Nov/Dez 2011
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Nov/Dez 2011
Nov/Dez 2011 Índice 05Tendência Evolução dos motores pede lubrificantes mais eficientes 06Legislação Obrigatória por lei: Contribuição Sindical patronal 08 Seu Negócio Um óleo não é igual a outro 10 Fique por Dentro ANP inaugura sede nova em São Paulo 12Varejo Para abrir uma revenda varejista de lubrificantes 14 SPED Fiscal PIS/COFINS – Escrituração Fiscal Digital 16Capa O futuro do fornecedor de lubrificantes 18 Bazar de Agregados Motos podem gerar bons negócios nas revendas 19Mercado Shell é a maior fornecedora global de lubrificantes 20Marketing Campanhas estimulam venda e fortalecem marcas 21Mercado BR Distribuidora investe em lubrificantes 22Qualidade E nada mudou... 24Especial Amigos para sempre 26Evento Logística Reversa é destaque em seminário internacional Mensagem de Ano Novo Enquanto tomo meu reforçado café da manhã, folheio os vários cadernos do jornal dominical. Hoje tenho tempo, sem pressa, sem ansiedade, sem a correria de todos os dias. E começo lendo as manchetes. Na primeira folha, “Dilma anuncia a redução do número de ministérios para oito”, “Novo aeroporto em São Paulo ficará pronto em julho de 2013”, “Sinais de reaquecimento na economia dos países da Europa”, “Irã elege presidente moderado”. Passo as vistas pelo caderno de esportes, e leio “Futebol brasileiro repatriará vários craques que atuam no exterior”, “Ganso e Neymar renovam seus contratos com o Santos”, “Bernardinho renova e permanece no comando da seleção masculina de vôlei”. E naquele caderno chato de economia, leio “Bovespa tem a maior alta dos últimos três anos”, “Ministro da Economia sinaliza alta de 8% no PIB para 2012”, “ANP anuncia para breve a regulamentação da atividade de revenda de lubrificantes”, “Cotação do dólar permanece estável e balança comercial registra maior superavit dos últimos três anos”. Pulo rapidamente para o caderno de variedades, e leio “Descoberta a cura do câncer”, “Cai o número de doentes infectados pela Aids”, “Favelas nas grandes cidades serão urbanizadas até dezembro, afirma Ministra do Planejamento”. Terminando o café, ainda tenho tempo de ler no caderno de cultura, “Filme nacional é forte candidato ao Oscar”, “Cine Belas Artes será reaberto”. Pronto. Chega de notícias boas, o que é isso? Pois é, meus amigos leitores de nossa simpática revista Sindilub Press, “isso” é tudo o que eu gostaria de ler no jornal, na manhã de 1º de janeiro de 2012, após ter gozado um Natal de paz, e sincera solidariedade. Sei que não lerei todas essas notícias, mas porque não acreditar que o ano que se aproxima será bem melhor, em todos o sentidos, que o ano que se finda? É o momento de agradecer a todos que confiaram e contribuíram para nosso trabalho coletivo à frente do Sindilub. É o momento de recordar tudo que fizemos neste tempo marcado pelo calendário. E como é bom renovar-se a cada doze meses, ano após ano, como um rio que passa. E recordo dos belos versos do poeta Mario Quintana, no poema “Canção do Dia de Sempre”: Foto: Wellington Cerqueira Tão bom viver dia a dia... A vida, assim, jamais cansa... Nunca dês um nome a um rio: Sempre é outro rio a passar. Viver tão só de momentos Como essas nuvens do céu... Nada jamais continua, Tudo vai recomeçar! E só ganhar, toda a vida, Inexperiência... esperança... E sem nenhuma lembrança Das outras vezes perdidas, Atiro a rosa do sonho Nas tuas mãos distraídas... E a rosa louca dos ventos Presa à copa do chapéu. Laercio Kalauskas Presidente do Sindilub Bom Natal. Feliz Ano Novo. Expediente Presidente: Laercio dos Santos Kalauskas Vice-Presidente: Lucio Seccato Filho Diretor Secretário: Jaime Teixeira Cordeiro Diretor Tesoureiro: Paulo Roberto N. Carvalho Diretor Social: Antonio da Silva Dourado Diretor Executivo: Ruy Ricci Rua Tripoli, 92 - Conjunto 82 V. Leopoldina - São Paulo - SP - 05303-020 Fone/Fax: (11) 3644-3440 / 3645-2640 www.sindilub.org.br - [email protected] Coordenadora: Ana Leme - (11) 3644-3440 Jornalista Responsável: Ana Azevedo - MTB 22.242 Editoração: iPressnet - www.ipressnet.com.br Impressão: A. R. Fernandez - (11) 3271-6520 Capa: Shutterstock As matérias são de responsabilidade de seus autores e não representam necessariamente opinião da revista. Não nos responsabilizamos conteúdos dos anúncios publicados. É proibida reprodução de qualquer matéria e imagem sem nossa prévia autorização. Órgão de divulgação do Sindicato Interestadual do Comércio de Lubrificantes – SINDILUB T endência Evolução dos motores pede lubrificantes mais eficientes Texto: Ana Azevedo O Brasil é considerado um dos cinco maiores mercados para o segmento automotivo. No entanto, o avanço tecnológico ainda esbarra em questões culturais como preço. Da mesma forma que carros de luxo desfilam pelas ruas, é possível encontrar veículos ultrapassados, com mais de 20 anos de fabricação. Para muitos fabricantes, a oferta de tecnologia não é limitada por eles, mas sim pelo mercado que não “quer pagar por essa tecnologia”. Durante o IV Simpósio Internacional de Lubrificantes, Aditivos e Fluídos, promovido pela AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva), realizado em São Paulo no final de outubro, Luis Afonso Pasquotto, vice-presidente da Cummins América Latina, foi categórico ao dizer que a oferta de tecnologia está no mesmo nível no mundo todo, o consumidor é que está reticente a pagar por essa evolução. Motores mais modernos exigem lubrificantes mais eficientes. As legislações ambientais apertam cada vez mais em busca da redução de emissões. Um exemplo são os motores a diesel com sistema SCR que utilizam o Arla 32, e exigem um lubrificante com maior resistência a oxidação. Diante de tantas novidades, as demandas que não mudam são a proteção contra depósitos em pistões e anéis, a estabilidade química e térmica; o não espessamento oxidativo, manutenção da viscosidade e o baixo consumo. Para obter óleos lubrificantes que acompanhem o avanço tecnológico também é preciso investir na matriz de produção. Os óleos básicos mais indicados são os dos grupos II e III, ainda não produzidos no Brasil. Durante o evento da AEA, Mike Brown, gerente técnico da SK Lubrificantes, destacou as diferenças do básico tipo III. Segundo ele a variação da