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revista virtual • maio 2008
MAYA GABEIRA,
o segredo da preparação
da bicampeã
CAROL FREITAS,
amor pelo kitesurf
Cobertura dos
CAMPEONATOS
E mais...
Moda, saúde e ecologia
muito além das ondas
Foto: Roberta Borges
EDITORIAL:
Coexistir
v. int.,
existir simultaneamente.
U
m verbo que deveria estar sempre presente em nossas mentes
e, acima de tudo, em nossas ações. Num mundo em que os
humanos cada vez mais esquecem que o planeta é uma grande
engrenagem. na qual todos os seres vivos precisam coexistir para
não haver desequilíbrios e danos ainda maiores ao meio ambiente,
faz-se necessário o reaprender. Reaprender que cada peça tem
papel fundamental para que essa engrenagem chamada TERRA
permita que todos coexistam em harmonia.
Na busca das ondas perfeitas, a equipe Ehlas desembarcou nas
ilhas Galápagos, onde anos atrás Darwin desenvolveu a Teoria da
Evolução. E no lugar onde a coexistência entre os seres vivos é
exemplar e que deveria ser modelo para todos nós, a lição de casa
foi aprendida, pois depois de muitas ondas boas ficaram as
lembranças de um lugar onde a Natureza está em integração com
os homens.
CAPA:
Observada sempre de
perto pelos animais
da rica fauna de
Galápagos. Claudia
Gonçalves bate forte.
Foto: Basílio Ruy
Coexistir harmoniosamente com as ondas e ventos do nosso
planeta é o que fazem Maya Gabeira e Carol Freitas, ambas
valorizando sempre as coisas simples da vida.
No ar, a número 2 da revista EHLAS, coexistindo com vocês!
Brigitte Mayer
Foto: Roberta Borges
ÍNDICE:
Prancha de menina é assim: quase sempre tem uma
flor, com Chris Stockler não podia ser diferente...
Editorial
Cartas
Surfe de salto alto: .......... Maya Gabeira
Ehlas pelo mundo: ...........................Galápagos
Baterias: ...................................................SuperSurf
...................Circuito Petrobras
Páginas rosas: .......................... Carol Freitas
Moda: .............................................Greta Sisson
Saúde: ............................................................................TPM
Ehlas acontecem
Surfe Cult
Ecologia
Wavetoon
BRIGITTE MAYER
Editora
[email protected]
CLAUDIA GONÇALVES
Editora
[email protected]
ROBERTA
BORGES
Editora e
Fotografa
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RICK WERNECK
Editor de Fotografia
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[email protected]
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Editor
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LUIZ FLAVIO
TI Designer
[email protected]
DRA PATRICIA MAGIER • Médica
ANIS GLOSS • Ilustradora
WAVETOONS • Tora e George
Formada pela Universidade
Federal Fluminense, Dra. Patrícia
Magier tem uma clínica médica
voltada inteiramente à saúde
da mulher, acompanhando-a
durante todas as etapas de
sua vida.
Sou formada em design gráfico
pela PUC/PR e moro em Garopaba
atualmente. Trabalhei com
artesanato, confecção e em
alguns escritórios de design,
mas fui migrando para a área
de MKT depois de fazer um
curso de especilização nessa
área. Também pinto quadros e
faço freelances com ilustrações
para diversas mídias e eventos.
Conheço a Roberta e a Brigitte
desde o projeto Gaiaxpress,
trip realizada só com mulheres
e patrocinada pela Mormaii.
Fiquei muito honrada em
poder colaborar com este
projeto! E espero contribuir
muito mais! Um abração para
todo mundo!
Tora cria as ilustrações de
Wavetoon. Ele desenha
e coordena o processo
de finalização, colorização
e editoração das histórias.
Artista gráfico e ilustrador,
foi diretor de arte na Revista
Costa Sul e criou a identidade
visual de várias marcas ligadas
ao surfe gaúcho. Começou a
surfar de kneeboard em 1974
e nunca mais parou. George é
o criador das histórias. Ele faz
o planejamento das cenas e de
todo o conteúdo escrito de
Wavetoon. Arquiteto com
especialização em História da
Arte e da Arquitetura, começou
a surfar no início da década
de 70, e continua no lineup
desde então.
Para tanto, além de cuidar
das áreas da ginecologia,
obstetrícia e pré-natal,
mastologia, entre outras,
capacita também, através da
medicina com resultado bioortomolecular e nutricional,
todas as mulheres a
desenvolver maior estabilidade
e equilíbrio, aumentando
assim a sua qualidade de vida
e mantendo-as saudáveis e
belas por mais tempo.
www.medicinaemulher.com.br
http://criativocoloridoealtoastral.blogspot.com
[email protected]
www.wavetoons.com.br
LAILA WERNECK
Produtora e ecologista
[email protected]
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Foto: Manuela D’almeida
Parabéns para vocês, meninas
Fico muito feliz de ver um projeto com esse, totalmente
voltado para o surfe feminino. Nós, garotas da água,
agradecemos a iniciativa da Roberta, da Claudinha e da
Brigitte, por esse presente. Aloha e Boas Ondas!
Marilia Abrão Fakih
Parabéns
Adorei a revista! Muita foto de ação e não só modinha,
como eram certas revistas que diziam ser de surfe
feminino... São essas coisas que realmente valorizam o
surf feminino. Parabéns!
Renata Porcaro
SURFE
DE
S A LT O
A LT O
MAYA GABEIRA:
Preparação da bicampeã!
Quando as ondas em Waimea
Bay aparecem, a presença de
Maya é garantida. Em sua bike
após mais um treino.
O
surfe feminino Brasileiro tem
que comemorar, e comemorar
muito. Mais uma vez, uma
mulher brasileira faz a festa.
Depois de Jacqueline Silva ser
coroada bicampeã do WQS, no
começo deste ano, Maya Gabeira,
um dia depois de completar 21
anos, venceu pela segunda vez
o prêmio mais cobiçado pelos
surfistas e amantes das ondas
grandes. Na festa de gala que foi
realizada no The Grove Theater,
em Anaheim, na Califórnia, no
dia 11 de abril, os campeões do
Billabong XXL Global Big Wave
Awards 2007/08 foram anunciados
- e a carioca foi muitíssima
celebrada pelo auditório lotado de
personalidades do surfe. Ela
roubou a cena quando, linda e
destemida, pelo segundo ano
consecutivo, subiu ao palco para
receber o prêmio da categoria
Melhor Performance Feminina da
Temporada.
A revista EHLAS traz, com
exclusividade, o segredo do
treinamento de Maya e, também,
seu depoimento após a vitória.
ehlas: Qual foi a sensação de
se tornar bicampeã?
Fiquei muito feliz. Mas acima do
prêmio pelas conquistas durante
o ano, tive dias inesquecíveis de
surfe e algumas grandes amizades
me ajudando, cada vez mais,
para que eu pudesse alcançar
meus objetivos!
ehlas: Qual das suas duas
vitória lhe emocionou mais?
Fotos: Manuela D’almeida
Por Manuela D’almeida
Foto: Divulgação Billabong
Muitos surfistas não encarariam essa bomba em Teahupoo, após alguns caldos
Maya acertou a base e foi recompensada com esse momento único.
isso é o mais importante. Espero
no futuro estar mais preparada,
me conhecendo melhor e
surfando ondas maiores!
Foto: Divulgação Billabong
A segunda foi especial, com
minha mãe na festa, minha
melhor amiga, Raquel, e o
Burle! Além de outros amigos,
que também marcaram presença
na festa... Foi muito legal!
ehlas: Qual é a mensagem que
ehlas: Você sempre demonstra
muita tranqüilidade ao dropar
as maiores ondas. O que é mais
difícil: subir ao palco diante
milhares de pessoas para receber
o prêmio ou encarar Teahupoo?
Acho que a coisa mais difícil é surfar
ondas grandes mesmo. Os maiores
desafios da minha vida estão no
esporte que pratico.
ehlas: Muita coisa mudou
desde os tempos que você, com
muita coragem, se jogou no
mundo atrás de ondas perfeitas.
O que está acontecendo agora
era o que você imaginava para
sua vida? E onde você espera
estar no futuro?
Não conseguia saber
exatamente onde eu estaria
quatro anos depois do início da
minha jornada em busca da
onda perfeita. Estou feliz e
sempre estive. Cada dia tento
melhorar um pouco e acho que
você deixa para as garotas de
atitude como você, que lêem a
revista EHLAS?
Olha, sinceramente não me vejo
como alguém corajosa ou de
muita atitude. A mensagem
que deixo para as meninas
é de seguirem seus sonhos,
que façam algo para si mesmas,
de serem felizes e de se
conhecerem cada vez mais.
É o que mais vale, para que
possamos dar valor às coisas
mais simples da vida!
