17 AN OS - Associação de Solidariedade e Acção Social de Santo

Transcrição

17 AN OS - Associação de Solidariedade e Acção Social de Santo
ASAS
ASAS
JUNHO
NOTÍCIAS
2011
REVISTA
EDIÇÃO
02
17
ANOS
A DAR
ASAS À
VIDA
asas
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ASAS
ASAS
JUNHO
NOTÍCIAS
2011
REVISTA
EDIÇÃO
02
A DAR
ASAS À
VIDA
ANOS
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A DAR
ASAS À
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ÍNDICE
ASAS
5revista
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PAG 45 – Como Ajudar a ASAS
PAG 41 – Produtos
PAG 37 – Eventos
PAG 33 – Vidas que fazem sentido
PAG 28 – O papel da Asas na Intervenção Comunitária
PAG 27 – PANTIR - Um Exemplo de Responsabilidade Social
PAG 24 – Os CAFAP´S
PAG 23 – Crescer em Família
PAG 20 – Educação Parental e Bullying - O papel das organizações
PAG 18 – CAFAP O Papel na protecção da criança/ jovem
PAG 17 – Mensagem - Presidente da Câmara da Trofa
PAG 14 – O Papel dos IPSS´S
PAG 10 – Orgãos Sociais
PAG 9 – Associados Fundadores
PAG 7 – Amor Quebrado
PAG 5 – Índice
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ASAS
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EDITORIAL
ASAS
Presidente da ASAS
José dos Santos Pinto
Cabe-nos a todos nós criar-lhes um projecto de vida para
os proteger da exclusão.
Num mundo tão complexo, com mensagens tão
contraditórias que valorizam o ter sobre o ser, a aparência
sobre a realidade, fingir mais do que se expor, vale a pena
trilhar o percurso aparentemente mais difícil da busca
da paz, do equilíbrio interior, da vida com afecto e da
convivência carinhosa com as pessoas mais próximas.
É doloroso ver inúmeras crianças e jovens pobres,
com tanta vitalidade e futuro, paralisadas em inúmeras
possibilidades por situações familiares, económicas e
sociais.
Em tempos difíceis, são os valores que consolidam os
laços da solidariedade.
O amor não está condicionado a laços genéticos, o
amor na família é construído entre pais e filhos, seja ela
biológica ou adoptiva.
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É um dever de todos nós lutar pela promoção e defesa
dos direitos da família. Com o CAFAP (Centro de Apoio
E é a partir daqui que os técnicos e funcionários da ASAS lhes
ensinam como podem ser livres, espontâneos e naturais
para se expandirem e se tornarem saudáveis, sabem que
eles precisam de atenção para se compreenderem, de
amor para terem segurança, de aprovação para terem
coragem, de respeito para poderem definir a própria
identidade, de compreensão para serem altruístas, de
confiança para se aventurarem, de desafios para terem
esperança e de limites para se orientarem.
Quando os maus tratos são graves ou a situação é
manifestamente de risco, o menor pode ser imediatamente
retirado pelas autoridades ou pelas comissões de
protecção de crianças e jovens em perigo. Quando os
pais consentem é o Tribunal de Família e Menores que
determina qual a medida de promoção e protecção
mais adequada, cabendo à Segurança Social o seu
acompanhamento, até chegarem à nossa instituição.
A negligência tem muitas traduções: má alimentação, falta
de cuidados de higiene e de saúde, abandono escolar e
torturas psicológicas, desde a mais completa solidão até
à convivência com situações que destroem uma criança,
como o alcoolismo, a toxicodependência e a violência
doméstica.
É na conduta, na atitude, que os pais constroem ou
esmagam a identidade dos seus filhos.
A família é o espaço privilegiado de exteriorização de
sentimentos e afectos e é o ambiente natural onde a
criança aprende a valorizar o amar e o ser amado.
É triste saber que há pessoas que não podem ter filhos e
não adoptam uma criança por puro preconceito. Adoptar
uma criança, além de ser um acto de amor, é um acto
de coragem e de bondade. Ser pai ou mãe adoptiva, é
um vínculo de alma, de cuidado, de amor. São filhos que
nascem do coração.
Não há nada que possa substituir o espaço da família,
por isso é necessário que exista sempre vontade e
determinação de trabalhar num serviço de prevenção
para que os pais sejam mais pais, vivam mais tempo a
infância dos seus filhos, acompanhem o seu percurso de
vida até se tornarem adultos confiantes, livres e generosos.
Ter confiança é ter segurança. É a certeza de que o nosso
bem-estar será preservado e a nossa vida fluirá tranquila.
Mas nem todos têm esse privilégio. Algumas crianças
passam por experiências traumáticas.
Crescem num contexto de risco crónico e são roubadas
malvadamente dos seus melhores anos de formação.
Por isso, elas crescem com o choro sufocado, o grito
abafado, o pavor amortecido, o sentimento negado e a
confiança esmagada.
Familiar e Aconselhamento Parental), as fragilidades
serão parcialmente esbatidas com muito trabalho.
Não podemos virar a cara à luta, porque se nos
acomodarmos não será possível acompanhar a
mudança.
AMOR
QUEBRADO
ASAS À
VIDA
A DAR
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ASAS
ASAS
ASAS
ASAS
ASAS
ASSOCIADOS
FUNDADORES
ASAS
ANOS
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Abílio Jorge Machado de Almeida da Costa Oliveira
Alberto Augusto Fleming Pinto Félix
Alexandrino Teixeira Fernandes Machado
Ana Maria Oliveira Bastos Linhares Carneiro
António José da Fonseca Cardoso Sousa Dias
Azuil Dinis Linhares Carneiro
Bernardino Manuel Vasconcelos
Carlos Manuel de Oliveira da Silva
Carlos Manuel Moreira de Almeida Santos
Celestino da Silva Ramos, Padre
Délio de Castro Cardoso Santarém
Eduardo Manuel de Castro Pinto Félix
Eurico da Silva Teixeira de Melo
Fernando Victorino Seixas Queirós
Francisco Aurélio Pinheiro Botelho Moniz
Helena Maria Oliveira e Silva
Ivo Ângelo Andrade Martins
João Adalberto Sousa Dias Correia da Silva
Joaquim Barbosa Ferreira Couto
Joaquim Eugénio Sousa Correia Lima
José Luís de Sousa Marques
Manuel Faria de Abreu
Manuel de Oliveira Assoreira
Maria Ângela Teixeira Fernandes Machado da Cunha
Maria Gabriela Moreira da Costa e Sousa
Rui Fernando da Silva Pelayo Gonçalves
Vasco de Sousa Cruz Ferreira da Costa
Victor Haettich Correia de Freitas de Almeida Garrett
Associados Fundadores
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Vogais
Clara Maria Pinheiro Botelho Moniz Vieira da Silva
Malhas Carjor, Lda. - Jorge Lopes
Presidente
Maria Gabriela Moreira da Costa e Sousa
Conselho Fiscal
Suplentes
Maria Teresa Andrade Polónia
Maria Emília Ferreira da Silva Marques
Maria da Paz Gomes Pelayo
Vogal
José Manuel Alves Pimenta de Carvalho
Tesoureiro
Duarte Manuel de Faria Gonçalves
Secretário
Anabela Freitas Ferreira Maia
Vice-Presidente
Maria Irene Moreira Fernandes Almeida Costa
Presidente
José dos Santos Pinto
Direcção
Secretários
Fernando Vitorino Seixas Queirós
Catarina Irene Fernandes Almeida Costa
Presidente
Carlos Manuel Oliveira da Silva
Assembleia Geral
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ASAS
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ASAS
ASAS
ORGÃOS
SOCIAIS
ASAS
A DAR
ASAS À
VIDA
ANOS
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DE CRIANÇAS
E JOVENS
ESTABELECIMENTOS
DE ACOLHIMENTO
O PAPEL DAS
IPSS´S E OS
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asas
asas
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Daí que o Estado, através da Segurança Social,
privilegie o sector social ou da economia social, quer
através do financiamento à remodelação, reconstrução
ou construção
Têm as IPSS’s, por isso, um papel imprescindível
na nossa sociedade, ao desenvolverem actividades
em parceria com a Segurança Social, pois estão
directamente relacionadas com a comunidade em que
se inserem, beneficiando, nesse sentido, da proximidade
à família, o que lhes permite identificar as situações de
vulnerabilidade social das pessoas, designadamente,
dos mais frágeis socialmente, como são os pobres,
os desempregados, os idosos e as pessoas com
incapacidade.
