colégio estadual abraham lincoln

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colégio estadual abraham lincoln
COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
KALORÉ- PR
Nov. 2010
COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
Planejamento elaborado pela comunidade escolar
do Colégio Estadual Abraham Lincoln, com a
finalidade de explicitar a identidade da escola e
suas metas para o ano letivo de 2011.
KALORÉ- PR
Nov. 2010
“Educar abre caminhos...”
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO
A medida em que se busca um comprometimento dos resultados advindos do
processo educativo com uma interação significativa dos membros da comunidade escolar com
a sociedade em que interagem, precisamos repensar os nortes que direcionam o processo
ensino-aprendizagem, fato que não se executa de forma vertical ou com centralização de
decisões. O coletivo deve inter-relacionar-se, levantando seus próprios problemas, anseios,
metas e, principalmente, estabelecendo de forma horizontal a missão que fundamentará sua
ação pedagógica.
Não é suficiente conhecer a realidade em que se opera. É essencial que haja
empenho coletivo em desmistificar condições e ações que venham contribuir com a melhoria
do desenvolvimento do processo educativo.
“Planejar é selecionar e relacionar fatos, tomando e usando hipóteses para
visualizar o futuro e formular atividades propostas vistas como necessárias para
atingir resultados desejados. Alguns afirmam que o planejamento é uma
abordagem organizada para futuros problemas e o descrevem como
desenvolvendo no presente os projetos de ação futura. O planejamento serve
como ponte de ligação entre onde se está e para onde se quer ir. Responde,
antecipadamente, quem, que, quando, onde, por quê e como das ações futuras”.
(TERRY, 1977. p. 34).
Nessa premissa, a construção do Projeto Político Pedagógico se torna uma ação
fundamental que se revela através de um documento ímpar que traduz a identidade própria do
Estabelecimento de Ensino. Trata-se de atuar alicerçados no contexto real, considerando os
recursos disponíveis e a abrangência dos reflexos do processo educativo. Tudo isso,
embasados na Constituição Federal, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, como
forma de contemplar que sejam garantidos os princípios de gratuidade, laicidade e qualidade
conceitual do trabalho pedagógico.
“Apesar de tudo existe algo que pode mudar, ainda que não se tenha produzido a
mudança global e profunda da sociedade e da escola: é o modo de agir dos
professores, sua maneira de relacionar-se com os pais e as crianças, os objetivos
de trabalho, a maneira de enfocar os conteúdos”.
Sem ser algo definitivo, tudo isso pode ir produzindo sérias transformações, na
medida em que – e convém não esquecer esse dado – a escola que o povo recebe é
muito mais a escola que os professores organizam com sua maneira de ser, de
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falar e de trabalhar, do que a escola criada pelos organismos ministeriais e pelos
textos escolares “. (NIDELCOFF, 1983, p. 19).
A proposta de elaboração teórica de um planejamento global que contemple os
segmentos políticos e sociais concernentes ao processo educativo deve apontar para a
dinamicidade que o envolve como um todo. Realidade em que o coletivo inteirado precisa
acompanhar constantemente a evolução do mesmo, com vistas a veicular uma contínua
avaliação, que pressuponha a retomada de ações consideradas necessárias pelo grupo.
A escola, enquanto instituição coletiva, prevê em seu planejamento – o Projeto
Político-Pedagógico, a organização do trabalho pedagógico, tendo em vista o seu norteamento
através da Teoria Progressista com alusão à Pedagogia Histórico-Crítica, trazendo o
conhecimento à luz por meio da metodologia que remete à pratica social e ao método
dialético.
Diante disso, construir um plano, significa assumir postura pedagógica diante da
realidade, buscando alternativas coletivas que tornem prazeroso o ato de ensinar, mediar,
aprender e vivenciar o conhecimento. E, fundamentados nesses pressupostos, a Comunidade
Escolar construiu e apresenta o presente Projeto Político Pedagógico.
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1. IDENTIFICAÇÃO
O Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio, localiza-se
à
rua
Professor
Irineu
Citino,
www.kleabrahamlincoln.seed.pr.gov.br,
900,
e-mail:
fone/fax:
(43)
3453-1119,
[email protected]
site:
no
município de Kaloré, região norte do Estado do Paraná. Está sob a jurisdição do Núcleo
Regional de Educação de Apucarana, atualmente chefiado pela Ilma. Sra. Professora Vanda
Pedroso de França. O Colégio, atualmente dirigido pelo Ilmo. Sr. Professor Jaime Ademir
Roder se enquadra no porte 3, estando geograficamente localizado num município de pequeno
porte, com aproximadamente 5.044 habitantes.
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2. HISTÓRICO
Através da solicitação feita pelos Poderes Executivos e Legislativos do Município
de Kaloré tendo com o Prefeito o Senhor Francisco Lemes Gonçalves, foi criado o Ginásio
Estadual Abraham Lincoln, pelo decreto nº 5.594 de 18 julho de 1966, preenchendo todos os
requisitos, adotados pelo Conselho Estadual de Educação do Paraná. Construído em convênio
entre Prefeitura e a Secretária da Educação e da Cultura e Negócios do Estado do Paraná. O
funcionamento do Colégio iniciou-se no ano letivo de 1968 com dois turnos. Manhã e Noite e
a partir de 2003 passou a ofertar também o turno da Tarde.
O Colégio recebeu o nome do grande Estadista Norte-americano Abraham
Lincoln a pedido do Deputado Seme Scaff, que na época desejava homenageá-lo.
O Colégio recebeu as respectivas denominações no decorrer de sua história.:
•
1968 – Ginásio Estadual Abraham Lincoln.
•
1981 – Escola Abraham Lincoln – Ensino de 1º Grau.
•
1982 – Escola Estadual Abraham Lincoln – Ensino de 1º Grau.
•
1990 – Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino de 1º e 2º Grau.
•
1998 – Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e
Médio.
É mantido pelo Governo do Estado do Paraná, oferta o Ensino Fundamental de 5ª
a 8ª série e Ensino Médio, autorizados pela Resolução nº 3.728 de 31/12/81, reconhecido pela
Resolução nº 1.216 de 03/04/84.
Em 1990 foi autorizado a oferecer o Ensino de 2º Grau Regular, ofertando as
habilitações de magistério e Auxiliar de Contabilidade, as quais são reconhecidas pela
Resolução nº 4.164 de 27/07/93. (Cursos extintos).
Em 1997 foi implantado o curso Educação Geral. Preparação Universal,
autorizado pela Resolução nº 4.341/97 de 29/12/97.
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Em 1999, conforme Resolução nº 3.492/98 da SEED, de 13/10/98, através do
Parecer nº 388-98 do NRE de 16/12/98, foi aprovada a Proposta Pedagógica para a
implantação gradativa do Ensino Médio.
Durante todo o seu período de funcionamento, desde a sua fundação, muitos
foram os profissionais que contribuíram com o seu progresso. Estiveram na direção doze
professores, sendo que o diretor atual é o Professor Jaime Ademir Roder, que conta com a
direção auxiliar da Professora Ana Maria Dominguez de Figueiredo Sanches. Na função de
secretário de escola, atua a senhora Adriana Vicentim Gonçalves, auxiliada por quatro
técnicos administrativos. Na área pedagógica, atuaram seis supervisores de ensino e dois
orientadores educacionais, contando hoje com uma equipe pedagógica composta por duas
profissionais pedagogas, especialistas em educação. No setor de serviços gerais, vários foram
os profissionais que colaboraram com o funcionamento do colégio. Foram em número de
vinte e seis, sendo atualmente esse quadro composto por sete funcionários, em que um é
mantido pelo poder público municipal.
Como se pode verificar, no decorrer dos anos que fizeram parte da história do
Colégio Estadual Abraham Lincoln, muitas foram as pessoas que contribuíram para a sua
evolução e sucesso. Assim, temos hoje um colégio voltado para os interesses comuns e
coletivos, atuando como o esteio propulsor da educação e interagindo com a comunidade.
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3 - FILOSOFIA DA ESCOLA
Direcionando um olhar crítico para a sociedade global, cujas características que se
infere no cenário nacional, observa-se que está em pauta o questionamento dos sentidos dos
valores éticos, políticos, sociais e epistemológicos que, com o avanço tecnológico tem se
esvaído e, diante de um comportamento social extremamente capitalista/consumista,
evidencia-se a necessidade de resgatar o cultivo de valores que fundamentem a vivência
individual e coletiva em sociedade.
A escola, inclusa nesse contexto social se traduz em instrumento de resgate e
transformação de atitudes, e principalmente ferramenta que alavanca a construção do
conhecimento. Ela é uma ponte que permite o contato entre os sujeitos e conhecimento,
acenado para uma construção ativa, coletiva e cidadã no que se refere à formação dos
indivíduos enquanto construtores de sua própria história.
A tarefa da escola não se resume em instrumentalizar o aluno para a compreensão
do mundo que o rodeia. No contexto social atual, é imprescindível,
instrumentalizar o educando para o pensamento crítico. Temos que oferecer
condições aos alunos de refletir e tomar decisões racionais sobre questões de sua
vida e dos seres que com ele interagem. (PROJETO DE CONTEÚDOS
ESSENCIAIS PARA O ENSINO DE 2º GRAU, 1998, p. 6)
Com essa visão, o trabalho que é desempenhado pelo Colégio Estadual Abraham
Lincoln se fundamenta na condição de proporcionar o desenvolvimento pleno das habilidades
individuais, integrando-as no coletivo, fomentando a construção do indivíduo capaz de
pensar, tomar decisões e agir por si só dentro de uma sociedade desigual, enraigada pelas
marcas do capitalismo extremista, primando por uma auto-afirmação que não viole os direitos
alheios e principalmente veiculando ações que contribua para o exercício da cidadania.
A escola não se resume a um segmento social isolado. Ela faz parte de uma
engrenagem social maior e, por isso deve agir de maneira a condicionar uma formação
pluridimensional e democrática, alicerçada em ações coletivas que proporcionem a
compreensão das complexidades do mundo contemporâneo, atendendo para o contexto global
e também para as especificidades locais.
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Trata-se de explicitar a identidade da escola; de enfatizar sua filosofia e seus
objetivos de ação contextualizando o momento histórico vivenciado. Pressupõe um trabalho
voltado para uma Filosofia de Educação que contemple as múltiplas dimensões do homem,
enquanto sujeitos sociais individuais e coletivos; iguais e distintos; contemplando e
valorizando as diferenças individuais e acenando para o respeito à diversidade cultural.
A consolidação do conhecimento se dá pela atenção à uma concepção progressista
que fomente a interdisciplinariedade, com vistas à construção pluralista do saber, partilhando
ideias, fortalecendo a ação coletiva, garantindo direitos legais e priorizando
o
desenvolvimento das habilidades físicas, psíquicas, e intelectuais, possibilitando a aquisição
de convicções fundamentais de solidariedade e igualdade entre os seres humanos, assim como
hábitos de convivência, de luta, de trabalho, de conquista individual e coletiva.
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4 - OBJETIVOS GERAIS
•
Oportunizar a igualdade de condições ao acesso, permanência e sucesso dos
educandos num sistema educacional de qualidade que possibilite o desenvolvimento
de suas potencialidade;
•
Possibilitar a interação entre o conhecimento historicamente construído e a realidade
social, buscando a construção consciente de uma educação transformadora;
•
Potencializar a valorização do profissional da educação através do melhor
direcionamento de políticas públicas que estejam voltadas ao interesse da classe,
oportunizando situações que promovam o crescimento pessoal, através da formação
continuada, permitindo a identificação do profissional como um verdadeiro educador e
não simplesmente como um agente reprodutor de conhecimento adquirido;
•
Selecionar, sistematizar e socializar conhecimentos que contribuam para a construção
de sujeitos críticos e participativos, empregando recursos didáticos-pedagógicos
facilitadores da aprendizagem;
•
Estabelecer relações sociais democráticas entre todas as instâncias colegiadas, onde a
ação social autônoma na relação e convivência cotidiana da escola e na sociedade,
viabilizando situações educacionais de produção e socialização do conhecimento, para
que o aluno sinta-se sujeito ativo do processo de construção da cidadania. Fatos que
podem ser resultantes da definição de políticas públicas da educação, onde deve haver
a participação democrática da comunidade escolar;
•
Valorizar a Educação como instrumento de humanização e de interação social, num
processo cooperativo entre indivíduos plenos e aptos a construir sua própria autonomia
e cidadania, os quais se reconheçam como seres únicos, mas também coletivos;
•
Garantir a dinamicidade participativa do processo coletivo de busca da cidadania,
tornando possível o repensar pedagógico e a reconstrução da ação pertinente à
transformação da sociedade, devendo haver a possibilidade de recomeçar cada
processo quando preciso. Enfatizando que a educação não é estática, pronta e acabada,
mas que está em constante evolução;
•
Proporcionar ao educando condições de compreender que as relações sociais estão
pautadas em um conjunto de Leis que regulamentam os direitos e deveres de todos os
cidadãos, expressos na Constituição Federal;
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•
Tornar a Escola Pública um espaço digno, bem conservado, equipado, onde
educadores e educandos se sintam respeitados, valorizados e tenham suas famílias
acolhidas.
•
Sistematizar os processos avaliativos, atentando para a complexidade da ação,
fomentando o aspecto diagnóstico e veiculando formas alternativas de valorizar o
conhecimento construído e os progressos alcançados. Fato que acena para um repensar
da prática pedagógica e, principalmente para uma retomada e construção do
conhecimento.
5 - MARCO SITUACIONAL
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É o momento de delimitarmos minuciosamente as características fundamentais do
Colégio Estadual Abraham Lincoln. Serão expressos aqui todos os seus segmentos e as
relações que se estabelecem em seu meio.
...assim como, quando viajamos, sempre buscamos informações acessórias ( por
exemplo, sobre a história, a geografia, a economia, o folclore, etc. do país ou da
cidade que vamos visitar), para a nossa caminhada, quanto mais informações o
leitor buscar na história das religiões, da magia, da filosofia, da arte, enfim, na
história da humanidade, tanto mais saboreará nossa viagem. (CHASSOT, 2003,
p.9)
A compreensão do Marco Situacional, nesse sentido, será tão importante, quanto
a busca de informações que procuramos durante nossas viagens, para que da mesma forma,
possamos considerar toda a realidade que se insere no Colégio Estadual Abraham Lincoln.
Como um instrumento de suporte orientador, é válido o entendimento do organograma que
demonstra a sua organização.
5.1 - OFERTA DE CURSOS/PROGRAMAS
O Colégio Estadual Abraham Lincoln - Ensino Fundamental e Médio, situado à
rua Professor Irineu Citino, 900; Centro - Kaloré – Paraná, telefone (43) 3453 1119, funciona
em 03 (três) turnos:
Manhã: 7h40min às 12 h
Tarde: 13h às 17h 10min
Noite: 18h50min às 22h50min
Os cursos ofertados são Ensino Fundamental – séries finais e Ensino Médio.
Programas: VIVA A ESCOLA, CELEM, Sala de Apoio à Aprendizagem e Sala de Recursos.
5.1.1 - CELEM
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Os cursos ofertados pelos Centros de Línguas Estrangeiras Modernas – CELEM
são regulamentados pela Resolução Secretarial nº 3904/2008 e oferecidos aos alunos da rede
pública estadual, gratuitamente, possibilitando a toda comunidade escolar o acesso a outras
culturas. De modo que o ensino da língua estrangeira moderna no Paraná, bem como de outras
disciplinas é norteado pelas Diretrizes Curriculares da Educação Básica, documento elaborado
com a participação dos professores da rede. A duração do curso é de dois anos, sendo quatro
aulas semanais, totalizando 320 horas ao longo de quatro semestres e, ao final do curso o
aluno recebe o certificado que é expedido pela Secretaria Estadual da Educação (SEED). O
Colégio Estadual Abraham Lincoln oferta através do Programa CELEM, o curso de Língua
Espanhola, desde o início do ano letivo de 2010, com três turmas distribuídas nos turnos da
tarde, intermediário e noturno.
5.1.2 – VIVA A ESCOLA
O programa Viva a Escola oferece aos alunos, a partir de 2009, atividades
didáticas, esportivas e culturais em horários alternativos aos de aula, indo de encontro ao
princípio da escola integral. O Viva a Escola se propõe a dar atendimento aos estudantes no
horário contrário ao turno em que atualmente freqüentam o ensino regular. O programa
possibilita o desenvolvimento atividades artísticas, culturais, cientificas, esportivas e mesmo
de aprendizagem no interior da escola, fato que direciona a igualdade de oportunidades aos
alunos. Trata-se de uma atividade de complementação curricular, com abordagem disciplinar
originada a partir das necessidades identificadas pelo coletivo da escola. O Colégio Estadual
Abraham Lincoln oferta atualmente (ano letivo de 2010) quatro atividades respectivas ao
programa Viva a Escola. São elas:
5.1.2.1 - Atividade 1
•
Título: O Teatro na Escola
•
Núcleo de Conhecimento: Expressivo-Corporal
•
Atividade: Teatros
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5.1.2.2 - Atividade 2
•
Título: Matemática: Dinâmica de Jogos e Aprendizagem
•
Núcleo de Conhecimento: Expressivo-Corporal
•
Atividade: Jogos
5.1.2.3 - Atividade 3
•
Título: Geografia e Música: Uma Forma de Cidadania
•
Núcleo de Conhecimento: Científico-Cultural
•
Atividade: Músicas
5.1.2.4 - Atividade 4
•
Título: Língua Portuguesa: Apoio à Aprendizagem
•
Núcleo de Conhecimento: Científico-Cultural
•
Atividade: Atividades Literárias
Todas as atividades do Viva Escola são ofertadas com o total de quatro horas aula
semanais, em contra-turno ao período de matrícula no ensino regular dos alunos.
5.1.3 - SALA DE APOIO
Em conformidade com o que expressa a Secretaria de Estado da Educação do
Paraná – SEED, quanto à implementação do Programa de Sala de Apoio à Aprendizagem,
respaldada na Instrução Conjunta N° 04/04 – SEED/SUED/DEF, o Colégio Estadual
Abraham Lincoln oferta Salas de Apoio à Aprendizagem com o objetivo de atender às
defasagens de aprendizagem apresentadas pelos alunos que frequentam a 5ª Série do Ensino
Fundamental.
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O programa prevê o atendimento aos alunos no contraturno, nas disciplinas de
Língua Portuguesa e Matemática, com o objetivo de trabalhar as dificuldades referentes à
aquisição dos conteúdos e oralidade, leitura, escrita, bem como às formas espaciais e
quantidades nas suas operações básicas e elementares.
5.1.4 - SALA DE RECURSOS
•
SALA DE RECURSOS SÉRIES FINAIS OFERTADA DESDE 2005
•
ATENDIMENTO – ÁREA : Deficiência Mental/Intelectual e Transtornos Funcionais
Específicos
•
TURNO: Tarde - CÓDIGO(SAE) 2032
•
RESOLUÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO: 4016/04
•
DATA DA ÚLTIMA PRORROGAÇÃO: 20/12/2008
•
PROFESSORA: Marlene Cruz Cividini
•
FORMAÇÃO: Magistério
•
PÓS GRADUAÇÃO-ÁREA Educação Especial DM, DA, DV e DF
•
NÚMERO DE ALUNOS ATENDIDOS EM 2010 : 9 alunos
•
MATERIAIS:
VINCULO : QPM
SUPERIOR: Pedagogia
01 Bola de borracha
01 cubo de Fração
01 Disco de Fração
01 Material Dourado
01 Sólido Geométrico
01 Tangran
01 Fantoche Família
•
JOGOS:
01 Administrando o seu dinheiro
01 Alfabeto Silábico
01 Banco Imobiliário
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01 Batalha Naval
02 Can Can
02 Cilada
01 Com que letra?
01 Conhecendo o Brasil
01 Damas
01 Dominó: Associação de idéias
02 Dominó Tradicional
04 Dominó Educativo
01 Futebol de Botão
03 Hora do Rush
01 Imagem e Ação
01 Jogo da velha
01 Lince
01 Loto
01 Memória
01 Mesada
01 Palavras-cruzadas
01 Pega - varetas
01 Perfil Junior
01 Perfil 3
03 Quebra- cabeças
05 Resta 1
01 Scotland Yard
01 Sequência Lógica-Trânsito
01 Triângulo Matemático
01 Vamos Formar Palavras
A Sala de Recursos está estabelecida na Instrução Nº 05/04 da SEE, é um serviço
especializado, de natureza pedagógica que apoia e complementa o atendimento educacional
realizado em Classes Comuns do ensino Fundamental de 5ª a 8ª séries. Destina-se aos alunos
que apresentam problemas de aprendizagem com atraso acadêmico significativo, distúrbios de
aprendizagem e/ou deficiência mental. O ingresso do aluno na Sala de Recursos se dá a partir
de
Avaliação Psicoeducacional, realizada pela Equipe Técnico Pedagógica, Professor
Especializado com assessoramento, quando necessário, de Equipe Multidisciplinar, Equipe do
NRE. Seu atendimento é realizado individualmente ou em pequenos grupos, obedecendo a um
cronograma, previamente estabelecido, de duas horas por dia, de duas a quatro sessões
semanais, de acordo com sua necessidade.
O trabalho na Sala de Recursos dá ênfase:
- na área do desenvolvimento cognitivo, sócio-afetivo-emocional e motor;
- na área do conhecimento;
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- linguagem oral e escrita;
- cálculos matemáticos, através de atividades lúdicas.
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5.2 – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA ESCOLA
O Organograma abaixo, demonstra a forma de organização do
Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio
Conselho
Escolar
Direção
Secretaria
APMF
Equipe
pedagógica
Corpo Discente
Biblioteca
Laboratório
Informática
Laboratório
Ciências
Projeto
Serviços de
Apoio
Corpo Docente
Pais
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5.3 – A ESCOLA INSERIDA NO CONTEXTO SOCIAL
5.3.1 – ESFERA GLOBAL
No mundo globalizado a informação salta de um lado para o outro do planeta em
segundos. Modernas tecnologias permitem ver e falar com pessoas que estão distantes. Já são
inúmeras as realizações e descobertas científicas e, mesmo assim, o mundo ainda busca, sem
sucesso, a cura para as feridas do Século XXI – guerras, fome, miséria, conflitos raciais e
religiosos, destruição do planeta e a desigualdade social.
Entre todos os caminhos para a cura destes males, a educação para o
questionamento dos valores mundiais, ainda é apontada como o mais eficaz.
5.3.2 – ESFERA NACIONAL
Ao analisarmos a história do Brasil em seus diversos aspectos, podemos constatar
sua evolução econômica, política e sócio-cultural. Hoje somos capazes de produzir alta
tecnologia, exportar produtos que atendam às exigências nacionais e internacionais e produzir
alimentos com qualidade em grande quantidade. Porém, a maior parte de nossa população não
tem acesso aos bens materiais e culturais produzidos em nosso país, porque há grande
desigualdade social. Vivemos em uma sociedade enraigada pela relação dominante e
dominada e, apesar das transformações ocorridas ao longo do tempo, as relações de poder
vêm sendo mantidas de tal forma, que o capitalismo se instalou e é característica da maioria
das sociedades atuais. Sendo assim, interessa aos dominantes, detentores do poder, manter
uma sociedade individualista que valorize e dissemine o consumo exagerado e a idéia de
poder a ele atrelado.
Essa sociedade mantida pelos dominados consumistas que nele se envolvem sem
refletir, perpetuando sua prática e seus valores, torna-se injusta, na medida em que nela
prevalecem a desigualdade, o individualismo, as relações de poder e de classe que subjugam
social e economicamente os menos favorecidos.
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Certamente não é a sociedade que queremos. Defendemos uma sociedade
humanizada, igualitária, fraterna e justa, onde todos, apesar das diferenças de cultura, credo
ou ideologia partilhem de sua construção, realizando seus deveres e exercendo seus direitos.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (L.D.B.) diz em seu texto que a
educação é um direito do cidadão e um dever do Estado. As Leis foram escritas e reescritas ao
longo d história do país, com base no contexto sócio-econômico-cultural, sua evolução e
necessidades, estabelecendo –se parâmetros na busca de uma sociedade mais democrática. Ao
analisarmos a real efetivação das garantias postas na Lei teremos uma visão clara do quanto
ainda há para se conquistar.
A educação não pode mudar o mundo, mas o mundo sem a educação não se
transformará. (Paulo Freire) Ao analisarmos o pensamento de Paulo Freire entendemos que a
escola, mesmo sem querer, dá uma grande parcela de contribuição para a manutenção da
sociedade vigente, na medida em que falha na tentativa de por em prática o que realmente
idealiza. Em tese, a escola é o espaço primordial para o exercício de uma educação reflexiva e
questionadora possibilitando ao aluno ser sujeito de sua própria história e promotor da
transformação social. Se este é o objetivo de nosso trabalho pedagógico, onde estamos
falhando?
Trata-se de uma questão complexa que se atrela aos marcos históricos que
delinearam a realidade brasileira como um todo, refletindo-se na história do próprio município
onde interagimos enquanto agentes da educação. Para que possamos direcionar um olhar mais
compreensivo, acerca dessa realidade, é oportuno explicitar algumas considerações históricas
que resultaram na comunidade local onde vivenciamos.
5.3.3 – ESFERA LOCAL
O município de Kaloré, onde está situado o Colégio Estadual Abraham Lincoln é
considerado de pequeno porte, com características impregnadas acerca da economia rural. No
aspecto econômico, pode-se destacar no setor primário, uma economia voltada para a
agricultura e a pecuária, sendo que a utilização do solo se dá pelo cultivo de lavouras
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temporárias (soja, milho, algodão, trigo) e em pequena quantidade, lavouras permanentes
(café e cana-de-açúcar). Existem também pastagens, matas e terras em descanso. No
município é possível encontrar grupos de produtores que possuem grandes propriedades
tecnificadas, e também um grande número de pequenos produtores que cultivam o necessário
para sua subsistência, comercializando apenas o excedente, cultivando suas lavouras com
recursos limitados. Existe ainda, um significativo número de trabalhadores volantes, que
aumenta nos períodos da colheita de algodão e cana-de-açúcar. A comercialização da soja,
milho e trigo se dá através de cooperativas e comércios particulares do município; do café, em
cooperativas e torrefadoras da região; do leite, em cooperativas, fábrica de doces e varejo; da
carne, em frigoríficos próximos e comércio local. (PRODER, 2002)
No setor secundário, o município conta com algumas indústrias, a maioria de
pequeno porte, destacando-se as de beneficiamento e transformação de alimentos, indústrias
de móveis, e vestuário, bem como, facções. São agroindústrias como a de Transformação de
Leite (Fábrica de Doces) e de beneficiamento e empacotamento de arroz. As que não são de
exploração agrícolas são as serrarias, serralherias, marcenarias e facções, na área de vestuários
e acessórios. Por fim, o setor terciário conta com os comércios locais, onde se concentram
pequenas lojas, bares, mercearias, armazéns de secos e molhados, supermercados e algumas
lojas especializadas. Tais estabelecimentos fazem o abastecimento da sede, da zona rural e do
distrito de Jussiara. Como prestadores de serviços, Kaloré conta com as agências dos Bancos
Itaú, Sicredi . (FAMEPAR, 1996, p. 26)
Ao se considerar a população do município de Kaloré, tem-se vários fatores a
destacar, como os que seguem explícitos nas tabelas, fazendo um parâmetro comparativo
entre o município, a região, o estado e o país.
•
Quanto à População
LOCALIDADE
URBANA
RURAL
Brasil
125.910.530
32.321.722
Paraná
7.356.405
1.930.154
Região Central
132.035
104.069
Kaloré
3.057
1.987
Fonte: IPARDES 2000 – Elaboração EMATER – PR
TOTAL
158.232.252
9.286.559
250.103
5.044
24
•
Quanto à Densidade Demográfica
LOCALIDADE
Brasil
Paraná
Região Central
Kaloré
Fonte: IPARDES 2000 – Elaboração EMATER – PR
Hab/Km2
18,4
45,1
24,3
27,87
Nesse contexto populacional, verifica-se que os índices de desenvolvimento
humano da última década, no que se refere à saúde, educação/escolaridade e renda familiar se
enquadram em um nível médio de desenvolvimento humano, o que dá ao município caráter
progressivo, enquanto comparado ao Brasil, num contexto mais amplo, o qual também ocupa
nível médio de desenvolvimento humano. (PRODER, 2002)
O que vamos relatar a seguir permitirá inserir nossa Escola no contexto acima
descrito. Devido ao fato do Colégio Estadual Abraham Lincoln estar localizado em uma
cidade pequena, em região essencialmente agrícola e habitada por pequenos produtores,
atende alunos da zona rural e urbana. Filhos de pequenos agricultores, trabalhadores rurais
volantes, autônomos, pequenos comerciantes, empregados (facções de costura, comerciantes,
domésticos, dentre outros).
5.4 – ESTRUTURA FÍSICA
O Colégio também tem sua história. Foi construído no ano de 1968 e, no período
que se seguiu, passou por reformas e ampliações na tentativa de adequar seus espaços às
necessidades emergentes. Atualmente estão sendo reformados os ambientes já existentes e
sendo construídos novos banheiros. A construção de um refeitório é uma antiga reivindicação
da comunidade escolar. No entanto, ainda não foi conquistada. Também são necessárias
melhorias nos muros, já que os mesmos não impedem o acesso de pessoas estranhas ao seu
ambiente. E ainda, um melhor aproveitamento dos espaços ociosos, que se organizados,
poderão ser destinados às atividades educativas e de lazer. Atualmente, a estrutura física do
Colégio dispõe dos recursos adiante descritos.
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5.4.1 - RECURSOS FÍSICOS DISPONÍVEIS
A estrutura física do colégio está assim organizada :
09 (nove ) salas de aula;
01 (uma) biblioteca;
01 (uma) secretaria;
01 (uma) sala de professores;
01 (uma) sala para Equipe Pedagógica;
01 (um)depósito de materiais didático;
01 (uma) cozinha;
01 (um) depósito de merenda;
01 (um)depósito de materiais esportivo
01 (um) almoxarifado ;
01 (um )banheiros masculinos (4 sanitários e 1 chuveiro);
01 (um )banheiros femininos (4 sanitários e 1 chuveiro);
01 (um ) banheiro para professores (masculino);
01 (um ) banheiro para professores (feminino );
01 (uma) quadra coberta;
01 (uma) quadra polivalente;
01 (uma) sala para Direção;
01 (uma) sala para documentação;
01 (uma) sala com divisória para o Programa Viva Escola;
01 (uma) sala para Laboratório de Informática;
01 (um ) Laboratório de Química, Física e Biologia.
5.4.1.1 – Biblioteca
É fato que a informação viaja rapidamente pelo mundo, mas o seu cesso
incondicional ainda está restrito e diretamente ligado a condições sócio econômicas e
26
culturais. Por essa razão, a biblioteca escolar é, muitas vezes, o único espaço de garantia de
acesso ä informação.
A biblioteca desse colégio conta com um pequeno acervo, se comparado ä
produção literária brasileira e ao volume de obras mundiais já traduzidas para a nossa língua.
Sabemos o quanto o trabalho de incentivo à leitura deve ocupar espaço prioritário em nossas
ações pedagógicas. Formar leitores assíduos é um desafio que enfrentamos em face ao
limitado acervo bibliográfico com o qual contamos, seja pela diversidade das obras ou ainda
pelo número das mesmas.
Nossos alunos não têm acesso a jornais e, as poucas revistas existentes foram
doadas pela comunidade e já não oferecem informações atualizadas.
Foi disponibilizado um funcionário do setor administrativo que recebe
orientações da equipe pedagógica e professores. No entanto, ainda não recebeu treinamento
específico para a função que vem desempenhando, que se realizado, muito o ajudaria na
realização de sue trabalho.
Através de uma apreciação crítica acerca da Biblioteca, podemos assim
caracterizá-la:
•
Acervo da TV Escola
•
Quantidade
143
30
48
50
02
03
02
02
Enciclopédias
Quantidade
03
01
01
01
Especificação
Fitas de vídeo diversas
Fitas da TV Escola
Fitas “Um Salto para o Futuro”
DVDs
Vídeo Cassete
Televisores
Antenas Parabólicas
Aparelho de DVDs
Especificação
Barsa
Ginasial Ilustrada
História Universal
História do Povo Brasileiro
27
•
01
01
01
02
01
01
01
01
01
01
01
01
História das Civilizações
Grandes Personagens de todos os Tempos
Álgebra
Curiosidades
Tecnirama
Ciências Ilustradas
Pedagógica da Educação Sexual
Codil
Lisa
Pape
Panorama
Badem
01
Fase
01
Formar
Coleções
QUANTIDADE
ESPECIFICAÇÃO
02
01
01
01
02
01
01
01
01
01
02
01
02
01
01
01
Sítio do Pica-pau Amarelo
Biblioteca Dinâmica do Ensino Moderno
Habilidades de Estudos Sociais
Poesia Completa e prosa
A Marcha do Homem
Obras Complementares de Monteiro Lobato
Dicionário Brasileiro Ilustrado – Edigraf.
Iracema
Primeiros Passos
Sermões do Padre Antonio Vieira
Obras Completas de Jorge Amado
Obras do Padre Charbonneau
Obras Completas de Machado de Assis
Obras de Júlio Verne
Obras de Eça de Queiroz
Sexo e Sexualidade
02
Júlio Verne
01
Folclore em Atividades
01
Inglês para Crianças
01
Coleção da Fala e da Escrita
23
Literatura em Minha Casa
01
Meu Primeiro Livro de Inglês
01
Clássicos bilíngüe
01
Meio Ambiente
28
02
Aventuras na História
02
Clássicos Rideel
01
As Aventuras de Joça e Zeca
01
Clássicos Universais
01
Aventuras Grandiosas
01
Mundo Encantado de Glória Fuertes
01
O Brasil Monárquico
01
A Literatura no Brasil
01
Mar de Histórias
01
Encantamento das virtudes
02
Sherlock Holmes
01
Obras completas de José de Alencar
01
Paulo Coelho
01
Clássicos
da
Literatura
(temas
de
vestibulares)
•
01
História da República Brasileira
01
Novos Papos
Literatura
Quantidade
Especificação
399
393
36
23
34
Infanto-Juvenil
Romances
Contos
Crônicas
Poesias
•
Livros Didáticos
Quantidade
08
16
14
18
58
04
53
07
Especificação
Física
Química
Biologia
Ciências
História
Matemática
Literatura e Língua Portuguesa
Inglês
29
06
12
20
07
15
15
Vários Exemplares
Botânica
Atlas Geográficos
Mapas
Dicionários de Inglês
Dicionários de Português
Mapas das partes do Corpo Humano
Livros; Panfletos sobre AIDS; Drogas e DST
5.4.1.2 – Laboratório de física, química e biologia
O laboratório escolar está equipado com recursos próprios para a elaboração de
experiências que permitem a comprovação de fatos elencados na teoria estudada em cada
área. A partir do ano letivo de 2006, o laboratório tem um atendimento diferenciado, com a
disponibilidade de um assistente de execução que estará organizando o laboratório e
prestando assessoria ao trabalho desenvolvido pelos professores.
Em educação, como em todas as áreas, a reflexão e a ação são companheiras inseparáveis
(...) A reflexão desvinculada da prática conduz a uma teorização vazia.(HAYDT, 1998,
p.9)
O laboratório se presta a providenciar um encontro entre teoria e prática, em que
os educandos podem estabelecer parâmetros comparativos acerca do conhecimento que estão
construindo, inferindo em análises que levem à consolidação do saber. Na realidade, ainda é
preciso que se maximize a utilização dos recursos laboratoriais, para que a prática seja um
hábito cotidiano, veiculando aos educandos a oportunidade de verificar hipóteses,
comprovando ideias.
Com a nova função ocupacional própria para o laboratório, será elaborado um
cronograma de utilização do espaço físico do laboratório pelas disciplinas afins. Ainda é
preciso, porém, que um treinamento para o assistente de execução seja providenciado, para
que os reais objetivos sejam atingidos através de sua atuação conjunta com os docentes.
Adiante será detalhado o acervo atual do laboratório.
Equipamentos para Laboratório de Biologia, Física e Química
Quantidade
01
Especificação
-
Balança Mecânica de Braços iguais - altura 30 cm
30
I.
01
-
Balança de pratos
01
-
Gerador de Vandergraft
05
-
Microscópio Binocular
01
-
Multímetro
01
-
Marcador de Tempo a pilha
02
-
Microscópio Binocular – pequeno
Relação do conjunto de reagentes
Quantidade
Especificação
Vol. Emb.
01
Ácido Clorídrico
100 ml
02
Ácido Nitrico
100 ml
02
Ácido Sulfurico
100 ml
01
Enxofre em pó
200 g
01
Flúor
01
Alumínio em Aparas
100 g
01
Estanho em Raspas 99%
250 g
01
Limalha de Ferro
01 bloco
Papel Vermelho de tornassol
01 bloco
Papel azul de tornassol
100 tiras
01 bloco
Papel indicador Universal
100 tiras
01
Sulfato de Aluminio
100 g
01
Sulfato de Cobre II PA
100 g
01
Sulfato de Zinco
100 g
01
Zinco em Raspas
100 g
01
Laranjado de metila
100 g
01
Permagnato de Potássio
100 g
01
Hidróxido de Cálcio
100 g
01
Hidróxido de Sódio P.A. 98,9%
100 g
01
Cal hidratado
100 g
01
Azul de Bromotimol
100 g
01
Carbonato de Cálcio P.A.
500 g
01
Hidroxido de Alumínio Seco P. A. 250 g
01
Carbonato de Sódio P. A.
100 g
01
Cloreto de Bário
100 g
250 g
50 g
100 tiras
31
01
Cobre em pó
10 g
01
Nitrato de Prata P.A.
25 g
II.
Relação do conjunto de vidrarias
Quantidade
Especificação
01
Almofariz com pestilo, 180 ml
02
Almofariz sem pistilo, 180 ml
01
Almofariz com pestilo,610 ml
01
Balão Volumétrico 250 ml
04
Balão Volumétrico 500 ml
04
Balão Volumétrico fundo chato 500 ml
02
Balão volumétrico de 25 ml
03
Balão de destilação de 250 ml
01
Balão de fundo chato 500 ml
05
Balão de fundo chato de 250 ml
01
Balão de fundo chato de 125 ml
01
Balão de fundo redondo de 300ml
11
Bastão de vidro
01
Becker de vidro 500 ml
10
Becker de vidro 250 ml
02
Becker de vidro 100 ml
04
Bureta
04
Condensador p/ destilação
10
Erlemeyer de vidro grad. boca estreita de 250 ml
01
Erlemeyer de vidro grad. boca estreita de 200 ml
01
Erlemeyer de vidro grad. boca estreita de 25 ml
07
Funil analítico de haste longa liso de 250 ml
01
Funil analítico de haste longa
07
Funil de decantação de 250 ml
05
Lâminas de vidro 5 cm
5mm x 300 mm
liso de 500 ml
32
03
Papel filtro qualitativo 90mm - 100 discos
01
Pipeta graduada de 5 ml
03
Pipeta graduada de 1 ml
01
Pipeta graduada de 10 ml
01
Pipeta graduada de 2 ml
02
Pipeta volumétrica de 2 ml
02
Pipeta volumétrica de 3 ml
03
Pipeta volumétrica de 5 ml
02
Pipeta volumétrica de 10 ml
03
Pipeta volumétrica de 20 ml
02
Placa de petri de 100 x 10mm s/tampa
02
Placa de petri de 90 x 20mm s/tampa
02
Proveta de vidro graduada s/ tampa de 50 ml
01
Proveta de vidro graduada s/ tampa de 15 ml
01
Proveta de vidro graduada s/tampa de 500 ml
01
Proveta de vidro graduada s/tampa de 250 ml
10
Tubos de ensaio de 1,5 x 18 cm
02
Tubos de ensaio de 1,5 x 15 cm
05
Tubos de ensaio de 1,5 x 16 cm
09
Tubos de ensaio de 1,0 x 10 cm
09
Tubos de ensaio de 1,5 x 14 cm
04
Vara de vidro de 5mm x 100mm
07
Vidro de relógio de 80mm
III.
Equipamentos acessórios
Quantidade
Especificação
02
ANEL DE GRAVESAND
03
ANÉIS METÁLICOS, adap. Ao suporte universal -
09
ANÉIS METÁLICOS, adap. ao suporte universal -diâmetro 5 cm
03
ANÉIS
diâmetro 8 cm
METÁLICOS, adap. Ao suporte universal - diâmetro 12 cm
33
01
AGITADOR MAGNÉTICO
02
BALANÇA DIGITAL
04
BICO DE BUNSEN
02
BOBINAS DE 1.200 esp.
02
BOBINAS DE 300 esp.
02
CONEXÃO DE FIOS FLEXÍVEIS
02
CUBA SEMI-CILÍNDRICA
04
DIASPASÃO de 440 Hz
01
ESPÁTULA em aço inox de 20 cm de comprimento sem lâmina metálica
04
ESPÁTULA em aço de 180 mm
03
ESTANTE DE MADEIRA, para tubos de ensaio.
01
ESTANTE METÁLICA, para tubos de ensaio
29
FONTE FA-7
01
GUARDA -PÓS
06
JOGO DE MASSA AFERIDA 2 (20g) 2 (10g) 2 (5g)
01
LAMPARINAS , à
05
LÂMINAS para microscopia (caixa)
01
LENTES CONVERGENTES
álcool com pavios e abafador
34
01
LUPA
01
MOLA TÁLICA, 2 cm de diametro e 2 m de Comprimento
01
MANTA AQUECEDOURA
05
MOLA METÁLICA , de 7 cm de diâmetro
01
MUFA
01
NÚCLEO DE FERRO
13
pHGAMETRO
01
PINÇA de madeira
01
PINÇA METÁLICA DE COBRE
02
PORTA PESO ZINCADO
03
PORTA PILHA
04
PRISMAS
01
SUPORTE
03
TERMÔMETRO DE MERCÚRIO, de temperatura -10º C a + 250º C
01
TERMÔMETRO DE MERCÚRIO, de temperatura -10º C a + 110º C
04
TORÇO HUMANO
UNIVERSAL,
TRIPÉ METÁLICO
IV.
Minilaboratório Estudantil Didacta
Quantidade
Especificação
35
01
KIT MOVIMENTO ONDULATÓRIO
01
KIT MECÂNICA
01
KIT ELETRICIDADE E MAGNETISMO
01
KIT PESOS E MEDIDAS
5.5 - RECURSOS MATERIAIS
O colégio dispõe da seguinte relação de recursos materiais:
04 televisores em cores;
09 Estantes (06 de aço);
02 Antenas parabólicas;
08 Mesas de leitura;
01 Mesa de reunião;
02 Vídeos Cassete;
231 Fitas de vídeo;
30 Mapas diversos;
03 Globo;
10 Jogos educativos;
05 Microscópios;
01 Aparelho de Fone/Fax;
01 Balança;
01 Ventilador de mesa;
24 Ventiladores de teto;
01 Ventilador de parede;
01 Máquina de escrever eletrônica;
01 Máquinas de escrever manual;
02 Mimeógrafo;
11 Armários de aço;
10 Arquivos de aço;
12 Cadeiras estofadas;
02 Cadeiras giratórias;
07 Mesas escrivaninhas;
03 Armários de madeira;
36
303 Carteiras;
366 Cadeiras;
1 Mesas de professor;
01 Retro-projetor;
01 Torso bissexual;
01 Geladeira 280L;
02 Frezer horizontal;
01 Liquidificador de 8 L;
01 fogão com forno;
02 Cilindros de gás;
06 mesas para refeitório com 12 bancos;
01 Batedeira Industrial;
03 rádios com CD;
02 DVD;
01 Caixa de som;
07 extintores;
05 microcomputadores com impressoras;
01 cilindro industrial;
01 telefone sem fio;
01 máquina fotográfica;
01 sistema de som;
Pratos, canecas, talheres e demais utensílios de cozinha.
37
5.6 – RECURSOS HUMANOS
O quadro funcional do Colégio Estadual Abraham Lincoln está constituído
conforme tabelas que se seguem, compostas por funcionários e professores. Os funcionários
da educação se dividem em Agentes Educacionais I e II. O processo educativo se efetiva
devido à ação coletiva desses três segmentos – Agentes Educacionais I e II e professores, que
em suas respectivas funções contribuem com a construção e organização do conhecimento no
processo de ensino e aprendizagem.
38
5.6.1 – EQUIPE DE DIREÇÃO E AGENTES EDUCACIONAIS II
VÍNCULO
NOMES
2º GRAU
HABILITAÇÃO
3º GRAU
FUNÇÃO
COMPLETO
IMCOMPLETO
COMPLETO
Jaime Ademir Roder
QPM
Educação Física
Diretor
X
Adriana V. V. Gonçalves
Josiani Ap. F. Alfonso
Vanessa Cristina A Sanches
QFBE
QFBE
QFBE
Pedagogia
Pedagogia
Ciências
Secretária
Agente Ed.II
Agente Ed.II
X
X
X
Edmilson Rodrigues
Silva
Jefferson Fantachole
QFBE
História
Agente Ed.II
X
QFBE
Química
Industrial
Geografia/História
Agente de
Execução
Dir. Auxiliar
Ana Maria
Sanches
5.6.2 -
da
D.Figueiredo
QPM
PÓSGRADUAÇÃO
INCOMPLETO
DidáticaFundamentos
Teóricos da Prática
Pedagógica
Morfofisiologia
Humana e
Reprodutiva
Comportamental
X
X
Geografia e Meio
Ambiente
EQUIPE PEDAGÓGICA
2º GRAU
NOMES
VÍNCULO
HABILITAÇÃO
FUNÇÃO
COMPLETO
Marisa Ap. Boso Vicentim
Adelaide de Fátima Stencel
QPM
QPM
Pedagogia
Pedagogia
3º GRAU
Pedagoga
Pedagoga
IMCOMPLETO
COMPLETO
X
X
X
X
PÓSGRADUAÇÃO
INCOMPLETO
Educação Especial
Educação Especial
39
5.6.3 - AGENTES EDUCACIONAIS I
1º GRAU
NOMES
Inês de Lima Brito
Marlene Cristina da Silva
Maria Bertti de Carvalho
Jacira Veronez
Vanda Aparecida Padilha
Valdeci Francisca Custódio
VÍNCULO
QPPE
QPPE
QPPE
REPR
REPR
PSS
COMPLETO
2º GRAU
IMCOMPLETO
COMPLETO
3º GRAU
INCOMPLETO
COMPLETO
INCOMPLETO
X
X
X
X
X
X
5.6.4 - CORPO DOCENTE
2º GRAU
NOMES
VÍNCUL
Ana Márcia Labegalini Stencel
Ana Maria D. F. Sanches
Angela Maria Travagli
Antonia C. dos R. Protano
Aparecida de F. M. Estrada
Ariadne Cabral Franco Fernandes
Carina Elizabete da Silva
O
QPM
QPM
REPR
QPM
QPM
QPM
QPM
Cleide Alves Pereira Pontes
Cleonice da Silva
Cleudinéia Ap. Pereira Martins
Darlene Cristina dos S. dos Reis
QPM
QPM
QPM
QPM
3º GRAU
PÓS-GRADUAÇÃO
DISCIPLINA
COMPLETO
Geografia
Geografia/História
História
Língua Portuguêsa
Ciências /Química
Arte
Matemática
Sala de Apoio
Arte/Sociologia
Química
Biologia/Ciências
Ed. Física/Viva
Escola
IMCOMPLETO
COMPLETO
INCOMPLETO
COMPLETO
X
X
x
X
X
X
X
X
X
x
X
X
X
X
X
X
X
X
X
INCOMPLETO
X
X
40
Elaine Cristina da Silva Lopes
Elds Moreli da Silva
Emerson da Silva Oliveira
Iraci Aparecida Cachone
Irenice Fantacholi Plaça
Leila Aparecida Keller
Lenice Alves da Silva
Margarete Miranda P.Constantino
QPM
QPM
QPM
QPM
QPM
QPM
REPR
REPR
Marlene Cruz Cividini
Rita de Cássia Tassi Mello
Rosemary Porto
QPM
QPM
QPM
Silvio Martins de Oliveira
Vania E. J. Fernandes
Vilma Ciriaki de Castro
Vivian da Silva
REPR
QPM
QPM
REPR
Espanhol
História/Filosofia
Matemática
Educação Física
Língua Portuguêsa
Língua Portuguêsa
Língua Portuguêsa
Sala de Apoio
Língua Portuguesa
Sala de Recursos
Geografia/História
Matemática/Física
Viva Escola
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Educação Física
Português/Inglês
Geografia
Inglês
X
X
X
X
X
X
X
41
5.7– QUANTO À FORMAÇÃO CONTINUADA
A maioria de nossos professores tem formação em Magistério, a nível de Ensino
Médio e formação acadêmica com especialização na área específica a qual ministra aulas. Por
não contar com professores habilitados em todas as áreas, ocorre que as aulas de algumas
disciplinas são ministradas por professores de outras disciplinas afins, como é o caso de Arte,
Ensino Religioso, Filosofia e Sociologia.
