destinadas a pessoas
com deficiência ou incapacidade, permanente ou temporária.
A Junta de Freguesia de Fridão constituiu
um Banco de Ajudas Técnicas.
Associando-se à iniciativa, a Mota-Engil
ofereceu à autarquia um conjunto de equipamentos (camas articuladas, cadeiras de
rodas e andarilhos) que a Junta irá disponibilizar à população da freguesia.
O Grupo procura assim contribuir para o reforço da coesão territorial do país, ajudando as populações do interior a acederem
a esta tipologia de cuidados, essencial à
preservação da qualidade de vida por parte
dos cidadãos deficientes ou incapacitados.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
INTRODUÇÃO
6.2
GESTÃO
DO CAPITAL
HUMANO
A identificação do Desenvolvimento do
Capital Humano, enquanto eixo estratégico para a concretização do Plano Ambição
2013, materializa a importância que o Grupo reconhece nas suas Pessoas.
Neste contexto, e em total alinhamento com
as linhas de desenvolvimento projectadas
para o negócio e com os valores partilhados
no Grupo, foi identificada a necessidade de
revisitar as prioridades de recursos humanos anteriormente definidas.
1. Identificar e Gerir o Talento no Grupo;
2. Desenvolver o Perfil de Gestor do Grupo;
Convicto de que a concretização das prioridades definidas só é possível através do
desenvolvimento e de implementação de
projectos construídos à sua medida – do
que hoje é e do que quer ser no futuro –, o
Grupo continuará a lançar novos projectos
no domínio da gestão das suas pessoas e a
avaliar continuamente o impacto das iniciativas já implementadas.
No ano de 2008, assume particular destaque a concepção e implementação da
Mota-Engil Active School.
encontra presente, difundindo e alargando o conhecimento das áreas de actuação
e valências do Grupo.
Como resultado desse exercício, o Grupo
identificou sete prioridades estratégicas
para a gestão e valorização do seu Capital
Humano:
6.2.1
PRINCIPAIS INICIATIVAS
3. Desenvolver Competências que acrescentem valor ao negócio;
4. Promover a Mobilidade e Rotação de
Quadros,
5. Fomentar o recrutamento e desenvolvimento de quadros internacionais;
6. Alinhar a política de retribuição com a
gestão da performance;
7. Reforçar a Cultura e Conhecimento do
Grupo.
A Mota-Engil Active School é um projecto
estratégico orientado para a valorização
dos colaboradores, através do desenvolvimento de competências críticas para o
sucesso do negócio e das pessoas, encorajando e estimulando um espírito contínuo
de aprendizagem nos colaboradores de diferentes gerações e geografias.
O modelo de funcionamento da Mota-Engil
Active School contempla três diferentes escolas, com desafios diferenciados mas complementares:
·Mota-Engil Active School – Cultura e Valores, visando a disseminação e o reforço
dos valores e de cultura Mota-Engil nos
colaboradores das diferentes unidades
de negócio e mercados onde o Grupo se
·Mota-Engil Active School – Gestão e Liderança, disponibilizando programas e
iniciativas de formação materializadas
em soluções de aprendizagem diferenciadas, que permitam acelerar o desenvolvimento das competências de gestão
e liderança do Grupo.
·Mota-Engil Active School – Áreas de
Negócio, oferecendo programas e iniciativas de formação que permitam
preservar, reforçar e disseminar as competências técnicas e o conhecimento do
negócio, garantindo a sua transferência
para as gerações mais jovens.
RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO
No âmbito da Mota-Engil Active School –
Cultura e Valores, é possível evidenciar a
materialização do desafio definido através
da elevada adesão que as várias sessões
das duas edições do Programa [Entre Nós]
obtiveram.
Esta iniciativa, cuja participação é acessível
à totalidade dos colaboradores do Grupo,
tem por principal objectivo contribuir para a
disseminação e reforço dos Valores e Cultura Mota-Engil e, simultaneamente, difundir
e alargar o conhecimento das áreas de actuação e valências do Grupo. Pela sua natureza, este Programa é sempre assumido por
oradores do Grupo, capazes de personificar
a Cultura e Valores Mota-Engil e partilhar o
conhecimento e informação existente, permitindo combinar a “vontade de ensinar
com a vontade de aprender”.
O ano de 2008 permitiu reforçar e consolidar o papel desta iniciativa no Grupo,
integrando-a na Mota-Engil Active School
110 111
– Cultura e Valores e, consequentemente,
conferindo-lhe uma grande proximidade a
uma elevada diversidade de colaboradores.
Durante 2008, foi concluído o ciclo de sessões promovidas pelo Eng. António Mota –
Presidente do Conselho de Administração
do Grupo – e iniciada uma segunda edição
do Programa, tendo como orador o Dr. Jorge
Coelho – Presidente da Comissão Executiva – , sob o tema “O todo é maior do que a
soma das partes”.
Num total de 15 sessões, realizadas entre
Lisboa, Porto, Angola, Malawi e Polónia,
participaram 764 colaboradores de diferentes gerações e geografias.
Tratando-se de indicadores importantes
para a concretização do desafio a que se
propôs, a Mota-Engil Active School – Cultura e Valores continuará a desenvolver e
implementar mais e diferentes iniciativas
em 2009.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
Comentários qualitativos
“O Programa “Entre Nós”, é uma estratégia
de mais-valia para os Recursos Humanos
inerentes a este grandioso Grupo: MotaEngil. No presente e no futuro, este tipo de
acções é extramamente importante para
nos sentirmos orgulhosos e motivados para
atingir mais e melhor os objectivos pretendidos pelo Grupo”.
“Julgo que foi uma excelente abordagem do
que representa hoje para o mercado o Grupo Mota-Engil. Exposição bastante clara e
com um aspecto que considero a mais-valia
desta apresentação: estávamos mesmo
“entre nós” e falou-se de colaborador para
colaborador e não de CEO para os restantes
elementos”.
A Mota-Engil Active School – Gestão e Liderança desenvolveu, em parceria com
escolas de gestão de reconhecida capacidade, um conjunto de programas de desenvolvimento de competências de gestão e
liderança.
Programas de gestão, de média e longa
duração, especificamente desenvolvidos
para responder eficazmente aos objectivos
e metas do Grupo, conciliados com programas de curta duração com uma forte componente de aquisição e treino de competências de gestão e liderança e seminários
temáticos orientados para matérias críticas
para o Grupo, são algumas das iniciativas
que a Mota-Engil Active School promoveu
em 2008.
Estas diferentes iniciativas de desenvolvimento de competências de gestão e liderança foram criadas para responder eficazmente a diferentes níveis de experiência na
gestão, tendo a participação nesses mesmos programas sido definida com base no
resultado do mapeamento de competências
estratégicas para o Grupo, efectuado junto
de um total de 250 quadros.
Nesta fase de arranque, a Mota-Engil Active School – Gestão e Liderança promoveu
a participação de 139 quadros, provenientes das três Áreas de Negócio do Grupo:
Engenharia e Construção, Ambiente e Serviços e Concessões de Transportes. Estas
participações foram concretizadas através
de uma diversidade de iniciativas:
· Programa de Gestão Avançada em parceria com a EGP-UPBS University of Porto
Business School. Este programa de longa
duração visa desenvolver e consolidar
competências de gestão avançada;
· Programa Geral de Gestão em parceria
com Universidade Católica Portuguesa.
Este programa de longa duração visa promover a aquisição de conhecimentos nas
áreas fundamentais da gestão, sendo especificamente direccionado para quadros
que assumiram recentemente ou que seja
expectável que venham a assumir funções de gestão;
· Seminários de Comunicação Eficaz em
parceria com a Dynargie. Iniciativa de
curta duração com uma forte componente de aquisição e treino da competência
em questão;
· Seminário Executivo “Realizando a Estratégia”, em parceria com a AESE. Iniciativa
de curta duração com vista ao desenvolvimento de conhecimentos e competências de “Top Management”, orientado
para quadros com funções de administração ou de direcção de topo.
A Mota-Engil Active School, através do desenvolvimento do Capital Humano do Grupo, assume-se como uma ferramenta essencial para a criação sustentada de valor,
que irá assegurar a competitividade e a solidez do Grupo Mota-Engil no longo prazo.
Tendo iniciado a sua actividade no último
quadrimestre de 2008, este projecto promoveu um elevado número de participações em
iniciativas de desenvolvimento de competências. As expectativas para o ano de 2009
são claramente elevadas, antecipando o
alargamento dessas iniciativas a outros mercados onde o Grupo está presente.
RESPONSABILIDADE SOCIAL E GESTÃO DO CAPITAL HUMANO
112 113
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
114 115
DIFERENCIAÇÃO
Só estando um passo
à frente se chega
primeiro.
07
Investigação,
Desenvolvimento
e Inovação
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
7.1
INTRODUÇÃO
A Investigação, o Desenvolvimento e a Inovação (IDI) ocupam um lugar central da estratégia do Grupo Mota-Engil e constituem
hoje um incontornável factor de diferenciação e competitividade empresariais.
Grande parte das iniciativas neste domínio
apresentam forte correlação com os temas
da sustentabilidade, quer ao nível económico, através da minimização de custos, aumento da eficiência operacional, melhoria
dos sistemas de gestão e geração de novas
oportunidades de negócio; quer no plano
ambiental, pela sua influência na minimização dos impactos ambientais gerados pelas
diversas actividades e processos de negócio.
Este esforço é particularmente notório nas
Áreas de Engenharia e Construção e Ambiente e Serviços, com particular ênfase na
actuação da SUMA neste domínio.
Descrevem-se, em seguida, as principais
iniciativas.
7.2
ENGENHARIA
E CONSTRUÇÃO
7.2.1
CONSIDERAÇÕES
GERAIS
2008 foi um ano de consolidação do modelo
de Gestão de Investigação, Desenvolvimento e Inovação (IDI).
Foi definida uma metodologia, da qual se
destacam alguns pontos considerados
relevantes:
No decurso de um processo de reestruturação interna, foi deliberada a criação
de um departamento específico que promovesse e potenciasse a inovação na organização. Após um diagnóstico interno
ao modelo desenvolvido em 2007 e um
estudo do estado da arte a nível mundial
sobre inovação, concluiu-se que haveria a
necessidade de simplificar o modelo e de o
suportar em ferramentas informáticas colaborativas que agilizassem o processo e
promovessem a criatividade e a geração de
valor acrescentado.
· Concepção de um fluxo de informação desde a gestão de interfaces até ao projecto
de inovação;
· Desenvolvimento de um conjunto de plataformas informáticas (4) de apoio à
gestão;
· Elaboração de uma matriz de avaliação
de oportunidades de inovação que permitiu introduzir alguma objectividade
na avaliação das oportunidades e que
pretende aumentar o potencial dos projectos de inovação que venham a ser
desenvolvidos;
· Criação de uma comissão para a inovação,
com o macro-objectivo de alinhar as actividades de IDI com os eixos estratégicos
da empresa.
No respeito pela norma NP4457 (Sistema de
Gestão de IDI), foi definida a melhor metodologia para que se dinamizasse uma cultura de inovação na empresa.
INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO
7.2.2
ORGANIZAÇÃO
116 117
O Sistema de Gestão de IDI foi submetido
a uma auditoria da APCER no final de 2008,
tendo sido apreciadas e validadas todas as
alterações implementadas ao sistema.
No início de 2009, foi preparada a candidatura ao SIFIDE relativa aos projectos em
curso no ano de 2008, que se encontram
descritos no seguinte quadro:
Projecto
Objectivo Encarregados on-line
“Revolucionar” os canais de comunicação
entre o encarregado e a empresa.
Building Information Model
Promover a pré-construção virtual
e consequentemente reduzir os problemas na
fase de construção.
VIRMEEC
Criar ferramentas específicas de
planeamento da construção, com visualização
em 3 e 4 dimensões e com capacidade de
fornecer elementos de suporte ao processo
de gestão de obra.
Link.ME
Visa potenciar a gestão do conhecimento
técnico na empresa.
A Gestão de IDI está cometida à Direcção de
“Performance”, Tecnologia e Inovação da
Mota-Engil Engenharia.
externa nas áreas da gestão de Inovação
Avançada, Certificação da Inovação e Normas IDI-SPI.
A implementação do Modelo Corporativo
de Funções e Competências, integrada no
Projecto de Mapeamento de Competências
(MAP), permitiu reforçar a importância da
competência Inovação nos colaboradores
da Mota-Engil Engenharia, e o desenvolvimento do “Balance ScoreCard”, integrado
no Projecto Score, possibilitou fortalecer o
compromisso das várias áreas de negócio
para com a Inovação.
Comunicação
No domínio da comunicação interna, assistiu-se à promoção de eventos (seminários,
workshops) sobre Conhecimento, Tecnologia e Inovação na Mota-Engil Engenharia,
sendo de destacar os seguintes:
Auditorias, Avaliação de Resultados
e Formação
Durante o ano de 2008, foi realizada por uma
entidade externa uma auditoria ao Sistema
de Gestão de IDI, tendo igualmente sido iniciado um conjunto de acções de melhoria.
No âmbito do Projecto INOVAR-ME, foram
avaliadas as competências-base dos principais colaboradores envolvidos nos processos de gestão da inovação e do conhecimento e realizadas acções de formação
· Curso de Inovação e Qualidade ministrado pela SPI;
· Formação ao Negócio dos Agregados sobre a nova metodologia do SIGIDI;
· Workshops Gestão do IDI na Mota-Engil
Engenharia;
· Workshops sobre Gestão Colaborativa;
· Open Day “What Can I Change?” – Dia
aberto para os jovens engenheiros;
· Apresentação dos trabalhos de estágio
dos jovens engenheiros.
Foi igualmente renovado o Portal da Inovação, com o objectivo de o tornar ainda mais
funcional e de o integrar com o Portal Corporativo da Empresa.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
7.2.3
SISTEMA
DE GESTÃO IDI
Relacionamento com entidades
externas
O relacionamento e a gestão de interfaces
com entidades externas reveste-se da maior
importância para o sistema de gestão IDI.
Os Clientes, Fornecedores, Distribuidores,
Parceiros, Concorrentes, Consultores, Associações Empresariais, Centros de Conhecimento/Instituições de Ensino Superior,
Estado e Organismos Reguladores, bem
como a imprensa técnica especializada e
o mercado em geral, constituem o amplo
acervo de interfaces com entidades externas que importa desenvolver.
Avulta, neste âmbito o protocolo celebrado
com a Universidade do Minho com a finalidade de estabelecer e desenvolver acções
de cooperação técnico-científica e de inovação, em domínios considerados de interesse mútuo pela Mota-Engil e pela UM.
É ainda pertinente realçar as seguintes iniciativas e parcerias:
Iniciativas:
· Inova Gaia – Participação numa incubadora de empresas;
· PTPC – Participação na Plataforma Tecnológica para a Construção.
Parcerias:
· INFOR – Protocolo de Cooperação no âmbito do projecto BIM;
· Miguel Krippahl – Protocolo de Cooperação no âmbito do projecto BIM;
· FEUP – Carta de Intenções no âmbito do
projecto LAV.
Destaque-se, por último, a atribuição que
vem sendo efectuada, de há vários anos a
esta parte, de um prémio destinado a galardoar o melhor aluno do curso de Engenharia
Civil da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).
Projectos IDI
Construção e Infra-estruturas
· Encarregados on-line - “Revolucionar”
os canais de comunicação entre o encarregado e a empresa;
· Building Information Model - Promover
a pré-construção virtual e consequentemente reduzir os problemas na fase de
construção;
· VIRMEEC - Criar ferramentas específicas
de planeamento da construção, com visualização em 3 e 4 dimensões e com
capacidade de fornecer elementos de
suporte ao processo de gestão de obra;
· Link.ME - Visa potenciar e dinamizar a
gestão do conhecimento técnico na empresa.
Laboratório Central:
· Implementação dos ensaios iniciais de
tipo obrigatório para a Marcação CE de
misturas betuminosas;
· Utilização do deflectómetro de impacto
portátil (DIP) no controlo de execução de
aterros;
· Concepção de uma plataforma de gestão on-line dos laboratórios de obra;
· Gamadensímetro com sistema GPS para
determinação da posição, cota e grandezas geotécnicas.
Geotecnia:
· “Geotecnia do it well“, para a redução
dos impactes ambientais resultantes
das actividades desenvolvidas no âmbito do negócio de Geotecnia, bem como
um conjunto de acções de comunicação,
formação e promoção da estratégia de
Inovação e Desenvolvimento Sustentável.
Fundações
· Projecto Melhoramento dos Solos: Tratamento de solos moles por activação
alcalina
Electromecânica
· Acompanhamento à distância das obras
através do uso de câmaras;
· Implementação de um Sistema de Inspecções Eléctricas TEGG.
INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO
118 119
CONSIDERAÇÕES GERAIS
7.3
AMBIENTE
E SERVIÇOS
sUMA, SERVIÇOs
URBANOS E MEIO
AMBIENTE, SA
O departamento de Inovação, Desenvolvimento e Rentabilização (IDR) procedeu, durante o
ano 2008, ao acompanhamento de questões
e soluções relacionadas com a produção e os
equipamentos, desenvolvendo vários estudos
de viabilidade técnica e actividades conexas.
Relativamente à actividade de prestação de
serviços, providenciou-se argumentação
técnica para inclusão em propostas comerciais relativamente a inovações propostas
pela Empresa ou solicitadas por clientes e
realizaram-se melhoramentos ao nível das
estruturas e infra-estruturas de produção
para melhor aproveitamento de sistemas já
existentes ou para adaptações visando uma
melhor “performance”.
Quanto aos equipamentos, o IDR orientou inspecções técnicas de segurança e
desenvolveram-se propostas de melhoria e
conformidade tendo em conta a legislação
aplicável. Foram realizados estudos e várias
adaptações de “upgrade” ao equipamento
patenteado SUMA-VLE (Viatura Lava-Ecopontos - viatura para lavagem “in situ” de
contentores de grande volume/capacidade)
e estudou-se uma solução de higienização
de veículos de produção, tendo em conta a
7.3.1
projectos necessidade de redução de consumos de
água e de contaminantes nos efluentes. Está
também a finalizar-se o estudo de adaptação
da patente SUMA-SPIC (sistema de pesagem
e identificação de contentores) para os veículos de recolha lateral de resíduos que irão,
em breve, entrar em funcionamento.
Em 2008, iniciou-se a implementação da NP
4457:2007, com a definição do Manual do
SG Investigação, Desenvolvimento e Inovação, e do Plano de Projecto de IDI de acordo
com a NP4457:2007 e NP4458:2007
Ainda durante o ano 2008, foi definido o sistema de gestão de estágios para Inovação,
a entrar em funcionamento em 2009, bem
como os estágios a dar prioridade face aos
objectivos e metas da Organização derivados da política de gestão.
Em 2009 pretende-se desenvolver vários
estudos técnicos com a colaboração de estagiários, que serão seleccionados tendo
em conta a sua formação de capacidades
e de competências específicas, que depois
integrarão uma bolsa de potencial recrutamento para o Grupo SUMA, e que serão
acompanhados pelo iSUMA.
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO
Ao nível de Sistemas de Informação (SI), em
2008, devem destacar-se dois projectos de
extrema relevância para a Organização:
· A adopção de um ERP (Enterprise Resource
Planning) transversal, nas suas vertentes
de Aprovisionamentos, Gestão de Infraestruturas, Gestão de Armazéns e Oficinas,
Gestão de Recursos Humanos, Contabilidade, Finanças e Controlo de Gestão, levou a
uma profunda uniformização dos respectivos processos informáticos, assente nas
especificações da plataforma SAP. Este
processo decorreu desde o segundo trimestre de 2008 e a sua total aplicabilidade
foi conseguida em Janeiro de 2009;
· A criação de uma unidade GIS (Geographic Information System), enquadrada internamente sob a alçada da Coordenação
de Sistemas de Informação e Telecomunicações, irá permitir uma profunda reorganização e estandardização da informação
georreferenciada (contentorização / circuitos), alinhada com as melhores práticas e centralizada numa plataforma GIS
reconhecida internacionalmente (ARCGIS
Server da ESRI).
Dentro da estrutura dos SI, foi efectuada uma análise detalhada do Data Center,
identificando-se as necessidades para um
melhor acompanhamento do crescimento
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
estrutural da Empresa e agindo nos aspectos mais relevantes. Em 2008, procedeu-se
à aquisição de uma nova UPS, com maior
carga, para suportar as necessidades computacionais pelo menos durante 30 minutos
e instalou-se um sistema de extinção de
incêndios exclusivamente para a sala de
servidores, para garantir a segurança desta
instalação. Ambas as acções desenrolaram-se em 2008 e foram finalizadas e testadas
já em Janeiro de 2009.
Um outro projecto, denominado por iniciativa Green IT, que pretende a remode­
lação/”upgrade” dos sistemas computacionais para sistemas mais sustentáveis, está
ainda em fase de consulta ao mercado. As
expectativas são de substituir cinco servidores por três em formato Blade, com poupanças em termos de consumo de energia
na ordem dos 25%, a que acresce a diminuição da carga térmica, com repercussão ao
nível da menor necessidade de refrigeração
da sala de servidores.
A SUMA está a avaliar uma solução integrada de “Routing” e Optimização de Rotas,
recorrendo a testes exaustivos nas vertentes de GPS, auxiliando os motoristas na
execução dos circuitos e na optimização de
rotas, usando o melhor software disponível
e identificado como “best of breed” para
a área de resíduos, integrado no ambiente SIG usado pela Organização. Devido ao
número de características disponíveis, à
complexidade e ao impacto no terreno, os
testes irão prosseguir durante o primeiro
semestre de 2009.