viscosidade e volatilidade, bem como cada tipo de processo de fabricação levam a diferenças no produto final. “A variação das parafinas e isoparafinas utilizadas por cada fabricante impacta no desempenho dos motores”. A expectativa segundo ele, é que em quatro anos, o uso do básico grupo III deverá dobrar em função da demanda de novos lubrificantes. Os novos produtos precisam reduzir a emissão dos gases de efeito estufa, melhorar a eficiência energética e elevar os intervalos de troca. Dentro dessa linha, surgem oportunidades para os produtos sintéticos que segundo os técnicos permitem maior economia de combustível. O problema é que o país é muito dependente das importações nessa área, explica a diretora de Lubrificantes e Fluídos da AEA, Simone Kanzai Hashizume. “Hoje o consumo brasileiro de lubrificantes já depende das importações de básicos minerais e sintéticos”, ressalta. Simone explica ainda que os lubrificantes precisam atender aos requisitos de fuel economy, emissões e durabilidade do motor, como as especificações abaixo. Lubricant Standards 2006 2007 2008 2009 API CJ4 ACEA 2008 2010 2011 ILSAC GF5 2012 2013 2014 ACEA 2012 2015 2016 ILSAC GF 6? Logo, fica claro que ainda deve levar algum tempo para que o mercado nacional fique nos mesmos níveis da Europa e Estados Unidos. O ponto positivo é a questão ambiental, que certamente deverá acelerar essa evolução. S sindilub 5 L egislação Obrigatória por Lei: Contribuição Sindical Patronal Texto: Ana Azevedo N o dia 31 de janeiro de 2012 os empresários têm um compromisso previsto em lei, para com suas entidades sindicais e para o custeio da Conta Especial Emprego e Salário do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), do pagamento da Contribuição Sindical. A obrigatoriedade do pagamento está prevista no artigo 579 da CLT (Constituição das Leis do Trabalho), que estabelece ser ela devida por todos aqueles que participem de uma determinada categoria econômica que a represente. Nesse último ano, comenta o presidente do Sindilub, Laercio Kalauskas houve maior preocupação das empresas em rever seu enquadramento. “Havia casos em que a empresa acabava pagando para um Sindicato que não correspondia a sua atividade econômica, e fatalmente tendo que pagar duas vezes”. Cabe ao contador a responsabilidade para orientar o empresário sobre o correto recolhimento, uma vez que ele responde solidariamente pela correção deste pagamento. A cobrança da Contribuição é baseada em uma tabela progressiva que varia a cada ano, de acordo com o capital social, no caso da patronal. O total arrecadado é distribuído da seguinte forma: » I – 5% (cinco por cento) para a Confederação correspondente; » II – 15% (quinze por cento) para a Federação; » III – 60% (sessenta por cento) para o Sindicato respectivo; » IV – 20% (vinte por cento) para a “Conta Especial Emprego e Salário”. O recolhimento da contribuição sindical efetuado fora do prazo previsto na lei, de acordo com o artigo 600 da CLT, será acrescido de multa de 10% (dez por cento), nos 30 (trinta) primeiros dias, com o adicional de 2% (dois por cento) por mês subseqüente de atraso, além de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês e correção monetária. Passo a passo da emissão da Guia on line » Acessar o site da Federação www.fecombustiveis.org.br; » Clicar no botão verde - Emissão da Guia de Recolhimento da Contribuição Sindical on line; » Clicar no link Emissão de Guia; » Em SINDICATO, na barra de rolagem - Escolha NA RELAÇÃO ABAIXO O SINDICATO QUE REPRESENTA SUA CATEGORIA - Sindicato Interestadual do Comércio de Lubrificantes - SINDILUB; » Preencher o CNPJ (formato - 00.000.000/0000-00); » Exercício (ano) da Guia que será recolhida; » Clicar em “Emitir Guia”; » Preencha os dados solicitados, e em seguida imprima a guia. S 6 sindilub S eu Negócio “Um óleo não é igual a outro” Texto: Renato Vaisbih A coleta de amostras de óleos lubrificantes enviadas para análise laboratorial sem os cuidados necessários é a mesma coisa do que alterar a cena de um crime. A comparação é feita por Tarcísio D’Aquino Baroni, engenheiro e diretor do laboratório Tribolab, empresa especializada na verificação da qualidade de lubrificantes e do desgaste de máquinas lubrificadas – processos distintos, porém ambos realizados a partir de amostras de óleo. A Tribolab atende revendedores de lubrificantes, inclusive associados do Sindilub, nos casos de reclamações de clientes que tiveram algum problema com o veículo após a troca de óleo. “Nós temos sido acionados algumas vezes até no lugar de procurarem o fabricante, porque temos isenção no trabalho realizado, não temos interesse na discussão. O problema é que na maior parte das vezes recebemos amostras sem condições de serem analisadas”, afirma Baroni. Segundo ele, o laboratório já recebeu amostras de lubrificantes colhidas em baldes sujos ou retiradas de valetas e canaletas dos estabelecimentos que realizam a troca de óleo. “Isso é o mesmo que interferir no cenário de um crime. Quando a equipe de perícia criminalística chega no cenário de um crime, a primeira coisa que faz é isolar a área, para preservar as evidências. Portanto, a coleta de amostras de lubrificantes deve sempre ser feita em frascos limpos. O comerciante precisa conhecer esses cuidados de preservação das evidências do produto, porque senão o laboratório não tem como ajudá-lo”. O produto O engenheiro acredita que boa parte dos problemas poderia ser evitada se o comerciante, no atacado ou no varejo, conhecer detalhes do produto que está adquirindo e revendendo e, na eventualidade de uma reclamação, saber lidar com a situação. “O comerciante deve explicar cuidadosamente ao cliente que 8 sindilub vier a fazer uma reclamação que não é simplesmente juntando um pouco de óleo em qualquer frasco que se faz a coleta. Outra coisa importante é a entrega, junto com a amostra do óleo que será enviado para análise, de uma contraprova do mesmo produto lacrado, para que possa ser feita uma comparação. Muitas vezes recebemos amostras que ninguém sabe do que se trata, qual é o produto que está sendo encaminhado para análise”, esclarece o diretor da Tribolab. Ele complementa a explanação: “Lubrificantes não são como remédio. Se eu for a uma farmácia e pedir ácido acetilsalicílico, eu