julho 2015 - Revista O Pão Nosso de cada dia

Transcrição

julho 2015 - Revista O Pão Nosso de cada dia
ANO X - Nº 07
EDIÇÃO
115
JULHO - 2015
SUMÁRIO
INTENÇÕES DO MÊS
Liturgia de julho
03
Rito da missa da comunidade
117
ABC da liturgia
126
Reunião de Núcleo Ambiental
139
Cantos para a Liturgia do mês
144
ABC do cristianismo 06, 13, 17, 29, 35,
42, 51, 62, 73, 84, 116
Geral: Política e caridade
Para que a responsabilidade política seja
vivida em todos os níveis como uma forma
elevada de caridade.
AGENDAS IMPORTANTES
Dia 03 - São Tomé
Dia 09 - Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus
Dia 11 - São Bento
Dia 14 - São Camilo de Lélis
Dia 15 - São Boaventura
Dia 16 - Nossa Senhora do Carmo
Dia 17 - Beato Inácio de Azevedo e Companheiros
Dia 22 - Santa Maria Madalena
Dia 25 - São Tiago Maior
Dia 26 - São Joaquim e Sant’Ana
Dia 29 - Santa Marta
Dia 31 - Santo Inácio de Loyola
Missionária: Os pobres na América Latina
Para que, diante das desigualdades sociais, os
cristãos da América Latina deem testemunho
do amor pelos pobres e contribuam para uma
sociedade mais fraterna.
JULHO 2015
D
S
T
5
12
19
26
6
13
20
27
7
14
21
28
Autores:
Pe. Antonio José de Almeida
Frei Ildo Perondi
Fabrizio Zandonade Catenassi
Izaura Maria Valério
Patrícia Zaganin Rosa Martins
Q
1
8
15
22
29
Q
2
9
16
23
30
S
3
10
17
24
31
S
4
11
18
25
100
95
75
25
5
0
ISSN 1984-0373
Humanitas Vivens Ltda
Ano X, N.º 07
Fascículo 115 (Julho 2015)
Marialva (PR) 2015
Copyright 2009 by Antonio José de ALMEIDA
AUTOR E COORDENADOR GERAL
Prof. Dr. Pe. Antonio José de ALMEIDA
EDITOR RESPONSÁVEL:
Prof. Dr. José Francisco de Assis DIAS
CAPA, DIAGRAMAÇÃO E DESIGN:
Marilise Tatiane de LIMA SANTOS
ASSESSORIA EDITORIAL:
Prof. Ronaldo de OLIVEIRA
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP)
O Pão Nosso de Cada Dia: subsídio litúrgico-catequético mensal/ Humanitas Vivens.
–- Vol. 1 n. 1 (2006)- . – Sarandi,Pr: Humanitas Vivens, 2008Mensal
ISSN
Os primeiros fascículos foram publicados pela Editora Aja
1. Igreja católica – Liturgia. 2. Igreja católica – Catequese. 3. Pastoral – Missal quotidiano.
CDD 21.ed. 264.02
Ivani Baptista – Bibliotecária CRB/9-331
O conteúdo da obra, bem como os argumentos expostos, é de responsabilidade exclusiva de seus autores,
não representando o ponto de vista da Editora, seus representantes e editores.
Todos os direitos reservados.
Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou quaisquer meios ou
arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem permissão escrita do Autor e da Editora Humanitas
Vivens Ltda.
www.humanitasvivens.com.br – [email protected]
100
95
75
25
5
0
01
QUARTA-FEIRA DA 13ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
Antífona da entrada
Povos todos, aplaudi e aclamai a Deus com
brados de alegria.
Oração do dia
Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos
da luz. Concedei que não sejamos envolvidos
pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas
vidas a luz da vossa verdade.
Leitura - Gn 21,5.8-20
Leitura do Livro do Gênesis
5
Abraão tinha cem anos quando lhe nasceu
o filho Isaac. 8 Entretanto, o menino cresceu e
foi desmamado; e no dia em que o menino foi
desmamado, Abraão deu um grande banquete.
9
Sara, porém, viu o filho que a egípcia Agar dera
a Abraão brincando com Isaac. 10 E disse a
Abraão: "Manda embora essa escrava e seu
filho, pois o filho de uma escrava não pode ser
herdeiro com o meu filho Isaac". 11 Abraão ficou
muito desgostoso com isso, por se tratar de um
filho seu. 12 Mas Deus lhe disse: "Não te aflijas
por causa do menino e da tua escrava. Atende a
tudo o que Sara te pedir, pois é por Isaac que
uma descendência levará o teu nome. 13 Mas do
filho da escrava farei também um grande povo,
por ele ser da tua raça". 14 Abraão levantou-se de
manhã, tomou pão e um odre de água e os deu a
Agar, colocando-os nos ombros dela: depois,
entregou-lhe o menino e despediu-a. Ela foi-se
embora e andou vagueando pelo deserto de
Bersabeia. 15 Tendo acabado a água do odre,
largou o menino debaixo de um arbusto, 16 e foi
sentar-se em frente dele, à distância de um tiro
de arco. Pois dizia consigo: "Não quero ver o
menino morrer". Assim, ficou sentada defronte
ao menino, e pôs-se a gritar e a chorar. 17 Deus
ouviu o grito do menino e o anjo de Deus
chamou do céu a Agar, dizendo: "Que tens
Agar? Não tenhas medo, pois Deus ouviu a voz
do menino do lugar em que está. 18 Levanta-te,
toma o menino e segura-o bem pela mão,
porque farei dele um grande povo". 19 Deus
abriu-lhe os olhos, e ela viu um poço de água.
Foi então encher o odre e deu de beber ao
menino. 20 Deus estava com o menino, que
cresceu e habitou no deserto. tornando-se um
jovem arqueiro. - Palavra do Senhor.
Dia 01 de Julho - Quarta-feira da 13ª Semana do Tempo Comum
LITURGIA DE JULHO
Salmo responsorial - Sl 33
R. Este infeliz gritou a Deus, e foi
ouvido.
1. Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e
o Senhor o libertou de toda angústia. O anjo do
Senhor vem acampar ao redor dos que o
temem, e os salva. R.
2. Respeitai o Senhor Deus, seus santos
todos, porque nada faltará aos que o temem. Os
ricos empobrecem, passam fome, mas aos que
buscam o Senhor não falta nada. R.
3. Meus filhos, vinde agora e escutai-me:
vou ensinar-vos o temor do Senhor Deus. Qual
o homem que não ama sua vida, procurando ser
100
95
75
25
5
03
0
Dia 01Dia
de 01
Julho
de Maio
- Quarta-feira
- Quarta-Feira
da 13ª Semana
da 5ª Semana
do Tempo
da Comum
Páscoa
feliz todos os dias? R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V Deus nos gerou pela palavra da verdade
como as primícias de suas criaturas. R.
Evangelho - Mt 8,28-34
O exorcismo, de que fala o Evangelho,
devolve o ser humano a si mesmo, à sua
liberdade, à vida. O exorcismo é parte essencial
da atividade de Jesus. O mal não é mais uma
fatalidade: é possível vencê-lo. Sempre
estaremos expostos ao mal, e ele nos amedrontará. Temos, porém, a responsabilidade de
enfrentá-lo. Uma coisa é ter medo – o que é
normal; outra coisa é ser possuído pelo medo –
o que é mal e sinal de que alguma coisa muito
séria não está nada bem.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo: 28 Quando Jesus chegou à
outra margem do lago, na região dos
gadarenos, vieram ao seu encontro dois
homens possuídos pelo demônio, saindo dos
túmulos. Eram tão violentos, que ninguém
podia passar por aquele caminho. 29 Eles então
gritaram: "O que tens a ver conosco, Filho de
Deus? Tu vieste aqui para nos atormentar antes
do tempo?" 30 Ora, a certa distância deles,
estava pastando uma grande manada de
porcos. 31 Os demônios suplicavam-lhe: "Se
nos expulsas, manda-nos para a manada de
porcos." 32 Jesus disse: "Ide." Os demônios
saíram, e foram para os porcos. E logo toda a
manada atirou-se monte abaixo para dentro do
mar, afogando-se nas águas. 33 Os homens que
guardavam os porcos fugiram e, indo até à
cidade, contaram tudo, inclusive o caso dos
possuídos pelo demônio. 34 Então a cidade toda
saiu ao encontro de Jesus. Quando o viram,
pediram-lhe que se retirasse da região deles.
04
- Palavra da Salvação.
Prece dos fiéis
O exorcismo praticado por Jesus é um sinal
de que Jesus antecipou a vitória completa da
vida e da liberdade no fim dos tempos.
Invoquemos o seu auxílio, dizendo: Livrai-nos
de todo o mal, Senhor Jesus.
1. Senhor Jesus, vencedor do inimigo,
livrai a vossa Igreja das ciladas do Demônio,
libertai do seu poder os fiéis que por Vós
clamam e ensinai-os a expulsá-lo pela força da
oração. Nós vos pedimos.
2. Senhor Jesus, vencedor de Satanás,
levantai com o vosso braço os cristãos que ele
faz cair, ajudai-os a ser fortes e a fugir da
tentação e restituí-lhes a vida e a liberdade que
o Maligno lhes tirou. Nós vos pedimos.
3. Senhor Jesus, médico dos corpos e das
almas, curai todos os que sofrem de doenças
psíquicas e espirituais, fortalecei os deprimidos
e acalmai os furiosos, e ensinai as suas famílias
a ajudá-los com o amor. Nós vos pedimos.
4. Senhor Jesus, sempre atento àqueles
que sofrem, sustentai com a vossa força os
mais fracos e doentes, animai pelo vosso
Espírito os que choram e estão tristes e escutai
a oração dos pobres e rejeitados. Nós vos
pedimos.
5. Senhor Jesus, Pastor das nossas
comunidades, ensinai-as e guiai-as pelos
caminhos do bem, sede a fonte da esperança
dos que buscam a unidade e cicatrizai as feridas
do passado. Nós vos pedimos.
Escutai, Senhor Jesus, as nossas súplicas,
não deixeis que nos afastemos de Vós, e ficai
sempre conosco. Vós que sois Deus com o Pai
na unidade do Espírito Santo.
100
95
75
Oração sobre as oferendas
25
Ó Deus, que nos assegurais os frutos dos
vossos sacramentos, concedei que o povo
5
0
Oração depois da comunhão
Cristo, que oferecemos em sacrifício e recebemos em comunhão, nos transmitam uma vida
nova, para que, unidos a vós pela caridade que
não passa, possamos produzir frutos que
permaneçam.
Ó Deus, o Corpo e o Sangue de Jesus
E
A Semente na Terra - Mt 8,28-34
ste é o primeiro exorcismo* do Evangelho de Mateus. Depois de acalmar a tempestade,
que apavora os discípulos, Jesus vence a própria raiz do medo, o diabo. A libertação que
Jesus opera atinge aquele que detém o poder da morte e, assim, liberta os que, por
medo da morte, eram escravos a vida toda (cf. Hb 2,14ss.).
- “Diabo”* quer dizer divisor, divididor, aquele que divide. Através da mentira – da qual é o
pai (cf. Jo 8,44) – ele divide o ser humano da sua verdade de filho e irmão. Os endemoninhados
não são livres, senhores de si, mas “possuídos”, escravos. Simbolizam a realidade humana em
maior ou menor grau “possuída” pelo desconhecimento da verdade. Estamos, em algum nível,
divididos da realidade, mais ou menos estranhados de tudo e de todos. Feito para a vida e a
liberdade, o ser humano – uns mais, outros menos – encontram-se habitados pela morte e
mortos na sua liberdade. Nos “possuídos”, o mal se apresenta em seu estado agudo. É mais fácil
vê-lo, diagnosticá-lo, atacá-lo. O mal crônico, corriqueiro, quotidiano – talvez o da maioria de nós
– pode, entretanto, ser até mais insidioso, pois se mascara, se camufla, tem duas caras.
- O exorcismo – no seu significado mais profundo – restitui o ser humano a si mesmo, à sua
liberdade, à vida. O exorcismo é parte essencial da atividade de Jesus. O mal não é mais uma
fatalidade: é possível vencê-lo. Sempre estaremos expostos ao mal, e ele nos amedrontará.
Temos, porém, a responsabilidade de enfrentá-lo. Uma coisa é ter medo – o que é absolutamente
normal e sinal de normalidade; outra coisa é ser possuído pelo medo – o que é mal e sinal de que
alguma coisa não está nada bem.
- Jesus exorciza com a palavra. Sua força é a Palavra. A Palavra é a casa da verdade. A
Palavra é a própria verdade. Ela tem o poder de desmentir e desmascarar a mentira, que nos
engana na profundidade do nosso ser (cf. Gn 3,1-7). Enquanto a incredulidade nos torna filhos do
pai da mentira, a fé nos faz filhos e filhas do Pai da Vida.
- Somos escravos do medo na medida em que não cremos; à medida que cremos, nos
libertamos do medo. Medo e fé se opõem como trevas e luz, morte e vida. O exorcismo é uma luta
entre desconfiança e confiança. Dura a vida toda. Só se concluirá quando nos confiarmos ao Pai
da Vida.
Dia 01 de Julho - Quarta-feira da 13ª Semana do Tempo Comum
reunido para vos servir corresponda à santidade
dos vossos dons.
100
95
O Minuto do Concílio
“Dessas relações familiares entre os leigos e os Pastores se devem esperar
muitos benefícios para a Igreja.” (Lumen gentium 37)
75
Santos do dia: Teodorico de Reims (+ 533). Rumbold (+ 755). Inácio Falzon (1813 – 1875).
25
Testemunhas do Reino: Túlio Maruzzo e Luiz Navarrete (Guatemala, 1981). Mariano Delaunay
(Haiti, 1990).
5
05
0
Dia 02Dia
de 01
Julho
de Maio
- Quinta-feira
- Quarta-Feira
da 13ª Semana
da 5ª Semana
do Tempo
da Comum
Páscoa
Datas comemorativas: Entrada em ação do Tribunal Penal Internacional (2002). Instituição do
“real” como unidade monetária. Dia Nacional do Revendedor de Refrigeração. Dia Nacional do
SESI. Dia dos Antepassados. Dia da Vacina BCG. Dia Mundial da Arquitetura. Primeira Olimpíada,
em Olímpia, Grécia (776 a.C.).
ABC DO CRISTIANISMO
[1] Diabo. A palavra “diabo” (cf. Mt 4,1.5.8.11) vem do grego “diábolos” e significa “aquele que
divide”, “divisor”, “divididor”. A palavra “diabo” indica, então, uma das funções ou características do
“espírito maligno”, que é justamente a de dividir o homem de Deus e deixá-lo só, o que contradiz a
vocação profunda do ser humano, que é a comunhão com Deus. O “espírito do mal” é chamado também
de “tentador” (cf. Mt 4,3), que tenta nos derrubar, fazer-nos cair. Recebe também o nome de “satanás”
(cf. Mt 4,10), que tem o sentido de “acusador”. Uma vez caídos, nos acusa implacavelmente, fundindonos com nossa culpa.
[2] Exorcismo. Rito destinado a libertar o ser humano do espírito do mal. O mal, segundo a Bíblia,
tem origem na mentira. A verdade desmente o espírito do mal – que quer nos fazer crer que Deus não
quer que sejamos como Ele (cf. Gn 2) – e o dissolve, como as trevas quando chega a luz. No Evangelho
de Marcos, um exorcismo é colocado já no 1º capítulo. Aqui, o exorcismo tem um valor programático
(faz parte do plano de Jesus): toda a atividade de Jesus visa a libertar o ser humano do espírito do mal,
que o mantém escravo. O espírito do mal é chamado de “espírito imundo”, isto é, que tem a ver com a
morte. O Espírito de Deus, ao contrário, é Espírito de vida, ama e promove a vida (cf. Sb 11,26).
02
QUINTA-FEIRA DA 13ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
Antífona a entrada
Povos todos, aplaudi e aclamai a Deus com
brados de alegria.
Oração do dia
Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos
da luz. Concedei que não sejamos envolvidos
pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas
vidas a luz da vossa verdade.
Primeira leitura - Gn 22,1-19
Leitura do Livro do Gênesis
Naqueles dias: 1 Deus pôs Abraão à prova.
Chamando-o, disse: "Abraão!" E ele respondeu:
06
"Aqui estou". 2 E Deus disse: "Toma teu filho
único, Isaac, a quem tanto amas, dirige-te à
terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto
sobre um monte que eu te indicar". 3 Abraão
levantou-se bem cedo, selou o jumento, tomou
consigo dois dos seus servos e seu filho Isaac.
Depois de ter rachado lenha para o holocausto,
pôs-se a caminho, para o lugar que Deus lhe
havia ordenado. 4 No terceiro dia, Abraão, levantando os olhos, viu de longe o lugar. 5 Disse,
então, aos seus servos: "Esperai aqui com o
jumento, enquanto eu e o menino vamos até lá.
Depois de adorarmos a Deus, voltaremos a
vós". 6 Abraão tomou a lenha para o holocausto
e a pôs às costas do seu filho Isaac, enquanto
ele levava o fogo e a faca. E os dois continuaram
caminhando juntos. 7 Isaac disse a Abraão:
"Meu pai". "Que queres, meu filho?", respondeu
100
95
75
25
5
0
Salmo responsorial - Sl 114
R. Andarei na presença de Deus, junto
a ele, na terra dos vivos.
1. Eu amo o Senhor, porque ouve o grito da
minha oração. Inclinou para mim seu ouvido,
no dia em que eu o invoquei. R.
2. Prendiam-me as cordas da morte,
apertavam-me os laços do abismo; invadiam-
me angústia e tristeza: eu então invoquei o
Senhor "Salvai, ó Senhor, minha vida!" R.
3. O Senhor é justiça e bondade, nosso
Deus é amor-compaixão. É o Senhor quem
defende os humildes: eu estava oprimido, e
salvou-me. R.
4. Libertou minha vida da morte, enxugou
de meus olhos o pranto e livrou os meus pés do
tropeço. Andarei na presença de Deus, junto a
ele na terra dos vivos. R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Em Cristo, Deus reconciliou consigo
mesmo a humanidade; e a nós ele entregou
esta reconciliação. R.
Evangelho - Mt 9,1-8
Os mestres da Lei estão fechados a uma
nova revelação de Deus. Escandalizam-se
quando Jesus diz ao paralítico: “Os teus
pecados estão perdoados.” Por que será que
queremos enquadrar Deus nos nossos
esquemas e não vivemos abertos à sua
imprevisível novidade?
Dia 02 de Julho - Quinta-feira da 13ª Semana do Tempo Comum
ele. E o menino disse: "Temos o fogo e a lenha,
mas onde está a vítima para o holocausto?"
8
Abraão respondeu: "Deus providenciará a
vítima para o holocausto, meu filho". E os dois
continuaram caminhando juntos. 9 Chegados
ao lugar indicado por Deus, Abraão ergueu um
altar, colocou a lenha em cima, amarrou o filho
e o pôs sobre a lenha em cima do altar.
10
Depois, estendeu a mão, empunhando a faca
para sacrificar o filho. 11 E eis que o anjo do
Senhor gritou do céu, dizendo: "Abraão!
Abraão!" Ele respondeu: "Aqui estou!" 12 E o anjo
lhe disse: "Não estendas a mão contra teu filho
e não lhe faças nenhum mal! Agora sei que
temes a Deus, pois não me recusaste teu filho
único". 13 Abraão, erguendo os olhos, viu um
carneiro preso num espinheiro pelos chifres; foi
buscá-lo e ofereceu-o em holocausto no lugar
do seu filho. 14 Abraão passou a chamar aquele
lugar: "O Senhor providenciará". Donde até hoje
se diz: "O monte onde o Senhor providenciará".
15
O anjo do Senhor chamou Abraão, pela
segunda vez, do céu, 16 e lhe disse: "Juro por
mim mesmo - oráculo do Senhor -, uma vez
que agiste deste modo e não me recusaste teu
filho único, 17 eu te abençoarei e tornarei tão
numerosa tua descendência como as estrelas
do céu e como as areias da praia do mar. Teus
descendentes conquistarão as cidades dos
inimigos. 18 Por tua descendência serão
abençoadas todas as nações da terra, porque
me obedeceste". 19 Abraão tornou para junto
dos seus servos, e, juntos, puseram-se a
caminho de Bersabeia, onde Abraão passou a
morar. - Palavra do Senhor.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo: 1 Entrando em um barco,
Jesus atravessou para a outra margem do lago e
foi para a sua cidade. 2 Apresentaram-lhe,
então, um paralítico deitado numa cama. Vendo
a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico:
"Coragem, filho, os teus pecados estão
perdoados!" 3 Então alguns mestres da Lei
pensaram: "Esse homem está blasfemando!"
4
Mas Jesus, conhecendo os pensamentos
deles, disse: "Por que tendes esses maus
pensamentos em vossos corações? 5 O que é
mais fácil, dizer: 'Os teus pecados estão
perdoados', ou dizer: 'Levanta-te e anda'?
6
Pois bem, para que saibais que o Filho do
Homem tem na terra poder para perdoar
100
95
75
25
5
07
0
Dia 02Dia
de 01
Julho
de Maio
- Quinta-feira
- Quarta-Feira
da 13ª Semana
da 5ª Semana
do Tempo
da Comum
Páscoa
pecados, - disse, então, ao paralítico "Levanta-te, pega a tua cama e vai para a tua
casa". 7 O paralítico então se levantou, e foi para
a sua casa. 8 Vendo isso, a multidão ficou com
medo e glorificou a Deus, por ter dado tal poder
aos homens. - Palavra da Salvação.
movimentar-se, pelos amigos que os ajudam
nos seus problemas e por aqueles que estão
sempre ao seu dispor, rezemos ao Senhor.
5. Pelos fiéis aqui reunidos em assembleia, pelos que valorizam a saúde física e
espiritual e pelos que dão graças a Deus por sua
misericórdia, rezemos ao Senhor.
Prece dos fiéis
A cena do Evangelho revela-nos que Jesus
não queria só a cura do corpo, mas também a
do espírito. Peçamos ao Pai que nos dê essa
mesma sensibilidade, dizendo: Ouvi-nos,
Senhor.
1. Pelos ministros do perdão na santa
Igreja, pelos fiéis que se arrependem do mal
que fazem e pelos doentes que são curados e
perdoados, rezemos ao Senhor.
2. Pelos pais que amam a Deus e nada Lhe
negam, pelos filhos que confiam totalmente no
amor dos pais e pelos que reconhecem na Cruz
o sinal da salvação, rezemos ao Senhor.
3. Pelos homens e mulheres crentes que
obedecem à voz de Deus, pelos que confiam
naquilo que Ele lhes promete e pelos que
esperam ver o Senhor na terra dos vivos,
rezemos ao Senhor.
4. Pelos doentes que têm dificuldade em
O
Senhor, Deus de misericórdia, que conheceis o íntimo dos corações, ensinai-nos a
louvar-Vos e a bendizer-Vos. Por Cristo, nosso
Senhor.
Oração sobre as oferendas
Ó Deus, que nos assegurais os frutos dos
vossos sacramentos, concedei que o povo
reunido para vos servir corresponda à santidade
dos vossos dons.
Oração depois da comunhão
Ó Deus, o Corpo e o Sangue de Jesus
Cristo, que oferecemos em sacrifício e recebemos em comunhão, nos transmitam uma
vida nova, para que, unidos a vós pela caridade
que não passa, possamos produzir frutos que
permaneçam.
A Semente na Terra - Mt 9,1-8
paralítico simboliza o ser humano impedido de caminhar para a sua meta. Somos seres a
caminho. Não estamos em casa onde estamos. Sentimo-nos estranhos em todo lugar,
porque nenhum lugar é nossa pátria. Nossa verdadeira pátria é outro lugar. A cidade
terrestre não é a nossa cidade. Estamos em busca da cidade futura (Hb 13,13ss.). Somos da
família de Deus e temos saudades de nosso verdadeiro lar (Ef 2,19). Nossa vocação é nos
tornarmos perfeitos como o Pai (Mt 5,48). Só Nele atingiremos a finalidade para a qual fomos
criados, a nossa casa, no amor mútuo, onde um habita no outro (cf. Jo 14,23ss.). A meta da nossa
estrada é estar em Deus como Deus está em nós, sendo uma casa para o outro!
- O pecado, porém, impede caminhar. É uma paralisia interior que nos torna imóveis.
Imobilizados, não conseguimos atingir o alvo, chegar à própria meta. Na Bíblia, a palavra mais
usada para designar o pecado significa “errar o alvo”. O pecado é justamente isso: errar o alvo,
não atingir a meta!
- O paralítico, além disso, está de cama. A paralisia crava o paralítico no leito. É o símbolo
08
100
95
75
25
5
0
Dia 03 de Julho - Sexta-feira - São Tomé Apóstolo - Festa
da lei. Ela é boa em si, mas pode virar uma prisão para quem não a pratica. A sua função é mostrar
o bem como bem e o mal como mal.
- Sua função é passageira: como pedagogo, deve conduzir a Jesus, o mestre perfeito.
Quem se encontra com Jesus encontra-se com alguém que assume a lei e vai muito além dela,
pois é o Caminho, a Verdade, a Vida (cf. Jo 14,6). A lei mostra o caminho, mas não ajuda a entrar
na casa.
- A lei condena, mas só Cristo perdoa. Uma vez perdoado – porque misericordiosamente
amado – o paralítico torna-se capaz de caminhar. “Caminhar” é, aqui, o modo concreto – e
correto – de comportar-se. Agora, o paralítico é capaz de carregar a cama (a lei) que, antes, o
levava. Quem é amado é perdoado e quem é mais perdoado, amará mais (Lc 7,42ss.). Além disso,
como ensina o Apóstolo, o amor é o pleno cumprimento da Lei (Rm 13,10).
- Jesus perdoa os pecados porque pode perdoar. Não é nenhuma ousadia humana. Não é
nenhuma pretensão indevida. Se perdoa – e perdoar é algo que só Deus pode fazer – ele está se
“fazendo” igual a Deus, o único que perdoa. E perdoa sem condições: não porque nos
convertemos, mas para que possamos nos converter.
- O Filho do Homem, ao invés de julgar, absolve; ao invés de condenar, perdoa; ao invés de
punir, expia os nossos pecados; ao invés nos de manter paralisados nos nossos pecados, afasta
os nossos pecados para longe de nós. Manda embora os nossos fracassos, jogando longe de nós
todo o mal que fazemos e carregamos dentro de nós como uma gosma pegajosa, que nos
imobiliza por dentro e por fora.
- Os escribas, diante da palavra de Jesus, pensam logo em blasfêmia, mas Jesus não se
enquadra em suas categorias. Acusado de blasfêmia, ele será julgado, condenado e justiçado O
pecado é justamente isso: errar o alvo, não atingir a meta! na cruz. Do alto da cruz, ele absolve a
todos, perdoa e liberta: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”! Será a máxima
manifestação do poder, quer dizer, do amor de Deus.
O Minuto do Concílio
“O que a alma é no corpo devem ser os cristãos no mundo.” (Lumen gentium 37)
Santos do dia: Processo e Martiniano (+ 70). Swithun (800-863). Ruzo (Rugo) de Kempten
(século X). Swithun (+ 863). Leto de Provins (1155-1169). Pedro de Luxemburgo (1369-1387).
Bernardino Realino (1530-1616). Jacó Frederico Bussereau (1863-1919).
Datas comemorativas: Dia Nacional do Bombeiro. Dia Nacional do Hospital. Rebelião dos
tupinambás (1617). Dia da Independência da Bahia (1823). Morte de Giuseppe Garibaldi, “herói
dos dois mundos” (1882). Nascimento de Lumumba (1925).
100
95
03
SEXTA-FEIRA - SÃO TOMÉ APÓSTOLO - Festa
75
(Cor vermelha - Glória - Ofício festivo do Comum dos Apóstolos e próprio)
Seu nome hebraico é “toâm”. Em grego,
esse nome tornou-se ‘Thomâs”, embora sua
tradução seria Dídymos, que quer dizer
“gêmeo”. Tomé é um dos Doze (Mt 10,3; Mc
3,18; Lc 6,15; Jo 11,16; 14,5; 20,24-28; 21,2;
25
5
09
0
Dia 03
01 de Julho
Maio - Quarta-Feira
Sexta-feira - São
da 5ªTomé
Semana
Apóstolo
da Páscoa
- Festa
At 1,13). No Evangelho de João, Tomé aparece
como o tipo do discípulo que crê depois de ter
duvidado (o que corresponde perfeitamente à
caminhada humana da fé) ou depois de ter visto
e tocado (o que, salvo o caso da ressurreição de
Jesus para os discípulos históricos, seria a
própria negação da fé) (cf. Jo 20,24-28). O Pe.
Vieira*, repetindo uma tradição luso-brasileira,
diz que, no envio dos apóstolos, “a S. Pedro
coube-lhe Roma e Itália; a S. João, a Ásia
Menor; a S. Tiago, Espanha; a S. Mateus,
Etiópia; a S. Simão, a Mesopotâmia; a S. Judas
Tadeu, o Egito; aos outros, outras províncias, e
finalmente a São Tomé esta parte da América
em que estamos, a que vulgar e indignamente
chamaram Brasil”. E pergunta por que, nesta
repartição, “coube o Brasil a Santo Tomé e não
a outro apóstolo”? E responde: “como São
Tomé, entre todos os apóstolos, foi o mais
culpado da incredulidade, por isso a São Tomé
lhe coube, na repartição do mundo, a missão do
Brasil, porque, onde fora maior a culpa, era
justo que fosse mais pesada a penitência (...)
Como se dissera o Senhor: os outros apóstolos,
que foram menos culpados na incredulidade,
vão pregar aos gregos, vão pregar aos
romanos, vão pregar aos etíopes, aos árabes,
aos armênios, aos sármatas, aos citas; mas
Tomé, que teve a maior culpa, vá pregar aos
gentios do Brasil, e pague a dureza de sua
incredulidade com ensinar à gente mais
bárbara e mais dura. Bem o mostrou o efeito”
(Sermão do Espírito Santo).
reconheceu como Senhor.
Leitura - Ef 2,19-22
Leitura da Carta de São Paulo aos
Efésios
Irmãos: 19 Já não sois mais estrangeiros
nem migrantes, mas concidadãos dos santos.
Sois da família de Deus. 20 Vós fostes integrados no edifício que tem como fundamento
os apóstolos e os profetas, e o próprio Jesus
Cristo como pedra principal. 21 É nele que toda a
construção se ajusta e se eleva para formar um
templo santo no Senhor. 22 E vós também
sois integrados nesta construção, para vos
tornardes morada de Deus pelo Espírito.
- Palavra do Senhor.
Salmo responsorial - Sl 116
R. Ide, por todo o mundo, a todos
pregai o Evangelho.
1. Cantai louvores ao Senhor, todas as
gentes, povos todos, festejai-o! R.
2. Pois comprovado é seu amor para
conosco, para sempre ele é fiel! R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Acreditaste, Tomé, porque me viste.
Felizes os que creem, sem ter visto. R.
Antífona da entrada
Evangelho - Jo 20,24-29
Vós sois o meu Deus e eu vos dou graças;
vós sois o meu Deus e eu vos exalto: eu vos dou
graças porque sois o meu Salvador.
Oração do dia
Deus todo-poderoso, concedei-nos celebrar com alegria a festa de São Tomé, para que
sejamos sempre sustentados por sua proteção
e tenhamos a vida pela fé no Cristo que ele
10
Tomé não estava quando Jesus apareceu
aos discípulos fechados no Cenáculo. Não crê
que Jesus lhes tenha ressuscitado, primeiro,
porque não acredita no testemunho dos seus
irmãos e, segundo, porque quer ver Jesus com
os próprios olhos, tocá-lo com suas mãos. Por
isso, Jesus elogia os que, como nós, creem por
ter ouvido e sem ter visto!
100
95
75
25
5
0
24
Tomé, chamado Dídimo, que era um dos
doze, não estava com eles quando Jesus veio.
25
Os outros discípulos contaram-lhe depois:
"Vimos o Senhor!". Mas Tomé disse-lhes: "Se
eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se
eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e
não puser a mão no seu lado, não acreditarei"
26
Oito dias depois, encontravam-se os
discípulos novamente reunidos em casa, e
Tomé estava com eles. Estando fechadas as
portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e
disse: "A paz esteja convosco". 27 Depois disse a
Tomé: "Põe o teu dedo aqui e olha as minhas
mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu
lado. E não sejas incrédulo, mas fiel". 28 Tomé
respondeu: "Meu Senhor e meu Deus!" 29 Jesus
lhe disse: "Acreditaste, porque me viste? Bemaventurados os que creram sem terem visto!"
- Palavra da Salvação.
Prece dos fiéis
Na festa do apóstolo São Tomé, apresentemos as nossas súplicas a Deus Pai, pela Igreja
e pelo mundo, dizendo, cheios de confiança:
Senhor, aumentai a nossa fé.
1. Pelas Igrejas da Índia e de todo o
Oriente, para que, por intercessão de São
Tomé, deem testemunho da ressurreição de
Jesus Cristo, rezemos ao Senhor.
2. Pelos bispos, presbíteros e diáconos,
para que, sobre o alicerce dos Apóstolos,
edifiquem a comunidade cristã em templo
santo, rezemos ao Senhor.
3. Por aqueles que governam as nações,
para que trabalhem, sem desfalecer, pela
justiça, pela paz e pela concórdia, rezemos ao
Senhor.
4. Pelos fiéis que acreditam em Jesus,
apesar de nunca O terem visto, para que Ele os
torne felizes e aumente a sua fé, rezemos ao
Senhor.
5. Por todos nós e pelos nossos familiares,
para que Deus faça de nós a sua morada, a fim
de O louvarmos agora e sempre, rezemos ao
Senhor.
Deus eterno e cheio de misericórdia, escutai
o povo que Vos invoca e, por intercessão de São
Tomé, dai-lhe a alegria de acreditar sem ter
visto. Por Cristo, nosso Senhor.
Oração sobre as oferendas
Ó Deus, nós vos oferecemos este sacrifício
de louvor, celebrando a profissão de fé de São
Tomé, vosso apóstolo, e, rendendo-vos o nosso
culto de servos, pedimos que conserveis em
nós os vossos dons.
Dia 03 de Julho - Sexta-feira - São Tomé Apóstolo - Festa
+Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo João
Prefácio dos Apóstolos, I
Os Apóstolos, pastores do povo de Deus
Na verdade, é justo e necessário, é nosso
dever e salvação dar-vos graças, sempre e em
todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e
todo-poderoso e cheio de bondade. Pastor
eterno, vós não abandonais o rebanho, mas o
guardais constantemente pela proteção dos
Apóstolos. E, assim a Igreja é conduzida pelos
mesmos pastores que pusestes à sua frente
como representantes de vosso Filho, Jesus
Cristo, Senhor nosso. Por ele, os anjos
celebram a vossa grandeza e os santos
proclamam vossa glória.
100
Oração depois da comunhão
95
75
Ó Pai, recebemos neste sacramento o
Corpo do vosso Filho único; concedei que
proclamemos o Cristo em nossa vida e nossas
ações, reconhecendo nele nosso Deus e
Senhor, como o apóstolo São Tomé.
25
5
11
0
Dia 03 de Julho - Sexta-feira - São Tomé Apóstolo - Festa
T
A Semente na Terra - Jo 20,24-29
omé, também chamado Dídimo (= gêmeo), não estava quando Jesus ressuscitado
apareceu aos discípulos naquele mesmo lugar em que garantira que não os deixaria
órfãos, que voltaria (Jo 14,18), para dar-lhes a sua paz (Jo 14,27) e a sua alegria (Jo
16,20.22).
- Tomé não estava e sucumbe à tentação de não acreditar no testemunho dos seus irmãos.
Quer ver Jesus com seus próprios olhos, tocá-lo com suas próprias mãos. Ele terá essa
oportunidade, não, porém, sem a participação “da” comunidade e “na” comunidade. A fé é
pessoal, mas não individual. A fé é sempre pessoal e comunitária. Por isso, Jesus censura Tomé
por não ter acreditado no testemunho dos outros e elogia os que haverão de crer sem ver.
- A insistência de Tomé em “ver”, “tocar”, “colocar” os dedos nas chagas tem a função de
mostrar a identidade entre o Ressuscitado e o Crucificado. O Ressuscitado não é um outro. O
Ressuscitado é o mesmo Crucificado. A Ressurreição tem como ponto de partida o Morto na cruz
e não um qualquer cuja vida não desembocou na Cruz. O Ressuscitado é como o fruto da semente
que, caindo na terra, morreu. Sem a Cruz, não há ressurreição; sem Ressurreição, a cruz seria o
mais trágico fracasso.
- Além de dúvidas sobre o Ressuscitado, Tomé exclui o valor do testemunho. A
evangelização cristã, que se apoia sobre o testemunho, experimenta seu segundo fracasso. O
primeiro foi o de Maria Madalena: “os apóstolos acharam que eram tolices o que as mulheres
contavam e não acreditaram nelas” (Lc 24,11). O segundo é esse, dos apóstolos em relação a
Tomé, que não crê na palavra dos irmãos (cf. Jo 20,25). A questão é séria, pois não aceitar o
testemunho dos outros destrói toda relação e toda possibilidade de transmissão de
conhecimento. Sem confiança razoável na palavra de outro, adeus humanidade, adeus
comunidade, adeus Igreja!
- Por outro lado, para nós, foi um bem essa ausência de Tomé. A sua ausência dá-nos a
possibilidade de compreender melhor a natureza da fé. Os primeiros discípulos tiveram a graça de
ver Jesus em sua condição histórica e em sua condição gloriosa, ressuscitada. Essa graça é
única, irrepetível, transferível sob alguns aspectos, intransferível sob outros. Mas a fé não está
presa nem àquela experiência dos discípulos (os que pregaram Jesus na cruz também o viram e
tocaram, mas não creram) nem à nossa situação atual (quem não vê não necessariamente crê). A
fé consiste em ver o invisível, em tocar o intangível, em compreender o incompreensível, pelo
dom do Espírito Santo. O “olho” do Espírito é que permite ler como sinal da Glória aquilo que os
olhos da carne veem como objetos e fatos da história. A fé é um ver e um tocar interiores. Sob este
aspecto – que é a essência da fé – nós e os discípulos históricos de Jesus estamos num terreno
comum.
100
95
O Minuto do Concílio
“Todos na Igreja são chamados à santidade.” (Lumen gentium 39)
Santos do dia: Tomé, apóstolo (século I). Anatólio de Laodiceia (+ 280). Heliodoro de Altino
[perto de Veneza] (340-405). Leão II (+683). Raimundo Lullo de Palma de Mallorca (1232-1316).
Testemunhas do Reino: Tomás Zavaleta (Nicarágua, 1987).
12
75
25
5
0
ABC DO CRISTIANISMO
[1] Pe. Antônio Vieira. Antônio Vieira (1608-1697) nasceu em Lisboa. Com 6 anos de idade, veio
para a Bahia, onde estudou no colégio dos jesuítas de Salvador. Ingressou na Companhia de Jesus –
jesuítas – em 1623. Ainda estudante, pregou seu primeiro sermão. Ordenado presbítero em 1633,
lecionou teologia no colégio em que estudara. Tornou-se famoso, sobretudo, por seus sermões.
Contribui para a resistência contra a invasão holandesa na Bahia. Em Portugal, foi conselheiro do rei e
diplomata. Por defender os judeus e aconselhar um acordo com os holandeses – economicamente
vantajoso – foi combatido pela Inquisição. De volta ao Brasil, trabalhou nas missões jesuítas do norte do
país (1652). No Maranhão, destacou-se na promoção da liberdade dos índios, explorados pelos
colonos portugueses. Diante do fracasso nessa missão, volta para Portugal, onde sofre novas
perseguições: a Inquisição o prendeu, processou e condenou por heterodoxia (1667), obrigando-o ao
silêncio. Libertado, partiu para Roma e, aí, obteve a revisão de seu processo. Em Roma e na Suécia,
pôde demonstrar seu talento de excelente pregador. Em Portugal, deu início à publicação de seus
Sermões. Finalmente, voltou à Bahia (1681), onde passou os últimos anos de sua vida. Foi uma das
maiores personalidades do século XVII, concentrando seus esforços em três campos: a libertação dos
índios e, com menos vigor, dos negros; a expulsão dos holandeses; o desenvolvimento econômico do
Brasil.
04
SÁBADO DA 13ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
Antífona da entrada
Povos todos, aplaudi e aclamai a Deus com
brados de alegria.
Oração do dia
Ó Deus, pela vossa graça, nos fizestes filhos
da luz. Concedei que não sejamos envolvidos
pelas trevas do erro, mas brilhe em nossas
vidas a luz da vossa verdade.
Leitura - Gn 27,1-5.15-29
Leitura do Livro do Gênesis
1
Dia 04 de Julho - Sábado da 13ª Semana do Tempo Comum
Datas comemorativas: Dia do Juiz de Paz. Dia dos Não-Crentes. Dia Nacional do Combate à
Discriminação Racial. Dia do Algodão. Dia do Tratado de Cooperação Amazônica. Dia da Criação do
Ministério da Justiça (1822).
Quando Isaac ficou velho, seus olhos
enfraqueceram e já não podia ver. Chamou,
então, o filho mais velho Esaú, e lhe disse:
"Meu filho!" Este respondeu: "Aqui estou!"
2
Disse-lhe o pai: "Como vês, já estou velho e
não sei qual será o dia da minha morte. 3 Toma
as tuas armas, as flechas e o arco, e sai para o
campo. Se apanhares alguma caça, preparame um assado saboroso, 4 como sabes que eu
gosto, e traze-o para que o coma, e assim te dar
a bênção antes de morrer". 5 Rebeca escutava o
que Isaac dizia a seu filho Esaú. Esaú saiu para o
campo à procura de caça para o pai. 15 Rebeca
tomou, então, as melhores roupas que o filho
mais velho tinha em casa, e vestiu com elas o
filho mais novo, Jacó. 16 Cobriu-lhe as mãos e a
parte lisa do pescoço com peles de cabrito.
17
Pôs nas mãos do filho Jacó o assado e o pão
que havia preparado. 18 Este levou-os ao pai,
dizendo: "Meu pai!" "Estou ouvindo", respondeu
100
95
75
25
5
13
0
Dia 04 de Julho - Sábado da 13ª Semana do Tempo Comum
Isaac. "Quem és tu, meu filho?" 19 E disse Jacó a
seu pai: "Eu sou Esaú, teu filho primogênito; fiz
como me ordenaste. Levanta-te, senta-te e
come da minha caça, para me abençoares".
20
Isaac replicou-lhe: "Como conseguiste achar
assim depressa, meu filho?" Ele respondeu: "É
o Senhor teu Deus que fez que isso acontecesse". 21 Isaac disse a Jacó: "Vem cá, meu
filho, para que eu te apalpe e veja se és ou não
meu filho Esaú". 22 Jacó achegou-se a seu pai
Isaac, que o apalpou e disse: "A voz, é a voz de
Jacó, mas as mãos são as mãos de Esaú". 23 E
não o reconheceu, pois suas mãos estavam
peludas como as do seu filho Esaú. Então,
decidiu abençoá-lo. 24 Perguntou-lhe ainda: "Tu
és, de fato, meu filho Esaú?" Ele respondeu:
"Sou". 25 Isaac continuou: "Meu filho, serve-me
da tua caça para eu comer e te abençoar". Jacó
serviu-o e ele comeu; trouxe-lhe depois vinho e
ele bebeu. 26 Disse-lhe então seu pai Isaac:
"Aproxima-te, meu filho, e beija-me". 27 Jacó
aproximou-se e o beijou. Quando Isaac sentiu o
cheiro das suas roupas, abençoou-o, dizendo:
"Este é o cheiro do meu filho: é como o aroma
de um campo fértil que o Senhor abençoou!
28
Que Deus te conceda o orvalho do céu, e a
fertilidade da terra, a abundância de trigo e de
vinho. 29 Que os povos te sirvam e se prostrem
as nações em tua presença. Sê o senhor de teus
irmãos, e diante de ti se inclinem os filhos de
tua mãe. Maldito seja quem te amaldiçoar, e
quem te abençoar, seja bendito!" - Palavra do
Senhor.
Salmo responsorial - Sl 134
R. Louvai o Senhor, porque é bom!
1. Louvai o Senhor, bendizei-o; louvai o
Senhor, servos seus, que celebrais o louvor em
seu templo e habitais junto aos átrios de
Deus! R
2. Louvai o Senhor, porque é bom; cantai
ao seu nome suave! Escolheu para si a Jacó,
preferiu Israel por herança. R
3. Eu bem sei que o Senhor é tão grande,
14
que é maior do que todos os deuses. Ele faz
tudo quanto lhe agrada, nas alturas dos céus e
na terra, no oceano e nos fundos abismos. R
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Minhas ovelhas escutam minha voz, eu
as conheço e elas me seguem. R.
Evangelho - Mt 9,14-17
O problema que os fariseus levantam, no
Evangelho de hoje, é o mesmo daqueles e
daquelas que, na Igreja, se consideram santos e
justos. Têm dificuldade de aceitar o irmão que
erra e a salvação oferecida por Deus. Os
psicanalistas diriam que têm dificuldade de ver
e de aceitar seus próprios erros. Pode parecer
escandaloso, mas a verdade é que Jesus aceita
o pecador, não depois que se converteu e se
esforçou para ser bom, mas enquanto ainda é
pecador. Jesus não perdoa o pecador porque se
converte, mas o perdoa, para que, amado,
possa converter-se.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo, 14 os discípulos de João
aproximaram-se de Jesus e perguntaram: "Por
que razão nós e os fariseus praticamos jejuns,
mas os teus discípulos não?" 15 Disse-lhes
Jesus: "Por acaso, os amigos do noivo podem
estar de luto enquanto o noivo está com eles?
Dias virão em que o noivo será tirado do meio
deles. Então, sim, eles jejuarão. 16 Ninguém
coloca remendo de pano novo em roupa velha,
porque o remendo repuxa a roupa e o rasgão
fica maior ainda. 17 Também não se coloca vinho
novo em odres velhos, senão os odres se
arrebentam, o vinho se derrama e os odres se
perdem. Mas vinho novo se coloca em odres
novos, e assim os dois se conservam".
- Palavra da Salvação.
100
95
75
25
5
0
Jesus compara a sua presença no meio dos
seus amigos ao tempo da alegria nupcial, onde
o jejum não tem lugar. Peçamos ao Pai que nos
dê o espírito novo do Evangelho: Ouvi-nos,
Senhor.
1. Para que o Pai inspire os cristãos e as
cristãs a falar como Jesus, a pensar segundo o
espírito novo que O animou e a não pactuar com
aqueles que O rejeitam, rezemos ao Senhor.
2. Para que nos países onde não há
liberdade religiosa, ninguém possa matar a fé
dos que amam Cristo nem desviá-los do
caminho que os leva a Deus, rezemos ao
Senhor.
3. Para que os homens e as mulheres
compreendam que Jesus Cristo trouxe ao
mundo um modo diferente de viver, de olhar os
outros, de amar o próximo e de o servir,
rezemos ao Senhor.
4. Para que os Judeus e os Cristãos creiam
e proclamem que é Deus quem conduz os
caminhos deste mundo e que a salvação é pura
graça do seu amor, rezemos ao Senhor.
5. Para que a narração da bênção de Jacó
ensine às assembleias que a escutam e
aprofundam a importância das mulheres nos
desígnios de Deus, rezemos ao Senhor.
Senhor, Pai do Céu e Deus da glória, fazeinos acreditar que o vosso Filho trouxe ao
mundo o Evangelho da verdade. Ele que vive e
reina pelos séculos dos séculos.
Oração sobre as oferendas
Ó Deus, que nos assegurais os frutos dos
vossos sacramentos, concedei que o povo
reunido para vos servir corresponda à santidade
dos vossos dons.
Oração depois da comunhão
Ó Deus, o Corpo e o Sangue de Jesus
Cristo, que oferecemos em sacrifício e recebemos em comunhão, nos transmitam uma
vida nova, para que, unidos a vós pela caridade
que não passa, possamos produzir frutos que
permaneçam.
Dia 04 de Julho - Sábado da 13ª Semana do Tempo Comum
Prece dos fiéis
SANTA ISABEL DE PORTUGAL, Leiga
MEMÓRIA FACULTATIVA (Cor branca - Ofício da memória)
(Missa: santos das obras de misericórdia - MR, 778)
Oração do dia
Ó Deus, autor da paz e da caridade, que
destes a Santa Isabel de Portugal a graça de
reconciliar os desunidos, concedei-nos por
sua intercessão, trabalhar pela paz, para que
possamos ser chamados filhos de Deus.
100
A Semente na Terra - Mt 9,14-17
95
jejum é um dos três “pilares do mundo”. Não só. É um dos fundamentos da “religião* do
mundo”. Mais ainda. É um exercício que o cristão tem ao seu alcance para exercitar-se na
vida cristã, na vivência do Evangelho, no seguimento de Jesus. A passagem do homem
velho ao homem novo muitas vezes exige violência, ou, pelo menos, disciplina, renúncia,
escolha. O jejum é uma escola!
- Durante o ministério público, Jesus e os discípulos não jejuam. Por quê será que não
75
O
25
5
15
0
Dia 04 de Julho - Sábado da 13ª Semana do Tempo Comum
jejuam? É a pergunta que intriga os discípulos de João – o austero pregador do deserto – e os
discípulos dos fariseus – os rígidos cumpridores da Lei – e as pessoas religiosas em geral. Os
discípulos de João jejuam porque, para eles, a vida é espera do futuro; os fariseus porque, para
eles, a vida está na observância do passado; para as almas religiosas, o presente (esse vale de
lágrimas) é sempre jejum, e a vida está no passado (saudades do que já foi) ou no futuro (desejo
que será).
- A resposta de Jesus é essencial: “O esposo está com eles” (Mt 9,5). O esposo é Jesus.
Com Jesus acabou o jejum e começou a festa de casamento. Não é à toa que o evangelho de João
(cf. Jo 2,1ss.) começa justamente assim: Jesus, numa festa de casamento, transformando a água
em vinho, de modo que o Noivo possa servir, por último, o melhor vinho! O milagre de Caná não
está aí para dizer que Jesus abençoa o casamento ou para mostrar o companheirismo de Jesus,
que salvou os noivos do apuro. Não. Caná é um símbolo, um símbolo da Aliança que Jesus veio
realizar com a humanidade toda. Em Jesus, Deus quer casar-se com a humanidade!
- O “começo dos sinais” de Jesus (cf. Jo 2,11) é substituir a água insípida, incolor e
inodora da Lei – que ordena, mas não dá a capacidade de cumprir – pela ebriedade do vinho, que é
o amor que Jesus vive e com o qual, pelo Espírito, ele veio nos contagiar. Se a alegria não for
maior que o peso e a pena, ainda somos escravos da lei, não conhecemos o amor, e o Espírito do
Senhor não está em nós!
- Estamos acostumados a pensar Deus como pai (ou, ultimamente, também como mãe),
que representam aquele amor necessário, indispensável, mas não escolhido, de que todos temos
necessidade para nascer, viver e crescer. Mas Deus é também esposo, amor livre, que, se
correspondido, nos torna semelhantes a ele, seus parceiros.
- A vida cristã, porém, nos limites deste mundo e da nossa história individual e coletiva,
ainda não é plena. O casamento aconteceu: foi consumado na cruz. Mas o noivo agora está
ausente; foi glorificado e não é visível aos nossos olhos. Dispomos apenas de sinais de sua
presença: a palavra, os sacramentos, os pobres (cf. Mt 25,35ss.), onde ele está disponível ao
nosso amor. Ele se revela, e se vela; se des-vela, e se vela. É neste regime que vivemos entre a
Ascensão e a Parusia: o regime dos “sinais”. O regime da fé!
- Neste intervalo entre a sua glória e a nossa entrada na glória, é-nos dado saciar o jejum da
sua presença no encontro com sua presença crucificada, onde ele está conosco até ao fim dos
tempos (cf. Mt 28,10). Só então entraremos com ele para as núpcias definitivas e tomaremos
parte, num banquete sem fim, na sua perfeita e plena alegria (cf. Mt 25,21.23).
- O jejum que ele espera de nós não é só a nossa privação, mas também o nosso dom:
dividir o pão com o faminto, acolher o desabrigado, vestir o nu, quebrar as cadeias que
aprisionam os mutilados dessa guerra que é a história da humanidade, desfazer todo jugo (cf. Is
58,6ss.). Assim, encontrando hoje o irmão não-homem, vamos encontrar, depois, o Esposo, que
se fez homem, que se fez o menor, o mais apagado, o último e servo de todos (cf. Mt 25,40).
100
95
O Minuto do Concílio
75
“Temos sempre necessidade da misericórdia de Deus.”
(Lumen gentium 40)
25
Santos do dia: Berta de Blangy (+725). Hatto (+985). Ulrico de Augsburg (890-973).
Werner de Wiblingen (+ 1127). Isabel de Portugal (1271-1336).
16
5
0
Datas comemorativas: Dia da Independência dos Estados Unidos. Dia Internacional do
Cooperativismo. Suicídio, na prisão, em Ouro Preto, de Cláudio Manuel da Costa, poeta
inconfidente (1769). Morte do escritor Monteiro Lobato (1948).
ABC DO CRISTIANISMO
[1] Religião. A religião tem sido interpretada das mais diversas maneiras. Não vamos mexer com
isso aqui. Há, porém, dois sentidos que são fundamentais e que disputam as preferências dos críticos e
estudiosos. O primeiro é dado por Lactâncio, leigo cristão do III século. Segundo esse escritor cristão, a
palavra 'religio' ('religião', em latim) vem de 'religare': religião é “religação do ser humano com Deus”
(Lactâncio, Divinae institutiones VII, 28). O segundo vem de Cícero, para quem a palavra 'religio' tem a
ver com 'relegere': religião é a “cuidadosa veneração dos deuses” (Cícero, De natura deorum II, 72). As
duas interpretações são diferentes entre si, mas têm em comum a pressuposição da diferença entre o
'mundo' divino e o 'mundo' humano. Não sem motivo se considera a crença em Deus como o centro da
religião.
05
Dia 05 de Julho - 14º Domingo do Tempo Comum
Testemunhas do Reino: Antonio Llido Mengua (Chile, 1974). Alfredo Kelly, Pedro Dufau,
Alfredo Leaden, Salvador Barbeito e José Barletti (Argentina, 1976).
14º DOMINGO DO TEMPO COMUM
(Cor verde - II SEMANA DO SALTÉRIO - Ofício dominical comum)
Comentário inicial - Em dado momento
de sua vida, Jesus saiu de Nazaré e, depois de
algum tempo, deu início à sua missão. Agora,
obediente ao Pai, ele volta a Nazaré. Nazaré é a
sua pátria – terra que o viu crescer e partir –
mas Nazaré não o conhece mais. Conhece-o
apenas segundo a carne, isto é, em sua
fragilidade humana e numa perspectiva
meramente humana. Conhece esse homem e
suas relações humanas: seu trabalho de
carpinteiro, sua mãe Maria, sua parentela mais
próxima. Nazaré, porém, não conhecia a sua
sabedoria, os seus milagres. Suspeita que tudo
isso deva ter uma origem – de onde lhe vem
tudo isso? – mas, entre a admiração e o
escândalo, prefere fechar-se no escândalo. A
admiração é o início do conhecimento. O
escândalo é a barreira que impede todo
conhecimento. Jesus sabe-se um profeta e
interpreta a rejeição dos seus à luz da experiência dos profetas. O sadio realismo de Jesus
o deixa aberto a algum novo surto de admiração
por parte dos seus.
100
95
75
25
5
17
0
Dia 05 de Julho - 14º Domingo do Tempo Comum
Antífona da entrada
Recebemos, ó Deus, a vossa misericórdia no
meio do vosso templo. Vosso louvor se estende,
como o vosso nome, até os confins da terra;
toda a justiça se encontra em vossas mãos.
Oração do dia
Ó Deus, que pela humilhação do vosso
Filho reerguestes o mundo decaído, enchei os
vossos filhos e filhas de tanta alegria, e dai aos
que libertastes da escravidão do pecado o gozo
das alegrias eternas.
Leitura - Ez 2,2-5
Leitura da Profecia de Ezequiel
2
Naqueles dias, depois de me ter falado,
entrou em mim um espírito que me pôs de pé.
Então, eu ouvi aquele que me falava, 3 o qual me
disse: "Filho do homem, eu te envio aos
israelitas, nação de rebeldes, que se afastaram
de mim. Eles e seus pais se revoltaram contra
mim até ao dia de hoje. 4 A estes filhos de
cabeça dura e coração de pedra, vou-te enviar,
e tu lhes dirás: 'Assim diz o Senhor Deus.' 5 Quer
te escutem, quer não - pois são um bando de
rebeldes - ficarão sabendo que houve entre eles
um profeta”.- Palavra do Senhor.
Salmo responsorial - Sl 122
R. Os nossos olhos, estão fitos no
Senhor: tende piedade, ó Senhor tende
piedade!
