A vez do triatlo - Revista Encontro
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A vez do triatlo - Revista Encontro 1 de 5 http://sites.correioweb.com.br/app/noticia/encontro/revista/2012/12/19/... Assine 0800-0315000 Correio Braziliense Concursos TV Brasília SuperEsportes Entretenimento Assine Já | Classificados Fale Conosco | Diários Associados Quem Somos | Busca Encontro CAPA REVISTA TAMANHO DA LETRA (0) Comentários SOCIEDADE ENVIAR Votação: ATUALIDADES IMPRIMIR 0 Buscar ENCONTRO INDICA REVISTA ENCONTRO >> NOVEMBRO 2012 CORRIGIR Compartilhe: Expediente 0 Esportes I Modalidades » A vez do triatlo O esporte que dominou Brasília nos anos 1990 volta a crescer e ganha novos praticantes a cada dia Notícia Matheus Teixeira - Redação Publicação:19/12/2012 15:14 Atualização:19/12/2012 14:41 Não basta superar os outros competidores ou ganhar um campeonato. No triatlo, o desafio maior é vencer seus próprios limites, melhorar o tempo e estar sempre se surpreendendo com a disposição que o corpo vai adquirindo. É essa a filosofia de uma das modalidades esportivas que mais cresce na capital e tem atraído cada vez mais praticantes que antes eram da corrida. “Buscar o meu limite é fantástico”, diz o atleta amador Vander Magalhães, que é gerente de uma empresa privada e faz triatlo há um ano e meio. Ele conta que a sensação de se superar diariamente é o maior estímulo: “Treino seis vezes por semana, sempre tentando melhorar meus tempos”. Alexandre Manzan, campeão brasileiro e vice-campeão mundial em 1996: Na minha época, a cidade vivia o triatlo, quase todos os finais de semana tinha campeonato. Acho que isso está voltando Prova do crescimento do triatlo é que, de uns anos para cá, o mercado das assessorias esportivas tem crescido significativamente. Em 2005, surgiu a primeira brasiliense do ramo e hoje são mais de seis delas na cidade. Nessas assessorias, os atletas são acompanhados por técnicos, que orientam quais exercícios têm de ser feitos. João Carlos de Almeida foi triatleta profissional e hoje é proprietário da Zero61. Ele garante que a procura pelo triatlo é substancial. “Tenho mais ou menos 70 alunos. Comecei passando treino para um pequeno grupo e o negócio foi crescendo. Não precisei nem fazer propaganda, muita gente está aderindo ao esporte”, comenta. ÚLTIMAS NOTÍCIAS MAIS ACESSADAS 16:57 O velho oeste candango 16:39 O sarau saiu da sala 15:59 José Mindlin do Planalto 15:42 MÚSICA | Mais que hermano 15:14 A vez do triatlo 14:55 À prova de cerveja 12:23 O grande poeta mineiro em Brasília Segundo ele, é fundamental que os iniciantes tenham acompanhamento profissional: “Não é só começar a correr, nadar e pedalar para ser um triatleta. Vários cuidados têm de ser tomados, treinamentos específicos têm de ser feitos para que o atleta evolua com o menor risco de lesão”, explica. João Carlos acredita que treinos em grupo estimulam os praticantes. “Não é fácil acordar 4h30 da manhã para andar de bicicleta. Mas, quando são várias pessoas, que acabam se tornando amigas, há uma motivação a mais”, diz. “Sem falar que andar de bicicleta em grupo é muito mais seguro do que sozinho”, completa. A servidora pública Carla Carneiro começou a correr em 2009, sem acompanhamento, e teve um problema no joelho. “Minha postura estava errada”, lembra. Por conta disso procurou uma assessoria e acabou saltando da corrida para o triatlo: “Queria só algumas dicas. No começo, eu corria, mas aqui comecei a nadar e andar de bicicleta. Agora, adoro as três modalidades”. E mesmo quem não está afiado em alguma delas pode ter benefícios em treinar com os atletas do triatlo, como é o caso da estudante Natália Sueiro: “Estou tentando me tornar profissional de ciclismo. Treino com um grupo de triatlo, mas não acompanho tudo porque sou ruim na natação”, conta. 04/01/2013 16:31 A vez do triatlo - Revista Encontro 2 de 5 http://sites.correioweb.com.br/app/noticia/encontro/revista/2012/12/19/... O professor de educação física André Reis, da Universidade de Brasília (UnB), diz que o risco de lesão nos esportes de alta performance realmente existe. “Em qualquer modalidade, há a chance de se machucar. Se o esporte for mais desgastante, o risco é maior”, explica. Porém, ele afirma que o exercício faz muito bem à saúde: “São três atividades com funções complementares. Juntas, fazem do triatlo um esporte perfeito”, fala. As lesões mais comuns são no joelho, por causa do impacto da corrida, e no ombro, devido à natação. “Ter a orientação é sempre importante, porque alguns cuidados podem evitar uma enormidade de problemas futuros”, aconselha Reis. Natália Sueiro treina com os atletas do triatlo e quer ir além: Estou tentando me tornar profissional de ciclismo O estudante Luis Gonçalves não enjoa do triatlo: Eu amo treinar cada dia uma modalidade, não é repetitivo O estudante Luis Gonçalves diz que é impossível enjoar do triatlo: “Quando se pratica o mesmo exercício por muito tempo, a chance de cair na mesmice é grande. Por isso eu amo treinar cada dia uma modalidade, não é repetitivo”. Apesar de os praticantes gostarem, todos afirmam que é cansativo, é necessário muito esforço para não desistir. E o bem-estar psicológico também é fundamental: “Pedalar mais de 100 km não é fácil. Além de os músculos doerem, a pessoa também tem de estar com a cabeça boa”, comenta Luis. Mas, ao mesmo tempo, todos garantem que a recompensa é ótima. “Vale muito a pena. Quando fico sem fazer exercício, fico até indisposto. Não sei mais o que é viver sem o triatlo”, conta Vander Magalhães, que, desde que começou a treinar, no ano passado, tem uma nova rotina para se adaptar ao esporte: “Mudou tudo, principalmente a alimentação e minhas horas de sono. Agora como de 3h em 3h e procuro dormir antes de meia-noite”, diz. 04/01/2013 16:31 A vez do triatlo - Revista Encontro 3 de 5 http://sites.correioweb.com.br/app/noticia/encontro/revista/2012/12/19/... No começo, só corria, mas depois comecei a nadar e também a andar de bicicleta. Agora, adoro as três modalidades, diz Carla Carneiro (esq.) Companheiro de treino de Vander, o médico Rudi Fujor também começou há pouco tempo no triatlo. Ambos estão se preparando para participar do campeonato Ironman no Brasil. A competição surgiu nos Estados Unidos, em 1974, espalhou-se pelo mundo e, atualmente, está em 26 países. Nela, as distâncias percorridas são maiores que as do triatlo olímpico. Na olimpíada, as distâncias percorridas são: 1,5 km de natação; 40 km de bicicleta; e 10 km de corrida. No Ironman são 3,8 km de natação; 180 km de bicicleta; e 42 km de corrida. O percurso é muito maior, e isso tem estimulado novos praticantes do esporte. “O cansaço é enorme, mas o gostinho no final, de que o objetivo foi atingido, não tem preço”, conta Rudi Fujor. A expectativa é de que 2.200 atletas participem do próximo Ironman Brasil, que acontece em maio de 2013, na cidade de Florianópolis. Alessandro Dias também é um atleta amador que treina seis vezes por semana para participar do Ironman. “Não consigo viver sem fazer triatlo mais. É uma terapia, tira o estresse, alivia as tensões e mantém a saúde em dia”, diz. Apesar de ter atraído novos praticantes, o ex-atleta profissional Alexandre Manzan, campeão brasileiro e vice-campeão mundial em 1996, alerta para os excessos na preparação para o Ironman: “A pessoa pratica triatlo, assim como os outros esportes, para se sentir bem, por prazer. Contudo, tem gente focando só no Ironman, para dizer que conseguiu completar a prova, e não para se sentir bem fazendo aquele exercício. Por isso alguns acabam deixando o esporte depois da competição”, diz. Porém, ele destaca o bem que o esporte pode fazer à saúde e lembra dos anos 1990, quando ele e o Leandro Macedo disputavam o topo do ranking mundial. “Foi uma grande geração formada em Brasília. A cidade vivia o esporte, quase todos os fins de semana tinha campeonato. Acho que isso pode estar voltando, apesar de as competições não serem oficiais, como eram na minha época”, diz Manzan. João Carlos de Almeida foi triatleta profissional e hoje tem uma empresa que assessora quem quer treinar no esporte: Não precisei nem fazer propaganda, muita gente está aderindo ao triatlo Três perguntas para Leandro Macedo Você nasceu no Rio Grande do Sul e veio para Brasília aos 3 anos. Como começou no triatlo? Sempre adorei e pratiquei vários esportes: vôlei, futebol, basquete, corrida, natação... Mas enjoava e não persistia em nenhuma modalidade. Quando comecei no triatlo, em 1986, me apaixonei. 04/01/2013 16:31 A vez do triatlo - Revista Encontro 4 de 5 http://sites.correioweb.com.br/app/noticia/encontro/revista/2012/12/19/... Como está o triatlo em Brasília? A moda do triatlo está voltando, talvez por influência do Ironman – acho que o campeonato atrai muita gente. É positivo esse aumento no número de praticantes, porém, isso não está se refletindo no time de profissionais. O Brasil carece de atletas em nível olímpico. E a solução para isso é promover mais provas oficiais. A grande maioria das competições que acontecem em Brasília é amadora, não conta ponto para o ranking que classifica para a Olimpíada. As expectativas não são boas para a Olimpíada do Rio? Temos o direito de inscrever atletas sem que eles passem pela frase classificatória. Mas isso é ruim, pois nas classificatórias que o atleta conhece seus adversários e compete contra os melhores do mundo. Campeão do Circuito Mundial de 1991, campeão do Panamericano de Mar del Plata 1995, quatro vezes campeão do Circuito pan-americano e sete vezes campeão Brasileiro E, além disso, não temos ninguém despontando em nível mundial hoje, portanto, creio que não teremos esperança de medalha. COMENTÁRIOS Sua conta Revista 04/01/2013 16:31
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