BILLABONG XXL AWARDS:
Melhor Performance Geral na
Temporada Feminino:
MAYA GABEIRA (Rio de
Janeiro, Brasil)
Concorreram também Jamilah
Star (Santa Cruz, Califórnia,
EUA) e Jenny Useldinger (Oahu,
Hawaii, EUA)
Sorriso da bi-campeã. Surfe feminino brasileiro mostrando
toda a sua beleza e atitude na festa de premiação.
Foto: Manuela D’almeida
Quando as ondas grandes não aparecem
Maya treina na “marolas” de Rocky Point.
O amor e dedicação de Maya
Gabeira ao surfe de ondas
grandes já é acompanhado pela
mídia mundial inteira. Aquela
menina loirinha e meiga divide
o line up com verdadeiras lendas
vivas do big surf, pessoas com o
dobro de seu tamanho e
portadores de uma grande
quilometragem pelos tubos e
morras de lugares como Jaws,
Teahupoo, Mavericks, Waimea,
Todos os Santos, Dungeous...
E por aí vai.
Para descer ondas tão grandes,
é preciso mais do que amor e
dedicação: é necessário um
treinamento forte e pesado.
A surfista de ondas grandes
precisa estar sempre pronta para
encarar um grande swell e sua
rotina não é só dedicada à busca
das ondas, mas também
direcionada para o preparo do
seu corpo. Enquanto as morras
não vêm, e os gráficos da previsão
de ondas não ficam vermelhos,
a preparação física é o foco
da atleta.
Foto: Divulgação Billabong
Foto: Manuela D’almeida
A preparação para as
morras da bicampeã
Com 16 anos que Maya começou a
criar uma rotina de treinamentos.
Logo descobriu a corrida, como
recorda: “Comecei correndo,
porque é a maneira mais prática,
fácil e mais viável para quem
viaja muito. Eu acho que demora
anos para você se tornar uma
atleta”. Maya conta que foi
melhorando ao longo dos anos
e, hoje, sua resistência é bem
maior - o que a possibilita
treinar várias horas por dia.
Além da corrida neste mesmo
período, ela passou a nadar
com mais seriedade.
Naquela época, Maya contava
com a ajuda do preparador
físico Christian Moutinho.
“A gente começou a trabalhar
junto e eu melhorei muito meu
físico naquela época. Eu comecei
a treinar sozinha no momento
que eu comecei a viajar muito.
Chegava a correr uma hora três
vezes por semana, e depois
corria mais uma vez na semana
em torno de uma hora e vinte
minutos”, lembra ela.
A surfista conta que de tanto
correr acabou tendo um
problema na lombar no ano
passado - e por conta desta lesão
Foi com performances como está que Maya garantiu o seu bi campeonato.
Foto: Manuela D’almeida
Off the lip em Rocky Point.
O tipo de ioga que Maya faz é o
Birkham Yôga, realizado em uma
sala aquecida. “A temperatura da
sala fica em torno de 42 e 43
graus, por isso suamos muito!
O centro em que Maya pratica
ioga fica no North Shore, e este
tipo de prática é muito popular
nos Estados Unidos, principalmente
na Califórnia.
E é no North Shore que Maya
consegue ter uma rotina de
exercícios mais disciplinada,
como afirma: “O Hawaii é o
lugar no qual eu mais consigo
seguir uma rotina de ioga e
treinamentos, já que nas minhas
viagens passo mais tempo
surfando do que treinando a parte
física. No entanto, sempre que
posso, tento dar uma corrida,
uma nadada”. Atualmente, a
surfista tem se dedicado à ioga,
ao ciclismo, exercícios localizados
e, claro, o surfe. “As pessoas
acham que eu só surfo ondas
grandes, mas, na verdade, a
minha rotina é marola mesmo”,
conta ela, ao vestir a sua roupa
de borracha para encarar uma
sessão diária de surfe em
Rocky Point.
Foto: Manuela D’almeida
acabou descobrindo a ioga: “Eu
sempre soube que, como atleta,
o próximo passo para mim seria
fazer ioga e trabalhar a
flexibilidade, pois eu não era
muito alongada. Eu sabia que ia
acabar me machucando alguma
hora. A dor que sentia era
insuportável em alguns momentos,
mas acabou sendo um grande
impulso para começar a fazer
ioga. E hoje sou totalmente
viciada pela ioga!”, afirma.
Maya admite que nunca fez
musculação, mas faz séries
diárias de flexão e abdominais –
exercícios que lhe foram
recomendados quando esteve
no centro de treinamento de
atletas da Red Bull, na Áustria.
“O centro era irado.Tinha muito
europeu, jogador de futebol,
pilotos de corrida, esquiadores e
snowboarders. No centro, fizeram
vários tipos de testes comigo.
Depois dos testes, recebi um
treinamento de acordo com o
meu nível”, relata a surfista carioca.
No entanto, a carioca revela
não seguir uma rotina rígida de
treinamentos: tudo depende da
condição do mar e da vontade
dela. “Atualmente, tenho
pedalado, feito ioga e corrido
O sorriso constante é uma
de suas características.
Foto: Manuela D’almeida
Maya em mais uma em Waimea.
Natação e remada
A big rider revela adorar nadar.
Neste ano, porém, ela diz estar
mais preguiçosa no momento
das braçadas: “No ano passado,
eu surfava Sunset sem cordinha.
Muitas vezes mais nadava que
surfava… tudo dependia de
como o mar ia estar com você.
Muitas vezes, nem chegava no
outside e já estava nadando.
Era quando entrava uma série e
eu tinha que largar a prancha
no momento do joelinho!
Então, tinha que nadar, buscar
a prancha e voltar para o
outside”.
Uma época que ela lembra ter
remado bastante também foi
durante os meses em que ficou
na casa de Andrew Marr,
surfista sul-africano de ondas
Foto: Manuela D’almeida
grandes. “Fiquei três meses na
cidade de Cabo, na casa de
Andrew, que é uma pessoa que
eu admirava muito e que virou
meu amigo. Nós íamos remando
da casa dele até um beachbreak
ali perto. Foi um treinamento
forte, pois era muito frio e a
roupa de borracha dificultava.
A distância que percorríamos
não era longa, mas o lugar era
cheio de tubarão”, lembra a
destemida watergirl.
Treinamento
2 horas diárias em
Rocky Point
SURFE:
3 horas pedalando,
4 vezes por semana
BICICLETA:
IOGA: 1 hora e meia, três vezes
por semana
Séries
FLEXÃO: 3 séries de 10 repetições.
Frequência: 4 vezes por semana
3 séries de 15
repetições, sendo 4 tipos de
exercícios trabalhando
diferentes partes do abdômen.
Freqüência: 6 vezes por semana
ABDOMINAL:
Até na chuva Maya estampa
seu sorriso após mais um
treino em Rocky Point.
Foto: Manuela D’almeida
de vez em quando, e, é claro,
surfado. Na verdade, minha
rotina de treinamentos depende
das condições do mar. Se o mar
está grande, passo o tempo todo
surfando, e quase não treino.
Quando o mar está pequeno,
saio para pedalar três vezes.
Pedalo em média umas três
horas”, garante a surfista.
Outro cuidado importante que
todo atleta deve ter é com a
alimentação. Em dia de onda
grande, Maya chega a surfar
oito horas seguidas. Com tanto
gasto energético, é importante
reabastecer o corpo com
carboidratos. “Quando surfo um
Waimea grande, boto dentro da
roupa de borracha um gel de
carboidrato com mel, ou algo
energético para conseguir ficar
bastante tempo”, revela. Mas
ela conta que não consegue
comer muito quando tem onda:
“Na verdade, em dia de onda
grande, eu como muito pouco.
Sei que não é bom, mas não
consigo: fico toda embrulhada e
odeio tomar caldo com o
estômago cheio. Procuro comer
bem no dia anterior”.
Em dia de onda grande, Maya
recomenda tomar um café da
manhã grande e bom. Com
direito a granola, frutas, mel e
iogurte. Depois da refeição, a
surfista segue em busca das
ondas de Waimea e passa o dia
à base de barrinha de cereal,
fruta e nozes até terminar a
última sessão de surfe.
Recentemente, ela começou uma
nova dieta alimentar baseada na
ingestão de alimentos crus, como
explica: “Sempre gostei de
comer muita salada. À noite,
tinha o costume de fazer uma
refeição à base de salada.
Botava tudo lá dentro: alface,
abacate, nozes, fruta, cogumelo,
brócolis, tudo cru. Na verdade,
nunca fui muito de carne e
sempre comi muita salada”.