1. Eu levanto os meus olhos para vós, que
habitais nos altos céus. Como os olhos dos
escravos estão fitos nas mãos do seu senhor. R.
2. Como os olhos das escravas estão fitos
nas mãos de sua senhora, assim os nossos
olhos, no Senhor, até de nós ter piedade. R.
3. Tende piedade, ó Senhor, tende piedade; já é demais esse desprezo! Estamos
18
fartos do escárnio dos ricaços e do desprezo
dos soberbos! R.
Leitura - 2Cor 12,7-10
Leitura da Segunda Carta de São Paulo
aos Coríntios
Irmãos: 7 Para que a extraordinária grandeza
das revelações não me ensoberbecesse, foi
espetado na minha carne um espinho, que é
como um anjo de Satanás a esbofetear-me, a
fim de que eu não me exalte demais. 8 A esse
propósito, roguei três vezes ao Senhor que o
afastasse de mim. 9 Mas ele disse-me: "Bastate a minha graça. Pois é na fraqueza que a força
se manifesta". Por isso, de bom grado, eu me
gloriarei das minhas fraquezas, para que a força
de Cristo habite em mim. 10 Eis porque eu me
comprazo nas fraquezas, nas injúrias, nas
necessidades, nas perseguições e nas angústias sofridas por amor a Cristo. Pois, quando eu
me sinto fraco, é então que sou forte. - Palavra
do Senhor.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. O Espírito do Senhor, sobre mim fez a
sua unção; enviou-me aos empobrecidos a
fazer feliz proclamação. R.
Evangelho - Mc 6,1-6
É mais fácil acreditar que Jesus seja Deus
do que acreditar que Deus seja Jesus. A nossa
imagem de Deus não combina com a simplicidade, a pobreza, a humildade de Jesus.
Temos um deus diferente na cabeça, criado à
imagem da nossa grandeza, da nossa ambição,
do nosso orgulho. O pequeno Jesus de Nazaré
nos decepciona.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Marcos
Naquele tempo: 1 Jesus foi a Nazaré, sua
100
95
75
25
5
0
Oração sobre as oferendas
N
Possamos, ó Deus, ser purificados pela
oferenda que vos consagramos; que ela nos
leve, cada vez mais, a viver a vida do vosso
reino.
Oração Eucarística para Diversas
Circunstâncias VI - D
Jesus que passa fazendo o bem
Oração depois da comunhão
Nós vos pedimos, ó Deus, que, enriquecidos por tão grande dádiva, possamos colher
os frutos da salvação sem jamais cessar vosso
louvor.
Dia 05 de Julho - 14º Domingo do Tempo Comum
terra, e seus discípulos o acompanharam.
Quando chegou o sábado, começou a ensinar
na sinagoga. Muitos que o escutavam ficavam
admirados e diziam: "De onde recebeu ele tudo
isto? Como conseguiu tanta sabedoria? E esses
grandes milagres que são realizados por suas
mãos? 3 Este homem não é o carpinteiro, filho
de Maria e irmão de Tiago, de José, de Judas e
de Simão? Suas irmãs não moram aqui
conosco?" E ficaram escandalizados por causa
dele. 4 Jesus lhes dizia: "Um profeta só não é
estimado em sua pátria, entre seus parentes
e familiares". 5 E ali não pôde fazer milagre
algum. Apenas curou alguns doentes, impondo-lhes as mãos. 6 E admirou-se com a
falta de fé deles. Jesus percorria os povoados
das redondezas, ensinando. - Palavra da
Salvação.
2
A Semente na Terra - Mc 6,1-6
ão são só os seus que se admiram de Jesus, escandalizando-se com sua sabedoria e
seu poder. Não podem ler e reconhecer a presença de Deus “neste” homem que eles
conhecem muito bem: sua cidade, seus pais, sua profissão. Jesus também se espanta
e se desaponta com eles: vem entre os seus, e os seus não o reconhecem! É o escândalo de
Deus que se faz “carne”, isto é, que se faz plenamente humano: tem necessidades e trabalha para
satisfazê-las, come, bebe e se cansa, custa a ficar acordado e dorme, submete-se às leis da vida e
da morte. Os contemporâneos de Jesus não são diferentes de nós. Tanto eles como nós
quereríamos um Deus diferente, um Filho de Deus menos humano, um Filho do Homem mais
divino. Até que gostaríamos de compartilhar os seus atributos, mas que não se fale de ele
compartilhar os nossos, dos quais, no fundo, no fundo, gostaríamos de nos livrar.
- Temos, aí, porém, um problema grave, que agita o cristianismo desde o início. A heresia
mais séria que a Igreja teve que enfrentar foi justamente o gnosticismo*, não tanto por se
considerarem possuidores de um conhecimento superior, ou por disporem de fontes secretas,
mas por não aceitarem a natureza humana como ela é e por não acolherem Jesus como ele é. O ser
humano não é só espírito, mas também corpo, carne, matéria; Jesus não é só divino, mas também
humano, plenamente humano, irrenunciavelmente humano. E, assim, como no homem, a sua
espiritualidade e transcendência são colhidos na sua “carne”, da mesma forma, em Jesus, a sua
divindade, só podem ser colhidos na sua verdadeira, perfeita e plena humanidade. O primeiro
Concílio Ecumênico não se reuniu para afirmar a divindade de Jesus, mas a sua humanidade
(Niceia, 325).
- A “carne” de Jesus é o centro da fé cristã. Reconhecer a sua humanidade equivale a ser ou
não de Deus (1Jo 4,2ss.). Na sua humanidade, naquilo que faz e diz, naquilo que lhe fazemos e
que ele passa (até a Paixão: a raiz e o tema são os mesmos), Deus se revela e se doa
definitivamente. Na história concreta de Jesus de Nazaré está presente a história de Deus, tão
antiga quanto a humanidade, tão humana quanto a história de Israel, tão intrigante quanto a história
100
95
75
25
5
19
0
Dia 05 de Julho - 14º Domingo do Tempo Comum
de Jesus.
- Às vezes, pensamos: “Ah! se eu visse Jesus, se eu o ouvisse, se o tocasse, como
acreditaria nele! Não entendo como aqueles 'judeus' tinham tanta dificuldade.” Doce ilusão! Nada
mais falso! Aqueles 'judeus' que nós consideramos fechados e resistentes não creram em Jesus
justamente porque o viram, ouviram e tocaram. Pareceu-lhes humano demais, pouco divino,
diferente do que esperavam. Distantes dele no tempo e no espaço, para nós é mais fácil criar um
Deus e um Jesus do tamanho da nossa imaginação. Não temos tanta dificuldade em acreditar que
Deus criou o mundo. Deveríamos prestar atenção e perceber com que facilidade nós criamos
Deus! Por isso, diz o meu mestre, S. Fausti, “a fé não é aceitar que Jesus seja Deus – o Deus que
nós pensamos! – mas aceitar que Deus, o Deus que nós não pensávamos, é este homem Jesus”!
REJEITADO ENTRE OS SEUS
José Antonio Pagola
Jesus não é um sacerdote do Templo, ocupado em cuidar e promover a religião. Também
ninguém o confunde com um mestre da Lei, dedicado em defender a Torá de Moisés. Os
camponeses da Galileia vêm em seus gestos curadores e em suas palavras de fogo a atuação de
um profeta movido pelo Espírito de Deus.
Jesus sabe que o espera uma vida difícil e conflitiva. Os dirigentes religiosos o enfrentarão. É
o destino de todo profeta. Não suspeita ainda que será rejeitado precisamente entre os seus, os
que o conhecem melhor, Dresde criança. A rejeição de Jesus em sua aldeia de Nazaré era muito
comentada entre os primeiros cristãos.
Três evangelistas recolhem o episódio com todos os detalhes. Segundo Marcos, Jesus chega
a Nazaré acompanhado por um grupo de discípulos e com fama de profeta curador. Seus patrícios
não sabem o que pensar.
Ao chegar o sábado, Jesus entra na pequena sinagoga do povoado e “começa a ensinar.”
Seus conterrâneos e familiares apenas o escutam. Entre eles nasce todo tipo de perguntas.
Conhecem a Jesus desde criança: é um morador a mais. Onde aprendeu essa mensagem
surpreendente do Reino de Deus? De quem recebeu essa força para curar? Marcos diz que tudo
“lhes parecia escandaloso.” Por quê?
Aqueles camponeses acreditam que sabem tudo sobre Jesus. Fizeram uma ideia dele desde
crianças. Ao invés de acolhê-lo como se apresenta perante eles, ficam bloqueados pela imagem
que têm dele. Essa imagem os impede de abrir-se ao mistério que se encerra em Jesus. Resistem
a descobrir nele a proximidade salvadora de Deus.
Mas há algo mais. Acolhê-lo como profeta significa estar dispostos a escutar a mensagem
que ele lhes dirige em nome de Deus. E isso pode trazer-lhes problemas. Eles têm uma sinagoga,
seus livros sagrados e suas tradições. Vivem em paz sua religião. A presença profética de Jesus
pode quebrar a tranquilidade da aldeia.
Nós cristãos temos imagens bastante diferentes de Jesus. Não todas coincidem com a que
tinham os que o conheceram de perto e o seguiram. Cada um se faz sua ideia de Deus. Esta
imagem condiciona nossa forma de viver a fé. Se nossa imagem de Jesus é pobre, parcial ou
20
100
95
75
25
5
0
Por que nos esforçamos tão pouco em conhecer Jesus? Por que nos escandaliza recordar
seus traços humanos? Por que resistimos a confessar que Deus se encarnou num Profeta? Talvez
intuamos que sua vida profética nos obrigaria a transformar profundamente a sua Igreja?
O Minuto do Concílio
“Caminhando no seguimento do Cristo pobre, humilde e carregando sua cruz”
(Lumen gentium 41)
Santos do dia: Guilherme de Hirsau (+1091). Antônio Maria Zaccaria (1502-1539).
Testemunhas do Reino: Tamanaco (Venezuela, 1573).
Datas comemorativas: Independência da Venezuela (1811). Voo pioneiro São Paulo – Rio de
Janeiro, por Edu Chaves (1914). Decreto de entrega da terra aos “nativos” (1920). Início da Coluna
Prestes (1924).
06
SEGUNDA-FEIRA DA 14ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
Antífona da entrada
Recebemos, ó Deus, a vossa misericórdia
no meio do vosso templo. Vosso louvor se
estende, como o vosso nome, até os confins da
terra; toda a justiça se encontra em vossas
mãos.
Oração do dia
Ó Deus, que pela humilhação do vosso
Filho reerguestes o mundo decaído, enchei os
vossos filhos e filhas de santa alegria, e dai aos
que libertastes da escravidão do pecado o gozo
das alegrias eternas.
Leitura - Gn 28,10-22a
Leitura do Livro do Gênesis
Naqueles dias 10 Jacó saiu de Bersabeia e
dirigiu-se a Haran. 11 Chegando a certo lugar,
quis passar ali a noite, pois o sol já se havia
Dia 06 de Julho - Segunda-feira da 14ª Semana do Tempo Comum
distorcida, nossa fé será pobre, parcial ou distorcida.
posto. Tomou uma das pedras do lugar, fez dela
travesseiro e ali mesmo adormeceu. 12 E viu em
sonho uma escada apoiada no chão, com a
outra ponta tocando o céu e os anjos de Deus
subindo e descendo por ela. 13 No alto da
escada estava o Senhor que lhe dizia: "Eu sou o
Senhor, Deus de Abraão, teu pai, e Deus de
Isaac; darei a ti e à tua descendência a terra em
que dormes. 14 A tua descendência será como o
pó da terra, e te expandirás para o ocidente e o
oriente, para o norte e para o sul. Em ti e em tua
descendência serão abençoadas todas as
nações da terra. 15 Estou contigo e te guardarei
onde quer que vás, e te reconduzirei a esta terra.
Nunca te abandonarei até cumprir o que te
prometi". 16 Ao despertar, Jacó disse: "Sem
dúvida, o Senhor está neste lugar e eu não
sabia". 17 Cheio de pavor, disse: "Como é terrível
este lugar! Isto aqui só pode ser a casa de Deus
e a porta do céu". 18 Jacó levantou-se bem cedo,
tomou a pedra de que tinha feito travesseiro e
colocou-a de pé para servir de coluna sagrada,
derramando óleo sobre ela. 19 E deu ao lugar o
100
95
75
25
5
21
0
Dia 06 de Julho - Segunda-feira da 14ª Semana do Tempo Comum
nome de "Betel". Antes, porém, a cidade
chamava-se Luza. 20 Jacó fez um voto, dizendo:
"Se Deus estiver comigo e me proteger nesta
viagem, dando-me pão para comer e roupa para
vestir, 21 e se eu voltar são e salvo para a casa de
meu pai, então o Senhor será o meu Deus. 22a E
esta pedra que ergui como coluna sagrada, será
uma 'morada de Deus'". - Palavra do Senhor.
Salmo responsorial - Sl 90
R. Vós sois meu Deus, no qual confio
inteiramente.
1. Quem habita ao abrigo do Altíssimo e
vive à sombra do Senhor onipotente, diz ao
Senhor: "Sois meu refúgio e proteção, sois o
meu Deus, no qual confio inteiramente".R.
2. Do caçador e do seu laço ele te livra. Ele
te salva da palavra que destrói. Com suas asas
haverá de proteger-te, com seu escudo e suas
armas, defender-te. R.
3. "Porque a mim se confiou, hei de livrálo e protegê-lo, pois meu nome ele conhece.
Ao invocar-me hei de ouvi-lo e atendê-lo, e a
seu lado eu estarei em suas dores. R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Jesus Cristo Salvador destruiu o mal e a
morte; fez brilhar pelo Evangelho a luz e a vida
imperecíveis. R.
Evangelho - Mt 9,18-26
Temos dois milagres no Evangelho de hoje:
o da mulher com hemorragia, e o da filha de um
chefe que admirava Jesus. Mas o tema dos dois
milagres é um só: a fé é um aproximar-se de
Jesus, um encontro com ele, uma entrega total.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
18
Enquanto Jesus estava falando, um chefe
aproximou-se, inclinou-se profundamente
22
diante dele, e disse: "Minha filha acaba de
morrer. Mas vem, impõe tua mão sobre ela e ela
viverá". 19 Jesus levantou-se e o seguiu, junto
com os seus discípulos. 20 Nisto, uma mulher
que sofria de hemorragia, há doze anos, veio
por trás dele e tocou a barra do seu manto. 21 Ela
pensava consigo: "Se eu conseguir ao menos
tocar no manto dele, ficarei curada". 22 Jesus
voltou-se e, ao vê-la, disse: "Coragem, filha! A
tua fé te salvou". E a mulher ficou curada a partir
daquele instante. 23 Chegando à casa do chefe,
Jesus viu os tocadores de flauta e a multidão
alvoroçada, 24 e disse: "Retirai-vos, porque a
menina não morreu, mas está dormindo". E
começaram a caçoar dele. 25 Quando a multidão
foi afastada, Jesus entrou, tomou a menina pela
mão, e ela se levantou. 26 Essa notícia espalhouse por toda aquela região. - Palavra da
Salvação.
Prece dos fiéis
Porque um pai Lhe pediu, Jesus ressuscitou
sua filha; porque uma mulher Lhe tocou, Jesus
curou-a da sua doença. Peçamos a Deus, para
nós, a fé de ambos, dizendo: Ouvi-nos,
Senhor.
1. Para que os cristãos e as cristãs, tal
como este pai e esta mulher do Evangelho, se
aproximem de Jesus e de Maria com fé
esclarecida e profunda, oremos, irmãos.
2. Para que o sonho de Jacó recorde aos
homens que o Céu e a Terra comunicam entre si
e que em cada lugar, sem que eles o saibam,
está Deus, oremos, irmãos.
3. Para que a amizade entre o Senhor e os
Patriarcas do povo da Aliança possa inspirar aos
governantes do Médio Oriente novos esforços
em favor da paz naquela região, oremos, irmãos.
4. Para que os enfermos, os aflitos e os
pecadores recorram a Jesus e à intercessão de
sua Mãe e recebam de Deus remédio para os
seus males, oremos, irmãos.
5. Para que os membros desta assembleia
não se esqueçam de que a meta para a qual
100
95
75
25
5
0
Pai celeste e nosso Deus, que atendeis
sempre os que Vos pedem com fé, dai-nos
aquilo de que mais precisamos para sermos
santos. Por Cristo, nosso Senhor.
Oração sobre as oferendas
oferenda que vos consagramos; que ela nos
leve, cada vez mais, a viver a vida do vosso
reino.
Oração depois da comunhão
Nós vos pedimos, ó Deus, que, enriquecidos por tão grande dádiva, possamos colher
os frutos da salvação sem jamais cessar vosso
louvor.
Possamos, ó Deus, ser purificados pela
T
A Semente na Terra - Mt 9,18-26
emos aqui dois milagres – o da mulher com hemorragia e o da filha de um chefe que
admirava Jesus – mas o tema é um só: o “toque” que salva. No primeiro caso, a mulher
faz questão de tocar Jesus; no segundo, Jesus toca a menina. O primeiro fato mostra o
que é a fé; o segundo mostra o que a fé dá. A fé é “tocar” Jesus; seu dom é fazer passar da morte
para a vida.
- O que é “tocar”? “Tocar” é a primeira e a última forma do conhecer. É ir além do próprio
limite. É fazer uma troca com o outro. É entrar em comunhão com algo ou – propriamente – com
alguém.
- A fé é “tocar” o Senhor da vida e ser “tocados” por ele, cujo toque é o próprio dom da Vida.
Não se pode evitar a morte, mas, justamente nela, somos tocados e tomados pela mão daquele
que, sendo a ressurreição e a vida (Jo 11,25), nos desperta. Agora – pois a ressurreição já está
presente na vida das pessoas e da comunidade libertada do medo paralisante da morte – e na hora
da nossa morte!
- Cada um de nós é chamado a experimentar esse “toque” de Jesus, o Deus-que-salva.
Esse “toque” é o Espírito Santo, o dedo de Deus, que escreve em nosso coração o nome de Deus
(2Cor 2,3), ferindo-o com seu amor (Ct 5,8). É a fé que nos faz amar como somos amados,
fazendo-nos viver em comunhão com ele, tanto na vigília como na morte (1Ts 5,10).
- Jesus não nos salva “da” morte, mas nos salva “na” morte. Pela fé e pelo batismo, fomos
mortos com ele, sepultados com ele e ressuscitados com ele. Por isso, já agora, podemos viver a
mesma vida radicalmente nova Daquele que morreu, foi sepultado e ressuscitou por nós (Rm 6,111; Cl 2,12-15). Ele nos toma pela mão. Podemos sair do luto do jejum e entrar na festa do
casamento! O noivo está aqui. Jesus nos liberta da sombra da morte (Mt 4,16; Is 9,1ss.). A Igreja –
que somos nós – é representada pelas duas mulheres: uma toca o Senhor; a outra, Ele toma pela
mão.
Dia 06 de Julho - Segunda-feira da 14ª Semana do Tempo Comum
Jesus Cristo nos aponta é a vida com Deus e
com os irmãos na eternidade, oremos, irmãos.
100
95
75
O Minuto do Concílio
“Os bispos exerçam seu ministério santa e alegremente, humilde e fortemente.” (Lumen gentium 41)
25
Santos do dia: Goar (495-575). Sexburga (+699). Godeleva (+1070). Pedro da Cruz
(+1522). Maria Teresa de Ledóchowska (1863-1922). Maria Goretti (1890-1902).
5
23
0
Dia 07 de Julho - Terça-feira da 14ª Semana do Tempo Comum
Testemunhas do Reino: João Huss (Checoslováquia, 1415). Nazaria Ignacia March Mesa
(Argentina). (1943). Rodrigo Rojas (Chile, 1986).
Datas comemorativas: Morte de Castro Alves, poeta abolicionista (1871). Aplicação da
primeira vacina contra hidrofobia (raiva), por Pasteur (1885). Criação do IBGE (1932).
07
TERÇA-FEIRA DA 14ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
Antífona da entrada
Recebemos, ó Deus, a vossa misericórdia
no meio do vosso templo. Vosso louvor se
estende, como o vosso nome, até os confins da
terra; toda a justiça se encontra em vossas
mãos.
Oração do dia
Ó Deus, que pela humilhação do vosso
Filho reerguestes o mundo decaído, enchei os
vossos filhos e filhas de santa alegria, e dai aos
que libertastes da escravidão do pecado o gozo
das alegrias eternas.
Leitura - Gn 32,23-33
Leitura do Livro do Gênesis
Naqueles dias: 23 Jacó levantou-se ainda de
noite, tomou suas duas mulheres, as duas
escravas e os onze filhos, e passou o vau do
Jaboc. 24 Depois de tê-los ajudado a passar a
torrente, e atravessar tudo o que lhe pertencia,
25
Jacó ficou só. E eis que um homem se pôs a
lutar com ele até o raiar da aurora. 26 Vendo que
não podia vencê-lo, este tocou-lhe o nervo da
coxa e logo o tendão da coxa de Jacó se
deslocou, enquanto lutava com ele. 27 O homem
disse a Jacó: "Larga-me, pois já surge a aurora".
Mas Jacó respondeu: "Não te largarei, se não
me abençoares". 28 O homem perguntou-lhe:
"Qual é o teu nome?" Respondeu: "Jacó". 29 Ele
lhe disse: "De modo algum te chamarás Jacó,
24
mas Israel; porque lutaste com Deus e com os
homens e venceste". 30 Perguntou-lhe Jacó:
"Dize-me, por favor, o teu nome". Ele respondeu: "Por que perguntas o meu nome?" E ali
mesmo o abençoou. 31 Jacó deu a esse lugar o
nome de Fanuel, dizendo: "Vi Deus face a face e
foi poupada a minha vida". 32 Surgiu o sol quando ele atravessava Fanuel; e ia mancando por
causa da coxa. 33 Por isso os filhos de Israel não
comem até hoje o nervo da articulação da coxa,
pois Jacó foi ferido nesse nervo. - Palavra do
Senhor.
Salmo responsorial - Sl 16
R. Verei, justificado, vossa face, ó
Senhor!
1. Ó Senhor, ouvi a minha justa causa,
escutai-me e atendei o meu clamor! Inclinai o
vosso ouvido à minha prece, pois não existe
falsidade nos meus lábios! R.
2. De vossa face é que me venha o
julgamento, pois vossos olhos sabem ver o que
é justo. Provai meu coração durante a noite,
visitai-o, examinai-o pelo fogo, mas em mim
não achareis iniquidade. R.
3. Eu vos chamo, ó meu Deus, porque me
ouvis, inclinai o vosso ouvido e escutai-me!
Mostrai-me vosso amor maravilhoso, vós que
salvais e libertais do inimigo quem procura a
proteção junto de vós. R.
4. Protegei-me qual dos olhos a pupila e
guardai-me, à proteção de vossas asas, mas eu
verei, justificado, a vossa face e ao despertar
100
95
75
25
5
0
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Eu sou o bom pastor, conheço minhas
ovelhas e elas me conhecem, assim fala o
Senhor. R.
Evangelho - Mt 9,32-38
Os dois milagres do Evangelho de hoje
iluminam dois aspectos importantes da fé. A fé é
uma visão nova da vida, do mundo, de Deus. E
quem vê de um modo novo não pode não falar o
que está vendo. Precisamos ser curados da
cegueira da incredulidade e da mudez que nos
impedem de anunciar o Evangelho.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo: 32 Apresentaram a Jesus um
homem mudo, que estava possuído pelo
demônio. 33 Quando o demônio foi expulso, o
mudo começou a falar. As multidões ficaram
admiradas e diziam: "Nunca se viu coisa igual
em Israel". 34 Os fariseus, porém, diziam: "É pelo
chefe dos demônios que ele expulsa os
demônios". 35 Jesus percorria todas as cidades
e povoados, ensinando em suas sinagogas,
pregando o Evangelho do Reino, e curando todo
tipo de doença e enfermidade. 36 Vendo Jesus
as multidões, compadeceu-se delas, porque
estavam cansadas e abatidas, como ovelhas
que não têm pastor. Então disse a seus
discípulos: 37 "A Messe é grande, mas os
trabalhadores são poucos. 38 Pedi, pois, ao dono
da messe que envie trabalhadores para a sua
colheita!" - Palavra da Salvação.
pelas cidades e aldeias. Elevemos ao Pai a
nossa oração, dizendo: Abençoai, Senhor, o
vosso povo.
1. Para que a Igreja, nos tempos atuais,
continue a realizar sinais e prodígios em favor
de todos e a pedir ao Pai mais trabalhadores
para a sua messe, rezemos ao Senhor.
2. Para que os governantes sintam a
obrigação de ir às cidades, vilas e favelas do
país, conhecer os problemas dos cidadãos e
buscar com eles as melhores soluções,
rezemos ao Senhor.
3. Para que os Cristãos e os Judeus
reconheçam que as bênçãos dadas por Deus
aos Patriarcas, devem chegar a todos os
homens e mulheres da terra, rezemos ao
Senhor.
4. Para que cada ser humano tome consciência de que Deus o criou para a missão
sublime de proteger quem é mais fraco ou corre
perigo, rezemos ao Senhor.
5. Para que, em cada comunidade paroquial, todos sejam assíduos a visitar os que
mais sofrem e a levantar o ânimo dos abatidos,
rezemos ao Senhor.
Dia 07 de Julho - Terça-feira da 14ª Semana do Tempo Comum
me saciará vossa presença. R.
Senhor, que nos libertais para a vida e a
liberdade dos filhos de Deus, fazei que vossa
Igreja, fiel à missão que lhe destes, colabore
convosco pela palavra e pelo exemplo. Por
Cristo, nosso Senhor.
Oração sobre as oferendas
Possamos, ó Deus, ser purificados pela
oferenda que vos consagramos; que ela nos
leve, cada vez mais, a viver a vida do vosso
reino.
100
95
75
Oração depois da comunhão
Prece dos fiéis
O Evangelho de hoje resume alguns momentos da atividade de Jesus: liberta as pessoal
do mal que as oprime e anuncia a Boa Nova
Nós vos pedimos, ó Deus, que, enriquecidos por tão grande dádiva, possamos
colher os frutos da salvação sem jamais cessar
vosso louvor.
25
5
25
0
Dia 07 de Julho - Terça-feira da 14ª Semana do Tempo Comum
O
A Semente na Terra - Mt 9,32-38
Evangelho de hoje divide-se em três partes bem distintas. A primeira é a cura de um
homem mudo. A segunda é a reação das multidões e, na contramão, a dos fariseus. A
terceira, finalmente, é um resumo da atividade messiânica de Jesus.
- O milagre do mudo – precedido pela cura de dois cegos (vv. 27-31) – é o último da série
de dez milagres que aparecem nessa seção de Mateus. Se a incredulidade é cegueira, a fé é visão.
E quem vê fala o que está vendo. Zacarias, pela incredulidade, não podia falar, mas, pela fé,
recuperou a fala (Lc 1,20).
- Esquematicamente, podemos dizer que a fé é “visão” e “palavra”. A vida nova que Jesus
nos traz é a iluminação que, fazendo-nos ver a nossa realidade (e, com outros olhos, a realidade
ao redor de nós), nos torna também capazes de exprimi-la. “Ver” é um novo nascimento, é um vir
à luz, como dizemos do ato humano de nascer. A fé nos faz vir à luz como filhos e filhas, e,
consequentemente, como irmãos e irmãs.
- A palavra dá sentido à realidade. Sem ela, é o não-senso, o sem-sentido, o caos. A palavra
é luz. No princípio do mundo, a primeira realidade que a Palavra criou foi justamente a luz (Gn
1,3). Nós recebemos luz da palavra e nos tornamos a palavra que ouvimos. O mudo sofre de um
curto-circuito da palavra: não a ouve e, por não a ouvir, não pode dizê-la. No âmbito da experiência
cristã, a iluminação pela fé empurra a comunicação da fé. A visão se faz fala. A intimidade se torna
missão. Discípulos, tornamo-nos missionários!
- A reação da multidão é de maravilha e admiração. Aponta para o alto. A dos fariseus é de
endurecimento e rejeição. Aponta para o abismo, onde os demônios habitam. Querem ser
pastores (guias) do povo, mas são ladrões e assaltantes, e as ovelhas não os reconhecem (cf. Jo
10).
- A menção à missão de Jesus e à necessidade da súplica pela missão encerra o Evangelho
de hoje. A missão da Igreja se engata na missão de Jesus, que consiste no anúncio do Reino
(9,35), que tem sua fonte na compaixão (9,36), que está madura e não se pode perder (9,37). É
preciso, portanto, orar para entrar em comunhão com o Pai, para tornar-se filhos e ser enviados
aos irmãos (9,38). Só quem tem coração de filho – o coração do Filho – pode ser enviado a
comunicar o Pai aos irmãos.
O Minuto do Concílio
“Os bispos exerçam o múnus perfeito da caridade pastoral.”
(Lumen gentium 41)
100
95
Santos do dia: Etelburga (+645). Willibaldo (700-787).
75
Testemunhas do Reino: Arturo Bernal (Paraguai, 1976). Carlos Bonilla (México, 1991).
Datas comemorativas: Atentado terrorista no metrô de Londres (2005). Inauguração da
Estrada de Ferro Rio de Janeiro – São Paulo (1877). Dia do Pacificador. Dia das Paneleiras. Dia do
Voluntário Social.
26
25
5
0
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
Antífona da entrada
Recebemos, ó Deus, a vossa misericórdia
no meio do vosso templo. Vosso louvor se
estende, como o vosso nome, até os confins da
terra; toda a justiça se encontra em vossas
mãos.
Oração do dia
Ó Deus, que pela humilhação do vosso
Filho reerguestes o mundo decaído, enchei os
vossos filhos e filhas de santa alegria, e dai aos
que libertastes da escravidão do pecado o gozo
das alegrias eternas.
Primeira leitura - Gn 41,55-57; 42,57a.17-24a
Leitura do Livro do Gênesis
Naqueles dias: 55 Todo o Egito começou a
sentir fome, e o povo clamou ao Faraó, pedindo
alimento. E ele respondeu-lhe: "Dirigi-vos a
José e fazei o que ele vos disser". 56 Quando a
fome se estendeu a todo o país, José abriu os
celeiros e vendeu trigo aos egípcios, porque a
fome também os oprimia. 57 De todas as nações
vinham ao Egito comprar alimento, pois a fome
era dura em toda a terra. 42,5 Os filhos de Israel
entraram na terra do Egito com outros que
também iam comprar trigo, pois havia fome em
Canaã. 6 José era governador na terra do Egito e,
conforme a sua vontade, se vendia trigo à
população. Chegando os irmãos de José,
prostraram-se diante dele com o rosto em terra.
7a.
Ao ver seus irmãos, José os reconheceu. 17 E
mandou metê-los na prisão durante três dias.
18
E, no terceiro dia, disse-lhes: "Fazei o que já
vos disse e vivereis, pois eu temo a Deus. 19 Se
sois sinceros, fique um dos irmãos preso aqui
no cárcere, e vós outros ide levar para vossas
casas o trigo que comprastes. 20 Mas trazei-me
o vosso irmão mais novo, para que eu possa
provar a verdade de vossas palavras, e não
morrerdes". Eles fizeram como José lhes tinha
dito. 21 E diziam uns aos outros: "Sofremos
justamente estas coisas, porque pecamos
contra o nosso irmão: vimos a sua angústia,
quando nos pedia compaixão, e não o
atendemos. É por isso que nos veio esta
tribulação". 22 Rúben disse-lhes: "Não vos
adverti dizendo: 'Não pequeis contra o menino?'
E vós não me escutastes. E agora nos pedem
conta do seu sangue". 23 Ora, eles não sabiam
que José os entendia, pois lhes falava por meio
de intérprete. 24a Então, José afastou-se deles e
chorou. - Palavra do Senhor.
Dia 08 de Julho - Quarta-feira da 14ª Semana do Tempo Comum
08
QUARTA-FEIRA DA 14ª SEMANA DO TEMPO COMUM
Salmo responsorial - Sl 32
R. Sobre nós venha, Senhor, a vossa
graça, da mesma forma que em vós nós
esperamos!
1. Dai graças ao Senhor ao som da harpa,
na lira de dez cordas celebrai-o! Cantai para o
Senhor um canto novo, com arte sustentai a
louvação! R.
2. O Senhor desfaz os planos das nações e
os projetos que os povos se propõem. Mas os
desígnios do Senhor são para sempre, e os
pensamentos que ele traz no coração, de
geração em geração, vão perdurar. R.
3. Mas o Senhor pousa o olhar sobre os
que o temem, e que confiam esperando em seu
amor, para da morte libertar as suas vidas e
alimentá-los quando é tempo de penúria. R.
100
95
75
Aclamação ao Evangelho
25
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Convertei-vos e crede no Evangelho,
pois, o Reino de Deus está chegando! R.
5
27
0
Dia 08 de Julho - Quarta-feira da 14ª Semana do Tempo Comum
Evangelho - Mt 10,1-7
Começa, com o Evangelho de hoje, o
discurso de Jesus sobre a missão. A palavra e a
ação do Filho tornam-se fonte da palavra e da
ação dos irmãos e irmãs. A missão da Igreja – a
nossa missão – não é outra senão a missão do
Filho. O que ele disse e fez, devemos continuar
a dizer e fazer.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo: 1 Jesus chamou os doze
discípulos e deu-lhes poder para expulsarem
os espíritos maus e para curarem todo tipo de
doença e enfermidade. 2 Estes são os nomes
dos doze apóstolos: primeiro, Simão chamado
Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de
Zebedeu, e seu irmão João; 3 Filipe e
Bartolomeu; Tomé e Mateus, o cobrador de
impostos; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu;
4
Simão, o Zelota, e Judas Iscariotes, que foi o
traidor de Jesus. 5 Jesus enviou estes Doze,
com as seguintes recomendações: "Não deveis
ir aonde moram os pagãos, nem entrar nas
cidades dos samaritanos! 6 Ide, antes, às
ovelhas perdidas da casa de Israel! 7 Em vosso
caminho, anunciai: 'O Reino dos Céus está
próximo'.- Palavra da Salvação.
Prece dos fiéis
Os Doze Apóstolos são os primeiros trabalhadores da messe do Senhor; nós continuamos a sua missão, cada um segundo o
dom que recebeu. Peçamos ao Pai que nos
torne dignos de O servir, dizendo: Ouvi-nos,
Senhor.
I
1. Para que a Igreja una, santa, católica e
apostólica continue a proclamar o Evangelho de
Jesus Cristo, com o mesmo ardor com que o
fizeram os Apóstolos, rezemos ao Senhor.
2. Para que entre os discípulos de Jesus
não apareçam traidores que vendam a Cristo,
mas todos sirvam quem mais precisa como Ele
serviu, rezemos ao Senhor
3. Para que os jovens e adultos que o
Senhor chama a segui-Lo, recebam o dom de
levar outras pessoas a Cristo por seu exemplo
de vida e sua fé em Jesus, rezemos ao Senhor
4. Para que aumente a solidariedade
internacional a favor das populações que
passam fome e sofrem perseguição e violência,
rezemos ao Senhor
5. Para que a história de José e dos seus
irmãos nos leve a pedir a Deus que nos perdoe
os nossos pecados, como os levou a reconhecer o mal que tinham feito, rezemos ao Senhor
Senhor, nosso Deus, que amais a Igreja,
ensinai os pastores e os catequistas a anunciar
que o Reino de Deus se aproxima sempre que
buscamos a verdade, a justiça e a fraternidade.
Por Cristo, nosso Senhor.
Oração sobre as oferendas
Possamos, ó Deus, ser purificados pela oferenda que vos consagramos; que ela nos leve,
cada vez mais, a viver a vida do vosso reino.
Oração depois da comunhão
Nós vos pedimos, ó Deus, que, enriquecidos por tão grande dádiva, possamos colher
os frutos da salvação sem jamais cessar vosso
louvor.
A Semente na Terra - Mt 10,1-7
nicia-se, com o Evangelho de hoje, o discurso de Jesus sobre a missão. A palavra e a ação
do Filho tornam-se fonte da palavra e da ação dos irmãos e irmãs. A missão da Igreja não é
outra senão a missão do Filho: o que ele disse e fez, ela deve continuar a dizer e a fazer.
Como a fonte e o rio; como os ramos e a semente.
28
100
95
75
25
5
0
Dia 08 de Julho - Quarta-feira da 14ª Semana do Tempo Comum
- A missão, na verdade, é única: a do Pai que manda o Filho aos irmãos e irmãs, para que,
vivendo a fraternidade, se tornem filhos e filhas. Os discípulos e discípulas prolongam a missão do
Filho, enviado pelo Pai: “Como o Pai me enviou, assim também eu envio vocês” (Jo 20,21).
- A missão tem sempre a ver com o nome que lhe dá origem: Moisés (= salvo das águas)
salvará o povo das águas do Mar Vermelho; Elias (= o meu Deus é Javé) testemunhará a todos que
só Javé é Deus; Jesus (= Deus salva) salvará o povo dos seus pecados e opressões. O nome é a
missão, e a missão, o nome!
- Mateus reúne num único discurso o que os outros sinóticos* falam, aqui e acolá, da
vocação e da missão dos discípulos. Para ele – e, na realidade, assim é – a vocação a ser filhos se
realiza plenamente na missão aos irmãos e irmãs.
- É um momento importante da gênese – do surgimento progressivo – da Igreja. A Igreja
tem nos Doze – que representam Israel – a raiz que os une à verdadeira Terra prometida, Jesus. Ela
é apostólica não só porque fundada nos apóstolos, mas porque feita de apóstolos, de filhos
enviados aos irmãos e irmãs. Os Apóstolos dos inícios, de alguma forma, vivem nos apóstolos e
apóstolas de hoje.
- A vocação e a missão são comunitárias. Os Doze representam as doze tribos, a totalidade
de Israel; são chamados um em relação com outro; são citados em dupla e são enviados dois a
dois (Mc 6,7). A comunidade – é bom dizê-lo aos superstars solitários – é o ponto de partida e o
ponto de chegada da missão. A missão, com efeito, realiza a filialidade na fraternidade! Uma não
se sustenta sem a outra.
- Os Doze – que receberam o Sermão da Montanha (Mt 5-7) – recebem agora o Sermão da
Missão (Mt 10,1-11,1). Os depositários do Sermão da Montanha são os destinatários do Sermão
da Missão. Devem levar - agora às doze tribos, mais tarde, a todas as gentes - a palavra ouvida do
Filho. Só pode levar quem recebeu; ninguém dá o que não tem.
- Esquematicamente, temos aí: a vocação e o nome dos Doze (vv. 1-4) e as instruções para
que se dirijam às ovelhas perdidas de Israel (vv. 5-6); para que anunciem o Reino (v. 7); para que
devolvam o ser humano a si mesmo (v. 8); para que o façam gratuita e pobremente (vv. 8b-10);
para que comuniquem a paz (shalom*) messiânica (vv. 11-13); senão, o juízo (vv. 14-15).
O Minuto do Concílio
“Os esposos e pais cristãos constroem a fraternidade da caridade e tornam-se testemunhas e
cooperadores da fecundidade da Mãe Igreja.” (Lumen gentium 41)
Santos do dia: Prisca (ou Priscila) e Áquila (século I). Disiboldo (século VII). Kilian e
Companheiros (+689). Landrada (+ 690). Adriano III (+ 885). Edgar o Pacífico (944-975).
Sunniva (século X). Eugênio III (+ 1153). Maria Lichtenegger (1906-1923).
100
95
Testemunhas do Reino: Almagro (1538). Martín Ayala (El Salvador, 1991).
Datas comemorativas: Primeira exibição de cinema no Rio de Janeiro (1897). Assassinato de
Lampião e Maria Bonita (1938). Criação do imposto sindical (1940).
75
ABC DO CRISTIANISMO
25
[1] Shalom. Palavra que vem do hebraico, significando, originariamente, no Antigo Testamento,
integridade ou bem-estar, tanto num contexto religioso quanto num contexto secular. Seja no Antigo
5
29
0
Dia 09 de Julho - Quinta-feira - Santa Paulina do Coração Agonizante, Virgem Memória
30
seja no Novo Testamento, porém, seu significado se ampliou muito, sobretudo quando vem associada
com outras palavras (p. ex., paz e segurança, paz e prosperidade, paz e verdade, paz e retidão, etc.).
[2] Sinóticos. São os três primeiros Evangelhos: Marcos, Mateus e Lucas. Chamam-se
“sinóticos” porque, se colocarmos, em colunas paralelas, os materiais semelhantes dos quatro
Evangelhos, os primeiros três apresentam tantas semelhanças seja na ordem seja no conteúdo que
podem ser “vistos juntos”, “dentro de uma mesma visão”, “numa visão que capta as semelhanças dos
três em conjunto”.
09
QUINTA-FEIRA - SANTA PAULINA DO CORAÇÃO
AGONIZANTE, Virgem Memória
(Cor branca - Ofício da memória)
“Amabile Lucia Visintainer, em religião
Madre Paulina do Coração Agonizante de
Jesus, fundadora da Congregação das
Irmãzinhas da Imaculada Conceição, nasceu
em Vígolo Vattaro, Trento, naquela época sob o
domínio austríaco, aos 16 de dezembro de
1865. Segunda de catorze filhos (9 homens e 5
mulheres) nascidos de pais pobres de bens
materiais, mas ricos das virtudes de verdadeiros cristãos, Antonio Napoleone Visintainer e
Anna Pianezer, foi batizada no dia seguinte ao
nascimento e crismada em 1874. Com apenas
10 anos emigrou com seus pais e irmãos para o
Brasil, em 1875, no atual Estado de Santa
Catarina, onde logo nasceram vilas que, tendo
como centro Nova Trento, tomaram os nomes
das terras deixadas: Vigolo, Bezenello,
Valsugana, etc. e onde a assistência religiosa,
desde 1879, foi assegurada pelos Padres
italianos da Companhia de Jesus. Recebida a
Primeira Comunhão aos 12 anos, Amabile
começou a participar da vida paroquial e foi
encarregada do Catecismo às crianças, da
visita aos doentes e da limpeza da Capela de
Vigolo, localizada onde moravam os Visintainer.
Numa região desprovida de casas religiosas e
diante da necessidade de cuidar dos doentes,
Amabile, aos 25 anos, com a permissão de seu
pai e a aprovação do Pe. Marcello Rocchi,SJ,
deixou a casa paterna e junto com uma
companheira Virginia Nicolodi, passou a morar
num casebre, em Vígolo, para aí cuidar de uma
mulher cancerosa desamparada. Era o dia 12
de julho de 1890. Esta data é considerada como
o dia da fundação da obra de Madre Paulina,
que nos planos do Senhor constitui a primeira
Congregação religiosa no Brasil. Em 1895, o
pequeno grupo, que se formara em torno de
Amabile em Vígolo e se havia transferido a Nova
Trento, recebeu a aprovação do Bispo de
Curitiba Dom José de Camargo Barros, com o
nome de Filhas da Imaculada Conceição. Em
dezembro do mesmo ano fizeram os votos
religiosos e Amabile Lucia Visintainer, recebeu o
nome de Irmã Paulina do Coração Agonizante
de Jesus. O Instituto começou na extrema
pobreza, pelo que as primeiras Irmãs, além do
cuidado dos doentes e das órfãs e dos trabalhos
da paróquia, para viver deviam trabalhar na roça
(à meia) e na pequena indústria da seda, muito
conhecida, segundo a tradição e capacidade
trentinas. Depois da fundação das Casas de
Nova Trento e Vígolo, em 1903 Madre Paulina
se transferiu para São Paulo, seguindo
conselho e convite de Pe. Luigi Maria Rossi, SJ,
que já fora Pároco de Nova Trento desde 1895 e
naquele ano nomeado Superior da Residência
de São Paulo. Pouco tempo depois, na colina do
Ipiranga junto a uma Capela aí existente, iniciou
a obra da "Sagrada Família" para abrigar os
filhos de ex-escravos, e velhos ex-escravos,
depois da abolição legal da escravidão em
1888. Nas vésperas da transferência para São
Paulo, Pe. Rossi que possuía todas as
faculdades para a direção das Filhas da
100
95
75
25
5
0
Antífona da entrada
Esta é uma virgem sábia, do número das
prudentes, que foi ao encontro de Cristo com
sua lâmpada acesa.
Oração do dia
Deus e Salvador nosso, ouvi a nossa
súplica, para que, alegrando-nos com a festa
da virgem Santa Paulina do Coração Agonizante
de Jesus, aprendamos a vos servir com amor.
Leitura - Gn 44,18-21.23b-29; 45,1-5
Leitura do Livro do Gênesis
Naqueles dias: 18 Judá aproximou-se de
José e, cheio de ânimo, disse: "Perdão, meu
senhor, permite ao teu servo falar com toda a
franqueza, sem que se acenda a tua cólera
contra mim. Afinal, tu és como um faraó! 19 Foi
meu senhor quem perguntou a seus servos:
'Ainda tendes pai ou algum outro irmão?' 20 E
nós respondemos ao meu senhor: 'Temos um
pai já velho e um menino nascido em sua
velhice, cujo irmão morreu; é o único filho de
sua mãe que resta, e seu pai o ama com muita
ternura'. 21 E tu disseste a teus servos: 'Trazei-o a
mim, para que eu possa vê-lo'. 23b 'Se não vier
convosco o vosso irmão mais novo, não vereis
mais a minha face'. 24 Quando, pois, voltamos
para junto de teu servo, nosso pai, contamos
tudo o que o meu senhor tinha dito. 25 Mais tarde
disse-nos nosso pai: 'Voltai e comprai para nós
algum trigo'. 26 E nós lhe respondemos: Não
podemos ir, a não ser que o nosso irmão mais
novo vá conosco. De outra maneira, sem ele,
não nos podemos apresentar àquele homem'.
27
E o teu servo, nosso pai, respondeu: 'Bem
sabeis que minha mulher me deu apenas dois
filhos. 28 Um deles saiu de casa e eu disse: Um
animal feroz o devorou! E até agora não
apareceu. 29 Se me levardes também este, e lhe
acontecer alguma desgraça no caminho, fareis
descer de desgosto meus cabelos brancos à
morada dos mortos'". 45,1 Então José não pôde
mais conter-se diante de todos os que o
rodeavam, e gritou: "Mandai sair toda a gente!"
E, assim, não ficou mais ninguém com ele,
Dia 09 de Julho - Quinta-feira - Santa Paulina do Coração Agonizante, Virgem Memória
Imaculada Conceição, cuidou da organização
jurídica da Congregação com um Capítulo
celebrado em fevereiro de 1903, no qual Madre
Paulina foi eleita Superiora Geral "ad vitam". O
governo de Madre Paulina durou 6 anos,
durante os quais, com o afluir de vocações, a
Fundadora pôde realizar a fundação de outras
tres Casas no Estado de São Paulo. No ano de
1909 a Fundadora sofreu terrível prova. Por
causa de dificuldades criadas pela intromissão
de pessoas estranhas apoiadas por algumas
religiosas e pela autoridade eclesiástica, Madre
Paulina foi deposta num manobrado Capítulo
Geral no mês de agosto de 1909. Foi-lhe
reconhecido e conservado somente o titulo de
"Veneranda Madre Fundadora". De 1909 a
1918 viveu na casa por ela fundada em
Bragança Paulista. Foram 9 anos de prova, de
humilhações materiais e da noite mística do
espírito. Estes anos foram considerados pelo
Pe. Rossi como clara permissão de Deus para
que Madre Paulina se tornasse "vítima de amor
e de reparação" pela santificação de suas filhas.
Em 1918, Madre Paulina foi chamada à Casa
Geral em São Paulo, com pleno reconhecimento de suas virtudes, para servir de
exemplo às jovens vocações da Congregação,
desde 1909 assumira o nome de "Irmãzinhas
da Imaculada Conceição." No período que vai
de 1918 a 1938, distinguiu-se pela oração
constante, pela amorosa e continua assistência
às irmãs doentes. Em 1938 começou a Viasacra dos sofrimentos por causa da diabete:
progressivas amputações, do braço direito, até
a cegueira total. Aos 9 de julho de 1942 com a
habitual jaculatória nos lábios: "Seja feita a
vontade de Deus" morreu piamente no Senhor.”
(Mons. R. M. Roxo, Retrato ou perfil de Madre
Paulina. Fonte: Congregação das Irmãzinhas da
Imaculada Conceição - São Paulo - site
www.ciic.org.br).
100
95
75
25
5
31
0
Dia 09 de Julho - Quinta-feira - Santa Paulina do Coração Agonizante, Virgem Memória
quando se deu a conhecer aos irmãos. 2 José
rompeu num choro tão forte, que os egípcios
ouviram e toda a casa do Faraó. 3 E José disse a
seus irmãos: "Eu sou José! Meu pai ainda vive?"
Mas os irmãos não podiam responder-lhe nada,
pois foram tomados de um enorme terror. 4 Ele,
porém, cheio de clemência, lhes disse:
"Aproximai-vos de mim". Tendo-se eles
aproximado, disse: "Eu sou José, vosso irmão,
a quem vendestes para o Egito. 5 Entretanto, não
vos aflijais, nem vos atormenteis, por me terdes
vendido a este país. Porque foi para a vossa
salvação que Deus me mandou adiante de vós,
para o Egito". - Palavra do Senhor.
Salmo responsorial - Sl 104
R. Lembrai as maravilhas do Senhor!
1. Mandou vir, então, a fome sobre a terra e
os privou de todo pão que os sustentava; um
homem enviara à sua frente, José que foi
vendido como escravo. R.
2. Apertaram os seus pés entre grilhões e
amarraram seu pescoço com correntes, até que
se cumprisse o que previra, e a palavra do
Senhor lhe deu razão. R.
3. Ordenou, então, o rei que o libertassem,
o soberano das nações mandou soltá-lo; fez
dele o senhor de sua casa, e de todos os seus
bens o despenseiro. R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Convertei-vos e crede no Evangelho,
pois, o Reino de Deus está chegando! R.
Evangelho - Mt 10,7-15
A missão é partir, é ir ao encontro do outro. A
palavra não é uma ideologia, doutrina, teoria,
mas uma mensagem de alegria e esperança: o
Senhor vem para nos salvar. O conteúdo do
anúncio é o Reino de Deus: Deus está no meio
de nós, e seu reinado nos salva e liberta. Tão
32
diferente de nossa “pastoral de manutenção”!
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: 7 "Em vosso caminho, anunciai: 'O
Reino dos Céus está próximo'. 8 Curai os
doentes, ressuscitai os mortos, purificai os
leprosos, expulsai os demônios. De graça
recebestes, de graça deveis dar! 9 Não leveis
ouro nem prata nem dinheiro nos vossos cintos;
10
nem sacola para o caminho, nem duas
túnicas nem sandálias nem bastão, porque o
operário tem direito ao seu sustento. 11 Em
qualquer cidade ou povoado onde entrardes,
informai-vos para saber quem ali seja digno.
Hospedai-vos com ele até a vossa partida. 12 Ao
entrardes numa casa, saudai-a. 13 Se a casa for
digna, desça sobre ela a vossa paz; se ela não
for digna, volte para vós a vossa paz. 14 Se
alguém não vos receber, nem escutar vossa
palavra, saí daquela casa ou daquela cidade, e
sacudi a poeira dos vossos pés. 15 Em verdade
vos digo, as cidades de Sodoma e Gomorra
serão tratadas com menos dureza do que
aquela cidade, no dia do juízo. - Palavra da
Salvação.
Prece dos fiéis
Jesus Cristo continua a enviar hoje os seus
discípulos e discípulas com a missão de
anunciarem a todos o Reino de Deus, dom de
Deus responsabilidade nossa. Peçamos esta
graça, dizendo: Senhor, atendei a nossa
prece.
1. Por todos aqueles que Jesus envia em
seu nome, para que proclamem que o Reino é
oferecido a todos e os convidem a acolhê-lo
numa vida nova de serviço aos pobres e
excluídos, rezemos ao Senhor.
2. Pelos que hoje ouviram uma parte da
história de José, para que admirem o cuidado
que os filhos tiveram com o pai, a fim de não
100
95
75
25
5
0
Senhor Jesus, Filho de Deus e de Maria,
ensinai os vossos irmãos e irmãs a viver
pobremente reconhecendo que sois Vós a sua
riqueza. Vós que viveis e reinais pelos séculos
dos séculos.
Oração sobre as oferendas
Ó Deus, ouvi as nossas preces, ao proclamarmos vossas maravilhas em Santa Paulina
do Coração Agonizante de Jesus, e, assim
como vos agradou por sua vida, seja de vosso
agrado o nosso culto.
Oração depois da comunhão
Senhor nosso Deus, fortalecidos pela
participação nesta Eucaristia, fazei que, a
exemplo de Santa Paulina do Coração
Agonizante de Jesus, nos esforcemos por servir
unicamente a vós, trazendo em nosso corpo os
sinais do sofrimento de Jesus. Que vive e reina
para sempre.
S. AGOSTINHO ZHAO RONG E COMPANHEIROS, MÁRTIRES
MEMÓRIA FACULTATIVA (Cor vermelha - Ofício da Memória)
(Missa: diversos mártires - MR, 741
Oração do dia
Deus todo-poderoso, que destes aos
Santos Agostinho Zhao Rong e Companheiros a
A
graça de sofrer pelo Cristo, ajudai também
nossa fraqueza, para que possamos viver firmes
em nossa fé, como eles não hesitaram em
morrer por vosso amor.
Dia 09 de Julho - Quinta-feira - Santa Paulina do Coração Agonizante, Virgem Memória
apressarem a sua morte, rezemos ao Senhor.
3. Pelos que hoje ouviram José explicar a
própria história, para que reconheçam, com
ele, que nada é fruto do acaso e que Deus tudo
faz para salvar a todos, rezemos ao Senhor.
4. Pelos enfermos, pelos leprosos e pelos
que sofrem em seu interior, para que sejam
ajudados, fortalecidos e curados, e pelos
irmãos e irmãs falecidos, para que Deus lhes dê
a vida eterna, rezemos ao Senhor.
5. Pelos párocos da nossa diocese, para
que não adquiram ouro, prata ou cobre, mas
deem de graça o que de graça receberam,
rezemos ao Senhor.
A Semente na Terra - Mt 10,7-15
missão é, por sua própria natureza, dinâmica. É ir ao encontro do outro. “É partir...”, diz
Dom Hélder Câmara*. É caminho e caminhada em busca dos irmãos e irmãs. É estrada
sem fim, que parte do Pai e vai aos irmãos, desassossegada até que o último filho ou
filha não se sente à mesa do Pai com os demais.
- A palavra é uma mensagem. Os discípulos não levam uma ideologia, mas proclamam
uma mensagem de alegria: o Senhor vem para salvar. Não o demonstram com argumentos
racionais, mas o mostram com a vida. É Evangelho, não é sistema, não é ideologia, não é teoria.
- Conteúdo do anúncio é o Reino. Reino que tem uma plenitude futura, mas é já uma
realidade presente. Faz-se presente aqui e agora. O anúncio o torna consciente e presente.
- O Reino se manifesta nas mais variadas situações de diminuição da vida e de morte:
enfermidade, morte, lepra, alienação, ‘possessão’.
- “Enfermo” é aquele (a) que não consegue ficar em pé: não fica “firme”; não está “firme”.
A cura do enfermo é o grande milagre de alguém, que, como Jesus, se faz irmão dos irmãos e
100
95
75
25
5
33
0
Dia 09 de Julho - Quinta-feira - Santa Paulina do Coração Agonizante, Virgem Memória
irmãs, sobretudo dos fracos e enfraquecidos (Mt 8,17).
- Irmão é aquele que deixa ressuscitar o Filho Jesus em si e no outro. Sabemos que
passamos da morte à vida quando amamos os irmãos (1Jo 3,14).
- O amor é uma vida nova. O amor dá vida nova. Liberta da lepra da morte e do pecado
(cf. 8,1-4).
- O Espírito da verdade expulsa para longe da vida da pessoa o espírito da mentira, que
divide (“diabo” quer dizer divididor) do Pai e dos irmãos, provocando a morte, pois, desde o
princípio, o demônio é homicida (Jo 8,44).
- O Reino deve se manifestar especialmente na forma de vida dos missionários, dos
apóstolos, que de si nada devem ostentar (pobreza), para fazer brilhar o dom de Deus
(gratuidade).
- O princípio não podia ser mais claro: “Vocês receberam de graça, deem também de
graça!” (v. 8). As igrejas-empresas da atualidade (mas também de outros momentos da história
da Igreja) negam, pela eficácia econômica, o que pregam da eficácia da graça. E as Igrejas
tradicionais igualmente negam, pelo capital acumulado, o que pregam da renúncia aos bens
deste mundo para se ficar com Deus somente (Teresa de Ávila) e seu Reino.
- “Dar” e “receber” gratuitamente é a dinâmica da vida trinitária. O Pai se dá ao Filho e o
Filho se dá ao Pai, e seu dom recíproco de amor é o Espírito Santo. O missionário cristão – ou o
cristão missionário, o discípulo missionário de Aparecida! – estende esse dinamismo, no qual a
Trindade o envolve, para dentro das suas relações. A missão, na verdade, é uma relação nova.
