(011) 01/01/2011 - Edição 36

Transcrição

(011) 01/01/2011 - Edição 36
Revista do Grupo de Poetas Livres
www.poetaslivres.com.br
Difundindo a poesia e fazendo amigos
Ano XII - Nº 36 - Janeiro a Julho de 2011
Distribuição gratuita
IMPRESSO
Ventos do Sul
Índice
Editorial
Bandeira do Grupo
Viajando com Poesia
In memoriam
Homenagem
Concursos: Resultado
Poesias d’ Além-Mar
Colaborações de amigos e associados
Sócios correspondentes
De braços abertos... estamos!
Aos Poetas Mortos...
Descobrindo...Jovens Poetas
Promovendo...Poetas do Grupo
Biblioteca Maria Vilma Nascimento Campos
Aconteceu
Expediente
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4
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6
8
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15
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24
25
36
38
44
ORAÇÃO DO POETA (*)
HINO DOS POETAS LIVRES (*)
Dá-me, Senhor, as palavras certas
para que eu possa expressar
o amor pela vida e pela humanidade.
Dá-me inspiração para mostrar
que somos todos irmãos.
Aponta-me, Senhor, o caminho
da compreensão do mundo.
Permite-me apresentar as belezas da vida,
as dores do mundo, as injustiças sociais
e exprimir o que me vai na alma.
Autoriza-me a falar as verdades do coração.
Abençoa, Senhor, minhas palavras
para que possam atingir
aqueles que amam a vida e a Arte.
Faz com que todos sintam,
por meu intermédio,
que só o Amor maior
pode revolucionar o mundo
e que esta revolução de Paz
venha por meio da Poesia.
A
E7
/. Faz bem sonhar
A
Poetar é bom
F#m
E
A
No G P L tenho união, amor e paz. /. (estribilho)
C#7
F#m
Com a rima penso a vida
E
A
Com o metro ajudo a fala
F#m
Bm
Nos versos livres meu coração
E
A
Vai ao teu e diz assim:
D
A
Poetas Livres, meu grupo amado
F#m
Bm
Que me transporta e me aconchega
E
A
Com ternura noite e dia.
F#m
Bm
Nas linhas do “Ventos do Sul”
E
A
Meus escritos dizem paz
Bm
E
A
Voando em rumo do saber que o amor traz.
Bm
E
A
Dizendo ao mundo a oração da poesia.
ZEULA SOARES
(julho de 2009)
(*) Autoria de Zeula Soares, do GPL. Instituída
através da Portaria 02/2009, assinada pela vicepresidente Heralda Victor, em 7 de agosto de 2009.
(*) Hino Oficial do Grupo, letra e música de
José Cacildo Silva. Instituído por Portaria n.3/2009,
de 4 de setembro de 2009, assinada pela vicepresidente Heralda Victor.
2
Editorial
Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a
vida e viver com paixão, perder com classe e viver
com ousadia, pois o triunfo pertence a quem mais se atreve.
E a vida é muito para ser insignificante.
(Charles Chaplin).
Caros amigos,
O ano de 2011 assinalou em abril o aniversário de 13 anos do Grupo de Poetas Livres. Neste ano já
no primeiro semestre, duas coisas boas aconteceram. A Edição do Número 26 do Projeto VIAJANDO
COM POESIA, com o apoio do JORNAL NOTICIAS DO DIA, RIC RECORD, PREFEITURA
MUNICIPAL-SMTT, parceiros que nos ajudam a levar o nosso lema adiante: “Difundir a poesia e fazer
amigos”. Um agradecimento especial ao senhor MARCELLO CORRÊA PETRELLI e toda a sua
Equipe de Marketing pelo belo trabalho gráfico.
Outra novidade é a BANDEIRA DO GPL, em página especial nesta Revista, por proposição da vicepresidente Heralda Victor. Tanto o Projeto “Viajando...” quanto a Bandeira, em páginas especiais
neste número.
Novos amigos se integram na página “De braços abertos...estamos” e uma página especial para os
amigos d´além-mar, nossos queridos poetas portugueses António José Barradas Barroso, Carmo
Vasconcelos e Eugénio de Sá. Confiram.
Um novo concurso , o 6º On-Line de Poesias com o tema A CASA CAIU e nova edição, a 7ª. do
Concurso LIBERTE-SE...NAS ASAS DA POESIA, com Tema Livre, este direcionado aos internos do
Presídio Regional de Tijucas, concurso coordenado desde o primeiro número, pela associada do GPL,
profa. Márcia Reis Bittencourt, além do 1º Concurso “LIBERTE-SE...NAS ASAS DA POESIA”, com
o envolvimento dos alunos do CEJA do Complexo Penitenciário de Florianópolis. Este Concurso teve a
Coordenação da Profa. Maria da Graça Costa Steinbach. Em páginas especiais, os resultados dos
concursos.
O Primeiro Sarau na Câmara de Vereadores, após Sessão Conjunta Câmara de Vereadores e
Academia Desterrense de Letras em que nossa associada correspondente Leatrice Moellmann
recebeu o Prêmio Vilson Mendes de Literatura.
O Sarau no Espaço Cultural Governador Celso Ramos, do BRDE, marcando os 50 anos daquele
Banco, sentiu também a presença do Grupo com seus poetas interpretando suas criações.
A mudança de sala do Grupo de Poetas Livres, na Biblioteca Pública Municipal Professor
Francisco Barreiros Filho, com as benfeitorias que a Secretaria Regional do Continente promoveu
para, enfim, transformar aquele espaço em um Centro Cultural do Continente, merece registro.
Espaços estão se adequando às aulas de informática, canto, dança, cursos de artesanato, sala para
exposições, a nova sala infantil, a reforma do auditório Abelardo Sousa, há muito sendo solicitada,
finalmente sairá, tudo em prol da comunidade. Iniciativas que merecem neste Editorial, os nossos
cumprimentos.
Apreciem mais um número da Ventos do Sul, feita com carinho para todos que apreciam a poesia.
“Faço poesia p´ra sentir o vento
Refrescar-me a face enruguecida,
P´ra lançar louvores ao dom da vida,
Para correr o mundo, em pensamento”.
(António José Barradas Barroso, Parede, Portugal)
[In:Faço poesia,p.103 de “...antes que chegue o inverno”]
Profa.Maura Soares
Presidente
3
Portaria 01/2011
Institui a Bandeira do
Grupo de Poetas Livres
e dá outras providências.
A presidente do Grupo de Poetas
Livres, de Florianópolis, Profa. Maura
Soares, no uso de suas atribuições,
RESOLVE:
Instituir a BANDEIRA DO GRUPO DE
POETAS LIVRES.
Art.1º - Por proposição da vicepresidente do GPL, Heralda Victor,
apresentada e aprovada em reunião do
Grupo dia 31 de março de 2011, fica
instituída a Bandeira do Grupo de Poetas
Livres, de Florianópolis, SC.
Art.2º - A referida Bandeira idealizada
e executada pelo poeta e artista plástico
Cacildo Silva, membro do Grupo de
Poetas Livres, terá as seguintes
características:
a) Um retângulo branco. O ângulo
superior esquerdo e o ângulo inferior
direito são representativos na Bandeira
Nacional Brasileira, na cor verde. As
duas faixas (superior e inferior) são
representativas na Bandeira do Estado
de Santa Catarina e na Bandeira do
Município de Florianópolis, na cor
vermelha. Nas laterais, inferior esquerda
e superior direita, o branco fica em
aberto com o fundo, num simbolismo
icônico de liberdade (Poetas Livres).
b) No centro da Bandeira, o escudo
do Grupo, posicionado num circulo, na
ideia de união.
c) O lema do Grupo “Difundindo a
Poesia e fazendo amigos”, ornamenta o
círculo.
d) A bandeira brasileira segue uma
proporção de: 20cm por 14cm; ou 40cm
por 28cm; ou 60cm por 42cm. A Bandeira
do GPL poderá ser elaborada num
destes parâmetros.
Art.3º - A Bandeira do GPL será
confeccionada em tecido, por empresa
especializada em confeccionar artigos
dessa natureza, obedecendo o que
preceitua o Art. 2º e seus itens.
Art.4º - Do uso da Bandeira do Grupo
de Poetas Livres:
a) A Bandeira do GPL deverá ser
hasteada em Sessões Solenes, em
mastro próprio, na presença ou não das
Bandeiras do Brasil e do Estado de
Santa Catarina e ou do Município de
Florianópolis.
b) Na presença da Bandeira do GPL
poder-se-á, nas Sessões Solenes,
invocar o Hino dos Poetas Livres, autoria
e arranjo do escritor, poeta e membro do
GPL, Cacildo Silva, no início dos
trabalhos.
c) A critério do cerimonial das
Sessões Solenes, poder-se-á, na
presença da Bandeira do GPL,
apresentar a Oração dos Poetas, no
início ou no seu término.
d) Ao termino das Sessões Solenes,
a Bandeira do GPL deverá ser dobrada,
por dois membros do Grupo, na
ritualística forma de triângulo e guardada
desta forma junto ao acervo do Grupo.
Esta Portaria entrará em vigor após
aprovada pela Diretoria e referendada
em reunião Plenária.
Aprovada.
Florianópolis, 14 de Abril de 2011
Seguem as assinaturas,
dispensadas nesta publicação.
Diretoria:
Prof.Maura Soares – Presidente
Heralda Victor – Vice-presidente
Eunice Leite da Silva Tavares – 1º.
Secretário
José Luiz Amorim - 2º. Secretário
Adriana Cruz - 1º. Tesoureiro
Licinho Campos (*) - 2º. Tesoureiro.
Edmar Almeida Bernardes responsável pelo site
Cacildo Silva - Idealizador e Executor
do Projeto da Bandeira
(*) Adelício Manoel Campos
Viajando com Poesia
O Projeto Viajando com Poesia, ideia de Adriana Cruz, foi
inspirado em dois Projetos da Prefeitura “Poesia de Passagem” e
“Dê carona a Cruz e Sousa”. Logo após a fundação do Grupo, em
1998, foi posto em prática. “Viajando com Poesia” este o título que
já está na sua 26ª. Edição. Quando apresentado à Prefeita Angela
Amin, ao Núcleo de Transportes da PMF e sem custo para a
Prefeitura, obteve o apoio do Café Melitta, da Importadora e
Exportadora Souza, das Organizações Koerich, da Rede SC/SBT,
Jornal Notícias do Dia, RIC RECORD, Revista Its, nas suas
diversas edições.
O Grupo somente lucra com a divulgação da poesia, porém
nenhum numerário aos seus cofres, pois esta era e é a ideia. Em
forma de adesivos, os poemas dos membros do GPL circulam nas
janelas dos mais de 400 coletivos da capital.
Os últimos números, contando com a competência do
Departamento de Marketing da RIC RECORD tem recebido muitos
elogios. O Grupo aproveita o espaço e agradece a Secretaria de
Transportes e Terminais pelo apoio desde a 1ª edição.
Damos um exemplo, escolhendo um dos 10 contemplados
nesta edição de 2011. O adesivo de sua idealizadora, Adriana Cruz,
agradecendo pela ideia.
4
In memoriam
Em 2007, Heralda Victor lançou a 2ª.edição revista e ampliada de sua obra
“Quando as estrelas mudam de lugar”. Publicou na página 131, texto do nosso
Manolo, que transcrevo.
Aos nossos poetas, a
eterna saudade.
Procuraremos, sempre
que possível, estampar
em uma página poemas
de autores, amigos ou
não do GPL, já falecidos,
independente de terem
sido destacados na
página “Aos Poetas
Mortos...”. Iniciamos com
os associados Áureo
Corrêa e Manoel Teles e
o poeta catarinense
Feliciano Guimarães,
destacando uma obra de
cada.
PROESIA
“Apropriadamente intitulaste teu livro “Quando as estrelas mudam de lugar”, em
consonância com o conteúdo do texto. Mas se tivestes querido privilegiar a forma,
também poderia intitular-se: PROESIA (Simbiose de Prosa e Poesia, a LITERATURA).
Maravilhoso livro. Mais uma comprovação de que nem todo livro grande é um grande
livro, nem todo livro pequeno é um pequeno livro, basta lembrar “O VELHO E O MAR”,
“O PEQUENO PRÍNCIPE” e outros...
“QUANDO AS ESTRELAS MUDAM DE LUGAR” é um pequeno grande livro.
Parabéns! Li teu livro numa sentada, tal a tua atração, emocionado pelo teu sofrido
drama na grande perda, tua força de superação na volta para a vida e a admiração pela
espontânea maestria literária ao relatares tua comovente Odisséia.Finda a leitura
verifiquei que o espelho do meu quarto estava embaçado por lágrimas e umedeceram
meus olhos vedando a imagem, puxando lembranças... A leitura do teu livro nos tornou
solidários na dor, confiantes na vida, impregnados da certeza do feliz reencontro na
eternidade...”
HERALDA
SENHOR, EU NÃO MEREÇO!
Lutando com a insônia, que há muito me perseguia,
Com a mente extenuada e o corpo cansado, quase ao romper do dia,
Em devaneio, desmaiei, dormi, caindo em reparador sono, pesado!
De repente, vi surgir alguém, uma Divinal Criatura ao meu lado.
De bela aparência, vestia uma túnica de alvo algodão,
Parecia ter baixado das nuvens, talvez eclodido do chão.
Mal refeito daquela inesperada e mística visão,
Sem refletir, disse-lhe:- Senhor! Penso que já o conheço.
Agora dás curso à difusão de tua escrita.
Na escrita da andorinha o pássaro desenhou
O suave e belo fluido, que o papel transbordou
Inebriando-nos de alegria por tua merecida dita.
Teus poemas são versos bem rimados,
Congelas neles tua vivência pela terra:
Tua dor, alegria, amor, desencontros, procelas.
Frutos são do teu esforço bem talhado.
Teus versos refletem como espelhos
Tua imagem, sentimentos, crenças e desejos,
Concentram, eles, todos os teus amares.
Teus versos são como de Amor grinalda
A luzirem o teu pregão, querida Heralda,
Musicando meigos e sonoros “Quintanares”.
MANOEL TELES
Escritor e Poeta; Membro da Academia Catarinense de
Letras e Artes (ACLA)
Membro Efetivo do Grupo de Poetas Livres
SÚPLICA
De onde e quando, não recordo, não lembro, não sei,
Talvez em minhas andanças, em algum lugar por onde passei;
Julgo, contudo, sejas da nobreza; certamente príncipe ou rei.
Replica ele: - Não sou príncipe, não sou rei, mas que me conheces, eu sei!
Sou aquela pessoa que viste pregado em uma cruz,
Eu sou o Salvador, sou o Cordeiro do senhor, eu sou JESUS!
Tu me chamaste, aqui estou! Eu vim de longe, vim do infinito,
Afim de atender teus gritos; ao ouvir distante, teus brados aflitos.
SENHOR! Eu Te agradeço, contudo, Teu sacrifício não mereço!
De joelhos, ao beijar-lhes as mãos, a custo bradei:- PAI! Perdão!
Levanta-te, diz ele. –Aqui estou para transmitir-te meu calor,
Afim de ver brotar dos teus lábios, alvissareiro e feliz sorriso,
E de tua alma, com dignidade e nobreza, eclodir o A M O R!
Escrito para a Valdira querida
Quando eu não mais tiver a desejada
Ventura de encontrar no teu amor
O bálsamo que deste à torturada
Alma que tinha mergulhada em dor;
Quando por outro fores cortejada,
Um que te dê o que melhor te for,
Sê generosa e boa: a punhalada
Não me dês pelas costas, por favor.
Não me abandones sem dizer adeus!
Que nos dias finais dos dias meus
A tua imagem no meu sonho assome.
Quero esses dias do final da vida
Viver da vida já por nós vivida,
Quero morrer a bendizer teu nome.
ÁUREO CORRÊA DE SOUZA
28 de dezembro de 2006.
Bauru, SP
FELICIANO MARQUES GUIMARÃES
[In: “Chinelos, versos de um poeta
apaixonado”,pág.70]
5
Homenagem
Prof. Celestino Sachet,em Palestra no Grupo de Poetas Livres,dia 19 de maio de 2011 (veja no “Aconteceu”), inaugurando o
púlpito do GPL, idealizado e realizado por Cacildo Silva, poeta do GPL e artista plástico
Cartas do
Celestino
Antes da transcrição de duas cartas
que enviou ao GPL, numa forma de
agradecer o apoio ao Grupo, uma
pincelada de sua Biografia.
“Como ele, Celestino Sachet,
também nasci em Janeiro, mas somos
de signos diferentes; ele, aquariano,
aqueles que possuem visão de cem
anos à frente e eu, capricorniana. Ele,
nascido em Nova Veneza, sul do Estado
e eu em Florianópolis. Diz o professor
Sachet em um site: “Nova Veneza, à
época (1930), uma vilazinha encostando
na Serra Geral e cortada por um rio, título
de poema: Rio Mãe Luzia. Era um
poema verde-azul; hoje, um esgoto
amarelo-escuro com a água de carvão
que lhe misturou enxofre mal-cheiroso,
veneno mortal para qualquer ramo de
vida.”
Quis o Destino que ele fosse meu
professor no Curso Clássico, de
Espanhol e Francês e, depois, na
6
Faculdade de Pedagogia, quando
tentava me habilitar em Supervisão
Escolar. Depois nos encontramos no
Conselho Estadual de Cultura e no
Instituto Histórico e Geográfico de Santa
Catarina.
Celestino em 1942, comprou sua
primeira revista, na cidade grande,
Criciúma, Seleções do Reader´s Digest
(que também li muito, chegando a
comprar duas coleções encadernadas).
Para ele abriu-se o mundo com o
Latim, o Francês, o Inglês, o Espanhol, a
Literatura, a Filosofia e a disciplina
impostas pelos professores Henrique
da Silva Fontes e Aníbal Nunes Pires.
Especializou-se em Lovaina, na
Bélgica; o doutorado no México; o pósdoutorado, nos Açores, em Portugal.
Professor da UFSC e UDESC, tendo
sido Reitor nesta última. Exerceu o
magistério na Universidade Nacional de
Formosa, na Argentina.
Homenagem
Seu mundo preferido: a sala de aula.
O que ele não faz com um quadro negro
e um giz! Os olhos brilhantes de seus
alunos fazem com que seu sonho se
realize, o de transmitir conhecimento.
Autor de cinco livros didáticos,
escreveu também roteiro para a TV no
programa “Santa Catarina:100 anos de
história”, que foi ao ar de 1º. de
dezembro de 1996 a 31 de dezembro de
1999.
Este homem das letras, casado com
a doce Terezinha há mais de 5 décadas,
avô de 4 netos(assim está no site), uns
20 livros publicados e outros tantos a
produzir, pois fôlego tem, revela um
segredo, o de só conseguir escrever à
mão. Diz :“É que a palavra, para mim, é
como se fosse barro que eu preciso dar
forma para transformá-la em tijolo; de
tijolo em tijolo, a parede; de parede em
parede, a casa, o livro”.
Aqui, uma pincelada deste senhor
professor, acadêmico, historiador que
lega aos seus discípulos a disciplina, a
ordem e o gosto pelos estudos.
Pessoalmente, agradeço ao
professor Sachet ter-me encaminhado
pelo espanhol e pelo francês, dois
idiomas maravilhosos. Até hoje ainda
consigo declamar o poema de
Chapeuzinho Vermelho, em espanhol.
Uma pincelada:
“Caperucita, la más pequeña/De mis
amigas, ¿en dónde está?/ - Al viejo
bosque se fue por leña,/ Por leña seca
para amasar./ - Caperucita, di, ¿no há
venido?/ ¿Cómo tan tarde no regresó?/ Tras ella todos al bosque han ido,/ Pero
ninguno se la encontró “ (e por aí vai o
poema).
A primeira carta datada de 8 de março de 2011, recebida
em 11 de março e lida em reunião. A segunda, datada de
1º. De abril de 2011, recebida em 6 de abril e, igualmente,
lida em reunião. Ambas manuscritas. Por proposição da
vice-presidente Heralda Victor e aprovada por todos para
figurar nesta RVS, transcrevemos.