A surfista acrescenta que seus
companheiros de ondas grandes
também já fizeram vários tipos
de dieta: “O Burle foi vegetariano
por anos, enquanto que o Laird
Hamilton tem uma alimentação
quase sem restrições. Ele acredita
que o corpo deve estar acostumado
com qualquer tipo de alimento”.
Maya reserva um dia da semana
para ter uma refeição livre.
Nesse dia, ela aproveita
para comer qualquer
coisa, até mesmo guloseimas,
como cookies e sorvete.
Depois de tanto treino
e alimentos crus,
ela merece, não?
Foto: Manuela D’almeida
Alimentação
Nadar, correr,
pedalar, Yoga e
uma alimentação
balanceada.
Essa é a
preparação da
campeã para
garantir a sua
performance
quando as
“grandes”
aparecerem.
Fotos: Rick Werneck
SURFE
DE
S A LT O A LT O
Foto: Basílio Ruy
GALÁPAGOS,
muito além das ondas
Por Claudia Gonçalves
O
arquipélago de Galápagos é
um parque nacional que fica
a aproximadamente mil milhas
do Equador, no Oceano Pacifico,
composto por 58 ilhas, das quais
apenas quatro são habitadas: San
Cristobal, Floreana, Isabela e
Santiago. Todas elas, porém, com
um ponto em comum: uma imensa
biodiversidade animal e marinha.
O governo do Equador e a
administração do parque fazem
um trabalho de inibição ao
turismo na região para garantir
uma maior preservação das ilhas
e das espécies animais que existem
apenas neste arquipélago, como
as tartarugas de Galápagos.
O lugar é considerado o maior
laboratório vivo de pesquisas do
planeta, sendo muito explorado
por biólogos e cientistas do
mundo inteiro.
Muito além das ondas, Barbara
Muller e eu tivemos a oportunidade
de conhecer um lugar composto
por diversos aspectos que o
diferenciam de qualquer outro
no mundo. Acredito que a
viagem dos sonhos de qualquer
surfista seja para um lugar
paradisíaco com ondas perfeitas
quebrando em cima de uma
bancada de corais, com sol, água
fresca - e sem crowd. Por incrível
que pareça, nós tivemos a sorte
de poder desfrutar de todos
estes quesitos, mas isso não foi o
que mais nos surpreendeu nesta
inédita surf trip, onde as ondas se
tornaram apenas um complemento
diante deste universo tão
fabuloso, chamado Natureza.
Assim que cheguei à ilha de San
Cristobal, a minha primeira visão
foi inacreditável: diante dos
Claudia admira de perto uma
anciã tartaruga de Galápagos.
Foto: Basílio Ruy
A natureza exuberante fica congelada nas lembranças de quem visita as Ilha de Galápagos.
Claudia congelada rasgando as ondas de Loberia.
Foto: Basílio Ruy
meus olhos, dezenas de lobosmarinhos deitados nos bancos
das praças, muitos deles tirando
um cochilo nos barcos pesqueiros
e amontoados nas escadarias do
porto para recepcionar os turistas
à moda da casa; tivemos que
desviar do caminho para não
incomodar os verdadeiros donos
do pedaço. Os lobos tem um
grande prestigio neste lugar:
as pessoas recebem orientações
para chegarem, no máximo, a
um metro de distância destes
animais. Os que ousarem
ultrapassar esses limites e se
meterem a besta com estes bichos
podem pegar anos de cadeia.
No primeiro dia de surfe, fiquei
muito impressionada com o fato
de eles chegarem tão perto da
gente. Eles fazem uma verdadeira
apresentação, passam por baixo
da prancha, dão saltos gigantes
ao nosso lado, ficam tentando se
exibir a todo custo e não param
de nos observar. Falta apenas
falar - porque surfar eles já surfam.
A praia predileta dos lobosmarinhos chama-se Loberia, e
também se tornou a nossa
preferida, pois foi lá que surfamos
a maioria dos dias. É o pico que
Barbara mostrando as quilhas.
Foto: Basílio Ruy
Variando as manobras, Barbara agora por cima do lip em um floater.
Foto: Basílio Ruy
quebra com maior constância na
ilha de San Cristobal, uma direita
volumosa e bastante manobrável;
já para esquerda a onda se
transforma em um triangulo
na frente de uma bancada de
pedras bem rasa. No maior dia,
a adrenalina foi a mil, pegamos
6 a 8 pés de onda, com um detalhe:
apenas cinco pessoas na água.
Neste dia a Barbara me
surpreendeu. Vi aquela garota
meiga com rosto de boneca se
transformar em pura instigação
para surfar pela primeira vez
ondas daquele tamanho.
A partir daí, pude perceber
que ela não é apenas mais
um rostinho bonito enfeitando
a praia, e sim uma garota
talentosa e de muita atitude.
“Esta foi uma viagem diferente
de todas as outras que já fiz.
Não foram apenas as ondas boas
que eu surfei que me encantaram
neste lugar, mas a cultura do
povo, os animais incríveis que eu
nunca tinha visto antes, como os
lobos-marinhos, as tartarugas
gigantes, os lagartos que ficam da
cor das pedras e, principalmente,
o mergulho que fizemos com os
tubarões. Tudo isso foi uma
loucura que vai ficar gravada na
Galápagos mostrando todo o potencial de suas ondas. Claudia numa da série.
Foto fundo: Basílio Ruy
Fotos ação: Rick Werneck
Loberia foi o pico escolhido.
Barbara Muller à vontade em
mais uma esquerda.
Foto: Rick Werneck
Claudinha riscando o lip de Loberia.
Foto: Rick Werneck
Depois de tantas ondas boa surfadas, os leões-marinhos resolvem descansar.
Foto: Basílio Ruy
Quando as ondas diminuíram, o lance era jogar água para cima. Claudia rasgando forte.
A ilha é cercada por bancadas
de pedras quebrando ondas
para todos os lados: esquerdas,
direitas, grandes, pequenas,
médias, tubos, paredes extensas
para muitas manobras… Tem de
tudo um pouco. Mas isso pode
ser encontrado em muitos picos
do planeta. Já a fauna e a flora
peculiar desta ilha, é algo inédito,
com espécies que pertencem
apenas às ilhas de Galápagos.
Não foi à toa que o inglês Charles
Darwin escolheu este paraíso para
começar a desenvolver o principio
da Teoria da Evolução.
“Tudo isso foi uma loucura
que vai ficar gravado na
minha mente para sempre.”
Barbara Muller
Eu, particularmente, me senti
privilegiada por ter conhecido
um lugar tão especial, algo
muito além de apenas surfar
ondas perfeitas com os amigos.
Posso dizer que esta foi uma
surf trip completa, pelas ondas
que surfei, pessoas especiais que
conheci, pela comida maravilhosa
e pela ótima recepção das pessoas
do local.
Após tantos anos em contato
com a natureza através do
surfe, confesso que nunca tinha
percebido com tamanha clareza
Qual é, surfista? Me empresta essa prancha!
Foto: Rick Werneck
minha mente para sempre”,
conta Barbara.
Foto: Basílio Ruy
Go for it presente, Claudia botando para baixo.
Fotos: Rick Werneck
Leões-marinhos surfando, e mostrando por que eles são os locais de Loberia.
o quanto ela é perfeita. Aprendi
muita coisa ao conviver de perto
com todo este universo, como os
animais vivem em plena harmonia,
o quanto eles são sábios e
inofensivos - ao contrário do
homem, que tanto mata e
destrói por pura ignorância.
Tudo o que eu vi e vivi nesse
lugar ficou marcado em mim.
Para sempre. Lembranças para
o resto da minha vida.
Fotos: Roberta Borges
Foto fundo: Brigitte Mayer
5 a 9 de março
Praia da Joaquina Florianópolis, SC
Tininha, a campeã
da etapa de
Florianópolis
Foto: Basílio Ruy
SUPERSURF
COMEÇA O SUPERSURF
em Florianópolis
Por Brigitte Mayer
O
Circuito SuperSurf, que
define a campeã brasileira
de 2008, teve início no mês de
março. A primeira etapa aconteceu
entre os dias 5 e 9, em Florianópolis,
na Praia da Joaquina, com muito
sol e um excelente público.
O formato do WCT e a invasão
da nova geração do surfe feminino
foram as novidades da competição.
Apesar das ondas pequenas, as
condições para a realização das
baterias foram boas e as surfistas
puderam mostrar todo o seu
repertório de manobras.
Mudança de Formato
A primeira etapa estreou o novo
formato da competição
seguindo, agora, o modelo do
circuito WCT Feminino. A partir
desse ano, 18 atletas (10 SuperSurf
2007 + 6 Super Trials + 2 Wildcards)
entram juntas na primeira fase.
No primeiro round, são seis
baterias de três atletas; a primeira
e a segunda colocadas seguem
para o terceiro round; as terceiras
correm a repescagem de duas
baterias de três atletas, onde a
última colocada da bateria é
desclassificada, ficando com
a 17a colocação.