Para tal desenvolvem respostas sociais tendo como
destinatários os diversos estratos sociais, nomeadamente,
a infância (creches e jardins de infância), os jovens
(lares para crianças e jovens e centros de acolhimento
temporário), os mais idosos (centros de dia e de convívio
e lares de terceira idade) e as pessoas com capacidade
reduzida (centros de actividades ocupacionais e lares
residenciais).
As IPSS’s são entidades jurídicas constituídas sem
finalidade lucrativa que prosseguem, entre outros,
objectivos de apoio a crianças, a jovens, à família, bem
como à integração social e comunitária, contribuindo
ainda para a protecção dos cidadãos na velhice e em
todas as situações de falta ou diminuição de meios de
subsistência ou incapacidade de auto sustento.
O papel das
IPSS’s e os
estabelecimentos
de acolhimento de
crianças e jovens
asas
Ou seja: os lares de crianças e jovens devem ter uma
filosofia de funcionamento traduzida no acompanhamento
das crianças e jovens que lá vivem, proporcionando-lhes
e estimulando a proximidade com a sua família de origem,
ao mesmo tempo que se mantêm abertos à comunidade
Deixando às IPSS’s, que têm como escopo a actividade
do acolhimento, a aplicação prática da filosofia que
preside a este tipo de instituições, assente no triângulo
“lar, família de origem e comunidade”, cabe à Segurança
Social tutelar as instituições e servir de garante à boa
aplicação das práticas ideais e actualizadas neste tipo de
equipamentos.
São, entre outros, objectivos do acolhimento: a reunificação
familiar através da prioridade das relações familiares, do
trabalho educativo e cooperação estreita com as famílias;
a integração estável em família alternativa mediante a
preparação da criança para a adopção quando o projecto
de vida não confira a possibilidade de retorno á família
de origem; a promoção e a aquisição das competências
pessoais e sociais, com vista a uma vida independente;
e, bem assim, a formação e integração sócio-laboral e
acompanhamento em programas de transição.
Em que consistem as medidas de acolhimento em
instituição? Consistem na colocação da criança ou
jovem ao cuidado de uma entidade com condições
físicas e equipa técnica capaz de proporcionar
condições adequadas à sua educação, bem-estar e
desenvolvimento integral.
Tal colocação pressupõe a existência de uma situação
sócio-familiar de risco, susceptível de colocar em causa
a integridade física e/ou psíquica do menor, envolvendo
vivências e/ou experiências prejudiciais ao seu
desenvolvimento e bem-estar.
No que aqui e agora interessa, isto é, as respostas
sociais para jovens, cabe referir que a Segurança Social
financia, no distrito do Porto, o funcionamento de 41 lares
de crianças e jovens e de 16 centros de acolhimento
temporário.
de novos equipamentos, de que são exemplo programas
como o PARES (programa de alargamento da rede de
estabelecimentos sociais) ou o MASES (medidas de apoio
à segurança dos equipamentos sociais), quer através do
financiamento às suas actividades correntes, mediante a
celebração de acordos de cooperação.
15revista
Director Centro Distrital da Segurança Social do Porto
Luís Cunha
Porque, como escreveu Eduardo Sá, “uma criança não se
sente amada só porque tem pais, mas quando lhes lê nos
olhos (mesmo quando lhe ralham) que são verdadeiros
para com ela”.
O papel dos lares de infância e juventude neste processo
de construção da identidade de cada utente é, pois,
crucial, na construção da personalidade da criança e no
seu desenvolvimento emocionalmente saudável. Só assim
se conseguirá – e esse é também o papel da Instituição –
que as crianças sintam que são amadas.
Na verdade, todos temos um passado, que condiciona
aquilo que somos; ignorá-lo ou escamoteá-lo é levar
estas crianças a crescerem interiorizando nas suas
identidades a ideia de que uma parte das suas vidas
não é (ou não deve ser) aceite ou, noutra vertente, que
é condenável. Por isso se impõe um corte radical com o
ciclo de pobreza e exclusão que, demasiadas vezes, se
associa à institucionalização.
Longe vão os tempos em que o internamento de crianças
em estabelecimentos tinha como finalidade essencial tirá-las de situações de pobreza extrema para as alimentar
e vestir, não sendo essencial a sua integração social e
profissional.
Hoje, já não basta que a institucionalização suprima
necessidades básicas dos menores acolhidos… importa,
isso sim, dar às crianças institucionalizadas segurança,
firmeza e afecto, necessários para que possam, elas
próprias, desenvolver a sua personalidade e construir
o seu futuro tendo em conta as suas capacidades e
potencialidades. É necessário que lhes seja incutido o
sentimento de que são iguais a quaisquer outras crianças
que partilham os bancos do mesmo estabelecimento de
ensino, criando-lhes a esperança de que nada há que as
impeça de se tornarem tudo aquilo que desejam ser.
envolvente, quer na participação das crianças e jovens que
acolhem nas actividades promovidas pela comunidade,
quer permitindo a participação comunitária nos eventos
por si realizados.
asas
16revista
ASAS
ASAS
ASAS
ASAS
MENSAGEM
PRESIDENTE
CÂMARA
TROFA
A Presidente da Câmara Municipal da Trofa
Joana Lima
As politicas sociais e de solidariedade constituem
desta forma, uma prioridade de primeira linha da
nossa governação, tendo sempre como base o
reconhecimento e a consagração dos direitos sociais
de todos os cidadãos, indissociáveis de uma sociedade
mais justa e desenvolvida.