8 de março de 2011
1º de abril de 2011
Prezada Maura
Prezada Maura
Grato pelo “Ventos do Sul”, n.35
– julho a dezembro de 2010. São
44 páginas de atividades literárias
não só do Grupo de Poetas Livres
mas e, principalmente, de poetas
espalhados pelo Estado, pelo
Brasil e pela Europa.
Detive-me na leitura de muitos
poemas – não todos – mas da
grande maioria.
É impressionante! Apesar das
(quase) mil ferramentas
eletrônicas que invadiram nossas
casas como os cupins de
antigamente – e ainda hoje – é
impressionante como o poema
impresso em papel, ainda bem,
reina soberano e forte cantando
versos e ritmos viajados dos
quatro pontos cardeais.
Dois poemas desta vez, curti –
e curto ainda – o texto de Manuel
Gonzalez Alvarez – Espanha –
“Las acácias tienen alma/ las he
oido queparse/ en la tarde callada”.
Ah! Esses poetas! Descobrem
almas nas árvores e descobrem
queixas e vozes dentro da tarde
que fica em silêncio para melhor
curtir a alma e as vozes das
árvores! E que lição! As criaturas
humanas já não tem mais nada a
dizer.
Maura, poeta, diz às acácias
que tu tens mil vozes para
conversar com elas e com as
tardes.
Um abraço – com vozes – do
Celestino
7
Recebi tua carta de 13 de
março p.p. que a acompanhou a VI
Antologia do Grupo de Poetas
Livres que você dirige com tanto
zelo e sucesso.
Como sempre um importante
documento de 170 páginas na
história e na poética da literatura
dos catarinenses, não só pela
pequena amostra – e não podia
ser maior! – pela pequena
amostra de cada autor mas e
principalmente pela biografia e
bibliografia da quase meia centena
de autores presentes.
Já imaginou daqui a 50 anos –
e 50 anos é apenas depois-deamanhã! – a importância dos
dados que as 6 antologias
contêm?
(...)
Parabéns, muitos parabéns
pelo invejável trabalho que estão
desenvolvendo.
Com os cumprimentos do
Celestino.
Concursos: Resultado
1º Concurso “Liberte-se...nas Asas da Poesia!”
Pela primeira vez temos o Concurso efetuado junto aos internos do COMPLEXO PENITENCIÁRIO DE FLORIANÓPOLIS,
com o tema Livre dentro do Projeto “Liberte-se...nas Asas da Poesia!” totalmente dedicado aos poetas emergentes
que se encontram cumprindo suas obrigações para com a sociedade. A Coordenação esteve a cargo da Prof. Maria da
Graça Costa Steinbach e a Comissão Avaliadora composta de membros do GPL, contou com Licinho Campos, Eunice
Leite da Silva Tavares e Maura Soares, que analisaram 25 (vinte cinco) poemas de 11(onze) concorrentes. O
Regulamento do concurso cita que somente (3) três seriam classificados em 1º., 2º e 3º lugares, porém a Comissão
optou por classificar mais dois poemas com Menção Honrosa. O Resultado aí está.
1º LUGAR:
2º LUGAR:
MENÇÃO HONROSA
HOJE, AQUI PENSO
ÁRVORE DA AMIZADE
OH, VIDA!
Hoje, aqui penso
Em um lugar sombrio e escuro,
Cercado por grades e cadeados.
Amanhece o dia,
A tarde chega
E a noite cai.
Tudo dorme,
Apenas o corpo descansa,
Mas a mente trabalha a lembrança,
As coisas boas que vivi,
E tudo que deixei para trás.
O tempo parou
E aqui eu estou
Em um lugar escuro e sombrio.
Difícil de comer,
Difícil de aprender,
Apenas obedecer
E fazer o meu dever.
Hoje pago o que fiz,
Tudo o que foi de mal,
Com o coração gelado e apertado,
Espero o que não se vê,
Apenas posso sentir,
Sentir novamente a sensação,
A sensação da liberdade,
Voar com os pés no chão
Procurando recuperar,
Recuperar o que perdi.
Nada mais,
Nada menos
Do que a vontade de viver.
Tão longe eu estava
Tão perto eu fiquei,
Achei que não encontrava,
Mas a estrada encontrei.
Pretendo não sair,
Apenas quero seguir,
Olhar sempre para trás,
Não esquecer o que passei,
Para não cometer o mesmo erro.
Obrigado pelo tempo
Pelo meu caro leitor,
E apenas a reflexão
Através da poesia
De uma vida passada,
De uma cela fria e escura
De um preso que ali estava.
Se algum dia o vendaval da vida
derrubar a árvore da nossa amizade,
espero que reste frutos
de uma profunda saudade.
E se nesse dia eu já não mais existir,
procure-me em uma praia deserta,
ou nas águas tranqüilas de um lago.
Então, assim, saberá que
mesmo o tempo tendo passado,
eu nunca me afastei do seu lado.
Oh,Vida!
Quantos mistérios trazes
Numa esquina
Acenas fagueira
Os caminhos a percorrer
Nas caminhadas contigo.
Risos, choros
Dor, alegrias
Felicidades, tristezas
Traições, fidelidades
Contigo oh, Vida,
Aprendi que viver
É correr riscos...
Mas nunca nos deixas sós
Sempre deixas por companheira
a solidão...
LÁERCIO LAURO DE SOUZA
3º LUGAR:
MELHOR AMIGA
PAULO CÉSAR DA SILVA
A rua é minha amiga
Que um dia me hospedou
Onde senti a dor do espinho
E o perfume de uma flor.
A rua é minha amiga
E um dia foi meu lar
Lar que, entre flores e espinhos,
Me deu coragem pra lutar.
A rua é minha amiga
Amiga de verdade
Me ensinou o que é o amor
E me mostrou o que é maldade.
A rua é minha amiga
Amiga com certeza
Me ajudou com alegria
A me livrar de uma tristeza
MENÇÃO HONROSA
LIBERDADE
Liberdade é poder gritar
Em alto e bom som
Sou feliz.
Liberdade é ter
O poder de decidir
Onde quero estar,
Aonde quero ir
Ou o que vou fazer.
Liberdade é ter o poder
De se comunicar
De expressar
O que se está sentindo.
A rua é minha amiga
E também minha liberdade
O que aguardo de mansinho
Pra matar minha saudade.
Liberdade é tudo
O que o homem enclausurado almeja:
Liberdade!
MAYCON ELIAS CAMARGO DE LIMA
IVAN M. B. APOLINÁRIO
MAURICIO DE JESUS LIMA
8
Concursos: Resultado
7º Concurso “Liberte-se...nas Asas da Poesia!”
Este Concurso é totalmente dedicado ao público carcerário, com
Tema Livre. Os detentos do Presídio Regional de Tijucas, alunos
do Curso CEJA-Curso de Educação de Jovens e Adultos,
comparecem nesta 7ª. Edição. A coordenação é da professora
Márcia Reis Bittencourt, membro do GPL, e professora do Curso,
naquele Presídio. Os trabalhos foram analisados por Eunice Leite
da Silva Tavares, Licinho Campos, Heralda Victor e Maura Soares.
Classificados em 1º, 2º e 3º lugares:
1º.LUGAR:
MEUS PENSAMENTOS
Meus pensamentos hoje saíram
à procura de você.
Rompeu as distâncias,
cruzou fronteiras
e por onde passava
deixava as suas marcas.
De saudade e de dor
chamei por você.
Sua resposta...
O silêncio.
A dor sufocou minha alma
Pedi para Deus por sua presença
e Deus na sua infinita misericórdia,
nos seus braços me colocou.
Hoje ao seu lado, agradeço
a Ele por ter-me trazido Você,
meu Grande Amor!
DALVA MANGELA FERREIRA
2º. LUGAR:
SENSAÇÃO
Hoje acordei, senti
como se meu coração estivesse
esmagando o meu peito
e ao mesmo tempo
me senti como se estivesse
flutuando nas nuvens.
Parei por um instante
e vi você
ali do meu lado
e percebi que aquilo
que eu sentia
era apenas Amor!!!
(Por mais dificuldades que você passe,
olhe sempre o lado bom da Vida
e seja feliz!!)
RENATO VIANA DE MORAIS
3º LUGAR:
TEMPO
Assim como para todas as coisas
existe um tempo,
dentro deste tempo existe
o teu momento.
Momento que ao vivê-lo,
me perco neste tempo.
E, assim, desejo que não passe
o tempo nem o momento;
que são combustíveis
para o meu sentimento.
MARCO ANTONIO ÂNGULO LUCIANO
9
Concursos: Resultado
6º CONCURSO ON-LINE DE POESIAS
Tema: A casa caiu
1º. Lugar:
RUINAS
Quase nada restou do branco caiado
Nas fortes paredes do velho sobrado
Nas rachaduras expostas:
(feridas do tempo)
Crescem avencas e teias de aranhas
Brotam suspiros, vermelhos e azuis
Os musgos avançam rumo ao telhado.
Subindo as paredes do antigo sobrado
O vento reclama através das janelas
Gemidos se libertam das pedras frias
No assoalho solto, ouvem-se os passos
Da dança ritmada com melodia
Dos risos alegres, dos beijos ardentes
Da vida que há tempos, ali existia.
Quase nada restou do sótão esquecido
Prisão dos meus medos
Ainda hoje, vejo no que restou da janela
Uma moça tristonha, chamada Maria.
Quase nada restou do velho sobrado.
A não ser minhas fantasias.
PERPÉTUA AMORIM, SP
2º. Lugar:
CORRENTEZA
De repente tudo se vê com lágrimas nos olhos
E tudo se mostra bem maior do que supomos
O nada se parece com o vazio do que perdemos
E a dor é morte, e desaba tudo o que criamos
A boca cala – estarrecida –
Cada palavra que não se explica
E que se vai n´água das chuvas
3º. Lugar:
TERREMOTO
E tudo o que podemos
É correr... Buscar a Fonte
E – no dizer da própria pele –
Nos expressar sentidos
Pedir misericórdia
Furiosa,
Ó Terra,
Tremes.
Porque a casa cai como se desmancha um laço de fita
Mas a esperança...Ah! A esperança!
Esta sempre fica.
Faminta, devoras.
MARIA VALÉRIA REVOREDO, SP
Fatal, apavoras.
(Temo!)
Forte, ignoras.
Até que te acalmas.
E, em meio a gritos,
Vultos e lutos,
Leva almas
Para teu seio.
(Receio!)
Pois sei
Que, uma vez mais,
Despertarás.
Presenteando ao Mar
O que restou de meu lar.
EDWEINE LOUREIRO DA SILVA
Saitama – Japão
10
Concursos: Resultado
6º CONCURSO ON-LINE DE POESIAS
Tema: A casa caiu
MENÇÃO HONROSA:
MENÇÃO HONROSA:
ALICERCE
A CASA ERA AMARELA
palavras desmoronadas
verbos destelhados
artigos caídos
adjetivos estilhaçados
espalhados pelo chão de substantivos
nada mais faz sentido
ante o tsunami de traições e mentiras
a casa caiu
arrastada pela ilusão
Cinzas de sonhos se espalham
Nos olhares vagos das crianças
Que brincavam no quintal
sobrou apenas o alicerce
sobre o qual são erguidos sonhos
que depois são levados
pelas expectativas humanas
efêmeras construções do homem: paixões
A terra soterra quando a água castiga
A água castiga os que punem a Terra?
Mas eram só crianças em suas primaveras
A natureza está em guerra, na Terra, na serra
Enquanto a dor berra diante das cinzas
a casa caiu
restou o lar
restou o alicerce
...só restou o amor.
A mãe não sabe onde jogar as cinzas
Sombras vagam
Sonhos não acordam mais
Descansam em paz
ANDRÉ TELUCAZU KONDO, SP
Decidiu fazer uma ampulheta
Cuja areia será feita de restos mortais
As bonecas estão amputadas
Os carrinhos, sem rodas
O Natal, sem presente
A casa caiu depois da enchente
NATHALIA DA CRUZ WIGG, RJ
Cidades dos internautas que
participaram do Concurso “A
casa caiu”:
Ilha do Governador,RJ; Saitama,
Japão; São Paulo,SP; Franca,SP;
Florianópolis,SC; Ribeirão
Pires,SP; Caraguatatuba,SP;
Pirapetinga,MG; Rio de
Janeiro,RJ; Paris, França;
Americana,SP; Brasília, DF; São
José, SC; Muriaé, MG; Balneário
Camboriú, SC; Rio de Janeiro,
RJ; Uruana,GO; Assis, SP; São
José dos Campos, SP;
Mongaguá, SP; Betim, MG;
Frederico Westphalen, RS; Santo
André, SP; Santo Amaro da
Imperatriz,SC; São Paulo,SP;
sem identificação de cidade o
internauta Marcelo Coronato;
Pato Branco,PR; Campo
Grande,MS; São Pedro da
Aldeia,RJ; Blumenau,SC; Paris,
França; Paranaguá,PR; Pirapora,
MG e Santa Cruz do Sul, RS.
MENÇÃO HONROSA:
O RUIR DAS HORAS
Na lembrança, qual um palco imaginário,
o cenário de coisas que vivi,
algumas pessoas, cães, carinhos que não foram percebidos
por entre as metáforas não entendidas
enquanto a vida era apenas uma ordem.
Na desordem da natureza do tempo que nos deteriora,
perdemo-nos um pouco a cada instante
e ainda à caça da felicidade para um futuro distante
sem vermos que não vemos nem mesmo o momento seguinte.
A casa a ruir abriga-nos dos sonhos que detemos
em cada quarto que nos prende
a render-nos às nossas verdades e imaginários
e em cada um a quarta parede cai
desvendando um cenário de expectativas
desperdiçadas no que não sentimos no agora
que se esvai
como se fosse a lembrança
daquilo que jamais existiu.
PAULO FRANCO, SP
11
Poetas d´Além-Mar
Cá estamos ou estamos cá a homenagear três poetas de Portugal,
nossos patrícios que nos tem agraciado com seus sonetos e
seus emails carinhosos: a poetisa Carmo Vasconcelos e os
poetas António José Barradas Barroso, Eugénio de Sá e Odir, de
passagem (que escreve de João Pessoa, PB).
No intuito de divulgar os amigos, eis que também o GPL é
divulgado em sua terra, assim o fazemos, neste Encontro Poético.
VENTO SUDESTE (Em décimas sujeitas a mote)
O mote: “Do vento do sudeste algum recado perdido na distância
inatingível.”
VENTO SUDESTE
VENTO SUDESTE
Escuto o vento enquanto a noite tenta
fazer-se fria e me afastar do mundo
feito todo de mar, de um mar profundo
que rasteia no raso, em vaga lenta.
E o vento inventa sons, e me atenta
com uma voz de mulher, quase inaudível,
provinda de além-mar, que faço crível
mesmo que saiba ser desordenado
do vento do sudeste algum recado
perdido na distância inatingível..
Enquanto em seus murmúrios canta a noite,
e, impudica, a lua despe prós amantes
seus ternos raios de luz, acariciantes,
fustiga-me a tua ausência como açoite.
Não há lua nem estrela que me acoite
esta dor da saudade inextinguível,
este insano querer-te, irreprimível;
e espero, em desespero tresloucado,
do vento do sudeste algum recado
perdido na distância inatingível.
Escuto o vento, enquanto a noite alerta o
lucilante das estrelas guias,
enquanto o mar me embala fantasias,
enquanto a musa dentro em mim desperta.
Noite sem lua, lúbrica, deserta
nos excertos do tempo irredutível,
a me falar de amor quase impossível,
muito embora eu já tenha descartado
do vento do sudeste algum recado
perdido na distância inatingível.
Escuto a voz do vento, que apregoa
d’outros mares cantigas amorosas
lembrando versos meus, antigas prosas
que à minha musa dediquei à toa.
E escuto-lhe a voz, que ainda ecoa
numa estória de adeus inconcebível
um adeus definito, irrecorrível,
ainda que ouvir me seja dado
do vento do sudeste algum recado
perdido na distância inatingível.
Mas o vento que sopra vem do Norte,
dessas paragens, surdas à tua voz,
e assim, o vento oposto deixa a sós
quem triste desespera nesta sorte.
E nessa angústia negra, cor da morte,
sabendo desse amor inacessível,
mas entregue à paixão irrestringível,
ainda peço, num pranto derramado,
do vento do sudeste algum recado,
perdido na distância inatingível.
Sons débeis que me alcançam, chegam vagos,
ambíguos - que me iludem, promissores;
são versos encantando mil amores,
mas que minh’alma toma por afagos.
Do cacho que desejo, escassos bagos,
vinho breve pra sede inexaurível!
Mas... pese, embora, o longe intransponível,
recorro a Deus pra não me ser negado
do vento do sudeste algum recado
perdido na distância inatingível.
ODIR, de passagem
João Pessoa,PB – 18/Fev/2011
CARMO VASCONCELOS
Lisboa/Portugal - 20/Fevº/2011
12
Poetas d´Além-Mar
VENTOS E BRISAS
VENTO SUDESTE
Foi um lamento da brisa que passou
O que se ouviu gemer pla ramaria
Contando de um amor que se extinguia
Chorando nessa dor quem mais amou.
Que sempre o vento ouve quem chamou
E os sentimentos de quem lhe é sensível
Que ouviu as preces de um povo imbatível
Que rezava pra ver o pano enfunado
Do vento do sudeste algum recado
Perdido na distância inatingível.
Se a tempestade a alma nos assola
E o turbilhão d’Eolo é bravo e pavoroso
Mais sentimos no peito o êxtase amoroso
E mais ao seu abrigo a gente se consola
Com um bom vinho e o som de uma vitrola
Partilhados com um amor irreprimível
D’alguém que ora nos é imprescindível
E espera connosco o sopro abençoado
Do vento do sudeste algum recado
Perdido na distância inatingível.
É de bonança o dia, amaina o vento,
Mas o amor que partilhámos não perdura
E um espanto nos enche d’amargura
Num espírito apostado em cismar lento.
Pois quem nos soube amar, nos deu alento,
Levou consigo esse sonho impossível
E ficamos suspensos de dor indizível
Voltando a ouvir na voz do nosso fado,
Do vento do sudeste algum recado
Perdido na distância inatingível.
O vento que me esfria o rosto quente
e que faz ondular campos de flores,
transporta, no seu dorso, mais odores
que aqueles que eu aspiro, livremente.
Minha alma, inebriada, logo sente
quando chega, todo ufano e aprazível,
com um ar tão risonho e tão visível,
que eu espero tenso, ansioso e apressado,
do vento do sudeste algum recado
perdido na distância inatingível.
Se o vento se transforma em tempestade,
eu penso como é belo ser só brisa
que faz uma carícia, se é precisa,
e afaga meu corpo, com suavidade.
Mas, em toda a tormenta, a novidade
na voz do seu rugir indiscutível,
é saber que, de longe, inda é possível
receber, por correio improvisado,
do vento do sudeste algum recado
perdido na distância inatingível.
Se o vento sossegar os seus furores,
eu ficarei esperando ouvir cantar
as musas, em sonatas de encantar,
que o vento, quando amaina, traz amores
que se colam nos beijos, com sabores
ao mel colhido em colmeia invisível
que, para amantes se torna acessível.
E eu continuo esperando, enamorado,
do vento do sudeste algum recado
perdido na distância inatingível.
EUGÉNIO DE SÁ
Bogotá – 24/Fevº/2011
ANTÓNIO JOSÉ BARRADAS BARROSO
(António Barroso – Tiago)
Parede – Portugal (24-02-2011)
13
Colaborações de amigos e associados
Neste número da RVS continuamos com as Colaborações de Amigos e Associados. Aqui em duas
páginas estampamos texto de Alcides Rodrigues Calazans, parapsicólogo que, com sua experiência
profissional, muito contribuirá com o grupo. Igualmente o texto “Confesso que vivi e tô nem aí”, da
associada Therezinha Cacilda Monteiro Mann, que é também membro das Academias de Letras de
Palhoça e Alcantarense de Letras. Textos para ler e apreciar.
Confesso que vivi e to nem aí....
No que é importante interpretar a realidade
segundo uma visão filosófica
Cada um de nós interpreta o mundo através da sua
experiência e conhecimento, que são próprios de cada
indivíduo.
Sócrates afirmava que o homem deveria conhecer o seu
interior (Conhece-te a ti mesmo), para depois interagir com o
ambiente, as pessoas e as culturas em sua volta. E o que é
cultura senão a tentativa de expressar e dar forma, rito e
conhecimento à realidade que nos cerca? Platão nos dizia que
o importante era o mundo das ideias. Se o homem não
pensasse, não teria conhecimento de si e de sua realidade.