posso levar para casa Aspirina, AAS, Melhoral ou qualquer outro genérico que contenha a substância do princípio ativo na dosagem indicada. No entanto, quando compramos um lubrificante, não estamos comprando uma fórmula. Estamos comprando desempenho. Isso significa que o fabricante de lubrificantes pode escolher a formulação que melhor lhe parece atender às necessidades do usuário final. Ou seja, um óleo não é igual a outro. Eles podem ser parecidos, ser equivalentes e cumprir a mesma função, mas com formulações diferentes. Muita gente pensa que a especificação, como por exemplo, 10W40, define o tipo de óleo. Isso não é verdade. Isso apenas define a viscosidade do óleo, mas não a formulação do produto”. Certificação internacional e pioneirismo Além dos casos de reclamações, a Tribolab também realiza análises para comerciantes que desconfiam de produtos oferecidos a eles com preços muito baixos. “Nesses casos, o revendedor vai questionar: ‘Será que vou vender algo que realmente é bom? Afinal de contas, tenho um nome uma clientela a preservar’. Infelizmente já pegamos produtos que, se fossem aplicados na área industrial ou automotiva, teriam apresentado sérios problemas nas máquinas”, conta Baroni. Ele comemora a renovação de certificações internacionais para a prestação de serviços de aplicações termonucleares e explica que o laboratório ainda trabalha em outras duas áreas. Uma delas está voltada para a avaliação da qualidade de óleos isolantes, tanto novos quanto usados, e das análises do estado dos transformadores elétricos que utilizam esses óleos isolantes. A outra área – chamada de laboratório de cleanness – é responsável pela análise da qualidade do grau de limpeza de peças que serão utilizadas na indústria aeronáutica e automotiva. “Somente a Tribolab faz isso no Brasil, inclusive atendendo montadoras de veículos de outros países. Nós recebemos componentes, por exemplo, dos fabricantes de autopeças e avaliamos se o lote está em condições de ser recebido pela montadora. Esse é um procedimento que nasceu na indústria aeronáutica e as montadoras de automóveis perceberam que, utilizando esses cuidados, conseguem diminuir os problemas e podem até estender o prazo de garantia dos veículos”, finaliza Baroni, que também pertence à Associação das Empresas Brasileira de Manutenção (Abraman), é instrutor perito investigador do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e professor em cursos de pós-graduação em Engenharia de Manutenção. Baroni ainda comenta que os fabricantes têm a liberdade de alterar a formulação sem aviso prévio ao mercado, desde que tenha sido feito o registro na ANP. Apesar de não ser algo tão comum, o rápido avanço tecnológico e novas exigências, por exemplo, com relação à preservação ambiental podem forçar as empresas a fazer alterações com períodos de tempo cada vez mais curtos. Outra ação que deve fazer parte da rotina das revendas é o registro histórico de cada negócio realizado. Para Baroni, isso vai auxiliar o laboratório a levantar hipóteses do que pode ter provocado interferências no desempenho da amostra a ser analisada. “Para evitar situações desagradáveis, o comerciante deve entender, conhecer profundamente aquilo que ele está adquirindo do fabricante para oferecer aos seus clientes. O primeiro passo é ler com extrema atenção os folhetos técnicos. Outra coisa: questionar como o cliente vai utilizar aquele óleo. E, por fim, no caso de uma reclamação, saber o histórico do caso. Para melhorar ainda mais o seu negócio, o empresário precisa investir em treinamento. A gente percebe que aquele comerciante que se atualiza tecnicamente, conhece detalhes do produto que está vendendo, cativa o cliente”, conclui o engenheiro. S sindilub 9 F ique por Dentro ANP inaugura sede nova em São Paulo Texto e Fotos: Ana Azevedo A Para o diretor geral o mais importante é destacar a mudança no quadro dos combustíveis Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), nesses anos. Ele lembrou que ao assumir a inaugurou no dia 21 de novembro, o novo escritório regional da ANP Agência, o país possuía um dos piores índices em São Paulo. O novo local conta com 800 m², localizado na Rua de não-conformidade do mundo na gasolina Professor Aprígio Gonzaga, 78, próximo ao metrô São Judas. A solenidade de inauguração contou com a presença de diversos políticos e representantes de Sindicatos. O diretor geral da ANP, Haroldo Lima, concedeu coletiva para imprensa antes de descerrar a placa comemorativa, na companhia do diretor Allan Kardec Duailib. Pronto para deixar o cargo no próximo dia 11 de dezembro, Haroldo Lima explicou que fez um balanço geral do período em que esteve à frente da Agência, entre 2003 e 2011. Diante do longo período, que acabou por cobrir todo o governo Lula e o primeiro ano do governo Dilma, o material acabou virando um livro com 19 capítulos. Nele, dentre outras coisas, Lima destacou o crescimento físico da Agência, que passou de 700 funcionários para 1300, sendo 700 deles concursados, e o crescimento das sedes de São Paulo, Salvador e Brasília, assim como a criação de escritórios em Manaus, Porto Alegre e Belo Horizonte. e álcool, da ordem de 12% a 13%. “Foi fundamental resolvermos ser pró-ativos, fazendo um plano de Fiscalização. Hoje os índices estão abaixo de 1%”. No campo do biodiesel o diretor afirma que embora exista uma expectativa do mercado da adoção do B7, a ANP ainda não tem previsão para esse aumento. Tudo se deve ao fato de muitas entidades sindicais terem apresentado queixas quanto à formação de borra por parte do biodiesel. Segundo Lima, a ANP tem feito estudos e está formando uma opinião. O ponto conflitante são as empresas que já utilizam B20 e B100, que não registram os mesmos problemas. “Não estamos negando a existência do problema, pois ele existe. Já constatamos que existe, mas a informação é contraditória. Esse assunto terá que ser reexaminado”. O diretor falou ainda do etanol, uma experiência nova para a Agência. A expectativa é que o aumento do cultivo da cana venha a solucionar os problemas de abastecimento na entressafra. “Nós achamos que a área a ser cultivada deve aumentar”. Quando questionado sobre o segmento de lubrificantes, o diretor geral da ANP passou a palavra ao diretor