Porque a acção desta Câmara Municipal está orientada
para políticas activas de inclusão social, dinamizando a
articulação com parceiros públicos e privados, como é
o caso da ASAS, é nessa perspectiva que encaramos
o trabalho diário desta grande instituição.
Trabalhamos afinal numa óptica de parceria que vai
permitir, a médio prazo, levar a cabo um projecto de
desenvolvimento local nas áreas da qualificação, da
intervenção familiar, da capacitação da população e do
acesso à informação, perspectivando uma importante
concertação de esforços.
Para nós, a qualidade de um Município mede-se
não só pela qualidade dos seus espaços, das suas
construções, dos seus equipamentos, e das suas
empresas, mede-se, sobretudo, pela qualidade de
vida das pessoas, por isso aqui estamos, ao lado de
Instituições como a ASAS, indo ao encontro de uma
intervenção sócio-territorial, abrangente, integrada
e sistémica, que a Câmara Municipal da Trofa vem
desenvolvendo no Concelho.
Um trabalho de proximidade às populações e ao território,
que permite adequar cada vez mais a intervenção às
necessidades identificadas e, em colaboração com
os parceiros locais, produzir impactos positivos e
mudanças muito concretas.
É este o nosso compromisso com a Trofa, com os
Trofenses e com a ASAS..
local de carácter inter-geracional e de revitalização de
costumes e tradições.
Um trabalho que vai de encontro a uma das grandes
apostas da Câmara Municipal a que presido, que vê,
a área das políticas sociais como uma missão de
prestação de serviços de apoio social, de dinamização
e cooperação institucional, devidamente integrados
tendo em vista a promoção do desenvolvimento social
da Trofa.
17revista
asas
Esta instituição protagoniza assim um percurso exemplar
e produtivo, pois conhece bem o território concelhio
e a população residente e tem, como já pudemos
tantas vezes testemunhar, competência, idoneidade e
experiência comprovada na área da intervenção social.
A ASAS nasceu há 17 anos por iniciativa de um grupo
de duas dezenas de pessoas que se preocupavam
com a problemática da criança em risco, hoje, esta
instituição desenvolve uma intensa actividade muito
enraizada na vida da comunidade, em acções diárias
de ocupação de tempos livres, de formação, de apoios
de carácter social ou psicológico, de dinamização
Sei que a ASAS, - e até o nome escolhido foi muito feliz,
ao permitir associar a abreviatura que identifica esta
instituição ao poder de voar, de melhorar, de criar e de
evoluir -, foi constituída com o objectivo de promover e
contribuir para a protecção e apoio dos grupos mais
desprotegidos, especialmente as crianças e os jovens.
Aproveito, por isso esta Publicação, para enaltecer
e realçar o importante papel que a ASAS tem vindo a
desempenhar, no Concelho da Trofa, nos últimos anos,
nomeadamente através do Centro Comunitário da Trofa,
trabalhando também, de forma estreita e activa com a
Autarquia, em projectos como a Loja Social, o Gabinete
de Apoio à Toxicodependência e o Conselho Local de
Acção Social.
É com imenso prazer que participo nesta Revista da
Associação de Solidariedade e Acção Social (ASAS)
que é afinal uma instituição particular de solidariedade
social, sem fins lucrativos e reconhecida como de
utilidade pública no Concelho da Trofa.
MENSAGEM
PRESIDENTE
DA CÂMARA
DA TROFA
CAFAP
Mónica Silva
Apesar de vivermos numa sociedade de consumo,
onde os bens materiais imperam muitas vezes sobre
os espirituais, nenhuma criança é feliz sem a atenção
dos seus pais. Todos nós se nos perguntarmos porque
é que gostamos dos nossos pais, todos seremos
unânimes em responder, porque nos amaram e nos
educaram e estiveram presentes quando precisamos
deles e não porque nos deram aquele brinquedo ou
roupa que tanto queríamos.
Para nós, assistentes sociais, psicólogos, educadores
sociais e ajudantes de acção directa, que trabalhamos
todos os dias com as famílias, sabemos bem o que
queremos: famílias felizes, onde o sorriso das crianças
e jovens impere, porque embora possam continuar a
viver com poucos recursos, têm toda a atenção e afecto
de que precisam e pais capazes de corresponderem
aos seus pedidos de carinho e de segurança, mas
também de lhes definirem regras e limites.
É no trabalho em grupo, como os Encontro Familiares e
com os Adolescentes, que a equipa tem obtido muitas
gratificações, porque apesar de estarmos no Século
XXI e se calhar muitos de nós não darmos valor a
situações banais, como uma ida ao cinema, à praia,
piscina ou mesmo irem ao Parque da Rabada ou à
Assunção, muitas das nossas famílias e crianças/
jovens, nunca o fizeram. Este ano tivemos um menino
de 6 anos, que teve a primeira experiência na piscina
e uma adolescente que entrou pela primeira vez num
shopping e foi a uma praia.
A partir do contexto de vida das famílias, em gabinete
ou em grupo, a equipa do CAFAP “Saber para Crescer”
desenvolveu em 2010 o seu trabalho junto de 156
crianças/jovens, tentando optimizar as competências e
conhecimentos das famílias, muitos dos quais às vezes
“adormecidos” ou não usados, mas com o objectivo
da protecção da criança, mantendo-a sempre que
possível no seio da sua família. Das crianças/jovens
acompanhadas 24 (15,4%) estavam com medidas de
afastamento e 132 (84,6%) em meio natural de vida.
prevenção de situações de risco social e para o apoio a
crianças e jovens em situação de perigo e suas famílias,
concretizado na sua comunidade, através de equipas
multidisciplinares (Direcção Geral da Segurança Social,
da Família e da Criança (DGSSFC, 2006).
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asas
Por isso, foram criados os Centros de Apoio Familiar e
Aconselhamento Parental, os quais são definidos pela
Segurança Social como: resposta social desenvolvida
através de um serviço, vocacionado para o estudo e
Os pais são os principais protagonistas da educação
dos seus filhos, assumindo por isso uma grande
influência no seu desenvolvimento social e pessoal,
tarefa que nem sempre é fácil face aos inúmeros
desafios que surgem da difícil tarefa de educar.
Nas últimas décadas, alterações sociais profundas
acarretaram grandes mudanças no seio das famílias. As
famílias alargadas, com habitação e responsabilidades
familiares partilhadas, desapareceram e deram lugar
a estruturas familiares nucleares, mais pequenas,
na generalidade dos casos, reduzidas aos pais
e respectivos filhos; os avós mantêm actividade
profissional até uma idade mais avançada; as mães
foram trabalhar fora de casa; os vizinhos deixaram de
fazer parte da família; os casais optam por ter filhos
cada vez mais tarde. Neste cenário, os pais e as mães
tornaram-se os responsáveis únicos e exclusivos pela
educação dos seus filhos. Para completar o quadro,
muitos casais divorciam-se e voltam a reconstruir as
suas vidas com outras pessoas, o que leva à criação
de novas famílias, entretecendo uma estrutura de
relações familiares cada vez mais complexa.
