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Nº 22 ▪ Dezembro 2010 eLearning Papers Editorial: Formação e trabalho Dietmar Albrecht e Tapio Koskinen Promover a mobilidade na formação dos futuros trabalhadores: experiências de práticas virtuais em acordos entre universidades e empresas Cornelis Adrianus (Kees-Jan) van Dorp, Alfonso Herrero de Egaña Espinosa de los Monteros, Angelique Lansu, Maria Kocsis Baán e Sirje Virkus Sistemas de apoio ao desenvolvimento profissional contínuo e em linha Ove Jobring e Ingemar Svensson Argumentos contra e a favor dos e-portfolios na formação dos futuros professores Sirin Soyoz Como promover a utilização dos meios sociais no ensino e formação profissional e nos sistemas de formação para adultos na Europa. Exemplo prático do projecto europeu SVEA Tony Toole, Petra Newrly, Simona Pede e Lara Marcellin eLearning Papers A eLearning Papers é uma revista do elearningeuropa.info, o portal da Comissão Europeia que promove a utilização das TIC na área da aprendizagem ao longo da vida. Edição e produção: P.A.U. Education, S.L. Email: [email protected] ISSN: 1887-1542 Os textos publicados nesta revista, excepto indicação em contrário, estão sujeitos a uma licença Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Proibição de realização de Obras Derivadas 2.5. Podem ser copiados, distribuídos e exibidos desde que sejam citados o autor e a fonte electrónica que os publicou, a eLearning Papers. Não estão autorizados o uso comercial nem as obras derivadas. A licença pode ser consultada na íntegra em http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/2.5/deed.pt_PT Editorial: Formação e trabalho Segundo algumas estimativas, mais de 80% da aprendizagem não ocorre ao longo do ensino superior, mas sim na vida profissional. Para não perder a sua pertinência e promover o desenvolvimento dos futuros trabalhadores, a aprendizagem deve ser estreitamente incorporada nos processos laborais e tornar-se parte integrante das actividades quotidianas tanto dos trabalhadores como dos quadros directivos. O mesmo se aplica à formação e instrução no local de trabalho, cada vez mais frequentes nas descrições de emprego dos especialistas nesta área em várias empresas. Deste modo, os trabalhadores do conhecimento não só actuam como receptores de formação no local de trabalho, como também participam no desenvolvimento e na transmissão de conteúdos. Neste contexto, a integração da aprendizagem e do trabalho coloca novos desafios. Uma das dificuldades dos sistemas de e-learning é a falta de interfaces compatíveis com os sistemas de informação empresarial, o que, por sua vez, impede a coordenação da aprendizagem com os processos empresariais e afecta a velocidade das organizações em melhorar as competências dos seus trabalhadores de acordo com a constante mudança das exigências das empresas. Os sistemas de aprendizagem da próxima geração terão capacidade para compreender as competências exigidas pelos novos processos empresariais e fazer com que correspondam a experiências de aprendizagem de uma forma transparente para o utilizador. Os novos sistemas de e-learning poderão oferecer experiências de aprendizagem móveis e omnipresentes com conteúdos multimédia, favorecendo simultaneamente os planos de desenvolvimento de conhecimentos do próprio utilizador. Por outro lado, os referidos sistemas facilitarão o acesso a especialistas para que contribuam com conteúdos para repositórios e aplicações de aprendizagem colaborativas. No primeiro artigo desta edição é apresentado um relatório sobre experiências realizadas em vários países, nas quais foram utilizados sistemas de acesso ao trabalho à distância com vista a promover a aprendizagem no local de trabalho e a mobilidade profissional dos estudantes. Ao comparar as práticas convencionais e virtuais em universidades tanto presenciais como abertas, Cornelis Adrianus (Kees-Jan) van Dorp e os seus colaboradores analisam os resultados dos diferentes acordos e retiram conclusões do estudo no que se refere ao desenvolvimento de competências profissionais nos estudantes, assim como à didáctica e à tecnologia aplicadas. No segundo artigo, Ove Jobring e Ingemar Svensson analisam as características e vantagens dos sistemas de apoio em linha. Os autores reconhecem que o desenvolvimento de sistemas que permitam aprofundar qualificações individuais de forma qualitativa e sustentável pode funcionar como orientação para aqueles que procuram melhorar conscientemente as suas competências e o seu profissionalismo através de métodos de trabalho informais em ambientes em linha. Por conseguinte, tentam mostrar o que distingue um sistema de apoio