ác úrico bio liquid rev 04
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ác úrico bio liquid rev 04
ÁCIDO ÚRICO 1. FINALIDADE Teste enzimático e colorimétrico para determinação do Ácido Úrico em fluidos biológicos utilizando reagente líquido pronto para uso. 2. INTRODUÇÃO O ácido úrico é o produto final do metabolismo das purinas no homem. A presente metodologia destina-se ao doseamento do ácido úrico em fluidos biológicos (soro ou urina) através de uma técnica enzimática e colorimétrica. 3. IMPORTÂNCIA CLÍNICA A principal utilidade clínica da determinação da uricemia está no diagnóstico e controle da gota , doença que é caracterizada pela hiperuricemia . Outras doenças como anemia perniciosa, insuficiência renal, insuficiência cardíaca, mieloma múltiplo e policitemia também podem apresentar uma hiperuricemia. 4. AMOSTRA a- Preparo do paciente Deve-se instruir o paciente a fazer um jejum prévio de 8-12h . Coletar a amostra de soro pela manhã, pois ocorrem variações consideráveis na uricemia durante o dia. Para a análise na urina, orientar o paciente a coletar toda a urina no período determinado. b- Tipos de amostra - Soro: recomenda-se o soro fresco, separado do coágulo o mais rapidamente possível após a coleta, isento de hemólise; - Plasma: o plasma pode ser usado, desde que coletado com EDTA ou heparina e separado o mais breve possível após a coleta e isento de hemólise, porém há preferência no uso do soro; - Urina: coletar a urina de 24 horas em frascos limpos. Diluir a amostra 1:10 (1 mL de urina + 9 mL de água deionizada) para fazer a análise. As amostras de urina que se apresentarem turvas no momento da análise deverão ter uma alíquota homogeneizada e aquecida em banho-maria a 56-60 oC , e posteriormente centrifugadas ou filtradas em papel (pode-se adicionar 10 mL de NaOH a 5% para evitar a precipitação de uratos). c- Armazenamento e estabilidade As amostras de soro ou plasma permanecem estáveis por até 3 dias em temperatura ambiente, 7 dias em geladeira (2-8 oC) e por até 6 meses em congelador (abaixo de 0 oC). A contaminação bacteriana da amostra pode induzir a resultados falsamente diminuídos. A urina deve ser mantida em geladeira (2-8 oC), aonde se conserva por até 3 dias devendo preferentemente ser analisada assim que chegar ao laboratório. d- Critérios para rejeição Rejeitar as amostras de soro que se apresentarem hemolisadas ou com sinais de contaminação microbiana ou urina contendo sangue . e- Precauções e cuidados especiais - Todas as amostras devem ser manipuladas com extrema cautela, pois podem veicular diversas doenças infecto-contagiosas (hepatite, SIDA etc.). Seu descarte deve ser feito preferencialmente após sua autoclavação devendo-se evitar sua eliminação diretamente no meio ambiente. Igual cuidado se recomenda no descarte de outros materiais como ponteiras plásticas, agulhas e seringas. 5. INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O PRODUTO a- Princípio de Técnica Ácido Úrico + O2 + H2 O Z Alantoína + CO2 + H2 O2 (reação catalisada pela uricase) H2O2 + 4-Aminofenazona + ácido 2-hidróxi-3,5- Diclorobenzenico Z N-(4antipiril)-3-cloro-5-sulfonato-p-benzoquinonamonoemina+ H2 O (reação catalisada pela peroxidase) A concentração de cromógeno atingida ao final da reação (medida colorimetricamente a 520 nm) é proporcional à concentração de ácido úrico na amostra analisada. b- Reagentes Constituintes Constituinte Tampão fosfato Uricase (microbial) Peroxidase (conjugado) 4-aminofenazona Ácido 2-hidroxi-3,5-diclorobenzênico Concentração 50 mmol/L > 200 U/L > 1000 U/L 0,30 mmol/L 4 mmol/L - Padrão de Ácido Úrico: Solução contendo o equivalente a 6 mg/dL de ácido úrico em solução tamponada e estabilizada. d- Armazenamento e estabilidade No laboratório, devem ser armazenados em geladeira (2-8 oC) aonde permanecem estáveis até a data de vencimento expressa em rótulo, desde que isentos de contaminação química ou microbiana. Não congelar ou expor o produto a ação direta da luz solar. e- Precauções e cuidados especiais - Procurar tirar a alíquota de trabalho sem o uso de pipetas, de forma a manter a integridade do reagente e evitar variação de temperatura; - Quando utilizado em equipamentos de automação, a transferência do reagente para os recipientes do equipamento deve ser feita cuidadosamente de forma a evitar possíveis contaminações que venham a interferir em sua performance; - Caso o reagente de trabalho apresente coloração ligeiramente rósea, determina-se a absorbância do mesmo a 520 nm frente a água, e se esta for superior a 0,300 o reagente deverá ser descartado; - Os reagentes destinam-se ao uso in vitro, devendo-se evitar seu contato com a pele, olhos e mucosas. 6. MATERIAIS E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS (porém não fornecidos) - Espectrofotômetro , fotocolorímetro ou equipamento automatizado; - Banho-maria; - Ácido bórico; - Cronômetro; - Pipetas graduadas; - Micropipetador. 7. PROCEDIMENTO TÉCNICO (para equipamentos manuais e semi-automáticos) - Ajustar o comprimento de onda do equipamento para 520 nm (filtro verde 490-530 nm); - Identificar 3 tubos de ensaio limpos e secos como B (branco), P (padrão) e T (teste) e proceder como descrito abaixo: Procedimento técnico Branco -- Amostra Padrão Reag. Trabalho Padrão Teste 0,020 mL - - 0,020 mL 1,0 mL 1,0 mL 1,0 mL Misturar suavemente e incubar 5 min a 37 oC Ler a absorbância dos tubos de amostra e padrão, acertanto o zero com o Branco e depois efetuar os cálculos necessários descritos a seguir. 8. CÁLCULOS Ácido Úrico [mg/dL] = Absorbância Teste Absorbância Padrão x6 Através do Fator: Fator de cálculo = 6 Absorbância do padrão Ácido Úrico [md/dL] = Absorbância do teste x Fator Absorbância Teste Ác. Úrico Urinário [mg/24h]= Absorbância Padrão x 6 x 10 x 5 x V Aonde: 6 é a concentração do padrão, 10 converte mg/dL em mg/L e V é o volume urinário em litros 9. RESULTADOS - Unidade utilizada: mg/dL (soro/plasma) ou mg/24h (urina). - Valores de referência Homens: 3,6 - 7,7 mg/dL (soro) Mulheres: 2,5 - 6,8 mg/dL (soro) Crianças : 2,0 - 5,5 mg/dL (soro) Urina: 250 - 750 mg/24h 10. LIMITAÇÕES DO MÉTODO - Limite de diluição A reação é linear até 20mg/dL acima do que a amostra deverá ser diluída a 1/3 em solução fisiológica (NaCl 0,85%), novamente testada e o resultado obtido multiplicado pelo fator pelo qual a amostra foi diluída (3). No caso da urina, podem ocorrer circunstâncias em que seja necessária uma diluição maior que a recomendada em função da linearidade. - Interferentes Verificam-se elevações em casos de alcoolismo, quimioterapia (cisplatina etc.), uso de diuréticos de alça (furosemida etc.), uso de salicilatos etc. O ácido ascórbico (vitamina C) interfere na reação, sendo assim, recomendase descontinuar sua ingestão 24-48 h antes da prova, particularmente se for utilizada a urina como amostra. Para uma melhor apreciação de interferentes nesta reação, recomendamos a leitura dos textos de Tietz e Young. 11. CONTROLE DA QUALIDADE - Materiais necessários Amostras de controle originárias de pool de soros preparados pelo próprio laboratório e/ou controles de origem comercial, mapas e gráficos de controle. 15. INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES - Na técnica manual ou semi-automatizada, o fator de calibração pode ser utilizado desde que calculado a cada bateria de testes ; - Os protocolos de programação para equipamentos automáticos podem ser solicitados ao SAC. 16. REGISTRO NO MINISTÉRIO DA SAÚDE: 100.970.10093 17. APRESENTAÇÃO Kit contendo 2 frascos de 100 mL de reagente de trabalho pronto para uso e um frasco de padrão. - Periodicidade Ao iniciar o trabalho com um novo lote de reagentes recomenda-se avaliar os mesmos quanto a precisão e exatidão. Durante a execução da rotina, recomenda-se avaliar uma amostra de controle em paralelo com cada bateria de testes. - Interpretação e avaliação Como o objetivo do controle de qualidade é garantir que os resultados liberados sejam compatíveis com a realidade do paciente, o laboratório deve definir quais são os parâmetros de controle adotados bem como as medidas para possíveis ações corretivas. 12. ESTATÍSTICAS DO MÉTODO Estatísticas do método: - Precisão: Analisando-se amostra clínica (4,5 mg/dL) e amostra de controle (8,6 mg/dL) em quintuplicata durante 5 dias consecutivos, obtendo coeficientes de variação respectivamente de 2,8% e 1,6% intraensaio e 3,4 % e 3,8% interensaio.. - Exatidão: A análise de regressão linear entre 49 amostras com valores entre 2,5 - 11,4 mg/dL usando-se reagentes Laborclin e de outra procedência comercial ( mesma metodologia) é representada pela seguinte fórmula: Laborclin = 1,001 x método de referência + 0,4. O coeficiente de correlação obtido foi 0,982. 13. GARANTIA DA QUALIDADE A Laborclin obedece o disposto na Lei 8.078/90 - Código de Defesa do Consumidor. Para que o produto apresente seu melhor desempenho, é necessário : - que o usuário conheça e siga rigorosamente o presente procedimento técnico; - que os materiais estejam sendo armazenados em condições adequadas; - que os equipamentos e demais acessórios necessários estejam em boas condições de uso , manutenção e limpeza. Antes de ser liberado para venda, cada lote do produto é submetido a testes específicos, que são repetidos periodicamente até a data de vencimento expressa em rótulo. Os certificados de análise de cada lote podem ser solicitados junto ao SAC - Serviço de Assessoria ao Cliente, bem como em caso de dúvidas ou quaisquer problemas de origem técnica, através do telefone 0800-410027. Quaisquer problemas que inviabilizem uma boa resposta do produto, que tenham ocorrido comprovadamente por falha da Laborclin serão resolvidos sem ônus ao cliente, conforme o disposto em lei. 14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Folin, O.; Denis, W.J.: J. Biol. Chem. 13,469 1912-13. 2. Praetorius, E.; Paulsen, H.: Scan. J. Clin. and Lab. Invest. 5, 273 1953. 3. Tietz, Norbert W.: Fundaments of clinical chemestry. WB Saunders, Philadelfia, PA 1970. 4. Hoffman, S.W.: The biochemestry of clinical medicine. 3rd ed., Year Book Medical Publishers, Chicago Illinois, 1966. 5. Ratliff, C.R; Morris, D.E. : Laboratory records, Scott & White Clinic, Temple, Texas, 1973. 6. Thomas, Charles C. A manual of clinical laboratory methods. 4th ed., Springfield Illinois, 1968. 7. Young, D.S. Effects of Preanalytical Variables on Clinical Laboratory Tests. 2nd edition. AACC Press. 1997. 8. Young, D.S. Effects of Drugs on Clinical Laboratory Tests. 4th edition AACC Press. 1995. 9. Tietz, N.W. Clinical Guide to Laboratory Tests. 3rd edition. Ed. Saunders. 1995. 10. Henry, R.J., Cannon, D.C., Winkelman, J.W. Quimica Clínica – Bases y Técnicas. 2ª edición. Editorial Jims. 1980. Laborclin produtos para laboratórios ltda. Dúvidas, sugestões e/ou reclamações ligue para o nosso: LB 172016 - Rev. 04 - 07/04 Rua Cassemiro de Abreu, 521 Pinhais/PR - CEP. 83.321-210 CNPJ: 76.619.113/0001-31 - Inscrição Estadual: 13700129-26 Responsável Técnico: Elisa H. Uemura CRF-PR 4311 www.laborclin.com.br Indústria Brasileira
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5- Tietz NW. Fundamentals of Clinical Chemistry. W.B. Saunders Co., Philadelphia, 1970. 6- Watanabe N et al. Clin Chem 1986; 32:1551-1544 7- Weichselbaun TE. Am J Clin Path 1946;10:49. 8- GOLD ANAL...
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