A partir do terceiro round, as
baterias são no formato mulher
x mulher, seguindo, assim, até as
finais, onde é decidida a campeã.
O formato foi bem aceito pelas
competidoras. As baterias
mulher x mulher, ao contrário
das baterias de quatro atletas,
possibilitam uma melhor escolha
de onda, pois o tempo da bateria
pode ser mais bem administrado
com somente duas atletas na
bateria. Como conseqüência,
Diana mostra um surfe moderno.
Fotos: Roberta Borges
a estratégica de competição
passa a ser uma ferramenta que
pode definir um resultado.
Concentração das
surfistas antes
das baterias.
1a fase: Seis baterias de três
competidoras. Ninguém perde.
As em 1o e 2o vão direto para o
round 3; as colocadas em 3o vão
para a repescagem.
Nathalie Martins
2a fase: Duas baterias de três
competidoras. As 1o e 2o vão para
o round 3; as colocadas em 3o
ficam na 17a colocação.
3a fase: Oito baterias mulher x
mulher. As colocadas em 2o ficam
na 9a colocação.
Quartas de final: Quatro baterias
mulher x mulher. AAs colocadas
em 2o ficam na 5a colocação.
Juliana Guimarães
Juliana Quint
Gabriela Teixeira
Semi-Final: Duas baterias mulher
x mulher. As colocadas em 2o
lugar ficam na 3a colocação.
Final: Uma bateria mulher x
mulher. 1o e 2o lugar são
decididos.
Suelen Naraisa
Foto: Basílio Ruy
Comemoração das finalistas.
Foto: Basílio Ruy
A campeã...
De um lado, Diana Cristina, 17 anos
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tina.
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A batid
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Diana
Essa foi a segunda vitória
consecutiva da Diana no SuperSurf.
No ano passado, na última etapa,
que aconteceu na Barra da Tijuca,
a vitória se deu como atleta
convidada. Em Florianópolis, ela
debutou como surfista Top do
SuperSurf. Durante todo o
evento, Diana Cristina, a nossa
indiazinha, buscou as esquerdas
e nelas desferiu suas tradicionais
rasgadas, mostrando um surfe
moderno e de muita
velocidade. Correu ao todo
cinco baterias até a final e,
em apenas uma bateria,
não pontuou mais de 14
pontos, mostrando que,
sem dúvida, é um nome
forte entre as estreantes
para o título de 2008.
Diana Cristina
Do outro lado,
Tita Tavares, 32 anos
Tita, que traz de 2007 o título
brasileiro, começou bem o ano
fazendo mais uma final no
SuperSurf. A cearense tricampeã
brasileira, recordista de finais no
Circuito Brasileiro, já declarou
que tem como objetivo buscar o
tetracampeonato. Mais revigorada
do que nunca e de patrocínio
novo, ela começou bem o ano,
sendo superada apenas na final.
Durante todo o evento, Tita
surfou suas baterias com
maestria, mostrando que
seu surfe continua afiado,
com muito estilo e com
a garra de sempre.
Tita Tavares
Foto: Basílio Ruy
A vice-campeã...
sileiro.
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As semifinalistas
Fotos: Nilton Santos
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Kris
Krisna de Souza
Krisna foi o destaque em todas as fases que disputou.
Foi dela o maior somátorio da etapa, 16.50. Aos poucos,
vem conquistando seu lugar entre as Top do Brasil com
um surfe sólido e de muita pressão. Deixou claro que
está com fome de vitória e veio para o título esse ano.
Nas pe
quena
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Andrea Lopes
Durante o campeonato, Andrea disputou algumas baterias
contra as surfistas da nova geração: Natalie Martins nas oitavas,
Bruna Shimitz nas quartas. Especialista nas estratégias em
baterias mulher x mulher, o novo formato sem sombra de dúvida
lhe favorece. Supercompetitiva, continua sendo um nome forte;
perdeu para Tita na semi em uma bateria de poucas ondas.
Praia da
Joaquina Florianópolis/SC
5 A 9 DE MARÇO
Praia do Cupe Porto de Galinhas/PE
Foto: Roberta Borges
14 A 18 DE MAIO
Praia de
Maresias - Maresias/SP
11 A 15 DE JUNHO
Transmissão ao vivo
pela internet.
Massagem
depois do surfe.
Pincel nas mãos e as
ondas invadem a tela.
Bastidores
Durante todos os dias do evento,
várias atividades paralelas
aconteciam na arena montada do
Super Surf. Enquanto na área dos
atletas os competidores faziam
alongamento, o DJ Pantera
comandava as carrapetas com o
s seus sets de acordo com o que
acontecia nas areias da Joaquina.
De um lado da arena, a tradicional
massagem dava um trato nos
músculos cansados dos atletas
e dos convidados que por ali
circulavam. Do outro, rolava a
transmissão ao vivo das baterias
com os comentaristas Rick e
Truta, da equipe da Beach e Byte;
As meninas checando
a Ehlas na internet
Foto: Roberta Borges
Suelen Ferreira alongando.
Público prestigiando o evento...
Foto: Marcia Marcelino
9 A 13 DE JULHO Praia de
Itamambuca - Ubatuba/SP
24 A 28 DE SETEMBRO Praia da
Barra - Rio de Janeiro/RJ
Foto: Brigitte Mayer
estavam disponíveis também
vários computadores para a
galera checar o que estava
acontecendo no mundo.
Em paralelo, o artista expunha
e pintava suas obras inspiradas
nas ondas ali mesmo com o vai
e vem da galera passando.
Foto: Marcia Marcelino
Calendário:
... e a mídia também!
1
2
3
3
5
5
5
5
9
9
9
9
9
9
9
9
9
17
17
Diana Cristina ..........PB
Tita Tavares ..............CE
Andrea Lopes ..........RJ
Krisna de Souza........RN
Bruna Shimitz ...........PR
Juliana Quint ...........SC
Monik Santos............PE
Suelen Naraísa..........SP
Brigitte Mayer ..........RJ
Claudia Gonçalves ....SP
Gabriela Leite ...........SC
Gabriela Teixeira ......RJ
Juliana Guimarães....RJ
Luana Coutinho........SP
Monik Santos............PE
Nathalie Martins ......PR
Taís de Almeida ........RJ
Suelen Ferreira .........RJ
Viviane Maria ...........RN
Premiação
17a colocação:
9a colocação:
5a colocação:
3a colocação:
2a colocação:
1a colocação:
R$
R$
R$
R$
R$
R$
Fotos: Roberta Borges
Resultados
Nathalie Martins
Monik Santos
Gabriela Teixeira
JulianaQuint
750,00
1.000,00
1.500,00
2.000,00
3.500,00
7.000,00
s
a
l
h
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18 a 20 de abril
Praia de Ponta Negra, Natal
CIRCUITO PETROBRAS
AS MELHORES DO BRASIL
invadem Ponta Negra, Natal
Por Brigitte Mayer
Circuito Petrobras de Surfe
Feminino vem a cada ano
consolidando o surfe feminino
no Brasil: há oito anos, as etapas
definem a lista das surfistas
profissionais que irão participar
da elite brasileira no ano
seguinte. O circuito vem sendo
também responsável pela
formação da novas atletas pois,
juntamente com a categoria
profissional, o evento inclui mais
quatro categorias de base:
Grommet, Mirim, Junior e Open.
Em conseqüência, vários valores
do surfe feminino que estavam
espalhados pelo Brasil foram
sendo descobertos - entre elas,
Silvana Lima e Diana Cristina,
e outras dezenas de meninas
ávidas por um lugar ao sol.
As novidades - como é
característica do circuito - foram
muitas. Este ano, em cada etapa
a manobra mais radical será
premiada com mil reais na
Expression Session com surfistas
convidadas. Está em jogo
também uma passagem para
qualquer lugar do Brasil, que
será oferecida à surfista que, ao
final das três etapas, for eleita a
revelação do circuito com o
Troféu Brigitte Mayer.
A primeira etapa aconteceu
na Praia de Ponta Negra,
Natal, Rio Grande do Norte,
entre os dias 18 a 20 de abril.
As surfistas do Brasil que
durante o fim de semana
“foram encantadas” por
noites de lua cheia e por
dias de sol intenso deram
um verdadeiro show
dentro d'água.
Foto: Rick Werneck
O
CALENDÁRIO:
18 a 20 de abril, Ponta Negra, RN
29 a 31 de agosto, Guarujá, SP
14 a 16 de novembro, Arpoador, RJ
Fotos: Brigitte Mayer
Categoria profissional:
a final mais disputada
dos últimos tempos.