Os serviços SIT-GIS assumiram um papel
agregador de toda a informação dispersa
pelos centros de serviços, procedendo a
uma uniformização das nomenclaturas dos
circuitos e dos serviços afectos aos centros
de produção. Iniciaram-se em quase todos
os centros de serviços projectos de levantamento e actualização de informação, com
os respectivos tratamentos e coordenação
no “back office” GIS. A solução GISUMA sofreu um upgrade significativo, estando em
testes pré-produção até Março de 2009.
Com a adopção do sistema SAP, a Base de
Dados (BD) Produção sofreu também uma
significativa reestruturação interna – mudanças em termos de centros de custo, recursos humanos e equipamento obrigaram
a repensar e agregar a informação de forma
mais flexível. Desde o inicio de 2009, a BD
está a ser introduzida à generalidade dos
centros de serviços e estão a ser desenvolvidos novos relatórios, que permitam a obtenção de informação/indicadores de modo
uniforme em todos os centros. Com a informação dos novos relatórios, será possível
refinar e identificar variáveis de negócio até
agora pouco exploradas, caminhando para
um sistema de BI (“Business Inteligence”)
que permita inferir informação de elevada
qualidade para tomada de decisões.
INVESTIGAÇÃO, DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO
7.3.2
LABORATÓRIO SUMA O controlo de processos de qualidade é
facto determinante para a salvaguarda das
condições ambientais.
O estudo integrado dos parâmetros ambientais em sistemas de tratamento e controlo de águas residuais corresponde à
missão do laboratório da SUMA enquanto
estrutura vocacionada para dar resposta
às obrigações contratuais decorrentes da
gestão de aterros sanitários e centrais de
compostagem, bem como para acorrer às
solicitações de clientes externos.
Através de ensaios interlaboratoriais mantidos com a Associação dos Laboratórios
Acreditados (RELACRE) e com a Aquacheck
(organismo internacional de referência),
120 121
esta unidade laboratorial actua no domínio
dos ensaios laboratoriais da água (caracterização de afluentes e efluentes líquidos,
colheita e transporte de amostras e avaliação de processos de tratamento), resíduos
(estudos de caracterização, análise e monitorização de parâmetros físico-químicos,
ensaios de lixiviação/percolação e análise
química de solos, lamas e correctivos orgânicos) e sistemas de tratamento (monitorização ambiental de aterros sanitários e
caracterização e avaliação de processos de
tratamento de águas).
O laboratório encontra-se acreditado pelo
IPAC desde 2004, segundo a norma NP EN
ISO/IEC 17025.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
desempenho
AMBIÇÃO
Projectar um futuro
melhor, para nós e para todos.
122 123
08
Desempenho
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
8.1
DESEMPENHO
ECONÓMICO
8.1.1
ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO
MOTA-ENGIL ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO SA
1. Enquadramento Estratégico
e de Mercado
Península Ibérica
Como consequência da crise financeira
mundial, o sector da construção em Por­
tugal e Espanha conheceu uma quebra de
produção em 2008.
Em Portugal, a actividade de Engenharia e
Construção, em crise profunda desde há al­
guns anos, com fraca procura, excesso de
capacidade instalada e encolhimento das
margens praticadas, viu, em 2008, a sua
situação agravada.
O índice de produção global do sector re­
gistou no ano de 2008, um decréscimo de
1,1%, depois de, em 2007, ter registado uma
variação também negativa de 2,2%.
Contudo, esta tendência poderá ser inver­
tida já em 2009, tendo em conta as medi­
das anunciadas e algumas já concretizadas
para colmatar os efeitos da crise nas econo­
mias nacionais, as quais assentam num re­
lançamento das actividades de construção.
Foram os crescimentos registados nos seg­
mentos da engenharia civil e da construção
de edifícios não residenciais que contribuí­
ram para atenuar o efeito da forte quebra
que se verificou no segmento da habitação
(8,0%, o segundo pior resultado desde o
início da crise, em 2002), de tal forma que o
decréscimo do índice de produção global do
sector em 2008 apenas se situou em 1,1%.
Na realidade, situando-se a área licenciada
para a construção de edifícios residenciais
em menos 23% no final de 2008, esperarse-iam quebras de produção globais mais
acentuadas, o que não aconteceu devido ao
bom desempenho dos segmentos da enge­
nharia civil e dos edifícios não-residenciais,
os quais registaram acréscimos de produ­
ção em 2008.
Com efeito, nos últimos anos, a evolução do
mercado da habitação foi-se degradando,
potenciando-se os efeitos decorrentes da ex­
tinção do regime de crédito bonificado ocor­
rida em Setembro de 2002, momento a partir
do qual os níveis de produção deste segmen­
to registaram quebras sucessivas até 2008.
A produção deste segmento em 2008 terá
caído 9% face a 2007, redução que só foi ul­
trapassada no ano de 2003. Para 2009, as
expectativas não são optimistas, dados os
reduzidíssimos níveis de licenciamento de
edifícios para a habitação.
Os níveis de produção de obras de engenha­
ria civil revelaram-se positivos em 2008,
terminando o ano com um acréscimo de
2,1% face a 2007, variação que, no entanto,
também não foi suficiente para imprimir ao
sector um ritmo de actividade desejado.
Apesar do bom ritmo apurado no lançamen­
to de concursos públicos de empreitadas e
da melhoria gradual do ritmo de adjudica­
ções ao longo de 2008, este segmento terá
ficado aquém das expectativas criadas com
as crescentes intenções de investimento em
infra-estruturas.
De facto, tendo atingido o valor licitado
para a realização de empreitadas mais 32%
desempenho
124 125
que o apurado em 2007, tendo mesmo apre­
sentado a meio do ano variações superiores
a 100%, esperar-se-ia um ritmo de adjudi­
cações mais elevado, fenómeno que só nos
últimos meses se começou a verificar, já
que, até ao final de Agosto, o valor contra­
tado estava abaixo do valor de 2007.
nacional para concorrer ao projecto no novo
aeroporto internacional de Lisboa e os in­
vestimentos efectuados pelas associadas
especializadas nos trabalhos de construção
em ferrovias, antecipando necessidades
que decorrerão do lançamento dos concur­
sos para as linhas de alta velocidade.
É expectativa do Grupo que 2009 se venha
a revelar como um ano de melhoria deste ci­
clo depressivo no sector da construção em
Portugal, sendo essa expectativa assente
na convicção de que as medidas recente­
mente anunciadas pelo Conselho Europeu,
e mais concretamente pelo Governo portu­
guês, de reforço do investimento público,
contribuirão para o relançamento das acti­
vidades de construção.
Em 2008, o volume de negócios da área em
Portugal foi superior a 700 milhões de euros.
Por seu turno, em termos de rentabilidade
operacional, continuou a ser possível man­
ter uma “performance” bastante positiva,
apesar da política de preços praticada por
alguns operadores do sector, nos escassos
concursos públicos.
Adicionalmente, os investimentos ainda
não concretizados do Plano de Investimen­
to em Infra-estruturas Prioritárias (PIIP),
anunciado em anos anteriores, viu a sua im­
portância estratégica reforçada com a crise.
Apesar das dificuldades referidas, o merca­
do doméstico manteve uma expressão rele­
vante no peso total do volume de negócios:
em 2008, o mercado português representou
49% da actividade da construção do Grupo,
em comparação com os 57% de 2007.
Desta forma, espera-se uma maior brevi­
dade no lançamento dos grandes projectos
ainda não concretizados, como sejam os ca­
sos da Alta Velocidade Ferroviária e do novo
Aeroporto de Lisboa.
Europa Central
Actualmente, a área de Engenharia e Cons­
trução está presente nos seguintes países
da Europa Central: Polónia, República Che­
ca, Eslováquia, Hungria e Roménia.
De acordo com estas perspectivas, o Grupo
Mota-Engil tem vindo a colocar-se em posi­
ção de desempenhar um papel relevante na
execução destes projectos, considerados
desígnios nacionais.
Em 2008, os efeitos da conjuntura económi­
ca mundial desfavorável fizeram-se sentir
com menos impacto, ou mais tardiamente,
nos países da Europa Central.
Ao mesmo tempo que somos o líder nacional
no segmento da construção, acumulamos
experiência e “know-how” em grandes re­
alizações, sejam elas de aeroportos, auto-estradas, pontes ou caminhos-de-ferro.
Continuamos, assim, à semelhança do que
já havia sucedido em 2007, a adoptar todas
as medidas de organização interna necessá­
rias, bem como a efectuar avultados inves­
timentos nos activos produtivos, no sentido
de estar sempre na primeira linha das futu­
ras adjudicações.
Exemplos destas iniciativas são o estabe­
lecimento de um consórcio inteiramente
Desta forma, os mercados da construção da
Europa Central registaram, em 2008, mais
um ano de crescimento, fruto de um défice
considerável de infra-estruturas e benefi­
ciando da transferência de avultados fun­
dos comunitários para modernização das
mesmas.
No final do ano, com o aparecimento de uma
verdadeira crise cambial nesta região, pro­
vocada essencialmente por insustentáveis
défices das contas correntes e por moedas
sobreavaliadas, os já debilitados mercados
bancários e de habitação destes países vi­
ram os seus problemas acrescidos.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
Aliada a estes problemas conjunturais, uma
auditoria interna da Mota-Engil permitiu de­
tectar a existência de irregularidades na sua
operação na Hungria, relativas a exercícios
anteriores, originadas por gestão danosa e
fraudulenta, efectivadas pelo responsável
financeiro daquela operação.
A análise detalhada e a auditoria externa
que se seguiu permitiram evidenciar um im­
pacto negativo de 6.394 milhões de forints
húngaros (aproximadamente 21 milhões de
euros, ao câmbio actual) na situação patri­
monial da Mota-Engil Magyarorszag e da
sucursal da Mota-Engil Engenharia naquele
país, relacionado com o valor de realização
de activos e com passivos não relevados
contabilisticamente e respeitante a opera­
ções de exercícios anteriores.
Obviamente que aquela gestão provocou
impactos em 2008 e anos seguintes que
estão já a ser minorados com base numa
reorganização da actividade naquele mer­
cado que conduzirá à forte redução das
operações.
Apesar da crise conjuntural, que se espera
vir a manter-se durante o ano de 2009, e do
acontecimento particular da Hungria, estes
mercados continuam a ser uma das fortes
apostas do Grupo, por apresentarem pers­
pectivas de intenso crescimento.
Aliás, o Grupo Mota-Engil está presente na
Europa Central desde 1997, pelo que, ao
longo de mais de 10 anos, acumulou valiosa
experiência e conhecimento de mercados
que, ao mesmo tempo que se tornam mais
e mais atraentes, também se revelam muito
exigentes e competitivos.
Neste âmbito, e em conformidade com as di­
ficuldades sentidas nas relações com forne­
cedores, o Grupo procura integrar nas suas
obras uma componente cada vez maior de
competências internas, promovendo a inte­
gração vertical da actividade.
Esta orientação estratégica implica a con­
centração de investimentos em meios pro­
dutivos e, além disso, na integração de
actividades produtoras de matérias-primas
aplicadas nas construções. A título de
exemplo, refere-se a aquisição de uma so­
ciedade polaca de extracção de agregados
minerais, produtora de matéria-prima es­
sencial, nomeadamente, no abastecimento
de obras de construção e pavimentação de
estradas.
O Grupo sempre se mostrou atento a no­
vas oportunidades de negócio que nestes
países pudessem ser exploráveis, nomea­
damente por apresentarem oportunidades
de realização de sinergias com a actividade
tradicional da construção.
Neste sentido, e embora num contexto de
crise, a expansão da actividade ligada ao
imobiliário permanece como um dos objec­
tivos da Mota-Engil.
A lista dos países com maiores carências
ao nível habitacional é encabeçada, sem
dúvida, pela Polónia, mas inclui também a
Roménia, a Hungria, a República Checa e a
Eslováquia. Em todos estes países, o Grupo
já está presente e em todos eles tem inte­
resses em projectos imobiliários em curso.
É assim com optimismo, embora moderado
pela crise internacional, que o Grupo olha
para a actividade prevista para 2009 nestes
mercados: forte crescimento do volume de
negócios, sempre assegurando a melhoria
sustentada das margens operacionais.
Em 2008, o volume de negócios alcançado
na Europa Central foi de 330 milhões de eu­
ros, quando em 2007 tinha sido de 219 mi­
lhões de euros. O contributo para o EBITDA
da área de negócio regista uma evolução
bastante positiva: em 2008, o valor foi po­
sitivo em 4,9 milhões de euros, sendo que
em 2007 tinha sido negativo de 5,3 milhões
de euros.
África & Américas
A área de Engenharia e Construção está pre­
sente ainda nos seguintes países: Angola,
Moçambique, Malawi, São Tomé e Príncipe,
Cabo Verde, EUA, México, Peru e Venezuela.
desempenho
Angola tem tido nos últimos anos ritmos
de crescimento económico bastante con­
sideráveis. O ano de 2008 foi mais um ano
de confirmação deste bom desempenho,
com um PIB previsto de 16%, apesar de
um abrandamento da actividade econó­
mica face a 2007, ano em que se registou
uma taxa de 21%. Apesar desta desacele­
ração, fundamentada principalmente pela
quebra dos níveis de produção do petróleo
por imposição de quotas pela OPEP e ain­
da pela baixa muito acentuada do preço do
barril quando comparado com os valores
de há um ano, sente-se que a economia
angolana está a ganhar maturidade e esta­
bilidade, com a consolidação de um sector
não-petrolífero com em peso cada vez maior.
O Grupo Mota-Engil está presente em Ango­
la desde a sua constituição, e assume este
como um dos seus mercados naturais de
actuação. É certo que a evolução económica
do país traz consigo alterações de mercado
e novos concorrentes, mas o Grupo, benefi­
ciando da sua posição histórica e dotado de
excelentes recursos, tem-se mostrado capaz
de, não só se adaptar a essas evoluções,
como sobretudo de retirar delas vantagens.
A sucursal angolana da Mota-Engil Engenha­
ria está equipada com meios técnicos mo­
dernos e com meios humanos reconhecida­
mente competentes e vê na estabilidade das
instituições públicas e na modernização do
aparelho de Estado angolano oportunidades
para continuar a desenvolver a sua activida­
de de forma profissional e eficiente. Deve-se
destacar as boas relações que o Grupo man­
tém e promove com o sector público ango­
lano, quer como adjudicatário, quer como
parceiro em associadas locais. A actividade
em Angola registou em 2008 um ano exce­
lente, com um crescimento de 117% face ao
ano transacto, para os 301 milhões de euros.
Também ao nível da rentabilidade operacio­
nal, o ano de 2008 foi muito positivo, com a
margem EBITDA a situar-se nos 15%.
Apesar da crise mundial, o arranque do ano
de 2009 no mercado angolano é encarado
com algum optimismo e a expectativa do
Grupo é a de conseguir ainda um maior
126 127
crescimento, sustentado numa carteira de
encomendas robusta e em consolidação.
Por outro lado, a Mota-Engil pretende diver­
sificar os negócios em Angola e, para isso,
está a analisar projectos nas áreas de ener­
gia, ambiente e logística.
Nos outros mercados de África onde o
Grupo Mota-Engil está presente, o ano
de 2008 foi também bastante positivo,
destacando-se o Malawi, onde o Grupo
reforçou a sua presença, nomeadamente
na área de construção e manutenção de
estradas, tendo anunciado adjudicações
de mais de 100 milhões de euros. Também
em 2008, o Grupo assinou um memorando
de entendimento com o Governo do Mala­
wi para diversos projectos, com destaque
para a reabilitação do porto de Nsanje e
desenvolvimento de duas centrais hidro­
eléctricas. Este feito apenas foi possível
devido ao reconhecido prestígio que foi
construindo por via do seu posicionamen­
to no mercado, pautado pela correcção e
competência na execução.
Em Moçambique, continua a merecer desta­
que a realização da ponte sobre o rio Zam­
beze, a obra pública de maior dimensão
desde a independência deste país. A obra,
adjudicada em 2006 ao consórcio liderado
pela Mota-Engil, foi orçada em 80 milhões
de euros e estima-se que fique concluída
durante o ano de 2009. Ainda em Moçambi­
que, a Mota-Engil ganhou a obra de recupe­
ração de um troço de estrada em Massinga,
no Sul do país, com cerca de 50km, com
um valor orçado de 26 milhões de euros, e
encontra-se pré-qualificada, num conjunto
de cinco concursos, para a reconstrução de
diversas infra-estruturas, que somam 280
milhões de euros.
A Mota-Engil encontra-se igualmente pré-qualificada no concurso para a concepção
e concessão da empreitada da ponte entre
Maputo e Catembe, na margem sul da cidade,
uma obra avaliada em 200 milhões de euros.
A actividade em São Tomé e Príncipe e em
Cabo Verde, embora limitada pela dimen­
são dos respectivos mercados, demonstra
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
a capacidade do Grupo para aproveitar as
oportunidades surgidas nos países de lín­
gua oficial portuguesa.
No Peru, continuamos a marcar presença
sobretudo na actividade de movimentação
de terras. 2008 foi mais um bom ano para a
actividade neste país, sendo que a estabili­
dade do mercado permitiu continuar a de­
senvolver a estratégia de crescimento e va­
lorização da nossa associada local. É neste
sentido que continuamos a dar passos para
a diversificação da actividade, com a entra­
da no mercado da promoção imobiliária.
Nos EUA, a associada MK Contractors, que
se dedica à construção de empreendimentos
imobiliários residenciais, foi inevitavelmente
afectada pela crise do mercado habitacional
norte-americano, à semelhança do ano de
2007. A actividade desta associada limitou-se, assim, a assegurar a continuidade, a um
ritmo reduzido, dos projectos que já haviam
sido iniciados em anos anteriores.
O ano de 2008 registou ainda o início da ac­
tividade desta área de negócio no México e
na Venezuela.
No México, foi iniciada a construção da
auto-estrada Perote-Banderilla y Libra­
miento de Xalapa, representando um inves­
timento na área da construção de cerca de
179 milhões de euros.
Na Venezuela, devemos destacar que o Gru­
po integra, com uma participação de 26%,
um consórcio de empresas portuguesas
para a realização de uma empreitada no
porto de La Guaira, na Venezuela. A fase já
contratualizada, referente à elaboração do
projecto, está orçada em 9 milhões de dóla­
res americanos de um total de 658 milhões,
estimado para a totalidade da empreitada
(57 meses). A remodelação do porto de La
Guaira será uma obra de grande impacto,
pois trata-se do principal porto da Venezue­
la, servindo a cidade de Caracas. A emprei­
tada permitirá modernizar o porto, através
da execução de novas estruturas de cais
acostáveis, elementos de protecção marí­
tima, novas plataformas de movimentação
de cargas e contentores e instalação dos
respectivos equipamentos portuários de
elevação e movimentação de carga.
O segmento de negócio África & América re­
gistou em 2008 um crescimento do volume
de negócios de 55% para os 430 milhões
de euros (2007: 278 milhões de euros). Ao
nível da rentabilidade operacional o desem­
penho foi também positivo, com o EBITDA a
situar-se nos 61 milhões de euros, em com­
paração com os 44 milhões de euros obti­
dos em 2007.
No quadro seguinte, encontram-se reflecti­
dos os fluxos de capital entre a organização
e os seus stakeholders:
O Valor Económico Directo Gerado cresceu
de forma expressiva (48%) entre 2007 e
2008, o que possibilitou aumentar o Valor
Económico Acumulado, em 2008, em 72%.
Valor económico gerado e distribuído
euros
2008 2007
Valor económico directo gerado
1.106.867.674
749.150.806
Receitas
1.106.867.674
749.150.806
Valor económico distribuído
1.053.089.072
Custos operacionais
866.430.859
582.289.312
Salários e benefícios de empregados
136.815.992
108.348.421
Pagamento a fornecedores de capital
38.362.317
19.466.908
Pagamentos ao Estado
11.371.704
7.589.235
Investimentos na comunidade
108.200
Valor económico acumulado
53.778.602
Indicador
717.799.636
105.760
31.351.170
desempenho
Na prática, a Mota-Engil conseguiu aumen­
tar a capacidade de retenção de riqueza
(Valor Económico Acumulado) de 4% do
Valor Gerado, em 2007, para 5%, em 2008.
Não se registaram, em 2008, implicações
financeiras nem outros riscos ou oportuni­
dades para as actividades desenvolvidas
pela organização provocadas por altera­
ções climáticas.
2. Subsídios auferidos e Planos
de Pensões
O valor dos subsídios à actividade recebi­
dos em 2008 pela Mota-Engil Engenharia
provenientes do Estado ou de outras enti­
dades públicas nacionais ou estrangeiras
cifrou-se em € 404.613,40.
Foram ainda recebidos do Estado subsídios
no valor de € 44.379,47 relativos à contra­
tação de trabalhadores em regime de pri­
meiro emprego.
Para além das contribuições obrigatórias
para o regime geral da Segurança Social,
cuja base contributiva incide sobre a massa
salarial, não existe, na Mota-Engil Engenha­
ria, qualquer Plano de Pensões de contri­
buição definida.