- Sendo pobre, o apóstolo, que dá o dom do Evangelho, pode receber o dom de ser
acolhido. Uma troca de dons, uma troca de graças. Ele dá a quem o acolhe o grande tesouro de
que é portador: tornar-se como Deus, que, em sua natureza mais íntima, é dom e acolhida. Por
isso, a pobreza é determinante para o evangelizador: é a liberdade em relação ao deus desse
mundo – o dinheiro – e a liberdade para o Deus do Reino – o amor. No seguimento* de Jesus,
Paulo faz questão de mostrar o seu próprio exemplo (1Cor 9,1ss.).
O Minuto do Concílio
“O verdadeiro discípulo de Cristo se distingue tanto pelo amor a Deus
como pelo amor ao próximo.” (Lumen gentium 42)
Santos do dia: Rosário de Chiquinquirá. Agilulfo (+ 752). Adriano e Jacó (+ 1572). Verônica
Giuliani (1660-1727). Madre Paulina do Coração Agonizante de Jesus [Amabile Lucia Visintainer]
(1865-1942).
Testemunhas do Reino: Pedro Lessa (Brasil, 1920).
Datas comemorativas: Independência da Argentina (1816). Independência do Peru (1821).
Nascimento, em Oliveira, MG, de Carlos Chagas, médico e cientista (1878). Fundação da
Sociedade Brasileira contra a Escravidão (1880). Aniversário de Boa Vista, RR. Dia do Truco. Dia do
Protético. Dia do Sonhador. Dia da Revolução Constitucionalista (São Paulo, 1932). Dia do Soldado
Constitucionalista. Dia da Independência da Argentina.
34
100
95
75
25
5
0
[1] Dom Hélder Câmara. Seu nome completo é Hélder Pessoa Câmara. Nasceu em Fortaleza,
Ceará, em 1909, onde cursou filosofia e teologia. Foi ordenado presbítero nesta mesma cidade em
1931 e bispo em 1952. Ocupou vários cargos públicos em seu estado natal, no Rio de Janeiro e em
Brasília, destacando-se a fundação da Operação Esperança e do Banco da Providência no Rio de
Janeiro e no Recife. Entre as funções eclesiais destacam-se: bispo auxiliar do Rio de Janeiro (19521955); assistente nacional da Ação Católica Brasileira (1952-1962); 1º secretário geral da CNBB, para
cuja criação trabalhou intensamente; participante da reunião preparatória da 1ª Conferência Geral do
Episcopado Latino-Americano (Rio de Janeiro - 1955); arcebispo coadjutor do Rio de Janeiro (19551964); delegado brasileiro no CELAM e 2º vice-presidente (1958-1960 e 1964); membro de algumas
comissões preparatórias do Concílio Vaticano II, no qual foi um dos membros mais ativos; arcebispo
de Olinda e Recife (1964 - 1985); secretário da Ação Social da CNBB (1964-1968); delegado do
episcopado brasileiro à II Conferência Geral do Episcopado Latino americano (1968); delegado do
episcopado brasileiro ao Terceiro Sínodo dos Bispos (1974); membro do Conselho Permanente da
CNBB a partir de 1979. Por ocasião do Vaticano II (1962-1965), foi um dos mentores e signatários do
Pacto das Catacumbas, um documento assinado por cerca de 40 Padres conciliares no dia 16 de
novembro de 1965, nas catacumbas de Domitila, em Roma, em favor de uma Igreja simples, voltada
para os pobres, comprometida com as grandes lkutas da humanidade, pela via da não-violência. Foilhe outorgado o título de Doutor “honoris causa” em diversas Universidades. Recebeu doze prêmios
por seu trabalho em favor da paz. Foi membro de várias instituições estrangeiras e internacionais
voltadas para o desenvolvimento. Delegado do episcopado brasileiro à III Conferência Geral do
Episcopado Latino-americano (Puebla – 1979). Escreveu diversos livros de cunho social e espiritual.
Lutou ativamente contra a ditadura militar e pela redemocratização do Brasil. Foi indicado quatro vezes
ao Prêmio Nobel da Paz. Na última década de sua vida, lançou o projeto “Por um mundo sem miséria”.
Seu legado maior é justamente seu compromisso, em nome do Evangelho, pelas causas da justiça, da
paz e por um mundo fraterno e solidário, segundo os planos de Deus e os desejos mais profundos e
permanentes da humanidade. Morreu em Recife no dia 27 de fevereiro de 1999. Continuou a viver em
Recife, nos fundos da Igreja das Fronteiras, onde vivia desde 1968. Morreu aos 90 anos em Recife no
dia 27 de Agosto de 1999. Em fevereiro de 2008 foi encaminhado à Congregação para a Causa dos
Santos, no Vaticano, o pedido de beatificação de D. Hélder pela Comissão Nacional de Presbíteros
(CNP), vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).O Regional Nordeste 2 da
CNBB, a arquidiocese de Olinda e Recife, o Instituto Dom Hélder Câmara (IDHeC) e a Universidade
Católica de Pernambuco promoveram a comemoração do centenário de Dom Hélder, que foi celebrado
em 7 de fevereiro de 2009. O objetivo é manter viva a sua memória e a sua luta pela solidariedade e
justiça social. Em abril de 2015, O Vaticano acolheu a causa de canonização de Dom Hélder,
introduzida pela Arquidiocese de Olinda e Recife, declarando-o “Servo de Deus”.
Dia 09 de Julho - Quinta-feira - Santa Paulina do Coração Agonizante, Virgem Memória
ABC DO CRISTIANISMO
100
95
[2] Seguimento. Termo importante nos Evangelhos, relacionado com a chamada dos discípulos
(as). A ideia básica é a seguinte: Jesus caminha, e o discípulo vem atrás dele. O discípulo nem vai
diante dele nem o alcança depois: o discípulo O segue, indo atrás dele. É Jesus que escolhe o
discípulo (Jo 15,16); é Jesus que o chama a segui-lo para estar com ele (Mc 3,14; 1Ts 4,17). Só Ele é o
caminho, a verdade e a vida. É a verdade que veio ao nosso encontro para tornar-se nosso caminho em
direção à vida. A V Conferência Geral do Episcopado Latino-americano e Caribenho, insistindo no
discipulado, valoriza o tema do “seguimento”.
75
25
5
35
0
Dia 10 de Julho - Sexta-feira - Santa Paulina do Coração Agonizante, Virgem Memória
36
10
SEXTA-FEIRA DA 14ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
Antífona da entrada
Recebemos, ó Deus, a vossa misericórdia
no meio do vosso templo. Vosso louvor se
estende, como o vosso nome, até os confins da
terra; toda a justiça se encontra em vossas
mãos.
lançou-se ao seu pescoço e, abraçado a ele,
chorou longamente. 30 Israel disse a José:
"Agora, morrerei contente, porque vi a tua face e
te deixo com vida". - Palavra do Senhor.
Salmo responsorial - Sl 36
R. A salvação vem de Deus!
Oração do dia
Ó Deus, que pela humilhação do vosso
Filho reerguestes o mundo decaído, enchei os
vossos filhos e filhas de santa alegria, e dai aos
que libertastes da escravidão do pecado o gozo
das alegrias eternas.
Leitura - Gn 46,1-7.28-30
Leitura do Livro do Gênesis
Naqueles dias: 1 Israel partiu com tudo o que
tinha. Ao chegar a Bersabeia, ofereceu
sacrifícios ao Deus de seu pai Isaac. 2 Deus
falou a Israel em visão noturna, dizendo-lhe:
"Jacó! Jacó!". Ele respondeu: "Aqui estou!" 3 E
Deus lhe falou: "Eu sou Deus, o Deus de teu pai:
não tenhas medo de descer ao Egito, pois lá
farei de ti uma grande nação. 4 Eu mesmo
descerei contigo ao Egito e te reconduzirei de lá
quando voltares; e é José que te fechará os
olhos". 5 Jacó levantou-se e deixou Bersabeia, e
seus filhos o puseram, com as crianças e as
mulheres, sobre os carros que o Faraó enviara
para os transportar. 6 Levaram, também, tudo o
que possuíam na terra de Canaã; e foram para o
Egito, Jacó com toda a sua família, 7 com seus
filhos e netos, suas filhas e toda a sua
descendência. 28 Jacó enviou Judá na frente
para avisar José e fazê-lo vir ao seu encontro
em Gessen. E chegaram à terra de Gessen.
29
José mandou atrelar seu carro e subiu a
Gessen ao encontrou do pai. Logo que o viu,
1. Confia no Senhor e faze o bem, e sobre a
terra habitarás em segurança. Coloca no
Senhor tua alegria, e ele dará o que pedir teu
coração. R.
2. O Senhor cuida da vida dos honestos, e
sua herança permanece eternamente. Não
serão envergonhados nos maus dias, mas nos
tempos de penúria, saciados. R.
3. Afasta-te do mal e faze o bem, e terás
tua morada para sempre. Porque o Senhor Deus
ama a justiça, e jamais ele abandona os seus
amigos. Os malfeitores hão de ser exterminados, e a descendência dos malvados
destruída; R.
4. A salvação dos piedosos vem de Deus;
ele os protege nos momentos de aflição. O
Senhor lhes dá ajuda e os liberta, defende-os e
protege-os contra os ímpios, e os guarda
porque nele confiaram. R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Quando o Paráclito vier, o Espírito da
verdade, ele vos conduzirá a toda a verdade,
lembrar-vos á de tudo, o que eu tenho falado. R.
100
95
75
Evangelho - Mt 10,16-23
A missão, que visa ao seguimento e à
comunicação da Vida, cruza, mais cedo ou mais
tarde, com a perseguição. A palavra de Jesus é
clara: “eu envio vocês como ovelhas no meio
25
5
0
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: 16 "Eis que eu vos envio como
ovelhas no meio de lobos. Sede, portanto,
prudentes como as serpentes e simples como
as pombas. 17 Cuidado com os homens, porque
eles vos entregarão aos tribunais e vos
açoitarão nas suas sinagogas. 18 Vós sereis
levados diante de governadores e reis, por
minha causa, para dar testemunho diante deles
e das nações. 19 Quando vos entregarem, não
fiqueis preocupados como falar ou o que dizer.
Então naquele momento vos será indicado o
que deveis dizer. 20 Com efeito, não sereis vós
que havereis de falar, mas sim o Espírito do
vosso Pai é que falará através de vós. 21 O irmão
entregará à morte o próprio irmão; o pai
entregará o filho; os filhos se levantarão contra
seus pais, e os matarão. 22 Vós sereis odiados
por todos, por causa do meu nome. Mas quem
perseverar até o fim, esse será salvo. 23 Quando
vos perseguirem numa cidade, fugi para outra.
Em verdade vos digo, vós não acabareis de
percorrer as cidades de Israel, antes que venha
o Filho do Homem. - Palavra da Salvação.
Prece dos fiéis
Os discípulos e discípulas de Jesus hão de
sofrer perseguições como Ele sofreu; mas
também com Ele participarão da vida e
liberdade de Deus. Apresentemos ao Pai
as nossas súplicas, dizendo: Ouvi-nos,
Senhor.
A
1. Pelos membros das várias Igrejas
cristãs que levam o testemunho do amor a
Cristo até ao martírio, para que o Espírito
desperte em todos o desejo da fidelidade e da
unidade, rezemos.
2. Pelos discípulos e discípulas enviados
pelo mundo afora, para que sejam simples
como as pombas, mas jamais ingênuos e
desavisados, rezemos.
3. Pelos que têm de ganhar a vida em
países estrangeiros, para que não tenham
medo dos sacrifícios que os esperam, e sintam
a presença amorosa do Senhor, rezemos.
4. Pelos pais e pelos filhos a quem a vida
separou, para que um dia voltem a abraçar-se e
a sentir a felicidade de viver juntos, rezemos.
5. Pelos responsáveis das nossas comunidades, para que ensinem a vencer o mal com
o bem e a não ceder à tentação de vingança,
rezemos.
Senhor, nosso Deus, não permitais que os
discípulos e as discípulas do vosso Filho
esqueçam as recomendações que lhes fazeis.
Ele que é Deus convosco na unidade do Espírito
Santo.
Oração sobre as oferendas
Dia 10 de Julho - Sexta-feira - Santa Paulina do Coração Agonizante, Virgem Memória
de lobos” (Mt 10,16). O autêntico discípulo
missionário é associado ao destino do
Cordeiro, que o lobo ataca e mata (Jo 10).
Possamos, ó Deus, ser purificados pela
oferenda que vos consagramos; que ela nos
leve, cada vez mais, a viver a vida do vosso
reino.
Oração depois da comunhão
Nós vos pedimos, ó Deus, que, enriquecidos por tão grande dádiva, possamos
colher os frutos da salvação sem jamais cessar
vosso louvor.
100
95
75
A Semente na Terra - Mt 10,16-23
missão, que visa ao seguimento, cruza, mais cedo ou mais tarde, com a perseguição. A
palavra de Jesus é clara: “eu envio vocês como ovelhas no meio de lobos” (Mt 10,16).
O discípulo missionário – que nem sempre é totalmente ovelha, que, muitas vezes,
25
5
37
0
Dia 10 de Julho - Sexta-feira - Santa Paulina do Coração Agonizante, Virgem Memória
ainda tem garras e presas de lobo – é associado ao destino do Cordeiro, que o lobo ataca e mata
(Jo 10). A agressividade do mal, que domina o mundo, se descarrega sobre ele, que, com Jesus,
carrega o pecado do mundo (Jo 1,29).
- É lei fundamental da história que o ser humano constrói: o mal é carregado por quem não
o faz; quem não faz o mal – levando-o sem devolvê-lo – o vence. No livro de Isaías, temos a
misteriosa figura do Justo, do Servo de Deus, que nos salva do mal, não o fazendo, mas o
assumindo: ele carrega os nossos sofrimentos (Is 53,11); cumpre, assim, a vontade de Deus (Is
53,10), que é a salvação dos pecadores (53,12); por suas chagas, somos curados (Is 53,5).
- O Cordeiro imolado é o único em condições de abrir os sete selos do rolo escrito por
dentro e por fora (Ap 5,1-13). A Cruz, na verdade, é a chave que dá acesso ao mistério de Deus e
ao mistério do mundo, como explica o misterioso Peregrino aos dois de Emaús (Lc 24,25-27.46).
Só o Cordeiro imolado decifra o enigma* da história: o mal perde vencendo, enquanto o bem
ganha perdendo (Fausti)!
- Não é à toa que, segundo Paulo, a sabedoria está sintetizada na “palavra da Cruz”. Paulo,
de fato, não pretende saber outra coisa senão Jesus Cristo e Jesus Cristo crucificado (cf. 1Cor
1,18; 2,2). Em Jesus crucificado, podemos ver a realidade do nosso mal e a verdade do amor de
Deus, que carrega sobre si o nosso mal. A Cruz não é sinal de um Deus vingador nem fetiche de
um Deus mágico, mas a Glória – Glória do Filho único do Pai, que é amor – que entra nesse
mundo e nos salva.
- O mistério do Mestre prossegue no mistério do discípulo e da discípula. Por medo de
sofrer e de morrer, encapsulamo-nos em nós mesmos e nos defendemos, atacando e agredindo.
O problema não é sofrer e morrer – essa pode ser a solução; o problema é fazer sofrer e morrer –
esse é o mal, isso é o que faz mal.
- O mal que se faz provoca, numa reação em cadeia, o mal que está no outro, que vai em
frente até não encontrar pela frente um 'mais forte' – quer dizer, uma pessoa boa – capaz de
devolver mal com bem. Nessa luta, que é a vida, não há muita escolha: ou nos sacrificamos ou
sacrificamos o outro. A primeira atitude é divina; a segunda é desumana, pois não nos humaniza
nem humaniza ninguém.
- As dificuldades, as reações contra o Evangelho e as perseguições não nos devem
assustar. É o preço que se paga pela vitória do bem. É sinal da destruição do mal. É necessário que
o mal apareça, mostre a cara, para ser vencido... pelo bem.
O Minuto do Concílio
“Todos devem estar prontos a confessar Cristo perante os homens, segui-Lo no caminho da
Cruz entre perseguições, que nunca faltam à Igreja.” (Lumen gentium 42)
Santos do dia: Alexandre e Irmãos (+ 165). Etto (600-670). Amália de Maubeuge (+ 690).
Amalberga de Gent (século VIII). Landfrido (séculos VIII/IX). Knud da Dinamarca (1040-1086), Érico
da Suécia (+ 1160) e Olavo da Noruega (995-1030). Pacífico delle Marche (+ 1230). Engelberto
Kolland (1827-1860). Antônio Kowalczyk (1866-1947).
100
95
75
Testemunhas do Reino: Faustino Villanueva (Guatemala, 1980). Joseph Lafont (Haiti, 1988).
Datas comemorativas: Nascimento, na França, de João Calvino (1509). Independência das
Bahamas (1973). Dia Mundial da Lei. Dia da Saúde Ocular. Dia da Pizza.
38
25
5
0
(Cor branca - Ofício da memória)
A melhor fonte para conhecê-lo é Gregório
Magno, que lhe reservou todo o capítulo II dos
seus Diálogos Nasceu em 480 em Norcia
(Núrsia), na Úmbria, Itália, de uma família rica.
Foi educado em Roma. Ao completar 20 anos,
foi viver como eremita nas gargantas rochosas
de Subiaco, a leste de Roma. Seguiram-no
tantos discípulos que ele teve que organizá-los
em várias comunidades. Ao todo, formaram-se
12 comunidades com 12 monges cada, cada
uma com o seu próprio abade, no vale do Rio
Aniene. Por volta de 530 (529?), instalou-se
com alguns deles em Montecassino, entre
Roma e Nápoles. Aí fundou um mosteiro sobre
as ruínas de antigo templo pagão e elaborou a
famosa Regra – grandemente inspirada na
Regula Magistri – que serviu de base ao
monaquismo ocidental. A comunidade idealizada por São Bento funda-se sobre a autoridade do abade (= pai), ao qual são
submetidos os monges, vinculados pelo voto
de estabilidade no próprio mosteiro. Na
espiritualidade beneditina, são essenciais a
celebração do Ofício Divino, o equilíbrio entre
oração e trabalho (“ora et labora”), entre
trabalho manual e intelectual, a humildade, e,
antes de tudo, o retorno a Deus por meio da
obediência sob a guia de Cristo, que deve ser
amado acima de tudo. Morreu provavelmente
em 547.
Antífona da entrada
Estes são os Santos que receberam a
benção do Senhor e a misericórdia de Deus,
seu Salvador. É a geração dos que buscam a
Deus.
Oração do dia
Ó Deus, que fizestes o abade São Bento
preclaro mestre na escola do vosso serviço,
concedei que, nada preferindo ao vosso amor,
corramos de coração dilatado no caminho dos
vossos mandamentos.
Primeira leitura - Gn 49,29-32; 50,1526a
Leitura do Livro do Gênesis
Naqueles dias, Jacó transmitiu as suas
ordens a seus filhos, dizendo: 29 "Eu vou juntarme ao meu povo; sepultai-me com meus pais
na gruta de Macpela, que está no campo de
Efron, o hitita, 30 defronte de Mambré, no país de
Canaã. É a gruta que Abraão comprou a Efron, o
hitita, junto com o campo, como propriedade
funerária. 31 Lá foram sepultados Abraão e Sara,
sua mulher, ali se sepultaram também Isaac e
sua mulher Rebeca; e foi lá que sepultei Lia".
32
Quando Jacó acabou de dar suas instruções
aos filhos, recolheu os pés sobre a cama e
morreu; e foi reunido aos seus. 50,15Ao verem
que seu pai tinha morrido, os irmãos de José
disseram entre si: "Não aconteça que José se
lembre da injúria que padeceu, e nos faça pagar
todo o mal que lhe fizemos". 16 E mandaram
dizer-lhe: "Teu pai, antes de morrer, ordenounos 17 que te disséssemos estas palavras:
'Peço-te que esqueças o crime de teus irmãos,
e o pecado e a maldade que usaram contra ti'.
Nós pedimos, pois, que perdoes o crime dos
servos do Deus de teu pai". Ouvindo isto, José
pôs-se a chorar. 18 Vieram seus irmãos e
prostraram-se diante dele, dizendo: "Somos
teus servos". 19 Ele respondeu: "Não tenhais
medo. Sou eu, porventura, Deus? 20 Vós
pensastes fazer mal contra mim. Deus, porém,
converteu-o em bem, para dar vida a um povo
numeroso, como vedes presentemente. 21 Não
temais: eu vos sustentarei e a vossos filhos". E
assim os consolou, falando-lhes com doçura e
Dia 11 de Julho - Sábado - São Bento, Abade - Memória
11
SÁBADO - SÃO BENTO, Abade - Memória
100
95
75
25
5
39
0
Dia 11 de Julho - Sábado - São Bento, Abade - Memória
mansidão. 22 E José ficou morando no Egito,
com toda a família de seu pai, e viveu cento e
dez anos. 23 José viu os filhos de Efraim até à
terceira geração, e os filhos de Maquir, filho de
Manassés, que José também recebeu sobre
seus joelhos. 24 José disse aos seus irmãos: "Eu
vou morrer. Deus vos visitará e vos fará subir
deste país para a terra que ele jurou dar a
Abraão, Isaac e Jacó". 25 Depois de tê-los feito
jurar e de ter dito: 'Quando Deus vos visitar,
levai daqui os meus ossos convosco'. 26a José
morreu, completando cento e dez anos de vida.
- Palavra do Senhor.
Salmo responsorial - Sl 104
R. Humildes, procurai o Senhor Deus,
e o vosso coração reviverá.
1. Dai graças ao Senhor, gritai seu nome,
anunciai entre as nações seus grandes feitos!
Cantai, entoai salmos para ele, publicai todas
as suas maravilhas! R.
2. Gloriai-vos em seu nome que é santo,
exulte o coração que busca a Deus! Procurai o
Senhor Deus e seu poder, buscai constantemente a sua face! R.
3. Descendentes de Abraão, seu servidor,
e filhos de Jacó, seu escolhido, ele mesmo, o
Senhor, é nosso Deus, vigoram suas leis em
toda a terra. R.
justamente para evitar os desatinos.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: 24 "O discípulo não está acima do
mestre, nem o servo acima do seu senhor.
25
Para o discípulo, basta ser como o seu
mestre, e para o servo, ser como o seu senhor.
Se ao dono da casa eles chamaram de Belzebu,
quanto mais aos seus familiares! 26 Não tenhais
medo deles, pois nada há de encoberto que não
seja revelado, e nada há de escondido que não
seja conhecido. 27 O que vos digo na escuridão,
dizei-o à luz do dia; o que escutais ao pé do
ouvido, proclamai-o sobre os telhados! 28 Não
tenhais medo daqueles que matam o corpo,
mas não podem matar a alma! Pelo contrário,
temei aquele que pode destruir a alma e o corpo
no inferno! 29 Não se vendem dois pardais por
algumas moedas? No entanto, nenhum deles
cai no chão sem o consentimento do vosso Pai.
30
Quanto a vós, até os cabelos da cabeça estão
todos contados. 3L Não tenhais medo! Vós valeis
mais do que muitos pardais. 32 Portanto, todo
aquele que se declarar a meu favor diante dos
homens, também eu me declararei em favor
dele diante do meu Pai que está nos céus.
33
Aquele, porém, que me negar diante dos
homens, também eu o negarei diante do meu
Pai que está nos céus. - Palavra da Salvação.
Aclamação ao Evangelho
Prece dos fiéis
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Felizes sereis vós, se fordes ultrajados,
por causa de Jesus pois, repousa sobre vós, o
Espírito de Deus. R.
Evangelho - Mt 10,24-33
O tema do Evangelho é o medo que o mal
provoca, e a coragem que a certeza do bem
inspira no coração do discípulo, que segue o
caminho do Cordeiro. O medo provoca muitos
desatinos, quando deveria ser apenas um freio,
40
Na festa de São Bento, elevemos a nossa
oração a Deus Pai, para que os cristãos e suas
comunidades deem novo vigor à fé que receberam dos Apóstolos. Senhor, reavivai a
nossa fé.
1. Para que o Senhor dê às Igrejas dos
países considerados desenvolvidos homens e
mulheres fiéis ao Evangelho, que as guiem com
sabedoria e fortaleza, rezemos ao Senhor.
2. Para que as Igrejas, de um extremo ao
100
95
75
25
5
0
Acolhei, Senhor, as nossas preces e fazei
que, escutando o vosso Filho, possamos
A
transformar a nossa vida num louvor perene ao
vosso nome. Por Cristo, nosso Senhor.
Oração sobre as oferendas
Ó Deus, olhai com bondade as oferendas
que vos apresentamos na festa de hoje para
que, procurando-vos, como São Bento, encontremos em vosso serviço os dons da unidade e
da paz.
Oração depois da comunhão
Tendo recebido o penhor da vida eterna, nós
vos suplicamos, ó Deus, que, seguindo os
ensinamentos de São bento, vos sirvamos
fielmente na oração e amemos os irmãos com
caridade ardente.
Dia 11 de Julho - Sábado - São Bento, Abade - Memória
outro da terra, unam ao trabalho apostólico,
missionário e social o espírito de contemplação
e de louvor, rezemos ao Senhor.
3. Para que Jesus Cristo dê a todos os
governantes o dom da sabedoria e da justiça e
os ensine a exercer o poder como serviço ao
bem comum, rezemos ao Senhor.
4. Para que os monges da Europa e de todo
o mundo sejam fiéis ao serviço do Senhor na
oração e nada anteponham ao amor de Deus e
do próximo, rezemos ao Senhor.
5. Para que os membros da nossa comunidade, imitando São Bento, cujo nome evoca
as bem-aventuranças, sejam fiéis ao Sermão
da montanha, rezemos ao Senhor.
A Semente na Terra - Mt 10,16-23
missão, que visa ao seguimento, cruza, mais cedo ou mais tarde, com a perseguição. A
palavra de Jesus é clara: “eu envio vocês como ovelhas no meio de lobos” (Mt 10,16).
O discípulo missionário – que nem sempre é totalmente ovelha, que, muitas vezes,
ainda tem garras e presas de lobo – é associado ao destino do Cordeiro, que o lobo ataca e mata
(Jo 10). A agressividade do mal, que domina o mundo, se descarrega sobre ele, que, com Jesus,
carrega o pecado do mundo (Jo 1,29).
- É lei fundamental da história que o ser humano constrói: o mal é carregado por quem não
o faz; quem não faz o mal – levando-o sem devolvê-lo – o vence. No livro de Isaías, temos a
misteriosa figura do Justo, do Servo de Deus, que nos salva do mal, não o fazendo, mas o
assumindo: ele carrega os nossos sofrimentos (Is 53,11); cumpre, assim, a vontade de Deus (Is
53,10), que é a salvação dos pecadores (53,12); por suas chagas, somos curados (Is 53,5).
- O Cordeiro imolado é o único em condições de abrir os sete selos do rolo escrito por
dentro e por fora (Ap 5,1-13). A Cruz, na verdade, é a chave que dá acesso ao mistério de Deus e
ao mistério do mundo, como explica o misterioso Peregrino aos dois de Emaús (Lc 24,25-27.46).
Só o Cordeiro imolado decifra o enigma* da história: o mal perde vencendo, enquanto o bem
ganha perdendo (Fausti)!
- ‘Não é à toa que, segundo Paulo, a sabedoria está sintetizada na “palavra da Cruz”. Paulo,
de fato, não pretende saber outra coisa senão Jesus Cristo e Jesus Cristo crucificado (cf. 1Cor
1,18; 2,2). Em Jesus crucificado, podemos ver a realidade do nosso mal e a verdade do amor de
Deus, que carrega sobre si o nosso mal. A Cruz não é sinal de um Deus vingador nem fetiche de
um Deus mágico, mas a Glória – Glória do Filho único do Pai, que é amor – que entra nesse
mundo e nos salva.
- O mistério do Mestre prossegue no mistério do discípulo e da discípula. Por medo de
sofrer e de morrer, encapsulamo-nos em nós mesmos e nos defendemos, atacando e agredindo.
100
95
75
25
5
41
0
Dia 11 de Julho - Sábado - São Bento, Abade - Memória
O problema não é sofrer e morrer – essa pode ser a solução; o problema é fazer sofrer e morrer –
esse é o mal, isso é o que faz mal.
- O mal que se faz provoca, numa reação em cadeia, o mal que está no outro, que vai em
frente até não encontrar pela frente um ‘mais forte’ – quer dizer, uma pessoa boa – capaz de
devolver mal com bem. Nessa luta, que é a vida, não há muita escolha: ou nos sacrificamos ou
sacrificamos o outro. A primeira atitude é divina; a segunda é desumana, pois não nos humaniza
nem humaniza ninguém.
- As dificuldades, as reações contra o Evangelho e as perseguições não nos devem
assustar. É o preço que se paga pela vitória do bem. É sinal da destruição do mal. É necessário que
o mal apareça, mostre a cara, para ser vencido... pelo bem.
O Minuto do Concílio
“A vida espiritual dos religiosos deve ser devotada ao bem de toda a Igreja.”
(Lumen gentium 44)
Santos do dia: Pio I (+155). Bento de Núrsia (Norcia) (480-547); Sigisberto de Disentis
(séculos VII/VIII). Hildulfo de Tréveris (+707); Plácido (+720); Olga (Helga) (890-970); Olivério
Plunket (1629-1681).
Testemunhas do Reino: Carlos Ponce de León (Argentina, 1977).
Datas comemorativas: Dia Mundial da População. Fundação do Movimento Índio dos
Estados Unidos (1968). Dia do Mestre de Banda; Dia Nacional dos Trabalhadores Telefônicos; Dia
do Rondonista.
ABC DO CRISTIANISMO
[1] Enigma. Na Bíblia, é uma palavra ou expressão cujo significado não é completamente claro ou
é propositalmente escondido. Para ser compreendido, o enigma exige atenta reflexão, sendo sua
interpretação difícil. Talvez o mais característico de todos os enigmas bíblicos seja a pergunta (para
adivinhação) do leão e do mel feita por Sansão, que as testemunhas do casamento deviam adivinhar (Jz
14,12-19). Mas, na Bíblia, encontram-se vários outros exemplos, do mesmo sentido ou em sentido
derivado (cf. 1Rs 10,1; 1Cr 9,1; Pr 1,6; Pr 30,15-31; Ez 17,2-24; Nm 12,8; Sl 48,5).
"Na Sagrada Escritura, como se vê, a misericórdia é a palavra-chave para indicar o agir de
Deus para conosco. Ele não Se limita a afirmar o seu amor, mas torna-o visível e palpável.
Aliás, o amor nunca poderia ser uma palavra abstrata. Por sua própria natureza, é vida
concreta: intenções, atitudes, comportamentos que se verificam na atividade de todos os dias.
A misericórdia de Deus é a sua responsabilidade por nós. Ele sente-Se responsável, isto é,
deseja o nosso bem e quer ver-nos felizes, cheios de alegria e serenos. E, em sintonia com
isto, se deve orientar o amor misericordioso dos cristãos. Tal como ama o Pai, assim também
amam os filhos. Tal como Ele é misericordioso, assim somos chamados também nós a ser
misericordiosos uns para com os outros." (Francisco, Misericordiae vultus, 9)
42
100
95
75
25
5
0
(Cor verde - III SEMANA DO SALTÉRIO - Ofício dominical comum)
Antífona da entrada
Contemplarei, justificado, a vossa face; e
serei saciado quando se manifestar a vossa
glória.
Oração do dia
Ó Deus, que mostrais a luz da verdade aos
que erram para retornarem o bom caminho, dai
a todos os que professam a fé rejeitar o que não
convém ao cristão, e abraçar tudo que é digno
deste nome.
Dia 12 de Julho - 15º Domingo do Tempo Comum
12
15º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Leitura - Am 7,12-15
Leitura da Profecia de Amós
Comentário inicial - A missão do Filho
pelo Pai alarga-se na missão dos discípulos e
discípulas pelo Filho, chamados a se tornarem
filhos e filhas. Se a missão divina do Filho
procede do amor infinito do Pai, a missão
humana dos filhos e filhas procede do amor
igualmente infinito do Filho, que ama as suas
ovelhas e dá a sua vida por elas. Por isso, a
missão dos discípulos e discípulas deve ter as
marcas da missão do Filho pelo Pai. Dois a dois,
para refletir na prática o amor que circula entre o
Pai e o Filho. Com o poder próprio de Deus, que
é o poder do amor, que quer filhos e filhas livres
num mundo de irmãos e irmãs. Pobres como
Jesus, que, embora fosse de condição divina,
esvaziou-se a si mesmo, tomou a forma de
servo e, pelo sofrimento, aprendeu a obediência ao Pai. Preparados para serem
acolhidos na alegria, mas também para serem
rejeitados na tristeza. Tudo como o Filho Jesus.
Naqueles dias: 12 Disse Amasias, sacerdote
de Betel, a Amós: "Vidente, sai e procura refúgio
em Judá, onde possas ganhar teu pão e exercer
a profecia; 13 mas em Betel não deverás insistir
em profetizar, porque aí fica o santuário do rei e
a corte do reino". 14 Respondeu Amós a
Amasias, dizendo: "Não sou profeta nem sou
filho de profeta; sou pastor de gado e cultivo
sicômoros. 15 O Senhor chamou-me, quando eu
tangia o rebanho, e o Senhor me disse: 'Vai
profetizar para Israel, meu povo'". - Palavra do
Senhor.
Salmo responsorial - Sl 84
100
R. Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade, e a vossa salvação nos concedei!
95
75
1. Quero ouvir o que o Senhor irá falar: é a
paz que ele vai anunciar. Está perto a salvação
dos que o temem, e a glória habitará em nossa
terra. R.
2. A verdade e o amor se encontrarão, a
justiça e a paz se abraçarão; da terra brotará a
25
5
43
0
Dia 12 de Julho - 15º Domingo do Tempo Comum
44
fidelidade, e a justiça olhará dos altos céus. R.
3. O Senhor nos dará tudo o que é bom, e a
nossa terra nos dará suas colheitas; a justiça
andará na sua frente e a salvação há de seguir os
passos seus. R.
Leitura - Ef 1,3-10 (mais breve)
Leitura da Carta de São Paulo aos
Efésios
3
Leitura - Ef 1, 3-14 (mais longa)
Leitura da Carta de São Paulo aos
Efésios
3
Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor
Jesus Cristo. Ele nos abençoou com toda a
bênção do seu Espírito em virtude de nossa
união com Cristo, no céu. 4 Em Cristo, ele nos
escolheu, antes da fundação do mundo, para
que sejamos santos e irrepreensíveis sob o seu
olhar, no amor. 5 Ele nos predestinou para
sermos seus filhos adotivos por intermédio de
Jesus Cristo, conforme a decisão da sua
vontade, 6 para o louvor da sua glória e da graça
com que ele nos cumulou no seu Bem-amado.
7
Pelo seu sangue, nós somos libertados. Nele,
as nossas faltas são perdoadas, segundo a
riqueza da sua graça, 8 que Deus derramou
profusamente sobre nós, abrindo-nos a toda a
sabedoria e prudência. 9 Ele nos fez conhecer o
mistério da sua vontade, o desígnio benevolente que de antemão determinou em si
mesmo, 10 para levar à plenitude o tempo
estabelecido e recapitular em Cristo, o universo
inteiro: tudo o que está nos céus e tudo o que
está sobre a terra. 11 Nele também nós recebemos a nossa parte. Segundo o projeto
daquele que conduz tudo conforme a decisão
de sua vontade, nós fomos predestinados 12 a
sermos, para o louvor de sua glória, os que de
antemão colocaram a sua esperança em Cristo.
13
Nele também vós ouvistes a palavra da
verdade, o evangelho que vos salva. Nele,
ainda, acreditastes e fostes marcados com o
selo do Espírito prometido, o Espírito Santo,
14
que é o penhor da nossa herança para a
redenção do povo que ele adquiriu, para o
louvor da sua glória. - Palavra do Senhor.
Bendito seja Deus, Pai de nosso Senhor
Jesus Cristo. Ele nos abençoou com toda a
bênção do seu Espírito em virtude de nossa
união com Cristo, no céu. 4 Em Cristo, ele nos
escolheu, antes da fundação do mundo, para
que sejamos santos e irrepreensíveis sob o seu
olhar, no amor. 5 Ele nos predestinou para
sermos seus filhos adotivos por intermédio de
Jesus Cristo, conforme a decisão da sua
vontade, 6 para o louvor da sua glória e da graça
com que ele nos cumulou no seu Bem-amado.
7
Pelo seu sangue, nós somos libertados. Nele,
as nossas faltas são perdoadas, segundo a
riqueza da sua graça, 8 que Deus derramou
profusamente sobre nós, abrindo-nos a toda a
sabedoria e prudência. 9 Ele nos fez conhecer o
mistério da sua vontade, o desígnio benevolente que de antemão determinou em si
mesmo, 10 para levar à plenitude o tempo
estabelecido e recapitular em Cristo, o universo
inteiro: tudo o que está nos céus e tudo o que
está sobre a terra. - Palavra do Senhor.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Que o Pai do Senhor Jesus Cristo nos dê
do saber o Espírito; conheçamos, assim, a esperança à qual nos chamou como herança. R.
Evangelho - Mc 6,7-13
Jesus envia seus discípulos em missão. O
discípulo ou é missionário ou não é discípulo; o
missionário ou é discípulo ou não é missionário.
Os bispos da América Latina e do Caribe, em
Aparecida, acertadamente não falam de
discípulos e missionários, mas de “discípulos
missionários”. Ouçamos o Evangelho.
100
95
75
25
5
0
Naquele tempo: 7 Jesus chamou os doze, e
começou a enviá-los dois a dois, dandolhes poder sobre os espíritos impuros.
8
Recomendou-lhes que não levassem nada
para o caminho, a não ser um cajado; nem
pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura.
9
Mandou que andassem de sandálias e que não
levassem duas túnicas.10 E Jesus disse ainda:
"Quando entrardes numa casa, ficai ali até
vossa partida. 11 Se em algum lugar não vos
receberem, nem quiserem vos escutar, quando
sairdes, sacudi a poeira dos pés, como
testemunho contra eles!" 12 Então os doze partiram e pregaram que todos se convertessem.
13
Expulsavam muitos demônios e curavam
numerosos doentes, ungindo-os com óleo.
- Palavra da Salvação.
plena, oremos.
3. Pelos que têm fome e pelos doentes,
pelos rejeitados e por todos os que sofrem, para
que encontrem alívio junto de Deus e dos
homens, oremos.
4. Por todos aqueles que Deus abençoou e
escolheu, e pelos que chamou à fé e marcou
pelo Espírito, para que sejam santos e irrepreensíveis na sua presença, oremos.
5. Por todos nós aqui reunidos em assembleia, para que Deus nos conceda o perdão dos
pecados e a vontade de cumprir os seus
mandamentos, oremos.
Senhor, nosso Deus e nosso Pai, que nos
destes a conhecer a vossa vontade de renovar
todas as coisas em Cristo, iluminai os olhos do
nosso coração, para sabermos a que esperança
fomos chamados. Por Cristo Senhor nosso.
Dia 12 de Julho - 15º Domingo do Tempo Comum
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Marcos
Oração sobre as oferendas
Prece dos fiéis
Supliquemos a Deus Pai que nos mostre a
sua misericórdia e dê a salvação à sua Igreja,
dizendo, de coração sincero: Escutai, Senhor,
a oração do vosso povo.
1. Pelo Papa Francisco, e por todos os
bispos, presbíteros e diáconos, para que
celebrem os mistérios de Jesus Cristo com
alegria e fervor sempre renovados, oremos.
2. Pelos apóstolos que Jesus continua a
enviar, para que, sem bolsa nem dinheiro,
anunciem a conversão sincera e a libertação
Acolhei, ó Deus, as oferendas da vossa
Igreja em oração, e fazei crescer em santidade
os fiéis que participam deste sacrifício.
Oração Eucarística V
Oração depois da comunhão
Alimentados pela vossa Eucaristia, nós vos
pedimos, ó Deus, que cresça em nós a vossa
salvação cada vez que celebramos este
mistério.
100
A Semente na Terra - Mc 6,7-13
95
itinerário dos Doze é progressivo: primeiro, foram chamados um a um (Mc 1,16-20;
2,14); depois, foram constituídos comunitariamente para “estarem com ele” (3,14);
agora, são enviados dois a dois (6,7). Esses passos são, na verdade, três níveis de uma
mesma vocação: da dispersão ao seguimento; do seguimento à comunhão com Jesus; da
comunhão com Ele à missão para todos. Com isso, Jesus não está mais só: é o primeiro de muitos
irmãos e irmãs, uma semente que se multiplicou em muitas.
75
O
25
5
45
0
Dia 12 de Julho - 15º Domingo do Tempo Comum
- Estes sete versículos contêm um “manual” da missão, para que os enviados não se
esqueçam de reproduzir e refletir o rosto – dá vontade de esquecer Levinas* e dizer “a cara”
mesmo – de quem os envia. É o retrato da missão de Jesus; é o documento de identidade da Igreja
apostólica, isto é, enviada (apostólo / apostólico vem de “apestellêin”, que quer dizer “enviar,
mandar”). Como a de Jesus, a missão apostólica é feita na pobreza e experimentou fracasso,
escondimento, impotência e pequenez (cf. Mc 4).
- Ser mandado em missão é o maior dom do Pai, pois associa o(a) discípulo(a)
plenamente ao Filho, tornando-o participante do mistério que ele é, vive e anuncia. Na verdade,
Jesus está mais preocupado com o que seus enviados devem ser do que com o que devem dizer!
“É melhor ser cristão sem dizê-lo do que proclamá-lo sem sê-lo” (Santo Inácio de Antioquia). A
palavra de Deus certamente é eficaz por si: não é o meu testemunho que vai avalizá-la; o meu
contra-testemunho, porém, tem o poder de roubar-lhe a credibilidade. Lamentavelmente, temos
mais poder no mal do que no bem: não somos capazes de criar uma flor, mas, para destruí-la,
bastam-nos segundos!
- Começa aqui também a “seção dos pães” (Mc 6,6b – 8,30). Depois da catequese sobre a
Palavra e sobre o batismo (3,7 – 5,43), vem a catequese sobre a Eucaristia, no final da qual Jesus
será reconhecido. De fato, ele se revela como Cristo e Senhor justamente enquanto amor que se
faz – em sua loucura por nós – pão e vida: pão partido para a vida do mundo!
- A pobreza voluntária de Jesus e dos seus enviados vem da alegria de quem descobriu o
tesouro (Mt 13,44) e conduz à vitória sobre o pecado do mundo, que consiste em entregar-se à
tentação de ter, poder e aparecer, que o medo da morte coloca no lugar da aspiração a ser, servir e
desaparecer, como a semente caída na terra.
- A pobreza de Jesus e dos seus enviados não é privação de um valor, mas a soma dos
valores da sua vida. Deus, justamente por ser amor, é humilde e pobre, e o seu ser é ser-para-ooutro, ou, mais radicalmente ainda, ser-do-outro. O Pai é do Filho e o Filho é do Pai no dom do
Espírito que os distingue e une no Amor.
- A pobreza é condição para amar. Quem tem coisas pode dar coisas; quem não tem mais
nada, só pode dar a si mesmo. Aquilo que temos nos divide dos outros; enquanto não nos
tornamos pobres, todo ato de dar pode ser gesto de poder. A pobreza, com efeito, é a verdade: não
somos o que temos, mas o que damos; e só se não temos nada, podemos dar a nós mesmos e ser
nós mesmos!
- A pobreza, finalmente, é necessidade de acolhida. Como o Filho, que é acolhido pelo Pai,
aquele(a) que é enviado(a), precisando de acolhida, dá aos que o acolhem em sua casa a
oportunidade de exercerem em primeira pessoa a misericórdia do Pai.
- Pobreza, pequenez e impotência são os meios que, já no Antigo Testamento, Deus
escolhe para vencer (cf. 1Sm 2,1-10; Ex 3,11; 4,10; Jz 7,2). Davi teve de desvencilhar-se da
armadura que o impedia de caminhar (1Sm 17,39) para vencer Golias. Gedeão teve de reduzir seu
exército de 30.000 homens para 300 para que Deus o fizesse vencer (Jz 7,1ss.). Em sintonia com
o Antigo Testamento e com a prática de Jesus, Paulo, o Apóstolo, escolhe o que é ignorante e fraco
para confundir os sábios e fortes, as coisas que não são para reduzir a nada as que são (1Cor
1,27ss.). Na mesma linha, estão Pedro e João que, “no nome de Jesus” e nada mais, curam o
paralítico (At 3,6).
100
95
75
25
5
46
0
José Antonio Pagola
Na Igreja, sente-se a necessidade hoje de uma nova evangelização. Em que deve consistir?
Onde deve estar essa novidade? O que temos que mudar? Qual foi realmente a intenção de Jesus
ao enviar seus discípulos a prolongar sua tarefa evangelizadora?
O relato de Marcos deixa claro que só Jesus é a fonte, o inspirador e o modelo da ação
evangelizadora dos seus seguidores. Esses atuarão com sua autoridade. Não farão nada em nome
próprio. São “enviados” de Jesus. Não pregarão a si mesmos: só anunciarão o Evangelho dele.
Não terão outros interesses: só se dedicarão a abrir caminhos para o Reino de Deus.
A única maneira de impulsionar uma “nova evangelização” é purificar e intensificar essa
vinculação com Jesus. Não haverá nova evangelização se não houver novos evangelizadores, e
não haverá novos evangelizadores se não houver um contato mais vivo, lúcido e apaixonado com
Jesus. Sem ele, faremos tudo, menos introduzir seu Espírito no mundo.
Dia 12 de Julho - 15º Domingo do Tempo Comum
EVANGELIZAÇÃO NOVA
Ao enviá-los, Jesus não deixa seus discípulos abandonados às suas próprias forças. Dá-lhes
sua “autoridade”, que não é um poder para controlar, governar ou dominar os outros, mas Sua
força para “expulsar os espíritos imundos”, libertando as pessoas de tudo aquilo que escraviza,
oprime e desumaniza os indivíduos e a sociedade.
Os discípulos sabem muito bem do que Jesus lhes encarrega. Nunca o viram governando
ninguém. Sempre o conheceram curando feridas, aliviando o sofrimento, regenerando vidas,
libertando de medos, contagiando confiança em Deus. "Curar" e "libertar" são tarefas prioritárias
na atuação de Jesus. Dariam uma cara radicalmente diferente à nossa evangelização.
Jesus os envia com o necessário para caminhar. Segundo Marcos, só devem levar “cajado,
sandálias e uma túnica”. Não necessitam de nada mais para serem testemunhas do essencial.
Jesus os quer ver livres e sem amarras; sempre disponíveis, sem se instalar no bem-estar;
confiando na força do Evangelho.
Sem recuperar esse estilo evangélico, não há nova evangelização. O importante não é pôr em
marcha novas atividades e estratégias, mas desprender-nos de costumes, estruturas e servidões
que nos estão impedindo de ser livres para contagiar o essencial do Evangelho com verdade e
simplicidade.
A Igreja perdeu esse estilo itinerante que Jesus sugere. Seu caminhar é lento e pesado. Não
acerta o passo com a humanidade. Não temos agilidade para passar de uma cultura a outra.
Agarramo-nos ao poder que tivemos no passado. Enredamo-nos em interesses que não
coincidem com o Reino de Deus. Precisamos de conversão.
100
95
75
O Minuto do Concílio
“A profissão dos conselhos evangélicos se apresenta como um sinal.”
(Lumen gentium 44)
25
5
47
0
Dia 13 de Julho - Segunda-feira da 15ª Semana do Tempo Comum
Santos do dia: Jason (I século); Nabor e Félix (III século); Hermágoras e Fortunato (+305);
Jovino de Trento (IV século); Ansbaldo de Prüm (+305); João Gualberto (995-1073); Leão I de La
Cava (990-1079). Uguzo (Lúcio) de Cavargna (século XII); André (Andrezinho) de Rinn (14591462).
Testemunhas do Reino: Aurelio Rueda (Colômbia). (1976)
Datas comemorativas: Dia do Engenheiro Florestal. Criação da República da Grande
Colômbia (1821). Greve geral e insurreição em São Paulo (1917).
13
SEGUNDA-FEIRA DA 15ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
Antífona da entrada
Contemplarei, justificado, a vossa face; e
serei saciado quando se manifestar a vossa
glória.
Oração do dia
Ó Deus, que mostrais a luz da verdade aos
que erram para retornarem o bom caminho, dai
a todos os que professam a fé rejeitar o que não
convém ao cristão, e abraçar tudo que é digno
deste nome.
Leitura - Ex 1,8-14.22
plicava e crescia. 13 Obcecados pelo medo dos
filhos de Israel, os egípcios impuseram-lhes
uma dura escravidão. 14 E tornaram-lhes a vida
amarga pelo pesado trabalho da preparação do
barro e dos tijolos, com toda espécie de
trabalhos dos campos e outros serviços que os
levavam a fazer à força. 22 O Faraó deu esta
ordem a todo o seu povo: "Lançai ao rio Nilo
todos os meninos hebreus recém-nascidos,
mas poupai a vida das meninas". - Palavra do
Senhor.
Salmo responsorial - Sl 123
R. Nosso auxílio está no nome do
Senhor.
Leitura do Livro do Êxodo
Naqueles dias: 8 Surgiu um novo rei no
Egito, que não tinha conhecido José, 9 e disse
ao seu povo: "Olhai como o povo dos filhos de
Israel é mais numeroso e mais forte do que nós.
10
Vamos agir com prudência em relação a ele,
para impedir que continue crescendo e, em
caso de guerra, se una aos nossos inimigos,
combata contra nós e acabe por sair do país".
11
Estabeleceram inspetores de obras, para que
o oprimissem com trabalhos penosos; e foi
assim que ele construiu para o Faraó as
cidades-entrepostos Pitom e Ramsés. 12 Mas,
quanto mais o oprimiam, tanto mais se multi48
1. Se o Senhor não estivesse ao nosso
lado, que o diga Israel neste momento; se o
Senhor não estivesse ao nosso lado, quando os
homens investiram contra nós, com certeza nos
teriam devorado no furor de sua ira contra
nós. R.
2. Então as águas nos teriam submergido,
a correnteza nos teria arrastado,e então, por
sobre nós teriam passado essas águas sempre
mais impetuosas. Bendito seja o Senhor, que
não deixou cairmos como presa de seus
dentes! R.
3. Nossa alma como um pássaro escapou
do laço que lhe armara o caçador; o laço
100
95
75
25
5
0
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V Felizes os que são perseguidos, por
causa da justiça do Senhor, porque o reino dos
céus há de ser deles! R.
Evangelho - Mt 10,34 – 11,1
Termina hoje a proclamação do discurso
missionário de Jesus. Completa-se a imagem
do discípulo que Jesus envia para levar, até os
confins do mundo, a missão que teve início no
seio do Pai. O discípulo missionário tem que
trazer em si os traços do Filho, que é o reflexo
do Pai, para poder dar testemunho da missão
de Jesus.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: 34 "Não penseis que vim trazer paz à
terra; não vim trazer a paz, mas sim a espada.
35
De fato, vim separar o filho de seu pai, a filha
de sua mãe, a nora de sua sogra. 36 E os
inimigos do homem serão os seus próprios
familiares. 37 Quem ama seu pai ou sua mãe
mais do que a mim, não é digno de mim. Quem
ama seu filho ou sua filha mais do que a mim,
não é digno de mim. 38 Quem não toma a sua
cruz e não me segue, não é digno de mim.
39
Quem procura conservar a sua vida vai perdêla. E quem perde a sua vida por causa de mim,
vai encontrá-la. 40 Quem vos recebe, a mim
recebe; e quem me recebe, recebe aquele que
me enviou. 41 Quem recebe um profeta, por ser
profeta, receberá a recompensa de profeta. E
quem recebe um justo, por ser justo, receberá a
recompensa de justo. 42 Quem der, ainda que
seja apenas um copo de água fresca, a um
desses pequeninos, por ser meu discípulo, em
verdade vos digo: não perderá a sua recompensa". 11,1 Quando Jesus acabou de dar essas
instruções aos doze discípulos, partiu daí, a fim
de ensinar e pregar nas cidades deles.
- Palavra da Salvação.
Prece dos fiéis
Seguir Jesus exige grande generosidade e
disponibilidade; nada se Lhe pode antepor, nem
mesmo os laços familiares. Peçamos ao Pai a
força de O seguir, dizendo: Atendei, Senhor, a
nossa oração.
1. Pela Igreja, Esposa fiel de Jesus Cristo,
pelos pastores que deixam tudo para O seguir e
pelos discípulos e discípulas que tomam sua
cruz e vivem em comunhão com Ele, rezemos
ao Senhor,
2. Pelas pessoas e grupos mais vulneráveis e humilhados pelos mais poderosos,
pelos homens públicos que legislam e governam por todos, mas especialmente pelos mais
fracos e injustiçados, rezemos ao Senhor,
3. Por todos os escravos das ditaduras,
pelos que vivem e morrem vítimas da prepotência e da intolerância, e pelos que são sujeitos a
toda forma de humilhação, rezemos ao Senhor.
4. Pelos que, em todo o mundo, sofrem
por amar a Cristo, por aqueles que levam no
corpo as cicatrizes das torturas e pelos que
perderam a vida para salvar alguém ou em
nome de sua fé, rezemos ao Senhor,
5. Pelos membros de nossa comunidade
que promovem a paz, pelos que visitam os
pobres e lhes são solidários e pelos que não se
cansam de fazer o bem a quem precisa,
rezemos ao Senhor,
Dia 13 de Julho - Segunda-feira da 15ª Semana do Tempo Comum
arrebentou-se de repente, e assim nós conseguimos libertar-nos. O nosso auxílio está no
nome do Senhor, do Senhor que fez o céu e fez a
terra! R.
100
95
75
Senhor, nosso Deus e nosso Pai, atendei as
súplicas que Vos dirigimos com fé e ensinainos a ser solidários com quem sofre. Por Cristo,
nosso Senhor.
25
5
49
0
Dia 13 de Julho - Segunda-feira da 15ª Semana do Tempo Comum
50
Oração sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, as oferendas da vossa
Igreja em oração, e fazei crescer em santidade
os fiéis que participam deste sacrifício.
Oração depois da comunhão
Alimentados pela vossa Eucaristia, nós vos
pedimos, ó Deus, que cresça em nós a vossa
salvação cada vez que celebramos este
mistério.
SANTO HENRIQUE, Leigo
MEMÓRIA FACULTATIVA (Cor branca - Ofício da memória)
(Missa: santos - MR, 771)
Oração do dia
Senhor Deus, que cumulastes de graça o
imperador santo Henrique, elevando-o de
C
modo admirável das preocupações do governo
terrestre às coisas do céu, concedei, por suas
preces, que vos busquemos de todo o coração
entre as vicissitudes deste mundo.
A Semente na Terra - Mt 10,34 - 11,1
om os versículos do Evangelho de hoje, completa-se a imagem do missionário, do
discípulo ou discípula que Jesus envia para estender (a todas as ovelhas perdidas e,
depois, até os confins da terra) a missão que teve início no seio do Pai, ao enviar o Filho
seu ao mundo. O apóstolo tem que espelhar em si o Filho, que é o reflexo do Pai.
- Com o envio do Filho ao mundo – essa é a missão primeira, fundamental, mãe de todas as
outras – chegou à terra o juízo divino (vv. 34-36). A salvação é um amor maior do que o maior
amor desse mundo (vv. 37-39), que nos torna semelhantes ao Filho no seu amor pelo Pai e por
nós. Quem acolhe o discípulo enviado acolhe o Filho enviado e se torna como o Filho que acolhe
o Pai (vv. 40-42). Ao término do Sermão apostólico ou missionário, a missão prossegue; Jesus,
porém, não está mais sozinho, mas pode contar com a companhia de seus discípulos (Mt 11,1).
- Jesus veio trazer a paz dos filhos de Deus (Mt 5,9). Essa paz, porém, não é uma paz
qualquer. É uma paz que desafia o mal, que enfrenta lutas difíceis e traz à tona duras contradições,
para construir-se sobre a verdade, a liberdade, a fraternidade e a justiça (cf. João XXIII, Pacem in
terris). Não é a paz perniciosa, que se adapta ao mal; é a paz do Cordeiro, que vence o mal pelo
bem. É a paz do Reino, que só os “violentos” arrebatam (Mt 11,12). Jesus faz referência à espada,
mas a espada que ele usará não é a de Pedro (Mt 26,51ss.), mas a da confiança na palavra do Pai,
que corta dos dois lados (Sl 149,6).
- É preciso fazer uma fina distinção – que passa pelo coração e clareia as relações – pois a
experiência mostra que os inimigos do homem são os seus próprios familiares. O Filho veio entre
os “seus”, e os “seus” não o receberam (Mt 13,53-58; Mc 3,20ss.; Jo 1,11). Foi traído, vendido,
renegado e abandonado por seus próprios discípulos. O seu povo – articulado com um não-povo
(os ocupantes romanos) – o condenou como blasfemo e subversivo, mandando-o como um
amaldiçoado (Dt 21,23) ao suplício da cruz. De fato, foi rejeitado por aqueles que ele não teve
vergonha de chamar de irmãos (Hb 2,11).
