Capa Revista Escolar

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Capa Revista Escolar
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PARCEIROS DA REDE LUTERANA DE EDUCAÇÃO
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r e v i s ta e s co l a r
expediente
julho2012
2012
escolar - abril
Revista EscoLar
Revista oficial da Associação Nacional de Escolas
Luteranas (ANEL), que congrega estabelecimentos
de ensino, educação e cultura de qualquer nível, do
território nacional, na forma e para as finalidades
previstas em seu Estatuto.
A ANEL está localizada na Avenida Cel. Lucas de
Oliveira, 894, Bairro Mont'Serrat, 90440-010 – Porto
Alegre, RS.
4
ANEL - Conselho Diretivo e Diretoria
Conselheiros titulares
Arnildo Schneider - 1º Vice-Presidente da IELB
Celso Jancke - Diretor do Colégio Luterano
Concórdia, de Canoas, RS
Joel Schacht - Diretor da Escola Luterana, de Vila
Velha, ES
Marli Lebkuchen Lange - Diretora do Colégio
Luterano Santíssima Trindade, de Joaçaba, SC
Neander Kloss - Diretor do Colégio e da Faculdade
Luterana Rui Barbosa, de Mal. Cândido Rondon, PR
Nelci Naor Senger - Diretor do Colégio Luterano
Arthur Konrath, de Estância Velha, RS
Valdemar Bruno Fritz - Diretor do Colégio Luterano
São Paulo, de São Paulo, SP
Conselheiros suplentes
Luiz Pfluck - Diretor da Escola e Faculdade São
Marcos, de Alvorada, RS
Eltton Zielke - Diretor do Colégio Concórdia, de Santa
Rosa, RS.
8

Diretoria
Presidente: Nelci Naor Senger
[email protected]
Secretário: Valdemar Bruno Fritz
[email protected]
Tesoureiro: Celso Janke
[email protected]
Executivo
Diretora Executiva: Ignez Strelow de Carvalho
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Revista EscoLar
Produção Editorial: Vitrine Gráfica e Editora Ltda-ME
Publisher e editor: Nilo Wachholz
Webmaster: Natanael Ricardo Wachholz
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Diretor de
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Diretor de arte: Christian Schünke
Equipe editorial desta edição
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Nilo Wachholz
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Coordenação editorial:
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Revisão:
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Eunicee diagramação:
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a vida!
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Tiragem desta edição: 25.500 exemplares
Impressão:
Gráfica
Pallotti
Tiragem desta
edição:
25 mil exemplares
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Revista EscoLar – escola e família de mãos dadas
na
educação!
Revista
EscoLar – escola e família de mãos dadas
“Eduque
a criança no caminho em que deve
na educação!
andar,
e até
o fim da
não seem
desviará
dele”
“Eduque
a criança
novida
caminho
que deve
(Provérbios
andar, e até 22.6).
o fim da vida não se desviará dele”
(Provérbios 22.6).
Os artigos assinados e os anúncios veiculados na
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EscoLar
não representam
necessariamente
Os artigos
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de Escolas
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EscoLar
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É permitida a reprodução dos textos, sempre que
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“Se eu dormir e acordar,
tenho
a certeza
de que o a
Senhor
estará comigo. Se eu dormir
Você
sabe
o que significa
sigla LLLB?
e não acordar, tenho a certeza
quewww.lllb.org.br
eu estarei com o Senhor.” Rodrigo Schmidt
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LEIA NESTA EDIçãO
ano 1
nº 3
Aprender a conviver
As escolas são espaços mais complexos, onde a parte acadêmica
é um dos componentes. O ser precisa desenvolver-se e crescer.
Convivendo, os educandos conhecerão melhor o outro, o que é
necessário para o desenvolvimento da cidadania.
20
comportamento
autor na escola
olimpíada
e-mail, o retardador
da comunicação
telma Guimarães
ex-aluna da anel
vai a londres
| 29
| 34
| 06 AO LEITOR | 07 PALAVRA DA ANEL | 08 REFLExãO - DIA DOS PAIS | 09 RELACIONAMENTO | 10 CAPA
| 14 HISTóRIA DO SMILINGüIDO | 16 CRôNICAS | 17 ESPECIAL - CONGRESSO DE CAPELANIA | 23 ESPECIAL - uLBRA
| 24 DESENVOLVIMENTO SuSTENTáVEL | 26 ARTIGO | 28 NOSSA ESCOLA | 33 COOPERATIVISMO
8
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escolar - julho 2012
| 21
5
|ao leitor
Tudo e todos são importantes
© Marcel Mooij - Fotolia.coM
É com grande alegria que apresentamos aos nossos leitores
e parceiros da Revista EscoLar, a edição de número 3. Está
programado mais um número da EscoLar em 2012, no mês
de outubro.
Queremos agradecer a todos que nos leem, apoiam, incentivam e nos ajudam, seja na divulgação, na distribuição,
seja com textos, sugestões, críticas, etc. Tudo e todos foram e
são importantes para nós da ANEL e da Equipe que produz a
EscoLar. MuITO OBRIGADO!
A todos pedimos que continuem conosco e participem
mais ainda. Mandem sugestões, contribuições de textos próprios ou de terceiros (neste caso, com o nome do autor e seu
consentimento para publicação), temas a serem abordados,
pessoas a serem entrevistadas ou solicitadas a escrever, sites
ou outras fontes de pesquisa que julgarem apropriadas para
o nosso público.
Aos pais, professores, alunos, diretores, funcionários, profissionais de outras áreas de atuação que se identificam com a
educação e a interação da família e a escola, enviem-nos as suas
experiências para compartilhar com os nossos milhares de leitores.
Vamos analisar tudo o que recebermos, publicar pela relevância do
assunto
para os nossos leitores, em acordo com os princípios da
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ANEL
e
para
os objetivos
da nossa Revista, bem como, de acordo
sexta-feira, 6 de julho
de 2012 15:01:05
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com os espaços disponíveis em cada edição para esta finalidade.
Aos empresários, às empresas
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regionais e nacionais oferecemos
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serviços. Além disso, divulguem
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– para todas as pessoas do vosso
contato pessoal ou virtual. E, para
facilitar a sua participação e divulgação, além da revista impressa,
o nosso leitor poderá acessar e
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Com o seu apoio e a sua participação, não só nos alegramos,
mas aceitamos o desafio de continuar este projeto de integração, aproximação, reflexão e valorização da família e escola, pais e
alunos, dos professores, das equipes de apoio e de todos os que
acreditam e se dedicam à educação e à formação para a vida!
nILO wACHHOLZ - Editor/Publisher
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escolar - julho 2012
A cada dia uma mensagem
diferente de consolo, alegria e
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HORA
LUTERANA
Hora Luterana, há 65 anos trazendo Cristo
às nações, e as nações à igreja!
palaVra da anel
Nelci Senger
presidente da anel| [email protected]
© jacek chabraszewski - Fotolia.coM
Quem deve comer o melhor
pedaço de carne?

sentido. Entretanto, creio que para uma
parte significativa daqueles que estão
na condição de pais dessa nova geração,
tais palavras soam como a fiel descrição
da sua realidade. Será isto uma novidade
no complicado universo das relações
humanas? A história demonstra que não,
razão pela qual se justifica a permanente
abordagem desse tema.
O texto bíblico de Provérbios 19.26,
por ter sido escrito no período histórico
anterior ao nascimento de Cristo, atesta
a antiguidade do problema. Ao afirmar
“Observa o teu culto a família e cumpre teus deveres para com teu pai, tua mãe e todos
os teus parentes. Educa as crianças e não precisarás castigar os homens” – Pitágoras
escolar - julho 2012
Q
uando eu era criança,
não podia comer o melhor
pedaço de carne porque
este era reservado para os
pais. Agora que sou adulto, continuo não
comendo o melhor pedaço porque o
mesmo deve ser dado para os filhos.
Ouvi esse depoimento de um pai que,
em uma conversa informal, procurava
ilustrar a inversão de valores ocorrida na
relação entre pais e filhos nas últimas
décadas. Pode ser que para muitos filhos da era digital tal afirmação não faça
que “o que aflige o seu pai, ou manda
embora sua mãe, é filho que traz vergonha
e desonra”, o escritor está demonstrando
que esta era uma situação igualmente
presente naquele contexto social. O que
fazer então? Se o problema é tão antigo,
haverá solução para ele?
Os princípios cristãos que norteiam o
trabalho das escolas da Rede Luterana de
Educação apontam para a solução do problema sempre que reafirmam que pais e
filhos ocupam funções e espaços distintos
na estrutura familiar, o que implica no exercício de papéis específicos. Se por um lado
existe a orientação que diz “Filhos, o dever
cristão de vocês é obedecer ao seu pai e à
sua mãe, pois isso é certo” (Efésios 6.1), por
outro, existe também a recomendação
para que os “pais tratem adequadamente
os filhos, não fazendo coisas que os irritem,
mas criando-os com a disciplina e os ensinamentos cristãos” (Efésios 6.4).
Assim como no ambiente escolar,
na família também existe a permanente
tensão entre autoridade e afetividade.
Estes aspectos são complementares – e
não reciprocamente excludentes – no
processo educativo. Onde um se sobrepõe
ao outro, ali se estabelece a confusão.
A terceira edição da Revista EscoLar
tem, entre outros, o objetivo de auxiliar educadores e famílias a caminharem na direção
de uma ação educacional equilibrada, na
qual o afeto e a autoridade sejam salutarmente compartilhados, e não disputados
ou divididos, a fim de que se possa saber
definir com clareza, a cada momento, quem
deve ficar com o melhor pedaço de carne.
7
| reflexão - dia dos pais
Aqui você verá e
conhecerá um pouco
deste grupo que está
à beira da extinção.
Em meados do
século 21 foram
vistas as últimas
famílias compostas
por PAI, MÃE E
FILHOS!
escolar - julho 2012
u
8
m pouco antes desse período, quase não se via uma
mãe ou um pai em casa
cuidando dos filhos, do lar
e da família. Eles trabalhavam fora.
Já no século 19, era costume o pai ser
recebido pelos filhos em casa, após um
dia de trabalho. Ele era o provedor do
LAR. Naquela época as crianças tinham
um pai que morava com elas. Este pai
convivia com os filhos e passeava com
eles nos fins de semana.
Nas apresentações da escola, os
filhos procuravam o olhar de seus maiores fãs: seus pais. E o aplauso deles era a
garantia da felicidade! Os pais podiam
corrigir o erro e disciplinar os filhos.
Quando os filhos precisavam de colo,
tinham o pai ou a mãe por perto para
carregá-los a hora que quisessem.
No Dia das Mães, se reuniam na casa
da avó, e a cama se enchia de presentes
dos filhos, dos netos…
Era difícil esperar até o segundo domingo de agosto para entregar ao papai
o presente feito pelos próprios filhos: a
camisa com sua mãozinha, o quadro pin-
8
© wavebreakMediaMicro - Fotolia.coM
Bem-vindo ao museu
da família!
tado, o cartão com moldura de gravata...
A melhor comida era a da mamãe. Era
o papai quem ganhava no jogo de dama
ou de bola. Eram muitas brincadeiras correndo soltas com os irmãos e primos, como
esconde-esconde, casinha, queimada...
Havia brinquedos espalhados pela
casa; risos e choros eram a fartura de
vida. Casa cheia não só de gente, mas de
amor e contentamento. Nas famílias havia coisas que não cabem neste museu:
abraços, beijos, alegrias, choros, risos,
personalidades, cachorros, papagaios…
Os Jardins!
Eles não poderiam faltar neste museu! As casas tinham jardins. Deles as
avós retiravam plantas para enfeitar; ou
então, para fazer chazinhos caseiros para
os filhos e netos.
Férias também se passavam em
família. Na roça, na praia ou na casa dos
parentes: estavam todos num feliz ajuntamento. Para eles estar em família era o
que fazia a vida valer a pena!