Todos os professores e demais funcionários participam da capacitação continuada
prevista no calendário. Os demais cursos e simpósios são oportunizados a um pequeno
número de professores, sendo que alguns não demonstram interesse em participar de tais
eventos. Considerando a importância de uma boa formação específica, aliada a conhecimentos
de psicologia, Sociologia, Filosofia e Relacionamento Humano sem os quais o trabalho
pedagógico não se efetiva a contento dos envolvidos.
5.8 – QUANTO À ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
O conhecimento, nesse contexto, oportunizaria o trabalho interdisciplinar e os
projetos que hoje são quase que individuais, quanto à disciplina que o propõe. Passariam a ser
coletivos. Sabemos o quanto a organização do trabalho escolar e a excessiva carga horária dos
professores são prejudiciais a consolidação do processo educativo. Atualmente, os horários
incompatíveis, mesmo a hora-atividade não podem ser organizados de forma que os
professores das áreas possam estar juntos.
5.9 – CARACTERÍSTICAS DO ALUNADO
A exemplo do país, as famílias de nossa comunidade enfrentam os problemas
sociais causados pela necessidade financeira, que faz com que as mães saiam em busca de
trabalho para complementar a renda doméstica. Fato que a nosso ver, reflete no trabalho da
Escola, que se vê, na maioria das vezes privada de uma importante parceria. Ao analisarmos
42
alguns fatos ocorridos, percebemos que não há uma cultura de valorização, incentivo e
promoção para maior participação e interesse por parte dos pais. A distância fragmenta o
trabalho e perpetua a idéia de responsabilidades distintas ou até antagônicas, onde são
atribuídas culpas mútuas às situações de fracasso escolar.
Considerando que o Colégio em questão atende um alunado oriundo da zona
urbana e rural, os últimos dependem do transporte escolar e freqüentam os turnos matutino e
noturno (no caso de 8ª médio). Ocupam uma boa parte das vagas do período matutino, fato
que nos últimos anos vem causando um certo descontentamento de pais e alunos da zona
urbana, por ser o período de preferência dos mesmos.
Muito nos preocupa o fato de percebermos que a grande maioria de nossos alunos
não tem um projeto de vida. Talvez, por isso, estejam tão desmotivados quanto a estar na
escola e a participar de suas atividades. Este fato ocorre de forma mais acentuada no período
noturno, onde se observa que a formação escolar não se constitui em fator de interesse
relevante, importando apenas, a conclusão do curso, para atender às necessidades sociais e
trabalhistas.
Em contrapartida analisamos os problemas da Escola, onde muitas vezes as
turmas são numerosas, formadas por alunos sobre os quais pouco sabemos quanto aos
aspectos individuais. Tem-se um conhecimento generalizado de que a grande maioria provém
de famílias de baixa renda, que se alimentam de forma precária. Mesmo os que têm recursos,
não têm o hábito de manter uma alimentação saudável, fazendo opção por lanches e doces.
Muitos ficam longe dos pais a maior parte do tempo e às vezes estão à mercê da mídia, da
violência, do álcool e outros aspectos negativos para sua formação.
43
5.9.1 – CRITÉRIOS PARA A ORGANIZAÇÃO DE TURMAS
A formação de turmas ocorre a partir da observação de alguns aspectos relativos à
características da comunidade escolar e necessidades dos alunos, tais como: transporte (para
os que vêm da zona rural); trabalho; ritmo de aprendizagem; ocorrência de reprovação; e,
socialização.
Por tratar-se de uma escola de pequeno porte que oferta atendimento nos três
turnos (manhã, tarde e noite) muitas vezes, ocorre a formação de turmas únicas no turno, para
cada série, impossibilitando a observância de todos os itens mencionados. Em 2005, tínhamos
a seguinte organização:
44
5.9.2 - TOTAIS DE TURMAS E MATRICULAS – ANO 2010
Curso
Ensino de 1º Grau
Regular 5/8 série
Série
Turno
Total de
Total
5ª
5ª
6ª
6ª
7ª
7ª
8ª
8ª
Manhã
Tarde
Manhã
Tarde
Manhã
Tarde
Manhã
Tarde
Turmas
2
1
2
1
1
1
1
1
Matrículas
40
18
46
20
25
24
31
31
1ª
Tarde
1
120
1ª
Manhã
1
45
1ª
Noite
1
16
2ª
Manhã
1
26
2ª
Noite
1
26
3ª
Manhã
1
16
3ª
Noite
1
15
1ª
Tarde
1
30
1ª
Interm.Tarde
1
30
1ª
Noite
1
30
20
589
Complementação
Curricular
Ensino Médio
Espanhol –
Básico
Total
45
5.10 – QUANTO AOS ÓRGÃOS COLEGIADOS
•
GESTÃO DEMOCRÁTICA
Concebendo a gestão democrática como um processo de democratização que se
estrutura em dois pressupostos: a eleição para diretores e o fortalecimento dos Conselhos
Escolares, é possível verificar que se trata de uma prática que se encerra numa crescente
socialização da participação política da igualdade substantiva. A integração da comunidade
escolar na participação em decisões coletivas fortalece o princípio da gestão democrática.
A gestão democrática pressupõe um espaço democrático onde a escola deve ser
reconhecida como local público a serviço do público. Implica numa transformação da
estrutura e das relações escolares, o que se verifica através de um processo lento que infere
em mudanças de concepções e atitudes, bem como de comportamentos inerentes à prática
escolar cotidiana. Essas transformações se procedem, à medida que, a escola deixou de ser um
sistema autoritário hierarquizado com centralização de decisões para assumir uma gestão
coletiva, contando com a participação da comunidade escolar, enquanto também propulsora
de ações.
Contamos, nesse sentido, com a atuação dos órgãos colegiados e conselhos
deliberativos, que contribuem amplamente, dentro de suas respectivas funções, enquanto
sujeitos ativos e envolvidos com o processo de ensino e aprendizagem. Verifica-se, a partir
dessa nova gestão, que todos são responsáveis pelos nortes traçados para a escola. Cada um,
dentro de seus respectivos papéis, contribui individual e coletivamente. No Colégio Estadual
Abraham Lincoln, contamos com a participação ativa dos Órgãos colegiados que se traduzem
em parceiros reais que lutam com a escola para o alcance das metas traçadas. Dentre esses
parceiros, destacamos os seguintes:
•
APMF – Associação de Pais, Mestres e Funcionários, que composta por membros de
todas as instâncias da comunidade escolar vem promovendo uma maior integração
entre família-escola-comunidade, prestando assistência ao Colégio como um todo, em
consonância com a proposta pedagógica delineada e executada no processo de ensino.
A atual APMF está assim constituída:
46
APMF - REPRESENTANTES DA DIRETORIA
RG.
3.153.705-3
5.704.305-9
6.597.104-6
6.495.976-0
5.704.309-1
8.166.249-5
6.360.635-9
4.065.224-8
NOME
Elizabete Leocádio Ramos
Claudio Marzo Sanches
Namir Barbosa
José de Souza Silva
Josiani Aparecida Ferreira Alfonso
Carina Elizabete da Silva
Rosemary Porto Alves Pereira
Maria de Fátima Pereira Pierucini
FUNÇÃO
Presidente
Vice Presidente
1º Tesoureiro
2º Tesoureiro
1ª Secretária
2ª Secretária
1º Diretor Sócio Cultural
1º Diretor Sócio Cultural
ENDEREÇO
RESIDENCIAL
Rua Nova S/Nº
Rua Profº Irineu Citino - 123
Rua Nova S/Nº
Rua Elias Labegalini - 59
Rua José Darienso - 670
Rua José Darienso - S/Nº
Rua Ângelo Impossetto - 645
Rua Profª Onice de Melo - S/Nº
CEP
86.920-000
86.920-000
86.920-000
86.920-000
86.920-000
86.920-000
86.920-000
86.920-000
TELEFONE
34531108
3453-1148
84315925
99845667
3453-1159
3453-1101
3453-1439
3453-1277
CEP
TELEFONE
86.920-000
86.920-000
86.920-000
86.920-000
86.920-000
86.920-000
86.920-000
86.920-000
34531296
3453-1255
3453-1156
3453-1439
3453-1387
84086239
CONSELHO DELIBERATIVO E FISCAL
RG.
4.400.306-6
5.941.243-4
8.971.680-2
6.814.988-6
5.047.794-0
6.285.498-7
3.959.914-7
5.288.066-1
NOME
Angela Maria Travagli Agostini
Emerson da Silva Oliveira
Jefferson Fantachole
Edmilson Rodrigues da Silva
Marcos Agnaldo Alves Pereia
Vanderléia Spadim Vicentin
Vanda Aparecida Padilha
Vanessa Cristina Aquoroni Sanches
PROFISSÃO
Professora
Professor
Assistente Administrativo
Assistente Administrativo
Agricultor
Enfermeira
Funcionária Pública
Funcionária Pública
ENDEREÇO
RESIDENCIAL
Rua Profº Irineu Citino
Rua Ângelo Impossetto - 139
Rua Orlando Carlos Pereira - 522
Rua Benedita S. Maltempe - 58
Rua Ângelo Impossetto - 645
Rua Profº Irineu Citino – S/Nº
Avenida Paraná - 741
Rua Profº Irineu Citino - 310
47
•
Conselho Escolar : Representado por membros participantes da comunidade
escolar, conforme prevê seu Estatuto, vem acompanhando a ação pedagógica do
Colégio Estadual Abraham Lincoln, de modo a desempenhar suas funções: 1 –
deliberativa (acompanhando as diretrizes acerca das diversas tomadas de
decisão); 2 – consultiva (emitindo pareceres acerca de posturas adotadas); 3 –
avaliativa (acompanhando continuamente todas as ações) e; 4 – fiscalizadora
( garantindo a legitimidade das ações em todos os segmentos).
48
CONSELHO ESCOLAR - FICHA CADASTRAL
Estabelecimento: Col. Est. Abraham Lincoln – Ens. Fund. E Médio
1º Segmento: PROFISSIONAIS DA ESCOLA
NOME
RG
FUNÇÃO NA
ESCOLA
Jaime Ademir Roder
1.428.141-0
Diretor
Leila Aparecida Keller
6.895.456-8 Vice-Presidente
Adelaide de Fátima Stencel
3.209.017-6 Eq. Pedagógica
Darlene Crisitna dos Santos 5.727.328-3
Professora
dos Reis
Adriana Valeria V. Gonçalves 5.617.971-2
Secretária
Maria Bertti de Carvalho
4.334.306-8 Serviços Gerais
Município: Kaloré
ENDEREÇO
NRE:Apucarana
CEP
FONE
R: Profº Irineu Citino
R:Carlos Henrique da Silva nº 25
Rua José Darienso
Est.Urú Km1
86920-000
86920-000
86920-000
86920-000
3453-1409
34531482
84112012
34531338
Rua Albino Mantovani – nº 61
86920-000
86920-000
3453-1311
3453-1572
CEP
FONE
86920-000
-
86920-000
86920-000
84315925
34531148
CEP
FONE
86920-000
99144671
R:José Leocádio Ramos nº 65
2º Segmento: COMUNIDADE ATENDIDA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO
NOME
RG
FUNÇÃO NA
ENDEREÇO
ESCOLA
Daysieli Fernanda Gomes dos 10.358.569-4 Aluna
Rua Aparicio Gonçalves- 270
Santos
Eliane Ambrosio Barbosa
7.128.268.Mãe
Rua Luiz Davanço Filho - 70
Claúdio Marzo Sanches
5.704.305-9
APMF
Rua Profº Irineu Citino - 123
3º Segmento: MOVIMENTOS SOCIAIS ORGANIZADOS
NOME
RG
FUNÇÃO NA
ENDEREÇO
ESCOLA
Eliete de Fátima Berti Tavares 5.365.565-3 Coord.Liturgia Rua Pascoal Pianez - 338
49
•
Conselho de Classe: O Conselho de Classe é um órgão colegiado composto pelos seus
sujeitos diretamente envolvidos no processo pedagógico escolar, seu objetivo é avaliar o
processo ensino aprendizagem desenvolvido dentro da escola, tendo como características
básicas a participação e integrada dos sujeitos do trabalho pedagógico, a organização
interdisciplinar e a atenção na avaliação escolar. É um espaço coletivo de discussão,
reflexão e estudo sobre as práticas pedagógicas escolares, de maneira que todos
participem de forma democrática e construtiva, a fim de se chegar a uma análise e tomada
de decisões no que tange ás práticas pedagógicas exercidas até então, e garantir a
efetivação dessas decisões no âmbito escolar.
Verifica-se sob esse aspecto, que o Colégio Estadual Abraham Lincoln já está
acenando para uma mudança de paradigmas, o que se comprova a partir do fortalecimento da
ação dos sujeitos como participantes do projeto de ação e, simultaneamente, executores do
mesmo.
50
5.11 – CARACTERIZAÇÃO PEDAGÓGICA
5.11.1 – QUANTO À AVALIAÇÃO PRATICADA NA ESCOLA
Para uma educação de sucesso é necessário repensar a avaliação que infelizmente
privilegia a tarefa de verificação com detrimento da verdadeira avaliação. Apontamos o processo
avaliativo como sendo nossa maior insatisfação, já que entendemos que a avaliação e trabalho
pedagógico devem caminhar juntos atendendo aos mesmos propósitos. O que na prática ainda
não ocorre de forma satisfatória. Ainda temos uma avaliação que apresenta como fator relevante
a obtenção de nota, o que a torna uma avaliação classificatória e quantitativa obtida de formas
diferenciadas. Embora esforços tenham sido empregados para a construção e desempenho de uma
avaliação diagnóstica, qualitativa e inclusiva, reconhecemos que ainda precisamos trilhar um
caminho longo para obtermos a avaliação que necessitamos. Aquela que não representa o fim,
mas uma oportunidade de reorientação da práxis pedagógica, permitindo, inclusive, contemplar,
criticar analogamente nossa própria atuação enquanto educadores que somos.
5.11.2 - EDUCAÇÃO ESPECIAL - A CONSTRUÇÃO DE CURRÍCULOS
INCLUSIVOS
A diferença é uma característica do ser humano, bem como dos grupos aos quais
compõe. Ao analisarmos a história da evolução humana, especialmente a partir do momento em
que o homem passa a evoluir na organização social, é possível perceber o quanto a diferença
física ou comportamental perturba o imaginário humano.
Por longo período na história, a pessoa que portasse alguma característica que a
diferenciasse da maioria era vítima da exclusão. Sua condição era atribuída a fatores
sobrenaturais, como sinônimo de castigo para a expiação de pecados.
51
A partir do século XIX surgem na área médica as primeiras pesquisas que darão
suporte para uma nova visão acerca das deficiências que, consideradas como doenças, tinham os
esforços voltados para a cura, sendo seus portadores isolados em instituições para tratamento.
Pesquisadores como Jean Itard e Philippe Pinel deram início a pesquisas com pessoas
portadoras de deficiências que, então, eram vistas apenas sob o aspecto orgânico, confundindo-se
deficiência com patologia.
Carregando o estigma de doente mental, a pessoa portadora de deficiência era isolada
por ser considerada um perigo para a sociedade.
Outro fator atribuído à deficiência era o de que sua determinação genética era fato
irrefutável para o qual de nada adiantaria intervir, pois não seria superado. Passou-se assim a
medir o potencial intelectual, delimitando-se as possibilidades de cada um.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos vem inspirar as políticas públicas e a
criação, em vários países, de instrumentos jurídicos que garantem o atendimento aos portadores
de deficiências.
Com o crescimento de movimentos mundiais após a Segunda Guerra, afloram
questões da educação pública a que eram submetidas as camadas populares. Surge mais
significativamente a Educação Especial destinada ao grupo de pessoas com deficiência, por estes
não estarem aptos a cumprir o programa regular.
A Educação Especial caminha para a integração social, buscando-se preparar a pessoa
com deficiência, para o trabalho.
Nos anos 60, com avanços em pesquisas nas áreas das Ciências Sociais e Psicologia,
passa-se a considerar também os fatores socioculturais como determinantes da origens de
distúrbios e deficiências.
52
A partir de 70, movimentos de pais e crianças com deficiências inspiram-se nos
princípios de individualização, introduzidos na Dinamarca que buscavam oferecer as pessoas
com deficiência o convívio em ambiente menos segregativos.
Reconhecendo-se o potencial de aprendizagem a Educação passa a ser ofertada em
diferentes modalidades e programas.
Atualmente, com políticas governamentais voltadas para a Educação Inclusiva, todos
os educandos têm direito assegurado, isto é, de acesso, permanência e sucesso educativo. Dessa
forma, a diversidade passou a ser um marco privilegiado, não mais um problema. Pois, desvendar
as místicas das divindades é compreender a educação de uma forma ampla, onde todos os sujeitos
têm plenas capacidades de aprendizagem, bastando diversificar as metodologias que atendam às
práticas de inclusão social, tendo em vista oportunizar um ensino condizente com as necessidades
específicas de cada educando.
Partindo de um currículo flexível que visa adaptar o que é comum e o que é
individual, atendendo dessa forma à diversidade e favorecendo o enriquecimento cultural, numa
prática social que capacite a todos a partir de suas necessidades. Assegurar oportunidades, isto é,
a igualdade de direitos que permite ao indivíduo se apropriar de tudo que a vida propõe. Desse
modo, o contexto escolar progressista é pautado por um alunado diversificando, com uma gama
de necessidades especiais, o que torna a educação inclusiva, problematizadora, uma vez que
busca alternativas viáveis para atender toda a diversidade de necessidades educacionais
relacionadas ao caráter sócio-cultural, afetivo e cognitivo.
Compreender a educação escolar nesse novo paradigma e rever concepções para que
teoria e prática, atreladas à inclusão, promovem o sucesso de todos os educandos.
Assim, vê-se a necessidade de um fazer pedagógico diferenciado, sobretudo no que
condiz à forma de avaliação, uma vez que as possibilidades vão surgindo na práxis. Tais aspectos
devem ser compreendidos e assumidos por todo o contexto escolar.
53
5.11.3 – QUANTO À INCLUSÃO
O Colégio Estadual Abraham Lincoln vem se fortalecendo no sentido de garantir o
direito que todos têm de serem atendidos pela escola pública, preferencialmente, na modalidade
regular, independentemente de suas características específicas, no que se refere às necessidades
educativas especiais ou às diversidades culturais. Um desafio se instala notoriamente, levando
toda a comunidade escolar ao enfrentamento de situações inusitadas, primando sempre pelo
alcance dos objetivos e metas traçados, a serem definidos através da educação. No que se refere
às diversidades culturais, a escola vem desempenhando seu papel de propulsora da conquista da
cidadania, à medida que, cotidianamente, valoriza e respeita as características individuais e
especificidades, promovendo a inserção social nos grupos e proporcionando a emancipação das
ações que expressam cidadania. Quanto ao atendimento ofertado aos indivíduos que necessitam
de condições especiais para o ingresso e progresso no processo educativo, a escola vem suprindo
tais necessidades através do auxílio específico e atendimento especializado que se verifica nas
salas de recursos (com atendimento de alunos de 5ª à 8ª séries nas diversas disciplinas) e de apoio
à aprendizagem (para aluno de 5ª série com defasagem de conteúdos de língua portuguesa e
matemática, oriundos das séries iniciais do ensino fundamental).
No que se refere à estrutura física, adaptações foram feitas para a possível recepção
de educandos portadores de necessidades especiais. Porém, acredita-se que muito ainda é
possível se fazer com o intuito de pormenorizar a diversidade e otimizar o sucesso da ação
pedagógica, independente das condições apresentadas pelos alunos. Mesmo assim, com os
recursos disponíveis, verifica-se considerável sucesso que usufruem desse atendimento
especializado.
54
5.11.4 - QUANTO À EDUCAÇÃO DO CAMPO
Considerando que grande parte da clientela que constitui o alunado do Colégio
Estadual Abraham Lincoln tem estreito vínculo com a cultura rural, prima-se para a valorização
da vida social do campo, possibilitando uma auto-afirmação da identidade dos povos do campo,
da sua cultura, enfim, sua história social e política. Trata-se de promover a construção de posturas
e tomadas de atitudes acerca das práticas que envolvem o meio rural, agregando-as ao modo de
vida contemporâneo, lutando pela emancipação de políticas públicas que garantam o respeito a
essa população. Para tanto, procura-se tomar como referência
para o trabalho pedagógico,
sempre que possível, a cultura, os saberes da experiência, a dinâmica dos moradores do campo,
tornando mais palpável os objetos de estudo.
Assim, se está colaborando para que a cultura seja gerada na prática social produtiva
dos povos do campo, bem como sua apresentação inclusiva na comunidade escolar.
5.11.5 – QUANTO À EVASÃO E REPETÊNCIA
Bom seria que o acesso democrático á escola pública garantisse a permanência e o
sucesso do educando na escola. Entretanto, a realidade que se vivencia é bem adversa a essa
utopia. Vários são os fatores que interferem na permanência do aluno na escola, sejam eles
relativos aos aspectos políticos, econômicos, sociais, familiares, dentre outros. A realidade é que
enfrentamos situações de evasão escolar, ocasiões em que a escola, ao perceber a evasão
informada pelos professores regentes, entra em contato com a família, tentando em conjunto
propiciar o retorno do aluno à escola. O fato é que, muitas vezes, as ações desempenhadas nesse
sentido são insuficientes para o resgate do aluno e, consequentemente, ele permanece evadido.
Parcerias são feitas com o Conselho Tutelar, mas muitas vezes, a ação não atinge o objetivo.
Outro fator relevante que preocupa o desenrolar do processo educativo é a repetência
que ainda ocorre. Tenta-se efetivar em cada disciplina, quando necessário, um processo de
55
recuperação contínua, que deveria oportunizar a reelaboração do conhecimento que não foi
contemplado anteriormente. Ao invés disso, recai-se nos obstáculos da avaliação quantitativa,
que veicula apenas a possibilidade de recuperar notas. Nem sempre, isso é possível e a
conseqüência decorre em retenção do aluno que às vezes motiva a evasão para o ano posterior.
Entretanto o compromisso com a Escola de sucesso e com uma educação
transformadora, bem como a disposição da Escola em atingir as metas propostas no PPP, se dará
no âmbito da própria Escola pelo trabalho coletivo de professores, equipe técnica pedagógica,
funcionários, alunos e pais.
5.11.6 – HORA ATIVIDADE
A hora atividade docente vem ocorrendo individualmente e quando possível são
agrupados professores por área de atuação (o que acontece raramente), uma vez que a maioria
dos professores não trabalha apenas no Colégio Estadual Abraham Lincoln, sendo preciso
possibilitar o deslocamento dos mesmos para outros estabelecimentos. Fato que implica na
realização da hora atividade conforme disponibilidade do horário de cada professor.
56
5.11.7 - AVALIAÇÕES EXTERNAS INSTITUCIONAIS – DADOS EDUCACIONAIS
•
PROVA BRASIL: A Prova Brasil foi idealizada pelo Ministério da Educação (MEC) e
pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) para
produzir informações sobre o ensino oferecido por município e escola, individualmente, com
o objetivo de auxiliar os governantes nas decisões e no direcionamento de recursos técnicos e
financeiros, assim como a comunidade escolar no estabelecimento de metas e implantação de
ações pedagógicas e administrativas, visando a melhoria da qualidade do ensino. Para tanto, o
alcance dos objetivos desta avaliação depende, portanto, da utilização de seus resultados
como objeto de discussões que envolvam, além dos gestores, toda a comunidade escolar.
57
58
59
•
ENEM: Criado em 1998, o Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM é aplicado
anualmente aos alunos concluintes e aos egressos ( os que já concluíram em outros anos) do
Ensino Médio e tem como objetivo principal oferecer uma referência para que cada estudante
possa se auto-avaliar, visando as suas escolhas futuras, tanto em relação ao mercado de
trabalho, quanto para a continuidade dos estudos.
O ENEM oferece ao estudante a possibilidade de auto-conhecimento, não só para continuar
sua vida acadêmica, mas também para atuar de maneira mais autônoma na sociedade. As
mudanças sociais se processam de maneira muito rápida impondo a necessidade de um
padrão mais elevado para a escolaridade básica.
Com o ENEM, o estudante pode saber como chegou ao término de sua escolaridade básica,
medindo seu conhecimento e podendo utilizar a nota para o acesso ao ensino superior.
• IDEB: Criado pelo Inep em 2007, em uma escala de zero a dez. Sintetiza dois conceitos
igualmente importantes para a qualidade da educação: aprovação e média de desempenho dos
estudantes em língua portuguesa e matemática. O indicador é calculado a partir dos dados
sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e médias de desempenho nas avaliações
do Inep, o Saeb e a Prova Brasil.
A série histórica de resultados do Ideb se inicia em 2005, a partir de onde foram estabelecidas
metas bienais de qualidade a serem atingidas não apenas pelo País, mas também por escolas,
municípios e unidades da Federação. A lógica é a de que cada instância evolua de forma a
contribuir, em conjunto, para que o Brasil atinja o patamar educacional da média dos países
da OCDE. Em termos numéricos, isso significa progredir da média nacional 3,8, registrada
em 2005 na primeira fase do ensino fundamental, para um Ideb igual a 6,0 em 2022, ano do
bicentenário da Independência.
60
61
6 - MARCO CONCEITUAL
6.1 – ASPECTOS GERAIS
Em análise à trajetória da Educação Brasileira verifica-se a luta de muitos educadores
para que a sociedade compreenda a importância da educação como meio de transformação social.
Há uma potencial luta para a mudança de paradigmas, no que tange a uma abordagem
significativa do conhecimento, que se traduz em instrumento de ação para a manutenção ou
transformação social.
Constata-se a presença de um novo olhar, que define uma nova postura educacional,
voltada para que o educando possa construir seu conhecimento e, por conseguinte ser o construtor
de sua própria história. Remete-se, nesse sentido, há uma análise mais ampla no que se refere ao
conhecimento, o que explicita uma abordagem muito mais intrínseca, de que a mera detenção de
uma informação. Isso leva a uma distinção clara entre conhecimento e informação. E, embasados
nesses pressupostos, assume-se uma nova postura que revela uma educação de cunho
transformador, criador e atuante, em que os sujeitos dessa sejam capazes de agir segundo seus
próprios desígnios, sem estarem à mercê de arbitrariedades sociais, políticas ou culturais.
Nesse propósito, assume-se uma nova posição quanto aos conceitos que envolvem a
construção da sociedade, pautada numa abordagem educacional e cidadã.
6.1.1 – CONCEPÇÃO DE APRENDIZAGEM, CONHECIMENTO E
CULTURA
Iniciemos essa concepção com os estudos de Hernández:
“ – O que é sabedoria?
- A sabedoria... talvez alguém pudesse caracterizar a sabedoria num sentido geral, como
uma consciência compreensiva capaz de perceber as relações, as conexões que existem
entre as coisas. (...) a sabedoria é um estado de conhecimento pelo qual se é capaz de
ver, ao mesmo tempo, a substancialidade das coisas e o nexo com que estão unidas, isto
é, a dinâmica da existência. É contemplar os dois lados ao mesmo tempo, é uma
perspectiva mais totalizadora, mais completa.”
62
(Dalai Lama à Rosa Montero no El País Semanal – 22 de janeiro de 1995 apud
Hernández, 1998, p. 35)
O conhecimento, nessa abordagem, deve ser encarado como uma construção coletiva
que, sob hipótese alguma, se resume ao fato de estar informado acerca de um ou de outro tema.
Trata-se de uma construção introspecta ao indivíduo, que em posse do conhecimento, tem
condições de realizar ações sob vários aspectos, utilizando o seu saber para executar e
transformar fatos. Considera-se, sob esse ponto de vista, que o conhecimento deve se traduzir em
instrumento de transformação social e realidade cotidiana, sendo amplo e abrangendo as diversas
visões acerca de um mesmo tema ou questão. Admite-se então que ele só é real quando se
percebe o contexto, quando se percebe as múltiplas facetas e utilidades do objeto em estudo,
sendo possível enfrentar situações inesperadas com argumentos relevantes, preponderantes e
significativos. Conclui-se que o conhecimento efetiva-se através da aprendizagem.
Outro segmento importante que contempla essa nova dimensão educacional
transformadora é a cultura e a sua diversidade. De modo que há uma grande importância no
pensamento e na reflexão que delimitarão atitudes que contemplem as diferenças existentes no
âmbito escolar.
“ As coisas que tomamos por hipóteses, sem questiona-las ou refletir sobre elas, são
justamente as que determinam nosso pensamento consciente e decidem nossas
conclusões.” (John Dewey, 1916. Democracy And Education. New York, p.18 apud
Hernández, 1998, 66)
Considerando que a cultura está inter-relacionada ao convívio de pessoas com
afinidades, hábitos e costumes compartilhados entre grupos, verifica-se que são diversos os seus
tipos, que definem distintos modos de viver, a partir de disposições geográficas, históricas,
política e sociais de um povo. Não se pode sucumbir a nenhuma delas, graduando como mais ou
menos importantes e, sim adequá-las a determinados contextos, sem que se estabeleçam
parâmetros comparativos entre elas. Cada cultura tem seus valores, suas aferições, seus moldes e
comportamentos. No âmbito escolar, a diversidade cultural precisa alavancar a democracia e,
nunca estabelecer divisões e/ou discriminações sociais, classificando os indivíduos como
63
pertencentes a um ou a outro grupo. Essencial é que a diversidade seja considerada sem que se
fomente a desigualdade, pois todas as culturas implicam em formas diferenciadas de estabelecer
relações entre conhecimento e prática cotidiana.
6.1.2 – CONCEPÇÃO DE TRABALHO E CIÊNCIA
É fato que todo o indivíduo inserido na sociedade executa seu papel cultural,
realizando ações concernentes aos seus valores e anseios. Uma das principais ações que
contribuem para a afirmação social do indivíduo é a realização do trabalho. Este, por sua vez,
advém de interações e inter-relações entre os indivíduos e o ambiente em que vivem. Expressa
uma relação de poder que, infelizmente, acaba por inferir em uma divisão social em que a
maioria se encontra numa posição subordinada e uma minoria em posição privilegiada. É
necessário estabelecer condições de trabalho que sejam pertinentes à manutenção e garantia dos
direitos. O trabalho deve, ao contrário de agenciar desigualdades sociais, fomentar relações de
promoção social, uma vez que através de seus resultados, a sobrevivência está a ele condicionada
e a cidadania se revela atrelada ao uso do conhecimento e à prática dos deveres. Sabendo que o
trabalho está intimamente relacionado à organização, a utilização da energia e do conhecimento
resultando em produção que fomentam a construção de uma vida cidadã, é fundamental que se
promova a sua efetivação.
Tendo em vista que o trabalho condiciona a afirmação social e as inter-relações que
se explicitam, fica clara a necessidade de favorecer a contínua busca pelo conhecimento, que não
sendo estático, acompanha a evolução científica, tecnológica e social. O que estreita a relação
com a prática da ciência, que por sua vez, condiciona através de sua dinamicidade, a atualização
científica que se procede. Fato que a traduz em alicerce para a construção de novos
conhecimentos.
Os cientistas nos contam que, se voltássemos ao Brasil de 500 mil anos atrás,
poderíamos encontrar tatus do tamanho de um automóvel, convivendo com mastodontes,
animais semelhantes a elefantes, porém maiores; talvez conseguíssemos observar tigres
com dentes de sabre atacando preguiças gigantes, que nessa época caminhavam no solo.
64
Se viajássemos à África de dois milhões de anos atrás, poderíamos encontrar os
ancestrais da espécie humana, disputando carniça com os ancestrais das hienas e dos
abutres. (AMABIS E MARTHO, 2003, p. 137)
A ciência traz consigo todo um histórico de conhecimentos experimentados e
comprovados, porém estão sempre sujeitos à indagações, questionamentos e transformações. Não
pode ser ensinada como algo estático, ou até mesmo nem deve ser ensinada. Ao contrario deve
propiciar uma ambiente instigador, que leve os educandos a questionar as teses conhecidas e
construir o seu próprio conhecimento. Fica evidente, a presença da evolução científica que
acompanha a evolução histórica cronológica.
O que se nota, entretanto, é que há apenas um repasse de conhecimentos acumulados
historicamente e que o sujeito desse processo, mediante a evolução vigente, advinda da
globalização planetária continua sem o conhecimento científico. Há que se repensar a ciência,
possibilitando a produção, a descoberta e a redescoberta do conhecimento científico,
proporcionando formas de garantir a utilização deste para o enfrentamento de situações inusitadas
que surgem a cada dia, à medida que a humanidade avança em tecnologias inovadoras e
surpreendentes. Nesse propósito, pretende-se que a ciência como um todo, oportunize a
compreensão do mundo em constante mudança.
6.1.3 - CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO - ESCOLA - ENSINO
Ao considerar os aspectos que envolvem a construção do conhecimento, seja ela
sistematizada ou não, supõe-se que exista uma união dos vários segmentos que constituem o
processo. Em outras palavras, é correto afirmar, que a construção do conhecimento é,
simultaneamente, processo e produto da interação entre Sociedade, Trabalho, Cultura, Ciência,
Cidadania, Homem, tecnologia, enfim, todos juntos participam de um sistema em que cada um
representa sua própria engrenagem, que desenvolvendo um trabalho coletivo e cooperativo,
alavancam o desenvolvimento da educação.
Não é possível conceituar educação, sem mencionar esses agentes.
65
“O objetivo da educação é continuar a enriquecer o processo da vida por pensamentos e
ações melhores. Portanto, a educação, está na vida e para a vida. Seu objetivo é o único
que se adapta a um mundo em desenvolvimento. Desenvolvimento contínuo é a sua
essência e a sua finalidade”. (KILPATRICK, 1973, p. 90).
E esse objetivo se dá a partir de intervenções desencadeadas por atividades sociais
planejadas ou não. Atividades estas, que podem e devem ser transformadoras, modificando
situações existenciais em resultados estruturais de caráter norteador, que não omitam a
intencionalidade incutida. Pelo contrário, permitindo que seja maximizado a condição de opção,
sendo direcionado a partir da educação a busca por um ou por outro caminho.
A educação é algo tangível, que é objetivo e meta, concomitantemente. Ela engloba
valores, considera tendências, direciona ações e é, ao mesmo tempo, instrumento de inserção
social e afirmação cidadã.
Enquanto agentes do processo educativo formal que se desencadeia no âmbito
escolar, precisamos nos reconhecer sujeitos e colaboradores na construção do conhecimento. A
educação nos dá esse respaldo, em vias de sermos orientadores da construção do conhecimento e,
ao mesmo tempo, podermos nos posicionar como sujeitos também construtores do mesmo. Pois
não há conhecimento pronto e acabado e muito menos, somos detentores de uma única forma de
se alcançá-lo. É preciso valorizar as pluralidades culturais e cidadãs, desde que essas sejam
também coadjuvantes no processo educativo e na ação pedagógica.
A educação se torna instrumento de transformação social, em que cada indivíduo se
vale dela para atingir seus objetivos pessoais, profissionais, culturais, políticos e sociais. Não é
algo estanque, mas sim um instrumento dinâmico, que promove o crescimento pessoal e a
expansão do capital social. Ela é a alternativa mais eficaz para a busca da realização dos objetivos
e concretização dos projetos de vida. Proporcionar o seu incessante desenvolvimento e aplicação
infere na constante utilização de instrumentos diversos para que a educação se solidifique
enquanto provedora de fins específicos, que tendem a atingir a globalidade. É através da
educação que se promove a constituição histórica existencial, com vistas a intencionalidade
inerente, bem como a possibilidade de expandir a ação cidadã, embasada em alicerces que
66
fomentem a apropriação de instrumentos pelos indivíduos e pela comunidade, veiculando o
pensamento, a tomada de decisão e a ação. Prioriza, através disso, a satisfação das necessidades
individuais e coletivas e ainda oportuniza a constante readequação do conhecimento, com ênfase
na evolução que se vivencia.
6.1.4 - CONCEPÇÃO DE CIDADANIA, HOMEM E SOCIEDADE
O desenvolvimento da cidadania possibilita o enfrentamento e a superação das
contradições existenciais, através da tomada de atitude que tem como base a consciência crítica,
estruturada a partir de análises reflexivas, onde o sujeito não é um ser passivo, mas sim ativo e
construtor de sua própria história. Dessa forma, enfatiza-se que a democracia está estreitamente
vinculada à prática da cidadania, de modo que os indivíduos consigam atuar com liberdade e
respeito social, construindo uma sociedade sustentável.
A prática da cidadania engloba direitos, deveres e atitudes relativas ao cidadão,
aquele indivíduo que estabeleceu um contrato com seus semelhantes para a utilização de serviços,
bem como o cumprimento de obrigações, como pagamento de taxas e impostos e de sua
participação ativa ou passiva na administração comum. Por essa abordagem, verifica-0se que a
cidadania está incutida em qualquer atitude cotidiana que desencadeie a manifestação de uma
consciência de pertinência e responsabilidade coletiva. Assim, o exercício da cidadania não se
restringe ao exercício do voto ou de outras ações determinadas por lei. Vai muito além disso.
Consiste em usufruir de seus direitos, cumprir seus deveres e principalmente respeitar os direitos
alheios, estejam eles relacionados aos próprios indivíduos, enquanto pessoas, às comunidades, à
sociedade e ao ambiente. Trata-se de agir com responsabilidade e compromisso coletivo,
maximizando a liberdade de ação, sem desrespeitar limites que se estabelecem na estrutura social.
Inserido nessa concepção está o homem, o indivíduo coletivo que participa, contribui
e constrói sua própria história, estendendo essa construção também para a sociedade. Trata-se do
67
sujeito que operacionaliza, que interage, que anseia e que realiza ações, pautado em seus
objetivos próprios e de seus grupos. O homem é o sujeito que movimenta todo o sistema social e
articula ações que podem estar voltadas para seus interesses individuais ou coletivos.
O homem, em correspondência com a sua natural divisão em ser individual e ser
social, vive como personalidade em diferentes segmentos, que contemplam a esfera individual e a
esfera privada. Está sempre buscando a satisfação de seus interesses fundamentais, enquanto
indivíduo que almeja uma livre existência e enquanto co-partícipe do consórcio humano que
anseia o interesse a um livre desenvolvimento na vida de relação.
Enquanto os direitos que se destinam à proteção da esfera individual servem para a
preservação da personalidade dentro da vida pública, na proteção da esfera privada remete-se a
inviolabilidade da personalidade dentro de seu retiro, necessário ao seu desenvolvimento e
evolução, em seu mundo particular, à margem da vida exterior. Nessa perspectiva, o estado de
natureza se refere à excelência do EU diante da existência de qualquer autoridade política.
Conclui-se dessa maneira, que todos os homens são naturalmente livres e iguais. Livres porque
cada um é dono de si e norteia suas próprias ações, segundo suas concepções e iguais porque,
com independência usufruem uma liberdade acordada por todos.
Prepondera-se, pois, uma reflexão ampla sobre o contexto social em que
vivenciamos. Como é a sociedade em que estamos inseridos e que ações podemos desenvolver
para potencializar o exercício da cidadania e o uso fruto da democracia. É fato que a sociedade se
demonstra um tanto heterogênea e, que grupos sociais se sobressaem, enquanto que outros se
submetem à práticas dominadoras. Diante de tudo o que já se discutiu, conclui-se que não é esta a
sociedade que queremos e que, principalmente, temos condições de transformá-la a partir de
nossas atitudes, desde que deixemos transparecer nossa intenção e ação cidadã. Em outras
palavras, a reflexão acerca dos temas emergentes que apontam para a construção de uma
sociedade menos discrepante e mais igualitária, considera-se que temos o instrumento de ação ao
alcance de nossas mãos – a educação como fonte, meio e fim para a conquista da soberania e da
autonomia cidadã dentro da sociedade. Somos capazes de assumir a postura de sujeitos ativos,
68
desde que tenhamos consciência do nosso papel diante de nós mesmos, diante do outro e diante
do meio social. Enfim, somos as peças fundamentais no alicerce social e, trabalhar a sociedade
nesse contexto estruturante acena para uma tomada de posição em que novos paradigmas sejam
contemplados, com vistas a possibilitar a transformação social que tanto se deseja.
Não se trata de uma realidade utópica. Vai além. Pois é possível atingir metas quando
se propõe a desenvolver um trabalho voltado para o alcance dos objetivos pré-estabelecidos.
Nesse contexto, a sociedade passa a ser acometida por uma visão inovadora e progressista, em
que todos, sem distinção são seus sujeitos construtores e podem, em conjunto, determinar os
rumos a serem seguidos em situações adversas. No contexto educacional, é preciso primar pela
compreensão da sociedade, abordando esse aspecto, principalmente, no que se refere à construção
social coletiva. Todos são sujeitos operacionais e ao mesmo tempo estão submetidos aos
resultados que podem emergir a partir da escolha de ações. Assim, a escola deve assumir o papel
de colaboradora para a construção da sociedade, onde não haja discriminações ou privilégios.
Todos os envolvidos na comunidade escolar são educadores co-responsáveis que precisam
contribuir para esse avanço social, favorecendo a construção, reconstrução, adequação e
transformação, quando necessário.
Entretanto, para que esse anseio atinja a dimensão prática e contribua para o alcance
dos objetivos, e essencial que cada membro da comunidade escolar tenha clara a concepção da
sociedade que se deseja, para que o trabalho se organize de forma engrenada e que todos
trabalhem na mesma linha de pensamento, para que os resultados positivos sejam fruto do
trabalho coletivo. Tal consideração acena para o fato de que na sociedade, ninguém está só. Tudo
está atrelado a uma rede de relações, mesmo que seja uma ação mínima. E se queremos
conquistar o espaço que merecemos e nos é de direito enquanto cidadãos, precisamos fomentar a
união e a democracia. Agindo assim, já estaremos praticando, mesmo que em pequena escala, no
âmbito escolar, a sociedade que teorizamos e desejamos. Trabalhar com fatos concretos, com a
prática cotidiana, nos remete a uma postura coerente com aquilo que defendemos enquanto
educadores preocupados com os nortes e com os ditames da sociedade.
69
A sociedade que defendemos se torna exeqüível a partir do trabalho conjunto,
direcionado e dimensionado para a construção responsável e coletiva do conhecimento que
acelera a tomada de decisão, a mudança de postura e a responsabilidade social.
6.1.5 - CONCEPÇÃO DE EVOLUÇÃO E TECNOLOGIA
A sociedade está passando por constantes mudanças, onde valores, convicções,
atitudes, dentre outros aspectos, estão sendo amplamente questionados, discutidos e abordados de
modo a produzir uma nova realidade, que muitas vezes, está suscetível à aprovação de um ou
mais grupos. Um dos fatores que acelera essa postura é o avanço tecnológico que desponta e se
expande globalmente. É possível nos depararmos com realidades convincentes hoje, que amanhã,
não passam de histórias do passado. A dinamicidade é admirável e a inconstância prepondera a
necessidade de constante atualização. A busca por atualização, bem como, por novas descobertas,
não se restringe apenas a grupos científicos elitizados. Essa é a realidade que vivenciamos.
Estamos condicionados e na maioria das vezes dependemos dos resultados que a tecnologia
contempla. Seria inadmissível, por exemplo que esse documento estivesse senso finalizado
apenas com o auxílio de uma máquina de datilografia, quando estamos imersos na realidade
digital e virtual, que se expande a cada dia através da rede on-line de informações. Não é objeto
dessa consideração subestimar a tecnologia do passado. Ao contrário disso, é preciso
compreender que através de descobertas, hoje consideradas rudimentares, é que se alavancou a
tecnologia de que hoje dispomos. Nesse sentido, cabe a nós, educadores membros constituintes
da comunidade escolar, primar pela compreensão da tecnologia atual, inserindo os indivíduos em
uma sociedade avançada, tecnologicamente falando, favorecendo a compreensão de que tudo
precisa ter um início, e que se algumas tecnologias passadas já foram sucumbidas, é bem
provável que as atuais também tenham esse fim, pois a dinamicidade é constante e se busca
incessantemente novas descobertas que venham atenderas necessidades emergentes, favorecendo
a melhoria da qualidade de vida da humanidade.
70
É fundamental que se proporcione também uma reflexão ética acerca da desenvoltura
tecnológica, pois da mesma forma que se pode proporcionar a qualidade de vida através da
tecnologia, é possível também desencadear a destruição da própria humanidade. Nesse sentido, é
fundamental que toda a ação pedagógica opere com vistas a permitir a reflexão e análise dos fatos
em questão, para que não haja arbitrariedades e muito menos se instigue a manipulação ou a
submissão que podem resultar da posse ou não da tecnologia.
Trabalhando dessa forma, se estará engajando todos os segmentos que priorizam a
educação enquanto provedora da construção da cidadania e, consequentemente, da sociedade,
através da utilização dos conhecimentos apreendidos por meio da interação social, deixando que
se manifeste uma ação autônoma, crítica responsável e independente, que não isenta os
indivíduos de suas responsabilidades sociais.
6.1.6 – CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO
O Currículo é parte integrante do Projeto Político Pedagógico, expressando a
participação coletiva da comunidade escolar, numa perspectiva interdisciplinar a fim de evitar a
fragmentação do conhecimento, fundamentado nas DCEs e na legislação vigente.
Nessa direção, o currículo apresenta como princípio norteador o ensino-aprendizagem
de conteúdos significativos e necessários à formação do indivíduo crítico e participativo. De
forma que, para que sua efetivação nesses moldes realmente ocorra, prescreve-se a adoção de
metodologias e formas de avaliação que se apresentem concernentes à filosofia adotada pela
escola, fazendo alusão à legislação que as regulamentam.
O currículo, assim entendido, assume o caráter de flexível, no sentido de atender as
peculiaridades da cultura local e regional e também, aos Desafios Contemporâneos e às
expectativas educacionais da comunidade. Fato que permite o trato de tais desafios com vistas à
71
naturalidade e à totalidade. As diversas temáticas que constituem estes desafios, são então
entendidas como parte de um todo, não tendendo à fragmentação.
O aspecto interdisciplinaridade como parte integrante do currículo, traz maior
abrangência, dando ênfase ainda, à elaboração coletiva e às pluralidades de conhecimento e
cultura. Com essa visão, a concepção de currículo que temos, se estende também ao
enfrentamento dos diversos preconceitos existentes, a fim de garantir o direito ao acesso e
permanência com qualidade no sistema educacional.
A execução do currículo, nesse sentido, pode contar com a utilização da tecnologia
disponível no ambiente escolar. De modo que essa ação potencializa instrumentos do fazer
pedagógico, aprimorando assim, a prática docente, com vistas a contemplar o conhecimento em
sua totalidade.
A organização do currículo está vinculada, como já foi mencionado, à vigência de
Leis que o regulamentam. A ferramenta que permite o encontro entre a regulamentação e o fazer
pedagógico se concentra na organização do trabalho docente. O plano de trabalho docente se
torna instrumento indispensável para esse fim. Assim, o plano é o lugar da criação pedagógica do
professor, onde os conteúdos receberão abordagens contextualizadas histórica, social e
politicamente, de modo que façam sentido para os alunos nas diversas realidades regionais,
culturais e econômicas, contribuindo com sua formação cidadã. O plano de trabalho docente
expressa o posicionamento filosófico, político, pedagógico e profissional. Exprime a coerência do
trabalho docente: para que ensinar, o que ensinar, a quem ensinar, como ensinar, por que avaliar,
como avaliar, o que avaliar. Nesse sentido, o Plano de Trabalho Docente “... é o currículo em
ação. Nele estará a expressão singular e de autoria, de cada professor, da concepção curricular
construída nas dicussões coletivas.”(DCEs, p.75)
6.1.7 – AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
A avaliação infere a reflexão acerca das formas de procedê-la e ainda sobre os
instrumentos a serem utilizados. De modo que a entendemos como uma prática pedagógica
intrínseca ao processo ensino e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de
apropriação do conhecimento pelo aluno. Apresenta caráter contínuo, cumulativo e processual,
72
devendo refletir o desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais
deste no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos
qualitativos sobre os quantitativos.
A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e instrumentos
diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas expressas no Projeto
Político-Pedagógico da escola. Da mesma forma, a recuperação de estudos é direito dos alunos,
independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos, havendo a possibilidade
de resgate de conteúdos em defasagem, assim percebidos no processo de avaliação.
73
7 - MARCO OPERACIONAL
7.1 – QUE ESCOLA QUEREMOS?
Diante dos temas estudados, discutidos e refletidos coletivamente, concordamos com
os estudos de Goldberg e Souza:
Planejamento educacional é uma intervenção deliberada e racional no processo ensinoaprendizagem. Por ele verificamos que o processo ensino-aprendizagem torna-se mais
controlável com a introdução de um plano ou programa entre suas variáveis e
antecedentes. Raciocinando que, num processo ensino-aprendizagem, o planejador será
geralmente o professor, esse plano será um plano ou programa de ensino,
consubstanciado, pois, um elenco de decisões sobre que mudanças produzir no
acompanhamento dos alunos (objetivos educacionais) e como produzi-las (estratégias
institucionais). Essas decisões, como todas as decisões em geral, têm um caráter
hipotético: São hipóteses sobre a aprendizagem. (GOLDBERG E SOUZA, 1979, p. 1415).
