INTERNACIONAL - 15.02.13: Novos ingredientes na crise da carne

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INTERNACIONAL - 15.02.13: Novos ingredientes na crise da carne
:: SINDICARNE - Sindicato da Indústria de Carnes & Derivados no Estado do PARANÁ ::
INTERNACIONAL - 15.02.13: Novos ingredientes na crise da carne de cavalo
Hannah Kuchler, Elizabeth Rigby, Tom Batchelor e Jamie Smyth O escândalo da carne de cavalo que se espalha pela
Europa agravou-se ainda mais ontem, depois de uma droga potencialmente nociva ter sido encontrada na cadeia de
fornecimento alimentar humana e do anúncio de que escolas em Staffordshire, no Reino Unido, retiraram a carne
bovina do cardápio como medida preventiva. Também foi descoberto que o dono de um abatedouro envolvido na crise
foi contratado para retirar cavalos com lesões mortais de uma famosa competição britânica, a Grand National. O governo
britânico foi acusado de "complacência catastrófica" pela oposição após a droga fenilbutazona (de ação antiinflamatória,
antipirética e analgésica) ter sido encontrada. A Agência de Normas Alimentares (FSA, na sigla em inglês) do Reino
Unido encontrou traços da substância em oito cavalos mortos, três dos quais podem ter entrado na cadeia alimentar na
França. Desses cavalos, seis foram abatidos pela LJ Potter Partners at Stillman's (Somerset) Ltd. em Taunton, na
Inglaterra, e enviados à França. Os outros dois não chegaram a sair de outro matadouro, o High Peak Meat Exports, em
Nantwich, também na Inglaterra, e foram descartados, segundo a FSA. Representantes das empresas não foram
encontrados para comentar o assunto. Já administração da pista de corridas de cavalo Aintree Racecourse informou
que Peter Boddy, cujo abatedouro em West Yorkshire foi alvo de batida de fiscais da FSA, removeu as carcaças de
alguns animais que foram abatidos em algumas competições. A Aintree Racecourse, onde se realiza a Grand National, a
mais famosa corrida britânica de cavalos, informou, porém, estar "confiante" de que carnes inadequadas não entraram na
cadeia alimentar. Peter Boddy confirmou ter recebido os cavalos, mas também disse que não entraram na cadeia
alimentar. Nesse contexto, o conselho do condado de Staffordshire tornou-se a primeira autoridade local a intervir nas
refeições escolares diante da crise. Um porta-voz disse que toda a carne bovina, tanto estrangeira como britânica, que não
tinha garantia de procedência foi retirada do cardápio temporariamente. "Embora não haja, absolutamente, nenhuma
indicação de problemas com qualquer carne fornecida, adotamos uma abordagem de segurança reforçada, mas esperamos
ver a carne de volta ao menu depois das próximas férias de meio de período". O ministro britânico da Agricultura e
Alimentos, David Heath, disse que o governo trabalha em conjunto com as autoridades francesas para investigar os
destinos da carne de cavalo. Também disse que os testes nos produtos Findus que continham carne de cavalo
mostraram não haver traços de fenilbutazona. A secretária paralela (cargo indicado pela oposição) do Ambiente, Mary
Creagh, disse estar "atônita" com o fato de que cavalos que deram positivo no teste de fenilbutazona possam ter entrado
na cadeia alimentar depois de um alerta, em janeiro passado, sobre o possível problema. Foi ela que acusou o
governo de "complacência catastrófica" e questionou os motivos pelos quais não houve ações depois do seu alerta. Heath,
por sua vez, acusou Mary Creagh de não compartilhar a informação que ela tinha sobre a fenilbutazona quando a FSA
solicitou. O ministro também disse que o governo iniciou "a maior investigação já feita" sobre atividades criminosas na
Europa para descobrir como a carne de cavalo entrou na cadeia de fornecimento alimentar. Já o ministro da
Agricultura da Irlanda, Simon Coveney, disse ontem a uma rádio de seu país acreditar que o escândalo da carne de
cavalo foi provocado por mais de um único player desonesto. "Suspeito que não se trata de apenas um profissional
desonesto em um único país. Acho que é maior do que isso. Acho que há algumas pessoas que vinham vendendo
carne de cavalo como bovina, portanto, vai levar algum tempo até chegar ao fundo disso", afirmou. "No momento, o
problema parece ser de rotulagem fraudulenta e há várias leis e regras para lidar com isso". Como a Irlanda ocupa
atualmente a presidência rotativa da União Europeia, Coveney convocou reunião do bloco econômico em Bruxelas, na
quarta-feira, para determinar ações coordenadas no escândalo. Ele disse que a cadeia de fornecimento ligada ao produto
da Findus que continha 100% de carne de cavalo é uma mostra da complexidade do problema. "Esses produtos eram
feitos por uma empresa sueca que, na verdade, comprava produtos processados de uma empresa francesa em
Luxemburgo, que comprava produtos por meio de um operador cipriota, que comprava na Holanda; e a Holanda, na
verdade, comprava carne de cavalo da Romênia". "É importante para nós, em termos de reputação, em termos de
integridade da cadeia de alimentos; e, é claro, os consumidores precisam ter a garantia de saber o que estão comendo.
Quaisquer que sejam as medidas necessárias, vamos tomá-las." (Tradução de Sabino Ahumada) Fonte: Valor
Econômico
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Produzido em: 29 September, 2016, 16:25

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