A final profissional foi uma
das mais disputadas dos últimos
tempos. Todas as atletas se
alternaram na liderança,
apresentando um excelente
nível técnico. Até os três minutos
finais, a local do pico, Krisna de
Souza, estava na liderança
parcial. Foi quando Suelen
Naraisa achou uma esquerda
e desferiu quatro manobras
certeiras - o que lhe rendeu
uma nota 8. Isso fez com que
“a noiva do mês” comemorasse
a sua despedida de solteira em
grande estilo.
Suelen Naraisa
1
Foto: Rick Werneck
Krisna de Souza
2
Foto: Rick Werneck
Diana Cristina
3
Foto: Rick Werneck
Tita Tavares
4
Foto: Rick Werneck
Foto: Rick Werneck
Em ações paralelas ao campeonato, a organização do evento,
como é de costume, apresentou suas campanhas de conscientização;
nesta etapa, as campanhas foram a substituição das sacolas plásticas
pelo uso de sacolas de pano e o combate à exploração sexual
infanto-juvenil.
Antes da final profissional, o projeto Conexão Felipe Camarão levou
o Boi dos Reis e as rebecas às areias de Ponta Negra, mostrando ao
público e às atletas o trabalho que vem sendo feito com a inserção
sócio-cultural-educativo das crianças, jovens e adolescentes da
comunidade do bairro de Felipe Camarão.
Krisna de Souza, Gilvanilta Ferreira, Neide Bezerra, Alcione Silva e Viviane Maria.
Paula Gabi
Foto: Rick Werneck
A cidade de Natal revelou diversas gerações do surfe feminino,
como Neide Bezerra, que participou do circuito feminino amador
nas décadas de 80/90, Alcione Silva, Viviane Maria e Krisna de
Souza. Durante a etapa, mais dois nomes se juntaram a esse time de
surfistas potiguares: Gilvanilta Ferreira, que apresentou um surfe de
muita radicalidade e velocidade e ficou com a quinta colocação em
sua primeira participação como surfista profissional e Paula Gabi
finalista da categoria Grommets.
Fotos: Brigitte Mayer
Gilvanilta Ferreira
Diana Cristina
Gilvanilta Ferreira
Oito surfistas foram convidadas
para a Expression Session.
Destaque para Diana Cristina e
Gilvanilta Ferreira, que disputaram
onda a onda o prêmio da manobra
mais radical. Com uma
rasgada jogando a rabeta,
Tininha levou
os mil reais.
Fotos: Rick Werneck
Expression
Session
Foto: Rick Werneck
Categorias amadoras
Nas categorias Open e Junior,
as surfistas que fizeram a final
foram as mesmas. As surfistas
ainda Junior (até 18 anos)
dominaram a categoria Open,
mostrando que o futuro do
esporte no Brasil está garantido.
Destaque para a surfista
Stephanie Freitas que, numa
maratona de baterias, participou
das finais acima e ainda esteve
presente na categoria Mirim,
ganhando duas categorias
(Mirim e Junior) e ficando
em quarto na Open.
A categoria Grommets
apresentou mais um talento
local. Paula Gabi bem que
tentou, mas Wendy dominou
toda a bateria, deixando
Leticia Freitas, de Ubatuba,
em segundo lugar.
Foto: Luke Werneck
Foto: Luke Werneck
Juliana Meneguel
Open
Camila Cássia
1 Juliana Meneguel (SP)
2 Camila Cássia (SP)
3 Nayara Silva (CE)
4 Stephanie Freitas (CE)
Stephanie Freitas
Foto: Luke Werneck
Foto: Rick Werneck
Nayara Silva
Foto: Rick Werneck
Foto: Luke Werneck
Stephanie Freitas
Junior
Camila Cássia
1 Stephanie Freitas (CE)
2 Camila Cássia (SP)
3 Juliana Meneguel (SP)
4 Nayara Silva (CE)
Nayara Silva
Foto: Luke Werneck
Foto: Rick Werneck
Juliana Meneguel
Foto: Rick Werneck
Foto: Rick Werneck
Stephanie Freitas
Mirim
Nathalie Paola
1 Stephanie Freitas (CE)
2 Nathalie Paola (SP)
3 Bárbara Segato (ES)
4 Isabela Lima (RJ)
Isabela Lima
Foto: Rick Werneck
Foto: Rick Werneck
Barbara Segato
Foto: Rick Werneck
Foto: Brigitte Mayer
Wendy Guimarães
Grommets
Leticia Freitas
1 Wendy Guimarães (RJ)
2 Letícia Freitas (SP)
3 Paula Gabi (RN)
Paula Gabi
4 Karol Ribeiro (RJ)
Carol Ribeiro
Foto: Brigitte Mayer
Foto: Rick Werneck
5 Rafaela Barros
PÁGINAS
ROSAS
Foto: Rick Werneck
CAROL FREITAS,
vento a favor
Por Roberta Borges
C
arol Freitas é profunda
conhecedora dos melhores
picos de velejo do país. Tem 26
anos e já coleciona os mais
importantes títulos do kitesurf:
é tetracampeã brasileira (em
2002, 2003, 2004 e 2005),
campeã brasileira de ondas em
2006, campeã sul-americana e
vice-campeã mundial de ondas.
Saiba como é a vida desta campeã
dos ventos e dos mares na matéria
a seguir.
ehlas: O que fez você se
interessar pelo kite e quando foi
seu primeiro contato com o
esporte?
Eu sempre pratiquei todo o tipo
de esporte, e desde 11 eu
velejava de Optimist (barco a
vela para criança) e competia.
Meu pai foi campeã mundial de
caça-submarina e acho que vem
daí a minha paixão pelo mar e
por competições. O primeiro
contato com o kite foi aqui no
Rio, na praia da Barra da Tijuca,
em 1999, quando vi os primeiros
praticantes voando sobre o mar.
Me interessei pelo esporte de cara,
como “amor a primeira vista”!
Achei o esporte superfuturista,
diferente de tudo que eu já
tinha visto. Aquilo misturava
tudo que eu mais gostava! Foi
questão de algumas semanas
para que eu pudesse estar ali
naquela mesma praia praticando.
ehlas: Você enfrentou
dificuldades no início?
Naquela época, o esporte ainda
não era tão difundido, e os
Fotos: Poli
Carol Freitas
comemorando
mais uma vitória
em Cumbuco, Ceará.
Arraial do Cabo é conhecido também pelos
ventos fortes. Carol no controle do seu kite.
ehlas: Quando veio seu
primeiro título importante e, de
todos até hoje, qual teve o
maior significado para você?
O meu primeiro título
importante foi em 2002, quando
conquistei o título de Campeã
Brasileira na categoria Freestyle.
Naquele mesmo ano, conquistei
o título de Campeã Sul-Americana
também. Esses dois títulos foram
os mais especiais pra mim, por
terem sido os primeiros. Foi nessa
época que decidi que iria seguir
a carreira de atleta, tornei-me
profissional e tive todo apoio da
minha mãe e da minha família
para seguir em frente!
ehlas: Como é seu treinamento
no dia-a-dia?
Faço um treinamento físico
diariamente, musculação três
vezes por semana e complemento
com uma corrida na praia ou
uma pedalada no calçadão - isso
na parte da manhã. À tarde, o
treinamento é dentro d'água.
Essa é a minha rotina normal
aqui no Rio, porque o vento aqui
só começa a soprar depois do
meio-dia. Quando estou no
Nordeste, essa rotina muda
bastante. Lá, amanhece ventando
na maioria das vezes e o calor à
tarde é muito forte. Então,
costumo treinar na água pela
manhã e no final da tarde.
ehlas: Onde você treina
quando está no Rio?
Na maioria das vezes, na praia
da Barra da Tijuca, mas costumo
ir muito para a Região dos Lagos
também (Arraial do Cabo, Cabo
Frio e Búzios).
ehlas: Qual é a sua principal
meta em 2008?
Desde o ano passado decidi me
dedicar às duas novas categorias
do kite que estão crescendo
muito em todo o mundo, que
são as categorias Waves e
Regata. Ainda vou competir na
Carol e sua fiel
companheira,
a cadela Raja.
Foto: Rick Werneck
equipamentos não ofereciam
a segurança que oferecem
atualmente. Mas não tive muitas
dificuldades, não. Talvez por já
ser velejadora e ter praticado
diversos esportes antes, acredito
que isso tudo tenha me dado um
boa base para aprender o kitesurf.
Freestyle também, mas a minha
dedicação será total nas categorias
Waves e Regata. Sou a atual
campeão brasileira nessas duas
categorias, e a meta para 2008 é
continuar nesta posição e buscar
os títulos mundiais também.
ehlas: Você consegue apoio
total de seus patrocinadores?
