Edição nº 10 - Portal Concepcionista

Transcrição

Edição nº 10 - Portal Concepcionista
INTEGRAÇÃO
n
Junho 2004
1
08
Desvendando a arte
Alunos do CIC-Passos, MG,
desvendam os encantos, lendas e
histórias dos artistas mineiros
Ano VI - Nº 10 - Junho 2004
24
Seções
EDITORIAL
DESTAQUE
Fonte de Vida
O ColégioMaria Imaculada de Mococa, São Paulo,
completa 80 anos de vida
PÁGINA 05
PELO MUNDO
PELO BRASIL
Sr. Erasmo, pai de alunas do Recanto
Betânia, conta a sua experiência como
voluntário no Colégio
PASTORAL
36
CF 2004
Espaços diferenciados
AÇÃO COMUNITÁRIA
CONTO
31
Lição de Vida
HOMENAGENS
PEDAGOGIA
Aproveitando o tema da CF-2004,
Colégios conscientizam os alunos
sobre a importância da água
A missão Concepcionista na República da Guiné
Equatorial
PÁGINA 10
PROJETOS
ATIVIDADES
A implantação de salas-ambiente
no Colégio Madre Carmen Sallés de
Brasilia favorece a participação
ativa dos alunos
52
Resgate Cultural
A partir da obra de Guimarães Rosa,
alunos do Colégio Regina Pacis-MG
descobrem Minas Gerais
Nossa Capa
66
Colégio Maria Imaculada de São Paulo desenvolve
projeto interdisciplinar contemplando as áreas de
Língua Portuguesa, Ciências e Geografia
PÁGINA 26
Lições de Fé
Comunidade de Jeremoabo, na
Bahia, participa da Romaria da
Juventude e promove Semana
Missionária
Expediente
Fachada e alunos do Recanto
Betânia - Embu-Guaçu- São Paulo
Fale conosco
INTEGRAÇÃO EM REVISTA é uma publicação das Religiosas Concepcionistas
Missionárias do Ensino n Diretora Responsável: Ir Wanilda Melo Barbara
([email protected]) n Produção Gráfica: Edenilson S. Coelho
([email protected]) n Impressão: Gráfica Nova Prova n Tiragem desta Edição: 7600 exemplares (Distribuição gratuita e dirigida)
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Construindo sobre a
rocha
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INTEGRAÇÃO n Junho 2004
4
DESTAQUE
EDITORIAL
n
Nesta edição da Revista Integração, nosso leitor encontrará a
celebração dos 80 anos do Colégio Maria Imaculada de Mococa-SP
e as ações prospectivas das Instituições concepcionistas, abertas aos
caminhos que levem à superação da realidade crucial do mundo
atual.
Guiné Equatorial apresenta a missão educativa evangelizadora
no espaço do continente africano, revelando uma história de amor
e de entrega à missão de educar.
Em todos os espaços geográficos marcados pela presença
concepcionista se vêm os esforços para avançar em sintonia com os
ensinamentos de Jesus que alerta, ao falar da construção, sobre a
importância de fixar as bases sólidas da mesma.
Diante dos inúmeros desafios do nosso milênio, cabe às instâncias educativas, que acreditam na transformação e no crescimento
das pessoas, propor atividades, reflexões, projetos que levem a pessoa à conquista de uma personalidade aberta às necessidades atuais
e ao mesmo tempo solidária diante dos clamores e gemidos do
mundo.
IR. WANILDA MELO BARBARA
Colocando os fundamentos da ação educativa sobre a rocha,
certamente a consistência diante das dificuldades será bem maior.
Em março deste ano 1500 cientistas, executivos e políticos de
mais de 50 países estiveram reunidos em São Paulo e, dentre os
desafios do milênio, destacaram:
n
O desenvolvimento sustentável, o acesso à água, sem confli-
tos, o equilíbrio entre crescimento populacional e uso dos recursos
naturais, a criação de políticas mundiais, a globalização da
tecnologia da informação, a redução da desigualdade social, o controle de doenças, a busca pela paz, o estabelecimento de uma
ética abrangente e outros.
Diante disso, todas as pessoas comprometidas com a vida, independente de seu campo de atuação, são convocadas a agir incansavelmente com a certeza de que cada passo dado no favorecimento
da formação integral da pessoa é um passo em direção à superação
dos desafios apresentados. Espera-se contribuir dessa forma, para a
conquista de uma vida digna para todos.
Fundado em 1924, o Colégio Maria Imaculada
o
faz parte da história da Cidade de Mococa,
no interior de São Paulo
O CMI - MOCOCA comemorou no dia 26 de abril de 2004 seu
80º aniversário. Esta data é um marco na história de Mococa.
A existência e a permanência do CMI-Mococa se dá graças a
tantas Irmãs, educadores e funcionários, que desde a sua fundação,
desenvolvem a missão Concepcionista centrada no aluno, fundamentada nos princípios da fé, calcada numa pedagogia personalizada,
que promove aprendizagem significativa e ajuda o aluno a discernir
e optar pelo caminho que conduz à plenitude da vida.
Outro fator que contribui para o desenvolvimento da Missão
Educativa Concepcionista, em Mococa, é o fato de contar com a
confiança de tantas famílias e pais que prezam nossa proposta
educativa e dessa forma contribuem para o crescimento do colégio.
Hoje a escola conta com 624 alunos do Maternal ao Ensino Médio.
CONTINUA
INTEGRAÇÃO n Junho 2004
INTEGRAÇÃO n Junho 2004
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5
DESTAQUE
Concurso de
Logotipo
São tantos motivos que não poderíamos deixar de comemorar os 80 anos
do Colégio Maria Imaculada de uma
forma muito festiva:
n Dia 23 de abril - Foi celebrada
uma Missa solene, em ação de Graças pelos 80 anos do CMI, às 19h30,
no Auditório Maria Imaculada.
n Dia 26 de abril - Foi o aniversário
do CMI.
– 8h: Carreata em homenagem ao
Colégio.
– 9h: Espaço da criatividade com os
alunos da Educação Infantil a 4ª série,
enfocando como é bom estarem no
CMI.
– 9h: Gincana com os alunos de 5ªs
ao Ensino Médio e Curso Pré - Vestibular.
n Dia 30 de abril - Jantar Dançante
com a presença de alunos, ex-alunos
e familiares, às 20h30, com a animação dos cantores: José Vagner, Beta e
sua Banda.
A professora de Educação Artística do
Colégio Maria Imaculada, Tânia, realizou
entre os alunos do Colégio, um
concurso de desenhos sobre os 80
anos do Colégio Maria Imaculada. O
resultado foi um sucesso. Dos
trabalhos foram escolhidos dois.
AGITANDO O CONHECIMENTO
Missa
Comentário dos alunos do grupo de trabalho:
Pensando em elaborar um LOGOTIPO diferente, criativo e que tivesse a “cara” do C.M.I, o nosso grupo (8a
série B) conseguiu sintetizar as emoções AGITANDO
todo o CONHECIMENTO histórico, conseguindo combinar as idéias com os símbolos, mostrando
modernidade e movimento.
O logotipo foi elaborado assim:
- Laura F. Geraldo -Teve a idéia do desenho
- Rafael Peres - Foi o desenhista
- Flávia M. Fernandes - Fez a pintura e coloriu
- Diana Cavelagna, Moisés Vitorino e Marina J. Pinheiro complementaram e definiram com certeza o
Logotipo.
Foi realmente um trabalho de equipe realizado durante as aulas de Educação Artística. Parabéns a todos!
Solene
Missa
Solene
a
Carreat
AQUI VOCÊ APRENDE O CAMINHO
A
da g
b ertura
incana
A história do CMI se junta à história da cidade de Mococa, que completou no mês de abril, deste ano,148
anos.
Os pais dos alunos reconhecem que
no Colégio Maria Imaculada seus filhos estão sendo bem cuidados e preparados para enfrentarem os grandes
desafios do mundo.
O colégio Maria Imacula- da se orgulha dessa longa jornada e do prestígio que lhe é atribuído.
O desenho (logotipo) - Aqui você aprende o
caminho, foi feito por uma aluna do 2º ano
do Ensino Médio, Tamara Terra Melo. Ela representou no desenho a caminhada do aluno
no Colégio Maria Imaculada, da Educação
Infantil ao Ensino Médio e Curso Pré-vestibular, do “bico à beca”. O logotipo mostra que
o Colégio oferece uma educação centrada no
aluno, preocupada com a formação de cidadãos, unidos na construção de um mundo melhor e oferece uma aprendizagem significativa que gera resultados no sucesso escolar.
e
ançant
Jantar D
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e
ançant
Jantar D
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INTEGRAÇÃO nn Junho
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DESTAQUE
Semana da Arte
Mineira
e
Espera-se que o estudo da História
contribua para o desenvolvimento dos
educandos como pessoas conscientes,
capazes de valorizar o patrimônio
sociocultural e de entender a história
como conhecimento, como experiência e prática de cidadania.
O mineiro é realmente cordato,
desconfiado, discreto, escrupuloso,
prudente, amante da liberdade? Para
conhecer as Minas e os mineiros alunos das 4ª séries do Colégio Imaculada Conceição, de Passos partiram
pelos caminhos das Minas, buscando
desvendar através do olhar dos artistas mineiros os seus encantos, lendas
e histórias. Nossos pequenos artistas
perceberam que é impossível não se
envolver com a genialidade de Antônio Francisco de Lisboa ( Aleijadinho)
e Mestre Ataíde. É impossível não se
emocionar com o que nossos poetas
traduzem “o irrevelável segredo chamado Minas”.
A culminância foi através de uma
apresentação: Minas de encantos
mil.
Os alunos declamaram poemas de
João Guimarães Rosa, Carlos
Drummond de Andrade, Murilo Mendes, Elias José, João Abreu, Bueno de
Riveira, Henriqueta de Lisboa e
Alphonsus de Guimaraens.
Um grupo de alunos trouxe para o
palco do CIC, como numa imagem
fotográfica, os 12 profetas, os profe-
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“Minas Gerais são muitas. São, pelo
menos, várias Minas...Mineiro é uma
gente imaginosa, pois que muito
resistente à monotonia.”
João Guimarães Rosa.
Educadora do
Aluno do CMI-Brasília é eleito delegado
para a Conferência Nacional do Meio-Ambiente CIC-MACHADO defende
tese de mestrado
o
Os Profetas
e a História
tas do antigo testamento, os profetas de
Aleijadinho, os profetas de Minas, que com
Isaías e Jeremias à frente, por 200 anos
fazem parte da paisagem e da vida dos
Sou pedra
mineiros: Rodrigo Suhadolnik (Daniel),
Sou história
Henrique Brito (Isaías), Eduardo (Joel), AleSou estátua
xandre (Jeremias), Giuliano(Amós),
Douglas (Naum), Geovani (Ezequiel),
Imóveis, vivencia
mos a história.
Henrique Pereira (Habacuc), Flávio
O tempo passa.
(Jonas), Henrique Melo (Oséias), Lucca
As marcas ficam
.
(Abdias) e Rodrigo Dalossi (Baruc). Foi
uma representação marcante da obraSomos patrimôn
io da humanidad
prima de Aleijadinho, sensibilizando a toe.
Sem humanidad
e.
dos com a discussão a respeito da dificuldade de conservação
O tempo passa.
das estátuas, que estão exAs montanhas sã
o as mesmas.
postas ao ar livre em
O cenário muda.
Congonhas.
Trabalhos como esse
Das minas de on
tem,
provocam os estudantes a
às minas de hoje
.
refletirem sobre o fato de
Somos história!
fazerem parte da história
Somos Minas ge
rais!
da região em que vivem
e, aos poucos, perceberem sua inserção no país
e no mundo.
O Colégio Maria Imaculada desenvolveu o Projeto de Educação
Ambiental, do Maternal a 8ª série.
A Educação Ambiental é um processo de reflexão e construção de novos conhecimentos, atitudes e valores,
para a formação de cidadãos comprometidos com a transformação das relações sócioambientais, numa perspectiva sustentável; portanto, todos podem agir onde vivem, estudam e trabalham, com pequenas ações cotidianas. Em 2003 o projeto enfatizou a importância da reciclagem em todos os
aspectos.
Daí a decisão de tomarmos parte
do processo de seleção para os Delegados à Conferência Nacional
Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente. Percebemos que nossos alunos estavam prontos para participar da iniciativa do Ministério do Meio Ambiente, juntamente com o Ministério da
Educação.
A partir da inscrição, passamos pelas etapas da fase local, de acordo com
o regulamento previsto.
Primeiramente, a etapa desenvolvida na escola: trabalhos em grupos
para a conscientização e seleção do
tema, reuniões, debates com os alunos, montagem de cartazes sobre os
temas selecionados, até chegarmos à
eleição de um Delegado e Suplentes
para representarem a Escola na PréConferência do Distrito Federal,
marcada para os dias 29 e 30 de outubro.
Paulo Sugai Mortoza, hoje aluno da
7ª série, mas nosso aluno desde a Educação Infantil, foi o delegado eleito em
nossa Escola para, na Pré-Conferência, expor, em plenário, a proposta do
Maria Imaculada e seu posicionamento pessoal em relação à necessidade
de preservação do meio ambiente.
Como suplentes ficaram as alunas
Gladys Carolina e Mariana Caio,
ambas da 6ª série.
Para nossa alegria e emoção, Paulo
foi eleito com 103 votos para ser um
dos Delegados do DF na Conferência
Nacional. Vale a pena mencionar que
foi o mais votado da Assembléia.
Nos dias 28, 29 e 30 de novembro,
Paulo participou da Conferência Nacional Infanto-Juvenil pelo Meio Ambiente, juntamente com os demais Delegados eleitos pelo DF e de outros Estados.
Paulo é DA (Deficiente Auditivo) e
impressionou aos presentes, não só por
estar inteirado do assunto, como também, pela desenvoltura e segurança ao
falar em público e convencer a platéia
com seus argumentos.
Desta feliz história fica para nós a
certeza de que o amor expresso no
apoio familiar, na dedicação dos professores do Maria Imaculada, no compromisso da fonoaudióloga, ajudou este
menino brilhante a ter condições de
destaque num projeto de repercussão
nacional.
Um belo exemplo para todos que,
com dedicação, responsabilidade, compromisso e amor ao que fazem, conseguem realizar seus sonhos.
Parabéns, Paulo! Você é motivo de
muito orgulho para todos nós!
Obrigada, Gladys e Mariana! Vocês
foram decisivas no apoio para a vitória
do Paulo.
Coordenação Pedagógica de 5ª a
8ª séries - CMI-Brasília
A Educadora do Colégio Imaculada
Conceição de Machado-MG, Marly
Botazini Rodrigues, defendeu sua tese
de Mestrado em Educação pela
UNINCOR - Universidade Vale do Rio
Verde de Três Corações-MG, no dia 25
de março de 2004.
Sua dissertação teve como objeto de
pesquisa a proposta educativa denominada Educação Personalizada e Comunitária implantada nas escolas da Congregação das Religiosas Concepcionistas Missionárias do Ensino, desde 1993.
O título de sua tese foi: Educação Personalizada e Comunitária: Vivendo
o Sentido do Ato de Educar em
Pierre Faure.
A mestranda foi aprovada pela banca composta por dois professores doutores, Prof. Dr. Nelson Delu Filho e Prof.
Dr. Adelmo José da Silva, que fizeram
questionamentos, apontamentos e sugestões para a melhoria do trabalho.
Elogiaram a estrutura e organização do
trabalho, tecendo considerações e interesse pela proposta conforme expressou o orientador Prof. Dr. Geraldo Ribeiro de Sá, no encerramento da apresentação.
Essa proposta educativa idealizada
pelo padre jesuíta e pedagogo francês,
Pierre Faure, tem como premissa maior ajudar a pessoa a atingir a sua plenitude como pessoa, além de
conscientizá-la para a identificação de
seus apelos interiores e mobilizar todas
as suas potencialidades para o seu próprio bem e das pessoas com quem se
relaciona. É uma metodologia com princípios educativos, instrumentos de trabalho e momentos pedagógicos próprios que possibilitam ao educando agir
com liberdade e autonomia.
A Diretora do CIC/Machado-MG,
Irmã Caridade Antolín González, acompanhou e presenciou a defesa da dissertação, e acima de tudo apoiou e incentivou esse trabalho desde seu início, no 2º semestre de 2001. Durante
a apresentação a Professora Marly contou com o apoio do técnico em
Informátaica do CIC, Wlander Verdade
Signoretti.
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PELO MUNDO
A missão concepcionista
na Guiné se expandiu até
atingir vários aspectos da
evangelização: promoção
da mulher, formação de
catequistas, visita às
famílias, partilha da
Palavra de Deus com as
saiba
mais
pessoas nos povoados...
A missão Concepcionista na
Guiné Equatorial
g
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INTEGRAÇÃO
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Guiné Equatorial é uma nação pequena situada no coração da África,
onde há muitas crianças que com seus
olhos bem abertos fazem com que as
filhas de Carmen Sallés respondam
às suas inquietações para que possam
sentir-se filhos de Deus, pessoas íntegras, com esperança de futuro.
A Congregação chegou a Guiné
em janeiro de 1.981, respondendo a
um chamado da FERE (Federação Espanhola de Religiosos do Ensino) às
congregações religiosas dedicadas à
educação. O chamado: “Ide e ensinai
a todas as gentes” ressoou fortemente. Eram irmãos que necessitavam e
isso bastava.
A missão concepcionista na Guiné
Equatorial começou no interior do país,
em plena selva, na cidade de
Evinayong. As irmãs trabalhavam em
Colégios estatais, onde se carecia de
tudo: carteiras, livros, lápis e até edifício. Mas... havia em cada barraco
improvisado como classes, centenas
de crianças ansiosas para aprenderem
e sentirem-se valorizadas e respeitadas como pessoas, desejosas de ouvir falar de Deus. Isso era o mais importante para abraçar com amor a
Obra que se iniciava.
Pouco a pouco a Missão Concepcionista na Guiné foi se expandindo
até atingir vários aspectos da evangelização: promoção da mulher, formação de catequistas, visita às famílias,
partilha da Palavra de Deus com as
pessoas nos povoados...
Atualmente, Guiné Equatorial
conta com duas comunidades:
Evinayong e Bata, sendo esta última
a capital da zona continental. A comunidade de Bata foi constituída em
1.988, com a finalidade de acolher as
jovens que sentem a inquietação de
seguir a Cristo a exemplo de Carmen
Sallés.
Tanto em um lugar como no outro, há dois colégios com crianças de
4 a 12 anos. O número de alunos que
solicitam vaga nos colégios ultrapassa a capacidade dos mesmos.
As Irmãs que atuam nas duas comunidades dedicam à tarefa educativa todo o período da manhã, de 8 às
13 horas, atendendo ao total aproximado de 300 meninos em cada colégio.
CONTINUA
n
Nome oficial: República da Guiné
Equatorial (República de Guinea
Ecuatorial).
n Nacionalidade: Guinéu-equatoriana.
n Data nacional: 12 de outubro
(Independência).
n Capital: Malabo (ilha de Bioko).
n Cidades principais: Malabo, Bata
n População: 510,473 (jul/2003)
0-14 anos: 42.2%; 15-64 anos: 54%;
65 anos ou mais: 3.8%
n Expectativa de vida: 54,75 anos
n Superfície: 28.050 km2
n Recursos Naturais: óleo, petróleo,
madeira, ouro, manganês, urânio,
titânio, minério de ferro, etc
n Idioma: espanhol e francês (oficiais),
fangue, combe, balenque, bujeba,
bubi, ibo.
n Religião: Predominantemente
Católica Romana
n Forma de Governo: República
INTEGRAÇÃO
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VOCAÇÕES
PELO MUNDO
Embora seja um país rico,
a má administração, a
falta de estruturas e a
“Cristo transforma nossos
exploração dos países
afetos humanos, fazendo-nos
desenvolvidos fazem com
testemunhas de um amor
que o povo de Guin[e
sem limites.”
Equatorial viva em
autêntica miséria, sem
água, sem luz, sem
estradas e com poucos
meios de comunicação.
À tarde são oferecidos cursos de
formação às mulheres que são tão
marginalizadas e exploradas no país.
A formação de catequistas é também uma tarefa fundamental da comunidade concepcionista. Praticamente já passaram pela escola todos
os catequistas que temos em
Evinayong. As aulas são dadas uma
semana ao mês, em grupos de 15,
durante dois anos. Em Bata, as Irmãs
concepcionistas colaboram na escola
diocesana de catequistas.
Além desse trabalho educativo e
catequético, as Irmãs colaboram na
pastoral paroquial, tanto na catequese
como em grupos religiosos de jovens
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INTEGRAÇÃO
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a
(Carmen Sallés)
e crianças e coordenam o Movimento
Concepcionista Missionário.
Guiné Equatorial é um país rico em
recursos naturais, Deus lhe dotou de
grande riqueza e hoje se sabe também, com os poços de petróleo. Mas,
a má administração, o carecer de estruturas, a exploração dos países desenvolvidos fazem com que o povo
viva em autêntica miséria, sem água,
sem luz sem estradas e com poucos
meios de comunicação. Uns poucos
desfrutam de tudo e outros muitos não
têm nada.
As enfermidades, em especial a
malária, abundam, agravando-se com
a insuficiente, por não dizer pouca,
atenção médica e medicação. A mor-
talidade é elevada, sobretudo na infância. A média de vida é entre 45 e
50 anos. Outra causa de mortalidade são as crenças ancestrais que têm
e que lhes enchem de temor e não
lhes deixam ser livres. É difícil para
eles a visão cristã, de confiança em
Deus Pai que nos quer livres de todo
temor.
A missão na Guiné é imensa e as
Irmãs Concepcionistas, dentro de seus
limites, colocam tudo o que podem e
compartilham com os demais na certeza de que a obra é de Deus e que
certamente Ele irá completando-a e
de que desde o céu, Madre Carmen
as encaminha e intercede continuamente por todas.
A CASA NOVICIADO das Irmãs
Concepcionistas Missionárias do Ensino está situada em Belo Horizonte,
no bairro Barroca. Tem a finalidade
específica de oferecer às jovens que
iniciam o processo de formação para
a Vida Religiosa, oportunidades de
aprofundamento na Vida Cristã, na
Vida e Carisma Concepcionistas e possibilitar-lhes o discernimento vocacional.
A comunidade do noviciado é
constituída por três Irmãs: Luzamir
(Responsável pela formação), Regina
e Conceição. Integram ainda a comunidade quatro formandas: Silvia Helena, noviça de segundo ano, que atualmente está fazendo sua experiência apostólica na comunidade de Passos-MG, Eliana, noviça de primeiro
ano, que está vivenciando a prática
da oração, silêncio e solidão, para ir
confirmando seu chamado e sua entrega a Deus. Esta é a especificidade
do tempo de noviciado, tempo propício para o estudo, de aprofundamento
nas Constituições, documentos da
Congregação e de integração na vida
da comunidade. As outras duas
formandas são: Maria José e Elaine,
postulantes, que estão buscando uma
Comunidade
Noviciado
Ir. Luzamir e
formandas da
Casa Noviciado
formação humano-cristã aprofundando no conhecimento e na participação ativa na vida comunitária, para ir
discernindo sua vocação de acordo
com o Carisma Concepcionista.