“Todas as famílias têm competências e recursos.
Para as ajudar, os profissionais têm de as apoiar na
resolução dos seus problemas, activando para isso as
suas competências”.
Centro de
Apoio Familiar e
Aconselhamento
Parental – o papel
na protecção da
criança/jovem
asas
19revista
PARENTAL
E PAPEL NA
PROTECÇÃO
DA CRIANÇA
JOVEM
ACONSELHAMENTO
CENTRO
DE APOIO E
asas
1. Adopte um estilo educativo orientador – seja firme na
implementação de regras e limites, mas simultaneamente
saiba ser atento e afectuoso, providenciando assim um
ambiente securizante e previsível aos seus filhos. Desta
forma, os seus filhos saberão reconhecer que há limites,
que há consequências quando se ultrapassam estes
limites.
20revista
Universidade Católica
Lurdes Veríssimo
Apesar de poder assumir diferentes concretizações (bater,
pontapear, gozar, humilhar, difamar… - de forma repetida
e intencional), de forma geral o bullying diz respeito a
“comportamentos de agressão/vitimação que ocorrem
entre pares, em que o agressor tem mais poder/é mais
forte” (Olweus, 1993), que ocorrem em contexto escolar.
Então o que é que os Pais podem fazer?
7. Promova interacções saudáveis entre o seu filho e os
colegas fora do contexto escolar – por exemplo, proponha
tardes de brincadeira em sua casa – isso permitirá que
conheça os colegas do seu filho e que estes se revejam
noutros papéis e contextos.
6. Reforce a auto-estima dos seus filhos – facilite o seu
auto-conhecimento e consequente auto-estima, de forma
a prevenir que se transformem em potenciais vítimas
(demasiado vulneráveis a ameaças e manipulações) ou
bullies (impulsivos, com necessidade de fazer abuso de
poder).
5. Ajude os seus filhos a antecipar as consequências
dos seus comportamentos, a perceber o impacto dos
seus actos nos outros.
4. Ensine o seu filho a adoptar um estilo assertivo – que
sabe dizer não, que sabe pedir ajuda, que não reage com
agressividade mas antes procura resoluções realistas
para os seus problemas. Ajude-o a pensar, e encontrar
estas soluções.
3. Esteja atento a alguns sinais inesperados –
decréscimo do rendimento escolar, recusa em ir à escola,
tristeza, apatia ou preocupação inesperada…
2. Fale regularmente com os seus filhos sobre o seu dia
na escola – isso permitirá, entre muitas outras coisas, que
se aperceba se se passa algo de estranho.
Assim, re-focalizemo-nos em duas questões: o que é
afinal o bullying? O que é que os Pais, podem fazer para
diminuir a probabilidade deste fenómeno se instalar?
A ideia não é perder tempo com divagações sobre as
crianças e jovens de hoje. Mas é importante reflectir
sobre as causas prováveis, para que se possam definir
estratégias de acção realmente efectivas, que vão
de encontro às fragilidades que, de facto, justificam a
manutenção do fenómeno.
Será que as nossas crianças e jovens estão a ficar
cada vez mais inseguras, incapazes de ser assertivas,
deixando que as situações de bullying se perpetuem?...
Será que as nossas crianças e jovens têm cada vez
mais necessidade de fazer abuso de poder sobre os
mais fracos (provavelmente a reproduzirem modelos
que têm na sua vida… provavelmente para se sentirem
competentes…)?!
Bullying… Porque é que este estrangeirismo entrou de
rompante no nosso vocabulário e se instalou?.. O mesmo
será dizer: porque é que este fenómeno se instalou?...
Será que sempre houve bullying por essas escolas fora,
e que nunca ninguém lhe tinha dado a real importância?...
BULLYING…
21revista
asas
EDUCAÇÃO
PARENTAL
E BULLYING
O PAPEL
DAS
ORGANIZAÇÕES
asas
22revista
ASAS
ASAS
ASAS
ASAS
CRESCER
EM
FAMÍLIA
CAFAP
Tânia Sampaio
…E porque também nós aspiramos ajudar a preencher
algumas das linhas da história de muitas crianças.
É tendo por base o surgimento destes novos conceitos
que incorporam o desenvolvimento pessoal e social
do Ser Humano, que os CAFAP Saber para Crescer
e Crescer em Família fundamentam a relevância de
iniciativas como a Escola de Pais: uma oportunidade
dada aos pais de se (re)descobrirem nas dúvidas e
incertezas dos Pais de Agora, nas dúvidas e incertezas
dos seus filhos no seu processo de crescimento.
Numa Escola, num Agrupamento de Escolas ou numa
Comunidade, em Santo Tirso ou na Trofa, os encontros da
Escola de Pais contam com um vasto grupo de Técnicos
Especializados de Universidades como a Católica do
Porto ou a Universidade do Minho, de Hospitais ou de
outras instituições, que reconhecendo os desafios que se
colocam aos Pais do Agora se voluntariem desde 2005
para com a ASAS proporcionarem a já cerca de 2100
participantes, aprendizagens, descobertas, reflexões
e partilhas que os conduzam a preencher as primeiras
páginas de uma história que um dia o seu filho saberá
contar ao seu neto.
as relações com os seus filhos e deixar em branco
parte da construção da sua história, ou buscam pelo
conhecimento, atrevendo-se a influenciar as mudanças
que reflectem o crescimento nas diferentes fases da vida.
