Corrente interferencial: uma revisão sistemática

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Corrente interferencial: uma revisão sistemática
Corrente interferencial: uma revisão sistemática
Felipe Marques *
Luciano de Souza *
Paola Moura *
Resumo
A estimulação elétrica vem sendo extensivamente usada em todo o mundo. Seus efeitos
terapêuticos incluem a melhora do fortalecimento e resistência muscular, controle da dor, cicatrização
tecidual, manejo da espasticidade e assistência à utilização de órteses. O foco do nosso estudo de revisão
é uma modalidade terapêutica conhecida como corrente interferencial (CI). As alegações a respeito dos
efeitos físicos e terapêuticos da CI são em grande parte sem base e têm sido questionados pela literatura
atual. Neste sentido, o objetivo do presente estudo é apresentar uma revisão sistemática no que tange a CI.
Foram utilizados para o presente estudo a base de dados do Medline (1995 – 2007), Lilacs (1995 – 2007)
e livros particulares. Os unitermos utilizados para a pesquisa foram: “interferential therapy” ou
“intererential current”, “electrotherapy”, “transcutaneous eletrical nerve stimulation” e “physiotherapy”
ou “physical therapy”. Os resultados finais incluíram 22 artigos e 5 livros particulares que cumpriram os
critérios de inclusão na sua totalidade e que estavam disponíveis para consulta. Concluímos que muitas
questões fundamentais ainda carecem esclarecimento e que existem pouca fundamentação ou evidênica
da eficiência desta técnica.
Palavras Chave: Eletroterapia; corrente interferêncial; fisioterapia.
Abstract
The electric stimulation comes have been commonly used in the whole world. Therapeutical effect
include the improvement of sthreght and muscle resistance, control of pain, tissue repair, handling of the
spasciy and assistance to the use of ortesesis. The focus of our study of revision is a known therapeutical
modality as current interferencial (CI). The allegations regarding the physical and therapeutical effect of
the CI are to a large extent without base and have been questioned for current literature. In this direction,
the objective of the present study is to present a systematic revision in that it refers to the CI. They had
been used the database of Medline (1995 - 2007), Lilacs (1995 - 2007) and books. The words used them
for the research had been: "interferential therapy" or "intererential current", "electrotherapy",
"transcutaneous eletrical nerve stimulation" and "physiotherapy" or "physical therapy". The final results
had included 22 articles and 5 books that had fulfilled the criteria of inclusion in its totality and that they
were available for consultation. We conclude that many basic questions still unclear and there is a little
efficiency this technique.
Key Words: electrotherapy; intererential current; physiotherapy.
* Alunos do curso de fisioterapia do Instituto Metodista IPA
INTRODUÇÃO
A estimulação elétrica vem sendo extensivamente usada em todo o mundo
(Ozcam et al., 2004). Seus efeitos terapêuticos incluem a melhora do fortalecimento e
resistência muscular, controle da dor, cicatrização tecidual, manejo da espasticidade e
assistência à utilização de órteses (Low e Reed, 2000; Kitchen, 2003; Johnson e
Tabasan, 2003; Jarit et al., 2003). O foco do nosso estudo de revisão é uma modalidade
terapêutica conhecida como corrente interferencial (CI), desenvolvida na década de
1950 pelo Dr. Hans Nemec em Viena. Esta consite em uma corrente elétrica de média
freqüência alternada para tratamento de condições clínicas variadas (Ozcam et al., 2004;
Cramp et al, 2000 Jarit et al., 2003).
Atualmente a CI vem sendo uma modalidade eletroterapêutica comumente
utilizada por fisioterapeutas (Pope et al., 1995; Robertson e Spurritt, 1998). Hurley et
al. (1995) relataram que a CI é a modalidade eletroterapêutica mais utilizada na
Inglaterra e Irlanda em pacientes com dor lombar. Foster et al.(ANO) observaram que
44,1% de 813 fisioterapeutas questionados, preferiam a CI para tratamento da dor
lombar. Em outro estudo realizado no Canadá, Poitras et al. (ANO) concluíram que a
CI apareceu como uma das intervenções fisioterapêuticas mais utilizadas para dor
lombar. Outros estudos também demonstram que esta modalidade é comumente
utilizada por fisioterapeutas do Canadá e Austrália (Robertson e Spurritt, 1998, Gracey
et al, 2002; Hou et al, 2002).
A CI consiste no cruzamento de duas correntes, levemente diferentes, de média
freqüência com ondas entre 4000 a 4100Hz (Jarit et al, 2003). Estas duas correntes
criam ondas que interferem construtivamente (resultando no aumento da amplitude) e
destrutivamente (sem onda) produzindo uma freqüência de batimento (Ozcam et al.,
2004; Jarit et al., 2003). Esta freqüência de batimento é também denominada amplitude
de freqüência modulada (AMF) ou freqüência terapêutica (Low e Reed, 2000; Kitchen,
2003; Johnson e Tabasam, 2003; Prentice 2004, Johnson e Tabasan, 2002).