O tempo de formação, além dos
aspectos mencionados, favorece às
formandas a oportunidade de realizarem experiência pastoral catequética
no Colégio Regina Pacis e na Creche
Vó Angelina.
Na comunidade da Casa Noviciado, a formanda cresce em seu ser
pessoal e é ajudada pela comunida-
de a viver a vida fraterna e a prosseguir no seguimento de Jesus e na iniciação da missão específica da Congregação que é evangelizar através
da educação.
Para conhecer de perto essa realidade, a comunidade da Casa Noviciado faz um convite às jovens que se
sentem chamadas a serem Irmãs Concepcionistas para que as visitem ou
lhes escrevam:
Rua Herculano de Freitas-1566
CEP: 30430-120- Belo Horizonte - MG
INTEGRAÇÃO
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HOMENAGENS
VOCAÇÕES
Aspirando à
Vida Religiosa
“Pedi ao senhor da messe que mande
trabalhadores para a sua messe” (Lc 10, 2)
d
Deus é quem chama cada pessoa a realizar-se em um estado de vida
específico. Na resposta a toda vocação há um processo de discernimento
realizado nas primeiras etapas do itinerário vocacional.
Aconteceu no dia 11 de fevereiro, na simplicidade e aconchego da comunidade Religiosa do Lar Maria Imaculada o início oficial do aspirantado
das jovens Maria Lúcia Souza Ramos e Adriana Maia Pereira.
Ao receber a medalha da Maria Imaculada foi-lhes lembrado que Maria
é a companheira de caminhada no seguimento de Jesus.
Maria Lúcia e Adriana formam o grupo das aspirantes juntamente com
Angelita Alves que vem fazendo esta experiência desde o ano de 2003.
A Província do Brasil conta com jovens formandas nas etapas do
aspirantado, postulantado, noviciado e juniorato. Deus continua chamando... Ele pode estar chamando você também!
Caso você queira obter maiores informações escreva para o Secretariado
Vocacional – Rua Humberto I, 395 – Cep: 04018-031 – São Paulo - SP
Tel.: (11) 5539-2577 – e-mail: [email protected]
Dia do nascimento de
Carmen Sallés
Oração pelas
Vocações
Jesus, único Salvador do mundo!
Pedimos-vos pelos nossos irmãos
e pelas nossas irmãs, que responderam
“sim”ao vosso apelo ao sacerdócio, à
vida consagrada e à missão.
Fazei com que as suas existências
se renovem no dia-a-dia,
tornando-se Evangelho vivo.
Senhor misericordioso e santo,
continuai a enviar novos trabalhadores
para a messe do vosso Reino!
Ajudai aqueles que Vós chamais
para o vosso seguimento
neste nosso tempo: fazei com que,
contemplando o vosso rosto,
eles respondam com alegria à
maravilhosa missão, que lhes confiais
para o bem do vosso Povo
e de todos os homens.
Maria Lúcia, Ir. Sarah, Adriana e Angelita
14
INTEGRAÇÃO
n
Junho 2004
nascimento de nossa fundadora
Por ocasião do próximo 41º Dia
Mundial de Oração pelas Vocações, o
Papa João Paulo II convida os fiéis a
se unirem em oração pelas vocações
ao sacerdócio, à vida consagrada e ao
serviço missionário.
Dirigimo-nos confiantes a Vós, ó Senhor!
Filho de Deus, enviado pelo Pai para
junto dos homens de todos os tempos
e de todas as partes da terra!
Invocamos-vos por meio de Maria,
vossa e nossa Mãe: fazei com que na
Igreja não faltem vocações, em particular
as de especial
consagração ao vosso Reino.
Vós, que sois Deus, viveis e reinais
com o Pai e o Espírito Santo,
nos séculos dos séculos. Amém!
toral. Este jogo consistiu em cartelas
com respostas sobre a vida de Carmen
de uma maneira bem diferente Sallés e fichas com as questões correspondentes.
Cada aluno recebeu uma cartela .
As professoras de Educação Religiosa
sorteavam as fichas e faziam as perguntas .Os alunos marcavam nas
cartelas a resposta certa. Todos se empolgaram muito e queriam completar
rapidamente as cartelas para receberem o prêmio. Aqueles que preencheram as cartelas inteiras foram os vencedores e ganharam como prêmio a
medalha com a relíquia da nossa
Madre Carmen.
O mais importante é que percebemos o carinho que os nossos alunos
têm por Carmen Sallés e como se interessam em estudar e conhecer melhor a sua vida.
A consideração e o respeito que
as crianças e jovens têm por Madre
Carmen crescem a cada dia e eles têm
e conhecer melhor alguns fatos da vida
consciência de que vale a pena viver
da nossa Madre fundadora.
plantando e cultivando o bem, pois soO Infantil também prestou a sua
mente desta maneira poderemos rehomenagem através de uma peça teaalizar nossos projetos com sucesso e
tral que foi preparada com muito cadignidade e seremos felizes.
rinho pelas professoras e alunos do Jardim II.
Durante os dias 12 e 16 de abril as
Adriana Faria de Alcântara Dias –
crianças e os jovens do nosso colégio
Coord. Geral do Setor de Pastoral
foram convidados a participar de um
bingo organizado pela Equipe de Pas-
Alunos e educadores do CIC-Passos, MG, comemoraram o dia do
n
No mundo existem pessoas que deixam lembranças profundas para a humanidade . São riquezas que todo o
ser humano deve valorizar e tentar colocar em prática durante a sua caminhada. São exemplos de uma vida de
total entrega, obediência a Deus , de
serviço aos irmãos e de muito amor.
Esses grandes homens e mulheres realizaram o sonho que nosso Divino Pai tem para cada um de seus
filhos. E Madre Carmen Sallés foi
uma delas.
Este ano os alunos e educadores
do CIC –Passos comemoraram o aniversário de Carmen Salles de uma maneira diferente.
Os alunos dos segmentos I , II e III
foram convidados para estudar a vida
de Madre Carmen, no laboratório de
informática, utilizando um material elaborado pela professora Débora Lemos.
Todos ficaram motivados em pesquisar
INTEGRAÇÃO
n
Junho 2004
15
HOMENAGENS
PASTORAL
Festa da Vida
Vivendo a
fraternidade
Celebrada com muito amor
Atividades permitiram
Os moradores carentes do “Corredor da Penha”, em Passos,
conhecer melhor o
MG, estão sendo beneficiados pelo projeto iniciado em 2000
f
Carisma Concepcionista
Fraternidade. é algo que os alunos do CIC - Passos vivenciam com
muito entusiasmo e seriedade.
O projeto elaborado pela 2ª série
do Ensino Médio durante o ano 2.000
está sendo desenvolvido até hoje pelos jovens que estão cursando o Ensino Médio atualmente . Os moradores carentes do “ Corredor da Penha” estão sendo beneficiados com
esse trabalho. As necessidades mais
sérias que foram detectadas são as
seguintes: verminose, desemprego,
desnutrição, analfabetismo e falta de
documentação. Foram elaborados
através da vida e obra
de Madre Carmen Sallés
v
Visando internalizar no coração das
crianças a verdadeira intenção de
Madre Carmen ao fundar a Congregação das Irmãs Concepcionistas
Missionárias do Ensino, a Creche
Madre Carmen Sallés e a Obra Social Maria Imaculada preparam as crianças para uma comemoração digna
de nossa Madre Fundadora.
Depois que as Turmas conheceram
a história de Nossa Fundadora, apresentaram para as outras turmas, de
formas variadas, devidamente caracterizadas, fatos da sua vida. O maternal e jardim II cantaram uma música
adaptada, ofertaram flores feitas pelas crianças e depois o maternal fez
uma festa de aniversário na sala de
aula com foto dela sobre a mesa, com
bolo, brigadeiro, etc. A turma do jardim I contou para as turmas a história
da infância de M. Carmen até a fundação da Congregação, através da TV
CONCEPCIONISTA confeccionada
16
INTEGRAÇÃO
n Junho 2004
INTEGRAÇÃO
n Junho 2004
pela professora. As crianças do jardim III dramatizaram a vida de Madre Carmen Sallés.
A turma da Obra Social Maria Imaculada se deteve na continuidade que
as Irmãs Concepcionistas deram à
missão que Madre Carmen Sallés nos
deixou. Contaram como foi a criação da Creche e da Obra Social, fizeram maquete, encenaram as qualidades de Madre Carmen (sorridente,
prudente, generosa, amorosa, etc.),
e representaram essa realização através de um sonho de uma criança, interpretada por duas professoras.
O aniversário de Madre Carmen foi
comemorado com muito entusiasmo
pelas crianças e muito esmero da
parte dos funcionários, pois na Creche Madre Carmen Sallés e na Obra
Social Maria Imaculada há uma
integração entre todos nas realizações dos nossos eventos.
17
INTEGRAÇÃO
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Junho 2004
mini-projetos para tentar sanar esses
problemas e três deles já foram desenvolvidos.
Neste ano terminamos o quarto
mini- projeto sobre a desnutrição que
sugere a formação de hortas nas residências das pessoas carentes do local
assistido pelo CIC. Os alunos do Ensino Médio fizeram um levantamento
sobre o interesse dos
moradores em cultivar
uma horta em casa e
quais eram os recursos
que cada residência
apresentava para
plantar e cultivar as sementes.
Após esta análise
os jovens organizaram
campanhas para arrecadação de insumos
agrícolas, tais como
pesticidas, adubo
,areia, além de caixas
de plástico e outros
implementos para serem doados às pessoas que não dispunham de um quintal e sementes de
verduras e legumes.
Os alunos tiveram aulas práticas no
Colégio e foram muito bem orientados pelo professor de biologia, Ézio.
Tiveram o apoio durante todo o tempo das professoras Heloíza, Adriana,
Mariângela e Larissa que durante todas as etapas do projeto, incentivaram , acompanharam e refletiram com
os alunos sobre a importância desse
trabalho.
Os alunos convidaram as pessoas
interessadas a comparecerem no centro comunitário situado na própria rua
em que eles moram e explicaram
todo o processo do plantio e conservação das plantas.
Após a palestra foram entregues
kits com o material necessário.
Outros professores também se envolveram muito e ficaram admirados
com a responsabilidade e o espírito
solidário dos alunos.
“Não há barreiras que o amor não
vença”. É gratificante perceber que
nossos alunos realmente demonstram
que estão sendo educados em uma
das casas de Maria Imaculada. Para
que a educação seja completa é necessário verificar se o educando adquiriu conhecimento com doses de carinho, fraternidade, amizade e amor
ao próximo, pois somente assim um
educador poderá dizer que realizou sua
missão: educar para a vida, para que
o ser humano seja capaz de se inserir
na sociedade e transformá-la plantando e cultivando os valores ensinados
por Cristo, reforçados pelo exemplo de
Maria Imaculada.
Adriana Faria – Coordenadora do
Setor de Pastoral - CIC Passos
INTEGRAÇÃO
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17
PASTORAL
Evangelizando
O Setor de Pastoral do
através das atividades
CMI – RIO, apresenta
através de alguns flashs, as
atividades realizadas com a
Comemoração do aniversário de nascimento do Beata
Carmen Sallés - Alunos da Educação Infantil Gratuita
comunidade educativa, e
as turmas da Educação
Infantil, 1ª a 8ª série do
Os alunos do Colégio vibraram ao
homenagear o seu colégio! Eis alguns flashs:
Ensino Fundamental e
Ensino Médio, ao longo do
1º bimestre letivo.
a
Abertura da CF-2004 ma Educação Infantil
As atividades foram iniciadas com a tradicional acolhida aos Educadores, na Semana pedagógica, com reflexões introdutórias ao Lema da Campanha da Fraternidade/
2004: “Água fonte de Vida”, que também foi tema de
reflexão para a acolhida aos pais nas reuniões iniciais do
Curso. Celebração da abertura da Campanha da
Fraternidade, no dia 19/03, com o tema “Fraternidade e
água”; o aniversário de nascimento da Beata de Carmen Sallés no dia, 09/04 e o Encontro de Páscoa das
Missa de abertura da CF-2004
18
INTEGRAÇÃO
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Junho 2004
turmas da Educação Infantil e 1ª a 4ª série, com o tema
“VIDA NOVA É PASCOA”!
E tendo em vista o “Educar evangelizando e evangelizar
educando”, as coordenações da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e Ensino Médio, elaboraram, em conjunto com os professores, os projetos que foram gradualmente trabalhados com os temas:
“84 anos de presença Concepcionista no Rio de Janeiro” celebrado no dia 10 de março. O aniversário da
escola foi marcado por uma celebração, na quadra, iniciada
pelo hino Nacional, seguida das
palavras da direção, a exposição
do histórico do CMI-RJ, e a apresentação de mensagens, onde
cada turma apresentou uma produção de texto, escolhida através de um concurso, realizado
em sala de aula pelos professores de Português e Ensino religioso. O grêmio também prestou
a sua homenagem com um lindo texto lido pela aluna Danielle
do 2º ano do EM. e uma mensagem visual onde se lia “Parabéns CMI! 84 anos”.
O evento culminou com o canto “Adelante”.
O Colégio Maria Imaculada é muito
importante para mim, porque nele eu estudo e
aprendo a amar a minha escola.
Glória, glória! Já são 84 anos de história!
Parabéns, meu colégio! Felicidades! Somos felizes
por estarmos aqui.
(1ªsérie A – EF)
...”Se eu pudesse daria nota...Nota 10 à educação;
Aqui aprendemos bem rapidinho,
E tudo é pura diversão! ....”
(6ª série)
“Essa Casa onde ensinam, onde aprendo e onde
cresço. Aprendo aqui todos os fundamentos básicos
para ser alguém na vida, não aprendo somente
matérias básicas. Os queridos professores também
ensinam os reais valores da vida. Quem estuda aqui é
abençoado por Maria Imaculada.”
(3ª série do Ensino Médio)
Maria,
fica conosco!
O nascimento de uma criança é semelhante a um
raio de sol que adentra pela janela numa manhã de
inverno. É o sorriso de Deus expresso no semblante
dela. Tudo parece renascer. Assim foi com Maria! E
para sentirmos a sua presença, durante o mês de maio
Maria visitou todas as salas da Educação Infantil e dos
alunos de 1ª a 4ª série do MCS-DF. Numa procissão os
alunos levavam a imagem de Maria da sua sala para
outra, rezavam pela turma que estava recebendo-a e a
turma agradecia com orações e músicas. A atitude dos
alunos foi de respeito, responsabilidade e sensibilidade. Todos fizeram questão de participar levando o
andorzinho ou ofertando uma flor para Maria.
A turma da Educação Infantil apresentou através de
cartazes, Expressão corporal e cânticos, os temas seguintes:
• Maternal e Jardim I – “O que mais gosto da minha
Escola”;
• Jardim II – “Na escola tenho amigos”;
• Jardim III – “Na escola tenho quem me ensina e está
comigo a toda hora”;
• C.A. – “o que aprendo na escola: convivência, respeito, cultura”
CONTINUA
INTEGRAÇÃO
n
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19
PASTORAL
No dia 19 de março, O CICMachado celebrou missa de
abertura do ano letivo ao
comemorar também o dia de
Missa de abertura do
ano letivo
São José.
a
da Fraternidade de 2004 “Água, Fonte de Vida”. Neste
espírito quaresmal, partilhando também a solidariedade
com a proteção e cuidado da natureza, entregamos a
Deus o trabalho deste ano, junto com toda comunidade
educativa, para que a bênção de Deus Uno e Trino nos
acompanhe e proteja testemunhando assim nossa responsabilidade e fraternidade com os irmãos.
O ato penitencial seguiu-se com a entrada dos 3 elementos: Água, Fogo e Terra anunciando que fomos lavados e redimidos com a água do batismo; que recebemos
o fogo do amor de Deus, através do Espírito Santo e do
elemento terra de que fomos feitos.
Ato Penitencial: entrada dos três elementos: água,
fogo e terrra
A introdução da missa assim nos queria comunicar:
O Senhor Jesus nos reúne, como comunidade cristã,
nesta Eucaristia para que renovemos nossa fé, nossa
esperança e nossa caridade. Unidos à liturgia da Igreja,
que hoje celebra o dia de São José, homem justo e fiel
no seguimento da lei do nosso Deus, queremos viver o
espírito deste tempo, que nosprepara através das práticas quaresmais: oração, jejum e penitência para nos
aproximarmos mais do conhecimento de Cristo e purificados de nossos pecados, tornarmo-nos homens novos e
ressuscitados com Cristo na Páscoa.
Abramos nosso coração para entender melhor os apelos que a CNBB nos pede na vivência desta Campanha
Encenação do Evangelho segundo São Lucas (Lc 2, 41-52)
Juntamente com a entrada da Bíblia, vinha a imagem
de São José, que foi colocada no altar. O Evangelho de
São Lucas (2, 41-52) foi encenado pelos alunos.
No momento de ação de graças, os alunos da 2ª série
declamaram o poema Fontes Divinas (leia na página 2).
No encerramento da celebração foi feita a leitura do
Cântico de Daniel.
Campanha Solidária
Momento da entrada da Bíblia
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INTEGRAÇÃO
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Éque
Páscoa!
alegria!
Com o objetivo de desenvolver a solidariedade e
a partilha, os alunos e professores do Ensino Fundamental de 1ª à 4ª séries do CIC-Machado promoveram uma campanha de arrecadação de material escolar, no dia 20 de fevereiro de 2004, em benefício
dos alunos da Escola Estadual Rubens Garcia, através do Projeto Solidário.
Esse projeto foi desenvolvido durante todo o mês
de fevereiro. Os alunos sentiram-se responsáveis,
entusiasmados e gratificados em poder ajudar centenas de crianças carentes do nosso Município.
Atividade
Catequética
o
Os alunos do Infantil a 4ª série do
Colégio Imaculada Conceição –
Passos participaram do I Encontrinho
com Jesus nos dias 06 e 07 de abril.
O tema foi a Páscoa de Jesus e eles
tiveram a oportunidade de conhecer
melhor o verdadeiro sentido desta
data tão especial para os cristãos e
se prepararem para participar com
entusiasmo das celebrações da Semana Santa.
A “Vida Nova” que Jesus nos apresenta através de sua ressurreição, foi
realmente entendida pelos alunos,
que no final do dia
assumiram o compromisso de mudar
e se unir ainda
mais com Cristo.
Durante todo o
período as crianças
tiveram atividades
atraentes e diferentes das do diaa-dia. As crianças
participaram de dinâmicas, trabalhos
em grupos, ouviram música, cria-
ram dramatizações e também participaram de momentos fortes de oração e reflexão.
Os alunos confeccionaram uma linda vela e a levaram para casa como
lembrança desse dia tão especial..
Essas atividades conseguem plantar no coração e na mente das crianças aquilo que Jesus quer nos transmitir a todo momento: paz, amor e
vida nova sempre!
Adriana Faria - Setor de Pastoral CIC Passos
A atividade catequética é uma constante no Colégio Maria Imaculada de
Brasília.
Todos os anos, são preparadas turmas
de catequizandos para receberem os Sacramentos da Crisma e da Eucaristia.
A preparação para o Sacramento da
Crisma é feita durante o Ano Letivo, com
encontros semanais, em horário especial. A catequista é a Coordenadora da Pastoral, Professora Ana Lúcia.
Neste ano 4 jovens da 8ª série foram
crismados. A cerimônia da Crisma foi realizada na Paróquia de Nossa Senhora do
Perpétuo Socorro, unindo todos os jovens
da Comunidade Paroquial.
A preparação para o Sacramento da
Eucaristia é realizada em duas Etapas: 1ª
e 2ª Etapas, seguindo o método Ver, julgar, agir e celebrar. Os Encontros com os
catequizandos se realizam duas vezes por
semana. Cada Etapa tem a duração de
um ano letivo. No final da 2ª Etapa os
catequizandos se unem aos catequizandos
da Paróquia para receberem o Sacramento da Eucaristia.
Neste ano, estão sendo preparados 14
catequizandos de 1ª Etapa, sendo
catequista a Irmã Maria Aparecida de Oliveira.
Participam desta atividade catequética,
os alunos de 3ª e 4ª séries do Ensino Fundamental.
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21
PASTORAL
MOVIMENTO LEIGO CONCEPCIONISTA
CMI-RJ celebra o
Dia das Mães
Mães de alunos da Educação Infantil participam da festa junto a seus filhos
A festa do dia das mães foi um sucesso! Cada turma recebeu as mães na
sua sala de aula. Esse momento foi vivido pelos alunos da educação infantil
(inclusive a educação infantil gratuita) a 4ª série do ensino fundamental. As
mães participaram de várias atividades com seus filhos e receberam o seu
presente e lindas homenagens. O momento foi muito emocionante para
todos.
Missa das Mães
Alunos de 1ª a 4ª série coroam Nossa
Senhora da Missa das Mães
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INTEGRAÇÃO
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Celebrada no dia 08 de
maio, às 18 horas, na Capela do Colégio Maria Imaculada do Rio de Janeiro, um
motivo forte para unir nossos corações ao Coração de
Maria, neste mês mariano e
agradecer a Deus o dom da
existência que dele recebemos por intermédio de nossas mães.
Em louvar a “Mãe das
Mães”, coroamos Nossa Senhora, “Mãe da Igreja” e
“Mãe dos Homens”, fazendo valer a frase que diz:
– Se não a esquecermos,
Ela não se esquecerá de nós,
pois, junto a Deus, a “Mãe
do Salvador”, tudo pode em
nosso favor.
Refletindo e se encontrando
Mãe, um ser pensado por
Deus Pai-Mãe, com amor, para
viver e irradiar amor.
Por isso, para completar o homem,
Deus fez a mulher, mas para
participar do seu milagre da vida,
Deus fez a Mãe.
Para liderar uma casa, Deus fez
a mulher, mas para edificar
um lar, Deus fez a Mãe.
Para estudar e trabalhar, Deus
fez a mulher, mas para guiar uma
criança insegura, Deus fez a Mãe.
Para enfrentar os desafios da
sociedade, Deus fez a mulher,
mas para revelar seu amor,
sua ternura e seu carinho,
Deus fez a Mãe.
Para realizar de forma eficiente
um trabalho, Deus fez a mulher,
mas para formar um caráter,
Deus fez a Mãe.
Mãe, muito mais do
que uma simples pessoa, um ser
capaz de libertar-se, de abrir mão
de suas seguranças, de sair do
centro nas situações diversas da
existência para dar lugar ao filho.