COmO fOi O fim
das famílias?
Bem, é uma longa história... Mas, lembre-se que, se você deixar que os familiares se vão, talvez nunca mais os terá de
volta. Às vezes, nos ocupamos tanto com
nossas próprias vidas, que não notamos
que os deixamos ir embora. Outras vezes,
nos preocupamos tanto com quem está
certo ou errado, que nos esquecemos do
que é certo e do que é errado.
Foi assim que as famílias começaram
a desaparecer... Mas hoje temos este
museu para visitá-las.
Certa vez alguém falou sobre um ciclo
de morte que estava se instalando nas
famílias. E leu na Bíblia como seria a cura:
Salmos 128.1-6: "Como é feliz quem teme
ao Senhor, quem anda em seus caminhos!
Você comerá do fruto do seu trabalho,
e será feliz e próspero. Sua mulher será
como videira frutífera em sua casa; seus
filhos serão como brotos de oliveira ao
redor da sua mesa. Assim será abençoado
o homem que teme ao Senhor! Que o
Senhor o abençoe desde Sião, para que
você veja a prosperidade de Jerusalém
todos os dias da sua vida, e veja os filhos
dos seus filhos. Haja paz em Israel!”
Mas parece que não deram atenção
suficiente, e as famílias foram se extinguindo... Compartilhe esta mensagem
para todos os seus amigos. Não se
surpreenda se algumas famílias forem
salvas da extinção.
AlexAndrA GuerrA CAstAnheirA
Colaboração: Cledson Pereira Eberhardt
Publicado em www.borkenhagen.net
Você conhece o SEMINÁRIO CONCÓRDIA?
Visite o site www.seminarioconcordia.com.br
Queridos
amigos!
E
sta é a geração do descartável!
No passado, um rádio à pilha
era usado por anos e anos.
Hoje se compram aparelhos
por um preço bastante acessível e os
mesmos duram três meses, seis meses
ou quem sabe até um ano. Aquele relógio
do aniversário de quinze anos que, todo
cuidado era pouco, levava anos para ir
ao relojoeiro para manutenção, hoje não
vale a pena pagar para consertar. É mais
barato comprar um novo! É a era dos
produtos com a garantia absoluta de que
logo vai ser substituído por outro melhor,
de alta tecnologia, como é o caso do celular que dia após dia apresenta um algo
novo para seduzir seus usuários.
O descartável não se restringiu apenas aos bens materiais, de consumo diário, mas estendeu-se também às relações
humanas. Não se fala mais da amizade
duradoura, do casamento “até que a
morte nos separe”, dos longos anos de
namoro, dos “trocentos” anos de empresa.
As relações passaram a ter um início,
meio e, principalmente, fim. O foco está
no “ter” em detrimento do “ser”. As pessoas buscam os mais diversos atalhos
para seus relacionamentos e acabam
comprovando a lei de Murphy: “um
atalho é sempre a distância mais longa
entre dois pontos.” As pessoas estão cada
vez mais distantes umas das outras.
Ao mencionar o dia dos namorados
não se pode esquecer a questão dos
relacionamentos. É necessário inverter os
verbos “ficar e pegar” tão corriqueiros no
cotidiano e conjugá-los desta maneira:
Fiquei! Encantado com as pessoas
que fizeram diferença na vida de tantas outras! Fico! A favor daqueles que
defendem um relacionamento sério,
responsável e duradouro em suas amizades, namoros e compromissos. Ficarei!
© preto_perola - Fotolia.coM
| relacionamento
Com aqueles que defendem que o ser
sobrepõe ao ter e pegar significa tomar
a mão do semelhante e caminhar junto
com ele na busca de uma sociedade
mais humana e mais sadia. Em direção à
vida em toda plenitude que Jesus Cristo,
ao revelar seu amor incondicional pela
humanidade, trouxe para todos e cantar:
“Vem, e eu te farei da minha vida participar. Viverás em mim aqui, viver em mim
é o bem maior. Sim, eu irei e viverei a vida
inteira assim. Eternidade é na verdade, o
amor vivendo sempre em nós.” Esta vida
tem a eternidade como garantia!
Vida e COmunhãO
“E nós conhecemos, e cremos no
amor que Deus nos tem. Deus é amor; e
quem permanece em amor, permanece
em Deus, e Deus nele.
Nisto é aperfeiçoado em nós o amor,
para que no dia do juízo tenhamos confiança; porque, qual ele é, somos também nós neste mundo. No amor não há
medo antes o perfeito amor lança fora o
medo; porque o medo envolve castigo; e
quem tem medo não está aperfeiçoado
no amor. Nós amamos, porque ele nos
amou primeiro” (1João 4.16-19).
serGio BeCker, Capelão do Colégio
e Faculdade Rui Barbosa,
Marechal Cândido Rondon, PR
escolar - julho 2012
8
9
MENSAGEIRO LUTERANO – leia e compartilhe a revista que há 95 anos circula
sem interrupção! Acesse: www.mensageiroluterano.com.br
| capa
Relacionamentos
Q
escolar - julho 2012
Na velocidade das
mudanças do nosso
tempo, as relações
entre pais e filhos,
família e escola,
alunos e professores,
também foram
atingidas.
Como lidar com estas
transformações,
sem perder valores
que sustentam
relacionamentos
saudáveis em
todos os níveis da
sociedade?
10

©
5
oly
olia
t
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m
.co
ualquer pessoa que trabalha na educação ou áreas
afins percebe que a sociedade humana, nos últimos
tempos, tem passado por mudanças
profundas na sua estrutura e base de
valores. É fácil visualizar um cenário de
mudanças continuadas que galopam
cada vez mais rápido e de modo fugaz.
A velocidade da mudança anda
de mãos dadas com as mudanças de
velocidade, que cada vez aumentam.
Não é mais possível pensar educação
e escola como o era anos atrás. As
mudanças não demoram mais séculos
para acontecer, como na Idade Média.
Hoje convivemos com transformações
profundas em poucos anos, e não cabe
aqui uma disputa de valores, julgando
se isso é bom ou mau.
No entanto, as consequências trouxeram uma perigosa situação para
tradicionais núcleos formadores do ser
humano como a família, a igreja, a escola
e a autoridade pública. Todas estas, além
de outras mais, são instituições que
têm sido alvo de considerável
disputa entre estudiosos
progressistas e conservadores que, ao menos, concordam em
um ponto: a velocidade das mudanças
veio para ficar.
A dimensão
destas mudanças é
perceptível na (des)organização social em que
se encontram os grandes
núcleos habitacionais urbanos
e na desenfreada busca de sentido norteador da juventude atual.
Vivemos em tempos de colapso da
velha ordem e numa busca desenfreada
pela novidade, seja ela qual for. Ou, se
preferirmos, nosso mundo se caracteriza
pela incompreensão e pela procura de
solução urgente, uma verdadeira Babel
contemporânea.
Inversão de valores
na família, na escola
e na sociedade
Ninguém pode negar as grandes mudanças que vêm ocorrendo nos últimos
decênios. A tecnologia, a ciência, os transportes, a alimentação, os negócios; tudo,
enfim, tem sido afetado por mudanças –
algumas radicais e outras mais aparentes
e de maquiagem externa. Neste turbilhão,
uma está sendo caracterizada como a
mais profunda: a mudança de valores.
Este tsunami iniciou com um terremoto
no cerne das famílias; a vaga aumentou e
afetou a escola; e, atualmente, tem feito
devastações inconcebíveis na estrutura
da sociedade com suas relações humanas.
No seu livro Vida em Fragmentos,
Bauman oferece uma interessante reflexão sobre a sociedade contemporânea.
Estamos vivendo uma “confusão entre
o legítimo e o ilegítimo, o necessário e
o gratuito, o desejável e o indesejável, o
útil e o prejudicial”. Isso afeta indiscriminadamente todo cidadão. Além disso,
essa confusão é a responsável pelo direcionamento das novas gerações para
princípios éticos e ações morais bastante
diversos dos seus antecessores.
Nova família não
pode se eximir da
responsabilidade
com valores
Esta sociedade é composta por famílias, que mesmo nas suas multifacetadas
formas de se organizar na atualidade,
ainda são consideradas como o núcleo
mais importante na formação de uma
pessoa. O verdadeiro ninho de ternura,
valores, segurança e confiança que acompanharão a vida de qualquer um em todo
o transcurso de sua existência.
Na concepção cristã, o lar é o lugar
que Deus criou para todo ser humano
aprender a importância do amor que vem
dEle, através do exemplo concreto de seus
Filhos, o dever cristão de vocês é obedecer ao seu pai e a sua mãe... Pais, tratem bem
aos vossos filhos, com amor e na disciplina do Senhor... Leia na Bíblia, Efésios 6.1-4.
Se não for a família,
a escola precisa ser
o lugar de valores

Os antigos gregos nos legaram um
importante modelo: a Paidéia – o caminho para uma prática pedagógica efetiva
e construtiva da dignidade humana em
todas as dimensões. Professores precisam
exercer sua função de orientadores com sabedoria e comprometimento. Obviamente
que as implicações disso são inúmeras e
passam por questões muito delicadas, as
quais não são o foco agora. Mas é inegável
o fato de que a escola ainda é um importante espaço antropológico para filhos-alunos aprenderem – aprenderem a
ser e aprenderem a conviver. Professores
são exemplos disso para os alunos, quando
os pais faltam com um ambiente familiar
saudável para com seus filhos.
Na escola, a maior lição que os alunos precisam aprender e professores
precisam saber é: os alunos são alunos.
Os professores são professores!
A sociedade é o
lugar onde todos
se encontram
Um dos perigos é nos refugiarmos
no passado e condenarmos o presente.
Crianças que sempre escutam os adultos
se lamuriando e criticando o presente, enquanto que o passado é louvado, tendem
a desenvolver um sentimento de rejeição
ao seu futuro. Na verdade, o passado muitas vezes é lembrado com saudosismo
por ter sido lá, num outro tempo, que se
superaram certas dificuldades e que são
“boas memórias” para quem conta.
No mundo de hoje, a velocidade
das mudanças e a falta de solidez nas
relações humanas são importantes
fatores que trazem a sensação de
“perdidos”, tanto para filhos, como para
pais e todos os demais segmentos. A
noção de “honrar o nome da família”,
“assumir um compromisso”, “lutar por
uma causa”, “defender a sua honra”, etc,
são valores que, no mundo atual, têm
sofrido imensa transformação. Muitas
delas incompatíveis quando duas gerações diferentes conversam entre si.
Caso as duas gerações não tiveram a
convivência e nem a relação lapidada
na compreensão e na bondade, que é
divina, não será possível a convivência
pacífica. E, mesmo no passado remoto,
as coisas não eram diferentes, pois o
núcleo da questão está no coração, algo
presente nas gerações desde sempre.
“Se o Senhor não edificar a casa, não adianta nada trabalhar para construí-la...
Os filhos são um presente do Senhor” - Salmos 127.1,4 (NTLH-SBB)
escolar - julho 2012
Professores e professoras, em muitos
casos, são os pais e as mães que a criança não teve. Esta é uma discussão que
cada vez mais agita Conselhos de Classe,
reuniões de Pais e Mestres, conversas
de sala de professores e se confirma
na prática, quando acaba na sala do(a)
coordenador(a) de disciplina.
© Sergej Khackimullin - Fotolia.com
pais. Isso mesmo, exemplo concreto: as
crianças precisam muito disso, pois correm o risco de ficar perdidas entre uma
teoria desvinculada da prática que ensina:
faça o que digo, não faça o que eu faço!
Vivendo na agitação do mundo atual,
a maioria das famílias é sugada pela força
do turbilhão consumista na qual a ética
também foi velozmente redirecionada
para um novo patamar. Com isso, não é
nem o “ser” que é valorizado, nem o “ter”;
mas o “parecer”(melhor ainda: o aparecer).
