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artigo | por: Antonio Caramico Aspiração Central ganha força no mercado brasileiro Surgido na década de 1930 nos Estados Unidos e Canadá, o conceito de aspiração central é bem simples: o aspirador fica centralizado numa área reservada do imóvel e uma rede de tubos, embutida nas paredes, chega até essa central, interligando as várias válvulas (vulgarmente chamadas de tomadas de aspiração) que se encontram distribuídas estrategicamente pelos ambientes. Como o aspirador central se mantém fixo, seu projeto e principalmente seu motor são mais elaborados e suas dimensões variam de acordo com o tamanho do empreendimento. Aliado a componentes mais bem dimensionados, acaba resultando em um melhor desempenho e uma maior força de sucção, em média cinco vezes maior do que a dos aspiradores convencionais. Além disso, a operação é mais silenciosa, pois a exaustão do ar e os ruídos ficam restritos apenas ao ambiente onde a central está alojada. O melhor rendimento e a maior capacidade de aspiração também propiciam economia de energia elétrica, rapidez de operação e manutenção simplificada. Todos esses avanços tecnológicos acabaram conferindo ao sistema de aspiração central, ao longo das últimas décadas, uma eficientíssima capacidade de limpeza, higienização e filtragem, resultando em benefícios à saúde. Nas alergias com sintomas não nasais (fadiga, sede em excesso, dor de cabeça, esgotamento), o benefício proporcionado pela aspiração central com filtro HEPA atinge 48% (contra 2,09% dos aspiradores convencionais), enquanto nas alergias oftálmicas (coceira, lacrimação, olhos vermelhos) o benefício é de 61% (contra 1,92% dos convencionais). Este resultado motivou novos estudos, como o da Associação Americana de Doenças Pulmonares, bem como a inclusão do Sistema de Aspiração Central em projetos sustentáveis, sejam corporativos ou residenciais, liderados pelo GBC - Green Building Concil e NAHB - Associação Nacional de Construtores. Atualmente, quem submete o empreendimento a uma certificação sustentável pode receber de 1 a 5 pontos no quesito Qualidade Interna do Ar e Inovação, nos programas LEED e ANSI-NGBS respectivamente. Além da utilização em grandes residências, edifícios comerciais e indústrias, a aspiração central também pode ser instalada em ambientes menores. Já existem soluções para apartamentos com até 70 m² de área construída, que dispensam, inclusive, as tubulações embutidas. O aspirador é fixado na parede ou embutido num móvel e sua mangueira, extensível até 12 metros, consegue percorrer todos os ambientes. • Em algumas marcas encontradas no mercado, por exemplo, a tecnologia dos filtros pode ser bactericida e autolimpante, com classificação HEPA (High Efficiency Particulate Air). Pela sua eficiência de filtragem, aspiradores centrais conseguem eliminar 98,9% das partículas alergênicas, com até 0.3 mícron de tamanho. Isso inclui os ácaros, fungos, mofo, pólen e partículas dos pelos de animais, que são os grandes causadores de doenças alérgicas. Em pesquisa realizada no ano de 2001, pela Escola Davis de Medicina da Universidade da Califórnia, pessoas com problemas nasais reduzem em 47% as crises de causa ambiental quando passam a usar aspiração central com tecnologia de filtragem HEPA. Os aspiradores de pó convencionais só apresentam este tipo de resultado em 2,3% dos casos, além de devolver o ar no próprio ambiente onde aspiram. 70 HIGIPLUS | Especial agosto/2015 Antonio Caramico é diretor Técnico e Comercial da Biltech.