As freqüências portadoras (média freqüência) minimizam a impedância da pele.
A pele atua como um capacitor reativo, armazenando as cargas elétricas da media
freqüência, permitindo assim uma maior profundidade tecidual da AMF (Ozcam et al.,
2004). Entretanto, em baixas freqüências a impedância da pele é maior, enquanto que
em freqüências maiores a impedância da pele é menor (Low e Reed, 2000; Ozcam et al.,
2004).
As alegações a respeito dos efeitos físicos e terapêuticos da CI, citados acima,
são em grande parte sem base e têm sido questionados pela literatura atual. Não
obstante, observa-se a prevalência no uso deste tipo de corrente para dor. Neste sentido,
o objetivo do presente estudo é apresentar uma revisão sistemática no que tange a CI.
METODOLOGIA
Foram utilizados para o presente estudo a base de dados do Medline (1995 –
2007), Lilacs (1995 – 2007) e livros particulares. Os unitermos utilizados para a
pesquisa foram: “interferential therapy” ou “intererential current”, “electrotherapy”,
“transcutaneous eletrical nerve stimulation” e “physiotherapy” ou “physical therapy”.
Já para construção do modelo de pesquisa foi seguido às orientações do NHS/York.
Após realizar a pesquisa com os unitermos usamos os seguintes critérios de
seleção.
1. Artigos escritos em inglês
2. Artigos categorizados nas bases de dados ciêntificos como “case study” ou
“sitematic review”
3. Artigos referentes a uma intervenção em fisioterapia utilizando a CI como
modalidade terapêutica
4. Artigos publicados de janeiro de 1995 até maio de 2007
5. Possuírem Abstracts
RESULTADOS
A tabela 1 mostra o número de citações em que cada unitermo foi encontrado no
banco de dados.
Os resultados finais incluíram 22 artigos que cumpriram os critérios de inclusão
na sua totalidade e que estavam disponíveis para consulta e 5 livros particulares.
Tabela 1. Número de citações nos dois bancos de dados para cada unitermo
utilizado.
Interferential therapy ou
Intererential current
Electrotherapy
Transcutaneous eletrical nerve
stimulation
Phisycal therapy ou Physioterapy
LILACS
MEDLINE
5
43
148
159
118
3081
12
2975
DISCUSSÃO
A teoria da CI é que os componentes de media freqüência agem como correntes
portadoras conduzindo a AMF para dentro dos tecidos (Kitchen, 2003). Diversos
autores têm alegado que as correntes de media freqüência interferem nos tecidos
somente na aplicação tetrapolar. Já na aplicação bipolar a interferência ocorre no
aparelho (Low e Reed, 2000; Kitchen, 2003; Johnson e Tabasam, 2003; Prentice 2004;
Ozcam et al., 2004). Deste modo a aplicação bipolar torna-se um modo similar à
estimulação elétrica convencional (TENS), pois o tecido é exposto apenas a uma
corrente de baixa freqüência (Kitchen, 2003). Johnson e Tabasan (2003) compararam os
efeitos analgésicos da CI tetrapolar e TENS em 30 pacientes com dor isquêmica
induzida experimentalmente. Os resultados deste estudo não mostraram diferenças na
magnitude de analgesia entre a CI tetrapolar e a TENS. Parece haver diferença entre
estas duas formas de terapia no combate a dor, sendo os efeitos terapêuticos da TENS
dependentes da freqüência escolhida. Isto é demonstrado no estudo realizado por Walsh
et al. (1995), onde se observou que as freqüências de 2-10Hz produziram maior
analgesia do que as freqüências de 80-110Hz.
Alega-se que a variação da AMF não tem relação com seus efeitos terapêuticos,
tornando incerto qual tipo de freqüência deverá ser utilizada. Mesmo assim a AMF de
100Hz é a mais freqüentemente citada para analgesia (Johnson e Tabasan, 2003).
Estudos mostram que a variação da AMF tem pouco efeito na alteração do limiar
doloroso (Johnson e Tabasam, 2003). Johnson e Tabasam (2003) investigaram os
efeitos analgésicos em 60 voluntários com dor induzida experimentalmente pelo frio,
não observando influências em seis diferentes AMF’s (20, 60, 100, 140, 180, 220Hz).
Outro estudo realizado por Palmer et al. (1999) mostrou efeito similares entre uma
aplicação de CI com AMF de 0, 5, 10, 15, 20, 40, 50 e 100Hz. No mesmo estudo
observou-se uma diferença significante entre diferentes freqüências de TENS. Estas
observações nos permitem pensar que o componente de media freqüência torna-se
parâmetro estimulador dominante da terapia.