em linha dos sistemas de formação convencionais. O artigo propõe ainda uma descrição dos aspectos fundamentais que um sistema em linha capaz de proporcionar um processo contínuo e de apoio deve ter para desenvolver as qualificações dos grupos profissionais. O terceiro artigo, da autoria de Sirin Soyoz, analisa os argumentos contra e a favor dos portefólios electrónicos na formação dos futuros professores no que toca à forma como facilitam o processo de desenvolvimento pessoal dos estudantes de cursos pedagógicos no ensino superior. Tendo em conta o recurso crescente a ferramentas digitais na sala de aula, é muito importante que os professores recém-licenciados saibam utilizar eficazmente a tecnologia. Um sistema de e-portfolio a integrar no currículo poderia apoiar os estudantes que se formam como docentes de inglês como língua estrangeira, ajudá-los a tornar-se utilizadores eficientes das TIC e aumentar as suas possibilidades de encontrar trabalho. Contudo, o processo de adopção do e-portfolio pode trazer vários inconvenientes a nível pedagógico e técnico se as estratégias fundamentais não forem aplicadas com cautela. Por último, Tony Toole, Petra Newrly, Simona Pede e Lara Marcellin apresentam formas de promover a utilização dos meios sociais tanto no ensino e formação profissional (EFP) como nos eLearning Papers • www.elearningpapers.eu • ISSN 1887-1542 Nº 22 • Dezembro 2010 • PT 2 sistemas de formação para adultos na Europa. Ao analisar os desafios e as oportunidades oferecidos pelas ferramentas da Web 2.0 que actualmente influenciam os sistemas de formação europeus, este artigo demonstra como os elementos formativos centrados no formando, tais como plataformas de formação colaborativa em linha, podem ser integrados em cursos académicos e criar a funcionalidade necessária para disponibilizar serviços específicos tanto aos que recebem como aos que ministram a formação. Esta análise baseia-se nos primeiros resultados obtidos pelo projecto SVEA após uma análise regional sobre a utilização dos meios sociais tanto no EFP como nos sistemas de formação para adultos na Europa. Dietmar Albrecht e Tapio Koskinen eLearning Papers • www.elearningpapers.eu • ISSN 1887-1542 Nº 22 • Dezembro 2010 • PT 3 Cornelis Adrianus (KeesJan) van Dorp Associação Europeia de Universidades de Ensino à Distância (EADTU) Alfonso Herrero de Egaña Espinosa de los Monteros Universidade Nacional de Ensino à Distância (UNED), Espanha Angelique Lansu Faculdade de Ciências, Universidade Aberta, Países Baixos Maria Kocsis Baán Universidade de Miskolc, Centro Regional de Ensino à Distância do Norte da Hungria Sirje Virkus Instituto de Estudos da Informação, Universidade de Talin A questão central consiste em saber de que forma as práticas virtuais devem ser implementadas para facilitar o desenvolvimento das competências profissionais. Promover a mobilidade na formação dos futuros trabalhadores: experiências de práticas virtuais em colaborações entre universidades e empresas As práticas virtuais consistem em acordos de formação que abrem novas possibilidades de aprofundar as competências profissionais (com base no trabalho). As referidas práticas têm várias vantagens, uma vez que aumentam as oportunidades de formação, permitem aceder a postos difíceis ou impossíveis de atingir, permitem integrar pessoas desfavorecidas e facilitam a preparação de práticas presenciais e mistas (virtuais/presenciais). Neste artigo é apresentado um relatório sobre experiências realizadas em vários países, nas quais foram utilizados sistemas de acesso ao trabalho à distância com vista a promover a aprendizagem no local de trabalho e a mobilidade profissional dos estudantes. A questão central consiste em saber de que forma as práticas virtuais devem ser implementadas para facilitar o desenvolvimento das competências profissionais. O artigo começa por abordar os contributos das práticas convencionais e enumerar as vantagens e desvantagens das práticas virtuais, analisando depois experiências-piloto com acordos virtuais (baseados no trabalho). As universidades experimentam as práticas virtuais em cursos e currículos no campus, no âmbito da auto-gestão da aprendizagem, enquanto as universidades abertas o fazem em cursos e currículos fora do campus, no âmbito da aprendizagem social, colaborativa e em rede. Adiante serão descritos os resultados dos diferentes acordos, assim como as respectivas vantagens e desvantagens. São apresentadas as conclusões do estudo no que respeita ao desenvolvimento de competências profissionais nos estudantes, assim como à didáctica e tecnologia aplicadas. Palavras-chave prática virtual, acordo de