Atualmente sou patrocinada
pela Ford, Redley, Zoobees e
KiteStore, e tenho todo o suporte
deles, sim. Eles acreditam no
meu trabalho, e eu busco
representá-los da melhor forma
possível. Tento levá-los sempre
para o lugar mais alto do pódio!
ehlas: Eu vi que você testou o
kite na neve. Como foi essa
experiência?
O kite é um esporte muito
versátil, que se adapta muito
bem aos diversos terrenos, e na
neve não foi diferente. Pratiquei
pela primeira vez o kitesnow ano
passado, e foi muito divertido.
Este ano estou indo novamente
para o Colorado para praticar o
kitesnow, mas agora vamos
encontrar alguns amigos locais
que são feras nesta modalidade
para aprendermos mais um pouco.
Quem sabe um dia eu me dedique
a essa modalidade também!
Dropando uma da série no Postinho, RJ.
ehlas: Que lugares você elege
usa?
como os melhores do Brasil e do
mundo para o velejo?
Parece mentira ,mas eu tenho
grandes dificuldades para surfar!
No surfe, o meu problema é a
remada e o drope. Surfar a onda
eu sei. Com o kite, esses problemas
foram resolvidos porque eu não
preciso remar, e quando dropo a
onda eu já estou em pé! Eu tenho
uma fan e tento surfar de vez
em quando sim, mas de kite é
outra estória!
Em especial, a Cidade Maravilhosa,
o Rio de Janeiro, pela natureza
exuberante! Gosto muito de
velejar nas ondas de Ibiraquera,
Santa Catarina. Fora do Brasil,
um lugar inesquecível que tive a
oportunidade de velejar se chama
Los Roques.
Fotos: Poli
ehlas: Você surfa? Que prancha
Manobras aéreas fazem parte do repertório de Carol.
Foto: Poli
Quando não tem vento, o lance é treinar sem o kite.
Carol surfando na Barra.
Fotos: Poli
ehlas: E fora do kite, o que
ehlas: Quais os esportes que
você curte fazer? Tem algum
hobbie, alguma “mania” diferente?
você praticava antes do kite?
Adoro ir correr na praia com a
minha cachorra, a Raja! Ela é a
minha companheira e o lugar
que ela mais gosta na vida é a
praia também. Por isso, me
divirto bastante com ela. É uma
terapia pra mim, é um momento
de descontração no local onde
passo a maior parte do tempo
treinando. Adoro ir ao cinema
também.
ehlas: Que tipo de pessoa você
é? Você consegue se descrever?
Quando o vento aparece Carol Freitas é só sorrisos.
“Acredito que sou uma pessoa que corre atrás
dos sonhos, sempre tenho meus objetivos muito
bem traçados, não desisto fácil das coisas,
sou um pouco ansiosa, gosto de desafios,
busco sempre ajudar as pessoas e tento fazer
do nosso mundo um lugar melhor
para se viver a cada dia.”
Difícil... Acredito que sou uma
pessoa que corre atrás dos
sonhos, sempre tenho meus
objetivos muito bem traçados.
Não desisto fácil das coisas, sou
um pouco ansiosa, gosto de
desafios, busco sempre ajudar as
pessoas e tento fazer do nosso
mundo um lugar melhor para se
viver a cada dia. Me preocupo
muito com o meio ambiente e
tento fazer a minha parte e
engajar as pessoas a terem essa
preocupação e esse carinho com
o planeta em que vivemos.
Tênis, futebol, wakeboard, skate,
handebol. Estes eram os principais.
ehlas: Eu soube que você se
formou em Comunicação. Como
foi e é conciliar kite e estudo?
Sim, eu me formei em Comunicação
Social (Relações Públicas) e
atualmente estou fazendo MBA
em Marketing. Conciliar o kite,
as viagens, treinos, competições,
realmente não é fácil. Mas essa
foi uma opção minha de vida.
Não queria parar de estudar,
e sabia que seria necessário um
esforço maior para isso. Tive que
trancar a minha faculdade três
vezes devido às viagens seguidas,
mas sempre que podia voltava e
terminava um semestre - e assim
foi até me formar! Sem pensar
muito, emendei no MBA de
Marketing, que é a área que
pretendo me especializar. Apesar
de cansativo, estou aprendendo
e gostando bastante. E por estar
inserida nesse mundo de marketing
como atleta, está sendo muito
importante entender com tudo
funciona e poder oferecer um
retorno ainda mais profissional aos
meus patrocinadores.
A pioneira do kitesurf estendendo os limites.
ehlas: O que você achou da
Adorei, é uma revista de alto
nível e com conteúdo. Eu, como
mulher, fico muito feliz de poder
estar vivenciando essa conquista
por espaços que até pouco tempo
atrás eram 100% do público
masculino. É uma grande vitória
para nós, mulheres, que também
batalhamos e corremos atrás!
Parabéns a toda equipe por esse
trabalho!
ehlas: Mande um recado ou
conte algo que você acha que é
importante e que não está na
pauta desta entrevista.
Gostaria de convidar a mulherada
do surfe para vir fazer uma aula
de kite comigo qualquer dia
desses que o vento “estragar”
as ondas! Por que não surfar de
manhã e kitesurfar ã tarde,
quando o vento entra? Serão
todas bem-vindas, e eu tenho
muito a aprender com todas
essas feras do surfe.
Foto: Poli
revista Ehlas?
Foto: Poli
Carol rasgado com muita pressão.
MODA
GRETA SISSON,
surfista catarinense
Fotos: Rick Werneck
SAÚDE
SÍNDROME
da tensão pré-menstrual
Por Dra. Patricia Magier,
Tem data marcada,
você é a “vitima”,
mas ela pode
ser controlada
V
ocê sabe que vai acontecer,
tem data marcada e, antes
de ela chegar, já se começa a
sentir os seus efeitos à flor da
pele. Essa revolução mensal de
corpo e mente tem nome:
síndrome de tensão prémenstrual. É quando a maior
parte das mulheres sente, já
sentiu ou sentirá seus efeitos pelo menos uma vez na vida.
Deve-se ressaltar que não só a
mulher, mas todos à sua volta
sofrem com esse problema, já
que seus sintomas são, muitas
CRM: 52-54925-6
vezes, terríveis. E variáveis em
intensidade; às vezes, de mês
para mês, começam alguns dias
antes da menstruação, onde a
“vítima” acorda de mau humor
e com a sua labilidade emocional
alterada. Ela sente dores de
cabeça alucinantes e ainda
carrega uma culpa enorme por
atacar a geladeira de forma
compulsiva atrás de doces e
carboidratos em geral.
Sabe-se que as alterações
hormonais ocorridas logo após
a ovulação são em grande parte
responsáveis pelos sintomas da
tensão pré-menstrual. O que
acontece na segunda metade do
ciclo é o aumento da produção
de progesterona e da prolactina,
hormônio que atua sobre todas
as funções do organismo feminino,
inclusive as sexuais. Os principais
sintomas são: irritabilidade,
raiva, ansiedade, depressão,
indecisão, introspecção, perda
de interesse pelas suas atividades,
perda ou diminuição da libido,
hipersônia ou insônia, alterações
de apetite, dor nas mamas, dor
de cabeça, dores musculares e
inchaço. Quer mais?
A síndrome de tensão prémenstrual não tem cura, mas
suas crises podem ser evitadas
ou controladas com diversos
tipos de tratamento: do uso
de diuréticos a hormônios,
de vitaminas a calmantes, sem
excluir a psicoterapia. A receita
alimentação balanceada somada
a exercícios físicos e um
tratamento medicamentoso
parece batida? Pois as terapias
atuais incluem tudo isso no
combate à síndrome de tensão
pré-menstrual. O exercício físico,
além de condicionar o corpo,
estimula a produção de uma
outra substância química no
cérebro, a endorfina, responsável
pela sensação de bem estar e
prazer.
Já quanto à alimentação, o
importante é reduzir, ou não
consumir, alimentos que
estimulem os incômodos
provocados no período prémenstrual, como:
1) SAL E CONDIMENTOS EM GERAL :
a produção do hormônio
antidiurético aldosterona
dificulta a eliminação de líquidos,
provocando inchaços e ganhos
de peso de até 2 quilos em
média. O ideal é fugir de comidas
muito salgadas, apimentadas ou
condimentadas em geral.
2)
CARBOIDRATOS E DOCES EM
GERAL :
embora eles sejam ótimos
para diminuir a ansiedade, podem
provocar aumento das taxas de
açúcar e gordura no sangue.
Opte por alimentos
diet ou light e
com baixo teor
de gordura.
y
3) CAFEÍNA : esta substância está
associada à dor ou sensibilidade
da mama e ao aumento da
irritabilidade. Substitua café e
chá preto por chás verdes ou
suco de frutas.
Exercícios físicos monitorados
e alimentação balanceada são
indicados para qualquer caso.
