Fitoplâncton
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Fitoplâncton
Fitoplâncton do sistema de afloramento Ibérico M. Teresa Moita Grupos do fitoplâncton • • • • • • • • • • • • Bacillariophyceae (diatomáceas) Dinophyceae (dinoflagelados) Prymnesiophyceae/ Haptophyceae (cocolitóforos e outros) Raphydophyceae Euglenophyceae Chlorophyceae Prasinophyceae Crysophyceae Dictyochophyceae (silicoflagelados) Cryptophyceae Cyanophyceae Outros Pigmentos do Fitoplâncton Marinho Pigmentos Clorofila a b c Caroteno α β γ Bacillariophycea e +++ Dinophycea e +++ Haptophyceae +++ Chlorophycea e +++ Cryptophycea e +++ ++ ++ ++ ++ ++ +++ +++ +++ +++ Fucoxantina +++ + +++ Neofucoxantina ++ Diadinoxantina ++ Diatoxantina + +++ Xantofilas Dinoxantina Peridinina Neoperidinina Luteina ++ ++ ++ + + +++ + +++ Zeaxantina + Flavoxantina + Violaxantina + Neoxantina + Aloxantina +++ Crocoxantina ++ Etc. Características Gerais dos Grandes Grupos de Fitoplâncton Classes Diatomáceas Organização Cobertura das Motilidade células unicelulares Frústulas: Não cadeias sílica e Sim: apenas membrana nas células orgânica com rafe Dinoflagelados unicelulares cadeias Placas: polissacáridos (celulose, galactose, etc) Sim: fas vegetativas Não: fas quísticas Cocolitóforos unicelulares Cocólitos: Carbonato de cálcio: calcite (esta pode ser substituída por aragonite) Sim: a maior parte Não: algumas fas vegetativas e nas fas filamentosas Flagelos Biótopos Apenas nos Pelágico gâmetas Γ Bentónico Nutrição Autotróficos 2 dimórficos Pelágico Autotróficos Bentónico Mixotróficos Heterotróficos (fagocíticos, parasitas, etc.) 2 iguais ou Pelágico Autotróficos diferentes Parasitas Diatomáceas Dinoflagelados Dinophysis acuta Gymnodinium catenatum Lingulodinium polyedrum Células vegetativas e gameta (44-45 µm) Hipnozigot o (47µm) Estádio de ecdísia (44 µm) Cocolitóforos Calcidiscus leptoporus Helicosphaera carteri Scyphosphaera apsteinii Discosphaera tubifer Emiliania huxleyi Umbilicosphaera sibogae Gephyrocapsa oceanica Estrutura fitoplanctónica no espaço e no tempo Variabilidade no Espaço Estrutura horizontal: Macroscala - >1000km. As fronteiras de variação das espécies, da abundância do fitoplâncton e da variação da produção primária reflecte principalmente os efeitos das principais correntes dos oceanos e da sua interacção com os continentes Ex: Principais biomas dos oceanos Mesoscala - 1-1000km. Ex: Frentes oceânicas, afloramento costeiro, meandros e anéis da corrente do Golfo Microscala - < 1 km. Ex: “Patchiness” Estrutura vertical: Larga escala -103m Média escala - 10-100m Pequena escala -1-10m Escala fina -1-10cm Processo de Afloramento Costeiro 42º Algumas características oceanográficas da costa W de Portugal 41º Portugal Plataforma Noroeste influenciada por um maior fluxo de rios -> lente de menor salinidade 40º (N ) 0 39º ano m 3 / year 10 10 Lisboa Plataforma Noroeste com uma menor influência de águas subtropicais mais quentes e salinas Afloramento: Forte sazonalidade (Primavera até ao final do Verão) Circulação superficial: superficial: em em geral geral para para Norte Norte Circulação 38º Estação