3. Presença no mercado
Relativamente a este aspecto e que constitui
matéria a ser abordada de acordo com as di­
rectrizes de relato adoptadas (GRI 3.0), pas­
sa a dar-se conta da política da Mota-Engil
Engenharia em relação às questões adiante
enunciadas.
Política salarial
Os padrões remuneratórios praticados pela
Mota-Engil Engenharia correspondem, em
traços gerais, à política global do Grupo
sobre a matéria e são estabelecidos ten­
do em conta a categoria profissional e a
avaliação das funções dos seus colabora­
dores, a inserção nas linhas e respectivos
planos de carreira, e o desempenho obtido,
128 129
premiando os comportamentos de mérito
através de uma adequada política de remu­
neração variável.
No plano laboral, a Mota-Engil Engenharia
rege-se pela observância do Contrato Co­
lectivo de Trabalho (CCT) para a Construção
Civil e Obras Públicas, instrumento este que
rege supletivamente as condições de traba­
lho da empresa para além dos dispositivos
de natureza imperativa vertidos na lei geral.
No plano remuneratório e relativamente à
fixação por via legal do Ordenado Mínimo
Nacional (OMN), os valores praticados pela
Mota-Engil Engenharia situam-se acima
desse nível.
Fornecedores locais
A complexidade dos projectos e obras em
que a Mota-Engil Engenharia se encontra
envolvida não permite a adopção sistemá­
tica de uma política de selecção de fornece­
dores que atente à sua proximidade numa
lógica de favorecimento das comunidades
locais.
Ainda assim, e apesar de não se encontrar
formalizada uma política de preferência aos
fornecedores locais, sempre que inicia um
processo de procura no mercado, a Mota-Engil
Engenharia procura garantir que estes são
consultados e incluídos no processo de se­
lecção, efectuado segundo critérios técnicos
e financeiros previamente definidos.
Estes critérios incluem as variáveis quali­
dade/preço, prazo de execução ou entre­
ga e apresentação de propostas variantes
que cumpram ou melhorem os dois pontos
anteriores.
Em igualdade de condições, são utilizados
os critérios de melhor cotação na fase de
concurso e melhor avaliação interna.
Os fornecedores são sujeitos a um processo
de qualificação onde são analisados tendo
em conta a sua idoneidade, existência dos
alvarás adequados, capacidade técnica e
económico-financeira, bem como a garantia
da qualidade.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
As regras e condições gerais de fornecimen­
to a cumprir pelos fornecedores e contrata­
dos da Mota-Engil Engenharia estão devida­
mente formalizadas.
Os subcontratados que operem com a
Mota-Engil Engenharia são, por outro lado,
integrados no Sistema de Gestão, sendolhes previamente comunicadas as regras
ambientais e de segurança a cumprir na
execução dos contratos.
Trabalhadores locais
O carácter especializado de uma grande
parte das actividades da Mota-Engil Enge­
nharia, aliado aos constrangimentos pró­
prios do funcionamento do mercado de tra­
balho, não permite o recurso sistemático à
contratação local.
Além dos impactos sociais favoráveis para
as comunidades locais que daí decorreriam,
tal traduziria ainda a obtenção de evidentes
ganhos no custo dos recursos envolvidos.
Todavia e tendo a Mota-Engil Engenharia
uma actividade marcada pela dispersão e
pelo carácter temporário das obras e projec­
tos em que está envolvida, procura sempre
que possível dar preferência à contratação
local, designadamente nos sectores que re­
queiram menor grau de especialização.
Quadros dirigentes
A proveniência local na contratação de qua­
dros dirigentes e membros da Alta Direcção
não é tida em conta, atenta a diversidade e
complexidade da actividade da Mota-Engil
Engenharia, prevalecendo outros critérios
que atendem ao perfil de qualificações, ex­
periência e conhecimento do negócio dos
profissionais a contratar.
4. Impactos económicos indirectos
A Mota-Engil Engenharia procura contribuir
responsavelmente para o desenvolvimento
das comunidades locais, em particular no
que toca aos projectos de infra-estruturas,
no decurso da sua actividade exercida em
múltiplos contextos geográficos e sócio-económicos.
Um exemplo desta preocupação foi o de­
safio criado pela empreitada da Variante à
EN205 em Arco de Baúlhe, em que existia
a necessidade de se encontrar uma solução
alternativa ao depósito de 710.000 m3 de
solos em vazadouro e que cumprisse com
as exigências ambientais. Para esse efei­
to, foi desenvolvido, em coordenação com
a autarquia, um projecto de execução de
diversos aterros com recurso aos materiais
sobrantes da empreitada.
Esta solução permitiu reaproveitar um total
de 645.000 m3 destes materiais e teve um
impacto para a Câmara/população de cerca
de 1.780.000 euros.
Dos diversos trabalhos desenvolvidos, des­
taca-se a execução de quatro aterros com
recurso a um total de 445.000 m3 de mate­
riais sobrantes da empreitada e a recupera­
ção da antiga pedreira, localizada no buraco
da Moura, com recurso a 200.000 m3 destes
materiais, o que permitiu eliminar um risco
ambiental e de segurança para as popula­
ções vizinhas.
desempenho
8.1.2
AMBIENTE E SERVIÇOS
SUMA, SERVIÇOS
URBANOS E MEIO AMBIENTE, SA
1. Enquadramento do Sector
dos Resíduos
A organização e infra-estrutururação do
sector, procurando a sua sustentabilidade
ambiental, social e económica, constituem
prioridades essenciais.
São disso exemplo a apresentação, em Ja­
neiro de 2007, do QREN - Quadro de Refe­
rência Estratégica Nacional, instrumento de
definição da aplicação da política comuni­
tária de coesão económica e social em Por­
tugal para o período 2007-2013, cujos pro­
gramas operacionais integram estratégias
para o sector; e a publicação, em Fevereiro
de 2007, do PERSU II – Plano Estratégico
dos Resíduos Sólidos Urbanos 2007-2016,
que define eixos de actuação, objectivos,
metas e acções a desenvolver e pretende
revolucionar o panorama da Gestão de RSU
no nosso país nos próximos anos, tirando
partido do novo ciclo de fundos comunitá­
rios integrados no QREN.
O PERSU II é um instrumento estratégico es­
sencial, para o qual se prevêem investimen­
tos na ordem dos mil milhões de euros, dos
quais cerca de 650 milhões serão elegíveis
no âmbito do QREN.
Uma das grandes linhas orientadoras deste
plano é a valorização máxima dos resíduos,
em detrimento da deposição em aterro, e uma
das maiores aspirações é o desvio dos resídu­
os urbanos biodegradáveis (RUB) de aterro,
apostando fortemente nas unidades de di­
gestão anaeróbia, compostagem, e tratamen­
to mecânico e biológico, contribuindo para a
minimização da utilização do solo e diminuin­
do a emissão de gases com efeito de estufa.
Os objectivos preconizados irão ao en­
contro do alinhamento com as estratégias
comunitárias e do Protocolo de Quioto,
dissociando a produção de resíduos do
crescimento económico, alcançando as me­
tas impostas de reciclagem, valorização de
resíduos e desvio de RUB de aterro, aumen­
tando a vida útil destes e contribuindo para
alcançar as metas na produção de energia a
partir de fontes renováveis.
130 131
Este plano aponta para grandes transfor­
mações no sector dos resíduos, prevendo
um aumento de 10% tanto na valorização
orgânica de RUB recolhidos selectivamen­
te como na valorização multimaterial, um
crescimento de 20% no tratamento mecâ­
nico e biológico, e uma redução de 40% na
deposição em aterro.
A adaptação dos Sistemas de Gestão de
RSU no sentido de prosseguirem a estra­
tégia agora implementada acarretará um
esforço na prossecução dos objectivos e
uma responsabilidade acrescida de todos
os agentes envolvidos, de forma a que o
sector dos resíduos possa evoluir no sen­
tido da organização, da modernização e da
sustentabilidade.
2. Análise da actividade
A actividade da área de Ambiente e Serviços
registou uma excelente “performance” em
2008, com consolidação da sua liderança
em vários segmentos. O seu volume de ne­
gócios atingiu os 285,8 milhões de euros,
face aos 248,9 milhões de euros de 2007,
representando um crescimento de 15%.
Também ao nível da rentabilidade operacio­
nal, o desempenho desta área de negócio
foi positivo. O EBITDA foi de 66,4 milhões
de euros (2007: 58,7 milhões de euros), re­
presentando uma margem EBITDA de 23%,
um pouco abaixo da verificada em 2007.
O segmento de negócio dos resíduos inclui
as empresas de recolha e tratamento de
resíduos sólidos urbanos, concentradas na
SUMA, e de óleos usados. Em 2008, a acti­
vidade de resíduos atingiu um crescimento
de 18%, tendo o seu volume de negócios
passado a crescer de 85,8 milhões de euros
em 2007 para os 101,4 milhões de euros.
A integração do Grupo Novaflex, ocorrida
já em 2007, permitiu reforçar a posição de
liderança nacional do Grupo SUMA. Por
outro lado, após a aquisição da Triu, o Gru­
po alargou a sua presença no mercado do
tratamento de resíduos industriais. Desta
forma, a SUMA, com uma quota de 54% do
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
mercado privatizado, serve 46 concelhos e
uma população superior a 2 milhões de ha­
bitantes. No que concerne ao tratamento de
resíduos, está presente em 28 concelhos,
servindo uma população de 815 mil habi­
tantes. Dada a quota de mercado alcança­
da, estamos conscientes que só consegui­
remos continuar a crescer a este ritmo se
neste mercado, maioritariamente operado
por entidades públicas, o ritmo de privati­
zação se acelerar.
Assim, a opção de crescimento passa pela
internacionalização do negócio, tendo o
Grupo definido como mercados estratégi­
cos Angola e Europa Central, nos quais se
encontra presente através da estrutura da
actividade de Construção. De referir que, em
Angola, foram já adjudicados alguns con­
tratos e as perspectivas são animadoras. A
operação já existente na Polónia continua
sem ter o desenvolvimento que se deseja­
va; o Grupo mantém-se atento a oportuni­
dades de crescimento por aquisição.
Apesar da conjuntura actual, é nossa con­
vicção que o ano 2009 permitirá manter o
crescimento do segmento, embora com me­
nor ritmo e forte pressão nas margens ope­
racionais.
No quadro seguinte encontram-se reflecti­
dos os fluxos de capital entre a organização
e os seus stakeholders:
Valor económico gerado e distribuído
Indicador
euros
2008 2007
Valor económico directo gerado
71.821.528
61.276.169
Receitas
71.821.528
61.276.169
Valor económico distribuído
62.028.302
53.929.971
Custos operacionais
27.584.467
20.942.134
20.226.996
Salários e benefícios de empregados
23.382.465
Pagamento a fornecedores de capital
6.696.077
8.113.474
Pagamentos ao Estado
4.219.588
4.635.012
Investimentos na comunidade
Valor económico acumulado
145.704
12.355
9.793.226
7.346.198
O Valor Económico Directo Gerado cresceu cerca de 17% em 2008, o que possibilitou
aumentar o Valor Económico Acumulado em 33%.
Dimensão SUMA
Indicador
Volume de Negócios (€)
Nº de Instalações/Centros
Nº Equipamentos (pesados/ligeiros)
2008 2007
83.117.886
57.787.915
53
52
804
702
Nº Municípios servidos (recolha RSU e limpeza urbana)
46
35
Nº Habitantes servidos (recolha RSU e limpeza urbana)
1.981.880
1.808.213
Nº Municípios servidos (tratamento RSU)
43
6
Nº Habitantes servidos (tratamento RSU)
1.249.964
472.472
Quantidade de Resíduos - Recolha RSU (ton)
704.863
573.612
Quantidade de Resíduos - Tratamento RSU (ton)
554.908
259.116
26.451
24.991
Quantidade de Resíduos - Industriais (ton)
desempenho
3. Subsídios auferidos e Planos
de Pensões
Durante o ano de 2008, a SUMA não aufe­
riu subsídios à exploração, do Estado ou
outras entidades. No entanto, foram con­
cedidos benefícios fiscais no montante de
€ 361.380,46 respeitantes à criação de em­
prego para jovens.
Para além das contribuições obrigatórias
para o regime geral da Segurança Social,
cuja base contributiva incide sobre a massa
salarial, não existe na SUMA qualquer Plano
de Pensões de contribuição definida.
4. Presença no mercado
Política salarial
Os padrões remuneratórios praticados pela
SUMA seguem, de forma geral, a política
global do Grupo e são estabelecidos tendo
em conta a categoria profissional e avaliação
das funções dos seus colaboradores, a inser­
ção nas linhas e respectivos planos de car­
reira, e o desempenho obtido, premiando os
comportamentos de mérito através de uma
adequada política de remuneração variável.
Face à inexistência de qualquer instrumen­
to de regulamentação colectiva do trabalho
que abranja a actividade da SUMA, no seu
conjunto, as relações de trabalho na empre­
sa são reguladas observando a lei geral.
No plano remuneratório e relativamente à
fixação por via legal do Ordenado Mínimo
Nacional (OMN), os valores praticados pela
SUMA situam-se acima desse nível.
Fornecedores locais
Os fornecedores da SUMA estão agrupados
em dois grandes segmentos — principais e
secundários.
São considerados fornecedores principais,
aqueles cujo desempenho influencia direc­
tamente os serviços prestados pela SUMA,
nomeadamente no que diz respeito à quali­
dade do serviço e às condições ambientais
e de segurança em que este é realizado.
132 133
Aos fornecedores secundários estão asso­
ciadas aquisições e fornecimentos especí­
ficos, de acordo com a área geográfica em
que se encontra implantado cada Centro de
Serviço, sendo normal e preferencialmente
fornecedores locais.
A qualificação e avaliação de Fornecedores é
realizada de acordo com procedimento docu­
mentado e que integra a rede de processos
do sistema de gestão da SUMA, destinandose a todos os Fornecedores Principais.
São considerados fornecedores principais,
aqueles cujo desempenho influencia direc­
tamente os serviços prestados pela SUMA,
nomeadamente no que diz respeito à quali­
dade do serviço e às condições ambientais
e de segurança em que este é realizado. Aos
fornecedores secundários estão associadas
aquisições e fornecimentos específicos, de
acordo com a área geográfica em que se en­
contra implantado cada Centro de Serviços
e são preferencialmente fornecedores locais.
O procedimento de compras a fornecedores
locais define que “o requerente tem auto­
nomia para efectuar uma compra localmen­
te, sempre que pretenda adquirir material
descentralizado” sendo a lista de material
centralizado/descentralizado e respectivos
fornecedores actualizada periodicamente
com base na avaliação dos fornecedores já
qualificados e na qualificação de novos for­
necedores.
A compra descentralizada, tal como a centra­
lizada, terá em consideração aspectos como
especificações do bem ou serviço, condições
de fornecimento e de pagamento compatí­
veis, risco para os trabalhadores e terceiros
na utilização do bem ou serviço, impacto
ambiental dos bens ou serviços a fornecer
e análise do histórico do fornecedor visado.
Trabalhadores locais
A SUMA procura, sempre que possível, pro­
ceder ao recrutamento de trabalhadores
locais, em particular para o exercício de
funções que requerem menor grau de espe­
cialização técnica.
A exemplo do que acontece com a Mota-Engil
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
Engenharia, o carácter especializado das ac­
tividades da SUMA, aliado aos constrangi­
mentos próprios do funcionamento do mer­
cado de trabalho, não permitem o recurso
sistemático à contratação local.
Quadros dirigentes
A proveniência local na contratação de qua­
dros dirigentes e membros da Alta Direcção
não é tida em conta, tal como sucede com
a Mota-Engil Engenharia, prevalecendo ou­
tros critérios que atendem ao perfil de qua­
lificações, experiência e conhecimento do
negócio dos profissionais a contratar.
5. Impactos económicos indirectos
A actividade da SUMA é exercida em
múltiplos contextos geográficos e sócio-económicos, o que obriga a uma permanen­
te aprendizagem da própria Organização na
adaptação a esses contextos procurando
que os seus impactos sejam socialmente
positivos para a envolvente. Dado que a
maioria do trabalho desenvolvido nesses
contextos tem por base contratos de média
duração, existe uma estabilidade nas suas
operações, o que possibilita o estabeleci­
mento de relações com a rede económica e
social local com alguma consistência e res­
ponsabilização de parte a parte.
Para além dos impactos indirectos devidos
à própria actividade, a SUMA procura ainda
contribuir responsavelmente para o desen­
volvimento das comunidades locais, atra­
vés de um esforço particularmente notório
no desenvolvimento das suas acções de
educação e sensibilização ambiental.
desempenho
134 135
8.2
DESEMPENHO
AMBIENTAL
8.2.1
ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO
MOTA-ENGIL ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO
1. Gestão ambiental
O respeito pelo Ambiente é um aspecto es­
sencial da visão, da estratégia e da política
da Mota-Engil Engenharia. Nesse sentido, a
Mota-Engil Engenharia estabeleceu como
princípios gerais de Gestão Ambiental:
· Garantir o cumprimento dos requisitos le­
gais e contratuais aplicáveis;
· Reduzir os impactos ambientais decorren­
tes das actividades das Áreas de Negócio,
pela implementação dos procedimentos
e normas ambientais adequados, nomea­
damente relativos à gestão de resíduos,
águas residuais e produtos perigosos; ao
controlo de emissões atmosféricas e ruí­
do; à racionalização das áreas a ocupar;
e ao consumo de matérias-primas,
· Implementar em todos os Centros de Cus­
to o Sistema de Gestão Ambiental e definir
um documento orientador que, desenvol­
vendo as metodologias de planeamento,
implementação, acompanhamento, verifi­
cação e monitorização a adoptar, dê com­
pleto cumprimento aos requisitos legais e
à norma EN NP 14001, incluindo os defini­
dos na sua Política Ambiental.
· Garantir que os factores fundamentais de
protecção ambiental e as melhores práti­
cas de gestão ambiental sejam conside­
rados em todas as fases das actividades
das áreas de negócio;
· Sensibilizar todos os colaboradores inter­
nos e subempreiteiros para a responsabili­
dade da preservação e protecção do meio
ambiente, assegurando a formação e educa­
ção adequadas a cada função;
· Estabelecer os programas de monitori­
zação e controlo adequados para a ve­
rificação dos parâmetros de qualidade
fundamentais, de modo a permitir uma
avaliação contínua da implementação e
eficácia dos procedimentos;
· Avaliar periodicamente a eficácia do Pro­
grama de Gestão Ambiental implementa­
do, a fim de o corrigir ou melhorar, com
vista à melhoria contínua do desempe­
nho ambiental.
Para a concretização destes princípios, a
Mota-Engil Engenharia possui, desde Maio
de 2005, um Sistema de Gestão Ambiental
implementado e certificado no âmbito da
norma NP EN ISO 14001, estando o mesmo
integrado no seu Sistema de Gestão por
Processos, o que permite dar resposta aos
vários requisitos da Norma.
Reconhecendo a dimensão e influência da
sua actividade em matéria ambiental, a
Mota-Engil Engenharia assume um compro­
misso de actuação responsável, buscando,
de forma permanente, a minimização dos
impactos ambientais, directos e indirectos,
da sua actividade.
Esta preocupação encontra-se interioriza­
da e embebida nos processos de gestão
da Mota-Engil Engenharia, através da im­
plementação de procedimentos específi­
cos para os vários descritores ambientais,
cumprimento de requisitos legais, avalia­
ção regular do desempenho ambiental e
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
promoção, junto dos seus trabalhadores
e entidades subcontratadas, dos valores e
procedimentos ambientais.
colaboradores da Mota-Engil Engenharia,
alusivas à comemoração do Dia Mundial da
Água, Dia Mundial da Árvore, Dia Interna­
cional da Terra e outras datas evocativas.
2. Organização do sistema de gestão
ambiental
Os níveis de responsabilidade, a definição de
funções e as interdependências em que estão
envolvidos todos os colaboradores, no âm­
bito do sistema de gestão ambiental, estão
definidos na modelação do sistema, recaindo
sobre o membro do Conselho de Administra­
ção da Mota-Engil Engenharia e Construção
com o pelouro ambiental a responsabilidade
máxima pela política ambiental.
O Sistema de Gestão Ambiental em vigor na
Mota-Engil Engenharia é suportado numa mo­
delação por processos, traduzida num reposi­
tório de conhecimento funcional e organiza­
cional orientado para os seus vários negócios.
Tal permite uma abordagem integrada e siste­
matizada da gestão, a partir da qual é fixado o
cumprimento de objectivos e dos referenciais
normativos de certificação, bem como a ino­
vação e a melhoria do desempenho.
Para cada actividade, são identificados os
aspectos ambientais associados, obede­
cendo o processo de identificação a uma
metodologia descrita num procedimento
específico aplicável a todas as actividades
desenvolvidas pela organização.
Os aspectos ambientais considerados signi­
ficativos são posteriormente integrados num
Plano de Gestão Ambiental, de forma a serem
objecto de controlo através de programas de
monitorização e medição, aplicação de proce­
dimentos de controlo operacional, definição
de medidas a cumprir pelas entidades sub­
contratadas, estabelecimento de acções cor­
rectivas e preventivas, medidas de formação
e sensibilização ambiental dos trabalhadores,
e informação junto das populações sobre os
impactos decorrentes da obra.
Aos responsáveis das áreas e Direcções de
Obra compete a missão de desenvolverem
as suas actividades em conformidade com o
que está previsto no sistema, tendo ainda a
incumbência da sua actualização em função
das práticas efectivamente implementadas,
na perspectiva da sua melhoria contínua.