Precisamos nos conhecer melhor e também o meio ambiente
em que estamos inseridos, buscar conhecimento, rever
antigos conceitos, atualizando-os dentro dessa nova realidade,
sabendo que somos seres humanos, temos as nossas
limitações e precisamos conter a ansiedade em ter tudo o que
achamos que precisamos para sobreviver, para termos apenas
o essencial.
Ninguém é uma ilha. Precisamos nos relacionar uns com
os outros e cada indivíduo deveria complementar o seu
próximo, ou seja, ao instruído a instrução do ignorante, ao rico,
o auxílio do pobre. Viemos a este mundo para desempenhar
uma missão, grande ou pequena, mas que pesa na soma
geral. O desprezo que os grandes sentem para com os
pequenos é muito mais um reflexo do orgulho e da ignorância.
Segundo Platão, todos nós estamos condenados a ver
sombras a nossa frente e tomá-las como verdadeiras
(metáfora: O Mito da Caverna no livro VII do República, escrito
há quase 300 anos atrás). Esclarece ainda, que a busca do
conhecimento (episteme), não se limita a descobrir a verdade
dos objetos, mas algo bem mais superior: chegar à
contemplação das ideias morais que regem a sociedade – o
bem, o belo e a justiça.
O conhecimento permite um exame crítico de nossas
convicções, de nossos preconceitos e de nossas crenças, não
valorizando apenas necessidades materiais, como também
buscando alimento para o espírito, já que os bens do espírito
são tão importantes quanto os bens materiais. A inexistência
de uma visão filosófica leva o homem a caminhar pela vida
afora, preso a preconceitos e crenças, como também a
convicções que cresceram no seu espírito sem o uso da razão.
A educação contemporânea, assim como os meios de
comunicação, tem favorecido essa conduta, o que acaba por
determinar o nosso comportamento em relação aos outros. A
exacerbação do egoísmo, as insatisfações pessoais pelo
imediatismo e as competições de status social, são algumas
conseqüências. Vivemos em sociedade, e essa coexistência
nos submete a regras que indicam os limites: direitos e
valores morais. No entanto, vivemos uma crise ética, onde os
princípios e valores morais são constantemente agredidos e
banalizados, onde o ¨ter¨ é mais importante do que o ¨ser¨ e a
vida, nosso maior bem, é desrespeitada, pela violência e pela
falta de consciência.
A vida às vezes se parece com uma montanha. A gente tem
que escalá-la, achar um lugarzinho para se apoiar, mas
sempre existe o perigo da queda.
Meu Deus, tudo é tão perigoso!
Estou ficando velha e cansada, cada vez mais perto
daquela porta que um dia todos teremos que atravessar. Na
nossa caminhada para a velhice, a gente é obrigada a
atravessar diversas portas; algumas guardam a luz do sol,
outras as trevas.
A velhice nos torna solitários e carentes. Sei que muitas
pessoas não perderam o hábito de pensar que tudo que os
rodeia é deles para sempre, pois não é...
Seria bom se ninguém se sentisse solitário, e também não
desejasse morrer quando ouvisse o vento soprando ou a
chuva batendo nas janelas e tiver como companheiro apenas
um travesseiro.
Se ficar sozinha muito tempo com sua dor, enfrente-a com
fé e faça uma espécie de viagem pelo seu passado e pelas
terras da memória. Tranqüilize o espírito, não tenha medo dos
fantasmas.
Viver por muitos anos é guardar uma série de segredos e
faz-nos bem pensar no amor que tivemos um dia, pois o amor
é um ser passageiro estranho que nem sempre se adapta ao
carro veloz e inabalável que nos leva pela vida, pois todos
precisam de um vigia que olhe por nós.
É tão bom encontrar a gentileza e a humildade nas
pessoas. Ainda mesmo sabendo que o amor verdadeiro
muitas vezes exige sacrifícios, mas a família que possuímos é
para sempre e os erros do passado podem ser perdoados.
Devemos pedir a Deus que nos livre da tolice de achar que
precisamos dizer algo em todas as ocasiões e nos mantenha
amável em todos os momentos e que nos ensine a descobrir
talentos inesperados em outras pessoas.
Se na sua sensibilidade estiver triste ou só, partilhe um
sorriso com quem estiver por perto.
Depois de uma certa idade cada novo dia se transforma
numa grande vitória mesmo fazendo sol ou chuva.
Pratique a caridade e seja humilde e fique ciente que os
Anjos lhe enviarão lá do céu uma chuva de bênçãos.
THEREZINHA CACILDA MONTEIRO MANN
ALCIDES RODRIGUES CALAZANS
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Sócios correspondentes
O MEU PAÍS
NAS PEGADAS DO SONHO
Amo um país à beira mar plantado,
Quero a bandeira tremulando ao vento,
E sinto, no peito, um calor sagrado,
Vendo o sol no azul do firmamento.
Cato sonhos pelos vãos do espírito
Noctívaga sempre em busca do amor,
descubro, entre paredes que não falam,
o jazigo das esperanças mortas.
E na laje fria apenas uma placa:
Aqui repousam as últimas ilusões
de uma alma inquieta...irrequieta...de poeta
que imortalizou, em veladas confissões,
o universo imenso de sua solidão,
em versos livres de rimas e de métrica,
mas eternamente presos e submissos
à sua indomável rebeldia e coragem
de denunciar, a cada instante, a cada hora,
que a vida só vale a pena ser vivida
quando nos torna para sempre senhoras
de um mundo cheio de ternuras e quimeras.
Quero ao seu verde campo iluminado,
Nos dourados trigais, meu pensamento
Vagueia feliz, sereno e repousado,
Como num mundo onde parasse o tempo.
E em cada papoila eu vejo, de novo,
O sangue são, vermelho, do seu povo,
Bater num coração que é ancestral.
Oh! País que nos tens a todos nós.
Oh! Pátria de meus pais e meus avós,
Teu nome faz a história: - Portugal!
ARITA DAMASCENO PETTENÁ
[In: Entre quatro paredes, pág. 101]
ANTÓNIO JOSÉ BARRADAS BARROSO
Parede, Portugal
CRISE
VIVO
Borbulha o teu calor dentro de mim
A minha carne sôfrega e afim
Busca o teu sangue férvido a pulsar
Mas tu já estás longe a esbanjar
Vivo um mito de muitas coisas,
Tristeza, alegria, solidão, esperança.
De um amanhã mais brilhante.
De criaturas mais conscientes.
O teu prazer, que eu quero só para mim
Minha alma pincelada de carmim
Qual nau perdida voga em alto-mar
Tanto sofrer...não quero mais te amar
Não
Não
Não
Não
No turbilhão frenético do fogo
Eu aceitei as regras do teu jogo
Mas, dividir-te, não aguento mais
Sim, aos sentimentos nobres;
Sim, a uma explosão de paz;
Sim, uma humanidade mais amiga,
Sim ao verdadeiro amor.
Se sou o teu pecado, és meu veneno
Peçonha, vício, em permanente aceno...
Vou te deixar por te amar demais.
a
a
a
a
torpeza dos sentimentos;
tristeza dos famintos;
ganância dos poderosos,
violência dos mares.
LUCY GOLINO
Belo Horizonte, Minas Gerais
LEATRICE MOELLMANN
[In: Sedução, pág.196]
15
Sócios correspondentes
RECEITA
RUA DAS LAVRAS
(Angical, BA)
Ao amigo Antonio Brito (1985)
Castanholas do rir, alegres e primevas.
Tristezas enchentes para não romper
o delicado vaso que o corpo mantém.
Haurir tudo em sorvos gulosos de criança em festa;
a alegria, transbordante;
a noite, tetérrima.
A luz, estonteando tudo, sem comedimentos,
e Iguaçus sem mordaças nos perderes.
Não reclame dos céus o que ficou distante.
Revive de amor seu poeirento chão.
Olha aquele árido caminho por onde
andou constante
Na encosta dos morros imponentes.
Sopra o agreste vento, singela rima.
Deixa em silêncio, às placas da natureza imensa.
Busca em meio à poeira densa, na extensa rua
fervoroso anseio
Viver assim, para,
bêbedo de vida, aguardar, curioso mas sem ânsias,
a enorme aventura ignota do depois.
JÚLIO DE QUEIROZ
[In: Sementes do tempo, pág.36]
Vibrante época das cálidas manhãs,
Tardes de sol queimante, rua das noites de lua,
Da calçada ao portal, a casa se reveste sua
Da harmoniosa penumbra de um tosco candeeiro,
Ao doce acalanto de um sóbrio reposteiro.
A MORTE
Assim, por ali você andou, ora apressado,
Ora lento, fitando aos pés à imagem sombra,
Sonhando sonhos de dourada alfombra.
A vida não termina
Onde a morte aparece.
A vida você tece
Mas a morte, Deus destina.
NÉLSON CARNEIRO
[In: Devaneio, pág. 45]
São José do Rio Preto, SP
Não transforme em saudade
Os que já se foram.
Eles estão na eternidade
E lá nesta era te esperam.
INFÂNCIA
Eles seguem contigo
De formas diferentes
Eles são teus amigos
E, jamais estão ausentes.
Onde, menino, foram parar aqueles dias,
Naqueles tempos verdes, quando nas tuas manhãs,
O sol brincava de esconder?
Ia e vinha por entre montes,
Iluminando tuas horas mais fagueiras.
E que noite foi aquela, quando se perderam
As tuas ilusões primeiras?
Onde,menino, escondeste as tuas
Desmedidas alegrias?
Quando terá sido que as amoras,
Rubras amoras de tua infância,
Deixaram ao vento, no tempo,
Primoroso sabor?
Onde,menino, acamparam aqueles dias,
Se nas tuas manhãs o sol
Já não brinca de esconder?
E que dor é essa, assumindo hoje teu olhar?
Onde ficaram aqueles dias...
De tantas e distantes alegrias?
O mundo forma um conjunto
De crentes e ateus.
Mas todos estamos juntos
Na presença de Deus.
Quando a morte aparece
Em outra vida renasço;
A vida passa tão depressa,
É um relâmpago no espaço.
Viva bem tua existência
Para que, quando a morte chegar,
Possa ir no livro da consciência
E ter coisas boas para analisar.
JANETE VEIGA
Itaiópolis, SC
MARIA DO CARMO TRIDAPALLI FACCHINI
Nova Trento, SC
[In: Prelúdio poético, pág. 54]
16
Sócios correspondentes
ATRAVÉS DA JANELA
CAATINGA
Através da janela que se abre para o rio,
Vislumbro uma beleza sem fim.
Onde todos veem um terreno baldio,
Há um confuso, mas rico jardim.
As quaresmeiras, perfiladas
Com suas flores singelas
São árvores frágeis, delicadas,
Por isso, muito mais belas.
As florezinhas crescem rasteiras,
Agrupam-se num colorido variado:
São lírios-do-campo, palmas forasteiras
Nascem espontâneas, nada foi cultivado.
O bambuzal de ramos pendentes
Recebe como adorno um colar.
São os preciosos pingentes
Da “pandorea” a lhe enfeitar.
Bimbalham como sininhos,
Tem cores claras e pálidas
Balançam devagarinho
Com a brisa das tardes cálidas.
O céu, de um azul profundo,
Com o verde entra em sintonia.
É um quadro simples, oriundo
De uma natureza em harmonia.
Emoldurado pela janela
Este é o quadro que contemplo.
Não há paisagem mais bela.
Tem a paz e a solenidade de um templo.
Amo a caatinga nordestina,
Com suas árvores retorcidas,
Com seus cactos espinhentos
com seus serrotes cheios de locas,
onde as cascavéis ficam escondidas.
Cada baraúna que tomba,
Sob os golpes do machado,
Deixa o Sertão nordestino
Mais pobre, desertificado,
Quem destrói a caatinga
Não é por Deus abençoado.
A caatinga é vista como o patinho feio
Dos vários ecossistemas brasileiros,
Mas ela é importante, e traz no seu seio
Aves, répteis, mamíferos, umbuzeiros
E bromélias, que encantam todos
Os pesquisadores estrangeiros.
A construção da barragem de Serrinha
Significou a paz, a alegria e a redenção
Dos moradores das margens do rio Pajeú,
Em plena caatinga do meu Sertão,
Hoje em dia, não falta mais água
Para os animais e para a irrigação.
O dia Nacional da Caatinga
É comemorado em 28 de abril,
Homenagem a Vasconcelos Sobrinho,
Primeiro ecólogo do nordeste do Brasil
Durante a seca, a caatinga é feia;
Mas se chove ela é só beleza mil!
ILSE MARIA PAULINO GOMES
Canelinha, SC
JOÃO BIRICO FILHO
[In: Esperança, pág. 60]
17
De braços abertos... Estamos!
POEMA DO LIVRO
NAVEGANTE
Angustiae Thermopylaram in Graecia sunt
Meu nome em ti são olhos, que me fitam,
de um transplante doloroso que não sara:
meu livro, minha vida. Minha cara.
Da plumagem da capa e da estante abissal me contemplas,
ó harpia incompleta de me seres, sem mim e meus quereres,
macho mãe tetraplégico de perder-te:
meu livro, minha morte,
dupla mentira de me voares.
Quando suspendo teu corpo de papel,
Teu peso é da outra mão, amortecida:
Peso goro, dos meus dedos num relógio
Apontando pra outro tempo e outra vida.
Do teu tempo e minha morte me contemplas,
Ó esquizofrenia completa de me seres, me lerem, me gorares:
Persa imortal em ti, de me matares,
na angústia, enfim, de me Termopilares.
JOSÉ ISAAC PILATI
[Membro da ADL, IHGSC,ACF]
LEMBRANDO PÁSSAROS
Fui navegante em mar revolto
Cujas ondas assolaram minha vida
Aportei em tantos corações
Lutei por amor,abri feridas.
Vagalhões de paixão
De encontro a minha Nau
Frágil, quase sucumbiu
Mas fui guerreiro, fui leão
Quase morro de emoção.
Foram tantas as batalhas
Travadas em mar bravio
Mas também, houve descanso
Em mulheres, calmaria.
Sofri perdas de amor
Bebi a lágrima dos afogados
Se corações fiz sofrer
Em poucos, acorrentado.
No calabouço do destino
Encontrei minh’alma gêmea
Fomos ambos torturados.
E à prancha, condenados.
Corações despedaçados
Corpos desesperados
De desejo, de tesão
Nem mesmo pudemos ter
Nosso beijo enamorado.
ARNALDO GOLINO
Belo Horizonte, MG
Aos 25.05.2011, 13hs
...Lembro do pássaro que chegou ao quintal
pela porta do anoitecer e se foi antes
que o sol despertasse.
Dele ficou o cantar mavioso,
pois não consegui desvendar suas cores.
Deve estar ainda esvoaçando campos e pradarias,
sentindo a liberdade a cada soprar do vento.
Tomara que não esteja agrilhoado
e com marcas de tirania...
...JAMAIS...
Há quem imagine
cercear teu espírito liberto,
confinar teu pensamento,
privar-te de um sopro fecundo,
atrofiar a rebeldia que te propulsiona,
ignorar as raízes,
impor um credo com açoites,
afastar de ti o rebento,
distanciar-te do colo que fervilha,
calar o som do teu acorde,
vestir a tua nudez,
esquivar-se do teu convívio,
que mascares o sofrimento
e emudeças teus ais ao açoite,
que confines toda lágrima
e condiciones cada sorriso.
JURANDIR SCHMIDT, Joinville,SC
[orquidófilo e poeta]
[In: Folha do Meio Ambiente, Brasilia,2009]
PASSOS
Sinto passos...
Estão longe, muito longe
Se perderam
Numa terna nostalgia
Vejo apenas um abismo.
JOSÉ VIEIRA
Galiléia, MG
E que assim, reprimido,
reconheças total subserviência!
LUIGI MAURIZI
Balneário Camboriú, SC
[In: Alforria – Floreios na servidão, pág. 61]
18
De braços abertos... Estamos!
Donato Perrone (ao centro, sentado), correspondente do GPL em Buenos
Aires,em reunião no Café Tortoni,onde sempre apresenta poemas e fala
sobre o Grupo e sua Revista Ventos do Sul.
Manuel Gonzalez Álvarez, correspondente do GPL em Madri, Espanha.
LOCURA DE AMOR
ZAPATONES
A Charles Chaplin
No necesito estar en soledad
para saber cuanto te amo,
no necesito juntar flores
en ti están todas juntas.
A Ti, que fuiste capaz
de dilatar el tiempo,
que me has llenado de eterna Primavera,
tirar chisteras negras hasta el cielo
y soñar quimeras de oro en mi quimera.
Soñar con tantas cosas
que el mundo me ha negado,
taparme las vergüenzas con los sueños
de sueños que han sido deseados .
- como me hubiese gustado imitarte Yo siempre tan discreto y respetado,
ver como mi doble vida se truncaba.
Como decir a los cuatro vientos.
¡Que amaba ser payaso!
La levita la he puesto en gran cenáculo,
el frac, al hacerme buen casado,
Zapatos , si puedes que sean de tafilete.
¡ Y yo soñando con zapatos desgarrados !
A “ Charles Rível”, como al otro Charlie,
van mis sueños …¡ Oh poemas !
Gracias os doy amigos míos .
Todavía tengo los bolsillos anchos
que bajan llenando la pernera,
las canicas tienen brillo aún,
en el “Encomienda”, ponen no se qué
de la quimera.
-Mi bolsillo ya se ha roto y las bolas ¡ Oh ilusiones !
Han rodado por el cine,
es tu mundo, y es mi mundo ,
ZAPATONES.
De mi boca sale una súplica
no me olvides,
un te amo, es poco
no se cuantos más.
Una gota de agua,
una lágrima tuya,
calman mi sed,
en mi mente guardo
tu imagen,
en mis manos conservo
el calor de tu cuerpo.
Tu aliento es el aire
para mi vida,
tu belleza es un paisaje
más en la naturaleza,
la noche que no estás
en mis sueños,
es amargo el despertar.
Tu risa es una cascada
que canta al caer,
no estás, pero escucho tu voz
que me arrulla para el sueño,
al abrirse una rosa,
son como tus labios,
que se ofrecen para besarlos.
MANUEL GONZALEZ ALVAREZ
Madri, Espanha
DONATO PERRONE
Buenos Aires, Argentina
[email protected]
19
De braços abertos... Estamos!
VENTOS DO SUL
DARK HORIZON
(Catarinense)
Ventos leste,
oeste,
suaves, fortes,
norte.
Ventos sul.
Céu azul.
Mar azul.
Barco azul.
Como azul é o
litero-cultural
Ventos do Sul,
em infindas viagens
sobre as ondas
compassadas,
harmoniosas,
regenciadas
pela versatilidade
cadenciada de
inspiradas melodias,
lapidadas por
divergentes e
convergentes
P O E S I A S.
Alma negra!
Em escombros
Negros ritos...
Negros prantos.
Ritos sagrados!
Em brancas brumas.
Black Soul!
And Black Vox
Alma negra!
Em Quixadá!
Negro pranto
Nas ruas de Chicago!
Negro drama
Negro choro
Nas favelas do Brasil
Negro drama nas savanas africanas
Ou em Orange City!
Ou tiro certo na Amazônia colombiana
Negra sina
Em negro pranto
Nas ruas de Itajaí.
GILDÁSIO TABORDA BARBOSA
Sant´Ana do Livramento, RS
ESTIAGEM
Nuvens carrancudas, de cenho carregado,
espreitam próximas ao horizonte,
em posição improvisada.
A névoa seca, branco-azulada,
se move em estranho balé.
É quente, mormaço até.
Algumas sombras escuras vagam
pela mataria mais baixa,
subindo finalmente pela colina pedregosa.
Nenhum pássaro pia, em voa.
As vacas batem os pés e
açoitam o corpo com a cauda,
na caça às moscas insolentes.
A grama geme ao sol.
SAMUEL CONGO DA COSTA
Itajaí, SC
A MANOELITO DE ORNELLAS
Certa feita o Juca Ruivo se aprochega,
um sorriso desusado nos lábios maragatos
e, como que servindo-me finíssimo prato,
um livro buenaço às minhas mãos entrega.