de de Convergência: Convergência: Estação Corrente para para NN mais mais intensa intensa sobre sobre oo bordo bordo •• Corrente da plataforma plataforma ee vertente vertente da 37º 12º Plataforma Noroeste aplanada e larga 11º 10º 9º (W) 8º 7º Estação de afloramento : • Jactos de afloramento para Sul, associados a contra correntes costeiras para Norte Turbulência / Nutrientes = Gradiente Vertical Mandala do Fitoplâncton (adaptado de Margalef et al., 1979) Nutrientes Dinoflagelados arredondados Sequência que pode culminar num bloom Maré Vermelha Dinoflagelados achatados k Verão Diatomáceas r Sequência Normal Primavera Turbulência Inverno Nutrientes x turbulência = Produção Máxima Verão Primavera Peniche 0 100 t (ºC) Profundidade (m) 200 0 t (ºC) .1 .1 100 - - NO3 200 NO3 (µM) 0 100 2.0 Cl.a 200 300 80 . (mg 60 40 20 Cl.a m-3) 0 60 Distância à costa (km) 40 20 0 Verão 85 Costa NW Costa SW Figueira da Foz 25.4 0 25.8 100 Profundidade (m) Cabo S. Vicente σσt t 200 . (Kg m-3) 0 100 Cl.a 200 300 . (mg m-3) 80 60 40 20 0 60 Distância à costa (km) 40 20 0 Verão 1985 N 41º 40º 6.5 6.0 5.5 5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.3 0.1 Cl. a (mg/m3) t (ºC) Máximo 0m 39º 20 19 38º 18 17 37º 16 15 36º W 10º 9º 8º 7º 10º 9º 8º 7º 14 Inverno 1986 N 41º 40º t (ºC) Cl. a (mg/m3) 0m Máximo 39º 38º 15.0 1.0 14.5 14.0 37º 0.5 13.5 13.0 0.3 12.5 12.0 W 10º 0.1 9º 8º 7º 10º 9º 8º 7º Primavera 1986 N 41º 40º Cl. a (mg/m3) Máximo t (ºC) 0m 39º 15.5 5.0 15.0 38º 3.5 14.5 37º W 2.5 14.0 1.5 13.5 0.8 13.0 0.3 12.0 0.0 10º 9º 8º 7º 10º 9º 8º 7º 41º Latitude (N) 41º January 96 40º March 9640º Chla (mg/m3) 0m 0m 0m 39º 39º 38º 38º 37º 37º 10º 9º 8º August 85 Chla (mg/m3) Chla (mg/m3) 7º 10º 9º 8º 7º 10º 9º Longitude (W) 0.2 0.6 1 2 3 Chla (mg/m3) 4 5 6 8º 7º Afloramento fraco Afloramento moderado Vento N Vento N Primavera Verão N N Costa NW SW SW coast coast Principais Comunidades Afloramento Estratificação Oceânica Bentónicas e neríticas (mistura) Convergência Outono Ventos S Inverno Ventos S, N N Principais Comunidades Oceânica Fortes nadadores N Bentónica and nerítica (mistura) 42 700000 41 40 600000 500000 400000 300000 200000 100000 50000 10000 5000 1000 10 Agosto 85 Agosto 85 Diatomáceas Dinoflagelados 39 25000 38 20000 15000 10000 37 5000 1000 50 10 50000 40000 30000 20000 10000 5000 1000 500 20 Agosto 85 Cocolitóforos % Cocolitóforos N 41º 40º 80 80 60 60 40 40 20 20 Verão 1985 0 Inverno 1986 0 39º 38º 37º 10º 9º 8º 7º 10º 9º 8º 7º W COLUNA de água 42º Afloramento Convergência Verão Inverno SEDIMENTOS superficiais N 41º 40º 39º Diatomáceas Diatomáceas % do fitoplâncton total % do fitoplâncton total Diatomáceas nº valvas / / cc sed.fresco 38º 37º 11º 10º 9º 8º 7º 11º 10º 9º 8º 7º 11º 10º 9º 8º 7º Primavera 1986 N Coccolithus pelagicus 2000 40º 10 0 0 41º Coccolithus 00 pelagicus 0 4 39º S 1000 500 100 38º 37º 50 20 Cells.L-1 10º 9º 8º 7º 10º 9º 8º 7º W 36.4 36.3 36.2 36.1 36 35.8 35.7 35.6 35.4 35.2 35 32 30 Verão 1987 Vento Secção na Latitude 41.05´N 19 N Temperature (ºC) 21 23 25 27 Coccolithus pelagicus 19 Diatomáceas (log10 cells.L-1) Days 21 23 25 2 7 