Nas ausências ou impedimentos destes res­
ponsáveis, é assegurada a sua substituição
temporária através da identificação explícita
de um substituto no exercício dessas funções.
Em relação ao negócio de Construção, Infraestruturas e Engenharia, segmento principal
de actividade, alguns dos projectos são objec­
to de Avaliação de Impacto Ambiental, sendo
ainda relevantes os princípios e exigências
ambientais a respeitar em cada empreitada tal
como definidos pelo respectivo dono de obra.
A formação e sensibilização dos trabalhado­
res constitui um aspecto central do Plano de
Gestão Ambiental, através de um conjunto
de acções de divulgação dos aspectos es­
senciais do Sistema de Gestão Ambiental,
procedimentos ambientais a executar e infor­
mação sobre temas ambientais relevantes,
acções estas extensivas às entidades e tra­
balhadores das entidades subcontratadas.
Na componente da gestão ambiental em es­
taleiros, existem procedimentos específicos
para a gestão de resíduos e efluentes e con­
trolo de ruído, estando os referidos estaleiros
e as diferentes frentes de obra equipados
com os materiais e meios necessários a dar
resposta a quaisquer incidentes/acidentes
ambientais, nomeadamente quando haja lu­
gar a derrames acidentais de substâncias po­
luentes. As áreas afectas a oficinas, parque
de máquinas e armazenamento de produtos
químicos são impermeabilizadas, possuin­
do uma drenagem eficaz.
Neste âmbito, são ainda efectuadas acções
de “direct mailing”, dirigidas a todos os
No sector de actividade da Mota-Engil Enge­
nharia, é particularmente relevante a gestão
desempenho
de resíduos. Em todas as instalações e obras
da empresa são implementados Planos de
Gestão de Resíduos em que se definem li­
nhas de actuação para as operações de re­
colha selectiva, armazenamento temporário,
acondicionamento, transporte e encaminha­
mento para destino final adequado.
O Sistema de Gestão Ambiental comporta
ainda a condução de auditorias internas
com o objectivo de avaliar a conformidade
com o referido sistema. O seu planeamento
é realizado semestralmente e as equipas de
auditoria são independentes das áreas au­
ditadas, de forma a garantir a sua imparcia­
lidade e independência.
3. Sistema de indicadores
O sistema de indicadores adoptado no
quadro da política de gestão ambiental da
Mota-Engil Engenharia procura dar respos­
ta às informações solicitadas no âmbito da
directriz de relato GRI 3.0.
136 137
descritor ambiental.
Foram utilizadas as seguintes densidades e
factores de conversão e emissão:
Densidades típicas:
· Gasóleo 890 kg/m3
· Factores de conversão:
· Gasóleo 43,31 Gj/ton – Fonte: Instituto
do Ambiente;
· Electricidade 0,0036 Gj/kwh – Fonte: EDP
· Factores de Emissão de CO2:
·Gasóleo 74,1 kg/Gj – Fonte: Instituto
do Ambiente;
· Electricidade 445 g/kwh líquido – Fonte: EDP.
I. Materiais
No decurso da actividade da Mota-Engil
Engenharia, os maiores consumos de mate­
riais referem-se a trabalhos de execução de
obras e extracção de minerais.
Na tabela que se segue, são apresentados
os principais materiais consumidos em
2008 e respectivas quantidades.
Nos quadros que se seguem, são apre­
sentados os indicadores referentes a cada
Materiais consumidos
Designação
Acumuladores (baterias)
Unidades
total
un
235
Aço
ton
37.192
Adjuvante
ton
670
Agregados (areias, britas, inertes…)
ton
1.919.314
m2
16.344
Azulejos
Bentonite
ton
0,5
Betão
ton
1.409.578
Cimento
ton
234.041
un
155
Coroas
Ferro
Geotêxtil
Lâmpadas Fluorescentes
ton
98
m2
397.652
un
18.407
Madeira
ton
3.997
Massas de Lubrificação
ton
1
Óleos
ton
262
Papel
ton
21
Tintas
ton
4
un
3.493
un
1.078
ton
186
Tinteiros
Toners
Tubos de PVC
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
II. Energia
Este é um recurso essencial à actividade da
Mota-Engil Engenharia, seja para o trans­
porte ou para o sector produtivo, sendo a
principal forma de energia consumida o
gasóleo, associado ao funcionamento de
máquinas, equipamentos e outros veículos.
Os gráficos abaixo permitem-nos analisar
o consumo directo de energia segmentado
por fonte primária.
Consumo directo de Energia, segmentado por fonte primária
áreas
de negócio
agregados
betões
hidráulicos
construção
infra-estruturas
engenharia
fundações
especiais
geotecnia
estaleiro
do porto
alto
laboratório
central
Consumo de
3.803.424
776.926
6.635.557
711.810
103.926
1.202.292
27.386
total
13.261.321
Gasóleo (litros)
Consumo directo de Energia por actividade
Construção, infra-estruturas E engenharia 50%
fundações especiais 5% geotecnia 1%
estaleiro do porto alto 9%
agregados 29%
betões hidráulicos 6%
Durante 2008, as áreas de negócio que re­
gistaram um maior consumo deste recurso
foram a Construção, Infra-estruturas e En­
genharia e a área dos Agregados, represen­
tando respectivamente 50% e 29% do con­
sumo total. No entanto, convém salientar
que a área dos Agregados diminuiu o seu
consumo de gasóleo em cerca de 35% face
ao ano de 2007.
desempenho
138 139
EVOLUÇÃO DO CONSUMO DIRECTO DE ENERGIA
(Gj/ano)
2006
289,985
2007
460,654
2008
511,169
0
100
200
300
Analisando o consumo de gasóleo da MotaEngil Engenharia ao longo dos últimos três
anos, verifica-se que, apesar de existir um au­
mento no consumo deste recurso, a taxa de
crescimento está, no entanto, a diminuir - au­
mentou 11% em 2008, face aos 59% de 2007.
400
500
600
Os gráficos abaixo permitem-nos analisar
os consumos de electricidade, aqui consi­
derada como componente indirecta do con­
sumo total de energia.
Relativizando o consumo de gasóleo face
ao volume de actividade, constata-se que o
consumo de gasóleo em Gj, por milhão de
euros vendido, diminuiu em 20% - passan­
do de 439 Gj por milhão de euros, em 2007,
para 348, em 2008.
Consumo INdirecto de Energia, segmentado por fonte primária
áreas
de negócio
agregados
Consumo de Energia 9.666.694
Eléctrica (Kwh))
betões
hidráulicos
211.046
construção
infra-estruturas
engenharia
4.270.848
geotecnia
estaleiro
do porto
alto
laboratório
central
20.550
756.117
19.706
total
14.944.961
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
Consumo indirecto de Energia por actividade
agregados 65%
estaleiro do porto alto 5%
Construção, infra-estruturas e engenharia 29%
betões hidráulicos 1%
Em termos de consumo de electricidade,
foram também as áreas de negócio de
Agregados e a área de Construção, Infra-estruturas e Engenharia as que mais con­
tribuíram para o consumo deste recurso
em 2008, representando respectivamente
65% e 29% do consumo total. À excepção
da Construção, registou-se uma diminuição
no consumo de electricidade em todas as
Áreas de Negócio face a 2007.
O aumento do consumo registado na área
de Construção, Infra-estruturas e Engenha­
ria é parcialmente explicado pelo facto de
a análise do consumo de energia eléctrica
nos estaleiros temporários ser particular­
mente complexa, pois os valores variam
consoante a natureza das actividades exer­
cidas, o tipo de obra, o número de colabo­
radores afectos e o equipamento existente.
Evolução do Consumo INdirecto de Energia
2006
45.035
2007
53.491
2008
53.801
0
10.000
20.000
30.000
Verifica-se que a Mota-Engil Engenharia,
tal como no consumo de gasóleo, tem vin­
do a registar uma diminuição na taxa de
40.000
(Gj/ano)
50.000
60.000
crescimento do consumo de electricidade
desde 2006 – em 2008, o consumo mantevese praticamente constante face a 2007.
desempenho
Para uma análise comparativa mais rigorosa
destes consumos, houve necessidade de ex­
purgar do consumo total de energia de 2007 o
consumo de electricidade registado nos edifí­
cios, dado que não foi possível obter com cla­
reza esta informação relativa a 2008. Assim,
face a 2007, registou-se um ligeiro aumento
no consumo total de electricidade (cerca
0,6%), provocado essencialmente pela área
de Construção, Infra-estruturas e Engenharia.
Relativizando este consumo de electricidade
face ao volume de actividade, constata-se
que o consumo de electricidade em Gj, por
milhão de euros vendido, diminuiu em 28% passando de 51 Gj consumidos por milhãode
euros, em 2007, para 37, em 2008.
São várias as áreas de negócio da Mota-Engil
Engenharia que apostam na implementação
de medidas com vista à optimização do con­
sumo de energia, destacando-se o Projecto
Sustentabilidade EPA (Estaleiro do Porto
Alto), que visa a adopção de energias alter­
nativas no estaleiro, através da instalação
de painéis solares térmicos e/ou solares
fotovoltaicos em edifícios de alvenaria e nas
naves industriais de estrutura e revestimen­
to metálico que compõem o estaleiro.
A par deste projecto, foram caracterizados
procedimentos acessórios de racionalização
de consumos, tais como:
140 141
·Instalação de automatismos destinados
a controlar a activação e desactivação de
equipamentos/instalações, de acordo com
os respectivos períodos de funcionamento;
·Substituição de lâmpadas incandescentes
por outras de menor consumo e maior du­
rabilidade;
·Melhor aferição da bateria de condensado­
res de compensação de energia reactiva.
Estas iniciativas irão revelar-se fundamen­
tais também na redução de emissões de Ga­
ses de Efeito de Estufa.
III. Água
Em 2008, o consumo de água da Mota-Engil
Engenharia ascendeu aos 409 mil m3.
A água utilizada nas diferentes actividades
tem como finalidade o uso doméstico, o uso
industrial, a lavagem de rodados e vias pú­
blicas e a lavagem de caminhos de acesso de
forma a diminuir a libertação de poeiras para
a atmosfera.
Cerca de 48% da água consumida na activi­
dade da Mota-Engil Engenharia é provenien­
te de rede pública, sendo também consumi­
da água de 34 captações subterrâneas e de
seis captações superficiais.
·Aplicação de películas atérmicas nos vi­
dros das janelas dos edifícios;
Consumo de água por fonte
rede pública 48%
Captações Subterrâneas (34 captações) 42%
Captações Superficiais (6 captações) 10%
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
Constata-se também que, apesar do consu­
mo de água ter aumentado, a taxa de cres­
cimento tem vindo a diminuir ao longo dos
anos. Face a 2007, registou-se uma diminui­
ção significativa (41%) no consumo de água
proveniente de captações superficiais.
Evolução do consumo de água segmentado por fonte
(m3)
2006
2007
Captações Superficiais
2008
Captações Subterrâneas
rede pública
0
50.000
100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 350.000 400.000 450.000
Relativizando este consumo de água face
ao volume de actividade, constata-se que o
consumo de água em m3, por milhão de eu­
ros vendido, diminuiu em 14%, face a 2007 passando de 323 m3 consumidos por milhão
de euros para 279.
O gráfico abaixo ilustra os consumos de
água efectuados pelas diversas actividades
desenvolvidas na Mota-Engil Engenharia du­
rante o ano 2008.
Consumo total de água por actividade
Construção infra-estruturas engenharia 45%
estaleiro do porto alto 5%
agregados 33% betões 17%
desempenho
Os principais consumos estão associados à
área de negócio de Construção, Infra-estru­
turas Engenharia e à de Agregados, repre­
sentando estas duas áreas 78% do consumo
total de água. O aumento no consumo de
água é parcialmente explicado por uma me­
lhor recolha de dados em 2008 e o aumento
no volume de negócios.
Saliente-se que a área de negócio da Geotecnia
tem vindo a diminuir o seu consumo de água
desde 2006, registando em 2008 uma diminui­
ção de 24% face a 2007.
Refira-se ainda que as áreas de negócios
Agregados e Betão Pronto reutilizaram
11.100 m3 de água em 2008, o que representa
5,4% do seu consumo.
IV. Biodiversidade
A Mota-Engil Engenharia não tem instala­
ções localizadas em áreas classificadas ou
em zonas protegidas.
No entanto, para todas as áreas de negócio
são identificados e avaliados os possíveis
142 143
impactos ambientais, entre eles os impactos
sobre a biodiversidade.
No caso das obras sujeitas a elaboração de
Estudos de Impacto Ambiental e Relatório
de Conformidade Ambiental do Projecto de
Execução (RECAPE), bem como na elabora­
ção de Estudos de Impacto Ambiental para a
exploração de pedreiras, também a biodiver­
sidade é tida em consideração.
V. Emissões, Efluentes, Resíduos
De uma forma geral, o sector da construção
civil tem uma tipologia de emissões que lhe
está associada: as emissões gasosas resul­
tantes do transporte e da movimentação de
máquinas e veículos.
Uma vez que o CO2 é a emissão gasosa emi­
tida pela Mota-Engil Engenharia com maior
relevância, quer em termos de quantidade,
quer de impacto, foram estimadas as emis­
sões de CO2 correspondentes a consumos
directos – relacionados com a produção – e
indirectos de energia – da frota automóvel.
Emissões Directas e Indirectas de Gases com Efeito de Estufa
(ton/ano)
EMISSÕES CO2
Gasóleo
31.645,7
Electricidade
6.800,0
Total
38.445,7
electricidade 18%
gasóleo 82% RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
O gasóleo é a fonte energética responsável
por 82% das emissões de CO2 na Mota-Engil
Engenharia.
Em 2008, registou-se uma diminuição das emis­
sões de gases com efeito de estufa em 3,3%,
com maior expressão na electricidade (10%).
Evolução das Emissões Directas e Indirectas de GEE
21.488
2006
5.567
32.192
2007
electricidade
(ton/ano)
7.561
31.645
2008
6.800
gasóleo
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
30.000
Outras emissões indirectas de Gases com Efeito de Estufa
35.000
(ton/ano)
2008 Gasóleo - frota automóvel
6.232
A actividade da Mota-Engil Engenharia não
provoca a emissão de substâncias destrui­
doras da camada de ozono.
sosos e, sempre que necessário, procede à
instalação de filtros para remoção de par­
tículas.
No que se refere à produção de poeiras re­
sultantes da movimentação de máquinas e
veículos, as medidas de controlo normal­
mente impostas passam pelo humedeci­
mento dos solos, transporte coberto de
terras, silos encapsulados, uso de equipa­
mentos dotados de captação e lavagem dos
rodados das viaturas.
Relativamente à produção de efluentes lí­
quidos, as actividades desenvolvidas pelas
áreas de negócio da Mota-Engil Engenha­
ria caracterizam-se pela relativa reduzida
quantidade de efluentes produzidos, tendo,
durante o ano de 2008, sido descarregados
1.557 m3 de águas residuais industriais.
A Mota-Engil Engenharia efectua também
regularmente o controlo de efluentes ga­
As actividades que mais contribuem para
este volume são a escorrência e lavagem
de areias (área de negócio dos Agregados),
desempenho
lavagem e manutenção de equipamentos e
dos postos de abastecimento de combustí­
vel e lavagem de rodados. Nestas situações,
à excepção da lavagem de areias, o efluente
antes de ir para o destino final passa por um
separador de hidrocarbonetos.
O sector da construção civil é responsável
por uma parte muito significativa dos resí­
duos gerados em Portugal, situação comum
à generalidade dos demais Estados-mem­
bros da União Europeia em que se estima
uma produção anual global de 100 milhões
de toneladas de Resíduos de Construção e
Demolição (RCD).
144 145
Assim, relativamente aos resíduos produ­
zidos nas actividades desenvolvidas pela
Mota-Engil Engenharia, temos as seguintes
tipologias, representadas no gráfico abaixo:
·Resíduos de Construção e Demolição
·Resíduos Industriais
·Resíduos Equiparados a Urbanos
Com a entrada em vigor do DL 46/2008,
passaram a ser enquadrados em RCD os re­
síduos produzidos em actividades de Cons­
trução e Demolição.
Quantidade total de resíduos por tipo
Resíduos Construção e Demolição 92,2%
Resíduos Industriais 7,4%
Resíduos Equiparados a Urbanos 0,4%
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
Refira-se que a Mota-Engil se encontra a de­
senvolver vários projectos de valorização de
resíduos:
·Valorização de materiais provenientes
de escavação – os materiais provenien­
tes das escavações executadas em obras
rodoviárias constituem um resíduo tradi­
cionalmente depositado em vazadouro,
sendo a sua valorização possível através
de técnicas de tratamento dos materiais
com ligantes hidráulicos (cal e cimento).
Esta valorização permite uma redução do
consumo de recursos minerais e ao mes­
mo tempo uma redução de custos e de
consumo de energia;
·Reciclagem de misturas betuminosas a
quente – a reabilitação de pavimentos
rodoviários origina grandes quantidades
de materiais resultantes da fresagem dos
pavimentos e cujo destino final é maiori­
tariamente a condução a vazadouro. Com
a reciclagem de misturas betuminosas a
quente, pretende-se uma gestão mais sus­
tentável do consumo de materiais nobres
na execução de pavimentos rodoviários;
·Reciclagem de misturas betuminosas com
betume borracha – os pneus usados cons­
tituem um resíduo altamente poluente e
com poucas alternativas em termos de va­
lorização. A Mota-Engil tem desenvolvido
estudos na utilização da borracha triturada
proveniente de pneus usados para modifi­
cação das propriedades do betume utiliza­
do no fabrico de misturas betuminosas;
·Valorização de finos de pedreiras – no
âmbito do protocolo celebrado entre o
Laboratório Nacional de Engenharia Civil
e a Mota-Engil Engenharia, está em cur­
so um programa de investigação para a
valorização dos finos resultantes da lava­
gem de agregados e provenientes de dois
centros de produção, numa perspectiva
de valorizar o resíduo através da sua apli­
cação como material de construção em
obras geotécnicas.
Na tabela que se segue, encontram-se ca­
racterizados os resíduos produzidos pela
Mota-Engil Engenharia, no decurso de 2008,
por tipologia e método de tratamento.
Quantidade total de Resíduos por Tipo e Método de Tratamento
Tipo de resíduos produzidos
(ton/ano)
Total Resíduos Industriais Perigosos
269,7
Valorização (Código R)
150,2
Eliminação (Código D)
119,5
Total Resíduos Industriais Não-Perigosos
1.419,1
Valorização (Código R)
1.294,0
Eliminação (Código D)
125,1
Total Resíduos Construção e Demolição Perigosos
1.389,2
Valorização (Código R)
19,5
Eliminação (Código D)
1.369,7
Total Resíduos Construção e Demolição Não-Perigosos
19.554,8
Valorização (Código R)
11.664,7
Eliminação (Código D)
7.890,1
Total Resíduos Equiparados a Urbanos
79,8
Valorização (Código R)
24,9
Eliminação (Código D)
54,9
desempenho
146 147
Os resíduos gerados pela actividade da
Mota-Engil Engenharia são essencialmen­
te Resíduos de Construção e Demolição
RCD, que representam cerca de 92% do
total de 22.713 toneladas de resíduos pro­
duzidos. Destes RCD, 86% são resíduos
Não-Perigosos.
Refira-se ainda que, em 2008, foram reutili­
zadas 277 toneladas de solos e rochas.
No gráfico abaixo, pode ser analisado o mé­
todo de tratamento dos resíduos efectuado
pela Mota-Engil Engenharia.
Dentro dos Resíduos Industriais e RCD Peri­
gosos mais produzidos na Mota-Engil Enge­
nharia, a título de exemplo estão as lamas
contaminadas com hidrocarbonetos e as,
misturas betuminosas contendo alcatrão.
Dentro dos Não-Perigosos, consideram-se a
mistura de betão, ladrilhos, telas e materiais
cerâmicos, mistura de resíduos de constru­
ção e demolição, betão e metais ferrosos.
Quantidade total de Resíduos por Tipo e Método de Tratamento
(ton/ano)
RESÍDUOS INDUSTRIAIS PERIGOSOS
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
NÃO-PERIGOSOS
Valorização (Código R)
eliminação (Código D)
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
16.000
18.000
Evolução do tratamento efectuado aos resíduos
20.000
22.000
Eliminação/Valorização
2007
2008
Valorização (Código R)
eliminação (Código D)
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
A queda significativa registada na produção
de resíduos possibilitou um aumento do peso
da valorização em 2008, de 11% para 58 %.
Durante o ano 2008, a Mota-Engil Engenha­
ria não registou a ocorrência de derrames
significativos. Registou-se a ocorrência de
pequenos derrames de lubrificantes cuja
contenção foi devidamente efectuada.
VI. Produtos e Serviços
Foi desenvolvido, pelo Núcleo de Gestão
Ambiental, um procedimento específico
com o objectivo de definir uma metodologia
de identificação e avaliação dos aspectos
ambientais das actividades e/ou serviços
desenvolvidos pela Mota-Engl Engenharia.
A metodologia estabelecida neste procedi­
mento consiste em identificar e avaliar os
impactos e os aspectos associados a de­
terminada actividade, produto ou serviço,
integrando os aspectos considerados signi­
ficativos no sistema de Gestão e garantir o
respectivo controlo.