Aprimorar meios e recursos que desencadeiem a melhoria da qualidade do ensino e,
consequentemente, os resultados do processo ensino aprendizagem, com vistas a veicular a
formação ampla do cidadão responsável, crítico e atuante no meio social em que age ou que
poderá agir. Fato que implica na estreita interação entre a comunidade escolar, essencialmente no
que tange à relação escola-família; com o intuito de fortalecer a ação pedagógica, tornando-a
significativa para a escola, para o aluno, para a família, para a comunidade e, por fim, para a
sociedade, que tanto depende e necessita dos nortes traçados pela educação. Nessa perspectiva,
tornar o Colégio um centro de desenvolvimento sócio-educativo e cultural-esportivo,
promovendo um ambiente de trabalho agradável, tanto para o quadro funcional como para os
discentes, se traduz na execução da participação e gestão democrática de que trata esse plano de
ação pedagógica.
7.2 - AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL
Diante da possibilidade de confrontar opiniões advindas dos diversos segmentos que
constituem a comunidade escolar, através da real análise, reflexão e discussão que se
74
desencadeou através da Avaliação Institucional do Colégio Estadual Abraham Lincoln de Kaloré,
cabe enfatizar algumas sugestões que contemplam a maximização dos resultados positivos que se
originam da efetivação da ação pedagógica. Em outras palavras, idéias surgiram e, após
discutidas por todas as instâncias, foram teorizadas e aqui serão apresentadas como sugestões
para que possam contribuir com as conquistas do processo educativo em seus diversos âmbitos.
Em se tratando do segmento dos órgãos colegiados, verificou-se a necessidade de
uma maior interação e integração deste no desenrolar do processo educativo. Assim, sugeriu-se
que seja concedida maior autonomia aos estabelecimentos de ensino no que se refere à definição
do Calendário Escolar, sendo possível o estabelecimento de cronogramas para encontros
ordinários entre os membros dos órgãos colegiados. É fundamental enfatizar a importância de se
oportunizar a esses grupos momentos de formação/informação e construção do conhecimento de
suas funções, através da oferta de cursos, e a construção coletiva de um plano de ação voltado
para a melhoria dos aspectos pedagógicos, favorecendo o entrosamento e a ação conjunta da
Comunidade Escolar e dos órgãos colegiados.
Atentando para os profissionais da Educação, mais especificamente os docentes, que
efetivam o processo de ensino, ocupando uma posição mais direta, no que se refere ao contato e
relação
professor-conhecimento-aluno,
considerou-se
ímpar
ações
que
propiciem
o
desenvolvimento e aperfeiçoamento dessa classe, como vem ocorrendo, através de grupos de
estudos; formação continuada, e outros. Nesse propósito, sugeriu-se a intensificação dessas ações
com ressalvas importantes: Execução de um plano de trabalho de avaliação periódica pela
comunidade escolar, que se dará anualmente, através do acompanhamento dos resultados obtidos
pelas proposições inclusas no Projeto Político Pedagógico, para uma re-alimentação do mesmo e
retomada de ações, tendo em vista a tomada de atitude do próprio docente em relação á sua ação
pedagógica profissional; Oportunizar, de forma mais intensa, a construção coletiva de normas e
regras que constituem a instituição de ensino, para que além de serem informados sobre as
mesmas, sejam co-autores responsáveis por elas; Ampliar a oferta de vagas para a participação de
docentes em eventos, cursos e ainda prevendo-os através de cronograma, para democratizar a
oferta e a demanda; Disponibilizar, prioritariamente, o trabalho do “professor eventual”, no
75
sentido de suprir as necessidades de faltas de professores para fins de capacitação;
Descentralização dos cursos de aperfeiçoamento; Disponibilizar o professor auxiliar por área de
conhecimento para subsidiar o trabalho docente. Quanto às condições físicas e materiais, atentase, primordialmente para a necessidade gritante de viabilizar a construção de um refeitório, com
mobiliário respectivo; Veicular a adaptação de mobiliário para inserção de pessoas com
deficiência física neuromotora; A ampliação e adequação do espaço para a prática de esportes.
Ao ser refletida a prática pedagógica, sugeriu-se um olhar especial quanto a fixação do
profissional docente, atentando para a permanência do professor quando possível em uma
instituição de ensino; Viabilizar o aumento da demanda da Equipe Pedagógica para a ampliação
da suas ações favorecendo um trabalho mais direto com os professores; Disponibilizar a oferta de
profissionais especializados (psicólogo, assist. social, etc.) que possam acompanhar
alunos/famílias para a resolução de problemas diversos, subsidiando o trabalho dos educadores.
Em relação ao ambiente educativo, há necessidade de palestras de temas diversos no
âmbito escolar que contribuem, para o resgate de valores, principalmente no que tange a ética e o
respeito mútuo entre os profissionais. Sugeriu-se também que casos ocorridos entre membros da
comunidade escolar sejam considerados por parte da Ouvidoria, após averiguar detalhes,
cuidando para que cada parte envolvida seja ouvida com imparcialidade para que não haja
arbitrariedades, e que o ambiente educativo seja o mais propício possível.
Verificou-se após toda a discussão, que é essencial o apoio pedagógico na escola,
portanto é imprescindível o acompanhamento através do FICA pela equipe de Ensino,
minimizando questões de evasão e repetência. Priorizar o desempenho de projetos paralelos que
traduzam a atração do educando pela escola, de modo, que para ele seja significativo. Ampliar os
horizontes desportivos, artísticos e de potencialidades, possibilitando a permanência do educando
na escola.
76
7.3 – AÇÕES PROPOSTAS
Todo planejamento detém metas e tem uma missão. Com essa visão, verifica-se a
essência de lidar com a diversidade, prevendo ações futuras.
Quando se trata de planejamento educacional, podemos considerar como exemplos de
imputs:
- valores sócio-culturais da nação;
- população a ser escolarizada;
- recursos humanos (administradores, professores, etc.);
- recursos materiais (escolas, equipamentos, etc.);
- recursos financeiros (verbas);
- recursos institucionais (aspectos legais);
- recursos de know how (tecnologia, conhecimentos à disposição). (TURRA, 1975, p.
276).
Planejar a educação, mediante estudos e abordagens de TURRA (1975), é um ato que
exige um trabalho mais profundo e compromissado de que simplesmente lançar no papel os
objetivos e as ações. Isso precisa e deve ser feito. É importante que se considere condições,
alicerces que envolvam possibilidades, recursos humanos e materiais, onde se alcance os
resultados com os valores que vão representando os pontos para os quais convergem as metas
essenciais de suas aplicações na organização geral da educação, trabalhando com a realidade e a
ação. O acompanhamento na execução do planejamento deve ser feito levando em consideração
todos os detalhes possíveis, com dados que realmente respondam ao que se busca desenvolver.
Tendo em vista os princípios norteadores que embasam a Educação Nacional, através
da LDB, bem como as Leis que regem a Educação no Estado do Paraná, serão referenciadas
adiante as ações propostas para desenvolver durante o ano letivo de 2011, enaltecendo a gestão
participativa e democrática. Nestes termos, serão contemplados os diversos segmentos que
compõem a comunidade escolar: Conselho Escolar, APMF e Grêmio Estudantil, com o intuito
de veicular maiores sucessos em todos os seus âmbitos.
Sendo assim, espera-se melhorar cada vez mais os resultados do processo educativo.
Assim, será oportunizado ao quadro funcional
amparo constante, no que se refere a
77
disponibilidade de recursos adequados à cada função; capacitação e formação continuada; grupos
de estudo para momentos de reflexão. Para que os objetivos desse projeto sejam atingidos em sua
amplitude, proporcionar uma constante interação entre os docentes, discentes, equipe pedagógica,
equipe técnico-administrativa, famílias, órgãos colegiados e direção, no sentido de fomentar as
condições reais que levem à construção do conhecimento, tornando visível a intencionalidade, os
significados implícitos e a provisoriedade que os mesmos manifestam. Nesse propósito, se estará
veiculando a construção de uma ação pedagógica coletiva, onde os sujeitos poderão interagir com
igualdade e responsabilidade. Projetos culturais, como dança, artes cênicas, plásticas, canto;
projetos desportivos; projetos de reforço na aprendizagem, dentre outras ações poderão contribuir
para o alcance dessas metas.
Através de um trabalho conjunto, onde seja possível a liberdade e o respeito mútuo,
certamente as ações almejadas nos objetivos serão concretizadas. Tudo isso pautado em uma
gestão coletiva, participativa e democrática, em que a centralização de decisões se sucumbe e a
integração entre os membros da comunidade escolar fortalecem as atitudes em favor da melhoria
das condições do trabalho pedagógico. O trabalho que se propõe não está centrado em utopias ou
em realidades alheias à do Colégio Estadual Abraham Lincoln. Sabe-se que muito ainda há para
se conseguir e, que os recursos, muitas vezes são insuficientes para que se concretize as ações
que se deseja. Entretanto, acreditamos que unidos enquanto comunidade escolar co-responsável
pelos nortes trilhados pela educação que praticamos, que somos capazes de conduzir o ensino de
modo a satisfazer os anseios mais íntimos que possuímos, enquanto sociedade. Precisamos unir
forças, superar obstáculos e enfrentar situações para providenciar o enaltecimento dos indivíduos,
enquanto sujeitos e cidadãos construtores de suas próprias histórias.
7.3.1 - CORPO DOCENTE
É relevante que seja direcionado um olhar especial para com os agentes que mediam
o processo educativo, por meio da ação pedagógica que lhe é respectiva. Estamos nos referindo
ao corpo docente, que precisa, deve e será valorizado, oportunizando sua aprimoramento
profissional. Será propiciado um ambiente favorável ao desenvolvimento de projetos pedagógicos
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inovadores em sala de aula, através de estímulos necessários, ao aperfeiçoamento e à aplicação de
seus estudos. A escola como um todo, não pode barrar o crescimento pessoal e profissional dos
indivíduos. Ao invés disso, deve preconizar a sua formação qualificada e contínua, que pode
impulsionar uma postura mais dinâmica por parte do professor.
Nesse sentido, a escola ofertará condições aos docentes de estarem ampliando seus
conhecimentos através do acesso aos cursos de formação continuada oferecidos pela SEED, bem
como a participação em Simpósios, Seminários, eventos culturais, dentre outros. Numa
perspectiva local, atentando para a realidade dos docentes que constituem o Colégio Estadual
Abraham Lincoln, serão propostos grupos de estudo por área de conhecimento, onde os
professores terão a oportunidade de se reunir, discutir temas, trocar experiências e enriquecer
mutuamente a sua prática pedagógica. (A inclusão e participação de nossos docentes no Projeto
Folhas e APC também contribui muito para com essa formação contínua e atualização de
conhecimentos.) Uma ação própria da escola que fomentará esses encontros periódicos entre
professores, está na elaboração quinzenal de um planejamento de unidade por disciplina, em que
se possibilitará uma auto-avaliação de desempenho e se apontará o norte para novos caminhos.
Sendo o professor o coadjuvante do processo ensino aprendizagem, muitas ações dependem da
sua atuação e do seu fortalecimento profissional.
7.3.2 - AGENDA XXI
A Agenda XXI estará sendo implementada por uma equipe coordenadora em
consonância com todos os demais membros da comunidade escolar, elucidando o compromissos
pautados e assumidos nessa agenda pelo coletivo do Colégio Estadual Abraham Lincoln. Estará
sendo promovido a integração de relações entre: homem-natureza; aluno-aluno; professor-aluno;
família-escola; escola-comunidade, através da inserção de projetos interdisciplinares, embasados
em parcerias que podem se estender ao setor público, privado, ONGs e outros, a partir de
palestras, debates, excursões, ações locais que sejam exequíveis e permitam o sucesso do
processo educativo em sua amplitude.
79
7.3.3 - DIVERSIDADE CULTURAL
Atentando para as diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental da Rede pública
Estadual, em que se garante o acesso, permanência e aprendizagem para todos os alunos em idade
escolar ou não, a escola em questão precisa estruturar formas plausíveis de recepção, manutenção
e veiculação do sucesso dos educandos, a fim de promover uma universalização cultural, sem que
haja processos discriminatórios ou excludentes. Não são os alunos que devem ser iguais; é a
escola que precisa estar preparada para trabalhar com a diversidade, pois o objetivo maior está
centrado na conquista da cidadania, independente de raça, cor, religião ou qualquer outro atributo
que diferencie uns dos outros. Destaca-se, dessa forma, o trabalho especial que vem sendo
ofertado e continuará se intensificando através do atendimento a alunos com necessidades
específicas na sala de recursos ou salas de apoio à aprendizagem, para que contextualizados,
possam trilhar o caminho da educação sem prejuízos ou exclusões implícitas ou explícitas. Cabe
minimizar as diversidades, no sentido de atuar como referencial classificatório para tornar o meio
não excludente, mas sim democrático.
7.3.4 - AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO
Em relação à avaliação, ainda precisamos buscar novas dimensões e práticas que
evidenciem a formação e a construção do conhecimento, sem que haja uma classificação
quantitativa ou rotuladora, acerca do aprendizados dos indivíduos. “Avaliação escolar é
parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, e não uma etapa isolada.
(LIBÂNEO, 1994, p.200)
Devemos assumir, enquanto educadores que somos, cotidianamente, a avaliação
diagnóstica, através da observação minuciosa, os avanços obtidos em cada etapa do processo de
construção e reelaboração do conhecimento. Nos propomos a realizar uma avaliação que
mencione a qualidade dos resultados obtidos e não a mera classificação que aliena os educandos
do verdadeiro propósito educativo. Para tanto, precisamos estar constantemente revendo nossas
concepções, acerca da contribuição que podemos oferecer para com a formação do cidadão, para
que nos tornemos essenciais nesse processo, sem que haja um direcionamento equivocado quanto
ao dinamismo da ação pedagógica.
80
Para Luckesi,
o ato de avaliar a aprendizagem implica acompanhamento e reorientação permanente. A
avaliação realiza-se por meio de um ato rigoroso e diagnóstico, tendo em vista a
obtenção dos melhores resultados possíveis, diante dos objetivos que se tenha à frente.
E, assim sendo, a avaliação exige um ritual de procedimentos que inclui desde o
estabelecimento de momentos no tempo, construção, aplicação e contestação dos
resultados expressos nos instrumentos; devolução e reorientação das aprendizagens
ainda não efetuadas.
Cabe aos educadores, nesse sentido, repensar suas ações e reorientar suas práticas
para que atinjamos a avaliação que queremos.
Sendo assim, estaremos caminhando em busca de um aprendizado sólido que enalteça
a formação do cidadão atuante e responsável. Atreladas às práticas avaliativas podemos agregar
ações que favoreçam a reorientação de estudos (conhecimento) quando constatados em
defasagem por um ou outro motivo. Com isso se estará contribuindo para que a repetência não
venha a ser uma conseqüência lógica, e diante da mobilização docente se tenha a chance de
reorientar a prática, reelaborar o conhecimento, antes que o prejuízo da retenção ocorra.
A efetivação da avaliação se dará através de instrumentos, como
seminários;
atividades escritas (provas, relatórios, dissertações, sínteses); atividades orais (provas, debates,
palestras); pesquisas (de campo, bibliográficas) e trabalho em grupo e/ou individual.
Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em consonância
com a organização curricular, sendo que serão utilizados procedimentos que assegurem o
acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno. O resultado da avaliação proporcionará
dados que permitirão a reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa
reorganizar conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.
A avaliação da aprendizagem terá os registros de notas expressos em uma escala de
0,0 (zero vírgula zero ) a 10,0 (dez vírgula zero). De maneira que o sistema de avaliação adotado
pelo Estabelecimento de Ensino é bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis
vírgula zero) referente à atividades diversificadas ( trabalhos, seminários, testes, dentre outros)
mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) proveniente a uma prova escrita, totalizando nota final 10,0
(dez vírgula zero). Assim, a nota do bimestre será resultante da somatória dos valores atribuídos
81
em cada instrumento de avaliação, sendo valores cumulativos em várias aferições, na seqüência e
ordenação de conteúdos.
A recuperação de estudos por sua vez, ocorrerá de duas formas: através da retomada
do conteúdo a partir de diagnóstico constatado pelos instrumentos de avaliação; e com a
reavaliação do conteúdo já “retomado” em sala de aula. A recuperação de estudos dar-se-á de
forma permanente e concomitante ao processo ensino e aprendizagem. Será organizada com
atividades significativas por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados, não
devendo incidir sobre cada instrumento e sim sobre os conteúdos não apropriados. O peso da
recuperação de estudos deverá ser proporcional às avaliações como um todo, ou seja, equivalerá
de 0 a 100% de apreensão e retomada dos conteúdos.
7.3.5 - PERMANÊNCIA DO EDUCANDO COM SUCESSO NA ESCOLA
Já que consideramos os educadores como agentes do processo educativo, é
preponderante alegar que os educandos são os sujeitos constituintes do mesmo, que podem,
devem e conseguem buscar sua formação e conquistar sua cidadania. Diante disso, tornar a escola
um local criativo, receptivo e agradável é ação essencial. Pode-se faze-la através da abertura para
inserções em projetos, eventos culturais, desportivos, dentre outros. Em caso de evasão, todos os
instrumentos de resgate serão utilizados, podendo inclusive, fazer uso do FICA, projeto
idealizado pelo Governo do Estado do Paraná.
7.3.6 - HORA ATIVIDADE
Possibilitar a organização de horários compatíveis para a realização horas-atividades
por área de conhecimento, com o intuito de fomentar a integração entre as práticas metodológicas
e a troca de experiências entre docentes, bem como a contínua atualização dos mesmos.
82
7.3.7 - FORMAÇÃO CONTINUADA
Um programa de formação continuada justifica-se pela constante necessidade de
aprimoramento profissional dos agentes educacionais I e II e dos professores da Educação
Básica, com ações que privilegiem a formação teórico-metodológica, a reflexão conceitual sobre
interdisciplinaridade e a análise crítica e produtiva da atividade docente, de modo a possibilitar
mudanças efetivas na prática educacional.
Nesse sentido, os caminhos metodológicos devem ultrapassar a racionalidade
produtivista e a simples reprodução do conhecimento. Dedica-se uma atenção especial aos
funcionários que cursam o Programa Pró-Funcionário, oportunizando a efetivação de seus
estudos no âmbito escolar, pois se acredita que a construção de novos saberes incide no
enriquecimento da educação da qual somos construtores.
Daí a importância de promover momentos de estudo e reflexão a fim de teorizar a
prática vivenciada no processo de ensino e aprendizagem, para renová-la e aperfeiçoá-la em
todos os âmbitos da escola.
Com esse intuito, a informática e as tecnologias afins terão papel relevante, uma vez
que a utilização dos recursos tecnológicos também contribui para o aperfeiçoamento profissional,
sendo consideradas importantes ferramentas para a apropriação do conhecimento.
Fato que implica na manutenção dos equipamentos (computadores, tvs, aparelhos de
som, data-show, retroprojetores) em bom estado de funcionamento e, na medida que os recursos
permitirem, a aquisição de equipamentos multimídia que possam ser utilizados para acelerar o
acesso à informação.
A aquisição de livros de didática escolar, de materiais como jogos, CDs e outros, de
jornais, revistas e periódicos, destinam-se a auxiliar e motivar o professor mantendo-o informado
e atualizado na sua prática e no seu conhecimento de mundo e de educação.
Todas as ações fundamentalmente se voltam para a obtenção de um maior rendimento
do processo ensino-aprendizagem, com professores motivados e instrumentalizados para superar
o ensino enciclopedista e reprodutivista.
7.3.8 - REUNIÕES PEDAGÓGICAS E CONSELHO DE CLASSE
83
Terão caráter ordinário e periódico, seguindo previsão em calendário, assumindo a
postura de fomentar o entrosamento pedagógico entre os integrantes do processo educativo, de
maneira a tornar a ação pedagógica algo concreto e tangível, na busca de soluções possíveis para
os problemas do cotidiano escolar. Trata-se de uma instância deliberativa e consultiva,
expressando uma decisão precedida pela discussão, reflexão, ponderação, consideração de
diferentes aspectos do problema, exame das possibilidades, para tomar uma decisão conjunta de
modo a encaminhar uma providência ou determinação.
O conselho de classe ocorrerá em etapas distintas: Pré-Conselho de Classe com toda a
turma em sala de aula, sob a coordenação do professor representante de turma e/ou pelo(s)
pedagogo(s), com a finalidade de possibilitar a intervenção pedagógica em tempo hábil; Conselho
de Classe Integrado, com a participação da equipe de direção, da equipe pedagógica, da equipe
docente, da representação facultativa de alunos e pais de alunos por turma e/ou série; e PósConselho, compreendendo as ações de acompanhamento da equipe pedagógica e professores,
sobre o diagnóstico realizado com o Pré-Conselho de Classe, bem como a efetivação das
atividades previstas no Conselho de Classe Integrado.
7.3.9 - ENFRENTAMENTO À EVASÃO ESCOLAR
7.3.9.1 - Programa FICA comigo
Com este programa o estabelecimento de ensino busca confirmar a concepção
democrática da escola como direito de todos. Não apenas um direito legal com a preocupação
com situações que impeçam a permanência ou o acesso de crianças e adolescentes na escola.
A FICA é uma Ficha de Comunicação do Aluno Ausente. É um dos instrumentos
colocados à disposição da escola e da sociedade, para sistematização de ações de combate à
evasão em todo o Estado do Paraná. A ficha destina-se ao controle da frequência dos alunos
menores de dezoito anos do Ensino Fundamental e Médio.
84
No Sistema de Operacionalização do Programa FICA Comigo – Enfrentamento à
evasão escolar – a atuação da escola é essencial, pois, além da família, as instituições
educacionais também são responsáveis pelo desenvolvimento pessoal e social da criança e do
adolescente.
Para tal operacionalização foi desenvolvido esse instrumento (FICA), a qual é
colocada à disposição da escola e da sociedade para o combate à evasão escolar.
Portanto, é de responsabilidade de todos, Poder Público, família, comunidade ligada
direta ou indiretamente à educação escolar preocupar-se com o enfrentamento da evasão escolar.
7.4 - CURRÍCULO
O currículo é o elemento norteador das práticas escolares, capaz de delimitar os objetivos e os critérios de avaliação da ação pedagógica, assim como indicar que conteúdos e metodologias são considerados adequados (Freitas, 1995) para cada escola. De modo que é importante
discutir algumas alternativas para a organização do trabalho pedagógico da escola, especialmente
nesta área, a fim de contribuir para a formação de uma cultura local que reflita as necessidades e
os anseios da comunidade.
Nessa direção, o que se propõe é a construção de um currículo flexível, capaz de atender às demandas de cada nível e modalidade de ensino ofertados pelo Colégio Estadual Abraham
Lincoln. Trata-se de considerar o currículo não só como elemento organizador das práticas escolares, mas num sentido mais amplo, como elemento mediador entre a escola e a sociedade. É através dele que se possibilita a construção da ação pedagógica por meio de interações entre os conhecimentos construídos na prática social e transmitidos, organizados e transformados na prática
escolar.
Em atenção ao que dispõe a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) –
Lei n° 9.394/96 – a construção da flexibilidade curricular, deve se consolidar em relação:
85
•
à organização curricular como reflexo da cultura local, sem perder de vista os objetivos e
as finalidades da educação nacional;
•
às peculiaridades de cada modalidade de ensino;
•
ao atendimento às pessoas que têm necessidades educativas especiais;
•
às peculiaridades dos povos indígenas.
A construção do currículo, nesse sentido, atenderá os resultados de reflexões e dis-
cussões coletivas, possibilitando à escola a opção por esta ou aquela forma de organização curricular. Pois é através da construção e da prática do currículo que se terá delineado o tipo de homem que se quer formar, de modo que conteúdos, metodologias, práticas e posturas pedagógicas
convertam-se na construção da cidadania que se deseja e promovam a afirmação do conhecimento e do saber elaborado.
Conforme Legislação, o Currículo do Colégio Estadual Abraham Lincoln vem sendo
construído e executado em consonância com o que versa a Lei 10 639/2003 que altera a LDB
9394/96 em seus artigos 26A – obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira e
seus conteúdos curriculares e 79B sobre o dia 20 de novembro - Dia da Consciência Negra. A
abordagem da temática se dá a partir do trabalho com conteúdos curriculares, como História da
África e dos Africanos; A luta dos negros no Brasil; A cultura negra brasileira e o Negro na formação da sociedade nacional. E ainda, faz alusão à Lei nº 11 645/2008, que ratifica a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira; inclui a História e Cultura Indígena; e acrescenta novos conteúdos relativos à participação do índio na formação da sociedade nacional e as contribuições dos povos indígenas em diferentes áreas.
7.4.1 - DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
86
Durante a construção do currículo é imprescindível que o coletivo escolar atente para
as considerações acerca de temáticas atuais que se constituem em Desafios Educacionais
Contemporâneos. Para tanto, o coletivo do Colégio Estadual Abraham Lincoln, decide
implementar nas práticas curriculares os temas relativos à:
– Educação Ambiental,
– Educação Fiscal,
– Enfrentamento à violência nas escolas,
– História e Cultura Afro Brasileira, Africana e Indígena,
– Prevenção ao uso indevido de drogas e
– Sexualidade
Essas temáticas não simbolizam a fragmentação do conteúdo ou mesmo do currículo.
Elas vão muito além de uma simples abordagem isolada. Estão inseridas na prática pedagógica de
cada disciplina, onde são envolvidas no cotidiano escolar, seja para fins de orientação, de
discussão ou ainda de valorização.
7.4.2 – PLANO DE TRABALHO DOCENTE
O plano de trabalho docente, instrumento de ação do currículo deverá resultar da proposta pedagógica curricular, onde o professor elaborará o seu, vinculado à realidade e às necessidades de suas diferentes turmas de atuação. No plano se explicitarão os conteúdos específicos a
serem trabalhados no semestre letivo, bem como as especificações metodológicas que fundamentam a relação ensino/aprendizagem, além dos critérios e insturmentos que objetivam a avaliação
no cotidiano escolar.(DCEs, 26)
Assim, o PTD assume a seguinte estrutura:
ESTRUTURA DO PLANO DE TRABALHO DOCENTE
O PTD deve conter:
87
1- Conteúdos
2- Justificativa
3- Encaminhamentos Metodológicos
4- Critérios de Avaliação/Recuperação
5- Recursos Didáticos
6- Instrumentos de Avaliação
7- Referências
1 – CONTEÚDOS
•
•
Estruturantes e básicos: observar a tabela anexa às DCEs.
Específicos: cabe ao professor elencar esses conteúdos trabalhando-os de forma
contextualizada e articulada aos conteúdos estruturantes e básicos.
2 - JUSTIFICATIVA
•
Justificar a escolha dos conteúdos (qual a importância desses conteúdos para a
formação do aluno dessa comunidade escolar considerando a orientação do
aluno no tempo passado-presente-expectativa de futuro).
3 - ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS (COMO
FAZER/PROCEDIMENTOS)
•
Explicitar a forma de encaminhamento das aulas, considerando o processo de
ensino e aprendizagem dos educandos.
4 - CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO
•
A avaliação deverá ser contínua, permanente e cumulativa e seus critérios
devem definir os propósitos e a dimensão do que se avalia. Para cada conteúdo
precisa-se ter claro o que dentro dele se deseja ensinar, desenvolver e, portanto,
avaliar. Os critérios refletem de que forma vai se avaliar um conteúdo. A
recuperação de estudos deverá ser paralela, concomitante e contemplar também
o que preceitua o Projeto Político Pedagógico e o Regimento Escolar de cada
estabelecimento de ensino.
5 - RECURSOS DIDÁTICOS
•
( Explicitar quais recursos poderão ser utilizados no decorrer das aulas:filmes,
TV multimídia, internet, músicas, documentários, revistas, jornais, livros de
apoio, entre outros).
6 - INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO
88
•
Explicitar quais instrumentos poderão ser utilizados: provas orais, escritas,
seminários, simulados, debates, produção de texto, palestras e outros.
7 - REFERÊNCIAS
•
As referências permitem perceber em que material e em qual concepção o
professor vem fundamentando seu conteúdo. Fundamentar conteúdos de forma
historicamente situada implica buscar outras referência, não sendo, portanto o
livro didático o único recurso.
OBS: No Plano de Trabalho Docente devem constar todos os itens elencados, porém
devem ser observadas as especificidades de cada disciplina.
7.4.3 – LINHA DE AÇÃO
7.4.3.1 - CELEM
A partir do ano letivo de 2010, o Colégio Estadual Abraham Lincoln passou a
ofertar o CELEM ( Centro de Línguas Estrangeiras Modernas) de língua espanhola, como um
ensino extracurricular, plurilinguista e gratuito para alunos da Rede Estadual Básica,
matriculados no Ensino Fundamental ( anos finais ), no Ensino Médio, Educação Profissional e
Educação de Jovens e Adultos. Sendo também extensivo à comunidade, professores e agentes
educacionais.
O CELEM é regulamentado pela Resolução Nº 3904/2008 e pela Instrução
Normativa Nº 019/2008, além de ser subordinado às determinações do Projeto Politico
Pedagógico e do Regimento Escolar.
Anexo a este PPP segue a Proposta Pedagógica do CELEM.
7.4.3.2 – VIVA A ESCOLA
A partir do ano letivo de 2009, o Colégio Estadual Abraham Lincoln passou a ofertar
o Programa Viva a Escola (Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular),
89
contempladas na proposta pedagógica curricular e desenvolvidas pela escola. Entende-se por
complementação curricular atividades relativas aos possíveis recortes do conteúdo disciplinar,
previsto na PPC da escola, que implica numa seleção de atividades organizadas em núcleos de
conhecimentos que venham ao encontro do PPP.
Tais atividades devem ser feitas pelo coletivo escolar, considerando as necessidades
pedagógicas e sociais dos alunos e da escola.
O programa é ofertado para alunos da Rede Estadual Básica, matriculados no Ensino
Fundamental (anos finais) e no Ensino Médio.
O Viva a Escola é regulamentado pela Resolução nº 3683/2008 e pela Instrução
Normativa nº 017/2008, além de ser subordinado às determinações do PPP e do Regimento
Escolar.
Anexo a este PPP segue a Proposta Pedagógica das atividades do Programa Viva a
Escola.
7.5 – AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
A avaliação deve ser tomada como um processo abrangente e de caráter diagnóstico,
que infere uma reflexão crítica sobre a prática, percebendo avanços, resistências, dificuldades,
permitindo novas tomadas de decisões, acerca da consolidação das ações diante das propostas
contempladas no Projeto Político Pedagógico desse estabelecimento de ensino.
Diante das abordagens teóricas já referenciadas nessa proposição de ações, o
planejamento, tem como princípio básico, a criatividade do ser humano em propor mudanças que
adaptem a realidade a fatores que envolvam, principalmente objetivos, metas a serem alcançadas
e assim formando uma seqüência que atinja a todos os elementos do conhecimento humano na
área planejada. LUCKESI (1981)
Sob um novo enfoque, o princípio da mensuração explanado por LUCKESI (1981),
oferece ao planejamento, meios para se saber, como se encontra a termo de resultado, o que se
90
está desenvolvendo como atividade. Não basta apenas delinear objetivos, discernir metas, compor
uma grandiosa missão ou elaborar uma comovente filosofia da escola. O planejamento é muito
mais que isso. Ele só é finalizado, quando resultados começam a serem reconhecidos como
positivos. Em caso contrário, é hora de se replanejar, considerando a realidade e as variáveis
existentes.
A avaliação do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Abraham Lincoln de
Kaloré estará acontecendo periodicamente, na medida em que as ações forem sendo realizadas,
atentando sempre para o olhar e apreciação coletivos, contando com a participação de toda
comunidade escolar.
Em consonância com os estudos de TURRA(1975) observa-se que após planejado, o
trabalho de acompanhamento da execução do que foi previsto e proposto como ação é de suma
importância. E então surgem as adaptações, que em muitos casos exigem um replanejamento.
Isso não significa que se vai abrir mão de tudo que se organizou inicialmente. De modo geral, o
planejamento inicial é a planta onde será alicerçado o que se pretende, porém, criando e
executando situações novas, principalmente diante das exigências do tempo e do espaço, é
possível que se opte por novos caminhos que levem ao alcance dos mesmos objetivos,
anteriormente traçados.
Está se enfatizando a avaliação contínua do planejamento que se propõe. Essa
avaliação, além de apontar seu caráter diagnóstico, decorrerá em momentos coletivos, onde a
comunidade escolar poderá se reunir para sugerir, discutir e refletir sobre os caminhos já seguidos
e os avanços atingidos. Essa análise periódica permitirá a reorientação e retomada de ações,
quando necessárias.
Assim, concluímos com VILLAS BOAS:
A mensagem que se deixa é a de que a autonomia da escola com vistas à aprendizagem
de todos os alunos, será obtida: pela construção coletiva do seu Projeto Político
Pedagógico; pela avaliação de todo o processo e de todos os envolvidos pelos que dele
participam; pelo desenvolvimento pessoal e profissional dos profissionais da educação.
Retomando a idéia inicial de que falar de projeto Político Pedagógico implica em falar
de avaliação, reafirmo a importância de a própria escola avaliar seu trabalho e apresentar
91
à sociedade os resultados obtidos, assim como suas necessidades, dificuldades e metas
futuras.
É fato, que se permitindo planejar, a comunidade escolar outorga o direito de autoavaliar-se em todas as dimensões, com vistas a refletir sobre resultados já obtidos e reorientar
novas práticas. Portanto, o Projeto Político Pedagógico estará em constante avaliação e
reestruturação.
92
8 – REFERÊNCIAS
AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Conceitos de Biologia. Volumes I, II e
III. São Paulo: Moderna, 2003.
CHASSOT, Attico. A Ciência Através dos Tempos. São Paulo: Moderna, 1994.
FAMEPAR. Plano de Uso e Ocupação do Solo Urbano – Kaloré. Curitiba: Governo do Estado do
Paraná/Instituto de Assistência aos municípios do Estado do Paraná, 1996.
FREITAS, Luiz Carlos de. Crítica da organização do trabalho pedagógico e da didática.
Campinas, SP: Papirus, 1995.
GOLDBERG, Maria Amélia A. e SOUZA, Clarilza Prado. A Prática da avaliação. São Paulo:
Cortez & Moraes, 1979.
HAYDT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática Geral. São Paulo: Ática, 1998.
IPARDES . EMATER, Paraná, 2000.
KILPATRICK, William H. Educação para uma civilização em mudança. São Paulo: Edições
Melhoramentos, 1973.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez Editora, 1981.
NIDELCOFF, Maria Teresa. Uma escola para o povo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1983.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais para a Educação Básica. – DCEs Curitiba,
2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação
Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da
Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios
Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.
PROJETO DE CONTEÚDOS ESSENCIAIS PARA O ENSINO DE 2º GRAU. Biologia.
Secretaria de Estado da Educação. Curitiba:1998.
REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e
Médio. Kaloré – PR.
TERRY, George R. Administração. São Paulo: Editora Brasiliense, 1977.
TURRA, Clodia Maria Godoy. Planejamento de ensino e avaliação. Porto Alegre: Sagra S.A.,
1975.
VILLASBOAS, Benigna Maria de Freitas. O Projeto Político Pedagógico e a Avaliação. Prof. da
Faculdade de Educação da Universidade de Brasília.
ANEXOS
COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE –
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
KALORÉ – 2010
1. APRESENTAÇÃO DA DICIPLINA
Ao considerar a Arte como fruto da percepção da necessidade de expressão e da
manifestação da capacidade criadora humana, ela converte se numa síntese superior do trabalho
dos sujeitos, na medida em que a Arte é um dos modos pelos quais o homem supera no seu fazer,
os limites da utilidade material imediata, que ultrapassam os condicionamentos da sobrevivência
física e torna-se parte fundamental no processo de humanização do sentido, no saber estético e no
trabalho artístico contextualizados e articulados entre si.
A partir das concepções da Arte e de seu ensino já abordadas, estas diretrizes consideram
alguns campos conceituais que contribuem para as reflexões a respeito do objeto de estudo desta
disciplina:
• O conhecimento estético está relacionado à apreensão do objeto artístico em seus
aspectos sensíveis e cognitivos. O pensamento, a sensibilidade e a percepção
articulam-se numa organização que expressa esses pensamentos e sentimentos, sob a
forma de representações artísticas como, por exemplo, palavras na poesia; sons
melódicos na música; expressões corporais na dança ou no teatro; cores; linhas e
formas nas artes visuais.
• O conhecimento artístico está relacionado com o fazer e com o processo criativo.
Considera desde o imaginário, a elaboração e a formalização do objeto artístico até o
contato com o público. Durante esse processo, as formas resultantes das sínteses
emocionais e cognitivas expressam saberes específico a partir da experiência com
materiais, com técnicas e com os elementos formais básicos constitutivos das Artes
Visuais, da Dança, da Música e do Teatro.
O conhecimento contextualizado envolve o contexto histórico (político econômico e
sociocultural) dos objetos artísticos e contribui para a compreensão de seus conteúdos explícitos e
implícitos, possibilitando um aprofundamento na investigação desse objeto.
Apoiada nas ações realizadas no decorrer desse processo histórico recente e na busca de
efetivar uma transformação no ensino de Arte, essa disciplina ainda exige reflexões que
contemplem a arte como área de conhecimento e não meramente como meio para o destaque de
dons inatos, sendo até mesmo utilizada equivocadamente, em alguns momentos, como prática de
entretenimento e terapia.
O ensino de Arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e passa também a se
preocupar com o desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída historicamente e
em constante transformação.
Segundo Faraco, quando buscamos definir um novo papel para a Arte na escola, é
importante ter clareza da dificuldade de sua definição e da diversidade teórica relacionada a ela.
Não há um dizer único e universal sobre a Arte e, portanto, estamos sempre na situação de ter de
fazer várias opções teóricas para sustentar nossas propostas curriculares e metodológicas.
2. CONTEÚDOS
2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS FORMAIS
No conteúdo estruturante elementos formais, o sentido da palavra formal esta relacionado
á forma propriamente dita, ou seja aos recursos empregados numa obra. São elementos da cultura
presentes nas produções humanas e na natureza; são matérias-prima para a produção artística e o
conhecimento em arte. Esses elementos são usados para organizar todas as áreas artísticas e são
diferentes em cada uma delas. Eis alguns exemplos: o timbre da Música, a cor em Artes Visuais,
a personagem em Teatro ou o movimento corporal em Dança.
No processo pedagógico, o professor de Arte deve aprofundar o conhecimento dos
elementos formais da sua área de habilitação e estabelecer articulação com as outras áreas por
intermédio dos conteúdos estruturantes.
COMPOSIÇÃO
Composição e o processo de organização e desdobramento dos elementos formais que
constituem uma produção artística. Num processo de composição na área de artes visuais, os
elementos formais-linha, superfície, volume, luz e cor – “não têm significados pré-estabelecidos,
nada representam, nada descrevem, nada assinalam, não são símbolos de nada, não definem nadanada, antes de entrarem num contexto formal” (OSTROWER 1983, p.65). Ao participar de uma
composição, cada elemento visual configura o espaço de modo diferente e, ao caracterizá-lo, os
elementos também se caracterizam.
Na área de música, todo som tem sua duração, a depender do tempo de repercussão da
fonte sonora que o originou. É pela manipulação das durações, mediada pelo conhecimento, que
esse som passa a constituir um ritmo ou uma composição.
Com a organização dos elementos formais, por meio dos conhecimentos de composição
de cada área de Arte, formula-se todas as obras, sejam elas visuais, teatrais, musicais ou da dança,
na imensa variedade de técnicas e estilos.
MOVIMENTOS E PERÍODOS
O conteúdo estruturante movimentos e períodos se caracterizam pelo contexto histórico
relacionado ao conhecimento em Arte. Esse conteúdo revela aspectos sociais, culturais e
econômicos presente numa composição artística e explicita as relações internas ou externas de
um movimento artístico em suas especificidades, gêneros, estilos e correntes artísticas.
2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS - FUNDAMENTAL
5ª Série
MÚSICA
Elementos formais:
•
Altura;
•
Duração;
•
Timbre;
•
Intensidade;
•
Densidade.
Composição:
•
Ritmo;
•
Melodia.
Movimentos e períodos:
•
Greco-Romana;
•
Oriental;
•
Ocidental;
•
Africana.
ARTES VISUAIS
Elementos formais:
•
Ponto;
•
Linha;
•
Textura;
•
Forma;
•
Superfície;
•
Volume;
•
Cor;
•
Luz.
Composição:
•
Bidimencional;
•
Figurativa;
•
Geométrica, simetria;
•
Técnicas: Pintura, escultura, arquitetura;
•
Gêneros: cenas da mitologia.
Movimentos e períodos:
•
Arte Greco-Romana;
•
Arte Africana;
•
Arte Pré-Histórica.
TEATRO
Elementos formais:
•
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;
•
Ação;
•
Espaço.
Composição:
•
Enredo, Roteiro;
•
Espaço Cênico, adereços;
•
Técnicas:
jogos
teatrais,
teatro
manipulação, máscara;
•
Gênero: tragédia, comédia e circo.
Movimentos e períodos:
•
Greco-Romana;
•
Teatro Oriental;
•
Teatro Medieval;
•
Renascimento.
DANÇA
Elementos formais:
•
Movimento corporal;
•
Tempo;
•
Espaço.
Composição:
•
Kinesfera;
•
Eixo;
•
Ponto de apoio;
•
Movimentos articulares;
•
Fluxo (livre e interrompido);
•
Rápido e lento;
•
Formação;
•
Níveis (alto, médio e baixo);
•
Deslocamento (direto e indireto);
•
Dimensões (pequeno e grande);
•
Técnica: improvisação
•
Gênero: circular.
Movimentos e períodos:
indireto
e
direto,
improvisação,
•
Pré- historia;
•
Greco-Romana;
•
Renascimento;
•
Dança clássica.
6ª Série
MÚSICA
Elementos formais:
•
Altura;
•
Duração;
•
Timbre;
•
Intensidade;
•
Densidade.
Composição:
•
Ritmo;
•
Melodia;
•
Escala;
•
Gêneros: folclórico, indígena, popular e étinico;
•
Técnicas: vocal, instrumental e mista;
•
Improvisação.
Movimentos e períodos:
•
Música popular e étnica (ocidental e oriental).
ARTES VISUAIS
Elementos formais:
•
Ponto;
•
Linha;
•
Forma;
•
Textura;
•
Superfície;
•
Volume;
•
Cor;
•
Luz.
Composição:
•
Proporção;
•
Tridimensional;
•
Figura e fundo;
•
Abstrata;
•
Perspectiva;
•
Técnicas: pintura, escultura, moldagem, gravura;
•
Gêneros: paisagem, retrato, natureza morta.
Movimentos e períodos:
•
Ante Indígena;
•
Arte Popular;
•
Brasileira e Paranaense;
•
Renascimento;
•
Barroco.
TEATRO
Elementos formais:
•
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;
•
Ação;
•
Espaço.
Composição:
•
Representação, Leitura dramática, Cenografia;
•
Técnica: jogos teatrais, mímica, improvisação, formas animada;
•
Gêneros: rua e arena, Caracterização.
Movimentos e períodos:
•
Comedia dell’arte;
•
Teatro popular;
•
Brasileiro e Paranaense;
•
Teatro Africano.
DANÇA
Elementos formais:
•
Movimento corporal;
•
Tempo;
•
Espaço.
Composição:
•
Ponto de apoio;
•
Rotação;
•
Coreografia;
•
Salto e queda;
•
Peso (leve e pesado);
•
Fluxo (livre, interrompido e conduzido);
•
Lento, rápido e moderado;
•
Níveis (alto, médio e baixo);
•
Formação;
•
Direção;
•
Gênero: Folclórica, popular e étnica.
Movimentos e períodos:
•
Dança popular;
•
Brasileira;
•
Paranaense;
•
Africana;
•
Indígena.
7ª Série
MÚSICA
Elementos formais:
•
Altura;
•
Duração;
•
Timbre;
•
Intensidade;
•
Densidade.
Composição:
•
Ritmo;
•
Melodia;
•
Harmonia;
•
Tonal, modal e a fusão de ambos;
•
Técnicas: vocal, instrumental e mista.
Movimentos e períodos:
•
Indústria cultural;
•
Eletrônica;
•
Minimalista;
•
Rap, Rock, Tecno.
ARTES VISUAIS
Elementos formais:
•
Linha;
•
Forma;
•
Textura;
•
Superfície;
•
Volume;
•
Cor;
•
Luz.
Composição:
•
Semelhanças;
•
Contrastes;
•
Ritmo Visual;
•
Estilização;
•
Deformação;
•
Técnica: desenho, fotografia, áudio-visual e mista.
Movimentos e períodos:
•
Indústria Cultural;
•
Arte no Sec XX;
•
Arte Contemporânea.
TEATRO
Elementos formais:
•
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;
•
Ação;
•
Espaço.
Composição:
•
Representação no cinema e mídias;
•
Texto dramático;
•
Maquiagem;
•
Sonoplastia;
•
Roteiro;
•
Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica.
Movimentos e períodos:
•
Industria Cultural;
•
Realismo;
•
Expressionismo;
•
Cinema Novo.
DANÇA
Elementos formais:
•
Movimento corporal;
•
Tempo;
•
Espaço.
Composição:
•
Giro;
•
Rolamento;
•
Saltos;
•
Aceleração e desaceleração;
•
Direções (frente, atrás, direita e esquerda);
•
Improvisação;
•
Coreografia;
•
Sonoplastia;
•
Gênero: Indústria Cultural e espetáculo.
Movimentos e períodos:
•
Hip Hop;
•
Musicais;
•
Expressionismo;
•
Indústria cultural;
•
Dança Moderna.
8ª Série
MÚSICA
Elementos formais:
•
Altura;
•
Duração;
•
Timbre;
•
Intensidade;
•
Densidade.
Composição:
•
Ritmo;
•
Melodia;
•
Harmonia;
•
Técnicas: vocal, instrumental e mista;
•
Gêneros: popular, folclórico e ético.
Movimentos e períodos:
•
Música Engajada;
•
Música Popular Brasileira;
•
Música Contemporânea.
ARTES VISUAIS
Elementos formais:
•
Linha;
•
Forma;
•
Textura;
•
Superfície;
•
Volume;
•
Cor;
•
Luz.
Composição:
•
Bidimensional;
•
Tridimensional;
•
Figura-fundo;
•
Ritmo visual;
•
Técnica: pintura, grafitte, performance;
•
Gêneros: paisagem urbana, cenas do cotidiano.
Movimentos e períodos:
•
Realismo;
•
Vanguardas;
•
Muralismo e Arte Latino-Americana;
•
Hip Hop
TEATRO
Elementos formais:
•
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais;
•
Ação;
•
Espaço.
Composição:
•
Técnicas: monologo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum.
Movimentos e períodos:
•
Teatro Engajado;
•
Teatro do Oprimido;
•
Teatro Pobre;
•
Teatro do Absurdo;
•
Vanguardas.
DANÇA
Elementos formais:
•
Movimento corporal;
•
Tempo;
•
Espaço.
Composição:
•
Kinesfera;
•
Ponto de apoio;
•
Peso;
•
Fluxo;
•
Quedas;
•
Saltos;
•
Giros;
•
Rolamentos;
•
Extensão (perto e longe);
•
Coreografia;
•
Deslocamento;
•
Gênero: performance e moderna.
Movimentos e períodos:
•
Vanguardas;
•
Dança moderna;
•
Dança Contemporânea.
1. CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIO
ARTES VISUAIS
Ponto
Linha
Textura
Superfície
Volume
Cor
Luz
COMPOSIÇÃO
Bidimensional
Tridimensional
Figurativo
Perspectiva
Semelhanças
Contrastes
Técnica: pintura, desenho, história em quadrinhos...
Figura e fundo
Ritmo visual
Simetria
Deformação
Estilização
Técnica: fotografia, gravura e escultura.
Técnica: modelagem, instalação, performace.
Gêneros: Paisagem, natureza morta, cenas do cotidiano, histórica, religiosa, da mitologia.
MOVIMENTOS E PERIODO
Arte de Vanguarda
Indústria Cultural
Arte Contemporânea
Arte latino-americana
Arte ocidental
Arte oriental
Arte africana
Arte brasileira
Arte paranaense
Arte popular
MÚSICA
ELEMENTOS FORMAIS
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
COMPOSIÇÃO
Ritmo
Melodia
Armonia
Escalas
Modal, tonal e fusão de ambos
Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, pop...
Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista improvisada
MOVIMENTOS E PERÍODOS
Música popular
Brasileira
Paranaense
Popular
Indústria cultural
Engajada
Vanguarda
Ocidental
Oriental
Africana
Latino-Americana
TEATRO
ELEMENTOS FORMAIS
Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais.
Ação
Espaço
COMPOSIÇÃO
Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, teatro-Fórum.
Roteiro
Encenação e leitura dramática
Gêneros: Tragédia, Comédia e Épico
Dramaturgia
Representação nas mídias
Caracterização
Cenografia
Sonoplastia
Figurino
Iluminação
Direção
Produção
MOVIMENTOS E PERÍODOS
Teatro Greco-romano
Teatro Medieval
Teatro Dialético
Teatro do Oprimido
Teatro Pobre
Teatro brasileiro
Teatro paranaense
Teatro popular
Indústria cultural
Teatro engajado
Teatro essencial
Teatro de vanguarda
Teatro renascentista
Teatro latino americano
Teatro realista
Teatro simbolista
DANÇA
ELEMENTOS FORMAIS
Movimento corporal
Tempo
Espaço
COMPOSIÇÃO
Kinesfera
Fluxo
Peso, Eixo, Salto e queda, Giros
Rolamento
Movimentos articulares
Lento, rápido e moderado
Aceleração e desaceleração
Níveis
Deslocamento
Direções –Planos – Improvisação - Coreografia
Gêneros: Espetáculo, indústria cultural, étnica, folclórica, populares e salão.