Allan Kardec, que afirmou que após a publicação das cinco Resoluções ligadas ao assunto, a Agência já pensa em 10 sindilub mudanças. “A ANP está muito desconfortável com os índices de não-conformidade que estão em 21%, 22%. O máximo que baixou foi 18%. Isso obviamente tem consequências. Nós vamos ter que fazer mudanças na estrutura dessa regulação”. Ele afirmou que pretende aumentar o número de laboratórios de análises. O que antes estava centralizado no CPT, em Brasília, agora será democratizado. “Vamos utilizar a estrutura que temos no Brasil para poder atacar o problema do lubrificante”. Para Kardec o grande problema do lubrificante está na falta de apoio popular. Segundo ele, a participação da população foi fundamental para reduzir a não-conformidade dos combustíveis, mas o consumidor ainda não se deu conta de que consome um lubrificante ruim. “Essa questão da mobilização está muito baixa, nós achamos que os Sindicatos organizados, as sociedades que representam a atividade estão muito pouco envolvidas. Estamos tentando estimular para que esses representantes dos agentes de mercado também participem conjuntamente”. S V arejo Para abrir uma revenda varejista de lubrificantes Texto: Renato Vaisbih O despercebido ou será inconveniente para manobras Sindilub costuma receber consultas de pessoas interessadas em montar uma revenda varejista de lubrificantes, com dúvidas que abordam diversos aspectos, como o espaço necessário, equipamentos e aspectos legais, tais como licenças de meio ambiente, laudos do Corpo de Bombeiros, alvará de funcionamento e outros. A maioria dos fabricantes de óleos lubrificantes possui programas voltados para auxiliar os empreendedores que pretendem iniciar atividades no comércio de lubrificantes, mas também exigem contrapartidas como a exclusividade na identificação do ponto e na comercialização de seus produtos por um longo período de tempo, o que nem sempre pode ser vantajoso. Uma consulta feita a alguns proprietários de pequenas revendas varejistas revela que é possível traçar algumas orientações básicas para evitar problemas e ter maiores chances de o negócio dar certo. As variações econômicas e até mesmo políticas muitas vezes inter- ferem nas empresas como um todo e isso também vai refletir no com os veículos. O local a ser escolhido também deve ficar em uma área com uma densidade demográfica elevada, de preferência um bairro com prédios em que os moradores são donos de carros e frequentemente vão precisar dos serviços oferecidos pelas revendas varejistas. Na terceira etapa, é preciso comprar os equipamentos e ferramentas e cuidar das instalações físicas de acordo com a legislação, destacando a exigência de caixas separadoras para evitar contaminação do solo ou de águas pluviais em caso de vazamentos, mesmo que sejam em pequenas quantidades. Também é importante fazer o descarte correto das embalagens usadas e destinar o óleo queimado às empresas credenciadas que vão enviar o produto à reciclagem. Paralelamente a isso tudo, é fundamental ter o acompanhamento de um contador. investimento do negócio e é justamente aí que surge a dificuldade de Equipamentos fixar um valor médio de quanto custa para abrir um ponto de revenda A montagem de uma troca de óleo pode ser feita varejista. De acordo com o levantamento, o investimento pode variar com diversas opções de equipamentos. Uma opção é de R$70 mil a R$100 mil. utilizar valetas nos casos em que são permitidas pela Passo a passo legislação, que é o sistema onde o funcionário entra A primeira pergunta que o empresário deve fazer antes de abrir uma opção é colocar elevadores, sendo que os mais bara- troca de óleo é: “Quanto dinheiro tenho para investir?”. Ou seja, é preciso saber suas pretensões para o negócio, seja com capital próprio, com um sócio investidor ou com empréstimos. 12 prido e com uma entrada pequena, pode passar por baixo do carro para fazer a troca do óleo. Outra tos e mais utilizados são os com motores elétricos. Os elevadores pneumáticos demandam um investimento maior, mas também podem trazer mais vantagens. O segundo passo é definir o local onde a troca de óleo vai funcionar, Sem as colunas, as lojas ficam com um visual mais tendo em mente que, quanto maior for o imóvel, maior terá de ser o clean. Além disso, muitos clientes gostam de acompa- investimento. Uma recomendação é que o imóvel tenha uma frente nhar o trabalho e até aproveitam esse momento para ampla para chamar a atenção de quem passa pela rua e ofereça ver como está o seu carro por baixo e analisar outros facilidades para os motoristas estacionarem. Se o imóvel for com- aspectos relacionados à manutenção do veículo. sindilub A sugadora de óleo também é uma opção, mas deve ser encarada como Empreendedores um complemento ao negócio. É pouco provável encontrar uma troca de óleo avaliam o que deve de valeta ou de elevadores com a sugadora para ser utilizada eventualmente. ser considerado para iniciar as atividades de um novo negócio apenas com a sugadora. Normalmente, o que irá se encontrar é um sistema Por fim, obviamente, é preciso contratar e treinar os funcionários para execução dos serviços da troca de óleo, dispor de tabelas de aplicação dos produtos para os diversos tipos de veículos e comprar os produtos que serão oferecidos aos clientes, não esquecendo da necessidade de investimento para manter um estoque capaz de atender a demanda e giro de mercadorias do estabelecimento. E bons negócios! Importante Os interessados em montar uma troca de óleo devem lembrar de alguns itens básicos, que para muitos empreendedores podem parecer óbvios, mas na hora de colocar os números no papel para fechar as contas, acabam fazendo uma grande diferença. Os custos fixos do negócio, como aluguel – se for o caso, contas de luz, água e telefone devem ser contabilizados já no investimento inicial do novo negócio. Ações promocionais – se possível a partir de negociações com as revendas atacadistas ou fabricantes – podem auxiliar na decoração do estabelecimento comercial, com material de publicidade dos produtos e serviços oferecidos, por exemplo. Também é importante fazer um check-list dos equipamentos necessários para o negócio, como estantes para colocar os produtos, elevadores, ferramentas, coletores, pingadeiras, baldes, calibrador