Desta forma, nas obras da Mota-Engil Enge­
nharia é implementado um Plano de Gestão
Ambiental cujo propósito consiste em ga­
rantir o cumprimento dos requisitos legais,
do cliente e do Sistema, contribuindo desta
forma para a minimização dos impactos ge­
rados pela sua actividade (como por exem­
plo: produção de RDC, ruído, derrames).
Todas as áreas da Mota-Engil Engenharia
são responsáveis pelo cumprimento dos re­
quisitos legais e outros que lhes sejam apli­
cáveis, existindo para tal procedimentos
internos que garantam o seu conhecimento
e aplicação.
O Núcleo de Gestão Ambiental tem a res­
ponsabilidade de analisar os requisitos le­
gais aplicáveis às diversas áreas de negó­
cio da organização, divulgá-los e verificar o
seu cumprimento. Quando são detectadas
situações de não-conformidade, são desen­
volvidas acções correctivas no sentido de
resolver a situação e impedir a sua recor­
rência no futuro.
VII. Conformidade
Em 2008, registou-se uma contra-ordena­
ção ambiental no valor de 9.750 euros, re­
lativa à ausência de licença de ruído numa
obra da Mota-Engil Engenharia.
VIII. Transporte
A frota da Mota-Engil Engenharia, que inclui
viaturas ligeiras, viaturas pesadas e máqui­
nas, tem uma idade média reduzida, a ron­
dar os cinco anos, o que possibilita meno­
res consumos de combustíveis e emissões
associadas.
No sentido de minimizar impactos ambien­
tais resultantes do transporte de bens e
outros materiais utilizados nas operações
da organização, têm sido implementadas
algumas medidas, das quais se destacam:
· Mensalmente, é quantificado o consumo
da frota e acompanhada a sua evolução
para controlo e divulgação;
· Está em curso a caracterização da frota
relativamente aos índices de emissões
gasosas, o que possibilitará a definição
de objectivos que permitam a imple­
mentação de medidas para a redução de
emissões de CO2;
· Realizaram-se, em 2008, duas acções de
formação em Ecocondução no sentido de
sensibilizar os utilizadores para as boas
práticas ao nível da condução, poupança
de combustível e segurança rodoviária;
· Um dos factores de decisão na aquisição
de novas viaturas é o nível de emissões
gasosas;
·Juntamente com os documentos de cada
nova viatura, o colaborador recebe um
documento com 12 dicas para uma con­
dução ecológica.
desempenho
8.2.2
AMBIENTE E SERVIÇOS
SUMA, SERVIÇOS URBANOS E MEIO AMBIENTE, SA
1. Gestão ambiental
A SUMA tem definidas e documentadas as
seguintes metodologias, no âmbito da ges­
tão ambiental:
· Dar cumprimento às disposições legais
existentes em matéria de Ambiente e de
Segurança e Saúde no Trabalho e planear
as operações que estão associadas aos
aspectos ambientais e perigos e respec­
tivos impactos ambientais e riscos, con­
sistentes com a sua Política de Gestão e
com os seus objectivos e metas, de forma
a garantir que estas operações são reali­
zadas sob condições especificadas;
· Estabelecer metodologias para controlar
não só as situações relacionadas com os
aspectos ambientais e riscos significa­
tivos, mas também as situações onde a
inexistência destas metodologias pudes­
se conduzir a desvios da Política da Orga­
nização e dos seus objectivos e metas.
Anualmente, é definido um Programa de
Monitorização, de modo a regrar a monito­
rização do desempenho da Organização ao
nível da Qualidade/Conformidade, Ambien­
te, Segurança e Saúde no Trabalho, que in­
clui os seguintes aspectos:
·Monitorização da medida do cumprimen­
to dos Objectivos e suas Metas associa­
dos à Política de Gestão da SUMA;
·Monitorização e medição dos vários pro­
cessos/actividades através dos resulta­
dos obtidos nos indicadores definidos
para cada um deles;
148 149
De referir que estão definidas e documenta­
das metodologias para:
· Prevenir o consumo de álcool durante o
período de trabalho;
· A organização e manutenção dos servi­
ços de Medicina do Trabalho, com vista à
promoção e vigilância da saúde dos Tra­
balhadores;
·Garantir que as potenciais situações de
emergência na Organização são evitadas
e que quando ocorrem são implementa­
das as medidas de controlo operacional
definidas, procurando limitar as suas
consequências para o Homem e para o
Ambiente.
2. Sistema de indicadores
À semelhança da análise efectuada para a
Mota-Engil Engenharia, o sistema de indi­
cadores adoptado no quadro da política de
gestão ambiental da SUMA procura dar res­
posta às informações solicitadas no âmbito
da directriz de relato GRI 3.0.
Nos quadros que se seguem, são apresen­
tados os indicadores referentes a cada des­
critor ambiental e para os quais foram uti­
lizadas as seguintes densidades e factores
de conversão e emissão:
· Densidades típicas:
·Gasóleo 850 Kg/m3 – Fonte: BP;
·Gasolina 750 Kg/m3 – Fonte: BP.
·Medições pró-activas do desempenho
que monitorizem a conformidade com o
Programa de Gestão da SUMA, com cri­
térios operacionais e requisitos legais e
regulamentares;
· Factores de conversão:
·Gasóleo 43,31 Gj/ton – Fonte: Instituto do
Ambiente;
·Gasolina 44,77 Gj/ton – Fonte: Instituto
do Ambiente;
· Electricidade 0,0036 Gj/kwh – Fonte:
EDP.
· Medições reactivas do desempenho para
a monitorização de não-conformidades
(incluindo quase-acidentes).
· Factores de Emissão de CO2:
· Gasóleo 74,1 kg/Gj – Fonte: Instituto do
Ambiente;
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
· Gasolina 69,3 kg/Gj – Fonte: Instituto do
Ambiente;
· Electricidade 445 g/kwh líquido – Fonte:
EDP.
I. Materiais
Os principais materiais consumidos pelas
acções características da actividade da
SUMA relacionam-se com o acondiciona­
mento de resíduos, as actividades de lim­
peza urbana e a manutenção dos veículos e
equipamentos da frota da empresa.
Na tabela seguinte, detalham-se os princi­
pais materiais consumidos na actividade da
SUMA durante o ano de 2008.
Materiais consumidos
Designação
Unidades
Baterias
Sacos de plástico
total
ton
5
un
1.568.701
Pneus novos
ton
94
Pneus recauchutados
ton
114
Lubrificantes/massas
l
128.207
Gasóleo
l
5.643.241
Gasolina
l
3.275
Total Químicos Produção (herbicidas, desinfectantes, detergentes, lixívia)
l
41.812
Tintas/Vernizes/Esmaltes/Diluentes
l
3.117
(Outros) Produtos Químicos para Manutenção Automóvel
l
33.398
Papel
ton
8
Cartuchos/tinteiros (jacto tinta)
un
108
Toners (laser)
un
184
A monitorização e optimização do consumo
de matérias-primas e recursos assume, na
Política de Gestão da empresa, um papel
fundamental, sendo estas acções alvo da ac­
tividade de Investigação e Desenvolvimento.
Sempre que seja possível, a SUMA recorre
ao uso de materiais reutilizáveis ou reci­
clados. No caso destes últimos, o consumo
mais significativo diz respeito aos pneus
recauchutados. Em 2008, de um total de
3.555 pneus consumidos, 1.732 (49%) eram
recauchutados.
No que diz respeito aos sacos de plástico
utilizados na produção para a realização
dos serviços, no seu processo de fabrico
são incorporados materiais reciclados.
II. Energia
Os principais consumos de energia da
SUMA decorrem de actividades afectas
aos seus Centros de Serviços, tais como
transporte de resíduos e funcionamento
de equipamentos.
Nesta análise, estes consumos serão desa­
gregados em consumos directos, que estão
relacionados com a produção, e consumos
indirectos, que, para além da actividade in­
directa, englobam deslocações, viagens de
serviço dos trabalhadores e transporte de
pessoas.
Na tabela da página seguinte, podemos ver
que o consumo directo de energia é feito
maioritariamente sob a forma de gasóleo.
desempenho
150 151
CONSUMO DIRECTO DE ENERGIA SEGMENTADO POR FONTE PRIMÁRIA
Energia
Consumo (litros)
consumo (gj)
Gasóleo
5.662.963
Gasolina
43.439
1.459
5.706.402
209.932
Consumo Total
208.473
GASÓLEO 99,2%
GASOLINA 0,8%
Registam-se ainda consumos indirectos de
gasolina (relacionados com deslocações,
viagens de serviço dos trabalhadores,
transporte de pessoas) e de electricidade,
assumindo esta última uma importância re­
lativa considerável quando analisamos os
consumos indirectos de energia.
CONSUMO INDIRECTO DE ENERGIA SEGMENTADO POR FONTE PRIMÁRIA
Energia
Consumo
consumo (gj)
Gasóleo (litros)
19.722
726
Gasolina (litros)
3.275
110
Electricidade (kwh)
7.997.200
28.790
-
29.626
Consumo Total
electricidade 97,2% gasóleo 2,5% gasolina 0,4%
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
Um dos objectivos traçados pela SUMA para
2008 consistia na obtenção de uma redução
de 2%, face ao ano 2007, do rácio entre o
consumo de energia (instalações e frota) e o
Valor Acrescentado Bruto (VAB). Este objecti­
vo foi superado com uma redução de 27,7%.
Este recurso tem três grandes utilizações
– Produção, Oficinas e Uso Doméstico –,
sendo nas actividades de produção, como
na lavagem de ruas, equipamentos, conten­
tores e viaturas de recolha, que o seu con­
sumo é mais expressivo.
III. Água
Durante o ano de 2008, o consumo de água
na SUMA ascendeu aos 102 mil m3.
Consumo de Água segmentada por Fonte
(m3)
2007
2008
Subterrânea 14.148
28.865
Municipal
78.150
39.203
Cedência de Cliente
13.286
34.363
105.584
102.431
Total
Subterrânea 28%
municipal 38% Cedência de Cliente 34% EVOLUÇÃO DO consumo de água segmentada por fonte
2007
2008
Subterrânea
municipal
Cedência de Cliente
0
20.000
40.000
60.000
80.000
100.000
120.000
desempenho
152 153
Consumo de Água segmentada por utilização
(m3)
2008 Uso doméstico
2.438
Oficinas/Lavagem de Viaturas
14.300
Viaturas lava-Contentores
30.894
Lavagem de Contentores/ Papeleiras no CS
1.315
Lavagem de Contentores/ Papeleiras na via pública
10.871
Lavagem de Ruas
22.414
Total
82.232
Viaturas lava-Contentores 38%
Lavagem Contentores/papeleiras no CS 2% Lavagem de Contentores/
papeleiras na via pública 13%
Lavagem de Ruas 27% USO DOMÉSTICO 3%
OFICINAS/LAVAGEM DE VIATURAS 17%
Em 2008, verificou-se uma alteração signi­
ficativa na proveniência da água consumida
pela SUMA, resultando numa distribuição
mais repartida entre as três principais fon­
tes. Assim, face a 2007, registou-se uma
diminuição de cerca de 50% no consumo
da água proveniente da rede pública – em
2007 esta representava 74% do consumo
total – e, em contrapartida, houve um au­
mento significativo no consumo de água
proveniente de captações subterrâneas e
de cedência de clientes, registando-se nes­
te o aumento mais expressivo.
Relativizando o consumo de água face ao
VAB, foi igualmente superado o objectivo
traçado para 2008 de redução de 2% na­
quele rácio, face a 2007 – registou-se uma
redução de 13%.
IV. Biodiversidade
A SUMA não tem instalações definitivas em
áreas classificadas ou em zonas protegidas.
O único estaleiro temporário, com uma área
próxima dos 2.000 m2, implantado numa
área de Reserva Agrícola Nacional, será
desmantelado ainda este ano após a con­
clusão da construção do novo Centro de
Serviços de Alcobaça.
Não foram também identificados impactos
significativos na biodiversidade provoca­
dos pelas operações da organização.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
V. Emissões, Efluentes, Resíduos
A actividade da SUMA que origina maiores
impactos ambientais a nível das emissões
gasosas – sendo o CO2 a mais relevante — é
a recolha e transporte de resíduos.
Neste sentido, foram estimadas as emissões
de CO2 correspondentes aos consumos direc­
tos (relacionados com a produção) e indirectos
(deslocações, viagens de serviço dos trabalha­
dores e transporte de pessoas) de energia.
Emissões Directas e Indirectas de Gases de Efeito de Estufa (Gee)
(ton/ano)
emissões CO2
Gasóleo
15.501,0
Gasolina
108,7
Electricidade
3.558,7
Total
19.168,4
Gasóleo 81%
electricidade 18% gasolina 1% O gasóleo é a fonte energética responsável por grande parte (81%)
das emissões de CO2 na SUMA.
Evolução das Emissões Directas e Indirectas de GEE
(ton/ano)
2007
Gasóleo
2008
gasolina
ELECTRICIDADE
0
5.000
10.000
15.000
20.000
25.000
desempenho
É de salientar que a actividade da organiza­
ção não provoca a emissão de substâncias
destruidoras da camada de ozono.
Também não possui emissões significati­
vas, nomeadamente as regulamentadas por
licenças ambientais.
No que concerne aos efluentes resultantes
da actividade da SUMA, estes são, em to­
dos os casos, descarregados em colectores
municipais de águas residuais, tendo o seu
volume ascendido aos 49 mil m3 durante o
ano de 2008, representando uma diminui­
ção face aos 52 mil m3 de 2007.
Assim, face a 2007, a SUMA conseguiu uma
redução de 13% no rácio entre a produção
de águas residuais e o Valor Acrescentado
Bruto (VAB), ultrapassando a meta de 2%
estabelecida para 2008.
Medidas de gestão dos efluentes líquidos
produzidos incluem o tratamento prévio à
descarga de águas residuais das lavagens
das viaturas e a monitorização regular dos
sistemas de tratamento instalados via análi­
ses laboratoriais em laboratório acreditado.
154 155
Na actividade de aplicação de herbicidas, a
SUMA recorre apenas a produtos aprovados
pelo Ministério da Agricultura, seguindo as
instruções recomendadas, que, para além
de optimizar as quantidades utilizadas, mi­
nimizam os impactos negativos decorrentes
desta actividade. É de salientar que é evi­
tado o recurso massivo a estes produtos e,
para tal, a SUMA adopta uma atitude pre­
ventiva, promovendo o corte mecânico e a
aplicação localizada.
Quanto a resíduos produzidos no decorrer
da actividade da SUMA, estes são, na sua
maioria, resíduos industriais não-perigosos,
como óleos, pneus, metais ferrosos e lamas
e misturas de resíduos provenientes de de­
sarenadores e de separadores óleo/água.
No que respeita ao destino final dos resídu­
os, cerca de 46% são valorizados, destacan­
do-se, no entanto, que quase um terço destes
diz respeito a resíduos industriais perigosos.
Quantidade total dos resíduos por tipo e método de tratamento
Resíduos por Tipo e Método de Tratamento ton/ano
Total Resíduos Industriais Perigosos
Valorização (Código R)
Eliminação (Código D)
Total Resíduos Industriais Não-Perigosos
129,9
%
42,2%
43,1
86,8
178,2
Valorização (Código R)
97,8
Eliminação (Código D)
80,5
57,8%
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
Resíduos industriais perigosos e industriais não perigosos
(ton/ano)
RESÍDUOS INDUSTRIAIS PERIGOSOS
RESÍDUOS INDUSTRIAIS
NÃO-PERIGOSOS
eliminação (Código D)
Valorização (Código R)
0
20
40
60
80
100
120
140
160
180
Evolução do tratamento efectuado aos resíduos
200
(Eliminação/Valorização)
2007
2008
eliminação (Código D)
Valorização (Código R)
0
100
200
300
400
Em 2008, a quantidade de resíduos gera­
dos pela actividade da SUMA diminuiu para
metade face a 2007. Este facto possibilitou
uma diminuição do peso da eliminação de
81%, em 2007, para 54%, em 2008.
Não existiram episódios de derrames signi­
ficativos na Organização durante o ano de
2008.
VI. Produtos e Serviços
Desde o planeamento e desenvolvimento
das suas acções que a SUMA tem presentes
preocupações de cariz ambiental e social,
conforme descrito anteriormente, que vi­
sam a minimização dos impactos associa­
dos à sua actividade.
500
600
700
800
VII. Conformidade
Em 2008, foram registadas duas multas por
incumprimento de requisitos legais ambien­
tais (transporte de resíduos mal acondicio­
nados e processo de contra-ordenação no
domínio hídrico) no montante de 3.525 euros.
VIII. Transporte
No que se refere ao transporte de bens e
produtos utilizados na actividade da SUMA,
o gráfico seguinte apresenta-nos a classi­
ficação destes veículos, consoante a sua
classe de emissões, segundo o Padrão Eu­
ropeu de Emissões, que disciplina as emis­
sões de veículos comercializados na União
Europeia.
desempenho
156 157
N.º EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NOS SERVIÇOS
classes de emissões rsu rsi
rmm
total
37
Euro 1
33
3
1
Euro 2
66
1
8
75
Euro 3
62
35
4
101
Euro 4
18
7
2
27
8
6
15
29
TOTAL
269
NA
Transporte (RSU, RSI, RMM) — Classes de emissões
euro 1 14%
euro 2 28%
euro 3 37%
euro 4 10%
na 11%
RSU - Recolha de Resíduos Sólidos Urbanos
RSI - Recolha Selectiva de Resíduos Industriais
RMM - Recolha de Monos e Monstros
Frota SUMA 2007-2008
33
NA
29
41
EURO 1
37
76
EURO 2
75
101
EURO 3
2007
101
11
EURO 4
27
2008
0
20
40
60
80
100
120
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
1. Gestão de Recursos Humanos
8.3
DESEMPENHo
social
8.3.1
ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO
MOTA-ENGIL ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO
Introdução
A Gestão de Recursos Humanos na Mota-Engil
Engenharia procura reflectir a estratégia e
política geral de recursos humanos do Grupo
adoptada a nível corporativo, adaptando-a
às suas características próprias e do sector
de actividade em que está envolvida, para
o que conta com o apoio permanente da Di­
recção Corporativa de Desenvolvimento de
Recursos Humanos na condução da sua es­
tratégia e principais políticas.
Cumpre sublinhar igualmente, no plano
orgânico, o apoio prestado por parte da
Mota-Engil Serviços Partilhados (MESP), a
quem está cometido um conjunto de fun­
ções de suporte nesta área, nomeadamente
em matéria de gestão administrativa de re­
cursos humanos, recrutamento e selecção e
formação profissional, sendo responsável
pela gestão do seu Centro de Formação.
No plano estratégico, a Mota-Engil Enge­
nharia considera os recursos humanos um
elemento diferenciador fundamental e o seu
mais valioso activo ao serviço da competiti­
vidade e da criação de valor duradouro.
O respeito escrupuloso pelas pessoas cons­
titui ainda uma matriz de referência da sua
estratégia, perpassando todo o ciclo de
vida da sua presença na organização.
A política de recursos humanos da Mota-Engil
Engenharia tem, assim, como principais
objectivos:
Recrutamento e selecção
· Planear o recrutamento e seleccionar os
melhores recursos, garantindo a sua ade­
quação às necessidades da empresa e a
sua eficaz integração e adaptação à cul­
tura e valores da organização.
Descrição e avaliação de funções
· Descrever e avaliar as funções, de forma
a obter um referencial claro dos domínios
de responsabilidade e de uma adequa­
da articulação interfuncional, servindo
ainda de suporte ao estabelecimento dos
fundamentos da sua política retributiva.
Política retributiva
· Garantir uma política de retribuição equi­
tativa e motivadora que tenha em conta
não só o enquadramento e o ajustamento
às condições de mercado, mas também o
valor relativo de cada função e o seu con­
tributo para os objectivos da empresa,
através de uma política adequada de re­
muneração variável promotora do mérito
e da excelência.
Avaliação do desempenho
· Generalizar a política de avaliação do de­
sempenho a todos os colaboradores, ga­
rantindo a uniformidade, clareza e equi­
dade do processo de avaliação.
Gestão de carreiras
· Promover uma política que assegure a
estratificação dos recursos humanos por
linhas e níveis de carreira, favorecendo a
retenção e valorização do talento e o de­
senvolvimento e progressão na carreira
profissional, de acordo com critérios ba­
seados na aquisição de competências,
experiência e avaliação do desempenho.
Formação profissional
· Apostar decisivamente na formação pro­
fissional e na aprendizagem ao longo da
vida como forma de valorização do capi­
tal humano.
Condições de trabalho
· Promover um clima de bem-estar e qua­
lidade de vida, assegurando as melhores
condições de trabalho nas áreas da segu­
rança e saúde ocupacionais e promovendo
a igualdade de oportunidades em todos os
contextos geográficos, culturais e sócioeconómicos em que se encontra presente.
A política de recursos humanos da Mota-Engil
Engenharia tem como principal responsável
o membro do Conselho de Administração da
empresa titular do pelouro, suportando-se
ainda, tal como já referido, na Direcção Cor­
porativa de Desenvolvimento de Recursos
desempenho
158 159
Humanos e na Comissão de Desenvolvimento
de Recursos Humanos da Mota-Engil SGPS e
na Mota-Engil Serviços Partilhados (MESP),
nas funções já descritas.
As questões relativas a esta área em ma­
téria de formação e consciencialização dos
colaboradores no domínio dos recursos hu­
manos encontram exemplificativa expres­
são nas iniciativas descritas noutro capítu­
lo deste Relatório.