Pensar numa “Escola” para Pais, no nosso entender, não
é mais do que dar lhes dar esse espaço para que não se
deixem ultrapassar pelas mudanças do tempo e impedir
que outros ou, apenas e só, um filho escreva sozinho parte
da sua história sem que tenha aprendido correctamente
como se escrevem todas as letras do alfabeto. Porque
no Antigamente na escola o respeito pela autoridade do
Professor permitia que este controlasse todo o grupo de
alunos e no Agora a violência escolar e o Bullyng são
argumento para páginas de muitos livros; porque no
Antigamente a informação surgia no vizinho do lado, e
no Agora o Ser Humano tem a fantástica oportunidade
de dispor da poderosíssima internet e dos não menos
fortes Mass Media, que entram pelas nossas vidas
dentro sem bater à porta, aliciando-nos constantemente
a alterarmos toda a nossa forma de ver o mundo; porque
no Antigamente ser-se adolescente surgia sem grandes
alaridos no ciclo de uma vida e no Agora ela se reveste
no desejo de autonomia e de liberdade tão facilmente por
eles (adolescentes) confundida com a libertinagem…
23revista
asas
Num tempo em que o conhecimento e a informação
avançam numa velocidade voraz, os pais, ou se vêem
esmorecidos no Antigamente permitindo-se quebrar
Olhando a Família como a protagonista da educação
das crianças, não deixamos de considerar que o é num
contexto e num tempo que, em larga medida, dita as
regras e as tendências a seguir nessa desafiante, mas
não menos empolgante, tarefa. Se na verdade no Agora
os Pais se vêem perante diferentes desafios, não é menos
verdade que no Antigamente também os tinham, embora
que as directrizes que pautavam um ou outro tempo se
tenham alterado. Senão vejamos: se no Agora o desafio
que se coloca aos pais na escolarização de um filho, é
a de suportarem os encargos para que alcancem um
mestrado e, assim, aumentem as probabilidades de
conquistarem um emprego, no Antigamente a tarefa
angustiante era a que os dez ou doze filhos de uma Família
lutassem pela conquista da 4ª classe e logo aos 10 ou 12
anos se capacitassem na escola da vida, apoiando no
sustento da casa. Se no Agora a dificuldade dos Pais é
de tentarem “dar tudo” (entenda-se bens materiais) aos
filhos para que não sejam marginalizados pelos pares,
no Antigamente os Pais trabalhavam para que, com
orgulho, pudessem oferecer na 1ª Comunhão o primeiro
par de sapatos aos filhos. Do mesmo modo, se no Agora
os Pais se esforçam por prevenir que um filho não inicie a
sua sexualidade na pré-adolescência, no Antigamente
mantinham a preocupação de que não o fizessem antes
do casamento para que não quebrassem a moralidade
e as tradições familiares. Não deixa, porventura, de ser
verdade, que o Agora é a era das conquistas no imediato,
do encantamento pelo que é novo, pela experiência do
que não se conhece, pela adrenalina e o espírito de
aventura e por um ser-se diferente que cativa em especial
relevo os adolescentes e jovens.
Escola de Pais… porque os Pais são os primeiros
escritores da história de uma Criança…
… E porque no Agora se diz que têm mais desafios na
construção do argumento acerca do qual devem escrever
as páginas na vida de um filho. Com a Escola de Pais,
os CAFAP Saber para Crescer e Crescer em Família
têm a pretensão de serem um espaço para que os Pais
tenham a oportunidade de (Re)apredender, (Re)pensar,
(Re)conhecer, Reflectir e (Re)descobrir as linhas sobre as
quais se esboça o livro da história de uma criança.
CRESCER EM
FAMÍLIA
É de realçar que o surgimento de instituições e
organizações de protecção de menores se inscrevem na
alteração das circunstâncias atrás referidas. Trata-se de
instituições muito recentes na história da humanidade, que
têm por objectivo fundamental salvaguardar a vida, saúde
e bem-estar dos menores, quando se julgue que estas
estão em causa.
O que se sugere é que as sociedades dos nossos dias
colocam sobre os pais uma pressão muito grande para
que constituam modelos ideais e responsabilizam-nos (na
verdade, culpam-nos) mesmo por tudo o que não corre
de acordo com esse ideal. Como o ideal é por definição
inatingível, é de esperar que a responsabilização/
culpabilização seja sistemática.
Um exemplo interessante desta pressão, diz respeito ao
persistente mito de que os pais actualmente não dão
suficiente atenção aos filhos, porque “chegam demasiado
tarde a casa”. Contudo, o que se verifica é que, pelo
contrário, há hoje em dia um significativo número de pais
que anda numa verdadeira correria para ir buscar o(s)
filhos(s) à escola e levá-lo(s), à natação e depois à música
e ainda a um sem número de actividades extra-escolares.
Se aplicássemos à geração imediatamente anterior os
critérios actuais de exigência quanto à parentalidade,
essa geração seria em bloco considerada negligente
e arriscaria processos sistemáticos na protecção de
menores!
As questões da parentalidade, da educação, e das
relações pais-filhos, são incessantemente discutidas,
vendo-se os pais confrontados com a necessidade de
corresponderem às expectativas, sugestões e modelos
de pais ideais, propalados em jornais, revistas, televisões
e sites especializados ou não especializados.
Hoje em dia, a possibilidade de aceder a
informação relevante sobre questões educacionais é
incomensuravelmente superior à que se verificava há 30
anos atrás.
Uma outra circunstância do maior relevo, é a explosão
de informação nos meios de comunicação social, em
particular na Internet.
24revista
asas
É difícil para os pais resistirem a dar coisas aos filhos (o
telemóvel será talvez uma das melhores metáforas desta
pressão para “dar”), os quais, pensarão muitas vezes os
pais, não deverão exibir menos do que os outros exibem.
A exibição de múltiplos objectos é, como sempre foi na
história da humanidade, um importante sinal de estatuto
social. Actualmente pode ser, para além disso, um sinal
de que os pais fornecem uma “educação de qualidade”
e de que estão muito atentos aos filhos.
Por outro lado, os próprios filhos passaram a carregar o
ónus de satisfação dos desejos e aspirações dos pais
e também, frequentemente, dos de outros familiares
próximos. Assim, aquilo que era distribuído por muitos e
por isso passava muitas vezes despercebido (para o bem
e para o mal), é agora detectado com prontidão e alvo de
preocupação e cuidados (por vezes excessiva).
A significativa alteração, para melhor, das condições
de vida dos portugueses nas últimas três décadas, teve
também como efeito a possibilidade de os pais darem
aos filhos aquilo que gerações anteriores, por muito que
o desejassem, se viam impedidas de fazer. As crianças
passaram a usufruir de bens, cuidados, atenções e
mesmo de mordomias até então impensáveis.
A alteração das circunstâncias, porém, leva-nos
frequentemente a pensar o contrário. De entre estas
circunstâncias, há que destacar desde logo a significativa
redução da taxa de natalidade, a qual conduziu à
concentração, em um ou dois filhos, da atenção que em
gerações anteriores era distribuída por 5, 6 ou mais filhos.
Este singular e importante facto teve como efeito o aumento
da percepção de responsabilidade dos pais relativamente
aos (agora raros) filhos e à satisfação de desejos e até de
caprichos até aí praticamente impossíveis.
As dificuldades de ser pai/ mãe nos dias de hoje não
serão em si mesmas superiores àquelas com que se
confrontaram gerações anteriores.
OS
CAFAP´S
Psicólogo, voluntário da Asas
João Lopes
25revista
asas
O modelo dos CAFAPS, como de resto todo o sistema
de protecção de menores tem que ser sistematicamente
estudado e avaliado para se perceber melhor as
suas vantagens e dificuldades numa lógica de custo/
benefício. Sem precipitações e através de processos
metodologicamente aceitáveis. Para que possamos
ter cada vez melhores intervenções, melhores pais e
consequentemente melhores filhos.
O mais provável é mesmo que os problemas se
reproduzem morbidamente, obrigando a novas e
desgastantes intervenções. Se multiplicarmos o esforço
a despender numa família pelo que é necessário realizar
junto de todas as que dele necessitam, rapidamente
concluiremos do gigantismo da tarefa e do custo humano
a ela associado.