de pneus, compressor de ar e outros. S sindilub 13 S ped Fiscal PIS/COFINS – Escrituração Fiscal Digital Texto: Ana Azevedo D no Lucro Real; » em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de ia 8 de fevereiro de 2012. Essa é data final para janeiro de 2012, as demais pessoas jurídicas sujeitas à entrega da Escrituração Fiscal Digital do PIS/ tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro COFINS, relativa aos fatos geradores ocorridos Presumido ou Arbitrado. até dezembro de 2011. Esta obrigação é mais uma das exigências do SPED - Sistema Público de Escrituração Digital do qual faz parte a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e). A nova exigência foi denominada EFD PIS/COFINS, e reúne informações fiscais e contábeis em meio digital (arquivo formato txt), contendo nova forma de apurar tais contribuições. Segundo o consultor fiscal do Sindilub, Wil- son Brandão, na EFD o contribuinte deve apresentar as informações de forma bastante detalhada (item a item de cada documento representativo de receita ou de créditos), criando uma maior complexidade em comparação com a Brandão explica que a partir dos fatos geradores ocorridos em 2012 (lucro real, presumido ou arbitrado), a entrega deverá ser feita até o 5º dia útil do segundo mês subsequente ao mês de referência. Previamente, os arquivos devem ser submetidos ao Programa Validador e Assinador (PVA) e sua transmissão exigirá assinatura digital (uso de certificado do tipo A3). “Diante da complexidade na elaboração desses arquivos, recomendamos ao associado Sindilub que dedique toda a atenção possível no cumprimento desta obrigação, por conta das dificuldades detectadas pela maioria das empresas, principalmente por aquelas sujeitas ao regime não cumulativo (Lucro Real)”, alerta. atual DACON (Demonstrativo de Apuração das Contribui- Outras informações sobre o assunto podem ser obtidas na inter- ções Sociais) que apresenta informações consolidadas e net, (portal do SPED), na página: que será extinta no futuro. http://www1.receita.fazenda.gov.br/Sped/, menu “EFD PIS/ Esta obrigação atinge todos os contribuintes (exceto em- COFINS. presas do Simples Nacional), obedecendo-se critérios e prazos de acordo com a forma de tributação do IRPJ na qual a empresa esteja enquadrada. » em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de abril de 2011, as pessoas jurídicas sujeitas a acompanhamento econômico-tributário diferenciado, nos termos da Portaria RFB nº 2.923/09 e sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base no Lucro Real; » em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º de julho de 2011, as demais pessoas jurídicas 14 sujeitas à tributação do Imposto sobre a Renda com base sindilub S C apa O futuro do forne Texto: Ana Azevedo A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou em 2009 a Resolução n° 18, que regulamenta a atividade de produção de óleos lubrificantes acabados. A exemplo do que ocorreu em outras atividades, o objetivo da ANP é atualizar o cadastro das empresas que atuam no setor, adequando suas instalações e processos de produção. Passados dois anos, o balanço dessa adequação surpreende pelo baixo índice de adequação das empresas que hoje atuam no mercado. Em palestra durante o 4° Congresso Nacional Simepetro, realizado em São Paulo, no último dia primeiro de setembro, o superintendente-adjunto da ANP, Rubens Freitas, informou que das 156 empresas produtoras, apenas 14 haviam conseguido se recadastrar e outras duas empresas estavam em fase de publicação. Das 14 publicadas, sete produzem em instalações de terceiros que, por sua vez, estão em processo de conclusão do recadastramento. Outras 79 estão em processo de recadastramento, sendo que 59 delas nem mesmo encaminharam documentação para a Agência. Embora o quadro pareça preocupante para o segmento de produção, se Ruy Ricci 16 sindilub verificar em que situação ” está o seu fornecedor Wellington Cerqueira “ O revendedor tem que Ana Azevedo ecedor de lubrificantes olharmos calmamente, ele também está diretamente ligado à revenda. Afinal, os produtos comercializados pelos revendedores vêm desses fabricantes. “O revendedor tem que verificar em que situação está o seu fornecedor, tem que observar a possibilidade desses produtores para fazer suas opções”, alerta o diretor executivo do Sindilub, Ruy Ricci. Segundo Ricci, o setor passa por um processo seletivo e o revendedor também. De acordo com Freitas, nas várias categorias que passaram pelo processo de recadastramento, entre 30% e 60% das empresas permaneceram no mercado. “Acredito que com os produtores não será diferente”. O presidente do Simepetro (Sindicato Interestadual das Indústrias Misturadoras, Envasilhadoras de Produtos Derivados de Petróleo), Carlos Abud Ristum, também acredita que haverá uma redução no número de empresas, mas que será gradativo. “Quase de imediato, até o primeiro trimestre de 2012, daqueles que não possuem registro, pois o mercado já sabe que não pode comprar desses agentes, e depois, ao longo dos próximos dois anos, talvez três, aqueles que não conseguirem se recadastrar deverão partir para a terceirização da produção”. Aldo Guarda Carlos Ristum Ana Azevedo Na opinião do diretor da G.C.Industrial, produtor da marca Draft, Aldo Guarda, quando se fala desse mercado vem à mente o varejo. “Tenho certeza absoluta que se sobrarem 40 empresas, estaríamos falando de produtores de mercado varejista”. Ele diz que as empresas que estão se adequando apostam na eficiência da fiscalização, mas será necessário que a ANP apresente como contrapartida por todo esse investimento, uma atuação mais efetiva, ou “todo esse esforço dos honestos irá por água abaixo”. O prazo expandido para quem está em processo de recadastramento termina em 30 de dezembro de 2011, e não existe ainda sinais de uma nova prorrogação. “Se mais uma vez o prazo for postergado, acho que a ANP cairá em descrédito”, pondera Guarda. Ele lembra que mesmo as grandes Companhias, que no passado eram chamadas as sete irmãs, não conseguiram o registro. “Apenas uma conseguiu até agora. Os revendedores estão sem segurança em relação às empresas líderes de mercado, algumas multinacionais; imaginem os que trabalham com empresas