- Jesus exige dos discípulos um amor total, pleno, absoluto. É o Senhor, que deve ser
amado de todo o coração (Dt 6,5ss.). À sua paixão por mim – o seu “eros manikós” (= “amor
100
95
75
25
5
0
Dia 13 de Julho - Segunda-feira da 15ª Semana do Tempo Comum
louco”) (Cabasilas) – deve corresponder a minha paixão por ele. Paulo o entendeu muito bem:
amo Cristo, minha vida (Fl 1,21), que me amou primeiro e deu a vida por mim (Gl 2,20). Fui
conquistado por Cristo e, agora, corro para conquistá-lo (Fl 3,12). João o entendeu como o
discípulo do amor: “O amor consiste no seguinte: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele
que nos amou, e nos enviou o seu Filho como vítima expiatória por nossos pecados” (1Jo 4,10).
Aquele poema de amor que é o Cântico dos Cânticos – espelho do amor humano, parábola do
amor divino – mostra que o amado torna-se a vida de quem o ama: “O meu amado é meu e eu sou
dele” (Ct 2,16; 6,3; 7,11). Para ser digno dele – expressão que é várias vezes repetida na perícope
de hoje – preciso ser como Ele, que é Amor. O Pai é, de fato, o Amor amante; o Filho, o Amor
amado; o Espírito Santo, o amor mútuo, dado e recebido (segundo a “analogia do amor”* de
Santo Agostinho, explorada sabiamente por Bruno Forte em sua obra sobre a Trindade).
- Carregar a “sua” cruz faz parte da imagem do discípulo missionário cristão como carregar
a “nossa” cruz faz parte da imagem do missionário Cristo. Quando carregamos a nossa cruz,
podemos ter a certeza de não estarmos sozinhos. Jesus caminha à nossa frente e diante de nós.
Carregamos a sua cruz, que, na verdade, é a nossa. Ajudado por algum Cireneu, mas, geralmente,
sozinho. Ele leva a parte mais pesada, sobre a qual será crucificado. A mais leve está nas nossas
costas. Sobre ela escorrerá o seu sangue, que, expressão de amor, mais uma vez nos salvará.
- “Possuir” a vida (no sentido de agarrar-se a ela) é tudo o que queremos, mas é tudo o que
não devemos fazer. À medida que o conseguimos, a perdemos, pois tornamo-nos egoístas e
matamos a vida filial e fraterna. A vida é como o amor. É para ser dada. Só assim, sobrevive.
O Minuto do Concílio
“Não se pense que os religiosos pela sua consagração se tornam alheios aos demais
homens e mulheres ou inúteis na cidade terrena.” (Lumen gentium 46)
Santos do dia: Silas (Silvano) (século I); Arno de Würzburg (+892). Henrique II (973-1024).
Cunegunda (980-1033/1039); João Höver (1816-1864). Clélia Barbieri (1847-1870).
Testemunhas do Reino: Fernando Hoyos e Chepito (Guatemala, 1982). Riccy Mabel Martínez
(Honduras, 1991).
Datas comemorativas: Chegada do Pe. José de Anchieta ao Brasil (1553); Nascimento de
Juana Fernández Solar (Santa Teresa de los Andes, 1900). Dia dos Cantores e Compositores
Sertanejos; Dia do Engenheiro Sanitarista.
100
ABC DO CRISTIANISMO
95
[1] Analogia do amor. Usamos palavras e conceitos humanos para falar de Deus. Sabemos,
porém, que nossas imagens, palavras e conceitos não dão conta de exprimir o Mistério Santo. São
analogias, significa, ‘comparações’. Dizem algo, mas não dizem tudo. Dizem algo, mas só purificadas
de toda conotação negativa, pois em Deus não se encontra nenhuma imperfeição. Dizem algo, sob a
condição, porém, de serem elevadas à ‘potência infinita’, uma vez que Deus transcende a tudo e a todos,
não se nivelando a nada e a ninguém. Usamos vários tipos de analogia para tentar falar de Deus. Uma
delas é a analogia do amor, inspirada nos escritos de João e ensaiada na teologia por Santo Agostinho.
Se “Deus é amor”, nada melhor que o amor para falar de Deus!
75
25
5
51
0
Dia 14 de Julho - Terça-feira da 15ª Semana do Tempo Comum
14
TERÇA-FEIRA DA 15ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
Antífona da entrada
Contemplarei, justificado, a vossa face; e
serei saciado quando se manifestar a vossa
glória.
Oração do dia
Ó Deus, que mostrais a luz da verdade aos
que erram para retornarem o bom caminho, dai
a todos os que professam a fé rejeitar o que não
convém ao cristão, e abraçar tudo que é digno
deste nome.
Ex 2,1-15a
Leitura do Livro do Êxodo
Naqueles dias: 1 Um homem da família de
Levi casou-se com uma mulher da mesma
tribo, 2 e ela concebeu e deu à luz um filho. Ao
ver que era um belo menino, manteve-o
escondido durante três meses. 3 Mas não
podendo escondê-lo por mais tempo, tomou
uma cesta de junco, calafetou-a com betume e
piche, pôs dentro dela a criança e deixou-a
entre os caniços na margem do rio Nilo. 4 A irmã
do menino ficou a certa distância para ver o que
ia acontecer. 5 A filha do Faraó desceu para se
banhar no rio, enquanto suas companheiras
passeavam pela margem. Vendo, então, a cesta
no meio dos caniços, mandou uma das servas
apanhá-la. 6 Abrindo a cesta, viu a criança: era
um menino, que chorava. Ela compadeceu-se
dele e disse: "É um menino dos hebreus". 7 A
irmã do menino disse, então, à filha do Faraó:
"Queres que te vá chamar uma mulher hebreia,
que possa amamentar o menino?" 8 A filha do
Faraó respondeu: Vai". E a menina foi e chamou
a mãe do menino. 9 A filha do Faraó disse à
mulher: "Leva este menino, amamenta-o para
52
mim, e eu te pagarei o teu salário". A mulher
levou o menino e amamentou. 10 Quando já
estava crescido, ela levou-o à filha do Faraó,
que o adotou como filho e lhe deu o nome de
Moisés, porque, disse ela, "eu o tirei das
águas". 11 Um dia, quando já era adulto, Moisés
saiu para visitar seus irmãos hebreus; viu sua
aflição e como um egípcio maltratava um deles.
12
Olhou para os lados e, não vendo ninguém,
matou o egípcio e escondeu-o na areia. 13 No
dia seguinte, saiu de novo e viu dois hebreus
brigando, e disse ao agressor: "Por que bates
no teu companheiro?" 14 E este replicou: "Quem
te estabeleceu nosso chefe e nosso juiz? Acaso
pretendes matar-me, como mataste o egípcio?"
Moisés ficou com medo e disse consigo: "Com
certeza, o fato se tornou conhecido". 15ª O Faraó
foi informado do que aconteceu, e procurava
matar Moisés. Mas este, fugindo da sua vista,
parou na terra de Madiã. - Palavra do Senhor.
Salmo responsorial - Sl 68
R. Humildes, procurai o Senhor Deus,
e o vosso coração reviverá.
1. Na lama do abismo eu me afundo e não
encontro um apoio para os pés. Nestas águas
muito fundas vim cair, e as ondas já começam a
cobrir-me! R.
2. Por isso elevo para vós minha oração, neste tempo favorável, Senhor Deus!
Respondei-me pelo vosso imenso amor, pela
vossa salvação que nunca falha! R.
3. Pobre de mim, sou infeliz e sofredor!
Que vosso auxílio me levante, Senhor Deus!
Cantando eu louvarei o vosso nome e agradecido exultarei de alegria! R.
4. Humildes, vede isto e alegrai-vos: o
vosso coração reviverá, se procurardes o
Senhor continuamente! Pois nosso Deus
100
95
75
25
5
0
hoje O anunciam. Peçamos a Deus que não os
deixe desanimar, dizendo: Ouvi-nos, Pai
celeste.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Oxalá ouvísseis hoje a sua voz. Não
fecheis os corações como em Meriba! R.
Evangelho - Mt 11,20-24
Preparemo-nos para ouvir um duro discurso de Jesus. As suas palavras são as
mesmas com as quais Javé ameaça os que
rejeitam a sua ação. A palavra de Jesus é
julgamento sobre aqueles que O conhecem e
não O aceitam. Ouçamos atentos!
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo: 20 Jesus começou a
censurar as cidades onde fora realizada a maior
parte de seus milagres, porque não se tinham
convertido. 21 "Ai de ti, Corazim! Ai de ti,
Betsaida! Porque, se os milagres que se
realizaram no meio de vós, tivessem sido feitos
em Tiro e Sidônia, há muito tempo elas teriam
feito penitência, vestindo-se de cilício e
cobrindo-se de cinza. 22 Pois bem! Eu vos digo:
no dia do julgamento, Tiro e Sidônia serão
tratadas com menos dureza do que vós. 23 E tu,
Cafarnaum! Acaso serás erguida até o céu?
Não! Serás jogada no inferno! Porque, se os
milagres que foram realizados no meio de ti
tivessem sido feitos em Sodoma, ela existiria
até hoje! 24 Eu, porém, vos digo: no dia do juízo,
Sodoma será tratada com menos dureza do que
vós!" - Palavra da Salvação.
Prece dos fiéis
Jesus percorreu antes o caminho da
provação pelo qual passam muitos dos que
1. Pelo Papa, fiel à fé católica e apostólica,
pelos Patriarcas orientais e pelas suas Igrejas e
pelos Bispos que anunciam Cristo em todo o
mundo, rezemos ao Senhor
2. Pelos que ouvem o Evangelho mas não
o aceitam, pelos que o acolhem mas logo
depois o abandonam e pelos que o pregam e
lhe permanecem fiéis, rezemos ao Senhor.
3. Pelas mães que tudo fazem pelos seus
filhos, pelas crianças que nascem e são tiradas
a seus pais e pelos homens que defendem os
mais fracos, rezemos ao Senhor.
4. Pelos prisioneiros sujeitos a duros
trabalhos e maus tratos, pelos que são
ofendidos e agredidos de maneira desumana e
pelos que têm de fugir para não perder a vida,
rezemos ao Senhor.
5. Pelas comunidades paroquiais onde
Jesus é escutado, pelas que não se fecham à
sua Palavra e fazem penitência e pelas que
tapam os ouvidos como Cafarnaum e Betsaida,
rezemos ao Senhor.
Dia 14 de Julho - Terça-feira da 15ª Semana do Tempo Comum
atende à prece dos seus pobres, e não despreza
o clamor de seus cativos.
Senhor, nosso Deus, tornai-nos dóceis aos
impulsos do Espírito Santo e fazei que
anunciemos com alegria o vosso Filho. Ele que
vive e reina pelos séculos dos séculos.
Oração sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, as oferendas da vossa
Igreja em oração, e fazei crescer em santidade
os fiéis que participam deste sacrifício.
100
95
75
Oração depois da comunhão
Alimentados pela vossa Eucaristia, nós vos
pedimos, ó Deus, que cresça em nós a vossa
salvação cada vez que celebramos este
mistério.
25
5
53
0
Dia 14 de Julho - Terça-feira da 15ª Semana do Tempo Comum
SÃO CAMILO DE LÉLLIS, Presbítero
MEMÓRIA FACULTATIVA (Cor branca - Ofício da memória)
(Missa: santos que praticaram obras de misericórdia - p. 778)
Oração do dia
Ó Deus, que inspirastes a São Camilo de
Lellis extraordinária caridade para com os
O
enfermos, dai-nos o vosso espírito de amor,
para que, servindo-vos em nossos irmãos e
irmãs, possamos partir tranquilos ao vosso
encontro na hora de nossa morte.
A Semente na Terra - Mt 11,20-24
discurso endurece. As palavras de Jesus – “ai de ti...” – são as palavras duras com as
quais Deus, no Antigo Testamento, ameaça os que refutam a sua ação. Para reforçar a sua
consternação, Jesus compara as cidades por ele nomeadas (Corazim, Betsaida, Tiro,
Sidônia, Cafarnaum) com as cidades pagãs do Antigo Testamento e com Sodoma, símbolo da
corrupção.
- A crise está instaurada. A palavra de Jesus exprime um juízo – um julgamento – sobre
quem O conhece não O aceita. Estabelece uma correspondência entre conhecimento e
responsabilidade, entre responsabilidade e culpa, entre culpa e punição. Nem parece a
linguagem de Jesus. A crise é séria.
- O estilo, na verdade, é o estilo profético. É uma ameaça clara contra o endurecimento no
mal. Um convite a abrir os olhos para sair da cegueira. Estamos no limite, só compreensível no
horizonte de um amor que não aceita perder o amado e de um amado que não consegue perceber
as consequências do seu fechamento.
- Por isso, Jesus condena o mal, não o malfeitor. Condenar o malfeitor seria contrariar o
mandamento de amar os inimigos, que ele mesmo ensinou. Mais. Estaria em aberta contradição
com a dinâmica de sua vida e o sentido de sua morte, dada pelos pecadores. A palavra profética –
palavra de Deus em palavra humana lançada diante dos nossos olhos – faz a verdade: declara o
mal com todas as letras, apontando todas as suas consequências negativas. É como a palavra da
mãe, que, diante dos desatinos do filho, joga-lhe na cara as consequências (que ela
evidentemente nem prevê nem deseja) de suas atitudes. “Mamãe quer-lhe o maior bem desse
mundo. Mas, se você continuar assim, você vai ver!”
- A linguagem dura desse texto nos permite ver o tema fundamental, não só do Evangelho,
mas de toda religião digna desse nome (religião vem de ‘religare’, ligar de novo e mais
fortemente): nosso destino de felicidade – ou infelicidade – está nas mãos de cada um de nós. É o
que inquieta o coração do homem... e de Deus!
- Os conceitos principais que aí aparecem são os de: ameaça (uma estratégia para acordar
quem ainda não entendeu que o mal faz mal!); punição (não vem de alguém, mas do próprio mal:
o mal faz mal); felicidade (o desejo fundamental do ser humano, que tem consciência de ser
limitado e mortal); inferno (o fracasso total, o não conseguimento da salvação); justiça (Deus é
justo porque, de um lado, não quer, não tolera e não faz a injustiça; a sua justiça, de outro, é graça,
e o seu juízo é perdão); liberdade de Deus (consiste em amar superabundantemente e salvar a
todos); a liberdade do ser humano (consiste em dizer “sim” a esse amor e, assim, ser salvo).
100
95
75
25
5
54
0
“A Igreja só se consumará na glória celeste, quando chegar o
tempo da restauração de todas as coisas.”
(Lumen gentium 48)
Santos do dia: Félix de Como (+391); Dentlino (século VII). Ulrico de Zell (1029-1093);
Hroznata (1170-1217). Jácopo da Voragine (1230-1298); Angelina de Marsciano (1377-1435);
Francisco de Solano (1549-1610); Camilo de Lellis (1550-1614).
Testemunhas do Reino: Francisco Solano (Peru, 1610).
Datas comemorativas: Publicação, no Paraguai, das primeiras leis em defesa dos índios, por
Hernandárias (1630). Tomada da Bastilha, que deu início à Revolução Francesa (1789). Guerra do
“futebol” entre El Salvador e Honduras, originada pela expulsão de colonos salvadorenhos do
território hondurenho (1969). Dia do Propagandista; Dia da Liberdade de Pensamento.
15
QUARTA-FEIRA - S. BOAVENTURA, Bispo e Dr - Memória
(Cor branca - Ofício da memória)
Seu nome de batismo era Giovanni Fidanza.
Nasceu em Bagnoreggio, perto de Viterbo, na
Itália. Estudante em Paris, encontrou a espiritualidade de São Francisco de Assis,
defendeu os ideais franciscanos e o novo tipo
de vida consagrada que ele introduzira na
Igreja. Em 1243, ingressou na Ordem. Menos
de quinze anos depois, em 1257, foi eleito
ministro geral da Ordem. Em 1273, tornou-se
cardeal e bispo de Albano, perto de Roma.
Faleceu enquanto trabalhava em prol do II
Concílio de Lião. Consolidou a Ordem,
promovendo um modelo de vida franciscana
acessível a todos. Fê-lo tão sabiamente que era
respeitado até pelos mais rigoristas entre os
franciscanos. Foi brilhante teólogo, unindo, em
seus escritos, a penetração da inteligência e a
unção da mística. O Vaticano II, no decreto
Optatam totius sobre a formação presbiteral,
cita justamente São Boaventura quando diz que
a teologia deve tornar-se alimento da vida
espiritual: “Ninguém creia que lhe baste a
leitura sem a unção, a especulação sem a
devoção, a investigação sem a admiração, a
atenção sem a alegria, a atividade sem a
piedade, a ciência sem a caridade, a inteligência sem a humildade, o estudo sem a graça
divina, a pesquisa humana sem a sabedoria
inspirada por Deus” (S. Boaventura, Itinerário
da mente a Deus, Prólogo, n. 4). Graças à sua
habilidade teológica, deu fundamentação e
organicidade à espiritua-lidade franciscana.
Seus principais escritos são: O itinerário da
mente a Deus (1295); a Ciência de Cristo; o
Brevilóquio.
Dia 15 de Julho - Quarta-feira - São Boaventura, Bispo e Doutor - Memória
O Minuto do Concílio
Antífona da entrada
Velarei sobre as minhas ovelhas, diz o
Senhor; chamarei um pastor que as conduza e
serei o seu Deus.
100
95
Oração do dia
75
Concedei-nos, Pai todo-poderoso, que,
celebrando a festa de São Boaventura, aproveitemos seus preclaros ensinamentos e
imitemos sua ardente caridade.
25
5
55
0
Dia 15 de Julho - Quarta-feira - São Boaventura, Bispo e Doutor - Memória
Leitura - Ex 3,1-6.9-12
Leitura do Livro do Êxodo
Naqueles dias: Moisés apascentava o
rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de
Madiã. Levou um dia, o rebanho deserto
adentro e chegou ao monte de Deus, o Horeb.
2
Apareceu-lhe o anjo do Senhor numa chama
de fogo, do meio de uma sarça. Moisés notou
que a sarça estava em chamas, mas não se
consumia, e disse consigo: 3 "Vou aproximar-se
desta visão extraordinária, para ver porque a
sarça não se consome". 4 O Senhor viu que
Moisés se aproximava para observar e chamouo do meio da sarça, dizendo: "Moisés! Moisés!"
Ele respondeu: "Aqui estou". 5 E Deus disse:
"Não te aproximes! Tira as sandálias dos pés,
porque o lugar onde estás é uma terra santa". 6 E
acrescentou: "Eu sou o Deus de teus pais, o
Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de
Jacó". Moisés cobriu o rosto, pois temia olhar
para Deus. 9 E agora, o clamor dos filhos de
Israel chegou até mim, e vi a opressão que os
egípcios fazem pesar sobre eles. 10 Mas vai, eu
te envio ao Faraó, para que faças sair do Egito o
meu povo, os filhos de Israel". 11 E Moisés disse
a Deus: "Quem sou eu para ir ao Faraó e fazer
sair os filhos de Israel do Egito?" 12 Deus lhe
disse: "Eu estarei contigo; e este será o sinal de
que fui eu que te enviei: quando tiveres tirado
do Egito o povo, vós servireis a Deus sobre esta
montanha". - Palavra do Senhor.
garante o direito aos oprimidos; revelou os seus
caminhos a Moisés, e aos filhos de Israel, seus
grandes feitos. R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da
terra, pois, revelaste: os mistérios do teu Reino
aos pequeninos, escondendo-os, aos doutores! R.
Evangelho - Mt 11,25-27
Diante do relato que os discípulos missionários fazem a Jesus ao retornarem da missão,
Jesus se enche de alegria e louva o Pai pelo que
o Pai realizou pela presença, testemunho,
palavras e gestos dos discípulos. Unamo-nos à
sua ação de graças!
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
25
Naquele tempo, Jesus pôs-se a dizer: "Eu
te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque
escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos.
26
Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado.
27
Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém
conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém
conhe-ce o Pai, senão o Filho e aquele a quem
o Filho o quiser revelar". - Palavra da
Salvação.
Salmo responsorial - Sl 102
Prece dos fiéis
R. O Senhor é indulgente, é favorável.
1. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e
todo o meu ser, seu santo nome! Bendize, ó
minha alma, ao Senhor, não te esqueças de
nenhum de seus favores! R.
2. Pois ele te perdoa toda culpa, e cura
toda a tua enfermidade; da sepultura ele salva a
tua vida e te cerca de carinho e compaixão. R.
3. O Senhor realiza obras de justiça e
56
Oremos a Deus Pai todo-poderoso, fonte de
toda a verdade e sabedoria, para que nos dê
um coração atento e esclarecido, dizendo:
Ensinai-nos, Senhor, os vossos caminhos.
1. Pela santa Igreja de Deus, para que
nunca lhe faltem a palavra e o ensino fiel de
doutores e pregadores como São Boaventura,
rezemos ao Senhor.
100
95
75
25
5
0
Chegue até Vós, Senhor, a humilde oração
A
do vosso povo, e dignai-Vos ouvi-lo com
bondade, não em atenção aos seus méritos,
mas à vossa infinita misericórdia. Por Cristo,
nosso Senhor.
Oração sobre as oferendas
Seja do vosso agrado, ó Pai, este sacrifício,
celebrado na festa de São Boaventura e,
seguindo seu exemplo, seja plena a nossa
dedicação ao vosso louvor.
Oração depois da comunhão
Ó Pai, instruí pelo Cristo Mestre aos que
saciastes com o Cristo que é pão da vida, para
que, na festa de São Boaventura, possamos
aprender a verdade e vivê-la com amor.
A Semente na Terra - Mt 11,25-27
o duro discurso da ‘maldição’ (“ai de ti...”) segue o terno discurso da ‘bênção’. Uma
‘berakah’ suave e inspirada escorre dos lábios de Jesus. Ele proclama – reconhece
publicamente – o dom do Pai. É a dança por quem acolhe a Palavra. Estamos diante de
um ponto alto do Evangelho: o Filho se alegra com a mesma alegria do Pai porque os filhos
participam dos movimentos interiores de Deus.
- Os filhos e filhas participam do conhecimento e do amor – ou seja, da própria vida – que
existe entre o Pai e o Filho. Em Deus, esse mútuo conhecimento é por natureza; em nós, que dele
participamos, é por graça. O Espírito – que é o amor circulante entre o Pai e o Filho – faz brotar em
nosso coração e florescer em nossos lábios a mesma palavra que, desde sempre e para sempre, o
Filho diz, definindo-se e definindo sua Fonte: “Abbá”!, que quer dizer pai, papai, paizinho. Assim,
através do conhecimento e do amor, entramos na Trindade, da qual saímos e à qual somos
chamados a voltar.
- Desta forma, a criação atinge a sua finalidade, que, na verdade, é a sua fonte. São as
núpcias entre a criatura e o Criador, o casamento anunciado no Jardim da criação e que só será
consumado no Jardim da cruz. Os filhos, acolhendo o irmão, acolhem o Filho. Acolher Jesus é a
salvação do homem, criado para ser filho, perdido se não chega a sê-lo. Na sua carne esconde-se
a glória; acolher a sua carne é acolher a glória; unir-se a ela é unir-se à glória. Felizes aqueles para
quem a carne do Filho do Homem não é escândalo, mas acesso para a glória. Ai daqueles para
quem na carne do Filho do Homem não transparece a glória, mas aparece tão somente a
corriqueira e absolutamente normal história do carpinteiro de Nazaré.
- Sábios e inteligentes enquadram-se na segunda hipótese. Esses procuram um Deus
sábio e prudente. Mas não conseguem admirar-se nem com o poder nem com a sabedoria de
Jesus. Pequenos e pobres, porém, enquadram-se na primeira classe. Só esses encontram a
sabedoria e o poder de Deus onde de verdade está: na in-sipiência e fragilidade de Jesus. E só
Dia 15 de Julho - Quarta-feira - São Boaventura, Bispo e Doutor - Memória
2. Pelos responsáveis da educação e do
ensino, para que desenvolvam a instrução nos
seus países e dela façam beneficiar todos os
cidadãos, rezemos ao Senhor.
3. Pelos crentes que ensinam ou estudam,
para que o Espírito Santo os faça crescer na fé e
os encha de alegria interior e amor de Deus,
rezemos ao Senhor.
4. Por todos os membros da família
franciscana, para que os seus corações e as
suas mentes descubram o itinerário da alma
para Deus, rezemos ao Senhor.
5. Por todos nós aqui reunidos nesta
assembleia, para que, seguindo os exemplos
de São Boaventura, nos deixemos cativar pelo
ideal de Francisco de Assis, rezemos ao Senhor.
100
95
75
25
5
57
0
Dia 16 de Julho - Quinta-feira - Nossa Senhora do Carmo - Festa
eles têm – graça sobre graça – o poder de se tornarem filhos e filhas de Deus (Jo 1,12). A
humanidade de Jesus é a porta de comunicação entre Deus e nós, entre o Pai e os filhos. A
humanidade de Jesus é a escada de Jacó, que une o céu e a terra (Gn 28,10-17; Jo 1,51).
- A missão de Jesus atinge, assim, o seu objetivo: compartilhar com os irmãos e irmãs a
vida íntima do Filho e, através dele, o seio do Pai. Essa é a nossa salvação, o fim para o qual fomos
criados: tornamo-nos filhos no Filho, participando do seu mesmo conhecimento e amor!
O Minuto do Concílio
“E com o gênero humano também o mundo todo será perfeitamente
restaurado em Cristo.” (Lumen gentium 48)
Santos do dia: Donaldo (+716); Gumberto (+790); Regiswindis (século VII). Higino de
Augsburg (1065-1120); Rosália de Palermo (1100-1160); Ceslau de Bretslávia (1180-1242);
Boaventura de Bagnoreggio (1218-1274); Pompílio Maria de S. Nicolau [Domenico Perrotti]
(1710-1766).
Testemunhas do Reino: Héctor Jurado (Uruguai, 1972). Rodolfo Lukenbein e Lourenço Simão
(Brasil, 1976). Misael Ramírez (Colômbia, 1981). Júlio Quevedo Quezada (Guatemala, 1991).
Datas comemorativas: Dia Internacional da Família (ONU). Dia Nacional dos Clubes; Dia
Internacional do Homem; 400 anos do nascimento de Rembrandt.
16
QUINTA-FEIRA - NOSSA SENHORA DO CARMO - Festa
(Cor branca - GLÓRIA - Ofício festivo do Comum de Nossa Senhora)
No século XII, um grupo de leigos começou
a viver como eremitas no Monte Carmelo
(Palestina), tendo como modelo inspirador o
profeta Elias. Aqueles eremitas estavam
dispostos a dedicar-se dia e noite ao serviço de
Jesus Cristo (“in obsequio Jesu Christi”), sob o
patrocínio de Maria. O Patriarca Alberto, de
Jerusalém, deu-lhes a Regra ou “fórmula de
vida”. Essencialmente a Regra carmelitana é
um projeto de vida evangélico, simples e
unificado, tendo como centro Jesus Cristo e a
comunhão eclesial. O Papa Honório III
reconheceu a Ordem em 1226. Na tradição
carmelitana, Maria é vista como mãe, patrona,
irmã e modelo. A ela foi dedicada a primeira
capela do Monte Carmelo. Daí o nome “Nossa
Senhora do Carmo”. O Escapulário – peça de
58
tecido, colocada sobre os ombros, que desce
sobre a frente e as costas do devoto – é um
sinal da consagração ao Pai e de doação
aos irmãos, “em obséquio de Jesus Cristo
servindo-o lealmente com coração puro e boa
consciência” (Regra, prólogo). A Ordem
Carmelitana deu grandes santos e santas à
Igreja e ao mundo: Santa Teresa de Jesus, São
João da Cruz, Santa Teresa de Lisieux, São Tito
Brandsma, Santa Teresa Benedita da Cruz
(Edith Stein). No dia 12 de setembro de 2001, o
Papa João Paulo II coroou a imagem da Virgem
do Carmo.
100
95
75
Antífona da entrada
25
Salve, ó Santa Mãe de Deus, vós destes à
luz o Rei, que governa o céu e a terra pelos
5
0
Oração do dia
Venha, ó Deus, em nosso auxílio a gloriosa
intercessão de Nossa Senhora do Carmo, para
que possamos, sob sua proteção, subir ao
monte que é Cristo.
Leitura - Zc 2,14-17
famintos e despediu, sem nada, os ricos. R.
5. Acolheu Israel, seu servidor, fiel ao seu
amor, como havia prometido aos nossos pais,
em favor de Abraão e de seus filhos, para
sempre. R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Feliz quem ouve e observa a palavra de
Deus! R.
Leitura da Profecia de Zacarias
Evangelho - Mt 12,46-50
14
'Rejubila, alegra-te, cidade de Sião, eis
que venho para habitar no meio de ti, diz o
Senhor. 15 Muitas nações se aproximarão do
Senhor, naquele dia, e serão o seu povo.
Habitarei no meio de ti, e saberás que o Senhor
dos exércitos me enviou a ti. 16 O Senhor entrará
em posse de Judá, como sua porção na terra santa, e escolherá de novo Jerusalém.
17
Emudeça todo mortal diante do Senhor, ele
acaba de levantar-se de sua santa habitação'.
- Palavra do Senhor.
Cântico evangélico - Lc 1,46-55
R. O Poderoso fez por mim maravilhas, e Santo é o seu nome.
Ou:
R. Bendita sejais, ó Virgem Maria,
trouxestes no ventre a Palavra eterna!
1. A minh'alma engrandece ao Senhor, e
se alegrou o meu espírito em Deus, meu
Salvador. R.
2. Pois ele viu a pequenez de sua serva,
desde agora as gerações hão de chamar-me de
bendita. O Poderoso fez por mim maravilhas e
Santo é o seu nome! R.
3. Seu amor, de geração em geração,
chega a todos que o respeitam. Demonstrou o
poder de seu braço, dispersou os orgulhosos. R.
4. Derrubou os poderosos de seus tronos e
os humildes exaltou. De bens saciou os
A família de Jesus é a família de seus
discípulos e discípulas. Nela Maria não só não
está excluída, mas ocupa o primeiro lugar, pois
é a primeira discípula de seu próprio Filho e
perfeita cumpridora da vontade do Pai.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Dia 16 de Julho - Quinta-feira - Nossa Senhora do Carmo - Festa
séculos eternos.
Naquele tempo, 46 enquanto Jesus estava
falando às multidões, sua mãe e seus irmãos
ficaram do lado de fora, procurando falar com
ele. 47 Alguém disse a Jesus: "Olha! Tua mãe e
teus irmãos estão aí fora, e querem falar
contigo". 48 Jesus perguntou àquele que tinha
falado: "Quem é minha mãe, e quem são meus
irmãos?" 49 E, estendendo a mão para os
discípulos, Jesus disse: "Eis minha mãe e
meus irmãos. 50 Pois todo aquele que faz a
vontade do meu Pai, que está nos céus, esse
é meu irmão, minha irmã e minha mãe".
- Palavra da Salvação.
100
Prece dos fiéis
95
Maria Santíssima é o sinal maravilhoso do
que podemos ser quando nos abrimos à
palavra do Senhor. Por sua intercessão,
invoquemos a Deus, nosso Pai, dizendo: Dainos, Senhor, um coração novo.
75
25
5
1. Pela Igreja, povo santo dos batizados,
59
0
Dia 16 de Julho - Quinta-feira - Nossa Senhora do Carmo - Festa
para que, à semelhança da Virgem sempre fiel,
dê testemunho de amor e fidelidade ao Deus
vivo, rezemos.
2. Pelos bispos, presbíteros e diáconos,
para que, imitando a Virgem de Nazaré,
conduzam os homens ao monte da salvação
que é Cristo, rezemos.
3. Pelos que cuidam dos doentes e dos
idosos, para que sejam um sinal vivo, como a
Virgem Maria, da solicitude de Cristo pelos
humildes, rezemos.
4. Pelos Religiosos e Religiosas Carmelitas,
para que a lembrança da subida do Carmelo
seja um símbolo do seu itinerário para Deus,
rezemos.
5. Por todos nós aqui presentes em
assembleia, para que a intercessão de Nossa
Senhora do Carmo nos ajude a perseverar na fé
até ao fim, rezemos.
O
Senhor, que fizestes do monte santo do
Carmelo um símbolo da fidelidade do profeta
Elias e lugar de encontro com o vosso povo, por
intercessão da Virgem Mãe do vosso Filho,
escutai as súplicas que Vos dirigimos. Por
Cristo, nosso Senhor.
Oração sobre as oferendas
Festejando com alegria a Mãe de Deus, nós
vos oferecemos, ó Pai, a hóstia de louvor.
Concedei-nos, por este sacrifício, progredir no
caminho da salvação.
Oração depois da comunhão
Recebemos, ó Deus, o sacramento celeste,
alegrando-nos nesta festa da Virgem Maria.
Concedei-nos a graça de imitá-la, servindo ao
mistério da nossa Redenção.
A Semente na Terra - Mt 12,46-50
ponto alto do Evangelho de hoje é a palavra de Jesus: “Eis minha mãe e meus irmãos...”.
É a palavra que Jesus diz, apontando sua mão para aqueles que estenderão a mão para
comer do seu pão, que é fazer a vontade de Deus (cf. Jo 4,34).
- Em cada um desses versículos se fala de mãe e irmão, enquanto, no último, se fala
também de irmã de Jesus. Falam de mãe e irmão o narrador Mateus, um personagem anônimo, e
– três vezes – o próprio Jesus. Tudo conflui e deságua no tema da “consanguinidade” com Jesus,
assunto que deve ter sido muito importante nos primórdios do cristianismo.
- O tom de Marcos – seria interessante ler Mc 3,20-25, para poder comparar – refere o
episódio com outro tom de voz: é o ponto culminante da crise. Mateus faz outra leitura do mesmo
episódio: é a conclusão positiva de dois capítulos de crise.
- Jesus nos leva ao conhecimento e ao amor recíprocos entre Pai e Filho (Mt 11,25-30). O
dom sublime que nos contagia supera toda expectativa, inclusive a do Batista (Mt 11,2-25). A sua
geração não o entende (Mt 11,16-24), os fariseus tomam a decisão de eliminá-lo (Mt 12,14),
acusam-no de cumplicidade com satanás (12,24) e exigem sinais (12,38ss.). Até os “seus”
(parentes, familiares e, ampliando o sentido, compatriotas) consideram-no louco (Mc 3,21).
Mateus, o escriba que medeia entre opostos extremismos (“tira de seu tesouro coisas novas e
velhas”!), despreza esse particular negativo e mostra positivamente quem é discípulo de Jesus:
alguém que faz parte da família de Jesus, não por ser consanguíneo ou patrício, mas por fazer a
sua vontade!
- Com essa operação, os dois capítulos se encerram com uma abertura positiva: Jesus não
está mais sozinho. Os parentes carnais são substituídos por parentes espirituais. À parentela da
carne sucede a parentela do Espírito. À geração da carne seguiu-se a geração do (no) Espírito.
- Duas décadas depois da morte de Jesus, o escriba Paulo vai universalizar o episódio:
60
100
95
75
25
5
0
O Minuto do Concílio
“A Virgem Maria, na Anunciação do Anjo, recebeu o Verbo de Deus no
coração e no corpo e trouxe ao mundo a Vida.” (Lumen gentium 53)
Santos do dia: Valentim de Tréveris (280-350); Reinelda (630-670); Fulrad de Saint-Dénis
(710-784). Hermengarda de Buchau (830-866); Milop de Thérouanne (1080-1159). Estêvão
Harding (1059-1134); Elvira de Öhren (séculos XI-XII). Maria Madalena Postel (1756-1846).
Testemunhas do Reino: José Gumilla (Venezuela, 1750).
Datas comemorativas: Início da Primeira Viagem Tripulada à Lua (1969); Dia do
Comerciante.
Dia 16 de Julho - Quinta-feira - Nossa Senhora do Carmo - Festa
“Ainda que tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, agora não o conhecemos mais assim”
(2Cor 5,16). Fica para trás a família da Lei; nasce a família do Filho, com nova mãe, irmãs e
irmãos. Se, em Marcos, tinha-se a impressão que até a mãe ficava fora (para preocupação dos
devotos e dos teólogos de Maria), aqui, na nova família, embora nomeada por último (v. 50), a
Mãe ocupa o primeiro lugar (cf. dois primeiros capítulos do Evangelho). É a primeira a ser
chamada, a primeira a dizer “sim”, a primeira a acolher Jesus em sua vida, a primeira a adorá-lo, a
primeira a protegê-lo da fúria de Herodes e a reconduzi-lo a Nazaré.
IMPOSIÇÃO DO ESCAPULÁRIO POR UM MINISTRO ORDENADO
Senhor Jesus Cristo, Salvador dos homens, † abençoai este hábito de Nossa Senhora
de Carmo, que, como sinal de Consagração a Maria, vai ser imposto ao vosso servo, para que, pela
intercessão de Maria Santíssima, possa alcançar maior plenitude de graça.
(Asperge o Escapulário com água benta).
(Imposição) - Recebe este santo hábito para que, trazendo-o com devoção, te defenda do mal,
e te conduza à vida eterna. - Amém.
(Coloca-o ao pescoço de cada pessoa).
100
Participas desde este momento de todos os bens espirituais, de que gozam os
religiosos do Carmo, em Nome do Pai † e do Filho e do Espírito Santo. R. - Amém.
O Senhor que se dignou admitir-te entre os confrades do Carmo, † te abençoe; e
mediante este sinal de Consagração, te faça forte na luta desta vida, e te conduza à felicidade
eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. - Amém.
95
75
(Asperge o Confrade com água benta).
25
5
61
0
Dia 17 de Julho - Sexta-feira - Beato Inácio de Azevedo e Companheiros, Mártires - Memória
ABC DO CRISTIANISMO
[1] Satanás. Transliteração de uma palavra hebraica que literalmente significa “adversário”. Aparece
apenas três vezes no Antigo Testamento, mais precisamente, em textos pós-exílicos, quer dizer, depois de
538 a.C. (Jó 1-2; Zc 3,1-2; 1Cr 21,1). A serpente do paraíso (Gn 3) não é chamada com este nome. Bem
mais tarde, depois do ano 200 a.C.), na literatura extracanônica (apócrifos e pseudepígrafos do Antigo
Testamento), é que se desenvolve a ideia de “satanás” como vai aparecer, no século I depois de Cristo, nos
escritos do Novo Testamento. Foi provavelmente por influência da ideologia persa – que opõe, como dois
princípios eternos, o Bem e o Mal – que se desenvolveu, no pensamento hebraico, a ideia de um dualismo
não só moral, mas ontológico, entre espírito e matéria, bem e mal, mundo divino e mundo infradivino. Os
persas acreditavam num senhor das forças do mal que comandava muitos servos conhecidos como
demônios. Os hebreus compreenderam este pensamento e o assimilaram entre as suas ideias a respeito do
mal, mas, a esta altura, ainda não tinham, de modo algum, desenvolvido a ideia de um ser superior como
chefe das forças do mal. Muitos nomes foram usados, mais tarde, para designar o chefe das forças hostis a
Deus: diabo (= divididor), Belial ou Beliar (= impiedade, indignidade; indivíduos desprezíveis, homens
malvados), Mastema, Apollyon (= destruidor), Samael, Asmodeu ou Baal-Zebud (Belzebu = senhor da
alta morada, senhor das moscas, senhor do esterco, chefe das forças do mal, príncipe dos demônios) e
Satanás. “Satanás”, porém, se tornou o nome mais usado e aparece com grande frequência no Novo
Testamento.
17
SEXTA-FEIRA - BEATO INÁCIO DE AZEVEDO E
COMPANHEIROS, Mártires - Memória
(Cor vermelha - Ofício da memória)
Inácio de Azevedo nasceu na cidade do
Porto (Portugal) em 1526. Era de família ilustre.
Em 1548, entrou na Companhia de Jesus
(Jesuítas), onde foi ordenado presbítero em
1553. Foi, em seguida, mandado como
missionário ao Brasil. Tendo avaliado, nos anos
em que atuou no Brasil, a extensão e os
desafios da missão, viajou a Portugal em busca
de reforços. Conseguiu atrair inúmeros colaboradores. Quando se dirigia para o Brasil com
esses novos missionários, o navio em que
viajavam foi interceptado por corsários anticatólicos nas proximidades das Ilhas Canárias.
Aí, nos dias 15 e 16 de julho de 1570, foram
martirizados. Com ele, somavam 40 missionários, sendo 31 portugueses (32, com ele) e 8
espanhóis. O Papa Pio IX os declarou bemaventurados em 1854.
Antífona da entrada
Ao nome de Jesus todo joelho se dobre, no
62
céu, na terra e nos abismos; e toda língua
proclame, para glória de Deus Pai, que Jesus
Cristo é Senhor!
Oração do dia
Ó Deus, que escolhestes Inácio de Azevedo
e seus trinta e nove companheiros para regarem
com seu sangue as primeiras sementes do
Evangelho lançadas na Terra de Santa Cruz,
concedei-nos professar constantemente, para
vossa maior glória, a fé que recebemos de
vossos antepassados.
100
Leitura - Ex 11,10 – 12,14
95
Leitura do Livro do Êxodo
75
Naqueles dias: 10 Moisés e Aarão realizaram
muitos prodígios diante do Faraó; mas o
Senhor endureceu o coração do Faraó, e ele
não deixou que os filhos de Israel saíssem da
sua terra. 12,1 O Senhor disse a Moisés e a Aarão
25
5
0
Salmo responsorial - Sl 115
R. Elevo o cálice da minha salvação,
invocando o nome santo do Senhor.
1. Que poderei retribuir ao Senhor Deus
por tudo aquilo que ele fez em meu favor? Elevo
o cálice da minha salvação, invocando o nome
santo do Senhor. R.
2. É sentida por demais pelo Senhor a
morte de seus santos, seus amigos. Eis que sou
o vosso servo, ó Senhor vosso servo que
nasceu de vossa serva; mas me quebrastes os
grilhões da escravidão! R.
3. Por isso oferto um sacrifício de louvor,
invocando o nome santo do Senhor. Vou
cumprir minhas promessas ao Senhor na
presença de seu povo reunido. R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Minhas ovelhas escutam minha voz, eu
as conheço e elas me seguem. R.
Evangelho - Mt 12,1-8
Jesus nos convida para o banquete da
Sabedoria. O verdadeiro alimento é conhecer a
Deus como Pai e nos reconhecer como filhos e
filhas. Esse é o dom do Espírito, que nos
comunica uma vida filial e fraterna, raiz da nova
lei, a lei da liberdade do Filho. O amor não abole
a lei, muito menos o agir moralmente correto. O
amor – dom do Espírito – torna possível o
cumprimento da lei, não pela lei, mas justamente por amor a Deus e aos irmãos e irmãs.
Dia 17 de Julho - Sexta-feira - Beato Inácio de Azevedo e Companheiros, Mártires - Memória
no Egito: 2 "Este mês será para vós o começo
dos meses; será o primeiro mês do ano. 3 Falai a
toda a comunidade dos filhos de Israel,
dizendo: 'No décimo dia deste mês, cada um
tome um cordeiro por família, um cordeiro por
casa. 4 Se a família não for bastante numerosa
para comer um cordeiro, convidará também o
vizinho mais próximo, de acordo com o número
de pessoas. Deveis calcular o número de
comensais, conforme o tamanho do cordeiro.
5
O cordeiro será sem defeito, macho, de um
ano. Podereis escolher tanto um cordeiro,
como um cabrito: 6 e devereis guardá-lo preso
até ao dia catorze deste mês. Então toda a
comunidade de Israel reunida o imolará ao cair
da tarde. 7 Tomareis um pouco do seu sangue e
untareis os marcos e a travessa da porta, nas
casas em que o comerdes. 8 Comereis a carne
nessa mesma noite, assada ao fogo, com pães
ázimos e ervas amargas. 9 Não comereis dele
nada cru, ou cozido em água, mas assado ao
fogo, inteiro, com cabeça, pernas e vísceras.
10
Não deixareis nada para o dia seguinte: o que
sobrar, devereis queimá-lo ao fogo. 11 Assim
devereis comê-lo: com os rins cingidos,
sandálias nos pés e cajado na mão. E comereis
às pressas, pois é a Páscoa, isto é, a Passagem
do Senhor! 12 E naquela noite passarei pela terra
do Egito e ferirei na terra do Egito todos
os primogênitos, desde os homens até os
animais; e infligirei castigos contra todos os
deuses do Egito, eu, o Senhor. 13 O sangue
servirá de sinal nas casas onde estiverdes. Ao
ver o sangue, passarei adiante, e não vos
atingirá a praga exterminadora, quando eu ferir
a terra do Egito. 14 Este dia será para vós uma
festa memorável em honra do Senhor, que
haveis de celebrar por todas as gerações, como
instituição perpétua”. - Palavra do Senhor.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo São Mateus
1
Naquele tempo, Jesus passou no meio de
uma plantação num dia de sábado. Seus
discípulos tinham fome e começaram a
apanhar espigas para comer. 2 Vendo isso, os
fariseus disseram-lhe: "Olha, os teus discípulos estão fazendo, o que não é permitido
fazer em dia de sábado!" 3 Jesus respondeulhes: "Nunca lestes o que fez Davi, quando ele e
seus companheiros sentiram fome? 4 Como
entrou na casa de Deus e todos comeram os
pães da oferenda que nem a ele nem aos seus
100
95
75
25
5
63
0
Dia 17 de Julho - Sexta-feira - Beato Inácio de Azevedo e Companheiros, Mártires - Memória
companheiros era permitido comer, mas unicamente aos sacerdotes? 5 Ou nunca lestes na Lei,
que em dia de sábado, no Templo, os sacerdotes violam o sábado sem contrair culpa
alguma? 6 Ora, eu vos digo: aqui está quem é
maior do que o Templo.7 Se tivésseis compreendido o que significa: 'Quero a misericórdia e
não o sacrifício', não teríeis condenado os
inocentes. 8 De fato, o Filho do Homem é senhor
do sábado." - Palavra da Salvação.
Prece dos fiéis
Na memória dos santos mártires Beatos
Inácio de Azevedo e Companheiros, oremos a
Deus Pai todo-poderoso, dizendo: Nós Vos
rogamos: ouvi-nos, Senhor.
1. Para que a Igreja, cheia do Espírito
que jorrou da Páscoa de Jesus Cristo, viva a
alegria prometida aos santos mártires, oremos,
irmãos.
2. Para que o sangue de Jesus, símbolo de
seu amor até às últimas consequências, nos
purifique dos nossos pecados e nos alcance a
vida eterna, oremos, irmãos.
3. Para que o sangue dos mártires gloriosos obtenha a conversão dos perseguidores e
confirme os cristãos mais vacilantes, oremos,
irmãos.
A
4. Para que, por intercessão dos santos
mártires, o Senhor conceda a herança prometida aos irmãos e irmãs falecidas que O
seguiram nas alegrias e dores do dia a dia,
oremos, irmãos.
5. Para que esta celebração dos santos
mártires torne agradável aos olhos do Senhor a
oblação da Eucaristia que Lhe oferecemos,
oremos, irmãos.
Deus eterno e onipotente, vinde em auxílio
da nossa fraqueza e, com o exemplo dos
gloriosos mártires Inácio de Azevedo e seus
Companheiros, aumentai o vigor da nossa fé.
Por Cristo, nosso Senhor.
Oração sobre as oferendas
Aceitai, ó Deus, as nossas oferendas e fazei
que sejamos fortalecidos pelo mesmo sacrifício que sustentou no martírio o bemaventurado Inácio e seus companheiros.
Oração depois da comunhão
Tendo participado, ó Deus, do mistério
pascal à mesa da eucaristia, fazei-nos fiéis ao
vosso serviço, a exemplo dos quarenta mártires
que deram por vós a sua vida.
A Semente na Terra - Mt 12,1-8
questão é o sábado, mas, evidentemente, vai muito além do sábado. Se fosse só o
sábado, já seria um tema de peso, pois foi árdua conquista da humanidade,
sobressaindo, entre todos os povos, os judeus, que o reconheceram como lei divina.
Está no Decálogo (Ex 20,8-11; Dt 5,12-15). Mas vai além, estando aí embutido o tema da lei, sua
origem, seu sentido, sua obrigatoriedade, sua interpretação.
- O capítulo 12 é todo tecido pelo conflito entre a sabedoria velha e a sabedoria nova, a
primeira, representada por escribas e fariseus, a segunda introduzida escandalosamente por
Jesus (Mt 11,6). Mais radicalmente, opõem-se, nessa contenda, carne e Espírito, morte e vida.
- Os discípulos consideram-se no “repouso” de Deus. Por isso, podem, sem culpa, fazer
de sábado o que só aos sacerdotes é permitido. Sentem fome e, naturalmente, começam a colher
espigas para comer! Mais que isso, eles sentem-se o povo messiânico, livre e sacerdotal. A
celebração dominical da Eucaristia atravessa a narração de ponta a ponta (levante-se o
64
100
95
75
25
5
0
O Minuto do Concílio
“Maria consagrou-se totalmente como serva do Senhor à pessoa e à obra de seu Filho.”
(Lumen gentium 56)
Santos do dia: Marina (IV/V século); Aléxio de Edessa (IV/V século); Leão IV (790-855);
Edviges da Polônia (1374-1399).
Dia 18 de Julho - Sexta-feira - Beato Inácio de Azevedo e Companheiros, Mártires - Memória
vocabulário alusivo).
- Os fariseus – que, entre os sábios, são os mais inteligentes, pois não só conhecem a lei,
como os escribas, mas a cumprem – acusam Jesus e os discípulos de estarem desrespeitando a
lei, uma vez que estão fazendo uma das 39 obras proibidas de Sábado.
- Jesus responde, primeiro, com argumentos tirados da Escritura (vv. 3.5.7). Jesus recorre
às Escrituras para mostrar que a lei – mesmo a mais sagrada como a do sábado – é para o homem
e não o contrário. A lei não pode ser norma para a vida se, antes, a vida não for norma para a lei.
Assumir a lei como princípio último é sacrificar a vida: é matar e morrer. Quem assume o amor do
Pai e dos irmãos como princípio goza da vida de Deus e come de sábado!
- Depois, Jesus faz uma revelação, sobre si mesmo e sobre a lei: “o Filho do Homem é
senhor do sábado” (v. 8). A revelação sobre si mesmo: Jesus é o Filho do Homem. A revelação
sobre a lei: Jesus é senhor do sábado, que, no contexto, representa a lei. No Evangelho de Mateus,
Jesus ora se apresenta ora é apresentado como Messias, sacerdote, profeta, Senhor do sábado, o
Emanuel (1,23), Deus-conosco para sempre (28,17), que os magos vieram no início adorar
(2,2.11) e que os discípulos adoram no fim (28,17). Maior que o Templo, é o Senhor que vem ao
seu Templo para o julgamento – e o seu julgamento é a misericórdia (cf. Os 6,6).
- Por tudo isso – mas será que seria necessário tudo isso? – é senhor do sábado. O Filho do
Homem é mais que o Templo; por isso, é senhor do sábado, dia do Senhor. Jesus, na verdade, ao
mostrar-se livre diante de uma lei divina – como é caso do sábado – está fazendo valer uma
pretensão divina. Só Deus pode questionar o que Deus estabeleceu. Aos fariseus e escribas só
restava – não acolhendo sua pretensão divina – pensar em eliminá-lo.
Testemunhas do reino: Bartolomeu de las Casas, bispo de Chiapas, México (+ Madrid,
1566). Operários do Engenho Ladesma (Argentina, 1976).
Datas comemorativas: Dia de Proteção às Florestas.
18
100
SÁBADO DA 15ª SEMANA DO TEMPO COMUM
95
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
75
Antífona da entrada
Contemplarei, justificado, a vossa face; e
serei saciado quando se manifestar a vossa
glória.
Oração do dia
Ó Deus, que mostrais a luz da verdade aos
que erram para retomarem o bom caminho, dai
a todos os que professam a fé rejeitar o que não
convém ao cristão, e abraçar tudo que é digno
25
5
65
0
Dia 18 de Julho - Sexta-feira - Beato Inácio de Azevedo e Companheiros, Mártires - Memória
deste nome.
Leitura - Ex 12,37-42
Leitura do Livro do Êxodo
Naqueles dias: 37 Os filhos de Israel partiram
de Ramsés para Sucot. Eram cerca de
seiscentos mil homens a pé, sem contar as
crianças. 38 Além disso, uma multidão numerosa subiu com eles, assim como rebanhos
consideráveis de ovelhas e bois. 39 Com a
massa trazida do Egito fizeram pães ázimos, já
que a massa não pudera fermentar, pois foram
expulsos do Egito, e não tinham podido
esperar, nem preparar provisões para si. 40 A
permanência dos filhos de Israel no Egito foi de
quatrocentos e trinta anos. 41 No mesmo dia em
que se concluíam os quatrocentos e trinta anos,
todos os exércitos do Senhor saíram da terra do
Egito. 42 Aquela foi uma noite de vigília para o
Senhor, quando os fez sair da terra do Egito:
essa noite em honra do Senhor deve ser
observada por todos os filhos de Israel em
todas as suas gerações. - Palavra do
Senhor.
Salmo responsorial - Sl 135
R. Eterna é a sua misericórdia.
1. Demos graças ao Senhor, porque ele é
bom: Porque eterno é seu amor! De nós, seu
povo, humilhado, recordou-se: Porque eterno é
seu amor! De nossos inimigos libertou-nos:
Porque eterno é seu amor! R
2. Ele feriu os primogênitos do Egito
porque eterno é seu amor! E tirou do meio deles
Israel: Porque eterno é seu amor! Com mão
forte e com braço estendido: Porque eterno é
seu amor! R
3. Ele cortou o Mar Vermelho em duas
partes: Porque eterno é o seu amor! Fez passar
no meio dele Israel: Porque eterno é o seu amor!
E afogou o Faraó com suas tropas: Porque
eterno é seu amor! R
66
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia
V. Em Cristo, Deus reconciliou consigo
mesmo a humanidade; e a nós ele entregou
esta reconciliação. R.
Evangelho - Mt 12,14-21
No Evangelho que ouviremos, Jesus mostra, ao mesmo tempo, sua fidelidade e sua
sabedoria. Ele entrega a sua vida livremente,
mas não estupidamente. É por isso que,
desprezado e atacado pelos chefes, dedica-se
a uma atividade mais escondida.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo: 14 Os fariseus saíram e
fizeram um plano para matar Jesus. 15 Ao saber
disso, Jesus retirou-se dali. Grandes multidões
o seguiram, e ele curou a todos. 16 E ordenoulhes que não dissessem quem ele era, 17 para se
cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías:
18
"Eis o meu servo, que escolhi; o meu amado,
no qual coloco a minha afeição; porei sobre ele
o meu Espírito, e ele anunciará às nações o
direito. 19 Ele não discutirá, nem gritará, e
ninguém ouvirá a sua voz nas praças. 20 Não
quebrará o caniço rachado, nem apagará o
pavio que ainda fumega, até que faça triunfar o
direito. 21 Em seu nome as nações depositarão a
sua esperança." - Palavra da Salvação.
Prece dos fiéis
A Paixão de Jesus começa a aparecer no
horizonte, mas Ele prossegue o seu caminho
com coragem e simplicidade. Rezemos ao
Pai, por nós e por todos os homens, dizendo:
Ouvi-nos, Pai santo.
1. Para que o Espírito, que repousou sobre
Jesus, torne os pastores e ministros da Igreja
ousados e sábios como o seu Mestre, rezemos
100
95
75
25
5
0
J
Senhor, nosso Deus, fazei que o vigor do
Espírito Santo nos torne fortes e generosos na
caridade. Por Cristo, nosso Senhor.
Oração sobre as oferendas
Acolhei, ó Deus, as oferendas da vossa
Igreja em oração, e fazei crescer em santidade
os fiéis que participam deste sacrifício.
Oração depois da comunhão
Alimentados pela vossa Eucaristia, nós vos
pedimos, ó Deus, que cresça em nós a vossa
salvação cada vez que celebramos este
mistério.
A Semente na Terra - Mt 12,14-21
esus entrega a sua vida livremente, mas não estupidamente. É por isso que, desprezado e
atacado pelos chefes, se entrega a uma atividade mais secreta. Não é uma falência, mas
um cumprimento da Escritura. A figura do “servo de Deus” descrita pelo profeta Isaías (cf.
Is. 42-52) ajuda a comunidade de Mateus, o próprio Mateus e a todos nós a entendermos o que
está acontecendo. Na verdade, uma mesma realidade pode ter muitas interpretações, que, em
última análise, se reduzem a duas: a do homem e a de Deus. A Escritura não despreza – aliás,
normalmente a tem em conta – a interpretação do homem, mas, em definitivo, nos apresenta e
nos dá de presente a de Deus.