MOVIMENTOS E PERÍODOS
Pré-história
Greco-romana
Medieval
Renascimento
Dança clássica
Dança popular
Brasileira
Paranaense
Africana
Indígena
Hip Hop
Indústria cultural
Dança moderna
Vanguardas
Dança contemporânea
3. METODOLOGIA DE ENSINO
Nas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos estruturantes, em
um encaminhamento metodológico orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a fruição
artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da
Educação Básica.
Para preparar as aulas, é preciso considerar para quem elas serão ministradas, como, por
que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como espaço de conhecimento. Dessa forma,
devem-se contemplar, na metodologia do ensino da Arte, três momentos da organização
pedagógica:
• Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem
como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos
• Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte
• Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma
obra de arte
O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos três
simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias aulas, espera-se que o aluno tenha
vivenciado cada um deles.
Nas aulas de arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos estruturantes, em
um encaminhamento metodológico orgânico, onde o conhecimento, as práticas e a fruição
artística estejam presentes em todos os momentos da prática pedagógica, em todas as séries da
educação básica.
Podendo ser utilizado metodologias como:
•
Internet;
•
Fotografia;
•
Movemaker;
•
Computador;
•
Quadro de giz;
•
TV pendrive;
•
Recurso de vídeo;
•
Tipos de música;
•
Confecção de instrumentos musicais;
•
Confecção de música e teatro;
•
Pintura;
•
Releitura;
•
Colagem;
•
Cartaz;
•
Propaganda;
•
Etc..
Ao trabalhar arte o professor deve criar vínculos com a comunidade gerando um
sentimento que pertença ao lugar e ao grupo social, possibilitando a criação de uma sociocultural
que leva o aluno a compreender o mundo e transformá-lo.
Em arte será valorizada a cultura dos povos do campo e afro-brasileira, com a finalidade
de criação de uma identidade sociocultural, levando o aluno a compreender e transformar o
mundo.
Será trabalhado com o aluno o conceito de teatro como uma forma artística que aprofunda
e transforma sua visão de mundo, sob a perspectiva de que o ato de dramatizar é uma construção
social do homem em seu processo de desenvolvimento.
No panorama musical, será trabalhada a diversidade de estilos e de gêneros musicais, cada
qual com suas funções correspondentes a épocas e regiões.
Em artes visuais, será abordada a produção pictória de conhecimento universal e artistas
consagrados, formas e imagens de diferentes aspectos presentes nas sociedades contemporâneas.
Os conteúdos estarão relacionados com a realidade do aluno e do seu entorno, considerando
artistas, produções artísticas e bens culturais da região, bem como outras produções de caráter
universal.
O trabalho pedagógico em relação à dança basear-se-á em atividades de experimentação
do movimento, improvisação, em composições coreográficas e processos de criação, tornando o
conhecimento significativo para o aluno, conferindo-lhe sentido a aprendizagem, por articularem
os conteúdos da dança.
Os temas de Desafios Educacionais Contemporâneos como, violência na escola, Educação
ambiental, educação fiscal e inclusão, serão abordados durante o trabalho em artes visuais, dança,
teatro e música de uma forma prazerosa e objetiva.
4.AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO
A avaliação em Arte é diagnosticada e processual. Diagnósticos por ser referência do
professor para o planejamento das aulas e de avaliação dos alunos; processual por pertencer a
todos os momentos da prática pedagógica. O planejamento deve ser constantemente
redirecionado, utilizando a avaliação do professor, da turma sobre o desenvolvimento das aulas e
também a auto-avaliação dos alunos.
Os instrumentos utilizados para a avaliação e recuperação poderão ser:
•
Prova escrita ou oral;
•
Seminários;
•
Trabalhos práticos;
•
Pesquisa;
•
Outros instrumentos de avaliação.
Avaliação por meio da observação e registro: sem parâmetros comparativos entre os
alunos, considerando aspectos experimentais (práticos) e conceituais (teóricos).
Sendo assim, todo o conhecimento acumulado pelo aluno de ser socializado entre colegas
e, ao mesmo tempo, deve construir referência para o professor propor abordagens diferenciadas.
A avaliação permite que saia do lugar comum, dos gostos pessoais, de modo que se
desvincula de uma prática pedagógica pragmatista, caracterizada pela produção de resultados ou
a valorização do espontaneísmo.
O conhecimento que o aluno acumula será socializado entre os colegas e ao mesmo
tempo, constituir-se como referência para propor abordagens diferenciadas.
O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis
vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas
mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação
ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).
A recuperação será paralela ao estudo dos conteúdos, que prevê meios para a superação
das dificuldades dos educandos, tendo em vista efetivar aprendizagens concretas e significantes,
coerentes ao contexto sócio-cultural, político e ambiental.
5. REFERÊNCIAS
AZEVEDO. F. de, A cultura brasileira. 5ª Ed. Revista e ampliada. São Paulo: Melhoramento,
Editora da USP, 1971.
BAKHITIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins fontes, 1992.
BARBOSA, A. M. Inquietação e mudança no ensino da arte. São Paulo, Cortez, 2002.
COSTA, C. B.& CAMPOS, N. P. Artes Visuais e escola: para aprender e ensinar com
imagens. Florianópolis: NUC/CED/UFSC, 2003.
KUENZER, Acácia Zeneida. Ensino Médio: Construindo uma proposta para os que vivem do
trabalho. São Paulo: Cortez, 2000.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Arte para a Educação Básica. Curitiba,
2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação
Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da
Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios
Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.
PILLAR, A. D. A educação do olhar ensino da arte. In BARBOSA, A, M. Inquietações e
mudanças no ensino da Arte. São Paulo: Cortez, 2002.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino
Fundamental e Médio. Kaloré – PR.
REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e
Médio. Kaloré – PR.
ROSSI, M. H. W. Imagens que falam: leitura na arte na escola. Porto Alegre: Meditação,
2003.
COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE
BIOLOGIA
KALORÉ – 2010
1-
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo a VIDA.
Ao longo da história da humanidade muitos foram os conceitos elaborados sobre este
fenômeno numa tentativa de explicá-lo e ao mesmo tempo, compreendê-lo.
A preocupação com a descrição dos seres vivos dos fenômenos naturais levou o homem a
diferentes concepções de vida, de mundo e de seu papel enquanto parte deste mundo. Essa
preocupação humana representa a necessidade de garantir sua sobrevivência.
Desde o homem primitivo, em sua condição de caçador e coletor, as observações dos
diferentes tipos de comportamento dos animais e da floração das plantas foram sendo registradas
nas pinturas rupestres, representando seu interesse em explorar a natureza.
Assim, os conhecimentos apresentados pela disciplina de Biologia no Ensino Médio não
representam o resultado da apreensão contemplativa da natureza em si, mas os modelos teóricos
elaborados pelo homem (paradigmas teóricos), que representam o esforço para entender, explicar,
utilizar e manipular os recursos naturais.
A história da Ciência mostra que tentativas de definir a VIDA têm sua origem registrada
desde a Antiguidade. As idéias deste período que contribuíram com o desenvolvimento da
Biologia, tiveram principais pensadores e estudiosos, os filósofos Platão (428/27 a.C – 347 a.C) e
Aristóteles (384 a.C – 322 a.C), que deixaram contribuições relevantes quanto à classificação dos
seres vivos. As interpretações filosóficas buscavam explicações para a compreensão da natureza.
Na Idade Média, sob a influência do Cristianismo, a igreja influindo na vida social,
política e econômica, institucionalizado o dogmatismo teocêntrico.
Surgiram no século XIII as primeiras universidades para a divulgação do conhecimento
acumulado durante séculos e marcaram a história das Ciências, surgem Alberto Magno que
relacionou conhecimentos aristotélicos, zoologia, medicina, física e química.
Na história das Ciências na Renascença, encontra-se também um período marcado por
contradições. Ao mesmo tempo em que Leonardo da Vinci (1452-1519) introduz o pensamento
matemático como instrumento que permite interpretar a ordem mecânica da natureza, estudos
botânicos eram realizados com perspectiva descritiva com observação direta de fontes originais,
sem a preocupação em estabelecer relações entre as plantas e sua distribuição geográfica.
Por vota do século XVI e XVIII, a ciência Moderna passou por avanços significativos e
no campo da Biologia, por volta de 1665, Robert Hooke e Jan Swammerdam construíram
microscópios de pena resolução que permitiram descobertas importantes sobre microorganismos.
Leeuwenhoek observou fios de cabelos, pulgas e pequenos insetos e descrição detalhadas dos
glóbulos brancos, como também observação de bactérias, algas e protozoários presentes nas
águas de riachos e lagoas. Em meio às contradições deste período histórico, o pensamento do
filósofo Francis Bacon (1561-1626), contribui com a nova visão de Ciência, recuperando o
domínio do homem sobre a natureza através da investigação cooperativa.
Ainda marcou a história da Biologia o pesquisador italiano Francesco Redi, com
experimentação e pesquisa sobre a geração espontânea contrariando essa teoria e afirmação que
os seres vivos originam-se de um outro já preexistente.
Durante o século XVIII e inicio do século XIX surgiram naturalistas com Carl Von Linné
(1707-1778), que dedicou seus estudos à classificação e elaborou o sistema binário para
classificar os vegetais, utilizando a nomenclatura binominal conhecida mundialmente até os dias
atuais. Spallanzani desenvolve o método experimental biológico.
Com Linné, o sistema descritivo possibilitou a organização da Biologia considerando a
comparação das espécies coletadas em diferentes locais. Esta tendência reflete a atitude
contemplativa interessada em retratar a beleza da natureza partindo da exploração empírica do
mundo natural pautado por um método baseado na observação e descrição da natureza,
caracterizando o pensamento biológico descritivo.
Sob a influência do pensamento positivista reafirma-se o pensamento mecanicista. Para
entender o funcionamento da VIDA a Biologia fracionou os organismos vivos em parte mais
especializadas e menores procurando compreender as relações causa e efeito no funcionamento
de cada uma de suas partes.
Com a Revolução Industrial, evidências sobre a extinção de espécies foram forjando no
pensamento científico europeu proposições para a teoria da evolução estática, que não admitia a
evolução biológica, cada vez mais vai sendo confrontada. Estudos sobre a mutação das espécies
ao longo do tempo são apresentados principalmente Erasmus Darwin (1731-1802) e por Jean
Baptiste de Monet (1744-1829).
Surgiram em 1809 discussões sobre a evolução das espécies e Lamarck acreditava que o
ambiente influenciava nas características dos seres vivos e que por uso e desuso de determinado
órgãos, estes seriam conservados e transmitidos na reprodução.
No início do século XIX, o naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882) apresenta a
suas idéias sobre a evolução das espécies.
O avanço importante para a Biologia ocorreu no início do século XIX quando Scheiden e
Schawann afirmaram que animais e vegetais são compostos por células.
Gregor Mendel em 1865, apresenta ao mundo sua pesquisa sobre a transmissão de
características entre os seres vivos. Mendel é considerado o “Pai da Genética”.
A Biologia se consolida como a ciência no século XIX quando Charles Darwin apresenta
sua teoria seleção natural e publica o livro “A origem das espécies”.
Através de estudos químicos sobre a presença de vinhos Louis Pasteur revelou os
processos de fermentação bem como os estudos sobre a presença por germes, importantes para a
medicina e também o processo de pasteurização.
Em 1892, iniciou-se no Brasil, em São Paulo, estudos sobre o desenvolvimento da saúde
pública. No Rio de Janeiro o principal colaborador foi Osvaldo Cruz, no Instituto Soroterápico de
Manguinhos.
O avanço para a Medicina ocorreu em 1945 com a descoberta da penicilina por Fleming e
o avanço da tecnologia permitiu o invento do microscópio eletrônico em 1937, aproximadamente
a Biologia das demais ciências, possibilitando o seu desenvolvimento molecular.
A descoberta da estrutura do DNA foi uma extensão da física na biologia, usando o
caminho da química e assim verificando a estrutura química da molécula de DNA,
compreendendo o processo de síntese de proteínas e transmissão das características hereditárias.
A Biologia passa a ter novas dimensões com o desenvolvimento da genética incorporando
pesquisas da engenharia genética, biotecnologia e uma nova dimensão de estudos que associa a
evolução com o desenvolvimento de populações.
Neste século em virtude do desenvolvimento tecnológico as discussões na área da
Bioética ganham destaque, pois a capacidade de elaborar novos conhecimentos são extrapolados
gerando até mesmo conflitos de idéias e princípios morais e éticos surgindo espaços para novas
discussões entre a ciência, a tecnologia e sociedade.
A disciplina de Biologia tem como objetivos:
•
Promover a compreensão dos avanços biotecnológicos, considerando a
bioética e o desenvolvimento sustentável, bem como sensibilizar o educando a respeito das
conseqüências das agressões ambientais e do impacto negativo do desenvolvimento das
tecnologias voltadas ao suprimento e ampliação do sistema capitalista para manutenção da vida
no planeta.
•
Colaborar para a compreensão do mundo. Detectar e apontar as questões que
precisam ser resolvidas no âmbito da prática social e, em conseqüência, estabelecer que
conhecimentos são necessários para a resolução destas questões e as exigências sociais de
aplicação desse conhecimento. Suas transformações e avanços tecnológicos do homem como
indivíduo participativo e integrante do universo.
•
Desenvolver em nossos alunos o processo de construção do conhecimento
cientifico, em perspectiva crítica, intelectual e ética, capaz de fundamentar o verdadeiro papel de
cidadão dentro do ecossistema e acima de tudo, dentro da sociedade. A partir da apropriação dos
instrumentos culturais, transformados em elementos ativos de transformação social e assim
sendo, o aluno passa ao entendimento e elaboração de novas estruturas de conhecimento, ou seja,
passa da ação a conscientização.
•
Apresentar os conteúdos de forma sistematizados para que os alunos
assimilem e os transformem em instrumento de construção pessoal e profissional. Neste contexto,
que os alunos apropriem-se das ferramentas culturais necessárias à luta social para superar a
condição de exploração em que vivem.
•
Possibilitar a formação de uma visão holística que colabora para o
desenvolvimento crítico e consciente do individuo.
•
Oportunizar a compreensão dos conceitos básicos de filosofia, ética, cidadania
e clareza nas posturas assumidas.
O Ensino de Biologia deve abordar conteúdos de forma integrada, destacando os aspectos
essenciais do objeto de estudo relacionando-os nas diferentes disciplinas do conhecimento. Tais
relações deverão ser resolvidas ao longo do Ensino Médio permitindo ao aluno a compreensão de
fenômenos físicos, químicos e biológicos orientando e subsidiando os alunos para que munidos
de conhecimento sejam capazes de agir adequadamente no meio em que vive tomando decisões
racionais sobre questões de sua vida e de outros seres que nela interagem.
O Ensino de Biologia, ao contemplar a Lei nº 10639/03, referente a “História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana, faz alusão à valorização da igualdade racial e cultural, promove a
valorização da cultura rural, utilizando-se das práticas características dessa cultura para a
promoção do conhecimento.
A Biologia reflete o desenvolvimento e as rupturas ocorridas nos contextos sociais,
políticos, econômicos e culturais dos diferentes momentos históricos, indispensáveis à
compreensão da prática social, pois revelam a realidade concreta de forma crítica e explicitam as
possibilidades de atuação dos sujeitos no processo de transformação dessa realidade.
2. CONTEÚDOS
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos
e filogenéticos.
Organização dos Seres vivos.
Sistemas
biológicos:
anatomia,
morfologia
e
fisiologia.
Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
Mecanismos Biológicos.
Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
Teorias evolutivas.
Transmissão das características hereditárias.
Biodiversidade.
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres
vivos e interdependência com o ambiente.
Manipulação Genética.
Organismos geneticamente modificados.
ORGANIZAÇAO DOS SERES VIVOS: Este conteúdo possibilita conhecer os modelos
teóricos historicamente construídos que propõem a organização dos seres vivos, relacionando-os
as existência de características comuns entre estes e sua origem única ( ancestralidade comum).
Deve abordar a classificação dos seres vivos como uma tentativa de conhecer e compreender a
diversidade biológica, de maneira a agrupar e categorizar as espécies extintas e existentes
MECANISMOS BIOLÓGICOS: Privilegia o estudo dos mecanismos que explicam como
os sistemas orgânicos dos seres vivos funcionam. Deve abordar desde o funcionamento dos
sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos, como por exemplo, a locomoção, a
digestão e a respiração, até o estudo dos componentes celulares e suas respectivas funções.
BIODIVERSIDADE: Possibilita o estudo, a análise e a indução para a busca de novos
conhecimentos, na tentativa de compreender o conceito biodiversidade. Deve abordar a
biodiversidade num processo integrado e dinâmico e que envolve a variabilidade genética, a
diversidade de seres vivos, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e com a natureza, além
dos processos evolutivos pelos quais os seres vivos tem sofrido transformações.
MANIPULAÇÃO GENÉTICA: Trata das implicações dos conhecimentos da Biologia
Molecular sobre a VIDA, na perspectiva dos avanços da Biologia, com possibilidade de
manipular o material genético dos seres vivos e permite questionar o conceito biológico da VIDA
como fato natural, independente da ação do ser humano.
Deve abordar os avanços da biologia molecular, as biotecnologias aplicadas e os aspectos
bioéticos dos avanços biotecnológicos que envolvem a manipulação genética, permitindo
compreender a interferência do ser humano na diversidade biológica.
3. METODOLOGIA DE ENSINO
Analisando a prática pedagógica o professor deverá saber sobre quais os objetivos
e expectativas a serem atingidos; qual concepção de ciência se agrega às atividades propostas e
dar significados as atividades desenvolvidas com os alunos, tais como: aulas expositivas,
demonstrativas, leituras, pesquisas, apresentação de trabalhos e experimentos realizados no
laboratório de Biologia, tendo a clareza que estes devem ser problematizadores para que se possa
contribuir na formação de um sujeito intelectualmente autônomo.
As práticas pedagógicas e metodológicas deverão ser direcionadas de maneira que
respeitem e minimizem as diferenças e possibilitando assim a democratização do saber, onde
todos possam interagir. Proporcionando aos educandos a curiosidade e o gosto de aprender. Desta
forma, os alunos habituam com as situações ecológicas, ambientais reais, valorizando-os como
sujeitos que possuem laços culturais e valores relacionados à vida na terra.
Por intermédio de Metodologia adequada na qual introduz a visão crítica da sociedade e
junto de sua classe produz o conhecimento, fazendo com que o aluno construa durante todo o
processo ensino-aprendizagem seu próprio resultado obtido através dos conteúdos estruturantes e
específicos. Onde os problemas existem, e são passíveis de avaliações pessoais consistentes, que
a partir desta possam ser vistas de uma forma crítica e, principalmente atuante, podendo fazer
desta vivência um aprendizado ponderando e questionando a própria existência e a
interdependência de todos os organismos biológicos, seus fenômenos, causas e conseqüências.
Quanto a abordagem das culturas indígenas e africanas, serão propostos trabalhos de
pesquisa e investigação acerca de técnicas já utilizadas no passado, com a intenção de resgate e
valorização cultural.
Temas atualmente evidentes como Prevenção ao uso indevido de droga e Violência, bem
como os demais temas dos Desafios Educacionais Contemporâneos,
permearão as aulas de
Biologia, onde se oportunizará debates, pesquisas bibliográficas, recortes de filmes , com o
auxílio dos laboratórios de Práticas e Informática, para maior contextualização do assunto.
4- AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO
A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino e aprendizagem. Subsidiará o
professor para uma reflexão contínua sobre a sua prática, a criação de novos instrumentos de
trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como
adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo.
Para o aluno pode ser considerada como instrumento de tomada de consciência de sua
conquista, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de
aprender.
“Avaliação escolar é parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, e não uma
etapa isolada”. ( Libâneo 1994, p.200).
Para avaliar, a cada momento o professor utilizará a avaliação processual e diagnóstica,
com relatórios de aulas práticas, apresentação de trabalhos, pesquisas em grupos e testes,
resolução de situações problemas e outras atividades que poderão ser utilizadas para a avaliação
da aprendizagem. Considerando para tal, a série a ser avaliada, o nível cognitivo dos alunos, as
diferentes formas de apropriação dos conteúdos, respeitando a individualidade dos alunos e o
planejamento.
É fundamental a utilização de diferentes linguagens, como a verbal, a oral, a escrita, a
gráfica, a numérica e a pictórica, de forma a se considerar as diferentes aptidões dos alunos.
Considerando estes fatos, o professor realizará a avaliação por meio de observação ( por
parte do professor) da participação, do interesse, da criatividade, da autonomia e do raciocínio
utilizado na resolução de problemas. O registro dessas observações pode ser realizado em tabelas,
listas de controle, diário de classe, relatórios de aulas prática de laboratório , entre outros,
utilizando-se critérios previamente estabelecidos de acordo com os objetivos do trabalho
pedagógico. Resolução (pelos alunos) de problemas (de forma individual, em duplas ou em
grupo), com justificativa do procedimento utilizado.
Pensando na avaliação/recuperação os meios de estímulo ao desenvolvimento do aluno,
trabalhamos com idéias de um crescimento e elas não ficam restritas apenas ao uso de
procedimentos de testagem, mas sim de um conjunto de tarefas e observações que o professor faz
dos alunos, de sua interação em sala de aula, participação, interesse, autonomia intelectual e
emocional, trabalhos em grupo e comprometimento, gerando informações que possibilitam
perceber tendências e decidir quanto aos encaminhamentos mais apropriados. Dessa forma
procura-se ofertar um atendimento individualizado aos alunos com necessidades especiais.
O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis
vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas
mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação
ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).
A recuperação de estudos é paralela aos conteúdos estudados, de acordo com o Regimento
Escolar e o Projeto Político Pedagógico da escola.
5- REFERÊNCIAS
AMABIS E MARTHO, Fundamentos da Biologia Moderna- Volume único, São Paulo:
Editora Moderna, 3ª edição.
FRIGOTTO, G. [ et. al ]. Ensino Médio: ciência, cultura e trabalho. Secretaria de Educação
Média e Tecnológica - Brasilia: MEC, SENTEC, 2004.
LIBÂNEO, J.C. Tendências pedagógicas na prática escolar. In: Revista da ANDE, nº6, p. 119, 1983ARAÚJO, I. L. Introdução`a filosofia da cência . Curitiba: UFPR, 2002.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Biologia para a Educação Básica.
Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação
Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da
Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios
Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino
Fundamental e Médio. Kaloré – PR.
REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio.
Kaloré – PR
COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS
KALORÉ - 2010
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Numa perspectiva histórica, ao se pensar em Ciências como construção humana, é
fundamental considerar a evolução do pensamento do ser humano, pois é a partir dele que a
história da Ciência se constrói .Ao ensinar a aprender Ciências numa visão de evolução,
apresentando seus limites e possibilidades temporais, relacionando essa história as práticas
sociais as quais está diretamente vinculada.
Desde que o homem começou a buscar condições favoráveis de sobrevivência, as suas
relações com os demais seres vivos e com a natureza, possibilitou conhecimentos e valores
produzidos pela coletividade e transmitidos culturalmente.
Interessar pelos fenômenos à sua
volta e aprender com eles, embora não apresentando o caráter sistematizador do conhecimento.
A partir de então, a ciência evolui permitindo a sua apropriação por meio da compreensão dos
fenômenos
que nela ocorre, proporcionando ao ser humano uma cultura cientifica com
repercussões sociais, econômicas , éticas e politicas.
A historia da ciência não está ligada somente ao conhecimento cientifico, mas também
as técnicas
pelas quais esses conhecimentos são produzidos, as tradições de pesquisa que as
produzem e as instituições que as apoiam.
Alguns aspectos descontinuo da validade dos modelos científicos apontados por Gaston
Bachelard (1884-1961), são: a superação do modelo geocêntrico pelo heliocêntrico;
a substituição do modelo organicista pelo modelo dos sistemas para explicação das funções do
corpo humano; a superação das ideias de criação pela evolução; a refutação da teoria do calórico
pelas noções de energia ; detecção da inexistência do éter
e a afirmação da constituição e
conservação da matéria ; a dualidade onda-partícula da luz e do elétron; a transição da mecânica
newtoniana para a relativística e muitos outros.
Segundo este mesmo autor o pensamento pré-científico é um período marcado pela
construção racional e empírica do conhecimento cientifico, buscando a superação das explicações
míticas , com base em sucessivas observações empírica e descrições técnicas de fenômenos da
natureza, além de intensos registros dos conhecimentos científicos desde a Antiguidade até fins
do século XVIII.
Outra possibilidade de explicação do mundo ocorreu a partir da proposição de modelos
científicos que valorizavam a observação das regularidades dos fenômenos da Natureza para
compreendê-los por meio da razão , em contraposição a simples crença, entendida sob o ponto
de vista animista. Contrapondo à ideia animista, filósofos naturalista explicam a Natureza a partir
do modelo atomista.
Mesmo o pensamento atomista permanecendo como tradição, a ideia da constituição da
matéria, a partir dos quatro elementos, continuou a ser referenciada entre os pensadores gregos.
Aristóteles ( século III a. C.) formulou as bases para o modelo geocêntrico, propondo a existência
de um quinto elemento da Natureza.
Os contemporâneos de Aristóteles , posicionavam-se com outras possibilidades de
entendimento dos movimentos dos corpos celestes (modelo heliocêntrico).
Depois de um longo período de domínio do geocentrismo, fortalecidos por incursões
matemáticas de Ptolomeu no seculo II d. C. e coerentes com as ideias de Aristóteles, retomou ao
modelo heliocêntrico.
Com a contribuição dos pensadores como Tycho Brahe (1546-1601), Johannes Kepler
(1571-1630), Galileu Galilei (1564-1642), René Descartes (1596-1650), Isaac Newton (16431727) e outros, este novo modelo rompia com toda a síntese da física aristotélica que
fundamentava o modelo geocêntrico.
Outras tradições provenientes das sistematizações dos pensadores gregos dizem respeito
ao modelo organicista. Tradições que preocupavam em identificar e organizar os seres da Escala
Natural, privilegiando a sua perfeição e tendo como critérios a descrição das estruturas
anatômicas e comportamentais. Esse critério de classificação dos seres vivos permaneceu até o
século XVII e XVIII. Mediante a grande diversidade de especies coletadas em diferentes regiões
do planeta, esse sistema de classificação não atendia as demandas de dados coletados. Nesse
sentido, os seres vivos passaram a ser visto não mais como um modelo fixista mas como
integrantes de um modelo evolutivo.
O pensamento grego influenciou na descrição dos órgãos do corpo humano ( modelo
organicista),que sofreu interferências no período renascentista, onde os conhecimentos físicos
sobre a mecânica passaram a ser utilizados como analogia ao funcionamento dos sistemas do
organismo ( modelo mecanicista), utilizado pela ciência até os dias atuais.
As sistematizações de Lavoisier (1743-1794), no final do seculo XVIII, foi um marco
para a ciência, pois contribuíram na superação das ideias do flogisto que levaram as novas
pesquisas cientificas, culminando com a reorganização de toda a nomenclatura à luz dos estudos
voltados à nova teorização dos átomos e à química orgânica no século XIX.
O seculo XIX foi marcado pelo período do estado cientifico, buscou a universidade do
método cartesiano de investigação dos fenômenos da Natureza, com maior divulgação do
conhecimento cientifico em obras caraterizadas por uma linguagem mais compreensiva.
Métodos explicativos construído e utilizado neste período foram questionados, pois no
estado cientifico o mundo passa a ser como mutável e o Universo como infinito. Novos estudos
permitiram considerar a evolução das estrelas, às evidencias de mudanças na crosta terrestre e a
extinção de especies, bem como a transformação da matéria e a conservação da energia.
Evidencias evolutivas, apresentadas por naturalista ainda no período pré cientifico,
contribuíram para o entendimento de que os seres vivos se transformavam com o passar do tempo
geológico.
Segundo Futuyama ( 1993) , Charles Darwin contribui para a teoria da evolução das
espécies.
Outros dois trabalhos se destacaram durante o seculo XIX e modificaram a compreensão
do funcionamento dos sistemas do organismo: a teoria da célula e os estudos sobre a geração
espontânea da vida. Novas pesquisas permitiram o entendimento de uma unidade da qual se
pudesse originar a imensa diversidade dos seres vivos. Com a evolução
tecnológica de
microscópios , possibilitou observações mais detalhadas permitindo a proposição da teoria
celular. Nesse momento histórico descarta-se a teoria da abiogénese defendida por alguns
naturalistas do período pré cientifico, tornando evidente a teoria da biogênese. Algumas
experiências , incluindo a de Pasteur, possibilitaram levantar hipóteses sobre a existência de
microrganismos mais resistentes às altas temperaturas e sobre o contato com micro-organismos
proveniente do ar.
Desenvolveram estudos sobre a transformação e a conservação dessa matéria na Natureza,
associados aos conhecimentos relativos a lei da conservação da energia, contribuíram para o
entendimento de que na natureza ocorre ciclos de energia, possibilitando
a construção de
modelos explicativos que se aproximavam das investigações sobre o fenômeno vida, sob uma
perspectiva mecanicista.
O modelo “newtoniano-cartesiano” influenciaram fortemente o pensamento
cientifico, apropriando-se do modelo mecanicista para explicar o funcionamento dos seres vivos,
a dinâmica da Natureza, o movimento dos corpos celestes e os fenômenos ligados à gravitação
Assim , os conhecimentos da física eram tomados como referencia de verdade para as
demais ciências.
Segundo Sevcenko (2001) mais de oitenta por cento dos avanços científicos e inovações
técnicas ocorreram nos últimos cem anos, deste mais de dois terços após a Segunda Guerra
Mundial. Setenta por cento dos cientistas, formados no seculo XX ainda estão vivos . Continuam
a contribuir com pesquisas e produzir conhecimentos científicos.
O ensino de ciências no Brasil , foi influenciado
pelas relações de poder que se
estabeleceram entre as instituições de produção cientifica, centradas na informação
e no
consumo.
O conjunto de museus brasileiros contribuíram para a consolidação e institucionalização
das ciências naturais no país ao longo do seculo XIX, tanto no que diz respeito a produção do
conhecimento cientifico quanto no ensino de ciências.
Na Primeira República(1889-1930), as poucas instituições que existiam eram elitizadas
com professores estrangeiros dedicados a ensinar conhecimento científico em caráter formativo.
A disciplina de ciências inciou a sua consolidação no currículo das escolas brasileiras com
a Reforma Francisco Campos , 1931, com o objetivo de transmitir conhecimentos científicos
proveniente de diferentes ciências naturais de referencia já consolidada no currículo escolar
brasileiro.
O Contexto histórico exigia um ensino cientifico frente às necessidades do progresso
nacional. Dessa forma , o ensino de ciências privilegiava
a quantidade de informações
cientificas em prejuízo de uma abordagem na base investigatória.
Na década de 1940, com a Reforma Capanema ,o ensino objetivava a preparação de uma
classe elitizada, a escola deveria contribuir para divisão de classes , separada pelas diferenças de
chances de aquisição cultural.
Com a revolução industrial passaram a exigir uma qualificação de mão de obra que o
sistema publico de ensino profissional recém-criado não atendia a demanda, neste contexto
instituíram escolas de formação profissional, paralelas ao ensino secundário pú blico.
Em 1946 a realidade do ensino de ciências
sofreu mudanças significativas com o
surgimento do IBECC ( Instituto Brasileiro de Educação, Ciências e Cultura), cujo objetivo era
promover a melhoria de formação cientifica dos estudantes que ingressavam no ensino superior,
contribuindo de forma significativa ao desenvolvimento nacional, melhorando a qualidade de
ensino.
Em meados de 1950 o ensino de ciências passou por um processo de transformação no
âmbito escolar, interferindo no caso brasileiro, nas atividades pelo IBECC, sob a justificativa da
necessidade do conhecimento cientifico para a superação de dependência tecnológica.
O ensino de ciências foi repensado no período da “Guerra Fria” e também com
lançamento do satélite artificial soviético. Naquele momento os EUA, passaram a se preocupar
com a formação escolar de base cientifica, pois buscava explicações para a derrota parcial na
corrida espacial.
Com o apoio das sociedades cientificas e das universidades acadêmicos renomados,
apoiados
pelo governo dos EUA e da Inglaterra, foram elaborados projetos que tiveram
circulação no Brasil, mediados pelo IBECC, visando a formação e a identificação de uma elite
com reflexo da politica governamental. Tais ideias atingiram a escola brasileira na década de
1960 pela necessidade de preparação dos estudantes “mais aptos” para defesa do progresso, da
ciência e da tecnologia nacionais.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 4024/61, ampliou o espaço da
disciplina, com isso o científico passou a ser a melhor maneira de desencadear uma formação
científico tecnológica, ganhando relevância no ensino de Ciências por acreditar que o mesmo, ao
desenvolver o raciocínio lógico e formar o cidadão, não se restringe apenas à preparação do
futuro cientista. Em 1964 o ensino de Ciências, passou a ter um compromisso com a formação
de mão-de-obra técnico –científico, para atender as necessidades do mercado e do
desenvolvimento econômico do País. Nessa nova configuração as disciplinas científicas foram
atingidas devido a reorganização do currículo, que assumiu um caráter profissionalizante o que
provocou uma grande descaracterização do currículo que historicamente marcava o ensino de
Ciências. Nos anos 70, houve uma preocupação com a crescente degradação ambiental e o
atrelamento do desenvolvimento científico-tecnológico.
Assim, as relações entre a Ciência e a tecnologia passa a ser analisadas mais criticamente.
Já na década de 80, ocorreu a massificação da educação, onde a expansão da oferta não
significou qualidade de ensino. A democratização acaba por influenciar o ensino de Ciências,
enfatizando as discussões sobre sua função social.
A preocupação era em melhorar a qualidade de ensino, utilizando temas relacionados a
prática social, as abordagens nesses programas acabaram , muitas vezes, assumindo uma postura
ingênua, sem estabelecer relações com a prática social.
A partir de 1990, no ensino de Ciências, o Currículo Básico propôs a integração dos
conteúdos a partir de três eixos norteadores não explicitamente as preocupações em relação aos
resultados das ações do homem sobre a natureza. Mesmo com o avanço pedagógico em articular
os conteúdos em eixos norteadores e apresentar em todas as séries do ensino fundamental, a
proposta ficou limitada, uma vez que na sua implementação não apresentou subsídios teóricosmetodológicos suficientes para esses trabalhos de forma articulada. O currículo perdeu força
como documento orientador da disciplina e estabeleceu as Diretrizes e Bases para a Educação
Nacional, ocorrendo uma mudança de paradigma da Educação na qual à Escola perdeu o caráter
de espaço social e transformador e passou a ser entendida como empresa dentro do modelo
Neoliberal de educação.
Em 1996, tendo em vista
a publicação e a ampla distribuição dos PCNS e temas
transversais, o ensino de Ciências sofreu um esvaziamento da concepção da Ciências como
história deixando de analisar seus aspectos sociais, políticos e econômicos. A questão ambiental
foi tratada numa concepção cientificista.
Um novo período na história da educação paranaense,
iniciou em 2003 com a
reformulação da política educacional, onde se destacou o descrédito à proposta neoliberal, o
resgate da função social da escola e o trabalho pedagógico com os conteúdos específicos das
disciplinas escolares. O currículo escolar é instituído como eixo
fundante
da escola,
incentivando o professor a refletir sobre sua própria prática pedagógica, a formação continuada ,
possibilita o acesso à fundamentação teórica e prática.
Ao analisar a educação e o currículo de Ciências, em cada momento histórico, percebeu
que o seu desenvolvimento seguiu uma trajetória de acordo com os interesses políticos,
econômicos e sociais de cada período determinado, assim a mudança de foco do processo de
ensino e de aprendizagem.
Na medida em que os conteúdos específicos envolvem um vasto campo de conhecimentos
produzidos pela humanidade no decorrer de sua história, a disciplina de Ciências se constitui num
conjunto de conhecimentos científicos necessários para compreender e explicar os fenômenos
naturais (físicos, químicos e biológicos) e suas interferências no mundo.
As diretrizes Curriculares de Ciências para o Ensino Fundamental, prezam pelo saber
sistematizado e elaborado cujo objetivo é a transformação da sociedade e não uma abordagem de
conteúdos desvinculados de questionamentos sociais, econômicos, políticos e éticos.
Ao apresentar os conteúdos estruturantes : Corpo Humano e saúde , Ambiente, Matéria e
Energia e Tecnologia, dos quais desdobram os conteúdos específicos da disciplina de Ciências,
que por meio do tratamento crítico e histórico dos conteúdos promovem a socialização dos
conhecimentos científicos e tecnológicos e a democratização dos procedimentos de natureza
social, tendo em vista o atendimento de toda a população que tem assegurado o direito ao
processo de escolarização.
- Compreender o conhecimento científico e seus processos nos diferentes tempos da
história da humanidade a fim de estabelecer relações entre as exigências que culminarem na
produção desses conhecimentos e a contemporaneidade.
- Entender que as relações de poder podem ser determinadas pela intencionalidade, ou
seja, pelos interesses dos grupos dominantes de forma implícita ou explícita .
- Propiciar aos alunos a possibilidade da dúvida, superando a compreensão desses
conhecimentos como verdadeiros, prontos e acabados ou seja a provisoriedade
dos
conhecimentos científicos.
- Oportunizar o questionamento, a pesquisa e o debate que levem à compreensão de que
alguns conhecimentos foram produzidos num determinado contexto histórico e tem sua função e
importância para a humanidade.
- Retomar a função social da disciplina de Ciências, por meio do tratamento crítico e
histórico dos conteúdos.
- Estabelecer relações entre os conteúdos estruturais e específicos , com as diversas áreas
do conhecimento.
-
Oferecer condições para que o aluno posicione-se e estabeleça relações entre o
conhecimento historicamente produzido e os novos conhecimentos.
•
Promover o questionamento, o debate e a investigação, visando o entendimento da ciência
como construção histórica e como saber prático, superando as limitações do ensino passivo.
2. CONTEÚDOS
2.1 CONTEUDOS ESTRUTURANTES
•
ASTRONOMIA
•
MATÉRIA
•
SISTEMA BIOLÓGICO
•
ENERGIA
•
BIODIVERSIDADE
2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS
5ª SÉRIE
ASTRONOMIA
• Universo;
• Sistema Solar;
• Movimentos Terrestres
• Movimentos Celestes;
• Astros
MATÉRIA
•
Constituição da matéria;
SISTEMAS BIOLÓGICOS
•
Níveis de Organização;
ENERGIA
•
•
•
Formas de energia;
Conversão de energia;
Transmissão de energia;
BIODIVERSIDADE
•
•
•
Organização dos seres vivos;
Ecossistema;
Evolução dos seres vivos
6ª SÉRIE
ASTRONOMIA
•
Astros
•
Movimentos terrestres
•
Movimentos celestes
MATÉRIA
•
Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
•
Célula
•
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA
•
Formas de energia
•
transmissão de energia
BIODIVERSIDADE
•
Origem da vida
•
Organização dos seres vivos
•
Sistemática
7ª SÉRIE
ASTRONOMIA
•
Origem e evolução do Universos
MATÉRIA
•
Constituição da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
•
Célula
•
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
ENERGIA
•
Formas de energia
BIODIVERSIDADE
•
Evolução dos seres vivos
8ª SÉRIE
ASTRONOMIA
Astros
Gravitação universal
MATÉRIA
•
Propriedades da matéria
SISTEMAS BIOLÓGICOS
•
Morfologia e fisiologia dos seres vivos
•
Mecanismo de herança genética
ENERGIA
•
Formas de energia
•
Conservação de energia
BIODIVERSIDADE
•
Interações ecológicas
3. METODOLOGIA DE ENSINO
Analisando a prática pedagógica, a partir da concepção de ciências, propõe-se que os
conteúdos específicos sejam encaminhados metodologicamente numa abordagem articulada,
seguindo uma perspectiva crítica e histórica e orientem o encaminhamento metodológico nesta
proposta, considerando a articulação entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos.
Assim, esta proposta de encaminhamento metodológico orienta-se por uma abordagem
crítica que considere a prática social do sujeito histórico, priorizando na escola os conteúdos
historicamente construídos.
Analisando a prática pedagógica o professor deverá saber quais os objetivos e
expectativas a serem atingidas, atentando para a valorização dos costumes de cada indivíduo,
buscando nos Desafios Educacionais Contemporâneos (Prevenção ao uso indevido de Drogas,
Educação para as relações étnico-raciais, Enfrentamento a violência na escola, Educação
ambiental, Educação fiscal, História e cultura dos povos indígenas, História e cultura afrobrasileira e africana, Cidadania e Direitos Humanos) respaldo ético para tratar as diferenças e
minimizar as desigualdades. Através de trabalhos dirigidos, com vistas à inclusão social,
promoverem a emancipação do cidadão, com ações coletivas em favor da construção do
conhecimento.
O Ensino de Ciências, ao contemplar a Lei 10639/03, referente a "História e Cultura Afro-brasileira e Africana , faz alusão à valorização da igualdade racial e cultural,
desmistificando o preconceito e a discriminação. Da mesma forma , o ensino de ciências
promove a valorização da cultura rural, utilizando das práticas características dessa cultura para a
promoção do conhecimento.
O professor de ciências, no momento da seleção de conteúdos específicos e da opção por
determinada abordagem, estratégia e recursos, dentre outros critérios, precisa levar em
consideração o desenvolvimento cognitivo dos estudantes, considerando as necessidades de
adequação de linguagem e nível conceitual, agregando as atividades propostas e dar significado
as atividades desenvolvidas , usando o processo ensino aprendizagem podendo melhorar a
articulação com o uso de:
•
recursos pedagógicos/tecnológicos que enriquece a prática docente, tais como:
livro didático, texto de jornal, revista cientifica, figuras, revista em quadrinhos, música, quadro de
giz, mapa ( geográficos, sistemas biológicos, entre outros), globo, modelo didático( torso,
esqueleto, célula, olho, desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópios, lupa,
televisor, computador, entre outros)
•
recursos instrucionais como organogramas, mapas conceituais, mapa de relções,
diagramas V, gráficos, tabelas, infográficos, entre outros:
•
de alguns espaços de pertinência pedagógica, dentre eles , feiras, museus,
laboratórios, exposições de ciências, seminários e debates.
A pratica pedagógica deve levar em consideração alguns elementos a serem valorizados,
tais como: a abordagem problematizadora, a relação contextual , a relação interdisciplinar, a
pesquisa, a leitura cientifica , a atividade em grupo, a observação, atividade experimental os
recursos instrucionais e o lúdico.
A utilização dessas práticas pedagógica , estimula o desenvolvimento da capacidade do
estudante de observar os fenômenos e estabelecer relações mais amplas sobre os mesmos,
proporcionando discussões, interpretações e se coadunem com os conteúdos trabalhados em sala
e articulados
permanentemente com outros conteúdos tratados por diferentes disciplinas
escolares, contribuindo para o entendimento do objeto de estudo de ciências.
4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO
A ação avaliativa é importante no processo ensino-aprendizagem, pois pode proporcionar
um momento de interação e construção de significados no qual, o estudante aprende. Para que tal
ação torne significativa, o professor precisa refletir e planejar sobre os procedimentos a serem
utilizados. Deverá ser um processo de aprendizagem contínuo que dê prioridade à qualidade e ao
desempenho do aluno o longo do ano letivo.
Para tanto, a avaliação será formativa, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os
quantitativos. Além disso, a avaliação formativa, por ser diagnóstica e contínua, apontará
dificuldades, possibilitando a intervenção pedagógica durante todo tempo.
Assim, a avaliação, em ensino de ciências , será realizada utilizando
recursos e
estrategias diversificadas para que ocorra a aprendizagem dos conceitos que envolvem:
•
origem e evolução do universo;
•
constituição e propriedades da matéria;
•
sistemas biológicos de funcionamento dos seres vivos;
•
conservação e transformação de energia;
•
diversidade de especieis em relação dinâmica com o ambiente em que vive, bem
como os processos evolutivos envolvidos.
Os instrumentos utilizados para a concretização das avaliações acima serão especificados
no plano de trabalho docente de acordo com cada série.
O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis
vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas
mensais ); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação ao final do bimestre,
totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).
A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma paralela durante todo
o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este
será retomado, com atividades significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos
diversificados; podendo ser oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e atendimento individual
durante as horas-atividade do professor.
Nestes termos, avaliar no ensino de ciências implica intervir no processo ensinoaprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos científicos
escolares e do objeto de estudo de ciências , visando uma aprendizagem realmente significativa
para a sua vida.
A avaliação se dará ao longe do processo ensino-aprendizagem, possibilitando ao
professor a verificação da apropriação dos conteúdos ensinados e se a sua prática foi eficiente a
ponto de produzir resultados positivos.
È necessário que o processo avaliativo aconteça de forma sistemática, a partir de critérios
avaliativos, estabelecido pelo professor, que considere aspectos como os conhecimentos que os
alunos possuem sobre determinados conteúdos, a prática social desses alunos, o confronto entre
esses conhecimentos e os conteúdos específicos, as relações e interações estabelecidas por eles no
seu processo cognitivo, ao longo do processo de ensino e aprendizagem no seu cotidiano.
“Avaliação escolar é parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, e não uma
etapa isolada”. ( Libâneo 1994, p.200).
Para avaliar, a cada momento o professor utilizará a avaliação processual e diagnóstica,
com relatórios de aulas práticas, apresentação de trabalhos, pesquisas em grupos e testes,
resolução de situações problemas e outras atividades que poderão ser utilizadas para a avaliação
da aprendizagem. Considerando para tal, a série a ser avaliado, o nível cognitivo dos alunos, as
diferentes formas de apropriação dos conteúdos, respeitando a individualidade dos alunos e o
planejamento.
O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis
vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas
mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação
ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).
A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma paralela durante
todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado,
este será retomado, com atividades significativas, por meio de procedimentos didáticos metodológicos diversificados; podendo ser oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e
atendimento individual durante as horas-atividade do professor.
5- REFERÊNCIAS
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Ciências para a Educação Básica.
Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação
Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da
Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios
Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino
Fundamental e Médio. Kaloré – PR.
REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e
Médio. Kaloré – PR.
COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE
EDUCAÇÃO FÍSICA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
KALORÉ - 2010
1.APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Educação Física vem passando por transformações ao longo do tempo. Tornou-se
obrigatória nos currículos escolares a partir de 1822 e suas práticas se davam por meio de
técnicas sistematizadas pela instituição militar e tinham a finalidade de construir corpos
saudáveis.
Já no século XX os esportes são incluídos como conteúdo nas aulas de Educação
Física. Na década de 70 a disciplina passa a ter legislação específica e se preocupa com a aptidão
física e a capacidade produtiva da classe trabalhadora.
Na área pedagógica a referência é a psicomotricidade, afim de valorizar a formação
integral do educando. Surgem então tendências e trabalhos que visavam a construção de um
movimento renovador da disciplina.
Na década de 80 há uma forte crítica à esportivização. A tendência critico-superadora
de Saviani já apresentava diferentes conteúdos: esporte, ginástica, jogos, lutas e dança.
Na década de 90 a concepção histórico-crítica fundamentou a Reestruturação da
Proposta Curricular que tinha como objetivo resgatar a ação pedagógica da Educação Física
baseada em valores individuais.
Analisando o histórico da Educação Física evidenciamos a preocupação em fazer
com que a nossa disciplina seja vista por todos não só como uma prática pedagógica que visa a
efetivação do processo-ensino-aprendizagem, mas
em uma necessidade básica na vida do
homem, já que traduz a oportunidade de compreender e vivenciar atividades que poderão ser
praticadas ao longo da vida.
Assim a Educação Física deve refletir sobre as necessidades atuais do ensino para
não fugir de uma reflexão critica a respeito das culturas corporais e suas desigualdades de forma
que possa valorizar nossas características regionais, uma vez que nossa escola é, em grande parte,
formada por alunos do campo, cujas identidades culturais e valores são mais voltados ao contato
com a natureza e enfatizam as relações familiares e de vizinhança.
O respeito às diversidades nos leva também a resgatar a cultura-afro nas suas diversas
manifestações destacando a contribuição do povo negro à cultura nacional. Pois através das aulas
nossa disciplina permite uma abordagem biológica, antropológica, psicológica, sociológica,
filosófica e política das práticas corporais. Essa abordagem é feita durante o desenvolvimento dos
conteúdos trabalhados nas aulas: jogos, lutas, esportes, danças e ginásticas, entre outros.
Além dos conteúdos estruturantes o professor deve procurar elencar, junto a estes, os
elementos articuladores, que visam interligar as práticas corporais de forma mais reflexiva e
contextualizada. Os elementos articuladores são: Cultura Corporal e: Corpo; Ludicidade; Saúde;
Mundo do Trabalho; Desportivização; Técnica e Tática; Lazer; Diversidade e Mídia. Como
articuladores dos conteúdos estes podem transformar o ensino de Educação Física no contexto
escolar, respondendo aos desafios contemporâneos e ainda articulando os Conteúdos
Estruturantes aos Específicos.