formação, aprendizagem no local de trabalho, aprendizagem em rede Texto completo http://www.elearningeuropa.i nfo/files/media/media24554. pdf eLearning Papers • www.elearningpapers.eu • ISSN 1887-1542 Nº 22 • Dezembro 2010 • PT 4 Ove Jobring Departamento de Ciências do Trabalho, Universidade de Gotemburgo Instituto Alexanderson – Campus Varberg Ingemar Svensson Upendo Enterprise, grupo de reflexão OmBildning, Suécia Destacamos quatro diferenças entre os sistemas educativos formais e os sistemas de apoio que devem ser tidas em conta na criação de um sistema baseado em ambientes em linha e meios sociais. Palavras-chave aprendizagem informal, competências, profissionalismo, aptidões, projecto, sistemas de apoio Texto completo http://www.elearningeuropa.i nfo/files/media/media24547. pdf Sistemas de apoio ao desenvolvimento profissional contínuo e em linha O desenvolvimento dos meios sociais e dos ambientes em linha trouxe mudanças ao nível do conteúdo e da forma dos sistemas educativos. Por outro lado, é cada vez mais exigido ao trabalhador que se mantenha actualizado e não perca a sua empregabilidade. Neste artigo apresentamos um sistema de apoio como alternativa ao ensino e à formação convencionais. Mesmo nos dias que correm, embora as novas formas de meios sociais e ambientes em linha representem sistemas de apoio para a aprendizagem individual, estas poderiam desenvolver-se através de contributos de âmbito institucional. O desenvolvimento de sistemas que permitam aperfeiçoar as qualificações individuais de forma qualitativa e sustentável pode funcionar como orientação e apoio para aqueles que procuram melhorar conscientemente as suas competências e o seu profissionalismo através de métodos de trabalho informais em ambientes em linha. Neste contexto, mostraremos o que distingue um sistema em linha dos sistemas de formação convencionais, propondo um projecto de sistema de apoio. O objectivo do artigo consiste em descrever os aspectos fundamentais de um sistema em linha capaz de proporcionar um processo contínuo e de apoio para desenvolver as qualificações dos grupos profissionais, as quais resultam de uma combinação de conhecimentos, profissionalismo e competências. Os processos de desenvolvimento interligados que ocorrem num ambiente em linha têm uma característica especial que é fundamental para a criação de um sistema de apoio. Destacamos quatro diferenças entre os sistemas educativos formais e os sistemas de apoio que devem ser tidas em conta na criação de um sistema baseado em ambientes em linha e meios sociais. São elas: conteúdo predefinido versus conteúdo criado pelo utilizador; motivações individuais versus interesses de qualificação conjuntos; actividade de duração limitada versus actividade contínua e sustentável; disciplinas e áreas temáticas versus perspectiva aberta sobre as aptidões dos participantes. Com base nestes quatro requisitos, são descritos alguns aspectos fundamentais de um sistema de apoio. O sistema assenta em formas existentes de ambientes em linha, embora mais desenvolvidas e com um apoio metódico e sistemático. Um sistema de apoio pode consistir numa combinação de ambientes de aprendizagem individuais coordenados através de comunidades de aprendizagem em linha ou de uma rede pessoal de aprendizagem. Uma metodologia baseada em formas circulares de trabalho favorece os processos nos diferentes meios, com o objectivo de fazer progredir o desenvolvimento individual. eLearning Papers • www.elearningpapers.eu • ISSN 1887-1542 Nº 22 • Dezembro 2010 • PT 5 Sirin Soyoz Universidade Aberta, Reino Unido Quando utilizado de forma eficaz, o e-portfolio permite melhorar as competências digitais dos estudantes e transmitir aos professores uma melhor ideia dos conhecimentos e das necessidades dos seus alunos. Palavras-chave alfabetização digital, universidade, portfolio, professor, formação, TIC, PDP Texto completo http://www.elearningeuropa.i nfo/files/media/media24549. pdf Argumentos contra e a favor dos e-portfolios na formação dos futuros professores Já muito foi discutido sobre o recurso às tecnologias da informação e da comunicação (TIC) para melhorar tanto a aprendizagem como o ensino. Com o surgimento de ferramentas e tecnologias digitais, é hoje fundamental que os professores recém-licenciados saibam utilizar eficazmente a tecnologia no ensino. Graças ao e-portfolio, os estudantes podem guardar os seus trabalhos, registar os seus progressos, ter acesso a horários de aulas e recursos digitais pessoais, assim como colaborar entre si no espaço de aprendizagem em linha. Quando utilizado de forma eficaz, o e-portfolio permite melhorar as competências digitais dos