Parabéns pela grandiosa missão
que lhe foi confiada!
Que a exemplo da Mãe de Jesus,
você possa encontrar as luzes
necessárias para formar os corações
de seus filhos à imagem e
semelhança do coração de nosso
Deus que é amor.
No dia 17 de abril, o grupo do Movimento Leigo Concepcionista de São Paulo reuniu-se com os professores e
funcionários do colégio, a fim de participar de uma manhã
de reflexão espiritual.
A manhã foi dinamizada pela coordenadora de pastoral, Márcia Reda e pela diretora, Ir. Carmen De Ciccio. Os
temas refletidos foram: o grau de consideração que as
pessoas nutrem pelo Filho de Deus e qual a “propaganda”
que se faz dele através da própria vida e durante a vida, e
o relacionamento do “Ser consigo mesmo, com Deus e
com o outro”.
O resultado dessa reflexão foi, posteriormente, partilhado. Eis alguns depoimentos recolhidos:
“Na partida da vida, serão os nossos gestos, o nosso
carinho e a tolerância que permanecerão vivos na
memória dos que ficam”.
“Vale a pena viver a vida, mesmo que choremos,
fiquemos decepcionados conosco, com o mundo, pois
ela é uma aventura indescritível”.
sonhar com elas; Jesus nunca desistiu da vida, nem deixou de se encantar com o homem e, acima de tudo, de
amar todos os seus filhos”.
Encerrou-se a manhã de reflexão, com o compromisso de vida e de amizade entre os participantes.
“Ele nos ensinou a viver, mostrou-nos que podemos
vencer as dificuldades e que é preciso ter metas e
Prof. Mary Cesar – CMI - São Paulo
Crescimento contínuo
Iniciamos nossa caminhada no ano de 2003 e seguimos
adiante. Vários estudos e reflexões já foram feitos, inclusive todo o estudo do “Ante-Projeto do Estatuto”. Neste
ano de 2004, já nos reunimos e fizemos o calendário das
reuniões com os assuntos que queremos refletir. Optamos
para fazer um Plano de Estudos bem fundamentado. Inici-
aremos com uma Introdução à Revelação de Deus; As etapas dessa revelação; Jesus Cristo como mediador e Plenitude da Revelação; uma introdução sobre a Igreja – Povo
de Deus, Corpo de Cristo e Templo do Espírito Santo. Estudaremos também, temas ligados a Maria dentro do plano
da Salvação. Para o estudo sobre Maria, elegemos o Doc
da CNBB que fala de forma clara e sintética: A mãe de Jesus; A devoção a Maria;
Maria na Bíblia e nos Dogmas. Os demais
temas, que iremos estudar, serão fundamentados: na bíblia, no Catecismo da Igreja Católica e outros livros interessantes que
falam sobre os assuntos escolhidos. Temos
muito que aprender para fundamentarmos
bem a nossa Fé e toda nossa caminhada
de Leigos Concepcionistas.
Estamos felizes, sentindo e percebendo o crescimento contínuo dos membros
do grupo.
Recanto Betânia
INTEGRAÇÃO
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Junho 2004
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CF 2004
Fraternidade e Água
água
água
fonte de
Água, Fonte de Vida
Vida, Fonte de
Amor e doação
Na tarde do dia 30 de março de 2004, às 16:00h, refletindo um pouco
mais sobre o tema da Campanha da Fraternidade 2004, os alunos do
Ensino Fundamental de 1ª a 4ª séries do CIC-Machado-MG, apresentaram um teatro enfocando as passagens bíblicas que retratam a água
como o símbolo do sagrado, dentre elas o Batismo de Jesus nas águas
do Rio Jordão, a travessia do Mar Vermelho, o Lava-Pés, a Parábola da
Samaritana.
vida
“Louvado sejas, meu bom
Senhor, pela irmã água e
seu valor. Preciosa e casta,
humilde e boa, se corre
um canto a ti entoa
Louvado sejas, pelo irmão
vento e pelas nuvens o ar
o e tempo e pela chuva
que cai no chão, nos dá
sustento Deus da Criação”
Cântico das Criaturas S. Francisco de Assis
A CNBB, atenta aos apelos da sociedade, aborda a questão da água e
sua relação com a fraternidade, com
o lema: “Água, Fonte de Vida”. Dessa forma quer chamar à atenção para
o valor vital da água para os seres vivos, sua importância e a necessidade
da participação popular no gerenciamento da água no Brasil, e mostrar
que, mais que um recurso, ela é um
patrimônio e um bem necessário a
toda a humanidade.
O CIC/Machado-MG, também voltado para as questões sócioambientais e também de pastoral,
convidou o Professor da Escola Superior de Agricultura e Presidente do
CODEMA (Conselho de Desenvolvimento do Meio Ambiente de Machado), Paulo Joaquim de Carvalho Dias,
para ministrar uma palestra para os
alunos do Ensino Médio sobre a Campanha da Fraternidade 2004, no dia
13 de fevereiro de 2004, antecipando o tema.
Na oportunidade, relatou a realidade ecológica do Município, do Estado e do País, com dados estatísticos e informações básicas, procurando conscientizar os alunos de seu pa-
pel e de sua relação com a natureza.
Assim vemos descrito na página 77 do
texto-base 2004:
[...] sendo a água um bem global,
a garantia de seu acesso com qualidade a todos é da responsabilidade
de todos, individual e comunitariamente (aldeias, cidades, regiões e países),numa palavra, da família humana planetária. Isso se fará na base da
cooperação e na busca coletiva da
sustentabilidade.
Lava-Pés
Portanto, somos convidados a participar de um novo tempo na história
da água e impor uma nova atitude e
uma nova postura diante desse contexto.
Devido a relevância do tema da CF/
2004, o texto A Água e a Mística do
Educador de Ensino Religioso foi abordado em reunião pedagógica, no dia
22 de março, Dia Mundial da água,
com o objetivo de refletir mais sobre a
água como um símbolo do sagrado,
pois em todas as religiões e tradições
espirituais, a água tem um significado
mais rico do que seu conteúdo material. Ela simboliza a vida.
O batismo de Jesus
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INTEGRAÇÃO
n
Junho 2004
O nosso planeta é a Terra, mas poderia muito bem se chamar Água, pois esta cobre a maior parte da superfície. Porém isso não significa
abundância de recursos, já que boa parte da
água está congelada nos pólos ou é salgada.
segundo a ONU, metade da população do planeta sofre com falta d´água.O Brasil não está
fora de perigo, apesar de possuir grandes recursos hidrográficos, com a maior reserva de água
doce do planeta, enquanto alguns países da
África e do Oriente Médio sofrem com crônicos
problemas de escassez de água. Por isso, mais
do que nunca, é preciso economizar água. No
Brasil, nossos recursos hídricos abundantes são,
muitas vezes, utilizados de forma inadequada,
com o crescimento desordenado de cidades, poluição de lagos, córregos e rios e, principalmente, pelo desperdício.O desperdício residencial é
o campeão. As maiores vilãs domésticas são as
válvulas convencionais de descarga. Elas usam
40% de toda a água da casa. Cada segundo
que uma pessoa permanece com o dedo na
descarga são 2 litros de água desperdiçados.
Nosso desperdício de água chega a 70% e temos até 78% de consumo de água de uma residência sendo gasto no banheiro. Nas atividades
industriais o consumo é também muito grande:
as indústrias de papel e celulose chegam a gastar
500 litros de água para cada quilo de produto
fabricado. Nas indústrias siderúrgicas, o gasto é
de 600 litros por quilo de aço produzido.
Mudanças de hábito simples para mudar esta
situação: feche a torneira ao escovar os dentes
e ao fazer a barba; não dê descargas prolongadas desnecessárias; não utilize mangueiras para
“varrer” calçadas e quintais; lave o carro com
balde e não com mangueiras; mantenha a torneira fechada enquanto ensaboa louças; não
tome banhos demorados; tenha plantas que
necessitem pouca água no seu jardim; cuide
das instalações hidráulicas de sua casa.e, sobretudo, dê exemplo, começando por você!
O encontro com a Samaritana
INTEGRAÇÃO
INTEGRAÇÃO nn Junho
Junho 2004
2004
25
25
CF 2004
terá como um de seus principais objetivos arrecadar
recursos para construção de poços no nordeste e distribuição de alimentos para entidades carentes da
comunidade.
Água
vida e
Projeto Interdisciplinar do Colégio
Imaculada Conceição de Passos
abordará o tema da Campanha da
Fraternidade de 2004.
ENVOLVIMENTO DA POPULAÇÃO
envolver a população do entorno (rua, bairro, cidade) através de passeata, panfletagem e apresentação de trabalhos elaborados pelos alunos do CIC –
Passos, apresentação de peças de teatro e palestras
(alunos do ensino médio).
n
cidadania
a
A água, é um fator limitante vital para todas as espécies que vivem na terra, inclusive para o homem que, apesar de todo o progresso científico/tecnológico, não consegue viver sem este componente ecossistêmico. No entanto, infelizmente, os humanos parecem não se aperceber
disso.
Abordando o tema da Campanha da Fraternidade
“Água, fonte de vida”, a professora de Ciências Lyana
Oliveira Avelar montou o projeto interdisciplinar “Água,
Vida e Cidadania”, que será desenvolvido durante todo o
ano de 2004.
O projeto já teve início, sendo dividido em quatro etapas:
1. INFORMAÇÃO
–
ENSINO FUNDAMENTAL (5ª. a 8ª. séries)
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n
n
ENSINO MÉDIO:
Sensibilização dos alunos através de filmes ou palestras
ou dinâmicas (levando-se em conta o nível escolar) e
com pesquisa a ser realizada em casa, como gastos
diários, desperdícios, vazamento, etc.
n
2. AÇÃO
–
–
–
–
–
26
INTEGRAÇÃO
n
Junho 2004
Português e literatura: elaboração de textos, poemas,
músicas, slogans e cartilhas.
Inglês: tradução de músicas e frases.
Matemática e geometria: cálculo do desperdício, do
consumo, da capacidade das caixas d’água das casas e
da cidade.
Ciências: a importância da água no meio ambiente e
para os seres vivos.
História: a evolução da captação da água.
Geografia: rios, oceanos e mares – nascentes, foz, aproveitamento econômico, energético e para a agricultura
e pecuária.
Educação artística: cartazes e maquetes.
Educação física: importância da hidratação após atividade física e gincana.
montagem de peças de teatro, redações, slogans, músicas, poemas e cartazes.
busca de soluções para os problemas levantados na pesquisa realizada em casa.
elaboração de um gibi (alunos de 1ª a 4ª séries) e de
uma cartilha (5ª a 8ª séries), contendo informações sobre a água, sua importância, origem, manutenção, tratamento e preservação.
gincana a ser elaborada pela equipe de educação física.
ações conjuntas de todos os professores, fazendo um
estudo sobre a água, dentro de sua disciplina.. Seguem
exemplos de trabalhos que estão sendo realizados:
n
O projeto na sua elaboração contou com a participação da Profª Drª Sônia Lúcia Modesto Zampieron,
doutora em ecologia e mãe de alunos do CIC.
Um exemplo de realização concreta deste projeto foi a carreata “Água – Fonte da Vida”: No dia 22
de Março de 2004, Dia Mundial da Água, a comunidade educativa do CIC promoveu uma carreata que percorreu toda a cidade de Passos, distribuindo panfletos e adesivos. A concentração ocorreu em frente ao Ginásio
Poliesportivo do CIC e após passar pelas principais avenidas da cidade, a carreata terminou em frente à Prefeitura,
onde um coral de alunos do Segmento I encerrou o evento
de forma brilhante, emocionando a todos.
As famílias dos alunos demonstraram cidadania e consciência ecológica, aderindo e participando ativamente.
Corpo de Bombeiros, SAAE, autoridades, motoqueiros, toda
a população saiu às ruas para conferir e incentivar... Tamanha adesão demonstrou que basta tomar iniciativas
concretas para colher resultados importantes: conscientização, mobilização, preservação...
Nunca é demais lembrar que as previsões para a questão da água são sombrias: a permanecerem os atuais níveis de consumo e poluição, em 20 anos, não haverá mais
água potável no planeta! Portanto, é nosso dever não só
preservar, mas conscientizar a todos!
levantamento de dados estatísticos (número de casas
sem água encanada, sem
rede de esgoto, sem banheiros) realizado na rua do
Valinho, em Passos.
busca de soluções para
os problemas levantados
acima.
3. ENVOLVIMENTO DOS
PAIS
n
n
Apoio e participação na
apresentação dos trabalhos
elaborados pelos filhos.
A Festa da Família, tradicional evento realizado anualmente no CIC, este ano
CONTINUA
INTEGRAÇÃO
n
Junho 2004
27
CF 2004
PROJETO
ÁGUA
Aproveitando o tema Àgua, Fonte de
Vida, o CMI-RJ desenvolveu projeto que
envolve pesquisa, análise e
s
sistematização do conhecimento
“Se queremos uma educação personalizada, é indispensável que busquemos os meios, conforme a idade dos educandos, o que sabem ou não fazer, o que são capazes de
fazer, os meios para que se coloquem em atividade. “
Diante da perspectiva do século XXI, nota-se que a dinâmica da demanda sócio-técnico- cultural é muito veloz.
Face a isso, muitos conteúdos que estão em evidência, às
vezes, não estão no bloco temático, abordado naquele
momento. Daí lançar mão dos projetos, pelos quais os alunos irão aprender, fazendo a pesquisa, selecionando e sistematizando esse material, construindo o saber cada um
com seu ritmo de labor e integrando a sua produtividade
no grupo em que está inserido para apresentar a tarefa.
28
INTEGRAÇÃO
n
Junho 2004
Aproveitando a Campanha da
Fraternidade, utilizamos o tema para
desenvolver o Projeto Água. As turmas do Ensino Médio foram divididas em grupos (escolhidos pelos próprios alunos) de no máximo cinco
componentes, com o tema separado
em cinco itens, e, a cada passo, o
processo é avaliado através da entrega de um relatório. No relatório
inicial, o grupo apresenta o organograma de ação; a responsabilidade
de cada componente; dia das reuniões e local (de preferência na própria Escola, fora do horário das aulas); as visitas à Biblioteca da escola;
os sítios e portais consultados na
internet; o cálculo do custo do projeto; levantamento do material que
será usado na construção da
maquete ( estimular o uso de material reciclado).
Noutro momento, os grupos apresentam o esboço da
maquete; consultam o Orientador (Professor) e os professores das outras áreas de construção do conhecimento para
consubstanciar a teoria, porque quanto mais original, melhor e acrescenta peso na avaliação.
Na avaliação deverá ser observada a criatividade, a originalidade, a estética, a participação da equipe em todos
os momentos da apresentação, a postura comunicativa, o
recurso de vocabulário incorporado, a organização e a
objetividade.
Na Proposta Educativa Concepcionista, que tem como
meta a personalização do educando e seu desenvolvimento integral, o desenvolvimento de projetos é um momento
didático conhecido na linha fauriana como trabalho independente que tende a evoluir para o outro passo que é a
síntese pessoal; também é preciso considerar que a avaliação ocorre em todo o processo através da tomada de
consciência.
Professor Ramão Figueira Gutierrez – História; Licenciatura Plena em História; Especializado em Docência Superior; Especializado em Gestão.
Gesto Concreto
n
No momento em que a Campanha da Fraternidade foi
lançada, o Colégio Madre Carmen Sallés-DF iniciou os
trabalhos através do projeto feito por todos os educadores,
no início do ano. A partir da Educação Infantil ao Ensino
Médio todos os educadores fizeram propostas de trabalhos
a serem desenvolvidas nas mais diversas disciplinas.
O ponto forte do projeto se concentrou no gesto concreto, que consiste na construção de cisternas no semi-árido.
A Cáritas Brasileira foi convidada para bater um papo com
os nossos alunos, dando maiores informações sobre a situação de vida das pessoas que moram nas regiões semiáridas do nosso País. Concederam-nos materiais para que
pudéssemos saber o que é necessário para a construção de
uma cisterna. Com o desejo de ajudarmos as famílias, nos
propusemos arrecadar recursos financeiros para a construção de cisternas.
Muitos pais do nosso colégio ficaram sensibilizados com
o nosso gesto concreto e resolveram, por conta própria,
fazerem as suas doações diretamente na conta da Cáritas. Para que todos pudessem
perceber mais a importância da água na vida de todo ser vivo, realizamos, com a
participação de todo colégio, a semana da água, que aconteceu de 15 a 22 de
março. A programação foi extensa e bem participativa. Pretendemos trabalhar com
o gesto concreto até o mês de outubro, para que possamos ter um resultado satisfatório,
construindo não apenas uma cisterna, mas o que for possível.
Momento
marcante
o
O tema da CF de 2004, “Fraternidade e Água”, nos leva a refletir sobre
a grave situação pela qual estamos passando: a escassez de Água em
nosso planeta.
Todos os meios de comunicação estão abordando este assunto, aproveitando a ocasião para dar dicas que visem ‘a preservação deste bem
gratuito e de inestimável valor.
Reconhecendo a relevância que tem sobre a conscientização da conservação ambiental, o Centro Educacional “Recanto Betânia,” iniciou
um trabalho pedagógico que objetiva oferecer aos educadores suporte
para que se apropriem das causas, efeitos e reversão da problemática em
questão.
Um momento marcante deste trabalho foi a Caminhada Ecológica que realizamos no dia de São José
com as professoras e alunos da primeira Fase do Ensino Fundamental, à Represa de Guarapiranga, que
fica próxima a Chácara Recanto Betânia. Foi possível ver de perto a questão crucial em que se encontra esta Represa que abastece parte da grande São
Paulo. Este dia foi muito especial, pois através deste momento de introspecção, foi possível trazer
paralelamente à religiosidade a importância da ação
reparadora nas áreas, que por inúmeros motivos,
apresentam carência de cuidados, como a Água –
que acima de cuidados, é “FONTE DE VIDA”.
INTEGRAÇÃO
n
Junho 2004
29
AÇÃO COMUNITÁRIA
e
Experiência bonita também está
sendo a de um pai, Sr. Erasmo, pintor
nato, que está ensinando nossos alunos essa grande arte. A empolgação
dos alunos é geral. Sr. Erasmo se envolveu de tal forma com os alunos que
quer dar continuidade ao trabalho, o
que muito agradou a todos. Sua experiência de vida pode ser uma lição
para todos nós e pode ser conhecida
através de seu próprio relato pessoal:
Voluntariado
parceria certa
No Recanto Betânia, pais,
mães, antigos alunos e os
próprios alunos voltam à
escola , participando de
projetos que beneficiam a
comunidade
q
Quando o assunto é a Escola Recanto Betânia, todos ficam atentos.
Neste ano de 2004, vários voluntários se aproximaram de nossos trabalhos na Escola.
Muitos trabalhos estão sendo realizados com os alunos. Com a orientação de Sandra, Mãe do aluno Rafael
do Pré, os alunos aprenderam a fazer sabonete líquido, que ofereceram
de presente para as mães. Confeccionaram desde a caixa do presente,
com garrafa Pet, até o líquido que foi
colocado no vasilhame. Se você quiser pode aprender também. A receita segue ao lado.
Este trabalho desperta o interesse
dos alunos para aprenderem de forma concreta e desenvolve neles a
vontade de lutar e batalhar para vencer as dificuldades encontradas no dia
a dia como também oferece mais uma
possibilidade de complementação do
orçamento familiar.
Sabonete
Líquido
1 litro de base p/ sabo
nete líquido
200 ml de água destilad
a
20 ml de essência a ba
se de óle
Corante líquido a base
o
de água
Modo de preparo:
Misturar todos os ite
ns suavemente
para não espumar e en
vasar.
Obs: deve-se calcular 5
medidas de base
para 1 medida de água
.
5 medidas de 200 ml
= 1000 ml ou 1 L.
1 medida de 200 ml (ág
ua).
30
INTEGRAÇÃO
n
Junho 2004
Uma lição de Vida
”Nasci em Pernambuco. De família pobre e sem recursos tive que ajudar minha família a manter-se. Mas
na minha cabeça eu tinha um sonho:
ser pintor e, sempre que saía com meus
pais, observava painéis e placas de
propagandas e ficava vislumbrado.
Cada vez que me deparava com algo
escrito ou algum desenho, observava
bem e via que tudo era muito lindo e
maravilhoso e logo me apressava em
dizer a minha mãe: quando eu crescer vou desenhar como esses homens.
Mas a resposta de minha mãe era
sempre a mesma: “filho, a mãe é
pobre, não pode pagar para você se
formar”, no que eu retrucava: mas,
mãe eu serei um desenhista.
O tempo passou e em 1972 meu
pai faleceu e a vida na nossa família
ficou ainda mais difícil. Aos 12 anos,
iniciei meu primeiro emprego para
ajudar em casa. Trabalhei como soldador elétrico em uma serralheria e
tive a sorte de adquirir experiência no
trabalho.
Aos 15 anos tomei uma decisão.
Deixei a serralheria para trabalhar com
placas e faixas. Logo no início fui reconhecido como o melhor da praça.
Era proclamado por todos, mas o que
eu queria mesmo era ir vencendo os
obstáculos.
Em 1984, já mais velho e com um
pouco mais de experiência, viemos
morar em São Paulo. Era a hora da
DECISÃO e como acredito em Deus,
vi que seus Planos a meu respeito iriam se realizar. Depois de um ano e
meio em São Paulo, iniciei um novo
emprego numa estamparia de Silk
Screen. Lá tive a oportunidade, pela
vontade de Deus Criador, de aprender o trabalho e de ser logo promovido de impressor para encarregado da
estamparia. Sempre procurei fazer um
trabalho sério e com humildade.
No ano de 1986 casei-me com
Madalena e tivemos duas filhas maravilhosas que têm a graça de estudar no Centro Educacional Recanto
Betânia, onde os educadores são verdadeiros mestres. Esta escola é tudo
para minhas filhas e para toda a nos-
sa família. O trabalho missionário que
as Irmãs Concepcionistas realizam com
os alunos e seus familiares é de um
bem incalculável para toda a comunidade local.
A vida sempre me reservou surpresas e nesse vai e vem pude realizar o
meu sonho maior, que na realidade
já era uma coisa nata, pois pintar já
era em mim uma questão que vinha
de dentro para fora. Havia estudado
só até a 5ª série, mas mesmo assim
pude fazer um curso de Desenho Artístico e Publicitário, na Escola Padre
Réus, em Santa Cruz do Sul. Hoje exponho meus quadros e vivo do meu
trabalho. E qual não foi minha surpresa quando minha filha chegou da escola com um recado das professoras
de artes convidando-me a ir à escola
dar noções aos alunos das 5ª séries,
de como pintar uma tela à óleo. Foi
tão gratificante a experiência, ao ver
a empolgação dos alunos, que me senti vencedor. Foi realmente um fato
notável em minha vida e que vai fazer parte de minha história. Esta foi
uma das mais emocionantes fases de
minha vida. Jamais poderia imaginar
que teria condições de transmitir ou
passar para alguém um pouco do que
AMO e GOSTO de fazer. Sabem da
maior? Com o incentivo do pessoal do
Recanto Betânia, estou pensando seriamente em voltar a estudar...