Tudo o que for feito para isso acontecer é
válido. Por isso se diz: “a imagem é tudo!”
Exemplo disso é a quantidade de máquinas para gravação de imagens que são
comercializadas e rapidamente descartadas por equipamentos mais sofisticados.
No meio disso, onde ficam os filhos, se
forem criados numa perspectiva de precisar sempre aparecer? Se não têm um lar
onde os pais ensinam com ternura e afeto
os princípios e os valores que dignificam a
vida e suas relações com a vida dos outros?
Com certeza, os filhos ficam perdidos!
O veloz mundo do consumo atrai
todos os dias milhões de pessoas que
são motivadas para assumir os padrões
culturais impostos pelo mercado. E, se
os filhos se encontram perdidos neste
turbilhão, onde estão os pais?
Infelizmente, na maioria das vezes,
eles também estão perdidos, velozmente moídos e sobrecarregados com os
excessos do mundo moderno. Perdidos
porque não conseguem – e nunca conseguirão! – atingir os patamares impostos
pelo moderno mundo das aparências.
Uma questão que tem acompanhado a
humanidade desde o tempo do apóstolo
Paulo, mesmo vivendo numa sociedade
com outra velocidade que a atual.
11
| capa
As dificuldades podem ser como
pedras no caminho. Alguns ficam
dando murros nas pedras esperando
que saiam da frente; outros procuram
ladear as pedras e achar uma continuidade para seu caminhar; mas, ainda outros, descobrem que subindo
nas pedras conseguem descortinar
horizontes muito maiores para seu
caminhar. Aqui, a proposta é seguir
os que subiram nas pedras!
A solução rima
com salvação
A importância da
comunidade familiar
e escolar
Neste mundo de relacionamentos
líquidos e cada vez mais velozes, o sentimento de insegurança fica evidente
no fato de pessoas comprometerem-se
umas com as outras e instantes depois se
descomprometerem. Crianças criadas num
ambiente assim dificilmente chegarão a ser
adultos comprometidos com uma família,
igreja, sociedade e atividade profissional.
Para muitos pais-professores, filhos-alunos-aprendizes que estão perdidos e
solitários vagando pela fluidez das relações
afetivas e profissionais, a comunidade
familiar, comunidade escolar e, de forma
muito especial, a comunidade cristã podem ser aquele ninho que está faltando.
No caso da última, esta é a real tarefa do
capelão escolar: criar uma família de fé, que
aconchega todos os que estão envolvidos
na comunidade escolar para fortificar e
renovar os laços humanos e resolver as
questões típicas da condição humana.
Para concluir, bom é lembrar as
sábias palavras de Carlos Drummond
de Andrade a todos os pais-professores-mestres e filhos-alunos-aprendizes:
“Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias...
Difícil é encontrar e refletir sobre os
seus próprios erros.
Fácil é fazer companhia a alguém,
dizer o que ela deseja ouvir...
Difícil é ser amigo para todas as horas
e dizer a verdade quando for preciso.
Fácil é analisar a situação alheia e
poder aconselhar sobre a mesma...
Difícil é vivenciar esta situação e saber
o que fazer.
Fácil é demonstrar raiva e impaciência
quando algo o deixa irritado...
Difícil é expressar o seu amor a alguém que realmente te conhece.
Fácil é viver sem ter que se preocupar
com o amanhã...
Difícil é questionar e tentar melhorar
suas atitudes impulsivas e às vezes impetuosas, a cada dia que passa.
Fácil é mentir aos quatro ventos o que
tentamos camuflar...
Difícil é mentir para o nosso coração.
Fácil é ver o que queremos enxergar...
Difícil é saber que nos iludimos com o
que achávamos ter visto.
Fácil é ditar regras e,
Difícil é segui-las...”
Que Deus abençoe a todos, pais e
professores, a serem sempre grandes a
fim de engrandecer e fortalecer seus filhos e alunos na arte de aprender a viver.
clóvis gedrat é professor de filosofia e
cultura religiosa na Ulbra, Canoas, RS
escolar - julho 2012
Os valores éticos que direcionaram a
moral vigente na sociedade em tempos
passados não eram destituídos de interesse. Se no passado a violência física
era utilizada para “ensinar” uma moralidade, hoje não é diferente. A violência
continua a existir, seja em formato físico
ou no desempoderamento dos mais
vulneráveis e fragilizados.
Está claro que é necessário tomar
uma atitude e procurar novos caminhos,
com valores dignificantes da pessoa.
Essa tomada de atitude tem uma face de
desacomodação – em outro contexto,
sinônimo de arrependimento! Uma
desacomodação enérgica e que se dignifica na ação do verbo agir, que volta à
fonte e ressignifica a vida sofrida de pais/
professores/autoridades em relação a
seus filhos/alunos/cidadãos.
Esta necessidade de sempre novamente voltar à fonte da vida, para o ser
humano em todos os tempos, motivou
um princípio pedagógico que Lutero
repetiu incessantemente aos aprendizes:
“devemos temer e amar a Deus” e, depois,
respeitar pais, professores, autoridades,
como sendo pessoas que Deus colocou
em nosso caminho para vivermos uma
vida digna e honrada.
12
8
EDITORA CONCÓRDIA – há 89 anos informando e formando para uma vida feliz!
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| intervalo
Divirta-se com os seus amigos
1) O que o tomate foi fazer no banco?
2) Como se faz omelete de chocolate?
3) Para que serve óculos verde?
4) Quem é o pai do volante?
5) Qual é a comida que liga e desliga?
6) Quem inventou a fila?
7) Na televisão cobre um país; no
futebol, atrai a bola; em casa incentiva
o lazer. O que é?
8) O que tem sempre o mesmo
tamanho, não importa o peso?
14) Por que algumas pessoas colocam
o despertador debaixo do travesseiro?
9) O que é que cai de pé e corre deitado?
15) O que uma rua disse para a outra rua?
10) Por que o boi sobe o morro?
16) O que um dedo do pé disse para o
outro dedo?
11) O que a campainha disse para o
dedo?
12) O que a areia da praia falou para o
mar?
13) O que é que dá um pulo e se veste
de noiva?
17) O que é cego, mudo e surdo, mas
sempre fala a verdade?
18) O que não é de comer, mas dá
água na boca?
19) Por que a água foi presa?
respostas
1) Foi tirar extrato! 2) Com ovos de páscoa! 3) Para ver(de) perto! 4) O (pai)nel! 5) É o StrogON-OFF! 6) As formigas! 7) A rede! 8) A balança!
9) As gotas da chuva! 10) Porque não pode passar por baixo! 11) Se você me apertar, eu grito! 12) Deixa de onda! 13) Pipoca!
14) Para acordar em cima da hora! 15) Vamos nos encontrar ali na esquina! 16) Não olhe agora, mas tem um calcanhar nos seguindo! 17) O espelho! 18) O copo! 19) Porque ela matou a sede!
HUMOR | Tirinha do Nunes
escolar - julho 2012
8
13
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| história do smilingüido
smilingüido: há trinta an
comunicando a palavra d
S
escolar - julho 2012
e você é aluno ou professor
de uma das Escolas Luteranas
da ANEL já viu que a agenda
escolar tem tirinhas com uma
formiga simpática, não é mesmo? O
Smilingüido é pequeno, representa a
fragilidade do homem, nos lembrando
de que sem Deus nada podemos fazer
(“sem mim nada podeis”, disse Jesus
em Jo 15.5). Mas, mesmo pequeno, sua
missão é grandiosa: levar a Palavra de
Deus para todos os cantos. Ele é um
missionário, por isso nunca aparece
sozinho; em todos os produtos há sempre uma mensagem fundamentada em
princípios bíblicos.
14
8
de Que fOrmigueirO
surgiu O smilingüidO
Na década de 80, alguns jovens da
Igreja Cristianismo Decidido começaram
a questionar os valores passados pela
mídia da época. Surgiu então o sonho
de comunicar o amor de Deus de uma
forma alegre e criativa. Nesse grupo
havia uma desenhista, Márcia D´Haese,
que ilustrava seus cadernos com uma
formiguinha; havia também um jovem
com talento para escrever, Carlos Tadeu
Grzybowski, que deu vida ao personagem; e muitos outros se dispuseram a
ajudar na criação das primeiras histórias.
A formiguinha se chamava Zecão,
um nome muito pesado para alguém
tão pequeno e frágil. Aí, o marido da Márcia disse: “tem que ser um trabalho bem
feito, não pode ser uma coisa desmilinguida.” Acharam o nome interessante, e
adaptaram para Smilingüido.
Em 1989, a Editora Luz e Vida assumiu
a edição do Smilingüido, que ao longo
do tempo ganhou uma divertida turma
de amigos. As formiguinhas moram no
formigueiro das Formigamigas, numa
floresta brasileira. Além de compartilharem versículos bíblicos, suas histórias
e aventuras levam valores universais
como: amor, amizade, perdão, compreensão e preservação da natureza.
Mais de mil itens são feitos com a
turma do Smilingüido, e o projeto mais
recente é um filme com duas histórias
que será lançado no ano que vem. Excelência e reverência são o padrão de
qualidade que a editora busca; afinal, segundo enfatiza o pastor Toni Musumeci,
consultor de gestão da Luz e Vida, “para
levar as pessoas a Deus você precisa ter
qualidade de conteúdo, não só imagem,
não só um produto bonito”. O reflexo
de tanto comprometimento é que essa
turma querida conquistou milhares de
crianças e adultos, no Brasil e no exterior.
smilingüidO nO mundO
Atualmente a Luz e Vida possui um
departamento que traduz seus materiais para o espanhol e o inglês. Seus
produtos são exportados para cerca de
20 países, sendo que os principais compradores são: México, Japão e Portugal.
Desde o ano passado, o Smilingüido
também está falando alemão e sendo fabricado na Alemanha. A editora brasileira
cedeu todos os direitos de produção
para a missão da cidade de Marburg,
que também fará a comercialização de
produtos para alguns países europeus.
O Smilingüido também é muito conhecido nas escolas luteranas. Há
quatro anos a Editora Luz e Vida é parceira da ANEL.
Faça uma visita ao SMILIGÜIDO. Você vai conhecer muito mais sobre este e outros
personagens. Vai poder brincar e aprender histórias da Bíblia. www.smilinguido.com.br
nos
de deus
No alemão, o nome SMILINGüIDO
está escrito sem o trema. E no Brasil,
apesar de as novas regras ortográficas
terem tirado o uso desta acentuação,
o Smilingüido não mudará. A equipe
chegou a fazer um estudo, mas chegou à
conclusão de que o nome vai continuar
escrito assim como está, pois os nomes
próprios podem permanecer com trema
e há mais de 30 anos a formiguinha é
conhecida desta forma.
parCerias
O Smilingüido também é muito conhecido nas escolas luteranas. Há quatro
anos a Editora Luz e Vida é parceira da
ANEL. Segundo o pastor Toni, este contato é visto com muita alegria. “Sabemos
que estamos colaborando com um projeto sério, e a gente quer sonhar junto
com quem pode influenciar e mudar a
sociedade”, destaca ele.
Muitas outras escolas, inclusive
católicas, também colocam o Smilingüido em seus materiais. Até mesmo
um político pediu liberação para usar o
Smilingüido em sua campanha política.
Mas o pedido foi negado, afinal esta não
é a função do nosso amiguinho.
O Smilingüido nunca deverá será
usado para divulgar igrejas, empresas
ou em campanhas políticas. Ele nem
mesmo aparece na fachada da loja da
Editora Luz e Vida, que fica no centro de
Curitiba, PR. Esta foi uma das exigências
feitas pela desenhista Márcia ao sair da
Luz e Vida, em 1994, que é respeitada
pela editora até hoje.
editOra luz e Vida
Criada em 1954 por missionários vindos de Marburg (Alemanha), a Editora Luz
e Vida começou em Ponta Grossa, PR. Hoje
sua sede fica em Curitiba. Inicialmente o
projeto era baseado na distribuição de
folhetos da Alemanha. Depois vieram os
calendários; agora são diversos produtos,
sendo mil apenas da turma do Smilingüido. A Editora Luz e Vida é uma empresa
sem fins lucrativos, mantida pela Associação das Igrejas Cristianismo Decidido.
