Power Pixels

Transcrição

Power Pixels
Os Jardins Virtuais e Cinéticos de Miguel Chevalier chegam ao Rio
Artista francês expõe sua arte nos centros culturais do Oi Futuro no Flamengo e em Ipanema.
Intervenção ao ar livre será exibida na Praça General Osório
Rio de janeiro, maio de 2011 - Um dos pioneiros da arte virtual e digital, o artista
francês Miguel Chevalier se notabilizou por um trabalho que recria a natureza a partir
da tecnologia. Pela primeira vez no Rio, sua exposição Power Pixels traz quatro
grandes instalações que simulam jardins virtuais – eles brotam, crescem e morrem,
sempre interagindo com o espectador. Duas delas serão projetadas nas galerias do Oi
Futuro, no Flamengo, a partir de 16 de maio, e outras duas ao ar livre, em Ipanema, e
poderão ser vistas a partir do dia 26.
Para o artista, sua obra é um reflexo da vida atual, em que os processos de vida
artificial estão em andamento e a natureza está cada vez mais condicionada, no que
ele chama de era de pós-natureza ou transnatureza. “Meus jardins virtuais são um
exemplo de que a vida artificial é possível. Eles questionam a coexistência da
natureza com o que não é natural e como eles podem se enriquecer
mutuamente”, explica Chevalier, que propõe com seu trabalho este diálogo entre o
natural e o artificial.
As quatro instalações promovem a interatividade com o público, à medida que se
transformam por conta de censores que detetam movimentos. Ou seja, os jardins se
mexem, comandados pelos gestos do espectador diante dele. “A interatividade faz
com que o público sinta a liberdade do prazer espontâneo e uma inspiração
intelectual para explorar as potencialidades da obra, compreender sua
significação e restituí-la no campo da história da arte”, diz Chevalier.
No Oi Futuro do Flamengo, Chevalier mostra duas instalações: Binário wave e
Fractal flowers 2001. A primeira lembra a vazante diária das praias do Rio de Janeiro,
ritmadas como a vida carioca. A passagem do público diante da projeção faz com que
as ondas – compostas por números binários – se formem e se deformem ao infinito,
criando um universo fluido. Já Fractal flowers 2011 é composta por flores gigantes,
que ficam na fronteira entre o mineral, o animal e a robótica. Elas nascem, morrem e
dão sementes ainda mais surpreendentes. São formas estilizadas, geométricas e que
também “reagem” à passagem do público. As estranhas flores se curvam, como se
fizessem uma reverência e abraçassem o espectador, para depois desaparecer diante
de seus olhos.
Já em Ipanema, dois espaços outdoor serão preenchidos pela arte virtual de
Chevalier: a fachada do Oi Futuro e a Praça General Osório. Diante do prédio, a
projeção Segunda natureza 2011 cria um jardim virtual composto por espécies da
flora brasileira. São oito sementes virtuais autônomas, inspiradas em pesquisas que
simulam o crescimento das plantas. Sementes que geram flores imaginárias, que
desabrocham e ondulam em um balé vegetal. “É um encantamento permanente,
onde tudo se move e se inclina. Plantas nascem, crescem, sobem, florescem,
caem, morrem e renascem para o infinito. As flores tombam, pétala por pétala, e
as árvores se dobram para que caia uma chuva de folhas”, conta Chevalier.
A outra obra, Fractal flowers in vitro 2011 será instalada em uma estufa em plena
Praça General Osório. Trata-se de uma casa de vidro com projeções de vegetação
nas paredes, reminiscência das flores virtuais apresentadas na exposição no Oi Futuro
do Flamengo.
A exposição chega ao Brasil por meio da Aliança Francesa, tem curadoria de Alberto
Saraiva, do Oi Futuro, e produção de Cláudia Zarvos.
Sobre Miguel Chevalier
A infância passada no México, onde o pai escrevia uma tese sobre a história da
América Latina, aproximou Miguel Chevalier de grandes muralistas, como Diego
Rivero e Alfred Siqueiros, assim como do refugiado político Luis Buñuel. Esta
convivência, estendida também a nomes como Octavio Paz, André Malraux, Fernand
Braudel e Paul Rivet, despertaram seu senso artístico.
Chevalier ingressou na Escola Nacional Superior de Belas Artes de Paris em 1978, e
depois na Escola Nacional Superior de Artes Decorativas, onde tomou contato com
serigrafia, fotografia e vídeo. Sem acesso a computadores, mas já determinado a usar
esta ferramenta na arte, conseguiu o apoio de engenheiros do Centro Nacional de
Pesquisa Científica (CNRS) para ter acesso, de madrugada, às grandes calculadoras
no Centro de Ótica – com as quais criou as primeiras obras computacionais.