Os efeitos terapêuticos da CI não estão apenas limitados a analgesia. Noble et
al. (2000) avaliaram o uso da CI nas alterações do fluxo de sangue cutâneo do
quadríceps femoral em 50 voluntários saudáveis, através de eccodoppler. Foram
utilizadas três diferentes modulações de AMF (10-100Hz; 80-100Hz; 10-20Hz). A CI
de 10-20Hz aumentou significativamente o fluxo cutâneo quando comparada as outras
formas de CI, grupo controle e placebo. Corroborando com este estudo, Olson et al.
(1999) constataram que a CI aumentou significativamente o fluxo sanguíneo do
antebraço de 60 indivíduos com uma CI de 100Hz. Já Indergrand e Morgan (1995), em
um estudo experimental não encontraram diferença significativa na alteração do fluxo
sanguíneo estimulada pela CI. Portanto, as evidências tornam-se contraditórias quando
se trata dos efeitos da CI sobre o fluxo sanguíneo.
Jarit et a.l (2002) relataram uma melhora da dor, diminuição do edema e
aumento da amplitude de movimento em 87 pacientes submetidos à cirurgia de joelho.
Sendo que os pacientes foram orientados para utilização domiciliar do aparelho por três
aplicações diárias durante nove semanas, quanto ao posicionamento dos eletrodos e
regulação dos parâmetros. Relata-se que a diminuição do edema parece ser devido a
uma leve contração muscular ou uma ação sobre o sistema nervoso autônomo
diminuindo o tônus dos vasos sanguíneos (Low e Reed, 2000). Sugere-se que a
diminuição do edema minimize a pressão tecidual, inibindo a estimulação de
terminações nervosas nociceptivas e consequentemente influenciando diretamente a
melhora da dor e o aumento da amplitude de movimento.
Outra propriedade encontrada na maioria dos estimuladores de CI é a varredura
de freqüência (sweep), que permite a variação, ao longo do tempo, entre duas
freqüências pré-fixadas (Kitchen, 2003). Sugere-se que a varredura de freqüência reduz
a adaptação e permite uma estimulação deu ma faixa de tecidos excitáveis (Low e Reed,
2000). Em estudo sobre a varredura de freqüência, observou-se que o limiar doloroso
aumentou com um sweep 6Ù6 quando comparado com padrão 1ò1, em pacientes com
dor induzida pelo frio (Johson e Wilson, 1997). Contradizendo estes resultados, Johson
e Tabasam (2003) em estudo mais recente não encontraram diferença significativa entre
intervenções de CI com sweep de 6Ù6, 6ò6 e 1ò1.
Poucos estudos abordam a intensidade e tempo de duração. Segundo Kitchen
(2003) a intensidade deve ser “forte porém confortável”, sendo referida pelo indivíduo
durante o tratamento. Fatores como área tratada, tamanho e colocação dos eletrodos
também determinam a sensação produzida pela intensidade da corrente. Já o tempo de
duração mostra-se controverso na literatura. Em estudo produzido por Minder et al.
(2002) o tratamento durou 30 minutos, enquanto que no estudo de Johnson e Tabasam
(2003), o tempo de duração foi 20 minutos. Já Noble et al. (2000) utilizaram o tempo de
15 minutos. Diante disto, notamos que não há parâmetro para padronizar o tempo de
exposição á corrente.
Vários estudos sobre os efeitos da CI na dor induzida experimentalmente pelo
frio têm sido realizados (Johnson e Tabasan 2003; Johnson et al.; 1997; Tabasam e
Johnson, 1999). Segundo Knight (2000) o resfriamento das fibras nervosas,
independente do tipo ou função da fibra, causa diminuição da velocidade de transmissão
ao longo desta. Esta afirmação opõe-se à fisiologia do estímulo elétrico no tecido
nervoso, onde existe a necessidade de propagação do estímulo ao longo da fibra para
garantir o efeito terapêutico da corrente elétrica. Considerando isto, estes estudos estão
fadados ao descrédito, pois os mecanismos antagônicos das duas modalidades parecem
interferir em seus resultados.
CONCLUSÃO
Este estudo apresentou as características da CI, juntamente com seus efeitos
físicos e terapêuticos. Foi também feita uma revisão de pesquisas clínicas e laboratoriais
sobre a eficácia da IC na produção de analgesia, ilustrando uma alta taxa de sua
utilização por fisioterapêutas e uma prevalência de seu uso para dor. Isto indica uma
percepção de que há um benefício no seu uso.
Concluimos que muitas questões fundamentais ainda carecem esclarecimento e
que existem pouca fundamentação ou evidênica da eficiência desta técnica. Contudo, a
ampla escolha de parâmetros para CI torna a pesquisa de sua eficácia mais difícil e torna
confusa sua seleção para uso clínico. Por este motivo, faz-se necessário novas pesquisas
que permitam uma tomada de decisão consciente quanto a: se, quando e como essa
modalidade pode ser empregada.
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