Estratificação 19 C pelagicus 21 (cells.L-1) Cocolitóforos 23 50 25 500 27 10º 9.5º 9º 8.5º w Afloramento Diatomáceas Verão Inverno N 41 40 Pseudo-nitzschia spp. 39 38 37 3000 2500 2000 1500 1000 750 500 250 100 50 10 cél./l 800000 600000 400000 200000 100000 50000 10000 5000 1000 500 100 cél./l 10 10º Calcidiscus leptoporus 9º 8º 7º 10º 9º 8º 7º Blooms de algas tóxicas HABS- “Harmful algal blooms” • Blooms e marés vermelhas. • Fitoplâncton tóxico e tipos de toxicidade produzida. • Exemplos da distribuição do fitoplâncton tóxico em águas portuguesas Total Bivalve Fishery in Portugal Quantity (t) (t) (€) Value (€) 20000 12000000 18000 16000 10000000 14000 8000000 12000 10000 6000000 8000 6000 4000000 4000 2000000 2000 0 0 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 Total Bivalve culture in Portugal Quantidade (t) (t) (€) Valor (€) 5000 25000000 4000 20000000 3000 15000000 2000 10000000 1000 5000000 0 0 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 6000 1995-2001 Days of closure 5000 4000 3000 2000 1000 0 Ca Do Ca Ca Sp My So Ru Ve Pe ss na l lis l en i su n c rdi di t til u t e en os xs ta um ap r l s u a s tre pis pp ed ma ch es p s e o p ag .. ion uli du l . de i p x d i u s mu a le iga e cu ll a str s ss s atu a s Shellfish species Blooms de Pseudo-nitzschia. P. australis espécie produtora de toxinas amnésicas Espécies identificadas na costa portuguesa: Pseudo-nitszchia Peragallo in H. & M. Peragallo P. australis Frenguelli P. cuspidata (Hasle) Hasle P. delicatissima (Cleve) Heiden in Heiden & Kolbe P. fraudulenta (Cleve) Hasle P. pseudodelicatissima (Hasle) Hasle P. pungens (Grunow ex Cleve) Hasle P. cf. seriata (Cleve) Peragallo *1 *1 Restritas a latitudes elevadas de águas do hemisfério Norte Verão 85 N 41 40 39 38 37 t (ºC) Cl. a (mg/m3) Pseudo-nitzschia 0m Máximo nº cél./l 7 20 6 19 5 18 4 17 3 16 2 15 1 14 0 W 10º 9º 8º 7º 800000 600000 400000 200000 100000 50000 10000 5000 1000 500 100 10 10º 9º 8º 7º 10º 9º 8º 7º Outono 85 N 41 40 Cl. a (mg/m3) t (ºC) 0m 39 18 38 nº cél./l 10000 1.0 5000 17 0.5 1000 16 37 15 17 500 0.3 100 14 W 10º Pseudo-nitzschia Máximo 10 0.1 9º 8º 7º 10º 9º 8º 7º 10º 9º 8º 7º Inverno 86 N 41 40 t (ºC) 0m 39 Cl. a (mg/m3) Máximo 15.0 38 14.5 14.0 37 Pseudo-nitzschia nº cél./l 1.0 1000 0.5 500 0.3 100 0.1 10 13.5 13.0 12.5 12.0 W 10º 9º 8º 7º 10º 9º 8º 7º 10º 9º 8º 7º Março 86 N 41 40 t (ºC) Cl. a (mg/m3) Máximo 0m 39 15.5 5.0 15.0 38 37 W nº cél./l 10000 3.5 14.5 Pseudo-nitzschia 5000 2.5 1000 14.0 1.5 13.5 0.8 13.0 0.3 100 12.0 0.0 10 10º 9º 8º 7º 10º 500 9º 8º 7º 10º 9º 8º 7º temperatura (oC) - 5 m 19 20 21 22 23 24 25 26 27 10.0 9.5 9.0 longitude W 8.5 Dias (Agosto, 1987) Secção frente a Espinho, Lat.: 41.05´N ventos N Séries Temporais (Análises provisórias) Cruzeiros - 32 (1985-2000) • dados de vento diários da estação meteorológica do Cabo Cavoeiro • dados de fitoplâncton de uma secção transversal à costa na região da Figueira da Foz 0.8 Pseudonitzschia Diatomáceas Chlorophyll I.A. 0.6 Correlações entre I.A. (C. Carvoeiro) e dados de superficie das estações costeiras (F.Foz) 0.4 0.2 0.0 0 dias 1 dia 2 dias 3 dias 