Apesar de trinta anos terem se passado, desde que o Smilingüido foi criado,
todas as pessoas que participam da
criação do personagem e distribuição de
seus produtos (mais de 150, hoje) estão
comprometidas com a fé cristã e procuram
dedicar suas vidas à missão de aproximar
pessoas a Deus, produzindo materiais cristãos de qualidade, atuando na divulgação
das boas novas do Evangelho.
Alguns são terceirizados, mas cerca
de 70 pessoas trabalham na editora. Os
departamentos da empresa fazem devocionais semanalmente, há cultos mensais
para todos e nas segundas-feiras o staff se
reúne em oração das 9h às 11h, pedindo
a direção de Deus. O pastor Toni garante:
“a gente leva muito a sério o que prega”.
Desejamos que a Editora Luz e Vida
e o nosso amiguinho Smilingüido continuem firmes na missão de comunicar o
Evangelho de Jesus Cristo a todos!
Aline Gehm koller AlBreCht
Jornalista, Curitiba, PR
escolar - julho 2012
15
| crônicas
escolar - julho 2012
E
16
m minha ingênua e doída
infância havia uns diabos que
à noite cravavam estacas no
brejo ao largo do velho paiol
fincado à borda do quintal, toda noite,
a noite toda, intermitentemente, madrugada adentro; até que um dia, então
confortado, descobri que aquelas pancadas, como de um machado golpeando a
testa de um espeque de braúna, só eram
simples coaxos disparados na escuridão.
Até hoje elas me batem no coração.
O medo soturno era só meu e não
havia com quem dividi-lo; nascia das
sombras, sem razão, para me imergir na
solidão. Foi assim que eu gravei um dia,
em breve poesia, o que ele fora tempos
afora à beira da mata fechada, ao lado
do brejo pontilhado de tábuas verdes
que, sol a pino, espargiam painas para o
ar que eu respirava; ar que não era meu,
por estranho que parecia.
Aquele temor que um dia escolhi
revelar em preto-e-branco para colar
no álbum da minha imensa esperança
não foi sensação qualquer. Foi um medo
quase agonia, incomum, que germinava
da natureza indomada, seu brejo, capoeira
e mata úmida em que (eu sabia porque
me disseram!) se amoitavam acervos de
bichos entre estranhos e engraçados. E
todos eles conviviam à mercê de caipora,
que os liderava em picadas mata adentro
até alcançarem o travesseiro dos meninos
que não sabiam o que era luz, mesmo que
olhassem detidamente para a lua cheia.
E era exatamente nos dias de lua,
que de cheia emagrecia, que a mim
me apresentaram muitos moleques
estranhos, filhos da dúvida e do segredo,
que namoravam e pariam na mata, a
começar pelo Saci, negrinho reluzente
que um dia se perdeu no pastoreio e
cujo andar me segredava ao pé da imaginação que estava a caminho um jeito
pererê, querendo roubar a minha perna.
Eu nunca soube se era a direita ou se a
esquerda. Mas temia pelas duas, imaginando que, ao final das contas, poderia
8
foto: leandro r. camaratta
Coaxos na escuridão
haver dois sacis especiais a quem jamais
alguém teria oferecido prótese, mesmo
que fosse de gomos de bambu.
E quando já se ia metade de outubro
na folhinha já quase finda, em que o sol
por inteiro dilatava nuvens negras nos
costados da montanha em cujo grotão a
gente morava, eu temia mais; mais por não
saber qual outro medo ocuparia então o
quarto escuro da minha noite crescente a
ser saudada por faíscas que riscavam o céu
barulhento açoitado pela ventania.
Contraído em minha cama de palha
de milho às vezes cheirando a mijo, eu
esperava que à sensação de que a mata
cairia depois da arrevoada das telhas se
seguiria o clamor de minha mãe, que
reunia os filhos e todo o medo à beira
de sua cama, como a galinha ajunta os
seus à vista de um gavião, para falar da
beleza da esperança e rezar petições por
inteiro. E daquela casa nunca voou telha,
forte que o vento tivesse sido.
E assim percebi que as tempestades
só sacolejavam a mata para separar joio e
trigo; e que cumpriam a missão de fazer
com que o solo estremecido pelos estrondos soturnos sorvesse grande medida de toda a água celeste que começava
a cair, e caía espessa ou delicada, para saciar a sede de tanta natureza e alimentar o
brejo em que todos os sapos, no segredo
dos seus coaxos, só malhavam pontas de
estacas a ferro frio para provocar minha
inocente solidão de menino.
O pânico de mamãe encolhida sobre
os joelhos era tanto que quase marejava
dos seus olhos esbugalhados, enquanto
a Deus ia para implorar socorro. Mas
nada daquilo me induziu a temer as
coisas que sempre ocorreriam acima
de mim, abaixo do sol ou da lua, entre
as nuvens que revoltas faiscavam o horizonte e disparavam trovões. Meu pai
avisava que aquilo era a voz do Senhor
irado dando pito na gente.
Os coaxos que ouvi na escuridão
emudeceram porque não há mais brejos à minha volta. Foram extintos pela
engenharia agronômica; e, arredias, suas
maciças touceiras de tábua, origem de
tênue paina alva e macia, deram vaga à
macega, aos espinhos e aos cardos. A
bruxa, o caipora, o curupira, o lobo mau,
entre outros que não conheci, fugiram
para um lugar além deste ou desapareceram sob ferro e fogo. Ninguém os viu
para me contar como eram em pele e
osso, à exceção de Saci de uma perna só
que um dia eu vi na pastaria à beira do
curral fazendo careta para a minha avó.
OrLANDO ELLER, jornalista, Vitória/ES
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| especial - congresso de capelania
Capelania escolar nas
escolas confessionais
A
ssim como na literatura
evangélica, as escolas confessionais têm abençoado
ricamente nosso Brasil, difundindo valores cristãos, tão negligenciados na sociedade moderna. Através
da capelania escolar, tem sido possível
atingir a alma das pessoas, cuidando
dos seus dilemas emocionais, espirituais e familiares. A fim de despertar a
igreja brasileira sobre a importância da
capelania escolar, elaboramos algumas
perguntas para reflexão sobre o tema.
Como fica o ensino das
religiões na escola
confessional?

A principal tarefa do capelão é cuidar
do bem estar espiritual das pessoas, e
isso terá implicações no plano emocional, intelectual, social e físico, em
qualquer tipo de escola.
Entretanto as escolas confessionais
evangélicas possuem uma confissão
de fé própria, cabendo ao capelão a
responsabilidade de agir dentro dos
princípios estabelecidos pela filosofia
da escola. Embora existam dentro da
escola confessional alunos de todas as
religiões, é sabido que a escola já possui
uma postura definida sobre assuntos da
fé; isso facilita a atuação do capelão na
apresentação de valores essencialmente
cristãos, especialmente por serem esses
defendidos oficialmente pela escola
onde atua.
Há diferença na
comunicação de
valores se a escola
for não confessional?
Sim, há diferenças. Porém a mais
relevante reside na liberdade. O capelão
deve se lembrar do princípio do Estado
laico, sabendo que sua liberdade nas
escolas públicas, ou particulares
não confessionais, será limitada
e vai depender diretamente do
diretor da escola, que geralmente prima pelos parâmetros
curriculares e não pela visão
cristã dos fatos. Já na escola de
confissão, o capelão desfruta de
uma ampla liberdade e, mesmo
tendo que ser igualmente criterioso e equilibrado em suas
abordagens, pode falar mais
abertamente de todos os assuntos sob uma perspectiva bíblica.
Coordenação de Comunicação
Radio Trans Mundial
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Saiba mais no 5º CONGRESSO
BRASILEIRO DE CAPELANIA
ESCOLAR, organizado pela
Rádio Trans Mundial (RTM).
Inscrições abertas em
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escolar - julho 2012
As escolas públicas preferem o “ensino das religiões”.
Mas essa atividade é apenas
informativa e não formativa,
uma vez que, apesar de oferecer
conteúdo histórico, é capaz de
encher unicamente as mentes
dos alunos, aumentando a
confusão e as dúvidas a respeito
de Deus. A escola confessional
pode trocar o ensino geral das
religiões pelo Ensino Religioso, ou, Educação Religiosa a
fim de ensinar valores cristãos
transformadores. A diferença
é que tais ensinos não atingem
apenas o intelecto dos alunos,
mas as emoções e o coração,
incentivando o temor a Deus e
o amor aos bons costumes. Tal
conteúdo, por seu teor bíblico,
é formativo e transformador.
Qual a característica
fundamental da
capelania na escola
confessional?
17
“Que a mensagem de Cristo, com toda a sua riqueza, viva no coração de vocês!
Ensinem e instruam uns aos outros com toda a sabedoria” (Colossenses 3.16)
Rede Pitágoras.
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contextualizados, e que contemplam todos os programas dos vestibulares e do Enem.
18
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LIVRO ÚNICO
VOLUME
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1.ª SÉRIE EM
VOLUME
ÚNICO
MATEMÁTICA
BIOLOGIA
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escolar - julho 2012
Além disso, disponibiliza aulas telepresenciais, simulados, material específico para o incentivo
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completa e diferenciada para seus alunos vencerem todos os desafios.
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19
| releitura
Aprender a conviver
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escolar - julho 2012
O
20
mundo ocidental, influenciado por uma cultura
judaico-cristã, assimilou
os conceitos do aristotelismo depois que São Tomás de Aquino
conseguiu “batizar” este filósofo não
cristão imbuído de ética e de valores que
poderiam ser anexados ao cristianismo.
Ao assimilar Aristóteles, o ocidente
maquiou-se de machismo, seja porque
Aristóteles julgava, como afirma Maturana no livro Amar e Brincar, que os caracteres hereditários eram transmitidos
somente pelos homens, como também,
pelas afirmações do próprio filósofo em
relação à submissão das fêmeas aos
machos em toda a estrutura animal, em
sua obra “A Política”.
Somando-se as características machistas aristotélicas às bases estruturais
da sociedade indoeuropeia patriarcal, o
somatório resultou numa estrutura educacional de convivência a transmissão
de valores dentro da escola privilegiando
8
As escolas são espaços
mais complexos, onde
a parte acadêmica é
um dos componentes.
O ser precisa
desenvolver-se e
crescer. Convivendo,
os educandos
conhecerão melhor
o outro, o que é
necessário para o
desenvolvimento da
cidadania.
o masculino, o racional com predomínio
machista.
As separações somadas aos conceitos da psicologia e da biologia da época
que supunham ser a inteligência da mulher inferior à do homem, redundavam
numa sociedade que rejeitava o voto
da mulher e discriminava os salários,
ficando os homens com aqueles bem
mais elevados. Continuava o império do
aristotelismo da submissão do animal
ao homem e da fêmea ao macho em
todos os reinos como medida de melhor
relacionamento explicitada no capítulo
segundo de “A Política”. Na verdade essas
relações representavam o reflexo da
submissão do corpo à alma, também
como um conceito aristotélico.
Os anos sessenta levaram a ONU a
votar uma declaração de não segregação, envolvendo raça, sexo, cor e credo,
que foi assinada por inúmeros países,
entre eles o Brasil. Em 1968 o Congresso
Nacional Brasileiro votou, para consolidar em âmbito nacional, tal declaração.
As escolas mais conservadoras, hoje,
começam a estabelecer datas para que
o sistema misto passe a vigorar. No en-
SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL – SBB. Vale a pena conhecer e apoiar esta instituição.