Erasmo Pedro da Silva – pai das alunas
Noemi e Rute, do Centro Educacional Recanto Betânia
INTEGRAÇÃO
n
Junho 2004
31
PEDAGOGIA
O professor e o desafio da
informática educativa
A utilização dos recursos da informática tornam os
conceitos e fatos mais próximos do dia-a-dia do aluno
o
O computador vem sendo usado
para enriquecer a prática pedagógica e está presente em vários momentos, seja na construção de pesquisas,
seja para fazer buscas na Internet ou
em CDs, na produção de textos, no
uso de software pedagógico, nos desenhos no Paint, nas produções
diversificadas dentre outros. Mas assim como o livro ou qualquer material didático, o computador é apenas
um meio.
A diversidade do ambiente
computacional enriquece a imaginação dos alunos e desperta a curiosidade, tornando o português, a matemática, os conceitos e fatos históricos, mais próximos do seu dia a dia.
Um dos maiores obstáculos à
informatização são alguns professores que apresentam resistências, muitas vezes ligadas a um problema cultural. No Brasil, pertencem a uma
classe profissional em que a média
da faixa etária beira os 50 anos; por-
32
INTEGRAÇÃO
n
Junho 2004
tanto, precisou se adequar e incorporar a tecnologia, em contrapartida,
seus alunos nascem numa era tecnológica.
A informática tem que ser vista
apenas como um recurso tecnológico
que invadiu também a escola, mas o
mais importante é o que está dentro
dessa ferramenta e como pode ser
aplicado ao desenvolvimento das áreas de aprendizagem.
Para isso, o treinamento dos professores deve ser constante, pois são
eles que, a partir do conhecimento,
decidem qual aplicativo usar.
Se o trabalho for bem aplicado e
orientado pelo professor, possibilitará
um crescimento integral do aluno, que
irá desde o manuseio do mouse até
produções textuais e pesquisas na
Internet.
É interessante ressaltar que a
digitação de textos possibilita o treinamento do uso das letras maiúsculas e minúsculas, a transposição de
letras, a correção
ortográfica, a organização espacial
através da separação das palavras e o
uso correto da folha. Isso desperta no
aluno a criatividade, independência e
auto-estima, alcançadas pela possibilidade de criar e movimentar o texto
sem danificar a folha, podendo sempre reconstruir a partir de seus “erros”.
A informática educativa produz toda
uma preparação que leva ao domínio
dos conteúdos e ao uso dos recursos
disponíveis, bem como aumenta o interesse do aluno pelo conteúdo e suas
abordagens. Há uma constante parceria entre professor / aluno / sala de
aula / informática.
O computador não é, por si só, portador de inovação nem fonte de dinâmica no sistema educativo. Pode, sim,
ser um instrumento vazio, que valoriza a forma, obscurece os conteúdos e
ignora os processos. Torna-se um belo
instrumento de inovação, se
centrarmos a nossa atenção no
“como” se produz e nos questionarmos sobre “o que” e “como” ensinarmos; se permitirmos aos alunos
uma autonomia progressiva na aprendizagem; ele não se tornará veículo
de padronização, mas sim um meio
de criatividade e um instrumento de
criação.
O professor e o computador funcionam então, como mediadores entre o
aluno, o conhecimento e um mundo
globalizado.
Clodoaldo – Técnico de Informática do
Colégio Maria Imaculada de Brasília.
Verônica – Pedagoga, Professora de 4ª
série do Colégio Maria Imaculada de
Brasília
A valorização da
Diversidade Cultural
c
Conceitos, aprendizagens significativas, teoria da elaboração, calendários, horários, diversidades, procedimentos, enfim, planejamentos. Temos sempre que estar planejando algo
a fazer.
Planejar é a palavra que virou
modismo em nosso meio. Todos falam, mas poucos a executam com
seriedade, mesmo quando se fala
voltado para a educação, pois o trabalho daquele que ensina é complexo, muito mais, quando se pretende
fazer uma adaptação constante da
escola ao mundo.
Quando se menciona planejar, significa parar para refletir sobre a nossa prática pedagógica, a nossa qualidade de vida e o convívio de cada
indivíduo na sociedade.
Com base nos questionamentos
sobre o convívio social entre os indivíduos, foi que surgiu a necessidade
de planejar a “diversidade”, as diver-
Trabalhar as distinções e
individualidades, ajudando
os alunos a respeitar,
compreender, valorizar e
aceitar as mesmas
gências de cada ser que contribuem
para o crescimento individual do homem.
Ao imaginar um mundo homogêneo e sistemático em sua dinâmica,
percebe-se que seria destituído de
beleza e encanto. Só reconhecer ou
identificar que as pessoas são distintas não basta, é preciso respeitá-la.
Pode-se respeitar as desigualdades
desde a educação infantil, no qual as
crianças passam a se analisar e a observar mutuamente as diferenças de
cada um, como por exemplo, a cor
da pele, dos olhos, dos cabelos, enfim, passam a diferenciar elas mes-
mas das outras, mas sem rejeitá-las.
Exemplo claro dessas diferenças, é
a personagem do nosso livro didático, a conhecida Tia Bete, que viaja
por vários lugares percebendo a vasta diferença entre as culturas de nosso País.
Com a ajuda de uma educação
concepcionista, conseguimos trabalhar as distinções e a individualidade
de cada um, ajudando o aluno em
seu desenvolvimento, reconhecendo
a disparidade entre os grupos, tendo que respeitar, compreender, valorizar e aceitar as mesmas.
Diversidade inclui todos e não exclui ninguém. Inclui todas as características que fazem com que sejamos únicos e em crescimento continuo, na busca do bem estar e da
sabedoria em proporcionar a evolução do homem.
Portanto, a escola precisa entender que cada cultura é uma cultura,
não há melhores nem piores, quando se vive experiências distintas,
umas ensinam as outras, ou aprendem com as outras. Para nos descobrirmos precisamos nos mirar no outro, compreender o outro para nos
compreendermos.
“O importante e bonito do mundo é
isso: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram
terminadas,mas que elas vão sempre mudando.Afinam e desafinam.”
Guimarães Rosa
Daniela Gardino, graduanda em Pedagogia é Professora de Educação Infantil do
Colégio Maria Imaculada de Brasília.
INTEGRAÇÃO
n
Junho 2004
33
PEDAGOGIA
O desenvolvimento da criança na
Educação pré-escolar
A educação tem por função
criar condições para o
desenvolvimento integral do
educando, considerando
as possibilidades de
aprendizagem próprias das
a
diferentes faixas etárias
As crianças possuem uma natureza singular, que as caracteriza como
seres que sentem e pensam o mundo
de um jeito muito próprio.
No processo de construção do conhecimento, as crianças se utilizam
das mais diferentes linguagens e exercem a capacidade que possuem de
terem idéias e hipóteses originais sobre aquilo que buscam desvendar.
Nessa perspectiva as crianças
constróem o conhecimento a partir das
interações que estabelecem com as
outras pessoas e com o meio em que
vivem. O conhecimento não se cons-
34
INTEGRAÇÃO
n
Junho 2004
titui em cópia da realidade, mas sim,
fruto de um intenso trabalho de criação, significação e ressignificação.
Para que a criança desenvolva suas
capacidades de maneira heterogênea, a educação tem por função criar condições para o seu desenvolvimento integral, considerando as possibilidades de aprendizagem próprias
das diferentes faixas etárias. Para que
isso ocorra, faz-se necessário uma atuação que propicie o desenvolvimento
de capacidades de ordem física,
afetiva, cognitiva, ética, de relação
interpessoal e inserção social.
n
n
As capacidades de ordem física
estão associadas à possibilidade de
apropriação e conhecimento das
potencialidades corporais, ao autoconhecimento, ao uso do corpo na
expressão das emoções, ao deslocamento com segurança.
As capacidades de ordem cognitiva estão associadas ao desenvolvimento dos recursos para pensar,
o uso e apropriação de formas de
representação e comunicação envolvendo resolução de problemas.
n
As capacidades de ordem afetiva
estão associadas à construção da
auto-estima, às atitudes no convívio social, à compreensão de si
mesmo e dos outros.
·n As capacidades de ordem estética
estão associadas à possibilidade de
produção artística e apreciação
desta produção oriundas de diferentes culturas.
n
As capacidades de ordem ética
estão associadas à possibilidade de
construção de valores que norteiam
a ação das crianças.
n
As capacidades de relação
interpessoal estão associadas à
possibilidade de estabelecimento
de condições para o convívio social. Isso implica aprender a conviver com as diferenças de temperamentos, de intenções, de hábitos e costumes, de cultura, etc.
n
As capacidades de inserção social
estão associadas à possibilidade de
cada criança perceber-se como
membro participante de um grupo de uma comunidade e de uma
sociedade.
Para que se possa atingir os objetivos é necessário selecionar conteúdos
que auxiliem o desenvolvimento dessas capacidades.
n
1. CONTEÚDOS
·
Conceituais - referem-se à construção ativa das capacidades para
operar com símbolos, idéias, imagens e representações que permitem atribuir sentido à realidade.
· Procedimentais - referem-se ao
saber fazer. A aprendizagem de
procedimentos está diretamente
relacionada à possibilidade de a
criança construir instrumentos e
estabelecer caminhos que lhes
possibilitem a realização de suas
ações.
· Atitudinais - tratam dos valores,
das normas e das atitudes.
n
2. OBJETIVOS GERAIS DA EDUCAÇÃO INFANTIL
ALFABETIZAR é copiar palavras? Fazer letra bonita? Saber o nome das
letras? Assinar o próprio nome?
Descobrir o significado das coisas
escritas? Copiar um bilhete? Quando é que pode dizer que uma pessoa está alfabetizada?
n
n
n
n
·n
desenvolver uma imagem positiva
de si, atuando de forma cada vez
mais independente;
descobrir e conhecer progressivamente seu corpo, suas potencialidades, seus limites;
estabelecer vínculos afetivos e de
troca com adultos e crianças;
estabelecer e ampliar, cada vez
mais, as relações sociais;
observar e explorar o ambiente
com atitude de curiosidade;
n
brincar, expressando emoções, sentimentos, pensamentos, desejos e
necessidades;
utilizar as diferentes linguagens
(corporal, musical, plástica, oral e
escrita) ajustadas as diferentes intenções e situações de comunicação;
conhecer algumas manifestações
culturais.
3. AMBIENTE INSTITUCIONAL
O ambiente de cooperação e respeito entre os profissionais e entre
esses e as famílias favorece a busca
de uma linha coerente de ação.
4. A ALFABETIZAÇÃO
O QUE É ALFABETIZAR? É Dar instrução primária, desenvolver as
quatro competências lingüísticas
básicas: FALAR, ESCUTAR, LER E
ESCREVER.
O educando está alfabetizado
quando decifra mecanicamente a correspondência entre grafemas e
fonemas e executa cópias. Esse tipo
de trabalho não oferece condições
para que o professor possa questionar
os motivos pelos quais alguns alunos
conseguiram conquistar a linguagem
e outros não. Não há um entendimento sobre como a criança se relaciona
com o objeto da aprendizagem, que
é a língua.
Uma aprendizagem mecânica do
ler e escrever, que não se apóie em
idéias e conhecimentos adquiridos pela
criança sobre a língua escrita, que não
venha acompanhada de uma real
compreensão dos usos e funções da
linguagem, que não esteja sustentada em um interesse em comunicar e
compreender, é seguramente inútil. É
trabalhar objetivando somente um
decodificador do código lingüístico. É
treinar um copista, que não conseguirá expressar-se por meio da escrita.
IMPORTANTE: O processo de ensino-aprendizagem para alfabetização
deve ser organizado de modo que a
leitura e a escrita sejam desenvolvidas por intermédio de uma linguagem
real, natural, significativa e vivenciada.
A criança precisa sentir a necessidade da linguagem e o seu uso no diaa-dia. Assim, a assimilação do código
lingüístico não será uma atividade de
mãos e dedos, mas sim uma atividade de pensamento, uma forma complexa de construção de relações. A
preocupação em desenvolver a linguagem escrita e não a escrita das
letras deve ser uma constante.
Tema discutido na reunião de Pais do
Ensino Infantil realizada no dia 04 de
março de 2004, do CIC-Machado,
quando foi apresentada a missão e o
carisma concepcionistas, abordando a
Pedagogia de Jesus, a Educação Preventiva de Madre Carmen Sallés e as
características das fases do processo
educativo de cada nível de ensino (de
3 a 6 anos).
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
CÓCCO, Maria Fernandes & HAILER, Marco Antônio. ALP - Alfabetização - Análise,
Linguagem e Pensamento: um trabalho de
linguagem numa proposta sociointeracionista. São Paulo: FTD, 1995.
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil - Introdução - Vol. 1, Brasília,
1998.
CONTINUA
INTEGRAÇÃO
n
Junho 2004
35
PEDAGOGIA
Sala-Ambiente:
volve-o no processo de ensino-aprendizagem, torna-o mais comprometido
e motivado, além de possibilitar sua
interação com o meio de forma a
mobilizar suas potencialidades em busca de autonomia e do desenvolvimento de habilidades sociais.
Atualmente o projeto já faz parte
da rotina dos alunos de 5ª a 8ª séries
e de seus professores, que vêm construindo uma prática pedagógica voltada para as novas necessidades do
ensino que enfatizam o aluno como o
principal responsável por seu aprendizado, no qual o professor é o
facilitador desse processo.
Português
um espaço diferenciado que reune teoria e prática
Desenvolvido pelo CMSDF, o projeto de
implantação das salasambiente favorece a
participação ativa do
aluno em aula, envolve-o
no processo de ensinoaprendizagem e torna-o
mais comprometido e
motivado
36
INTEGRAÇÃO
n
Junho 2004
o
O Projeto de implantação de salasambiente no Colégio Madre Carmen
Sallés de Brasília, iniciou-se a partir de
uma inquietação e da necessidade de
mudança por parte dos educadores,
motivada pela postura de indiferença
dos alunos, sua falta de interesse frente aos estudos, pela disponibilidade de
espaço físico e pela adequação à proposta de Educação Concepcionista.
No início, pensou-se em preparar
os alunos para as mudanças que tínhamos planejado. Antes do recesso
de julho, colocaram-se cartazes pela
escola, instigando os alunos para as
novidades que iriam acontecer na volta às aulas. O projeto foi implantado
em agosto de 2003.
Durante o recesso, os professores
organizaram suas salas com o material disponível na escola, livros, estantes, mapas, vídeo, televisores e outros. Embora ainda não se tenha tudo
que foi idealizado, já se avançou muito
e existe motivação de professores e
direção para que o projeto evolua.
No início do novo semestre letivo
os alunos foram comunicados sobre
as mudanças referentes às salas e orientados sobre o seu funcionamento:
locais das salas, como fazer o deslocamento pelos corredores e escadas,
onde deixar o material na hora do recreio e durante as aulas de educação
física e outros combinados.
Todas as orientações foram passadas verbalmente e por escrito para os
alunos, que receberam também um
mapa com o horário e o número de
cada sala para que se habituassem ao
novo modelo. Tratou-se também de
sinalizar salas e corredores para facilitar a orientação.
Dois meses após a implantação das
salas-ambiente, fez-se uma avaliação
escrita, com alunos e professores. Os
resultados foram divulgados aos professores que ficaram cientes dos pontos que poderiam melhorar e se responsabilizaram pela comunicação às
turmas.
A implantação das salas-ambiente
veio confirmar que favorecem a participação ativa do aluno em aula, enCONTINUA
A sala-ambiente de Português está organizada e equipada com material
adequado e necessário para a realização de atividades previstas e
diversificadas: atividades coletivas,
conduzidas pela orientação do professor ou de um aluno ou de um grupo;
atividades em pequenos grupos que
se formam espontaneamente; atividades individuais que ocorrem por ocasião dos momentos personalizados de
estudo: quando da produção de um
texto, da consulta a uma gramática,
da resolução de exercícios ou da leitura de um texto.
Nesse espaço próprio, uma nova dinâmica no ensino da língua é criada,
baseada no diálogo, na iniciativa, na
responsabilidade, na participação, no
respeito mútuo, no desejo de construir
e de descobrir. (Professora Nidete)
Ciências
Na sala-ambiente de Ciências encontram-se dispostos em cima das bancadas vários materiais ligados à disciplina: esqueleto humano, maquete
dos sistemas digestório, cardiovascular, etc., cartazes e livros paradidáticos. O aluno pode manusear esses
materiais, o que favorece descobertas através de sua própria investigação.
História
Trabalhar com sala-ambiente é gratificante. É um cantinho (espaço) organizado com estante e armário, onde
o aluno dispõe de livros didáticos e
paradidáticos, mapas, revistas, material para trabalho em grupo e/ou individual, como papéis, jornais, tesoura,
cola, canetinhas, etc.
Trabalhamos a autonomia, a socialização, cooperação, normalização...
e com isto me torno facilitadora na
construção de um cidadão consciente
e responsável. (Professora Odysséa)
Inglês
A sala-ambiente facilita bastante o dia-a-dia de professores e alunos. Os professores passam a contar com todos os recursos didáticos reunidos em um mesmo local
e os alunos passam a utilizar esses
recursos em um ambiente totalmente adaptado para uma melhor
aprendizagem.
Os professores de Língua Inglesa finalmente podem trabalhar
com recursos de áudio e vídeo que
anteriormente demandavam deslocamentos demorados e riscos
operacionais de toda ordem. A
sala-ambiente está decorada com
cartazes, bandeiras, listas e outros
recursos do gênero visando a criar
uma atmosfera ligada ao conteúdo. Ali os professores têm total liberdade para criar grupos de conversação, duplas para tarefas de
produção e até mesmo agrupar os
alunos em círculos sem se preocupar com problemas de atraso e
transtornos para os outros colegas.
Geografia
A sala de Geografia é um lugar
onde temos mapas, livros, reportagens geográficas e trabalhos dos alunos que podem ficar expostos, pois a
sala é “só nossa”. Podemos trabalhar,
pesquisar e estudar à vontade, a sala
é ampla e com recursos didáticos disponíveis. (Professora Eloísa)
Matemática
Na sala de matemática os alunos
encontram o material adequado para
a promoção da aprendizagem. (Professora Solange)
INTEGRAÇÃO
n
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PEDAGOGIA
Você e a Mídia
no divã
Não podemos dizer que
a mídia fugiu do
controle. Esse tipo de
explicação nos cega.
Podemos dizer que
nossa essência e nossos
valores reais nos
escaparam
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INTEGRAÇÃO
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Poderia escrever inúmeras razões
dos aspectos negativos e deturpados
a que você, os jovens e as crianças
assistem. Poderia descrever que a geração passada foi educada por vários
slogans e jingles cantados na TV.
Quem não foi se deitar (na nossa geração) quando aparecia aquele menino de camisola, touca e uma vela na
mão, indo dormir com a música de
fundo: “Já é hora de dormir, não espere a mamãe mandar...” Os papéis
se misturavam e nós da velha guarda, obedecíamos à TV. A propaganda dos cobertores Paraíba absolvia os
pais no não-envolvimento de uma
hora tão traumática como é o de
mandar os filhos dormirem.
As crianças e os jovens de hoje
nasceram em uma cultura de imagens
muito maior que a nossa, e com isso,
como na década de 60, obedecendo
à ordem dos cobertores Paraíba de irmos dormir, a mídia permanece com
sua presença envolvente com as quais
passamos boa parte de nossas vidas.
Não podemos dizer que a mídia
fugiu do controle. Esse tipo de explicação nos cega. Podemos dizer que a
nossa essência e os nossos valores reais é que nos escaparam.
Os “cortesões” da mídia tornam o
seu tempo livre sem direito a intervalos, fazendo-nos sentir reis, atendidos
o tempo todo e com o direito divino
da escolha.
As imagens da TV cobram a nossa
atenção, mas não agem com reciprocidade. A luz é mais forte que a realidade, sendo difícil desviar os nossos
olhos. Temos a doce ilusão de que a
compramos e a possuímos. Como
gente, com quem passamos “tempo
ao vivo”, as personagens virtuais da
tela têm identidades e despertam as
nossas emoções.
Se nossas emoções são frágeis,
sem a base interna preenchida pelo
reforço da auto-estima, do prazer de
gostar de estar conosco, deixamos nos
levar pelas janelas agradáveis de ver
o mundo e de nos escapar por ela.
Cada novo clique, cada nova imagem, nos reporta às novas tecnosurCONTINUA
presas. Um bom livro de romance, uma
novela na TV nos fazem ficar só de um
jeito novo.
Os adultos necessitam de objetos ou
atividades que os fascinam, assim como
quando eram crianças. Muitos abandonaram boa parte da sua capacidade de
brincar, mas nunca totalmente. A TV, o
computador, os CD´s, o carro, os livros
nos prometem esse prazer.
Como transformar a Televisão
num aliado da família
1º) Censurar (sem medo da palavra) os programas que considerem
inadequados, especialmente quando as crianças são pequenas; ir
liberando aos poucos novos programas, à medida que a criança
cresce e os pais percebem que ela já tem maturidade para assistilos;
A sociedade moderna anseia por excitações, sensações extremadas pela
maior rapidez de suas mudanças. Satisfazer esse anseio pode trazer alívio, mas
é temporário.
Estamos vivendo em uma cultura de
sensações.
Os romanos acreditavam que o sentimento emanava do objeto. Quando
falamos em um objeto ou uma atividade divertida, sabemos que o processo
indicado pela palavra divertir acontece dentro de nós mesmos.
Os telespectadores habituais, que ligam a TV, não se importam com o que
está passando e a deixam ligadas como
pano de fundo, especialmente para não
terem que conectar com o que mais os
incomodam e com o não-envolvimento
com eles próprios.
Chegou o momento de pausa. Chegou o momento de nos deitarmos no
divã e descobrirmos o que nos inspira
internamente a nos doar, a viver, a
ser.