menores”. O empresário destaca que do seu ponto de vista o mercado tem que ser sadio e para isso são necessárias regulamentações, que é o que a ANP está tentando fazer. Se a “dose é exagerada ou não”, afirma não poder avaliar, mas recomenda atenção. “Pior que um monopólio é você ficar com um oligopólio organizado”. S sindilub 17 B azar de Agregados Motos podem gerar bons negócios nas revendas Texto: Renato Vaisbih A Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares) faz uma projeção de crescimento neste ano de 10% nas vendas e de 12,5% na produção nacional de motos, na comparação com 2010. A entidade também calcula que, atualmente, a frota nacional seja superior a 17,5 milhões de veículos. Este grande mercado, portanto, pode gerar bons negócios para as revendas, não se restringindo apenas à comercialização de óleos lubrificantes. Outros produtos importantes para a manutenção de motocicletas que podem ser oferecidos aos clientes são fluído da suspensão; fluído de freio; fluído para a bateria; fluído de arrefecimento do radiador; e óleos de transmissão nos modelos equipados com eixo cardã, que substitui a corrente de transmissão. Já para as motos equipadas com corrente, é necessário lubrificar a corrente de transmissão após pilotar sob chuva, em estradas molhadas ou sempre que ela estiver ressecada. É recomendado utilizar um óleo de alta viscosidade, como SAE90 ou produtos específicos, como Chain lube, lembrando que a corrente é um dos itens mais delicados da moto e que pode ser prejudicada, por exemplo, com o acúmulo de poeira. O gerente de pós-venda da Kawasaki Motores do Brasil Ltda., Enidio Shigueru, ressalta também que, para a manutenção dos componentes da motocicleta, sempre é importante seguir as indicações dos fabricantes. No caso dos óleos lubrificantes para o motor, ele afirma que não são recomendados aditivos. Shigueru ainda indica a frequência com que os proprietários de motos devem fazer um check-up completo do veículo. “Cada fabricante informa o período no manual do proprietário, mas o mais indicado para motocicletas até 300cc, é fazer a primeira revisão com mil Kms e as demais a cada 3 mil Kms. E para as motocicletas acima de 300cc, a primeira com mil Kms e as demais a cada 6 mil Kms”, sugere. Confira as recomendações para cada componente da moto: Suspensão/garfo – cada tipo de suspensão exige um tipo de fluído. Utilizar o recomendado pelo fabricante. Os mais utilizados são fork oil 5w ou 10w. Amortecedores – Ajuste da pré-carga da mola, conforme recomendado pelo fabricante. Direção – Utilização de graxa para manutenção do sistema. Filtro de óleo – Substituir conforme a recomendação do fabricante. Filtro de ar – Substituir conforme a recomendação do fabricante. Um filtro de ar obstruído restringe a admissão de ar para o motor, aumentando o consumo de combustível. Freios – Cada fabricante recomenda no manual do proprietário o tipo de fluído a ser utilizado. As pastilhas de freio devem ser inspecionadas de tempos em tempos para verificação do desgaste. Se a espessura do revestimento de algumas das pastilhas for menor que 1mm substitua ambas as pastilhas. Nunca deve ser feita a substituição de apenas uma pastilha. 18 sindilub Bateria – Utilizar sempre a bateria recomendada pelo fabricante. Existem baterias livres de manutenção e modelos que precisam de manutenção. Se não usar a motocicleta com frequência, inspecione a tensão da bateria semanalmente com um voltímetro. Deixar a bateria por um longo tempo descarregada causa sulfatação, processo que não permite que ela seja recarregada, e inutiliza o equipamento. Pneus – Existem motocicletas que utilizam pneus com câmara (TUBE) os sem câmara (tubeless). A calibragem do pneu é muito importante para conservação e durabilidade do pneu e também para as condições de segurança do motociclista. O pneu deve ser calibrado quando ainda estiver “frio”, ou seja, quando a motocicleta não estiver sendo conduzida por mais de 1,5 Km. Também deve ser feita a medição da profundidade dos sulcos da banda de rodagem. Para rodar abaixo de 130 Km/h, a profundidade dos sulcos deve ser de 1,6 mm no pneu dianteiro e 2mm no traseiro. Acima dos 130 Km/h, a profundidade deve ser S de 3mm nos dois pneus. M ercado Shell é a maior fornecedora global de lubrificantes Texto: Cajá - Agência de Comunicação P elo quinto ano consecutivo, a Shell Lubrificantes é considerada a maior fornecedora global de lubrificantes, de acordo com pesquisa divulgada pela consultoria Kline & Company. Em 2010, a Shell alcançou 13% de market share em volume de vendas, ficando 2% à frente do segundo colocado. Os dados também mostram que os Estados Unidos continuam sendo o maior mercado consumidor de lubrificantes do mundo, mas a China apresentou forte crescimento. No Brasil, a Shell é a segunda maior empresa internacional no mercado de lubrificantes. A empresa atingiu recorde em volume de vendas em setembro, com 14.864 m³. Ao longo de 2010/2011, a Shell Lubrificantes fechou negócios cruciais, aliados à conquista de importantes clientes: » No Brasil, substituiu a Castrol no fornecimento de lubrificantes para a Scania e fechou parcerias com várias empresas para desenvolver programa de tecnologia de ponta para o segmento; » O acordo de cooperação global com a Hyundai Motor Company foi ampliado e a Shell, agora, fornece produtos para a marca em mais de 50 mercados; » John Deere assinou novos acordos de lubrificantes com a Shell na Rússia, na China e na Índia; » Neste ano, a empresa registrou crescimento no volume de vendas nos mercados maduros e em desenvolvimento. E, até o momento, já dobrou seu crescimento na Europa e na África; » Inaugurou a planta Torzhork, na Rússia, a primeira a ser construída por uma companhia internacional de petróleo no país; » A planta Pearl GTL, no Qatar, deve entrar plenamente em operação na metade de 2012 e será a maior fonte mundial de alta qualidade de óleo de base para lubrificantes, usada nos produtos premium e synthetic. S M arketing Campanhas estimulam venda e fortalecem marcas Texto e Foto: Ana Azevedo D iante de um mercado aquecido pelo crescimento da frota nos últimos anos, os produtores de óleos lubrificantes iniciaram uma disputa que pode ser bastante favorável para o revendedor atacadista. Na busca