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| capelania escolar
século 21
estão
mas
jado
unto
r pender”.
acioeio a
ém o
e posoas,
ocial.
hamiltoN WerNeCk
Pedagogo, escritor e
conferencista
hamilton.werneck66@
gmail.com
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Fotol
E-mail, o retardador
da comunicação
A
capacidade que o homem
tem de distorcer usos é
incrível. A cada nova descoberta científica ou tecnológica o ser humano se supera nesse
estranho mister. Vejamos, por exemplo,
o e-mail: prometia tornar-se a mais
rápida e eficiente forma de comunicação interpessoal já imaginada. Correio
tradicional e telefone fixo que, há algumas décadas constituíram progressos
notáveis, tornaram-se risíveis frente à
instantaneidade do correio eletrônico.
O que ocorreu, no entanto? Tornouse o mais desconcertante limitador da
comunicação. Se alguém não captou
a mensagem, esclareço: há coisa mais
estapafúrdia do que pessoas que trabalham num mesmo prédio, às vezes
no mesmo andar, passarem e-mails uns
para os outros para definir o horário da
próxima reunião de equipe, quando
bastaria levantar, dar cinco passos e
falar diretamente com os colegas? Sem
considerar o aumento do sedentarismo,
e sem também pesar a falta que faz o
diálogo face a face, consideremos apenas o quanto se alonga qualquer trivial
processo decisório. Tem gente hoje que
gasta mais tempo escrevendo e respondendo e-mails do que produzindo de
fato! Por exemplo: recebo pela manhã,
um correio eletrônico solicitando uma
palestra no dia tal. Obedecendo ao
primeiro mandamento do e-mail, respondo de imediato, informando que
não tenho disponibilidade na data,
mas tenho em tais outras. Ocorre que,
nesse pequeno meio-tempo, meu interlocutor virtual já está respondendo
e-mails de outras pessoas e, quando
me retorna, horas mais tarde, em novo
e-mail, sou eu quem não pode mais ler
e-mails... Decisões que levariam dois
AGENDAS – você ainda vai precisar uma, seja escolar ou profissional. Para inovar,
antecipe a sua escolha. Confira: www.agendasinovare.com.br
escolar - julho 2012
tanto ainda há quem duvide da eficácia
dessas escolas, apresentando algumas
experiências irlandesas, nas quais se dá
conta de que o desempenho acadêmico dos educandos é melhor se eles
estudam em salas separadas por gênero.
Esta é a questão: em detrimento dos
valores acadêmicos comete-se, na minha ótica de educador, uma ação contra
a convivência, necessária para a complementação humana. Ninguém nega
a necessidade do aprender a conhecer
e o papel das escolas em ensinar com
qualidade. Mas as escolas são espaços
mais complexos, onde a parte acadêmica é um dos componentes. O ser precisa
desenvolver-se e crescer. Convivendo,
os educandos conhecerão melhor o
outro, o que é necessário para o desenvolvimento da cidadania. Em meio ao
aprender a fazer pode-se trabalhar em
equipe e aprimorar-se mais ainda esse
nível de conhecimento.
Assim
há ensino
FOTO: JEROEN VAN DEN
BROEK/
FOTOLIA
e educação, ambos mesclados de tal
maneira que acabam se confundindo;
porém, beneficiando as pessoas.
Essa atitude preconceituosa e traumática que acaba desabando sobre as
mulheres, iniciando-se o processo nas
escolas, é algo abominável num mundo
carente de solidariedade. Interessante
que muitas escolas pregam a unidade
e segmentam todo o tempo, inclusive
as pessoas; pregam esperança e matam
a convivência.
E como tal fato é mais comum dentro de escolas dirigidas por pessoas que
abraçaram o celibato por livre vontade,
seria importante que pensassem que os
educandos podem não desejar para si
este estilo de vida e, para tanto, uma educação que permita a convivência de gêneros
e respeito
devido entre
eles ée uma
Será
este professor
resiliente
que,
necessidade
urgente
para equilibrar
esta
portanto, é aberto
às coisas
novas dentro
sociedade
mergulhada
notransformação,
desrespeito, no
de uma sociedade
em
consumismo
na qual
as pessoas
ao aprimoraresua
capacidade
depodem
discerser
transformadas
em
mercadorias.
nimento que os meios educacionais
aguardam ansiosamente.
21
|comportamento
na. Há menos de dez anos vivíamos
felizes quando tínhamos, em casa, um
telefone fixo. Sobreviver hoje por dois
minutos sem o celular parece impossível ou provoca sérios danos emocionais
em seus donos... Aumentam as pressões
contra professores desavisados quando
têm a audácia de “guardar” o celular de
algum aluno-adito-de-celular, tentando
fazê-lo se lembrar a que veio à escola;
aviões taxiando nas pistas assistem
quase a totalidade dos seus passageiros
(ainda que sobejamente avisados do
risco de interferência e sendo proibido),
com sua terceira orelha em contato urgente - com a casa ou escritório para
avisar que “daqui a meia hora estou aí!”
Fundamental avisar isso, não? Nem sei
como vivíamos antes... E qual pai imaginaria, ao comprar um celular para o
filho (claro com câmera, gravador e o
diabo a quatro), que ele seria utilizado
para filmar ou fotografar um colega em
situação desagradável ou íntima, ou
após apanhar de um grupo de “amigos
da escola”?
Antes de se apropriar
da alta tecnologia a
humanidade precisa,
urgentemente, se
apropriar de alta
dose de bom senso,
sensibilidade e ética.
Sem o que, até o
maior progresso vira
retrocesso.
tAniA ZAGury. Mestre em Educação,
filósofa e escritora, autora de 21 livros, entre
os quais “Limites sem Trauma” e “Filhos,
Manual de Instruções”.
www.taniazagury.com.br
escolar - julho 2012
minutos por telefone, hoje levam três,
quatro dias para serem finalizadas...
Graças à internet!?
Já tentei de todas as formas fazer
os apaixonados pelo correio virtual
lembrarem que, por telefone, algumas
coisas são mais diretas e consequentemente mais eficientes. Em vão... Também não funciona eu telefonar: sou,
em geral, atendida por uma voz que me
informa que, no momento, fulano não
pode atender (estará mesmo em reunião ou respondendo e-mails, pondero
com meus botões). Posso também ser
enfaticamente informada de que “não
está na sala”. Na era da comunicação,
ninguém pensa em levantar (implica
largar computador e e-mails...) e ir ver
se o indivíduo em questão está na sala
ao lado ou no corredor, por exemplo.
Mesmo em empresas que funcionam
com boxes que permitem visualizar
todo o andar com um simples recuo
de sua cadeira deslizante, pessoas
insistem em informar que “fulano não
está na sala”...
Exagero? Creio que não; e eficiência
zero. Sem considerar as mensagens instantâneas “que não chegam”. Suponho
que, em algum lugar, numa distante
galáxia, um planeta qualquer deve estar
entupido de mensagens inexplicavelmente perdidas.
Poderia falar sobre outras maravilhas da moderna tecnologia distorcida,
mas cito somente mais uma: o telefone
celular, atual insuperável paixão huma-
22
EDITORA SINODAL – há 85 anos educando e formando as gerações.
Visite: www.editorasinodal.com.br
| especial - ulbra
Foto: acs/ ulbra
ulBra completa
40 anos
O campus central da ULBRA, em Canoas, está inserido no desenvolvimento acadêmico, tecnológico
e social do Rio Grande do Sul.
A
universidade Luterana do
Brasil atua no país há mais de
40 anos. Para o cumprimento de sua missão educacional, disponibiliza os saberes acadêmicos
na garantia e na ampliação da cidadania
da comunidade que a cerca. A uLBRA
assume como Missão institucional desenvolver, difundir e preservar o conhecimento e a cultura pelo ensino, pesquisa
e extensão buscando permanentemente
a excelência no atendimento das necessidades de formação de profissionais
qualificados e empreendedores.
história
Presença da ULBRA
no Brasil
esCOlas em OutrOs
estadOs
Campi em OutrOs
estadOs
• Cacoal/Rondônia
• Goiatuba/Goiás
• Itumbiara/Goiás
• Ji-Paraná/Rondônia
• Manaus/Amazonas
• Palmas/Tocantins
• Porto Velho/Rondônia
• Santarém/Pará
• Itumbiara/Goiás
• Ji-Paraná/Rondônia
• Manaus/Amazonas
• Palmas/Tocantins
• Porto Velho/Rondônia
• Santarém/Pará
Grande do Sul, e passa a caracterizar-se por
ser multicampi. Hoje, a uLBRA está presente
em 85 cidades distribuídas em 21 Estados
do país. Em 20 delas, têm campi universitários e escolas instalados. Em outros 65
municípios, a universidade mantém polos
de educação a distância. Já são mais de 100
mil profissionais formados pela Instituição,
em todo o Brasil, para atuarem no mercado de trabalho, inclusive no comando de
grandes empresas e entidades.
Mais sobre a uLBRA em www.ulbra.br.
Assessoria de Comunicação /ULBRA
Você já pensou em fazer TEOLOGIA, mesmo a distância?
Saiba como, no site: www.ulbra.br/teologia
escolar - julho 2012
• Total de alunos nas escolas – 6.876
• Total de matrículas no ensino superior presencial e a distância – 60.689
A abertura de uma escola de ensino
básico, pela Comunidade Evangélica Luterana do Brasil (CELSP) – mantenedora da
uLBRA –, em 1911, na cidade de Canoas,
deu início a sua atuação na área da educação. Das Faculdades Canoenses, criadas
em 1972, a Instituição passou à universidade. O seu decreto de criação data de 1988
e o seu reconhecimento pelo Conselho
Federal de Educação veio em 1989.
A partir dos anos 1980, a uLBRA expandiu sua ação educacional, de cunho
confessional, para fora dos limites do Rio
23
| desenVolVimento sustentáVel
impressões pessoais
sobre a rio+20
Fotos: Facebook.coM/rio20brasil
escolar - julho 2012
A
24
Conferência das Nações
unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, realizada no Rio de Janeiro de
20 a 22 de junho passado, faz parte de
uma sequência de conferências da ONu
iniciada em 1972, em Estocolmo, e que
incluiu também as conferências do Rio
de 1992 (daí o apelido da conferência de
junho passado, conhecida como Rio+20)
e de Joanesburgo, de 2002.
Durante esse período, foi ganhando
força a ideia de que o objetivo maior
dos governos e das sociedades em todo
o mundo deve ser o desenvolvimento
sustentável, que é uma forma de desenvolvimento que permite a satisfação das
necessidades das pessoas que vivem
hoje, mas que garante também que as
gerações futuras poderão atender suas
próprias necessidades. Definida no Relatório Brundtland, aprovado pela ONu em
1987, essa concepção estipula ainda que
o desenvolvimento sustentável tem três
8
dimensões: ambiental, social e econômica.
Em uma linguagem mais concreta, o
desenvolvimento sustentável significa, por
exemplo, que devemos utilizar de maneira
responsável os recursos naturais – como o
petróleo ou as águas dos rios – para satisfazer as necessidades sociais e econômicas
de nossas sociedades, de forma que nossos
filhos, netos e bisnetos também possam
continuar usufruindo desses recursos. Significa também que devemos nos esforçar
para manter o equilíbrio dos diversos
ecossistemas do planeta, para que, daqui
a duzentos ou trezentos anos, o clima da
Terra seja parecido com o de hoje, para
que os oceanos continuem a ter peixes, e
para que a floresta amazônica, o cerrado, o
pantanal do Mato Grosso, a mata atlântica
e a caatinga continuem a ser tão diversos e
cheios de vida como eles são atualmente.
Para garantir que nossas sociedades
se desenvolvam de forma sustentável, é
necessário que cada um de nós aja de
maneira responsável no dia a dia, eco-
nomizando água e utilizando lâmpadas
eficientes, por exemplo. Mas também
é indispensável que os governos de
todos os países do mundo unam suas
forças para enfrentar problemas que
só podem ser resolvidos em escala
mundial, como a mudança do clima, a
poluição atmosférica transfronteiriça ou a
pesca predatória em alto-mar. Reuniões
internacionais como a Rio+20 e as três
outras que a antecederam, bem como conferências especializadas sobre temas como
mudança do clima, diversidade biológica,
desertificação, poluição química etc., servem exatamente para que os governos
definam e acordem estratégias comuns
para fazer frente a esses problemas globais.