Da mesma forma, poderão realizar importantes
intervenções noutras fases de um eventual processo
judicial em curso. O maior problema dos CAFAPs é
evidentemente o do custo do modelo. Intervir junto de uma
família muito problemática pode revelar-se uma tarefa
interminável (no sentido em que a pressão dos técnicos
poderá ter que se prolongar por anos), dificilmente
terminando numa “cura” (no sentido médico do termo).
Os CAFAPs (Centros de Apoio Familiar e Aconselhamento
Parental) em particular, procuram constituir uma de entre
várias respostas possíveis de primeira linha na protecção
de menores. A sua acção é particularmente difícil dado
que, em geral, trabalham com alvos que não solicitaram
nem desejam a sua intervenção. As resistências são pois
significativas e o trabalho pode revelar-se desgastante,
quando não frustrante. Contudo, os CAFAPs poderão
ter uma importante acção preventiva junto das famílias,
evitando a retirada dos menores e a sua colocação numa
instituição, sem que estejam esgotadas as possibilidades
de permanência na família em condições minimamente
aceitáveis.
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26revista
ASAS
ASAS
ASAS
ASAS
ASAS
MECENATO
SOCIAL
A Gerência
Nestes espaços para além do serviço de cafetaria, a Pantir
tem a seu dispor uma variedade de produtos que oferecem
a garantia de qualidade e frescura diárias.
O nosso forte é o fabrico de pão e seus derivados dos
quais destacamos as afamadas broinhas de milho de
0,400gr , broinhas de centeio o pão tipo Mealhada e os
pães de cereais.
A nível do fabrico de pastéis temos uma rica e variada
escolha de sabores e formatos, não esquecendo os
afamados Jesuitas, aliados à qualidade do pastel fresco
do dia. O mesmo se aplica na confecção de Bolos
artísticos que tem vindo a aumentar dado o sucesso, o que
tem conquistado cada vez mais clientes. Também fazemos
bolos de noiva, aniversário com ou sem foto, temáticos
(dias da mãe, pai, namorados, Pascoa, despedida de
solteiro).
Também a pensar nas crianças confeccionamos bolos
de aniversário com produtos adequados às suas idades
como por explo recheio de geleias de vários sabores a
frutos e cremes de decoração com baixo teor de corantes.
Para a cobertura temos um leque variado de fotos divertidas
de animação (actual ou antiga, heróis da B.D., princesas,
Barbie, Etc..) ou um desenho á escolha do cliente.
Valores como a saúde pública a qualidade dos produtos
que fabricamos e servimos são prioritários e estão na base
do nosso trabalho.
Por tudo isto a necessidade de produzir alimentos seguros,
passa pela responsabilidade de implementar o sistema
de auto-controlo eficazes ao longo de todas as fases de
produção, expedição e venda.
Com consumidores cada vez mais esclarecidos e portanto
mais exigentes, é nosso dever colocar á disposição dos
nossos clientes produtos cujas condições de higiene e
segurança sejam devidamente garantidos.
A Pantir é uma empresa bem sucedida graças à qualidade
dos seus produtos, fidelidade aos seus princípios,
consideração e respeito pelos clientes.
O objectivo é de continuar a crescer diversificando e
melhorando os seus produtos, mantendo o elevado
padrão de atendimento e qualidade.
27revista
asas
É com muita satisfação que a Pantir aceitou o convite
para fazer parte da revista Asas notícias Nº 02.
Quinze anos passaram desde que o Fundador e 1º
Presidente da Asas Vasco Ferreira apresentou o projecto
(ainda pequenino) à gerência da Pantir na pessoa do
Sr Franciso de Assis Correia da Silva, solicitando o nosso
contributo .
Sustentada na máxima de que “PAO É VIDA” logo a Pantir
se prontificou a ajudar. Assim tem continuado até à data
de hoje. Podemos dizer que a Pantir se orgulha de fazer
parte desta Família, dando o seu pequeno contributo
em entregas diárias de pão, produto essencial para o
desenvolvimento sustentado das crianças que crescem
nesta Instituição. Apesar de ser uma pequena ajuda no
meio das muitas necessidades que vão surgindo neste
género de Instituições , no que depender da Pantir tudo
faremos para que assim continue.
A cooperação de todos, a vontade de ajudar, por mais
singela que possa ser, desde autarquias, empresas
e sociedade é vital para que estas crianças cresçam
felizes e sem carência alguma. As crianças de hoje são
os Homens de amanhã. È nestes exemplos que todos
damos, dentro de fora desta Instituição, que estas e outras
crianças se formam, e tomam consciência que NÃO É
pela “cegueira” de quem não quer ver, ou indiferença em
relação ao seu semelhante que conseguimos fazer um
mundo melhor e mais justo.
A Pantir paralelamente a estas iniciativas, vem cooperando
em acções de solidariedade com Instituições dos dois
concelhos, por forma a contribuir para uma dinâmica
pró-activa, através dos produtos que a empresa produz,
de forma a garantir uma postura mais afirmada de
preocupação com o valor intangível, comum a todos: as
pessoas.
A Pantir vem cada vez mais afirmando-se em ambos os
concelhos, compondo um total de 18 lojas abertas ao
público, apoiadas pela sua Sede em Merouços - Santa
Cristina do Couto.
PANTIR - UM
EXEMPLO DE
RESPONSABILIDADE
SOCIAL
É ainda promotor, pelo sétimo ano, do Plano Municipal
de Prevenção Primária das Toxicodependências,
promovendo iniciativas de prevenção de consumos e de
comportamentos desviantes juvenis junto da comunidade
escolar. Ainda este ano estiveram envolvidos mais de
300 crianças, com participação activa de professores da
Escola Napoleão de Sousa Marques e do Agrupamento
vertical de Escolas da Trofa na concretização da “Caminha
pela Prevenção” em algumas das principais artérias da
cidade da Trofa. A repetir no próximo ano.
Em relação à intervenção com crianças destacam-se
as actividades do ABC Criativo, programa direccionado
para o apoio ao estudo em horário pós escolar e que
durante as férias promove actividades ocupacionais na
dupla vertente recreativa e pedagógica. Por outro lado,
um outro programa denominado Educação Solidária
vocacionado para crianças em risco, promove actividades
complementares de apoio escolar e de prevenção de
comportamentos desviantes, utilizando para o efeito jogos
e actividades de exploração das representações sociais,
actuando assim sobre os valores individuais e a promoção
de estilos de vida e de sociabilidades saudáveis.
Destaque, ainda, para a disponibilização de serviços
de apoio à comunidade mais carenciada: balneários e
lavandaria. No Centro Comunitário da ASAS recebe-se
regularmente roupas, outros equipamentos e objectos,
entre mobiliário, livros e brinquedos, que são distribuídos
à comunidade mais carenciada. Porque o processo não
se esgota nas intenções nem nos resultados atingidos, o
Centro Comunitário da Trofa ainda terá muito a fazer.