- A decisão que os chefes tomaram de matar Jesus leva Jesus a retirar-se. A sua obra,
porém, ainda que de maneira escondida, continua de maneira até mais eficaz. Na verdade, Jesus
cura a “todos” e manda que não digam nada a “ninguém” (v. 15). O seu messianismo é muito
diferente daquilo que seus conterrâneos e contemporâneos esperavam. No ambiente farisaico, o
mais popular antes do ano 70 a.C., esperava-se um messias-rei que, ao mesmo tempo, teria um
papel religioso. Com o afastamento do domínio dos pagãos ímpios da Palestina, o rei-messias
tornaria possível a observância integral da lei e a pureza do culto (cf. Salmos de Salomão). Nos
ambientes sacerdotais, onde predominavam os saduceus, a ideologia messiânica não gozava de
muitas simpatias por suas características insurrecionais e desestabilizadoras em relação ao
templo, cuja sobrevivência dependia da cumplicidade com o poder romano. Entre os essênios do
Mar Morto, conviviam diversos messianismos: o profético escatológico (cf. Dt 18,15-19), em
que o messias é identificado com o mestre de justiça (CD VI, 11); o régio, à espera do “messias de
Israel”; e, finalmente, o sacerdotal, que nutre a expectativa de um “messias de Aarão”. Nos
ambientes essênios, aliás, vige uma certa hierarquia entre os vários messias: o messias régio
ungido de Israel tem uma função política, subordinada à do messias sacerdotal ungido de Aarão
(1QS IX, 10-11; 1Qsa II, 11). Mesmo o Batista se equivocou a respeito do messias (cf. Mt 11,3).
Dia 18 de Julho - Sexta-feira - Beato Inácio de Azevedo e Companheiros, Mártires - Memória
ao Senhor.
2. Para que o Espírito, que repousou sobre
Jesus, dê aos discípulos e discípulas que amam
e seguem o Senhor, a graça de O escutarem e
serem curados, rezemos ao Senhor.
3. Para que o Espírito, que repousou sobre
Jesus, leve os cristãos e as cristãs a não
quebrar a cana fendida nem a apagar a mecha
que ainda fumega, rezemos ao Senhor.
4. Para que o Espírito, que repousou sobre
Jesus, desperte em todos os homens e
mulheres da terra um grande respeito pelos
emigrantes e suas culturas, rezemos ao Senhor.
5. Para que o Espírito, que repousou sobre
Jesus, faça nascer em todas as paróquias e
comunidades de nossa diocese o desejo de
celebrar o Mistério Pascal de Jesus de Nazaré,
rezemos ao Senhor.
100
95
75
25
5
67
0
Dia 18 de Julho - Sexta-feira - Beato Inácio de Azevedo e Companheiros, Mártires - Memória
Todos, porém, esperavam a restauração religiosa, social e política de Israel, cujo modelo é o reino
davídico e cujo pivô é um mediador histórico da ação de Deus que reproduz os traços de Davi, o
soberano idealizado. O messianismo de Jesus de Nazaré, porém, mesmo quando contemple
algum aspecto do quadro acima, passa pela fragilidade e loucura da cruz, sabedoria e potência de
Deus-Amor (cf. 1Cor 1,18).
- Jesus, de fato, é o filho do Pai enquanto é servo dos irmãos e irmãs, especialmente dos
pequenos, pobres e pecadores. É o eleito, não porque as massas querem fazê-lo rei, mas porque
tem o Espírito do próprio Deus. Não é briguento, nem violento, nem espetacular; ao contrário, é
atento às pessoas, às suas fraquezas e incertezas. Assim, pelos caminhos da pobreza e da
humildade, faz triunfar na terra a justiça de Deus e abre espaços de esperança para todos.
- As primeiras comunidades cristãs e os evangelistas que nelas hauriram informações e
interpretações do acontecido em Jesus e com Jesus, recorreram não só à sua memória recente
(os curtos anos que Jesus viveu na Palestina), mas também à sua memória passada (os longos
anos que JHWH viveu entre eles, de Abraão a Miqueias) para colherem o significado profundo da
pessoa e da obra de Jesus de Nazaré. Um dos referenciais preferidos são, fora de dúvida, os
cantos do Servo de Deus do profeta Isaías. No Evangelho de hoje, a longa citação – tirada de Is
42,1ss., início dos Cânticos do Servo – explicita a última, já colocada na conclusão do primeiro
dia de milagres de Jesus segundo Mateus, interpretando a ação de Jesus à luz da figura do bode
expiatório, que carrega sobre si os nossos males (Mt 8,17 = Is 53,5; Jo 1,29).
- Depois da condenação há pouco decidida, tudo fica claro. O bem nunca fica impune, mas
justamente assim conquista a sua vitória. É a justiça superior (Mt 5,20) do Pai, que faz chover a
sua misericórdia sobre todos (Mt 5,43-48).
O Minuto do Concílio
“A Mãe de Deus é o tipo [modelo, imagem exemplar] da Igreja.”
(Lumen gentium 63)
Santos do dia: Sinforosa e seus Sete Filhos (I século); Arnulfo de Metz (582-640); Arnoldo de
Arnoldsweiler (VIII século); Frederico de Utrecht (780-838). Answer de Ratzeburg (1035-10066).
Bruno de Segni (1047-1123); Simão de Lipnica (1438-1482).
Testemunhas do Reino: Carlos de Dios Murias e Gabriel Longueville (Argentina, 1976).
Datas comemorativas: Morte de Benito Juárez (México, 1872). Dia Mundial dos Veteranos de
Guerra. Dia Nacional da Espanha. Dia do Trovador.
100
95
75
25
5
68
0
(Cor verde - IV SEMANA DO SALTÉRIO - Ofício dominical comum)
defende a minha vida. Senhor, de todo o
coração hei de vos oferecer o sacrifício, e dar
graças ao vosso nome, porque sois bom.
Oração do dia
Ó Deus, sede generoso para com os vossos
filhos e filhas e multiplicai em nós os dons da
vossa graça, para que, repletos de fé, esperança
e caridade, guardemos fielmente os vossos
mandamentos.
Dia 19 de Julho - 16º Domingo do Tempo Comum
19
16º DOMINGO DO TEMPO COMUM
Leitura - Jr 23,1-6
Leitura do Livro do Profeta Jeremias
1
Comentário inicial - Os discípulos e as
discípulas têm que ser e fazer como Jesus: ser e
viver como filhos e filhas de Deus e falar e fazer
o que Jesus falou e fez. Essa é a missão. Cada
época e cada novo lugar interpretarão e
assumirão a missão de um jeito novo. Mas a
missão é sempre a mesma: aquela que procede
do Pai e se materializa na missão do Filho. Por
isso, os discípulos enviados por Jesus (domingo passado) retornam Àquele de onde
partiram e contam o que fizeram e falaram
(hoje). A missão tem um momento de ida e um
momento de volta, mas o ponto de partida e o
de chegada são sempre o mesmo: Jesus. É
nele que os apóstolos, isto é, os missionários,
os enviados, encontram um ponto de encontro,
um espaço de repouso, um deserto de gente
que os relance para o meio de mais gente ainda.
"Ai dos pastores que deixam perder-se e
dispersar-se o rebanho de minha pastagem, diz
o Senhor! 2 Deste modo, isto diz o Senhor, Deus
de Israel, aos pastores que apascentam o meu
povo: Vós dispersastes o meu rebanho, e o
afugentastes e não cuidastes dele; eis que irei
verificar isso entre vós e castigar a malícia de
vossas ações, diz o Senhor. 3 E eu reunirei o
resto de minhas ovelhas de todos os países
para onde forem expulsas, e as farei voltar a
seus campos, e elas se reproduzirão e
multiplicarão. 4 Suscitarei para elas novos
pastores que as apascentem; não sofrerão mais
o medo e a angústia, nenhuma delas se
perderá, diz o Senhor. 5 Eis que virão dias,
diz o Senhor, em que farei nascer um descendente de Davi; reinará como rei e será sábio,
fará valer a justiça e a retidão na terra.
6Naqueles dias, Judá será salvo e Israel viverá
tranquilo; este é o nome com que o chamarão:
'Senhor, nossa Justiça. - Palavra do Senhor.
100
95
75
Salmo responsorial - Sl 22
25
Antífona da entrada
É Deus quem me ajuda, é o Senhor quem
R. O Senhor é o pastor que me conduz:
felicidade e todo bem hão de seguir-me!
5
69
0
Dia 19 de Julho - 16º Domingo do Tempo Comum
1. O Senhor é o pastor que me conduz;
não me falta coisa alguma. Pelos prados e
campinas verdejantes ele me leva a descansar.
Para as águas repousantes me encaminha, e
restaura as minhas forças. R.
2. Ele me guia no caminho mais seguro,
pela honra do seu nome. Mesmo que eu passe
pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei;
estais comigo com bastão e com cajado; eles
me dão a segurança! R.
3. Preparais à minha frente uma mesa,
bem à vista do inimigo, e com óleo vós ungis
minha cabeça; o meu cálice transborda. R.
4. Felicidade e todo bem hão de seguir-me
por toda a minha vida; e na casa do Senhor,
habitarei pelos tempos infinitos. R.
Leitura - Ef 2,13-18
Leitura da Carta de São Paulo aos
Efésios
Irmãos: 13 Agora, em Jesus Cristo, vós que
outrora estáveis longe, vos tornastes próximos,
pelo sangue de Cristo. 14 Ele, de fato, é a nossa
paz: do que era dividido, ele fez uma unidade.
Em sua carne ele destruiu o muro de separação:
a inimizade. 15 Ele aboliu a Lei com seus
mandamentos e decretos. Ele quis, assim, a
partir do judeu e do pagão, criar em si um só
homem novo, estabelecendo a paz. 16 Quis
reconciliá-los com Deus, ambos em um só
corpo, por meio da cruz; assim ele destruiu em
si mesmo a inimizade. 17 Ele veio anunciar a paz
a vós que estáveis longe, e a paz aos que
estavam próximos. 18 É graças a ele que uns e
outros, em um só Espírito, temos acesso junto
ao Pai. - Palavra do Senhor.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Minhas ovelhas escutam minha voz,
minha voz estão elas a escutar. Eu conheço,
então, minhas ovelhas, que me seguem
comigo a caminhar. R.
70
Evangelho - Mc 6,30-34
Jesus quer ação, mas não ativismo. Vai de
um lado para outro, percorre as cidades e
aldeias da Palestina, cansa-se, mas também
para, procura o deserto, entretém-se com os
discípulos, reza. Missão rima com ação e com
oração e pulsa ao ritmo do coração. A força
maior que move Jesus é a compaixão!
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Marcos
Naquele tempo: 30 Os apóstolos reuniram-se
com Jesus e contaram tudo o que haviam feito e
ensinado. 31 Ele lhes disse: "Vinde sozinhos
para um lugar deserto, e descansai um pouco".
Havia, de fato, tanta gente chegando e saindo
que não tinham tempo nem para comer. 32 Então
foram sozinhos, de barco, para um lugar
deserto e afastado. 33 Muitos os viram partir e
reconheceram que eram eles. Saindo de todas
as cidades, correram a pé, e chegaram lá antes
deles. 34 Ao desembarcar, Jesus viu uma
numerosa multidão e teve compaixão, porque
eram como ovelhas sem pastor. Começou,
pois, a ensinar-lhes muitas coisas. - Palavra
da Salvação.
Prece dos fiéis
Oremos, irmãs e irmãos, para que a Igreja e
os povos da terra escutem e sigam o verdadeiro
Pastor, que quer salvar todos os homens e
mulheres do mundo, dizendo: Ouvi-nos, ó Rei
da eterna glória.
100
1. Para que a Igreja santa, nossa mãe,
glorifique o nome de Jesus, o seu Pastor, e saia
para anunciar a todos o Evangelho, oremos.
2. Para que os governantes e as autoridades exerçam com justiça as suas funções e
trabalhem efetivamente pelo bem de todo o
povo, oremos.
3. Para que Jesus, o Mestre que sabe
instruir, Se compadeça das multidões que ainda
95
75
25
5
0
Senhor Jesus Cristo, nós Vos pedimos por
todos os Pastores do vosso povo, para que
sejam dignos de Vós, e pelas ovelhas do
rebanho que lhes confiastes, para que tenham
fome das vossas palavras. Vós que viveis e
reinais por todos os séculos dos séculos.
Q
Oração sobre as oferendas
Ó Deus, que no sacrifício da cruz, único e
perfeito, levastes à plenitude os sacrifícios da
Antiga Aliança, santificai, como o de Abel, o
nosso sacrifício, para que os dons que cada um
trouxe em vossa honra possam servir para a
salvação de todos.
Oração Eucarística III
Oração depois da comunhão
Ó Deus, permanecei junto ao povo que
iniciastes nos sacramentos do vosso reino,
para que despojando-nos do velho homem,
passemos a uma vida nova.
Dia 19 de Julho - 16º Domingo do Tempo Comum
não O conhecem e as atraia a Si, oremos.
4. Para que o mundo novo inaugurado por
Cristo, sem classes, sem divisões e sem
fronteiras, seja a meta para onde caminhe a
humanidade, oremos.
5. Para que as nossas comunidades vivam
em união com os Pastores que Deus lhes deu,
os amparem, com eles trabalhem e por eles
rezem, oremos.
A Semente na Terra - Mc 6,30-34
uando os apóstolos (= enviados) retornam da missão (= envio), Jesus os reúne num
lugar deserto para que repousem um pouco. Depois da primeira semeadura (cf. Mc
6,6b-12), ele os conduz ao lugar em que lhes dará o pão. Estes versículos, com efeito,
têm a intenção de preparar o leitor para o episódio da multiplicação dos pães (cf. Mc 6,34-43).
- Se, na sinagoga (palavra que quer dizer “reunião”), no centro, está a palavra, aqui está a
Palavra em pessoa, que os enviou e, agora, os convida para escutarem a sua palavra e degustarem
o seu pão.
- A comunidade dos discípulos, antes de mais nada, é formada pelo movimento de reunirse “diante” de Jesus, o que é mais do que simplesmente se reunir “com” Jesus. Ele – e só ele – é
o ponto de referência de todos e de cada um. A missão parte dele (não é uma fuga) e retorna a ele
(ele é o seu coração, o seu centro, a sua meta), trazendo outros a ele.
- Nesta reunião, em segundo lugar, há um confronto daquilo que os discípulos fizeram e
disseram com aquilo que Jesus fez e disse (cf. At 1,1). Ele, por ser referência de tudo, é também
critério e medida. Nós, discípulos(as) e missionários(as), só emprestamos a voz à Palavra, não a
substituímos. Ela está sempre acima de nós, mesmo que, na Igreja, todos a ensinemos a todos e
alguns sejam mestres dos demais (cf. Dei Verbum* 10).
- No diálogo com a Palavra, experimentamos o convite ao deserto, que não é oásis de
delícias, mas êxodo, caminho duro em que se luta pela vida e pela liberdade. Só aí, na intimidade
com Jesus, que a solidão do deserto propicia, podemos encontrar o verdadeiro repouso.
Impossível não lembrar Agostinho, depois de anos e anos de trabalhoso êxodo: “Fizeste-nos para
Ti e inquieto está o nosso coração enquanto não repousar em Ti”, exclama o grande africano em
sua obra autobiográfica (Agostinho, Confissões I,1).
- Jesus, na verdade, é aquele que convoca para o êxodo e convida ao deserto. A sua palavra
(cf. Os 2,16-22) e o seu pão (cf. Mc 14,22ss.) constituem a nova lei e o novo maná. Os discípulos,
chamados para estarem com ele e serem por ele enviados (cf. Mc 3,13ss.), vão se tornando uma
comunidade que faz dele o centro do próprio agir, do próprio pensar e do próprio falar!
100
95
75
25
5
71
0
Dia 19 de Julho - 16º Domingo do Tempo Comum
O OLHAR DE JESUS
José Antonio Pagola
Marcos descreve em cada detalhe a situação. Jesus está indo de barco com seus discípulos
para um lugar tranquilo e retirado. Quer escutá-los com calma, pois voltaram cansados de sua
primeira correria evangelizadora e desejam compartilhar sua experiência com o Profeta que os
enviou.
O projeto de Jesus fica frustrado. O povo descobriu sua intenção e chega antes dele, correndo
pelas margens. Quando chegam ao lugar, encontram-se com uma multidão vinda de todas as
aldeias da redondeza. Como Jesus vai reagir?
Marcos descreve graficamente sua atuação: os discípulos têm que aprender como devem
tratar o povo; nas comunidades cristãs vai-se recordar como era Jesus com essas pessoas
perdidas no anonimato, com as quais ninguém se preocupa. “Ao desembarcar, Jesus viu a
multidão, comoveu-se porque eram como ovelhas sem pastor, e se pôs a ensiná-las com calma.”
A primeira coisa que o evangelista destaca é o olhar de Jesus. Não se irrita porque
interromperam seus planos. Olha-as detidamente e se comove. O povo nunca o atrapalha. Seu
coração intui a desorientação e o abandono em que se encontram os camponeses daquelas
aldeias.
Na Igreja, temos que aprender a olhar o povo como o olhava Jesus: captando o sofrimento, a
solidão, o desconcerto, o abandono que sofrem muitos e muitas. A compaixão não brota da
atenção às normas ou à repetição de nossas obrigações. Ela desperta em nós quando olhamos
atentamente aos que sofrem.
A partir desse olhar, Jesus descobre a necessidade mais profunda daquelas pessoas: “estão
como ovelhas sem pastor.” O ensinamento que recebem dos mestres e letrados da Lei não lhes
oferece o alimento de que necessitam. Vivem sem que ninguém cuide realmente delas. Não têm
um pastor que as guie e defenda.
Movido pela compaixão, Jesus põe-se a “ensiná-las com calma”. Sem pressa, dedica-se
pacientemente a ensinar-lhes a Boa Notícia de Deus e seu projeto humanizador do Reino. Não o
faz por obrigação. Não pensa em si mesmo. Comunica-lhes a Palavra de Deus, comovido pela
necessidade que têm de um pastor.
Não podemos permanecer indiferentes diante de tanta gente que, dentro de nossas
comunidades cristãs, vive buscando um alimento mais sólido do que o que recebe. Não podemos
aceitar como normal a desorientação religiosa dentro da Igreja. Temos que reagir de maneira
lúcida e responsável. Não poucos cristãos buscam ser mais bem alimentados. Precisam de
pastores que lhes transmitam o ensinamento de Jesus.
100
95
75
O Minuto do Concílio
“Enquanto na Beatíssima Virgem a Igreja já atingiu a perfeição, que a torna sem mancha e sem
ruga (cf. Ef 5,27), os cristãos ao invés ainda se esforçam para crescer em santidade vencendo o
pecado.” (Lumen gentium 65)
72
25
5
0
Testemunhas do Reino: Yamilet Sequiera Cuarte (Nicarágua, 1983).
Datas comemorativas: Fuzilamento do imperador Itúribe (México, 1824). Dia da Caridade;
Dia Nacional do Futebol; Dia da Junta Comercial.
ABC DO CRISTIANISMO
[1] Dei Verbum. É uma das quatro Constituições do Concílio Vaticano II. Trata da revelação divina
em suas duas expressões – a Tradição e a Escritura – em sua igual dignidade, diferença e relações.
Literalmente, “Dei Verbum” significa “Palavra de Deus”. Algumas coisas que a Dei Verbum ensina.
1) Cristo é a plenitude da revelação de Deus – “Depois de ter falado muitas vezes e de muitos modos
pelos profetas, falou-nos Deus nestes nossos dias, que são os últimos, através de Seu Filho (Hb 1,1-2).
Com efeito, enviou o Seu Filho, isto é, o Verbo eterno, que ilumina todos os homens, para habitar entre
os homens e manifestar-lhes a vida íntima de Deus (cf. Jo 1,1-18).” (DV 4) 2) A resposta à revelação é a
fé – “A Deus que revela é devida a «obediência da fé» (Rm 16,26; cf. Rm 1,5; 2Cor 10,5-6); pela fé, o
homem entrega-se total e livremente a Deus oferecendo «a Deus revelador o obséquio pleno da
inteligência e da vontade» e prestando voluntário assentimento à Sua revelação.” (DV 5) 3) A inspiração
não elimina a plena atuação do autor humano – “para escrever os livros sagrados, Deus escolheu e
serviu-se de homens na posse das suas faculdades e capacidades, para que, agindo Ele neles e por
eles, pusessem por escrito, como verdadeiros autores, tudo aquilo e só aquilo que Ele queria.” (DV 11)
4) Os evangelistas ora escolheram, ora sintetizaram, ora desenvolveram as informações que receberam
sobre Jesus – ” Os autores sagrados, porém, escreveram os quatro Evangelhos, escolhendo algumas
coisas entre as muitas transmitidas por palavra ou por escrito, sintetizando umas, desenvolvendo
outras, segundo o estado das igrejas, conservando, finalmente, o caráter de pregação, mas sempre de
maneira a comunicar-nos coisas autênticas e verdadeiras acerca de Jesus”. (DV 19) 5) A Igreja venera e
se submete às Sagradas Escrituras – “A Igreja venerou sempre as divinas Escrituras como venera o
próprio Corpo do Senhor, não deixando jamais, sobretudo na sagrada Liturgia, de tomar e distribuir aos
fiéis o pão da vida, quer da mesa da palavra de Deus quer da do Corpo de Cristo. Sempre as considerou,
e continua a considerar, juntamente com a sagrada Tradição, como regra suprema da sua fé; elas, com
efeito, inspiradas como são por Deus, e exaradas por escrito duma vez para sempre, continuam a darnos imutavelmente a palavra do próprio Deus, e fazem ouvir a voz do Espírito Santo através das palavras
dos profetas e dos Apóstolos.” (DV 21) É uma das quatro Constituições do Concílio Vaticano II. Trata da
revelação divina em suas duas expressões – a Tradição e a Escritura – em sua igual dignidade, diferença
e relações. Literalmente, “Dei Verbum” significa “Palavra de Deus”.
Dia 20 de Julho - Segunda-feira da 16ª Semana do Tempo Comum
Santos do dia: Justa e Rufina de Sevilha (século III); Arsênio Magno do Egito (355-445);
Bernoldo de Utrecht (+1054).
100
95
20
SEGUNDA-FEIRA DA 16ª SEMANA DO TEMPO COMUM
75
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
Antífona da entrada
É Deus quem me ajuda, é o Senhor quem
25
defende a minha vida. Senhor, de todo o
coração hei de vos oferecer o sacrifício, e dar
graças ao vosso nome, porque sois bom.
5
73
0
Dia 20 de Julho - Segunda-feira da 16ª Semana do Tempo Comum
74
Oração do dia
Ó Deus, sede generoso para com os vossos
filhos e filhas e multiplicai em nós os dons da
vossa graça, para que, repletos de fé, esperança
e caridade, guardemos fielmente os vossos
mandamentos.
Primeira leitura - Ex 14,5-18
Leitura do Livro do Êxodo
Naqueles dias: 5 Foi anunciado ao rei dos
egípcios que o povo tinha fugido. Então,
mudaram-se contra ele os sentimentos do
Faraó e dos seus servos, os quais disseram:
"Que fazemos? Como deixamos Israel escapar,
privando-nos assim dos seus serviços?" 6 O
Faraó mandou atrelar o seu carro e levou
consigo o seu povo. 7 Tomou seiscentos carros
escolhidos e todos os carros do Egito, com os
respectivos escudeiros. 8 O Senhor endureceu o
coração do Faraó, rei do Egito, que foi no
encalço dos filhos de Israel, enquanto estes
tinham saído de braço erguido. 9 Os egípcios
perseguiram os filhos de Israel com todos os
cavalos e carros do Faraó, seus cavaleiros e seu
exército, e encontraram-nos acampados junto
do mar, perto de Fiairot, defronte de BeelSefon. 10 Como o Faraó se aproximasse,
levantando os olhos, os filhos de Israel viram os
egípcios às suas costas. Aterrorizados, eles
clamaram ao Senhor. 11 E disseram a Moisés:
"Foi por não haver sepulturas no Egito que tu
nos trouxeste para morrermos no deserto? De
que nos valeu ter sido tirados do Egito? 12 Não
era isso que te dizíamos lá: 'Deixa-nos em paz
servir os egípcios?' Porque era muito melhor
servir aos egípcios do que morrer no deserto".
13
Moisés disse ao povo: "Não temais! Permanecei firmes, e vereis o que o Senhor fará hoje
para vos salvar; os egípcios que hoje estás
vendo, nunca mais os tornareis a ver. 14 O
Senhor combaterá por vós, e vós, ficai
tranquilos". 15 O Senhor disse a Moisés: "Por
que clamas a mim por socorro? Dize aos filhos
de Israel que se ponham em marcha. 16 Quanto a
ti, ergue a vara, estende o braço sobre o mar e
divide-o, para que os filhos de Israel caminhem
em seco pelo meio do mar. 17 De minha parte,
endurecerei o coração dos egípcios, para que
sigam atrás deles, e eu serei glorificado às
custas do Faraó, e de todo o seu exército, dos
seus carros e cavaleiros. 18 E os egípcios
saberão que eu sou o Senhor, quando eu for
glorificado às custas do Faraó, dos seus carros
e cavaleiros". - Palavra do Senhor.
Salmo responsorial - Ex 15
R. Ao Senhor quero cantar, pois fez
brilhar a sua glória!
1. Ao Senhor quero cantar, pois fez brilhar
a sua glória: precipitou no Mar Vermelho o
Cavalo e o cavaleiro! O Senhor é minha força, é
a razão do meu cantar, pois foi ele neste dia para
mim libertação! Ele é meu Deus e o louvarei,
Deus de meu pai e o honrarei. R.
2. O Senhor é um Deus guerreiro, o seu
nome é "Onipotente": os soldados e os carros
do Faraó jogou no mar. R.
3. Vagalhões os encobriam: mergulharam
nas profundezas como pedra. Tua destra,
Senhor, destroça o inimigo. R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Oxalá ouvísseis hoje a sua voz, não
fecheis os corações como em Meriba! R.
Evangelho - Mt 12,38-42
Escribas e fariseus querem um sinal. Um
sinal divino que os obrigue a crer. Isso Deus não
fará jamais. Ele é livre; nós somos livres; e a fé é
um ato livre. Aliás, sinais não faltam. Para quem
é capaz de ler, tudo é sinal de Deus; para quem
não sabe ler o livro da natureza e o livro da
história, a Sagrada Escritura é paciente escola
de leitura; mas, para quem não quer ler,
100
95
75
25
5
0
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo: 38 Alguns mestres da Lei e
fariseus disseram a Jesus: "Mestre, queremos
ver um sinal realizado por ti". 39 Jesus
respondeu-lhes: "Uma geração má e adúltera
busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será
dado, a não ser o sinal do profeta Jonas. 40 Com
efeito, assim como Jonas esteve três dias e três
noites no ventre da baleia, assim também o
Filho do Homem estará três dias e três noites no
seio da terra. 41 No dia do juízo, os habitantes de
Nínive se levantarão contra essa geração e a
condenarão, porque se converteram diante da
pregação de Jonas. E aqui está quem é maior do
que Jonas. 42 No dia do juízo, a rainha do Sul se
levantará contra essa geração, e a condenará,
porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão. E aqui está quem é maior
do que Salomão". - Palavra da Salvação.
escapar à fúria dos perseguidores, pelos que
dão coragem aos que estão no limite de suas
forças, e pelos que creem que Deus é mais forte
do que os tiranos, rezemos, irmãos e irmãs.
3. Pelos que veem o dedo de Deus na
história humana, pelos que anunciam a grande
libertação que Ele nos traz e pelos que creem
que Ele vencerá quantos se Lhe opõem,
rezemos, irmãos e irmãs.
4. Pelas vítimas da intolerância religiosa,
pelos que são impedidos de prestar culto ao
Deus vivo e pelos que são maltratados por se
declararem por Jesus, rezemos, irmãos e irmãs.
5. Pelos que, nas paróquias e comunidades, escutam a Palavra e se convertem, pelos
que se arrependem dos seus pecados e pelos
que nunca se cansam de ouvir Jesus, rezemos,
irmãos e irmãs.
Senhor, nosso Deus, acolhei as nossas
súplicas e tornai-nos verdadeiros discípulos e
discípulas do vosso Filho. Ele que é Deus
convosco na unidade do Espírito Santo.
Dia 20 de Julho - Segunda-feira da 16ª Semana do Tempo Comum
nenhum sinal é suficiente.
Oração sobre as oferendas
Prece dos fiéis
O maior sinal de que Jesus veio de Deus é a
sua Ressurreição de entre os mortos. Peçamos
ao Pai que ilumine e fortaleça nossa fé na
ressurreição do seu bem-amado Filho, dizendo:
Ouvi-nos, Senhor.
1. Pelos fiéis levados aos tribunais por
serem cristãos, pelos que são difamados de
blasfemar contra outros crentes e pelos que
professam a sua fé no Ressuscitado, rezemos,
irmãos e irmãs.
2. Pelos que ainda hoje conseguem
Ó Deus, que no sacrifício da cruz, único e
perfeito, levastes à plenitude os sacrifícios da
Antiga Aliança, santificai, como o de Abel, o
nosso sacrifício, para que os dons que cada um
trouxe em vossa honra possam servir para a
salvação de todos.
Oração depois da comunhão
Ó Deus, permanecei junto ao povo que
iniciastes nos sacramentos do vosso reino,
para que despojando-nos do velho homem,
passemos a uma vida nova.
100
95
SANTO APOLINÁRIO, Bispo, Mártir
75
MEMÓRIA FACULTATIVA (Cor vermelha - Ofício da memória)
(Missa: mártires - 744 s.)
Oração do dia
Dirigi os vossos fiéis, ó Deus, para o cami-
25
nho da eterna salvação, que o bem-aventurado
bispo Apolinário mostrou pela doutrina e pelo
martírio, e fazei com que nós, graças à sua
5
75
0
Dia 20 de Julho - Segunda-feira da 16ª Semana do Tempo Comum
intercessão, perseveremos de tal modo nos
vossos mandamentos que mereçamos ser com
E
ele coroados.
A Semente na Terra - Mt 12,38-42
scribas e fariseus querem ver um sinal. Querem um sinal do céu, claro, inquestionável,
incontrastável (Mc 8,11). Afinal, um sinal divino (como eles o entendem!) que os
obrigue a crer. Isso Deus não fará jamais. Deus é livre, e nós, sua imagem, somos livres
também. Deus não obriga ninguém, pois a fé é um ato de suprema liberdade. Aliás, sinais não
faltam. Para quem é capaz de ler, tudo é sinal de Deus; para quem não sabe ler (na natureza e na
história), a Escritura é paciente escola de leitura; agora, para quem não quer ler, nenhum sinal é
suficiente.
- Já Israel, no deserto, pedira um sinal, para saber se “o Senhor está ou não no meio de
nós” (Ex 17,7). Pedir sinais é sinal de desconfiança no outro e de insegurança em si próprio. E
multiplicar os sinais nunca é suficiente para vencer a desconfiança ou a insegurança. É como
beber água salgada: quanto mais você bebe, mais sede você tem. As atitudes, as ações e as
palavras de Jesus são claras para quem é bem disposto. Para quem, porém, é indisposto, são
claros motivos para recusá-lo ainda mais. Por isso, quem pede sempre mais sinais, sem acolher o
que eles significam, é como alguém que, em viagem, vai recolhendo os sinais estradais ao invés
de seguir as suas indicações. É preciso ir além dos sinais, colhendo o significado e acolhendo a
fonte dos sinais!
- Deus se compraz em dar sinais a quem não os procura nem os pretende, mas procura a
Ele de coração sincero: “Pois ele se deixa encontrar por aqueles que não o tentam, e se manifesta
para aqueles que não recusam acreditar nele” (Sb 1,2). Seus sinais não são gestos de poder e
grandeza (Jo 4,1-11), que não levariam a Ele, mas de fraqueza e pequenez, como convém ao
amor. Ao nascer, mostrou-se aos pastores como “menino” pequeno, enfaixado, friorento (Lc
2,12); ao morrer, mostrou-se no “sinal do Filho do Homem” (Lc 24,30), amaldiçoado, entre
criminosos, abandonado por todos. É próprio do amor se tornar como o amado. O amor se abaixa
para acolher e ser acolhido. O amor não se levanta, para não ser abatido. Por isso, quem procura
sinais imponentes – grandiosos, fascinantes, tremendos (Dn 2,31) – não está procurando Deus;
está construindo um ídolo!
- O sinal de Jonas é extremamente conveniente para a revelação de Jesus. Jonas é profeta
em dois sentidos: revela a resistência do homem a Deus e a misericórdia de Deus por todos. A
quem não aceita o seu dom e lhe tira a vida, o Senhor dá como sinal o dom de si, a própria vida. A
cruz torna-se sinal. A cruz é o “Seu” sinal. É a resposta divina à provocação humana. O
levantamento da cruz é o abaixamento de Deus! Na cruz, Deus se “ex-prime”, quer dizer, espreme
para fora (perdoem os hifens e os excessos explicativos!) a sua essência escondida. Deus – essa
é a mensagem que a Cruz anuncia – é só e totalmente Amor que se doa e se entrega sem
condições.
- Jonas, que fica três dias e três noites no ventre do peixe, é profecia do Filho do Homem,
que entrou no ventre da terra. Quem não crê em Jesus, quem não abre a mão para acolher o seu
dom, quem não quer reconhecê-lo apesar de toda evidência, acaba eliminando-o (v. 14) e, com
isso, pecando contra o Espírito Santo (v. 31ss.), mas justamente para este – que não aceita
nenhum dos sinais – Jesus dá o sinal de Jonas: a sua vida. Em Jesus, está alguém que é maior que
Jonas: se Jonas é o profeta da misericórdia, Jesus é a própria misericórdia.
100
95
75
25
5
76
0
“O culto a Maria difere essencialmente do culto de adoração que se presta ao
Verbo encarnado e igualmente ao Pai e ao Espírito Santo.” (Lumen
Santos do dia: Elias (século IX a.C.). Margarete (Marina) de Antioquia (+305). Lucano de
Säben (IV/V século). Wulmar de Samer (+710). Bernardo de Hildesheim (1090-1153).
Testemunhas do Reino: Massacre de Coyá [trezentos mortos, entre mulheres, idosos e
crianças] (Guatemala, 1981).
Datas comemorativas: Carta Real ordena pôr em liberdade todos os índios vendidos como
escravos na Península Ibérica (1500). Independência da Colômbia (1810). Assassinato de Doroteo
Arango (Pancho Villa, México, 1923). Chegada dos Primeiros Homens à Lua (1969). Dia
Internacional da Amizade; Dia do Amigo.
21
TERÇA-FEIRA DA 16ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
Antífona da entrada
É Deus quem me ajuda, é o Senhor quem
defende a minha vida. Senhor, de todo o
coração hei de vos oferecer o sacrifício, e dar
graças ao vosso nome, porque sois bom.
Oração do dia
Ó Deus, sede generoso para com os vossos
filhos e filhas e multiplicai em nós os dons da
vossa graça, para que, repletos de fé, esperança
e caridade, guardemos fielmente os vossos
mandamentos.
Leitura - Ex 14,21 – 15,1
Leitura do Livro do Êxodo
21
Naqueles dias: Moisés estendeu a mão
sobre o mar, e durante toda a noite o Senhor fez
soprar sobre o mar um vento leste muito forte; e
as águas se dividiram. 22 Então, os filhos de
Israel entraram pelo meio do mar a pé enxuto,
enquanto as águas formavam como que uma
muralha à direita e à esquerda. 23 Os egípcios
puseram-se a persegui-los, e todos os cavalos
do Faraó, carros e cavaleiros os seguiram mar
adentro. 24 Ora, de madrugada, o Senhor lançou
um olhar, desde a coluna de fogo e da nuvem,
sobre as tropas egípcias e as pôs em pânico.
25
Bloqueou as rodas dos seus carros, de
modo que só a muito custo podiam avançar.
Disseram, então, os egípcios: "Fujamos de
Israel! Pois o Senhor combate a favor deles,
contra nós". 26 O Senhor disse a Moisés:
"Estende a mão sobre o mar, para que as águas
se voltem contra os egípcios, seus carros e
cavaleiros". 27 Moisés estendeu a mão sobre o
mar e, ao romper da manhã, o mar voltou ao seu
leito normal, enquanto os egípcios, em fuga,
corriam ao encontro das águas, e o Senhor os
mergulhou no meio das ondas. 28 As águas
voltaram e cobriram carros, cavaleiros e todo o
exército do Faraó, que tinha entrado no mar em
perseguição de Israel. Não escapou um só.
29
Os filhos de Israel, ao contrário, tinham
passado a pé enxuto pelo meio do mar, cujas
águas lhes formavam uma muralha à direita e à
esquerda. 30 Naquele dia, o Senhor livrou Israel
da mão dos egípcios, e Israel viu os egípcios
mortos nas praias do mar, 31 e a mão poderosa
do Senhor agir contra eles. O povo temeu o
Senhor, e teve fé no Senhor e em Moisés, seu
Dia 21 de Julho - Terça-feira da 16ª Semana do Tempo Comum
O Minuto do Concílio
100
95
75
25
5
77
0
Dia 21 de Julho - Terça-feira da 16ª Semana do Tempo Comum
servo. 15,1 Então, Moisés e os filhos de Israel
cantaram ao Senhor este cântico: - Palavra do
Senhor.
Cântico - Ex 15,8-9.10 e 12.17
R. Ao Senhor quero cantar, pois fez
brilhar a sua glória!
1. Ao soprar a vossa ira amontoaram-se as
águas, levantaram-se as ondas e formaram uma
muralha, e imóveis se fizeram, em meio ao mar,
as grandes vagas. O inimigo tinha dito: "Hei de
segui-los e alcançá-los! Repartirei os seus
despojos e minh'alma saciarei; arrancarei da
minha espada e minha mão os matará!" R.
2. Mas soprou o vosso vento, e o mar os
recobriu; afundaram como chumbo entre as
águas agitadas. Estendestes vossa mão, e a
terra os devorou; R.
3. Vós, Senhor, o levareis e o plantareis em
vosso Monte, no lugar que preparastes para a
vossa habitação, no Santuário construído pelas
vossas próprias mãos. R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Quem me ama, realmente, guardará
minha palavra e meu Pai o amará e a ele nós
viremos. R
Evangelho - Mt 12,46-50
É difícil entender a relação de Jesus com
sua mãe. Mãe, discípula, irmã? Durante seu
ministério público, vai se formando uma nova
família. Maria não está fora, ao contrário. É Mãe
porque filha obediente do Pai; é discípula do seu
próprio filho; é irmã de todos os que pela fé são
gerados no Filho.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
ficaram do lado de fora, procurando falar com
ele. 47 Alguém disse a Jesus: "Olha! Tua mãe e
teus irmãos estão aí fora, e querem falar
contigo". 48 Jesus perguntou àquele que tinha
falado: "Quem é minha mãe, e quem são meus
irmãos?" 49 E, estendendo a mão para os
discípulos, Jesus disse: "Eis minha mãe e
meus irmãos. 50 Pois todo aquele que faz a
vontade do meu Pai, que está nos céus, esse
é meu irmão, minha irmã e minha mãe".
- Palavra da Salvação.
Prece dos fiéis
Jesus não corta os laços familiares, mas
chama mãe e irmãos aos que fazem a vontade
de seu Pai que está nos Céus. Peçamos a Deus
que nos ensine a ser seus filhos e filhas do Pai
misericordioso, dizendo: Deus de bon-dade,
ouvi-nos.
1. Pela Igreja, que o Senhor Jesus nos deu
por mãe e por todos aqueles a quem Ele chama
seus irmãos e irmãs por fazerem a vontade de
seu Pai que está nos Céus, rezemos ao Senhor.
2. Pelos que têm autoridade em todo o
mundo, pelos que trabalham pela paz e pela
concórdia e pelos que respeitam a vida humana
do início no ventre da mãe ao seu fim natural,
rezemos ao Senhor.
3. Pelos que o Senhor já libertou da
escravidão, pelos que libertará e fará voltar às
suas terras e pelos que cantam os louvores
desta vitória, rezemos ao Senhor.
4. Pelos índios e negros que sofreram e
sofrem injustiças, pelos milhares de escravos
que continuam a existir e pelas vítimas das
novas formas de escravidão, rezemos ao
Senhor.
5. Pela comunidade na qual estamos
inseridos, pelos que estão crescendo na fé
através da catequese, pelos pais e catequistas
que se dão as mãos no difícil trabalho da
evangelização das crianças, adolescentes e
jovens, rezemos ao Senhor.
100
95
75
25
46
Naquele tempo: Enquanto Jesus estava
falando às multidões, sua mãe e seus irmãos
78
Deus, nosso Pai, que em Jesus, vosso Filho,
5
0
trouxe em vossa honra possam servir para a
salvação de todos.
Oração depois da comunhão
Oração sobre as oferendas
Ó Deus, que no sacrifício da cruz, único e
perfeito, levastes à plenitude os sacrifícios da
Antiga Aliança, santificai, como o de Abel, o
nosso sacrifício, para que os dons que cada um
Ó Deus, permanecei junto ao povo que
iniciastes nos sacramentos do vosso reino,
para que despojando-nos do velho homem,
passemos a uma vida nova.
SÃO LOURENÇO DE BRÍNDISI, Presbítero, Doutor
MEMÓRIA FACULTATIVA (Cor branca - Ofício da memória)
(Missa: pastores - p. 756; ou doutores - p. 764)
Oração do dia
Ó Deus, que, para a vossa glória e a
salvação dos homens, destes a São Lourenço
O
de Bríndisi o espírito de conselho e fortaleza,
concedei-nos, pelo mesmo espírito, conhecer
o que devemos praticar e, por suas preces,
realizá-lo.
Dia 21 de Julho - Terça-feira da 16ª Semana do Tempo Comum
nos chamais filhos e filhas, fazei-nos viver cada
dia em ação de graças. Por Cristo, nosso
Senhor.
A Semente na Terra - Mt 12,46-50
clímax do Evangelho de hoje é a palavra de Jesus: “Eis minha mãe e meus irmãos...”. É a
palavra que Jesus diz, apontando sua mão para aqueles que estenderão a mão para
comer do seu pão, que é fazer a vontade de Deus (cf. Jo 4,34).
- Em cada um desses versículos se fala de mãe e irmão, enquanto, no último, se fala
também de irmã de Jesus. Falam de mãe e irmão o narrador Mateus, um personagem anônimo, e
– três vezes – o próprio Jesus. Tudo conflui para o tema da “consanguinidade” com Jesus,
assunto que deve ter sido importante nos primórdios do cristianismo.
- O tom de Marcos – seria interessante ler Mc 3,20-25 – refere o episódio com outro tom de
voz: é o clímax da crise. Mateus faz outra leitura do mesmo episódio: é a conclusão positiva de
dois capítulos de crise.
- Jesus nos leva ao conhecimento e ao amor recíprocos entre Pai e Filho (Mt 11,25-30). O
dom sublime que nos contagia supera toda expectativa, inclusive a do Batista (Mt 11,2-25). A sua
geração não o entende (Mt 11,16-24), os fariseus tomam a decisão de eliminá-lo (Mt 12,14),
acusam-no de cumplicidade com satanás (12,24) e exigem sinais (12,38ss.). Até os seus
consideram-no louco (Mc 3,21). Mateus, o escriba que medeia entre opostos extremismos,
despreza esse particular negativo e mostra positivamente quem é discípulo de Jesus: alguém que
faz parte da família de Jesus, por fazer a sua vontade!
- Com essa operação, os dois capítulos se encerram com uma abertura positiva: Jesus não
está mais sozinho. Os parentes carnais são substituídos por parentes espirituais. À parentela da
carne sucede a parentela do Espírito.
- Duas décadas depois da morte de Jesus, o escriba Paulo vai universalizar o episódio:
“Ainda que tenhamos conhecido Cristo segundo a carne, agora não o conhecemos mais assim”
(2Cor 5,16). Fica para trás a família da Lei; nasce a família do Filho, com mãe, irmãs e irmãos. Se,
100
95
75
25
5
79
0
Dia 22 de Julho - Quarta-feira - Santa Maria Madalena - Memória
em Marcos, tinha-se a impressão que até a mãe ficava fora, aqui, na nova família, embora
nomeada por último (v. 50), a Mãe ocupa o primeiro lugar (cf. dois primeiros capítulos do
Evangelho). É a primeira a ser chamada, a primeira a dizer “sim”, a primeira a acolher Jesus em
sua vida, a primeira a adorá-lo, a primeira a protegê-lo da fúria de Herodes e a reconduzi-lo a
Nazaré.
O Minuto do Concílio
“O Sacrossanto Sínodo exorta os teólogos e os pregadores da palavra divina a que, na
consideração da singular dignidade da Mãe de Deus, se abstenham de todo falso exagero
quanto da demasiada estreiteza de espírito.” (Lumen gentium 67)
Santos do dia: Daniel (século VII/VI a.C.); Praxedes e Prudenciana (século I-II); Arbogasto de
Estrasburgo (+618); Stilla (Estela) de Abenberg (século XI-XII); Lourenço de Bríndisi (1559-1619).
Testemunhas do Reino: Wilson de Souza Pinheiro (Brasil, 1980). Sérgio Alejandro Ortiz
(Guatemala, 1984). Alejandro Labaca e Inés Arango (Equador, 1987).
Datas comemorativas: Dia dos Mortos da Marinha; Dia Nacional da Bélgica.
22
QUARTA-FEIRA - SANTA MARIA MADALENA - Memória
(Cor branca - Ofício próprio da memória)
É sempre a primeira a ser mencionada nas
listas das mulheres discípulas (cf. Mc 15,4041.47; 16,1; Mt 27,55-56.61; 28,1; Lc 8,2-3;
24,10). Parece estar à frente de um grupo de
mulheres que seguiram e serviram a Jesus
desde o início do ministério público, e que não
se dispersaram depois. Mateus e Marcos só
falam delas depois da morte de Jesus, mas
Lucas menciona a sua existência, ao lado do
grupo dos Doze, durante o ministério na Galileia
(cf. Lc 8,1-3). A Madalena – originária da
cidade de Mágdala – era uma das mulheres que
assistiam Jesus com seus próprios bens e que
tinham sido “curadas de espíritos maus e de
enfermidades”. Por isso, Marcos vai dizer que
dela tinham saído “sete demônios” (cf. Mc
16,2). Foi testemunha da morte de Jesus (cf.
Mc 15,40-41.47; Mt 27,55-56.61; Lc
23,49.55-56; Jo 19,25) e do túmulo vazio (cf.
Mc 16,1-6. Mt 28,1.6; Lc 24,1-3.10; Jo 20,120). Recebe a mensagem do anjo após a
80
ressurreição (cf. Mc 16,6-7; Mt 28,5-9; Lc
24,4-10). Segundo João, Maria Madalena é
testemunha da primeira aparição do
Ressuscitado (cf. Jo 20,11-18; v. 17.18). Em
alguns apócrifos (Evangelho de Felipe, por
exemplo), é descrita como um apóstolo e
compete com ninguém menos que Pedro em
receber de Jesus ressuscitado as revelações a
serem transmitidas aos demais discípulos. Na
Idade Média, essas mulheres – Madalena à
frente – são chamadas de “apóstolas dos
apóstolos”. Vieira, nosso célebre orador
colonial, ainda o testemunha: “E se eu agora
dissesse que nesta conquista, assim como os
homens fazem ofício de apóstolos na
campanha, assim o podem fazer as mulheres
em suas casas? Diria o que já disseram grandes
autores: eles na campanha trazendo almas para
a Igreja fazem ofício de apóstolos; e elas em
suas casas, doutrinando seus escravos e
escravas, fazem ofícios de apóstolas. Não é o
nome nem a gramática minha; é do doutíssimo
100
95
75
25
5
0
Antífona da entrada
O Senhor disse a Maria Madalena: Vai a
meus irmãos e anuncia-lhes: Subo a meu Pai e
vosso Pai, a meu Deus e vosso Deus.
- Palavra do Senhor.
Ou:
Leitura - 2Cor 5,14-17
Leitura da Segunda Carta de São Paulo
aos Coríntios
Irmãos: 14 O amor de Cristo nos pressiona,
pois julgamos que um só morreu por todos, e
que, logo, todos morreram. 15 De fato, Cristo
morreu por todos, para que os vivos não vivam
mais para si mesmos, mas para aquele que por
eles morreu e ressuscitou. 16 Assim, doravante,
não conhecemos ninguém conforme a natureza
humana. E, se uma vez conhecemos Cristo
segundo a carne, agora já não o conhecemos
assim. 17 Portanto, se alguém está em Cristo, é
uma criatura nova. O mundo velho desapareceu. Tudo agora é novo. - Palavra do
Senhor.
Dia 22 de Julho - Quarta-feira - Santa Maria Madalena - Memória
Salmeirão, o qual chamou às Marias: Apostolorum apostolae: apóstolas dos Apóstolos. E
por quê? Porque lhes anunciaram o mistério da
Ressurreição de Cristo”(A. Vieira, Sermão do
Espírito Santo). Maria Madalena, aliás, não tem
nada a ver com a pecadora que lavou os pés de
Jesus na casa de Simão e o enxugou com seus
cabelos (cf. Lc 7,36ss.) nem com Maria de
Betânia (Lc 10,39-42). Nos Evangelhos, há
muitas Marias e é necessário distinguir bem
uma da outra – o que nem sempre é fácil –
sobretudo quando o perfume provoca maresia
na cabeça dos leitores! Os Apócrifos – que
certamente têm algo a oferecer também para
nos ajudar a compreender a figura da Madalena
- e o sexismo contribuíram para confundir as
coisas.
Salmo responsorial - Sl 62
Oração do dia
Ó Deus, o vosso Filho confiou a Maria
Madalena o primeiro anúncio da alegria
pascal; dai-nos, por suas preces e a seu
exemplo, anunciar também que o Cristo vive e
contemplá-lo na glória de seu reino.
Leitura - Ct 3,1-4a
Leitura do Livro do Cântico dos
Cânticos
1
Eis o que diz a noiva: Em meu leito, durante
a noite, busquei o amor de minha vida:
procurei-o, e não o encontrei. 2 Vou levantar-me
e percorrer a cidade, procurando pelas ruas e
praças, o amor de minha vida: procurei-o, e não
o encontrei. 3 Encontraram-me os guardas que
faziam a ronda pela cidade. "Vistes por ventura
o amor de minha vida?" 4a E logo que passei
por eles, encontrei o amor de minha vida.
R. A minh'alma tem sede de vós,
Senhor!
1. Sois vós, ó Senhor, o meu Deus! Desde
a aurora ansioso vos busco! A minh'alma tem
sede de vós, minha carne também vos deseja,
como terra sedenta e sem água! R.
2. Venho, assim, contemplar-vos no templo, para ver vossa glória e poder. Vosso amor
vale mais do que a vida: e por isso meus lábios
vos louvam. R.
3. Quero, pois vos louvar pela vida, e
elevar para vós minhas mãos! A minh'alma será
saciada, como em grande banquete de festa;
cantará a alegria em meus lábios, ao cantar para
vós meu louvor! R.
4. Para mim fostes sempre um socorro; de
vossas asas à sombra eu exulto! Minha alma se
agarra em vós; com poder vossa mão me
sustenta. R.
100
95
75
25
5
81
0
Dia 22 de Julho - Quarta-feira - Santa Maria Madalena - Memória
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Responde-nos, ó Maria no teu caminho
o que havia? "Vi Cristo ressuscitado, o túmulo
abandonado!" R.
Evangelho - Jo 20,1-2.11-18
Das várias mulheres de que falam os
Evangelhos, depois da Mãe de Jesus, Maria
Madalena é a maior. De acordo com João, a
Madalena foi a única a quem Jesus apareceu.
Ela se torna, assim, figura do perfeito/a
discípulo/a de Jesus. Esteve aos pés da Cruz, a
árvore onde o Esposo a despertou. A Madalena
é a Esposa, cativada pelo amor apaixonado do
Esposo. Depois que O viu levantado na cruz, O
procura no seio da terra. O Jardim onde O
puseram é, agora, a sua casa. É aí que Ele vem
ao seu encontro e faz dela o primeiro Apóstolo.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo João
1
No primeiro dia da semana, Maria
Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de
madrugada, quando ainda estava escuro, e viu
que a pedra tinha sido retirada do túmulo.
2
Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão
Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus
amava,e lhes disse: "Tiraram o Senhor do
túmulo, e não sabemos onde o colocaram".
11
Maria estava do lado de fora do túmulo,
chorando. Enquanto chorava, inclinou-se e
olhou para dentro do túmulo. 12 Viu, então, dois
anjos vestidos de branco, sentados onde tinha
sido posto o corpo de Jesus, um à cabeceira e
outro aos pés. 13 Os anjos perguntaram: "Mulher,
por que choras?" Ela respondeu: "Levaram o
meu Senhor e não sei onde o colocaram".
14
Tendo dito isto, Maria voltou-se para trás e viu
Jesus, de pé. Mas não sabia que era Jesus.
15
Jesus perguntou-lhe: "Mulher, por que
choras? A quem procuras?" Pensando que era o
jardineiro, Maria disse: "Senhor, se foste tu que
82
o levaste dize-me onde o colocaste, e eu o irei
buscar". 16 Então Jesus disse: "Maria!" Ela
voltou-se e exclamou, em hebraico: "Rabunni"
(que quer dizer: Mestre). 17 Jesus disse: "Não
me segures. Ainda não subi para junto do Pai.
Mas vai dizer aos meus irmãos: subo para junto
do meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso
Deus". 18 Então Maria Madalena foi anunciar aos
discípulos: "Eu vi o Senhor!", e contou o que
Jesus lhe tinha dito. - Palavra da Salvação.
Prece dos fiéis
Iluminados pelo testemunho de Santa Maria
Madalena, a quem Jesus ressuscitado apareceu em primeiro lugar, elevemos as nossas
preces até Deus, dizendo: Dai-nos, Senhor, o
vosso Espírito.
1. Para que a Igreja, animada pelo Espírito
Santo, saiba acolher, como Jesus, as mulheres,
abrindo-lhes espaço em suas comunidades e
instituições, rezemos, irmãos.
2. Para que as mulheres que seguem
Jesus e o servem, a exemplo de Santa Maria
Madalena, saibam sentar-se, como ela, em
frente do sepulcro, rezemos, irmãos.
3. Para que o Pai do Céu faça surgir, na sua
Igreja, homens e mulheres que façam a
experiência do grande amor que Santa Maria
Madalena tinha por Jesus, rezemos, irmãos.
4. Para que o Filho de Deus e de Maria, que
confiou a Madalena o anúncio da alegria pascal,
nos faça contemplar no Céu a sua glória,
rezemos, irmãos.
5. Para que os membros da nossa
assembleia não fujam, como os Apóstolos, ao
verem prender o Senhor, mas permaneçam
junto à cruz como Maria Madalena, rezemos,
irmãos.
Deus, Pai todo-poderoso, que fizestes de
Santa Maria Madalena a primeira testemunha
da ressurreição, dai-nos a graça de anunciar,
como ela, a alegria pascal e de nos dedicarmos
ao serviço da Igreja. Por Cristo, nosso Senhor.
100
95
75
25
5
0
Recebei, ó Pai, as oferendas que vos
apresentamos na festa de santa Maria
Madalena, cuja demonstração de amor vosso
Filho acolheu com misericordiosa bondade.
O
Oração depois da comunhão
Ó Deus, a comunhão nos vossos mistérios
infunda em nós aquele amor perseverante que
levou Maria Madalena a jamais separar-se do
Mestre. Que vive e reina para sempre.
A Semente na Terra - Jo 20,1-2.11-18
s Evangelhos falam de algumas mulheres a quem o Ressuscitado apareceu (cf. Mc 16,1).
João fala só de Maria de Mágdala – por isso, Madalena – e faz dela a figura típica do(a)
discípulo(a). Segundo João, ela esteve aos pés da cruz (19,25; cf. Mc 15,40), a árvore
onde o Esposo a despertou (Ct 8,5b). O seu nome – Maria – lembra Maria de Betânia, a irmã de
Lázaro, que viu a glória de Deus e ungiu com perfumes o corpo de Jesus (11,2; 12,1-8). A
Madalena é a Esposa, cativada pelo amor apaixonado do Esposo. Agora, depois que o viu
levantado na cruz, o procura no seio da terra. Ela não pode abandonar o lugar em que ele, no seu
amor sem limites, chegou. O Jardim onde o puseram é, agora, a sua casa. Segundo Lucas, dela
saíram sete demônios (Lc 8,2): purificada (“exorcizada”) pelo amor, ninguém melhor que ela tem
olhos para ver.
- Ela vem de manhãzinha ao túmulo. Na hora da aurora. Na alvorada do dia. É a hora em que
há luz e trevas. O sol já ilumina o céu, mas ainda não ilumina a terra. Um belo símbolo do mundo
interior da esposa à procura do Esposo: iluminada pela luz do amor, tem medo de não ver o
amado.