A fim de contribuir para esse objetivo, os países adotaram, ao término das
negociações da Rio+20, um documento
chamado “O Futuro que Queremos”, no
qual os governos assumem uma série de
compromissos na área de desenvolvimento sustentável. Dentre esses compromissos,
Saiba mais sobre a Rio + 20 e sobre as atividades do Ministério das Relações Exteriores
do Brasil em: www.itamaraty.gov.br
O desenvolvimento
sustentável significa,
por exemplo, que
devemos utilizar de
maneira responsável
os recursos naturais
– como o petróleo ou
as águas dos rios –
para satisfazer as
necessidades sociais e
econômicas de nossas
sociedades, de forma
que nossos filhos,
netos e bisnetos
também possam
continuar usufruindo
desses recursos.
realizados, entre 13 e 22 de junho, aproximadamente três mil
eventos paralelos sobre uma
ampla gama de temas relacionados ao desenvolvimento
sustentável, que contaram com
a participação de aproximadamente 44 mil pessoas de todas
as partes do mundo.
A Rio+20 ocorreu em um
momento difícil, marcado por
um aprofundamento da crise
econômica internacional, especialmente na Europa, e pela fase
final da campanha presidencial
nos Estados unidos. Nesse
cenário adverso, problemas de
curto prazo absorveram as energias de
diversos países, reduzindo a capacidade
de seus respectivos governos de adotarem
compromissos ambiciosos de longo prazo
na área de desenvolvimento sustentável.
Em função disso, muitos órgãos de imprensa e representantes da sociedade civil
acharam que os resultados da conferência
ficaram aquém das expectativas.
De fato, alguns dos principais obstáculos ao desenvolvimento sustentável
em nível global, tais como a pobreza, a
mudança do clima e a perda da biodiversidade, ainda estão longe de serem solucionados. Mas mesmo que seja inegável
que os resultados da Rio+20 foram prejudicados pela conjuntura difícil em que a
conferência ocorreu, ainda é cedo para se
avaliar o alcance das decisões que foram
tomadas. Somente nos próximos dois ou
três anos, quando houver definições sobre
alguns dos principais processos lançados
na Rio+20, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e a possível negociação de um acordo sobre proteção da
biodiversidade em alto-mar, será possível
julgar em que medida a Rio+20 contribuiu
para a promoção do desenvolvimento
sustentável em âmbito global.
mArCo tulio sCArPelli CABrAl
é diplomata e trabalha na Embaixada
do Brasil em Pequim. Ele não participou
diretamente das negociações da Rio+20,
e as opiniões expressas neste artigo são
de caráter pessoal, não representando a
posição oficial do governo brasileiro.
Conheça projetos e atividades do Brasil em relação Meio Ambiente
em www.mma.gov.br
escolar - julho 2012
um dos mais significativos foi a
decisão de iniciar negociações
sobre um conjunto de Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS). Os ODS
sucederão os Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio,
cuja vigência termina em 2015,
e estabelecerão metas precisas
a serem atingidas pelos países
em áreas como proteção ambiental e combate à pobreza.
Outro resultado significativo da Rio+20 foi o compromisso dos governos de decidirem,
até 2014, sobre o início de
negociações de um acordo
internacional para a proteção da diversidade biológica marinha em áreas fora das
jurisdições nacionais, ou seja, em alto-mar.
Esse tema é muito importante, porque a
destruição da biodiversidade em alto-mar
é um dos principais problemas ambientais
contemporâneos, não havendo atualmente qualquer tratado que impeça atividades
tais como a pesca predatória em águas
internacionais.
Também foram decididas, na Rio+20,
importantes reformas institucionais visando a reforçar os órgãos da ONu responsáveis pela promoção do desenvolvimento sustentável. A Comissão sobre
Desenvolvimento Sustentável (CDS) será
substituída por um Fórum de Alto Nível
com poderes mais amplos. Além disso, o
Programa das Nações unidas para o Meio
Ambiente (PNuMA) receberá mais recursos e seu Conselho passará a contar com
a participação de todos os países que são
membros da ONu.
Além dessas decisões adotadas pelos
governos, uma outra dimensão igualmente importante da Rio+20 foi a intensa participação da sociedade civil na conferência.
De 16 a 19 de junho, foram realizados os
Diálogos sobre Desenvolvimento Sustentável, iniciativa inédita proposta pelo Brasil,
na qual representantes da sociedade civil
e especialistas de todo o mundo escolheram trinta recomendações sobre os mais
diversos assuntos, tais como lixo urbano,
florestas e proteção dos oceanos, as quais
foram depois apresentadas formalmente
aos chefes de estado e de governo presentes na conferência. Também foram
25
| artigo
metOdOlOgia de prOJetOs na eduCaçãO prOfissiOnal
uma prática de valorização
da experiência
© digital genetics - Fotolia.coM
estrutura dO
desenVOlVimentO
de prOJetOs
O desenvolvimento dos projetos pelos alunos se dá em quatro grandes fases:
N
a busca constante pela
satisfação dos alunos é
fundamental que a escola
faça as escolhas certas dos
melhores materiais, dos mais adequados
recursos e parceiros, mas também que
identifique seus reais clientes e seus
principais requisitos de qualidade.
Quando falamos sobre Educação
Profissional, tão importante quanto os
sonhos e desejos dos alunos e seus
familiares é a manutenção do relaciona-
A formação de grupos de trabalho
No início de cada semestre, os alunos são estimulados a formar grupos
de pesquisa.
Com temática livre, os alunos optam por explorar e resolver problemas
do cotidiano ou de situações que
enfrentam no trabalho. Nesta fase de
geração de ideias surgem situações,
por exemplo, de como fazer com que a
roupa posta para secar ao sol possa ser
recolhida automática e imediatamente
em caso de chuva, mesmo na ausência
da dona de casa. É comum o agrupaMETODOLOGIA DE PROJETOS NA EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL:
UMA PRÁTICA
mento
de alunos trabalhadores
de uma
DE VALORIZAÇÃO DA EXPERIÊNCIA
mesma empresa que geram propostas
mento com a comunidade empresarial,
Na
constante
pela satisfação
dos alunos é para
fundamental
que a escola
faça as escolhas
a resolução
de problemas
enpoisbusca
esta que
absorverá
os trabalhadores
certas dos melhores materiais, dos mais adequados recursos e parceiros, mas também que
frentados
na
produção.
Cada
projeto
capacitados
na
escola.
identifique seus reais clientes e seus principais requisitos de qualidade.
definido terá o acompanhamento de
Sintonizado com o mercado de
Quando falamos sobre Educação Profissional, tão importante quanto os sonhos e desejos dos
um professor
trabalho,
o
Colégio
ulbra
São
Lucas
alunos e seus familiares é a manutenção do relacionamento
comorientador.
a comunidade empresarial,
pois
esta que absorverá
os trabalhadores
capacitados na
escola. as disciplinas regulares de
Dentre
empreende
como estratégia
de aprencada São
curso
constam
a Metodologia
da
dizagem na
Profissional
a
Sintonizado
comEducação
o mercado de
trabalho, o Colégio
Ulbra
Lucas
empreende
como estratégia
de
aprendizagem
Educação
projetos deInformática
forma integrada
às
PesquisadeCientífica,
e Psimetodologia
denaprojetos
deProfissional
forma in-a metodologia
demais estratégias de ensino e ao sistema de avaliação de seus cinco Cursos Técnicos:
cologia Organizacional que embasam
tegrada às demais estratégias de ensino
Mecatrônica, Eletrotécnica, Informática, Logística e Qualidade.
e suportam as vivências.
e ao sistema de avaliação de seus cinco
Nesta etapa, os principais objetivos
Cursos Técnicos: Mecatrônica, EletrotécNosso
Público
pedagógicos são estimular o trabalho
nica, Informática,
Logística e Qualidade.
escolar - julho 2012
Embora sejam todos de Cursos Técnicos, estratificamos nossos alunos em dois grandes grupos:
26
nOssO púBliCO
Embora sejam todos de Cursos
Técnicos, estratificamos nossos alunos
em dois grandes grupos:

Estrutura do Desenvolvimento de Projetos
“Eu me interesso pelo futuro
porque é lá que passarei o resto de minha vida”.
O desenvolvimento
dosKettering
projetos pelos alunos se dá em quatro grandes fases:
C. F.
em equipe, o compartilhamento de
experiências na relação aluno-aluno e
o pensamento científico na resolução
de problemas.
A Pré-Apresentação dos Projetos
Esta é a fase em que os grupos apresentam as propostas de pesquisa a uma
banca de professores. São destacados
os temas, as justificativas, os objetivos e
os métodos de pesquisa, cabendo aos
professores avaliadores a orientação
de rumos com vistas à qualificação dos
projetos.
É neste momento em que se definem o aprofundamento teórico da
pesquisa e a forma de explicitação dos
resultados que, em muitos dos casos,
incluem protótipos e maquetes.
Além do processo de orientação,
resulta dessa pré-apresentação uma
nota que será utilizada para compor a
média do 1º bimestre de cada disciplina
daquele semestre do curso.
Os objetivos pedagógicos desta
etapa são o desenvolvimento da capacidade de comunicação oral e escrita da
comunicação de ideias e a desinibição
para falar em público, além da fundamentação técnica.
difiCuldades na
OperaçãO da
metOdOlOgia
Na relação com os alunos, principalmente com os alunos dos turnos
da manhã e noite, o tempo de conquista da adesão aos trabalhos com o
projeto é mais longo do que com os
alunos do turno da tarde. Isso ocorre
principalmente pelo grande tempo de
afastamento da vida escolar e a falta
de tempo, mas também pela baixa autoestima e não valorização da própria
experiência de trabalhador.
faCilidades na
OperaçãO da
metOdOlOgia
O caráter de aplicação e de participação propostos pela metodologia de
projetos se faz perfeitamente adequado aos pressupostos da educação de
adultos, nos quais são percebidos os
princípios de:
• Autonomia, pois o aluno adulto e
trabalhador se vale das experiências do
trabalho para tomar suas próprias decisões, valorizando sua ação no grupo;
• Experiência: o resgate da autoestima e da percepção do aluno de
que ele é capaz de pensar cientificamente e realizar pesquisa científica se
dá justamente pela percepção de que
a sua experiência serve de base para
o aprendizado de novos conceitos e
habilidades;
• Prontidão para a Aprendizagem:
o caráter de “prática” e “ação” contido na
metodologia de projetos gera maior
interesse em aprender aquilo que está relacionado com situações reais de sua vida,
seja no campo pessoal ou profissional;
• Aplicação da Aprendizagem: o
fato de a metodologia de projeto se dar
sobre situações do cotidiano dos alunos
favorece a aprendizagem pelo caráter
de aplicação imediata e significativa
para ele;
• Motivação para Aprender:
aumenta na medida em que, pelos
demais aspectos abordados, o aluno
percebe utilidade e embasamento na
sua ação para a própria aprendizagem,
facilitando o compartilhamento de
experiências e enriquecimento dos
saberes.
A metodologia de projetos já é adotada no Colégio uLBRA São Lucas, neste
formato, desde o ano de 2007, e está
consolidada na Instituição, evidenciando excelentes resultados na qualidade
de formação profissional dos alunos,
com vantagens competitivas em diversos aspectos como desinibição, trabalho em equipe, foco em resultados,
organização e planejamento, além da
ênfase dada à prática profissional, o
que agrega conhecimentos e experiências imprescindíveis para formar um
excelente profissional. Os resultados
são demonstrados através da grande
procura de empresas da região para
contratar os estudantes e/ou egressos
do Colégio uLBRA São Lucas para seu
quadro funcional, o que garante um
dos principais objetivos do aluno ao
ingressar em um curso técnico, que é
garantir a empregabilidade ou atingir
postos mais elevados no mercado de
trabalho.