Contudo o objetivo da Educação Física escolar é o de reconhecer seu papel como
componente de transformação social gerando uma emancipação crítico pedagógica através da
consciência do movimento como propulsor da saúde ao longo da vida, podendo assim propiciar
uma visão critica do mundo e da sociedade na qual o aluno está inserido. Bem como abordar as
práticas corporais tendo como princípio básico o desenvolvimento do sujeito omnilateral,
colocando os conteúdos elencados no currículo de maneira que sejam relevantes e estejam de
acordo com a capacidade cognoscitiva do aluno.
2. CONTEÚDOS
2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Esporte
Jogos e brincadeiras
Dança
Ginásticas
Lutas
O mesmo Conteúdo Estruturante deve ser abordado gradativamente de acordo com a
série ou ano em que o aluno se encontra. Para isso o professor necessita conhecer os níveis
motores de cada etapa escolar enriquecendo os conteúdos com experiências corporais das mais
diferentes culturas.
2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL
5ª SÉRIE
Esporte:
•
Coletivos
•
Individuais
Ginástica:
•
Ginástica Rítmica
•
Ginástica Circense
•
Ginástica Geral
Jogos e Brincadeiras:
•
Brincadeiras e cantigas de roda
•
Jogos de tabuleiro
•
Jogos cooperativos
•
Jogos e brincadeiras populares
Danças:
•
Danças folclóricas
•
Dança Criativa
Lutas:
•
Lutas de aproximação
•
Capoeira
6ª SÉRIE
Esporte:
•
Coletivos
•
Individuais
Ginástica:
•
Ginástica Rítmica
•
Ginástica Circense
•
Ginástica Geral
Jogos e Brincadeiras:
•
Brincadeiras e cantigas de roda
•
Jogos de tabuleiro
•
Jogos cooperativos
•
Jogos e brincadeiras populares
Danças:
•
Danças folclóricas
•
Dança Criativa
•
Danças Circulares
Lutas:
•
Lutas de aproximação
•
Capoeira
7ª SÉRIE
Esporte:
•
Coletivos
•
Radicais
Ginástica:
•
Ginástica Rítmica
•
Ginástica circense
•
Ginástica Geral
Jogos e Brincadeiras:
•
Jogos de tabuleiro
•
Jogos cooperativos
•
Jogos e brincadeiras populares
•
Jogos Dramáticos
Danças:
•
Dança Criativa
•
Danças Circulares
Lutas:
•
Lutas com instrumento mediador
•
capoeira
8ª SÉRIE
Esporte:
•
Coletivos
•
Radicais
Ginástica:
•
Ginástica Rítmica
•
Ginástica Geral
Jogos e Brincadeiras:
•
Jogos de tabuleiro
•
Jogos cooperativos
•
Jogos e brincadeiras populares
•
Jogos Dramáticos
•
Danças:
•
Dança Criativa
•
Danças Circulares
Lutas:
•
Lutas com instrumento mediador
•
capoeira
2.3 – CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIO
Esporte:
•
Coletivos
•
Individuais
•
Radicais
Ginástica:
•
Artística/Olímpica
•
Condicionamento físico
•
Geral
Jogos e Brincadeiras:
•
Jogos de Tabuleiro
•
Jogos Dramáticos
•
Jogos cooperativos
Danças:
•
Dança Folclórica
•
Dança de Salão
•
Dança de Rua
Lutas:
•
Lutas com instrumento mediador
•
Capoeira
3.METODOLOGIA DE ENSINO
3.1 – ENSINO FUNDAMENTAL
Em educação, como em todas as áreas, a reflexão e a ação são companheiras
inseparáveis (...) A reflexão desvinculada da prática conduz a uma teorização
vazia.(HAYDT, 1998, p.9)
Mediante esse compromisso, faz-se preciso que educador e educando sejam sujeitos ativos e
construtores do processo ensino-aprendizagem. Para tanto, é imprescindível que sejam extraídos
planos e projetos sejam elaborados, enfatizando e explicitando idéias que desencadeiem atitudes
capazes de transformar a realidade em que interagem, fazendo com que dessa forma, o verdadeiro
objetivo da educação seja atingido. E, tendo em vista o papel de mediador da aprendizagem é
fundamental que:
O professor, ao dirigir e estimular o processo de ensino em função da
aprendizagem dos alunos utilize intencionalmente um conjunto de ações,
passos, condições externas e procedimentos, a que chamamos métodos de
ensino. (...) O método vai em busca das relações internas, de um objeto, de um
fenômeno, de um problema, uma vez que este objeto de estudo fornece as
pistas, o caminho para conhecê-lo. (LIBÂNEO, 1994, p. 151)
Através de contundentes argumentos, define-se ainda mais especificamente o papel docente,
como mediador de conteúdos respectivos, por intermédio de metodologia adequada, na qual
introduz a visão crítica da sociedade e junto de sua classe produz o conhecimento.
Nesse contexto, o método adotado para a interação do educando com a construção de seu
próprio conhecimento torna-se, praticamente, o cerne de todo o processo. Os caminhos pelos
quais o professor norteia os conhecimentos vão ser totalmente decisivos nos resultados obtidos
diante da aprendizagem discente. Em se tratando do ensino de Educação Física cabe ressaltar a
amplitude de metodologias diversificadas, das quais o professor pode se utilizar para encaminhar
sua prática docente. A disciplina de Educação Física auxilia o jovem na busca da compreensão do
mundo que o cerca, investigando e procurando condições satisfatórias de entendimento que
postulem a sua tomada de atitude em ocasiões diferenciadas de sua vida. Para auxiliar esse
processo de tomadas de decisões temos os desafios educacionais contemporâneos que têm como
objetivo valorizar ações de cidadania formentando maior justiça social; promover a busca de
informação voltada para a preservação do equilíbrio ambiental; incentivar o acompanhamento da
aplicação dos recursos públicos, criando condições para uma relação harmoniosa entre o poder
público e o cidadão; formar uma consciência critica sobre a violência na escola, transformando-a
em um ambiente onde o conhecimento toma o lugar da força e, por fim, debater assuntos
relacionados à prevenção ao uso indevido de drogas, buscando conhecer a legislação que reporta
direta ou indiretamente esse desafio educacional contemporâneo.
Ao aluno deve ser proporcionado o ato de poder vivenciar o conteúdo que está sendo
construido e assimilando. O que sugere um trabalho diversificado, envolvendo: trabalhos
coletivos, pesquisas bibliográficas, projeções, filmes, debates dirigidos sobre temas atuais que
tratam a evolução da ciência no que diz respeito a saúde e bem-estar, práticas corporais, palestras,
participação em jogos e festivais, enfim, caminhos que permitam estreitar a relação entre o
educando e o saber elaborado, de modo que isso desenvolva a criatividade e ocorra
prazerosamente, para ele e para o educador.
O estreitamento na relação educador-educando facilitará o trabalho com o aluno
inclusivo, uma vez que o atendimento a este aluno requer uma adequação de metodologias de
ensino afim de satisfazer às características de cada deficiência e também às individuais. Sempre
voltado para o concreto o encaminhamento metodológico se diferenciará em cada programa de
acordo com a faixa etária e as necessidades específicas.
A corporalidade como concepção orientadora da Educação Física no Ensino Fundamenta
pretende ir além da dimensão motriz, levando em conta a multiplicidade de experiências
manifestas pelo corpo os quais permeiam essas práticas. O professor precisa compreender-se
como responsável pela organização e sistematização dessas praticas corporais que possibilitam a
comunicação e o dialogo com as diferentes culturas.
As aulas de Educação Física devem ser um conjunto de objetos de investigação que não
se esgotam nem nos conteúdos, nem nas metodologias. As manifestações corporais
historicamente produzidas nas aulas baseiam-se no dialogo entre diferentes sujeitos, em um
contexto social organizado em torno das relações de poder, linguagem e trabalho.
Para a apreensão critica dos conteúdos sugere-se a organização das aulas em três
momentos:
•
Apresentação do conteúdo que será trabalhado aos alunos;
•
Desenvolvimentos das atividades onde acontecerá a apreensão do conhecimento;
•
Reflexão dos alunos sobre suas próprias atitudes pedagógicas durante a aula.
Os conteúdos específicos são desenvolvidos de quinta a oitava séries. O tratamento dado
na sétima e oitava séries terá maior amplitude, complexidade e aprofundamento.
3.2 – ENSINO MÉDIO
A metodologia crítico-superadora permite ao educando ampliar sua visão de mundo por
meio das práticas corporais, com possibilidades de alcançar transformações sociais. Os caminhos
pelos quais o professor norteia os conhecimentos vão ser totalmente decisivos nos resultados
obtidos diante da aprendizagem discente. Em se tratando do ensino de Educação Física cabe
ressaltar a amplitude de metodologias diversificadas, das quais o professor pode se utilizar para
encaminhar sua prática docente. A disciplina de Educação Física auxilia o jovem na busca da
compreensão do mundo que o cerca, investigando e procurando condições satisfatórias de
entendimento que postulem a sua tomada de atitude em ocasiões diferenciadas de sua vida. Para
auxiliar esse processo de tomadas de decisões temos os desafios educacionais contemporâneos
que têm como objetivo valorizar ações de cidadania formentando maior justiça social; promover
a busca de informação voltada para a preservação do equilíbrio ambiental; incentivar o
acompanhamento da aplicação dos recursos públicos, criando condições para uma relação
harmoniosa entre o poder público e o cidadão; formar uma consciência critica sobre a violência
na escola, transformando-a em um ambiente onde o conhecimento toma o lugar da força e, por
fim, debater assuntos relacionados à prevenção ao uso indevido de drogas, buscando conhecer a
legislação que reporta direta ou indiretamente esse desafio educacional contemporâneo.
Não seria redundante afirmar que a metodologia para o encaminhamento da disciplina
de Educação Física deve proporcionar ao aluno o ato de poder vivenciar o conteúdo que está
construindo e assimilando. O que sugere um trabalho diversificado, envolvendo: trabalhos
coletivos, pesquisas bibliográficas, projeções, filmes, debates dirigidos sobre temas atuais que
tratam a evolução da ciência no que diz respeito a saúde e bem-estar, práticas corporais, palestras,
participação em jogos e festivais, enfim, caminhos que permitam estreitar a relação entre o
educando e o saber elaborado, de modo que isso desenvolva a criatividade e ocorra
prazerosamente, para ele e para o educador.
Para que haja a efetivação de um trabalho diversificado temos os conteúdos
estruturantes:
•
O esporte que deve ser trabalhado de forma mais ampla, não desprezando a técnica e a
tática mas resgatando o sentido da competição e a sua significação como fenômeno de
massa nos dias atuais. Devemos dar condições para que todos os alunos contemplem nas
aulas de Educação Física esse conteúdo que é um fenômeno popular.
•
As lutas trazem um resgate histórico uma vez que é alicerçada na cultura dos
antepassados. Ao desenvolver esse conteúdo o professor deve ter o cuidado de modificar
a forma como as lutas são trabalhadas na escola, considerando as possibilidades de
simbolização das mesmas.
•
A ginástica, como um dos conteúdos deve possibilitar ao educando movimentar-se,
descobrindo e reconhecendo seus limites e possibilidades. Viabilizando a reflexão críticas
de práticas corporais que não garantem a qualidade de vida.
•
O conteúdo dança deve re-significar os valores e os sentidos. Resgatando sentimentos e
emoções, afetividade e religiosidade, dando espaço à criatividade e liberdade de
movimentos.
•
O jogo deve ser realizado com prazer considerando a realidade regional e cultural do
aluno. Suas regras poderão ser elaboradas e/ou modificadas conforme necessidades e
desafios.
Assim para construir uma identidade para o Ensino Médio os conteúdos serão abordados
através das fazes da vida do ser humano partindo do nascimento, passando por todas as fases da
infância, adolescência, juventude, idade adulta e senilidade, enfatizando a importância e
indicações de atividades físicas para cada fase do desenvolvimento humano. Os conteúdos serão
abordados de modo simultâneo constituindo referencias que ampliam continuamente a
capacidade de pensar dos alunos, que lidam com os mesmos conteúdos nas diferentes séries, mas
aprofundam-se as referencias sobre eles. Em cada fase, amplia-se o grau de complexidade.
4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO
Qual é o modelo ideal para se fazer a avaliação em Educação Física? Infelizmente, não
existe uma fórmula pronta. Muitos dos modelos utilizados — e criticados —podem ser usados,
contanto que não como padrão único e tampouco sem passar por uma reflexão prévia. Por
exemplo: os trabalhos escolares são úteis, mas não aqueles que permitem que o aluno
simplesmente “recorte e cole” da Internet, e, sim, os que podem reforçar a articulação entre teoria
e prática, levando o estudante a refletir sobre seu cotidiano nas aulas de Educação Física e a
forma como concebe o próprio corpo. Em vez de solicitar um trabalho enorme tratando do
histórico da modalidade, das séries de progressões pedagógicas e das regras dos esportes — que
muitas vezes sequer é lido na íntegra pelo professor —,cobrarei textos curtos (na forma de
redação), mas com um alto teor de crítica e reflexão, explorando as problemáticas surgidas
durante as aulas ou mesmo no dia-a-dia do aluno (como, por exemplo, o uso de anabolizantes).
As avaliações teóricas seguirão a mesma linha: por meio de questões dissertativas, o estudante
poderá refletir sobre a importância do movimento na sua vida. E, se muitas vezes é inviável
acompanhar o desenvolvimento individual dos alunos, o acompanhamento do desenvolvimento
será geral, ou seja, da turma, até mesmo reforçando o senso de colaboração, já que uma parcela
da nota será coletiva.
Dessa forma a avaliação será analisada de forma individualizada, levando em conta o
progresso e o esforço de cada educando, principalmente os que se encontram em estado de
inclusão escolar. Os critérios de avaliação envolverão o comprometimento, a participação, a
assimilação, a criatividade, e o envolvimento nas atividades propostas.
O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis vírgula zero)
referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas mensais e produções escritas); mais a
nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez
virgula zero).
A recuperação dos conteúdos será feita paralelamente de acordo com a necessidade, ou
seja, quando os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este será retomado em
qualquer momento do processo ensino-aprendizagem, podendo ser oferecido ao aluno trabalhos
extraclasse e atendimento individual durante as horas-atividade do professor, com mudanças de
estratégias e recursos afim de assegurar a aquisição do conhecimento e não apenas a recuperação
da nota.
De qualquer forma, o mais importante é não negligenciar a importância da avaliação,
pois é através dela que o educando tem um controle do seu desenvolvimento e, assim, sabe
quanto ainda pode evoluir com relação aos movimentos e ao domínio e consciência do corpo —
quebrando os paradigmas de beleza pregados pela mídia e que envolvem, muitas vezes,
sofrimento e privações.
5- REFERÊNCIAS
HAYDT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática Geral. São Paulo: Ática, 1998.
LABAN, Rudolf. Dança Educativa Moderna. São Paulo: Ícone, 1990.
LE BOLUCH, J. Educação Psicomotora: a psicocinética na idade escolar. Porto Alegre: Artes
Médicas,1987.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação Física para a Educação Básica.
Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação
Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da
Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios
Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino
Fundamental e Médio. Kaloré – PR.
REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e
Médio. Kaloré – PR.
COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE
ENSINO RELIGIOSO
KALORÉ - 2010
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Religião e conhecimento religioso são patrimônios da humanidade, pois constituíram-se
historicamente na interrelação dos aspectos culturais, sociais, econômicos e políticos. Em virtude
disso, a disciplina de Ensino Religioso deve oferece subsídios, para que os estudantes entendam
como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se relacionam com o Sagrado. Essa
abordagem possibilita estabelecer relações entre as culturas e os espaços por elas produzidos, em
suas marcas de religiosidade.
Neste contexto a importância do Ensino Religioso esta em oportunizar ao aluno
condições para o mesmo superar desigualdades étnico-religiosas, para garantir o direito
Constitucional de liberdade de crença e expressão e, por consequência, à liberdade individual e
política.
A contribuição mais significante da disciplina reside em superar toda e qualquer forma
de apologia ou imposição de um determinado grupo de preceitos e sacramentos, pois, na medida
em que uma doutrinação religiosa ou moral um modo adequado de agir e pensar de forma
excludente, ela impede o exercício da autonomia de escolha, de contestação a até mesmo de
criação de novos valores.
A disciplina de Ensino Religioso tem como objeto de estudo o respeito à diversidade
cultural e religiosa; as diferentes leituras do Sagrado na sociedade, em que haja a compreensão
sobre a sua religiosidade e a do outro, na diversidade universal do conhecimento humano e de
suas diferentes formas de ver o sagrado que enfoca: paisagem religiosa; universo simbólico;
textos sagrados, os quais serão trabalhados através dos seguintes objetivos:
•
Contribuir para o reconhecimento e respeito às diferentes expressões religiosas
construídas na cultura do povo sobre o fenômeno religioso.
•
Promover aos educandos a oportunidade de escolarização fundamental, para se
tornarem capazes de entender os movimentos religiosos específicos de cada cultura, de modo a
colaborar com a formação da pessoa.
•
Valorizar a diversidade religiosa em todas as suas formas, levando em
consideração a composição variada de grupos na sociedade brasileira, permitindo desta forma aos
educandos, a reflexão e entendimento sobre a constituição cultural dos grupos sociais e seu
relacionamento com o sagrado.
•
Contribuir para superar a desigualdade étnico-religiosa e garantir o direito
constitucional de liberdade de crença e expressão.
2. CONTEÚDOS
2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
•
Paisagem Religiosa
•
Universo Simbólico Religioso
•
Textos Sagrados
2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS:
5ª SÉRIE
•
Organizações religiosas
•
Lugares Sagrados:
•
Textos sagrados orais ou escritos
•
Símbolos religiosos
6ª SÉRIE
•
Temporalidade Sagrada
Festas religiosas
•
Ritos
•
Vida e morte
3. METODOLOGIA DE ENSINO
A disciplina de Ensino Religioso pressupõe um constante repensar das ações que
subsidiarão esse trabalho, onde poderão fomentar o respeito às diversas manifestações religiosas.
Partindo da experiência religiosa do aluno e de seus conhecimentos prévios, o conteúdo será
trabalhado a fim de ampliar e valorizar o universo cultural dos educandos.
Tendo como base o estudo do sagrado, os conteúdos devem ser tratados
interdisciplinarmente, pois isso é fundamental para efetivar a contextualização do conteúdo, pois
articulam-se os conhecimentos de diferentes disciplinas curriculares e, ao mesmo tempo,
assegura-se a especificidade dos campos de estudo do Ensino Religioso. Para efetivar esse
processo de ensino-aprendizagem com êxito se faz necessário abordar cada expressão do
Sagrado do ponto de vista laico, não religioso, de uma forma clara, objetiva e critica.
Oportunizar reflexão e análise através de conteúdos, destacando-se os aspectos científicos
do universo cultural do sagrado e da diversidade sociocultural. As aulas serão dialogadas,
estabelecendo relações entre o que ocorre na sociedade. Assim, o professor estabelecera uma
relação pedagógica frente ao universo das manifestações religiosas, tomando-as como
construções histórico-sociais e patrimônio cultural da humanidade.
O Ensino Religioso deve contemplar a legislação vigente/ Desafios Educacionais
Contemporâneos, de acordo com a Lei nº 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas,
Lei nº 10.639/03 – História e Cultura Afro-brasileira e Africana e Lei nº 9.785/99 – Política
Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal,
Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação do
Campo, nas diferentes séries, através de variados recursos e metodologias, como: textos, vídeos,
fotos, artigos de jornais, pesquisas online, dentre outros recursos disponíveis na escola.
Levando em consideração a diversidade de conteúdos faz-se necessário o processo de
pesquisa para que as produções sejam realmente oportunizadas.
Portanto, para a efetivação do processo pedagógico na disciplina de Ensino Religioso,
propõe-se que seja destacado o conhecimento das bases teóricas que compõem o universo das
diferentes culturas, nas quais se firmam o Sagrado e suas expressões coletivas.
4. AVALIAÇÃO / RECUPERAÇÃO
A disciplina de Ensino Religioso não possui atribuição de nota, assim, não se constitui
como o objeto de reprovação, pois a disciplina é facultativa para o aluno. Porém, faz-se
necessário a prática de avaliações que permitam ao professor acompanhar o processo de
apropriação de conhecimentos pelo aluno, identificando em que medida os conteúdos passam a
ser referenciais para compreensão das manifestações do sagrado pelos alunos.
A disciplina de Ensino Religioso pode avaliar em que medida o aluno expressa uma
relação respeitosa com os colegas de classe que possuem opções religiosas diferentes da sua;
aceitar as diferenças, reconhecer o fenômeno religioso como um dado da cultura e da identidade
de cada grupo social; emprega conceitos adequados ao referir-se às diferentes manifestações
religiosas ou qualquer outra prática de cunho preconceituosa.
As atividades propostas devem oportunizar a participação dos portadores de necessidades
especiais, que constituem a inclusão do educando no processo ensino-aprendizagem, será
realizada partindo de suas limitações, para que consiga acompanhar de maneira satisfatória os
conceitos discutidos em sala de aula.
Através desta avaliação o professor terá elementos para planejar as intervenções no
processo de ensino-aprendizagem, retomando lacunas identificadas dimensionando os níveis
de aprofundamento.
5. REFERÊNCIAS
BLACKBURN, Simon. Dicionário Oxford de Filosofia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
CISALPIANO, Murilo. Religiões. São Paulo: Scipione, 1994.
COSGROVE, Denis. A Geografia está em toda parte: cultura e simbolismo nas paisagens
humanas. In: paisagem tempo e cultura. Organizado por Corrêa, Roberto Lobato, Rosendahl,
Zeny. Rio de Janeiro: Eduerj, 1998, p. 92-123.
COSTELLA, Domênico. O Fundamento Epistemológico do Ensino Religioso In: JUQUEIRA,
Sérgio: WAGNER, Raul (Orgs). O Ensino Religioso no Brasil. Curitiba: Chanpagnat, 2004.
CUNHA, Antônio Geraldo da. Dicionário etimológico nova fronteira de Língua Portuguesa.
2ª ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
DURKHEIM, Émile. As formas elementares da vida religiosa. São Paulo: Paulinas, 1989.
ELIADE, Mircea. O Sagrado e o profano: a essência das religiões. São Paulo: Martins Fontes,
1992.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Ensino Religioso para a Educação Básica.
Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação
Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da
Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios
Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino
Fundamental e Médio. Kaloré – PR.
REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e
Médio. Kaloré – PR.
COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA
KALORÉ - 2010
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Filosofia não é o conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em
si mesmo. Ela é, antes de tudo, uma prática de vida que procura pensar os conhecimentos além de
sua pura aparência. Assim ela pode se voltar para qualquer objeto. Pode pensar a ciência, seus
valores, seus métodos, seus mitos; pode pensar a religião; pode pensar em arte; pode pensar o
próprio homem em sua vida cotidiana. Diz-se que a Filosofia incomoda certos indivíduos e
instituições porque questiona o modo de ser das pessoas, das culturas, do mundo. Isto é,
questiona a própria prática política, científica, técnica, ética, econômica, cultural e artística.
Desse modo, o trabalho a ser realizado parte de uma aprendizagem significativa,
contextualizada a partir de leituras diversas, pesquisas, produção escrita, depoimentos, análise
tendo em vista abordar os eixos norteadores para a compreensão da Filosofia no Ensino Médio o
qual contribui para a formação do aluno. Cabe a ele indagar a realidade, refletir sobre as questões
que são fundamentais para os homens em cada época.
A reflexão filosófica não é, pois, qualquer reflexão, é rigorosa, sistemática e deve sempre
pensar o problema em relação à totalidade, para alcançar a radicalidade do problema, isto é, à sua
raiz. Esta é a preocupação do colégio ao instituir a disciplina de filosofia, instrumentalizando os
alunos para estarem aptos a compreender e atuar em sua realidade.
Sendo assim, a Filosofia contribui para a compreensão dos elementos que interferem no
processo social através da busca do esclarecimento dos universos que tecem a existência humana:
trabalho, relações, relações sociais e cultura simbólica.
Formar o hábito da reflexão sobre a própria existência possibilitando a formação de juízos
de valores que substituem a conduta do sujeito dentro da escola e fora dela.
2. CONTEÚDOS
2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
•
MITO E FILOSOFIA;
•
TEORIA DO CONHECIMENTO;
•
ÉTICA;
•
FILOSOFIA POLÍTICA;
•
FILOSOFIA DA CIÊNCIA;
•
ESTÉTICA.
'
2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS
MITO E FILOSOFIA
Saber mítico;
Saber filosófico;
Relação mito e filosofia;
Atualidade do mito;
O que é filosofia?
TEORIA DO CONHECIMENTO
Possibilidade do conhecimento;
As formas de conhecimento;
O problema da verdade;
A questão do método;
Conhecimento e lógica.
ÉTICA
Ética e moral;
Pluralidade ética;
Ética e violência;
Razão, desejo e vontade;
Liberdade:
autonomia do sujeito e a necessidade das normas.
FILOSOFIA POLÍTICA
Relações entre comunidade e poder;
Liberdade e igualdade política;
Política e ideologia;
Esfera pública e privada;
Cidadania formal e / ou participativa.
FILOSOFIA DA CIÊNCIA
Concepções de ciências;
A questão do método científico;
Contribuições e limites da ciência;
Ciência e ideologia;
Ciência e ética.
ESTÉTICA
Natureza da arte;
Filosofia e arte;
Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.
Estética e sociedade.
3. METODOLOGIA DE ENSINO
Tendo em vista os objetivos propostos na Diretriz Curricular de Filosofia, as aulas serão
no sentido de levar o aluno a questionar sua realidade, analisar, comparar, decidir, planejar e
expor idéias, bem como ouvir e respeitar a de outrem, configurando um sujeito crítico e criativo.
Igualmente, as atividades nas aulas ocorrerão conforme o tema a ser tratado exigir: a
sensibilização propriamente dita (através de um problema, questionamentos dos próprios alunos,
uso de textos e/ou filmes, etc.), aulas expositivas (com abertura ao debate), estudo e reflexão de
textos de caráter filosófico – ou que possam dar margem à reflexão de cunho filosófico.
O Ensino de Filosofia deve contemplar a legislação vigente/ Desafios Educacionais, a Lei
nº 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas, Lei nº 10.639/03 – História e Cultura
Afro-brasileira e Africana e Lei nº 9.785/99 – Política Nacional de Educação Ambiental;
Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência
na Escola,
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação do Campo, nas diferentes séries, através de
variados recursos e metodologias, como: mapas temáticos, textos, vídeos, fotos, artigos de
jornais, pesquisas online, dentre outros recursos disponíveis na escola.
Redação e apresentação de trabalhos, em que os alunos demonstrarão ou não a apreensão
dos temas e problemas investigados através da criação de conceitos. Dessa forma, cremos estar
caminhando em direção ao desenvolvimento de valores importantes para a formação do estudante
do ensino médio, solidariedade, responsabilidade e compromisso pessoal.
4. AVALIAÇÃO / RECUPERAÇÃO
A avaliação ocorrerá de forma diagnostica processual e continua, no sentido de contribuir
para o desenvolvimento do aluno; permitindo-lhe perceber o seu próprio crescimento e sua
contribuição para a coletividade.
Serão adotados como instrumentos, além da auto-avaliação:
•
Textos produzidos pelos alunos;
•
Participação em sala de aula;
•
Atividades e exercícios realizados em classe ou fora dela;
•
Atividades de pesquisa através do laboratório de informática;
•
Testes escritos;
•
Apresentação dos temas em estudo;
•
Registro das aulas, conforme a necessidade;
O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis
vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas
mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação
ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).
A recuperação dos conteúdos será feita de forma paralela durante todo o bimestre, ou seja,
logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este será retomado, com
atividades significativas, por meio de procedimentos didáticos - metodológicos diversificados;
podendo ser oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e atendimento individual durante as horasatividade do professor.
5. REFERÊNCIAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à
filosofia. 2ᵃ Ed. São Paulo: Moderna, 1993.
CHÂTELET, F. História da Filosofia, ideias e doutrinas – o século XX. Rio de Janeiro: Zahar,
s/d, vol.8
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo: Ática, 1995.
DESCARTES. René. O Discurso do Método. 4ᵃ Ed. São Paulo, Nova Cultural, 1987.
GARCIA, José Roberto e VELOSO, Valdecir Conceição. Eureka: Construindo Cidadãos.
Florianópolis: Sophos, 2007.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Filosofia para a Educação Básica.
Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação
Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da
Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios
Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino
Fundamental e Médio. Kaloré – PR.
REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e
Médio. Kaloré – PR.
COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
DE FÍSICA
KALORÉ - 2010
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A Física é uma ciência que tem como objeto de estudo o universo em toda sua sua
complexidade, contribuir para despertar o espírito crítico do educando, levando-o a questionar,
refletir e estudar o mundo que o rodeia, preparando-o para o exercício da cidadania e ao trabalho.
Como o desenfreado avanço tecnológico é essencial que o educando compreenda e
manuseie instrumentos tecnológicos do seu dia-a-dia.
Entende-se, pelas Diretrizes Curriculares de Física do Estado do Paraná que a Física deve
educar para cidadania e isso se faz considerando a dimensão crítica do conhecimento científico
sobre o Universo de fenômenos e a não-neutralidade da produção desse conhecimento, mas seu
comprometimento e envolvimento com aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais. O
ponto de partida da prática pedagógica são os conteúdos estruturantes, proposto nesta Diretrizes
Curriculares com base na evolução histórica das ideias e dos conceitos da Física. Para isso, os
professores devem superar a visão do livro didático como dotador do trabalho pedagógico, bem
como a redução do ensino da Física à memorização de modelos, conceitos e definições
excessivamente matematizando e tomados como verdades absolutas, como coisas reais. Ressaltase a importância de um enfoque conceitual para além de uma equação matemática, sob o
pressuposto teórico de que o conhecimento científico é uma construção humana com significado
histórico e social. A educação científica é indispensável à participação política e capacita os
estudantes para uma atuação social e crítica com vistas à transformação de sua vida e do meio
que o cerca.
Dessa perspectiva o ensino de física vai além da mera compreensão do funcionamento dos
aparatos tecnológicos. De modo que esse norte implica o ensino de física aborde os fenômenos
físicos lembrando que suas ferramentas conceituais são as de uma ciência em construção, porém
como uma respeitável consistência teórica. É importante compreender, também, a evolução dos
sistemas físicos, suas aplicações e suas influências na sociedade, destacando-se a não
neutralidade da produção científica.
A física,nesse contexto possibilitará a compreensão do mundo circundante e os
fenômenos existenciais como evolução histórica e científica da humanidade, de maneria que se
possa considerar a experiência já vivenciada em busca da construção do científico, com a
superação senso comum. Assim, se promoverá a experimentação prática para a comprovação de
conceitos diversos, promovendo situações em que se desencadeará o desenvolvimento social e
cognitivos no ambiente escolar, primando
sempre pela contextualização das relações
interdisciplinares sob uma abordagem que contemple os avanços e as perspectivas da Física nos
últimos anos, findando em uma ciência em construção.
2. CONTEÚDOS
2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Física o Ensino Médio do Paraná, entende-se
por conteúdos estruturantes os conhecimentos e as teorias que hoje compõem os campos de
estudo da Física e servem de referência para a disciplina escolar. Esses conteúdos fundamentam a
abordagem pedagógica dos conteúdos escolares, de modo que o estruturante compreenda o objeto
de estudo e o papel dessa disciplina no Ensino Médio.
Nos fundamentais teóricos-metodológicos apresentaram-se as três grandes sínteses que
compunham o quadro conceitual de referência da física no final do século XIX e início do século
XX. Essas três sínteses – Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo – doravante serão
denominadas “conteúdos estruturantes”. Em cada conteúdo estruturante estão presentes ideias,
conceitos e definições, princípios, leis e modelos físicos, que o constituem como uma teoria.
Desses estruturantes derivam os conteúdos que comporão as propostas pedagógicas curriculares
das escolas. Na física, conforme rocha(2005), a teoria eletromagnética desempenha papel
semelhante aos estudos dos movimentos da termodinâmica. Embora tenham evoluído
separadamente. Elas são teorias unificadoras: a mecânica de Newton, no século XVII, unificou a
estática, a dinâmica e a astronomia; a termodinâmica, no século XIX, unificou conhecimentos
sobre gases, pressão, temperatura e calor e a teoria eletromagnética, de Maxwell, unificou o
magnetismo, a eletricidade e a ótica. De modo que o estudo de física se estenderá aos seguintes
conteúdos:
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
MOVIMENTO
TERMODINÂMICA
CONTEÚDOS BÁSICOS
•
•
•
•
•
•
•
Momentum e inércia
Conservação da quantidade de movimento (momentum)
Variação da quantidade de movimento = Impulso
2ª Lei de Newton
3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio
Energia e o Princípio da Conservação da energia
Gravitação
•
Leis da Termodinâmica
•
•
•
Lei zero da Termodinâmica
1ª Lei da Termodinâmica
2ª Lei da Termodinâmica
ELETROMAGNETISMO • Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas
• Força Eletromagnética
• Equações de Maxwell: Lei de Gauss para eletrostática/Lei de
Coulomb, Lei de Ampère, Lei de Gauss Magnética, Lei de Faraday
• A natureza da luz e suas propriedades
3. METODOLOGIA DE ENSINO
A princípio serão trabalhados conceitos fundamentais, utilizando como recursos didáticos
a quadro negro, material apostilado livro didático e ou livro didático público.
Para fixação dos conteúdos será utilizado o laboratório da escola com recursos
disponíveis, como: instrumentos de medidas, eletrodomésticos, circuitos elétricos, dilatadores,
etc...
Realizar visitas a instalações de produção do saber ou da informação, tais como museus,
planetários, exposições, usinas hidrelétricas, fábricas, e outros.
Para pesquisas serão utilizados os meios de informações contemporâneos que estiveram
disponíveis na realidade do aluno, (notícias de jornais, livros de ficção científica, programa de
televisão, vídeos, internet, etc.), como instrumentos didáticos.
Utilizar o saber vivencial de profissionais e especialistas da área, através de entrevistas ou
outras formas de contato, como fonte de aquisição do conhecimento incorporado à suas
respectivas práticas.
As atividades desenvolvidas em sala de aula, poderão ser individuais ou em grupos,
tendo-se o cuidado de evitar discriminação racial e social.
Durante as aulas de física serão abordadas temáticas que vislumbrem o trabalho com os
desafios contemporâneos, com ênfase na ética e na cidadania, oportunizando aos alunos a
construção de posturas sociais condizentes com a prática cidadã, de modo que possam analisar e
avaliar criticamente os avanços percebidos na comunidade científica. Acerca das especifidades
individuais, será oportunizado atendimento a cada aluno, com o intuito de contribuir com a
construção do conhecimento.
4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO
A avaliação deverá ser contínua e centralizada no desempenho do aluno em toda atividade
desenvolvida, e terá função permanente de diagnóstico e acompanhamento do processo
pedagógico. Ou seja, seu objetivo principal será avaliar o processo de aprendizagem como um
todo, não só para verificar a apropriação do conteúdo, mas para, a partir dela, encontrar subsídios
para intervir.
Deste modo, será diversificada e realizada por intermédio da apresentação de seminários e
exposições; pela elaboração de trabalhos escritos, em grupos ou individualmente; pela
participação em sala de aula ( frequência e empenho); além da efetivação de provas e projetos.
Quanto aos critérios de avaliação em Física, serão verificados:
•
A compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e
aprendizagem planejada;
•
A compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos;
•
A compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos;
•
A capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as leis e
as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os conhecimentos
da Física.
O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis
vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas
mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação
ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).
A recuperação de estudos será à medida que for detectada a não compreensão do conteúdo
trabalhado. Havendo uma retomada do mesmo, junto ao restante da turma, sem que haja
detrimento de conteúdo para nenhum dos grupos de alunos (os que precisam de recuperação e os
que não precisam).Esta ação será realizada em consonância com o que prevê o Regimento
Escolar do Estabelecimento de Ensino.
5. REFERÊNCIAS
MENEZES, L. C. A Matéria. São Paulo: SBF, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Física para a Educação Básica. Curitiba,
2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação
Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da
Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios
Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e
Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.
PENTEADO, Paulo Cesar M. Física. Vol I, II e III. São Paulo: Moderna, 2005.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio.
Kaloré – PR.
REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e
Médio. Kaloré – PR.
REPRESENTAÇÕES, MEMÓRIAS, IDENTIDADE / obra coletiva. Curitiba: SEED, 2008.
ROCHA, J.F. (org) Origens e Evolução das ideias da Física. Salvador: EDUFRA, 2002.
COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
KALORÉ - 2010
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A análise acerca do ensino de Geografia começa pela compreensão do seu objeto de
estudo. Muitos foram os objetos de estudo da Geografia antes de se ter algum consenso, sempre
relativo, em torno da idéia de que o espaço geográfico é o foco da análise. Entretanto, a
expressão espaço geográfico, bem como os conceitos básicos da Geografia – lugar, paisagem,
região, território, natureza, sociedade – não se autoexplicam. Ao contrário, são termos que
exigem esclarecimentos, pois, a depender do fundamento teórico a que se vinculam, refletem
posições filosóficas e políticas distintas.
No esforço de conceituar o objeto de estudo, de especificar os conceitos básicos e
entender e agir sobre o espaço geográfico, os geógrafos de diferentes correntes de pensamentos se
especializaram, percorreram caminhos e métodos de pesquisas diferentes, de modo que
evidenciaram e, em alguns momentos, aprofundaram a dicotomia Geografia Física e Geografia
Humana.
Essa dicotomia permanece até hoje em alguns currículos universitários, como também
algumas práticas escolares. Diante disso, propõe-se um trabalho conjunto que vice superar essa
dicotomia, parte do construto histórico com o qual os professores de Geografia convivem
pedagógica e teoricamente há muito tempo.
A Geografia é a Ciência do presente, ou seja, inspirada na realidade contemporânea, cujo
objetivo é contribuir para o entendimento do mundo atual, apropriação dos lugares, através do
trabalho humano, onde a organização do espaço geográfico, objeto de estudo da Geografia,
reflete os valores sociais e culturais historicamente constituídos. De acordo com Lefebvre (1974)
e Santos (1996), o espaço geográfico, entendido como “o espaço produzido e apropriado pela
sociedade, composto pela inter-relação entre sistemas e objetos – naturais, culturais e técnicos – e
sistemas de ações – relações sociais, culturais, políticas e econômicas.
Dessa forma, o ensino de Geografia, contribui para o aprimoramento do educando como
pessoa humana, incluindo sua formação ética e desenvolvimento da autonomia intelectual e do
pensamento crítico.
A contribuição da Geografia se faz para o cidadão aprender a conviver e aprender a ser.
Isto é, deve buscar maneiras de transformar indivíduos tutelados em pessoas no pleno exercício
da cidadania, cujos saberes se revelam em competências cognitivas, sócio-afetivas e
psicomotoras, embasados nos valores de sensibilidade e solidariedade necessária ao
aprimoramento da vida a nível local, regional e global.
2. CONTEÚDOS
2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Dimensão Econômica do Espaço Geográfico.
Dimensão Política do Espaço Geográfico.
Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico.
Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico.
2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS:
5ª SÉRIE
Formação e transformação das paisagens naturais e culturais.
Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção.
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico.
As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos
da população.
A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade
cultural.
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
6ª SÉRIE
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração
e produção.
As diversas regionalizações do espaço brasileiro.
As manifestações sócioespaciais da diversidade cultural.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos
da população.
Movimentos migratórios e suas motivações.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a
urbanização.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico.
A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações.
7ª SÉRIE
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios do
continente americano.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
O comércio em suas implicações socioespaciais.
A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações.
A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço
geográfico.
As relações entre o campo e a cidade nas sociedades capitalistas.
O espaço rural e a modernização da agricultura.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos
da população.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
Formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
8ª SÉRIE
As diversas regionalizações do espaço geográfico.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do estado.
A revolução técnico – cientifico - informacional e os novos arranjos no espaço da
produção.
O comércio mundial e as implicações sócio- espaciais.
A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos
da população.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações.
A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a
(re)organização do espaço geográfico.
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção.
O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração
territorial.
ENSINO MÉDIO
2.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Dimensão Econômica do Espaço Geográfico;
Dimensão Política do Espaço Geográfico.
Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico.
Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico.
2.4 CONTEÚDOS BÁSICOS
A formação e transformação das paisagens;
A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e
produção;
A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço
geográfico;
A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais.
A revolução técnico–científica-informacional e os novos arranjos no espaço da
produção;
O espaço rural e a modernização da agricultura;
O espaço em rede: produção, transporte e comunicação na atual configuração
territorial;
Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;
A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e das informações
As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista;
A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e
urbanização recente.
A transformação demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos
da população.
Os movimentos migratórios e suas motivações.
As manifestações socioespaciais da diversidade cultural.
O comércio e as implicações socioespaciais.
As diversas regionalizações no espaço geográfico.
As implicações socioespaciais do processo de mundialização.
A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
3. METODOLOGIA DE ENSINO
Os conteúdos estruturantes devem fundamentar a abordagem dos conteúdos básicos, onde
os conceitos fundamentais da Geografia – paisagem, lugar, região, território, natureza e sociedade
– serão apresentados numa perspectiva crítica, para que ocorra a compreensão do objeto da
Geografia, que é o espaço geográfico, enquanto finalidade dessa disciplina.
A metodologia adotada para o ensino-aprendizagem da disciplina de Geografia, deve
permitir que os alunos se apropriem de seus conceitos fundamentais, através da reflexão e análise
sócio-cultural dos conteúdos propostos, assim como a realização de estudo de caso, do meio,
excursões, visitas de caráter investigativo, debates, atividades escritas e orais, envolvendo a
cartografia, vídeos, pesquisa on-line, e bibliográfica (livros, revistas, jornais, periódicos, etc).
No ensino da Geografia torna-se importante considerar o conhecimento espacial que os
alunos possuem para relacioná-lo com o conhecimento científico, para que ultrapassem o senso
comum e ampliem suas condições de análise e interpretação da realidade sócio-espacial.
A Geografia deve contemplar a legislação vigente/ Desafios Educacionais, a Lei nº
11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas, Lei nº 10.639/03 – História e Cultura Afrobrasileira e Africana e Lei nº 9.785/99 – Política Nacional de Educação Ambiental; Cidadania e
Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência na Escola, Prevenção ao Uso
Indevido de Drogas, Educação do Campo, nas diferentes séries, através de variados recursos e
metodologias, como: mapas, maquetes, textos, vídeos, fotos, artigos de jornais, pesquisas online,
dentre outros recursos disponíveis na escola.
Além da aula de campo, que é uma forma eficiente de trabalhar a Geografia,
principalmente em visitas, excursões e outras atividades extraclasse que oportunize aos alunos a
verificação local dos temas trabalhados, recomendasse o uso da biblioteca, como recurso
fundamental, cabendo ao professor orientar os alunos no conhecimento do acervo específico, as
obras que podem ser consultadas, incluindo os bons hábitos de manuseio e conservação das
obras.
O uso da linguagem cartográfica (signos, escala e orientação), deve permear o trabalho
pedagógico com os diferentes conteúdos, pois resultam de uma construção teórica e prática que
acompanha os educandos desde as séries iniciais e que deve acompanhá-lo até o final da
Educação Básica.
É tarefa do professor investigar nos alunos, suas capacidades de questionar e criticar
conteúdos e as abordagens existentes no contexto das obras consultadas, de modo que constituam
gradativamente, autonomia na busca do conhecimento, com atendimento individualizado aos
alunos com necessidades especiais, para a efetivação da inclusão dos mesmos, no processo
ensino-aprendizagem.
4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO
A Avaliação do Ensino de Geografia é processual e diagnóstica, subsidia todo o processo
ensino-aprendizagem, norteando toda a prática pedagógica, oferecendo clareza quanto ao como
retornar conteúdos ou conceitos que visam a mudanças de atitudes.
A Avaliação deve ser entendida como mais uma das formas utilizadas pelos professores
para também avaliar sua metodologia e o nível de compreensão dos conteúdos específicos
tratados durante um determinado período (bimestral).
Devem-se evitar avaliações que contemplam apenas uma das formas de comunicação dos
alunos, ou seja, apenas a escrita ou a interpretação de textos, mas que seja diversificada, com uso
de diversos instrumentos avaliativos (oralidade, pesquisa, atividades escritas, desenhos,
elaboração de legendas, etc.).
Dessa forma, avaliam-se a partir da reflexão crítica nos debates, textos, filmes,
participação em pesquisas de campo, produção e análise escrita de textos geográficos;
interpretação de imagens (fotos, mapas, vídeos, gráficos, tabelas); construção de maquetes e
outros materiais.. Pontos fundamentais que demonstram articulação entre as fontes conceituais e
a prática, vivida pelo cotidiano do aluno.
A proposta de avaliação deve estar clara aos alunos, como um processo não-linear de
construções e reconstruções, assentado na interação e na relação dialógica que acontece entre os
sujeitos do processo ensino-aprendizagem e professor-aluno.
Mediante a análise processual do desempenho do aluno, este será avaliado no transcorrer
das atividades propostas no valor de 6,0 (seis), somando-se as atividades de sala e extraclasse,
participação em debates, análises escritas e orais, etc., e nota 4,0 (quatro), na avaliação bimestral,
em forma de prova, em atividades diversificadas, que incluam os conteúdos ainda não avaliados,
ofertando a recuperação paralela aos alunos que não atingirem a nota máxima 10,0 (dez), com
atendimento diferenciado àqueles com necessidades especiais, que prevê e provê meios para a
superação das dificuldades dos educandos, tendo em vista efetivar aprendizagens concretas e
significativas, coerentes ao contexto sócio-cultural, político e ambiental.
5.REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Lúcia Marina Alves de. Geografia geral e do Brasil. São Paulo: Ática, 2009.
ANDRADE, M. C. de. Geografia – ciência da sociedade. São Paulo: Atlas, 1987.
CARLOS, A. F. A. O lugar no/do mundo. São Paulo: Hucitec, 1996.
CAVALCANTI, L. de S. Geografia escola e construção do conhecimento. Campinas: Papirus,
1998.
OLIVEIRA, A. U. de. Geografia e ensino: os parâmetros curriculares em discussão. In
CARLOS, A. F. A e OLIVEIRA, A. U. (orgs) Reformas no mundo da educação: parâmetros
curriculares e geografia. São Paulo: Contexto, 1999.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Geografia para a Educação Básica.
Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação
Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência
daEducação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios
Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.
PROJETO ARARIBÁ / obra coletiva – Ed.resp. Maria Raquel Apolinário Melani. Geografia. 5ª
a 8ª Série – Ensino Fundamental. 1ª Ed. São Paulo : Moderna, 2006.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino
Fundamental e Médio. Kaloré – PR.
REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e
Médio. Kaloré – PR
COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE
HISTORIA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
KALORÉ – 2010
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A disciplina de História tem como pressuposto a reconstrução da memória, através de
uma narrativa, seja ela individual ou coletiva, onde consolidamos valores, compreendemos o
presente e criamos condições para transformar a realidade que nos cercam e o nosso futuro.
Partindo da dimensão de contemporaneidade, utiliza como eixo norteador a discussão
sobre o passado na perspectiva do presente. Sem a intenção de conceder aos protagonistas do
passado, sentimentos e ações geradas no presente, nem apresentar a História como uma narrativa
única e inquestionável, mas a de levar o aluno a compreender e atuar na realidade social de seu
tempo.
Dessa forma, a escolha das fontes históricas é de suma importância, pois permitem
construir o conhecimento histórico e perceber a diversidade de experiências e visões que
constituem a sociedade humana, utilizando para isso jornais, revistas, documentos escritos e nãoescritos, textos de historiadores e literatura ficcional, indicações de filmes e uma variada
iconografia.
Ao utilizar diferentes fontes de pesquisa, que de forma geral traduzem determinado
contexto histórico e uma intencionalidade, não se pretende defender a perspectiva do relativismo
total, como se a História fosse o terreno de opiniões irrestritas e da subjetividade. O objetivo do
trabalho com as fontes é contribuir para desenvolver no aluno a capacidade de leitura,
interpretação e críticas dos documentos históricos, assim como compreender e relacionar as
narrativas desses documentos com a realidade contemporânea.
2. CONTEÚDOS
2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS:
5ª SÉRIE
A experiência humana no tempo
Os sujeitos e sua relação com o outro no tempo
A cultura local e a cultura comum.
6ª SÉRIE
As relações de propriedade
O mundo do campo e o mundo da cidade
As relações entre o campo e a cidade
Conflitos, resistência e produção cultural campo/cidade
7ª SÉRIE
História das relações da humanidade com o trabalho
O trabalho e a vida em sociedade
O mundo do trabalho
As resistências e as conquistas de direito
8ª SÉRIE
A formação das instituições sociais
A formação do Estado
Guerras e revoluções
ENSINO MÉDIO
2.3 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES:
Relações de Trabalho
Relações de Poder
Relações Culturais
2.4 CONTEÚDOS BÁSICOS:
Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre.