- Ele foi posto no sepulcro (19,42). No sepulcro, fora posto também o amigo Lázaro, irmão
das irmãs de Betânia, Marta e a outra Maria (11,34). Todo ser humano ou já foi posto no túmulo
ou, um dia, será posto. Com esta certeza, todos os homens vivem; desta certeza, alguns caem
paralisados. O sepulcro é obra do afeto de quem vive pela pessoa e pelas obras de quem morre.
No mundo dos vivos, resta dos mortos só a recordação de quem os ama.
- Ela vê a pedra rolada. O texto grego insinua a possibilidade de uma progressão na
qualidade do olhar. Nos versículos 1 e 5, aparece o verbo “blépo” (que significa o ato material de
‘olhar’); nos versículos 6, 12 1 14, aparece “theoréo” (que significa olhar detidamente,
‘contemplar’); já nos versículos 8, 18, 18, 25, 17 e 29, o verbo é “oráo” (que é o ‘ver’ próprio da
fé). João sugere que há uma educação dos sentidos – quer dizer, do homem na fragilidade da sua
natureza – para ver o Ressuscitado. Passa-se do olhar ao contemplar, e do contemplar ao ver. É
toda uma caminhada da percepção interior que, finalmente, desemboca na fé.
- A pedra tinha sido retirada. Aquele Jesus que mandara retirar a pedra do sepulcro de
Lázaro (11,39.41), colocado ele próprio no sepulcro, tira definitivamente a pedra que nos separa
da Vida. João, diferentemente de Marcos e Mateus, não diz que essa pedra foi colocada no
sepulcro. Só fala dela agora, quando foi misteriosamente retirada.
- Maria corre, pois a pedra retirada retira dela a única certeza. Onde termina a procura,
começa a expectativa. O sepulcro vazio é a morte da morte. Não há mais o que procurar. Só se
pode aguardar que apareça o Senhor da vida onde desapareceu. Se o grão de trigo jogado na terra
arrebentou a casca que o protegia, há que germinar, levantar-se, crescer, florescer e frutificar
neste mesmo chão!
- Maria já não está só. Com Pedro, que aparece primeiro (porque experimentou por
Dia 22 de Julho - Quarta-feira - Santa Maria Madalena - Memória
Oração sobre as oferendas
100
95
75
25
5
83
0
Dia 22 de Julho - Quarta-feira - Santa Maria Madalena - Memória
primeiro que o que faz um discípulo não é outra coisa senão a fidelidade do Senhor às nossas
infidelidades), João (o discípulo amado: quem viu o amor do Senhor na Cruz e correspondeu a
este amor pode encontrar e ver o Ressuscitado) e Maria (que continua de pé, como aos pés da
cruz: lá, recebendo o amor extremo; aqui, correspondendo ao amor extremo), está a se formar o
núcleo da primeira comunidade que, vendo o Ressuscitado, ressuscita com Ele. A formação da
Igreja atravessa um limiar (= soleira) decisivo.
O Minuto do Concílio
“Com diligência afastem tudo que, por palavras ou por fatos, possa induzir os irmãos separados
ou quaisquer outros em erro acerca da verdadeira doutrina da Igreja” (Lumen gentium 67)
Santos do dia: Maria de Betânia (século I); Maria Madalena (século I); Wando (600+668).
Testemunhas do Reino: Jorge Oscar Adur, Raúl Rodríguez e Carlos di Pietro (Argentina,
1980).
Datas comemorativas: Dia do Cantor Lírico.
ABC DO CRISTIANISMO
[1] Maria Madalena - Num programa religioso de rádio, o comentarista confundiu Maria, irmã de
Lázaro e de Marta, com a Madalena. Ora, “Madalena” quer dizer que ela era originária de Mágdala,
enquanto as irmãs de Lázaro viviam em Betânia. Além disso, a Madalena não era a pecadora da qual
Jesus expulsou sete demônios e que depois se converteu, realizando o mesmo gesto de Maria, irmã de
Lázaro (isto é, derramar bálsamo sobre os pés de Jesus)? É possível esclarecer, nestes episódios, e,
sobretudo, estas figuras tão parecidas, mas não idênticas?
Procuremos enfrentar sinteticamente a questão, na certeza de que, assim, poderemos compreender
como alguns estereótipos anti-femininos não tenham nenhum fundamento evangélico.
Mágdala (em hebraico, a palavra remete a uma “torre”) era uma cidadezinha situada na costa
ocidental do lago de Tiberíades, pano de fundo geográfico da primeira fase da pregação de Jesus, e era
um centro comercial de peixes, tanto que o seu nome grego era Tariqueia (“peixe salgado”). Trazida à luz
a partir de 1971, a antiga Mágdala – que agora ficou cinco metros debaixo das águas do lago – em 1986,
revelou, nas suas proximidades, entre outras coisas, uma barca de oito metros de comprimento do Iº
século d. C., portanto, contemporânea dos barcos usados por Jesus para a navegação no lago. Pois
bem, desta cidade, improvisamente, no capítulo 8 do Evangelho de Lucas emerge uma mulher, ligada
“àquelas mulheres que assistiam Jesus e os seus discípulos com os seus bens” (8,1-3).
O retrato é esboçado com uma única pincelada: “Maria de Mágdala, da qual tinham saído sete
demônios”. O “demônio”, na linguagem evangélica, não é só raiz de um mal moral, mas também físico
que pode tomar conta de uma pessoa. “Sete”, depois, é o número simbólico da plenitude. Não
podemos, então, saber muito sobre o mal grave, moral ou psíquico ou físico, que atingia Maria e que
Jesus havia eliminado. A tradição popular, porém, nos séculos sucessivos, não teve dúvidas e
transformou Maria Madalena numa prostituta. Mas por quê? A resposta deve ser procurada numa
apressada ligação com o contexto, feita também pelo nosso locutor.
No capítulo precedente, o 7, do Evangelho de Lucas, se narra, de fato, a história de uma anônima
“pecadora conhecida naquela [inominada] cidade”. A aplicação foi fácil, mas sem fundamento: esta
84
100
95
75
25
5
0
23
Dia 23 de Julho - Quinta-feira da 16ª Semana do Tempo Comum
“pecadora” pública é Maria de Mágdala, apresentada poucas linhas depois! A ela é atribuída, então,
toda a história contada pelo evangelista. Sabendo da presença de Jesus num banquete em casa de um
fariseu importante, ela fez um gesto de veneração e de amor particularmente apreciado por Jesus: tinha
derramado óleo perfumado sobre os pés do rabi de Nazaré, tinha banhado seus pés com as suas
lágrimas e os tinha enxugado com os seus cabelos.
Fazendo esta “confusão”, preparava-se a segunda transposição do rosto de Maria de Mágdala. É
sabido que, no capítulo 12 de João (VV. 1-8), outra Maria, irmã de Maria e de Lázaro, amigos de Jesus,
faz o mesmo gesto – que, aliás, era sinal de hospitalidade e de exaltação do hóspede – realizado pela
anônima pecadora de Lucas. De fato, durante uma refeição, “borrifou os pés de Jesus com uma libra de
óleo perfumado de nardo verdadeiro muito precioso e os enxuga com os seus cabelos.” É assim que a
tradição – também, neste caso, de maneira apressada – transformou Maria de Mágdala em Maria de
Betânia, que é um subúrbio de Jerusalém!
Por duas vezes a tradição popular faz, portanto, perder as conotações pessoais de Maria de
Mágdala, confundindo-a, primeiro, com uma prostituta – vêm daqui todas as representações “carnais”
da santa na história da arte – e, depois, com a casta e solteira Maria de Betânia.
Mas não terminou. Há uma terceira transformação, menos conhecida, mas mais desconcertante. Os
apócrifos gnósticos das comunidades cristãs do Egito, a partir do IIº século, identificam sem embaraço
e várias vezes a Madalena com Maria, a mãe de Jesus! Identificação sem dúvida nobilíssima, mas que,
mais uma vez, impedia a esta fiel seguidora de Cristo de conservar a sua identidade pessoal.
Por sorte, porém, naquela manhã, no jardim-cemitério próximo ao Gólgota, haverá uma pessoa que
a chamará com o seu nome sem confundi-la com outras. É o Ressuscitado que, entre outras coisas, lhe
confiará a missão de primeira testemunha da ressurreição: “Jesus lhe disse: Maria! Ela se voltou e disse
em hebraico: Rabbuni! – que significa: Mestre! Jesus lhe disse: “Não me prenda, porque ainda não subi
ao Pai; mas vá aos meus irmãos e lhes diga: Subo ao meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus” (Jo
20,16-17).
Jesus, diversamente dos mestres do seu tempo, não teve hesitações em se rodear de mulheres;
diversamente da cultura do Oriente Próximo antigo (e não só...), não tinha tido hesitação em dialogar
com elas, em lhes ensinar, em caminhar com elas. Ao contrário, tinha escolhido justamente as
mulheres, juridicamente incapazes de testemunhar no mundo oriental, como primeiras testemunhas da
sua ressurreição. E entre elas, nos Evangelhos, o primeiro lugar é sempre reservado a ela, a “Maria
Madalena da qual tinham saído sete demônios.” Uma santa “caluniada” e confundida com outras,
portanto, mas também glorificada por ele – isto é, Cristo – no qual, como escreverá o apóstolo Paulo na
Carta aos Gálatas (3,28), “não há mais nem homem nem mulher”, mas todos nEle são uma só pessoa”
(GIANFRANCO RAVASI, 150 risposte ai perché di chi crede e di chi non crede, Mondadori, Milano,
2010, pp. 230-232).
100
QUINTA-FEIRA DA 16ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
95
75
Antífona da entrada
É Deus quem me ajuda, é o Senhor quem
defende a minha vida. Senhor, de todo o
coração hei de vos oferecer o sacrifício, e dar
graças ao vosso nome, porque sois bom.
Oração do dia
Ó Deus, sede generoso para com os vossos
filhos e filhas e multiplicai em nós os dons da
vossa graça, para que, repletos de fé, esperança
e caridade, guardaremos fielmente os vossos
25
5
85
0
Dia 23 de Julho - Quinta-feira da 16ª Semana do Tempo Comum
mandamentos.
Leitura - Ex 19,1-2.9-11.16-20b
Leitura do Livro do Êxodo
1
No dia em que se cumpriam três meses da
saída do Egito, Israel chegou ao deserto do
Sinai. 2 Partindo de Rafidim, chegaram ao
deserto do Sinai, onde acamparam. Israel
armou ali suas tendas, defronte da montanha.
9
E o Senhor falou a Moisés: "Virei a ti numa
nuvem escura, para que o povo ouça quando
falar contigo, e creia sempre em ti". 10 Tendo
Moisés transmitido ao Senhor as palavras do
povo, o Senhor lhe disse: "Vai ao povo e
santifica-os hoje e amanhã. Eles devem lavar as
suas vestes, 11 e estar prontos para o terceiro
dia, pois nesse dia o Senhor descerá diante de
todo o povo sobre a montanha do Sinai".
16
Quando chegou o terceiro dia, ao raiar da
manhã, houve trovões e relâmpagos. Uma
nuvem espessa cobriu a montanha, e um
fortíssimo som de trombetas se fez ouvir. No
acampamento o povo se pôs a tremer. 17 Moisés
fez o povo sair do acampamento ao encontro de
Deus, e eles pararam ao pé da montanha.
18
Todo o monte Sinai fumegava, pois o Senhor
descera sobre ele em meio ao fogo. A fumaça
subia como de uma fornalha, e todo o monte
tremia violentamente. 19 O som da trombeta ia
aumentando cada vez mais. Moisés falava e o
Senhor lhe respondia através do trovão. 20b O
Senhor desceu sobre o monte Sinai e chamou
Moisés ao cume do monte. E Moisés subiu.
- Palavra do Senhor.
2. No templo santo onde refulge a vossa
glória. A vós louvor, honra e glória eternamente!
E em vosso trono de poder vitorioso. A vós
louvor, honra e glória eternamente! R.
3. Sede bendito, que sondais as profundezas. A vós louvor, honra e glória eternamente!
E superior aos querubins vos assentais. A vós
louvor, honra e glória eternamente! R.
4. Sede bendito no celeste firmamento. A
vós louvor, honra e glória eternamente! R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da
terra, pois revelaste os mistérios do teu Reino
aos pequeninos, escondendo-os, aos doutores! R.
Evangelho - Mt 13,10-17
‘Por que Jesus fala em parábolas às
multidões?’, querem saber os discípulos. A
resposta está na primeira carta de Paulo a
Timóteo, capítulo dois, versículo quatro: “Deus
quer que todos os homens se salvem e
cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm
2,4). Mesmo assim, alguns não ouvem ou não
entendem ou não acolhem a Palavra de Deus.
Na verdade, é preciso aproximar-se de Jesus e
pôr-se atrás dele como discípulos e discípulas,
para captar o mistério do Reino e da vida. É só
acolhendo Jesus que se pode acolher a sua
palavra!
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Salmo responsorial - Dn 3,52-56
R. A vós louvor, honra e glória eternamente!
1. Sede bendito, Senhor Deus de nossos
pais. A vós louvor, honra e glória eternamente!
Sede bendito, nome santo e glorioso. A vós
louvor, honra e glória eternamente! R.
86
Naquele tempo: 10 Os discípulos aproximaram-se e disseram a Jesus: "Por que tu falas
ao povo em parábolas?" 11 Jesus respondeu:
"Porque a vós foi dado o conhecimento dos
mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não é
dado. 12 Pois à pessoa que tem, será dado ainda
mais, e terá em abundância; mas à pessoa que
não tem, será tirado até o pouco que tem. 13 É
100
95
75
25
5
0
Prece dos fiéis
As parábolas são comparações tiradas da
vida das pessoas. Para compreendê-las, é
preciso abrir o coração e interrogar o Senhor.
Peçamos essa graça ao Pai celeste, dizendo:
Dai-nos, Senhor, a vossa luz.
1. Para que os pastores da Igreja exponham a Palavra com fé, de tal modo que os
homens e as mulheres que os escutam
compreendam a mensagem e se abram à
verdade de Deus, rezemos, irmãs e irmãos.
2. Para que a grande revelação de Deus
feita a Moisés possa vir a ser conhecida e
acolhida em todo o mundo, como Aliança que o
Senhor propõe à humanidade, rezemos, irmãs
e irmãos.
3. Para que os cristãos e as cristãs
compreendam a importância da Palavra na vida
e ação da Igreja e no coração de cada um, e ela
lhes faça descobrir que só Deus é o Senhor,
rezemos, irmãs e irmãos.
4. Para que o Deus de misericórdia perdoe
a todos aqueles que, tendo recebido a Boa
Nova, não sintonizaram com ela e, fechandolhe os ouvidos e o coração, a expulsaram de sua
vida, rezemos, irmãs e irmãos.
5. Para que todos os membros da nossa
comunidade – idosos, adultos, jovens e
crianças – se sintam felizes por verem o que
veem e ouvirem o que ouvem e reconheçam
que a Palavra anunciada vem do próprio Deus,
rezemos, irmãs e irmãos.
Senhor, nosso Deus e nosso Pai, que
falastes aos homens pelos Profetas e por Jesus,
ensinai-nos a louvar-Vos e a bendizer-Vos com
as vossas próprias Palavras. Por Cristo, nosso
Senhor.
Dia 23 de Julho - Quinta-feira da 16ª Semana do Tempo Comum
por isso que eu lhes falo em parábolas: porque
olhando, eles não veem, e ouvindo, eles não
escutam, nem compreendem. 14 Deste modo se
cumpre neles a profecia de Isaías: 'Havereis de
ouvir, sem nada entender. Havereis de olhar,
sem nada ver. 15 Porque o coração deste povo se
tornou insensível. Eles ouviram com má
vontade e fecharam seus olhos, para não ver
com os olhos nem ouvir com os ouvidos, nem
compreender com o coração, de modo que se
convertam e eu os cure'. 16 Felizes sois vós,
porque vossos olhos veem e vossos ouvidos
ouvem. 17 Em verdade vos digo, muitos profetas
e justos desejaram ver o que vedes, e não
viram, desejaram ouvir o que ouvis, e não
ouviram. - Palavra da Salvação.
Oração sobre as oferendas
Ó Deus, que no sacrifício da cruz, único e
perfeito, levastes à plenitude os sacrifícios da
Antiga Aliança, santificai, como o de Abel, o
nosso sacrifício, para que os dons que cada um
trouxe em vossa honra possam servir para a
salvação de todos.
Oração depois da comunhão
Ó Deus, permanecei junto ao povo que
iniciastes nos sacramentos do vosso reino,
para que despojando-nos do velho homem,
passemos a uma vida nova.
100
95
SANTA BRÍGIDA DA SUÉCIA, Religiosa
75
MEMÓRIA FACULTATIVA (Cor branca - Ofício da memória)
(Missa: mulheres – p. 781)
Oração do dia
Senhor nosso Deus, que revelastes a Santa
25
Brígida os mistérios celestes, quando meditava
a paixão do vosso Filho, concedei-nos exultar
de alegria na revelação da vossa glória.
5
87
0
Dia 23 de Julho - Quinta-feira da 16ª Semana do Tempo Comum
A
A Semente na Terra - Mt 13,10-17
parábola do semeador tem três partes: a) a parábola propriamente dita (13,1-9);
b) os critérios para sua leitura (13,10-17); c) a leitura da parábola na própria vida
(13,18-23).
- Os critérios para a leitura da parábola do semeador é a questão do uso que Jesus faz da
linguagem metafórica, em especial, da parábola. A motivar o discurso de Jesus, está a pergunta
dos discípulos: “Por que usas parábolas para falar com eles?” (13,10).
- Está presente na pergunta uma diferenciação no interior do Povo de Israel, o Povo de Deus.
“Eles” são as multidões, às quais Jesus se dirige, mas que, na verdade, não aderem a Jesus. “Nós”
– implícito na pergunta – são os discípulos e discípulas. Esses foram chamados por Jesus
pessoalmente, seguem-no, dirigem a palavra a Jesus, escutam suas parábolas (e outras palavras)
e suas explicações. São aqueles “vós” a quem foi dado conhecer os mistérios do reino dos céus (v.
11). Os seus olhos se embevecem na visão daquilo e dAquele que os profetas e os justos quiseram
ver e não viram, ouvir e não ouviram.
- “Eles” – isto é, os outros, no fundo, os que não reconheceram em Jesus a concretização
das esperanças messiânicas de Israel – não se aproximam de Jesus. Não seguem Jesus. Não
falam com Jesus, embora falem dele, e, por isso, não escutam a sua reposta. A graça não pôde
entrar em seu coração para que eles pudessem entrar no mistério do Filho e do reino por ele
anunciado. Não fazem parte da sua família, mesmo brigando para serem povo do seu Deus. A
situação “deles” é até pior: não só não estão com ele (essa atitude seria até elogiável!), mas contra
ele (Mt 12,30).
- É preciso, de nossa parte, tomar consciência de que há alguma fantasia em relação à
questão de “ver Jesus”. Tem gente que lamenta o fato de não ter sido contemporâneo de Jesus.
Gostaria de tê-lo visto, ouvido, tocado. Como se o encontro com Jesus dependesse da presença
física. Quem rejeitou sua pretensão e o condenou à morte, o viu, o ouviu e o tocou, mas, nem por
isso, creu. Muito pelo contrário, a fraca e frágil humanidade de Jesus foi para eles uma barreira
intransponível para o passo da fé.
- Mas há, ao mesmo tempo, inegavelmente, uma graça única nessa contemporaneidade.
Cada acontecimento – único e irrepetível – só pode ser visto por quem está presente a ele, no
espaço e no tempo. Essa foi a graça – também única e irrepetível – que os discípulos gozaram.
- Por outro lado, é mais universal – e sempre mediada – a situação daqueles e daquelas que
“creem sem ter visto”. O acontecimento passado – único e irrepetível – é tornado presente pela
palavra de quem o testemunha.
- Um elemento, porém, estabelece uma plataforma comum entre os dois grupos e é
realmente decisivo: colher e acolher o significado do fato. Ver um fato é importante, mas pode ser
trágico. É a situação dos que viram e não creram. Não ver um fato, mas crer no seu significado, é
salvador. O mais importante no ser humano não é “ver”; o ser humano é alguém capaz de “ler” a
realidade. Todo acontecimento é um sinal; todo sinal contém um significado; o sinal só é
significativo para quem o entende. A fé é justamente essa leitura que, vendo e acolhendo o
significado, acolhe o fato!
100
95
75
O Minuto do Concílio
“As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos
pobres e de todos os que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as
angústias dos discípulos de Cristo.” (Gaudium et spes 1)
88
25
5
0
Testemunhas do Reino: Mário Mujía Córdoba Guatemala, 1978). Pedro Ángel Santos (El
Salvador, 1983) .
Datas comemorativas: Aniversário de Paranaguá. Dia do Guarda Rodoviário. Inauguração da
Iluminação Elétrica no Brasil (1883). Inauguração do Instituto Osvaldo Cruz, RJ (1900). Mor te de
Santos Dumont (1932).
24
SEXTA-FEIRA DA 16ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
Antífona da entrada
É Deus quem me ajuda, é o Senhor quem
defende a minha vida. Senhor, de todo o coração
hei de vos oferecer o sacrifício, e dar graças ao
vosso nome, porque sois bom.
Oração do dia
Ó Deus, sede generoso para com os vossos
filhos e filhas e multiplicai em nós os dons da
vossa graça, para que, repletos de fé, esperança
e caridade, guardaremos fielmente os vossos
mandamentos.
Primeira leitura - Ex 20,1-17
Leitura do Livro do Êxodo
Naqueles dias: 1 Deus pronunciou todas
estas palavras: 2 "Eu sou o Senhor teu Deus que
te tirou do Egito, da casa da escravidão. 3 Não
terás outros deuses além de mim. 4 Não farás
para ti imagem esculpida, nem figura alguma
do que existe em cima, nos céus, ou embaixo,
na terra, ou do que existe nas águas, debaixo da
terra. 5 Não te prostrarás diante destes deuses
nem lhes prestarás culto, pois eu sou o Senhor
teu Deus, um Deus ciumento. Castigo a culpa
dos pais nos filhos até à terceira e quarta
geração dos que me odeiam, 6 mas uso da
misericórdia por mil gerações com aqueles que
me amam e guardam os meus mandamentos.
7
Não pronunciarás o nome do Senhor teu Deus
em vão, porque o Senhor não deixará sem
castigo quem pronunciar seu nome em vão.
8
Lembra-te de santificar o dia de sábado. 9 Trabalharás durante seis dias e farás todos os teus
trabalhos, 10 mas o sétimo dia é sábado
dedicado ao Senhor teu Deus. Não farás
trabalho algum, nem tu, nem teu filho, nem tua
filha, nem teu escravo, nem tua escrava, nem
teu gado, nem o estrangeiro que vive em tuas
cidades. 11 Porque o Senhor fez em seis dias o
céu e a terra, o mar e tudo o que eles contêm;
mas no sétimo dia descansou. Por isso o
Senhor abençoou o dia do sábado e o santificou. 12 Honra teu pai e tua mãe, para que vivas
longos anos na terra que o Senhor teu Deus te
dará. 13 Não matarás. 14 Não cometerás
adultério. 15 Não furtarás. 16 Não levantarás falso
testemunho contra o teu próximo. 17 Não
cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás
a mulher do teu próximo, nem seu escravo,
nem sua escrava, nem seu boi, nem seu
jumento, nem coisa alguma que lhe pertença".
- Palavra do Senhor.
Dia 24 de Julho - Sexta-feira da 16ª Semana do Tempo Comum
Santos do dia: Brígida da Suécia (1303-1373).
100
Salmo responsorial - Sl 18
95
R. Os ensinos do Senhor são sempre
retos, alegria ao coração.
75
1. A lei do Senhor Deus é perfeita, conforto
para a alma! O testemunho do Senhor é fiel,
sabedoria dos humildes. R.
2. Os preceitos do Senhor são precisos,
alegria ao coração. O mandamento do Senhor é
25
5
89
0
Dia 24 de Julho - Sexta-feira da 16ª Semana do Tempo Comum
brilhante, para os olhos é uma luz. R.
3. É puro o temor do Senhor, imutável para
sempre. Os julgamentos do Senhor são corretos e justos igualmente. R.
4. Mais desejáveis do que o ouro são eles,
do que o ouro refinado. Suas palavras são
mais doces que o mel, que o mel que sai dos
favos. R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Felizes os que observam a palavra do
Senhor, de reto coração, e que produzem
muitos frutos, até o fim perseverantes! R.
Evangelho - Mt 13,18-23
A semente é boa, mas os terrenos em que
ela cai nem sempre. Vida da gente, coração da
gente, cabeça da gente é como água de rio;
nunca é a mesma. Tem coração fechado como
pedra. Tem coração estalando como fogo em
roça de cana. Tem coração raso. Tem coração
que é só fartura de coisa boa. Meu irmão, como
é o teu, o meu, o nosso coração?
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo, disse Jesus aos seus
discípulos: 18 Ouvi a parábola do semeador:
19
Todo aquele que ouve a palavra do Reino e
não a compreende, vem o Maligno e rouba o
que foi semeado em seu coração. Este é o que
foi semeado à beira do caminho. 20 A semente
que caiu em terreno pedregoso é aquele que
ouve a palavra e logo a recebe com alegria;
21
mas ele não tem raiz em si mesmo, é de
momento: quando chega o sofrimento ou a
perseguição, por causa da palavra, ele desiste
logo. 22 A semente que caiu no meio dos
espinhos é aquele que ouve a palavra, mas as
preocupações do mundo e a ilusão da riqueza
sufocam a palavra, e ele não dá fruto. 23 A
semente que caiu em boa terra é aquele que
ouve a palavra e a compreende. Esse produz
90
fruto. Um dá cem, outro sessenta e outro trinta."
- Palavra da Salvação.
Prece dos fiéis
No Evangelho, Jesus explica a parábola do
semeador. A semente é boa, mas o seu futuro
depende também do terreno em que é lançada.
Peçamos ao Pai a capacidade de a acolher bem,
dizendo: Ouvi-nos, Senhor.
1. Para que os ministros da Igreja anunciem a Palavra como Jesus fazia e ajudem as
pessoas a acolhê-la para que dê fruto, rezemos,
irmãos.
2. Para que todos os que recebem a
Palavra não deixem que as forças do mal lhes
roubem essa riqueza que Deus lhes pôs no
coração, rezemos, irmãos.
3. Para que os mandamentos da Lei de
Deus, inscritos pelo Senhor no coração dos
homens, sejam percebidos e acolhidos como
caminhos de vida e liberdade para todos,
rezemos, irmãos.
4. Para que os Cristãos, Judeus e Muçulmanos se libertem dos ídolos que os afastam do
Deus único e vivam com autenticidade a sua fé,
rezemos, irmãos.
5. Para que todos os membros desta
assembleia ouçam a Palavra, a acolham e a
compreendam, para que neles germine a boa
semente do Evangelho, rezemos, irmãos.
Senhor, nosso Deus, preparai os corações
dos vossos filhos e filhas, para que a semente
da vossa Palavra neles semeada produza frutos
para a vida do mundo e permaneçam para a
vida eterna. Por Cristo, nosso Senhor.
100
95
Oração sobre as oferendas
75
Ó Deus, que no sacrifício da cruz, único e
perfeito, levastes à plenitude os sacrifícios da
Antiga Aliança, santificai, como o de Abel, o
nosso sacrifício, para que os dons que cada um
trouxe em vossa honra possam servir para a
salvação de todos.
25
5
0
Ó Deus, permanecei junto ao povo que
iniciastes nos sacramentos do vosso reino,
para que despojando-nos do velho homem,
passemos a uma vida nova.
S. CHARBEL MAKHLUF, Presbítero
MEMÓRIA FACULTATIVA
(Cor branca - Ofício da memória)
Oração do dia
Ó Deus, que chamastes o presbítero São
Charbel ao extraordinário combate espiritual do
deserto e o cumulastes com todo gênero de
E
bondades, concedei-nos, vos pedimos, que,
transformados em imitadores da Paixão do
Senhor, mereçamos ser participantes do seu
Reino.
A Semente na Terra - Mt 13,18-23
m Mt 13,18-23, temos um exemplo de explicação de parábola feita pelo próprio Jesus,
revelando aos discípulos algum aspecto do mistério do Reino (13,11). Jesus, que
contara a parábola da semente a “tantas multidões” (13,2), agora, em detalhada
alegoria, vai mostrando aos discípulos – e a nós – o impacto da Palavra em nosso coração.
- A parábola do semeador conta a aventura da Palavra em cada um de nós. Jesus é, ao
mesmo tempo, semeador e semente. Ele semeia por sua presença, por suas atitudes, por suas
palavras, pelos sinais que realiza, por seus silêncios. São as suas ‘palavras’, entre as quais
destacamos, por sua expressividade, as palavras em sentido estrito. Aquilo que a terra é para a
semente, o ser humano é para a Palavra. O ser humano é – para a Palavra – mãe, que a acolhe e que
lhe dá vida. Ou ventre infecundo, que a recusa e nega-lhe vida.
- A parábola do semeador é sempre atual. Aquilo que Jesus encontrou em seus
contemporâneos e a Igreja encontra no anúncio a todas gentes, em todo tempo e lugar, não é
senão aquilo que a Palavra encontra em cada um (a) de nós: resistência de todo tipo e, depois de
muita luta, rendição fecunda.
- Os quatro tipos de terreno não são propriamente quatro tipos de pessoas (Jesus foge às
classificações estanques), mas quatro ‘níveis’ ou, quem sabe, melhor, ‘dimensões’ de escuta –
de reação – à Palavra que convivem em nós.
- “Quando escutamos a Palavra, em parte a ouvimos e em parte não a entendemos: os
pensamentos habituais nos tornam impenetráveis à escuta. Em parte, a ouvimos e acolhemos
com alegria, mas as pressões, internas e externas, impedem que se enraíze e cresça. Em parte, a
deixamos também enraizar e crescer, mas, depois, fica sufocada pelas preocupações e pelo
engano da riqueza, que, como espinhos, sempre nos invadem. Em parte, porém, somos também
terra boa, que produz fruto” (Fausti). Na verdade, como fazer para que a Palavra tenha mais espaço
em nós – voltamos às imagens – senão arando a terra seca, afastando pedras, eliminando
espinhos? Processo indispensável, difícil, que nunca acaba, mas que promete frutos.
- Os discípulos ouvem a explicação para que possam se reconhecer nos vários terrenos: as
certezas que tornam as pessoas impenetráveis à escuta, os medos que petrificam o coração, os
egoísmos que sufocam o amor da verdade e a verdade do amor. Só com esse diagnóstico – ou
radiografia dos terrenos – se pode estabelecer o tratamento.
Dia 24 de Julho - Sexta-feira da 16ª Semana do Tempo Comum
Oração depois da comunhão
100
95
75
25
5
91
0
Dia 25 de Julho - Sábado - São Tiago (Maior), Apóstolo - Festa
- Mas, atenção. Não é a parábola que deve ser lida à luz da explicação – sobretudo da nossa
– mas a explicação que deve ser lida à luz da parábola.
- Mais uma vez, atenção! Se a parábola fala do coração de cada um (a), ela fala também do
coração da comunidade. Não é à toa que lhe Jesus fale às multidões e explique aos discípulos. O
plural aqui não é gratuito.
O Minuto do Concílio
“Nada há de verdadeiramente humano que não ressoe no
coração dos cristãos.” (Gaudium et spes 1)
Santos do dia: Cristina de Bolsena (+304); Ursicino (VI século). Siglinde (VI/VII século).
Cristina da Bélgica (1150-1224); Cunegunda da Polônia (1224-1292); Luísa de Savoia (14621503). Charbel Makhluf (1828-1898).
Testemunhas do Reino: Ezequiel Ramin (Brasil, 1985).
Datas comemorativas: Nascimento de Simão Bolívar, em Caracas, em 1783. (Dia do
Calouro).
25
SÁBADO - SÃO TIAGO (MAIOR), Apóstolo - Festa
(Cor vermelha - GLÓRIA - Ofício festivo do Comum dos Apóstolos e próprio)
Antífona da entrada
É um dos filhos de Zebedeu e de Salomé
(Mt 4,21). O outro é João, com o qual aparece
sempre junto no Evangelho. É o maior, o mais
velho. Tiago e João foram chamados ao
discipulado junto ao Lago de Genesaré. Fazem
parte não só do grupo dos Doze (Mc 3,17par.),
mas também do grupo dos discípulos mais
íntimos de Jesus: Pedro, Tiago e João estão
presentes na reanimação da filha de Jairo (Mc
5,37), na transfiguração de Jesus (Mc 9,2ss.) e
no Getsêmani (Mc 14,33ss.). São também
chamados de filhos do trovão. A mãe deles (Mt
20,20ss.) – ou eles próprios (Mc 10,35ss.) –
ousou pedir a Jesus que, quando da
instauração do reino, um de seus filhos se
sentasse à direita e o outro à esquerda do rei.
Deu ocasião a que Jesus ensinasse por palavra
o que já vivia nos fatos: o poder é serviço!
Presume-se que Tiago tenha sido executado no
44 pelo Rei Agripa I (At 12,2ss. e Mc 10,35ss.).
92
Andando ao longo do Mara da Galileia,
Jesus viu Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu
irmão, que consertavam suas redes. E ele os
chamou.
Oração do dia
Deus eterno e todo-poderoso, que pelo
sangue de São Tiago consagrastes as primícias
dos trabalhos dos apóstolos, concedei que a
vossa Igreja seja confirmada pelo seu testemunho e sustentada pela sua proteção.
Leitura - 2Cor 4,7-15
Leitura da Segunda Carta de São Paulo
aos Coríntios
100
95
75
25
7
Irmãos: Trazemos esse tesouro em vasos
de barro, para que todos reconheçam que este
5
0
Salmo responsorial - Sl 125
R. Os que lançam as sementes entre
lágrimas, ceifarão com alegria.
1. Quando o Senhor reconduziu nossos
cativos, parecíamos sonhar; encheu-se de sorriso nossa boca, nossos lábios, de canções. R.
2. Entre os gentios se dizia: "Maravilhas
fez com eles o Senhor!" Sim, maravilhas fez
conosco o Senhor, exultemos de alegria! R.
3. Mudai a nossa sorte, ó Senhor, como
torrentes no deserto. Os que lançam as sementes entre lágrimas, ceifarão com alegria. R.
4. Chorando de tristeza sairão, espalhando
suas sementes; cantando de alegria voltarão,
carregando os seus feixes! R.
Aclamação ao Evangelho
V. Eu vos designei, para que vades e deis
frutos, e o vosso fruto permaneça, assim disse
o Senhor. R.
Evangelho - Mt 20,20-28
A sede de poder é uma das desgraças do
mundo. Junto com a de riqueza e de fama, faz
muito estrago. Os discípulos do Servo Jesus
custaram a entender isso. Ao invés de olhar
para Jesus, ficavam cegos pelos brilhos do
mundo. A grandeza de Deus é outra. É
simplicidade, é humildade, é serviço, é entrega,
é cruz. Vai entender isso!
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo: 20 A mãe dos filhos de
Zebedeu aproximou-se de Jesus com seus
filhos e ajoelhou-se com a intenção de fazer um
pedido. 21 Jesus perguntou: "O que tu queres?"
Ela respondeu: "Manda que estes meus dois
filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e
outro à tua esquerda". 22 Jesus, então,
respondeu-lhes: "Não sabeis o que estais
pedindo. Por acaso podeis beber o cálice que
eu vou beber?" Eles responderam: "Podemos".
23
Então Jesus lhes disse: "De fato, vós bebereis
do meu cálice, mas não depende de mim
conceder o lugar à minha direita ou à minha
esquerda. Meu Pai é quem dará esses lugares
àqueles para os quais ele os preparou". 24 Quando os outros dez discípulos ouviram isso,
ficaram irritados contra os dois irmãos.
25
Jesus, porém, chamou-os, e disse: "Vós
sabeis que os chefes das nações têm poder
sobre elas e os grandes as oprimem. 26 Entre
vós não deverá ser assim. Quem quiser tornarse grande, torne-se vosso servidor; 27 quem
quiser ser o primeiro, seja vosso servo. 28 Pois,
o Filho do Homem não veio para ser servido,
mas para servir e dar a sua vida como
resgate em favor de muitos". - Palavra da
Salvação.
Dia 25 de Julho - Sábado - São Tiago (Maior), Apóstolo - Festa
poder extraordinário vem de Deus e não de nós.
Somos afligidos de todos os lados, mas não
vencidos pela angústia; postos entre os
maiores apuros, mas sem perder a esperança;
9
perseguidos, mas não desamparados;
derrubados, mas não aniquilados; 10 por toda
parte e sempre levamos em nós mesmos os
sofrimentos mortais de Jesus, para que
também a vida de Jesus seja manifestada em
nossos corpos. 11 De fato, nós, os vivos, somos
continuamente entregues à morte, por causa de
Jesus, para que também a vida de Jesus seja
manifestada em nossa natureza mortal.12 Assim,
a morte age em nós, enquanto a vida age em
vós. 13 Mas, sustentados pelo mesmo espírito
de fé, conforme o que está escrito: "Eu creio e,
por isso, falei", nós também cremos e, por isso,
falamos, 14 certos de que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará também
com Jesus e nos colocará ao seu lado, juntamente convosco. 15 E tudo isso é por causa de
vós, para que a abundância da graça em um
número maior de pessoas faça crescer a ação
de graças para a glória de Deus. - Palavra do
Senhor.
8
100
95
75
25
5
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
93
0
Dia 25 de Julho - Sábado - São Tiago (Maior), Apóstolo - Festa
Prece dos fiéis
Na festa do apóstolo São Tiago, apresentemos as nossas súplicas a Deus Pai, pela Igreja
e pelo mundo, rezando, cheios de confiança:
Ouvi-nos, Senhor.
1. Pela Igreja católica e apostólica, para
que, por intercessão de São Tiago, primeiro
apóstolo mártir, dê testemunho da ressurreição
de Jesus Cristo, rezemos ao Senhor.
2. Pelo papa Francisco, pelos bispos e
presbíteros, para que exerçam o seu ministério
como São Tiago e sejam luz e força na vida dos
irmãos e irmãs confiados ao seu ministério,
rezemos ao Senhor
3. Por aqueles que têm na pesca o seu
ganha-pão, para que, por intercessão de São
Tiago, pescador do mar da Galileia, sejam livres
de todos os perigos e regressem em paz a suas
casas, rezemos ao Senhor.
4. Por todos os discípulos e amigos de
Cristo, para que sejam dignos de dar testemunho Dele como São Tiago e não recusem
participar no cálice da sua paixão, rezemos ao
Senhor.
5. Por todos os homens e mulheres de boa
vontade, para que se entreguem de corpo e
alma a Jesus e se tornem seus irmãos e amigos
em todas as circunstâncias da vida, rezemos ao
Senhor.
6. Pela nossa comunidade de discípulos
missionários, para que a Palavra semeada com
lágrimas dê abundantes frutos de alegria,
rezemos ao Senhor.
Deus eterno e misericordioso, escutai o povo que Vos invoca e, por intercessão do apóstolo São Tiago, dai-nos a graça de abandonar as
nossas redes e seguirmos os passos e os
caminhos de Jesus. Por Cristo, nosso Senhor.
Oração sobre as oferendas
Purificai-nos, ó Deus, pela participação na
paixão do vosso Filho, para que, na festa de são
Tiago, o primeiro dos apóstolos a beber o cálice
do senhor, ofereçamos um sacrifício que vos
agrade.
Prefácio dos Apóstolos, I
Os Apóstolos, pastores do povo de Deus
Na verdade, é justo e necessário, é nosso
dever e salvação dar-vos graças, sempre e em
todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e
todo-poderoso e cheio de bondade. Pastor
eterno, vós não abandonais o rebanho, mas o
guardais constantemente pela proteção dos
Apóstolos. E, assim a Igreja é conduzida pelos
mesmos pastores que pusestes à sua frente
como representantes de vosso Filho, Jesus
Cristo, Senhor nosso. Por ele, os anjos celebram a vossa grandeza e os santos proclamam
vossa glória.
Oração depois da comunhão
Ajudai-nos, Senhor nosso Deus, pela intercessão do apóstolo São Tiago, em cuja festa
recebemos com alegria os vossos dons
sagrados.
100
D
A Semente na Terra - Mt 20,20-28
uas glórias se contrapõem no Evangelho de hoje. A de Jesus, que toma a firme decisão de
ir a Jerusalém onde será entregue para entregar-se em favor de seus irmãos. A da mãe
dos filhos de Zebedeu, preocupada em garantir uma posição de prestígio para seus dois
meninos. A primeira consiste em entregar-se, servir, dar a vida; a segunda consiste em arrebatar,
servir-se, ganhar a vida. Esquematicamente, mas realmente, uma luta entre o amor e o egoísmo.
Os dois amores de sempre: o amor do outro até o sacrifício de si; o amor de si até o sacrifício do
outro (Agostinho).
94
95
75
25
5
0
Dia 25 de Julho - Sábado - São Tiago (Maior), Apóstolo - Festa
- Numa linguagem mais estritamente religiosa, um confronto entre amor a Deus e amor aos
ídolos. A idolatria – palavra que significa “culto da imagem” – é a busca de ser visto pelos
homens, reduzindo a existência à pura aparência. O valor não está no ser, mas no parecer e
aparecer. Nas garras da idolatria, o homem não procura tornar-se conforme à Glória, de que é
imagem, mas corresponder à imagem que os outros fazem dele. Na realidade, os ídolos só trazem
morte, tornando seus fabricantes semelhantes a eles (Sl 115,8). Prometem a glória, mas só dão a
vanglória (em latim, “vana + gloria” = glória vazia).
- O amor a Deus reconhece ao homem sua verdadeira dignidade e confere-se lhe a glória
que lhe é devida. O homem precisa ser visto, sim, para existir, mas precisa ser visto, antes de tudo,
por Deus. Só Deus vê o homem como ele é. E Deus o vê como sua imagem e semelhança. Esta é a
verdade do homem, fonte da sua dignidade e garantia da sua glória. A glória de Deus – revelada na
existência histórica do Filho – é amar, servir, dar a vida. Essa glória pode ser contemplada no Filho
(vv. 17-19).
- Cegados, porém, pelo poder, pela riqueza ou pelo prestígio, até discípulos e discípulas
não conseguem ver a glória dos filhos e trocam-na pela glória dos homens. Símbolo dessa
cegueira é a devota mãe dos filhos de Zebedeu. Ela adora e intercede, como tantas de nossas
mães, que só conseguem ver o mundo em função dos filhos e, às vezes, com os olhos ambiciosos
dos filhos. Uma oração piedosa na forma pode esconder um conteúdo ou um motivo perverso (vv.
20-24).
O Minuto do Concílio
“A comunidade cristã se sente realmente e intimamente solidária com o
gênero humano e com a sua história.” (Gaudium et spes 1)
Santos do dia: Tiago Maior (I século); Cristóvão (+250); Simeão, o Estilita (390-459);
Wiliboldo (+1230); Tomás Hemerken de Kêmpis (1380-1471); João Soreth (1394-1471).
Testemunhas do Reino: Wenceslao Pedernera (Argentina, 1976). José Othomano Cáceres e
seus 13 companheiros (El Salvador, 1980). Angel Martínez Rodrigo e Raul José Lager (Guatemala,
1981). Luís Calderón – Luís Solarte (Colômbia, 1983).
Datas comemorativas: Dia do Motorista; Dia do Taxista; Dia do Carreteiro; Dia do Escritor; Dia
do Colono; Dia Nacional da Agricultura; Dia dos Viajantes; Fundação de Jaraguá do Sul, SC (1876);
Dia da Imigração Alemã ao Brasil (1826).
100
"Precisamos sempre de novo contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria, serenidade
e paz. É condição da nossa salvação. Misericórdia: é a palavra que revela o mistério da Santíssima
Trindade. Misericórdia: é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro.
Misericórdia: é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com olhos
sinceros o irmão que encontra no caminho da vida. Misericórdia: é o caminho que une Deus e o
homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da
limitação do nosso pecado." (Francisco, Misericordiae vultus 2)
95
75
25
5
95
0
Dia 26 de Julho - 17º Domingo do Tempo Comum
26
17º DOMINGO DO TEMPO COMUM
(Cor verde - I SEMANA DO SALTÉRIO - Ofício dominical comum)
das pessoas é possível encontrar saídas. Já
com a riqueza dos bens e o egoísmo das
pessoas não dá para construir nada. Pode-se
até tentar, mas desmorona e divide, como na
Torre de Babel.
Antífona da entrada
Deus habita em seu templo santo, reúne
seus filhos em sua casa; é ele que dá força e
poder a seu povo.
Oração do dia
Ó Deus, sois o amparo dos que em vós
esperam e, sem vosso auxílio, ninguém é forte,
ninguém é santo; redobrai de amor para
conosco, para que, conduzidos por vós,
usemos de tal modo os bens que passam, que
possamos abraçar os que não passam.
Comentário inicial - Jesus vê uma grande
multidão. O seu olhar é uma radiografia da
situação e seu coração busca uma solução.
Onde vamos encontrar pão para tanta gente?
Os discípulos – avaliando os recursos
disponíveis – não veem muita saída. Mas Jesus
– com seu sadio realismo – parte do que se tem
à disposição. Cinco pães e dois peixes parecem
nada, mas, para Jesus, é tudo o que é
necessário. Manda o povo se sentar. Confusão
gera confusão, mas disciplina e solidariedade
geram energia, força, vida. É a condição para
que o Espírito venha com seu poder criador. É a
força de que aquele punhado de escravos
hebreus precisava para enfrentar faraó e seus
guardas, Mar Vermelho e suas ciladas, deserto
e suas privações. Aquele que do nada criou
tudo sempre é capaz de criar tudo quando o
nada é tudo o que se tem. A ação de Deus – e,
semelhantemente, a ação humana – só é
impedida quando o nada se pretende mais do
que é. Com a pobreza dos bens e a humildade
96
Leitura -2 Rs 4,42-44
Leitura do Segundo Livro dos Reis
Naqueles dias: 42 Veio também um homem
de Baal-Salisa, trazendo em seu alforje para
Eliseu, o homem de Deus, pães dos primeiros
frutos da terra: eram vinte pães de cevada e
trigo novo. E Eliseu disse: "Dá ao povo para que
coma". 43 Mas o seu servo respondeu-lhe:
"Como vou distribuir tão pouco para cem
pessoas?" Eliseu disse outra vez: "Dá ao povo
para que coma; pois assim diz o Senhor:
'Comerão e ainda sobrará' ". 44 O homem
distribuiu e ainda sobrou, conforme a palavra
do Senhor. - Palavra do Senhor.
100
95
75
Salmo responsorial - Sl 144
25
R. Saciai os vossos filhos, ó Senhor!
5
0
Leitura - Ef 4,1-6
Leitura da Carta de São Paulo aos
Efésios
Irmãos: 1 Eu, prisioneiro no Senhor, vos
exorto a caminhardes de acordo com a
vocação que recebestes: 2 Com toda a
humildade e mansidão, suportai-vos uns aos
outros com paciência, no amor. 3 Aplicai-vos a
guardar a unidade do espírito pelo vínculo da
paz. 4 Há um só Corpo e um só Espírito, como
também é uma só a esperança à qual fostes
chamados. 5 Há um só Senhor, uma só fé, um só
batismo, 6 um só Deus e Pai de todos, que reina
sobre todos, age por meio de todos e
permanece em todos. - Palavra do Senhor.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Um grande profeta surgiu, surgiu e entre
nós se mostrou; é Deus que seu povo visita, seu
povo, meu Deus visitou! R.
Evangelho - Jo 6,1-15
A compaixão leva Jesus a fazer um de seus
mais conhecidos milagres. Ele envolve os
discípulos na percepção do problema. Leva-os
a buscar a solução. Parte do que existe na
realidade. Convoca todos à solidariedade. E o
milagre vem bonito como chuva no sertão. A
fartura é tanta que dá para dar para todo mundo.
Um retrato do Reino sonhado!
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo João
Naquele tempo: 1 Jesus foi para o outro lado
do mar da Galileia, também chamado de
Tiberíades. 2 Uma grande multidão o seguia,
porque via os sinais que ele operava a favor dos
doentes. 3 Jesus subiu ao monte e sentou-se aí,
com os seus discípulos. 4 Estava próxima a
Páscoa, a festa dos judeus. 5 Levantando os
olhos, e vendo que uma grande multidão estava
vindo ao seu encontro, Jesus disse a Filipe:
"Onde vamos comprar pão para que eles
possam comer?" 6 Disse isso para pô-lo à
prova, pois ele mesmo sabia muito bem o que
ia fazer. 7 Filipe respondeu: "Nem duzentas
moedas de prata bastariam para dar um pedaço
de pão a cada um". 8 Um dos discípulos, André,
o irmão de Simão Pedro, disse: 9 "Está aqui um
menino com cinco pães de cevada e dois
peixes. Mas o que é isso para tanta gente?"
10
Jesus disse: "Fazei sentar as pessoas". Havia
muita relva naquele lugar, e lá se sentaram,
aproximadamente, cinco mil homens. 11 Jesus
tomou os pães, deu graças e distribuiu-os aos
que estavam sentados, tanto quanto queriam. E
fez o mesmo com os peixes. 12 Quando todos
ficaram satisfeitos, Jesus disse aos discípulos:
"Recolhei os pedaços que sobraram, para que
nada se perca!" 13 Recolheram os pedaços e
encheram doze cestos com as sobras dos cinco
pães, deixadas pelos que haviam comido.
14
Vendo o sinal que Jesus tinha realizado,
aqueles homens exclamavam: "Este é verdadeiramente o Profeta, aquele que deve vir ao
mundo". 15 Mas, quando notou que estavam
querendo levá-lo para proclamá-lo rei, Jesus
retirou-se de novo, sozinho, para o monte.
- Palavra da Salvação.
Dia 26 de Julho - 17º Domingo do Tempo Comum
1. Que vossas obras, ó Senhor, vos
glorifiquem, e os vossos santos com louvores
vos bendigam! Narrem a glória e o esplendor
do vosso reino e saibam proclamar vosso
poder! R.
2. Todos os olhos, ó Senhor, em vós
esperam e vós lhes dais no tempo certo o
alimento; vós abris a vossa mão prodigamente
e saciais todo ser vivo com fartura. R.
3. É justo o Senhor em seus caminhos, é
santo em toda obra que ele faz. Ele está perto da
pessoa que o invoca, de todo aquele que o
invoca lealmente. R.
100
95
75
Prece dos fieis
25
Irmãos e irmãs: Oremos com fé a Deus Pai
por intermédio de Jesus Cristo, nosso Salvador,
5
97
0
Dia 26 de Julho - 17º Domingo do Tempo Comum
pelas necessidades de toda a humanidade,
dizendo: Ouvi, Senhor, a nossa oração.
1. Pelo nosso bispo (...), pelos presbíteros
e diáconos, e por todos os ministros e ministras
não-ordenados de nossas paróquias e
comunidades eclesiais, oremos.
2. Pelo progresso espiritual de todos os
povos, pelo desenvolvimento ético de nossa
sociedade, pelo fim da miséria, que é um
problema espiritual e ético a ser enfrentado por
todos os cidadãos, oremos.
3. Pelos que têm fome de pão e de
esperança, pelos que partilham os seus bens
com os mais pobres e pelos que estendem a
mão aos que caíram, oremos.
4. Pelos que sofrem por causa de sua fé,
pelos construtores da paz, e pelos presos e doentes, para que possam sair transformados da
situação difícil em que se encontram, oremos.
5. Por todos nós que escutamos a Palavra,
pelos que vão se alimentar com o Pão da Vida e
o Vinho da Alegria e pelos irmãos e irmãs
falecidos de nossa família e de nossa comu-
T
nidade, oremos.
Deus de infinita bondade, que abris as
vossas mãos e saciais a nossa fome, fazei-nos
repartir, com quem não o tem, o pão que sobra
em nossas mesas. Por Cristo, Senhor nosso.
Oração sobre as oferendas
Acolhei, ó Pai, os dons que recebemos de
vossa bondade e trazemos a este altar. Fazei
que estes santos mistérios, pela força da vossa
graça, nos santifiquem na vida presente e nos
conduzam à eterna alegria.
Oração eucarística para diversas circunstâncias VI - D
Oração depois da comunhão
Recebemos, ó Deus, este sacramento,
memorial permanente da paixão do vosso
Filho; fazei que o dom da vossa inefável
caridade possa servir à nossa salvação.
A Semente na Terra - Jo 6,1-15
rata-se da multiplicação dos pães. A multiplicação aparece seis vezes nos Evangelhos,
duas em Marcos, duas em Mateus, uma em Lucas e uma em João. Em todos, recebe uma
interpretação eucarística. O pão da multiplicação prefigura o corpo de Jesus dado por
nós. A eucaristia é o modo próprio de viver do Filho, o alimento de que se nutre quem foi gerado
do alto e carrega seu leito (cf. Mc 2,13).
- O fato é situado no tempo da Páscoa. Uma grande multidão segue Jesus, para lá do mar,
sobre o monte (vv. 1-2). São alusões ao Êxodo. Jesus lidera o Êxodo definitivo. O “mar” está entre
ele e a escravidão da morte. No “monte” se recebe a Palavra que é pão da vida. Nessa travessia, há
sempre a “tentação” da desconfiança, da falta de fé: como viver na liberdade, como não perecer
no deserto da vida?
- João quer nos revelar de onde vem e qual é o pão que nos sustenta na existência nova que
nos foi dada do alto (cf. Jo 3). A pergunta de Felipe é justamente essa: “De onde vamos comprar
pão para eles comerem?” (Jo 6,5). (As nossas traduções geralmente dizem “onde?”, mas o
correto seria “de onde?”. Em grego, é “póthen”, que, em latim, se diz “unde”, que quer dizer “de
onde”). Parece uma insignificância, mas não é.
- Esse “de onde”, com efeito, aparece em várias outras ocasiões no Evangelho de João. A
mulher samaritana não sabe “de onde” vem a água (cf. Jo 4,11). Nicodemos não sabe “de onde”
vem o vento (o espírito) (cf. Jo 3,8). O mordomo não sabe de onde vem o vinho (cf. Jo 2,9). E,
agora, na multiplicação, Felipe não sabe “de onde” virá o pão (cf. Jo 6,5-7). “De onde” é pergunta
98
100
95
75
25
5
0
Dia 26 de Julho - 17º Domingo do Tempo Comum
pela origem e, portanto, pela natureza profunda.
- Na verdade, esse pão se compra sem dinheiro (cf. Is 55,1ss.) e, diferentemente dos
outros, sacia e faz viver. É o próprio Jesus, o Filho que se dá aos irmãos e irmãs e os coloca em
comunhão de vida com o Pai, o seu Pai e nosso Pai.
- Aqui, como em outros lugares do Evangelho, o evangelista joga com equívocos, com
mal-entendidos. Ainda ontem, no caso de Nicodemos, jogou com o equívoco do “nascer” (cf. Jo
3). Em relação à Samaritana, jogou com o equívoco da “água” (cf. Jo 4). Todo equívoco surge de
um duplo sentido: uma palavra (água, por exemplo) tem um significado comum, mas também
outro – mais profundo, mais importante... porém escondido! – que precisa ser descoberto. O
primeiro significado (o significado comum) é sinal do segundo (o significado simbólico,
metafórico). Nessa capacidade de leitura simbólica da realidade, está a pequena diferença entre o
homem e o animal.
- As coisas não são só o que são, mas também uma referência a outra realidade. São sinais.
Quem não tem essa antena simbólica para captar essa outra realidade não entende as coisas de
Deus (cf. 1Cor 2,14) nem... as humanas. Nesse sentido, por exemplo, só o ser humano é capaz
de viver a relação com o alimento e com o sexo de maneira não-animal: entre os animais, são
coisas a possuir para viver; entre os seres humanos, são realidades a serem doadas por amor. Na
ótica de Jesus, o ser humano perde a vida quando a possui e a ganha quando a perde (cf. Mt
16,24ss.).
O GESTO DE UM JOVEM
José Antonio Pagola
De todos os gestos de Jesus durante sua atividade profética, o mais lembrado pelas primeiras
comunidades cristãs foi seguramente uma refeição enorme organizada por ele no campo, nas
proximidades do lago da Galileia. É o único episódio recolhido em todos os Evangelhos.
O conteúdo do relato é de uma grande riqueza. Seguindo seu costume, o Evangelho de João
não o chama de “milagre”, mas de “sinal”. Com isso, convida-nos a não ficar nos fatos narrados,
mas a descobrir, a partir da fé, um sentido mais profundo.
Jesus ocupa o lugar central. Ninguém lhe pede que intervenha. É ele mesmo que intui a fome
daquele povo e coloca a necessidade de alimentá-lo. É comovedor saber que Jesus não só
alimentava o povo com a Boa Notícia de Deus, mas que se preocupava também com a fome de
seus filhos e filhas.
100
Como alimentar no meio do campo uma multidão numerosa? Os discípulos não encontram
nenhuma solução. Felipe diz que não dá para pensar em comprar pão, pois não têm dinheiro.
André pensa que se poderia repartir o que tem, mas só um menino tem cinco e dois peixes: o que
é isso para tanta gente?