por uma fatia maior de mercado, empresas tradicionais, e, principalmente, as que buscam fortalecer suas marcas, investem no revendedor como forma de incrementar as vendas. Um desses exemplos é a YPF Brasil. Há 13 anos no país, a empresa está reformulando sua estratégia e apostando no revendedor atacadista como forma de crescer horizontalmente. “O que estamos fazendo é uma reformulação buscando grandes distribuidores pelo país, fazendo com que eles sejam um braço da Companhia em relação à visão de crescimento dentro do mercado”, explica o gerente Comercial e Técnico, Nilson Fernando Morsch. Saber aproveitar esse momento das Companhias pode fazer toda a diferença no negócio da revenda, alerta o diretor Executivo do Sindilub, Ruy Ricci. “O revendedor tem que estar atento às possibilidades de parcerias, pois elas podem contribuir para o crescimento da empresa. Não importa o porte da promoção, sempre é possível crescer e estimular a equipe de vendas”. Um exemplo desse tipo de parceria foi a Campanha de Vendas desenvolvida pela YPF e a Brida Lubrificantes. “Esse ano a me- “Esse ano a mecânica foi começar do zero, sem metas e premiar o melhor crescimento”, explica o gerente comercial da Brida, Jorge Pereira Yamamura. cânica foi começar do zero, sem metas e premiar o melhor crescimento”, explica o gerente comercial da Brida, Jorge Pereira Yamamura. Foram premiados os colaboradores internos e os externos, na venda das linhas automotivo e industrial (Elaion e Extra Vida). “O objetivo era ter um maior crescimento do ponto de venda e da marca, que embora tenha um nome, ainda tem muito o que crescer”, comenta. Independente da Campanha da Brida, que distribuiu como prêmios GPS, TV 42” e viagens com acompanhante para Argentina, além de um valor em dinheiro para gastar na viagem, Morsch afirma que a Cia tem como foco incrementar seus pontos de venda. O distribuidor é um grande ponto que nós temos dentro do mercado da revenda, mas os outros canais também são importantes, pois eles revendem a nossa marca, queremos atingir todos os canais”. Apesar dos excelentes resultados obtidos com a Campanha, de maneira geral Morsch não parece muito otimista em relação ao ano de 2012. “O mercado está conturbado, os fatos da Europa e EUA afetam todo o mundo. Afetam o nosso mercado, que já registrou queda na venda de carros. As perspectivas são de que 2012 seja um ano de recuperação. S 20 sindilub M ercado BR Distribuidora investe em lubrificantes Texto: Renato Vaisbih A BR Distribuidora, líder de mercado no segmento de lubrificantes com a marca Lubrax, atualmente com 20% de market share, pretende ampliar sua participação, chegando a 28% nos próximos quatro anos. Para isso, a Petrobras, detentora da BR Distribuidora, vai investir cerca de R$ 158 milhões na modernização e ampliação da fábrica de lubrificantes em Duque de Caxias (RJ) e também na instalação de uma nova planta na área do Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), no município fluminense de Itaboraí, para a produção de óleos lubrificantes básicos do grupo II. Em Duque de Caxias, quando a nova capacidade máxima de processamento estiver funcionando, a produção passará dos atuais 27 mil m³/mês para até 42 mil m³/mês, um aumento de aproximadamente 70%. De acordo com a Petrobras, a unidade estará entre as dez maiores fábricas de lubrificantes do mundo. Já no Comperj, será instalada uma refinaria e outras unidades geradoras de produtos petroquímicos, dentre eles a fábrica de lubrificantes básicos do grupo II. As primeiras operações neste complexo petroquímico – que ocupará uma área de 45 milhões de m², o equivalente a quase seis campos de futebol - devem ter início em 2014. A fábrica de lubrificantes, no entanto, só deve começar a funcionar em 2016. Os investimentos parte do Plano de Negócios da Petrobras para o período de 2011 a 2015, que prevê aporte total de Empresa pretende ampliar liderança no segmento com investimentos previstos no seu Plano de Negócios até 2015 R$ 5,2 bilhões. A área de Operações e Logística receberá o maior volume de recursos, com cerca de 40% do que será investido. Para o presidente da Petrobras Distribuidora, José Lima de Andrade Neto, a BR está transpondo um novo patamar ao estabelecer investimentos que ultrapassam a cifra do bilhão. “A rigor, vamos investir cerca de 60% do capital empregado, o que é ao mesmo tempo uma proposta ousada e um compromisso estrito com o crescimento da empresa e também do país”, diz. Quanto aos investimentos em lubrificantes, a Petrobras Distribuidora explica que “o cenário de crescimento econômico da conjuntura brasileira dos últimos anos acarretou em crescimento do mercado global de lubrificantes e aponta para a continuidade deste crescimento nos próximos anos. A partir deste cenário, a Petrobras Distribuidora elaborou planos para acompanhar a demanda e consolidar sua posição de liderança, por meio do aumento dos volumes de lubrificantes disponibilizados ao mercado brasileiro”. S sindilub 21 Q ualidade E nada mudou... Texto: Ana Azevedo E m entrevista no escritório da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em São Paulo no dia 21 de novembro, o diretor Allan Kardec Duailib afirmou estar descontente com os elevados índices de não-conformidade dos óleos lubrificantes. A situação, que não é nova, ficou mais latente a partir de 2006, com a implantação do Programa de Monitoramento da Qualidade dos Lubrificantes (PMQL). Os índices apurados pelo Monitoramento não deixam dúvidas sobre a questão, mesmo assim, até hoje pouca coisa mudou. No gráfico abaixo é possível verificar a evolução dos pontos monitorados, registros, rótulos e qualidade. Depois de cinco anos o Programa de Monitoramento da Qualidade continua apontando índices insatisfatórios na qualidade dos óleos lubrificantes Em palestra na Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), em São Paulo, no final de outubro, a coordenadora do CPT, em Brasília, Maria da Conceição França apresentou os números do primeiro semestre de 2011, por parâmetros, destacando os índices com maior percentual de não-conformidade. 