Porém, as pacientes cujas crises
são mais intensas e persistentes
são submetidas a tratamentos
com determinadas drogas, como
diuréticos, vitaminas, hormônios
e calmantes.
Na escolha do tratamento
adequado, a dosagem e
freqüência devem ser sempre
orientadas pelo médico. Cabe a
ele, a partir do histórico de cada
mulher, optar pelo caminho
mais seguro para cada
uma. O importante é
que a paciente se
sinta segura e
bem, e,
principalmente,
que saiba que há
um tratamento
ideal para
cada mulher.
Ehlas acontecem...
WQS
Roxy Pro Womens Surfing Festival
Phillip Island, Victoria, Austrália
21 a 27 janeiro, 6 estrelas
Foto: Brigitte Mayer
Categoria Pro
1 Sally Fitzgibbons
2 Bruna Schmitz (Bra)
3 Jessi Miley-Dyer (Aus)
25 Taís de Almeida (Bra)
25 Diana Cristina (Bra)
55 Marina Werneck (Bra)
Bruna Queiroz na Praia Vermelha, Ubatuba.
Categoria Pro Junior
1 Sally Fitzgibbons (Aus)
2 Kirstie Jones (Aus)
3 Diana Cristina (Bra)
3 Nikita Robb (Afr)
5 Bruna Schmitz (Bra)
Arrive Alive Central Coast Pro
Soldiers Beach, Austrália
11 a 15 março, 4 estrelas
1 Sally Fitzgibbons (Aus)
2 Laura Enever (Aus)
3 Amee Donohue (Aus)
3 Julia De La Rosa Toro (EUA)
9 Jacqueline Silva (Bra)
25 Marina Werneck (Bra)
Foto: Brigitte Mayer
Resultados:
Midori Pro
Merewether, Newcastle, Austrália
31 março a 5 abril, 6 estrelas
1 Stephanie Gilmore (Aus)
2 Sally Fitzgibbons (Aus)
3 Rosanne Hodge (Afr)
3 Alana Blanchard (Haw)
5 Bruna Schmitz (Bra)
9 Jacqueline Silva (Bra)
25 Tais Almeida (Bra)
25 Claudia Gonçalves (Bra)
25 Suelen Naraísa (Bra)
49 Marina Werneck (Bra)
Drug Aware Pro 2008
Margareth River
7 a 12 abril, 5 estrelas
1 Paige Hareb (Nzl)
2 Rosanne Hodge (Afr)
3 Claire Bevilacqua (Aus)
19 Jacqueline Silva (Bra)
25 Cláudia Gonçalves (Bra)
25 Bruna Schmitz (Bra)
49 Marina Werneck (Bra)
Ranking WQS Feminino depois
de 5 etapas
1 Sally Fitzgibbons (Aus) .... 7.370
2 Rosanne Hodge (Afr)........5.420
3 Paige Hareb (Nzl) ........... 4.860
4 Jessi Miley-Dyer (Aus) ..... 4.570
5 Rebecca Woods (Aus) ..... 4.460
6 Alana Blanchard (Haw) .. 4.400
7 Bruna Schmitz (Bra) ....... 4.375
24 Jacqueline Silva (Bra) .. 2.780
26 Taís de Almeida (Bra) ... 2.750
44 Marina Werneck (Bra) . 1.930
53 Suelen Naraisa (Bra) .... 1.655
55 Cláudia Gonçalves (Bra) 1.575
71 Diana Cristina (Bra) ........ 875
WCT
1º etapa:
Roxy Pro, Gold Coast Austrália
23 fevereiro a 6 março
1 Sofia Mulanovich
2 Samantha Cornish
3 Carissa Moore
3 Amee Donohoe
9 Jacqueline Silva
9 Silvana Lima
2º Etapa:
Rip Curl Womens Pro, Bells Beach
19 a 24 março
1 Stephanie Gilmore
2 Sofia Mulanovich
3 Layne Beachley
3 Amee Donohoe
9 Jacqueline Silva
9 Silvana Lima
Ranking WCT 2008
1 Sofia Mulanovich (Per) ....2172
2 Stephanie Gilmore (Aus) ...1560
3 Samantha Cornish (Aus) ...1524
4 Amee Donohoe (Aus) ......1512
5 Layne Beachley (Aus) .......1308
6 Rebecca Woods (Aus) ........912
6 Megan Abubo (Aus) ..........912
6 Claire Bevilacqua (Aus) ......912
9 Jessi Miley-Dyer (Aus) ........732
9 Julia De La Rosa (Per) ........ 732
11 Silvana Lima (Bra) ............720
11 Rosanne Hodge (Afr) .......720
11 Jacqueline Silva (Bra) .......720
PRO JUNIOR
1ª etapa:
29 de fevereiro a 2 de março
Punta dos Lobos, Chile
1 Gabriela Leite (Bra)
2 Valéria Solé (Per)
3 Chantalla Furlanetto (Bra)
3 Jessica Anderson (Chi)
5 Diana Cristina (Bra)
5 Sofia Borquez (Chi)
5 Monik Santos (Bra)
2ª etapa:
19 a 21 de abril
Torres, Rio Grande do Sul
1 Nathalie Martins (Bra)
2 Renata Tambon (Bra)
3 Diana Cristina (Bra)
3 Monik Santos (Bra)
Ranking Pro Junior depois
de duas etapas:
1 Gabriela Leite (Bra)............ 805
2 Valeria Sole (Per) ................735
3 Diana Cristina (Bra) ............670
3 Monik Santos (Bra) ............670
5 Chantalla Furlanetto (Bra). 643
6 Nathalie Martins (Bra) ........500
7 Renata Tambon (Bra) .........430
8 Jessica Anderson (Chi) .......365
9 Trinidad Segura (Chi) .........305
9 Sofia Borquez (Chi) ............305
11 Barbara Muller (Bra) ........278
11 Michelle Des Bouillons (Bra)278
ISA MASTER
31 de março e 5 de abril
Punta Rocas, Peru
Feminino Masters, acima de 35 anos
1
2
3
4
Heather Clark (Afr)
Rocío Larrañaga (Per)
Sandra English (Aus)
Brigitte Mayer (Bra)
Países:
1 África do Sul,
2 Austrália,
3 Brasil,
4 Peru
Ehlas acontecem...
F
"
Bruna Schimitz
Foto: ASP Robertson
Vice campeã WQS 6 estrelas, em Phillip Island, Austrália.
A final foi de alto nível com notas no critério excelente. Bruna só foi barrada pela campeã Sally.
oi muito bom começar o ano
com o vice-campeonato em
um evento de nível seis estrelas,
principalmente porque o meu foco
este ano está totalmente voltado
para o WQS. Para falar a verdade,
eu não esperava este resultado.
Foi algo que me surpreendeu.
Passei quase todas as baterias
virando no final e avançando cada
vez mais no evento. No começo,
o mar estava pequeno e eu estava
surfando com minha 5’9, que ficou
perfeita para as condições. A final foi
muito emocionante: o mar estava
maior e eu optei por usar outra
prancha. A Sally abriu a bateria com
um 7,50 e eu, com um 6,50. Depois,
ela achou um 9,0 e eu consegui um
7,50, e aí fiquei precisando de 9,0 para
liderar. A onda veio e eu fiz. Mas a
alegria durou pouco porque na
onda de trás ela fez outro 9,80.
Que foi a nota que eu precisei no
final, mas aí eu não consegui. Sem
dúvida alguma, este campeonato
foi o melhor de toda a minha vida.
Consegui surfar bem durante todo
o evento em condições extremamente
diferentes. Este resultado me deu
muita energia e determinação para
eu correr atrás do meu objetivo, que
é a vaga para o WCT 2009”.
Bruna Schimitz
Rolaram altas ondas durante todo o
evento. Brigitte a vontade nas sólidas
ondas de Punta Rocas. Alegria da
equipe Brasileira no pódio.
A
conteceu entre os dias 31 de
março e 5 de abril o Isa World
Masters Surfing, em Punta
Hermosa, Peru. Além da
competição, o evento foi uma
grande confraternização entre os
atletas Masters do mundo inteiro:
no total, 18 países enviaram suas
delegações. As condições foram
épicas durante todos os dias do
campeonato, com muito sol e
ondas perfeitas, que quebravam de
6 a 8 pés em Punta Rocas fazendo
a alegria de todos. O Brasil, que
pela primeira vez competiu com a
equipe completa num Mundial
Master, conquistou a medalha de
bronze com a terceira colocação
por equipe.
A equipe brasileira ficou com “Fiquei muito feliz em ter a
a 3ª colocação geral no Mundial.
oportunidade de, depois de
Brigitte ficou em quarto llugar 18
na anos, novamente representar o
classificação geral entre as mulheres
Brasil em um evento internacional.