4 dias 5 dias Variabilidade explicada 23.3 % 59.4 % 6 dias 46 % 7 dias Blooms de Lingulodinium polyedrum, espécie produtora de yessotoxinas Lingulodinium polyedrum blooms SST (ºC) 0 20 Depth (m) 40 60 Density 100000 20 20 40 L. polyedrum 60 Cells L-1 20 15 10 Distance (km) 5 Blooms de Dinophysis acuta e D. acuminata, espécies produtoras de toxinas diarreicas D. acuta 1991 N N Dinophysis acuta cél. l-1 5000 2500 1000 500 250 100 50 20 D. acuminata Verão Verão D. acuta 1992 D. acuminata N N Dinophysis acuta cél. l-1 5000 2500 1000 500 250 100 50 20 Verão Verão 0 20 N Lat.: 41.05´N 60 18 ºC 0 20 20 22 40 24 60 0 20 40 60 80 24 24Ag. Ag. 0 20 40 60 26 26 Ag. Ag. 100 80 60 40 20 Distância à costa (km) 80 100 0 Profundidade (m) 22 22Ag. Ag. 80 26 28 10º 9.5º 9º Longitude W G. catenatum D. acuta D. tripos 8.5º Dias (Agosto, 1987) Temperatura 5m 80 20 20Ag. Ag. ventos Costa de Espinho 40 Blooms de Gymnodinium catenatum, espécie produtora de toxinas paralisantes Distribuição geográfica de G. catenatum na Europa Sea fronts G. catenatum From Fraga, 1996 1985 N N N 41 Gymnodinium catenatum 40 Verão Outono 39 10 50 100 250 500 1000 2500 5000 10000 cél. l-1 38 37 10º 9º 8º 7º 10º 9º 8º 7º 1991 N 1993 N Gymnodinium catenatum cél. l-1 Outono Outono 10000 5000 2500 1000 500 250 100 50 10 Sob condições de convergência Sob condições de forte afloramento 1994 N N Gymnodinium catenatum cél. l-1 50000 25000 10000 5000 2500 1000 500 250 100 50 10 Verão Outono t superfície(satélite NOAA-9) Campo de correntes deduzido Lisboa Fim do Verão 1985 Lisboa G. catenatum (cells.L-1) 2500 Campo de correntes deduzido Lisboa Lisboa 1000 500 100 11º 50 10º 9º 8º Fim do Verão 1985 G. catenatum (cél.L-1) 6000 4000 2000 1000 500 100 50 10 Outono 1985 41º Lisboa 39º 37º 11º 9º 7º t superfície(satélite NOAA-9) Campo de correntes deduzido Lisboa Verão de 1994 G.catenatum (cells.L-1) Campo de correntes deduzido 250 39º 100 38º 11º 50 10º 9º 8º Verão 1994 Outono 1994 41º 50000 40000 39º 20000 Lisboa 10000 5000 1000 37º 100 20 11º 9º 7º t superfície(satélite NOAA-9) Campo de correntes deduzido Lisboa Lisboa 39 250 Lisboa 100 Fim do Verão de 1999 50 38.5 38 G. catenatum (cells.L-1) 9.5 9.0 Temperatura de superfície (ºC) Profundidade-5m 39 PML-RSG 20 19.5 Lisboa 19 18.5 18 38.5 38 9.5 9.0 Setembro, 1999 Lisboa Clorofila a (mg/m3) T superfície (5m) 39 Max. por estação 39 20 19.5 Lisboa 19 18.5 18 38.5 38.5 2 1.5 1 0.5 38 9.5 9.0 38 0.05 9.5 Setembro, 1999 9.0 Cylindrotheca closterium (cél./l) Pseudo-nitzschia spp. (cél. l-1) Max. por estação Max. por estação 39 39 38.5 38.5 38 38 9.5 9.0 9.5 Setembro, 1999 9.0 Dinoflagelados que formam cadeias 39 Alexandrium affine (cél.l-1) Gymnodinium catenatum (cél. l-1) 39 5000 250 3000 1000 100 500 300 38.5 100 38.5 Max. por estação 38 9.5 50 Max. por estação 9.0 38 Setembro, 1999 9.5 9.0 Vento Onde está o innoculum para a iniciação dos blooms? São as Baías associadas a cabos pronunciados zonas particulares de sombra onde a acumulação e/ou retenção de G. catenatum são decisivas para a dinâmica dos blooms? Dinoflagelados Diatoms que formam cadeias Amostragem do plâncton