22 sindilub Apesar dos números Maria da Conceição França, ressalta o empenho dos fabricantes que estão procurando orientações sobre adequações à regulamentação. Entre 2010 e 2011 a ANP atingiu suas metas: » aumento das amostras para 400 bimestrais; » coleta proposta de 30% das amostras com volumes superiores a 1L; » coleta em todo o território nacional. Das 27 unidades federativas restam apenas 5 UFs a serem abrangidas pela coleta do PML. O programa de Monitoramento serve de indicador para as ações da Fiscalização. Até agosto desse ano foram 14186, sendo que desse total 590 resultaram em interdições; 2439 em infrações e 360 em autuações de qualidade. S Dê ao óleo usado o destino previsto em lei e ajude a preservar a natureza. Cumpra a Resolução CONAMA 362/2005 SINDIRREFINO Sindicato Nacional da Indústria do Rerrefino de Óleos Minerais Avenida Paulista, 1313 • 8º andar • conjunto 811 • FIESP CEP 01311-923 • São Paulo/SP • Fone/Fax (11) 3285-5498 www.sindirrefino.org.br E special Amigos pa Texto: Ana Azevedo Fotos: Ana Azevedo e Roberto Koba P elo 12° ano consecutivo, os ex-funcionários da Mobil promoveram um encontro que já se tornou tradicional: o Ex-Mobil. O encontro nada mais é que um momento de reviver os tempos de trabalho na Companhia e de matar a saudade dos antigos companheiros. O que mais impressiona nessa reunião é o amor que todos demonstram em relação à empresa. Para não perder esse sentimento, no ano passado foi elaborado um vídeo no qual os membros do grupo contaram um pouco do que viveram nos mais de 30 anos de empresa, média de tempo de cada um dos ex-Mobil. O vídeo, explica Ruy Ricci, um dos idealizadores do encontro, foi uma idéia criativa que acabou ajudando a atrair outros ex-funcionários que não participaram dos encontros anteriores. “A idéia de colocar o vídeo no You Tube foi ótima. E o mais interessante é que ela partiu de colaboradores que nem fizeram parte da Mobil, mas que se agregaram pela motivação e carinho que perceberam existir entre os ex-funcionários”. Esse ano, dentre as tantas recordações levadas por cada participante, um dos primeiros exemplares do jornal da Mobil, conhecido como Notícias 24 sindilub ara sempre Aladas. Segundo Paulo Francisco Ferreira Filho, a idéia do jornal começou com objetivo de divulgar o time de futebol criado ainda no tempo da Usina. “O jornal começou a chamar a atenção e depois de um tempo houve um concurso para escolha do nome”, conta. Como no ano passado, a reunião contou com a presença de diretores da Mobil, que apresentaram um vídeo institucional da empresa, destacando as ações atuais e os projetos futuros. Segundo o diretor Renato Fontalva, cada um dos presentes é um irradiador do que a Mobil foi e ainda será para o país. Segundo ele, o evento significa uma continuidade. “Tivemos o prazer de trabalhar com esse grupo de pessoas, aprendemos muito com eles. Estou na Companhia há 23 anos, é claro que sempre num processo de transformação da empresa. O legado que essas pessoas nos deixam, de aprendizado, de valores éticos, da forma de se trabalhar a marca, de se posicionar, isso não muda”. Mais uma vez o Sindilub apoiou o evento. O presidente Laercio Kalauskas que esteve presente em companhia da sua esposa parabenizou os ex-Mobil pelo encontro. “Não podemos deixar de mencionar a contribuição profissional, técnica e cultural que essas pessoas deram e continuam dando para o setor de lubrificantes”. S sindilub 25 E vento Logística Reversa é destaque em seminário internacional Adequação à Política Nacional de Logística Reversa foi tema de palestras no Expo Center Norte, em SP Texto: Renato Vaisbih Foto: Divulgação Tcheca, Argentina e Canadá. Para o diretor executivo da feira, Julio Tocalino Neto, é cada vez maior a importância de tecnologias em prol do meio ambiente. “Percebemos isso pelo espaço que o tema ocupa na mídia, além da crescente exigência à profissionalização dos técnicos que atuam nesta área, que está em constante mudança”, afirmou. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e a logística reversa foram alguns dos principais temas abordados nas palestras do XIII SIMAI – Seminário Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade, realizado no início de novembro, no Expo Center Norte, em São Paulo. O painel “Os avanços e reflexos da nova Política Nacional de Resíduos Sólidos para o setor empresarial brasileiro – Planos de Gestão de Resíduos Industriais, Logística Reversa e Destinação Adequada” teve a participação da analista ambiental do IBAMA Zilda Maria Faria Veloso; da gestora da unidade de negócio SMS da Keyassociados, Ângela Cardoso; do diretor do Instituto de Química da UERJ, Fernando Altino Rodrigues; e do diretor da SIR Company, Abílio Santos. Os convidados enfatizaram os avanços da PNRS e os debates para implementação da logística reversa em diversos setores, inclusive de embalagens de óleos lubrificantes. Também falaram sobre a adequação e possíveis soluções para municípios e empresas atenderem às determinações da PNRS. Feira Paralelo ao XIII SIMAI ocorreu a XIII FIMAI – Feira Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade, com cerca de 450 expositores, sendo mais de 100 de outros países, como Suíça, Espanha, Estados Unidos, Japão, Alemanha, Finlândia, França, Reino Unido, China, República 26 sindilub Ele também destacou o fato de a PNRS ter um dia inteiro de palestras no SIMAI e a presença na feira de empresas que apresentaram tecnologia para os mais diferentes tipos de resíduos. Para Andreza Aquino, responsável pela unidade de resíduos e produtos do Grupo Suatrans, acredita que a presença no evento “foi muito importante para a divulgação da empresa, especialmente para o setor de atendimento a emergências químicas, que é o foco desta feira. Também fomos surpreendidos por indústrias que procuraram conhecer nossos produtos ambientais. E aproveitamos ainda para apresentar nossos serviços de destinação de resíduos”. A Maquimp, que também montou um estande na FIMAI, apresentou produtos que podem ser utilizados pelas revendas de lubrificantes, como palletes modulares para tambores, manipulador de tambores, mantas absorventes, flocos absorventes e kit’s de emergência para o caso de vazamentos. “Já começamos a atender algumas empresas do setor de lubrificantes e pretendemos ampliar nossa atuação neste segmento cada vez mais”, disse o técnico em segurança Rogério S Alves.
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