Já havia sentido essa emoção nos
Mundiais Amadores de Porto Rico
(1988) e no Japão (1990), mas,
dessa vez, teve um gostinho especial.
O mar estava excelente todos os
dias e, durante as finais, excelentes
ondas de 6 pés rolaram em Punta
Rocas. Sem sombra de dúvida, foi
uma semana inesquecível, com altas
ondas e um alto astral de todos
participantes”, conta Brigitte.
Foto: Divulgação ISA Masters
Foto: divulgação ISA
ISA Master, Peru
Foto: Livia Acioly
Ehlas acontecem...
Por Marcia Marcelino
Os noivos Suelen e Flávio
abalaram Ubatuba.
plus de Pipeline ou no
momento antes de ir para
o altar?
A
Acredito que os dois
momentos foram muito
marcantes. Pipe é algo que
venho treinando para estar
surfando mais aquele
tamanho. Não pode pensar
muito, tem que se jogar.
Mas o casamento me deixou
mais nervosa, já eram quarto
meses de preparo, uma
situação que nunca tinha
passado e sabia que seria a
única, então queria que tudo
fosse perfeito. Agora acredito
que foi, pois todas as pessoas
que amo muito estavam ali.
As perninhas tremeram na
hora que abriu a porta da Igreja,
o Flavio lá no altar me esperando...
parecia que não ia conseguir
chegar lá. E na hora do sim, um
momento único e muito especial,
que momento foi aquele!
O coração faltou saltar pela
boca...
cerimônia religiosa se
realizou na Igreja Matriz, no
dia 26 de abril. Depois, os noivos
e as suas famílias receberam os
amigos para celebrar a união em
um jantar no Anchieta Café que
varou a noite com muita música
e alto astral. Uma noite de gala
que parou Ubatuba.
Marcaram presença as surfistas
Bruna Queiroz, Francisca Pereira,
Natali Paola, Renata Franco,
Alice Santos, Jahia Bettero, a
pequena Sandrinha, como dama
de honra, e a equipe ehlas,
com Claudia Gonçalves e
Brigitte Mayer.
Por fim, quem será que pegou o
buquê?
ehlas: E ai? O coração bombou
mais forte antes de encarar 10”
Fotos: Brigitte Mayer
Surfe Cult: Amor & Casamento
Surfe Cult: musica e festa
A
surfista catarinense Greta
Sisson, 15 anos, fez uma
participação especial no clipe
da música “Tô bolado” da
banda WWW formado por
Xande, Luke, Pedro, Matheus
e João Werneck. Greta veio
especialmente para o Rio para
a gravação que rolou na Praia
da Joatinga e na Barra.
Você pode conferir o clipe no
link:
www.myspace.com/bandawww
E
hlas lançou a sua revista
virtual para todas as surfistas
brasileiras durante a primeira
etapa do circuito Petrobras de
Surfe Feminino, que aconteceu
entre os dias 18 a 20 de abril na
Praia de Ponta Negra, em Natal.
Durante o coquetel, foram
distribuídas camisetas da Ehlas e
todos puderam checar no telão
a edição número 1 da revista e
as fotos tiradas no freesurf pelo
nosso editor de fotografia, Rick
Werneck - e que estarão nas
próximas edições de ehlas.
COLUNA ECO-LÓGICA
O PARAÍSO EXISTE SIM:
é só querer!
Por Laila Werneck. Fotos: Rick Werneck
Eu vivo do surfe
e para o surfe
P
or isso, sempre que posso,
viajo com a família para
surfar os picos mais distantes do
planeta. É assim que gosto de
passar as minhas férias. Desde
vários picos no Brasil (Noronha,
em Pernambuco, Paracuru, no
Ceará, Guarda do Embaú, em
Santa Catarina, todos no Rio de
Janeiro, e por aí vai...), passando
por Tavarua, nas Ilhas Fiji, Hawai,
Chile, Costa Rica, Panamá e
outros lugares, eu e minha
família estamos sempre em
busca da onda perfeita.
O Piquero de patas
azuis só existe em
Galápagos.
Foi com esse objetivo que, em
janeiro passado, voamos rumo a
Galápagos, com a promessa de
pegar altas ondas em um lugar
paradisíaco. O mar, durante todo
o tempo, ficou entre 5 e 8 pés
perfeitos, com água cristalina e,
o melhor, o crowd era formado
apenas por tartarugas e leõesmarinhos (por sinal, os melhores
surfistas das ilhas).
Já haviam me dito que Galápagos
é bonito e que, com sorte e
o swell certo, surfa-se muito.
O que eu não podia imaginar,
mesmo tendo lido um pouco a
respeito, era que Galápagos é,
também, um exemplo de
desenvolvimento sustentável
para o mundo. Vou contar para
vocês um pouco de como o ser
humano interage com a Natureza
em perfeita sintonia, sem que,
Os lobos-marinhos dominam as ondas.
para isso, haja necessidade de
fiscalização.
Para começar, Galápagos só
aceita investimento nacional,
ou seja, para se ter algum tipo de
negócio nas ilhas, o proprietário
deve ser equatoriano. Uma
maneira de preservar a
identidade do povo (várias
vendinhas, casas e lojas
conservam, ainda hoje, a
arquitetura de anos passados) e
promover a igualdade social, tão
perseguida no mundo todo. Com
isso, eles garantem sua soberania
e fogem do desemprego. Não há
pedintes e muito menos mendigos
nas ruas das ilhas que visitei.
Carros, no local, apenas os de
taxistas e alguns outros poucos.
O transporte oficial das ilhas é a
bicicleta. A atmosfera agradece a
não há emissão de gases poluentes!
A fauna do lugar é incrível:
peixes de todas as cores e
tamanhos, tubarões de várias
tipos, animais lindos como
piqueiros de patas azuis e
vermelhas (uma verdadeira
pintura), pelicanos, albatrozes
do papo vermelho, iguanasmarinhas e leões-marinhos,
entre outros, vivem totalmente
livres de qualquer ameaça que
não venha do mundo animal.
A multa para quem tocar nos
leões-marinhos (os mais fofos da
ilha), por exemplo, é de US$ 600.
Porém, nunca é aplicada. Nem
ilhéus, tampouco turistas, são
capazes de invadir o espaço
deles (e bota espaço nisso!
São mais de 100 animais em
cada pedaço de praia da ilha) e
quebrar a harmonia que emana
naquele solo vulcânico. Em
nenhum outro lugar do mundo
humanos chegam tão perto
dos animais sem que esses se
assustem, corram ou tentem te
atacar. A não ser que se tente
chegar muito perto dos filhotes,
o binômio homem-animal coexiste
sem maiores problemas e na
maior paz.
Todo o lixo de Galápagos é
reciclado. Eles têm três cores de
lata: uma verde, para orgânicos,
outra preta, para alguns
recicláveis como tecido, couro e
tetrapack, e outra azul, para
papel, papelão, vidro e plástico.
Também fazem coleta de óleo
de cozinha (galão vermelho).
Apesar das cores não serem
Integração total.
“Galápagos é também
um exemplo de
desenvolvimento
sustentável para
o mundo.”
exatamente as de praxe
(marrom seria a cor adequada
para orgânicos e azul é a cor
apenas para papel), a coleta
funciona muito bem e ninguém
erra na mira na hora de jogar
fora seu lixo. Não acreditam?
Nem eu acreditava e, como uma
boa carioca descrente da
existência de boas práticas
ambientais, passei a levantar a
tampa das latas de lixo que eu
encontrava para ver se continha
o lixo certo, torcendo para
ninguém me ver, é claro! E não
é que armazenavam o lixo
correto em cada cor de lata?
Para as curitibanas que estão
lendo essa coluna, isso pode
parecer bem normal. Já se houver
leitoras cariocas, paulistas e de
outras regiões por aqui... com
certeza acharão incrível que, em
um país onde o IDH (Índice de
Desenvolvimento Humano) é o
menor da América Latina, as
pessoas estejam bem mais
engajadas ambientalmente do
que nós, brasileiros, que dispomos
de melhores condições humanas.
Voltei dessas férias revigorada,
com leões marinhos habitando
meus sonhos, a lembrança de ter
Os verdadeiros locais do pico: iguana e leão-marinho.
pego altas ondas em um lugar
paradisíaco e com a certeza de
que, em muitos casos, a solução
é simples. Basta ter vontade!
No Ano Internacional do
Planeta, ficará gravado na
minha mente o ensinamento
que Galápagos - o lugar onde
Darwin desenvolveu a Teoria
da Evolução - nos dá de que,
para evoluir, não é preciso
poluir. Se vocês tiverem a
oportunidade, é uma
viagem que vale a pena.
Até a próxima edição!
SAIDEIRA:
Quem lê Ehlas levante a mão...
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