Relativamente à monitorização, adopção
de medidas preventivas e correctivas, audi­
toria e verificação em matéria de recursos
humanos, encontram-se expressas, no que
toca às questões relacionadas com a hi­
giene e segurança no trabalho, no sistema
de gestão destas matérias certificado de
acordo com o referencial normativo OHSAS
18001:2007.
Protecção social
Em matéria de protecção social a Mota-Engil
Engenharia efectua contribuições obrigató­
rias para o regime geral da Segurança So­
cial portuguesa, as quais ascenderam a €
11.825.602,64 em 2008.
Como já acima referido, foram recebidos do
Estado subsídios relativos à contratação
de trabalhadores em regime de primeiro
emprego.
1.1 Práticas laborais e relações
de trabalho
Emprego
O sector da construção e obras públicas
reveste-se de grande importância no con­
texto nacional, representando quase 10%
do emprego gerado na economia.
O emprego gerado pela Mota-Engil Enge­
nharia aumentou 5,2% em 2008, face ao
ano anterior, apesar do ciclo recessivo que
o sector vem enfrentando há alguns anos.
Assim, o número de trabalhadores em 31 de
Dezembro de 2008 ascendia a 3.295, face a
3.131 na mesma data do ano 2007.
O número de trabalhadores por Grupo Pro­
fissional, Género e Faixa Etária encontra-se
estruturado da seguinte forma:
Número de trabalhadores por Grupo Profissional, Género e Faixa Etária
<30
grupo profissional
masculino
Dirigentes
Praticantes/Aprendizes
Profissionais Altamente Qualificados e Qualificados
30 a 50
feminino
masculino
total
masc.
>50
feminino
masculino
total
femin.
total total
geral geral
2008 2007
feminino
0
0
2
0
6
0
8
0
8
50
19
3
2
1
0
54
21
75
11
51
194
14
1.130
76
443
6
1.767
96
1.863
1.820
248
Profissionais Não-Qualificados
64
0
126
2
46
1
236
3
239
Profissionais Semi-Qualificados
22
0
24
5
14
6
60
11
71
73
3
0
262
1
141
0
406
1
407
366
162
Quadros Intermédios (inc.contra-mestres e chefes de equipa)
Quadros Médios
Quadros Superiores
Total por Género 9
1
99
10
50
1
158
12
170
91
25
219
70
53
4
363
99
462
400
433
59
1.865
166
754
18
3.052
243
3.295
3.131
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
O quadro anterior reflecte a predominân­
cia de trabalhadores do sexo masculino na
Mota-Engil Engenharia - cerca de 93% do to­
tal de efectivos - situação resultante das ca­
racterísticas específicas do sector da Cons­
trução Civil.
Convém ainda realçar que, em 2008, cerca
de 62% dos efectivos da Mota-Engil Enge­
nharia se encontrava na faixa etária entre os
30 e os 50 anos.
Comparativamente a 2007, a estrutura dos
recursos por grupo profissional manteve-se,
registando-se um aumento de 47% no recru­
tamento de Praticantes/Aprendizes e de 16%
de Quadros superiores.
O grupo profissional que integra o maior
número de trabalhadores é o grupo dos
Profissionais altamente qualificados e qua­
lificados, representando 57% do total de
efectivos.
No quadro abaixo pode ser analisada a estru­
tura dos recursos por tipo de contrato e re­
gião. Refira-se que na rubrica “Não-afectos”
estão incluídos os trabalhadores que não
estão especificamente afectos a uma região
(quer a nível nacional, quer internacional).
No que respeita à distribuição em termos de
género, é também no grupo dos Profissio­
nais altamente qualificados e qualificados
que se encontra a maior percentagem de
trabalhadores do sexo masculino. Quanto
ao sexo feminino, é também mais expressivo
neste grupo e nos Quadros Superiores, re­
presentando o somatório destes dois grupos
80% do total de efectivos do sexo feminino.
Em 2008, os trabalhadores contratados a
termo representavam 44% dos efectivos la­
borais, representando um ligeiro acréscimo
face aos 42,3% de 2007.
N.º de trabalhadores por tipo de contrato e região
portugal
norte
não
afectos
estrangeiro
centro
sul
ilhas
áfrica
total
europa central outras regiões
A Termo
278
570
89
49
336
6
46
83
1.457
Quadro Permanente
468
713
60
36
353
51
25
83
1.789
19
21
1
1
0
0
0
1
43
3
3
0
0
0
0
0
0
6
Estagiários
Administ./Gerência
N.º de trabalhadores por tipo de contrato e região
portugal
ilhas
sul
norte
centro
76
A termo
quadro permanente
estagiários
administ./gerÊncia
75
não
afectos
outras
regiões
europa
central
áfrica
0
200
400
600
800
1.000
1.200
1.400
desempenho
160 161
Verifica-se que é em Portugal que se encon­
tra a maioria dos trabalhadores da Mota-En­
gil Engenharia, destacando-se a região Cen­
tro com 40% do total. Registe-se que, destes,
54,5% pertencem ao quadro. A nível interna­
cional, é em África que se encontra o maior
número de trabalhadores, o que se deve ao
crescimento do peso destes mercados.
No gráfico abaixo, encontra-se reflectida a
taxa de rotatividade dos colaboradores da
Mota-Engil Engenharia.
Taxa de rotatividade por género e faixa etária
57,3%
< 30 anos
41,%
< 30 a 50 anos
> 50 anos
35,9%
feminino
15,6%
masculino
44,8%
global
42,7%
0
10%
20%
30%
40%
A taxa de rotatividade global da Mota-Engil
Engenharia registada em 2008 é elevada
(42,7%), como acontece na generalidade
do sector. Este facto é parcialmente expli­
cado pelo esforço de internacionalização
que a organização tem vindo a realizar nos
últimos anos.
Verifica-se igualmente que na Mota-Engil,
tal como na economia em geral, a taxa de
rotatividade feminina é inferior à masculina
e é superior em escalões etários mais bai­
xos (<30 anos).
Benefícios
A Mota-Engil Engenharia assegura aos seus
trabalhadores um conjunto de benefícios,
de que se destacam:
50%
60%
70%
· Seguro de Acidentes Pessoais a quadros
médios e superiores, da estrutura técni­
ca/administrativa e chefias de produção,
bem como um Seguro de Saúde a um nú­
mero mais restrito de trabalhadores;
· Complementos de subsídio de doença e
acidentes de trabalho aos colaboradores
do quadro permanente até ao limite de 30
dias/ano, para períodos de incapacidade
temporária para o trabalho superiores a
oito dias, sendo que, em situações ex­
cepcionais de doença grave, o período de
concessão tem sido alargado;
· Realização da Festa de Natal;
· Distribuição de Prémios de Antiguidade;
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
·Atribuição de Prémios de Segurança aos
responsáveis de Obras e Centros Autóno­
mos (Agregados/Pedreiras);
1.3. Segurança Ocupacional
e Medicina no Trabalho
1.3.1 Segurança Ocupacional
· Disponibilização de veículos pesados de
transporte de colaboradores;
· Protocolo com o Banco Espírito Santo, per­
mitindo aos colaboradores da Mota-Engil
Engenharia usufruírem de condições mais
vantajosas no crédito à habitação;
· Protocolo com vários ginásios e spas no
sentido de permitir aos seus colaborado­
res condições mais vantajosas de acesso,
isenção de pagamento de inscrição e usu­
fruto das instalações em qualquer parte
do País;
· Condições especiais na utilização dos ser­
viços da Casa da Calçada em Amarante.
1.2. Relações de Trabalho
As relações de trabalho na Mota-Engil En­
genharia são reguladas pelo Contrato Co­
lectivo de Trabalho (CCT) para o sector de
construção civil e obras públicas e, supleti­
vamente, pela lei geral.
A totalidade dos trabalhadores está abran­
gida por este instrumento de regulamen­
tação colectiva do trabalho, ascendendo a
taxa de sindicalização a 14,3% num sector
onde estes índices se apresentam como tra­
dicionalmente baixos.
Não existe na Organização qualquer comis­
são de trabalhadores constituída.
A lei geral e o instrumento de regulamenta­
ção colectiva do trabalho a que estão sujei­
tas as relações laborais na Mota-Engil En­
genharia fixam os períodos de pré-aviso a
observar no caso de qualquer mudança or­
ganizacional com impacto nas relações de
trabalho, mormente em caso de alteração
do horário ou do local de trabalho, encerra­
mento de instalações ou outros processos
conducentes à alteração ou cessação das
relações de trabalho.
A segurança ocupacional constitui matéria
de abordagem e preocupação prioritárias
no âmbito da actividade da Mota-Engil
Engenharia, num sector tradicionalmente
associado a níveis assinaláveis de sinis­
tralidade laboral, apesar dos significativos
progressos obtidos nos últimos anos.
A empresa dispõe de um Sistema de Gestão
da Segurança e Medicina no Trabalho im­
plementado e certificado de acordo com o
referencial NP EN 4397 (OHSAS 18001).
O planeamento das actividades de segu­
rança e medicina no trabalho tem em conta
as características próprias da actividade
da empresa, sendo assim um instrumen­
to essencial para a prevenção dos riscos
profissionais.
A política de Segurança Ocupacional pre­
tende garantir o permanente conhecimento
e cumprimento dos requisitos legais e nor­
mativos aplicáveis à organização e suas ac­
tividades, bem como das orientações inter­
nas do Grupo. Pretende-se a promoção de
uma cultura comportamental responsável
quanto à segurança e saúde no trabalho e
prevenção dos riscos no exercício da activi­
dade. Esta política assenta na definição de
metodologias elaboração de documentos e
instrumentos de planeamento que integram
os requisitos aplicáveis que são difundidos
pela organização.
São identificadas as necessidades e pro­
movidas acções de desenvolvimento das
competências dos colaboradores atra­
vés de programas de formação contínua
e participação em eventos subordina­
dos, assim como acções de informação e
sensibilização.
Outro dos vectores de actuação passa pelo
planeamento e realização de auditorias téc­
nicas de segurança e visitas de inspecção
que visam a avaliação da conformidade,
desempenho
definição de acções correctivas e identifica­
ção de acções no sentido da melhoria con­
tínua do sistema de gestão de segurança e
saúde no trabalho.
Modelo organizativo
A estrutura de segurança ocupacional e me­
dicina no trabalho na Mota-Engil Engenharia
assenta no seguinte modelo organizativo:
Direcção de Segurança – o seu responsável,
que agrega igualmente as áreas da Qualida­
de e Ambiente, dirige um órgão executivo
que coordena um conjunto de quase quatro
dezenas de técnicos profissionalmente habi­
litados que desempenham diversas funções:
- Técnicos afectos à estrutura central - têm
como principais funções o desenvolvimento
de métodos e técnicas; análise e elaboração
de documentos e instrumentos de preven­
ção, identificação, e apoio à implementação
e avaliação do cumprimento de requisitos;
visitas de inspecção e acompanhamento e
auditorias técnicas de segurança, análise
de programas de concurso e preparação de
elementos (no âmbito da Segurança e Saú­
de no Trabalho) para integração na resposta
comercial a concursos; assegurar o Sistema
de Gestão de Segurança e Saúde;
- Técnicos afectos a projectos e obras es­
pecíficos - têm como principais funções a
implementação do sistema em obra, reali­
zação de auditorias técnicas de seguran­
ça, visitas de inspecção, elaboração de
documentos e instrumentos de prevenção.
As principais atribuições da Direcção de
Segurança centram-se na análise detalhada
dos projectos a executar, com vista à reco­
mendação de medidas de prevenção inte­
grada e de forma a introduzir no modo de
execução das empreitadas as acções con­
ducentes à máxima segurança do pessoal e
equipamentos, avaliando e minimizando os
riscos inerentes à execução da obra.
Esta Direcção desenvolve ainda activida­
des de auditoria, consultadoria e formação,
possuindo, para o efeito, os suportes forma­
tivos adequados às acções a empreender.
162 163
Comissões de Segurança – as comissões de
segurança são estruturas independentes
compostas por representantes dos principais
níveis hierárquicos com relevância na proble­
mática da segurança e saúde no trabalho.
As comissões de segurança obedecem à se­
guinte tipologia:
omissão Geral de Segurança — um órgão
· C
consultivo e informativo do Conselho de
Administração, sendo fórum privilegiado
para a reflexão e criação de uma cultura
de segurança na empresa. Cabe-lhe fun­
damentalmente a missão de promoção,
harmonização e dinamização de acções
no âmbito da prevenção de riscos pro­
fissionais, competindo-lhe ainda propor
políticas, objectivos e orientações no sen­
tido de concretizar os objectivos determi­
nados pelo Conselho de Administração;
·Comissões de Segurança de Obra — têm
como âmbito de actuação a implementa­
ção da política e directivas da empresa nas
respectivas obras, de acordo com uma me­
todologia de funcionamento estabelecida
em regulamento específico. Estas Comis­
sões não devem limitar-se ao cumprimen­
to dos requisitos legais, devendo também
ser o fórum apropriado para planear a
segurança do trabalho no estaleiro, verifi­
car a adequação do Plano de Segurança e
Saúde à obra e analisar os níveis de pre­
venção ou protecção implementados;
· Comissões de Segurança de Centro de
Exploração (Pedreiras) — as comissões
de segurança de centro de exploração
têm os mesmos objectivos das comissões
de segurança de obra, mas com âmbito
de actuação ao nível da própria unidade
de exploração.
Formação, sensibilização e comunicação
As questões da segurança são acompanha­
das da realização de um conjunto de acções
de que se salientam:
·Acções de acolhimento – normalmente
de curta duração (cerca de 30 minutos),
dirigidas a todos os trabalhadores que
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
integrem o estaleiro e que abordam re­
gras gerais de segurança aplicáveis à ge­
neralidade dos empreendimentos, bem
como regras específicas para o estaleiro
em causa;
·Acções de sensibilização – também de
curta duração e que se destinam a aler­
tar, genericamente, os diferentes grupos
de trabalho para os riscos de uma nova
actividade (por ex: imediatamente antes
do início de uma escavação);
·Acções de Formação específicas – com
duração adequada ao tema a tratar, des­
tinadas a pequenos grupos, versando ac­
tividades de risco, processos de trabalho
inovadores ou pouco conhecidos da parte
dos recursos humanos envolvidos, novos
equipamentos, condições particulares do
local ou envolvente, entre outras;
· Acções de Formação de especialização –
dirigidas a grupos específicos e destinadas
a capacitar trabalhadores em actividades
definidas (por ex.: curso de primeiros so­
corros, formação de gruistas, formação de
operadores de substâncias explosivas);
·Acções de formação em geral — inclusão
sistemática de um módulo de saúde e se­
gurança laboral,
· Participação dos trabalhadores em co­
missões de segurança e acções de divul­
gação, nomeadamente, através da afixa­
ção de cartazes, divulgação de pequenas
brochuras e distribuição a todos os traba­
lhadores do “Manual de Normas Básicas
de Segurança e Ambiente”.
Lei geral e instrumentos de regulamentação
colectiva do trabalho
As matérias de segurança ocupacional são
enquadradas por vários diplomas legais,
designadamente o Decreto-Lei nº 441/91,
de 14 de Novembro, e a Lei nº 99/2004, de
27 de Agosto.
Para além destes diplomas de carácter ge­
nérico, existe ainda um diploma específico
para o sector da construção (Decreto-Lei nº
273/2003, de 29 de Outubro) e um outro
para as Centrais de Agregados/Pedreiras
(Decreto-Lei nº 324/95, de 29 de Outubro)
e regulamentação conexa.
Ao nível da contratação colectiva, avul­
ta o Contrato Colectivo de Trabalho para
a Indústria da Construção Civil e Obras
Públicas.
Este instrumento fixa um conjunto de re­
gras em matéria de organização dos ser­
viços de segurança, higiene e saúde no
trabalho e obrigações do empregador, obri­
gações gerais dos trabalhadores, medidas
de segurança e protecção, representação
dos trabalhadores e controlo de alcoolemia.
É ainda de referir, que se mantém a colabo­
ração com o Sindicato dos Trabalhadores da
Construção, Madeiras, Mármores, Pedrei­
ras, Cerâmica e Materiais de Construção
do Norte, tendo esta entidade efectuado,
durante o ano 2008, acções de informação/
sensibilização para as matérias de seguran­
ça e saúde no trabalho nos estaleiros mais
representativos da empresa em território
nacional.
Indicadores de segurança ocupacional
Durante o ano 2008, realizaram-se 723 reu­
niões de Comissões de Segurança em obra,
estando presentes, em média, sete partici­
pantes por reunião, efectuadas pelos diver­
sos centros de custo.
A Comissão de Segurança dos Agregados
reuniu-se por cinco vezes, com uma mé­
dia de oito participantes (a estas reuniões
acrescem as 48 reuniões periódicas de se­
gurança realizadas nos 15 Centros de Pro­
dução de Agregados, contando em média
com 10 participantes). Na área de negócios
de Betões, foram efectuadas três reuniões
com uma média de cinco participantes.
Na área das Fundações, foram efectuadas
11 reuniões com uma média de seis traba­
lhadores por reunião. Nas áreas de Equipa­
mentos e Electromecânica, realizaram-se
quatro reuniões, em cada uma, com uma
média de seis trabalhadores por reunião.
desempenho
164 165
1.3.2 Medicina no trabalho
No âmbito da medicina no trabalho e nos
termos da lei, todos os colaboradores estão
obrigados à realização de exames de saúde
ocupacional e que se encontram tipifica­
dos em exames de admissão, periódicos e
ocasionais.
durante o horário de trabalho, a Mota-Engil
Engenharia dispõe de procedimento espe­
cífico para prevenção e controlo do alcoo­
lismo, aplicável a todos os trabalhadores
da Mota-Engil Engenharia e de entidades
subcontratadas.
Estes exames destinam-se a verificar a apti­
dão física e psíquica do trabalhador para o
exercício da sua profissão, bem como con­
trolar a sua saúde.
No capítulo da prevenção e resposta a emer­
gências, encontram-se definidas as metodo­
logias que permitem responder a situações
de emergência, mediante a implementação
de planos de emergência no âmbito da segu­
rança ocupacional e medicina no trabalho.
É ainda promovida a medicina preventiva
relativamente à constatação de doenças
profissionais, através de visitas periódicas
dos médicos aos locais de trabalho, visando
o levantamento dos riscos para a saúde dos
trabalhadores e posterior implementação
das acções preventivas e/ou correctivas.
Os serviços da medicina no trabalho estão
disponíveis em todos os locais de operação
da Mota-Engil Engenharia.
Complementarmente, a Mota-Engil Enge­
nharia disponibiliza, nos escritórios do Por­
to e de Linda-a-Velha, um Serviço de Medi­
cina Curativa, com a presença semanal de
um médico.
A actividade deste médico está inserida num
protocolo com as Administrações Regionais
de Saúde do Porto e de Lisboa, o que permi­
te a utilização de receituário e requisições de
meios auxiliares de diagnóstico no âmbito
do Serviço Nacional de Saúde.
São de destacar as seguintes actividades
desenvolvidas neste âmbito:
·Realização de diagnóstico preventivo;
·Vacinação anti-gripe,
·Realização de campanha de dádiva
de sangue.
Semestralmente, são realizadas, por entida­
de externa acreditada, avaliações de exposi­
ção ocupacional nas áreas de escritórios do
Porto e de Linda-a-Velha, sendo analisados
os seguintes parâmetros: partículas em sus­
pensão, dióxido de carbono, monóxido de
carbono, temperatura e humidade relativa,
ruído, iluminação, campos electromagnéti­
cos e microrganismos em suspensão no ar.
Em matéria de controlo de alcoolemia e de
modo a prevenir acidentes/incidentes que
tenham como origem o consumo de álcool
No que toca a doenças profissionais, não
se registou nenhum caso a reportar, inse­
rindo-se a sua prevenção nos princípios
supra-enunciados. Também não se regis­
tou, durante o ano de 2008, nenhum caso
de acidente mortal entre os trabalhadores
da Mota-Engil Engenharia.
Apresentam-se na página seguinte os rácios
relativos à Segurança e Saúde no Trabalho,
calculados de acordo com as orientações GRI.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
Rácios de acidentes, doenças profissionais, dias perdidos e absentismo relacionados com o trabalho
Nº Total Trabalhadores
Taxa Lesões Taxa Dias Perdidos
Taxa Absentismo
agregados
betões
hidrául.
const.
infr.
engenh.
electrom.