95
75
Para Jesus, é suficiente. Este jovem, sem nome e sem rosto, vai tornar possível o que parece
impossível. Sua disponibilidade para compartilhar o que tem é o caminho para alimentar todo
aquele povo. Jesus fará o resto. Toma em suas mãos os pães do menino, rende graças a Deus e
começa a “reparti-los” entre todos.
25
5
99
0
Dia 27 de Julho - Segunda-feira da 17ª Semana do Tempo Comum
A cena é fascinante. Uma multidão, sentada sobre o prado verde do campo, compartilhando
uma refeição gratuita, num dia de primavera. Não é um banquete de ricos. Não tem vinho nem
carne. É a comida simples do povo que vive junto ao lago: pão de cevada e peixe defumado. Uma
refeição fraterna servida por Jesus a todos, graças ao gesto generoso de um jovem.
Esta refeição compartilhada era para os primeiros cristãos um símbolo atrativo da
comunidade nascida de Jesus para construir uma humanidade nova e fraterna. Evocava-lhes, ao
mesmo tempo, a Eucaristia que celebravam no dia do Senhor para alimentar o espírito, e a força
de Jesus, o Pão vivo vindo de Deus.
Nunca esqueceram o gesto do jovem. Se há fome no mundo, não é por falta de alimentos, mas
por falta de solidariedade. Há pão para todos, falta generosidade para repartir. Entregamos os
destinos do mundo nas mãos do poder financeiro, temos medo de repartir o que temos, e o povo
morre de fome por nosso irracional egoísmo.
O Minuto do Concílio
“O Concílio Vaticano II não hesita em dirigir a palavra a todos os homens”
(Gaudium et spes 2)
Santos do dia: Joaquim e Ana (I século); Bartoloméa Maria Capitanio (1807-1833). Tito
Brandsma (1881-1942).
Datas comemorativas: Destruição, pelo cacique Quibian, da cidade de Santa Maria, fundada
por Colombo, no Panamá (1503). Dia do Detetive Particular; Dia dos Avós; Elevação de Curitiba a
Capital da Província do Paraná (1845).
27
SEGUNDA-FEIRA DA 17ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
Antífona da entrada
Deus habita em seu templo santo, reúne
seus filhos em sua casa; é ele que dá força e
poder a seu povo.
Oração do dia
Ó Deus, sois o amparo dos que em vós
esperam e, sem vosso auxílio, ninguém é forte,
ninguém é santo; redobrai de amor para
conosco, para que, conduzidos por vós,
usemos de tal modo os bens que passam, que
possamos abraçar os que não passam.
100
Leitura - Ex 32,15-24.30-34
Leitura do Livro do Êxodo
Naqueles dias: 15 Moisés voltou do cume da
montanha, trazendo nas mãos as duas tábuas
da aliança, que estavam escritas de ambos os
lados. 16 Elas eram obra de Deus e a escritura
nelas gravada era a escritura mesma de Deus.
17
Josué, ouvindo o tumulto do povo que gritava,
disse a Moisés: "Há gritos de guerra no
acampamento!". 18 Moisés respondeu: "Não são
gritos de vitória, nem gritos de derrota; o que
ouço são vozes de gente que canta". 19 Quando
100
95
75
25
5
0
Salmo responsorial - Sl 105
R. Dai graças ao Senhor, porque ele é
bom!
1. Construíram um bezerro no Horeb e
adoraram uma estátua de metal; eles trocaram o
seu Deus, que é sua glória, pela imagem de um
boi que come feno. R.
2. Esqueceram-se do Deus que os salvara,
que fizera maravilhas no Egito; no país de Cam
fez tantas obras admiráveis, no Mar Vermelho,
tantas coisas assombrosas. R.
3. Até pensava em acabar com sua raça,
não se tivesse Moisés, o seu eleito, interposto,
intercedendo junto a ele, para impedir que sua
ira os destruísse. R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V Deus nos gerou pela palavra da verdade
como as primícias de suas criaturas. R.
Evangelho - Mt 13,31-35
O Reino tem a cara do seu anunciador. É
pequeno como ele. E como a sementinha de
nada misturada ao pó do chão. E como o
tiquinho de fermento que a cozinheira joga na
farinha. Quem não entende estes falares
simples, estas comparações luzeiras? O Reino
fala da vida e a vida dá fala ao Reino.
Dia 27 de Julho - Segunda-feira da 17ª Semana do Tempo Comum
chegou perto do acampamento, e viu o bezerro
e as danças, Moisés encheu-se de ira e
arremessou por terra as tábuas, quebrando-as
no sopé da montanha. 20 Em seguida, apoderouse do bezerro que haviam feito, queimou-o e
triturou-o, até reduzi-lo a pó. Depois, espalhou
o pó na água, e fez os filhos de Israel beberem
dela. 21 Moisés disse a Aarão: "Que te fez este
povo, para atraíres sobre ele tão grande
pecado?" 22 Aarão respondeu: "Não se indigne o
meu Senhor. Tu bem sabes que este povo é
inclinado ao mal. 23 Eles me disseram: 'Fazenos deuses que caminhem à nossa frente, pois
quanto àquele Moisés, que nos tirou da terra do
Egito, não sabemos o que lhe aconteceu'.
24
Eu, então, lhes disse: 'Quem de vós tem ouro?'
Eles trouxeram ouro e me entregaram, e eu
lancei-o no fogo e saiu este bezerro". 30 No dia
seguinte, Moisés disse ao povo: "Vós
cometestes um grandíssimo pecado. Mas vou
subir ao Senhor para ver se de algum modo
poderei obter perdão para o vosso delito".
31
Moisés voltou para junto do Senhor, e disse:
"Ah! este povo cometeu um grandíssimo
pecado: fizeram para si deuses de ouro. 32 Peçote que lhe perdoes esta culpa, senão, risca-me
do livro que escreveste". 33 O Senhor respondeu
a Moisés: "É aquele que pecou contra mim que
eu riscarei do meu livro. 34 E agora vai, e conduze este povo para onde eu te disse. O meu
anjo irá à tua frente; mas, quando chegar o dia
do castigo, eu os punirei por este seu pecado".
- Palavra do Senhor.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo, 31 Jesus contou-lhes outra
parábola: "O Reino dos Céus é como uma
semente de mostarda que um homem pega e
semeia no seu campo. 32 Embora ela seja a
menor de todas as sementes, quando cresce,
fica maior do que as outras plantas. E torna-se
uma árvore, de modo que os pássaros vêm e
fazem ninhos em seus ramos". 33 Jesus contoulhes ainda uma outra parábola: "O Reino dos
Céus é como o fermento que uma mulher pega
e mistura com três porções de farinha, até que
tudo fique fermentado". 34 Tudo isso Jesus
falava em parábolas às multidões. Nada lhes
falava sem usar parábolas, 35 para se cumprir o
que foi dito pelo profeta: 'Abrirei a boca para
falar em parábolas; vou proclamar coisas
escondidas desde a criação do mundo'.
- Palavra da Salvação.
100
95
75
Prece dos fiéis
25
Ao comparar o Reino com o grão de
5
101
0
Dia 27 de Julho - Segunda-feira da 17ª Semana do Tempo Comum
mostarda e com o fermento, Jesus dá-nos a
entender que as dimensões desse Reino são
maiores que as aparências. Elevemos as
nossas orações ao Pai, pedindo: Ouvi, Senhor,
as nossas súplicas.
5. Por nós aqui reunidos e pelos outros
membros da comunidade paroquial, para que a
força do Espírito Santo nos renove e anime os
grupos, as suas ações e os seus projetos,
oremos, irmãos e irmãs.
1. Pela Igreja que se estende pela face da
terra, para que seja um sinal humilde do Reino e
não se canse de convidar a todos a abrir-se a
ele, oremos, irmãos e irmãs.
2. Pelos homens e mulheres que vivem
para a riqueza, o prazer, o prestígio e o poder,
para que descubram que esses ídolos enganadores destroem a vida de seus adoradores e de
milhões de pessoas, oremos, irmãos e irmãs.
3. Pelos missionários que trabalham com
zelo pelo Reino e pelos ministros da Igreja que
nada recusam ao Senhor, para que venham a
contemplá-Lo na glória eterna, oremos, irmãos
e irmãs.
4. Pelas pessoas que semeiam paz,
bondade e amizade e em troca recebem sofrimento, desamparo e abandono, para que
creiam firmemente que Deus é seu prêmio e
sua herança, oremos, irmãos e irmãs.
Senhor, nosso Deus, que bem conheceis
aquilo de que temos necessidade, fazei-nos
trabalhar em paz e em total entrega a Vós. Por
Cristo, nosso Senhor.
O
Oração sobre as oferendas
Acolhei, ó Pai, os dons que recebemos de
vossa bondade e trazemos a este altar. Fazei
que estes santos mistérios, pela força da vossa
graça, nos santifiquem na vida presente e nos
conduzam à eterna alegria.
Oração depois da comunhão
Recebemos, ó Deus, este sacramento,
memorial permanente da paixão do vosso
Filho; fazei que o dom da vossa inefável
caridade possa servir à nossa salvação.
A Semente na Terra - Mt 13,31-35
problema de fundo dessas duas parábolas está ligado a alguns dos interrogativos mais
profundos do ser humano: por que o bem é tão “pequeno” (vv. 31-32) e até “imundo” (v.
33)? Por que o Reino, iniciado com Jesus e em Jesus, recolheu em torno de si tão pouca
gente e gente tão insignificante: pobres, marginalizados, pecadores? O que será de um reino que
só pode contar com pessoas socialmente fracas e religiosamente desclassificadas?
- A perícope contém duas parábolas simétricas (13,31-32.33) e uma interpretação geral
do uso de parábolas: revelação de Deus aberta e acessível a todos e todas (13,34-35).
- A comparação do Reino com a semente de mostarda (vv. 31-32) e com o punhado de
fermento (v. 33) não corresponde ao imaginário corrente do Reino. De modo geral, o Reino é
imaginado como algo grande, triunfal, poderoso. Imagina-se o Reino como uma grande árvore:
esquece-se que esta se desenvolve a partir de um galhinho ou de uma semente (Ez 17, 22s.; cf.
Dn 4,1ss.; Ez 31,1ss.). Imagina-se como uma conquista grandiosa do mundo (Is 49,23;
60,1ss.):esquece-se de quando a Bíblia fala de um povo de pecadores exilados e do Servo de
Deus humilhado. O imaginário de Israel submete-se à lei psicológica pela qual nossa memória
consciente grava o positivo e 'deleta' o negativo.
- Nessas duas parábolas, Jesus joga com o contraste entre a pequenez da semente e a
grandeza da planta, entre o caráter impuro do fermento e sua capacidade de contaminar
102
100
95
75
25
5
0
Dia 28 de Julho - Terça-feira da 17ª Semana do Tempo Comum
positivamente a massa toda. A insignificância da semente produzirá uma árvore grandiosa;
um punhado de farinha 'apodrecido' fermenta o bom trigo.
- De fato - ensina Jesus - faz parte dos mistérios do Reino (Mt 13,11) esse contraste entre a
insignificância atual e o esplendor futuro. Entre as duas situações, porém, há uma continuidade
real, parecida com a que existe entre a semente e a planta, o fermento e a massa crescida. Paulo
vai dizê-lo sem parábolas ao escrever à humanamente insignificante comunidade de Corinto:
“Aquilo que o mundo despreza, acha vil e diz que não tem valor, isso Deus escolheu para destruir
o que o mundo pensa que é importante” (1Cor 1,18). Segundo o Deuteronômio, Israel não foi
escolhido por suas qualidades, mas justamente por ser “o menor dos povos da terra” (Dt 7,7).
Manifestam-se aí a liberdade de Deus e a nossa libertação: liberdade de Deus, porque é amor, e o
amor se faz pequeno e humilde; nossa libertação, porque somos pequenos e, assim, somos
libertados de nossa mania de grandeza.
- Não convém aprisionar as duas parábolas numa interpretação única e definitiva. A
parábola, por sua própria natureza – falamos da parábola em geral, não só as de Jesus – é
sugestiva: indica, insinua, sugere interpretações diversas em situações diversas. Todas são
legítimas, desde que não anulem a linguagem da Cruz, que não foi um acaso, um acidente de
percurso, mas o “sinal” do Filho do Homem (Mt 24,30). E não se pense que o futuro glorioso do
Reino seja redutivamente intra-histórico, depois, quem sabe, de um novo Constantino, como
outra Idade Média, sob algum Inocêncio III* e similares. Não, absolutamente. “Vade retro,
satana”! (Mt 16,23)
O Minuto do Concílio
“Nenhuma ambição terrena move a Igreja.”
(Gaudium et spes 3)
Santos do dia: Pantaleão (+305); Meinrich de Tréveris (+596). Glodesindis (+610). Natália
de Córdoba (+853); Bertoldo de Garsten (+1142). Conrado de Ottobeuren (+1227); Maria
Madalena Martinengo di Barco (1687-1737).
Testemunhas do Reino: Eliseo Castellano (Porto Rico, 1991).
Datas comemorativas: Dia do Despachante; Dia Nacional da Prevenção de Acidentes de
Trabalho; Dia do Motociclista.
100
28
TERÇA-FEIRA DA 17ª SEMANA DO TEMPO COMUM
95
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
Antífona da entrada
Deus habita em seu templo santo, reúne
seus filhos em sua casa; é ele que dá força e
poder a seu povo.
75
Oração do dia
Ó Deus, sois o amparo dos que em vós
esperam e, sem vosso auxílio, ninguém é forte,
ninguém é santo; redobrai de amor para
25
5
103
0
Dia 28 de Julho - Terça-feira da 17ª Semana do Tempo Comum
104
conosco, para que, conduzidos por vós,
usemos de tal modo os bens que passam, que
possamos abraçar os que não passam.
Leitura - Ex 33,7-11; 34,5b.28
Leitura do Livro do Êxodo
Naqueles dias: 7 Moisés levantou a tenda e
armou-a longe, fora do acampamento, e deulhe o nome de Tenda da Reunião. Assim, todo
aquele que quisesse consultar o Senhor, saía
para a Tenda da Reunião, que estava fora do
acampamento. 8 Quando Moisés se dirigia para
lá, o povo se levantava e ficava de pé à entrada
da própria tenda, seguindo Moisés com os
olhos até ele entrar. 9 Logo que Moisés entrava
na Tenda, a coluna de nuvem baixava e ficava
parada à entrada, enquanto o Senhor falava com
Moisés. 10 Ao ver a coluna de nuvem parada à
entrada da Tenda, todo o povo se levantava e
cada um se prostrava à entrada da própria
tenda. 11 O Senhor falava com Moisés face a
face, como um homem fala com seu amigo.
Depois, Moisés voltava para o acampamento,
mas o seu jovem ajudante, Josué, filho de Nun,
não se afastava do interior da Tenda. 34,5b Moisés
invocou o nome do Senhor. 6 Enquanto o
Senhor passava diante dele, Moisés gritou:
"Senhor, Senhor, Deus misericordioso e clemente, paciente, rico em bondade e fiel, 7 que
conserva a misericórdia por mil gerações, e
perdoa culpas, rebeldias e pecados, mas não
deixa nada impune, pois castiga a culpa dos
pais nos filhos e netos, até à terceira e quarta
geração"! 8 Imediatamente, Moisés curvou-se
até o chão 9 e, prostrado por terra, disse:
"Senhor, se é verdade que gozo de teu favor,
peço-te, caminha conosco; embora este seja
um povo de cabeça dura, perdoa nossas culpas
e nossos pecados e acolhe-nos como propriedade tua". 28 Moisés esteve ali com o
Senhor quarenta dias e quarenta noites, sem
comer pão nem beber água, e escreveu nas
tábuas as palavras da aliança, os dez mandamentos. - Palavra do Senhor.
Salmo responsorial - Sl 102
R. O Senhor é indulgente, é favorável.
1. O Senhor realiza obras de justiça e
garante o direito aos oprimidos; revelou os seus
caminhos a Moisés, e aos filhos de Israel, seus
grandes feitos. R
2. O Senhor é indulgente, é favorável, é
paciente, é bondoso e compassivo. Não fica
sempre repetindo as suas queixas, nem guarda
eternamente o seu rancor. R
3. Não nos trata como exigem nossas
faltas, nem nos pune em proporção às nossas
culpas. Quanto os céus por sobre a terra se
elevam, tanto é grande o seu amor aos que o
temem. R
4. Quanto dista o nascente do poente,
tanto afasta para longe nossos crimes. Como
um pai se compadece de seus filhos, o Senhor
tem compaixão dos que o temem. R
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. A semente é de Deus a palavra, o Cristo
é o semeador, todo aquele que o encontra, vida
eterna encontrou. R.
Evangelho - Mt 13,36-43
A quem não quer entender, nem parábola
ajuda. É preciso clarear parábola. Mais ou
menos como quem explica piada. Oh! tristeza.
Mas Jesus não se recusa a retomar o que já
devia estar claro. Um fiapo de interesse já é um
bom motivo para a conversa continuar. Quando
o sinal não é claro, a palavra vem em apoio... e
vice-versa.
100
95
75
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo São Mateus
Naquele tempo: 36 Jesus deixou as multidões e foi para casa. Seus discípulos
aproximaram-se dele e disseram: "Explica-nos
25
5
0
Prece dos fiéis
Jesus compara o mistério do Reino a um
campo onde crescem juntos o trigo e o joio.
Peçamos ao Pai que o joio nunca sufoque o
trigo, e que deixemos para a colheita a
separação definitiva dos dois, dizendo: Ouvinos, Senhor.
1. Pelas comunidades eclesiais do nosso
país, para que o Espírito da verdade as ensine a
distinguir com sabedoria e paciência o trigo
semeado por Deus e o joio espalhado pelo
Maligno, rezemos ao Senhor.
2. Pelos que têm influência na formação da
opinião pública, para que, pela informação e
pela análise da realidade, favoreçam o cres-
cimento das pessoas, ajudando-as a distinguir
o bem do mal, rezemos ao Senhor.
3. Pelas irmãs contemplativas, para que o
Senhor lhes fale face a face, como quem fala
com um amigo e o ensina e dele aprende,
rezemos ao Senhor.
4. Pelos que se erguem contra Deus e
contra os outros, cometendo toda a espécie de
maldades, para que caiam em si, se arrependam e se convertam, rezemos ao Senhor.
5. Pelos membros da nossa comunidade
paroquial, para que aprendam a fazer escolhas
honestas e virtuosas à luz do Evangelho e do
ensino da Igreja, rezemos ao Senhor.
Senhor, Deus de bondade e de paz, fazeinos reconhecer em cada acontecimento triste
ou alegre a vossa mão que, de modo
misterioso, conduz o mundo. Por Cristo, nosso
Senhor.
Dia 28 de Julho - Terça-feira da 17ª Semana do Tempo Comum
a parábola do joio!" 37 Jesus respondeu: Aquele
que semeia a boa semente é o Filho do Homem.
38
O campo é o mundo. A boa semente são os
que pertencem ao Reino. O joio são os que
pertencem ao Maligno. 39 O inimigo que
semeou o joio é o diabo. A colheita é o fim dos
tempos. Os ceifadores são os anjos. 40 Como o
joio é recolhido e queimado ao fogo, assim
também acontecerá no fim dos tempos: 41 o
Filho do Homem enviará os seus anjos e eles
retirarão do seu Reino todos os que fazem
outros pecar e os que praticam o mal; 42 e
depois os lançarão na fornalha de fogo. Ali
haverá choro e ranger de dentes. 43 Então os
justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai.
Quem tem ouvidos, ouça." - Palavra da
Salvação.
Oração sobre as oferendas
Acolhei, ó Pai, os dons que recebemos de
vossa bondade e trazemos a este altar. Fazei
que estes santos mistérios, pela força da vossa
graça, nos santifiquem na vida presente e nos
conduzam à eterna alegria.
Oração depois da comunhão
Recebemos, ó Deus, este sacramento,
memorial permanente da paixão do vosso
Filho; fazei que o dom da vossa inefável
caridade possa servir à nossa salvação.
100
E
A Semente na Terra - Mt 13,36-43
95
a explicação da parábola de Mt 13,24-30 em casa, isto é, na comunidade. A Igreja, de
fato, corre dois riscos: tornar-se uma seita de justos que não tem misericórdia pelos
outros, ou um bando de imorais que justifica a própria imoralidade pela misericórdia
divina. A familiaridade com Jesus – os discípulos se “aproximam” – nos preservam do duplo
risco.
- A explicação, solicitada pelos discípulos (v. 36), divide-se em duas partes: a explicação
dos sete símbolos (vv. 37-39); a apresentação do juízo de Deus (vv. 40-43).
75
25
5
105
0
Dia 28 de Julho - Terça-feira da 17ª Semana do Tempo Comum
- O juízo será no fim, não agora. Deus o fará, não nós. O tempo presente é o da paciência –
nossa, dos outros e de Deus – para que possamos chegar à conversão e à salvação (2Pd 3,9).
- Primeiro elemento simbólico. O semeador. O Filho do Homem é Jesus, que anuncia a
palavra do Reino (13,19). Na verdade, a Palavra é Ele mesmo, que se torna sinal definitivo ao
tornar-se semente sepultada por três dias no coração da terra (Mt 12,40).
- Segundo. A boa semente. São os filhos e filhas do Reino, aqueles que escutam com o
coração belo e bom, e dão fruto.
- Terceiro. O campo. É o mundo inteiro (Mt 28,18), não só a comunidade (1Cor 3,9).
- Quarto. As ervas daninhas. Nós nos tornamos filhos de quem nós escutamos. Quem
escuta a Palavra, torna-se filho de Deus; quem dá ouvidos à mentira da serpente (Gn 3,1ss.),
torna-se filho do Maligno. Não é que ele “faça” alguma coisa; ele simplesmente “rouba” a
Palavra, trocando-a por uma palavra “verossímil”, quer dizer, parecida com a verdadeira, mas, na
verdade, não-verdadeira. Em nossa situação de peregrinos, temos essa dupla filiação: da semente
boa e bonita e das ervas daninhas.
- Quinto. O inimigo. O inimigo tem vários nomes. Um deles, talvez o mais significativo, é
“diabo”, que significa “divisor, divididor”. Seu propósito e intento é dividir o ser humano da
Palavra. Ele o faz com a mentira. Ele rouba a verdade do homem, que está na Palavra.
- Sexto. A colheita. É o fim do mundo. A palavra “fim” tem vários significados. “Fim” pode
significar destruição: aqui, não se trata disso; a destruição será um fenômeno natural. “Fim” pode
significar meta, objetivo, alvo: a finalidade do mundo é a comunhão de tudo e todos com o
Criador, que quer ser pai de seus filhos e filhas. “Fim” significa, aqui, realização final, completa,
definitiva. Será quando Deus tiver realizado no mundo a sua obra, sua obra-prima: a imagem do
Filho nos filhos e filhas. É como na colheita, quando a semente se torna pão e alegria. Só então
acontecerá o julgamento.
- Sétimo. Os ceifadores. O juízo será feito pelos “anjos”, que quer dizer “mensageiros”. Os
“anunciadores” da Palavra serão os juízes dos ouvintes da Palavra. Os “apóstolos” foram
enviados (apóstolo quer dizer enviado!) para semear a Palavra e é com base na Palavra anunciada
que seremos julgados. Não há nenhuma arbitrariedade e nenhuma surpresa.
- No fim, restará só o amor, que nunca terá fim (1Cor 13,8). A palha do nosso egoísmo será
queimada; só o que é precioso resistirá (1Cor 3,12-14). É preciso viver o presente com
responsabilidade em relação ao tempo e com misericórdia em relação aos irmãos!
O Minuto do Concílio
“Guiada pelo Espírito Santo, ela pretende somente uma coisa: continuar a obra do próprio
Cristo, que veio para salvar e não para condenar, para servir e não para ser servido.”
(Gaudium et spes 3)
100
95
Santos do dia: Vítor I (+199). Nazário e Celso (+304). Beato e Banto (VI-VII século). Benno II
de Osnabrück (1020-1088). Raimundo Palmieri Zansogni (1140-1200).
Testemunhas do Reino: Stanley Francisco Rother (Guatemala, 1981). Yvan Leyvraz, Bernd
Koberstein e José Fieux (Nicarágua, 1986).
Datas comemorativas: Início da 1ª Guerra Mundial (1914). Independência do Peru. Massacre
de 70 lavradores em San Juán Cotzal (Guatemala,1980).
106
75
25
5
0
(Cor branca - Ofício da memória)
O nome “Marta” é de origem aramaica ou
siríaca e significa “senhora”. Marta é uma das
irmãs de Lázaro de Betânia, uma cidadezinha
nas proximidades de Jerusalém. Maria, a irmã,
Marta, e o irmão, Lázaro, eram amigos de Jesus
(Jo 11,5). Por ocasião da ressurreição de
Lázaro, Marta proclamou Jesus Messias e Filho
de Deus (Jo 11,27). Lucas também fala de
Marta e Maria. Em Lucas, porém, Marta é
mulher totalmente voltada ao trabalho,
enquanto Maria é mulher que fica aos pés de
Jesus, ouvindo-o (Lc 10,38ss.). Mostra-se tão
envolvida com os trabalhos da casa e a
hospitalidade a Jesus que ‘despreza’ a escuta
da Palavra e, por isso, é censurada por Jesus:
“Marta, Marta! Você se preocupa e anda
agitada com muitas coisas; porém, uma só
coisa é necessária, Maria escolheu a melhor
parte, e esta não lhe será tirada.” (Lc 10,41b42).
Antífona da entrada
Jesus entrou numa aldeia e uma mulher
chamada Marta o recebeu em sua casa.
Oração do dia
Pai todo-poderoso, cujo filho quis
hospedar-se em casa de Marta, concedei por
sua intercessão que, servindo fielmente a
Cristo em nossos irmãos e irmãs, sejamos
recebidos por vós em vossa casa.
Leitura - 1Jo 4,7-16
Leitura da Primeira Carta de São João
7
Caríssimos, amemo-nos uns aos outros,
porque o amor vem de Deus e todo aquele que
ama nasceu de Deus e conhece Deus. 8 Quem
não ama, não chegou a conhecer Deus, pois
Deus é amor. 9 Foi assim que o amor de Deus se
manifestou entre nós: Deus enviou o seu Filho
único ao mundo, para que tenhamos vida por
meio dele. 10 Nisto consiste o amor: não fomos
nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos
amou e enviou o seu Filho como vítima de
reparação pelos nossos pecados. 11 Caríssimos, se Deus nos amou assim, nós também
devemos amar-nos uns aos outros. 12 Ninguém
jamais viu a Deus. Se nos amamos uns aos
outros, Deus permanece conosco e seu amor é
plenamente realizado entre nós. 13 A prova de
que permanecemos com ele, e ele conosco, é
que ele nos deu o seu Espírito. 14 E nós vimos, e
damos testemunho, que o Pai enviou o seu
Filho como Salvador do mundo. 15 Todo aquele
que proclama que Jesus é o Filho de Deus,
Deus permanece com ele, e ele com Deus. 16 E
nós conhecemos o amor que Deus tem para
conosco, e acreditamos nele. Deus é amor:
quem permanece no amor, permanece com
Deus, e Deus permanece com ele. - Palavra
do Senhor.
Dia 29 de Julho - Quarta-feira - Santa Marta - Memória
29
QUARTA-FEIRA - SANTA MARTA - Memória
Salmo responsorial - Sl 33
R. Bendirei o Senhor Deus em todo o
tempo!
1. Bendirei o Senhor Deus em todo o
tempo, seu louvor estará sempre em minha
boca. Minha alma se gloria no Senhor; que
ouçam os humildes e se alegrem! R.
2. Comigo engrandecei ao Senhor Deus,
exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as
vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos
os temores me livrou. R.
3. Contemplai a sua face e alegrai-vos, e
vosso rosto não se cubra de vergonha! Este
infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o
libertou de toda angústia. R.
100
95
75
25
5
107
0
Dia 29 de Julho - Quarta-feira - Santa Marta - Memória
4. O anjo do Senhor vem acampar ao redor
dos que o temem, e os salva. Provai e vede
quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem
nele o seu refúgio! R.
5. Respeitai o Senhor Deus, seus santos
todos, porque nada faltará aos que o temem. Os
ricos empobrecem, passam fome, mas aos que
buscam o Senhor não falta nada. R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Eu sou a luz do mundo; aquele que me
segue, não caminha entre as trevas, mas terá a
luz da vida. R.
Evangelho - Jo 11,19-27
A ressurreição de Lázaro, último milagre de
Jesus no Evangelho de João, é o “sinal dos
sinais”. Aponta ao mesmo tempo para a futura
ressurreição de Jesus, para nossa ressurreição
no final dos tempos e na vida presente, à
medida que morremos para o pecado e
renascemos para a vida nova dos filhos de
Deus.
+Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo João
Naquele tempo, 19 Muitos judeus tinham
vindo à casa de Marta e Maria para as consolar
por causa do irmão. 20 Quando Marta soube que
Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele.
Maria ficou sentada em casa. 21 Então Marta
disse a Jesus: "Senhor, se tivesses estado aqui,
meu irmão não teria morrido. 22 Mas mesmo
assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele to
concederá". 23 Respondeu-lhe Jesus: "Teu
irmão ressuscitará". 24 Disse Marta: "Eu sei que
ele ressuscitará na ressurreição, no último dia".
25
Então Jesus disse: "Eu sou a ressurreição e a
vida. Quem crê em mim, mesmo que morra,
viverá. 26 E todo aquele que vive e crê em mim,
não morrerá jamais. Crês isto?" 27 Respondeu
ela: "Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu
108
és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao
mundo". - Palavra da Salvação.
Ou: Evangelho - Lc 10,38-42
No Evangelho de Lucas, Jesus é recebido
duas vezes na casa de pecadores e duas em
casa de fariseus. Os pecadores o recebem com
alegria; os fariseus, com crítica. Na casa de
Marta e Maria, tem-se a impressão que
pecadores e fariseus se encontrem – personificados por Maria e Marta – num misto de
alegria e crítica. Maria simboliza o primado da
fé; Marta, as obras, sem as quais a fé é morta!
Ouçamos.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Lucas
Naquele tempo: 38Jesus entrou num povoado, e certa mulher, de nome Marta, recebeu-o
em sua casa. 39 Sua irmã, chamada Maria,
sentou-se aos pés do Senhor, e escutava a sua
palavra. 40 Marta, porém, estava ocupada com
muitos afazeres. Ela aproximou-se e disse:
"Senhor, não te importas que minha irmã me
deixe sozinha, com todo o serviço? Manda que
ela me venha ajudar!" 41 O Senhor, porém, lhe
respondeu: "Marta, Marta! Tu te preocupas e
andas agitada por muitas coisas. 42 Porém, uma
só coisa é necessária. Maria escolheu a melhor
parte e esta não lhe será tirada." - Palavra da
Salvação.
Prece dos fiéis
Elevemos ao Pai de Jesus as nossas
súplicas, para que, por intercessão de Santa
Marta, caminhemos na santidade e na justiça,
dizendo: Deus, fonte de toda a sant-idade,
ouvi-nos.
1. Pelas Igrejas do mundo inteiro, para
que, vivendo atentas à voz do Espírito, sejam
santas em todos os seus filhos e filhas, rezemos
ao Senhor.
100
95
75
25
5
0
Deus eterno e cheio de misericórdia, que
nos chamastes a ser santos e santas, humil-
N
demente Vos pedimos que, com o auxílio de
Santa Marta, vivamos o mistério pascal do
vosso Filho. Ele que é Deus convosco na
unidade do Espírito Santo.
Oração sobre as oferendas
Ó Deus, ouvi as nossas preces, ao
proclamarmos vossas maravilhas em Santa
Marta, e assim como vos agradou a sua
solicitude, também vos agrade a nossa liturgia.
Oração depois da comunhão
Ó Pai, que a comunhão do Corpo e Sangue
do vosso Filho nos desprenda das coisas
perecíveis para que, a exemplo de Santa Marta,
vos amemos sempre mais na terra e vos
contemplemos eternamente no céu.
Dia 29 de Julho - Quarta-feira - Santa Marta - Memória
2. Por todas as famílias, para que recebam
com alegria quem as visita, e vivam cada
encontro como momento de graça e salvação,
rezemos ao Senhor.
3. Pelas famílias da nossa diocese, para
que Jesus tenha nelas um lugar, como em
Betânia, na casa de Marta e de Maria, rezemos
ao Senhor.
4. Pelos que vivem absorvidos pelo
trabalho, para que, reconhecendo o essencial,
se disponham a sentar-se aos pés de Jesus
para O ouvir, rezemos ao Senhor.
5. Por todos nós aqui presentes em
assembleia, para que, na vinda de Cristo
Salvador, sejamos chamados à sua direita no
Reino eterno, rezemos ao Senhor.
A Semente na Terra - Lc 10,38-42
o Evangelho de Lucas, Jesus é recebido duas vezes na casa de pecadores (Lc 5,27ss.;
19,1ss.) e duas vezes em casa de fariseus (Lc 7,36ss.; 14,1ss.). Os primeiros o
recebem com alegria; os segundos, com crítica. Na casa de Marta e Maria, tem-se a
impressão que pecadores e fariseus se encontrem – personificados por Maria e Marta – num
misto de alegria e crítica. Marta hospeda Jesus e até se dá ao trabalho por ele, mas a verdadeira
acolhida vem de Maria, que Marta critica e Jesus defende (cf. Lc 7,36ss.).
- A caminho de Jerusalém, uma casa acolhe Jesus. Mas há duas maneiras de acolhê-lo.
Uma é a de Marta; outra, a de Maria. Marta, a mais velha, simboliza um lado de Israel. Ocupada em
fazer muitas ‘obras’ por aquele a quem chama “Senhor”, observa religiosamente os 613 preceitos
para preparar-se para o encontro com ele. Vive tão atarefada no cumprimento da Lei que nem se
apercebe que o Senhor chegou. Maria, a irmã mais nova, por outro lado, é aquela porção de Israel
que conhece a visita do Senhor. Ao seu chamado, responde “eis-me aqui” e acolhe a Palavra.
Interrompe os seus afazeres para fruir da presença do Esposo, cuja alegria consiste na alegria da
esposa. Senta-se aos seus pés – como o típico discípulo – e bebe de suas palavras. Chegou o dia
das núpcias (cf. Lc 5,34) e a discípula da Lei torna-se discípula do próprio Senhor.
- Acolhido, Jesus acolhe e ensina o mistério da acolhida do Pai nos irmãos e irmãs, que são
seus filhos e filhas. Aqui, na casa de Marta – enquanto casa de Maria! – Jesus revela o mistério do
Pai e do Filho a quem o escuta. Cura-o com o bálsamo da sua presença, inebria-o com o vinho da
sua palavra, para que possa segui-lo no caminho que ele abre e aponta a caminho de Jerusalém.
- Esta Maria, que não é a Madalena, mas a irmã de Lázaro, é a mesma que, em Jo 12,3, unge
Jesus em Betânia (cf. Mc 14,3-9; Mt 26,6-13). Poderia – mas nenhum texto o diz – ser a Maria de
Lc 7,36ss., que banha os pés de Jesus com suas lágrimas e enxuga com seus cabelos. Beija e
perfuma os pés daquele que caminhou do céu à terra e caminhou a terra inteira para chegar até ela.
100
95
75
25
5
109
0
Dia 30 de Julho - Quinta-feira da 17ª Semana do Tempo Comum
Agora, reconciliada, oferece sua casa para acolher aquele que não tem uma pedra sequer onde
reclinar a cabeça (Mt 8,20). Essa casa não é só aquela ‘hospedaria’ que ficava entre Jericó e
Jerusalém (cf. Lc 10,35), mas ela mesma. Seus olhos engolem seu rosto, seus ouvidos
escancaram-se à sua palavra. Maria está como que magnetizada por Jesus e delicia-se do seu
amor. Nem nota o desapontamento de Marta aquela que, antes, não se importou com o de Simão,
em cuja casa entrou com a soberana liberdade do amor. Pode ninguém aprová-la; não importa.
Jesus a aprova, e isso lhe basta.
- A presença de Jesus tem efeitos contrários nas duas. É alegria para Maria, é peso para
Marta. As duas – que são irmãs – não estão em oposição. A contraposição só é ressaltada por
aquela (Marta) que quer chamar a outra (Maria) ao dever. Diante da situação criada, Jesus
também será chamado a posicionar-se. E o fará com a liberdade do amor. Convidará Marta a
transformar-se em Maria, a lei a ceder o passo ao amor.
- Não se trata – como se fez tantas vezes – de contrapor Marta e Maria como ação e
contemplação. O que o evangelista pretende é purificar a ação na contemplação. A fonte da ação
de Maria é a escuta e a alegria do Esposo. Estando próxima a ele, será capaz de fazer o que ele faz e
ensina: “Vai e faz o mesmo” (Lc 10,37). Aí está o fundamento do discipulado: não consiste no que
fazemos – que, sem dúvida, é importante – mas em acolher o Senhor, demorar-se a assimilá-lo,
beber de sua boca, ouvi-lo.
O Minuto do Concílio
“A Igreja, a todo momento, tem o dever de perscrutar os sinais dos tempos e
interpretá-los à luz do Evangelho.” (Gaudium et spes 4)
Santos do dia: Marta de Betânia (I século). Simplício, Faustino e Beatriz (+305). Lobo
(Lupus) (383-479). Ladislau da Hungria (1040-1095). Urbano II (1040-1099).
Datas comemorativas: Nascimento da Princesa Isabel (1846). Dia da Identificação.
30
QUINTA-FEIRA DA 17ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(Cor verde - Ofício do dia de semana)
Antífona da entrada
Deus habita em seu templo santo, reúne
seus filhos em sua casa; é ele que dá força e
poder a seu povo.
usemos de tal modo os bens que passam, que
possamos abraçar os que não passam.
100
Leitura - Jr 15,10.16-21
95
Leitura do Livro do Profeta Jeremias
75
Oração do dia
10
Ó Deus, sois o amparo dos que em vós
esperam e, sem vosso auxílio, ninguém é forte,
ninguém é santo; redobrai de amor para
conosco, para que, conduzidos por vós,
110
Ai de mim, minha mãe, que me geraste
um homem de controvérsia, um homem em
discórdia com toda a gente! Não emprestei com
usura nem ninguém me emprestou, e contudo
todos me amaldiçoam. 16 Quando encontrei
25
5
0
Salmo responsorial - Sl 58
R. Sois meu refúgio no dia da aflição.
1. Libertai-me do inimigo, ó meu Deus, e
protegei-me contra os meus perseguidores!
Libertai-me dos obreiros da maldade,
defendei-me desses homens sanguinários! R.
2. Eis que ficam espreitando a minha vida,
poderosos armam tramas contra mim. Mas eu,
Senhor, não cometi pecado ou crime. R.
3. Minha força, é a vós que me dirijo,
porque sois o meu refúgio e proteção, Deus
clemente e compassivo, meu amor! Deus virá
com seu amor ao meu encontro, e hei de ver
meus inimigos humilhados. R.
4. Eu, então, hei de cantar vosso poder, e
de manhã celebrarei vossa bondade, porque
fostes para mim o meu abrigo, o meu refúgio no
dia da aflição. R.
5. Minha força, cantarei vossos louvores,
porque sois o meu refúgio e proteção, Deus
clemente e compassivo, meu amor! R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Eu vos chamo meus amigos, pois, vos
dei a conhecer o que o Pai me revelou. R.
Evangelho - Mt 13,44-46
É preciso procurar. Mas não basta procurar
e encontrar. É preciso decidir. O fundamento da
decisão é a paixão pelo tesouro do Reino de
Deus, e a alegria que sua posse provoca. A
alegria de encontrá-lo é a força para tomar a
decisão de levar o encontro até o fim. O amor a
Jesus nos torna indiferentes a tudo mais, que se
torna absolutamente relativo e secundário.
+Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo, disse Jesus à multidão:
"O Reino dos Céus é como um tesouro
escondido no campo. Um homem o encontra e
o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai,
vende todos os seus bens e compra aquele
campo. 45 O Reino dos Céus também é como
um comprador que procura pérolas preciosas.
46
Quando encontra uma pérola de grande valor,
ele vai, vende todos os seus bens e compra
aquela pérola". - Palavra da Salvação.
Dia 30 de Julho - Quinta-feira da 17ª Semana do Tempo Comum
tuas palavras, alimentei-me, elas se tornaram
para mim uma delícia e a alegria do coração, o
modo como invocar teu nome sobre mim,
Senhor Deus dos exércitos. 17 Não costumo
frequentar a roda dos folgazões e gabo-me
disso; fiquei a sós, sob o influxo de tua
presença e cheio de indignação. 18 Por que se
tornou eterna minha dor, por que não sara
minha chaga maligna? Para mim te tornaste
como miragem de um regato, como visão
d'águas ilusórias. 19 Ainda assim, isto diz-me o
Senhor: "Se te converteres, converterei teu
coração, para te sustentares em minha
presença; se souberes separar o precioso do
vil, falarás por minha boca; os outros voltarão
para ti, e tu não voltarás para eles. 20 Em favor
deste povo, farei de ti uma muralha de bronze
fortificada; combaterão contra ti, mas não
prevalecerão, porque eu estou contigo para te
salvar e te defender diz o Senhor. 21 Eu te
libertarei das mãos dos perversos e te salvarei
dos prepotentes". - Palavra do Senhor.
44
Prece dos fiéis
Jesus compara o Reino a uma rede que
apanha toda a espécie de peixes, bons e maus.
Da mesma forma, no corpo da Igreja convivem
santos e pecadores. Rezemos para que todos
se salvem, dizendo: Ouvi-nos, Senhor.
100
95
1. Pelas Igrejas católica, ortodoxa e protestante, para que sejam unânimes no anúncio
da Palavra de Deus, luz para nossa caminhada,
lâmpada para nossos passos, rezemos ao
Senhor.
2. Pelos que andam na presença do
Senhor e buscam fazer da melhor maneira tudo
75
25
5
111
0
Dia 30 de Julho - Quinta-feira da 17ª Semana do Tempo Comum
o que Ele pede, para que, um dia, cheguem a
contemplá-Lo face a face, rezemos ao Senhor.
3. Pelos que ainda não conhecem Jesus
Cristo, para que possam ouvir quanto antes a
Boa Nova e adorar o seu Senhor em toda a
parte, rezemos ao Senhor.
4. Por tantos batizados que, entre nós e
pelo mundo afora, vivem atentos a tudo menos
ao Evangelho, para que a palavra de Jesus
possa tocá-los e acordá-los, rezemos ao
Senhor.
5. Por todos nós aqui reunidos na celebração da Eucaristia, para que nunca nos
cansemos de fazer o bem, mesmo que
fiquemos longe do ideal com que sonhamos,
rezemos ao Senhor.
Fazei, Senhor, que, em seu trabalho de
chamar os seres humanos para a verdadeira
vida e a autêntica liberdade, vossa Igreja
respeite e acompanhe a história e a situação de
cada um. Por Cristo, nosso Senhor.
Oração sobre as oferendas
Acolhei, ó Pai, os dons que recebemos de
vossa bondade e trazemos a este altar. Fazei
que estes santos mistérios, pela força da vossa
graça, nos santifiquem na vida presente e nos
conduzam à eterna alegria.
Oração depois da comunhão
Recebemos, ó Deus, este sacramento,
memorial permanente da paixão do vosso
Filho; fazei que o dom da vossa inefável
caridade possa servir à nossa salvação.
SÃO PEDRO CRISÓLOGO, Bispo e Doutor da Igreja
MEMÓRIA FACULTATIVA (Cor branca - Ofício da memória)
(Missa: bispos - MR, 754; doutores - MR, 764)
Oração do dia
Ó Deus, que fizestes do bispo São Pedro
Crisólogo egrégio pregador do vosso Verbo
S
encarnado, concedei-nos por suas preces
meditar sempre os mistérios da salvação e
anunciá-los em nossa vida.
A Semente na Terra - Mt 13,44-46
ão duas parábolas, muito semelhantes: a do tesouro no campo (v. 44) e a da pérola
preciosa (vv. 45-46). A primeira é mais ‘rural’; a segunda, mais ‘urbana’. Não são
dirigidas às multidões, mas aos discípulos (13,36).
- Essas duas parábolas são simétricas, ainda que suas pequenas diferenças iluminem
aspectos diferentes do tema da decisão por aquilo que realmente vale. Os verbos-chave são
“encontrar” (resultado de uma busca!), “vender tudo” para “comprar”; os substantivos-chave são
“tesouro” (escondido) e “pérola” (preciosa), que sublinham o valor e a beleza do Reino.
- É preciso procurar. Mas não basta procurar e encontrar. É preciso decidir. Não dá para
ficar com um pé em cada canoa. O motivo da decisão é a paixão pelo tesouro, a “alegria” que sua
posse provoca. A alegria de encontrá-lo é a força para tomar a decisão de levar o encontro até o
fim. O amor a Jesus nos torna indiferentes a tudo o mais, que se torna absolutamente relativo e
secundário.
- A alegria que Deus nos dá é justamente para levar-nos a decidir. Por outro lado, o inimigo
faz de tudo para tornar-nos tristes: quer atrapalhar a nossa decisão pelo Reino.
112
100
95
75
25
5
0
O Minuto do Concílio
“O gênero humano encontra-se hoje em uma fase nova de sua história, na qual
mudanças profundas e rápidas estendem-se progressivamente ao universo inteiro.”
(Gaudium et spes 4)
Santos do dia: Abdon e Sennen (+ 304). Pedro Crisólogo (380-450). Bado (ou Bato ou Batho)
de Frísia (X/XI século). Rufino de Assis (s.d.). Ingeborg (1180-1237). Leopoldo de Castelnuovo
(1866-1942). Wiltrud de Hohenwart (+ 1081).
Testemunhas do Reino: Miguel Hidalgo (México, 1811).
Datas comemorativas: Nascimento de Mário de Miranda Quintana (1905), poeta gaúcho.
Morte do Pe. Roberto Landell de Moura, grande inventor brasileiro, em Porto Alegre, RS (1928).
31
SEXTA-FEIRA - S. INÁCIO DE LOYOLA, Presbítero - Memória
(Cor branca - Ofício da memória)
Nasceu em Loyola, no País Basco, Espanha.
Na infância, foi pajem na corte de um parente
cavaleiro, onde aprendeu as maneiras nobres
que sempre o acompanharam. Era soldado a
serviço do vice-rei de Navarra quando, no
assédio à fortaleza de Pamplona, foi gravemente ferido. Durante a prolongada convalescença,
entregou-se à leitura da vida dos santos –
sobretudo, a Legenda Áurea, de Jácopo da
Voragine – que o despertaram para Deus.
Encetou uma peregrinação à Terra Santa.
Buscou orientação junto aos beneditinos de
Montserrat. Fez um ‘retiro’ prolongado em
Manresa – que foi matriz dos Exercícios
Espirituais, que Inácio e os jesuítas difundirão
por todo o mundo, até hoje – onde consolidou
sua conversão e sua vocação ao presbiterado.
Na universidade de Paris, com alguns colegas
de estudos, em 1528, colocou as bases da sua
Ordem religiosa, a Companhia de Jesus. Em
Roma, fundou o Colégio Romano – futura
Dia 31 de Julho - Sexta-feira - Santo Inácio de Loyola, Presbítero - Memória
- Na verdade, Jesus é o tesouro escondido e a pérola preciosa. Ele se deixa encontrar por
quem o procura (Is 66,6) e procura quem o encontra (Is 65,1). Ele é a própria Sabedoria que
convida a uns e outros ao banquete da vida!
Universidade Gregoriana – e o Colégio
Germânico, para preparar sacerdotes para a
Alemanha, que enfrentava a dura crise da
Reforma luterana e da divisão. Sua Ordem foi
aprovada pela Santa Sé em 1540. Inácio
morreu em Roma em 1556.
Antífona da entrada
Ao nome de Jesus todo joelho se dobre no
céu, na terra e nos abismos, e toda língua
proclame, para glória de Deus Pai, que Jesus
Cristo é Senhor.
100
95
Oração do dia
75
Ó Deus, que suscitastes em vossa Igreja
Santo Inácio de Loyola para programar a maior
glória do vosso nome, fazei que, auxiliados por
ele, imitemos seu combate na terra, para
partilharmos no céu sua vitória.
25
5
113
0
Dia 31 de Julho - Sexta-feira - Santo Inácio de Loyola, Presbítero - Memória
Leitura - Jr 18,1-6
Leitura do Livro do Profeta Jeremias
1
Palavra dirigida a Jeremias, da parte do
Senhor: 2 "Levanta-te e vai à casa do oleiro, e ali
te farei ouvir minhas palavras". 3 Fui à casa do
oleiro, e eis que ele estava trabalhando ao
torno; 4 quando o vaso que moldava com barro
se avariava em suas mãos, ei-lo de novo a fazer
com esse material um outro vaso, conforme
melhor lhe parecesse aos olhos. 5 Fez-se em
mim a palavra do Senhor: 6 "Acaso não posso
fazer convosco como este oleiro, casa de
Israel? diz o Senhor. Como é o barro na mão do
oleiro, assim sois vós em minha mão, casa de
Israel". - Palavra do Senhor.
Salmo responsorial - Sl 145
R. Feliz quem se apoia no Deus de
Jacó!
1. Bendize, minh'alma, ao Senhor! Bendirei ao Senhor toda a vida, cantarei ao meu
Deus sem cessar! R.
2. Não ponhais vossa fé nos que mandam,
não há homem que possa salvar. Ao faltar-lhe o
respiro ele volta para a terra de onde saiu; nesse
dia seus planos perecem. R.
3. É feliz todo homem que busca seu
auxílio no Deus de Jacó, e que põe no Senhor a
esperança. O Senhor fez o céu e a terra, fez o
mar e o que neles existe. R.
Aclamação ao Evangelho
R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.
V. Abri-nos, ó Senhor, o coração, para
ouvirmos a palavra de Jesus! R.
Evangelho - Mt 13,47-53
A rede é do tamanho do coração de Deus. E
o coração de Deus não tem tamanho. É
imensidão de perder de vista. Mas cabe passar
114
a peneira pra ver o que é bom e o que não
presta. Compaixão não é vale-tudo. Misericórdia não é salva-conduto para se comer da
árvore do bem e do mal. Deus não é só coração;
é também fígado, estômago, pulmão, rim. Sem
filtro, muita água boa engana.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus
Cristo segundo Mateus
Naquele tempo, disse Jesus à multidão:
"O Reino dos Céus é ainda como uma rede
lançada ao mar e que apanha peixes de todo
tipo. 48 Quando está cheia, os pescadores
puxam a rede para a praia, sentam-se e
recolhem os peixes bons em cestos e jogam
fora os que não prestam. 49 Assim acontecerá no
fim dos tempos: os anjos virão para separar os
homens maus dos que são justos, 50 e lançarão
os maus na fornalha de fogo. E aí, haverá choro
e ranger de dentes. 51 Compreendestes tudo
isso?" Eles responderam: "Sim". 52 Então Jesus
acrescentou: "Assim, pois, todo mestre da Lei,
que se torna discípulo do Reino dos Céus, é
como um pai de família que tira do seu tesouro
coisas novas e velhas". 53 Quando Jesus
terminou de contar essas parábolas, partiu dali.
- Palavra da Salvação.
47
Prece dos fiéis
Por intercessão de Santo Inácio de Loiola,
fundador dos Jesuítas, oremos ao Bom Pastor,
para que nos ensine a trabalhar para sua maior
glória e pela salvação da humanidade, dizendo:
Guiai-nos, Senhor, no caminho da vida.
1. Pela Igreja una, santa e apostólica, para
que Deus a proteja com o auxílio de Santo
Inácio de Loiola e a conduza às verdadeiras
alegrias, rezemos ao Senhor.
2. Pelo papa Francisco e por todos os
Pastores, para que sirvam aos cristãos a palavra
divina e se alimentem na ação e na contemplação, rezemos ao Senhor.
3. Por todos os membros da Companhia
100
95
75
25
5
0
Pai de misericórdia, ouvi com bondade os
vossos servos e servas, e, por intercessão de
Santo Inácio de Loiola, concedei-lhes as graças
S
de que necessitam para sua felicidade e Vosso
santo serviço. Por Cristo, nosso Senhor.
Oração sobre as oferendas
Sejam do vosso agrado, Senhor nosso
Deus, as oferendas que apresentamos na festa
de Santo Inácio, para que os sagrados
mistérios, fonte de toda santidade, nos tornem
verdadeiramente santos.
Oração depois da comunhão
Ó Deus, que este sacrifício de louvor, que
vos oferecemos em ação de graças na festa de
Santo Inácio, nos leve a glorificar-vos eternamente.
A Semente na Terra - Mt 13,47-53
e a primeira parábola é mais rural e a segunda, mais urbana, a terceira é mais pesqueira, e
a última, de novo, mais urbana. Jesus, assim, fala a todos os ambientes e, a cada um,
numa linguagem adaptada.
- As duas parábolas de hoje – a da rede (vv. 47-50) e a do escriba (vv. 51-52) - versam
sobre a responsabilidade pessoal. Cada um é chamado a viver em primeira pessoa o tesouro da
vida filial (cf. Mt 13,24-30.36-43), e o escriba – quer dizer, o ministro habilitado a entender a
Palavra – a transmiti-la com fidelidade, inteligência e completeza.
- A parábola da rede ensina que a Igreja – diferentemente do que pensam aqueles santos
que vão para o inferno – não é uma seita de justos. Ela é uma grande rede lançada à água (do lago,
do rio ou do mar) para retirar os irmãos e as irmãs do abismo (cf. Mc 1,17). Ai de nós se não fosse
assim! Por isso, quem obteve misericórdia deve viver a misericórdia em relação aos outros. A
bondade salvadora de Deus é estímulo a corresponder a ela, e não desculpa para perder os
irmãos. A nossa salvação é ser como ele (cf. 5,48).
- O ‘escriba’ – na estrutura ministerial da Igreja, o papa, os bispos e os presbíteros – tem a
responsabilidade de entender tudo (v. 51) e transmiti-lo com fidelidade, respeitando a tradição e
sendo aberto à inovação (v. 52). O escriba deve ser capaz de interpretar o novo (testamento) à luz
do antigo (testamento), e o antigo à luz do novo, mostrando a verdade das promessas (AT) à luz de
Jesus (NT), que é a sua realização. O modelo é o próprio Mateus, que procura mediar entre os
“intransigentes” e os “liberais” da sua comunidade, mostrando como, no Nazireu* (2,23), se
cumprem as profecias, e, no profeta de Nazaré, se superam a Lei e a Aliança (Mt 5-7).
- A Igreja é feita por aqueles e aquelas que colocam Jesus – tesouro e pérola - no centro de
suas vidas, relacionando-se com as coisas e as pessoas do jeito que agrada a Ele. Cada um é
pessoalmente responsável por viver esse amor e conforme a esse amor. O escriba, sobretudo, tem
a responsabilidade de transmitir sabiamente esse tesouro, antigo quanto o Jardim do Éden, novo
como os novos céus e a nova terra!
Dia 31 de Julho - Sexta-feira - Santo Inácio de Loyola, Presbítero - Memória
de Jesus, para que, inspirados em Santo Inácio
de Loiola, levem a todos a Boa Nova do Reino
pelo testemunho da vida e pelo anúncio da
Palavra, rezemos ao Senhor.
4. Por todos aqueles que se desorientaram
na vida, para que, seguindo o exemplo de Santo
Inácio, encontrem o caminho da vida verdadeira
e da autêntica liberdade, rezemos ao Senhor.
5. Pelos missionários e missionárias,
sejam eles religiosos, Pastores ou leigos, para
que se encontrem cada vez mais intimamente
com Cristo, a Ele entreguem sua vida e com Ele
se entreguem à missão, rezemos ao Senhor.
100
95
75
25
5
115
0
Dia 31 de Julho - Sexta-feira - Santo Inácio de Loyola, Presbítero - Memória
O Minuto do Concílio
“Marcados por circunstâncias tão complexas, muitos dos nossos contemporâneos são
incapazes de discernir os valores verdadeiramente permanentes e de os harmonizar com os
novamente descobertos” (Gaudium et spes, 4).
Santos do dia: Germano de Auxerre / Ravenna (378-448). João Colombini (1300-1367).
Inácio de Loyola (1491-1556). Justino de Jacobis (1800-1860). Elisabeth Afonsa Eppinger (18141867).
Testemunhas do Reino: Arlen Siu (Nicarágua, 1975).
Datas comemorativas: Libertação dos Indígenas do Brasil (1609). Lançamento, por Gandhi,
da campanha de desobediência civil, na Índia (1920). Massacre de Chota (Peru, 1979).