Vania Prosdocimi – Pedagoga pós-graduada
em Supervisão e Orientação, Pedagogia Empresarial e Orientação Profissional; Coordenadora do Colégio Regina Pacis – Belo Horizonte
2º) Estabelecer (de preferência, em conjunto com os filhos) o número
de horas e quais os programas que podem assistir diariamente e
em que horários: é importante que a criança saiba que há uma
organização que ela tem que seguir. Por exemplo, na volta da
escola, pode ver tais programas até as 15 h, para descansar e
relaxar. Depois, deve estudar e fazer as tarefas escolares. Em seguida, a tal hora, vai para a aula de natação; na volta, pode ver
televisão de novo até tal horário;
3º) Zelar para o cumprimento das regras estabelecidas (mesmo quando os pais ficam ausentes o dia todo, o telefone ajuda a verificar o
que a criança está fazendo: ou falando diretamente com ela, ou
com quem a fica acompanhando);
4º) Substituir algumas das horas em que estão frente à TV, sobretudo
aquelas em que percebem que a programação é inadequada à
criança, por outras atividades a serem feitas em conjunto por pais e
filhos (que tal um campeonato de videogame ou disputarem uma
partida de xadrez eletrônico? Garanto que as crianças vão a-m-a-r!
Às vezes a gente fica só reclamando da falta de qualidade, mas
não muda de canal, nem desliga a TV...);
5º) Reservar um tempo diário, mesmo que restrito, para assistir com a
criança a um dos programas prediletos. Esse momento é importantíssimo porque vai permitir que se comente, de forma informal, o
que está sendo exibido. O objetivo é desenvolver uma postura crítica, evitar que a criança fique à mercê do conteúdo que a TV
passa. Uma simples observação por parte dos pais, pode provocar
a ruptura necessária para que a criança perceba que não é obrigada a concordar com tudo que está sendo exibido. Isso deve ser
feito, porém, de forma casual, sem pressão ou imposição, apenas
para que o filho perceba que existem várias formas de se encarar
uma mesma situação. Não é para obrigar o filho a pensar da mesma forma que você. Ouvir a opinião da criança é também muito
interessante, porque nos mostra o que ela pensa.
Trabalhando dessa forma, a televisão pode se transformar num veículo útil para o desenvolvimento intelectual e moral dos nossos filhos.
Claro, esse tipo de atividade, exige tempo, dedicação e muita paciência. Mas o que é que se consegue na vida sem esforço, dedicação e
paciência?
INTEGRAÇÃO
n Junho 2004
Colaboração:
CMI-Brasília
39
PEDAGOGIA
Quando uma criança furta,
ela furta o quê?
Um alerta aos pais e educadores
Quando a criança furta,
não está querendo as
coisas que furta; quer
aquilo que, por direito,
deveria possuir. Busca
alguma coisa em algum
lugar e, se não encontra,
procura em outro lugar.
É a busca do amor que
lhe foi furtado.
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INTEGRAÇÃO
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p
Partindo do princípio de que tudo
que uma criança deseja é sentir-se
amada, impõe-se a conexão entre o
ato de furtar e a indiferença real ou
aparente – dos que deviam oferecer
lhe, por meio de gestos e atitudes, a
segurança de poder enfrentar as mais
diversas situações da vida confiante
no afeto daqueles que ama.
Quando uma criança furta, conhece a ilegalidade do que está fazendo
e sabe que poderá ser punida. Arrisca, ainda assim, a ser descoberta,
expondo-se à punição que, de qualquer forma, a amedronta.
Quais seriam os objetos de desejo
de uma criança ou de um adolescente? A bonita lapiseira importada que
pertence ao colega, a borracha colorida, que cheira tão bem, o dinheiro
que pôde perceber no estojo da coleguinha da frente e que pode proporcionar um lanche com sabor muito especial, o moletom comprado na
Disney, um belo presente , o caderno com a matéria completa, a apostila com os exercícios resolvidos, de cuja
posse indevida quase sempre não poderá usufruir.
Entretanto, não estamos aqui para
dizer do aspecto material da questão,
senão do que realmente conta: a carência de afeto, que leva a criança a
agir segundo uma fantasia que pertence aos seus primitivos impulsos de amor,
sendo que o máximo que poderá desfrutar é o desempenho da ação e a habilidade exercida. No caso, habilidade e
ação podem significar aquele mesmo
prazer de se apossar do objeto desejado
que um bebê se permite sem constrangimentos, quando pega o que lhe interessa e chora se é privado do que
considera possuir. A posse é só dele.
Sabemos que furtar, no que diz respeito à criança ou ao adolescente, é
apenas um sintoma denotativo de algo
CONTINUA
mais profundo, que não sabem pôr em
palavras e sofrem enormemente por
não controlarem esse impulso.
O autor desses pequenos furtos não
conhece as causas da sua atitude, e a
forma como age o inquieta. Se a reação dos pais é uma punição severa,
continuará furtando até que alcance
seu objetivo de ser compreendido no
que pretende dizer.
As mensagens enviadas podem ter
vários conteúdos, desde “Vocês não
estão me dando atenção”, “Perdi algo
que era muito importante para mim”,
“Alguma coisa está errada” até um
doloroso ‘Ajudem-me!’.
O furto deve nos alertar para o fato
de que o “infrator” está sujeito a um
montante de sofrimento muito grande. Os pais ou educadores que não
perceberem o furto como sintoma intensificarão em muito as dificuldades
de seu filho ou aluno.
Ele não pode dar a razão real do
seu gesto porque a ignora, e, sendo
mal compreendido e censurado, pode
ocorrer, consequentemente, que se torne um mentiroso para se proteger da
eventual punição, uma vez que não
pode controlar o impulso de furtar.
Roubo e mentira tornam-se, então, irremediavelmente associados.
Trato aqui apenas de seres para os
quais algo falta e que, na tentativa
de recuperar essa falta, tentam
preenchê la com objetos que lhes pareçam significantes para seus donos.
Encontram-se tomados por uma
compulsão para fazer coisas sem saber porque o fazem; e essa compulsão
pode dirigi-los para os pequenos furtos. É quando um tratamento adequado, e não uma punição, apresenta-se
como o caminho ideal.
Cabe ainda ressaltar que, provavelmente, a criança e o adolescente em
questão não estariam furtando apenas na escola; o fato se repetiria em
casa, sendo, na maioria das vezes,
ocultado pelos pais.
Essa atitude dos pais, evidentemente, é altamente prejudicial, uma
vez que toda família deve envolverse no processo de recuperação, sendo a escola apenas uma extensão do
que se passa em família e um importante campo de experimentação para
a criança e o adolescente.
O furto deve nos alertar
para o fato de que o
“infrator” está sujeito a um
montante de sofrimento
muito grande. Os pais ou
educadores que não
perceberem o furto como
sintoma intensificarão em
muito as dificuldades de
seu filho ou aluno.
Se os pais começarem por estar
atentos ao que se passa com seu filho
e, conseqüentemente, puderem perceber que “meu filho está querendo me dizer alguma coisa”, já seria um grande passo no caminho da
tão esperada demonstração de amor.
Muitas das inibições, sintomas e
ansiedades das crianças são produzidos não por processos verdadeiramente patológicos, mas por vicissitudes
que afetam o seu desenvolvimento.
Na criança ou no adolescente que
apresenta algum sintoma como o
furto, por exemplo , que não seja tratado com a devida seriedade, com os
procedimentos adequados que a situ-
ação requer, esse sintoma tende a desaparecer para, em seguida, dar lugar a outro, por vezes mais intenso,
podendo trazer um sofrimento que
será arrastado pela vida adulta. Quando a criança furta, não está querendo
as coisas que furta; quer aquilo que,
por direito, deveria possuir. Busca alguma coisa em algum lugar e, se não
encontra, procura em outro lugar. É a
busca do amor que lhe foi furtado.
Consegue, assim, ainda que por
meio da punição, que prestem atenção nela, recuperando, de maneira
nada confortável, o que lhe foi tirado.
Quando furta do colega está, na verdade, furtando de quem lhe furtou,
ou seja, de quem negou amor. Se
nada for feito, continuará furtando sonhos pela vida afora, de mil maneiras
e por meios nada ortodoxos, respaldado por conceitos que a máxima popular “ladrão que rouba ladrão tem
cem anos de perdão” sintetizou. Entretanto, estará apenas alimentando
fantasias, sendo infeliz diante de cada
ganho irreal nesse embate com a vida,
em que mais vale aprender a conquistar com lealdade. Cabe aos pais e educadores a compreensão dessa realidade e a responsabilidade desse
aprendizado, que começa no reencontro com o amor.
Maria do Carmo Mangelli Ferrera Araujo
CMI-DF
INTEGRAÇÃO
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41
PEDAGOGIA
Afetividade e
educação
c
O importante papel desempenhado pela religião e pela
família na vida dos jovens e das crianças
Costumo dizer que na vida de jovens e crianças com problemas
relacionais e/ou pedagógicos faltam
duas coisas: religião e família. A religião no sentido de um referencial de
fé, a família no sentido de célula formadora do caráter. Esses são os dois
ingredientes, não únicos, porém fundamentais, para que se tenha uma
boa perspectiva de futuro.
Religião e família são, além de outras coisas, fontes excelentes de afeto: outro ingrediente muito importante para se constituir um bom caráter.
Sob essa perspectiva pode-se chegar
a um consenso: a solução de muitos
problemas está no AFETO.
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INTEGRAÇÃO
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A família, como instituição informal de educação, exerce um papel
importantíssimo na constituição do
sujeito. Um incentivo, uma participação no aprendizado, uma discussão
sobre o que aprendeu na escola são
pequenos gestos que demonstram interesse pelo que se passa na vida da
criança ou do adolescente. Por melhor e mais cara que seja a escola escolhida para os filhos estudarem, ela
nunca vai conseguir preencher o vazio criado por uma família ausente.
A responsabilidade de formar o caráter, de educar, de manter valores
éticos e morais, de criar pessoas mais
tolerantes às frustrações, é da famí-
lia. Esses objetivos podem ser atingidos com os filhos se espelhando nos
pais e os pais, por sua vez, sendo cúmplices nas atitudes e decisões dos filhos. Os exemplos são fundamentais!
Por isso o que acontece dentro do
ambiente familiar se reflete de alguma forma, no comportamento da
criança.
A educadora e religiosa Carmen
Sallés, ao falar sobre a forma como
as crianças aprendem, teve o seguinte pensamento: Seus olhos me gritam
tanto que mal posso ouvir sua voz...
As crianças aprendem com os olhos.
Portanto, num ambiente familiar, as
“máscaras” devem ser deixadas de
lado. O “diálogo” deve ser presente.
Os “porquês” devem ser respondidos
com propriedade. Os “nãos” devem
ser explicados quando solicitado. As
atitudes dos pais devem ser repensadas a fim de evitar qualquer tipo de
má influência no caráter dos filhos.
A constituição do ser, a formação
da pessoa e a preparação para a vida
são de responsabilidade da família.
Quando essas funções são delegadas
a outras pessoas, ou a instituições, os
resultados nem sempre são dos melhores.
Refletindo sob a perspectiva da
criança, pode-se considerar que essa
nasce com uma responsabilidade muito grande: ser tudo o que seus pais
sonharam ou almejaram para eles
mesmos... Isso é muito difícil! A criança tem que ser a melhor, a mais inteCONTINUA
ligente, a mais bonita, etc. Nesse contexto, surgem as primeiras dúvidas: o
que é melhor? Como se mensura a
capacidade de cada um? E aquele que
não é o melhor, como faz para não
ser excluído?
Temos aí novamente a solução no
afeto. Os sentimentos e sensações das
crianças e dos adolescentes devem ser
respeitados. Se a criança sofre porque quebrou a ponta do lápis de cor
ou se o adolescente chora porque o
amor de sua vida não corresponde a
seus sentimentos, muita importância
deve ser dada a isso. Dentro das devidas proporções, esses “problemas” são
muito sérios. Mesmo que o adulto interprete a situação como sendo simples e pouco importante, a outra parte clama por atenção. Ninguém tem
o direito de menosprezar os sentimentos dos outros.
A presença paterna e materna é
fundamental. O conforto, o luxo, a riqueza não são mais importantes do
que o afeto. O dinheiro não resolve
tudo.
No livro Educação – A solução está
no afeto, (Editora Gente – 2001)
Gabriel Chalita traz uma série de pedidos de uma criança que acho pertinente ressaltar:
n
n
Não tenham medo de ser firmes
comigo. Prefiro assim. Isso faz com
que eu me sinta mais seguro;
Não me estraguem. Sei que não
devo ter tudo que peço. Só estou
experimentando vocês;
n
Não deixem que eu adquira maus
hábitos. Dependo de vocês para
saber o que é certo ou errado;
n
n
n
n
n
n
n
Não sejam irritantes ao me corrigir. Se assim o fizerem, eu provavelmente farei o contrário do que
pedem;
Não façam promessas que não
poderão cumprir. Lembrem-se de
que isso me deixará profundamente desapontado;
Não ponham muito à prova a minha honestidade. Sou facilmente
tentado a dizer mentiras;
Não me mostrem Deus carrancudo e vingativo. Isso me afastará
Dele;
n
Não me corrijam com raiva nem o
façam na presença de estranhos.
Aprendo muito mais se falarem
com calma e em particular;
Não desconversem quando faço
perguntas. Senão procurarei na
rua as respostas que não tive em
casa;
n
Não me protejam das conseqüências dos meus erros. Às vezes, eu
preciso aprender pelo caminho
mais áspero;
Não me mostrem pessoas perfeitas e infalíveis. Ficarei muito chocado quando descobrir algum erro
delas;
n
Não digam que não conseguem
me controlar. Eu julgarei que sou
mais forte que vocês;
n
Não digam que meus termos são
bobos. E sim, ajudem-me a
compreendê-los;
Não levem muito a sério as minhas
pequenas dores. Necessito delas
para obter a atenção que desejo;
Carmen Sallé
s, ao falar so
bre a
forma com
o as criança
s
a
p
rendem,
teve o segu
inte pensam
e
nto: “seus
olhos me g
ritam tanto
q
u
e m al
posso ouvir
sua voz...”
n
Não me tratem como pessoa sem
personalidade. Lembrem-se de que
tenho meu próprio jeito de ser;
n
Não me apontem continuamente
os defeitos das pessoas que me
cercam. Isso criará em mim um espírito intolerante.
n
Não se esqueçam de que eu gosto de experimentar as coisas por
mim mesmo. Não queiram me ensinar tudo;
n
Nunca desistam de ensinar o bem,
mesmo que eu pareça não estar
aprendendo. No futuro vocês verão em mim um fruto daquilo que
plantaram.
n
Muito obrigado, papai, mamãe,
por tudo o que fizeram por mim.
Sendo assim, a fé, a família e o afeto caminham juntos na constituição do
ser. Educar bem é uma tarefa muito
difícil, mas não impossível. Principalmente quando a intenção é boa!
Marla Simonini é Professora de Matemática do Colégio Maria Imaculada de Brasília;
Pós – Graduada em Psicopedagogia e Bacharel em Administração de Empresas pela
UnB – CMI - Brasília/DF
INTEGRAÇÃO
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43
PEDAGOGIA
O
bom
educador
Educação e
Quem não guarda a recordação de
algum professor? Leia esta reflexão e,
com certeza, você se lembrará de vários
professores que marcaram sua vida.
n
n
n
n
b
n
O bom professor, na construção do
coletivo em sala de aula, educa para
a responsabilidade, desenvolvendo a
auto-estima e a auto-confiança.
O bom professor não sabe apenas
transmitir conhecimentos, mas é o
motivador, o articulador, o doador, o
esclarecedor.
O bom professor é alguém que leva
o aluno a reconstruir suas estruturas e
a construir outras novas, não levando
simplesmente à memorização e acumulação passiva de informações.
O bom professor implementa, cria
e aplica atividades interessantes, ricas
e variadas, em função das caracterís-
44
INTEGRAÇÃO
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Junho 2004
ticas, necessidades e realidades dos
alunos aos quais serve.
O bom educador planeja e troca
experiências com seus alunos, recupera e trabalha com a fala e as hipóteses destes, para melhor avaliar seu
trabalho. Ele é capaz de coordenar
esse processo que favorece o trabalho coletivo.
O educador consciente da importância do seu trabalho, da sua função,
enfatiza, valoriza e incentiva o pensamento e a criatividade do aluno na
resolução de situações diversas.
Todo bom educador assume o papel de problematizador, para que os
alunos busquem novas conclusões,
através do conflito. Dessa forma, ele
leva o aluno a observar, comparar,
classificar, analisar, sintetizar, interpretar, criticar, imaginar, aplicar, concluir,
transferir, decidir...
com a melhoria do que ensina (valores, habilidades e conhecimentos);
com a melhoria de como ensina
(métodos, técnicas);
com a melhoria dos materiais que
usa para ensinar (livros, jornais,
vídeos...);
com a melhoria das estratégias de
avaliação (desempenhos, projetos
etc.);
com a utilização de variadas
tecnologias de aprendizagem e de
ensino, na intenção de enriquecer
a sua prática pedagógica;
com a participaçao em eventos, cursos de capacitação e atualização,
de crescimento humano, social e
profissional.
O bom educador não convive com
fracassos, não avalia baseado no
medo, nas notas, no erro, na crítica
pura dos pontos fracos.
O bom educador, ao contrário, constrói um clima de estimulação, cooperação, autonomia, parceria, confiança
e sucesso do aluno.
O bom educador, por fim, em uma
sociedade transformadora e em constantes mudanças, forma cidadãos críticos e atuantes, trabalhando o aluno
na sua totalidade e individualidade.
O bom educador promove assim um
processo educativo que satisfaz e capacita o aluno a poder intervir, transformando e melhorando a sua sociedade.
CMI - Brasília
Vida
e de crescimento
A Creche Madre Carmen Sallés e Obra
Social Maria Imaculada com o desejo de enriquecer a formação das crianças assistidas
atualmente, utiliza os espaços físicos como a
biblioteca e a sala multiuso para possibilitar a
diversificação das atividades oportunizando
novidades relacionadas aos temas dos projetos propostos mensalmente.
Este educador, para oferecer uma
aprendizagem de qualidade ao aluno,
mantém um compromisso permanente:
n
Bom professor é aquele que valoriza todas as potencialidades do aluno.
Este precisa sentir que é aceito, amado e respeitado. Sua atividade deve
ser uma manifestação de ternura e
vigor.
Geopolítica
Lugares de
o
Como desenvolver um sistema educacional que
diminua as distâncias metodológicas e pedagógicas
Os sistemas educacionais planetários entraram no século XXI repensando a educação básica e a
educação superior para abranger as
novas tecnologias em vigor. Desde
meados dos anos noventa, buscam
novas metas e diretrizes que aproximem países altamente industrializados, nações emergentes e países subdesenvolvidos.
A análise da educação brasileira demonstra que os contrastes
aparecem evidentes no fato de que
temos problemas nos dois níveis de
ensino, mesmo quando comparados com os nossos vizinhos latinos
americanos. Uruguai, Porto Rico,
Argentina e Chile possuem PIBs
bem menores, e seguem taxas
comparativas de órgãos da ONU,
aumentando as taxas de analfabetismo funcional – que correspondem ao grupo populacional que escreve e lê, porém não interpreta
as informações contidas – caracterizando graves problemas sociais a
longo prazo.
Especialistas internacionais con-
sideram nações da União Européia,
extremo oriente e Canadá, as mais
avançadas. Estas relacionam educação com avanço, tecnologias e
preparação docente como fundamento básico para não ocorrerem
altas taxas de repetência, evasão
escolar e subdesenvolvimento educacional. A sociedade precisa de
indivíduos capacitados para o atual e futuro mercado de trabalho, e
conseqüentemente, de um país
coerente e justo social e economicamente,
Os Colégios Concepcionistas
que atuam em vários espaços, demonstram preocupação constante
com a interdependência globalizada existente no mundo. Por esse
motivo, criam know-how educacional que visa diminuir as distâncias
metodológicas e pedagógicas e
oferecer uma educação contínua
em todos os níveis.
Prof Francisco Artur Teixeira,
Geólogo e professor de ensino Superior,
Médio e Fundamental – Professor do
CMI-SP
A feira do livro e a exposição com momentos de partilha e dramatizações foram
realizadas no dia Nacional do Livro, com o
objetivo de despertar o desejo pela leitura
partindo do exemplo que o educador dá no
cotidiano.
O evento proporcionou uma interação com
funcionários e educandos, permitindo a descoberta de habilidades que favoreceram a relação interpessoal e valorização da auto-estima.
O despertar pela leitura, é um processo
contínuo que permite ao educando a construção do seu conhecimento com uma visão
crítica por meio de produções literárias, dentro da realidade em que vivem visando uma
melhor qualidade de vida.
Enquanto educadores concepcionistas, seguindo as orientações deixadas por Madre
Carmen, permitindo o crescimento espiritual
e intelectual, cultivando as verdadeiras amizades e valores cristãos, construímos um
mundo melhor onde todo amor verdadeiro é
uma história de longa espera, pois estamos
comprometidos com a missão de evangelizar
por meio da educação preventiva, valorizando a formação integral da pessoa humana.
INTEGRAÇÃO
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45
CONTO
legas também estavam de pijamas e aplaudiam a nova
Rainha do Tempo.
– Viva! Viva! A nova Rainha do Tempo! Viva a nova
Rainha do Tempo! – gritavam meninas eufóricas e a professora que parecia maior do que de costume. Nova? pensou a menina. E quem era a antiga, a primeira?
Corre, corre, havia tanta coisa para entender e procurar. Estava se divertindo com aquele jogo. Será que ia
conseguir respostas para suas perguntas? Não importava .
estava mais interessada em correr, correr,... e se divertir.
Que brincadeira demais!
por Denise Vianna dos Santos (*)
Este conto foi selecionado no “6º
Concurso de Conto, Crônicas e Poesias”
do SINPRO (Sindicato dos Professores das
Escolas Particulares) de 2003 para fazer
parte do Livro publicado sobre o mesmo
o
concurso.
O sol mal havia despontado no céu e a menina já estava a toda, gritando e pulando. Verdadeiramente enlouquecendo alguém, que no caso, era a mãe.
– Mãe! Mãe! Manhê....Olha só, a fada veio! A fada
veio! Trocou meu dente por um presente. Olha! Olha! Que
maravilha de anel! Agora sim, sou a Rainha do Tempo!
Uma rainha de verdade!- parou um pouco desconfiada ou
para tomar fôlego, não sei... e recomeçou.
– Preciso mostrar para as meninas!... E
saiu deixando fumaça e a mãe sem
entender nada:
– Volta menina! Precisa tomar seu leite e trocar de
roupa....ainda está de pijama....
Era tarde! Na roda de amigas, a confusão era completa. Umas queriam arrancar um dente são, para ganhar um
presente da fada à noite, outras tentavam arrancar outras
meninas da frente da Rainha só pelo privilégio de ver o tão
poderoso anel. E outras corriam e corriam só para o corpo
não ficar parado. Um verdadeiro redemoinho!
Corre, corre, tanta coisa para aprender, ver, tocar, encontrar e perder, que não há tempo à pensar. O corpo de
7 anos era muito pequeno para tanta curiosidade e energia. Mas, agora, ela era a Rainha do Tempo . Sabe lá o
que isto significava? Nem ela mesma sabia. Mas,
desconfiava....Ah, sim, desconfiava....