194,0
102,0
2.155,0
92,0
3,3
6,5
6,7
5,0
222,6
280,9
110,5
estaleiro
porto
alto
fundaç.
especiais
geotecnia
laborat.
central
edifícios
176,0
131,0
39,0
18,0
386,0
11,7
6,0
9,4
0,0
1,7
1,3
260,4
83,7
536,4
0,0
45,4
8.965,7
5.405,8
6.820,2
4.185,4
8.389,1
8.649,0
4.405,5
658,5
2.760,3
Indice de Frequência
14,3
28,3
14,2
6,3
23,4
13,3
46,8
0
4,2
Indice de Gravidade
1,1
1,4
1,1
0,0
1,3
0,4
2,7
0
0,2
1.4. Formação e educação
O plano de formação dos colaboradores da
Mota-Engil Engenharia pretende reflectir as
necessidades diagnosticadas junto de cada
área de negócio e adopta as seguintes linhas
de orientação:
Formação Técnica
Promover formação específica que garanta
o reforço e alargamento da base de conhe­
cimentos e valências técnicas e de gestão de
todos os quadros, designadamente daque­
las que se apresentam como mais críticas à
prossecução dos objectivos da empresa nas
suas diversas áreas;
Formação Comportamental
Dinamização de projectos de formação contí­
nua na área comportamental, nomeadamen­
te ao nível da liderança, gestão da mudança,
espírito de equipa e comunicação, permitin­
do aos diferentes níveis da organização a
melhoria de comportamentos e atitudes e o
reforço das competências de gestão de equi­
pas e de orientação para os resultados;
Prevenção e Segurança
Desenvolvimento de um conjunto articulado
de acções, quer de sensibilização, quer de qua­
lificação, abrangendo um conjunto alargado de
colaboradores, a diferentes níveis, que reforce
e alargue os conhecimentos desta matéria, no
sentido de garantir o permanente cumprimen­
to dos requisitos legais e consolidar os padrões
de excelência até hoje alcançados;
Informática
Alargamento e consolidação das competên­
cias dos utilizadores das diferentes aplica­
ções informáticas da empresa, designada­
mente do SAP, nos seus diversos domínios
de utilização, de forma a melhorar os fluxos
e consolidar a informação de gestão e opti­
mizar o ciclo de produção dessa informação;
Conhecimento e Inovação
Desenvolvimento de acções de formação/
sensibilização que promovam uma atitude
de vigilância e gestão dos conhecimentos
da empresa e externos, assim como um am­
biente aberto à criatividade e à mudança,
para identificação e desenvolvimento de
ideias inovadoras.
Em 2008, o total de horas de formação minis­
trada aos colaboradores da Mota-Engil Enge­
nharia atingiu as 39.083 horas, o que corres­
ponde a uma média de aproximadamente 12
horas de formação por trabalhador - mais
três horas do que em 2007 e mais cinco do
que em 2006.
desempenho
166 167
Nº de horas de formação por grupo profissional
Nº horas
formação
Grupo Profissional
Dirigentes
Praticantes/aprendizes
Profissionais altamente qualificados e qualificados
138
17
4.152
55
13.787
7
233
1
275
4
Profissionais não qualificados
Profissionais semi-qualificados
Quadros intermédios (inc.contra-mestres e chefes de equipa)
Quadros médios
Nº médio horas
formação/
colaborador
2.111
5
3.770
22
Quadros superiores
14.618
32
Total
39.083
12
Número médio de horas de formação por grupo profissional
Dirigentes 17
Praticantes/aprendizes 55
Profissionais altamente qualificados e
qualificados 7
Profissionais não-qualificados 1
Profissionais semi-qualificados 4
Quadros intermédios (inc.contra-mestres e chefes de equipa) 5
Quadros médios 22
Quadros superiores 32
0
10
20
30
40
50
60
nº médio de horas de formação
Como reflectem os gráficos anteriores, foi
no grupo dos Praticantes/Aprendizes que
se registou uma média superior de horas de
formação por colaborador (55 horas). Em
contrapartida, foram os Profissionais não
-qualificados os que tiveram menos horas
de formação – registou-se, em média, uma
hora por colaborador.
1.5 Diversidade e igualdade
de oportunidades
A Mota-Engil Engenharia pratica uma rigo­
rosa política de igualdade de oportunida­
des, integrando nas suas fileiras homens e
mulheres de várias nacionalidades e etnias.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
Essa política é extensiva a todos os aspectos
da vida laboral e envolve uma atitude de tra­
tamento igualitário e de não-discriminação
em matérias como o recrutamento e selec­
ção de recursos humanos, política salarial,
progressão na carreira e todos os demais
aspectos atinentes à relação de trabalho.
Atenta a natureza das actividades desen­
volvidas pela empresa, existe, contudo, um
claro predomínio de trabalhadores do sexo
masculino, com excepção dos quadros su­
periores, onde se esbate essa diferença.
Em relação à política remuneratória e tendo
em conta a escassa representatividade de tra­
balhadoras do sexo feminino em alguns gru­
pos profissionais, constata-se não existirem
diferenças significativas entre os níveis sala­
riais praticados entre homens e mulheres.
Proporção dos salários entre mulheres e homens, por grupo profissional
Grupo Profissional
Género
DirigentesMasculino
--
Feminino
21
1,15
Masculino
54
Profissionais altamente qualificados e qualificados
Feminino
96
Masculino
1.767
Profissionais não qualificados
Feminino
3
Masculino
236
Profissionais semiqualificados
Feminino
11
Masculino
60
Quadros intermédios
Feminino
1
(inc.contra-mestres e chefes de equipa)Masculino
406
Quadros médios
Feminino
12
Masculino
158
Quadros superiores
SUMA, SERVIÇOS URBANOS E MEIO AMBIENTE, SA
Proporção
salários
Mulheres/Homens
8
Praticantes/aprendizes
8.3.2
AMBIENTE E SERVIÇOS
Nº
Colaboradores
1. Gestão de Recursos Humanos
Introdução
A Gestão de Recursos Humanos na SUMA
procura reflectir, tal como na Mota-Engil
Engenharia, a estratégia e política geral de
recursos humanos do Grupo adoptada a ní­
vel corporativo, adaptando-a às suas carac­
terísticas próprias e do sector de actividade
em que está envolvida.
No plano estratégico, a SUMA vê igualmen­
te nos recursos humanos um elemento dife­
renciador fundamental e o seu mais valioso
activo ao serviço da competitividade e cria­
ção de valor duradouro.
Feminino
99
1,34
0,91
0,96
1,85
0,88
0,69
A SUMA tem conferido especial ênfase à ac­
tividade formativa, direccionando-a para a
introdução de melhorias na estrutura que
operacionaliza o plano de formação.
Estas opções agregaram-se num projecto
cujos objectivos consistem em elevar os ní­
veis de eficiência e responder de forma mais
ágil às exigências do referencial do Sistema
de Acreditação da Direcção Geral do Empre­
go e Relações de Trabalho.
A dispersão geográfica é um desafio cons­
tante para o Departamento de Recursos Hu­
manos da SUMA.
desempenho
De forma a responder à necessária es­
tabilização de procedimentos em todos
os centros de serviço, foi desenvolvido
um plano de trabalhos que visou a defini­
ção de normas internas e que integrou a
maioria dos processos administrativos.
A disponibilização destes documentos no
IntraSUMA (website corporativo) veio faci­
litar a dispersão da informação por todos
responsáveis nesta área.
Apesar das contingências geradas pelo
processo de reestruturação, foi possível
investir em campanhas de formação direc­
cionadas para o Desempenho, a Higiene e
Segurança no Trabalho e o Ambiente, áreas
fundamentais no comprometimento que a
SUMA desde sempre assumiu na dignifi­
cação e qualificação dos profissionais que
compõem a empresa, enquanto garantia da
prestação de serviços de excelência.
Os indicadores de actividade formativa re­
velam valores que ultrapassam as metas
definidas e que indicam um volume de for­
mação que se aproxima de valores consis­
tentes com os objectivos da Organização.
As 2.283 presenças registadas e as 712 ac­
ções de formação realizadas revelam um in­
dicador que merece ser destacado face aos
recursos humanos e materiais dedicados à
gestão e execução das actividades formati­
vas do Grupo SUMA.
Com o objectivo de incrementar uma iden­
tificação com os valores SUMA, fortalecer
o compromisso dos colaboradores com a
Organização, introduzir políticas activas
que acrescentem valor aos quadros do Gru­
po e implementar políticas de retenção, em
2008 foi desenvolvido o programa SUMA
Experience. Desta forma, foram desenvol­
vidos dois programas: a sinalização dos
aniversários e um programa de promoção
dos níveis de saúde de todos os colabora­
dores da SUMA. O programa de promoção
dos níveis de saúde iniciou-se sob a forma
de projecto-piloto, com a realização de um
rastreio nutricional que avaliou o risco nu­
tricional (peso, altura, massa gorda, índice
massa corporal e perímetro abdominal) e
aconselhamento nutricional personalizado.
168 169
Em Outubro de 2008, foram iniciados os
trabalhos de implementação do ERP SAP,
na área da Gestão de Recursos Humanos.
A implementação do SAP requereu esforços
adicionais de toda a equipa, cujos resultados
indicam um período de implementação abai­
xo do esperado, em que as dificuldades fo­
ram superadas com maior facilidade graças
ao empenho de toda a equipa envolvida.
A complexidade das operações de migração
de toda a informação do sistema anterior
para o SAP, a que se seguiu uma fase de va­
lidações de todos os dados dos 2.032 traba­
lhadores (tais como remunerações, dados
pessoais, dados bancários, horários, habi­
litações literárias, sindicatos, descontos ju­
diciais, IRS, Segurança social, endereços) e,
por último, o período de parametrização do
ERP e a campanha de formação e de apoio
via “elpdesk” aos 39 utilizadores de SAP/
RH, foram os pontos-chave deste projecto.
As etapas enunciadas culminaram na reali­
zação do primeiro processamento salarial
realizado em Janeiro de 2009 com total su­
cesso. Estes patamares de implementação
do sistema revelam a dimensão do projecto
e demonstram os elevados padrões de fia­
bilidade.
A política de recursos humanos da SUMA
tem como principal responsável o membro
do Conselho de Administração da empresa
titular do pelouro, suportando-se na sua Di­
recção de Recursos Humanos, que acumula
funções nas áreas administrativa e de de­
senvolvimento de recursos humanos, bem
como na Comissão de Desenvolvimento de
Recursos Humanos da Mota-Engil SGPS.
Protecção social
Em matéria de protecção social, a SUMA
efectua contribuições obrigatórias para o
regime geral da Segurança Social portugue­
sa, as quais, no ano 2008, ascenderam a €
3.897.845,85.
Como já anteriormente referido, foram re­
cebidos do Estado subsídios relativos à
contratação de trabalhadores em regime de
primeiro emprego.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
1.1 Práticas laborais e relações
de trabalho
Emprego
O ano de 2008 representou para a SUMA
um período de acréscimo de actividade, o
que se traduziu num aumento de 76,3% do
seu efectivo laboral.
Assim, o número de trabalhadores, em 31
de Dezembro de 2008, ascendia a 2.114,
contra 1.199 na mesma data do ano 2007.
Número de trabalhadores por Grupo Profissional, Género e Faixa Etária
<30
grupo profissional
masculino
30 a 50
feminino
total
masc.
>50
masculino
feminino
masculino
total
femin.
total total
geral geral
2008 2007
feminino
Quadros Superiores
0
0
8
21
0
3
8
24
32 Quadros Médios
7
10
26
31
0
3
33
44
77 52
Quadros Intermédios
0
2
1
57
1
24
2
83
85 61
Profissionais Altamente Qualificados e Qualificados
21
10
50
21
312
4
104
35
466
501 11
Profissionais Semi-qualificados
2
5
0
15
0
1
2
21
23 290
Profissionais Não-Qualificados
22
244
122
762
32
214
176
1220
1396 764
Total Geral
41
311
178
1.198
37
349
256
1.858
2.114
1.199
Constata-se, pela leitura do quadro anterior,
que existe uma predominância de trabalha­
dores do sexo masculino na SUMA - cerca de
88% do total de efectivos - situação resultan­
te das características específicas do sector.
Comparativamente a 2007, registou-se um
aumento significativo no recrutamento de
Profissionais não-qualificados (83%) e de
Profissionais altamente qualificados e qua­
lificados (45%).
O grupo profissional que integra o maior nú­
mero de trabalhadores é o grupo dos Pro­
fissionais não-qualificados, representando
66% do total de efectivos.
No quadro abaixo pode ser analisada a es­
trutura dos recursos por tipo de contrato
e região.
No que respeita à distribuição em termos
de género, é também no grupo dos Profis­
sionais não-qualificados que se encontra
a maior percentagem de trabalhadores do
sexo masculino. Quanto ao sexo feminino,
é também este grupo o mais expressivo,
seguido dos grupos dos Profissionais alta­
mente qualificados e qualificados” e “Qua­
dros superiores.
Convém ainda realçar que, em 2008, cerca
de 65% dos efectivos da SUMA se encontra­
va na faixa etária entre os 30 e os 50 anos.
desempenho
170 171
Número de trabalhadores por tipo de contrato e por região
Contrato
sem termo
total
geral
0
1
14
0
6
8
11
419
781
560
8
719
1.287
9
12
3
24
935
31
1.148
2.114
Região
Contrato
a termo certo
Contrato
a termo INcerto
Açores
13
Angola
2
Centro
351
Norte
Sul
Total Geral
Em 2008, os trabalhadores contratados a
termo representavam 44% dos efectivos la­
borais, valor que é sensivelmente idêntico
ao registado em 2007.
cipais e/ou Associações de Municípios, as
contratações de novos trabalhadores são,
em regra, efectuadas através de contratos
a termo.
Devido ao facto de a actividade da SUMA ter
como base contratos limitados no tempo,
geralmente efectuados com Câmaras Muni­
N.º de trabalhadores por tipo de contrato e região
13
2
CONTRATO
A TERMO CERTO
351
560
9
CONTRATO
A TERMO INCERTO
11
8
12
1
açores
angola
CENTRO
6
CONTRATO
SEM TERMO
419
719
NORTE
3
SUL
0
100
200
300
400
500
600
700
800
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
Taxa de rotatividade por género e faixa etária
< 30 anos
49,7%
< 30 a 50 anos
24,3%
> 50 anos
16,1%
feminino
19,9%
28,0%
masculino
27,0%
global
0
10
20
30
40
Tendo em conta a natureza da actividade
desenvolvida pela SUMA, verifica-se que a
rotatividade é elevada principalmente em
trabalhadores com idade inferior a 30 anos,
o que se explica pelo facto de mais facil­
mente conseguirem emprego noutro tipo de
actividade. À medida que a faixa etária vai
aumentando, a rotatividade vai diminuindo,
devido ao facto de estes trabalhadores fica­
rem com menos opções de escolha.
Verifica-se que a rotatividade masculina é
superior à feminina, o que também se expli­
ca pela maior facilidade de os homens muda­
rem de actividade no mercado de trabalho.
No que respeita às regiões, existe maior rota­
tividade na região Sul, parcialmente explicada
pela maior oferta sazonal de trabalho, essen­
cialmente verificada na área da restauração.
50
60
70
permitindo aos trabalhadores da SUMA
usufruírem de condições mais vantajosas
no crédito à habitação;
· Protocolo de Acordo com Ginásios e Spa,
nomeadamente com o Ginásio Holmes
Place, com o Clube FIT e com o SPA GES,
permitindo aos trabalhadores a obtenção
de condições de acesso mais vantajosas,
isenção de pagamento de inscrição e usu­
fruto das instalações das entidades visa­
das em qualquer parte do país;
· Protocolo de acordo com agências de via­
gens, permitindo aos trabalhadores da
SUMA a obtenção de viagens e pacotes turís­
ticos com descontos até 5% e com condições
de pagamento idênticas às da Organização;
Benefícios
A SUMA assegura aos seus trabalhadores um
conjunto de benefícios, de que se destacam:
· Seguro de Acidentes Pessoais atribuído
a todos os colaboradores logo que perfa­
çam sete meses de trabalho e Seguro de
Saúde apenas a colaboradores com anti­
guidade superior a 36 meses.
· Distribuição de presentes de Natal aos
filhos dos Colaboradores;
1.2 Relações de Trabalho
·Protocolo de acordo com entidades fi­
nanceiras, como o Banco Português de
Investimento (BPI) e o Millenium BCP,
As relações de trabalho na SUMA não são
reguladas por qualquer instrumento de
regulamentação colectiva do trabalho,
desempenho
172 173
vigorando a Lei Geral do Código de Trabalho.
Não existe na empresa qualquer comissão
de trabalhadores.
· Informar e formar os trabalhadores sobre
os riscos identificados e respectivas me­
didas de prevenção e controlo;
A lei geral fixa os períodos de pré-aviso a
observar no caso de qualquer mudança or­
ganizacional com impacto nas relações de
trabalho, mormente em caso de alteração
do horário ou do local de trabalho, encerra­
mento de instalações ou outros processos
conducentes à alteração ou cessação das
relações de trabalho.
·Aplicar e fazer cumprir a Política, os programas
e procedimentos definidos pela Organização,
relacionados com a Higiene e Segurança;
1.3 Segurança Ocupacional e Medicina
no Trabalho
1.3.1 Segurança Ocupacional
De acordo com o quadro normativo vigente,
os empregadores são obrigados a organizar
Serviços de Segurança, Higiene e Saúde no
Trabalho (SHST), de modo a abranger todos
os Trabalhadores que desempenham fun­
ções na Organização, incluindo, obviamen­
te, o próprio empregador quando desempe­
nhe, também, actividade.
· Promover, em conjunto com os estabeleci­
mentos da Organização, a elaboração de
Planos de Emergência e a realização peri­
ódica dos respectivos simulacros;
· Realizar a análise de todos os incidentes e
definir as respectivas acções correctivas;
· Recolher e organizar os elementos estatís­
ticos relativos à segurança dos trabalha­
dores, de forma a possibilitar a obtenção
de conclusões que permitam a respectiva
prevenção e organização, de modo a efec­
tuar-se um estudo dos potenciais riscos
profissionais;
·Suspender a execução de qualquer traba­
lho em caso de risco iminente para a inte­
gridade e saúde dos trabalhadores;
Na organização dos Serviços de Segurança,
Higiene e Saúde do trabalho, a SUMA adop­
tou as seguintes modalidades:
·Informar a Administração de todas e quais­
quer situações que coloquem em risco a
integridade ou a saúde dos trabalhadores;
Os serviços de Segurança e Higiene no tra­
balho são internos e geridos pela SUMA com
recursos próprios (Técnicos Superiores de
SHST), abrangendo todas as pessoas que
nela trabalham e em cujas instalações se
encontrem. Estes serviços, cujos principais
objectivos são a prevenção e redução dos
riscos profissionais e a promoção da Segu­
rança, Higiene e Saúde dos trabalhadores,
desenvolvem as seguintes actividades:
· Acatar as recomendações das autoridades/
entidades competentes no âmbito da SHST;
· Conhecer a legislação de SHST e assegu­
rar o cumprimento dos requisitos legais
aplicáveis à Organização;
· Identificar os perigos, avaliar os riscos e
definir acções de prevenção e controlo
dos riscos identificados;
·Providenciar os meios de prevenção e de
protecção colectiva e individual, definidos
como obrigatórios ou necessários;
·Fazer respeitar a sinalização e instruções
de segurança e emergência;
·Elaborar e enviar, anualmente, o relatório
de actividades de cada estabelecimento
da SUMA para as autoridades/entidades
competentes no âmbito da SHST;
· Participar nas reuniões das várias Comis­
sões Locais de SHST.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
1.3.2 Medicina no trabalho
Os serviços de medicina no trabalho na
SUMA são externos e prestados por uma
empresa prestadora de serviços de SHST. A
vigilância da saúde, tendo como objectivos
fundamentais a prevenção de doenças pro­
fissionais e de doenças relacionadas com o
trabalho, deve ainda promover o bem-estar
dos trabalhadores como factor de produti­
vidade, nomeadamente:
· Conhecer os postos de trabalho, estabele­
cendo, para cada um, os factores de risco a
ter em conta, e adequar os exames médicos
dos trabalhadores aos factores de risco ca­
racterizados no seu posto de trabalho;
· Realizar os exames médicos de admissão,
periódicos e de regresso ao trabalho, e ana­
lisar os exames complementares de diag­
nóstico necessários à avaliação do estado
de saúde do trabalhador, tendo em atenção
as características do posto de trabalho;
· Colaborar na escolha dos meios de pro­
tecção individual mais adequados ao
trabalhador;
·Incentivar os trabalhadores a adopta­
rem boas práticas de trabalho (vacina­
ção, educação para a saúde, nutrição e
reabilitação).
A SUMA promove a realização de exames
de saúde, tendo em vista verificar a aptidão
física e psíquica dos trabalhadores para o
exercício da actividade, bem como a re­
percussão desta e das condições em que é
prestada na saúde dos mesmos.
Os serviços de SHST são geridos na SUMA
em duas Coordenações:
·Segurança e Higiene do Trabalho: Serviços
de Qualidade, Ambiente e Segurança (QAS),
que integram a Coordenação de Sustentabi­
lidade (que reporta à Administração);
· Medicina do Trabalho: Coordenação de
Gestão de Recursos Humanos (que repor­
ta à Administração).
As Coordenações em questão gerem e ope­
racionalizam cada uma a sua área e equipa
de trabalho com base nos objectivos e me­
tas, comunicando entre si periodicamente,
nomeadamente quando há a necessidade
de passagem de informação entre ambas as
equipas ou entre ambas e a empresa pres­
tadora de serviços de medicina do trabalho
e em concreto nas seguintes situações:
· Política de gestão nos compromissos
de SHST;
vObjectivos e metas a cumprir e atingir
para a SHST;
· Programa de gestão nas acções relativas
à SHST;
·Identificação de perigos e avaliação de
riscos para SHST;
· Avaliações específicas de SHST: ruído,
vibrações, agentes biológicos, ergono­
mia, etc.;
·Monitorização e medição do
desempenho;
·Documentação e registos relativos
a SHST.
