Publicada em 04-12-2010 Estado é estratégico para
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Publicada em 04-12-2010 Estado é estratégico para
Negócios:: Publicada em 04-12-2010 RENATA VIDIGA/DIVULGAÇÃO Alan Vuarnet veio ao Brasil para conhecer, de perto, as instalações da Vuarnet no BH Shopping Estado é estratégico para negócios da Vuarnet Há 50 anos, nascia a Vuarnet, uma empresa especializada na produção e venda de óculos escuros com lentes 100% de cristal. O produto, confeccionado "sob medida" para o fundador da grife e medalhista olímpico de inverno, Jean Vuarnet, ganhou mercado e o sucesso da marca pode ser medido em números. O herdeiro e atual presidente da Vuarnet, o francês Alan Vuarnet, 48 anos, estima que já foram comercializados, no mundo, 20 milhões de exemplares. Depois de marcar presença em mais de 54 países, a marca chegou ao Brasil na década de 90, durante o período de transição da empresa que, após patrocinar os Jogos Olímpicos de 1984, em Los Angeles, viveu o seu apogeu ao ultrapassar, por alguns anos, a norte-americana Ray-Ban em vendas, até que a concorrência descobriu que óculos de sol era um negócio rentável. "Há 30 anos, havia apenas 10 marcas que dividiam o mercado mundial. Hoje, além das especializadas, os óculos de sol também foram incluídos nas linhas de todas as marcas de luxo. Todas elas perceberam o potencial do produto. Se antes o bolo era dividido em 10 fatias, hoje é dividido em mil", ressaltou. Com essa mudança no mercado - um fenômeno absolutamente natural - a Vuarnet perdeu espaço. Como resposta, diversificou a linha de produtos. Hoje, os clientes da marca - na Europa as peças são dispostas em lojas multimarcas - encontram também canetas, relógios, malas e mochilas, linha de cuidados pessoais, protetores solar, sapatos, roupas para o dia a dia e uma completa linha para os praticantes de golf, ski e vela, em um total de 12 famílias de produtos. Óculos - Segundo Vuarnet, a lente continua a ser a melhor do mundo. A fábrica continua na França e as armações são feitas à mão. O valor do produto, no Brasil, varia entre R$ 700 e R$ 1,4 mil. "O nosso objetivo é continuar oferecendo produtos de alta qualidade, diferenciados e inovadores. Ser líder de mercado é uma decisão do consumidor e não da empresa", provocou. Em outras palavras, a marca continua ativa e, o que é melhor, aberta a inovações, muitas delas propostas pelos investidores brasileiros. A abertura de butiques próprias, para dar maior visibilidade à marca, é uma tendência nacional que deve ser levada para o restante do mundo. O projeto arquitetônico da loja também. A unidade inaugurada em outubro deste ano em Belo Horizonte, no piso Mariana do BH Shopping, é uma boa amostra do que se pretende daqui para frente. A vinda de Alan Vuarnet ao Brasil foi, também, para conhecer essa unidade que é parte do projeto de franquias exclusivas implantado - com sucesso - no país. O detentor dos direitos da marca no Brasil há seis anos, Sérgio Mangabeira Albernaz, disse que o investimento inicial, que inclui o ponto e a instalação do projeto padrão, é de R$ 2 mil por metro quadrado. O estoque inicial demanda outros R$ 200 mil. Diferente de outras franquias, a da Vuarnet não cobra taxa de franquia, mas royalties pela venda dos produtos. Os óculos continuam a ser importados da França - como já disse Alan Vuarnet - mas o empresário brasileiro, em parceria com a sede, também participa do desenvolvimento dos produtos. No caso nacional, toda a produção é terceirizada para fábricas paulistas. O ano de 2010, o melhor da Vuarnet no Brasil, vai chegar ao fim com 15 franquias, das quais 13 em shoppings e outras duas de rua, como a de Búzios, na estilosa rua das Pedras e a outra em Arraial D’Ajuda. Praças como São Paulo capital e Ribeirão Preto (SP), Rio de Janeiro e Salvador também já têm a marca que registrou, no exercício, 30% de incremento nas vendas na comparação com 2009, devido ao movimento natural de expansão nacional. A meta para 2011 é que a Vuarnet chegue a Curitiba (PR), abra a terceira loja em Salvador, a segunda em São Paulo e a terceira no Rio de Janeiro. "Não temos um setor de captação de franqueadores. São eles que nos procuram para investir", afirmou Albernaz. No caso brasileiro, os carros-chefes são setores como o de camisaria, uma amostra do que representa a marca para o imaginário dos aficcionados pelo mundo premium. Mas os óculos continuam a ser o maior objeto de desejo da clientela. "São pessoas que viajam e que conhecem a marca", afirmou. Segundo o empresário, enquanto os Estados Unidos e a Europa não saem da crise financeira mundial, os ‘bons ventos’ sopram à favor do Brasil." (LS)