O pijama colorido agora estava quase de outra cor, pois
o sol já fervia lá no céu. Hora da escola! Foi assim mesmo,
a turma queria mesmo fazer uma festa do pijama. Que tal
hoje? Mas festa não é à noite? Que nada! Depende do
que se quer comemorar e entrou na sala de aula. Será
que era ali mesmo? As portas daquela escola pareciam muito grandes, maiores que
de costume. Mas, foi em frente. Abriu
bem devagar e surpresa! Todas as co-
Chegou a uma porta e ainda ouvia as saudações das
amigas – Viva! Viva! A nova Rainha do Tempo! Viva! Viva!
A nova Rainha do Tempo!.... Mas, já não as via. O jogo
estava ficando realmente muito desafiador. A porta parecia com a porta da casa de Balas de uma bruxa de um
conto de fada que a mãe costumava contar – Puxa! Esta
brincadeira está muito massa....e deu uma dentada na
porta de chocolate que instantaneamente derreteu, permitindo que a menina entrasse pelo labirinto??? Ah! O
labirinto... Então é assim que é um labirinto? Por dentro,
paredes de espelhos e retratos por todos os lados! - Mas,
esta aqui sou eu ainda bebê... Já estou crescidinha aqui
nesta foto... Papai, mamãe... meus irmãos!... Vovô e vovó
que eu não conheci e que mamãe conta que viraram anjo
lá no céu quando morreram. Mamãe me contou... e pensando, tentou tocar as fotos que pareciam tão reais. Assim que tocou na foto dos avós, elas ganharam vida e um
belo sorriso se formou no rosto daqueles velhinhos:
– Bom dia minha netinha! Estávamos esperando por
você para nos conhecermos...
E continuou pelo labirinto, tocando e recebendo sorrisos e palavras carinhosas de tantas pessoas que não conhecia, outras que já tinha visto ali pelas ruas... Mas uma
foto era especial. Logo que a viu não conseguiu parar de
olhá-la. Cada vez que chegava mais perto, sentia uma
grande alegria e uma certa semelhança também. Quem
seria? E quando chegou mais perto, pôde ler na placa
bem embaixo da foto – A Rainha do Tempo . E tocou na
foto...
Acordou com o barulho ensurdecedor do despertador.
Desta vez estava mais irritante do que nunca. – Será
que não teria uma maneira mais branda e feliz de
acordar? Sempre à mesma hora, sempre a mesma rotina. Será que isto vai ser sempre assim? Mas desta vez , antes que o mal
humor tomasse conta de todo o seu
corpo e da sua alma, sentiu uma energia diferente. Energia criativa? O
que é isto? Sensação conhecida
sim, mas muito remota.... Parou
e resolveu se dar mais tempo
para o se espreguiçar. ...Café
às pressas e às pressas acordava as crianças, marido,
papagaio, que era para
A ilustração é de Alice-
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46
INTEGRAÇÃO
n
Junho 2004
aluna da 2ª série do
Colégio Regina Pacis
não perderem a hora. Mas hoje os esperou à mesa. Estava
com saudades deles...Os filhos já adolescentes, iriam rir
daquele ataque emotivo e fora de hora....Mas a Rainha
do Tempo, tinha mexido com suas emoções e memórias.
De repente se lembrou! Parou pasma e boquiaberta . A
Rainha do Tempo....
Revirou as gavetas antigas, caixas empoeiradas e já
quase desfeitas de tanto ficarem apertadas e esquecidas
no alto do armário. E finalmente dentro de outra caixa
enorme, encontrou! Era uma caixa pequena e vermelha
com laço de fita e palavras escritas- a Rainha do Tempo.
Abriu a caixa e estava ali , o anel da menina, da menina
Rainha.
Se reconheceu então , na emoção de menina, a curiosidade dos 7 anos e a coragem inexplicável de topar qualquer jogo e curtir qualquer brincadeira. Colocou o anel e
começou a sorrir. Seria possível reviver com o corpo e a
alma? Seria ?...
Menos afobada que de costume abriu a porta da sala
de aula, colocou a chamada em cima da mesa e apreciou a sua sala. Sim! Apreciou, e entendeu a diferença
daquele olhar. Sorriu novamente, e com mais
coragem...ficou ali, reconstruindo a sua sala, as letrinhas
descobrindo o mundo, a sujeira na parede que não saía
mais , feito uma assinatura de cada um que passou por
ali.... Foram muitos e tantos....Coisa da terra dos homens,
dos humanos...
Lá fora um sinal tocou e um furacão invadiu a porta.
Eram eles! Falavam ao mesmo tempo, queriam contar coisas ao mesmo tempo, afinal de contas era uma segundafeira....coisas dos ventos das crianças, das vidas....E daquela vez ela não estava ansiosa e irritada por causa da
falta de tempo para ouvi-los e ter que vencer a matéria. E
sorriu mais uma vez e mais uma vez... e as crianças riram
junto, não contidas como ela, mas com gargalhadas de
felicidade e descoberta. E viu pela primeira vez e ao mesmo tempo que todas as boquinhas faltavam 1, 2, 3 e até 4
dentinhos....
Agora era a sua vez! Deu uma gargalhada bem corajosa e desafiou a turma : - Vocês conhecem a Rainha do
Tempo? Por um minuto o silêncio foi absoluto.
Inexplicável...Só as cabecinhas balançavam negativamente. Não? Então vamos lá fora, bem debaixo daquela árvore ali no pátio (nunca a tinha reparado antes), que vou
contar para vocês....Não sei direito como termina, mas
vocês me ajudam combinado? A resposta foi um vendaval se encaminhando para o sentido inverso à entrada.
Tanta alegria, verdadeiro dínamo de vida.
Agora se lembrava, tinha feito a escolha certa....
(*) Denise Vianna dos Santos é formada em Belas Arte pela UFMG e
pós-graduada em Arte Educação pela UEMG. Sua formação musical passa
pela Musicoterapia no Conservatório Brasileiro no Rio de Janeiro / RJ e pelo
Curso Técnico em Instrumento e Teoria Musical no Conservatório de Visconde do Rio Branco.MG. Atualmente é Prof. de Música do Infantil , de
Artes do Segmento I, Regente do Coral Regina Pacis (Seg.I) e do Grupo
Vocal (5ª e 6ª Séries) do Colégio Regina Pacis de Belo Horizonte.
INTEGRAÇÃO
INTEGRAÇÃO nn Junho
Junho 2004
2004
47
47
PROJETOS
Projeto Interdisciplinar
Colégio Maria Imaculada de
São Paulo desenvolve
projeto contemplando as
São Paulo
450 anos
A história dos
Imigrantes no Brasil
áreas de Língua Portuguesa,
o
Ciências e Geografia
O projeto aconteceu a partir do interesse dos alunos ao tomarem conhecimento das tragédias causadas por terremotos que atingiram tantas pessoas.
Realizaram pesquisas, entrevistas,
debates para montarem cartazes e
maquetes com argila e sucatas. Houve
alegria e entusiasmo até surgir um vulcão, objeto do estudo.
A apresentação da pesquisa sobre “Vulcões e terremotos” proporcionou momentos de alegria, entusiasmo e enriquecimento no conhecimento dos alunos do EF, na tarde
de sexta-feira, dia 30 de abril.
O ponto alto da apresentação foi quando os alunos da
4ª série C foram colocando no vulcão, feito com argila, os
ingredientes preparados, um a um e, o grande
momento...a explosão com espumas quentes e coloridas,
que escorriam pela boca do vulcão fizeram as crianças menores acharem que eram mesmo lavas quentes.
Dentre as descobertas das crianças, destacam-se as seguintes:
n Terremotos — São raros no Brasil. Sorte nossa que nosso país esteja localizado no centro de uma das grandes
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INTEGRAÇÃO
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Junho 2004
Os imigrantes têm histórias interessantes
Que foram até expostas no Museu do Imigrante
O Colégio Maria Imaculada foi visitá-lo
Para, nessa poesia, saber contá-la
Se você quiser ver
É só ir lá conhecer
Saberá que numa viagem
De desespero, muitos vieram
Para arranjar um emprego
placas que compõem a superfície terrestre. Pois é! Nos
limites entre as placas é que há uma constante movimentação. Os resultados são assustadores terremotos.
Quando um terremoto acontece no fundo do mar, pode
provocar a formação de ondas gigantescas denominadas
de “Maremotos” ou na língua oriental “Isunamis”.
A crosta terrestre é composta por varias estruturas individuais denominadas “Placas Tectônicas”.
Thais Abujamra Nader-4ªC
n Vulcões — A maioria dos vulcões velhinhos têm aproximadamente 60 milhões de anos. O magma existe no centro da Terra, e o vulcão é como uma passagem entre a
superfície e o magma lá do centro.
O maior vulcão em terra firme é o Kilimandjaro, na África Oriental, que beira 6000 metros.
Constantemente a partir do ano de 1700, o vulcão “Pico
da Fornalha”, em uma ilha do Oceano Índico, teve 80 erupções.
Em outros planetas também existem vulcões; em Marte, por exemplo, existe o vulcão Olímpo, que é maior que
o Monte Everest.
É possível que nasçam algumas plantas perto de vulcões, pois a poeira e cinzas são muito férteis.
Quando a lava cai de um vulcão, se estiver fluida, pode
alcançar até 80km/h.
Dos milhares de vulcões existentes no mundo, somente
500 deles estão ativos, e a maioria está perto do Oceano
Pacífico.
Gabriel Augusto Fernandes dos Santos – 4ª C
Para proporcionar aos alunos uma situação de
vivência, experiência e estímulo do pensamento criativo, o Colégio Maria Imaculada de São Paulo, aproveitando
para homenagear a cidade, trabalhará até setembro de 2004 o projeto “São
Paulo – 450 anos”.
Desenvolvendo esse projeto os alunos coletam informações e selecionam
o material necessário para a execução das diversas fases do projeto. Entre esses constam visitas a locais históricos de São Paulo, onde, através de
explicações dos monitores e observa-
ções de locais e objetos, adquirem
conhecimentos mais concretos.
Foi isso que aconteceu com o grupo de alunos de 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental que, no dia 07 de
abril de 2004, visitou o “memorial do
Imigrante”. As crianças tiveram a oportunidade de conhecer de perto a vida
e os costumes dos imigrantes que chegaram a São Paulo.
Posteriormente, as turmas avaliaram o planejamento e discutiram as
novas etapas do trabalho.
A 4ª série A, empolgada com tudo
que viu e ouviu, resolveu escrever a
seguinte poesia:
Com o sonho de trabalhar
Saíram de lá
E vieram para cá!
Até vieram do Japão
Pra trabalhar de montão
A produção de café
Atraiu muita gente com fé
Para o nosso Brasil que era muito bonito
E tinha araras, peixes e periquitos.
O imigrante chegou
E só protestou
Porque trabalhou e trabalhou
Mas pouco ganhou.
Se você quiser ver
É só ir lá conhecer
Saberá que, numa viagem
De desespero, muitos vieram,
Para arranjar um emprego
Os fazendeiros muito prometiam
E quase nada cumpriam.
Foram enganados
E ficaram abalados
Nossa terra tão frágil transbordou
de tanta gente que ela abrigou.
Esse novo povo por ela se apaixonou
E por aqui mesmo ficou.
INTEGRAÇÃO
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PROJETOS
Robótica
E D U C AT I VA
Vivenciando
Cidadania
e Valores
O Colégio Madre Carmen
Sallés-DF desenvolve projeto
com os alunos do maternal a
4ª série com o objetivo
refletir e vivenciar valores
v
Vivenciar cidadania por intermédio
de valores éticos e cristãos. Esta é
mais uma das “lições de cidadania”,
baseadas nos princípios da Educação
Concepcionista que os alunos do Colégio Madre Carmen Sallés de Brasília estão experimentando em sala de aula e
praticando em casa e na comunidade.
O Serviço de Orientação Educacional (SOE) está executando ao longo
do ano letivo de 2004 o Projeto
Vivenciando Cidadania e Valores
na Escola, cujo objetivo é o de possibilitar aos alunos do Maternal à 4ª
Série, a reflexão e a vivência de valores. Considera-se “valor” como a relação, o juízo e a significação que estes alunos terão diante de outras pessoas, animais, coisas e do meio ambiente em que vivem, e que ao serem
vivenciados e partilhados, geram um
aprendizado pessoal e coletivo, manifestados sob a forma de “cidadania”.
O projeto surgiu em parceria com
as professoras da Educação Infantil e
do Ensino Fundamental 1ª a 4ª série,
que sugeriram os valores que deveriam ser trabalhados no decorrer do ano
letivo. Os temas foram agrupados e a
metodogia aplicada a cada um deles
obedeceu a faixa etária e o de interesse de cada série.
Desenho feito por Marcela - 2ª Série D
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INTEGRAÇÃO
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Desenho feito por
Alexandra - 3ª série B
Valores como “Respeito às diferenças”, “Paciência”, “Amizade”, “Paz”,
“Saber ouvir”, “Solidariedade”, “Convivência” entre outros, serão desenvolvidos por intermédio de atividades
lúdicas e educativas, ajudando aos
alunos a refletirem sobre diferentes
valores e sua forma de expressá-los a
si mesmos e aos outros, estimulando
o auto conhecimento, a escuta do outro como um ser diferente, a formação da consciência crítica e a valorização dos sentimentos.
Essas atividades foram selecionadas e ordenadas segundo o critério de
utilidade, envolvendo a pintura, a música, dinâmica de grupo, jogo
educativo, dramatização, conto, leitura e análise de livros de literatura
infantil.
A escolha dos líderes de turma, foi
um dos passos do projeto, trabalhanCONTINUA
Desenho feito por Tayná - 2ª série D
do cidadania com os alunos.
Eles trocaram idéias e produziram material sobre o tipo ideal
de liderança. Foi uma escolha
consciente e democrática em que
os representantes de turma foram
eleitos através de votação em sala de
aula.
Trabalhando “Regras de Convivência” nas turmas da 2ª Série, os alunos
expressaram a sua aprendizagem com
muita criatividade elaborando um livro, cujos temas sugeridos por eles foram: “Devemos utilizar as palavrinhas
mágicas: por favor, obrigado(a), com
licença, desculpe e obrigado”; “Sei
me comportar durante as refeições”;
“Quando estiver dentro do ônibus
devo ser gentil com as pessoas”; “Ser
educado com a professora”, entre outras. Na terceira série os alunos aprenderam sobre respeito explorando o livro “E eu com isso?!”, que aborda situações práticas do dia a dia, que faz
pensar sobre o respeito que devemos
ter pelos outros e por si mesmo.
Portanto, diante de uma sociedade
que estimula cada vez mais a competição, o individualismo, à discriminação social, e onde o “ter” vale mais
que o “ser”, o Projeto Vivenciando
Cidadania e Valores na Escola busca formar alunos-cidadãos para a convivência fraterna, baseada numa cultura da paz, de valorização e reconhecimento das diferenças, tanto no interior das famílias, quanto no mundo em
que vivem.
Robótica Pedagógica é um termo utilizado para caracterizar ambiente de
aprendizagem em que se utilizam materiais como: sucatas, motores, sensores,
computador, software e até mesmo kits pré-montados e, que se utiliza dos
conceitos de diversas disciplinas (multidisciplinar) para a construção de modelos empolgantes, levando o educando a uma rica experiência de aprendizagem e ao desenvolvimento da inteligência múltipla. Partindo dessa proposta pedagógica os alunos da 8ª série do CMI-RJ, foram levados a solucionar problemas através da montagem de equipamentos e modelos que deveriam apresentar algumas atividades físicas (movimentos), como robôs.
O interesse pelo tema surgiu após o professor de informática pedir uma
pesquisa sobre robótica. Durante o desenvolvimento do trabalho, foi notado
o entusiasmo dos alunos, tornando a simples pesquisa em um projeto de
muito trabalho manual e raciocínio.
A turma foi dividida em grupos. Cada grupo, através de uma pesquisa
mais detalhada, fez a escolha de seu protótipo. Foram adquiridos componentes eletrônicos, motores, sucatas e software para o desenvolvimento dos
projetos. Os trabalhos já estão na reta final, e em breve, será realizada a
feira de robótica do colégio, onde os alunos poderão expor sua criatividade.
Alguns projetos desenvolvidos já se encontram no site do colégio.
Orientação – O professor ensina ao educando a montagem, automação
de dispositivos mecânicos que podem ser controlados por computador.
Há algum tempo se estuda um meio de utilizar a robótica no processo
ensino-aprendizagem, possibilitando ao aluno tomar conhecimento das inovações da tecnologia e concretizar o que se aprende com a teoria, procurando cada vez mais, aperfeiçoar os dispositivos.
Vilson Tadeu – Coordenador e professor de Informática - CMI-RJ
Francisco Albuquerque e Mary
Coutinho – Orientadores Educacionais dos
Segmentos I e II – Colégio Madre Carmen
Sallés - Brasília-DF
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PROJETOS
Projeto
Guimarães Rosa
Com o tema “Resgate
Cultural das Minas Gerais, o
Colégio Regina Pacis-MG
desenvolveu um projeto
objetivando o entendimento
da literatura como parte
integrante da história
de um povo
“Não existem projetos desliga
e,
ent
dos da ação. Há, evidentem
cinte
aco
de
ões
paç
eci
ant
muitas
,
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mentos futuros, como os son
tos
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os desejos ou os planos abs
hidas
r
lho
me
na
nas
ape
que são
con
póteses, anteprojetos que se
tiverterão em projetos quando
dos
verem sido aceitos e promulga
pro
como programas vigentes. O
eapr
jeto é uma ação prestes a ser
umendida. Uma possibilidade visl
se
brada não é projeto até que
a,
rch
lhe dê uma ordem de ma
ainda que diferida”.
iro. PeTE: NOGUEIRA, Nildo Ribe
FONTE
a Jornada Indagogia dos Projetos: Um
envolvimenterdisciplinar Rumo Ao Des
s. São Pauncia
ligê
Inte
as
ltipl
to das Mú
lo: Érica, 2001.
52
INTEGRAÇÃO
n
Junho 2004
j
João Guimarães Rosa, ilustre escritor mineiro, “nasceu em CordisburgoMG a 27 de Junho de 1908 e teve
como pia batismal uma peça singular
talhada em milenar pedra calcária –
uma estalagmite arrancada da Gruta
do Maquiné. Era o primeiro dos seis
filhos de D. Francisca Guimarães Rosa
e de Florduardo Pinto Rosa”.
“Rosa imortalizou o interior do Estado de Minas Gerais com os seus livros que tinham como tônica a vida
humilde, mas com muita sapiência,
desse povo. Um aspecto notável em
suas obras foi sua preocupação com
o ritmo do discurso, desde cedo manifestada, que o ajudaria a compor,
mais tarde, juntamente com os outros
atributos, a magistral prosa-poética
roseana”.
“(...) Faço do idioma um espelho
de minha personalidade para viver:
como a vida é uma corrente contínua,
a linguagem também deve evoluir
constantemente. (...) Existem elementos da língua que não podem ser captados pela razão; para eles são necessárias outras antenas. (...) Meus
livros são escritos em um idioma pró-
prio, um idioma meu (...); não me submeto à tirania da gramática e dos dicionários dos outros”.
Contudo, após quase meio século
do lançamento de um de seus mais
famosos livros “Grande Sertão: Veredas”, e de Rosa ter sua obra apreciada em vários países, pode-se fazer
duas constatações: os alunos pouco
sabem sobre quem foi ele e a sua importância no cenário literário; os alunos, ainda que mineiros, quase não
se interagem com a cultura e os costumes mineiros.
A partir daí, pensou-se em estudar
o povo, tendo como norte as obras de
Guimarães Rosa em Primeiras Estórias
rias, onde o autor monta uma estrutura que torna toda a pesquisa, com a
qual renovou a linguagem literária –
com inovações formais, aproveitamento de linguagem coloquial e da fala
popular, mais assimilável pelo leitor.
Assim, o Projeto Guimarães Rosa
objetiva o entendimento da literatura
como parte integrante da história de
registro vivo de um povo; o conhecimento da vida e da obra do poeta e
escritor no cenário mineiro, nacional
e mundial; o entendimento do regionalismo e da variação lingüística como
fatores culturais, além, da prática à
pesquisa.
Em busca da práxis, visto que, na
verdade, o projeto é, a princípio, uma
irrealidade que vai se tornando real,
conforme começa ganhar corpo a partir da realização de ações e, conseqüentemente, as articulações destas;
como ponto de partida, os alunos da
8ª série iniciaram a leitura do livro “Primeiras Estórias” (1962), analisando
sua temática singular e misteriosa,
conhecendo suas personagens místiCONTINUA
cas, percebendo o perfil do mineiro
interiorano, sua história, sua vida...
A maioria das estórias dessa obra
se passa em ambiente rural não especificado, em sítios e fazendas; algumas têm, como cenário, pequenos
lugarejos, arraiais ou vilas. As personagens se ligam por um aspecto comum: suas reações psicossociais
extrapolam o limite da normalidade.
São crianças e adolescentes
superdotados, santos, bandidos, gurus,
sertanejos, vampiros e, principalmente, loucos.
A linguagem singular do escritor
exige um estudo aprofundado e mui-
Meus livros são escritos
em um idioma próprio,
um idioma meu (...); não
me submeto à tirania da
gramática e dos
dicionários dos outros”.
ta admiração: “o regionalismo de Guimarães é universalizante, isto é, não
é uma forma regionalizada de mundo. O sertão é o palco que encena os
dramas humanos, o sertão é o mundo. Em Guimarães, a procura estética
resulta em uma prosa que não é só
prosa, é prosa poética. Rosa é um
camaleão, transforma o simples em
complexo, o primitivo em matéria humana, aprofunda o ser, dilacera o rio
da existência até extrair da linguagem
e do homem a sua terceira margem...”.
Simultaneamente à leitura da obra,
houve a necessidade de maior conhecimento sobre as características peculiares do escritor. Assim, através da
visita técnica a Cordisburgo, 22 de
Abril de 2004, os alunos puderam se
enriquecer com os conhecimentos
obtidos, através de pesquisas, in loco.
A viagem teve início na cidade de
Araçaí onde os alunos puderam conhecer sua história, sua cultura, sua
economia, seu povo. Em seguida, seguiram para a Gruta de Maquiné para
vislumbrar suas preciosidades da natureza, observando suas colunas for-
Interior da Casa Museu Guimarães Rosa - Cordisburgo - MG
madas de estalagmites e estalactites.
Por fim, o tour por Cordisburgo, onde
conheceram seus pontos turísticos
como a Igreja Sagrado Coração de
Jesus, Igreja São José (marco da fundação de Cordisburgo), estação (cartão postal da cidade), o zoológico de
pedra e o Museu Guimarães Rosa
(casa onde Guimarães Rosa passou
parte de sua infância e, hoje, abriga
um acervo com documentos, fotos,
peças e objetos que registram a vida
e a obra do escritor).