Urbanização e Industrialização.
O Estado e as relações de Poder.
Os sujeitos, as revoltas e as Guerras.
Movimentos sociais, políticos e culturais, as guerras e
revoluções.
Cultura e religiosidade.
3. METODOLOGIA DE ENSINO
Sendo necessária a implantação das Diretrizes Curriculares em sala de aula, torna-se
importante que o processo de construção do conhecimento histórico, e da consciência histórica,
ou seja, como são produzidos, relativos às ações e relações humanas, praticada no tempo e o
sentido que foram dadas a elas de forma consciente ou não. Para estudá-las o historiador adota
um método de pesquisa que passa a problematizar o passado, e buscar por meios de documentos,
e perguntas, respostas às suas indagações. A partir disso, o pesquisador produz uma narrativa
histórica cujo desafio é contemplar a diversidade das influências políticas, sociais, econômicas e
culturais, possibilitando que os alunos valorizem e contribuem para a preservação de
documentos, lugares de memória, como museus, bibliotecas, acervos privados e públicos, de
fotografias, documentos escritos, em audiovisuais, entre outros, através do manuseio cuidadoso
de documentos que podem constituir fontes de pesquisas ou pelo conhecimento do trabalho dos
pesquisadores.
O conhecimento histórico e sua apropriação pelos alunos são processuais, e, desse modo, é
necessário que o conceito seja constantemente retomado.
Na adoção de um encaminhamento metodológico, o professor terá que ir além do livro
didático, já que as explicações nele apresentadas são limitadas, por isso a necessidade da busca de
outros referenciais que complementem o conteúdo tratado em sala de aula, exigindo que o
professor esteja atento a rica produção historiográfica que tem sido publicada em livros, revistas
especializadas e outras voltadas ao público em geral, muitas das quais disponíveis também nos
meios eletrônicos.
O Ensino de História deve contemplar a legislação vigente/ Desafios Educacionais, a Lei
nº 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas, Lei nº 10.639/03 – História e Cultura
Afro-brasileira e Africana e Lei nº 9.785/99 – Política Nacional de Educação Ambiental;
Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência
na Escola,
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação do Campo, nas diferentes séries, através de
variados recursos e metodologias, como: mapas temáticos, textos, vídeos, fotos, artigos de
jornais, pesquisas online, dentre outros recursos disponíveis na escola.
O uso da biblioteca também é fundamental, cabendo ao professor orientar os alunos no
conhecimento do acervo específico, as obras que podem ser consultadas, incluindo os bons
hábitos de manuseio e conservação das obras.
É tarefa de o professor investigar nos alunos, suas capacidades de questionar e criticar
conteúdos e as abordagens existentes no contexto consultado, de modo que constituam
gradativamente, autonomia na busca do conhecimento.
4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO
A Avaliação do Ensino de História é processual e diagnóstica, subsidia todo o processo
ensino-aprendizagem, norteando toda a prática pedagógica, oferecendo clareza quanto ao como
retornar conteúdos ou conceitos que visam a mudanças de atitudes.
Como um processo, acompanha as práticas de ensino. A partir da reflexão crítica nos
debates, textos, filmes, participação em pesquisas de campo, produção e análise escrita. Pontos
fundamentais que demonstram articulação entre fontes conceituais e a prática, vivida pelo
cotidiano do aluno.
Mediante a análise processual do desempenho do aluno torna-se viável no ensino de
História, a recuperação paralela ao estudo dos conteúdos, que prevê e provê meios para a
superação das dificuldades dos educandos, tendo em vista efetivar aprendizagens concretas e
significativas, coerentes ao contexto sócio-cultural, político e ambiental.
1. Os instrumentos utilizados de avaliação serão provas escritas, trabalhos individuais e em
grupos, produções orais e escritas, debates e apresentações de trabalhos orais; devendo ser
adaptados para atender as necessidades educacionais especiais.
2. O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis
vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas
mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma
avaliação ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).
•
A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma paralela durante
todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo
trabalhado, este será retomado, com atividades significativas, por meio de procedimentos
didáticos - metodológicos diversificados; podendo ser oferecido ao aluno trabalhos
extraclasse e atendimento individual durante as horas-atividade do professor.
5. REFERÊNCIAS
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de História para a Educação Básica.
Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação
Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da
Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios
Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.
PILETTI, Claudino & Nelson. História e vida integrada. 5ª a 8ª Séries. Nova ed. Reform e atual.
São Paulo : Ática, 2005.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino
Fundamental e Médio. Kaloré – PR.
PROJETO ARARIBÁ / obra coletiva – Ed. resp. Maria Raquel Apolinário Melani. História.
Ensino Médio. 1ª ed. São Paulo : Moderna, 2006.
REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio.
Kaloré – PR.
COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE PORTUGUES
ENSINO FUNDAMENTAL
KALORÉ - 2010
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino da Língua Portuguesa, desde sua implantação no Brasil, sempre atendeu aos
interesses das classes dominantes; estando, portanto, carregado de ideologias e pressupostos de
subordinação das classes menos favorecidas.
Diante de tal realidade, as Diretrizes Curriculares Nacionais propõem novos
posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja pela discussão crítica dessas práticas, seja
pelo envolvimento direto dos professores na construção de alternativas.
Com isso, a Língua Portuguesa torna-se importante porque é através da linguagem que o
homem se reconhece como humano, interage e troca experiências, compreende a realidade em
que está inserido e o seu papel como participante da sociedade.
A linguagem, nessa concepção, é vista como de ação entre sujeitos histórica e socialmente
situados que se constituem e constituem uns aos outros em suas relações dialógicas. Na medida
em que possibilita a interação e a constituição humanas, ela pode ser considerada como trabalho e
produto do trabalho.
Desse modo, esta proposta curricular fundamenta-se na concepção que norteia o ensino de
Língua Portuguesa, que é a sociointeracionista, em que se privilegia construção e reconstrução
verbal e não verbal, a socialização dos conhecimentos; considerando a relação dialógica e o
contexto de produção.
Logo, o nosso objeto de estudo é a Língua e o conteudo estruturante é o discurso enquanto
prática social, concretizando-se na oralidade, leitura e escrita.
Nessa perspectiva, faz-se necessário resgatar a identidade cultural dos alunos, valorizando
seus conhecimentos prévios e suas experiências.
Com isso, deve-se pensar o currículo como orientações para o professor e assim garantir
uma maior atenção à diversidade, valorizando a expectativa, o interesse, a interação e os
objetivos dos alunos, atendendo com maior precisão as necessidades do alunado e ao ritmo de
aprendizado, na sociedade, em relação à Língua Materna; possibilitando, assim, a inclusão de
alunos com necessidades educacionais especiais, para que os mesmos sintam-se inseridos no
processo de ensino e aprendizagem.
A cultura afro merece destaque na Língua Portuguesa, levando em consideração o
contexto racial, a diversificação e a miscigenação, vivenciando através de mimese situações reais:
músicas, poesias, teatro, filmes, obras literárias, pesquisas da cultura afro, debates, textos
diversificados e produção textual bem como, mostra cultural.
Nesse sentido, compreender a língua como “um conjunto aberto e múltiplo de práticas
sociointeracionais, orais ou escritas, é perceber que ela não existe em si, mas só existe
efetivamente no contexto das relações sociais: ela é elemento construtivo dessas múltiplas
relações e nela se constitui continuamente”. Visto que a língua é um instrumento de construção
da identidade e capaz de contribuir para o pleno exercício da cidadania. E para tanto, os Desafios
Educacionais Contemporâneos devem integrar o trabalho docente durante todo o ano letivo.
Tendo em vista a concepção de língua como discurso que se efetiva nas diferentes práticas
sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua, busca:
•
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a
cada contexto e interlocutor, reconhecendo as intenções implícitas nos discursos do
cotidiano e propiciando a possibilidade de um posicionamento diante deles;
•
Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por
meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o
assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;
•
Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno
amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;
•
Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da
oralidade, leitura e escrita;
•
Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao
aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais,
apropriando-se, também, da norma padrão;
•
Valorizar e reconhecer a cultura afro-brasileira como grande contribuidora
na nossa formação cultural, a fim de erradicar o preconceito racial.
2. CONTEÚDOS
2.1 CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O discurso como prática social, concretizado por meio da leitura, da oralidade e da escrita.
2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS
5.ª Série
Gêneros discursivos: álbuns de família, bilhetes, cartas, cartões postais, diálogos, convites,
fotos, relatos e experiências vividas, contos de fada, fábulas, histórias em quadrinhos, letras de
músicas, narrativas de aventura, cartazes, rótulos/embalagens e depoimentos.
Leitura:
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Léxico;
• Repetição proposital de palavras;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
Escrita:
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Argumentatividade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Divisão do texto em parágrafos;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
Oralidade:
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
6ª série
Gêneros discursivos: textos visuais: esculturas, fotos, desenhos e pinturas; mitos, lendas,
narrações descritivas, crônicas, contos, narrativas de aventuras, poemas, tiras, historias em
quadrinhos, peças teatrais, entrevistas, letras de música, paródias, artigos de opinião,
debates, reportagens.
Leitura:
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Aceitabilidade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Informações explícitas e implícitas;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Repetição proposital de palavras;
• Léxico;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
Escrita:
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica;
• Ortografia;
• Concordância verbal/nominal.
Oralidade:
• Tema do texto;
• Finalidade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
7ª série:
Gêneros discursivos: causos, comunicados, convites, provérbios, narrativas fantásticas,
textos dramáticos, debates, classificados, mapas, notícia, músicas, carta de emprego,
regimentos, telenovelas e blogs, cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,
entrevistas, reportagens.
Leitura:
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, sentido conotativo e denotativo das
palavras no texto e expressões que denotam ironia e humor no texto.
Escrita:
• Conteudo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
• Concordância verbal e nominal;
• Semântica: operadores argumentativos, ambiguidade, significado das palavras, sentido
conotativo e denotativo e expressões que denotam ironia e humor no texto.
Oralidade:
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Elementos semânticos;
• Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
8ª série
Gêneros discursivos: textos visuais: pinturas, fotos, esculturas, desenhos; crônicas,
narrativas de humor, novelas, contos, artigos de opinião, paródias, poemas, depoimentos
pessoais, reportagens, charges, letras de músicas, telejornais, resenhas, ofícios, editoriais, peças
teatrais, notícias, anúncios publicitários, seminários, resumos, entrevistas.
Leitura:
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade e situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso ideológico presente no texto;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial no texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
• Semântica: operadores argumentativos, polissemia, sentido conotativo e denotativo e
expressões que denotam ironia e humor no texto.
Escrita:
• Conteúdo temático;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Vozes sociais presentes no texto;
• Elementos composicionais do gênero;
• Relação de causa e consequência entre as partes e elementos no texto;
• Partículas conectivas do texto;
• Progressão referencial no texto;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
• Sintaxe de concordância;
• Sintaxe de regência;
• Processo de formação de palavras;
• Vícios de linguagem;
• Semântica: operadores argumentativos, modalizadores e polissemia.
Oralidade:
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Semântica: adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc.);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
3.METODOLOGIA DE ENSINO
O ensino de Língua Portuguesa tem por obrigação promover o amadurecimento do
domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, para que os estudantes compreendam e
possam interferir nas relações de poder com seus próprios pontos de vista. Esse domínio das
práticas discursivas possibilitará que o aluno modifique, aprimore, reelabore sua visão de mundo
e
tenha
voz
na sociedade,
garantindo
uma
aprendizagem
satisfatória
aos
alunos
independentemente de suas especificidades. Para tanto, a metodologia e os recursos utilizados
serão adaptados de acordo com as necessidades educacionais apresentadas pelos alunos, dentro
das possibilidades do professor e da escola.
Além disso, esse aprimoramento linguístico possibilitará que o aluno faça leitura dos
textos
que
circulam
socialmente,
identificando
neles
o
não
dito,
o
pressuposto,
instrumentalizando-o para assumir-se como sujeito cuja palavra manifesta, no contexto de seu
momento histórico e das interações aí realizadas, autonomia e singularidade discursiva. Assim, os
Desafios Educacionais Contemporâneos (Prevenção ao uso indevido de drogas, Educação para as
relações étnico-raciais, Enfrentamento à violência na escola, Educação ambiental, Educação
fiscal, História e cultura dos povos indígenas, História e cultura afro-brasileira e africana,
Cidadania e direitos humanos) serão temas dos textos de diferentes gêneros estudados no decorrer
do ano letivo, os quais serão debatidos, confrontados, a fim de garantir o desenvolvimento da
capacidade de argumentação dos alunos. Obras literárias e filmes sobre estes temas também serão
recursos explorados nas aulas de Língua Portuguesa.
Nesta perspectiva, as atividades de oralidade deverão oferecer condições ao aluno de falar
com fluência em situações formais, adequar a linguagem conforme as circunstâncias
(interlocutores, assunto, intenções); aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e,
principalmente, praticar e aprender a convivência democrática que supõe o ouvir e o falar. Assim,
as práticas da oralidade serão:
•
Apresentações de textos produzidos pelos alunos (levando em consideração a:
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto para 7ª e 8ª
séries);
•
Reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos (e sobre
a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do
texto para 7ª e 8ª séries);
•
Orientação a respeito do contexto social de uso do gênero oral selecionado;
•
Apresentações que explorem as marcas linguísticas típica da oralidade em seu uso
formal e informal;
•
Contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos
extralinguísticos, como: entonação, pausas, expressão facial e outros;
•
Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas
de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagem, entre outros;
•
Análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes (por exemplo:
diferentes jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio etc.), a fim de perceber a
ideologia dos discursos dessas esferas (para 7ª e 8ª séries).
•
Já as atividades de leitura deverão propiciar o desenvolvimento de uma atitude
crítica que leve o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar
uma atitude responsiva diante deles. Para tanto, as atividades de leitura serão:
•
Práticas de leituras de textos de diferentes gêneros;
•
Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;
•
Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
•
Discussões
sobre:
tema,
intenções,
intertextualidade,
(aceitabilidade,
informatividade, situacionalidade para 7ª serie e temporalidade, vozes sociais e
ideologia para 8ª série);
•
Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época;
•
Utilização de textos não-verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como:
gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;
•
Discussões que relacionem o tema com o contexto atual;
•
Socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
•
Identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou
expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que
dentam ironia e humor (7ª e 8ª séries);
•
Percepção de recursos utilizados para determinar causa e consequência entre as
partes e elementos do texto (7ª e 8ª séries);
•
Leituras que suscitam no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero
(8ª série);
•
Leituras para compreensão das partículas conectivas.
•
Quanto às atividades de escrita, estas deverão se realizar de modo interlocutivo,
relacionando o dizer escrito às circunstâncias de sua produção. Dessa forma, elas
serão:
•
Produção textual a partir: da delimitação do tema; do interlocutor, do gênero, da
finalidade, (aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e
ideologia para 8ª série);
•
Ampliação de leituras sobre o tema e gênero proposto;
•
Reescrita textual: revisão dos argumentos, das ideias, dos elementos que compõem
o gênero;
•
Análise da produção quanto à coerência, à coesão, à continuidade temática, à
finalidade e à adequação da linguagem ao contexto;
•
Uso de palavras ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de
expressões que denotam ironia e humor (7ª e 8ª séries);
•
Utilização adequada das partículas conectivas e de recursos de causa e
consequência entre as partes e elementos do texto (7ª e 8ª séries);
•
Entendimento do papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, nas
retomadas e na sequenciação do texto (7ª série);
•
Reflexão sobre os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
•
Em relação à literatura, esta será trabalhada de acordo com o Método
Recepcional proposto pelas DCEs, buscando efetuar leituras compreensivas e
críticas, sendo receptivo a novos textos e a leitura de outrem, questionando as
leituras efetuadas em relação a seu próprio horizonte cultural, transformando os
próprios horizontes de expectativas. Este trabalho divide-se em cinco etapas e
caberá ao professor delimitar o tempo de aplicação de cada uma delas, de acordo
com o plano docente e com a turma. Estas etapas são:
•
Determinação do horizonte de expectativas do aluno/leitor: o professor toma
conhecimento e analisa os interesses e o nível de leitura dos alunos;
•
Atendimento do horizonte de expectativas: o professor apresenta textos que
sejam próximos aos conhecimentos e às experiências dos alunos;
•
Ruptura do horizonte de expectativas: é a apresentação de obras que partem da
experiência do aluno, mas que também permitem aprofundar seus conhecimentos;
•
Questionamento do horizonte de expectativas: o professor orienta o aluno para
que este faça uma autoavaliação a partir dos textos oferecidos;
•
Ampliação do horizonte de expectativas: as leituras oferecidas ao aluno e o
trabalho efetuado a partir delas possibilitam uma reflexão e uma tomada de
consciência das mudanças e aquisições, levando-o a uma ampliação de seus
conhecimentos.
•
Já as atividades de análise linguística devem complementar as práticas de leitura,
oralidade e escrita, possibilitando a reflexão consciente sobre os fenômenos
gramaticais e textual-discursivos que perpassam os usos linguísticos. Assim, os
conteudos gramaticais deverão ser estudados a partir de seus aspectos funcionais
na constituição da unidade de sentido dos enunciados. Para tanto, as práticas de
análise linguística deverão permitir:
•
A compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do gênero, do contexto
de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos;
•
A percepção da multiplicidade de usos e funções da língua;
•
O reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de construções
textuais;
•
A reflexão sobre essas e outras particularidades linguísticas observadas no texto,
conduzindo o aluno às atividades epilinguísticas e metalinguísticas, à construção
gradativa de um saber mais elaborado, a um falar sobre a língua.
Nessa perspectiva, o trabalho com sequências didáticas será valorizado, uma vez que
através deste o aluno tem a oportunidade de desenvolver sua competência discursiva. Este
trabalho consiste no estudo de textos de diferentes gêneros textuais que fazem parte do cotidiano
dos alunos e compreende as seguintes etapas:
1ª_ plano de ação: (pré leitura) são questões orais que conduzam o aluno a descobrir qual
o gênero textual que será trabalhado, ou seja, desperta a curiosidade dele para a leitura do texto;
2ª _ plano discursivo: (leitura do texto propriamente dita). É quando o aluno realmente
explora o texto, interagindo com o autor, construindo significados para o texto, respondendo as
questões: quem produziu? Onde? Quando? Para quê? Para quem?;
3ª _ plano lingüístico-discursivo: são as atividades de estrutura da língua, ou seja, as
questões de gramática, mas de forma contextualizada;
4ª_ produção textual: é o momento que o aluno põe em prática o que aprendeu nas
etapas anteriores, produzindo um texto dentro do gênero estudado, que tenha sentido para ele, ou
seja, que seja de uso efetivo da língua.
4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO
A avaliação em Língua Portuguesa e Literatura deverá ser um processo de
aprendizagem contínuo que dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno o longo do ano
letivo.
Para tanto, a avaliação será formativa, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os
quantitativos. Além disso, a avaliação formativa, por ser diagnóstica e contínua, apontará
dificuldades, possibilitando a intervenção pedagógica durante todo tempo.
Assim, a avaliação, em Língua Portuguesa, será realizada nas práticas: leitura, escrita,
oralidade e análise linguística.
5ª série:
Na leitura, espera-se que o aluno:
•
Identifique o tema;
•
Realize leitura compreensiva do texto;
•
Localize informações explícitas no texto;
•
Posicione-se argumentativamente;
•
Amplie seu horizonte de expectativas;
•
Amplie seu léxico;
•
Identifique a ideia principal do texto.
Na escrita, espera-se que o aluno:
•
Expresse as ideias com clareza;
•
Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: às situações de
produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à continuidade temática;
•
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
•
Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade etc.;
•
Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral,
substantivo etc.
Na oralidade, espera-se que o aluno:
•
Utilize o discurso de acordo com a situação (formal/informal);
•
Apresente suas ideias com clareza, coerência e argumentatividade;
•
Compreenda argumentos no discurso do outro;
•
Explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos etc.;
•
Respeite os turnos de fala.
Na análise linguística, espera-se que o aluno:
•
Compreenda e reflita sobre o uso dos elementos linguísticos no interior dos textos;
•
Adéque seu discurso às diferentes situações de interação.
6ª série:
Na leitura, espera-se que o aluno:
•
Realize leitura compreensiva do texto;
•
Localize informações explícitas no texto;
•
Posicione-se argumentativamente;
•
Amplie seu horizonte de expectativas;
•
Amplie seu léxico;
•
Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
•
Identifique a ideia principal do texto;
•
Identifique o tema;
•
Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.
Na escrita, espera-se que o aluno:
•
Expresse as ideias com clareza;
•
Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à
continuidade temática;
•
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
•
Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade etc.;
•
Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome, numeral,
substantivo etc.
Na oralidade, espera-se que o aluno:
•
Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
•
Apresente suas ideias com clareza;
•
Expresse oralmente sua ideias de modo fluente e adequado ao gênero proposto;
•
Compreenda os argumentos no discurso do outro;
•
Exponha objetivamente seus argumentos;
•
Organize a sequência de sua fala;
•
Respeite os turnos de fala;
•
Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais
trabalhados;
•
Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões etc.
Na análise linguística, espera-se que o aluno:
•
Compreenda e reflita sobre o uso dos elementos linguísticos no interior dos textos;
•
Adéque seu discurso às diferentes situações de interação;
•
Amplie seu léxico.
7ª série:
Na leitura, espera-se que o aluno:
•
Realize leitura compreensiva do texto;
•
Localize informações explícitas e implícitas no texto;
•
Posicione-se argumentativamente;
•
Amplie seu horizonte de expectativas;
•
Amplie seu léxico;
•
Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
•
Identifique a ideia principal do texto;
•
Analise as intenções do autor;
•
Identifique o tema;
•
Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;
•
Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e
denotativo;
•
Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto;
•
Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto.
Na escrita, espera-se que o aluno:
•
Expresse suas ideias com clareza;
•
Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à
continuidade temática;
•
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
•
Utilize os recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade etc.;
•
Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome,
substantivo, adjetivo, advérbio etc.;
•
Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como expressões que indicam
ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto;
•
Entenda o papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e sequenciação do texto;
•
Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os
recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto.
Na oralidade, espera-se que o aluno:
•
Utilize do discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
•
Apresente suas ideias com clareza;
•
Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;
•
Compreenda os argumentos no discurso do outro;
•
Exponha objetivamente seus argumentos;
•
Organize a sequência de sua fala;
•
Respeite os turnos de fala;
•
Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais
trabalhados;
•
Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua materna;
•
Utilize conscientemente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação nas exposições orais,
entre outros elementos extralinguísticos;
•
Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens,
entre outros.
Na análise linguística, espera-se que o aluno:
•
Compreenda e reflita sobre o uso dos elementos linguísticos no interior dos textos;
•
Adéque seu discurso às diferentes situações de interação;
•
Amplie seu léxico;
•
Perceba os efeitos de sentido causados pelo uso de recursos linguísticos e estilísticos.
8ª série:
Na leitura, espera-se que o aluno:
•
Realize leitura compreensiva do texto;
•
Localize informações explícitas e implícitas no texto;
•
Posicione-se argumentativamente;
•
Amplie seu horizonte de expectativas;
•
Amplie seu léxico;
•
Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
•
Identifique a ideia principal do texto;
•
Analise as intenções do autor;
•
Identifique o tema;
•
Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
•
Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e
denotativo;
•
Conheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
•
Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;
•
Reconheça o estilo próprio de diferentes gêneros.
Na escrita, espera-se que o aluno:
•
Expresse suas ideias com clareza;
•
Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à
continuidade temática;
•
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
•
Utilize os recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, intertextualidade etc.;
•
Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo, pronome,
substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição etc.;
•
Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como expressões que indicam
ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto;
•
Perceba a pertinência e eu os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos, bem como os
recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
•
Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial.
Na oralidade, espera-se que o aluno:
•
Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
•
Apresente suas ideias com clareza;
•
Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;
•
Compreenda os argumentos no discurso do outro;
•
Exponha objetivamente argumentos;
•
Organize a sequência de sua fala;
•
Respeite os turnos de fala;
•
Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou nos gêneros orais
trabalhados;
•
Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões etc.;
•
Analise recursos da oralidade em entrevistas, reportagens, entre outros.
Observações:
1. Os instrumentos utilizados de avaliação serão provas escritas, trabalhos individuais e em grupos, produções
orais e escritas, debates e apresentações de trabalhos orais; devendo ser adaptados para atender as necessidades
educacionais especiais.
2. O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis
vírgula zero)
referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas mensais e
produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação ao final
do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).
3. A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma paralela durante todo o bimestre, ou
seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este será retomado,
com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados; podendo ser
oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e atendimento individual durante as horas-atividade do professor.
5. REFERÊNCIAS
CHMOSKI, Angela Mari; FINAU, Gusso e Rosana Aparecida. Língua Portuguesa rumo ao
letramento.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa para a Educação
Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação
Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da
Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios
Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino
Fundamental e Médio. Kaloré – PR.
REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e
Médio. Kaloré – PR.
COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE
LÍNGUA PORTUGUESA - ENSINO MÉDIO
KALORÉ - 2010
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino da Língua Portuguesa, desde sua implantação no Brasil, sempre atendeu aos
interesses das classes dominantes; estando, portanto, carregado de ideologias e pressupostos de
subordinação das classes menos favorecidas.
Diante de tal realidade, as Diretrizes Curriculares Nacionais propõem novos
posicionamentos em relação às práticas de ensino, seja pela discussão crítica dessas práticas, seja
pelo envolvimento direto dos professores na construção de alternativas.
Com isso, a Língua Portuguesa torna-se importante porque é através da linguagem que o
homem se reconhece como humano, interage e troca experiências, compreende a realidade em
que está inserido e o seu papel como participante da sociedade.
A linguagem, nessa concepção, é vista como de ação entre sujeitos histórica e socialmente
situados que se constituem e constituem uns aos outros em suas relações dialógicas. Na medida
em que possibilita a interação e a constituição humanas, ela pode ser considerada como trabalho e
produto do trabalho.
Desse modo, esta proposta curricular fundamenta-se na concepção que norteia o ensino de
Língua Portuguesa, que é a sóciointeracionista, em que se privilegia construção e reconstrução
verbal, e não verbal, a socialização dos conhecimentos, considerando a relação dialógica e o
contexto de produção.
Logo, o nosso objeto de estudo é a Língua e o conteudo estruturante é o discurso enquanto
prática social, concretizando-se na oralidade, leitura e escrita.
Conceituar a Língua Portuguesa, diante de uma escola do campo, torna-se necessário
resgatar a identidade cultural desses alunos, que vivem no campo e enfrentam os obstáculos que
essa realidade impõe.
Com isso, deve-se pensar o currículo como orientações para o professor e assim garantir
uma maior atenção à diversidade, valorizando a identidade, a expectativa e o interesse, a
interação e os objetivos dos alunos, atendendo com maior precisão as necessidades do alunado e
ao ritmo de aprendizado, na sociedade, em relação à Língua Materna.
A cultura afro merece destaque na Língua Portuguesa, levando em consideração o
contexto racial, a diversificação e a miscigenação, vivenciando através de mimese situações reais:
músicas, poesias, teatro, filmes, obras literárias, pesquisas da cultura afro, debates, textos
diversificados e produção textual bem como, mostra cultural.
Nesse sentido, compreender a língua como “um conjunto aberto e múltiplo de práticas
sociointeracionais, orais ou escritas, é perceber que ela não existe em si, mas só existe
efetivamente no contexto das relações sociais: ela é elemento construtivo dessas múltiplas
relações e nela se constitui continuamente”. Visto que a língua é um instrumento de construção
da identidade e capaz de contribuir para o pleno exercício da cidadania.
Tendo e vista a concepção de língua como discurso que se efetiva nas diferentes práticas
sociais, o processo de ensino-aprendizagem na disciplina de língua, busca:
•
Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a
cada contexto e interlocutor, reconhecendo as intenções implícitas nos discursos do
cotidiano e propiciando a possibilidade de um posicionamento diante deles;
•
Desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por
meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o
assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/leitura;
•
Analisar os textos produzidos, lidos e/ou ouvidos, possibilitando que o aluno
amplie seus conhecimentos linguístico-discursivos;
•
Aprofundar, por meio da leitura de textos literários, a capacidade de
pensamento crítico e a sensibilidade estética, permitindo a expansão lúdica da
oralidade, leitura e escrita;
•
Aprimorar os conhecimentos linguísticos, de maneira a propiciar acesso às
ferramentas de expressão e compreensão de processos discursivos, proporcionando ao
aluno condições para adequar a linguagem aos diferentes contextos sociais,
apropriando-se, também, da norma padrão;
•
Valorizar e reconhecer a cultura afro-brasileira como grande contribuidora
na nossa formação cultural, a fim de erradicar o preconceito racial.
2. CONTEUDOS
2.1 CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O discurso como prática social, concretizado por meio da leitura, da oralidade e da escrita
se faz através da observação e inclusão; propiciando a interação de todas as diferenças
individuais: psico- sociais,motoras e/ ou audio- visuais; possibilitando conteúdos pesquisas e
avaliação diferenciadas: de forma discursiva, oral, gestual entre outras.
Visto que as aulas de Língua materna existem efetivamente, no contexto das múltiplas
relações. Compreendendo a linguagem como instrumento de construção da identidade, e capaz de
contribuir para o pleno exercício da cidadania. E também dando ênfase à cultura afro- brasileira,
aos laços culturais do passado e do presente, que nos unem. Contribuindo para que os alunos
percebam a dinâmica histórica- cultural do fazer literário e que a boa literatura transcende os
limites de seu tempo e espaço. Focalizando vários gêneros discursivos:
Crônicas, contos, fábulas, novelas, romances, biografias, letras de músicas, ,
documentários, depoimentos, propagandas, anúncios, diálogos, fotos, narrativas de aventura,
cartazes, rótulos/embalagens, artigos de opinião, poemas, receitas, telejornais, lendas, peças
teatrais, cartas pessoais, relatos pessoais, relatórios, seminários, debates, charges, tiras, pinturas,
esculturas, fotos, cartazes, entrevistas e reportagens .
2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS
Leitura:
•
Conteúdo temático;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Temporalidade;
•
Vozes sociais presentes no texto;
•
Discurso ideológico presente no texto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Contexto de produção da obra literária;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito);
•
Progressão referencial;
•
Partículas conectivas do texto;
•
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
•
Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem, sentido conotativo e
denotativo.
Escrita:
•
Conteúdo temático;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Informatividade;
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Temporalidade;
•
Referência textual;
•
Vozes sociais presentes no texto;
•
Ideologia presente no texto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Progressão referencial;
•
Partículas conectivas;
•
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
•
Semântica: operadores argumentativos, modalizadores, figuras de linguagem, sentido conotativo e
denotativo;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos
gráficos (como aspas, travessão, negrito);
•
Vícios de linguagem;
•
Sintaxe de concordância;
•
Sintaxe de regência.
Oralidade:
•
Conteúdo temático;
•
Finalidade;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Papel do locutor e do interlocutor;
•
Elementos extralingüísticos: entonação, expressões faciais, corporais e gestuais, pausas...;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos de fala;
•
Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
•
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc.);
•
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
Análise Linguística:
•
Coesão e coerência;
•
Função dos pronomes, artigos, adjetivos, numerais, preposições, advérbios, locuções adverbiais,
conjunções, verbos, palavras interrogativas, substantivos, substantivos, discurso direto e indireto, vozes
verbais, concordância verbal e nominal, orações condicionais;
•
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
3. METODOLOGIA DE ENSINO
O ensino de Língua Portuguesa tem por obrigação promover o amadurecimento do
domínio discursivo da oralidade, da leitura e da escrita, par que os estudantes compreendam e
possam interferir nas relações de poder com seus próprios pontos de vista. Esse domínio das
práticas discursivas possibilitará que o aluno modifique, aprimore, reelabore sua visão de mundo
e tenha voz na sociedade.
Além disso, esse aprimoramento linguístico possibilitará que o aluno a leitura dos textos
que circulam socialmente, identificando neles o não dito, o pressuposto, instrumentalizando-o
para assumir-se como sujeito cuja palavra manifesta, no contexto de seu momento histórico e das
interações aí realizadas, autonomia e singularidade discursiva.
Nesta perspectiva, as atividades de leitura deverão propiciar o desenvolvimento de uma
atitude crítica que leve o aluno a perceber o sujeito presente nos textos e, ainda, tomar uma
atitude responsiva diante deles. Para tanto, as atividades de leitura serão:
I. Práticas de leituras de textos de diferentes gêneros;
II. Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;
III. Questionamentos que possibilitem inferências sobre o texto;
IV. Discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade, aceitabilidade,
informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;
V. Contextualização da produção: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época
referência à obra literária, exploração dos estilos do autor, da época, situação do
momento de produção da obra e diálogo com o momento atual, bem como com outras
áreas do conhecimento;
VI. Utilização de textos não-verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como:
gráficos, fotos, imagens, mapas e outros;
VII.
Discussões que relacionem o tema com o contexto atual;
VIII.
Socialização das ideias dos alunos sobre o texto;
IX. Identificação e reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões
no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que dentam ironia e
humor;
X. Leituras que suscitam no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada gênero;
XI. Análises para estabelecer a progressão referencial do texto;
XII.
Leituras para compreensão das partículas conectivas.
Quanto às atividades de escrita, estas deverão se realizar de modo interlocutivo,
relacionando o dizer escrito às circunstâncias de sua produção. Dessa forma, elas serão:
•
Produção textual a partir: da delimitação do tema; do interlocutor, do gênero, da
finalidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e
ideologia;
•
Uso adequado de palavras e expressões para estabelecer a referência textual;
•
Utilização adequada das partículas conectivas;
•
Ampliação de leituras sobre o tema e gênero proposto;
•
Reescrita textual: revisão dos argumentos, das ideias, dos elementos que compõem
o gênero (por exemplo: se for um artigo de opinião, observar se há uma questão
problema, se apresenta defesa de argumentos, se a linguagem está apropriada, se
há continuidade temática etc.);
•
Uso de palavras ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de
expressões que denotam ironia e humor;
•
Produções que suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada
gênero;
•
Utilização de recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do
texto;
•
Análise da produção textual quanto à coerência, coesão, continuidade temática,
finalidade e adequação da linguagem ao contexto;
•
Reflexão sobre os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos na
reescrita dos textos.
Já as atividades de oralidade deverão oferecer condições ao aluno de falar com fluência
em situações formais, adequar a linguagem conforme as circunstâncias (interlocutores, assunto,
intenções); aproveitar os imensos recursos expressivos da língua e, principalmente, praticar e
aprender a convivência democrática que supõe o ouvir e o falar. Assim, as práticas da oralidade
serão:
•
Apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração a:
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;
•
Reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos (e sobre
a utilização dos recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do
texto;
•
Orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
•
Apresentações que explorem as marcas linguísticas típica da oralidade em seu uso
formal e informal;
•
Contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos
extralingüísticos, como: entonação, pausas, expressão facial e outros;
•
Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como:
seminários, telejornais, entrevistas, reportagens, entre outros;
•
Análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes (por exemplo:
diferentes jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio etc.), a fim de perceber a
ideologia dos discursos dessas esferas.
Em relação à literatura, esta será trabalhada de acordo com o Método Recepcional
proposto pelas DCEs, buscando efetuar leituras compreensivas e críticas, sendo receptivo a novos
textos e a leitura de outrem, questionando as leituras efetuadas em relação a seu próprio horizonte
cultural, transformando os próprios horizontes de expectativas. Este trabalho divide-se em cinco
etapas e caberá ao professor delimitar o tempo de aplicação de cada uma delas, de acordo com o
plano docente e com a turma. Estas etapas são:
•
Determinação do horizonte de expectativas do aluno/leitor: o professor toma
conhecimento e analisa os interesses e o nível de leitura dos alunos;
•
Atendimento do horizonte de expectativas: o professor apresenta textos que
sejam próximos aos conhecimentos e às experiências dos alunos;
•
Ruptura do horizonte de expectativas: é a apresentação de obras que partem da
experiência do aluno, mas que também permitem aprofundar seus conhecimentos;
•
Questionamento do horizonte de expectativas: o professor orienta o aluno para
que este faça uma autoavaliação a partir dos textos oferecidos;
•
Ampliação do horizonte de expectativas: as leituras oferecidas ao aluno e o
trabalho efetuado a partir delas possibilitam uma reflexão e uma tomada de
consciência das mudanças e aquisições, levando-o a uma ampliação de seus
conhecimentos.
Já as atividades de análise linguística devem complementar as práticas de leitura,
oralidade e escrita, possibilitando a reflexão consciente sobre os fenômenos gramaticais e textualdiscursivos que perpassam os usos linguísticos. Assim, os conteúdos gramaticais deverão ser
estudados a partir de seus aspectos funcionais na constituição da unidade de sentido dos
enunciados. Para tanto, as práticas de análise linguística deverão permitir:
•
A compreensão das semelhanças e diferenças, dependendo do gênero, do contexto
de uso e da situação de interação, dos textos orais e escritos;
•
A percepção da multiplicidade de usos e funções da língua;
•
O reconhecimento das diferentes possibilidades de ligações e de construções
textuais;
•
A reflexão sobre essas e outras particularidades linguísticas observadas no texto,
conduzindo o aluno às atividades epilinguísticas e metalinguísticas, à construção
gradativa de um saber mais elaborado, a um falar sobre a língua.
Nessa perspectiva, o trabalho com sequências didáticas será valorizado, uma vez que
através deste o aluno tem a oportunidade de desenvolver sua competência discursiva. Este
trabalho consiste no estudo de textos de diferentes gêneros textuais que fazem parte do cotidiano
dos alunos e compreende as seguintes etapas:
1ª_ plano de ação: (pré leitura) são questões orais que conduzam o aluno a descobrir qual
o gênero textual que será trabalhado, ou seja, desperta a curiosidade dele para a leitura do texto;
2ª _ plano discursivo: (leitura do texto propriamente dita). É quando o aluno realmente
explora o texto, interagindo com o autor, construindo significados para o texto, respondendo as
questões: quem produziu? Onde? Quando? Para quê? Para quem?;
3ª _ plano lingüístico-discursivo: são as atividades de estrutura da língua, ou seja, as
questões de gramática, mas de forma contextualizada;
4ª_ produção textual: é o momento que o aluno põe em prática o que aprendeu nas
etapas anteriores, produzindo um texto dentro do gênero estudado, que tenha sentido para ele, ou
seja, que seja de uso efetivo da língua.
4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO
A avaliação em Língua Portuguesa e Literatura deverá ser um processo de
aprendizagem contínuo que dê prioridade à qualidade e ao desempenho do aluno o longo do ano
letivo.
Para tanto, a avaliação será formativa, prevalecendo os aspectos qualitativos sobre os
quantitativos. Além disso, a avaliação formativa, por ser diagnóstica e contínua, apontará
dificuldades, possibilitando a intervenção pedagógica durante todo tempo.
Assim, a avaliação, em Língua Portuguesa, será realizada nas práticas: leitura, escrita,
oralidade e análise linguística.
Na leitura, espera-se que o aluno:
•
Efetue leitura compreensiva, global, crítica e analítica de textos verbais e não-verbais;
•
Localize informações explícitas e implícitas no texto;
•
Produza inferências a partir de pistas textuais;
•
Posicione-se argumentativamente;
•
Amplie seu léxico;
•
Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
•
Identifique a ideia principal do texto;
•
Analise as intenções do autor;
•
Identifique o tema;
•
Referente à obra literária, amplie seu horizonte de expectativas, perceba os diferentes
estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o contexto histórico
atual;
•
Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
•
Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido
conotativo e denotativo;
•
Reconheça e utilize os recursos para determinar causa e consequência entre as partes e
elementos do texto;
•
Reconheça as palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;
•
Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.
Na escrita, espera-se que o aluno:
•
Expresse ideias com clareza;
•
Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor,
finalidade...), à continuidade temática;
•
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
•
Use recursos textuais como: coesão, coerência, informatividade, intertextualidade etc.;
•
Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo,
pronome, substantivo, adjetivo, advérbio, verbo, preposição, conjunção etc.;
•
Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como
expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto;
•
Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos,
bem como os recursos de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
•
Reconheça palavras e/ou expressões que estabelecem a progressão referencial;
•
Entenda o estilo, que é próprio de cada gênero.
Na oralidade, espera-se que o aluno:
•
Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
•
Apresente ideias com clareza;
•
Obtenha fluência na exposição oral, em adequação ao gênero proposto;
•
Compreenda argumentos no discurso do outro;
•
Exponha objetivamente seus argumentos e defenda claramente suas ideias;
•
Organize a sequência da fala de modo que as informações não se percam;
•
Respeite os turnos de fala;
•
Analise, contraponha, discuta os argumentos apresentados pelos colegas em suas
apresentações e/ou nos gêneros orais trabalhados;
•
Contra-argumente ideias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas
redondas, diálogos etc.;
•
Utilize de forma intencional e consciente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e
entonação nas exposições orais, entre outros elementos extralingüísticos.
Na análise linguística, espera-se que o aluno:
•
Utilize, adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos
pronomes etc.;
•
Utilize as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo.
Observações:
1. Os instrumentos utilizados para a concretização das avaliações acima serão
especificados no plano de trabalho docente de acordo com cada série.
2. O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis
vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas
mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação
ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).
3. A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma paralela durante
todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado,
este será retomado, com atividades significativas, por meio de procedimentos didáticometodológicos diversificados; podendo ser oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e
atendimento individual durante as horas-atividade do professor.
5. REFERÊNCIAS
CHMOSKI, Angela Mari; FINAU, Gusso e Rosana Aparecida. Língua Portuguesa rumo ao
letramento.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Portuguesa para a Educação
Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação
Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da
Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios
Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino
Fundamental e Médio. Kaloré – PR.
REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e
Médio. Kaloré – PR.
COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA
ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO
KALORÉ - 2010
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O Ensino Fundamental tem como objetivo a formação básica do cidadão mediante: o
desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o domínio da leitura, da
escrita e do cálculo, o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem.
O ensino da cultura brasileira aponta para a necessidade de desenvolver um trabalho
voltado para a valorização da história e cultura Afro-brasileira e indígena, estabelecendo assim
um compromisso com a educação étnico-racial. Destina-se a todos os cidadãos comprometidos
com a educação visando a formação para a cidadania na construção de uma sociedade justa e
transformadora.
É importante entender a história da matemática no contexto da prática escolar como
componente necessário de um dos objetivos primordiais da disciplina, os conteúdos estruturantes
compreendem a natureza da Matemática e sua relevância na vida da humanidade. A abordagem
histórica deve vincular as descobertas matemáticas aos fatos sociais e políticos, as circunstâncias
históricas e às correntes filosóficas que determinaram o pensamento e influenciaram o avanço
científico de cada época.
A história da matemática é um elemento orientador na elaboração de atividades na criação
das situações-problema, na busca de referências para compreender melhor os conceitos
matemáticos. Possibilita ao aluno analisar e discutir razões para a aceitação de determinados
fatos, raciocínios e procedimentos.
A Matemática é uma das mais importantes ferramentas da sociedade moderna, apropriar
dos conceitos e procedimentos matemáticos básicos contribui para a formação do futuro cidadão,
que se engajará no mundo do trabalho, das relações sociais, culturais e políticas.
Para exercer plenamente a cidadania, é preciso saber contar, comparar, medir, calcular,
resolver problemas, construir estratégias, comprovar e justificar resultados, argumentar
logicamente, conhecer formas geométricas, organizar, analisar e interpretar criticamente as
informações, localizar, representar, etc.
Perceber isso é compreender o mundo à nossa volta e poder atuar nele. É preciso que o
conhecimento informal, cultural, se incorpore ao trabalho matemático escolar, diminuindo a
distância entre a Matemática da escola e a Matemática da vida.
Portanto apresenta os conteúdos organizados, o que permite que os assuntos possam ser
trabalhados de forma articulada. Essa organização também evita que um assunto precise ser
esgotado num determinado momento, tornando o desenvolvimento dos conteúdos e
aprendizagem mais dinâmicos.
Com essa organização, o professor poderá alcançar os objetivos traçados e assim, os
alunos têm oportunidade de ampliar assuntos e compreender as ideias matemáticas que estão
sendo trabalhadas.
Sendo organizada por meio de símbolos, a matemática torna-se uma linguagem e
instrumento importante para a resolução e compreensão dos problemas e necessidades sociais
dentro de cada contexto.
Esses conhecimentos são considerados como instrumentos de compreensão e intervenção
para a transformação da sociedade.
Assim, o trabalho com a disciplina de matemática promoverá o desenvolvimento da
consciência crítica, provocando alterações de concepções e atitudes, permitindo a interpretação
do mundo e a compreensão das relações sociais.
A matemática permite que se processe a percepção do valor científico da matemática,
fazendo a relação entre a teoria (abstrata, plena de conceitos e definições) e a prática( concreta,
plena de atividades explicativas do cotidiano).
A busca de diferentes metodologias para subsidiar a prática pedagógica, implantará na
contribuição para o desenvolvimento dos alunos, no que se refere aos conceitos fundamentais e
conhecimentos matemáticos que proporcionem uma melhor compreensão da sua realidade e da
realidade do aluno.
''Nesse contexto, sistematizar o conhecimento matemático é o papel da escola. Contribuir
na aproximação de que as diferenças sejam minimizadas. Auxiliar na utilização das tecnologias
existentes, possibilitando o acesso a espaços profissionais, no que se refere à criação e o uso
dessas tecnologias.
O objeto de estudo desse conhecimento ainda está em construção, porém, está centrado na
prática pedagógica e engloba as relações entre o ensino, a aprendizagem e o conhecimento
matemático (FIORENTINI & LORENZATO, 2001), e envolve o estudo de processos que
investigam como o estudante compreende e se apropria da própria Matemática “concebida como
um conjunto de resultados, métodos, procedimentos, algoritmos etc.” (MIGUEL & MIORIM,
2004, p. 70.
Investiga,
também,
como
o
aluno,
por
intermédio
do
conhecimento
matemático,desenvolve valores e atitudes de natureza diversa, visando a sua formação integral
como cidadão. Aborda o conhecimento matemático sob uma visão histórica, de modo que os
conceitos são apresentados, discutidos, construídos e reconstruídos, influenciando na formação
do pensamento do aluno.
2. CONTEÚDOS
2.1 CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
• NÚMEROS E ÁLGEBRA
Os números estão presentes na vida do homem desde tempos “remotos como os do
começo da idade da pedra, o paleolítico” (STRUIK, 1997,P.29). A passagem do estágio de coleta
para a produção de alimentos, por meio da atividade agrícola, foi uma transformação
fundamental, que gerou processos acerca do conhecimento de valores e numéricos e de relações
espaciais.
A álgebra é um campo do conhecimento matemático que se formou sob contribuições de
diversas culturas. Pode mencionar que álgebra egípcia, babilônia, grega, chinesa, hindu, arábica
e da cultura europeia renascentista. Cada uma evidenciou elementos característicos que
expressam o pensamento algébrico de cada cultura. Com Diofanto, no século III d.C., fez-se o
primeiro sistemático de símbolo algébrico. Tal sistematização foi significativa, pois estabeleceu
uma notação algébrica bem desenvolvida para resolver problemas mais complexos, antes não
abordados.
• GRANDEZAS E MEDIDAS
O homem, no decorrer da história, deparou-se com noções de maior e menor, de antes e
depois, e com isso passou a realizar comparações entre espaços e entre períodos de tempo
necessitando estabelecer valores qualitativos e quantitativos. Ou seja, para que pudesse ter uma
visão da realidade, o ser humano precisou medir criar instrumentos de medida. “ A ação de medir
é uma faculdade inerente ao homem, faz se parte de seus atributos de inteligência” (SILVA,
2004, p.35). Para Machado, “ a necessidade de medir é quase tão antiga quanto a necessidade de
contar” (2000, p. 08).
• GEOMETRIAS
No Ensino Fundamental, a geometria tem o espaço com a referência, de modo que o aluno
consiga analisar e perceber seus objetos para, então, representar. Já no Ensino Médio, deve
garantir ao aluno o aprofundamento dos conceitos da geometria plana e espacial em nível de
abstração mais complexos. Nesse nível de ensino, os alunos realizaram análises dos elementos
que estruturam a geometria euclidiana, através da representação algébrica, ou seja, a geometria
analítica plana.
• FUNÇÕES
Para o Ensino Fundamental, o Conteúdo Estruturante Funções engloba os seguintes
conteúdos:
•
função afim
•
função quadrática
Para o Ensino Médio, o Conteúdo Estruturante Funções engloba os conteúdos:
•
função afim
•
função quadrática
•
função polinomial
•
função exponencial
•
função logarítmica
•
função trigonométrica
•
função modular
•
progressão aritmética
•
progressão geométrica
No Ensino Fundamental, na abordagem do Conteúdo Estruturante Funções, é necessário
que o aluno elabore o conhecimento da relação de dependência entre duas grandezas. É preciso
que compreenda a estreita relação das funções com a Álgebra, o que permite a solução de
problemas que envolvem números não conhecidos.
O aluno deve conhecer as relações entre variável independente e dependente, os valores
numéricos de uma função, a representação gráfica das funções afim e quadrática, perceber a
diferença entre função crescente e decrescente. Uma maneira de favorecer a construção de tais
conhecimentos é a utilização de situações problema.