É o teu fachudo Cadernos de Portugal e de Espanha,
que das origens guapamente elucida e explica
da nossa gente brasileira e, então, mais rica,
fica minh´alma xucra com as lições que ganha.
E vejo lusos e castelhanos, em vez primeira,
com visigodos e mouros qual toalha inteira,
tecida co´a trama maviosa dos iguais destinos.
E a sua leitura buena tanto me acutila e espanca,
que ponho o zaino a trote e vou campear na banca
o teu clássico escrito Gaúchos e Beduínos.
JUCA SERRANO
(José Alberto Barbosa)
Jaraguá do Sul, SC
MARIO TESSARI
Jaguaruna, SC
[In: Momentos, pág. 33]
20
De braços abertos... Estamos!
VIOLÃO AO LUAR
TEMPOS MODERNOS
Violão ao luar
Promessas esquecidas
Corações em delírios
Acorda, homem-máquina
que a fábrica tem fome
de homens
sem nomes.
Paixões violentas
E canções para amar.
Violão ao luar
Sonhos inacabados...
Carícias em seu olhar
Romance e acordes
Num coração a palpitar.
Violão ao luar
Vida a soluçar
na ânsia de reaver
E depois conquistar
A mulher escolhida para esposar.
NILSON MELLO
[In: Sinfonia Poética e Prosa, ASAJOL,
Volume 5, 2006, pág. 57]
O MEU PAÍS
Amo estas margens onde o mar se deita
E onde espargi de mel a tenra infância,
Terra cujo perfume me deleita,
E a cor aos olhos meus é cintilância.
Quero alçar-me às colinas da memória,
Aos castelos de sonho que a bordejam,
Ser pedra testemunha de ida glória,
Sal eterno das ondas que a cortejam.
Para ver cada flor do seu jardim
Renascer num futuro promissor,
De seiva colorida ao tom do amor;
E cada coração ter do jasmim
A alva cor da igualdade fraternal,
A levantar do chão meu Portugal!
CARMO VASCONCELOS
Lisboa/Portugal
Janº/ 03/ 2011
Acorda, homem-só,
homem-pó,
homem-lata,
homem-sucata,
homem-trapo,
homem-de-terno,
homem-de-ferro,
homem no inferno.
Que a máquina tem fome
de nomes
e homens.
EDWEINE LOUREIRO
Kyoto, Japão
(agora residindo em Tokyo)
Nota: o Poema “Tempos Modernos” recebeu
o 2° Lugar no Concurso Interfaces Culturais
(Pará, Dezembro de 2010):
http://interfacesculturais.blogspot.com/
FORMAS DE VIVER
Na forma humana, um trapo de gente caminha
pelas ruas, sem rumo e sem identidade.
De repente, em algum lugar, há alguém chorando
por sua ausência.
É como se tentasse ser outra pessoa para
se esquecer do passado...
Dificuldades, fome, desprezo, somando as
desilusões que todos temos
que ter para o crescimento espiritual.
Fraqueja, foge de seu mundo real, adquire
uma nova forma, uma diferente identidade,
talvez sofra menos lá fora
do que presa em seus pensamentos.
Em seu olhar não há nada; é vago.
Formas de se viver, equilíbrio e desequilíbrio.
Opções, escolhas em algum determinado ponto da vida.
Destrói-se uma casa e começa-se a construir outra.
Quem está sempre certo?
Todos nós temos o dever de arriscar, mudar,
fazer e desfazer,
amar e odiar, crescer, SER, se conhecer,
fazer coisas novas, diferentes.
Ter coragem, pois poucos fazem valer.
Aprender com o belo e com o diferente olhar de beleza.
Ver além das aparências.
Ser quem se quer.
SER, naquele exato momento.
ADRIANA DA SILVA MOREIRA
21
De braços abertos... Estamos!
LEMBRANÇAS
OUVE, Ó MULHER!
Eu quisera um peito sem dureza,
um regaço de brandura,
mas de espírito obtuso
fiz minhas partes,
parte ocluso.
Tanto rocha, tanto aço,
quase toda a ferro eu passo
a vil semente,
já descrente do que faço.
Noutros tempos,
há quem saiba
que eu pudera,
de autêntico,
estender sobre alvo campo
meus risonhos, doces cantos.
(hoje lanhos, sangramentos...)
Mas que passa? São momentos?
Não, amigo, são lembranças
de mim mesmo
então tão vivo
que nem lembro.
Ouve, ó mulher, o que te digo
Se não me quiseres ouvir, nada direi.
Tu és aquela que amei
E sempre te amarei.
ADONIS KUZER LEHMKUHL
Curitiba, PR
SEMEADOR DE VERSOS
No meu mundo de sonhos
De esperança, amor e paz,
Vivo minhas fantasias
De felicidade.
Crio histórias, componho poemas
Planto rimas ou versos transgênicos
Para saciar minha imaginação.
Produzo o que gosto
E vou consumir,
Reparto com quem
Tem fome de esperanças.
Jamais vou esquecer dos teus carinhos
Dos beijos maravilhosos que te dei.
Das palavras de amor que tu me deste...
E outras que baixinho em teus ouvidos sussurrei.
Foi triste acabar, a gente sente,
O horror da tristeza espalhada
no coração e na alma
e até na casa da gente.
Mas o que fazer!
Morreu!
Não se pode salvar; aconteceu.
VIVALDO TERRES
Itajaí, SC
REALIDADE
No horizonte longínquo,
mar e céu perdem os limites,
seus azuis se misturando,
ganhando tons de grafite.
Assim agem as fantasias,
com os sonhos se mesclando,
confundindo nossa mente,
a realidade empanando,
e nosso viver camuflando.
Quando a verdade emerge
pintada em cores reais
como aquarela em papel,
o mundo que idealizamos
perde o verniz da bondade
e se mostra bem cruel!
ZENILDA NUNES LINS
A poesia é alimento
Das almas sonhadoras
Do mundo adverso,
Para alimentar esses famintos
Sou um semeador de versos.
ANTONIO PEREIRA MELO
Santa Maria,RS
NO ME HACE PREGUNTAS
No me hace preguntas
mi casa lo sabe todo
todo lo sintió
Si no es unquisitiva
es por su forma de saber
y de sentir
No me humilla
nunca ni me compadece
ni me juzga
También asi es mi cama.
ROLANDO REVAGLIATTI
Buenos Aires, Argentina
22
Aos Poetas mortos... Fonte de muitas inspirações!
Esta página é dedicada aos grandes
poetas catarinenses já falecidos
Conheci Miguel Russowsky nos saraus da ACP - Associação
Catarinense de Professores, à época comandado por Jessy Helena de Oliveira, e me encantei com a jovialidade daquele
octogenário, tendo as professoras e convidados a seus pés encantados com o declamador – todos os poemas e sonetos de
cor, diga-se de passagem.
Mas o poeta se foi e deixou sua produção de belos sonetos
espalhados em sites, revistas e livros. Um sorriso nos lábios,
um encanto de pessoa, Miguel Russowsky, filho de Jacob
Russowsky e de Eva Russowsky, nasceu em 21 de junho de
1923 em Santa Maria, RS. Casou-se com Vitória Toaldo
Russowsky e teve quatro filhos: Leila Brunoni, June Braganholo,
Miguel Igôr Russowsky e Silvia Herter.
Em 1940 entrou na Faculdade de Medicina UFRGS e formouse em 1946, aos 23 anos, em Porto Alegre. Tinha como hobby a
poesia e o xadrez. Exerceu clínica e cirurgia geral durante os
últimos 50 anos de profissão, sempre pela medicina livre, sem
vínculos empregatícios.
Em 1962 iniciou a construção do Hospital São Miguel, em
Joaçaba, SC, onde trabalhou até o ano de 2006. Um fato triste
abalou sua vida: a morte da filha June, abatendo-se no poeta a
tristeza, a melancolia e até a revolta, pois é condição da vida os
pais irem antes dos filhos e não o contrário. Essa tristeza rendeu
obras de profundo sentimento. “Mas mesmo dos versos sangrando
surgem cicatrizes de luzes pelo amor que por toda a vida do
poeta tem espargido abundantemente”.
Quis o destino que fosse dessa vida rapidamente, em um
acidente automobilístico, acidente sofrido a poucos metros de
sua casa, no dia 1º. de outubro de 2009. Com muitos ferimentos
foi hospitalizado e cuidado pelo filho e neta, ambos médicos,
indo a óbito dia 3 de outubro de 2009.
Partiu o poeta, a Medicina perdeu brilhante profissional. Outubro ficou triste. Ficou triste a cidade que o conhecia, que ele
adotou, catarinense de coração. Ficaram os professores da ACP
e amigos, sem o declamador, brincalhão, risonho. Seu sorriso
apagou-se no dia 3 de outubro de 2009, porém sua obra é eterna.
Deixou uma brilhante produção: Céu de Estrelas - 1951
(reeditado); O Julgamento de Tiradentes-1980(peça teatral); O
Segredo do Pântano -1983(peça encenada pelo Grupo Teatral
Eugênio Marcheti, de Herval d´Oeste; Poesias Melancólicas - 1994;
Noite de Lua-1996; Cadeira de Balanço-1998; Confeitos de Quimera-2000; Cantares de um vulcão quase extinto-2005. Além de
sonetos e poemas, Russowsky também produzia excelentes Trovas líricas, humorísticas, patrióticas, religiosas. “Sua inspiração
privilegiada não conhecia limites. Suas poesias foram exaustivamente publicadas em jornais, revistas, boletins, antologias e divulgados em programas radiofônicos e televisivos.” Conquistou
mais de 400 prêmios no Brasil e exterior com sua literatura. Foi
um dos fundadores do Lions Clube de Joaçaba; Diretor Literário
da SCAJHO-Sociedade de Cultura Artística Joaçaba e Herval
d´Oeste; participou dos Jogos Abertos de Santa Catarina como
enxadrista. Era proprietário do Hospital São Miguel, o maior e
mais bem aparelhado da região e do Hotel Jaraguá, em
Joaçaba,SC.
Em 11 de outubro de 2009, a União Brasileira de TrovadoresUBT, Seção do Rio de Janeiro, dedicou sentida homenagem ao
poeta-trovador Miguel Russowsky, ocasião em que muitas de
suas obras foram declamadas.
Embora o ano tenha passado, guardo, intacto, o Calendário
Poético de 2007, com seus belos poemas e sonetos a emoldurar cada mês, com belas paisagens de fundo.
Miguel
Russowsky
ARREPENDIMENTO
Um por um, os meus sonhos, nesta vida,
despi no andar do tempo modorrento
qual árvore esfolhada pelo vento
numa tarde outonal, entristecida.
Quebrei-me um pouco, assim, a cada ida
à procura não sei de qual intento.
Deixei amor, amigos e, ao relento
destroços de minha alma enrijecida.
E hoje, velho, ao voltar da caminhada,
tropeço em meus pedaços pela estrada
com saudosa visão aqui e ali.
Fonte deste artigo: sites disponíveis na Internet
complementados com dados pessoais.
[Soneto in: Calendário 2007]
[Profª Maura Soares]
Não mais me iludo, e essa descrença atesta
que passarei o tempo que me resta
recolhendo os pedaços que perdi.
23
Descobrindo... Jovens Poetas!
QUIMERA (*)
lá estava ela naquela imensa
escuridão lancinante,
pronta para atacar a presa.
eu, e todo o resto completamente
inertes à sua presença
espectral.
uma segunda espinha dorsal,
era o que ela precisava pois não
tinha como tantas bestas,
habitarem apenas um corpo.
do breu, ela rugiu e esquecemos
da vida, do sol, do mar, de tudo
que é triste.
suas palavras flutuavam no ar
como um veneno doce e nos
contagiava.
e quando sua presença não era mais
necessária,
as cortinas baixavam e
aplaudíamos como se não
houvesse amanhã.
(*) Dedicado a Zeula Soares,
no dia do seu aniversário,
P.P.V.
Talvez eu me silencie pelo puro prazer
De te abraçar e te sentir, sem ter que dizer
Nenhuma palavra que vai substituir
A pureza do momento de um carinho inestimável
Aprendi a sonhar de olhos abertos,
E a dizer coisas com a boca fechada.
A perder a vergonha e o medo de errar.
Faltam-me palavras para continuar.
Porque quando te vejo a me olhar e a sorrir
Fazendo mil planos como uma criança a sonhar,
É como se o tempo parasse e uma voz me dissesse
Que sortudo fui eu ao poder te encontrar.
JOÃO GOLINO
Belo Horizonte, MG
30 de março de 2011.
JOÃO GUILHERME MACHADO SOARES
PERSISTA EM SEUS SONHOS
Os sonhos alegram a nossa existência,
deixam-na mais bonita,
fazem parte da nossa essência.
Por isso nunca deixe de sonhar
Viva, sonhe, torne realidade.
Não espere o tempo passar,
ter mais idade.
O importante não é quantos anos você viveu,
mas sim o quanto você amadureceu.
O mundo está repleto de coisas ruins,
porém não desista e vá até o fim.
Faça o que quiser
não espere o futuro chegar,
pois amanhã você pode nem sequer acordar.
Continue sonhando
e quando pensar em desistir,
lembre-se que alguém estará lhe apoiando.
Realizar um sonho não é fácil,
entretanto crie forças para lutar,
pense em coisas boas que irá se animar.
O importante é não desistir, viver sonhando e sempre
GABRIELA BERTOLI
Osório, RS
24
BONS VENTOS
Que bons ventos
trazes,
doçuras do sul?
Ou poesias
de um céu
azul?
CLARISSE DA COSTA
Biguaçu, SC
persistir.
Promovendo... Poetas do Grupo
SOPRO
A carne ainda era tenra, e o sopro do tempo,
com lentidão, por ali passou.
Muitos espinhos e pétalas lhe acompanharam.
A primeira escolha já fizera
e presenteada com a continuação,
adormecida e esquecida
quando o cintilar tocou-lhe.
Crenças foram desfeitas.
Um horizonte se formou.
Sentidos foram mudados e a cor voltou.
O verde tomou a marca que lhe acompanhou.
O sete fez parte e repetitivo somou
sopros em todas as direções
e um mosaico formou.
Nem todos os pedaços podem ser vistos
e sentidos e, no conjunto, evaporou.
O verde marca a página,
abraça macio e deslizante.
Conta lendas, ciência e romance.
No poema faz o sentido.
Abrupto, some e espera.
O olhar lhe dá o sentido, a força e o desejo.
E como o sopro, se dilacera.
ANDRÉIA PEREIRA
[27.6.2011, madrugada]
SEIOS
tem a rigidez de um seixo
eretos em teu recôncavo
a beleza em cone e tão pura dos teus seios
em teu peito traz encanto
e ao sensual empresta o nome.
como pitangas maduras
exalam sabores
oh, minha amada, bendizer
são teus seios
arquiteturas nuas e cruas
dos olhos o prazer.
esculturas em rosácea
que ao teu peito ornamenta
teus seios das rosas são pétalas
e desenho em aquarela.
Alzemiro Lidio Vieira. A RVS deseja-lhe restabelecimento em sua saúde.
NITIDEZ
Enquanto houver escombros
Cortarei atalhos e ressentimentos
E com a lâmina da alma
Afiarei as esperanças.
A através das frestas dos tempos
Acenderei candelabros
Porque nada será lúcido
Sem antes ser nítido...
ALZEMIRO LIDIO VIEIRA
[In: Vertente, pág. 29]
LICINHO CAMPOS
CHUVA
A chuva cai,
nostálgica
lavando a vidraça da alma.
Edificando os corações
com o mais puro dos sentimentos:
o amor entre os homens.
LEINIR MARIA CORREIA
25
Promovendo... Poetas do Grupo
FELICIDADE, ONDE ESTÁS?
Nó na garganta
Aperto no peito
Boca com gosto de fel
Onde acho esta tal felicidade?
Com passos largos, mas lentos
Percorro a estrada da vida
Estrada longa e sinuosa
Onde estás, felicidade?
Cansada
Calada
Triste
Onde estás?
Minha vida
Eterno torpor
Num sonho percebo
Ah! Felicidade!
Parada
Estagnada
Imersa
Dentro de mim.
Carlos Piccoli e Zeula Soares. A RVS, ao colocar a foto, homenageia seu
parceiro.
AMIGOS
ADRIANA CRUZ
FÉRIAS
Quero voltar para minha terra e ver os vestidos
das mulheres que passam até o fim da feira.
Meninos, mulheres e homens dela,
andam cantando nos seus ritmos.
Alguns bebem cachaça barata e forte;
outros, depois da feira,
vão se afastando porque moram longe
e a maioria levam maior a pobreza
que trouxeram.
Alguns contos de pobreza de meu pai,
ouvi dele com ou sem vontade.
Revejo abrindo sempre que posso,
minha mala de saudade.
IVAN ALVES PEREIRA
[In: Há (mar) e Bebê (r) II, pág.165]
Amigos de um dia, semana, mês, ano.
Amigos sempre houve e sempre haverá
Os recentes são os possíveis a dar o “cano”
Os mais antigos, os possíveis de te ajudar.
Amigo, palavra fácil de dizer,
Mas nada fácil um amigo encontrar.
Os poucos que temos, procuremos não perder,
Os muitos que querem, procuremos selecionar.
Porque ninguém sozinho bem vive
Por mais que goste e curta a solidão,
Sozinho se vive, com amigo se revive.
Momentos felizes em união com o Universo
Vivendo bondade, justiça, rumo à Verdade
Bondade, justiça e amizade endossadas neste verso.
CARLOS PICCOLI
[In: Um novo olhar, pág. 203]
VESTES
A beleza da noite é o delirar do dia
e só se esvai o sonho porque o dia, em prece,
acorda e vem trajando o sol e a melodia
endereçada a quem cultiva a sua messe.
Belas flores e rosas cosem harmonias,
São verdadeiros mimos o que elas tecem
com perfumes e tons, brilhos e fantasias,
são delicadas, meigas, simples, sem estresse.
Anjo e pássaro vestem-se de puro canto,
de cor, de renda, seda, bordado e adereço
e gostam de ser vistos em visões celestes...
Só que nada é tão lindo, jovial e mais santo;
e o que mais me envaidece, e, por Deus, agradeço;
é saber-te, anjo e amor; que para mim te vestes.
CACILDO SILVA
[In: Alma e Angelitude, pág.142]
26
Promovendo... Poetas do Grupo
O CASTELO
OS CACHOS DO SEU CABELO
Construí o meu castelo
com pedras que carreguei
decorei com flores brancas
do jardim que cultivei
Ela passa lá na rua
Eu fico no meu terreiro
Ela vai sorridente
Eu fico admirando
O balanço
Dos cachos do seu cabelo.
Hoje tenho a minha vida
como sempre planejei
moro num lindo castelo
de pedras que lapidei
Da janela do castelo
vejo o mundo a girar
o céu repleto de estrelas
e a lua a desfilar
E pus na grande varanda
mais bela decoração
lembranças da minha infância
morando lá no sertão.
DORALICE ROSA DE SOUZA SILVA
[In: Castelo de Pedras, pág. 26]
VENTO
Árvores que se curvam
à passagem do mau tempo.
Girassóis ao vento,
desprotegidos, ao relento,
comungam da mesma sorte,
saudando sua passagem,
onde resiste o mais forte.
Quem não se curva é quebrado
e nada mais sente.
No chão fica, abandonado,
espalhando suas sementes.
Novos girassóis virão,
balançando-se contentes,
e novas rajadas de vento,
na próxima estação.
Talvez, na Primavera,
ou no próximo Verão.
EUNICE LEITE DA SILVA TAVARES
Lá no bairro
Nem comento com os companheiros
Quando ela passa na praça
Para só eu ver a beleza
Do balanço
Dos cachos do seu cabelo
Os cabelos dela parecem
Que são feitos de fio de ouro
Não se compra com dinheiro
Precisas ver a beleza
Do balanço
Dos cachos do seu cabelo
Eu apelei para a fé
Para o santo padroeiro
Até fiz oração
Pra ele manter a beleza
Do balanço
Dos cachos do seu cabelo
Se daqui ela partir
Procurarei no mundo inteiro
Espero que eu a encontre
Pra voltar a ver a beleza
Do balanço
Dos cachos do seu cabelo.