O projeto contará, ainda, com outra visita técnica à região de Três
Marias, no segundo semestre, onde
os alunos poderão visitar lugares retratados minuciosamente por Guimarães Rosa e com a leitura de outros
livros que registram a região de MiPalmeira Seca
nas Gerais como “Palmeira
Seca” –
Jorge Fernando dos Santos.
Contadoras de Histórias – “Sonhadores do Mundo” - Araçaí - MG
Todo o material coletado (pesquisas, fotos, vídeo, entrevistas) será preparado para um portfólio e exposto,
no final do ano letivo de 2004, juntamente com a representação de um
conto, a ser escolhido, pelos alunos.
Enfim, a pesquisa aguça a investigação, vivifica a informação, recria o
mundo e o ser...
Capela do Patriarca São José Marco da fundação do povoado
de Vista Alegre - Cordisburgo - MG
Nívia Karla Araújo Nascimento – Professora de Língua Portuguesa – Colégio Regina
Pacis – Belo Horizonte. Formada em Letras e
pós-graduada em Lingüística Aplicada pela
PUC/MG
INTEGRAÇÃO
INTEGRAÇÃO nn Junho
Junho 2004
2004
53
53
PROJETOS
projeto
r
cresce
espaço é reservado para discussão e
reflexão de temas que permeiam a
formação do caráter e da personalidade dos alunos. Nessas reuniões os
pais buscam caminhos e alternativas
para cristalizar em seus filhos o real
sentido da vida. Com essa discussão
a Escola busca desenvolver a melhor
forma de compreender e trabalhar
com o aluno, enfatizando principalmente a educação preventiva.
Inicialmente, foi enviada uma carta convite a todos os pais e responsáveis do infantil. Já nesse primeiro momento, foram discutidos os objetivos
das reuniões, a duração de cada uma,
a periodicidade e possíveis temas que
serão trabalhados durante o ano.
A parceria Família/Escola é
decisiva na formação dos
filhos. Visando aprofundar
esta relação e ampliar seus
resultados o Colégio
Imaculada Conceição de
Passos--MG criou o “Grupo de
Mães”, coordenado pela
psicóloga Denise Freire
(Segmento I).
p
Partindo do princípio de que o vínculo família/escola é essencial no processo educativo e na formação de valores dos nossos alunos, a partir de
Março/2004 foi criado um espaço para
se conhecer e considerar a história de
vida dos alunos, bem como a sua dinâmica familiar. Esse espaço permite
uma reflexão com os pais sobre modos mais eficientes de uma boa comunicação e orientação para um desenvolvimento saudável de seus filhos.
Temas como educação familiar, postura dos pais em relação aos filhos,
sexualidade, relacionamentos, etc.,
estão sendo amplamente discutidos.
É necessário proporcionar condições ideais para que os pais possam
discutir livremente sobre os problemas
dos filhos, expressar suas angústias,
seus medos, suas frustrações, suas ansiedades, suas conquistas etc.. Esse
Quatro encontros já foram realizados, nos quais foram abordados os seguintes temas:
n
A importância da frustração no desenvolvimento da criança;
n
Limite: uma questão fundamental
para uma convivência saudável;
n·
Motivando para a vida, uma missão da família e da escola;
n
Trabalhando questões pessoais
para repensar a educação.
As reuniões acontecem quinzenalmente, com duração de uma hora e
dez minutos, com uma média de 15
participantes por encontro. A julgar
pelos depoimentos abaixo, é possível
imaginar que a formação de novos
grupos é apenas uma questão de tempo:
CONTINUA
54
INTEGRAÇÃO
n
Junho 2004
O grupo de mães é importantíssimo, pois o compartilhar de experiências de pessoas muito diferentes, ajuda
a todas nós, mães, a solucionar questões relativas ao nosso bem comum,
“nossos filhos”.
Andréa Silvia R. Soares Ronzani
Motivando-nos, conquistando objetivos e fortalecendo
idéias e desejos positivos,
vamos longe, é o nosso convívio, esse bate papo e troca de experiências que nos traz isso.
Jédida A. Campos Reis
O grupo de mães é muito especial, porque nos dá condição de trocar idéias, ensinar
e principalmente aprender
com as colegas. É uma experiência
gostosa e um momento de lazer.
Lilian Piassi Cerqueira
Os encontros têm sido muito valiosos tanto para nós
mães, quanto para nossos
filhos.
Todas as discussões e temas que
já abordamos colaboram cada dia
mais para a abertura de nossos olhos
e melhora da conduta de vida.
O ambiente é muito agradável, as
mães têm oportunidade de compartilhar as dúvidas mais freqüentes de
relacionamento filho/família/sociedade e reforçar a importância dos valores de vida, tais como amor, respeito, confiança e amizade.
Cristiane Ferreira Silva
Educar um filho no mundo
de hoje, não é tarefa fácil.
Por isso discutir assuntos
como limites, motivação,
auto-estima, os valores que queremos
passar para os nossos filhos, parece
nos preparar um pouco para conseguirmos o que todo pai e toda mãe
quer, que seu filho seja feliz.
Fernanda S. Salles Lemos
PROGRAMA
Eleitor do Futuro
O Eleitor do Futuro tem por objetivo despertar e resgatar a Cidadania,
através de atividades sobre o processo eleitoral, seus agentes e o exercício do voto.
Neste ano de 2004, o Colégio Maria Imaculada teve a honra de ser
escolhido pelo TRE para participar do Programa Eleitor do Futuro, como
uma das escolas modelo que vem educando, politicamente, aqueles que
irão participar, num futuro próximo, das decisões políticas fundamentais
do país.
A implantação deste Programa está sendo um marco na preparação e
conscientização do eleitor de amanhã, programa este que será desenvolvido no país todo, culminando com uma eleição, no mês de outubro, nas
escolas que fizeram parte deste trabalho.
No Colégio Maria Imaculada já acontecem eleições para Representantes de Turma, em que os alunos são preparados para a responsabilidade
de representar o grupo e ajudar, no que for possível, aos Colegas, Professores, Coordenação e Direção.
Com isto, mobilizam-se os jovens, para um despertar consciente para
o exercício livre do voto.
Eleição do Representante de Turma 2004
(Da esq. p/ dir.) Dr. Renato Rodovalho, Juiz de
Direito titular da Vara da Infância e Juventude,
Maria Rosângela Araújo, Coordenadora
Pedagógica de 5ª a 8ª do CMI-DF e Dr. Carlos
Lourenço, chefe de Gabinete do TRE-DF
INTEGRAÇÃO
n
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55
PROJETOS
Cozinha
P R O J E TO
Supermercado
Desenvolvido por alunos
do 2º período do Colégio
Regina Pacis-MG, o projeto
ensina as crianças a
trabalharem com
materiais que iriam ser
jogados fora
o
O Regina Pacis está abrindo o mais
novo empreendimento comercial: “Supermercado Estrela Dourada”.
A farta coleção de sucata organizada, possibilitou às crianças a percepção da necessidade de transformar
o material que normalmente é jogado fora.
Com a idéia lançada, iniciou-se o
trabalho:
n
Organizar os pontos de venda,
agrupando produtos de um mesmo gênero, porém de marcas diferentes.
n
Classificar todo o material.
n
Etiquetar todo o material (exigência do Código do Consumidor).
n
Estipular o preço de toda a mercadoria.
n
Explorar a caixa registradora.
n
Organizar a fachada do Supermercado.
n
Realizar a votação do nome do
empreendimento.
n
Providenciar a propaganda.
n
Estabelecer o dia da inauguração.
O supermercado recebeu o nome
de Estrela Dourada depois de uma
difícil e demorada votação, pois as
sugestões baseavam-se nos nomes de
supermercados já existentes.
CONTINUA
Quando um aluno sugeriu Estrela
Dourada a turma começou a se organizar para apoiar a idéia. Foi feita
a votação e a contagem dos votos.
A caixa registradora recebeu atenção especial pois, assim que chegou
à sala, foi utilizada como se tivesse
leitura ótica. Afinal, os alunos estão
em 2004. Foi-lhes explicado como funcionava, e comentado sobre a diferença entre as máquinas antigas e
atuais. Foi um sucesso!
A inauguração foi marcada para o
dia 19/04/2004, pois além de todo trabalho descrito acima, as crianças tiveram a idéia de montar uma casinha de boneca para que a família da
boneca fosse fazer compras no Supermercado.
Na roda, foi estabelecido o material a ser utilizado e o projeto da construção da casa da boneca contendo:
- Escritório: computador e mesa.
- Sala de jantar: mesa e cadeiras.
- Cozinha: geladeira e fogão.
- Quarto: berço e armário.
- Banheiro: chuveiro, pia e vaso sanitário.
Uma vez terminada a construção
da casa, os alunos foram ao “Estrela
Dourada” comprar os utensílios e equipamentos necessários para equipá-la.
Na utilização da casa, os alunos
definiram os programas de TV a serem exibidos, destacando cenas diárias do Sítio do Pica Pau Amarelo.
As crianças participaram de quase
todas as cenas, pois uma personagem serviu para um grupo e o outro
para outro grupo. A organização, a
responsabilidade, os cuidados e a movimentação em sala de aula foram fantásticos.
Ângela Visconte
Professora do 2º período do Colégio Regina
Pacis – Belo Horizonte
56
INTEGRAÇÃO
n
Junho 2004
experimental
Em clima de brincadeira, a aprendizagem se torna
mais interessante
É importante aproveitar todas as
ocasiões para incentivar as crianças
a aprenderem que comer não é
bom só para crescer, mas também
porque os alimentos são gostosos.
Para desenvolver essa aprendizagem, foi inaugurada este ano a
“COZINHA EXPERIMENTAL” do
Colégio Madre Carmen Sallés-DF,
em um espaço próprio, equipado
com material adequado onde o pro-
fessor executa, juntamente com os
alunos, o preparo de receitas culinárias. Esse trabalho proporciona às
crianças a oportunidade de “aprender fazendo”, vivenciando situações
concretas do dia-a-dia.
Preparar e experimentar receitas
culinárias permite aos educadores
trabalhar diversos aspectos e áreas
do processo ensino-aprendizagem,
tais como: linguagem oral e escrita,
conceitos matemáticos, ciência e
saúde, artes, entre outras. Além disso, essa prática contribui para a formação de hábitos alimentares saudáveis e nutritivos, principalmente na
fase dos 3 e 7 anos em que as crianças ainda dão um certo trabalho para
comer.
Sheila Faccin – Coordenadora do
segmento I do CMCS-Brasília
INTEGRAÇÃO
n
Junho 2004
57
PROJETOS
Promovendo a Integração
Família-Escola
um mundo de fantasia e aprendizado
t
Também o Colégio “Maria Imaculada” da cidade de Mococa vem desenvolvendo, desde 2003, o Projeto
Família, criado pela Equipe Educativa
do Colégio e desenvolvido pela coordenadora do segmento II, Eli de
Fátima Sousa e pela auxiliar da
coordenação e Psicopedagoga
Heliane Ap. da Silva Marcili.
O projeto tem como objetivo
trazer os pais à escola para que,
num grupo de estudo, se possa
compreender melhor o desenvolvimento cognitivo, emocional, social e
físico dos seus filhos e assim conseguir orientá-los nas dificuldades que
surgirem, cumprindo etapas de maneira tranqüila, respeitando o seu ritmo próprio. Este trabalho visa também colaborar com os pais e alunos
na Formação Integral, calcada numa
Educação Preventiva e numa Pedagogia Personalizada que respeita as
diferenças individuais e considera o
ser humano como único, dotado de
idéias próprias, que devem ser respeitadas e orientadas.
De março a junho de 2003, o grupo de estudo que era proposto a pais
de alunos da Educação Infantil, se reunia duas vezes por semana, para refletir sobre textos, participar de dinâmicas, assistir a filmes e partilhar experiências e dúvidas.
Como o projeto foi muito bem aceito e elogiado pelas famílias dos alunos do Colégio Maria Imaculada, deuse continuidade, no segundo semestre, aos pais dos alunos do Ensino Fundamental (1ª à 4ª série).
No Segmento II (5ª à 8ª série), o
projeto está sendo realizado quinze-
58
INTEGRAÇÃO
a
i
l
í
Fam
n
Junho 2004
P
7ª a 8ª série
n“Papo
n “Adolescência: a idade da transição”;
TO
ROJE
nalmente com os alunos, procurando
ir ao encontro de suas necessidades,
ansiedades, angústias, dúvidas etc.
Os temas trabalhados são:
1ª a 4ª série
n
“Vamos crescer juntos?”;
n
“Limites- na medida certa”;
n
“Caminhando juntos...”;
n
“Amar pode dar certo”;
n
“Hormônios: determinismo biológico”;
n
“Onipotência e puberdade: o grande despertar”;
n
“Disciplina escolar”.
5ª a 6ª série
n
“Bye, bye carrinhos e bonecas!”;
n
“Puberdade... A idade dos pêlos”;
n
“O despertar da sexualidade”;
n
“Luluzinhas X Bolinhas”;
n
“Estudar pra quê?”.
cabeça, qual é o grilo?”;
n
n
“Ficar ou namorar?”;
“Espelho, espelho meu!”;
n “Posso ou não posso?”;
n
“Ensino médio, aí vou eu!”.
Contamos com a ajuda de especialistas de várias áreas como: médicos,
psicólogos, grupo de adolescentes que
trabalham em encontro de jovens (grupo TUMM), juiz da vara da Infância e
Adolescência, Conselho Tutelar e outros.
No mês de novembro, encerramos
o projeto com uma mesa redonda formada por especialistas, na qual debatemos dúvidas levantadas pelos adolescentes.
Iniciamos o ano de 2004 com o projeto “a todo vapor”; temos muita participação tanto dos pais, educadores e
dos adolescentes.
Todo o projeto está baseado em
autores consagrados como: Içami Tiba,
Tânia Zagury, Lulli Milman, Roberto
Shinyashiki, Padre Klein, entre outros.
Foram também utilizados artigos e
reportagens das revistas “Veja”, “Época”, “Superinteressante”, “Galileu” e
dos jornais “O Estado de São Paulo”,
“Mundo Jovem”.
Já dizia Madre Carmen Salles: “Para
atingir bons fins são necessários bons
princípios”.
Heliane (Lee) – Auxiliar de Coordenação e Psicopedagoga do CMI-Mococa
a
A utilização de atividades lúdicas como forma de apoio
ao ensino não é novidade na pedagogia moderna. O que
poucos se dão conta é de que a sua aplicação de forma
sistemática e planejada acaba por transformar o convívio
de professores e alunos.
Um belo exemplo está acontecendo no Colégio Imaculada Conceição de Passos. A construção de maquetes, utilizando materiais simples, de baixo custo e muitas vezes
encontrados nas próprias casas, proporciona aos alunos
momentos de aprendizado prazeiroso e de grande
integração entre os grupos de trabalho. No Ensino Fundamental esta foi uma atividade constante, com aplicações
em diversas áreas.
Crianças da 2ª Série construíram maquetes que retratam sua vida cotidiana, suas casas, sua cidade, o Colégio
onde estudam. Que maneira gostosa de refletir sobre estudos sociais (arquitetura, ciências, comportamento social e
lizando materiais recicláveis, se preocupam com conceitos
tecnológicos como aerodinâmica, propulsão, resistência dos
materiais... Ou apenas procuram retratar de maneira fiel
as naves, satélites e outras avançadas máquinas que povoam nosso imaginário (e o noticiário científico!).
Mas não é apenas o Segmento I, ou mais especificamente a área de Ciências, que podem se beneficiar com
atividades lúdicas. Alunos da 6ª Série do Ensino Fundamental estudam História através da construção de maquetes
de castelos e cidades medievais!
O resultado impressiona, não só pela expressão artística
ou pela capacidade de improvisação dos alunos, mas especialmente pela fixação dos conteúdos, um dos principais objetivos do professor em sua nobre atividade de ensinar!
econômico da cidade onde vivem, entre outros temas),
atentando para detalhes que passam despercebidos no diaa-dia.
Já as crianças da 4ª Série descobriram um mundo, ou
melhor, um universo novo ao construir maquetes de naves
espaciais, satélites e modelos do sistema solar. Todos os
planetas, seus satélites e anéis, o sol, a terra e sua posição
em relação aos demais astros do sistema, tudo isso foi estudado de uma maneira que não mais será esquecida pelos alunos.
Outra deliciosa brincadeira de criança (quem nunca brincou de construir foguetes?) revela jovens artistas que, utiINTEGRAÇÃO
n
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PROJETOS
INCLUSÃO
DIGITAL
o
O Recanto Betânia está promovendo Cursos de Iniciação e Atualização na área de Informática
com o objetivo de:
n
n
captar recursos para fazer novos investimentos na escola na
área tecnológica;
capacitar alunos, professores e
pessoas da comunidade para
entrarem de vez, na era da
Informatização.
Os cursos são realizados nos finais de semana e estão completamente lotados. São 30 alunos na Fase I e 18 alunos na Fase II. Os instrutores
são Juliany Cecília Caú, Felipe Heleno da Silva ( Fase I) e Darci Carlos
Moreira (Fase II), que se oferecerem para ajudar na realização dos cursos.
A duração dos cursos é de cinco meses tendo iniciado em abril para
terminar em agosto.
Os alunos estão felizes, pois a cada dia estão fazendo novas descobertas. Expressam um agradcimento especial aos instrutores, pois sem a
ajuda deles a realização dos cursos se tornaria muito difícil.
São mais de 50 por cento dos alunos que estão tendo o privilégio de
participar do curso de forma gratuita. Outros cursos virão e quem ainda
não teve a chance de entrar na ERA da INFORMATIZACÃO é bom ficar
de olho.
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INTEGRAÇÃO
n
Junho 2004
NOVAS IDÉIAS
NOVOS SONHOS
de
s
a
d
a
h
n
a
p
acom
Projeto
Memória Histórica
As professoras Anelise Swerts de
Oliveira Lima (Português) e Claire da
Silva (Geografia), do CIC-Machado,
desenvolveram e coordenaram o Projeto Memória Histórica com o objetivo de conhecer o patrimônio histórico da região e também local, além
de conscientizar os alunos sobre sua
importância e preservação.
Através de um trabalho interdisciplinar, promoveram, entre outras atividades, uma viagem à cidade de
Campanha - MG, no dia 11 de março de 2004, sendo monitorados por
guias locais, onde tiveram a oportunidade de conhecer museus, igrejas,
casarões e outros.
n
O Projeto: “ALUNOS, FAMÍLIAS E
EDUCADORES PARCEIROS DA ESCOLA”, está caminhando bem desde o
ano passado.
Um grande sonho foi realizado: adquirir para a Biblioteca da escola “A
grande “Barsa - Sistema Multimidia,” que veio acompanhada de CD’s
e DVD’s. Com certeza será para todos,
um apoio fundamental na busca do
saber qualificado e atualizado. Nosso
desejo é transformar nossas informações em conhecimentos em todos as
áreas.
Acreditamos que a educação é um
investimento que tem retorno garantido para toda a vida. Por isso, vamos
realizar outro sonho que é o da aquisição de um PROJETOR DE MULTIMÍDIA
para o qual recebemos doações vindas
de parceiros da escola e investimentos
realizados pelos alunos, professores e
direção.
n
professores da Fundação Educacional de Machado;
viagem a cidade de CampanhaMG;
caminhada histórica local.
O Trabalho Interdisciplinar consistiu
em:
O projeto teve como público-alvo
os alunos de 5ª e 6ª séries do Ensino
Fundamental.
O tema foi escolhido devido ao
pouco conhecimento e valorização do
patrimônio histórico em nossa sociedade, como uma maneira de resgatar os nossos valores e a nossa identidade.
As atividasdes programadas no
projeto incluíram:
n palestra sobre o patrimônio histórico machadense e mineiro com
– Discussão, debate e relatório sobre a palestra. Leitura, exploração
de relatos da coleção de folders
arrecadados na cidade de Campanha, em Português;
– cáculo de quilometragem e tempo da viagem em Matamática;
– conhecimento da história da cidade de Campanha em História;
– localização de Campanha e cidades vizinhas no mapa, observação
do relevo, clima e vegetação em
Geografia;
– pesquisa e conhecimento da vida
do campanhense Vital Brasil Mineiro de Campanha;
– montagem de mural com fotos,
cartões, folders, folhetos para uma
partilha conclusiva na escola em
Educação Artística; .
– visita às igrejas antigas da cidade
em Ensino Religioso e pesquisas na
internet.
Após a viagem à cidade de Campanha, as professoras responsáveis
pelo projeto conduziram os alunos no
trajeto CIC – Casa da Cultura de Machado.
INTEGRAÇÃO
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ATIVIDADES
CMI SP
n
Picasso!
Nos passos de
No mês de abril, as crianças do Jardim II e Pré do CMI-SP, realizaram um
Projeto sobre o maior pintor do século
XX; Picasso, e tiveram a oportunidade de conhecer sua vida e suas obras.
As atividades envolveram diferentes materiais e técnicas, favorecendo
diversidade do fazer artístico.
Através da leitura das obras, as
crianças vivenciaram a observação, a
apreciação e a reflexão com olhar crítico, favorecendo a reelaboração e a
reconstrução cognitiva.
Por meio de uma linguagem simbólica, expressaram a sua própria realidade, construída a partir de suas experiências do meio em que vivem.
Enriquecendo o projeto, os alunos
foram à exposição “Picasso na Oca”.
A observação e o entusiasmo dos alunos foram surpreendentes.
Finalizamos o trabalho com uma
mostra das produções dos alunos que
revelaram criatividade, percepção,
emoção e idéias. O trabalho final é
uma mostra de um processo artístico.
No decorrer das atividades, eles
foram estimulados a superar medos,
a auto-crítica, tendo visto o respeito
quanto ao ritmo de cada criança.
Foi um trabalho muito enriquecedor, construtivo e motivador.
Professoras Renata e Carla CMI-SP
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INTEGRAÇÃO
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Um e-mail em
CIC MACHADO
n
vermelho
Sim. Eles vieram...Vieram e gostaram
de ser entrevistados pelos alunos das 8ª
série do Colégio Maria Imaculada de São
Paulo. Mas quem são eles?!
Eliana Martins e Manuel Filho, os autores do livro escolhido para leitura dessas
séries no mês de abril. Obra instigante.
Aventuras, informática, amor entre adolescentes vão ao encontro dos jovens dessa
faixa etária.
Foi realizado debate sobre a estória e
entrevista com os escritores, estendendose ao tema da Campanha da Fraternidade
de 2004: “Água, fonte de Vida”.