Acredita a equipa do Centro que a adopção de valores e
de princípios de respeito pelos outros, pela diferença, pelas
referências de autoridade e das normas de funcionamento
social, pedras basilares de um crescimento sustentado
e harmonioso, contribuirá para afastar os mais novos
dos comportamentos de risco e para uma integração
equilibrada de todos os seus membros.
28revista
asas
A prevenção da exclusão e do isolamento, a promoção
da participação social e o envolvimento das famílias da
comunidade, a revitalização das tradições locais e a
consolidação dos laços entre os seus membros estão entre
as suas formas de actuação. A relação intergeracional
promovida em muitas das suas actividades pretende
conciliar a experiência de vida adquirida e o sadio
crescimento juvenil dos seus mais novos intervenientes.
Com esta introdução pretendemos ressalvar o importante
papel que a ASAS tem ao nível da sua intervenção
comunitária e familiar. Em particular, o Centro Comunitário
da Trofa centraliza a sua acção na comunidade trofense.
Ao longo dos 10 anos da sua existência, os mais
idosos e as crianças têm merecido destaque nas suas
preocupações. O Centro constitui-se como um pólo de
animação, gerador das dinâmicas locais, de revitalização
das tradições e promotor do convívio intergeracional.
Segundo a sociologia, o termo “comunidade” corresponde
a um conjunto de pessoas que se organizam sob o
mesmo conjunto de normas e que geralmente vivem
no mesmo local, excepção natural às novas formas
de organização das comunidades virtuais. Também a
perspectiva ecológica identifica comunidade como a
totalidade dos organismos vivos que fazem parte do
mesmo ecossistema e interagem entre si, não apenas à
reunião de indivíduos a que corresponde uma população
e à sua organização social mas também a um nível mais
elevado de complexidade de um ecossistema. Aos níveis
mais complexos da organização humana correspondem,
entre outros, os laços afectivos e os seus aspectos
culturais.
Também aqui pode e deve ter lugar a expressão que de
que os níveis de desenvolvimento de uma comunidade se
podem avaliar pela forma como trata as suas crianças e
os seus idosos. Redutor, verdadeiro e um ponto de partida
para uma reflexão que, natural e infelizmente, não cabe
nestas linhas.
O PAPEL DA ASAS
NA INTERVENÇÃO
COMUNITÁRIA
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O PAPEL DA
ASAS, NA
INTERVENÇÃO
COMUNITÁRIA
ASAS
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O PAPEL DA
ASAS, NA
INTERVENÇÃO
COMUNITÁRIA
ASAS
ASAS
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asas
CCT
José Paulo Nunes
A terminar destaca-se o lançamento, no próximo mês
de Novembro e durante as comemorações do 10.º ano
do CCT, de um CD do Grupo de Cantares com músicas
populares portuguesas intitulado “Vidas ComSentidos”.
Porque é um projecto do CCT, do Grupo de Cantares e de
cada um dos seus membros, porque a Vida tem “Sentido”
e porque os nossos utentes apregoam isso mesmo…
também a cantar.
Tem ainda particular protagonismo o Grupo de Cantares
“Saberes com Sentidos”. Além dos ensaios semanais,
este grupo participa activamente em festividades do CCT,
em festas populares e em iniciativas promovidas por outras
instituições locais. Adquiriram já tradição nos Cantares
de Janeiras e as actuações já ultrapassam as fronteiras
do concelho. Ainda recentemente estiveram a actuar no
Porto, na avenida dos Aliados e no Jumbo de Matosinhos,
ambas no âmbito da promoção das 24 Horas de Luta
Contra a Pobreza e a Exclusão Social, iniciativa a que a
ASAS se associou com outras instituições.
Refere-se, assim, um grupo de adultos e idosos, activos
e dinâmicos, e que diariamente participam nas nossas
actividades, promovendo o seu bem-estar físico e mental.
O combate ao Alcoolismo e à Toxicodependência, através
do Projecto “(Re)Inserir na Trofa”, financiado pelo Instituto
das Drogas e Toxicodependências e promovido pela
ASAS permitiu acompanhar 62 utentes até ao momento,
promovendo a abstinência do consumo, nomeadamente
através do Grupo de Auto-ajuda e da aquisição de
competências pessoais e sociais facilitadoras da
reinserção social e económica. Para o efeito contamos
com o importante apoio do tecido empresarial local.
Relativamente à comunidade mais adulta, destaca-se a
intervenção ao nível das actividades ocupacionais e de
aprendizagem, nomeadamente os Ateliês de Informática,
de Música, de Alfabetização, de Bordados e de Teatro, a
Ginástica Sénior, a Hidroginástica e o Bóccia Sénior com a
participação de duas equipas no campeonato nacional.
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32revista
ASAS
ASAS
ASAS
VIDAS QUE
FAZEM
SENTIDO
Sentimos este projecto como mais uma conquista da
nossa família ASAS! Uma família que se assume e revela
os seus segredos a partir destes pequenos grandes gestos
e do envolvimento de toda uma equipa em beneficio do
bem-estar daqueles que diariamente acompanhamos,
pois não há idade para ter ASAS e puder voar nos sonhos!
Foi então que foi lançado o desafio de dar continuidade
a este trabalho numa lógica mais regular e onde as
competências relacionadas com o canto fossem
desenvolvidas. Assim em 2007, nasceu o Grupo de
Cantares do CCT – Grupo de Cantares Saberes
ComSentidos.
asas
33revista
CCT
Natércia Rodrigues
A espera pela altura certa para gravar o seu tom, o quase
não puder respirar ao gravar o CD, entre outros, foram
momentos de grande esforço e empenho de todos os
elementos do grupo envolvidos, inclusive do Professor
que incansavelmente sempre os acompanhou.
Dias e semanas para acertar pormenores e colocar cada
uma das vozes no local certo. O brilho nos olhos de quem
se levantava muito cedo e aguentava horas de pé para
gravar o CD era como o irradiar do sol pela manhã!
Sinto-me feliz por aos 90 anos ter gravado um CD na
ASAS!
(Sic) Elemento do Grupo
Durante meses afinaram-se vozes que rapidamente
deram frutos! Foram e são variados os convites dirigidos
a este grupo realizados pela comunidade e Instituições
locais que aceitamos sempre com alegria e empenho.
Foi então que, no ano de 2010, depois de se sentir a
consistência do grupo que se pensou na gravação de
um CD com o reportório já ensaiado.
Um sonho … tornado realidade…
Nunca na minha vida cantei nem gostava de o fazer,
agora sei cantar e gosto! Sinto-me orgulhosa pelo meu
papel no grupo!
(Sic) Elemento do Grupo
O desafio foi lançado e, os 10 elementos já envolvidos
agarraram o projecto. Semanalmente, reviveram o canto
de músicas tradicionais e as exteriorizaram como se de
uma terapia se tratasse. Rapidamente a sonoridade que
se ouvia pelo Centro nos dias dos ensaios atraiu, quase
como que um canto de sereia, mais e mais elementos
para o Grupo.
Depois de se mobilizarem para esta actividade
considerou-se que este grupo tinha potencialidades para
se manter e desenvolver.