A partir daí rumou para Nova York, onde, graças a uma bolsa Lavoisier do Ministério
das Relações Exteriores francês, continuou sua pesquisa no Pratt Instituto e no recéminaugurado departamento de informática da School of Visual Arts. Ali ele teve contato
com os primeiros softwares de desenho por computador. Foi quando adquiriu a
consciência de que essas novas tecnologias iriam transformar, profunda e
definitivamente, a pintura, a fotografia e o vídeo, e que iriam compor a base de um
novo caminho criativo.
Ao contrário do que possa parecer, as obras de Miguel Chevalier são, mais do que
ruptura, a continuidade da história da Arte dos séculos XIX (com Seurat, Cézanne e
Monet) e XX (com Mondrian, Matisse, Warhol, Fontana ou Nam June Paik). Todos, na
opinião de Chevalier, foram visionários na pintura e, por meio de suas pesquisas
pictográficas, precursores da arte computacional. Algumas de suas maiores
exposições incluem:
· Musée d'Art Moderne and the ARC Gallery in Paris in 1988
· Vivita Gallery in Florence in 1989
· the 1992 Olympic Games in Albertville and Barcelona
· Muséo de artes visuales in Caracas, Venezuela in 1993
· Pompidou Center, Paris, in 1994 with "Urban visions"
· Carrillo Gil Museum in Mexico City in 1996
· Stuttgart Staatsgalerie with "The Magic of the Figure" in 1997
· "Périphérie" at the Espace Cardin, Paris, in 1998
· "Memories and Mutations" at the Fabrika in Beirut in 1999
· Kwangju Biennale, Korea, in 2000
· "Metapolis" at the Marco de Monterrey Museum in Mexico City in 2002
· "Intersecting Networks" at the Bourse de Commerce, Paris, in 2003
· Galerie Suzanne Tarasiève "Meta-City" in 2004
· "Living in the networks” Espace odeon5 (Paris), ”Digital Arabesques ” IFM of Marrakech
(Marocco), New Zendai Art Museum "Ultra-Nature", Shanghai, (China), Alliance Française
Buenos Aires "Supra-Natura", (Argentine), Kunstverket Gallery in Oslo, "Intersecting Networks"
(Norway), Daejeon Museum "Digital paradise" (Korea) in 2005.
· Galerie Thinkingprints inBruxelles " Métacités" (Belgium), In Palais Ksar Char Bagh,
Marrakech "Digital Arabesques " (Marocco) en 2006.
· "Crossborders 2007", Grand comptoire, Metz railway station, Luxembourg & greater region,
European capital of culture (FRA),
· "Paradis Artificiel / Sur-Natures 2007", Gallery of Galeries Lafayette, Paris (FRA), "UltraNature", Glow Festival: forum of light in art and architecture, Eindhoven (NLD) in 2007, "Pixels
Liquides", Festival des Bains Numériques # 3, Centre des arts d’Enghien-les-Bains (France),
"Ultra-Natures", Emoção Art.ficial 4.0, Centro Cultural Itaú, São Paulo (BRA) in 2008
Sua obra Habitar Networks, de 112m2, concluída em 2000, está em exposição
permanente no hall de entrada do Palais des Congrès em Porte Maillot, Paris. Esta
criação foi encomendada pelo arquiteto Christian de Portzamparc e pela Câmara de
Comércio de Paris. É um trabalho interativo de filmes holográficos e encarte de jornais
composto por 24 mil LEDs, que se acendem à medida que o visitante percorre o
edifício.
Power Pixels – Miguel Chevalier
Fractal Flowers 2011 e Binário Wave
Oi Futuro – Flamengo
Rua Dois de Dezembro, 63 - Flamengo
Informações: 031 (21) 3131.3060
De terça a domingo, das 11h às 20h
Abertura para convidados: 16 de maio
De 17 de maio a 3 de julho
Entrada franca.
Segunda Natureza 2011 e Fractal Flowers in Vitro 2011
Oi Futuro – Ipanema
Rua Visconde de Pirajá, 54/3º andar
Informações: 031 (21) 3201-3010
De terça a domingo, das 18h às 20h
De 26 de maio a 4 de junho
Entrada franca.
Assessoria de imprensa
Angela Falcão
8112.3636
2512.3636
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Informações sobre o Oi Futuro
Letícia Duque
Oi Diretoria de Comunicação Corporativa
(21) 3131.3090
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