CELSO JOÃO DE SOUZA
ENIGMA
Caminho a esmo pela multidão
Não contemplo o sol e nem as flores
Não percebo o burburinho do povo
Não escuto o gorjear dos pássaros
Ninguém me vê
Ninguém me escuta
Ninguém entende o meu destino
Sou um vulto na multidão
Um fantasma que não assusta
Indiferente a tudo e a todos
Minha boca é um sino que não retine
Meus olhos são espelhos opacos
Meus ouvidos são alto-falantes que não vibram
Sou a calmaria no turbilhão
Sou um enigma
Esperando Deus me elucidar
EDMAR ALMEIDA BERNARDES
27
Promovendo... Poetas do Grupo
ÂNSIA LOUCA
EM SONHO...
Ah! Se ele soubesse o que desperta em mim...
O vendaval que forma quando chega,
O turbilhão que deixa quando vai...
Minh´alma grita o meu corpo arde
Uma represa de desejo explode
Quando sorri com tanta formosura...
Na praia do sul da Ilha
A menina ingênua crescia
No cuidado de seus pais
Ao som do Terno de Reis
Enquanto a tarrafa tecia.
Se ele soubesse...
Talvez agisse diferente
Não passaria assim
Tão displicentemente
Chegar-se-ia com propriedade
Para apossar-se do que tem direito...
Transformaria o oceano do meu peito
Numa cascata que deságua satisfeita,
Dominaria a onda que esbraveja nas alturas,
Como se fosse um rio repousaria no meu leito.
HERALDA VICTOR
[In: Travessia de Ilusões, pág. 21]
COMO AJUDAR O MEIO
AMBIENTE
Há muitas pessoas que jogam o lixo no meio
ambiente, mas nós temos que ter a
consciência que não devemos fazer isso e são
muitas as maneiras de ajudar o meio
ambiente a se manter limpo e em condições
para que os seres vivos possam habitá-lo.
Então, como podemos ajudar o meio ambiente
a manter-se preservado?
Nós podemos ajudar o meio ambiente a
manter-se limpo e em condições de habitá-lo
normalmente reciclando o lixo de papel, de
plástico, de vidro e metal nas empresas. Mas
não é só nas empresas e nas ruas que o lixo
deve ser reciclado e sim também em nossas
residências. Os restos de alimentos devem
ser transformados em adubo orgânico.
Agora, vamos falar do lixo tóxico que são as
pilhas, celulares e baterias, materiais estes
radioativos; esses materiais, depois de
utilizados, devem ser devolvidos pelo
consumidor à loja que vendeu, para que esta
tome as providências legais no sentido de dar
o destino correto a esse tipo de lixo, a fim de
não poluir o meio ambiente.
Assim, nós devemos fazer a nossa parte
preservando a natureza, ao contrário do que
muita gente faz.
ANDRÉ FREDERICO ANTUNES FORTES
(Fred Antunes)
(jovem poeta do GPL)
Seu pai não abria mão
Até o raiar do dia
Do toque do violão.
A menina ia cantando
Ao som do povo entoando
A música em prosa e rima
E em sonho ela crescia.
ANTÔNIA MARIA GAMA
EU ESTOU FICANDO LOUCO
(letra e música de Geraldo)
Eu estou ficando louco,
Não consigo mais viver,
Sem beijar os beijos teus,
Pra poder me aquecer.
Nessa vida tão injusta,
Tu és minha serenidade,
Bate forte no meu peito,
Teu amor minha saudade.
Já não posso mais ficar,
Só de longe a te olhar,
Quero mais ficar pertinho,
Junto a ti a me abraçar.
Eu estou ficando louco
E preciso te reencontrar
Antes que seja tarde
E meu coração parar,
Pois tu és meu paraíso,
Oxigênio minha paixão,
Responda logo, meu amor,
Vamos selar nossa união.
Eu estou ficando louco,
Não consigo mais viver
Sem beijar os beijos teus,
Pra poder me aquecer.
Sou um barco à deriva,
Sem saber pra onde vou,
Tu és minha bússola,
Lê em meus olhos, por favor.
Feliz e sábio é quem consegue pedir perdão,
Se redimir,
Mas sábio e feliz também o é quem consegue perdoar
Assim agir, pois tu és meu paraíso,
Oxigênio, minha paixão,
Responde logo, meu amor,
Vamos selar nossa união?
GERALDO PEREIRA LOPES
(Simplesmente Poeta)
28
Promovendo... Poetas do Grupo
ABSURDO
FESTA DE SÃO JOÃO
A escuridão
Solidão que aniquila
A palavra que corta
nada sobra
Chegou o mês de junho,
Tem festa de São João.
O salão tá enfeitado,
Tem fogueira e tem quentão.
Desgosto de não ver teu rosto
vazio de mim
de ti
o desconforto
As moças todas arrumadas,
Com seus vestidos de chita,
Com seus cabelos em trança,
Com lindo laço de fita.
Labirintos que entramos
não saímos
Amamos, vamos
sem amor voltamos
Chegou o dono da casa,
E manda o acordeon tocar.
Dançam jovens e senhoras,
Todos no mesmo lugar
Tantos sonhos
Amor jogo de sorte
sem vencidos ou vencedores
Quando chega a meia-noite,
Todos na mesma alegria.
(grita o dono da casa)
Venham senhoras e senhores,
Vamos dançar a quadrilha.
Sem perspectiva
não quero ser
quero apenas viver
o absurdo da vida.
Todos dançam e todos pulam,
A comida é de montão:
Batata doce e melado,
Aipim, pipoca e pinhão.
IVONE LIDIA RODRIGUES
E assim termina a festa
Da noite de São João:
Todos em volta da fogueira
Soltando foguete e balão.
AINDA É POSSÍVEL
Ainda é possível
ser feliz nesta vida.
Abraçar com carinho
as pessoas queridas.
MARIA DA ANUNCIAÇÃO PEREIRA
PALAVRAS
Ver o sol brilhar
iluminando o mundo.
Ver as crianças nascerem
em fração de um segundo.
Pisei palco
Publiquei poesia
Pintei próprio planeta.
Provei primas,
Praias perfumadas
Pomares polposos,
Putas purpureadas.
Passei pelo poente,
Perdi pais, posses, parentes.
Presenciei pecados, palavrões,
Pacificador profundo,
Pedi paz.
Pulmões póstumos,
Paginei Pessoa
Plantei primavera.
Ver os velhinhos
cantando cantigas de amor.
Sentindo-se felizes
lembrando a juventude
que passou.
Ainda é possível
ver o céu azul.
Ver nas noites escuras
o cruzeiro do sul.
Ainda é possível
ver as crianças sorrirem.
Depende muito
de mim e de ti.
JOSÉ LUIZ AMORIM
www.poetailheu.blogspot.com
Ajudar os velhinhos
a atravessar uma rua.
É uma obrigação
minha e tua.
MAURILIA FREITAS
[In: Minha saudade, pág.24-25]
29
Promovendo... Poetas do Grupo
LER LIVROS... LER A VIDA...
LUZ DO MEU CAMINHO
Ler um livro é:
Dar a volta ao mundo
Sem sair do lugar...
Não, eu não quero te perder,
Quero mais é te amar
Num cantinho à beira mar.
Quando se encontra um grande amor
E com ele quer ficar para sempre se amar!
Não, não é justa a solidão,
Dói demais o coração,
Se o amor longe está.
Saudade toma conta do meu ser
Entristece o meu viver,
Que farei sem ter você?
Quando estou perto de você
Sinto o mundo florescer
A tristeza esquecer.
Não, eu não posso te perder,
Eu só quero te querer
E querer e querer!
Não, não sabia que existia um querer
Tão grande assim,
Que me faz tão bem viver.
Te amar é muito bom , é bom demais,
Se estou junho de você
Bem melhor me sinto, então!
Não, eu só posso te querer
E querer e querer e querer.
Luz do meu caminho,
Caminho sem pedras,
Meu céu estrelado,
Paraíso na Terra,
Mar calmo, com você eu transpiro amor
E esse amor não cabe em mim,
Não cabe em mim.
Não, eu não vou te perder,
E vou sempre te amar
Num cantinho à beira mar.
Ler livro é:
É olhar para o céu
E tocar nas estrelas...
Ler livros é:
Acordar cedo
E ver o sol nascer...
Ler livros é:
Jogar
E ser campeão...
Ler livros é:
Ir ao fundo do mar
Ver os peixes nadar...
MANOEL MÁRIO REIS BITTENCOURT
(jovem poeta do GPL)
[escrito quando o autor tinha 10 anos de idade]
TAÇAS
E os poetas chegaram em casa embriagados
de raras bebidas pois haviam recém vindos da festa
do “Grupo de Poetas Livres”.
A festa foi regada por bebidas produzidas com receitas
que só um “ser soberano” sabe fazer.
Haviam taças cheias de solidariedade,
outras cheias de amor, outras cheias de felicidade,
outras cheias de sabedoria, outras cheias de inocência,
outras cheias de bondade, outras cheias de confiança,
outras cheias de honestidade, outras cheias de paciência
e outras ainda cheias de esperança.
— Mestre: quero contar-te!
Todas as taças estavam vestidas de poetas e as bebidas
eram absorvidas através dos ouvidos
e dos olhares do coração.
Ah!... Preciso ressaltar que o “Grupo de Poetas Livres”
– www.poetaslivres.com.br – existe de verdade e,
com uma visão normal, parecem pessoas normais,
mas eu consegui espiar com os olhos da alma
e confesso-te que não são pessoas não;
são anjos fantasiados de poetas onde todas as semanas
encontram-se para fazerem festa e recitar poesias e eu,
meu esposo e nosso filho participamos delas.
[Carminha Poeta]
MARIA DO CARMO ANTUNES
[obra musical:letra e música de Marli]
MARLI TEREZINHA DOS SANTOS LUZ
INVISÍVEL
Ouço um murmúrio, é o vento
Sorrateiro, invisível
Passa pelo universo, não se vê
Se ouve, se sente
É misterioso
Desliza
Às vezes, suave como a brisa
Nosso corpo abraça, acaricia
Os pastos nos campos, faz dançar
É uma carícia que contorce
ao sabor do vento, balança,
deita, levanta,
mas é o vento que o faz
em ondas verdes ondular.
Se transforma, desliza,
suaviza nossas almas
e até nos faz sonhar.
MARINÊS POTÓSKÊI
30
Promovendo... Poetas do Grupo
ADEUS OU ATÉ BREVE
QUEM SABE
Nos meandros da vida,
seres se encontram e se separam.
Assim tem sido nosso amor.
Encontrei em ti momentos de felicidade,
de ternura e de sorrisos.
Muitos.
Fui feliz demais, não nego,
e agradeço aos Céus
por me haver proporcionado tudo isto.
Foram poucos momentos,
mas que valeram uma eternidade.
“Que seja infinito enquanto dure”,
já disse o poeta e isto valeu para nós dois.
O Destino agora nos separa
como em outras ocasiões da nossa trajetória.
O que fizemos em outras Eras um para outro,
reflete-se também neste Tempo.
Amar, continuamos nos amando,
porém separados
acalentando no coração
a febre da paixão que nos uniu.
Juntos, não mais.
Tal qual Romeu e Julieta
—— o desencontro do Amor—-.
Quis ser a lua refletindo tua luz,
mas amarras do passado ainda existem
e só com muita perseverança,
com muita disposição,
empenho em nos voltarmos
para nossos semelhantes,
sem sermos apegados à matéria,
poderemos, quem sabe um dia,
em nova trajetória, cada qual mais lúcido,
poderemos, aí sim,
caminhar juntos na mesma direção.
Então, Amor,
Adeus ou Até Breve.
...ah! pudesse Recolher
todo o pranto derramado!
Silencioso, calado,
quem sabe até
inútil e desnecessário...
quem sabe???
MAURA SOARES
[este poema recebeu a versão em italiano
feita pelo poeta Mario Tessari,de Jaguaruna,SC,
publicada no blog “lachascona”]
Aos 26 de maio de 2011, 05.45h
31
...ah! pudesse Dirimir
todas as queixas!
densas, copiosas,
quem sabe até
contundentes...
quem sabe???
...ah! deixa pra lá...
outros quem sabe, virão!
quiçá muito aquém desse Patamar,
e a passos lerdos Prossigo,
sem rumo... sem prumo...
quem sabe arrastarão corpoeespírito!!!
MARIA VILMA NASCIMENTO CAMPOS
Fundadora e Presidente Perpétuo do GPL
Promovendo... Poetas do Grupo
BOLHAS DE SABÃO
Folha de mamão
Basta seu enorme talo
Com um pote de água e sabão
Para dar vazão
À grande imaginação
Das crianças que vivem distribuindo perdão
É só soprar
Quase não acredito
Bolhas de sabão sobem ao infinito
Será pintado
Na aurora boreal
Um enorme arco-íris no espaço sideral
Sobem os sonhos coloridos dos anjos
Nos pequenos sopros
Envoltos na delicada bolha de sabão
Olhos azuis, castanhos e negros
Brilhantes em forma de constelação
Se vão
Pelo imenso mundo imaginário
Do mais belo cenário
Onde os duendes, bruxas
Fadas e assombração
Vivem em eterna comemoração
Mas quando caem da bolha de sabão
Dão com a bunda no chão
MARISTELA GIASSI
AS FLORES
Naza Poeta com a cantora Mercedes Sosa, batalhadora dos direitos civis.
ORDEM ECONÔMICA
Tempo passa, vida absurda.
A crise, insatisfação.
É grande a espera surda
De momentos de emoção.
Onde há flores?
Onde há flores há também espinhos?
Às vezes sim
Outras vezes não...
Qual a missão das flores?
Qual a missão dos espinhos?
Espinhos e dificuldades o que tem em comum?
Os espinhos protegem a rosa
E a deixa mais bela também...
Tempo passa,pobre povo.
Discursos iguais, nada de novo.
O grito desmente do brasileiro
É fome sem dinheiro.
MÁRCIA REIS BITTENCOURT
Tempo passa,alta corrupção.
Ao suborno,impunidade.
Ordem e progresso na contramão
E governo sem dignidade.
A ROSA DAS CERÂMICAS
Pensem nas crianças
Magras e raquíticas
Em suas mãos calejadas
A rosa das cerâmicas
Silenciosa
Explorada
Com uma cor amarelada.
Tempo passa,mundo cão.
A miséria, marginalidade.
Ordem econômica na ilusão
E governo sem lealdade.
Vamos
Vamos
Vamos
Vamos
promover justiça social!
satisfazer desejo nacional!
sair desse buraco imoral!
ser dignos desse clima tropical!
NAZA POETA HOLÍSTICO
(Norberto Nazareno Barreiros Fortes)
MÁRCIA REIS BITTENCOURT
32
Promovendo... Poetas do Grupo
RASTROS DE SAUDADE
PARTIDA I
Aquele perfume que me deste
Não revelou a tua intimidade
Mas deixou no caminhar do tempo
Um gostinho doce-amargo de saudade
Abandonar vontades,
memórias majestosas de uma vida,
requer esforços prováveis
para a louvável partida.
Aquela rosa por ti oferecida
Rubra e cheirosa como a primavera
Estava cheia do vigor de outrora
E alimentou meus sonhos de quimera
PARTIDA II
Caminhar só,
avistar horizontes,
renunciar contratempos,
para dispor da paisagem
a ser apreciada no percurso.
Aquela mão com que me seguravas
Enchendo minha face de rubor
Eternizou em meu coração
As marcas indeléveis do primeiro amor
PARTIDA III
Aquele adeus que proferiste
Naquela tarde triste à beira mar
Já vai tão longe nem sei quanto tempo
Mas minha mente insiste em recordar
Na bagagem lembranças,
no bolso louros labutados,
na cabeça o boné surrado,
nas pernas a calça listrada,
nas mãos as luvas rasgadas
de tanto cavar o próprio fosso.
O perfume, a rosa, o afago, o adeus
Juntaram-se à dor de uma saudade
E a lembrança velha companheira
Irá comigo para a eternidade.
PARTIDA IV
NEUSITA LUZ DE AZEVEDO CHURKIN
Mergulhado no horizonte azul,
o verde contrastando tons terrosos,
capaz de remeter
a oração imaginária
de súplicas.
ANDARILHO
O passo interrompido por um tropeço,
a queda não ocorre
e assim o passo se faz maior...
nem por isso,
cheguei antes
ao lugar
que não queria, em verdade,
chegar...
... o chão!
SANDRA REGINA CLARA NEPOMOCENO PINTO
SERENATA
Quanta saudade sinto da bela serenata
que em doce cantar amor ardente embalava.
A noite serena era transformada em festa
para a mulher amada que feliz despertava!
02/04/2011
NEOMAR JÚNIOR
(Neomar Narciso Borges Cezar Júnior)
Cantava aquele amor sentimental de outrora,
que alimentava sonhos e muito desejo...
que trazia um sentir profundo a toda hora,
que o imaginar levava à carícia de um beijo!
ATÉOPOETA
Alma iluminada
eTernamente responsável
poEta renascente
comO uma Fênix, consciente do
exato Propósito divino
de suma Orientação;
Surge semEnte resguardada
que secreTamente conhece
a força do Amor.
Era um amor a duras penas realizado.
Parecendo suave, era intenso,era ardente...
Envolto em poesia... era bem diferente!
Lindas canções românticas, de grande amor,
eram cantadas sob a janela da amada,
com feliz e incontida emoção partilhada...
SUELI RODRIGUES BITTENCOURT
[In: Suavize seu viver, pág. 92]
RODRIGO SILVEIRA LOPES
33
Promovendo... Poetas do Grupo
VESTIDO NEGRO
SEMPRE A TE AMAR
Parecia uma tarde como tantas outras
O verão já havia se despedido
Iniciava-se uma nova estação, com um vento frio
soprando do mar e trazendo um forte aroma de maresia.
As canoas, adernadas na areia branca,
pareciam render-se ao cansaço.
Os pescadores, recolhidos em suas modestas casas,
contavam proezas de pescarias.
Das chaminés dos fogões a lenha, partia a fumaça
que testemunhava a vida em família.
Mas, muito próximo, o canto impaciente das gaivotas
lembrava o compromisso do homem com o mar.
O velho pescador, obediente, confere seus pertences,
empurra sua pequena embarcação e,
auxiliado pelas nervosas ondas, ganha, como sempre,
o fraterno abraço do mar aberto.
A busca pelo alimento é desigual
Suas mãos calejadas pelo remo e os braços já sem forças,
parecem implorar por uma trégua,
mas o velho pescador não desiste.
Foi a última teimosia...
Na pequena casa, sua companheira de tantos anos,
reza por sua volta.
Desta vez, Nossa Senhora dos Navegantes
não ouviu as suas preces...
Com a barra da saia enxuga as lágrimas
que brotam das fontes do medo e, agora, da saudade.
Levanta-se do pequeno banco, feito com restos de estivas,
rebusca o fundo da mala de papelão
e retira o vestido negro que sua falecida mãe lhe destinara,
vestindo-o para sempre.
As gaivotas cobriram de luto as suas asas
e nunca mais exigiram dos velhos pescadores
a presença do mar...
Sempre vou te amar!
Que passem os dias...
Que cheguem os anos...
Nada vai mudar!
SINVAL SILVA SILVEIRA
A chuva calma deslizava pela vidraça
e a mulher cheia de amor e carinho
com o rosto colado na mesma...
imaginava seu tão bem amado
ÊXTASE
Pudera beijar teus lábios
Invadir com tímidos gestos
Teu corpo.
Esse amor floresce
Em qualquer estação,
A exalar saudade...
Cada vez maior permanece.
Fazes parte de mim!
Quisera poder sentir
Tua presença amiga,
Num abraço sem fim...
Insistente ausência!
A perdurar, impiedosa,
Tentando apagar lembranças,
Sem clemência...
Vivo a te adorar!
Perdida em teu encanto...
Força não há que consiga
Tamanha verdade ocultar.
Contigo em meu pensamento,
Desejo sempre estar...
Doce memória exaltar!
Entre risos ou lamentos.
SONIA RIPOLL
CÉU DA FELICIDADE
Como ele deve estar lindo....charmoso
Distribuindo sorrisos e gestos de simpatia
entre os ilustres convidados da festa ..
Oh...como me sentiria orgulhosa se ao menos
Possuir-te sem censura
Buscar a essência do amor
Nessa loucura.