Autor: Supervisor Escolar da Educação
Profissional, dAlmo omAr loPes
souZA sobre a Metodologia de Projetos,
um dos grandes diferenciais do Colégio
ULBRA São Lucas no trabalho realizado
com os cursos técnicos.
CALÇADOS – todos precisam. Adquira o seu na NOIA calçados, onde não falta
variedade de marcas e estilos. www.noiacalcados.com.br
escolar - julho 2012
Desenvolvimento do Projeto
Com as recomendações gerais da
pré-apresentação, os grupos finalizam
os projetos tendo o apoio direto do
seu orientador. Todos os projetos são
finalizados para apresentação pública
no final do 2º bimestre, quando se
encerra o semestre do curso.
Fica à disposição dos alunos, além
das consultas bibliográficas na escola,
um laboratório de projetos com máquinas, equipamentos e ferramentas, para
construção de maquetes e protótipos,
atendido por um técnico da escola.
Para cada turma há um dia da semana
reservado para uso do Laboratório de
Projetos.
Nesta fase, os objetivos pedagógicos se dão diretamente sobre a
aplicação técnica dos conceitos apreendidos nas disciplinas do curso, bem
como sobre o trabalho em equipe e
o compartilhamento de experiências
aluno-aluno e aluno-orientador.
Apresentação dos Projetos
Ao final de cada semestre letivo
chega a hora da apresentação dos projetos em evento aberto ao público. No
1º semestre, ocorre a Feira de Iniciação
Tecnológica – FIT – e no 2º semestre o
Salão de Projetos.
Cada evento conta com a exposição
de aproximadamente 150 projetos. Já
tradicional na região, cada evento recebe em média 2.500 visitantes entre
estudantes de outras escolas, empresários e familiares dos alunos.
Pautado pelo clima de confraternização, celebração e valorização
dos trabalhos realizados, os objetivos
pedagógicos dessa etapa se dão na
construção do pensamento e ação
científicos e na adequada aplicação dos
conceitos tecnológicos.
27
| nossa escola
Foto: arQuivo escola santa cruz
Escola comunitária
faz 30 anos
escolar - julho 2012
A
28
escola foi fundada em março de 1982, pelo Sr. Arno
Borkert e sua esposa Etna
Bierhals Borkert, que tinham
a intenção de ajudar a comunidade,
pois não existiam escolas no bairro. Eles
construíram uma sala e deram início às
atividades com aproximadamente 126
alunos. Inicialmente, as atividades eram
uma extensão da primeira escola fundada
pelo casal, a Escola Luterana Comunitária
Dr. Martinho Lutero, que hoje localiza-se
no bairro Harmonia, em Canoas, RS.
Nossa comunidade é formada por
uma população, em muitos casos, sem
as mínimas condições de higiene e
vida digna (situação de vulnerabilidade
social), acarretando com isso problemas
na aprendizagem.
A formação da comunidade se deu
com moradores vindos dos mais diferentes municípios do interior do Rio Grande
do Sul, muitos sem emprego fixo, dando
origem a focos de marginalidade. Em meio
a essa realidade, temos famílias de trabalhadores mais bem estruturadas, com um
poder aquisitivo um pouco mais elevado.
Estamos desenvolvendo diversos
trabalhos junto aos alunos e comunidade escolar, como: oficinas, palestras, o
próprio currículo, entre outros. Assim, a
relação comunidade-escola tem apresentado melhorias em todos os sentidos, na
busca do aprender a aprender, transformando a prática pedagógica numa preo-
cupação com o “Eu NO MuNDO” voltado
a uma formação integral do ser humano,
rumo a uma aprendizagem significativa.
Atendendo as crianças carentes
também somos ajudados recebendo doações de roupas, material escolar, móveis;
enfim, toda doação sempre é recebida
para construir um ambiente agradável, na
escola ou na casa dos nossos alunos. Por
isso temos diversas atividades artísticas,
esportivas, culturais e religiosas.
Como atividades artísticas, temos um
grupo de teatro, coordenado pelo pastor
Altair e pelas professoras regentes. Há
também o projeto Destaques: durante
o período letivo são homenageados
aqueles alunos que desempenharem
suas funções com afinco e determinação, no cumprimento dos objetivos
propostos. Alunos que conseguiram
superar os problemas pessoais e tiveram
um rendimento satisfatório para o crescimento intelectual, social e espiritual. É
feito também um destaque especial às
turmas, como organização, ornamentação, colaboração com a conservação
do patrimônio escolar, conscientização
ambiental, atividades em grupo, assiduidade, pontualidade e comprometimento
e organização estudantil.
Como atividades esportivas temos
aulas com um professor de psicomotricidade. Existem grupos de futebol feminino, masculino e a equipe de corrida
(que faz seus treinamentos em volta de
um grande açude artificial na escola).
Como atividades culturais temos
palestras, atividades dinâmicas, teatro,
oficinas de pintura e reciclagem ministrados por voluntários. Temos a estrutura
já montada para a construção de uma
estufa usando garrafas pets e, num futuro
próximo, poderemos cultivar mudas para
distribuição na comunidade e para a
merenda escolar.
No aspecto religioso, somos uma
escola luterana, com princípios e valores
definidos. O pastor que nos atende procura fazer um trabalho diferenciado com
as crianças, sempre levando a Palavra de
Deus através de histórias bíblicas, filmes,
teatro, cultos em datas especiais. Também
fazendo a Semana Bíblica com gincana,
atividades especiais e, todas as quartas-feiras, uma devoção especial na capela,
localizada dentro do pátio da escola.
Trabalhamos para termos as crianças
sempre na escola, aprendendo, ensinando, criando e produzindo. Queremos
uma escola com vida, repleta de amor,
respeito e muita dedicação para que
nossos pequenos tornem-se pessoas
capazes de amar, perdoar e ao mesmo
tempo viver a vida. Aprendemos que a
família e a escola são a base para um futuro promissor e repleto de realizações.
lArissA sPerB
Diretora da Escola Luterana Comunitária de
Ensino Fundamental Santa Cruz
Você conhece o professor e teólogo Martinho Lutero?
Visite o site: www.lutero.com.br
| AUTOR NA ESCOLA
escola municipal em estrela
Estrelas
em minha
vida...
colégio marista
colégio são pedro-ulbra
colégio são pedro-ulbra
colégio são pedro-ulbra
Crianças de diversas escolas gaúchas interagiram com a escritora Telma Guimarães
Editorial), seus próprios brinquedos,
utilizando a reciclagem de caixas, tampinhas, papeis, garrafas, etc. Senti uma
enorme alegria ao compartilhar com
eles aquele momento tão especial.
Assisti também a um envolvente e
sensível espetáculo teatral do livro “Do
jeito que você é”. Lágrimas encheram
os meus olhos ao avistar a personagem
principal e suas três Maria-chiquinhas
sofrendo o bullying dos amigos que,
depois, incluem a amiga em suas brincadeiras, chegando à conclusão de que
devemos respeitar o modo de ser dos
outros, com suas diferenças!
No dia seguinte, fiquei no Colégio
Marista Roque, na mesma Cachoeira
do Sul, capital nacional do arroz. Mais
deliciosas surpresas! Com a orientação
dos professores, os alunos fizeram muitos trabalhos utilizando a reciclagem no
“Bacana, de novo!” e, para enriquecer a
leitura do “Do jeito que você é”, Formato
Editorial, confeccionaram supercriativos
fantoches caracterizando neles suas
próprias diferenças. Os alunos do 6º ao
TECNOLOGIA DIGITAL veio para facilitar e agilizar a sua vida.
Conheça e divulgue a F5 digital. Acesse: www.f5digital.com.br
escolar - julho 2012
V
ida de escritor é assim: ficar
em casa, escrevendo, sair
para as palestras, autógrafos,
voltar para casa, reabastecido, escrever mais e mais, sair de novo.
Passei alguns (lindos) dias no Rio
Grande do Sul, autografando, no mês
de maio. Na primeira cidade, Cachoeira
do Sul, falei com meus leitores do Colégio São Pedro-ULBRA. É inacreditável
a criatividade dos alunos e de seus
professores. Eles fizeram, após a leitura
da obra “Bacana, de novo” (Formato
29
| autor na escola
9º ano envolveram-se com a leitura de
muitos títulos: “O caderno de perguntas
de Rebeca” (Atual Editora), “Redações perigosas”, “O diário (nem sempre) secreto
de Pedro”, “O sumiço do Chantili” entre
outros títulos. Fizeram muitas perguntas,
colocações, tiraram dúvidas. Quando
penso que vou ensinar algo, aprendo.
É assim que sigo aprendendo com seus
questionamentos, suas colocações:
guardo suas dúvidas junto ao peito,
tentando resolvê-las quando crio novos
personagens nos livros.
Bem, saí de Cachoeira, totalmente
encantada, achando que seria quase
impossível encantar-me tanto na pró-
telmA GuimAr ães, publicou seus primeiros livros infantis em
agosto de 1988. Já publicou mais de
160 títulos entre infantis, juvenis, em
Português, Inglês e Espanhol, por várias
editoras.
Dentre seus títulos mais conhecidos, destacam-se: "Rita está crescendo", "Redações perigosas", "Coração
na rede", "O caderno de perguntas de
Rebeca", "O diário (nem sempre) secreto
de Pedro", todos da Atual Editora; "Querido Deus", "[email protected]"
(Editora Saraiva), "Do jeito que você é",
"Bacana, de novo!" (Formato Editorial),
"Contos de terror e mistério" (Editora
xima cidade. Pois a cidade de Estrela foi
outro encantamento. Cada lugar com
seus leitores, professores, novos amigos,
tem seu brilho próprio. E Estrela brilhou
como nunca! Leitores com as perguntas
na ponta da língua (muitos escritores e
ilustradores entre eles!), coordenadores
que se envolveram do começo ao fim do
projeto, professores que tão bem souberam alavancar links das histórias, conquistando novos leitores, uma Secretaria de
Educação maravilhosa, que outras tantas
no país poderiam utilizar como modelo.
Das crianças aos jovens leitores, todos
com perguntas, muitos carregando seus
livros para os autógrafos, educadamente
do Brasil), "É meu!", "Para sempre...
criança", "Menina não entra!", "A árvore
contente" (Editora do Brasil), "Infância
roubada", "Meu avô & eu" (FTD), "Viver
um grande amor", "Não acredito em
branco" (Scipione).
A autora, em co-autoria com Viviane Marques, lançará, em agosto,
pela Atual editora, a coleção de
didáticos em inglês WhAt's uP?,
para alunos de2 1ª a 5ª séries do Ensino
Fundamental I.
Saiba mais sobre a autora em:
5
www.telma.com.br
3
escolar - julho 2012
Capa WU-1-Aluno.indd 1
30
esperando pelas sessões de fotos (fizemos muitas!). Foram tantas as histórias:
“A árvore contente”, “Festa de aniversário”,
“Meu amigo Etevildo” (Editora do Brasil),
“Rita está crescendo” (Atual Editora),
[email protected] (Editora Saraiva),
“Querido Deus”.
Voltar para Campinas, onde moro,
com o coração revitalizado, é tudo-de-bom. O Rio Grande do Sul me encanta.
É um estado de muitos leitores!
Agradeço a Deus pelo dom que Ele
me deu e também pela oportunidade
de seguir por esse caminho, conhecendo gente tão bacana que enriquece e
enche de estrelas o meu dia a dia.
TELMA GUIMARÃES
VIVIANE MARQUES
4
11/06/12 09:29
| NOSSA ESCOLA
Colégio Luterano recebe
visita de campeão
FOTOS: COLÉGIO LUTERANO
Atila revendo amigos que deixou no Luterano
N
Saint Gallen, time da primeira divisão
daquele país.