estudantes e transmitir aos professores uma melhor ideia dos conhecimentos e das necessidades dos seus alunos. Este artigo pretende explorar as vantagens e desvantagens dos e-portfolios na formação de futuros professores no que toca ao modo como facilitam o processo de desenvolvimento pessoal dos estudantes de cursos pedagógicos no ensino superior. Um sistema de e-portfolio integrado no currículo poderia apoiar o desenvolvimento dos estudantes que pretendem ensinar inglês como língua estrangeira, ajudá-los a tornar-se utilizadores eficientes das TIC e aumentar as suas possibilidades de encontrar trabalho. Contudo, o processo de adopção do eportfolio pode trazer vários inconvenientes a nível pedagógico e técnico se as estratégias fundamentais não forem aplicadas com cautela. eLearning Papers • www.elearningpapers.eu • ISSN 1887-1542 Nº 22 • Dezembro 2010 • PT 6 Tony Toole Project Director, Universidade de Sir Gâr – Campus Graig, País de Gales Petra Newrly Project Manager, MFG Baden-Württemberg (Public Innovation Agency for ICT and Media) Simona Pede Junior Project Manager, MFG Baden-Württemberg (Public Innovation Agency for ICT and Media) Lara Marcellin Area Manager, CSP Innovazione nelle ICT Este artigo refere não só os obstáculos e os desafios, mas também as oportunidades abertas pela utilização de ferramentas da Web 2.0 que actualmente influenciam os sistemas de formação europeus no desenvolvimento de acções de formação profissional e para adultos mais colaborativas e mais centradas no formando. Palavras-chave aprendizagem em linha, aprendizagem mista, formação profissional, Web 2.0, redes sociais, plataforma colaborativa Texto completo http://www.elearningeuropa.i nfo/files/media/media24551. pdf Como promover a utilização dos meios sociais no ensino e formação profissional e nos sistemas de formação para adultos na Europa. Exemplo prático do projecto europeu SVEA É cada vez mais frequente a utilização das aplicações dos meios sociais como o Twitter, os blogues e o Facebook na nossa vida quotidiana pessoal e profissional. Para além disso, várias instituições de ensino estão a tomar consciência de que as referidas aplicações podem ser eficazmente integradas nos seus sistemas de aprendizagem. Não obstante, são ainda poucas as que as utilizam para modernizar os seus sistemas de formação e disponibilizar serviços mais centrados no formando. Para promover as vantagens e, por conseguinte, a utilização dos meios sociais nos sistemas de formação profissional e de formação de adultos, é necessária a adopção de medidas mais específicas. Uma delas consiste em transmitir aos formadores os conhecimentos necessários para integrar aplicações da Web 2.0 nas acções de formação que ministram e incentivar a sua utilização no sector do ensino e formação profissional (EFP). No entanto, antes de poder desenvolver eficazmente acções de formação para a utilização de aplicações da Web 2.0, há que conhecer tanto os obstáculos associados à sua utilização como as necessidades do utilizador, elementos a ter em conta no desenvolvimento de novos métodos de formação que integram aplicações dos meios sociais. Este artigo refere não só os obstáculos e os desafios, mas também as oportunidades abertas pela utilização de ferramentas da Web 2.0 que actualmente influenciam os sistemas de formação europeus no desenvolvimento de acções de formação profissional e para adultos mais colaborativas e mais centradas no formando. O artigo demonstra que os elementos de formação centrados no formando, tais como as plataformas de formação em linha colaborativas, podem ser integrados em sistemas de cursos e proporcionar a funcionalidade necessária para disponibilizar serviços específicos tanto a formandos como a formadores, apoiando assim a aprendizagem ao longo da vida na Europa. Do mesmo modo, o artigo descreve como foram desenvolvidos módulos de formação específicos para apoiar os formadores das instituições de EFP e de formação para adultos na adopção de ferramentas dos meios sociais nos seus cursos. O artigo baseia-se nos primeiros resultados obtidos pelo projecto SVEA após uma análise regional sobre a utilização dos meios sociais nos sistemas de formação do EFP e de formação para adultos na Europa. Esta análise foi realizada em cinco regiões: BadenWürttemberg (Alemanha), Vlaams-Brabant (Bélgica), Extremadura (Espanha), Piamonte (Itália) e Gales (Reino Unido). O projecto SVEA é financiado pela Comissão Europeia através do programa de aprendizagem ao longo da vida Leonardo da Vinci. eLearning Papers • www.elearningpapers.eu • ISSN 1887-1542 Nº 22 • Dezembro 2010 • PT 7
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