Por um momento sequer...pudesse estar lá
ao seu lado...sentindo as mãos junto às suas
e entre um sorriso e outro sentir seu olhar e
ouvi-lo murmurar baixinho...querida..te amo!
Pudera ouvir respirares
Ofegante à minha procura
Ter-te para sempre...
E assim... a mulher sonhadora permaneceu
por horas a fio...a chuva insistente a acariciava
por detrás da vidraça ... como se dissesse
Bobinha...ele te ama...está pensando em você!!
ZELI MARIA DORCINA
Ela sorri...sorri entre lágrimas ...olha para chuva
e sai em direção a um céu criado pela emoção
Céu este que mesmo em dias de chuva
Está lá... cheio de estrelas..
Astros e então SORRI FELIZ !!!
VERA PORTELLA
34
Promovendo... Poetas do Grupo
ÁGUA CRISTALINA
Lá em cima daquele morro
Bem no alto da colina
Lá tem uma nascente
De água cristalina
Ela vem descendo o morro
Formando uma cachoeira
E passa pela velha banheira
Dentro de um matagal
Depois corre por uma mangueira
Até os fundos do meu quintal
Nos meses de inverno
Ela corre em abundância
Nos meses de verão
Por causa do calor
Mal chega na minha estância
Gosto tanto dessa água
Que eu até já me acostumei
Se um dia ela faltar
O que será de mim
Eu te juro que não sei
Esta água me faz tão bem
Bebo dela até quando estou
Na minha rede
Pois até de madrugada
Ela mata a minha sede
Esta água é tão pura
E até deliciosa
Bebo dela deste pequeno
Não tem remédio, não tem veneno
Por isso ela é a mais gostosa
Esta água é tão cristalina
Não tem cheiro, não tem sabor
Esta água é tão transparente
Que dá até pra ver
A cara da gente
Num dia de sol e calor.
VALTER OSVALDO SANT´ANA
Na voz do cancioneiro
as palavras ficam mais belas,
o mundo gira com força
fazendo a mente desequilibrar-se.
Na música cantada com alegria,
os sons da natureza ficam mais fortes.
Na voz maviosa do teu cantar
o mundo explode em alegrias sem par.
Ouço a vida sorrindo ao ouvir tua voz.
Sinto o mundo vibrando
com a intensidade de teu som.
Canta, canta mais,
para encher de felicidade e paz
este mundo carente de afeto e poesia.
ZEULA SOARES
O PRÍNCIPE E A PLEBÉIA
Num reino muito distante havia um príncipe
e, na Vila, uma plebéia.
No reino havia um rei muito mau
que só queria dinheiro.
Então, preocupado com seu pouco lucro
resolveu tirar dos pobres.
Enviou seus guardas até à Vila para pegar o dinheiro
e a plebéia, muito assustada, desorientada,
deu seu dinheiro e disse “faça bom uso, meu rei,
de todas as minhas economias”.
Então o príncipe viu a plebéia; seu olhar de fada,
seu rosto lindo e disse “Papai, não é certo roubar
dinheiro dos pobres; eles tem menos que nós”.
O rei riu e disse “plebeus não merecem estas moedas”.
Então ao anoitecer o príncipe pegou um valor
e devolveu aos pobres e visitou a plebéia
e disse “Vamos, fuja comigo!”
A plebéia assustada disse “não”.
O príncipe, em seu cavalo branco,
disse “Vamos, por favor, não se importe de sair comigo”.
O príncipe e a plebéia então começaram a namorar
e o rei quando soube, mandou segurá-los para matá-los.
Colocaram fogo na casa da plebéia, e
a machucaram juntamente com a sua mãe.
Então o príncipe, revoltado, duelou com o rei,
enfiou a espada no coração dele e desde então
o reino passou a ser feliz.
“Dinheiro não é tudo, não se esqueçam”.
VINICIUS PINTUS SALE NAVE
[Jovem poeta do GPL, 11 anos]
35
Biblioteca Maria Vilma Nascimento Campos
Desde sua fundação, em 1998, o GPL tem sempre recebido obras de seus poetamigos dos vários lugares do
Brasil e do exterior. Encaminhamos agradecimentos ao doadores e damos ciência nas reuniões, antes de
serem incorporadas ao acervo. Após o recesso de 2010 e agora no primeiro semestre de 2011, destacamos:
1.De Abilio Pacheco,Pará, a
Agenda Literária 2011, com poemas
de vários escritores.
2.De Maria da Graça S. Araujo, da
União Brasileira de Trovadores do
Paraná, a obra “Paraná em
Trovas”,organizada por Vania Maria
Souza Ennes.
3.Recorte do Jornal Folha de
Coqueiros, Florianópolis, SC, com o
Projeto Aqui Tem Poesia, Ano XV,
n.137- dezembro 2010, com poemas
de Cacildo Silva “O vôo das cores” e
de Ivan Alves Pereira “Esclarecimento”.
[infelizmente, o Jornal atrofiou, sem
avisos, o projeto]
4.De Gildásio Barbosa, de Sant´
Ana do Livramento,RS, cartão com
seu poema de Natal “Sorria, é Natal”.
5.Jornal da ANE - Associação
Nacional de Escritores,
Brasília,DF,Ano V, VI,n.37, 20102011,dez-jan, registra o centenário de
Raquel de Queiroz.
6.Recorte do Jornal Primeira Folha,
de Palhoça,SC, Ano VI, Edição 152,de
3.12.2010.Mostra a Medalha do GPL e
faz entrevista com Therezinha Cacilda
Monteiro Mann, sobre seu mais
recente livro “Ultimo refúgio”.
Therezinha comenta sobre o Grupo, na
referida reportagem.
7.Recorte do Jornal Palavra
Palhocense, Palhoça,SC,n.257, ano
VI, 18.11.2010 comenta sobre a peça
teatral de Therezinha Cacilda “Além do
horizonte”, encenada na Semana da
Consciência Negra, em Palhoça, com
Sonia Ripoll, Neusita Churkin.Sonia
criou os diálogos da peça.
8.Recorte do Jornal Noticias do
Dia, ano 5., N.1461, de 15.11.2010,
Florianópolis,SC, com reportagem de
Paulo Clovis Schmitz sobre Zeula
Soares.
9.Registros:1) de Clarisse da
Costa, de Biguaçu,SC, sobre obra
ainda no prelo, de sua autoria, “Vida, o
sol e o meu segredo”; 2) de Sueli
Bittencourt, membro do GPL,seu
poema “Poetas Livres”; 3) de Silvério
da Costa,Chapecó,SC, Cartão de
Natal; 4) de Esperidião e Angela Amin,
Florianópolis,SC, cartão de Natal; 5)
Cartões de Natal de Licinho Campos,
João Amin, Jornal Noticias do Dia,
Maria Vilma Campos, com Cacildo Silva e Rafael Flôres da Cunha
Juarez Alves Nunes, Maria da
Anunciação Pereira, Clarisse da
Costa, Sul Brasil Seguros, todos de
Florianópolis e Hiper OX do Hospital
Santa Catarina, de Blumenau; 6)
Convite do Governo do Estado para
abertura da sede do Instituto Histórico
e Geográfico de Santa Catarina e
Academia Catarinense de Letras, dia
20.12.2010, que contou com a
presença da presidente Maura Soares;
7) Convite da Fundação Franklin
Cascaes-NEA-Comissão Catarinense
de Folclore-IHGSC-ADL,
Florianópolis,SC, para o lançamento
do livro de Nereu do Vale Pereira “O
boi de mamão”, dia 17.12.2010, no
Largo da Alfândega; 8) Convite para a
exposição Releitura, no
BRDE,Fpolis,SC, dia 6.12.2010, com
as presenças de Zeli M.Dorcina,
Heralda Victor e Maura Soares; 9)
Convite da ACLA para os Prêmios
Paschoal Apóstolo Pitsica, Victor
Meirelles, Edino Krieger e Conjunto da
Obra, dia 3 de dezembro de 2010, em
Fpolis,SC. Compareceram pelo GPL
Eunice Tavares, Maura Soares, Zeli M
Dorcina, Doralice R S Silva, Heralda
Victor, Licinho Campos, Adir Pacheco,
Lino Lopes, Sonia Ripoll.
10.Jornal da ANE – Associação
Nacional de Escritores, Brasília,DF,
ano V, n.36, outubro e novembro de
36
2010, traz um artigo do poeta
catarinense Emanuel Medeiros Vieira
intitulado “Memória e Linguagem” e, na
capa, “Brasilia e a ANE no pódio das
Letras” cita Emanuel que recebeu o
prêmio no Concurso Internacional de
Literatura UBE,RJ 2010 com o
romance “Olhos azuis – Ao sul do
efêmero”.
11.Jornal da ANE - Associação
Nacional de Escritores, Brasília,
DF,ano V-VI n.38, fev-março 2011 traz
poema de Emanuel Medeiros Vieira,
“Inventário”.
12.De Valdiria Barbosa de Campos,
Rio de Janeiro, RJ, o livro de poesias
“Chinelos”,de seu esposo(in
memoriam), poeta catarinense
Feliciano Marques Guimarães.
13.De Lari Franceschetto,
Veranópolis,RS, cópia da página do
Jornal O Estafeta, de 25.11.2009, com
matéria sobre o VIII Concurso
Aureliano de Poesia, com seu poema
Quintanares em 2º. Lugar e Passagem
em 1º. Lugar.
14.De Antonio Pereira Mello, de
Santa Maria, RS, Revista Capoeira
Negro, Ed. Jupiter II (em quadrinhos)
com argumentos de sua autoria;
Revista Turma do Gibi, quadrinhos
infantil, Ed.Jupiter II, São Paulo
“Krahomim”; Revista Kahomim,
quadrinhos infantil, Ed. Jupiter II, São
Biblioteca Maria Vilma Nascimento Campos
Paulo;Revista Benjamin Peppe,
quadrinhos infantil, Ed.jupiter II; Zine
Correio da Poesia, João Pessoa,PB,
out.2010, n.1007; Zine Manifesto, da
Associação Poeta Menor, ano II,
Pitangui,MG, n. 15, março,abril 1987;
Zine Expressando em Poesia, ano 1,
n. 2, fevereiro 2011, Santa Maria, RS e
também o ano 1, n.1 do mesmo Zine
janeiro 2011; Missionário das Poesia,
ano 2, n.10,fevereiro 2011, de Antonio
Pereira Mello e Arita Pettená.
15.De Lari
Franceschetto,Veranópolis,RS, a obra
“Escritores”,do Clube dos Escritores
Piracicaba,SP, ano XVI, out.2010,
crônicas e poemas.
16. De Luigi Maurizi – Balneário
Camboriú,SC, as obras “Sorver SOS –
Predileção Repaginada” e “Alforria,
Floreios na servidão”.
17. De Demósthenes Carminé,
Manaus,AM, a obra Terezinha
Morango – Cinderela Amazonia,2ª.ed.
18. Da Academia Amazonense de
Letras, Manaus, AM, Revista da AAL,
n.28,ano XCII, novembro 2010—e—a
Revista da AAL n. 29, ano XCII
dezembro 2010.
19.De Max Carpentier,Manaus, AM,
– Coleção Pensamento
Amazônico,Série Violeta Branca v.1,da
Academia Amazonense de
Letras,titulo: Catedral dos
Sacramentos.
20.Organizado por José
Braga,Projeto Vamos Ler,2008,Letras
de Natal, edição da Academia
Amazonense de Letras, Manaus,AM.
21.Boletim do Instituto Histórico e
Geográfico de Santa Catarina, ano XIII,
n.152,fev-março 2011 que traz a foto
da capa da Revista Ventos do Sul.34 e
cita homenagem a Hoyêdo de Gouvêa
Lins e Osvaldo Ferreira de Melo, que
veio a falecer dia 17 de fevereiro de
2011 e registra os poemas de Julio de
Queiroz, Leatrice Moellmann,Maura
Soares e Valter Manoel Gomes,sócios
do IHGSC.
22.De Maura Soares, Fpolis, SC,
doação da Revista “Semana Revista”
órgão oficial da VII Semana de
Jornalismo da UFSC, setembro de
2008—e—Folder sobre a chegada dos
imigrantes alemães no Paraná – 180
anos – 1829-2009.
23.De Heralda Victor,Fpolis,
SC,doação da obra Poesia do Brasil
XII, volume 12, Proyecto Cultural SurBrasil, com poesia de sua autoria
inserida.
24. Doação de Maura, Fpolis, SC,
do Jornal do Mercado Público,ano
1,n.7,março 2011.
25.De Vivaldo Terres,de Itajaí,SC,
seu livro de poemas “Fragmentos”.
26.De Therezinha Cacilda,
Palhoça,SC, doação de sua obra
“Último Refúgio”.
27. De Inês Carmelina Lohn, Fpolis,
SC, doação de suas obras “Flores e
Cicatrizes”; “Rafael, um grito de
alerta”.
28. Carta do prof.Celestino Sachet,
Fpolis, SC, agradecendo a Revista
Ventos do Sul n.35 e elogiando o
poema de Manuel Gonzalez Alvarez,
poetamigo da Espanha.
29.Doação de Naza Poeta
Holístico, Santo Amaro da Imperatriz,
SC:Texto sobre seu encontro com o
cantor Roberto Carlos, intitulado
“Encontro com o Rei”; DVD com os
finalistas do Concurso Premio Zininho
de Música, dia 13 de outubro de
1994,em que ele participou e foi
finalista com a melodia de sua autoria
que apresentou ao violão com
conjunto, intitulada “Encostas do
poente”.
30.Jornal da ANE-Associação
Nacional de Escritores, Brasília,DF,
ano V/VI n.39, abril,maio 2011.
31.De Gildásio T,Barbosa, de
Sant´Ana do Livramento, RS, “A magia
da rosa”.
32.De Fidias Telles,Mafra-União da
Vitória,PR: Pequena História da
Academia Parano-Catarinense de
Letras – Cultura Sul Brasil,3ª.ed.; O
brilho cósmico dos Vivos e dos Mortos
(Uma abordagem filosófica dos
fenômenos insólitos e enigmas da
vida).
33.Do poeta Malungo, de
Pernambuco,PE, exemplares do
Fanzine De cara com a
Poesia,n.55,fev.2011.
34.Boletim O Trinta-réis, ano XVI,
n.56, maio 2011, da
ASAJOL,Academia São José de
Letras,São José,SC.
37
35. Doação de Celso João de
Souza, Palhoça,SC,da obra
“Brincando com as poesias”,
promovido pelo CAIC-Centro de
Atenção Integral à Criança e
Adolescente—Projeto Poesia na
Escola, com o tema Preservar a
Natureza, num trabalho interdisciplinar
dos alunos da região de Palhoça.
36.Doação de Sonia Ripoll,
Fpolis,SC, Revista Viva Cultura, de
Varginha,MG, com a publicação de
sua poesia Ainda Choro.
37.Jornal da ANE-Associação
Nacional de Escritores,
Brasília,DF,ano VI, n.40, junho-julho
2011.
38.De Edweine Loureiro, Japão,
doação da Revista Alternativa, editada
em Português(no Japão), n. 257, ano
X, de 19 de maio de 2011, que traz
reportagem com Edweine sobre sua
obra Clandestinos.
39.De Eder da Silva Silveira (org.),
“O invisível visível: reflexões em
poemas sobre Diversidades Sociais, a
partir da vida infanto-juvenil”. Arroio dos
Ratos,RS.Instituto Estadual Couto de
Magalhães, 2007.
40.De Miguel J.Malty, Brasília,DF,
obra de sua autoria “Trovas de Paz”.
41.De António José Barradas
Barroso,Parede, Portugal, sua obra
“...antes que chegue o inverno”.
Aconteceu...
Após o fechamento da Revista
Ventos do Sul n.35, aconteceu:
Sueli Bittencourt com Carlos Piccoli, no
encerramento do Ano Acadêmico de 2010.
DIA 28 DE NOVEMBRO DE 2010,
comemorou-se o aniversário de 90 anos
da nossa batalhadora SUELI
RODRIGUES BITTENCOURT, tendo por
local o espaço do Café Colonial do Hotel
Itaguaçu. Carlos, Heralda, Maura,
Neomar Júnior, Sonia e Lino,
representaram o Grupo de Poetas
Livres, numa festa familiar bonita de se
ver. Pratos deliciosos foram servidos. Os
presentes, material de higiene que
d.Sueli havia solicitado foram todos
doados para uma instituição de
caridade. Belo gesto desta nossa
poetisa maior!!
DIA 07 DE DEZEMBRO DE 2010, no
Espaço Cultural Governador Celso
Ramos, do BRDE, aconteceu o
lançamento do livro “Expansão urbana
na região metropolitana de Florianópolis
e a dinâmica da construção civil”, de
Edson Telê Campos. Presentes: pelo
GPL, Heralda, Maura e Zeli; pela ADL,
Maria de Lourdes Zunino Duarte e Nereu
do Vale Pereira; pelo IHGSC, Augusto
Cesar Zeferino e Jali Meirinho.
Encerramento do Ano Acadêmico de 2010
DIA 09 DE DEZEMBRO DE 2010, no
Encerramento do Ano Acadêmico de
2010, no Auditório Abelardo Sousa,
registramos as presenças de Augusto
Barbosa Coura Neto e Katia Rebello,
representantes da Academia
Desterrense de Letras; Paulo Berri,
representante da ACPCC; Nelcy Mendes,
viúva do ex-presidente da ADL;Jorge e
Inês Behr, ele o editor desta Revista.
Entregues aos associados por sua
assiduidade durante o ano, o Troféu
Garapuvu recebido por Zeli Maria
Dorcina e Doralice Rosa de Souza Silva
(ambas em 1º. Lugar); Maria da
Anunciação Pereira (2º.lugar) e Alzemiro
Lidio Vieira (3º.lugar). Na categoria
Amigo da Cultura, entregue a Medalha
do Poeta Maria Vilma Campos, com o
respectivo Certificado, para Júlio de
Queiroz e Sueli Rodrigues Bittencourt
que recebeu também pelos seus 90
anos de idade completados em 2010.
Abrilhantou o encerramento do ano o
Coral Italo-Brasileiro que recebeu
Certificado por sua participação no
evento. Integrantes do GPL que
receberam Certificado pelo Recital de
Poesia: Alzemiro Lidio Vieira; Licinho
Campos; Heralda Victor; Sandra Regina
Clara Nepomoceno Pinto; Zeli Maria
Dorcina; Neusita Luz de Azevedo
Churkin; Maurília Freitas; Sueli
Rodrigues Bittencourt; Eunice Leite da
Silva Tavares; Celso João de Souza;
Maura Soares (pela coordenação). Os
integrantes do Coral, pela apresentação
de poesias: Maria Elena Lamego;
Osvaldo Tadeu Santana e Silva,e
Nambor Bordin. Após, um coquetel foi
oferecido pelo GPL, organizado por
Adriana Cruz, num congraçamento
cordial entre as duas instituições.
Registre-se as presenças dos membros
do GPL: Carlos Piccoli, Zeula Soares,
Maristela Giassi, Cacildo Silva, José Luiz
Amorim, Therezinha Cacilda Monteiro
Mann, Adriana Cruz, Ivone Lidia
Rodrigues, Doralice Rosa de Souza Silva
e Edmar Almeida Bernardes.
DIA 09 DE DEZEMBRO DE 2010, no
Restaurante Lindacap, Sonia Ripoll,
membro do GPL, foi eleita presidente da
Academia de Letras de Palhoça, num
mandato tampão, ficando a Diretoria
eleita até 2011, assim constituída:
Presidente:Sonia Ripoll; Vice-presidente:
João Sergio Sell; 1º.secretário: Maria da
Graça Prim; 2º. Secretário: vago; 1º.
Tesoureiro: Manoel Antonio da Silva; 2º.
Tesoureiro: Zelka Sepetiba; Diretor Geral:
Rudnei Otto Pfutzenreuter; Diretor de
Relações Institucionais: Sonia Ripoll;
Bibliotecário: Therezinha Cacilda
Monteiro Mann (também do GPL);
Conselho Fiscal: Manoel Scheiman da
38
Silva, Liene Collaço Paulo, Déspina
Spyrides Boabaid, Julião Goulart, Acyr
Ávila da Luz e Milka L.P. Carvajal.