Saiba um pouco mais do Atila na
breve entrevista que o craque concedeu
a André Luís Bender, professor de ensino
religioso e responsável pelo Serviço de
Capelania e Comunicação do Colégio
Luterano.
Luterano: Há quanto tempo você
está na Suíça?
Atila: Há quase oito meses.
L - Como está a sua adaptação ao
novo país e ao clube?
A - Está correndo normalmente.
Minha mãe ficou comigo três meses na
Suíça, para ajudar na adaptação. Ela gos-
tou muito. Fomos muito bem recebidos
por todos. Os dirigentes do clube dão
todo suporte para o atleta.
L - Já fala o alemão?
A - Na suíça eles falam quatro
línguas. Na região onde eu estou
a língua alemã é a mais falada. Por
isso estou aprendendo alemão. Os
dirigentes do clube cobram que os
atletas estudem. O estrangeiro estudar uma das línguas locais é uma
obrigação.
L - Há outros estrangeiros na
equipe?
A - Sim, temos um companheiro
argentino jogando na equipe.
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escolar - julho 2012
o dia 29 de maio recebemos
uma visita muito especial.
Podemos dizer: “O bom
filho à casa torna”. Estamos
falando da visita do ex-aluno Atila Araújo
Prado. Ele fez uma breve visita ao Colégio Luterano São Paulo, de São Paulo,
capital, acompanhado de sua mãe D.
Sônia, para rever seus ex-professores
e funcionários do colégio, além de refrescar as lembranças dos seis anos que
estudou nesta escola. É irmão da Dalila
Prado, também ex-aluna do Luterano e
desportista, que desenvolve sua carreira
nas quadras de vôlei.
Das categorias de base do Corinthians e da Seleção Brasileira, atualmente
Atila mora na Suíça, e atua pelo F. C.
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| nossa escola
l - como é jogar no exterior, sabendo que os jogadores brasileiros não têm fama de responsáveis?
A - Realmente os atletas brasileiros,
sobretudo os jogadores de futebol, em
geral, não têm a melhor reputação no
exterior. Passam a impressão de irresponsabilidade. Quando fui contratado,
fui com boas indicações, o que me abriu
as portas. E assim tenho atuado lá, com
respeito e responsabilidade.
(Nesse momento da entrevista Dona
Sônia, mãe do atleta, fala da importância
do Colégio Luterano na formação do seu
filho. Contou-nos como foram os primeiros
anos no Colégio, e como foi importante a
atuação das professoras na formação do
Atila. Ela menciona, ainda outras vezes,
durante o passeio pelas dependências da
escola, como teve ajuda das professoras,
especialmente da coordenadora Graziella,
nos anos que o filho estudou no Luterano).
L - Quanto tempo você estudou
no Colégio Luterano?
A - Estudei seis anos, até a 6ª série
(atual 7º Ano), quando tive que mudar
para perto do Centro de Treinamento
do Corinthians. Aliás, há poucos meses
eu sonhei com o Colégio Luterano. Daí
entrei na internet e reencontrei vários
colegas da época em que estudei aqui.
Isso, além de ser uma bela lembrança,
me fez muito bem.
L - Qual conselho você daria aos
alunos de hoje?
A - Estudar bastante, independente
da carreira que queira seguir; é preciso
estudar. Atleta, também jogador de
futebol, deve ser inteligente e estudar.
Percebi isso quando tive que parar por
dois anos por causa de uma lesão.
L - Qual o recado que você dá
àqueles que querem seguir carreira como desportista?
A - Disciplina, treinamento, respeito
e comprometimento. Essa é uma boa
receita para o sucesso.
l - Quer compartilhar alguma
experiência ou lembrança da sua
época como aluno do colégio
Luterano?
A – Lembro-me de uma vez que
minha classe fez um teatro do clássico “A
Bela e a Fera”. Eu tive que me desdobrar
fazendo dois papéis na mesma peça,
do Rei e do Príncipe. Foi muito bom,
lembro-me bem dessa ocasião.
L - Como você avalia sua carreira
até agora?
A - Eu já tenho uma boa experiência,
com muitas viagens pelas categorias de
base da Seleção Brasileira. Fui convocado
para a Seleção Brasileira sub-15, sub-16 e
sub-17, e foi aí que me lesionei. Tive uma
lesão no joelho, no ligamento cruzado, fui
operado, e fiquei dois anos parado. Foi aí
que percebi a importância da minha sólida
formação, da minha família, e também dos
valores que aprendi aqui no Colégio Luterano. Em 2007, fui ao Panamericano. Retomei minha carreira no Bahia (1º semestre
de 2011), onde trabalhei com o ex-jogador
e atual treinador Renato Gaúcho. Depois
fui transferido para a Europa, no St. Gallen.
Há pouco dei entrada no passaporte italiano, por conta da ascendência do meu
pai, pois isso vai facilitar transferências para
outros clubes da Comunidade Europeia.
sOBre a suíça
República federativa composta por
26 estados, chamados de cantões, com
Berna como sede. Situada na Europa
Central, faz fronteira com a Alemanha
(Norte), a França (Oeste), a Itália (Sul) e
com a áustria e Liechtenstein (Leste).
Com população de aproximadamente 8 milhões de habitantes, é constituída
por quatro principais regiões linguísticas
e culturais: alemão, francês, italiano e
romanche. Os suíços não formam uma
nação no sentido de uma identidade
comum étnica ou linguística. O forte
sentimento de pertencer ao país é
fundado sobre o histórico comum e
valores compartilhados (federalismo,
democracia direta e neutralidade). Tem
uma longa história de neutralidade, não
estando em estado de guerra desde
1815. Para mais informações em português: www.swissinfo.ch/por/index.html
escolar - julho 2012
Fotos: colégio luterano
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Autógrafos para alunos do Luterano e o reencontro com o diretor-geral Prof. Valdemar Fritz

“Vocês sabem que numa corrida, embora todos os corredores tomem parte, somente um
ganha o prêmio. Portanto, corram de tal maneira que ganhem o prêmio” – 1Co 9.24 (NTLH)
| cooperatiVismo
Colégio Concórdia realiza
gincana solidária
Fotos: colégio concÓrdia
O
A atividade que mereceu maior destaque foi a Tarefa Solidária. As equipes
montaram cestas básicas contendo óleo
de cozinha, arroz, feijão, farinha de trigo,
farinha de milho, açúcar e café solúvel.
Foram recolhidas mais de 150 cestas
básicas, que foram entregues entre os
dias 24 a 26 de abril, pela equipe vencedora, juntamente com os profissionais
envolvidos e direção da escola. Foram
beneficiadas três instituições: a AELCA
(Associação Evangélica Luterana de Caridade), com a entrega de 20 cestas básicas;
o Lar Ebenézer (Asilo), com a doação de
50 cestas e a Associação das Mães unidas da Ilha Grande dos Marinheiros, que
recebeu mais de 90 unidades. Foi uma
experiência marcante na vida daqueles
que puderam vivenciar este momento.
Além de carregar todo o material para
o ônibus, descarregá-los, organizá-los,
os alunos puderam entregar, em mãos,
todas as doações. Foi certamente um
momento singular e uma oportunidade
de exercitar a solidariedade. E acima de
tudo, a valorização da importância de ajudar as pessoas que estão ao nosso redor.
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escolar - julho 2012
ano de 2012 foi declarado o Ano Internacional
das Cooperativas pela
Organização das Nações
unidas - ONu. Dentre a força do cooperativismo no Brasil, e em especial
no Rio Grande do Sul, estão recebendo
destaque as Cooperativas Educacionais.
Estas cooperativas podem ser formadas
por pais de alunos, pais e professores
ou apenas por professores e técnicos,
tornando-se mantenedoras de instituições educacionais. Este último é o caso
do Colégio Concórdia, mantido pela
Cooperativa Educacional de Ensino Básico – Coopeeb LTDA. O cooperativismo
possui sete princípios, um dos quais é a
preocupação com a comunidade.
Comemorando o ano internacional
do cooperativismo, uma das atividades
propostas pelo Colégio Concórdia, foi a
Gincana Escolar, que teve como característica a solidariedade.
A gincana aconteceu nos dias 12 e 13
de abril, no período da manhã, participando dela os alunos de Ensino Fundamental
II e Médio. O tema da gincana foi: “Alimentação saudável e hábitos sustentáveis”.
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| olimpíada
rumo a londres
Você já teve o sonho de participar das Olimpíadas? Eu sim!
Foto: arQuivo pessoal
escolar - julho 2012
D
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esde pequena,
gosto de esportes.
Lembro com saudades das Olimpíadas na Escola Concórdia,
de Santo Ângelo, RS, onde
estudei durante todo o Ensino
Fundamental, e também dos
Jogos Olímpicos das Escolas
Luteranas (JOREL), que reuniam
escolas da região. Eu gostava de
jogar voleibol, basquete e futsal
nas aulas de Educação Física, e
ainda treinava vôlei e basquete
no contraturno das aulas. Isso
contribuiu para a minha altura:
1,81m.
A paixão pelo vôlei e pelo
basquete continuou depois
que fui morar em Florianópolis,
SC. Cheguei a treinar vôlei num
time profissional, mas a pressão
de competir profissionalmente trouxe a
certeza de que meu lance era mesmo
jogar por diversão. Assim, meu sonho
de ir às Olimpíadas como atleta ficou
de lado. Mas a vontade de ver de perto
os Jogos Olímpicos não.
Ao me formar em Jornalismo, em
2007, a possibilidade de cobrir as
Olimpíadas como jornalista passou a
me fascinar. Sempre soube que não
é fácil chegar lá. Minha ideia era estar
pelo menos nas Olimpíadas de 2016,
no Rio de Janeiro. No início deste ano,
até conferi o site oficial dos Jogos Olímpicos de Londres, na esperança de me
cadastrar como voluntária, porém não
havia mais vagas.
Então, meu marido mostrou uma
competição na internet que estava
escolhendo blogueiros de 14 países
para serem Samsung Global Bloggers
(SGBs) dos Jogos Olímpicos de Londres.
Fiz o primeiro vídeo de 30 segundos
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Aline junto com o cinegrafista e um ciclista curitibano
na gravação do segundo vídeo para o concurso
em inglês e fiquei entre os 20 finalistas
do Brasil. O segundo vídeo, mais elaborado, mas também com apenas 30
segundos, devia mostrar algum lugar
ou esporte da minha cidade que tivesse
relação com as Olimpíadas. A comissão
julgadora escolheria os quatro melhores vídeos brasileiros, também levando
em conta o nível de apoio que os participantes receberiam dos visitantes do
site. Graças ao apoio da minha família e
de muitos amigos, tive mais de 20 mil
votos. Em junho fiquei sabendo que
fui selecionada como Samsung Global
Blogger!
Quero convidar vocês a embarcarem
comigo nesta viagem que começa no
dia 24 de julho, quando viajo de Curitiba
a Londres. Até o dia 3 de agosto estarei
na capital britânica compartilhando as
emoções dos Jogos Olímpicos e fazendo
matérias/reportagens sobre o que toda
a cidade tem a oferecer.
Estou imensamente feliz e agradecida a Deus! Esta é mais uma prova de
que ele atende os desejos do nosso
coração no momento e do jeito certo.
Também agradeço aos familiares, amigos que votaram em mim e à Escola
Concórdia, que foi minha base nos esportes, nos estudos – inclusive da Língua Inglesa – e também no incentivo a
sempre lutar pelos meus sonhos.
Aline Gehm koller AlBreCht
Jornalista responsável da Revista EscoLar e
agora uma Samsung Global Blogger
Acompanhe o blog da Aline através do link:
www.samsungglobalblogger.com
redAção: A Equipe da Revista EscoLar e a
ANEL parabenizam a Aline por mais esta conquista. Continuamos torcendo por você, pelos
nossos atletas e por todos os nossos leitores.
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