As abordagens do Conteúdo Funções no Ensino Médio devem ser ampliadas e
aprofundadas de modo que o aluno consiga identificar regularidades, estabelecer generalizações e
apropriar
de uma linguagem matemática para descrever e interpretar fenômenos ligados à
Matemática e a outras áreas do conhecimento. O estudo das Funções ganha relevância na leitura e
interpretação da linguagem gráfica que favorece a compreensão do significado das variações das
grandezas envolvidas.
• TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO
O tratamento da informação é um conteúdo estruturante que contribui para o
desenvolvimento de condições de leitura crítica dos fatos ocorridos na sociedade e para
interpretação de tabelas e gráficos que, de modo geral, são usados para apresentar ou descrever
informações.
5ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Número e Álgebra
- Sistemas de numeração;
- Números Naturais;
- Múltiplos e divisores;
- Potenciação e radiciação;
- Números fracionários;
- Números decimais.
Grandezas e Medidas
- Medidas de comprimento;
- Medidas de massa;
- Medidas de área;
- Medidas de volume;
- Medidas de tempo;
- Medidas de ângulos;
- Sistema monetário. padronizadas;
Geometrias
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial.
Tratamento da informação
- Dados, tabelas e gráficos;
- Porcentagem.
6ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Número e Álgebra
- Números Inteiros;
- Números Racionais;
- Equação e Inequação do 1º grau
- Razão e proporção;
- Regra de três simples.
Grandezas e Medidas
- Medidas de temperatura;
- Medidas de ângulos
Geometrias
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometrias não-euclidianas
Tratamento da informação
- Pesquisa Estatística;
- Média Aritmética;
- Moda e mediana;
- Juros simples.
7ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Número e Álgebra
- Números Racionais e Irracionais;
- Sistemas de Equações do 1º grau;
- Potências;
- Monômios e Polinômios;
- Produtos Notáveis.
Grandezas e Medidas
- Medidas de comprimento;
- Medidas de área;
- Medidas de volume;
- Medidas de ângulos
Geometrias
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
- Geometrias não-euclidianas.
Tratamento da informação
- Gráfico e Informação;
- População e Amostra.
8ª SÉRIE
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Número e Álgebra
- Números Reais;
- Propriedades dos radicais;
- Equação do 2º grau;
-Teorema de Pitágoras;
- Equações Irracionais;
- Equações Biquadradas;
- Regra de três Composta.
Grandezas e Medidas
- Relações Métricas no Triângulo Retângulo;
- Trigonometria no Triângulo Retângulo.
Funções
- Noção Intuitiva de Função Afim;
- Noção Intuitiva de Função Quadrática.
Geometrias
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
- Geometria não-euclidianas.
Tratamento da informação
- Noção de Análise Combinatória;
- Noção de Probabilidade;
- Estatística;
- Juro Composto.
ENSINO MÉDIO
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
Números e Álgebra
- Números Reais;
- Números Complexos;
- Sistemas lineares;
- Matrizes e Determinantes;
- Polinômios;
- Equações e Inequações Exponenciais,
logarítmicas e Modulares.
Grandezas e Medidas
- Medidas de Área;
- Medidas de Volume
- Medidas de Grandezas
Vetoriais;
- Medidas de Informática;
- Medidas de Energia;
- Trigonometria.
Funções
- Função Afim;
- Função Quadrática;
- Função Polinomial;
- Função Exponencial;
- Função Logarítmica;
- Função Trigonométrica;
- Função Modular;
- Progressão Aritmética;
- Progressão Geométrica.
Geometrias
- Geometria Plana;
- Geometria Espacial;
- Geometria Analítica;
- Geometrias não-euclidianas.
Tratamento da Informação
- Análise Combinatória;
- Binômio de Newton;
- Estudo das Probabilidades;
- Estatística;
- Matemática Financeira.
3. METODOLOGIA DE ENSINO
Para adotar uma linha de ação que contemple não apenas os conteúdos apresentados nos
livros de matemática, mas também os conhecimentos trazidos pelo aluno, o professor deverá
promover um ensino contextualizado para a formação dos conceitos a fim de possibilitar ao aluno
o entendimento da matemática como instrumento para compreender e solucionar os problemas do
cotidiano. Nesse processo, a matemática será compreendida como sendo capaz de ajudar a
solucionar os problemas apresentados pela sociedade.
O professor fará uso de encaminhamentos metodológicos variados, tais como:modelagem
matemática, etnomatemática, resolução de problemas, jogos, recursos tecnológicos, história da
matemática e desenvolvimento de projetos que aproximem a teoria e a prática, para que o aluno
possa associar o conhecimento matemático aos diversos contextos sociais históricos e culturais.
Os conteúdos, trabalhados de forma não-linear, proporcionam ao aluno a possibilidade de
desenvolver a capacidade de observar, pensar, estabelecer relações, analisar, interpretar, estimar,
justificar, argumentar, verificar, generalizar, concluir e abstrair. Dessa forma, serão estimuladas
no aluno a intuição, a analogia e as formas de raciocínio indutivo e dedutivo.
No que se refere às dificuldades individuais encontradas na prática da matemática, os
alunos deverão ser atendidos conforme suas especificidades, através de um olhar diferenciado e
individualizado, com o intuito de promover a democratização do saber.
A matemática, nesse sentido, simboliza a compreensão das relações cotidianas que
interferem na produção do conhecimento. Assim, temáticas que se referem aos Desafios
Educacionais Contemporâneos, como uso indevido de drogas, violência, diversidade cultural,
dentre outros assuntos, podem permear as aulas de matemáticas, principalmente no eixo
tratamento de informação, por meio de uma leitura de mundo, com vistas a efetivação de
análises, reflexões e instigando a tomada de atitudes concernentes à promoção da cidadania.
A matemática poderá contextualizar a geometria resgatando e valorizando a arquitetura
africana, fato que incidirá na concepção das contribuições da cultura africana para o mundo,
desde a antiguidade até os dias atuais.
4. AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO
A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino e aprendizagem. Subsidiará o
professor para uma reflexão contínua sobre a sua prática, a criação de novos instrumentos de
trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como
adequado para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo. Para o aluno pode ser
considerada como instrumento de tomada de consciência de sua conquista, dificuldades e
possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender.
Ë fundamental a utilização de diferentes linguagens, como a verbal, a oral, a escrita,a
gráfica, a numérica, a pictória, de forma a se considerar as diferente aptidões dos alunos.
Considerando estes fatos, o professor realizará a avaliação por meio da:
Resolução (pelos alunos) de problemas (de forma individual, em duplas ou em grupo),
com justificativa do procedimento utilizado. A resolução de um problema envolve: compreender
a situação por meio da leitura e interpretação, não ter a solução pronta de início, querer resolver a
situação proposta, identificar o que precisa ser resolvido (calculado) e quais informações utilizar,
planejar a solução, interpretar os resultados e analisar se eles são razoáveis ou não dentro do
contexto e validar a solução,de atividades que tenham objetivos variados e possam ser
trabalhadas em diversos momentos. Essas atividades podem ser questões abertas, cuja intenção é
levar o aluno a perceber pelo enunciado, que a solução procurada não segue um modelo
padronizado. As atividades também podem exigir justificativas escritas ou orais, com o objetivo
de verificar a autonomia matemática adquirida pelos alunos. É importante que os alunos se
acostumem a apresentar argumentos matemáticos justificando os procedimentos utilizados para
resolver as atividades. Desse modo, aprendem a validar o raciocínio matemático que utilizam
independentemente da opinião do professor. As atividades podem ser inventadas pelos alunos
( individualmente ou em grupo). A oportunidade de formular questões possibilita aos alunos
atingirem um nível de conhecimento matemático mais elaborado e completo do que quando
simplesmente resolvem as questões propostas.
Quando da realização de atividades específicas de avaliação (testes e provas), é
importante esclarecer aos alunos o que se pretende avaliar, para que eles estejam atentos a esses
aspectos. As questões propostas nesse modelo de avaliação devem ser coerentes ao trabalho
pedagógico desenvolvido em sala de aula.
A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente do nível de
apropriação dos conhecimentos básicos.
A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao processo
ensino e aprendizagem.
O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis
vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas
mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação
ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).
5. REFERÊNCIAS
BOYER, Carl Benjamin. História da Matemática. São Paulo: Editora Edgard Blucher, 1996.
BRASIL, Ministério da Educação e do Deporto. Parâmetros Curriculares Nacionais:
Matemática. Secretaria da Educação Fundamental, vol.III, Brasília, 1997, p. 19-58.
KAMII, Constance; DECLARK, Georgia. Reinventando a Aritmética: Implicações da Teoria
de Peaget. 9ª edição. Campinas – SP: Editora Papirus, 1994, p. 23-67.
MOURA. E. G. DE. Os JOGOS E A Educação Matemática. São Pulo – SP: artes Gráficas,
1991.
NETO, Ernesto Rosa. Didática da Matemática. 11ª edição, São Paulo: Editora Ática, 1998,
p.136-153.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica.
Diretrizes Curriculares Estaduais de Matemática para a Educação Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica.
Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de
Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.
PILETTI, Nelson. Psicologia Educacional. 2ª edição, São Paul - SP: Editora àtica, 1985.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio.
Kaloré – PR.
REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e
Médio. Kaloré – PR.
TOLEDO, Marília; TOLEDO, Mauro. Didática da Matemática com Dois e Dois. 1ª a 4ª série.
São Paulo: Editora FDA, 1997, p.221-235.
VYGOTSKY, Lev Seminovich. A Formação Social da Mente. São Paulo: Editora Martins
Fontes, 1984.
COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO FUNDAMENTAL E
MÉDIO.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA
KALORÉ – 2010
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A humanidade desde sempre tenta entender como funciona a natureza. As ciências
naturais têm permitido, através de seus instrumentos e métodos; conhecer a realidade externa
bem além do alcance de uma mente individual e dos sentidos.
"A ciência é uma construção completamente humana, movida pela fé de que, se
sonharmos, insistirmos em descobrir, explicarmos e sonharmos de novo, o mundo de algum
modo se tornará mais claro e toda a estranheza do universo se mostrará interligada e com
sentido." (E. O. Wilson)
Um dos objetivos da disciplina é de que o jovem reconheça o valor da ciência na busca do
conhecimento da realidade objetiva e se utilize dele no seu cotidiano.
A Química é a ciência da matéria e de suas transformações estudada através das diferentes
propriedades macroscópicas que os elementos existentes na natureza apresentam, procurando
explicar o seu comportamento ao nível microscópico.
Acredita-se numa abordagem de ensino de Química voltada à construção e
reconstrução de significados dos conceitos científicos nas atividades em sala de aula
(MALDANER, 2003, p. 144). O ensino de Química, na perspectiva conceitual,retoma a cada
passo o conceito estudado, na intenção de construí-lo com a ajuda de outros conceitos
envolvidos, dando-lhe significado em diferentes contextos. Isso ocorre por meio da inserção do
aluno na cultura científica, seja no desenvolvimento de práticas experimentais, na análise de
situações cotidianas, e ainda na busca de relações da Química com a sociedade e a tecnologia.
Isso implica compreender o conhecimento científico e tecnológico para além do domínio estrito
dos conceitos de Química.
Nestas Diretrizes, propõe-se que a compreensão e a apropriação do conhecimento
químico aconteçam por meio do contato do aluno com o objeto de estudo da Química: as
substâncias e os materiais. Esse processo deve ser planejado, organizado e dirigido pelo professor
numa relação dialógica, em que a aprendizagem dos conceitos químicos constitua apropriação de
parte do conhecimento científico, o qual, segundo Oliveira (2001), deve contribuir para a
formação de sujeitos que compreendam e questionem a ciência do seu tempo.
Para alcançar tal finalidade, uma proposta metodológica é a aproximação do aprendiz com
o objeto de estudo químico, via experimentação.
No ensino tradicional, a atividade experimental ilustra a teoria, que serve para verificar
conhecimentos e motivar os alunos. As aulas de laboratório seguem.
O desenvolvimento desta ciência tem permitido ao homem não só controlar certas
transformações conhecidas mas também obter um número cada vez maior de novos materiais. Os
tecidos das roupas que usamos, as borrachas sintéticas, os plásticos, a obtenção de metais e de
ligas metálicas, os medicamentos, os sabões e detergentes biodegradáveis, a utilização dos
combustíveis, os materiais usados nas construções de casas, móveis, embarcações, aviões,
computadores, eletrodomésticos, etc., são exemplos da importância e da enorme aplicação dos
processos químicos em nossa vida.
A sociedade está em constante transformação e a escola não pode ficar à margem das
grandes mudanças que estão a ocorrer. É então necessário um ensino que não se limite a um
conjunto de fatos e conceitos, mais ao menos relacionados entre si, mas que provoque alterações
do comportamento dos alunos, que os levem a reconhecer as potencialidades da Ciência e que os
prepare de uma forma mais eficaz para as exigências da sociedade atual.
A implementação das Tecnologias de Informação e Comunicação nas escolas representa
um dos maiores desafios de inovação pedagógica e tecnológica enfrentado pelos sistemas de
educação em todo o mundo. A sua integração é um meio auxiliar bastante poderoso para ensinar
e aprender Ciência e poderá modernizar o processo de ensino- -aprendizagem desde que a escola
acompanhe as transformações sociais.
A responsabilidade pela mudança pertence a todos, mas o professor só conseguirá evoluir
se for ao mesmo tempo professor e aprendiz, criador de ambientes de aprendizagem que
permitam a produção de novos conhecimentos.
Buscar diferentes metodologias para embasar o seu fazer pedagógico, desenvolvendo nos
seus alunos conceitos fundamentais e conhecimentos científicos que lhes proporcionam uma
melhor compreensão da sua realidade e das realidades do aluno. Desenvolver a consciência
crítica, provocando alterações de concepções e atitudes, permitindo a interpretação do mundo e a
compreensão das relações sociais.
Perceber o valor científico da química , fazendo a relação entre a teoria (abstrata, plena
de conceitos e definições) e a prática (concreta, plena de atividades explicativas do cotidiano).
Sistematizar o conhecimento científico é papel da escola. Contribuir na aproximação de
que as diferenças sejam minimizadas.
Auxiliar na utilização das tecnologias existentes,
possibilitando o acesso a espaços profissionais, no que se refere à criação e ao uso dessas
tecnologias.
De acordo com a concepção teórica assumida, são apontados os Conteúdos Estruturantes
da Química para Ensino Médio, considerando seu objeto de estudo/ ensino: Substâncias e
Materiais. O objeto de estudo da Química (Substâncias e Materiais) é sustentado pela tríade
Composição, Propriedades e Transformações, presente nos conteúdos estruturantes Matéria e sua
natureza, Biogeoquímica e Química Sintética.
2. CONTEÚDOS
2.1CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
MATÉRIA E SUA NATUREZA
É o conteúdo estruturante que dá início ao trabalho pedagógico da disciplina de Química
por se tratar especificamente de seu objeto de estudo: Matéria e sua natureza. É ele que abre o
caminho para um melhor entendimento dos demais
conteúdos estruturantes.
BIOGEOQUÍMICA
Biogeoquímica é a parte da Geoquímica que estuda a influência dos seres vivos sobre a
composição química da Terra, caracteriza-se pelas interações existentes entre hidrosfera, litosfera
e atmosfera e pode ser bem explorada a partir dos ciclos biogeoquímicos (RUSSEL, 1986, p. 02).
Adota-se o termo biogeoquímica como forma de entender as complexas relações
existentes entre a matéria viva e não viva da biosfera, suas propriedades e modificações ao longo
dos tempos para aproximar ou interligar saberes biológicos, geológicos e químicos.
Assim, a partir da descoberta da íntima relação entre o crescimento das plantas e o uso do
esterco, por exemplo, percebeu-se a importância do reuso do solo por meio de fertilizantes que
mais tarde seriam produzidos em laboratório.
QUÍMICA SINTÉTICA
Esse conteúdo estruturante tem sua origem na síntese de novos produtos e materiais
químicos e permite o estudo dos produtos farmacêuticos, da indústria alimentícia (conservantes,
acidulantes, aromatizantes, edulcorantes), dos fertilizantes e dos agrotóxicos.
O conhecimento científico químico, atrelado ao conhecimento técnico, favorece o
desenvolvimento de numerosas indústrias. A fabricação de substâncias e materiais, desenvolvida
na indústria química após a Revolução Industrial, possibilitou um aumento notável no
crescimento das indústrias de petróleo e derivados, entre eles os plásticos e vários tipos de
polímeros.
2.2CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
Matéria e sua natureza
Biogeoquímica
Química Sintética
CONTEÚDOS BÁSICOS
MATÉRIA
• Constituição da matéria;
• Estados de agregação;
• Natureza elétrica da matéria;
• Modelos atômicos (Rutherford, Thomson, Dalton, Bohr...).
• Estudo dos metais.
• Tabela Periódica.
SOLUÇÃO
• Substância: simples e composta;
• Misturas;
• Métodos de separação;
• Solubilidade;
• Concentração;
• Forças intermoleculares;
• Temperatura e pressão;
• Densidade;
• Dispersão e suspensão;
• Tabela Periódica.
VELOCIDADE DAS REAÇÕES
• Reações químicas;
• Lei das reações químicas;
• Representação das reações químicas;
• Condições fundamentais para ocorrência das reações químicas. (natureza dos reagentes, contato entre os reagentes, teoria de colisão)
• Fatores que interferem na velocidade das reações (superfície de contato, temperatura, catalisador, concentração dos reagentes, inibidores);
• Lei da velocidade das reações químicas;
• Tabela Periódica.
EQUILÍBRIO QUÍMICO
• Reações químicas reversíveis;
• Concentração;
• Relações matemáticas e o equilíbrio químico (constante de
equilíbrio);
• Deslocamento de equilíbrio (princípio de Le Chatelier): concentração,
pressão, temperatura e efeito dos catalizadores;
• Equilíbrio químico em meio aquoso (pH, constante de ionização, Ks ).
• Tabela Periódica
CONTEÚDOS
ESTRUTURANTES
Matéria e sua natureza
Biogeoquímica
Química Sintética
CONTEÚDOS BÁSICOS
LIGAÇÃO QUÍMICA
• Tabela Periódica;
• Propriedades dos materiais;
• Tipos de ligações químicas em relação as propriedades dos materiais;
• Solubilidade e as ligações químicas;
• Interações intermoleculares e as propriedades das substancias moleculares;
• Ligações de Hidrogênio;
• Ligação metálica (elétrons semi-livres);
• Ligações sigma e PI;
• Ligações polares e apolares;
• Alotropia.
REAÇÕES QUÍMICAS
• Reações de Oxi-redução;
• Reações exotérmicas e endotermicas;
• Diagramas das reações exotérmicas e endotermicas;
• Variação de entalpia;
• Calorias;
• Equações termoquimicas;
• Princípios da termodinâmica;
• Lei de Hess;
• Entropia e energia livre;
•Calorimetria;
• Tabela Periódica.
RADIOATIVIDADE
• Modelos atômicos (Rutherford);
• Elementos químicos (radioativos);
• Tabela Periódica;
• Reações Químicas;
• Velocidades das reações;
• Emissões radioativas;
• Leis da radioatividade;
• Cinética das reações químicas;
• Fenômenos radioativos (fusão e fissão nuclear).
GASES
• Estados físicos da matéria;
• Tabela Periódica;
• Propriedades dos gases (densidade/ difusão e efusão, pressão x temperatura, pressão x volume e temperatura x volume);
• Modelo de partículas para os materiais gasosos;
• Misturas Gasosas;
• Diferença entre gás e vapor;
• Leis dos gases.
FUNÇÕES QUÍMICAS
• Funções Orgânicas;
• Funções Inorgânicas;
•Tabela Periódica.
3. METODOLOGIA DE ENSINO
Analisando a prática pedagógica, a partir da concepção de Química como Ciências,
propõe-se que os conteúdos específicos sejam encaminhados metodologicamente numa
abordagem articulada, seguindo uma perspectiva crítica e histórica, considerando a articulação
entre os conhecimentos físicos, químicos e biológicos.
Assim, esta proposta de encaminhamento metodológico orienta-se por uma abordagem
crítica que considere a prática social do sujeito histórico, priorizando na escola os conteúdos
historicamente construídos.
Analisando a prática pedagógica o professor deverá saber quais os objetivos e
expectativas a serem atingidas, atentando para a valorização dos costumes de cada indivíduo,
buscando na diversidade cultural coexistente, respaldo
ético para
tratar as diferenças e
minimizar as desigualdades, enfatizando a cultura Afro-Brasileira e a cultura do campo, de onde
advém grande parte dos alunos. Através de trabalho dirigidos, com vistas a inclusão social,
promover a emancipação do cidadão , com
ações coletivas em favor da construção do
conhecimento.
No desenvolvimento das atividades, serão utilizados recursos como : Slides, DVDs,
CDs, TV Pendrive, Data Show, aulas práticas em laboratório de química e de informática ,
dentre outros. O professor deve atuar como um mediador entre o aluno e a aprendizagem,
orientando os estudantes com segurança, sem induzi-los às conclusões, permitindo que sigam nos
ritmos próprios, de modo a explorar e desenvolver suas próprias habilidades.
A função do ensino de Química deve ser a de desenvolver a capacidade de resolução de
problema, o que implica na necessidade de vinculação do conteúdo trabalhado com o contexto
social em que o aluno está inserido; o conhecimento deve ser construído por ele, não somente
transmitido, pois aquilo que ele traz como experiência influencia na sua aprendizagem. Deve-se
incentivar atividades extra-classe o desenvolvimento de projetos interdisciplinares e a iniciação à
pesquisa. É necessário que os saberes da Química sejam ensinados oportunizando aos alunos o
acesso ao conhecimento científico, como condição para o desenvolvimento da atitude cidadã. É
urgente que se perceba que a educação não é só o desenvolvimento intelectual. Devemos fazer
ganhar espaço a criatividade e o desenvolvimento da personalidade, do espírito crítico e dos
valores éticos e morais.
O trabalho com a Química possibilitará a execução de uma educação voltada para a
formação da autonomia, evidenciando um processo educacional autônomo e libertador,
favorecendo a compreensão de mundo, nos diversos aspectos (contextos sociais, históricos e
econômicos), para que o indivíduo esteja preparado para construir sua própria cidadania, em
respeito as multiplicidades culturais e étnicas.
A Química nesse sentido proporcionará ao
indivíduo vivenciar o ser humano de forma integral, inserindo em um contexto histórico.
A Química em sua abrangência poderá estar inserida nas relações mediadas pelo trabalho
no campo, como produção material e cultural da existência humana, de modo que venha a
promover novas relações de trabalho e de vida para os povos do campo.
Quanto a abordagem das culturas indígenas e africanas, serão propostos trabalhos de
pesquisa e investigação acerca das substâncias químicas já utilizadas no passado (mumificação,
cirurgias, medicamentos, pintura do corpo etc.), com a intenção de resgate e valorização cultural.
Temas atualmente evidentes como Prevenção ao uso indevido de droga e Violência, bem
como os demais temas dos Desafios Educacionais Contemporâneos, permearão as aulas de
Química, onde se oportunizará debates, Pesquisas bibliográficas, recortes de filmes , com o
auxílio dos laboratórios de Práticas e Informática, para maior contextualização do assunto.
4. AVALIAÇÃO/ RECUPERAÇÃO
A avaliação acontecerá durante todo o processo de ensino e aprendizagem. Subsidiará o
professor para uma reflexão contínua sobre a sua prática, a criação de novos instrumentos de
trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como
adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo. Para o aluno pode ser
considerada como instrumento de tomada de consciência de sua conquista, dificuldades e
possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender.
“Avaliação escolar é parte integrante do processo de ensino e aprendizagem, e não uma
etapa isolada”. (Libâneo 1994, p.200).
Para avaliar, a cada momento o professor utilizará a avaliação processual e diagnóstica,
com relatórios de aulas práticas, apresentação de trabalhos, pesquisas em grupos e testes,
resolução de situações problemas e outras atividades que poderão ser utilizadas para a avaliação
da aprendizagem. Considerando para tal, a série a ser avaliada, o nível cognitivo dos alunos, as
diferentes formas de apropriação dos conteúdos, respeitando a individualidade dos alunos e o
planejamento.
É fundamental a utilização de diferentes linguagens, como a verbal, a oral, a escrita, a
gráfica, a numérica e a pictórica, de forma a se considerar as diferente aptidões dos alunos.
Considerando estes fatos, o professor realizará a avaliação por meio de observação (por
parte do professor) da participação, do interesse, da criatividade, da autonomia e do raciocínio
utilizado na resolução de problemas. O registro dessas observações pode ser realizado em tabelas,
listas de controle, diário de classe, relatórios de aulas prática de laboratório , entre outros,
utilizando-se critérios previamente estabelecidos de acordo com os objetivos do trabalho
pedagógico. Resolução (pelos alunos) de problemas (de forma individual, em duplas ou em
grupo), com justificativa do procedimento utilizado.
Pensando na avaliação/recuperação os meios de estímulo ao desenvolvimento do aluno,
trabalhamos com idéias de um crescimento e elas não ficam restritas apenas ao uso de
procedimentos de testes, mas sim de um conjunto de tarefas e observações que o professor faz
dos alunos, de sua interação em sala de aula, participação, interesse, autonomia intelectual e
emocional, trabalhos em grupo e comprometimento, gerando informações que possibilitam
perceber tendências e decidir quanto aos encaminhamentos mais apropriados. Dessa forma
procura-se ofertar um atendimento individualizado aos alunos com necessidades especiais.
A recuperação de estudos deve ser paralela aos conteúdos estudados, de acordo com o
Regimento Escolar e o Projeto Político Pedagógico da escola. A recuperação de estudos tem
como intencionalidade recuperar os conteúdos não apropriados e, não os instrumentos de
avaliação. Para tanto, é necessário que o professor seja competente na elaboração e construção
desses instrumentos para levar todos a adquirirem o saber, não eliminando os que não o
adquiriram.
O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis
vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas
mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação
ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).
A avaliação não é um processo meramente técnico, implica uma postura política e inclui
valores e princípios, refletindo uma concepção de educação, escola e sociedade. Repensar os
fundamentos que norteiam as teorias avaliativas implica desvelar as ideologias em que se apóiam
na perspectiva de sua superação.
5. REFERÊNCIAS
FELTRE, Ricardo . Química . 6ª Edição, 3 volumes. São Paulo: Moderna , 2004.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez 1994.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Química para a Educação Básica.
Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação
Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da
Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios
Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.
PILETTI, Nelson. Psicologia Educacional. 2ª edição, São Paulo: Ática, 1985.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino
Fundamental e Médio. Kaloré – PR.
REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.
SARDELLA,Antônio.
Química- volume único. 5ª edição. São Paulo : Ática, 2003.
SAVIANI, D. Escola e Democracia. 29. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 1995.
SEMANA DE ESTUDOS PEDAGÓGICOS DECENTRALIZADOS - Educação do Campo SEED- Superintendência da Educação - Departamento de Ensino Fundamental - Fev /2005
UTIMURA, Teruko Y; LINGUANOTO, Maria.
Paulo: FTD, 1998.
Química fundamental – volume único. São
VYGOTSKY, Lev Seminovich. A Formação Social da Mente. São Paulo: Editora Martins
Fontes, 1984.
VALLE, Cecília. Coleção Química – 3 volumes.
1º edição. Curitiba : Positivo , 2004.
COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE
SOCIOLOGIA
KALORÉ – 2010
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A sociologia é uma disciplina curricular obrigatória no Ensino Médio e de suma
importância para a compreensão da problemática social, pois é uma ciência que tem por objetivo
estudar a interação social dos seres vivos nos diferentes níveis de organização da vida.
Contribuindo, assim, para que alunos compreendam, desvendem os fenômenos sociais,
buscando alternativas viáveis para resolução desses que questiona fatos mediante um
conhecimento histórico, as desigualdades e valoriza as diversidades. Oportunizando aos
educandos desenvolverem sua autonomia intelectual, capaz de direcionar ações transformadoras
tornando a sociedade mais justa e fraterna.
Nesta perspectiva, percebe-se a necessidade dessa disciplina uma vez que os conteúdos
norteadores da prática educativa contemplam a pesquisa, debate e a problematização a partir das
teorias sociológicas e, sobretudo d valorização da diversidade ético raciais, isto é, reconhecer a
influência africana formação cultural brasileira e pensar a realidade do campo, assumindo uma
política agrária, capaz de incluir, preservar, compreender as lutas sociais camponesas, ou seja,
onde campo e cidade sejam vistos dentro do princípio da igualdade social e da diversidade
cultural.
Dessa forma tem-se por objetivo, levar o aluno a perceber que as relações que se
estabelecem na sociedade são históricas e socialmente construídas.
Compreendendo a importância de se questionar a existência de verdades absolutas, sejam
elas para a compreensão da ciência ou do cotidiano.
2. CONTEÚDOS
2.1- CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
1. O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES.
2. CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL.
3. TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS.
4. PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA.
5. DIREITOS, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS.
2.2- CONTEÚDOS BÁSICOS
1. O PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO E AS INSTITUIÇÕES
- Instituição familiar
- Instituição escolar
- Instituição religiosa.
- Instituições de reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos)
2.
CULTURA E INDÚSTRIA CULTURAL
- Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das
diferentes sociedades.
- Diversidade cultural
- Identidade.
- Indústria cultural
- Meios de comunicação de massa:
- Sociedade de consumo:
- Indústria cultural no Brasil:
- Questões de gênero:
- Culturas afras brasileiras e africanas:
- Culturas indígenas.
3.
TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS.
- O conceito trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;
- Desigualdades sociais: estamentos, castas,classes sociais;
- Organização do trabalho nas sociedades capitalistas e suas contradições
- Globalização e neoliberalismo;
- Relações de trabalho;
- Trabalho no Brasil.
4. PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA.
-Formação e desenvolvimento do estado moderno;
- Democracia, autoritarismo, totalitarismo.
- Estado no Brasil;
-Conceitos de poder;
-Conceitos de ideologia;
- Conceitos de dominação e legitimidade;
-As expressões da violência nas sociedades contemporâneas.
5. DIREITOS, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAIS.
-Movimentos sociais
-Direitos: civis, políticos e sociais;
- Direitos Humanos;
-Conceito de cidadania;
-A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;
-A questão das ON
3. METODOLOGIA DE ENSINO
O ensino de sociologia deve atentar especialmente para a proposição de problematizações,
contextualizações, investigações e análises, encaminhamentos que podem ser realizados a partir
de diferentes recursos, como leituras de textos sociológicos, textos didáticos, textos jornalísticos e
obras literárias.
Pressupõe metodologias que coloquem o aluno como sujeito do seu aprendizado, a partir
de recursos audiovisuais, contribuindo eficazmente para que os educandos relacionem a teoria
com o vivido, revendo conhecimentos e reconstruindo coletivamente novos saberes que
oportunizam a transformação social.
Assim, o ensino de sociologia, deve proporcionar condições eficazes para que os
educandos sejam capazes de traçar um paralelo entre passado, presente e futuro, conscientizandose, dessa maneira, do seu papel enquanto agente afetivo na mudança da realidade individual, local
e global.
O Ensino de Sociologia deve contemplar a legislação vigente/ Desafios Educacionais, a
Lei nº 11.645/08 – História e Cultura dos Povos Indígenas, Lei nº 10.639/03 – História e Cultura
Afro-brasileira e Africana e Lei nº 9.785/99 – Política Nacional de Educação Ambiental;
Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal, Enfrentamento à Violência
na Escola,
Prevenção ao Uso Indevido de Drogas, Educação do Campo, nas diferentes séries, através de
variados recursos e metodologias, como: mapas temáticos, textos, vídeos, fotos, artigos de
jornais, pesquisas online, dentre outros recursos disponíveis na escola.
A pesquisa de campo, será proposta de maneira que articule os dados levantados à teoria
estudada, propiciando um efetivo trabalho de compreensão e crítica de elementos da realidade
social do aluno.
Será feito a articulação constante entre as teorias sociológicas e as análises,
problematizações e contextualizações propostas, permitindo assim que os conteúdos estruturantes
dialoguem constantemente entre si.
4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO
A avaliação no ensino de sociologia perpassará todas as atividades, desse modo é
processual e diagnóstica, subsidia todo o processo ensino aprendizagem, norteando toda a prática
pedagógica, oferecendo clareza quanto ao retomar os conteúdos ou conceitos que visam a
mudança de atitudes.
Como um processo, acompanha as práticas de ensino.
A partir da reflexão crítica nos debates, textos, filmes, participação em pesquisa de campo,
produção e análise em escrita. Pontos fundamentais que demonstram a articulação entre teoria e
prática, qualidade de vida e democracia.
Mediante a análise processual do desempenho do aluno, torna-se viável no ensino
sociológico uma recuperação concomitante que prevê meios para a superação das dificuldades do
educando, tendo em vista efetivar aprendizagens concretas significativas, coerentes no contexto
social, político, cultural e econômico. Esperando que os alunos se identifiquem como seres
eminentemente sociais, compreendendo a organização e a influência das instituições e grupos
sociais em seu processo de socialização e as contradições deste processo, refletindo sobre suas
ações individuais , percebendo assim que as ações em sociedade são interdependentes.
O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis
vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas
mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação
ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).
A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma paralela durante todo o bimestre, ou seja,
logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo trabalhado, este será retomado,
com atividades
significativas, por meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados; podendo ser
oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e atendimento individual durante as horas-atividade do professor.
5. REFERÊNCIAS
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Sociologia para a Educação Básica.
Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação
Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da
Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios
Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino
Fundamental e Médio. Kaloré – PR.
REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e
Médio. Kaloré – PR.
COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE INGLÊS
ENSINO FUNDAMENTAL
KALORÉ - 2010
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
No Brasil, o ensino da Língua Estrangeira Moderna sempre esteve atrelado aos
interesses político-econômicos, reforçando o aspecto de dominação das classes privilegiadas
sobre as classes menos favorecidas.
Por isso, atualmente, as Diretrizes Curriculares Estaduais propõem um ensino que
contribua para reduzir as desigualdades sociais e desvelar as relações de poder que as apoiam.
Dessa forma, os alunos com necessidades educacionais especiais receberão atendimento de
acordo com suas especificidades, dentro das possibilidades da escola e do professor.
Para tanto, o ensino da LEM terá como referencial teórico a Pedagogia Crítica, que
valoriza a escola como espaço social democrático, responsável pela apropriação crítica e histórica
do conhecimento como instrumento de compreensão das relações sociais e para a transformação
da realidade. Isso porque é através da língua que os indivíduos interagem e assumem seu papel na
sociedade.
Nesta perspectiva, as relações entre língua, texto e sociedade serão reconhecidas como
importantes no atual contexto global educativo, pedagógico e discursivo; uma vez que as
questões de uso da língua, do diálogo, da comunicação, da cultura, do poder e as questões da
política e da pedagogia não se separam.
Além disso, no mundo atual, que tende a uma globalização total, é imprescindível o
conhecimento da língua inglesa, que traz consigo princípios básicos como: formação para a
cidadania, inclusão social, reconhecimento da diversidade cultural, construção de identidades
sociais transformadoras e consciência do papel das línguas na sociedade e na construção do
conhecimento; norteiam esta prática. Assim, os Desafios Educacionais Contemporâneos devem
integrar o trabalho docente durante todo ano letivo.
Neste contexto, a língua aqui é entendida como uma produção construída nas interações
sociais, marcadamente dialogistas; é um espaço de construções discursivas inseparáveis das
comunidades interpretativas que as constroem e que são por ela construídas.
Sendo assim, os objetivos do ensino da Língua Inglesa para o Ensino fundamental são:
•
Vivenciar, na aula de LEM, formas de participação que lhe possibilitem
estabelecer relações entre ações individuais e coletivas.
•
Ser capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita,
•
Compreender que os significados são social e historicamente construídos,
portanto, passiveis de transformação na prática social.
•
Ter maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade.
•
Reconhecer e compreender a diversidade linguística e cultural, constatando seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
•
Ampliar a compreensão do próprio papel como cidadão de seu país e do mundo.
•
Reconhecer as implicações da diversidade cultural construída linguisticamente em
diferentes línguas, culturas e modo de pensar, compreendendo que os significados
são social e historicamente construídos e passiveis de transformação.
• Constatar e celebrar a diversidade cultural sem perder suas identidades locais,
embora elas sejam produtivamente transformadas por tal contato.
• Dominar um vocabulário básico para a compreensão e uso da língua estrangeira.
• Perceber a presença da língua estrangeira no seu cotidiano.
• Compreender a necessidade de se estudar LEM.
2. CONTEÚDOS
2.1 CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O discurso como prática social, concretizado por meio da leitura, da oralidade e da
escrita.
2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS
5.ª Série
Gêneros discursivos: álbuns de família, bilhetes, cartas, cartões postais, diálogos, convites, fotos,
relatos e experiências vividas, contos de fada, fábulas, histórias em quadrinhos, letras de músicas,
narrativas de aventura, cartazes, rótulos/embalagens e depoimentos.
Leitura:
•
Tema do texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Léxico;
•
Repetição proposital de palavras;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
Escrita:
•
Tema do texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Informatividade;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
•
Ortografia;
•
Concordância verbal/nominal.
Oralidade:
•
Tema do texto;
•
Finalidade;
•
Papel do locutor e interlocutor;
•
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos de fala;
•
Variações linguísticas;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
6ª série
Gêneros discursivos: cartas, cartões postais, letras de música, biografias, narrativas de humor,
poemas, relatórios, anúncios, e-mails, regras de jogo, placas e chats.
Leitura:
•
Tema do texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Informatividade;
•
Situacionalidade;
•
Informações explícitas;
•
Discurso direto e indireto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Repetição proposital de palavras;
•
Léxico;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
Escrita:
•
Tema do texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Discurso direto e indireto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
•
Ortografia;
•
Concordância verbal/nominal.
Oralidade:
•
Tema do texto;
•
Finalidade;
•
Papel do locutor e interlocutor;
•
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos de fala;
•
Variações linguísticas;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
7ª série:
Gêneros discursivos: causos, comunicados, convites, provérbios, narrativas fantásticas, textos
dramáticos, debates, classificados, mapas, notícias, músicas, cartas de emprego, regimentos,
telenovelas e blogs, cenas de desenhos, programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens.
Leitura:
•
Conteudo temático;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Vozes sociais presentes no texto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
•
Semântica;
•
Operadores argumentativos;
•
Ambiguidade;
•
Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;
•
Expressões que denotam ironia e humor no texto;
•
Léxico.
Escrita:
•
Conteudo temático;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Informatividade;
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Vozes sociais presentes no texto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
•
Concordância verbal e nominal;
•
Semântica;
•
Operadores argumentativos;
•
Ambiguidade;
•
Significado das palavras;
•
Figuras de linguagem;
•
Sentido conotativo e denotativo;
•
Expressões que denotam ironia e humor no texto.
Oralidade:
•
Conteúdo temático;
•
Finalidade;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Papel do locutor e interlocutor;
•
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos de fala;
•
Variações linguísticas;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
•
Elementos semânticos;
•
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc.);
•
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
8ª série
Gêneros discursivos: diários, adivinhas, cartas, receitas, crônicas de ficção, letras de música,
palestras, resumos, discussões argumentativas, entrevistas, reportagens, tiras, comerciais de TV,
panfletos, estatutos, vídeo clips e telejornais.
Leitura:
•
Tema do texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Temporalidade;
•
Discurso direto e indireto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
•
Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
•
Polissemia;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
•
Léxico.
Escrita:
•
Tema do texto;
•
Interlocutor;
•
Finalidade do texto;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Situacionalidade;
•
Intertextualidade;
•
Temporalidade;
•
Discurso direto e indireto;
•
Elementos composicionais do gênero;
•
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
•
Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto;
•
Palavras e/ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
•
Polissemia;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto,
pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
•
Processo de formação de palavras;
•
Ortografia;
•
Concordância verbal/nominal.
Oralidade:
•
Conteúdo temático;
•
Finalidade;
•
Aceitabilidade do texto;
•
Informatividade;
•
Papel do locutor e interlocutor;
•
Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;
•
Adequação do discurso ao gênero;
•
Turnos de fala;
•
Variações linguísticas;
•
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
•
Semântica;
•
Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições etc.);
•
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
3. METODOLOGIA DE ENSINO
Ao considerar que o ensino não é transmissão de conhecimentos e que a aprendizagem
acontece nas interações sociais, os alunos poderão ser envolvidos em tarefas diversificadas que
exijam negociação de significados, privilegiando-se uma ou mais das habilidades linguísticas (ler,
falar, ouvir, escrever), apesar de todas serem integradas na concepção da língua.
As atividades serão propostas de modo a proporcionar confiança na própria capacidade de
aprender, em torno de temas de interesse, priorizando o trabalho com diversos gêneros textuais e
de forma que favoreça a interação com os colegas, através de atividades realizadas em grupos,
promovendo a troca de informações e o estímulo a trabalhar com autonomia; podendo identificar
suas possibilidades e dificuldades no processo de aprendizagem; respeitando as especificidades
dos alunos inclusos e garantindo aos mesmos desenvolvimento de suas potencialidades.
As atividades orais terão por objetivo oportunizar ao aluno expor suas opiniões sobre o
assunto estudado, mas não com o objetivo de torná-lo falante da língua estrangeira, o que seria
impossível com duas aulas semanais e turmas numerosas. Os Desafios Educacionais
Contemporâneos serão, entre outros, temas dos textos a serem trabalhados em sala. As atividades
de escrita serão trabalhadas a fim de desafiar o aluno a escrever com sentido, tendo o que
escrever e para quem, para que perceba o real uso da língua.
Além disso, a exploração de cognatos e termos transparentes será de grande valia para o
aluno interagir com o texto. E, quando necessário, serão propostas pesquisas no dicionário de
palavras-chave do texto estudado.
Nessa perspectiva, serão desenvolvidas atividades diversificadas nas práticas de leitura,
oralidade e escrita, tais como:
Leitura:
•
Práticas de leituras de textos de diferentes gêneros;
•
Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos;
•
Inferências de informações implícitas no texto;
•
Utilização de materiais gráficos diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para
interpretação de textos;
•
Discussão sobre: finalidade do texto, tema, fonte, interlocutor...;
•
Discussões que relacionem o tema com o contexto atual;
•
Leitura de textos verbais e não-verbais, midiáticos, iconográficos etc.;
•
Exposições das ideias dos alunos sobre o texto;
•
Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas.
Escrita:
•
Produção textual a partir: da delimitação do tema; do interlocutor, do gênero, da
finalidade, (aceitabilidade, informatividade, situacionalidade, temporalidade e
ideologia para 8ª série);
•
Ampliação de leituras sobre o tema e gênero proposto;
•
Reescrita textual: revisão dos argumentos, das ideias, dos elementos que compõem
o gênero;
•
Análise da produção quanto à coerência, à coesão, à continuidade temática, à
finalidade e à adequação da linguagem ao contexto;
•
Uso de palavras ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de
expressões que denotam ironia e humor (7ª e 8ª séries);
•
Reflexão sobre os elementos discursivos, textuais, estruturais e normativos.
Oralidade:
•
Apresentações de textos produzidos pelos alunos (levando em consideração a:
aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto para 7ª e 8ª
séries);
•
Reflexões sobre argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos;
•
Orientação sobre o contexto social de uso do gênero oral selecionado;
•
Preparação de apresentações que explorem a marcas linguísticas típicas da
oralidade em seu uso formal e informal;
•
Contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos
extralinguísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas e
outros (7ª e 8ª séries);
•
Seleção de discursos de outros para análise dos recursos da oralidade, como: cenas
de desenhos (programas infanto-juvenis, entrevistas, reportagens para 7ª e 8ª
séries) etc.
Para se ampliar a capacidade de abstrair elementos comuns a várias situações, aprimorar
as possibilidades de comunicação e desenvolver a interação professor e aluno e entre alunos,
deverá ser estimulada a capacidade de ouvir, discutir, falar, escrever, descobrir situações, pensar
de forma criativa, fazer suposições e inferências aos conteúdos. Dessa forma, estará se
desenvolvendo a aprendizagem sócio-interacional.
Sabendo-se que os recursos de apoio didático não se restringem ao livro, o ensino de
língua inglesa se beneficiará de outros recursos como: dicionários, livros paradidáticos, vídeos,
fitas de áudio, CD-rooms, jornais, revistas, rótulos, Internet e etc., levando em conta que as
escolhas metodológicas dependem do perfil dos alunos e dos professores, cuja formação fornece
os contornos de suas possibilidades de atuação.
Portanto, o trabalho com sequências didáticas será valorizado, uma vez que através deste
o aluno tem a oportunidade de desenvolver sua competência discursiva. Este trabalho consiste no
estudo de textos de diferentes gêneros textuais que fazem parte do cotidiano dos alunos e
compreende as seguintes etapas:
1ª_ plano de ação: (pré leitura) são questões orais que conduzam o aluno a descobrir qual
o gênero textual que será trabalhado, ou seja, desperta a curiosidade dele para a leitura do texto;
2ª _ plano discursivo: (leitura do texto propriamente dita). É quando o aluno realmente
explora o texto, interagindo com o autor, construindo significados para o texto, respondendo as
questões: quem produziu? onde? quando? para quê? para quem?;
3ª _ plano linguístico-discursivo: são as atividades de estrutura da língua, ou seja, as
questões de gramática, mas de forma contextualizada, e também as atividades de fixação de
vocabulário, que devem ser através de jogos ( bingos, dominós, caça-palavras etc);
4ª_ produção textual: é o momento que o aluno põe em prática o que aprendeu nas
etapas anteriores, produzindo um texto dentro do gênero estudado, que tenha sentido para ele, isto
é, que seja de uso efetivo da língua.
4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO
Avaliar não se resume a constatar o nível do aluno nem a distribuir conceitos. É um
instrumento para orientar a ação pedagógica e detectar como melhorar o ensino. Para o aluno, um
retorno de seu desenvolvimento. No caso da Língua Estrangeira, outro fator entra em cena: a
dimensão afetiva. Em contraste com outras disciplinas, o ensino de idiomas envolve vários
fatores que podem dificultar a aprendizagem, como a frustração pela não - comunicação e a
reação emocional pelo estranhamento do novo idioma. Testes que tenham como objetivo apenas
checar, por exemplo, o domínio de um ponto específico da gramática é ineficaz para verificar o
conteúdo aprendido.
Assim, a avaliação, em Língua Estrangeira, será realizada nas três práticas: leitura,
escrita e oralidade.
5ª série:
Na leitura, espera-se que o aluno:
•
Identifique o tema;
•
Realize leitura compreensiva do texto;
•
Localize informações explícitas no texto;
•
Amplie seu horizonte de expectativas;
•
Amplie seu léxico;
•
Identifique a ideia principal do texto.
Na escrita, espera-se que o aluno:
•
Expresse as ideias com clareza;
•
Elabore/reelabore textos de acordo com o encaminhamento do professor, atendendo: às
situações de produção propostas (gênero, interlocutor, finalidade...); à continuidade
temática;
•
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
•
Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade etc.;
•
Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo,
pronome, numeral, substantivo etc.
Na oralidade, espera-se que o aluno:
•
Utilize o discurso de acordo com a situação (formal/informal);
•
Apresente suas ideias com clareza, coerência, mesmo que na língua materna;
•
Utilize adequadamente entonação, pausas, gestos etc.;
•
Respeite os turnos de fala.
Os instrumentos de avaliação serão: trabalhos individuais e/ou em grupos (em sala ou
extraclasse), provas escritas mensais e bimestrais, produções escritas e apresentações orais de
trabalhos.
6ª série:
Na leitura, espera-se que o aluno:
•
Realize leitura compreensiva do texto;
•
Localize informações explícitas no texto;
•
Amplie seu horizonte de expectativas;
•
Amplie seu léxico;
•
Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
•
Identifique a ideia principal do texto;
•
Identifique o tema;
•
Deduza os sentidos das palavras e/ou expressões a partir do contexto.
Na escrita, espera-se que o aluno:
•
Expresse as ideias com clareza;
•
Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor,
finalidade...); à continuidade temática;
•
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
•
Use recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade etc.;
•
Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo,
pronome, numeral, substantivo etc.
Na oralidade, espera-se que o aluno:
•
Utilize o discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
•
Apresente suas ideias com clareza;
•
Compreenda os argumentos no discurso do outro;
•
Organize a sequência de sua fala;
•
Respeite os turnos de fala;
•
Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou
nos gêneros orais trabalhados;
•
Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua
materna.
Os instrumentos de avaliação serão: trabalhos individuais e/ou em grupos (em sala ou
extraclasse), provas escritas mensais e bimestrais, produções escritas e seminários.
7ª série:
Na leitura, espera-se que o aluno:
•
Realize leitura compreensiva do texto;
•
Localize informações explícitas no texto;
•
Posicione-se argumentativamente;
•
Amplie seu horizonte de expectativas;
•
Amplie seu léxico;
•
Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
•
Identifique a ideia principal do texto;
•
Analise as intenções do autor;
•
Identifique o tema;
•
Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto;
•
Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido
conotativo e denotativo;
•
Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto.