DIA 10 DE DEZEMBRO DE 2010,
Sonia Ripoll com Lino Lopes,
apresentou no Colégio Nova Geração,
de Biguaçu, sua peça em Teatro de
Bonecos “A aventura de Xeré”, peça do
Grupo Teatral Amor Cristiano, fundado
por ela e por Lino Lopes.
DIA 14 DE DEZEMBRO DE 2010, o
Projeto Cem Cópias Sem Custo, do
Governo do Estado, premiou Therezinha
Cacilda Monteiro Mann com a edição de
seu livro “Ultimo refúgio”, em bela
cerimônia, no Salão Meyer Filho, da
Assembléia Legislativa. Presentes pelo
GPL: Heralda, Maura, Licinho, Cacildo,
Carlos Piccoli, Neusita e seu esposo
Claudinei, Zeli, Leinir, Edmar, Sonia e
Lino, Inês Lohn e Paulo Berri, pela
ACPCC e familiares de Therezinha.
DIA 27 DE DEZEMBRO DE 2010, na
Pizzaria Don Apetitos,Therezinha,Maura,
Rodrigo e Geraldo foram cumprimentar
Marli Terezinha dos Santos Luz, por seu
aniversário.Momentos agradáveis
incluindo poesia e música.
2011:
DIA 8 DE JANEIRO DE 2011, Lari
Franceschetto, Veranópolis,RS, registra
obtenção do 2º lugar com “Quintanares”
no concurso pela Sociedade Cultural
Melvin Jones e Centro Cultural Aureliano
de Figueiredo Pinto – Lions Clube e PM
de Santiago,RS e o 1º lugar com
“Passagem” e Poemas em Espanhol “Mi
mundo”, “Cosecha” e “Quintanales”. O
poeta registra ainda que obteve o
1º.lugar em Poesia Moderna no
Concurso Nacional Literário Poeta
Arlindo Nóbrega. Registra pelo O
Estafeta de 3.11.2010, Menção Honrosa
na Categoria Profissional com o poema
Passagem no XII Concurso Nacional de
Poesia do Clube dos Escritores de
Piracicaba, São Paulo,2010 e também
na Categoria Adulto com a poesia “Sob o
sol de Outubro”(que foi publicada na
edição de 17 de outubro de O Estafeta).
DIA 14 DE FEVEREIRO DE 2011,
registro de Edweine Loureiro, do
Japão,que foi o Terceiro Lugar no
Desafio de Verão, uma competição de
contos em Brasília ao longo de seis
semanas. O resultado foi publicado no
site http://
desafiosdosescritores.sites.uol.com.br/
veraotema6b.htm
Aconteceu...
DIA 17 DE FEVEREIRO DE 2011, os
ofícios 001/2011 e 002/2011,
encaminharam, respectivamente para a
ALESC e Secretaria Regional do
Continente, o Relatório de Atividades do
GPL referente ao ano acadêmico de
2010.
DIA 01 DE MARÇO DE 2011, Eunice e
Maura compareceram na Secretaria
Regional do Continente para uma
reunião com o Secretário Deglaber
Goulart. Presentes membros da ACPCC
e da ADL, as diretoras da Biblioteca
Prof.Barreiros Filho, Magali Noronha e
Elizabeth Harger Félix, e membros do
staff do Secretário. Objetivo: reformas na
Biblioteca com a cessão de um espaço
maior e comum para o Grupo de Poetas
e outras Associações que ali fazem suas
reuniões. A Biblioteca ampliou seus
domínios com uma sala especial para
danças; uma para informática; outra para
cursos e mais uma para reuniões. Após
considerações, o senhor Secretário
solicitou um nome para a sala e a
presidente do GPL sugeriu o nome de
SALA MARIA VILMA CAMPOS, pois é
nome comum nas instituições presentes
que muito fez pela literatura em
Florianópolis. Sugestão aceita por todos.
DIA 10 DE MARÇO DE 2011, na
primeira reunião do GPL de 2011, a
presidente registrou com pesar que o
Projeto Poesia na Praça, com os
encostos dos bancos estampando
poesias de autores catarinenses, foram
todos pintados,os que estão no Bom
Abrigo. Que de nada valeram os apelos
ao poder público municipal. A obra do
GPL e dos poetas catarinenses foi
destruída.
DIA 23 DE MARÇO DE 2011, a
presidente representou o GPL na
inauguração das novas salas da
Biblioteca Pública Municipal Prof.
Francisco Barreiros Filho, com a
presença do secretário do continente,
Deglaber Goulart, do Prefeito Dario
Berger e outras autoridades. Registrou
que no site da Prefeitura há uma matéria
sobre o Grupo.
DIA 25 DE MARÇO DE 2011,
aconteceu em São Pedro de Alcântara, a
posse do historiador e museólogo Max
José Müller, na Academia Alcantarense
de Letras. Maura representou o GPL.
DIA 25 DE MARÇO DE 2011,
aconteceu na Câmara de Vereadores de
Canelinha, SC, a premiação do II
Concurso Nacional de Poesia, Crônica e
Conto da Cidade de Canelinha. Márcia
Reis Bittencourt representou o GPL.
DIA 25 DE MARÇO DE 2011, Zeli
Maria Dorcina representou o GPL no
lançamento do romance “Angústia”, do
prof. Paulo Hentz.
DIA 26 DE MARÇO DE 2011, Zeli M
Dorcina representou o GPL na posse de
Maria Elena Lamego na Academia São
José de Letras.
DIA 28 DE MARÇO DE 2011, Neusita
Churkin registrou sua presença,
declamando poesias no Casarão Born,
pela passagem do aniversário da cidade
de Biguaçu,representando a Academia
de Letras de Biguaçu e o Grupo de
Poetas.
DIA 30 DE MARÇO DE 2011, a
presidente Maura representou o GPL na
abertura do ano acadêmico do Instituto
Histórico e Geográfico de Santa
Catarina, com a premiação ao ex-reitor
da UFSC Ernani Bayer.
DIA 31 DE MARÇO DE 2011, Heralda
Victor apresentou a ideia para o GPL ter
a sua bandeira tendo sido convidado o
artista plástico e membro do GPL,
Cacildo Silva, para realizar o desenho.
Sugestão aprovada. A presidente
elaborou portaria que foi submetida em
próxima reunião.
DIA 07 DE ABRIL DE 2011, registro de
Edmar Almeida Bernardes, de que seu
livro Do abismo ao infinito, foi adotado no
Colégio Catarinense. A obra faz parte do
Projeto 1000 Bibliotecas.
DIA 7 DE ABRIL DE 2011, Sueli
Rodrigues Bittencourt compareceu para
uma Palestra com os alunos do
EJA.Vejam os dados. Alunos: 36 jovens e
adultos, entre 16 e 36 anos, em classe
mista, de homens e mulheres. Escola:
EJA - Educação de Jovens e Adultos Núcleo Centro / Florianópolis. Local:
Grupo Silveira de Souza - horário
noturno. Convite da Coordenadora
Pedagógica do EJA, Profª Rute
Albuquerque. Presentes,
outros educadores do EJA e a
Coordenadora, Profª Rosemar Ucha
Peres. Assuntos abordados: 1) Livro
“Sim ou Não? Por quê?” e alguns de
seus temas, como Violência, Paz,
Perdão, Vingança. 2) Combate à
Corrupção e o trabalho do Ministério
Público contra a corrupção. 3) O GPL e
seu trabalho, nosso “Projeto Paz e
Poesia” e outros projetos do GPL. Seus
poetas. A poetisa Maria da Anunciação
Pereira e sua bela história de vida
39
contada em sua poesia. Foram doadas
poesias aos alunos, bem como, para
uso da turma, a Antologia dos 10 anos
do GPL, e alguns exemplares do livro
“Sim ou Não? Por Quê?”.
Declaração de D. Sueli: “Há mais de
trinta anos que eu não dava aula! Sentime feliz dando uma volta ao passado e
até senti-me rejuvenecida...” Beijo, Sueli
D.Sueli encaminhou às professoras
poesia de Maria da Anunciação Pereira
para ser trabalhada pelos alunos, tendo
recebido muitos agradecimentos por
sua passagem pela escola.
Leiam o depoimento de d.Sueli, que
merece ficar na história do GPL:
“ Insistindo para que eu aceitasse
o convite, propuseram vir buscar-me e
trazer-me de carro. Tive muito receio em
aceitar o convite, achando que minha
idade e condição não permitiriam crédito
nem atenção dos alunos. Mas criei
coragem e lá fui eu de andador, embora
bem trôpega.
Por fim dei uma “volta ao
passado”, parece até que remocei,
falando com entusiasmo e até
declamando poesias (sem ler). Para
surpresa minha o interesse, a atenção e
o aplauso foi geral, inclusive de outros
professores ali presentes e da
Coordenadora Geral, Profª Rose Ucha
Peres.
- Conversamos sobre PAZ e
VIOLÊNCIA, sobre PERDÃO e VINGANÇA
- SIM ou NÃO? POR QUÊ, usando poesia
e prosa e apresentando meu livro e
doando alguns a eles.
- Falei sobre o Grupo de Poetas
Livres, seu funcionamento, seus valores,
seus Projetos, o Projeto Paz e Poesia,
suas Antologias, Revistas e outros
impressos. Deixei com eles além do
endereço, dia e horário de
funcionamento, a Antologia dos 10 anos
do GPL, onde foi lida a poesia da nossa
poetisa Maria da Anunciação, fazendo-os
saber que não é preciso ser letrado para
ser poeta. Pediram uma cópia dessa
poesia da Maria. Fiquei de enviar a eles
por e-mail. Porém, não pude fazê-lo, pois
percebi depois que não tenho mais nem
a Antologia, nem o poema que conta a
bonita história da autora...
Enfim, Maura, não só eles muito
me aplaudiram, me beijaram e até me
pediram autógrafo... como eu mesma
fiquei feliz com os resultados. Disseram
as professoras que eu dei uma “lição de
vida”... Isso tudo me deu coragem, me
renovou, embora tenha ficado bem
cansada. Mas fiquei feliz, muito feliz.
Meu grande abraço de
congratulações. Sueli”
Aconteceu...
GPL: Aniversário do Grupo.
DIA 14 DE ABRIL DE 2011, em
reunião do GPL, comemorou o
aniversário do Grupo ocorrido dia 13,
com a festa marcada para outra data. Na
reunião desse dia, após a Oração do
Poeta, a presidente apresentou o
pensamento que abre todas as reuniões
“Nosso desejo é fazer todo o universo se
amar (Baden Powel)...e acrescentou, de
sua autoria....”...que este amor venha
através da poesia, da compreensão,do
companheirismo, da amizade, da
liberdade de expressão...que este amor
a cada semana compartilhado desde o
dia 13 de abril de 1998, quando Maria
Vilma Campos,aqui nesta Biblioteca,
junto com sua filha, sua neta, Adriana
Cruz, que até hoje ainda está presente, e
outros amigos,fundou o Grupo de Poetas
Livres que a princípio não teria normas,
apenas um estatuto simples para
registro. A coisa foi então se
estruturando, se solidificando, com
poetas de todas as idades a partir dos 10
anos em suas fileiras e já
contabilizamos mais de 300 pessoas.
Um grupo que criou premiações, que
obteve parcerias, que ganhou
notoriedade ao longo desses 13 anos,
que foi abençoado por Deus por ter
sempre tido em suas fileiras gente da
melhor qualidade com o único objetivo
de difundir a poesia e fazer amigos.Com
esta bandeira Maria Vilma congregou
poetas, cronistas, contistas,
romancistas,artistas plásticos, atores e
atrizes de teatro,
instrumentistas,cantores, compositores,
declamadores (graças a Deus nenhum
Deputado) enfim, um mosaico
harmonioso que enfeita esta Casa que
nos acolheu desde aquele 13 de abril de
1998.
A todos os presentes (citou os
presentes à reunião) a todos os
ausentes que também contribuíram com
a notoriedade do Grupo de Poetas
Livres, a todos os que aturaram as
minhas zangas, mas que no momento
em que eu mais precisei estiveram
presentes, deram seu contributo em
favor da poesia, só há uma palavra em
todo o Universo que exprime toda a
gratidão: Obrigada!
DIA 14 DE ABRIL DE 2011, Cacildo
Silva apresentou esculpido, um púlpito
para o Grupo. Após solicitação da
presidente, para que ele estudasse a
possibilidade de esculpir um púlpito
dada a sua habilidade nas artes
plásticas, além de excelente sonetista
que é, o poeta nos apresenta, em
madeira, a sua obra, com a Logo do
Grupo e o formato estilizado com as
letras P e L, significando “Poetas Livres”.
Os agradecimentos especiais não só da
direção do Grupo bem como de todos os
seus membros.
DIA 14 DE ABRIL DE 2011, em
reunião, o poeta-artista plástico Cacildo
Silva fez entrega do modelo da bandeira
do GPL cuja Portaria 001/2011 foi
também aprovada nesse dia.
Cacildo Silva tem demonstrado
grande apreço ao Grupo, ele que foi um
dos primeiros a ingressar nas suas
fileiras, desde 1998. A ideia da bandeira
partiu da vice-presidente Heralda Victor.
DIA 16 DE ABRIL DE 2011, na Câmara
Municipal de São Pedro de Alcântara, as
comemorações dos 17 anos de
emancipação política do município,
tendo por local o plenário da Câmara,
ocasião em que munícipes foram
homenageados com o titulo de Cidadão
Honorário Alcantarense. Maura
representou o GPL.
DIA 19 DE ABRIL DE 2011, aconteceu
a Sessão Solene em comemoração aos
117 anos de Emancipação Política do
Município de Palhoça e Dia Municipal do
Escritor. Local: Plenário da Câmara, com
a presença de vereadores, convidados e
acadêmicos da Academia de Letras de
Palhoça. Sonia Ripoll, presidente da
Academia, esteve presente
representando a ALP e também o Grupo
de Poetas Livres.
Churrasco de aniversário do GPL, no Lira Tênis
Clube. Heralda, Eunice e Fernando.
DIA 30 DE ABRIL DE 2011, numa das
dependências do Lira Tênis Clube,
aconteceu a confraternização de
aniversário dos 13 anos do Grupo de
Poetas Livres, com um churrasco, no
espaço ofertado pela associada Eunice
Leite da Silva Tavares. A organização da
festa coube a Adriana Cruz, Eduardo
Tavares, com participação de Heralda
Victor, Licinho Campos, Eunice Tavares e
Maura Soares. Num clima agradável
aconteceu também a declamação de
poesias por parte dos presentes. Trinta
e oito pessoas assinaram o livro de
presenças entre membros do grupo,
familiares e convidados. Além dos
poetas do grupo já citados incluimos:
Zeula Soares, Ivone Rodrigues, Sonia
Ripoll , Lino Lopes, Zeli M
Dorcina,Carlos Piccoli ,Maurilia Freitas
(que comemorou seu aniversário nesse
dia junto com a família que compareceu
ao churrasco), Maria da Anunciação
Pereira, Doralice R S Silva,Neomar
Júnior, Maristela Giassi.
DIA 30 DE ABRIL de 2011, em Águas
de Palmas, num evento promovido pela
Academia de Letras do Brasil para Santa
Catarina, Celso e Neusita
compareceram e declamaram poesias,
tendo o GPL sido citado. Celso registrou
que fez um clip com poesia e publicou
na internet no site do You Tube.
DIA 03 DE MAIO DE 2011, na Escola
Municipal Professor Donato Alípio de
Campos, Biguaçu,SC, Leinir Maria
Correia apresentou poemas de sua
autoria. Público presente: alunos,
professores e um seleto grupo de
senhoras, que na ocasião estavam
visitando a unidade educacional.
DIA 5 DE MAIO DE 2011, a presidente
Maura registrou que estava na Web mais
um concurso on-line de poesia, desta
feita com o tema A Casa Caiu que seria
veiculada somente no mês de maio e
40
Aconteceu...
que antes da publicação no site, o GPL
já estava começando a receber
colaborações. Outro Concurso em
andamento, o 7º.Concurso Libertese...nas Asas da Poesia, direcionado
aos internos do Presídio Regional de
Tijucas,SC e o 1º. Concurso com o
mesmo tema, no Complexo
Penitenciário de Florianópolis.
DIA 5 DE MAIO DE 2011, em reunião
do GPL compareceu o senhor Armindo
com sua esposa Cecilia, a convite de
Therezinha Cacilda e brindou os
presentes com execuções ao acordeon.
Nessa reunião Cacildo Silva trouxe a
Placa com o nome de Maria Vilma
Campos, arte em madeira, com os
dizeres SALA MARIA VILMA CAMPOS, a
nova sala comum as associações,
dentro do espaço cultural da Biblioteca
Pública Municipal Prof. Francisco
Barreiros Filho.
DIA 08 DE MAIO DE 2011, em
comemoração ao Dia das Mães, Maria
da Anunciação Pereira apresentou
poesias e comentou sobre o GPL, na
Associação dos Maricultores da
localidade de Ponta do Papagaio.
DIA 09 DE MAIO DE 2011, Leinir
Maria Correia fez um pequeno recital
com poesias de sua autoria, na Capela
do Prado, rua Treze de maio, s/ nº,
Biguaçu,SC . Público presente: um
grupo de mães artesãs, voluntárias, cujo
intuito é arrecadar fundos para a
melhoria da capela citada, Grupo em
que participa voluntariamente como
professora de Patchwork. As voluntárias
reunem-se todas as segundas - feiras,
agregando conhecimentos, culminando
as reuniões com uma confraternização.
DIA 12 DE MAIO DE 2011, em reunião,
a presidente Maura registrou o
recebimento do Diploma outorgado pela
ALIFLOR, como Incentivador da
Literatura e das Artes, que, por motivo de
força maior não pode comparecer ao
jantar da co-irmã, ocorrido dia 19 de abril
de 2011. O referido Diploma foi
gentilmente trazido pela vice-presidente
Heralda Victor.
Nesta mesma reunião,Celso
registrou Reportagem publicada no
Jornal Biguaçu em Foco,com sua foto,
citando o livro organizado por José Braz
da Silveira “Talentos da Arte de Biguaçu”,
em que foi citado. Celso apresenta o
livro que incentivou os alunos da rede
pública municipal e organizou o livro
Brincando com as Poesias, em que as
próprias crianças ilustraram suas
poesias. Celso é também membro da
Academia Alcantarense de Letras.
DIA 19 DE MAIO DE 2011, em reunião,
presença do prof. CELESTINO SACHET,
proferindo palestra sobre Literatura
Catarinense, inaugurando o púlpito
idealizado e confeccionado por Cacildo
Silva. Uma platéia atenta ouviu as
explanações do iminente professor que
deu uma verdadeira Aula Magna aos
presentes. O professor Sachet, ao
abordar a literatura catarinense
comentou sobre sua obra “A literatura
dos Catarinenses” com mais de 700
páginas enfocando o tema em si e os
produtores catarinenses, aqueles
nascidos no Estado de Santa Catarina e
os que escolheram o território para
morar e produzir suas obras.
Seu jeito em falar, palavras bem
pronunciadas dada a fluência no
espanhol, com as vogais abertas, sua
descendência italiana, sua experiência
em sala de aula.
Como ele mesmo diz que seu
universo é a sala de aula, um quadro
para giz, de preferência na cor branca.
Gosta de escrever à mão: as ideias
saem com mais fluência.
Sentimos a sua desenvoltura
puxando pela platéia para participar e
recebendo retorno.
A presença do prof. SACHET fez parte
do Projeto do GPL “O escritor e Sua
Obra”.
Foi gratificante para nós essa sua
passagem, novamente, pelo Grupo de
Poetas Livres.
Sua esposa, d.Terezinha, recebeu
flores e solicitamos que d.Maria da
Anunciação fizesse a entrega. Eunice,
secretária do GPL, ajudou no traslado
ida-volta do Professor que não gosta de
dirigir à noite e fez entrega do Certificado,
numa forma do GPL agradecer a
presença.
Participaram da platéia:
Heralda,Licinho, Zeula, Eunice,
Cacildo(o artista do púlpito), Zeli,
Maristela,Vera, Sinval, Sonia, Lino,
Doralice, Maria, Sandra, Celso, Maura,
Andréia Pereira e Joana Soares Caldeira
e a esposa do professor, Terezinha
Sachet. Após, uma confraternização com
colaboração de todos. Ganhamos muito
com a presença do prof. Sachet. Saímos
renovados do evento.