“Nós conseguimos formar um grupo com a boa
vontade de todos nós, professor e equipa”
(Sic) Elemento do Grupo
O prazer pela música tradicional e popular portuguesa
mobilizou 10 elementos do grupo Saberes ComSentidos
para que, na época Natalícia visitassem algumas
entidades do concelho para as presentear com as
tradicionais Janeiras.
O empenho e o envolvimento de uma equipa multidisciplinar
e dos próprios utilizadores é o segredo dos resultados
atingidos. A amizade e a responsabilidade são conceitos
que foram crescendo como um todo e potenciadores de
ideias e projectos cada vez mais ambiciosos.
Proporcionar momentos de convívio e interacção é
contribuir para o bem-estar global do ser Humano.
O Centro Comunitário da Trofa, uma valência da Asas,
a partir do estabelecimento de um relacionamento de
proximidade, transformou-se numa estrutura de apoio de
referência no trabalho desenvolvido com a população
mais idosa do Concelho da Trofa. Ir de encontro aos
prazeres e necessidades desta população faz parte da
nossa missão. Assim, em 2004 nasceu o Grupo Saberes
ComSentidos destinado à população mais idosa.
VIDAS QUE
FAZEM SENTIDO
A DAR
ASAS À
VIDA
ANOS
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ASAS
ASAS
ASAS
ASAS
EVENTOS
ASAS
ASAS
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ASAS À
VIDA
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4. Plano Comemorativo do 10º Aniversário
do Centro Comunitário da Trofa
3. IV Encontro sobre Maus Tratos, Negligência e
Risco na Infância e na Adolescência
2. Encontro “Crescer em Família”
1. Jantar DAR ASAS À VIDA
A DAR
ANOS
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4. Plano Comemorativo do 10º Aniversário do Centro
Comunitário da Trofa
Dez anos na intervenção comunitária, merecem ser
comemorados porque são 10 anos a...
INVESTIR NAS PESSOAS
3. IV Encontro sobre Maus-Tratos, Negligência e Risco na
Infância e na Adolescência
Reflectir e aprofundar o debate entre investigadores/as,
responsáveis institucionais e profissionais, acerca de aspectos
relacionados com os maus tratos, negligência e risco na
Infância e na Adolescência é o nosso objectivo. Junte-se a
nós e a uma vasta equipa de investigadores/especialistas do
nosso país e do estrangeiro e profissionais das mais diversas
áreas.
2. Encontro “Crescer em Família“
Porque acreditar nas Famílias é preciso a ASAS
Lança um desafio a todos aqueles que trabalham a Família,
a partilharem aprendizagens e novas metodologias de
avaliação/intervenção.
1. Jantar Dar ASAS à Vida
A ASAS convida mais uma vez todos os Amigos a darem voz
ao lema “Dar ASAS à Vida”
Torne-se nosso amigo e ajude-nos a voar mais alto!
PRÓXIMOS
EVENTOS
A DAR
ASAS À
VIDA
ANOS
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ASAS
ASAS
ASAS
ASAS
PRODUTOS
ASAS
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ASAS À
VIDA
LIVRO - VIDAS QUE SE CHAMAM ASAS
CD - VIDAS COMSENTIDOS
CD - DAR ASAS À VIDA
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LIVRO - ENCONTROS DE VIDAS
A DAR
ANOS
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4. LIVRO “ENCONTROS DE VIDAS”
Neste livro partilhamos histórias de quem
encontrou um porto seguro na ASAS e que,
com a ASAS, DEU ASAS ÀVIDA.
Dois jovens que foram adoptados.
3. LIVRO “VIDAS QUE SE CHAMAM ASAS”
- Este não é um livro de histórias simples.
É um livro de histórias com AMIGOS dentro....
2. CD “VIDAS COMSENTIDOS”
Torne-se nosso amigo e ajude-nos a voar mais alto!
O Grupo de Cantares Saberes com Sentidos convida-o
a receber em sua casa o seu CD.
Uma compilação de Músicas Tradicionais para recordar
e partilhar com toda a Família.
1. CD “DAR ASAS À VIDA”
Música para partilhar em família, lindas! Recorde e
descubra alguns originais, como o Hino da ASAS,
cantado pelas vozes das crianças e letra também
escrita por eles, em conjunto com colaboradores.
Retrato da vida que se respira na ASAS e com
qualidade técnica, porque foi profissionalmente
orientado pela Prof. Ana Maria Peres
PRODUTOS
ASAS
A DAR
ASAS À
VIDA
ANOS
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ASAS
ASAS
ASAS
COMO
AJUDAR
A ASAS
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A DAR
ASAS À
VIDA
ANOS
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NIB 0035 0732 0005307473059
Donativo extraordinário (dedutível no IRS) Conta Bancária da Caixa Geral de Depósitos com o
€ 5.000,00/ ANO
Este programa permite dar ASAS À VIDA, possibilitando a realização de actividades promotoras da
aquisição de competências com vista à vida adulta e autónoma das nossas crianças.
SONHAR
€ 1.500,00/ ANO
Para além das necessidades básicas, alimentação e vestuário e segurança, este plano permite cobrir as
despesas ao nível da saúde, com terapias especializadas, despesas ao nível pedagógico e educativo,
de cada uma das nossas crianças
REALIZAR
€ 600,00/ ANO
Programa que permite suportar as necessidades mais básicas como a alimentação e o vestuário, de
cada uma das nossas crianças.
NASCER
PLANO DAR ASAS À VIDA para:
A nossa visão é transformar o mundo numa sociedade em que todas as pessoas possam ser cidadãos
autónomos de pleno direito. Para isso, necessitamos de toda a ajuda possível de organizações,
empresas e anónimos para continuarmos este projecto.
Precisamos da sua contribuição para podermos continuar a distribuir sorrisos e a semear sonhos. A
ASAS tem disponível o plano de angariação de fundos “ DAR ASAS”, destinado a entidades empresariais,
ao abrigo da Lei do Mecenato Social, traduzindo-se em TRÊS PROGRAMA DE COOPERAÇÃO
EMPRESARIAL, pensados para que a tomada de decisão seja facilitada tendo em conta as
necessidades de cada um dos utentes das diversas valências.
COMO
AJUDAR A ASAS
ASAS À
VIDA
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46revista
Propriedade: Asas, Associação de Solidariedade e Acção Social de Santo Tirso
Impressão: Norprint
Design: C&L design e arquitectura
Fotografia: STORYTAYLOR art photography | all rights reserved
Coordenação: Asas | Mónica Silva
Tiragem: 1.000 exemplares
Com o Apoio de: Mediação de Seguros Miguel Albano Gouveia
A DAR
ANOS
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ASAS
ASAS
ASAS
ASAS
CONTACTOS
Rua Dr. Carneiro Pacheco, 458
4780-446 Santo Tirso
Tel. 252 830 830 | Fax. 252 830 839
e-mail: [email protected]
www.asassts.com

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