Na escrita, espera-se que o aluno:
•
Expresse suas ideias com clareza;
•
Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor,
finalidade...); à continuidade temática;
•
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
•
Utilize os recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade etc.;
•
Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo,
pronome, substantivo, adjetivo, advérbio etc.;
•
Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como
expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto.
Na oralidade, espera-se que o aluno:
•
Utilize do discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
•
Apresente suas ideias com clareza;
•
Compreenda os argumentos no discurso do outro;
•
Organize a sequência de sua fala;
•
Respeite os turnos de fala;
•
Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou
nos gêneros orais trabalhados;
•
Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua
materna;
•
Utilize conscientemente expressões faciais, corporais e gestuais, pausas e entonação nas
exposições orais, entre outros elementos extralinguísticos;
•
Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,
entrevistas, reportagens, entre outros.
Os instrumentos de avaliação serão: trabalhos individuais e/ou em grupos (em sala ou
extraclasse), provas escritas mensais e bimestrais, produções escritas e debates.
8ª série:
Na leitura, espera-se que o aluno:
•
Realize leitura compreensiva do texto;
•
Localize informações explícitas e implícitas no texto;
•
Posicione-se argumentativamente;
•
Amplie seu horizonte de expectativas;
•
Amplie seu léxico;
•
Perceba o ambiente no qual circula o gênero;
•
Identifique a ideia principal do texto;
•
Analise as intenções do autor;
•
Identifique o tema;
•
Deduza os sentidos de palavras e/ou expressões a partir do contexto;
•
Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no sentido
conotativo e denotativo.
Na escrita, espera-se que o aluno:
•
Expresse suas ideias com clareza;
•
Elabore textos atendendo: às situações de produção propostas (gênero, interlocutor,
finalidade...); à continuidade temática;
•
Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal;
•
Utilize os recursos textuais como: coesão e coerência, informatividade, intertextualidade
etc.;
•
Utilize adequadamente recursos linguísticos como: pontuação, uso e função do artigo,
pronome, substantivo etc.;
•
Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como
expressões que indicam ironia e humor, em conformidade com o gênero proposto.
Na oralidade, espera-se que o aluno:
•
Utilize do discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
•
Apresente suas ideias com clareza;
•
Compreenda os argumentos no discurso do outro;
•
Exponha, de forma objetiva, seus argumentos;
•
Organize a sequência de sua fala;
•
Respeite os turnos de fala;
•
Analise os argumentos apresentados pelos colegas de classe em suas apresentações e/ou
nos gêneros orais trabalhados;
•
Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, quando necessário em língua
materna;
•
Analise recursos da oralidade em entrevistas, reportagens, comerciais de TV, entre outros.
Os instrumentos de avaliação serão: trabalhos individuais e/ou em grupos (em sala ou
extraclasse), provas escritas mensais e bimestrais, produções escritas e seminários.
Observações:
3
Os instrumentos de avaliação serão adaptados para atender as necessidades educacionais
especiais dos alunos em cada série.
4
O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis vírgula
zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas mensais e
produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma avaliação ao final
do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).
3. A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma paralela durante
todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no conteúdo
trabalhado, este será retomado, com atividades significativas, por meio de procedimentos
didático-metodológicos diversificados; podendo ser oferecido ao aluno trabalhos extraclasse e
atendimento individual durante as horas-atividade do professor.
5. REFERÊNCIAS
CORACINI, M. J. R. F. Leitura: decodificação, processo discursivo...? In CORACINI, M. J.
R. F. (org.) O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua estrangeira. Campinas:
Pontes, 1995. P. 13-20.
BRAHIM, A. C. S. M. Pedagogia crítica, letramento crítico e leitura crítica. Texto e
Interação: subsídios para uma pedagogia crítica de língua inglesa. Dissertação de Mestrado
Unicamp: Campinas, 2001. Cap.1.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica.
Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Estrangeira Moderna para a Educação Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Educação Básica.
Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da Educação. Diretoria de
Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e História e Cultura
Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio.
Kaloré – PR.
REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio. Kaloré – PR.
COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE INGLÊS
ENSINO MÉDIO
KALORÉ - 2010
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
No Brasil, o ensino da Língua Estrangeira Moderna sempre esteve atrelado aos
interesses político-econômicos, reforçando o aspecto de dominação das classes privilegiadas
sobre as classes menos favorecidas.
Por isso, atualmente, as Diretrizes Curriculares Estaduais propõem um ensino que
contribua para reduzir as desigualdades sociais e desvelar as relações de poder que as apoiam.
Dessa forma, os alunos com necessidades educacionais especiais receberão atendimento de
acordo com suas especificidades, dentro das possibilidades da escola e do professor.
Para tanto, o ensino da LEM terá como referencial teórico a Pedagogia Crítica, que
valoriza a escola como espaço social democrático, responsável pela apropriação crítica e histórica
do conhecimento como instrumento de compreensão das relações sociais e para a transformação
da realidade. Isso porque é através da língua que os indivíduos interagem e assumem seu papel na
sociedade.
Nesta perspectiva, as relações entre língua, texto e sociedade serão reconhecidas com
importantes no atual contexto global educativo, pedagógico e discursivo; uma vez que as
questões de uso da língua, do diálogo, da comunicação, da cultura, do poder e as questões da
política e da pedagogia não se separam.
Além disso, no mundo atual, que tende a uma globalização total, é imprescindível o
conhecimento da língua inglesa, que traz consigo princípios básicos como: formação para a
cidadania, inclusão social, reconhecimento da diversidade cultural, construção de identidades
sociais transformadoras e consciência do papel das línguas na sociedade e na construção do
conhecimento, norteiam esta prática. Assim, os Desafios Educacionais Contemporâneos devem
integrar o trabalho docente durante todo ano letivo.
Neste contexto, a língua aqui é entendida como uma produção construída nas interações
sociais, marcadamente dialogistas, é um espaço de construções discursivas inseparáveis das
comunidades interpretativas que as constroem e que são por ela construídas.
Sendo assim, os objetivos do ensino da Língua Inglesa para o Ensino Médio são:
•
Desenvolver uma prática reflexiva e crítica, ampliando os conhecimentos linguísticos dos
alunos, permitindo que os mesmos percebam as implicações sociais, históricas e
ideológicas presentes em todos os discursos;
•
Formar leitores críticos que reajam aos diferentes textos com que se deparam e entendam
que por trás de cada texto há um sujeito com uma história, com uma ideologia e com
valores particulares e próprios da comunidade em que está inserido;
•
Oportunizar aos alunos reflexões que os façam perceber que as formas linguísticas não
são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado, mas são flexíveis e
variam dependendo do contexto e da situação em que a prática social de uso da língua
ocorre;
•
Proporcionar através da leitura um conhecimento de mundo que permita ao leitor elaborar
um novo modo de ver a realidade;
•
Permitir que os alunos percebam a necessidade de adequação da variedade linguística
para as diferentes situações;
•
Favorecer a familiarização dos alunos com sons específicos da língua que estão
aprendendo;
•
Criar condições para que os alunos assumam uma postura transformadora com relação aos
discursos que lhes são apresentados;
•
Valorizar e reconhecer a Cultura Afro-brasileira como grande contribuidora na nossa
formação cultural, a fim de erradicar o preconceito racial.
2. CONTEÚDOS
2.1 CONTEÚDO ESTRUTURANTE
O discurso como prática social, concretizado por meio da leitura, da oralidade e da
escrita.
Gêneros discursivos: biografias, sinopses de filmes, letras de músicas, crônicas,
documentários, cartas,
depoimentos, propagandas, anúncios, diálogos, fotos, narrativas de
aventura, cartazes, rótulos/embalagens, artigos de opinião, fábulas, depoimentos, resenhas,
resumos.
2.2 CONTEÚDOS BÁSICOS
Leitura:
•
Identificação do tema, do argumento principal e dos secundários;
•
Interpretação observando: conteúdo, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto;
•
Linguagem não-verbal;
•
As particularidades do texto em registro formal e informal;
•
Finalidade do texto;
•
Estética do texto literário;
•
Realização de leitura não linear dos diversos textos.
Escrita:
•
Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas
linguísticas.
•
Paragrafação;
•
Clareza de ideias;
•
Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.
Oralidade:
•
Variedades linguísticas;
•
Intencionalidade do texto;
•
Particularidades de pronúncia da língua estudada em diferentes países;
•
Finalidade do texto oral;
•
Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.
Análise Linguística:
•
Coesão e coerência;
•
Função dos pronomes, artigos, adjetivos, numerais, preposições, advérbios, locuções
adverbiais, conjunções, verbos, palavras interrogativas, substantivos, substantivos
contáveis e incontáveis, falsos cognatos, discurso direto e indireto, vozes verbais, verbos
modais, concordância verbal e nominal, orações condicionais, phrasal verbs e outras
categorias com elementos do texto;
•
Vocabulário;
•
Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.
3. METODOLOGIA DE ENSINO
No ensino de LEM, a língua deve ser considerada como algo que se constrói e é
construído por uma determinada comunidade. Isso porque a língua determina a realidade cultural,
ao mesmo tempo em que os valores e as crenças culturais criam, em parte, sua realidade
linguística. Porém, para que os alunos compreendam bem isso, é preciso desenvolver atividades
diversificadas nas práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística; respeitando as
especificidades dos alunos inclusos e garantindo aos mesmos desenvolvimento de suas
potencialidades.
Na leitura, é preciso considerar que os gêneros discursivos organizam a fala da mesma
maneira que constituem as formas gramaticais. Logo, é fundamental que se apresente aos alunos
textos em diferentes gêneros textuais, tendo como objetivo maior a interação com a infinita
variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais, para que os alunos tornem-se leitores
críticos e que reajam aos diversos textos com que eles se deparam e entendam que por trás deles
há um sujeito, uma história, uma ideologia e valores particulares e próprios da comunidade em
que está inserido. Para tanto, os Desafios Educacionais Contemporâneos serão temas dos textos a
serem trabalhados em sala.
Com isso, a leitura estará trazendo um conhecimento de mundo que permite ao leitor
elaborar um novo modo de ver a realidade. No entanto, para que a leitura em LEM se transforme
realmente em uma situação de interação, é imprescindível que os alunos sejam subsidiados com
conhecimentos linguísticos, sociopragmáticos, culturais e discursivos. Para tanto, as atividades de
leitura serão:
•
Práticas de leituras de textos de diferentes gêneros;
•
Relevância dos conhecimentos prévios dos alunos;
•
Inferências de informações implícitas no texto;
•
Utilização de materiais diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para interpretação
de textos;
•
Análise dos textos, levando em consideração o grau de complexidade dos
mesmos;
•
Questões que levam o aluno a interpretar, compreender e refletir sobre o texto;
•
Leitura de outros textos, através de pesquisa, para a observação das relações
dialógicas.
Vale lembrar que os Desafios Educacionais Contemporâneos (Cultura Afro-brasileira,
Política Nacional de Educação Ambiental e Prevenção ao Uso Indevido de Drogas) serão temas
dos textos trabalhados e das discussões propostas.
Com relação à escrita, ela deve ser vista como uma atividade sociointeracional, ou seja,
significativa, pois, em situações reais de uso, escreve-se sempre para alguém, ou um alguém de
quem se constrói uma representação. O interlocutor é um sujeito sócio-histórico-ideológico, com
quem os alunos vão produzir um diálogo imaginário, fundamental para a construção do texto e de
sua coerência. Logo, as atividades de escrita serão:

•
Discussão sobre o tema a ser produzido;
•
Leitura de textos sobre o tema;
•
Produção textual;
•
Revisão textual;
•
Reestrutura e reescrita textual.
Já as estratégias de oralidade têm por objetivo expor os alunos a textos
orais, pertencentes aos diferentes discursos, procurando compreendê-los
em suas especificidades e incentivar os alunos a expressarem suas ideias
em língua estrangeira segundo suas limitações. Dessa forma, as atividades
de oralidade serão:
•
Apresentações de textos produzidos pelos alunos;
•
Seleção de discursos de outros como: entrevista, cenas de desenhos,
reportagens, recortes de filmes, documentários etc.;
•
Análise dos recursos próprios da oralidade;
•
Dramatização de textos.
•
Quanto à análise linguística, esta deve ser trabalhada de forma
contextualizada, a partir dos textos estudados, a fim de favorecer a
compreensão por parte dos alunos da estrutura e dos recursos
utilizados na língua estrangeira. Para tanto, serão desenvolvidas
atividades de:
•
Estudo dos conhecimentos linguísticos a partir: de gêneros
selecionados par leitura ou escrita, de textos produzidos pelos
alunos e das dificuldades apresentadas pelos alunos;
•
Leitura de textos diversos que permitam ampliar o domínio da
língua.
Para atender este propósito, o trabalho com sequências didáticas será valorizado, uma vez
que através deste o aluno tem a oportunidade de desenvolver sua competência discursiva. Este
trabalho consiste no estudo de textos de diferentes gêneros textuais que fazem parte do cotidiano
dos alunos e compreende as seguintes etapas:
1ª_ plano de ação: (pré leitura) são questões orais que conduzam o aluno a descobrir qual
o gênero textual que será trabalhado, ou seja, desperta a curiosidade dele para a leitura do texto;
2ª _ plano discursivo: (leitura do texto propriamente dita). É quando o aluno realmente
explora o texto, interagindo com o autor, construindo significados para o texto, respondendo as
questões: quem produziu? onde? quando? para quê? Para quem?;
3ª _ plano linguístico-discursivo: são as atividades de estrutura da língua, ou seja, as
questões de gramática, mas de forma contextualizada, e também as atividades de fixação de
vocabulário, que devem ser através de jogos (bingos, dominós, caça-palavras etc.);
4ª_ produção textual: é o momento que o aluno põe em prática o que aprendeu nas
etapas anteriores, produzindo um texto dentro do gênero estudado, que tenha sentido para ele, ou
seja, que seja de uso efetivo da língua.
4. AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO
Avaliar não se resume a constatar o nível do aluno nem a distribuir conceitos. É um
instrumento para orientar a ação pedagógica e detectar como melhorar o ensino. Para o aluno, um
retorno de seu desenvolvimento. No caso da Língua Estrangeira, outro fator entra em cena: a
dimensão afetiva. Em contraste com outras disciplinas, o ensino de idiomas envolve vários
fatores que podem dificultar a aprendizagem, como a frustração pela não - comunicação e a
reação emocional pelo estranhamento do novo idioma. Testes que tenham como objetivo apenas
checar, por exemplo, o domínio de um ponto específico da gramática é ineficaz para verificar o
conteúdo aprendido.
Assim, a avaliação, em Língua Estrangeira, será realizada nas práticas: leitura,
escrita, oralidade e análise linguística.
Na leitura, espera-se que o aluno:
•
Realize leitura compreensiva do texto considerando a construção de significados possíveis
e a sua condição de produção;
•
Perceba informações explícitas e implícitas no texto;
•
Argumente a respeito do que leu;
•
Amplie, no indivíduo, o seu horizonte de expectativas;
•
Estabeleça relações dialógicas entre os diferentes textos;
•
Conheça e utilize a língua inglesa como instrumento de acesso a informações de outras
culturas e de outros grupos sociais.
Na escrita, espera-se que o aluno:
•
Produza e demonstre na produção textual, a construção de significados;
•
Produza textos atendendo as circunstâncias de produção proposta;
•
Diferencie a linguagem formal da informal;
•
Estabeleça relações entre partes do texto, identificando repetições ou substituições.
Na oralidade, espera-se que o aluno:
•
Reconheça as variantes lexicais;
•
Utilize seu discurso de acordo com a situação de produção (formal/informal);
•
Apresente clareza nas ideias;
•
Desenvolva a oralidade através a sua prática.
Na análise linguística, espera-se que o aluno:
•
Utilize, adequadamente, recursos linguísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos
pronomes etc.;
•
Amplie o vocabulário;
•
Utilize as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo.
Os instrumentos utilizados de avaliação serão provas escritas, trabalhos individuais e em
grupos (em sala e extraclasse), apresentações orais de trabalhos, cartazes e debates.
Observações:
5 Os instrumentos de avaliação serão adaptados para atender as necessidades educacionais
especiais dos alunos em cada série.
2. O sistema de avaliação será bimestral e será composto pela somatória da nota 6,0 (seis
vírgula zero) referente a atividades diversificadas (trabalhos individuais e em grupo, provas
mensais e produções escritas); mais a nota 4,0 (quatro vírgula zero) resultante de uma
avaliação ao final do bimestre, totalizando nota final de 10,0 (dez virgula zero).
4.
A recuperação dos conteúdos, em todas as séries, será feita de forma paralela
durante todo o bimestre, ou seja, logo que os alunos apresentarem dificuldade no
conteúdo trabalhado, este será retomado, com atividades significativas, por meio
de procedimentos didático-metodológicos diversificados; podendo ser oferecido
ao aluno trabalhos extraclasse e atendimento individual durante as horas-atividade
do professor.
5.
5. REFERÊNCIAS
BRAHIM, A. C. S. M. Pedagogia crítica, letramento crítico e leitura crítica. Texto e
Interação: subsídios para uma pedagogia crítica de língua inglesa. Dissertação de Mestrado
Unicamp: Campinas, 2001. Cap.1.
CORACINI, M. J. R. F. Leitura: decodificação, processo discursivo...? In CORACINI, M. J.
R. F. (org.) O jogo discursivo na aula de leitura: língua materna e língua estrangeira. Campinas:
Pontes, 1995. P. 13-20.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Estrangeira Moderna para a
Educação Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação do Campo para a Educação
Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos / Superintendência da
Educação. Diretoria de Politicas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios
Educacionais Contemporâneos. - Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino
Fundamental e Médio. Kaloré – PR.
REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e
Médio. Kaloré – PR.
COLÉGIO ESTADUAL ABRAHAM LINCOLN – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO.
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DO
CELEM
KALORÉ – 2010
1. APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A proposta pedagógica de implantação do CELEM – curso básico de Língua Espanhola
do Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio tem como base a
concepção sociointeracionalista de linguagem, pois aprender uma língua na escola é muito mais
que aprender regras ou memorizar nomenclaturas.
(...) o espanhol, que até então não havia configurado como
componente curricular,é escolhido para compor os programas
oficiais do curso científico, que pertencia à escola secundária. Na
época, os conteúdos privilegiados pelos professores de línguas
vivas eram a literatura e noções de civilização, ou seja, história e
costumes do país onde se fala a língua estrangeira.O espanhol,
naquele momento, era indicado como a língua de um povo que(...)
(mesmo com) importante participação na história ocidental, com
episódios
gloriosos de conquistas territoriais [...], não representava ameaça
para o governo durante o Estado Novo. (PICANÇO ,2003 apud
DCE , 2008, p.42).
A partir de então, também no Brasil, seguindo a tendência global, a Língua Espanhola,
vem sendo a segunda língua de comunicação no mundo, e assumi grande importância nas escolas
brasileiras. Essa importância, não é só de saber um outro idioma, mas também, de contribuir para
o processo educacional do aluno. A língua estrangeira, em especial a espanhola, ajudará o aluno a
entender o funcionamento de sua própria língua materna, através de comparações entre os dois
idiomas.
A língua estrangeira proporcionará aos alunos o conhecimento de outras culturas, além da
compreensão da própria língua materna, possibilitando o enriquecimento dos alunos, no sentido
de crescimento pessoal, o que evidencia oportunidades de responderem às exigências do novo
mundo, tanto na área educacional, como também, na área profissional.
A prática da linguagem é que permite a interação entre o indivíduo e ao mundo em que
vivencia, o que torna a linguagem e a sociedade realidades indissociáveis. De maneira que é no
espaço social que a linguagem garante sua própria existência e significação.
A oportunidade de aprendizagem de um novo idioma, o espanhol em questão, traz a
possibilidade de aumentar a auto percepção do aluno como ser humano e também como cidadão.
Aprender uma nova língua é sentir-se no meio de um mundo funcional, onde o aluno poderá
desenvolver uma consciência crítica em relação à linguagem adquirida e os aspectos sóciopolíticos da aprendizagem de Língua Estrangeira. Sendo que, através da aprendizagem de outra
língua os alunos conhecem outras culturas e sua própria identidade. Dessa forma, as Diretrizes
Curriculares primam sobre a importância do ensino de LEM como construção de identidades.
A aprendizagem de uma língua estrangeira associada à língua materna torna-se uma
ferramenta de adequação e compreensão “ mundo moderno”, de modo que conhecer outro idioma
contribui com o ingresso na sociedade da informação e do conhecimento. É o ensino centrado na
cidadania e na inclusão social.
Ao perceber que a língua não se encontra isolada de outros aspectos da cultura, como
valores, normas e atitudes e concebê-la como um sistema de signos histórico-sociais que
permitem ao homem a (re)construção da realidade, a apropriação dessa se traduz também na
compreensão dos significados culturais que estão no seu entorno.
As relações político-comerciais contemporâneas sugerem um aprendizado sistêmico e
consolidado de uma nova língua, tendo em vista que esse fato colabora com a interação social
global. Entender e comunicar-se em idiomas intermediários é hoje uma necessidade primordial,
posto que, saber a língua do outro é ir muito além, é se inteirar de uma nova cultura e até mesmo
da nossa. Mais especificamente no que se refere à língua espanhola, há que se pontuar a
importância assumida por ela diante da ampliação das trocas econômicas entre os países que
integram o Mercado das Nações do Cone Sul (Mercosul).
Todas as considerações nos levam a conceber a língua espanhola com abrangência e
contemporaneidade específicas, não restringindo apenas ao ambiente da sala de aula como abjeto
de ensino, mas principalmente, como um idioma que está aproximando países da América Latina,
tanto em negócios como em suas culturas. Portanto, as aulas de LEM devem ser significativas
para o aluno se reconhecer como participante ativo na sociedade em que vive. Abordagem que
prepondera na função social da língua estrangeira moderna – Espanhol.
•
Conhecer a importância da Língua Estrangeira Moderna, de modo que o aprendizado
convirja na utilização dos conhecimentos adquiridos na vida em sociedade, através
das praticas discursivas de leitura, oralidade e escrita, possibilitando a expansão de
sua capacidades criticas.
•
Atender as particularidades regionais, em consonância com a abrangência das
Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Língua Estrangeira Moderna, tornando
a pratica da língua espanhola um direcionamento comum.
•
Ampliar a visão de mundo através das praticas discursivas da oralidade, leitura e
escrita de modo a conhecer e valorizar as diferentes culturas e suas manifestações;
usando os conhecimentos adquiridos para a interpretação da realidade e avaliando as
diferenças sócio-culturais entre os países Brasil e Espanha e Hispano – América. Tal
conscientização, prepondera o reconhecimento da importância de saber outro idioma
para seu crescimento intelectual e fazer da escrita e da leitura um momento de prazer,
nos dois diferentes idiomas.
2. CONTEÚDOS: ESTRUTURANTES / BÁSICOS
A língua, entendida como interação verbal e produtora de sentidos, é marcada por
relações pragmáticas e contextuais de poder. Segundo as DCEs (2008) “os conteúdos
estruturantes que se constituem através da história, são legitimados socialmente.” O “discurso”
como prática social se constitui conteúdo estruturante e passa a ser realizado através de práticas
discursivas que envolvem a compreensão auditiva, a leitura de mundo, a prática escrita nas
múltiplas formas e a interação verbal como processo comunicativo.
Os gêneros do discurso organizam nossa fala, e essa por sua vez, é moldada de acordo
com os gêneros vivenciados no cotidiano. Daí a necessidade de se apresentar aos alunos
variedades textuais que evidenciem os gêneros do discurso em sua pluralidade.
Assim, a implantação desta proposta proporcionará ao aluno a possibilidade de interagir
com a infinita variedade discursiva presente nas diversas práticas sociais. Sendo que os conteúdos
básicos para o CELEM serão desdobrados a partir de textos (verbais e não verbais), considerando
seus elementos linguístico-discursivos (fonético-fonológicos, léxico-semânticos e sintáticos),
manifestados nas práticas discursivas (leitura, escrita, oralidade). Portanto, os textos escolhidos
para o trabalho pedagógico contemplarão o conteúdo estruturante, bem como as práticas
discursivas a serem trabalhadas. Dessa maneira, serão trabalhadas as Leis nº 10.639/03, e nº 11
645/2008 que trata das relações étnico-raciais e história e cultura afro-brasileira e africana e
indígena na escola. Essa temática será trabalhada através de ações que propiciem o contato com a
cultura africana e afro-descendente, dentro da língua espanhola, culminando em exposições de
obras literárias de escritores negros, documentários, filmes com temáticas sobre o racismo e
preconceito, procurando destacar a contribuição da cultura destes povos.
1º ANO
Gêneros Discursivos
Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados
como conteúdos básicos os gêneros discursivos, conforme suas esferas sociais de circulação.
• Fotos
• Cartão de Felicitações
• Bilhetes
• Convites
• Quadrinhas
• Receitas
• Biografias
• Lendas
• Letras de Músicas
• Poemas
• Diálogo/Discussão
• Cartazes;
• Notícias;
• Tiras;
• Filmes;
• Cartão pessoal;
• Musicas;
• Provérbios;
• Trava-línguas;
• Autobiografias;
• Histórias em quadrinhos;
• Resumos;
• Narrativas básicas;
• Notícias;
• Cartazes;
• Anúncios;
• Paródias;
• Bulas;
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Placas;
Rótulos;
E-mail;
Horoscopo;
Regras de jogo;
Caricatura;
Classificados;
Folders;
Reportagens;
Torpedos.
Leitura
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionabilidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos Composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Léxico;
Escrita
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos Composicionais do gênero;
•
•
•
•
•
•
•
•
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
Palavras e ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
Polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
Processo de formação de palavras;
Acentuação gráfica
Ortografia;
Concordância verbal/ nominal;
Oralidade
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Papel do locutor e interlocutor;
• Elementos extralinguístico: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;
• Adequação do discurso ao gênero;
• Turnos de fala;
• Variações linguísticas;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
• Semântica;
• Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
• Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
2º ANO
Gêneros Discursivos
Para o trabalho das praticas de leitura, escrita, oralidade e análise linguística, serão adotados
como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme suas esferas sociais de circulação.
•
Cartão pessoal;
•
Adivinhas, anedotas;
•
Diário;
•
Lista de compras;
•
Letras de músicas;
•
Resumo;
•
História em quadrinhos;
•
Narrativas;
•
Reportagens;
•
comercial de TV;
•
Biografia;
•
Romances;
•
Texto dramáticos;
•
Texto de opinião;
•
Charges;
•
Entrevistas;
•
Horóscopo;
•
Caricaturas;
•
Filmes;
•
Cartão social;
•
Canções culturais;
•
Contos de fadas contemporâneos
•
Relatos;
•
Classificados;
•
Tiras;
•
Anúncios;
•
Blogs;
•
Chat;
•
Torpedos;
•
Paródias;
•
Manchetes;
•
Crônicas Jornalisticas;
•
E-mail's;
•
Vídeo clipe;
Leitura
•
Tema do texto;
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Interlocutor;
Finalidade do texto;
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Situacionabilidade;
Intertextualidade;
Temporalidade;
Discurso direto e indireto;
Elementos Composicionais do gênero;
Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
Palavras e ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
Polissemia;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
Léxico;
Escrita
• Tema do texto;
• Interlocutor;
• Finalidade do texto;
• Aceitabilidade do texto;
• Informatividade;
• Situacionalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Intertextualidade;
• Temporalidade;
• Discurso direto e indireto;
• Elementos Composicionais do gênero;
• Emprego do sentido conotativo e denotativo no texto;
• Palavras e ou expressões que denotam ironia e humor no texto;
• Polissemia;
• Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação
recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem;
• Processo de formação de palavras;
• Acentuação gráfica
• Ortografia;
• Concordância verbal/ nominal;
Oralidade
• Conteúdo temático;
• Finalidade;
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Aceitabilidade do texto;
Informatividade;
Papel do locutor e interlocutor;
Elementos extralinguístico: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas...;
Adequação do discurso ao gênero;
Turnos de fala;
Variações linguísticas;
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;
Semântica;
Adequação da fala ao contexto ( uso de conectivos, gírias, repetições, etc);
Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e escrito.
Para o curso básico em línguas do CELEM, no Colégio Estadual Abrahan Lincoln Ensino Fundamental e Médio, na cidade de Kaloré, os recursos disponíveis serão o quadro negro,
giz, radio, Data show, DVD, TV pendrive, Laboratório de informática, Livro didático publico,
textos midiáticos, literários, jornais e revistas de países de língua Espanhola, dicionários, filmes e
apostila.
Todos estes materiais estarão disponíveis na escola para base do trabalho escolar com os
discentes.
3. METODOLOGIA DE ENSINO
Considerando a globalização inerente e a dinamicidade das relações que envolvem os
indivíduos em sociedade, o ensino da Língua Estrangeira remete a uma reflexão profundo acerca
das ações pedagógicas, fundamentadas na construção do conhecimento de forma crítica,
reflexiva, engajada na realidade, privilegiando a relação teoria-prática, na busca do entendimento
das diferentes formas do saber.
Nessa direção, a atuação metodológica fará alusão aos apontamentos das Diretrizes
Curriculares seguindo alguns aspectos que irão influenciar na escolha das atividades, como por
exemplo, o números de alunos em sala de aula, tempo, material disponível, etc. O aluno
caracteriza sempre o agente ativo no processo de aprendizagem, de maneira que o professor
assuma a postura de mediador desse processo.
O texto como material linguístico articulador da metodologia sustentará o ensino da
Língua Estrangeira, assim como a língua materna. Nessa premissa, as aulas se efetivarão a partir
do trabalho com o texto, entendido como um material verbal, produto de uma determinada visão
de mundo, de uma intenção e de um momento de produção. Fato que permite ao aluno vislumbrar
a realidade que vivencia, no contexto de uma nova língua apresentada na construção textual. A
linguagem começa a se formar, a partir de temáticas que exploram os diferentes gêneros
discursivos e tipos de texto. De modo que se passe a verificar e analisar as praticas de linguagem
de leitura, análise e produção textual, por intermédios de anedotas, cartões, convites, curriculum
vitae, comunicados, causos, biografias, contos, história em quadrinhos lendas, diálogos, cartazes,
paródias, pinturas, poemas, romances, mapas anúncios de jornais, músicas, comerciais de TV,
charges, carta ao leitor, entrevistas, filme, e-mail, site de relacionamentos, entre outros gêneros
passíveis de trabalho. Enfim, os textos escolhidos para a inserção e exploração da nova língua,
subsidiarão a contextualização e dinamizarão as aulas, com cunho de significado e relevância aos
alunos.
No que se refere à oralidade, a atuação e prática docente se dará gradativamente, de
maneira a possibilitar aos alunos o conhecimento e utilização da variedade linguística padrão,
sendo capaz de entender a necessidade desse uso e determinado contextos sociais, e inclusive
atentar para a possibilidade de perceber a existência de dialetos. Dessa forma, se estará propondo
que os alunos estejam em contato direto com o conhecimento na área de conteúdos, em seu
aspecto sistêmico e textual. Para tanto, estímulos que remontem à dinamicidade da sociedade
contemporâneas global, tais como os instrumentos midiáticos impressos, televisivos e de
informática, servirão de subsídio para alavancar o processo de aprendizagem e utilização da
Língua Estrangeira Moderna – Espanhol.
Com o intuito de aprimorar as estratégias específicas da oralidade, os alunos poderão
interagir com textos orais de diferentes discursos, exercendo uma prática discursiva da oralidade
que vá alem do uso funcional da língua, possibilitando um aprendizado sólido que lhe permita
expressar ideias em Língua Espanhola adequando a variedade linguística para as diferentes
situações, garantindo assim, a prática de sua cidadania.
Com relação à escrita, é importante que o docente direciona as atividades de produção
textual, explicitando os objetivos e situações em que o texto produzido pode ser utilizado,
garantindo sua finalidade dinâmica dentro da sociedade. O trabalho com textos de carácter
pratico privilegiará a produção do dialogo sócio-histórico-ideológico, fundamental para a
construção do texto e de sua coerência.
No que se refere à pratica da leitura, as diferentes linguagens denotarão o aparato de
estudo, como linguagem na forma verbal e não-verbal: iconográfica (imagens, desenhos, filmes,
charges, outdoors), cinética (sonora, olfativa, tatil, visual, gustativa) e alfabética. Da mesma
forma que no ensino da Língua Materna, no ensino da língua Estrangeira Moderna, os diferentes
niveis de leitura possibilitam identificar os elementos da construção do texto, localizar as
informações explicitas, subentender asa ideias implícitas, fazendo ligação entre o conhecimento
do educando e o texto, de modo que seja possível estabelecer relações intertextuais.
A diversidade de gênero textuais, objeto do trabalho promoverá a realização de atividades
diversas, para que seja analisada a função de que cada texto, a distribuição de informações, o grau
de informação, a intertextualidade, os elementos coesivos, a coerência e por ultimo, mas não
menos importante, a gramática. O ensino não deve priorizar a gramática para trabalhar com o
texto, mas também, não pode abandona-la.
Os gêneros discursivos possibilitam a contextualização dentro das variadas esferas sociais
de circulação. Dai a importância destes para o trabalho na escola e desenvolvimento de seus
interlocutores no processo de aprendizagem.
Com o intuito de privilegiar a pratica do discurso, evidencia-se a necessidade da presença
de interlocutores em interação com outros discursos, de modo que os gêneros do discurso possam
construir as falas e se organizar historicamente a partir de novas situações de interação verbal.
Atentando para a utilização de vários tipos de textos, destaca-se o enfoque na elaboração
de atividades diversificadas como: leitura de poemas em jogral, jogos musicas, filmes, dentre
outras . Esse trabalho subsidiará a distinção das formas linguística, que permitirá observar a
flexibilidade e variação de contextos conforme situação do discurso.
Além do gênero deverá observar o aspecto cultural e interdiscurso que cada texto possui
qual sua influência na nossa cultura e de outros países,para quem foi escrito, quem escreveu, com
qual abjetivo, etc.
Quanto a variedade e análise linguística, o texto não simboliza um pretexto para ensinar
gramática. Sua utilidade vem bem alem disso: produzir significados por meio das palavras ou
frase por frese como agramática sugere. Outras formas de aprendizagem se verificam através de
pesquisas que possibilitem ao aluno saber mais sobre o assunto, discussões para aprimoramento
do idioma e valorizaçãoda pesquisa feita e produção textual em que o aluno produzirá seu texto
em língua estrangeira com ajuda do professor.
Assim por meio da leitura e pretendendo-se formar um leitor ativo, o trabalho com a
Língua Estrangeira Moderna- Espanhol vislumbrará a abordagem da nova língua em carácter
sistêmico e contextualizado. Na escrita, utiliza a linguagem em situação de comunicação escrita
na produção de texto verbais as atividades de produção textual definindo em seu
encaminhamento qual o objetivo da produção e para quem escreve o que se escreve em situação
reais. Já no que se refere à oralidade , os alunos expressarão suas ideias em língua Espanhola
Adequando a variedade linguística para as diferentes situações do dia a dia.
4 - AVALIAÇÃO/RECUPERAÇÃO
A avaliação em seu caráter conceitual será efetivada diagnóstica e formativamente,
estando profundamente relacionada com o processo de ensino – aprendizagem. Permitira uma
analise e possível retomada do trabalho docente, permitindo também constatar os avanços dos
alunos diante do trabalho realizado. È um elemento de reflexão continua do professor sobre sua
pratica educativa e revela aos alunos seus progressos, possibilidades e suas dificuldades.
Assim, é precisos considerar as diferentes naturezas de avaliação diagnostica, continua e
dialógica. Continua, porque pode ocorrer em todo o processo ensino -aprendizagem; diagnóstica,
porque tem como finalidade detectar dificuldades que possam gerar ajustes ou mudançasda
prática educativa; dialógica, porque não se aplica apenas aos alunos, mais principalmente ao
ensino que se oferece.
A avaliação deve ser articulada com os objetivos específicos e conteúdos definidos pela
escola, respeitando as diferenças individuais. A diversidade nos nos formatos da avaliação deve
oferecer oportunidade para que o aluno demonstre seu progresso.
Sendo assim, avaliar é recolher informações que devem servir para duas finalidades
básicas: apresentar para os alunos seu progresso, avanços, dificuldades e possibilidade no
processo ensino-aprendizagem, e fornecer subsídios que possibilitem ao professor analisar sua
pratica em sala de aula, procurando melhorá-la dia após dia.
Serão realizadas avaliação nos quatro bimestres, com atribuição de notas e,
posteriormente, uma média, as quais estarão divididas em oralidade, leitura, escrita,pesquisa em
sala se aula, trabalho em grupo e/ou individual para progressão dos alunos, de acordo com o
estabelecido no projeto politico pedagógico da escola em acordo com as DCEs.
Na escrita sera avaliado a clareza com que o educando expressa suas ideias, se organiza
textos coerentes e coesos, atendendo as situações propostas como gênero e interlocutor, consiga
utilizar adequadamente recursos linguísticos como pontuação substantivos, adjetivos, verbos,
pronomes, entre outros. Na leitura será avaliado a compreensão de texto lido, informações
explicitas e implícitas no texto, a ideia principal do texto, e as informações pertinentes ao uso do
discurso. Na oralidade será avaliada entonação, pausas, gestos,coerência na apresentação das
ideias, utilização da linguagem formal,diálogos, gêneros orais trabalhados, entre outros.
Assim, para a avaliação dos alunos do CELEM serão utilizados provas objetivas,
discursivas, leitura de textos de diversos gêneros textuais, debates, seminários,trabalho
individualizado e em grupo e pesquisa, objetivando o desenvolvimento e a compreensão da
língua Espanhola.
A recuperação será oferecida de forma paralela a todos os alunos com revisão de
conteúdos e aplicação de uma nova avaliação mantendo a nota de maior valor. Para a progressão
e certificação dos alunos será exigida a frequência mínima de 75% ( setenta e cinco por cento),
6,0 (seis vírgula zero) pontos por bimestre, totalizando 24,0 ( vinte quatro vírgula zero) pontos,
anuais. Para alcançar estes pontos, as atividades avaliativas seguirão os seguintes critérios:
a) atividades escritas (provas, relatórios, sínteses), com valor de 0,0 a 4,0;
b) atividades orais (seminários, debates, palestras, provas), com valor de 0,0 a 3,0;
c) atividades pesquisas (bibliográfica, trabalho individualizado e em grupo), com valor de
0,0 a 3,0.
5- REFERÊNCIAS
BARROS,Diana Luz de. Contribuições de Bakhtin às teorias do discurso. Dialogismo e
construção do sentido. Beth Brait (org.) Campinas: UNICAMPI. 1997;
LEFFA, V. J. O Ensino de Línguas Estrangeiras no Contexto Nacional. Contexturas: APLIESP,
nº.4,p. 13-24,1999;
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de
Educação Básica. Diretrizes Curriculares Estaduais de Língua Estrangeira Moderna para a
Educação Básica. Curitiba, 2008.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Cadernos Temáticos: Relações Étnico-Raciais e
História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Escola . Curitiba, 2005.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Livro Didático Público – Língua Estrangeira
Moderna – Ensino Médio. Curitiba;
PAZ, Rodrigo Luz. La Expresión em la clase de E/LE. Santiago de Compostela. Espanha. 23-6.
Set. 1998;
PICANÇO, D. C. L. História, Memória e Ensino de Espanhol. 2003. In: PARANÁ, Secretaria de
Estado da Educação. Diretrizes curriculares da educação Básica – Língua Estrangeira Moderna.
Curitiba, 2008.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e Médio.
Kaloré – PR.
REGIMENTO ESCOLAR. Colégio Estadual Abraham Lincoln – Ensino Fundamental e
Médio. Kaloré – PR.
ATIVIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR
PROGRAMA VIVA A ESCOLA
ATIVIDADE: Língua Portuguesa – Atividades Literárias
NUCLEO DE CONHECIMENTO / DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Cientifico – Cultural,
Língua Portuguesa.
JUSTIFICATIVA:
De acordo com as Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa a linguagem é vista
como fenômeno social, pois nasce da necessidade de interação entre os homens. E como prática
social que se efetiva nas diferentes instâncias sociais, a linguagem é carregada de conteudo
ideológico, podendo ser instrumento de dominação ou de exercício de cidadania. Ou seja, por um
lado as classes dominantes utilizam a linguagem para exercerem seu poder; por outro lado as
classes menos favorecidas também podem fazer uso da linguagem a seu favor, para reivindicar
seus direitos. Porém para isso é preciso compreender os discursos que nos cercam e ter condições
de interagir com esses discursos, isto é, ter competência linguística para adequar a linguagem a
diferentes situações de interação. Todavia, o que se observa em muitos de nossos alunos do
Ensino Fundamental é uma grande dificuldade de compreender os textos que leem e de pôr no
papel suas idéias.
Diante de tal situação, justifica-se uma ação pedagógica referente à linguagem
pautada na interlocução, com atividades que possibilitem ao aluno a leitura e a produção oral e
escrita, bem como a reflexão e o uso da linguagem em diferentes situações. Para tanto, propomos
um trabalho com sequências didáticas que priorizem a prática, a discussão e a leitura e
compreensão de textos das diferentes esferas sociais (jornalística, literária, publicitária...), ou
seja, além dos textos literários serão utilizados textos que circulam no meio social em que os
alunos estão inseridos.
OBJETIVOS DA ATIVIDADE:
- Promover o amadurecimento do domínio discursivo da oralidade, da leitura e da
escrita;
- Empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada
contexto e interlocutor, reconhecendo as intenções implícitas nos discursos do cotidiano e
propiciando a possibilidade de um posicionamento diante deles;
- Compreender os textos lidos;
- Localizar informações explícitas nos textos;
- Expressar suas ideias de forma clara;
- Utilizar adequadamente a pontuação nas produções escritas.
- Posicionar-se argumentativamente na defesa de seu ponto de vista;
- Reconhecer e empregar os elementos composicionais dos gêneros estudados.
CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO
Alunos matriculados no Ensino Fundamental do Colégio Estadual Abraham Lincoln,
que estudam no período matutino, priorizando aqueles que apresentam maiores dificuldades na
leitura e na escrita.
ATIVIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR
PROGRAMA VIVA A ESCOLA
ATIVIDADE: Matemática - Dinâmica de Jogos e Aprendizagem.
NUCLEO DE CONHECIMENTO / DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Expressivo – Corporal;
Matemática.
JUSTIFICATIVA:
A matemática desde muito tempo é concebida erroneamente por muitos, como algo
distante ou ainda, passível de compreensão apenas a uma parcela privilegiada da humanidade.
Tabus foram se criando e uma concepção distorcida da aprendizagem matemática vem passando
de geração em geração.
Entretanto, a matemática está presente em relações sociais cotidianas e não
compreende uma forma de aprendizado inatingível aos alunos. Ocorre porém, que a matemática
deve ser apreendida de forma gradativa, sem que se perca o que é básico, na busca do mais
complexo.
Observando essa dimensão da aprendizagem matemática, constata-se a importância
de se abstrair para compreender, mesmo que o que esteja em pauta sejam conhecimentos básicos.
Na verdade, o que desencadeia a dificuldade no aprendizado da matemática está intimamente
relacionado à falta de construção sólida e consistente do que se considera básico na matemática.
Nessa perspectiva, e com a intenção de otimizar essa aprendizagem, se propõe o atendimento a
alunos que demonstram dificuldade em aprender os conteúdos relativos a essa disciplina, de
modo que estes estejam em contato direto com a experimentação matemática. Assim, o apoio a
essa aprendizagem se dará como em laboratório, permitindo a experimentação, através de
interações dinâmicas e inclusive de jogos. A prática de jogos associada à matemática corrobora a
dimensão do ato de aprender, de maneira que o que é ilustrativo, lúdico e possibilita a
experimentação fica mais presente no consciente humano, garantindo novos aprendizados. Fato
que prepondera na nova abordagem matemática, como etnomatemática; resolução de problemas e
modelagem matemática.
Com essa diferenciação metodológica no trabalho com a matemática, os alunos que
sentem dificuldades nessa área (matemática) terão disponíveis maiores recursos para solidificar
seu conhecimento e concretizar a aprendizagem.
OBJETIVO DA ATIVIDADE:
- Reconhecer na matemática trabalhada em sala de aula, situações do cotidiano;
- Buscar soluções para problemas enfrentados no dia-a-dia, através da abordagem
matemática e da resolução de problemas;
- Vislumbrar na prática de jogos a compreensão matemática;
- Explorar os recursos midiáticos, adequando situações cotidianas à compreensão da
matemática;
- Tomar como foco de estudos o universo matemático dentro da perspectiva lúdica;
- Compreender as relações matemáticas através da convivência coletiva e da
experimentação de jogos;
- Incorporar a matemática básica como subsídio para o aprendizado matemático
subsequente;
- Conceber a matemática como prática cotidiana.
CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO:
Os alunos serão selecionados para participarem desse programa, conforme
identificação de necessidade de aprimorar a abstração na compreensão matemática, priorizando
inclusive, os que apresentam maiores dificuldades na disciplina de Matemática. Ainda
atentaremos para a questão da socialização, uma vez que a prática de jogos poderá subsidiar a
integração social dos participantes. Poderão participar alunos do Ensino Fundamental e do Ensino
Médio.
ATIVIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR
PROGRAMA VIVA A ESCOLA
ATIVIDADE: Geografia e Música: uma Forma de Cidadania
NUCLEO DE CONHECIMENTO / DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Cientifico – Cultural;
Geografia e Arte.
JUSTIFICATIVA:
A presente proposta justifica-se por trazer para o ambiente escolar a cultura musical
como ferramenta auxiliar na educação, pois a interdisciplinariedade está relacionada ao conceito
de contextualização sócio-histórica e espacial como princípio integrador do currículo. Isto porque
ambas propõem uma articulação que vá além dos limites cognitivos. A importância da música e
do canto no processo pedagógico, contribui para que o conhecimento ganhe significado para o
aluno. Na perspectiva geográfica, a música traz em si aspectos regionais de um determinado
grupo, bem como sua identidade. Proporciona a socialização, a criatividade, a coordenação, a
memorização e muitos outros elementos auxiliares ao desenvolvimento do aluno no ambiente
escolar, tanto dentro quanto fora da sala de aula. Através da música, o professor pode perceber
traços da personalidade do aluno, seu comportamento individual
em grupo, e seu
desenvolvimento. Por isso, ao trabalhar uma determinada música é importante contextualizá-la,
apresentar suas características específicas e mostrar que as influências de regiões e povos
misturam-se em diversas composições musicais. Essa situação permite ao educador, um melhor
direcionamento para a aplicação do seu trabalho pedagógico.
OBJETIVO DA ATIVIDADE:
Visualizar a música como canal legítimo de expressão e ou denúncia de problemas
sociais tão comuns no cotidiano dos alunos;
- Reconhecer a prática da música como tarefa coletiva de desenvolvimento da
solidariedade social;
- conscientização e aprimoramento da percepção sensorial da imaginação e da
criatividade.
CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO:
Poderão participar do programa/música o aluno que estiver devidamente matriculado
no Colégio Estadual Abraham Lincoln, com prioridade aos alunos que se encontram em situação
de vulnerabilidade social, e se identificarem com a proposta estabelecida.
ATIVIDADE DE COMPLEMENTAÇÃO CURRICULAR
PROGRAMA VIVA A ESCOLA
ATIVIDADE: O Teatro na Escola
NUCLEO DE CONHECIMENTO / DISCIPLINAS CONTEMPLADAS: Expressivo – Corporal;
Arte e Educação Física.
JUSTIFICATIVA:
A presente proposta justifica-se por trazer para o ambiente escolar a cultura teatral
como ferramenta auxiliar na educação, pois proporciona a socialização, a criatividade, a
coordenação, a memorização, o vocabulário e muitos outros elementos auxiliares do
desenvolvimento do aluno no ambiente escolar, tanto dentro quanto fora da sala de aula.
Através do teatro, o professor pode perceber traços da personalidade do aluno, seu
comportamento individual e em grupo, e seu desenvolvimento. Essa situação permite ao
educador, um melhor direcionamento para a aplicação do seu trabalho pedagógico.
Justifica-se ainda a nessecidade da manutenção do Programa Viva Escola, uma vez
que o mesmo foi bem aceito e as atividades propostas foram satisfatórias.
OBJETIVO DA ATIVIDADE:
- compreender o teatro em suas dimensões artística, estética, histórica, social e
antropológica;
- compreender a organização dos papéis sociais em relação aos gêneros (masculino e
feminino) e contextos específicos como etnias, diferenças culturais, de costumes e crenças, para a
construção da linguagem teatral;
- improvisar com os elementos da linguagem teatral;
- pesquisar e otimizar recursos materiais e humanos, disponíveis na própria escola e
na comunidade para a atividade teatral;
- estabelecer relação de respeito, compromisso e reciprocidade com o próprio trabalho
e com o trabalho de colegas na atividade teatral na escola;
- reconhecer a prática do teatro como tarefa coletiva de desenvolvimento da
solidariedade social.
-conscientização e aprimoramento da percepção sensorial da imaginação e da
criatividade.
-desenvolvimento da psicomotricidade.
CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO:
Poderão participar do programa/teatro o aluno que estiver devidamente matriculado
no colégio Estadual Abraham Lincoln, com prioridade aos alunos que se encontram em situação
de vulnerabilidade social
.

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