DIA 19 DE MAIO DE 2011, aconteceu
no Largo da Alfândega Dakir Polidoro, a
Sessão de Autógrafos do livro “O Boi de
Mamão – Folguedo Folclórico da Ilha de
Santa Catarina”, de autoria do prof.dr.
NEREU DO VALE PEREIRA, com
apresentação da dança do Boi de
Mamão, em festa concorrida.
41
DIA 19 DE MAIO DE 2011, registro do
Convite da associada Maria do Carmo
Tridapalli Facchini para, dia 06 de agosto
de 2011, no município de Nova Trento, o
GPL comparecer ao 1º. Encontro de
Escritores Catarinenses em Nova
Trento”, comemorativa a Incanto
Trentino, com apresentações culturais e
passeio pela cidade.
DIA 19 DE MAIO DE 2011, no Espaço
Cultural da 4ª. Feira do Livro, Sonia,
juntamente com Celso e Doralice
declamaram suas poesias, tendo Sonia
Ripoll comentado sobre o GPL.
DIA 25 DE MAIO DE 2011, em
comemoração ao Dia do Escritor no
Município de Florianópolis, a poetisa e
sócia correspondente do GPL, Leatrice
Moellmann, foi agraciada com o Prêmio
Vilson Mendes de Literatura, indicada
pela Academia Desterrense de Letras e
entregue em Sessão Solene conjunta
Academia-Câmara Municipal de
Vereadores. Foi orador oficial o
acadêmico Artêmio Zanon. Em uma
bonita cerimônia, apresentação da
composição de Geraldo Simplesmente
Poeta com Marli Santos, ao violão,
apresentando a melodia “Adubando
nossas raízes”. Ricardo Boppré e
Denise Boppré também se
apresentaram com o Hino Nacional e o
Rancho de Amor à Ilha. São membros do
Grupo de Poetas Livres e também da
Academia Desterrense de Letras os
confrades: Heralda Victor, Cacildo Silva,
Alzemiro Lidio Vieira,Maura Soares e
Geraldo Pereira Lopes.
DIA 25 DE MAIO DE 2011, após a
sessão solene Academia Desterrense
de Letras e Câmara de Vereadores de
Florianópolis, o Grupo de Poetas Livres
apresentou o 1º. Sarau da Câmara, no
Espaço Cultural, com declamação de
poesias de Heralda Victor, Licinho
Campos, Sandra Clara Regina
Nepomoceno Pinto, Celso João de
Souza, Zeli Maria Dorcina e Geraldo
Pereira Lopes. A presidente fez entrega
ao presidente da Câmara, Jaime
Tonello, da VI Antologia de Poesias e de
exemplares da Revista Ventos do Sul,
para o acervo da Biblioteca da Câmara.
Aconteceu...
1º.Sarau da Câmara de Vereadores, com Jaime
Tonello, presidente da Câmara, Sidnei
Silveira(d.), Chefe de Gabinete e Valter Manoel
Gomes, presidente da Academia Desterrense de
Letras.Maura fez entrega de Revistas e a VI
Antologia
DIA 25 DE MAIO DE 2011, o Grupo de
Poetas Livres participou do 1º SARAU
LITERO MUSICAL DA CÂMARA DE
VEREADORES DE FLORIANÓPOLIS,
com Heralda Victor, Licinho Campos,
Celso João de Souza, Geraldo Pereira
Lopes, Sandra Regina Clara
Nepomoceno Pinto e Zeli Maria Dorcina.
Após a Sessão Conjunta Academia
Desterrense de Letras e Câmara de
Vereadores de Florianópolis, em que a
nossa associada correspondente
Leatrice Moellmann recebeu o Prêmio
Vilson Mendes de Literatura em
comemoração do Dia do Escritor no
Município de Florianópolis, comemorado
a 28 de maio, o GPL inaugurou com
suas poesias o Espaço Cultural
destinado a expor obras de arte e estas
tertúlias, ideia do presidente vereador
Jaime Tonello.
Presentes: Maura Soares, Therezinha
Cacilda Monteiro Mann, Maristela Giassi,
Sonia Lopes, Lino Lopes e a poetisa
Inês Carmelita Lohn.
Pela Academia Catarinense de Filosofia,
o presidente Edy Leopoldo Tremel;
Adauto Beckhauser, presidente da
Academia de Letras de Biguaçu;
Alexandre Mendes, filho de Vilson
Mendes, Lélia Pereira da Silva Nunes, o
prof. João Aderson Flores, os vereadores
João Amin, João Aurelio Valente, João da
Bega e outros, numa platéia seleta no
auditório anexo ao plenário.
DIA 26 DE MAIO DE 2011, registro em
reunião enviado pelo poetamigo Lari
Franceschetto, de Veranópolis, RS: 1)
obteve o 1º. Lugar com o texto
Madrugada, no 3º.Prêmio Literário Sergio
Farina, do Centro Cultural José
Boésio,São Leopoldo,RS; 2) recebeu o
2º. Lugar com o poema “Quando o poeta
toca o sino”, no II Prêmio Araucária de
Literatura, pelo Centro de Ação Literária,
de Campos do Jordão,SP.
NAZA POETA HOLÍSTICO (Norberto
Nazareno Borges Fortes) apresentou,
dentro do Projeto O Escritor e Sua Obra,
fatos marcantes de sua vida de músico,
suas composições, seu conjunto Os
Colegiais, as aclamações em festivais
da Canção, com várias classificações,
sua formação de advogado ocorrida em
1985. Entregou para o acervo do GPL o
DVD com sua apresentação musical em
uma reunião do Grupo cantando a
melodia Mulher; igualmente fotos de
suas apresentações musicais em
estabelecimentos que atendem idosos.
Comentou sobre sua participação em
outra instituição literária – a ACPCC,
após ter sido contemplado em Brasilia,
com prêmio por sua atuação.Comentou
que tocava seu violão nas noites da
Capital e tem vídeos gravados inseridos
no site do You Tube. Revelou seu talento
musical também em Congressos e na
UFSC. É membro da Academia de Letras
de Biguaçu, juntamente com sua esposa
Carminha Poeta (Carmem Antunes).
DIA 01 DE JUNHO DE 2011, no Grupo
Escolar Hilda Teodoro Vieira, no bairro
Trindade, aconteceu a fundação do
Grupo de Poetas da Trindade – GPT,
tendo à frente o poeta Sinval Silveira,
com colaboração de Vera Portella.
Compareceram mais de 20 pessoas e,
pelo GPL Heralda, Maristela, Maura,
Eunice e Licinho. Heralda e Licinho
fizeram um dueto em poesia sendo
aclamados por todos os presentes.
Após, confraternização e a foto oficial.
ACONTECEU até o mês de maio o 1º.
Concurso Literário Acadêmica
Hermelinda Izabel Merize, poesia,
contos, crônicas, que fez homenagem à
falecida escritora e artista plástica
josefense conhecida como Dona Nini,
para incentivar os habitantes de São
José visando mostrar seu talento,
direcionado aos cidadãos nascidos em
São José e os residentes há mais de
cinco anos no município.
REGISTRO, de Donato Perrone,
correspondente do GPL na Argentina: no
“Rincón Lírico del Café Tortoni” onde
acontecem as reuniões literárias –
Poetas no Torroni - e sempre cita o GPL,
em 1º. DE JUNHO DE 2011 aconteceu
mais uma dessas sessões e sempre
registradas em fotos. Donato apresentou
o poema Tu e a Rosa(La rosa y tu) que
fez parte das 3ª. Antologia do Grupo de
Poetas Livres. A poetisa brasileira Neiva
Santos Silva e alunas do Atelier de Arte
Silvia Porto homenageiam o nosso
poetamigo.
DIA 26 DE MAIO DE 2011, em reunião,
DIA 02 DE JUNHO DE 2011, em reunião
42
do GPL, REGISTROS: 1) de Sueli
Bittencourt que o Portal CEN – Cá Entre
Nós, de Portugal, está divulgando seu
Audio Book “Sim? Não? Por Que?”. A
presidente, através de email,
cumprimentou a poetisa Sueli por seu
belo trabalho. 2) Que o poeta brasileiro
Edweine Loureiro, residente no Japão,
foi classificado em 16º.lugar, entre os 20
poetas internautas no Concurso
Poesiarte, de Cabo Frio, Rio de Janeiro,
com o poema Paz na Terra.
DIA 09 DE JUNHO DE 2011, registro em
reunião dos Concursos de Poesia, pelo
GPL,ocorridos durante o primeiro
semestre de 2011: 1º. Concurso Libertese...nas Asas da Poesia, com o
complexo Penitenciário de Florianópolis;
6º. Concurso On-line de Poesia com o
tema A Casa Caiu e 7º. Concurso
Liberte-se...nas Asas da Poesia, com o
Presídio Regional de Tijucas, todos com
sucesso.
DIA 15 DE JUNHO DE 2011, registro do
poeta brasileiro residente no Japão,
Edweine Loureiro, sobre sua
classificação em 3º. Lugar no Concurso
de Mini Contos, publicado no site http://
www.estronho.com.br/para-ler-no-site/
3o.concurso-de-minicontos.html. Os
classificados foram: Resultado para a
Categoria Nanocontos!: 1º Colocado Antonio M. de Souza
“Feliz aniversário.” Seu sussurro
embaçou o vidro do frasco que
conservava o feto de sua pobre filha, já
há quinze anos sobre o criado-mudo. 2º
Colocado - Adam H. Novaes—A
debutante bailava tão entretida que a
morte, que viera buscá-la, maravilhada,
esperou o baile acabar. 3º Colocado Edweine Loureiro —Dançou com todos
os convidados e, ao amanhecer, voltou a
enterrá-los.
DIA 20 DE JUNHO DE 2011, no Espaço
Cultural Rita Maria, aconteceu o
lançamento da Antologia Prosa & Versos,
com mais de 30 poetas e contistascronistas, tendo à frente o escritor
Donato Ramos. Pelo GPL participaram
Heralda, Maura, Sonia e Celso.
Representando o GPL, compareceu
Eunice Tavares com a família.
DIA 23 DE JUNHO DE 2011, na residência
da presidente Maura, compareceu o
professor Eder Silveira, do Rio Grande
do Sul. Empenhado na Tese de
Doutorado enfocando a vida de mineiro e
a conseqüente entrada no mundo
sindical do ex-associado Manoel Jover
Teles(falecido em 2007), o referido
professor buscava em Florianópolis
laços de família e obras ainda não
Aconteceu...
publicadas do bom poeta Manolo, como
era carinhosamente tratado. O prof. Eder
recebeu das mãos da presidente,
números da Revista Ventos do Sul,
fotocópias de poemas e capas das
revistas em que Manolo publicou seus
poemas e a 5ª. Antologia do GPL que traz
na capa a foto de Manoel. Ivan Alves
Pereira fotocopiou material de seu
acervo referente a Manolo e também
entregou ao pesquisador. A presidente
obteve ajuda da delegada Sandra Mara
Pereira para encontrar um parente de
Manolo para uma entrevista e, no dia 24,
o professor, munido das informações,
esteve à procura de mais elementos
para sua tese. Contente com o farto
material recebido, o prof. Eder doou ao
GPL obras de sua autoria que
registramos na seção da Biblioteca
Maria Vilma Campos, desta Revista.
DIA 24 DE JUNHO DE 2011, Edweine
Loureiro, do Japão, registrou: ”Saiu o
resultado oficial do Clube de Autores. Na
pagina tem só os dez primeiros, mas o
link também remete a lista de todas as
obras que pontuaram. Confirmada a 17
posição de Clandestinos”(obra de sua
autoria). A vencedora foi a obra Fogo
Vermelho, da autora Drica Bitarello.
Comunicou também estar participando
de um projeto poético Poetas de
Realengo e saiu a revista com um de
seus poemas, conferido no site http://
www.germinaliteratura.com.br/
especialrealengo/realengo_poetas.htm
Ainda disse ter publicado na web seu
poema Setembro Negro, sobre o
massacre nas Olimpíadas de Munique.
Continuando os Registros de Edweine
Loureiro:que recebeu o 2º. Lugar do Júri
Oficial para a Escola de Samba Estação
Primeira de Mangueira o Concurso
Virtual “Sempre Mangueira”, com o texto
“Brazil Cabra da Peste”. “Uma noite de
sonhos, de magia!”, lembra Seu Zeca,
enquanto varre a pista da gloriosa
Marquês de Sapucaí.E, parando de
varrer, cerra os olhos. Durante alguns
segundos, vê-se novamente no meio do
desfile, na noite anterior. Na segunda fila
da Bateria, lá está ele: um sorridente
cangaceiro, cuíca na mão,preparando-se
para entrar. A fantasia verde-e-rosa
pesando sobre os ombros,mas a alma
leve, leve. O velho coração acelerando
ao ritmo da cuíca. E quando ouve o grito
– “Alô, nação mangueirense!”... - , a
emoção parece não ter limite. A voz
poderosa do intérprete (puxador é de
carro) começa a cantar o samba. E com
ele toda a Escola canta o refrão: “Vou
invadir o Nordeste...” A ala da bateria,
então, inicia a caminhada, saindo da
concentração. E seu Zeca canta,
canta.Ao ritmo da alegria de um sonho
realizado. Um sonho de menino
pernambucano, pau-de-arara. A imagem
da família, atravessando o sertão há
quase cinquenta anos, em busca do
milagre do Cristo. Dos sete irmãos, três
morreram pelo caminho. Mas seu Zeca,
naquela noite, não quer saber de tristeza
– apenas sorrir. Os olhos fechados,
escutando as vozes que ao longe
dizem:”Pobre do Seu Zeca!” “Morreu
varrendo a rua!” “De repente, fechou os
olhos, começou a rodopiar, a vassoura
na mão...” “Quando nos demos conta,já
havia tombado no chão, sem sentidos...”
“Coitado! Seu sonho era desfilar na
Mangueira, sempre me dizia!...” “Pois é!
Veja como são as coisas:morreu sem
realizar.”
E Seu Zeca, abrindo os olhos
novamente, vê uma legião de anjos que,
vestidos de verde-e-rosa, preparam-se
para recebê-lo.
“Vou invadir o Nordeste, seu cabra da
peste.Sou Mangueira!...”
Em 1º. Lugar, Rita Alves, com
Eternamente Mangueira,em 2º. Edweine
e em 3º.lugar Primeira Estação, de
Nilson Moreno.
DIA 30 DE JUNHO DE 2011, aconteceu,
no Espaço Cultural Governador Celso
Ramos, do BRDE – Banco Regional de
Desenvolvimento do Extremo Sul, um
Sarau Litero-Musical do Grupo de Poetas
Livres, em comemoração aos 50 anos
do Banco, encerrando as atividades do
mês de aniversário. Expressiva platéia
compareceu e se deliciou com os
poemas apresentados e as músicas. A
organização do evento coube a Heralda
Victor, com assessoria de Zeula Soares.
Cacildo Silva e Brazilio Machado
apresentaram-se ao violão e gaita de
boca, respectivamente. Nilson Pereira e
parceiro, ambos ao violão apresentaram
belas melodias do cancioneiro sertanejo
de raiz.Nilton apresentou melodia de sua
autoria que fez em homenagem a sua
mãe Maria da Anunciação Pereira,por
ocasião do seu aniversário de 80 anos.
Heralda, Licinho, Zeli, Sandra, Maria da
Anunciação e Sonia apresentaram suas
poesias. O ambiente do Espaço estava
decorado com telas de artistas
catarinenses que compõem o acervo do
Banco. Após as apresentações, um
coquetel que contou com a ajuda de
todos os associados presentes em
doces, salgados e bebidas.
DIA 30 DE JUNHO DE 2011, na sede da
Academia Catarinense de Letras, av.
Hercilio Luz, centro, Florianópolis, a
Sessão de Saudade em honra de seu
43
ex-presidente Lauro Junkes. Lauro
ocupou a cadeira n. 32 cujo patrono é
Manoel dos Santos Lostada e já
ocupada pelo jornalista Gustavo Neves.
Após esta sessão, conforme os
estatutos da Academia, abre-se a vaga, o
edital para ocupação é publicado e outro
acadêmico é empossado,cumprindo a
tradição pelo modelo francês,de 40
lugares. Sonia Ripoll e Lino Lopes
representaram o GPL e Sonia também
representou a Academia de Letras de
Palhoça, da qual é presidente.
DIA 08 DEJULHO DE 2011, aconteceu a
visita do GPL ao Complexo Penitenciário
de Florianópolis,SC,com Heralda Victor e
Maura Soares. O Complexo está
localizado no bairro Trindade. O objetivo
foi o de fazer entrega dos Certificados
aos Classificados no 1º Concurso de
Poesia do Projeto “LIBERTE-SE...NAS
ASAS DA POESIA”. Estando já na sétima
edição do Concurso junto ao Presídio
Regional de Tijucas, esta foi a primeira
vez que conseguimos realizar a tarefa
obtendo frutífero resultado, graças ao
empenho da professora Maria da Graça.
Foram recebidas pelo Professor Felipe,
Coordenador do Curso de Alfabetização
de Adultos-CEJA e pela professora de
Português do Curso, Maria da Graça
Steinbach, que coordenou o Concurso
no Complexo. Encaminharam-se aos
três setores onde estão os internos que
foram classificados, a fim de entregarem
os certificados, livros e revistas Ventos
do Sul doados aos ganhadores do
Concurso.Tanto a presidente quanto a
vice-presidente do Grupo, Maura e
Heralda, respectivamente, incentivaram
os alunos para que procurassem se
aprimorar na leitura e na poesia. Heralda
falou sobre seu livro “Quando as
estrelas mudam de lugar” e leu seu
poema Nas Grades, inspirada que foi
por um poema de um classificado em
concurso anterior. Heralda fez doação
de seus livros “Quando as estrelas
mudam de lugar”; “O último pôr-do-sol”;
“Nos degraus do silêncio”. Fez-se
entrega de números da Revista Ventos
do Sul e Therezinha Cacilda Monteiro
Mann,do GPL, doou suas obras
“Armadilhas do Destino” e “Ultimo
Refúgio”. Alguns romances de autores
estrangeiros e brasileiros foram
entregues à Coordenação do curso para
a Biblioteca da Escola do Complexo,
para posterior entrega ou leitura dos
alunos. O pedido para um segundo
concurso no segundo semestre de 2011,
dá a certeza ao GPL do bom trabalho de
incentivo à poesia que o mesmo tem
feito ao longo dos seus 13 anos de
existência e ininterruptas atividades.
Diretoria Executiva do GPL: Adriana, Maura, Eunice, Heralda e Licinho.
Ausentes na foto Edmar e José Luiz.
GRUPO DE POETAS LIVRES 2010-2012
Presidente: Maura Soares
Vice-Presidente: Heralda Victor
1º.Secretário: Eunice Leite da Silva Tavares
2º.Secretário: José Luiz Amorim
1º.Tesoureiro: Adriana Cruz
2º.Tesoureiro: Adelício Manoel Campos (Licinho Campos)
Responsável pelo Site: Edmar Almeida Bernardes
Presidente Perpétuo: Maria Vilma Nascimento Campos
Presidente de Honra: Manoel Philippi
VENTOS DO SUL
Presidente: Maura Soares
Editoração: Jorge Luiz Wagner Behr
Organização dos textos e Digitação: Maura Soares
Biblioteca Própria: Biblioteca Maria Vilma Campos
Endereço da sede: Sala Manoel Jover Teles (na sala conjunta
recebeu o nome de “Sala Maria Vilma Campos”)
Biblioteca Pública Municipal Prof. Francisco Barreiros Filho – Rua
João Evangelista da Costa 1160 – Bairro Estreito – CEP 88090300 – Florianópolis, SC – Fone (48) 3271-7914
Endereço para correspondência: Avenida Patrício Caldeira de
Andrada, 581 / 306 – Residencial Victória – Bairro: Abraão – CEP
88085 – 150 – Florianópolis, SC – fone (48) 3249 6082
[email protected]
email para concursos: [email protected]
e-mail: [email protected]
homepage: www.poetaslivres.com.br
Mantenha em dia sua mensalidade, assim você estará ajudando
o GPL a levar adiante sua mensagem poética.

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