O projeto investiu, sobretudo, na cidadania. Chamadas sobre o adequado uso
da água e sua preservação foram atitudes
comportamentais, destacando-se o SOS
que o planeta está emitindo, no sentido
de conservarmos a água, para que, a vida
continue a existir.
Enfim, essa atividade muito contribuiu
para que o conhecimento de nossos alunos sobre a existência e a utilização da
água se ampliasse junto ao aspecto geográfico e histórico que a obra proporcionou. Ele só pode engrandecer o jovem que
mergulhou nesse projeto e fazer dele uma
pessoa consciente que garanta um futuro
melhor para as nossas gerações.
Prof. Elizabeth S. Fernandes - CMI-SP
Educação para o Pensar
No dia 24 de abril de 2004, o Prof. João
Bosco Fernandes, coordenador do CBFC - Centro Brasileiro de Filosofia para Crianças na região Sul de Minas e do curso de pós-graduação em Filosofia da PUC - Poços de Caldas
apresentou aos educadores do CIC – Machado e convidados, os objetivos do programa
de Filosofia para crianças e adolescentes.
1) Preparação para uma Cidadania Responsável
2) Educação para o Pensar
3) Iniciação ao Processo de Filosofar
Para atingir tais objetivos o CBFC propõe
a utilização do material seguinte:
n
n
Rebeca, para a Pré-Escola e 1ª série - favorece a capacidade para fazer perguntas;
Issao e Guga, para a 2ª e 3ª séries - mostra a relação
com a natureza, com o mundo e com o outro;
n
Luísa, para os alunos de 8ª série e 1º colegial - estudos sobre Ética.
Durante a apresentação Prof.
João Bosco Fernandes enfatizou
que as aulas devem ser criativas, dinâmicas, bem preparadas, com atividades problematizadoras descartando a aula
mecânica, tradicional. Acrescentou que isso requer do professor uma postura filosófica que leve seus alunos ao desenvolvimento das habilidades de pensamento e de formulação de conceitos e perguntas.
Para o Prof. João Bosco a verdadeira educação é uma
abertura ao diálogo, às inovações e ao compromisso do
professor em assumir atitudes que busquem um espírito
investigativo e um pensamento ordenado.
n
Pimpa, para a 4ª e 5ª séries - favorece os
questionamentos. Enfoca a filosofia da linguagem: fazer analogias, verificar semelhanças e diferenças, fazer inferências, associação de idéias;
n
A Descoberta do Ari dos Teles, para a 6ª e 7ª séries ajuda a pensar de forma lógica, baseada em 18 regras,
apresenta silogismos e reflexões mais sedimentadas. O
Prof. João Bosco considera esse livro o mais difícil de
ser trabalhado.
INTEGRAÇÃO
n
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63
ATIVIDADES
CIC MACHADO
n
Semana pedagógica
Evangelizar através da educação exige preparo e dedicação
Dos dias 26 ao dia 31
de janeiro de 2004 os
educadores do CIC –
Machado estiveram reunidos para a realização da Semana Pedagógica.
A manhã do dia 30
de janeiro teve início
com as boas vindas da
diretora, Irmã Caridade,
seguida do canto Os dez
soldados de Jesus dinamizado pela professora
Claire. A professora
Adarlene dirigiu a Dinâmica do Barbante, que simbolizava a
união e participação de todos. Foi um
momento de muita descontração e
abertura para os trabalhos.
O tema do dia estava descrito num
texto-resumo sobre os 12 volumes do
Projeto Missão Partilhada, e nos subsídios para estudo e aprofundamento
do tema. Na apresentação ao plenário cada grupo expôs as principais idéias
concluindo sobre a importância de um
trabalho em comunhão com o Carisma
Concepcionista para que de fato, ocorra o cumprimento da missão educativa
concepcionista.
À tarde, o tema Avaliação, apoiado no texto Desmistificando Provas e
Testes da autora Tânia Zagury, deu
abertura a inúmeros questionamentos
e posicionamentos quanto ao modo de
avaliar, ressaltando dicas de como devem e não devem ser as provas escolares. Foi um momento propício para
analisar a avaliação qualitativa que
merece devida atenção por parte dos
professores para que seja feita com
freqüência, responsabilidade e maturidade.
A manhã do dia 31 de janeiro, ficou reservada para planejamento do
semestre, com atividades programadas por
níveis: Infantil, 1ª à 4ª
série, 5ª à 8ª série e Ensino Médio.
A dinâmica de encerramento das atividades da semana trazia
uma caixa embrulhada e recheada de bombons, que ia sendo entregue a cada um conforme o adjetivo citado, que fizesse lembrar
tal pessoa. No final,
a pessoa escolhida com
o adjetivo caridoso(a) abriu a caixa
e repartiu o bombom entre todos
os presentes. A dinâmica causou
uma sensação boa, porque trabalhou com adjetivos que dignificam
e promovem a auto-estima das pessoas.
No encerramento não faltaram as
palavras de ânimo da diretora, Irmã
Caridade, que finalizou pedindo as
bênçãos de Deus para os educadores
concepcionistas a fim de que todos
sejam compromissados com a fé sendo testemunho de Cristo nas ações
diárias.
Lançamento do site da congregação
64
INTEGRAÇÃO
n
Junho 2004
A grande novidade do ano para as Casas da Congregação aconteceu
na manhã do dia 07 de fevereiro de 2004, Sábado, às 09:00h, com o
lançamento do site www.concepcionistas.com.br.
Na ocasião, a Diretora do CIC-Machado, Irmã Caridade Antolín González,
fez a acolhida agradecendo a presença de todos e dando as boas-vindas e
apresentando os desejos de um ano rico em aprendizagens a exemplo de
Maria Imaculada. À continuação foram apresentados uns eslaides de reflexão sobre a importância da técnica e da comunicação e as palavras de
abertura do Site pela Superiora Geral da Congregação, Irmã Maria Luz
Martinez Andrés e pela Superiora Provincial Irmã Vera Milani.
Aos especialistas em Informática coube a palavra sobre A importância
da Informática na Educação, ressaltando os benefícios e avanços de sua
aplicação no processo de ensino-aprendizagem.
Na sala de Informática do CIC, o site da Congregação foi acessado
pelas pessoas presentes, que, na oportunidade, conheceram outras Casas
da Congregação e as inovações que o site trazia.
Para encerrar esta comemoração, foi servido um café da manhã.
CMCS DF
CMI MOCOCA
n
n
O prazer de ler
e interpretar
Gincana
Destaques de Gincanas anteriores
Alunos da 6ª série que desenvolveram o Projeto Amor
Os alunos das 5ª
séries do CMIMococa tiveram o
prazer de ler a obra
tão conceituada de
Antônie de Saint
Exupery, “O Pequeno Principe”.
Através da leitura e no decorrer
do desenvolvimento do trabalho relacionado à obra lida, puderam estreitar os laços de amizade
entre eles. O trabalho foi feito durante as aulas de Redação com a participação da professora Vânia Aparecida
Macedo Palos.
A coletividade e o respeito mútuo
foram abordados. Os alunos puderam
fazer um paralelo com a leitura feita
por seus pais, avós, amigos mais velhos e a deles.
Demonstraram grande interesse
quando souberam que se tratava de
uma obra de 1943.
Foram apresentados cartazes com
o tema “Amizade”, criaram livros ilustrados por eles, promoveram também
grande debate sobre a dificuldade da
amizade sincera nos dias de hoje.
Por sua vez, os alunos da 6º série do colégio C.M.I.(Mococa) desenvolveram um trabalho de interpretação das letras de música cujo tema é
Amor.
Os grupos procuraram músicas diversas (Sertaneja, rock, balada, MPB,
ect) e interpretaram as letras explicando aos colegas tudo o que perceberam. As músicas foram apresentadas
através de CDs, instrumentos ao vivo
como guitarra, violão, teclado e também com cartazes com uma letra escolhida e ilustrada.
Foi um trabalho enriquecedor. Bandas foram formadas entre os colegas,
exclusivamente para a apresentação
do trabalho. Partindo daí, a descoberta do talento musical foi possível.
Aconteceu, no dia 17 de abril, a
nossa tradicional Gincana beneficente, cultural e esportiva, que teve como
tema “Regiões do Brasil”. Os alunos
do Maternal ao 3o ano do Ensino
Médio formaram 5 equipes, representando as regiões brasileiras, que foram sorteadas junto aos representantes de turma e coordenadores de equipe.
A participação de alunos, professores e pais foi envolvente, tanto nas
tarefas antecipadas (beneficentes),
como no dia do evento. Alunos do
Ensino Fundamental (5a a 8a) e Ensino
Médio mostraram seus talentos,
pesquisando sobre sua região, criando coreografias e ensaiando os alunos do Infantil para a apresentação
da tarefa artística. Professores envolvidos em mostrar seus dotes artísticos
na prova “Professor também faz arte”
revelaram-se grandes mestres na arte
de cantar e de representar (Parabéns
a vocês!). Enfim, nos dias que antecederam a gincana, a Escola ficou
mais alegre e o entrosamento entre
professores e alunos dos três segmentos foi um dos pontos altos da festa.
Agora, SUCESSO MESMO foi a prova beneficente que esse ano contou
com a doação de leite longa vida. Batemos o nosso próprio recorde. Foram
arrecadados 4.128 litros que foram
doados a instituições carentes do Distrito Federal.
INTEGRAÇÃO
n
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65
ATIVIDADES
COMUNIDADE JEREMOABO
Romaria da Juventude e Semana Missionária
Nos dias 19, 20 e 21/03/04, aconteceu na Diocese de Paulo Afonso a
IV Romaria da Juventude, com o
seguinte tema: Juventude e Água e o
lema: Água: Fonte de Vida, Direito de
Todos.
A romaria foi um momento de força, luz na caminhada dos jovens que
têm suas idéias, seus compromissos e
sua fé
Foi um momento forte na caminhada dos jovens e ao mesmo tempo um
incentivo para que possam lutar, resgatar a dimensão sagrada da ÁGUA,
desenvolver uma mística ecológica,
apoiar e valorizar as iniciativas já existentes no tocante ao cuidado com a
água, sua preservação, captação de
água de chuva, recuperação de mananciais degradados...
A primeira reunião para a preparação da romaria foi no dia 05/02/04,
na qual formou-se uma equipe de coordenação para estruturar, organizar
e desenvolver todos os trabalhos necessários para o bom andamento do
66
INTEGRAÇÃO
n
Junho 2004
evento. O grupo foi dividido em 5 pequenas equipes.
n
Equipe de Acolhida
n
Equipe de Água
n
Equipe de Infra-estrutura
n
Equipe de Divulgação
n
Equipe de Coordenação.
Romaria: desde fevereiro o grupo
da Pastoral da Juventude Paroquial
realizou várias reuniões, feira, celebrações, formação dos missionários e romeiros, missa de envio...
A Pastoral da Juventude Diocesana
preparou roteiros para a formação dos
missionários e romeiros para que houvesse unidade entre as Paróquias. A
manhã de formação para os missionários foi no dia 13/03 e dos Romeiros no dia seguinte, 14/03. O encontro dos dois grupos foi no Colégio São
João Batista. A missa do envio aconteceu no dia 19/03, presidida por Pe.
Aldo Alves Pimentel, na Igreja Matriz
de São João Batista. Foram vinte os
missionários enviados para as missões
em Paulo Afonso.
No dia 21/03 a caminhada dos jovens saiu do povoado de Cordão até
a cidade de Jeremoabo. Eram uns três
mil jovens de toda a Diocese. A Eucaristia foi celebrada durante o percurso
da caminhada e concluída na Associação Esportiva de Jeremoabo. Foram
quatro horas de caminhada.
Para que tudo corresse bem, a comunidade jeremoabense colaborou,
doando: refrigerante, salsicha, pães,
mungunzá, faixas, palanque, som,
carro pipa, água, veículos para transporte, o espaço da Associação Esportiva...
Os participantes, mesmo cansados,
perceberam como a Romaria ajudou
para a evangelização e conscientização de todos.
CONTINUA
E nos dias 16 a 22 de maio de 2004
aconteceram as missões populares em
Jeremoabo. Seis bairros foram atendidos: São José, José Nolasco, João
Paulo II, Vila de Brotas, Santo Antônio e Senhor do Bonfim. As Missões
tiveram como finalidade conhecer e
acolher bem as pessoas, sua história...
e convidá-las para que participem ou
retornem à Igreja...
Os missionários, a exemplo da primeira comunidade dos cristãos, partiram para a visita às famílias cientes
de que não deviam se preocupar se
eram bem recebidos ou não. Tinham
clareza da missão que lhes foi confiada e de que esta lhes exigia alegria,
atenção, humildade e gratuidade para
escutar jovens, crianças, adultos e idosos. Muitas vezes quem chega sai ainda mais enriquecido com a experiência de vida dos outros.
A visita é, portanto, o ponto chave
da missão popular. Ela provoca mudanças na vida das pessoas, tanto de
quem é visitado, quanto de quem visita.
Durante as visita a família foi convidada a ler o texto bíblico: Lc 1, 3945, e a partilhar a reflexão e à noite,
a participar da celebração na comunidade.
Os missionários anotaram os fatos
marcantes, as lições de fé, de coragem e de esperança que aprenderam
com as pessoas e depois partilharam
com os colegas e juntos rezaram por
estas pessoas.
Todos os dias, pela manhã houve
a caminhada penitencial, oração e
café comunitário e à noite, após a celebração, o grupo (dos Missionários)
fazia a avaliação da jornada. As Irmãs Rufina da Conceição Evangelista,
Dorvalina Teixeira e Maria Vieira de
Souza participaram da Semana
Missionária. Cada uma ficou em um
bairro diferente.
Todas as noites houve celebrações
com a comunidadecom os seguintes
temas e símbolos:
n
1º dia da Missão, 16/05: Dimensão Catequética – a Bíblia
n
2º dia da Missão, 17/05: Dimensão Missionária – o chinelo
n
3º dia da Missão, 18/05: Dimensão Litúrgica – Eucaristia: pão
n
4º dia da Missão, 19/05: Dízimo
– Coração dividido em três partes
n
5º dia da Missão, 20/05: Dimensão Sócio-transformadora (o social de cada comunidade) – Terra e
água.
n
6º dia da Missão, 21/05: Dimensão Organizativa (Conselho Comunitário) – Árvore com frutos
n
7º dia da Missão, 22/05: Avaliação da caminhada de todos os missionários e preparação da celebração do encerramento.
Na celebração de encerramento da
Semana Missionária foram apresentadas as vivências dos seis dias: visita
às famílias, desafios, alegrias, compromisso... e no final houve uma bela
confraternização com o grupo dos missionários.
INTEGRAÇÃO
n
Junho 2004
67
ATIVIDADES
OBRA SOCIAL MARIA IMACULADA e CRECHE MADRE CARMEN SALLÉS
Chegando ao
coração das crianças
RJ
A Creche Madre Carmen
Sallés e a Obra Social Maria Imaculada têm assumido a pedagogia de Madre Carmen sem
medir esforços. As 220 crianças
atendidas atualmente, não sabem o que é rotina, pois com
espírito alegre e participação coletiva, o grupo se mistura e se
envolve, nos mais variados projetos, a fim de diversificar as atividades pedagógicas, tornando
CADA DIA mais interessante e
realmente novo para as crianças e para toda a equipe de educadores.
Peças teatrais como a do “Anjo limpinho”, são encenadas pelos educadores para o delírio e participação ativa
das crianças, além da aula lúdica sobre a importância da
higiene corporal e ambiental, incentivando o cuidado com
a natureza, explicitando várias maneiras de preservar a qualidade da água, que é Fonte de Vida, tema da campanha
da fraternidade deste ano.
No dia do Índio, a grande novidade foi estudar durante
toda semana a vida e os costumes dos nossos irmãos indígenas. Assistiram aos vídeos “Pocarrontas” e “Tainá”, visitaram a exposição do artesanato indígena, realizada no
espaço da instituição e lancharam mandioca com suco,
sentadinhos como os índios, enfeitados com cocares e de
rostos pintados. Foi uma festa!
O setor de pastoral escolheu como tema dos
“Encontrinhos” bimestrais, trabalhar as “Virtudes de Ma-
Equipe de Coordenação da Creche Madre Carmen Sallés e Obra
Social Maria Imaculada
PORTAL CONCEPCIONISTA
n
CMI
68
ria” em comemoração
aos 150 anos da proclamação de Maria como
Imaculada Conceição. A
“Obediência de Maria”
foi trabalhada dando
ênfase ao “Sim de Maria”. Os próximos temas
serão: “A solidariedade
de Maria”, “Maria à
serviço do povo” e “Maria, Mãe de Deus”. Mas
o Setor de pastoral não
parou por ai, elaborou
uma proposta especial para ser vivida no mês de maio: todos
os dias foram sorteados dois “terços” para que as crianças
levassem para casa a fim de que as famílias se unissem em
oração em torno a Maria; diariamente uma imagem de Nossa Senhora do Sagrado Coração peregrinou por todas as turmas que rezaram diariamente um mistério do terço.
A proposta de Madre Carmen de “chegar ao coração
da criança” só será viável se nos colocarmos como crianças, mas usando a idade e a experiência que temos para
dar suporte ao planejamento. E é isso o que estamos tentando fazer, procurando que as crianças se desenvolvam
num ambiente feliz. E... criança feliz aprende, faz tarefas
de casa, e consequentemente, torna-se o cidadão que desejamos, consciente, resposável e feliz.
O Setor de Informática do COLÉGIO MARIA IMACULADA –
RIO DE JANEIRO, apresentou para os professores e funcionários o
novo meio de comunicação que é o PORTAL CONCEPCIONISTA, no dia 07 de fevereiro de 2004. Com esse novo instrumento
toda a comunidade escolar realiza consultas sobre eventos, calendário, boletim escolar, FIAP (Ficha Individual de Avaliação Periódica), circulares e muito mais...
Estamos apenas começando e esperamos ampliar o nosso Portal gradativamente. O nosso endereço na internet é:
www.concepcionistas.com.br. Lembramos que o acesso para
a parte reservada do site é necessário login e senha. Elas podem ser retiradas na secretaria do colégio.
Visitem o nosso PORTAL! O CMI-RJ agradece!
INTEGRAÇÃO
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Junho 2004
ABRIGO JESUS MARIA JOSÉ
LAR MARIA
IMACULADA
Caminhando com Maria Educação
Afetiva
“Para obter bons fins
são necessários bons
princípios”
Me. Carmen Sallés
O Abrigo Jesus Maria José de Machado-MG, que neste ano de 2004 atende cerca
de 90 meninas carentes no regime de internato e semi-externato, na faixa etária de
04 a 18 anos acolheu com alegria a Irmã Francisca Guimarães Tavares, vinda de
Jeremoabo – BA para unir-se a Ir. Eloína Pozuelos na missão.
Dentre as atividades do abrigo destacam-se os trabalhos manuais e artísticos,
como bordados, costura, confecção de lembranças, etc, sob a coordenação de Irmã
Eloína Pozuelos Casado.
Neste semestre, o Abrigo realizou algumas comemorações como acolhida às
crianças novatas, Páscoa, consagração ao Imaculado Coração de Maria e coroação
à Imaculada conceição. A atividade foi realizada na capela do CIC com a participação das crianças e dos pais.
Consagração ao Imaculado
Coração de Maria
Ó Maria, Mãe querida, nós nos colocamos diante de tua presença para um momento especial de intimidade contigo.
Queremos louvar e glorificar a Deus pelo privilégio que nos
concedeu de ter-te como Mãe.
A Senhora se faz sempre tão presente em nossa vida, especialmente quando as dificuldades se abatem sobre nós.
Nesses momentos sentimos tua amorosa assistência e, embora estejamos enfrentando dificuldades, o teu amparo, a tua
proteção nos dão ânimo e coragem.
Consagramos, ao teu imaculado coração, nossas famílias para
que possamos viver o amor. Que haja respeito,
companheirismo, diálogo e partilha entre todos.
Consagramos a Ti nossas crianças, nossos filhos. Acompanhaos por todos os teus caminhos. Guarda-os, Mãe, porque eles
são teus.
Queremos também te consagrar as Irmãs Concepcionistas, os
funcionários, os membros da diretoria do Abrigo Jesus, Maria
e José, todos os colaboradores e todos os que aqui estão.
Guarda-nos, protege-nos, livra-nos de todo o mal.
“A Instrução só não basta,”
dizia Me Carmen Sallés, é necessário ir ao coração. Acreditando na educação através da
efetividade, as comunidades
educativas do Lar Maria Imaculada e da Creche Municipal Me.
Carmen Sallés iniciaram, no mês
de maio, o curso “A Educação
do Sentimento – Propostas de
Trabalho sobre Afetividade”, ministrado pelo psicólogo Dr. Jorge dos Santos.
Além do curso, o psicólogo
está desenvolvendo no Lar Maria Imaculada um trabalho de
conscientização familiar. Partilham desses momentos de reflexão, pais e educadoras. Dr
Jorge está fazendo também um
trabalho em grupo com as meninas do Lar Maria Imaculada.
Através dessa união entre a
teoria e prática com afetos, espera-se que com o passar do
tempo se concretize o que tanto
desejava Me. Carmen – a formação integral dos educandos.
INTEGRAÇÃO
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Junho 2004
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ATIVIDADES
RECANTO BETÂNIA
Visita à Bienal
Catequese
e ao “Solo Sagrado” Paroquial
A comunidade Paroquial do Recanto
Betânia continua sua Missão de
Evangelizar através da educação da Fé.
Quatro grandes grupos se destacam neste ano de 2004: Catequese inicial; 1ª Eucaristia; Crisma e Catecumenato.
Cento e oitenta alunos de 5ª à 8ª séries com seus professores e os colaboradores da escola, juntamente com a diretora, se empolgaram nos STANDS DA
BIENAL DO LIVRO. Voltaram vislumbrados e com livros nas mãos para seu enriquecimento cultural.
Surpresa ainda maior foi quando entraram no espaço do “SOLO SAGRADO
DE GUARAPIRANGA”. A tranqüilidade reina no ambiente de tal forma que é
possível ouvir o som da natureza. Sente–se a pulsação da vida enquanto se
passeia entre as cachoeiras e o colorido da natureza.
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INTEGRAÇÃO
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Junho 2004
Ir. Teresa: incansável evangelizadora
Os encontros são realizados semanalmente e atende em torno de cem
catequizandos. As catequistas são da comunidade que, com esforço e dedicação
compartilham sua Fé com aqueles que precisam ser evangelizados. “Ai de nós se
não evangelizarmos”. Sabemos que os primeiros evangelizadores das crianças, devem ser as famílias. No entanto, nem sempre isto é a realidade, restando aos
catequistas todo o processo de evangelização, através do qual os catequizandos vão
se integrando na comunidade Eclesial.
Ir. Pilar Lemos e o Grupo de Crismandos
INTEGRAÇÃO
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