Joel 3D Vídeo Posição Iconografia Bibliografia Pedra sabão em

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Joel 3D Vídeo Posição Iconografia Bibliografia Pedra sabão em
Aleijadinho
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Joel
Joel
3D
Vídeo
Posição
Iconografia
Bibliografia
Pedra sabão em dois blocos, 234 cm. (1800 -1805).
Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG (1757-1805).
É um dos doze profetas menores e o segundo dentre deles. Seu nome significa Javé é Deus.
Descreveu catástrofes como a peste dos gafanhotos que devastaria as vinhas e pomares.
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Também anuncia que Deus virá para o Julgamento do Juízo Final, quando as trombetas dos
anjos anunciarão o final dos tempos.
Antônio Francisco Lisboa, Aleijadinho (1730/38 – 1814). Profeta Joel. Pedra sabão em dois
blocos 234 cm. (1800 -1805). Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas, MG.
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(1757-1805). Foto: Arquivo pessoal Percival Tirapelli.
No adro, Joel encontra-se no lado oposto a Jonas. Seu olhar volta-se para o espaço fora
daquele projetado pela arquitetura, provando a composição aberta de Aleijadinho ao expandir o
espaço cênico em busca do fiel que se encontra fora do recinto de oração. Para compreendêlo, o fiel tem que movimentar-se até sua lateral oposta ao campo primeiro de visão e então
poderá ler suas palavras proféticas. Esta caminhar do fiel ao encontro da profecia é
recompensado pelo gesto largo de Naum, que eleva seu braço para o firmamento, fonte de luz
e presença da luminescência do Salvador que virá.
A vista lateral de Joel mostra seus pés em posições contrárias às de Oseias. As botas de
cano alto estão retraídas na base da qual se desenvolvem os dizeres sagrados. A figura deverá
ser compreendida pelo olhar desde a lateral e posterior e posicionar-se no estreito espaço que
o separa de Naum. Só então Joel se mostra parcialmente na posição frontal dificultada pela
mureta. Seus pés em posição de entrada e saída no espaço enfatizam o caminhar, ao levar o
olhar aos detalhes da bota com cadarços ondulantes, destacada da túnica curta. As linhas
convergentes das dobras do manto levam para a pena que o profeta segura na mão direita e o
braço reto esquerdo mostra a mão a segurar os escritos. Uma linha levemente inclinada e
ornada com botões contrapõe-se à outra mais espessa e próxima do V formada pela dobra do
manto e àquela mais distante do rosto, que nasce debaixo do queixo e barba enrolada,
bipartida e se alonga pelo nariz afilado e a fita do tecido amassado do barrete.
Na vista lateral, tendo os escritos à sua frente, a figura é verticalizada pelo filactério, mão e
braço estendidos e, no busto, tecido do ombro liso contrastando com a fisionomia elaborada,
sulcada pela musculatura facial com bigodes em linhas fluviais emanadas das narinas. Longa
cabeleira emoldura todo o rosto que fita além do horizonte.
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Nas mãos, a iconografia – as escrituras em uma e a pena da escrita em outra. Aleijadinho
equilibrou as dobraduras triangulares do manto com as partes lisas e arredondadas da túnica,
em um jogo inteligente de linhas divergentes – na vertical – e convergentes para o símbolo do
escritor que unindo mão, pena e tecidos amassados, criou assim um peso visual perceptível ao
redor de grande parte da figura.
Escritura
Explico à Judéia qual o mal que trarão à terra a lagarta, o gafanhoto, o bugro e a alforra
(ferrugem). Joel. cap. 8.
EXPLICO IUDAE/AE QUI TERRAE/ERUCA LOCUSTA/BRUCHUS RU/BIGO SINT PA/RITURA
MALI. JOEL. CAP. 1, V 4.
BAZIN, Germain.
Aleijadinho e a escultura barroca no Brasil. Rio de Janeiro: Record, 1970.
NAVARRO, José Gabriel.
Contribuiciones a la historia del arte em el Ecuador. La Compañia. Quito : Ediciones Trama,
2006. v.4.
OLIVEIRA, Myriam Andrade Ribeiro de.
O Aleijadinho e o santuário de Congonhas. Roteiros do Patrimônio. Brasília :
Monumenta/Iphan, 2006.
SORAIA, Maria Silva.
Profetas em movimento. São Paulo : Edusp/Imprensa Oficial, 2001.
TEIXEIRA, José de Monterroso.
Aleijadinho, o teatro da fé. São Paulo : Metalivros, 2007.
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