Modelo organizativo
A estrutura de segurança ocupacional e
medicina no trabalho na SUMA assenta no
seguinte modelo organizativo:
Comissão Geral de Segurança, Higiene e
Saúde no Trabalho (CGSHST) – Órgão inter­
no responsável pela coordenação e execu­
ção do Programa de Gestão e Segurança,
Higiene e Saúde no Trabalho, que funciona
na dependência do Director Geral da SUMA e
membro do seu Conselho de Administração.
As principais atribuições desta Comissão
centram-se no planeamento, coordenação e
controlo do programa, concepção e gestão
do sistema de informação dos indicadores
de desempenho, proposta das actividades,
encetar as acções internas de divulgação,
sensibilização e formação, e elaboração do
relatório das suas actividades.
Este órgão reúne ordinariamente uma vez
por mês e extraordinariamente sempre que
convocado para o efeito.
desempenho
174 175
Comissões Locais de Segurança, Higiene
e Saúde no Trabalho (CLSHST) – estas co­
missões existem em cada um dos Centros
de Serviços da SUMA, tendo por missão a
execução do programa ao nível local.
Compõem cada uma destas comissões a
chefia dos respectivos serviços e um con­
junto de trabalhadores representativos de
cada centro. As comissões reúnem ordina­
riamente uma vez por mês e extraordina­
riamente sempre que convocadas para o
efeito.
Formação, sensibilização e comunicação
No âmbito do seu plano geral de formação,
a SUMA desenvolve um conjunto de acções
de formação de Higiene e Segurança no Tra­
balho para os seus colaboradores.
Lei geral e instrumentos de
regulamentação colectiva do trabalho
As matérias de segurança ocupacional são
enquadradas por vários diplomas legais,
designadamente o Decreto-Lei nº 441/91,
de 14 de Novembro, e a Lei nº 99/2004,
de 27 de Agosto, conforme já anterior­
mente referido a propósito da Mota-Engil
Engenharia.
Não existindo instrumento de regulamenta­
ção colectiva de trabalho com incidência no
sector de actividade da SUMA, a empresa
rege-se nesta matéria pela lei geral.
No âmbito da Segurança e Saúde no Traba­
lho da SUMA, apresentam-se de seguida al­
guns indicadores calculados de acordo com
as orientações GRI.
Rácios de acidentes, doenças profissionais, dias perdidos e absentismo relacionados com o trabalho
número de
trabalhadores
2.114
horas
trabalhadas
nº de acidentes
trabalho
nº de
dias perdidos
3.500.963
310
5.666
taxa de
lesões
17,7
TAXA DE
DOENÇAS
OCUPAC.
17,7
TAXA DE
DIAS
PERDIDOS
ÍNDICE DE
PREQUÊNCIA
(IF)
323,7
88,5
ÍNDICE
GRAVIDADE
(IG)
1,6
1.4 Formação e educação
A execução de acções promotoras da qua­
lificação dos recursos humanos do Grupo
SUMA é um eixo de intervenção central da
Política de Gestão da Organização, reforça­
do em 2008, pela inclusão de novas empre­
sas no seio do grupo e pela expansão para
mercados externos.
Por outro lado, as contingências restritivas
manifestadas no comportamento da econo­
mia portuguesa e internacional foram facto­
res condicionantes da actividade formativa
de 2008, que consequentemente reforça­
ram a necessidade de alinhar a intervenção
de carácter qualificante com a estratégia
da empresa, orientação central para a defi­
nição da formação profissional e de todas
as acções que visam o desenvolvimento da
força de trabalho do Grupo SUMA.
Com vista à dignificação dos seus recursos
humanos e das actividades desenvolvidas,
directamente relacionadas com a gestão
de resíduos e com a limpeza dos espaços
públicos, a SUMA assegura a formação,
motivação e participação activa dos traba­
lhadores no dia-a-dia laboral e nos actos
importantes da empresa, procurando pro­
mover a valorização pessoal e profissional
dos seus colaboradores no âmbito da em­
presa e da comunidade.
Para o efeito, a SUMA conta com um depar­
tamento dedicado à formação, acreditado
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
pelo IQF como Entidade Formadora, e que
tem por finalidade responder às necessida­
des internas de formação, com o objectivo
fundamental de desenvolver a qualificação
técnica e pessoal de todos os seus trabalha­
dores, prestando, além disso, serviços de
formação externos especializados sempre
que para o efeito é solicitado e consultado.
Este departamento inclui uma Bolsa de Téc­
nicos e Formadores com formação acredi­
tada pelo Instituto de Emprego e Formação
Profissional na vertente pedagógica e expe­
riência profissional técnica específica em
áreas interdisciplinares e complementares.
Embora a SUMA opere em vários pontos do
País, a dispersão geográfica não constitui,
porém, impedimento à realização de acti­
vidades formativas, requerendo todavia o
recurso a soluções flexíveis e imaginativas,
de forma a poder alcançar os seus objecti­
vos nesta área.
base numa viatura pesada de passageiros
devidamente adaptada a espaço de forma­
ção, que constitui a forma privilegiada de
atingir públicos mais vastos e tornar possí­
vel a presença dos trabalhadores com toda
a comodidade e economia de custos.
São áreas de formação transversal e per­
manente a Comunicação, o Desempenho, a
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho, as
Questões Ambientais, a Condução Defen­
siva, a Informática, e as Práticas Adminis­
trativas e de Recursos Humanos, sendo um
número significativo de actividades forma­
tivas orientado para estas áreas.
Outras áreas de formação englobam as áreas
Comportamental, Motivacional, Organiza­
cional e de Liderança.
Em 2008, foram realizadas 712 acções de
formação, envolvendo 2.283 trabalhadores
e um volume de 2.138 horas de formação.
Para o efeito, a SUMA desenvolveu uma
Unidade Móvel de Formação (UMF), com
Nº de horas de formação por grupo profissional
Grupo Profissional
Nº horas
formação
Nº médio horas
formação/
colaborador
Quadros Médios
289
Quadros Superiores
159
5,0
Profissionais Altamente Qualificados e Qualificados
518
1,0
Quadros Intermédios
183
2,2
51
2,2
Profissionais Semi-Qualificados
Profissionais Não Qualificados
Total
3,8
938
0,7
2.138
1,0
desempenho
176 177
Número médio de horas de formação por grupo profissional
Quadros Médios 3,8
Quadros Superiores 5
Profissionais Altamente Qualificados e Qualificados 1
Quadros Intermédios 2,2
Profissionais Semiqualificados 2,2
Profissionais Não Qualificados 0,7
0
1
2
3
4
5
6
nº médio de horas de formação
Como reflectem os gráficos anteriores, foi no
grupo dos Quadros superiores que se regis­
tou uma média superior de horas de formação
por colaborador (cinco horas). Em contrapar­
tida, foram os Profissionais não-qualificados
os que tiveram menos horas de formação.
No Grupo SUMA, não existem ainda progra­
mas de educação, formação, aconselhamen­
to, prevenção e controlo de risco em curso
para os colaboradores, seus familiares ou
membros da comunidade, relativamente a
doenças graves. No entanto, realizaram-se
diversas acções de formação durante o ano
de 2008 no âmbito da Saúde, Higiene e Se­
gurança no Trabalho que se traduziram numa
maior consciencialização dos colaboradores
da SUMA face a temas específicos como a
avaliação de riscos profissionais ou utilização
de equipamento de protecção individual.
A avaliação de desempenho é realizada semes­
tralmente, pela chefia directa de cada colabora­
dor, através de um ficheiro criado para o efeito.
1.5 Diversidade e igualdade
de oportunidades
A SUMA pratica uma rigorosa política de
igualdade de oportunidades, integrando
nas suas fileiras homens e mulheres de vá­
rias nacionalidades e etnias.
Essa política é extensiva a todos os aspectos
da vida laboral e envolve uma atitude de tra­
tamento igualitário e de não-discriminação
em matérias como o recrutamento e selec­
ção de recursos humanos, política salarial,
progressão na carreira e todos os demais
aspectos atinentes à relação de trabalho.
Todos os colaboradores têm à disposição,
para consulta, afixada nos seus locais de
trabalho, a informação relativa aos direitos
e deveres do trabalhador em matéria de
igualdade e não-discriminação, nomeada­
mente a Norma Interna de Recursos Huma­
nos – NI_RH_021 – Princípio da não-descri­
minação, o artigo 22º e seguintes do Código
Trabalho, o artigo 33º e seguintes do Códi­
go Trabalho; o artigo 66º e seguintes da Lei
nº 35/2004, de 29 de Julho, e o Decreto-lei
nº 143/99, de 30 de Abril.
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
8.3.3
GRUPO MOTA-ENGIL
1. Direitos Humanos
O Grupo Mota-Engil respeita e promove os
Direitos Humanos em todos os contextos
culturais, sócio-económicos e geografias
onde opera.
Tal comportamento é naturalmente extensi­
vo às práticas do Grupo, quer em matéria de
política de investimentos, quer na gestão
da cadeia de fornecimento, procurando tor­
nar extensíveis à mesma os princípios por
que se rege nas actividades directamente
exercidas, designadamente em matéria de
saúde e segurança no trabalho.
Não se registou no interior de qualquer das
empresas do Grupo situações de discrimina­
ção, estando, por outro lado, completamente
salvaguardada a prática dos direitos associa­
tivos do foro laboral, mormente a liberdade
de associação e de negociação colectiva, o
que corresponde, de resto, a um imperativo
de natureza constitucional e legal.
Não existem no Grupo quaisquer situações
de trabalho infantil ou forçado.
Os trabalhadores ou entidades subcontrata­
das envolvidos em questões de segurança
(“security”) de instalações e salvaguarda dos
seus bens (não existem no Grupo trabalhado­
res ou entidades subcontratadas envolvidos
em missões de segurança pessoal) respei­
tam, nas suas interacções pessoais, os direi­
tos legalmente consagrados em cada espaço
geográfico onde exercem as suas funções.
Refira-se, por último, que o Grupo Mota-En­
gil não exerce habitualmente actividade em
qualquer território onde estejam ou possam
estar em causa os direitos das populações
ou povos indígenas.
2. Sociedade
O Grupo Mota-Engil privilegia de forma mui­
to particular o seu relacionamento com as
comunidades locais, avaliando regularmen­
te os impactos ambientais e sociais provo­
cados pelas suas actividades.
O Grupo Mota-Engil respeita os mais ele­
vados padrões de ética, nomeadamente os
relativos à promoção da concorrência justa,
proibição de subornos, pagamentos ilícitos e
corrupção, não existindo quaisquer situações
a reportar a este nível nem quaisquer penali­
zações ou multas decorrentes da incursão em
qualquer comportamento ilícito neste âmbito.
Em matéria de políticas públicas, o Grupo
não toma habitualmente, nem de forma di­
recta, quaisquer posições, nem, por outro
lado, procede a quaisquer contribuições
para organizações políticas.
3. Responsabilidade pelo produto
A análise dos impactos na saúde e segurança
dos clientes do Grupo Mota-Engil está incor­
porada nos sistemas de gestão em vigor, em
particular na Mota-Engil Engenharia e SUMA,
cujo desempenho é descrito neste Relatório.
Em matéria de rotulagem de produtos e ser­
viços, não são frequentes os casos em que
tal se mostre necessário, atendendo à natu­
reza da actividade desenvolvida pelo Grupo
e em particular pelas entidades objecto de
relato do seu desempenho, sendo, porém,
providenciadas todas as informações em
matéria de rotulagem quando exigidas
Não existiram, em 2008, quaisquer casos
de não-conformidade nestas matérias nem
quaisquer penalizações associadas, sejam
de carácter pecuniário ou outro.
A propósito deste tema e em relação às
práticas relacionadas com a satisfação dos
clientes, as mesmas encontram-se já evi­
denciadas noutro capítulo deste Relatório.
Na sua política de comunicação de Marke­
ting, o Grupo Mota-Engil cumpre na íntegra
as determinações legais em vigor, não exis­
tindo quaisquer situações de não-conformi­
dade ou aplicação de sanções a relatar.
O mesmo se diga, por último, relativamente
ao respeito pelos direitos de personalidade
dos clientes do Grupo Mota-Engil, designada­
mente em matéria de defesa e salvaguarda do
seu direito à privacidade na gestão do relacio­
namento com estes, não existindo até à data
quaisquer reclamações a registar a este título.
desempenho
178 179
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
índice gri
RESULTADOS
Números que
reflectem a vontade de fazer sempre mais.
180 181
09
Índice GRI
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
Perfil
Capitulo
Página
1.1 Mensagem do Presidente
1
6e7
1.2 Descrição dos Principais Impactos, Riscos e Oportunidades
2, 5 e 8
12 a 15, 80 a 88, 126 a 179
2.1 Nome da organização
4
27
2.2 Principais marcas, produtos e/ou serviços
4
28 e 29
2.3 Estrutura operacional da organização, incluindo principais divisões,
4
30 e 31
2.4 Localização da sede da organização
4
28
2.5 Número de países em que a organização opera e nome dos países
4
35
2.6 Tipo e natureza jurídica da propriedade
4
27
2.7 Mercados servidos
4
32, 33 e 38
2.8 Dimensão da organização
4
34
2.9 Mudanças significativas, realizadas durante o período de elaboração
3
19 a 21
4
75
3.1 Período a que se referem as informações
3
18
3.2 Data do Relatório mais recente
3
18
3.3 Ciclo de reporte
3
18
3.4 Contactos para questões relacionadas com o Relatório
3
18
3.5 Processo para a definição do conteúdo do Relatório
3
19 e 20
3.6 Limites do Relatório
3
19 e 20
3.7 Outras limitações de âmbito específico
3
19 e 20
3.8 Base para a elaboração do relatório no que se refere a “joint
3
20
3
19 e 20
3
19 e 20
3
19 e 20
9
184 a 187
1. ESTRATÉGIA E ANÁLISE
2. PERFIL ORGANIZACIONAL
unidades operacionais, subsidiárias e “joint ventures”
em que as suas principais operações estão localizadas ou são
especialmente relevantes para as questões da sustentabilidade
cobertas pelo Relatório
do Relatório, relacionadas com tamanho, estrutura ou controlo
accionista
2.10 Prémios/Reconhecimentos recebidos durante o período de reporte
3. PARÂMETROS DO RELATÓRIO
Perfil do Relatório
ou o seu conteúdo
Âmbito e Limites do Relatório
ventures”, subsidiárias, instalações arrendadas, operações
subcontratadas e outras entidades que possam afectar
significativamente a comparabilidade entre períodos e/ou
entre organizações
3.9 Técnicas de medição de dados e as bases de cálculos incluindo
hipóteses e técnicas, que sustentam as estimativas aplicadas à
compilação dos indicadores e outras informações do Relatório
3.10 Explicação da natureza e das consequências de qualquer
reformulação de informações contidas em Relatórios anteriores
e o motivo da reformulação
3.11 Mudanças significativas em comparação com anos anteriores,
no que se refere a âmbito, limite ou métodos de medição aplicados
no Relatório.
Índice do Conteúdo GRI
3.12 Tabela que identifica a localização de cada elemento do Relatório
da GRI
n.a = não aplicável
índice gri
182 183
Capitulo
Página
Verificação
3.13 Políticas e procedimentos actuais para fornecer verificações externas
3
21
do Relatório
4. GOVERNO SOCIETÁRIO, COMPROMISSOS E ENVOLVIMENTO DE STAKEHOLDERS
Governo Societário
5
4.1 Estrutura de Governo Societário
5
81 a 83
81 a 83
4.2 Indicar se o Presidente do Conselho de Administração também desempenha
funções executivas (e, se for caso disso, as suas funções dentro
da administração da organização e as razões para tal composição)
5
81 a 83
4.3 Para organizações com uma estrutura de administração unitária, declaração
do número de membros independentes ou não-executivos
5
81 a 83
4.4 Mecanismos que permitem aos accionistas e trabalhadores fazerem
recomendações ao mais alto orgão de governação
5
81 a 83
4.5 Relação entre a remuneração para membros do mais alto órgão de governação
e demais executivos e o desempenho da organização (incluindo desempenho
social e ambiental)
5
81 a 83
4.6 Processos em vigor no mais alto órgão de governação para assegurar
que conflitos de interesse sejam evitados
5
81 a 83
4.7 Processo para determinação das qualificações e conhecimento dos
membros do mais alto órgão de governação para definir a estratégia
da organização para questões relacionadas com temas económicos,
ambientais e sociais
5
4.8 Declarações de missão e valores, códigos de conduta e princípios internos
6
81 a 83
relevantes para o desempenho económico, ambiental e social, assim como
4
92 e 93
o estado da sua implementação
5
40 a 56
81 a 83
4.9 Procedimentos do mais alto órgão de governação para supervisionar
a identificação e gestão por parte da organização do desempenho
económico, ambiental e social, incluindo riscos e oportunidades relevantes,
assim como a adesão ou conformidade com normas acordadas internacionalmente,
códigos de conduta e princípios
5
81 a 83
4.10 Processos para a auto-avaliação do desempenho do mais alto órgão de
governação, especialmente com respeito ao desempenho económico,
ambiental e social
Compromissos com Iniciativas Externas
5
4.11 Explicação sobre se e como o princípio de precaução é tratado pela organização
5
79 a 81
84
4.12 Cartas, princípios ou outras iniciativas desenvolvidas externamente de
carácter económico, ambiental e social que a organização subscreve
ou endossa
5
85 a 86
4.13 Participação em associações (como federações de indústrias) e/ou
organismos nacionais/internacionais
Envolvimento de “Stakeholders”
5
4.14 Lista dos principais “Stakeholders”
5
86 a 88
4.15 Base para identificação e selecção dos principais “Stakeholders”
5
86 a 88
86 a 88
4.16 Formas de consulta dos “Stakeholders”, de acordo com a frequência das
consultas, por tipo ou grupo de “Stakeholders”
4.17 Principais questões e preocupações apontadas pelos “Stakeholders”
como resultado da consulta, e como a organização responde a estas
questões e preocupações
5
86 a 88
RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
Páginas
Capitulo
5. DESEMPENHO
Económico 8
EC1 EC2 EC3 EC4 EC5 EC6 EC7 EC8 EC9 Mota-Engil Engenharia
SUMA
130
131
131
131
131
131
132
132
132
134
133
135
135
135
135
135
136
136
Ambiental
8
EN1 EN2 EN3 EN4 EN5 EN6 EN7 EN8 EN9 EN10 EN11 EN12 EN13 EN14 EN15 EN16 EN17 EN18 EN19 EN20 EN21 EN22 EN23 EN24 EN25 EN26 EN27 EN28 EN29 EN30 139
--140 e 141
141 e 142
------143 e 144
----145
145
137
----145
146
--146
146
146
147 a 149
150
----150
--150
150
-
152
152
153
153
------154
----155
155
145
----156
156
--157
157
157
157 a 158
158
----158
--158
158 a 159
-
Social Práticas Laborais
e Relações de Trabalho
LA1 LA2 LA3 LA4 LA5 LA6 LA7 LA8 LA9 LA10 LA11 LA12 LA13 LA14 162
163
--163
163
166
168
166
166
169
----161
169 e 170
173
174
--174 a 175
175
--177
179
--178
----172
179
8
índice gri
184 185
Páginas
Capitulo
Mota-Engil Engenharia
SUMA
Direitos Humanos
HR1 HR2 HR3 HR4 HR5 HR6 HR7 HR8 HR9
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
Sociedade SO1 SO2 SO3 SO5 SO5 SO6
SO7 SO8 180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
180
Responsabilidade pelo produto
PR1 PR2 PR3 PR4 PR5 PR6 PR7 PR8 PR9 RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE 2008
Anexo – Feedback de partes interessadas
Diga-nos o que achou deste relatório!
Porque a sua opinião é muito importante para nós, agradecemos o preenchimento
do questionário que segue e o seu envio à nossa Direcção de Responsabilidade
Social, Corporativa e Sustentabilidade, através do seguinte correio electrónico:
[email protected]. O questionário encontra-se disponível para “download” em
www.mota-engil.pt.
Obrigado pela sua colaboração!
1. Das actividades da Mota-Engil incluídas neste relatório, qual lhe interessa mais?
Mota-Engil Engenharia
SUMA – Serviços Urbanos e Meio Ambiente, SA
2. Além destas actividades, quais gostaria que fossem incluídas no âmbito do próximo
Relatório?
3. A que grupo de partes interessadas pertence?
Clientes
Fornecedores
Entidades Oficiais (incluindo Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia)
Comunidade Local
Colaboradores
Munícipes
Accionistas/Investidores
ONG
Media
Outros (especifique, por favor):
4. O que achou deste Relatório no geral e de cada uma das secções consideradas?
Muito Bom
Opinião geral
Visão e estratégia
Apresentação e perfil do Grupo
Governação, Responsabilidade Social e Gestão do Capital Humano
Sistemas de Gestão e relacionamento com “Stakeholders”
Investigação, Desenvolvimento e Inovação
Desempenho Económico
Desempenho Ambiental
Desempenho Social
Bom
Médio
Mau
anexo - feedback das partes interessadas
186 187
5. Qual a secção do Relatório que considerou mais interessante?
6. Há questões que considera importantes e que não foram abordadas neste Relatório?
7. O que achou deste Relatório, relativamente aos aspectos abaixo indicados?
Muito Bom
Conteúdo
Nível de detalhe
Linguagem
Apresentação gráfica
Estrutura
Facilidade de utilização
Apresentação de exemplos
8. Outros comentários
Identificação (preenchimento opcional)
Nome:
Empresa:
Função:
Bom
Médio
Mau

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