ABC DO CRISTIANISMO
[1] Nazireu. Palavra hebraica que significa “dedicado” ou “consagrado”. Os “nazireus” eram
homens e mulheres que entravam numa condição de consagração através de um voto feito pela própria
pessoa ou por seus pais (cf. Nm 6,1-21; 1Sm 1,1-11; Jz 13,1-7). Deviam observar três condições para
entrar e permanecer neste estado de vida: não comer uva nem tomar bebidas inebriantes; não raspar a
barba nem cortar o cabelo; não se aproximar de um cadáver (Nm 6,1-7). Terminado o nazireato, o
indivíduo podia tomar vinho (Nm 6,20); alguns eram tentados a fazê-lo já antes (Am 2,10-11). José do
Egito é apresentado como “nazir” (Gn 49,26; Dt 33,16); provavelmente, também Samuel (1Sm 1,11);
Sansão (Jz 13,7; 16,17). No Novo Testamento, é provável que um dos significados ligados ao fato de
Jesus ser chamado “nazareno” (Mt 2,23) é que ele tinha sido visto como “nazireu”, no sentido de
consagrado a Deus desde o ventre materno.
Paramentos e
Objetos Litúrgicos
www.cordis.com.br
100
95
CORDIS - Diocese de Colatina
Rua Santa Maria, 350 . Centro . CEP. 29 700-200
Colatina.ES . [email protected]
Tel.:(27) 2102.5050
75
25
5
116
0
1.2 - ATO PENITENCIAL
Pr. - O Senhor Jesus, que nos convida à
mesa da Palavra e da Eucaristia, nos chama à
conversão. (Pausa).
Confessemos os nossos pecados:
AS. - Confesso a Deus todo-poderoso e a
vós, irmãos e irmãs, que pequei muitas vezes
por pensamentos e palavras, atos e omissões,
por minha culpa, minha tão grande culpa. E
peço à Virgem Maria, aos anjos e santos e a vós,
irmãos e irmãs, que rogueis por mim a Deus,
nosso Senhor.
Pr. - Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos
conduza à vida eterna. (Pausa).
AS. - Amém.
Seguem as invocações:
Pr. - Senhor, tende piedade de nós.
AS. - Senhor, tende piedade de nós.
Pr. - Cristo, tende piedade de nós.
AS. - Cristo, tende piedade de nós.
Pr. - Senhor, tende piedade de nós.
AS. - Senhor, tende piedade de nós.
ou
Pr. - Senhor, que viestes salvar os
corações arrependidos, tende piedade de nós.
AS. - Senhor, tende piedade de nós.
Pr. - Cristo, que viestes chamar os
pecadores, tende piedade de nós.
AS. - Cristo, tende piedade de nós.
Pr. - Senhor, que intercedeis por nós
junto do Pai, tende piedade de nós.
AS. - Senhor, tende piedade de nós.
Pr. - Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos
conduza à vida eterna.
AS. - Amém!
Rito da Missa da Comunidade
1.1 - SAUDAÇÃO
Pr. - Em nome do Pai e do Filho e do
Espírito Santo.
AS. - Amém.
Pr. - A graça de nosso Senhor Jesus
Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito
Santo estejam convosco!
AS. - Bendito seja Deus que nos reuniu no
amor de Cristo.
1.3 - HINO DE LOUVOR
Pr. - Glória a Deus nas alturas,
AS. - e paz na terra aos homens por ele
amados. Senhor Deus, rei dos céus, Deus Pai
todo-poderoso: nós vos louvamos, nós vos
bendizemos, nós vos adoramos, nós vos
glorificamos, nós vos damos graças por vossa
imensa glória. Senhor Jesus Cristo, Filho
unigênito, Senhor Deus, Cordeiro de Deus,
Filho de Deus Pai. Vós que tirais o pecado do
mundo, tende piedade de nós. Vós que tirais o
pecado do mundo, acolhei a nossa súplica. Vós
que estais à direita do Pai, tende piedade de
nós. Só vós sois o Santo, só vós, o Senhor, só
vós, o Altíssimo, Jesus Cristo, com o Espírito
Santo, na glória de Deus Pai. Amém.
100
95
75
1.4 - ORAÇÃO DO DIA (própria do dia)
Pr. = presidente.
AS. = assembleia.
25
5
117
0
Rito da Missa da Comunidade
2.1 - LEITURA (s) (próprias do dia)
2.2 - EVANGELHO (próprio do dia)
2.3 - PROFISSÃO DE FÉ
Símbolo apostólico
Pr. - Creio em Deus
AS. - Pai, todo-poderoso, criador do céu e da
terra; e em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso
Senhor, que foi concebido pelo poder do Espírito
Santo; nasceu da virgem Maria, padeceu sob Pôncio
Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu à
mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia;
subiu aos céus; está sentado à direita de Deus Pai
todo-poderoso, donde há de vir a julgar os vivos e
mortos. Creio no Espírito Santo, na Santa Igreja
Católica, na comunhão dos santos, na remissão dos
pecados, na ressurreição da carne, na vida eterna.
Amém.
Creio Niceno-Constantinopolitano
Pr. - Creio em um só Deus
AS. - Pai todo-poderoso, criador do céu e da
terra, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Creio
em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho unigênito de
Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos: Deus
de Deus, luz da luz, Deus verdadeiro de Deus
verdadeiro; gerado, não criado, consubstancial ao
Pai. Por ele todas as coisas foram feitas. E por nós,
homens, e para nossa salvação, desceu dos céus:
(reverência) e se encarnou pelo Espírito Santo, no seio
da virgem Maria, e se fez homem. Também por nós foi
3.1 - PREPARAÇÃO DAS OFERENDAS
Pr. - Bendito sejais, Senhor, Deus do universo,
pelo pão que recebemos de vossa bondade, fruto da
terra e do trabalho do homem, que agora vos
apresentamos, e para nós se vai tornar pão da vida.
AS. - Bendito seja Deus para sempre!
Pr. - Bendito sejais, Senhor, Deus do universo,
pelo vinho que recebemos de vossa bondade, fruto
da videira e do trabalho do homem, que agora vos
apresentamos e para nós se vai tornar vinho da
salvação.
AS. - Bendito seja Deus para sempre!
Pr. - Orai, irmãos, para que o nosso sacrifício
seja aceito por Deus Pai todo-poderoso.
AS. - Receba o Senhor por tuas mãos este
sacrifício, para glória do seu nome, para nosso bem
e de toda a santa Igreja.
118
crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi
sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as
Escrituras, e subiu aos céus, onde está sentado à
direita do Pai. E de novo há de vir, em sua glória, para
julgar os vivos e os mortos; e o seu reino não terá fim.
Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, e
procede do Pai e do Filho; e com o Pai e o Filho é
adorado e glorificado: ele que falou pelos profetas.
Creio na Igreja, una, santa, católica e apostólica.
Professo um só batismo para remissão dos pecados.
E espero a ressurreição dos mortos e a vida do mundo
que há de vir. Amém.
3.2 - ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS
(própria do dia)
3.3 - ORAÇÃO EUCARÍSTICA
Pr. - O Senhor esteja convosco!
AS. - Ele está no meio de nós.
Pr. - Corações ao alto!
AS. - O nosso coração está em Deus.
Pr. - Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
AS. - É nosso dever e nossa Salvação.
Pr. - (Reza o prefácio adequado).
Ao fim do prefácio, todos cantam (rezam):
AS. - Santo, Santo, Santo, Senhor, Deus do
universo! O céu e a terra proclamam a vossa glória.
Hosana nas alturas! Bendito o que vem em nome do
Senhor! Hosana nas alturas!
100
95
75
25
5
0
1- Prefácio dos Domingos do Tempo
Comum, IV
A história da salvação.
Na verdade, é justo e necessário, é nosso
dever e salvação dar-vos graças, sempre em
todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e
todo-poderoso, por Cristo Senhor nosso.
Nascendo na condição humana, renovou
inteiramente a humanidade. Sofrendo a paixão,
Apagou nossos pecados. Ressurgindo,
glorioso, da morte, trouxe-nos a vida eterna.
Subindo, triunfante, ao céu, abriu-nos as portas
da eternidade. E, enquanto esperamos a
plenitude de vosso Reino, com os anjos e com
todos os santos, nós vos aclamamos, cantando
(dizendo) a uma só voz:
2 - Prefácio dos Domingos do Tempo
Comum, V
A criação.
Na verdade, é justo e necessário, é nosso
dever e salvação dar-vos graças, sempre em
todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e
todo-poderoso. Vós criastes o universo
e dispusestes os dias e as estações. Formastes
o homem e a mulher à vossa imagem, e a eles
submetestes toda a criação. Libertastes os fiéis
do pecado e lhes destes o poder de vos
louvar, por Cristo, Senhor nosso. Unidos à
multidão dos anjos e dos santos, proclamamos
vossa bondade, cantando (dizendo) a uma só
voz:
3 - Prefácio da Virgem Maria, I
A maternidade da Virgem Maria.
Na verdade, é justo e necessário, é nosso
dever e salvação dar-vos graças, sempre em
todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e
todo-poderoso, e, na festa (...) de Maria,
sempre Virgem, celebrar os vossos louvores. À
sombra do Espírito Santo, Ela concebeu o
vosso Filho único e, permanecendo virgem,
deu ao mundo a luz eterna, Jesus Cristo, Senhor
nosso. Por ele, os anjos cantam vossa
grandeza, os santos proclamam vossa glória.
Concedei-nos também a nós associar-nos a
seus louvores, cantando (dizendo) a uma só
voz:
Prefácios do Mês
PREFÁCIOS DO MÊS
4 - Prefácio dos Apóstolos, I
Os Apóstolos, pastores do povo de Deus.
Na verdade, é justo e necessário, é nosso
dever e salvação dar-vos graças, sempre em
todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e
todo-poderoso e cheio de bondade. Pastor
eterno, vós não abandonais o rebanho, mas o
guardais constantemente pela proteção dos
Apóstolos. E, assim a Igreja é conduzida pelos
mesmos pastores que pusestes à sua frente
como representantes de vosso Filho, Jesus
Cristo, Senhor nosso. Por ele, os anjos
celebram a vossa grandeza e os santos
proclamam vossa glória. Concedei também a
nós associar a seus louvores, cantando
(dizendo) a uma só voz:
5 - Prefácio dos Mártires
O testemunho do martírio.
Na verdade, é justo e necessário, é nosso
dever e salvação dar-vos graças, sempre em
todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e
todo-poderoso. Pelo (a) mártir S. N., que
confessou o vosso nome e derramou seu
sangue como Cristo, manifestais vosso
admirável poder. Vossa misericórdia sustenta a
fragilidade humana e nos dá coragem para
sermos as testemunhas de Jesus Cristo, vosso
Filho e Senhor nosso. Enquanto esperamos a
glória eterna, com todos os vossos anjos e
santos, nós vos aclamamos, cantando
(dizendo) a uma só voz:
100
95
75
25
5
119
0
Orações Eucarísticas
6 - Prefácio dos Santos, II
O exemplo dos Santos.
proclamamos, jubilosos, vossa glória, cantando (dizendo) a uma só voz:
Na verdade, é justo e necessário, é nosso
dever e salvação dar-vos graças, sempre em
todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e
todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Pelo
testemunho admirável de vossos Santos e
Santas, revigorais constantemente a vossa
Igreja, provando vosso amor para conosco.
Deles recebemos o exemplo, que estimula na
caridade, e a intercessão fraterna, que nos ajuda
a trabalhar pela realização de vosso Reino.
Unidos à multidão dos anjos e dos santos,
proclamamos vossa bondade, cantando
(dizendo) a uma só voz:
9 - Prefácio Comum, V
Proclamação do mistério de Cristo.
7 - Prefácio dos Pastores
A presença dos santos Pastores na Igreja.
Na verdade, é justo e necessário, é nosso
dever e nossa salvação dar-vos graças, sempre
e em todo lugar, Senhor, Pai Santo, Deus eterno
e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Vós
nos concedeis a alegria de celebrar a festa de S.
N., e fortaleceis a vossa Igreja com o exemplo
de sua vida, o ensinamento de sua pregação e o
auxílio de suas preces. Enquanto a multidão dos
anjos e dos santos se alegra eternamente na
vossa presença, nós nos associamos a seus
louvores, cantando (dizendo) a uma só voz:
8 - Prefácio Comum, IV
O louvor, dom de Deus.
Na verdade, é justo e necessário, é nosso
dever e salvação dar-vos graças, sempre em
todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e
todo-poderoso. Ainda que nossos louvores não
vos sejam necessários, Vós concedeis o dom
de vos louvar. Eles nada acrescentaram ao que
sois mas nos aproximam de vós, por Jesus
Cristo, vosso Filho e Senhor nosso. Por essa
razão, Os anjos do céu, as mulheres e os
homens da terra, unidos a todas as criaturas,
120
É nosso dever e salvação dar-vos graças,
sempre e em todo lugar, Senhor, Pai santo,
Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo,
Senhor nosso. Unidos na caridade, celebramos
a morte do vosso Filho, proclamamos com fé a
sua ressurreição e aguardamos, com firme
esperança, a sua vinda gloriosa, no fim dos
tempos. Enquanto a multidão dos anjos e dos
santos se alegra eternamente na vossa
presença, nós nos associamos aos seus
louvores,
10 - Prefácio dos Fiéis Defuntos, II
Morte de Cristo, vida do cristão.
Na verdade, é justo e necessário, é nosso
dever e salvação dar-vos graças, sempre em
todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e
todo-poderoso, por Cristo, senhor nosso.
Um por todos, ele aceitou morrer na cruz Para
nos livrar a todos da sua morte. Entregou de boa
vontade sua vida, para que pudéssemos viver
eternamente. Por isso, com os anjos e todos os
santos, nós vos aclamamos, cantando (dizendo) a uma só voz:
ORAÇÃO EUCARÍSTICA II
Pr. - Na verdade , é justo e necessário, é
nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre
e em todo o lugar, Senhor, Pai santo, Deus
eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor
nosso.
Ele é a vossa palavra viva, pela qual tudo
criastes. Ele é o nosso Salvador e Redentor,
verdadeiro homem, concebido do Espírito
Santo e nascido da Virgem Maria.
Ele, para cumprir a vossa vontade, e reunir
um povo santo em vosso louvor, estendeu os
100
95
75
25
5
0
presença e vos servir.
AS. - Recebei, ó Senhor, a nossa oferta!
Pr. - E nós vos suplicamos que,
participando do Corpo e Sangue de Cristo,
sejamos reunidos pelo Espírito Santo num só
corpo.
AS. - Fazei de nós um só corpo e um só
espírito!
Pr. - Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja que
se faz presente pelo mundo inteiro: que ela
cresça na caridade, com o papa N., com nosso
bispo N. e todos os ministros do vosso povo.
AS. - Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja!
Nas missas pelos fiéis defuntos pode-se
acrescentar:
Pr. - Lembrai-vos do vosso filho (da vossa
filha) N., que (hoje) chamastes deste mundo à
vossa presença. Concedei-lhe que, tendo
participado da morte de Cristo pelo batismo,
participe igualmente da sua ressurreição.
AS. - Concedei-lhe contemplar a vossa
face!
Pr. - Lembrai-vos também dos (outros)
nossos irmãos e irmãs que morreram na
esperança da ressurreição e de todos os que
partiram desta vida: acolhei-os junto a vós na
luz da vossa face.
AS. - Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos!
Pr. - Enfim, nós vos pedimos, tende piedade
de todos nós e dai-nos participar da vida eterna,
com a Virgem Maria, Mãe de Deus, com os
santos Apóstolos e todos os que neste mundo
vos serviram, a fim de vos louvarmos e
glorificarmos por Jesus Cristo, vosso Filho.
AS. - Concedei-nos o convívio dos eleitos!
Pr. - Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a
vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do
Espírito Santo, toda a honra e toda a glória,
agora e para sempre.
AS. - Amém.
Orações Eucarísticas
braços na hora da sua paixão, a fim de vencer a
morte e manifestar a ressurreição.
Por ele, os anjos celebram vossa grandeza e
os santos proclamam vossa glória. Concedeinos também a nós associar-nos a seus
louvores, cantando (dizendo) a uma só voz:
AS. - Santo, Santo, Santo...
Pr. - Na verdade, ó Pai, vós sois santo e
fonte de toda santidade. Santificai, pois, estas
oferendas, derramando sobre elas o vosso
Espírito, a fim de que se tornem para nós o
Corpo e + o Sangue de Jesus Cristo, vosso
Filho e Senhor nosso.
AS. - Santificai nossa oferenda, ó Senhor!
Pr. - Estando para ser entregue e abraçando
livremente a paixão, ele tomou o pão, deu
graças, e o partiu e deu a seus discípulos,
dizendo:
TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU
CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS.
Pr. - Do mesmo modo, ao fim da ceia, ele
tomou o cálice em suas mãos, deu graças
novamente, e o deu a seus discípulos, dizendo:
TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE
DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E
ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO
POR VÓS E POR TODOS PARA REMISSÃO DOS
PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM.
Pr. - Eis o mistério da fé!
AS. - Anunciamos, Senhor, a vossa morte e
proclamamos a vossa ressurreição. Vinde,
Senhor Jesus!
Ou:
AS. - Todas as vezes que comemos deste
pão e bebemos deste cálice, anunciamos,
Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos a
vossa vinda!
Ou:
AS. - Salvador do mundo, salvai-nos, vós
que nos libertastes pela cruz e ressurreição.
Pr. - Celebrando, pois, a memória da morte
e ressurreição do vosso Filho, nós vos
oferecemos, ó Pai, o pão da vida e o cálice da
salvação; e vos agradecemos porque nos
tornastes dignos de estar aqui na vossa
100
95
75
ORAÇÃO EUCARÍSTICA III
25
Pr. - Na verdade, vós sois santo, ó Deus do
universo, e tudo o que criastes proclama o
5
121
0
Orações Eucarísticas
122
vosso louvor, porque, por Jesus Cristo, vosso
Filho e Senhor nosso, e pela força do Espírito
Santo, dais vida e santidade a todas as coisas e
não cessais de reunir o vosso povo, para que
vos ofereça em toda parte, do nascer ao pôr-dosol, um sacrifício perfeito.
AS. - Santificai e reuni o vosso povo!
Pr. - Por isso, nós vos suplicamos:
santificai pelo Espírito Santo as oferendas que
vos apresentamos para serem consagradas, a
fim de que se tornem o Corpo e + o Sangue de
Jesus Cristo, vosso Filho e Senhor nosso, que
nos mandou celebrar este mistério.
AS. - Santificai nossa oferenda, ó Senhor!
Pr. - Na noite em que ia ser entregue, ele
tomou o pão, deu graças, e o partiu e deu a seus
discípulos, dizendo:
TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU
CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS.
Pr. - Do mesmo modo, ao fim da ceia, ele
tomou o cálice em suas mãos, deu graças
novamente, e o deu a seus discípulos, dizendo:
TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE
DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E
ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO
POR VÓS E POR TODOS PARA REMISSÃO DOS
PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM.
Eis o mistério da fé!
AS. - Anunciamos, Senhor, a vossa morte e
proclamamos a vossa ressurreição. Vinde,
Senhor Jesus!
Ou:
AS. - Todas as vezes que comemos deste
pão e bebemos deste cálice, anunciamos,
Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos a
vossa vinda!
Ou:
AS. - Salvador do mundo, salvai-nos, vós
que nos libertastes pela cruz e ressurreição.
Pr. - Celebrando agora, ó Pai, a memória do
vosso Filho, da sua paixão que nos salva, da sua
gloriosa ressurreição e da sua ascensão ao céu,
e enquanto esperamos a sua nova vinda, nós
vos oferecemos em ação de graças este
sacrifício de vida e santidade.
AS. - Recebei, ó Senhor, a nossa oferta!
Pr. - Olhai com bondade a oferenda da
vossa Igreja, reconhecei o sacrifício que nos
reconcilia convosco e concedei que,
alimentando-nos com o Corpo e o Sangue do
vosso Filho, sejamos repletos do Espírito Santo
e nos tornemos em Cristo um só corpo e um só
espírito.
AS. - Fazei de nós um só corpo e um só
espírito!
Pr. - Que ele faça de nós uma oferenda
perfeita para alcançarmos a vida eterna com os
vossos santos: a Virgem Maria, Mãe de Deus,
os vossos Apóstolos e Mártires, N.(o santo do
dia ou o padroeiro) e todos os santos, que não
cessam de interceder por nós na vossa
presença.
AS. - Fazei de nós uma perfeita oferenda!
Pr. - E agora, nós vos suplicamos, ó Pai,
que este sacrifício da nossa reconciliação
estenda a paz e a salvação ao mundo inteiro.
Confirmai na fé e na caridade a vossa Igreja,
enquanto caminha neste mundo: o vosso servo
o papa N., o nosso bispo N., com os bispos do
mundo inteiro, o clero e todo o povo que
conquistastes.
AS. - Lembrai-vos, ó Pai, da vossa Igreja!
Pr. - Atendei às preces da vossa família,
que está aqui, na vossa presença. Reuni em vós,
Pai de misericórdia, todos os vossos filhos e
filhas dispersos pelo mundo inteiro.
AS. - Lembrai-vos, ó Pai, dos vossos filhos!
Pr. - Acolhei com bondade no vosso reino
os nossos irmãos e irmãs que partiram desta
vida e todos os que morreram na vossa
amizade. Unidos a eles, esperamos também
nós saciar-nos eternamente da vossa glória, por
Cristo, Senhor nosso.
AS.- A todos saciai com vossa glória!
Pr. - Por ele dais ao mundo todo bem e toda
graça.
Pr. - Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a
vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do
Espírito Santo, toda a honra e toda a glória,
agora e para sempre.
AS. - Amém.
100
95
75
25
5
0
Pr. - É justo e nos faz todos ser mais santos
louvar a vós, ó Pai, no mundo inteiro, de dia e de
noite, agradecendo com Cristo, vosso Filho,
nosso irmão.
Pr. - É ele o sacerdote verdadeiro que
sempre se oferece por nós todos, mandando
que se faça a mesma coisa que fez naquela ceia
derradeira.
Pr. - Por isso, aqui estamos bem unidos,
louvando e agradecendo com alegria, juntando
nossa voz à voz dos anjos e à voz dos santos
todos, pra cantar (dizer):
AS.- Santo...
Pr. - Senhor, vós que sempre quisestes
ficar muito perto de nós, vivendo conosco no
Cristo, falando conosco por ele, mandai vosso
Espírito Santo, a fim de que as nossas ofertas se
mudem no Corpo + e no Sangue de nosso
Senhor Jesus Cristo.
AS. - Mandai vosso Espírito Santo!
Pr. - Na noite em que ia ser entregue,
ceando com seus apóstolos, Jesus, tendo o pão
em suas mãos, olhou para o céu e deu graças,
partiu o pão e o entregou a seus discípulos,
dizendo:
TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU
CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS.
Pr. - Do mesmo modo, no fim da ceia,
tomou o cálice em suas mãos, deu graças
novamente e o entregou a seus discípulos,
dizendo:
TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE
DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E
ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO
POR VÓS E POR TODOS, PARA REMISSÃO DOS
PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM.
Tudo isto é mistério da fé!
AS. - Toda vez que se come deste Pão, toda
vez que se bebe deste Vinho, se recorda a
paixão de Jesus Cristo e se fica esperando sua
volta.
Pr. - Recordamos, ó Pai, neste momento,
a paixão de Jesus, nosso Senhor, sua
ressurreição e ascensão; nós queremos a vós
oferecer este Pão que alimenta e que dá vida,
este Vinho que nos salva e dá coragem.
AS. - Recebei, ó Senhor, a nossa oferta!
Pr. - E quando recebermos Pão e Vinho, o
Corpo e Sangue dele oferecidos, o Espírito nos
una num só corpo, pra sermos um só povo em
seu amor.
AS. - O Espírito nos una num só corpo!
Pr. - Protegei vossa Igreja que caminha nas
estradas do mundo rumo ao céu, cada dia
renovando a esperança de chegar junto a vós, na
vossa paz.
AS. - Caminhamos na estrada de Jesus!
Pr. - Dai ao santo Padre, o Papa N., ser bem
firme na Fé, na Caridade, e a N., que é Bispo
desta Igreja, muita luz pra guiar o seu rebanho.
AS. - Caminhamos na estrada de Jesus!
Pr. - Esperamos entrar na vida eterna com a
Virgem, Mãe de Deus e da Igreja, os apóstolos e
todos os santos, que na vida souberam amar
Cristo e seus irmãos.
AS. - Esperamos entrar na vida eterna!
Pr. - A todos que chamastes pra outra vida
na vossa amizade, e aos marcados com o sinal
da fé, abrindo vossos braços, acolhei-os. Que
vivam para sempre bem felizes no reino que pra
todos preparastes.
AS. - A todos dai a luz que não se apaga!
Pr. - E a nós, que agora estamos reunidos e
somos povo santo e pecador, dai força para
construirmos juntos o vosso reino que também
é nosso.
Pr. - Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a
vós, Deus Pai todo-poderoso, na unidade do
Espírito Santo, toda a honra e toda a glória,
agora e para sempre.
AS. - Amém.
Orações Eucarísticas
ORAÇÃO EUCARÍSTICA V
100
95
ORAÇÃO EUCARÍSTICA VI-D
Jesus que passa fazendo o bem
75
Pr. - Na verdade, é justo e necessário, é
nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre
e em todo lugar, Pai misericordioso e Deus fiel.
Vós nos destes vosso filho, Jesus Cristo, nosso
Senhor e redentor. Ele sempre se mostrou cheio
25
5
123
0
Orações Eucarísticas
124
de misericórdia pelos pequenos e pobres,
pelos doentes e pecadores, colocando-se ao
lado dos perseguidos e marginalizados. Com a
vida e a palavra anunciou ao mundo que sois
Pai e cuidais de todos como filhos e filhas. Por
essa razão, com todos os anjos e santos, nos
vos louvamos e bendizemos, e proclamamos o
hino de vossa glória, cantando (dizendo) a uma
só voz:
AS. - Santo, santo, santo...
Pr. - Na verdade, vós sois santo e digno de
louvor, ó Deus, que amais os seres humanos e
sempre os assistir no caminho da vida. Na
verdade, é bendito o vosso filho, presente no
meio de nós, quando nos reunimos por seu
amor. Como outrora aos discípulos, ele nos
revela as Escrituras e parte o pão para nós.
AS. - O vosso filho permaneça entre nós!
Pr. - Nós vos suplicamos, Pai de bondade,
que envieis o vosso Espírito Santo para
santificar estes dons do pão e do vinho, a fim de
que se tornem para nós o Corpo † e o Sangue
de nosso Senhor Jesus Cristo.
AS. - Mandai o vosso Espírito Santo!
Pr. - Na véspera de sua paixão, durante a
última ceia, ele tomou o pão, deu graças, e o
partiu e deu a seus discípulos, dizendo:
TOMAI, TODOS, E COMEI: ISTO É O MEU
CORPO, QUE SERÁ ENTREGUE POR VÓS.
Pr. - Do mesmo modo, ao fim da ceia, ele,
tomando o cálice em suas mãos, deu graças
novamente e o entregou a seus discípulos,
dizendo:
TOMAI, TODOS, E BEBEI: ESTE É O CÁLICE
DO MEU SANGUE, O SANGUE DA NOVA E
ETERNA ALIANÇA, QUE SERÁ DERRAMADO
POR VÓS E POR TODOS, PRA REMISSÃO DOS
PECADOS. FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM.
Pr. - Eis o mistério da fé!
AS. - Anunciamos, Senhor, a vossa morte e
proclamamos a vossa ressurreição. Vinde,
Senhor Jesus!
Ou:
AS. - Todas as vezes que comemos deste
pão e bebemos deste cálice, anunciamos,
Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos a
vossa vinda!
Ou:
AS. - Salvador do mundo, salvai-nos, vós
que nos libertastes pela cruz e ressurreição.
Pr. - Celebrando, pois, ó Pai santo, a
memória de Cristo, vosso filho, nosso salvador,
que pela paixão e morte de cruz fizestes entrar
na glória da ressurreição e colocastes à vossa
direita, anunciamos a obra do vosso amor até
que ele venha e vos oferecemos o pão da vida e
o cálice da bênção. Olhai com bondade para a
oferta da vossa Igreja. Nela vos apresentamos o
sacrifício pascal de Cristo, que vos foi
entregue. E concedei que, pela força do Espírito
do vosso amor, sejamos contados, agora e por
toda a eternidade, entre os membros do vosso
filho, cujo Corpo e Sangue comungamos.
AS. - Aceitai, ó Senhor, a nossa oferta!
Pr. - Senhor Deus, conduzi a vossa Igreja à
perfeição na fé e no amor, em comunhão com o
nosso papa (...), o nosso bispo (...), com todos
os bispos, presbíteros e diáconos e todo o povo
que conquistastes.
AS.- Confirmai o vosso povo na unidade!
Pr. - Dai-nos olhos para ver as necessidades e os sofrimentos dos nossos irmãos e
irmãs; inspirai-nos palavras e ações para
confortar os desanimados e oprimidos; fazei
que, a exemplo de Cristo e seguindo o seu
mandamento, nos empenhemos lealmente no
serviço a eles. Vossa Igreja seja testemunha
viva da verdade e da liberdade, da justiça e da
paz, para que toda a humanidade se abra à
esperança de um mundo novo.
AS. - Ajudai-nos a criar um mundo novo!
Pr. - Lembrai-vos dos nossos irmãos e
irmãs (...), que adormeceram na paz do vosso
Cristo, e de todos os falecidos, cuja fé só vós
conhecestes: acolhei-os na luz da vossa face e
concedei-lhes, no dia da ressurreição, a
plenitude da vida.
AS. - Concedei-lhes, ó Senhor, a luz
eterna!
Pr. - Concedei-nos, ainda, no fim da nossa
peregrinação terrestre, chegarmos todos à
morada eterna, onde viveremos para sempre
100
95
75
25
5
0
Pr. - Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a
vós, Deus Pai todo poderoso, na unidade do
Espírito Santo, toda a honra e toda a glória,
agora e para sempre.
AS. - Amém!
Pr. - Obedientes à palavra do Salvador e
formados por seu divino ensinamento,
ousamos dizer:
AS - Pai nosso que estais nos céus....
Pr. - Livrai-nos de todos os males, ó Pai, e
dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa
misericórdia, sejamos sempre livres do pecado
e protegidos de todos os perigos, enquanto,
vivendo a esperança, aguardamos a vinda do
Cristo salvador.
AS. - Vosso é o reino, o poder e a glória
para sempre!
Pr. - Senhor Jesus Cristo, dissestes aos
vossos apóstolos: eu vos deixo a paz, eu vos
dou a minha paz. Não olheis os nossos
pecados, mas a fé que anima vossa Igreja; dailhe, segundo o vosso desejo, a paz e a unidade.
Vós, que sois Deus, com o Pai e o Espírito
Santo.
AS. - Amém.
Pr. - A paz do Senhor esteja sempre
convosco.
AS. - O amor de Cristo nos uniu.
Pr. - Irmãos e irmãs, saudai-vos em
Cristo Jesus.
AS. - Cordeiro de Deus, que tirais o
pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do
mundo, tende piedade de nós. Cordeiro de
Deus, que tirais o pecado do mundo, dai-nos a
paz.
Pr. - Felizes os convidados para a ceia do
Senhor. Eis o Cordeiro de Deus. que tira o
pecado do mundo.
AS. - Senhor, eu não sou digno (a) de que
entreis em minha morada, mas dizei uma
palavra e serei salvo (a).
4.2 - ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO
(própria do dia)
Ritos Finais
convosco. E em comunhão com a bemaventurada virgem Maria, com os apóstolos e
mártires (santo do dia ou padroeiro) e todos os
santos, vos louvaremos e glorificaremos, por
Jesus Cristo, vosso filho.
100
5.1 - BÊNÇÃO FINAL
Pr. - O Senhor esteja convosco.
AS. - Ele está no meio de nós.
Pr. - Abençoe-vos Deus todo-poderoso,
Pai e Filho + e Espírito Santo.
AS. - Amém.
Pr. - Ide em paz, e o Senhor vos acompanhe.
AS. - Demos graças a Deus.
95
75
25
5
125
0
ABC da Liturgia
MISERICORDIAE VULTUS
Misericordiae Vultus
Bula de proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia
Francisco, bispo de Roma, Servo dos servos de Deus,
a quantos lerem esta carta graça, misericórdia e paz
1. Jesus Cristo é o rosto da misericórdia do Pai. O mistério da fé cristã parece encontrar nestas
palavras a sua síntese. Tal misericórdia tornou-se viva, visível e atingiu o seu clímax em Jesus de
Nazaré. O Pai, « rico em misericórdia » (Ef 2, 4), depois de ter revelado o seu nome a Moisés como «
Deus misericordioso e clemente, vagaroso na ira, cheio de bondade e fidelidade » (Ex 34, 6), não
cessou de dar a conhecer, de vários modos e em muitos momentos da história, a sua natureza
divina. Na « plenitude do tempo » (Gl 4, 4), quando tudo estava pronto segundo o seu plano de
salvação, mandou o seu Filho, nascido da Virgem Maria, para nos revelar, de modo definitivo, o seu
amor. Quem O vê, vê o Pai (cf. Jo 14, 9). Com a sua palavra, os seus gestos e toda a sua pessoa,
Jesus de Nazaré revela a misericórdia de Deus.
2. Precisamos sempre de novo contemplar o mistério da misericórdia. É fonte de alegria,
serenidade e paz. É condição da nossa salvação. Misericórdia: é a palavra que revela o mistério da
Santíssima Trindade. Misericórdia: é o ato último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso
encontro. Misericórdia: é a lei fundamental que mora no coração de cada pessoa, quando vê com
olhos sinceros o irmão que encontra no caminho da vida. Misericórdia: é o caminho que une Deus e
o homem, porque nos abre o coração à esperança de sermos amados para sempre, apesar da
limitação do nosso pecado.
3. Há momentos em que somos chamados, de maneira ainda mais intensa, a fixar o olhar na
misericórdia, para nos tornarmos nós mesmos sinal eficaz do agir do Pai. Foi por isso que
proclamei um Jubileu Extraordinário da Misericórdia como tempo favorável para a Igreja, a fim de se
tornar mais forte e eficaz o testemunho dos crentes.
O Ano Santo abrir-se-á no dia 8 de Dezembro de 2015, solenidade da Imaculada Conceição.
Esta festa litúrgica indica o modo de agir de Deus desde os primórdios da nossa história. Depois do
pecado de Adão e Eva, Deus não quis deixar a humanidade sozinha e à mercê do mal. Por isso,
pensou e quis Maria santa e imaculada no amor (cf. Ef 1, 4), para que Se tornasse a Mãe do
Redentor do homem. Perante a gravidade do pecado, Deus responde com a plenitude do perdão. A
misericórdia será sempre maior do que qualquer pecado, e ninguém pode colocar um limite ao
amor de Deus que perdoa. Na festa da Imaculada Conceição, terei a alegria de abrir a Porta Santa.
Será então uma Porta da Misericórdia, onde qualquer pessoa que entre poderá experimentar o amor
de Deus que consola, perdoa e dá esperança.
126
100
95
75
25
5
0
ABC da Liturgia
No domingo seguinte, o Terceiro Domingo de Advento, abrir-se-á a Porta Santa na Catedral de
Roma, a Basílica de São João de Latrão. E em seguida será aberta a Porta Santa nas outras Basílicas
Papais. Estabeleço que no mesmo domingo, em cada Igreja particular – na Catedral, que é a
Igreja-Mãe para todos os fiéis, ou na Concatedral ou então numa Igreja de significado especial – se
abra igualmente, durante todo o Ano Santo, uma Porta da Misericórdia. Por opção do Ordinário, a
mesma poderá ser aberta também nos Santuários, meta de muitos peregrinos que
frequentemente, nestes lugares sagrados, se sentem tocados no coração pela graça e encontram o
caminho da conversão. Assim, cada Igreja particular estará diretamente envolvida na vivência
deste Ano Santo como um momento extraordinário de graça e renovação espiritual. Portanto o
Jubileu será celebrado, quer em Roma quer nas Igrejas particulares, como sinal visível da
comunhão da Igreja inteira.
4. Escolhi a data de 8 de Dezembro, porque é cheia de significado na história recente da Igreja.
Com efeito, abrirei a Porta Santa no cinquentenário da conclusão do Concílio Ecuménico Vaticano
II. A Igreja sente a necessidade de manter vivo aquele acontecimento. Começava então, para ela,
um percurso novo da sua história. Os Padres, reunidos no Concílio, tinham sentido forte, como um
verdadeiro sopro do Espírito, a exigência de falar de Deus aos homens do seu tempo de modo mais
compreensível. Derrubadas as muralhas que, por demasiado tempo, tinham encerrado a Igreja
numa cidadela privilegiada, chegara o tempo de anunciar o Evangelho de maneira nova. Uma nova
etapa na evangelização de sempre. Um novo compromisso para todos os cristãos de
testemunharem, com mais entusiasmo e convicção, a sua fé. A Igreja sentia a responsabilidade de
ser, no mundo, o sinal vivo do amor do Pai.
Voltam à mente aquelas palavras, cheias de significado, que São João XXIII pronunciou na
abertura do Concílio para indicar a senda a seguir: « Nos nossos dias, a Esposa de Cristo prefere
usar mais o remédio da misericórdia que o da severidade. (…) A Igreja Católica, levantando por
meio deste Concílio Ecuménico o facho da verdade religiosa, deseja mostrar-se mãe amorosa de
todos, benigna, paciente, cheia de misericórdia e bondade com os filhos dela separados ». E, no
mesmo horizonte, havia de colocar-se o Beato Paulo VI, que assim falou na conclusão do Concílio:
« Desejamos notar que a religião do nosso Concílio foi, antes de mais, a caridade. (...) Aquela
antiga história do bom samaritano foi exemplo e norma segundo os quais se orientou o nosso
Concílio. (…) Uma corrente de interesse e admiração saiu do Concílio sobre o mundo atual.
Rejeitaram-se os erros, como a própria caridade e verdade exigiam, mas os homens,
salvaguardado sempre o preceito do respeito e do amor, foram apenas advertidos do erro. Assim
se fez, para que, em vez de diagnósticos desalentadores, se dessem remédios cheios de
esperança; para que o Concílio falasse ao mundo atual não com presságios funestos mas com
mensagens de esperança e palavras de confiança. Não só respeitou mas também honrou os
valores humanos, apoiou todas as suas iniciativas e, depois de os purificar, aprovou todos os seus
esforços. (…) Uma outra coisa, julgamos digna de consideração. Toda esta riqueza doutrinal
orienta-se apenas a isto: servir o homem, em todas as circunstâncias da sua vida, em todas as suas
fraquezas, em todas as suas necessidades ».
100
95
Com estes sentimentos de gratidão pelo que a Igreja recebeu e de responsabilidade quanto à
tarefa que nos espera, atravessaremos a Porta Santa com plena confiança de ser acompanhados
pela força do Senhor Ressuscitado, que continua a sustentar a nossa peregrinação. O Espírito
Santo, que conduz os passos dos crentes de forma a cooperarem para a obra de salvação realizada
por Cristo, seja guia e apoio do povo de Deus a fim de o ajudar a contemplar o rosto da
misericórdia.
75
25
5
127
0
ABC da Liturgia
128
5. O Ano Jubilar terminará na solenidade litúrgica de Jesus Cristo, Rei do Universo, 20 de
Novembro de 2016. Naquele dia, ao fechar a Porta Santa, animar-nos-ão, antes de tudo,
sentimentos de gratidão e agradecimento à Santíssima Trindade por nos ter concedido este tempo
extraordinário de graça. Confiaremos a vida da Igreja, a humanidade inteira e o universo imenso à
Realeza de Cristo, para que derrame a sua misericórdia, como o orvalho da manhã, para a
construção duma história fecunda com o compromisso de todos no futuro próximo. Quanto desejo
que os anos futuros sejam permeados de misericórdia para ir ao encontro de todas as pessoas
levando-lhes a bondade e a ternura de Deus! A todos, crentes e afastados, possa chegar o bálsamo
da misericórdia como sinal do Reino de Deus já presente no meio de nós.
6. « É próprio de Deus usar de misericórdia e, nisto, se manifesta de modo especial a sua
omnipotência ». Estas palavras de São Tomás de Aquino mostram como a misericórdia divina não
seja, de modo algum, um sinal de fraqueza, mas antes a qualidade da omnipotência de Deus. É por
isso que a liturgia, numa das suas coletas mais antigas, convida a rezar assim: « Senhor, que dais a
maior prova do vosso poder quando perdoais e Vos compadeceis…» Deus permanecerá para
sempre na história da humanidade como Aquele que está presente, Aquele que é próximo,
providente, santo e misericordioso.
« Paciente e misericordioso » é o binómio que aparece, frequentemente, no Antigo
Testamento para descrever a natureza de Deus. O facto de Ele ser misericordioso encontra um
reflexo concreto em muitas ações da história da salvação, onde a sua bondade prevalece sobre o
castigo e a destruição. Os Salmos, em particular, fazem sobressair esta grandeza do agir divino: «
É Ele quem perdoa as tuas culpas e cura todas as tuas enfermidades. É Ele quem resgata a tua vida
do túmulo e te enche de graça e ternura » (103/102, 3-4). E outro Salmo atesta, de forma ainda
mais explícita, os sinais concretos da misericórdia: « O Senhor liberta os prisioneiros. O Senhor dá
vista aos cegos, o Senhor levanta os abatidos, o Senhor ama o homem justo. O Senhor protege os
que vivem em terra estranha e ampara o órfão e a viúva, mas entrava o caminho aos pecadores »
(146/145, 7-9). E, para terminar, aqui estão outras expressões do Salmista: « [O Senhor] cura os
de coração atribulado e trata-lhes as feridas. (...) O Senhor ampara os humildes, mas abate os
malfeitores até ao chão » (147/146, 3.6). Em suma, a misericórdia de Deus não é uma ideia
abstrata mas uma realidade concreta, pela qual Ele revela o seu amor como o de um pai e de uma
mãe que se comovem pelo próprio filho até ao mais íntimo das suas vísceras. É verdadeiramente
caso para dizer que se trata de um amor « visceral ». Provém do íntimo como um sentimento
profundo, natural, feito de ternura e compaixão, de indulgência e perdão.
7. « Eterna é a sua misericórdia »: tal é o refrão que aparece em cada versículo do Salmo 136,
ao mesmo tempo que se narra a história da revelação de Deus. Em virtude da misericórdia, todos
os acontecimentos do Antigo Testamento aparecem cheios dum valor salvífico profundo. A
misericórdia torna a história de Deus com Israel uma história da salvação. O facto de repetir
continuamente « eterna é a sua misericórdia », como faz o Salmo, parece querer romper o círculo
do espaço e do tempo para inserir tudo no mistério eterno do amor. É como se se quisesse dizer
que o homem, não só na história mas também pela eternidade, estará sempre sob o olhar
misericordioso do Pai. Não é por acaso que o povo de Israel tenha querido inserir este Salmo – o «
grande hallel », como lhe chamam – nas festas litúrgicas mais importantes.
Antes da Paixão, Jesus rezou ao Pai com este Salmo da misericórdia. Assim o atesta o
evangelista Mateus quando afirma que « depois de cantarem os salmos » (26, 30), Jesus e os
discípulos saíram para o Monte das Oliveiras. Enquanto instituía a Eucaristia, como memorial
perpétuo d’Ele e da sua Páscoa, Jesus colocava simbolicamente este ato supremo da Revelação
100
95
75
25
5
0
ABC da Liturgia
sob a luz da misericórdia. No mesmo horizonte da misericórdia, viveu Ele a sua paixão e morte,
ciente do grande mistério de amor que se realizaria na cruz. O facto de saber que o próprio Jesus
rezou com este Salmo torna-o, para nós cristãos, ainda mais importante e compromete-nos a
assumir o refrão na nossa oração de louvor diária: « eterna é a sua misericórdia ».
8. Com o olhar fixo em Jesus e no seu rosto misericordioso, podemos individuar o amor da
Santíssima Trindade. A missão, que Jesus recebeu do Pai, foi a de revelar o mistério do amor
divino na sua plenitude. « Deus é amor » (1 Jo 4, 8.16): afirma-o, pela primeira e única vez em toda
a Escritura, o evangelista João. Agora este amor tornou-se visível e palpável em toda a vida de
Jesus. A sua pessoa não é senão amor, um amor que se dá gratuitamente. O seu relacionamento
com as pessoas, que se abeiram d’Ele, manifesta algo de único e irrepetível. Os sinais que realiza,
sobretudo para com os pecadores, as pessoas pobres, marginalizadas, doentes e atribuladas,
decorrem sob o signo da misericórdia. Tudo n’Ele fala de misericórdia. N’Ele, nada há que seja
desprovido de compaixão.
Vendo que a multidão de pessoas que O seguia estava cansada e abatida, Jesus sentiu, no
fundo do coração, uma intensa compaixão por elas (cf. Mt 9, 36). Em virtude deste amor
compassivo, curou os doentes que Lhe foram apresentados (cf. Mt 14, 14) e, com poucos pães e
peixes, saciou grandes multidões (cf. Mt 15, 37). Em todas as circunstâncias, o que movia Jesus
era apenas a misericórdia, com a qual lia no coração dos seus interlocutores e dava resposta às
necessidades mais autênticas que tinham. Quando encontrou a viúva de Naim que levava o seu
único filho a sepultar, sentiu grande compaixão pela dor imensa daquela mãe em lágrimas e
entregou-lhe de novo o filho, ressuscitando-o da morte (cf. Lc 7, 15). Depois de ter libertado o
endemoninhado de Gerasa, confia-lhe esta missão: « Conta tudo o que o Senhor fez por ti e como
teve misericórdia de ti » (Mc 5, 19). A própria vocação de Mateus se insere no horizonte da
misericórdia. Ao passar diante do posto de cobrança dos impostos, os olhos de Jesus fixaram-se
nos de Mateus. Era um olhar cheio de misericórdia que perdoava os pecados daquele homem e,
vencendo as resistências dos outros discípulos, escolheu-o, a ele pecador e publicano, para se
tornar um dos Doze. São Beda o Venerável, ao comentar esta cena do Evangelho, escreveu que
Jesus olhou Mateus com amor misericordioso e escolheu-o: miserando atque eligendo. Sempre
me causou impressão esta frase, a ponto de a tomar para meu lema.
9. Nas parábolas dedicadas à misericórdia, Jesus revela a natureza de Deus como a dum Pai
que nunca se dá por vencido enquanto não tiver dissolvido o pecado e superada a recusa com a
compaixão e a misericórdia. Conhecemos estas parábolas, três em especial: as da ovelha
extraviada e da moeda perdida, e a do pai com os seus dois filhos (cf. Lc 15, 1-32). Nestas
parábolas, Deus é apresentado sempre cheio de alegria, sobretudo quando perdoa. Nelas,
encontramos o núcleo do Evangelho e da nossa fé, porque a misericórdia é apresentada como a
força que tudo vence, enche o coração de amor e consola com o perdão.
Temos depois outra parábola da qual tiramos uma lição para o nosso estilo de vida cristã.
Interpelado pela pergunta de Pedro sobre quantas vezes fosse necessário perdoar, Jesus
respondeu: « Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete » (Mt 18, 22) e contou a
parábola do « servo sem compaixão ». Este, convidado pelo senhor a devolver uma grande
quantia, suplica-lhe de joelhos e o senhor perdoa-lhe a dívida. Mas, imediatamente depois,
encontra outro servo como ele, que lhe devia poucos centésimos; este suplica-lhe de joelhos que
tenha piedade, mas aquele recusa-se e fá-lo meter na prisão. Então o senhor, tendo sabido do
facto, zanga-se muito e, convocando aquele servo, diz-lhe: « Não devias também ter piedade do
teu companheiro, como eu tive de ti? » (Mt 18, 33). E Jesus concluiu: « Assim procederá
100
95
75
25
5
129
0
ABC da Liturgia
130
convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar ao seu irmão do íntimo do coração » (Mt
18, 35).
A parábola contém um ensinamento profundo para cada um de nós. Jesus declara que a
misericórdia não é apenas o agir do Pai, mas torna-se o critério para individuar quem são os seus
verdadeiros filhos. Em suma, somos chamados a viver de misericórdia, porque, primeiro, foi usada
misericórdia para conosco. O perdão das ofensas torna-se a expressão mais evidente do amor
misericordioso e, para nós cristãos, é um imperativo de que não podemos prescindir. Tantas
vezes, como parece difícil perdoar! E, no entanto, o perdão é o instrumento colocado nas nossas
frágeis mãos para alcançar a serenidade do coração. Deixar de lado o ressentimento, a raiva, a
violência e a vingança são condições necessárias para se viver feliz. Acolhamos, pois, a exortação
do Apóstolo: « Que o sol não se ponha sobre o vosso ressentimento » (Ef 4, 26). E sobretudo
escutemos a palavra de Jesus que colocou a misericórdia como um ideal de vida e como critério
de credibilidade para a nossa fé: « Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia »
(Mt 5, 7) é a bem-aventurança a que devemos inspirar-nos, com particular empenho, neste Ano
Santo.
Na Sagrada Escritura, como se vê, a misericórdia é a palavra-chave para indicar o agir de Deus
para conosco. Ele não Se limita a afirmar o seu amor, mas torna-o visível e palpável. Aliás, o amor
nunca poderia ser uma palavra abstrata. Por sua própria natureza, é vida concreta: intenções,
atitudes, comportamentos que se verificam na atividade de todos os dias. A misericórdia de Deus
é a sua responsabilidade por nós. Ele sente-Se responsável, isto é, deseja o nosso bem e quer vernos felizes, cheios de alegria e serenos. E, em sintonia com isto, se deve orientar o amor
misericordioso dos cristãos. Tal como ama o Pai, assim também amam os filhos. Tal como Ele é
misericordioso, assim somos chamados também nós a ser misericordiosos uns para com os
outros.
10. A arquitrave que suporta a vida da Igreja é a misericórdia. Toda a sua ação pastoral deveria
estar envolvida pela ternura com que se dirige aos crentes; no anúncio e testemunho que oferece
ao mundo, nada pode ser desprovido de misericórdia. A credibilidade da Igreja passa pela estrada
do amor misericordioso e compassivo. A Igreja « vive um desejo inexaurível de oferecer
misericórdia ». Talvez, demasiado tempo, nos tenhamos esquecido de apontar e viver o caminho
da misericórdia. Por um lado, a tentação de pretender sempre e só a justiça fez esquecer que esta é
apenas o primeiro passo, necessário e indispensável, mas a Igreja precisa de ir mais além a fim de
alcançar uma meta mais alta e significativa. Por outro lado, é triste ver como a experiência do
perdão na nossa cultura vai rareando cada vez mais. Em certos momentos, até a própria palavra
parece desaparecer. Todavia, sem o testemunho do perdão, resta apenas uma vida infecunda e
estéril, como se se vivesse num deserto desolador. Chegou de novo, para a Igreja, o tempo de
assumir o anúncio jubiloso do perdão. É o tempo de regresso ao essencial, para cuidar das
fraquezas e dificuldades dos nossos irmãos. O perdão é uma força que ressuscita para nova vida e
infunde a coragem para olhar o futuro com esperança.
11. Não podemos esquecer o grande ensinamento que ofereceu São João Paulo II com a sua
segunda encíclica, a Dives in misericordia, que então surgiu inesperada suscitando a surpresa de
muitos pelo tema que era abordado. Desejo recordar especialmente dois trechos. No primeiro
deles, o Santo Papa assinalava o esquecimento em que caíra o tema da misericórdia na cultura dos
nossos dias: « A mentalidade contemporânea, talvez mais que a do homem do passado, parece
opor-se ao Deus de misericórdia e, além disso, tende a separar da vida e a tirar do coração humano
a própria ideia da misericórdia. A palavra e o conceito de misericórdia parecem causar mal-estar
100
95
75
25
5
0
ABC da Liturgia
ao homem, o qual, graças ao enorme desenvolvimento da ciência e da técnica nunca antes
verificado na história, se tornou senhor da terra, a subjugou e a dominou (cf. Gn 1, 28). Um tal
domínio sobre a terra, entendido por vezes unilateral e superficialmente, parece não deixar espaço
para a misericórdia. (...) Por esse motivo, na hodierna situação da Igreja e do mundo, muitos
homens e muitos ambientes guiados por um vivo sentido de fé, voltam-se quase
espontaneamente, por assim dizer, para a misericórdia de Deus ».
Além disso, São João Paulo II motivava assim a urgência de anunciar e testemunhar a
misericórdia no mundo contemporâneo: « Ela é ditada pelo amor para com o homem, para com
tudo o que é humano e que, segundo a intuição de grande parte dos contemporâneos, está
ameaçado por um perigo imenso. O próprio mistério de Cristo (...) obriga-me igualmente a
proclamar a misericórdia como amor misericordioso de Deus, revelada também no mistério de
Cristo. Ele me impele ainda a apelar para esta misericórdia e a implorá-la nesta fase difícil e crítica
da história da Igreja e do mundo». Tal ensinamento é hoje mais atual do que nunca e merece ser
retomado neste Ano Santo. Acolhamos novamente as suas palavras: « A Igreja vive uma vida
autêntica quando professa e proclama a misericórdia, o mais admirável atributo do Criador e do
Redentor, e quando aproxima os homens das fontes da misericórdia do Salvador, das quais ela é
depositária e dispensadora ».
12. A Igreja tem a missão de anunciar a misericórdia de Deus, coração pulsante do Evangelho,
que por meio dela deve chegar ao coração e à mente de cada pessoa. A Esposa de Cristo assume o
comportamento do Filho de Deus, que vai ao encontro de todos sem excluir ninguém. No nosso
tempo, em que a Igreja está comprometida na nova evangelização, o tema da misericórdia exige
ser reproposto com novo entusiasmo e uma ação pastoral renovada. É determinante para a Igreja e
para a credibilidade do seu anúncio que viva e testemunhe, ela mesma, a misericórdia. A sua
linguagem e os seus gestos, para penetrarem no coração das pessoas e desafiá-las a encontrar
novamente a estrada para regressar ao Pai, devem irradiar misericórdia.
A primeira verdade da Igreja é o amor de Cristo. E, deste amor que vai até ao perdão e ao dom
de si mesmo, a Igreja faz-se serva e mediadora junto dos homens. Por isso, onde a Igreja estiver
presente, aí deve ser evidente a misericórdia do Pai. Nas nossas paróquias, nas comunidades, nas
associações e nos movimentos – em suma, onde houver cristãos –, qualquer pessoa deve poder
encontrar um oásis de misericórdia.
13. Queremos viver este Ano Jubilar à luz desta palavra do Senhor: Misericordiosos como o
Pai. O evangelista refere o ensinamento de Jesus, que diz: « Sede misericordiosos, como o vosso
Pai é misericordioso » (Lc 6, 36). É um programa de vida tão empenhativo como rico de alegria e
paz. O imperativo de Jesus é dirigido a quantos ouvem a sua voz (cf. Lc 6, 27). Portanto, para ser
capazes de misericórdia, devemos primeiro pôr-nos à escuta da Palavra de Deus. Isso significa
recuperar o valor do silêncio, para meditar a Palavra que nos é dirigida. Deste modo, é possível
contemplar a misericórdia de Deus e assumi-la como próprio estilo de vida.
14. A peregrinação é um sinal peculiar no Ano Santo, enquanto ícone do caminho que cada
pessoa realiza na sua existência. A vida é uma peregrinação e o ser humano é viator, um peregrino
que percorre uma estrada até à meta anelada. Também para chegar à Porta Santa, tanto em Roma
como em cada um dos outros lugares, cada pessoa deverá fazer, segundo as próprias forças, uma
peregrinação. Esta será sinal de que a própria misericórdia é uma meta a alcançar que exige
empenho e sacrifício. Por isso, a peregrinação há de servir de estímulo à conversão: ao atravessar
a Porta Santa, deixar-nos-emos abraçar pela misericórdia de Deus e comprometer-nos-emos a ser
100
95
75
25
5
131
0
ABC da Liturgia
misericordiosos com os outros como o Pai o é conosco.
O Senhor Jesus indica as etapas da peregrinação através das quais é possível atingir esta
meta: « Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e
sereis perdoados. Dai e ser-vos-á dado: uma boa medida, cheia, recalcada, transbordante será
lançada no vosso regaço. A medida que usardes com os outros será usada convosco » (Lc 6, 3738). Ele começa por dizer para não julgar nem condenar. Se uma pessoa não quer incorrer no juízo
de Deus, não pode tornar-se juiz do seu irmão. É que os homens, no seu juízo, limitam-se a ler a
superfície, enquanto o Pai vê o íntimo. Que grande mal fazem as palavras, quando são movidas por
sentimentos de ciúme e inveja! Falar mal do irmão, na sua ausência, equivale a deixá-lo mal visto,
a comprometer a sua reputação e deixá-lo à mercê das murmurações. Não julgar nem condenar
significa, positivamente, saber individuar o que há de bom em cada pessoa e não permitir que
venha a sofrer pelo nosso juízo parcial e a nossa pretensão de saber tudo. Mas isto ainda não é
suficiente para se exprimir a misericórdia. Jesus pede também para perdoar e dar. Ser
instrumentos do perdão, porque primeiro o obtivemos nós de Deus. Ser generosos para com
todos, sabendo que também Deus derrama a sua benevolência sobre nós com grande
magnanimidade.
Misericordiosos como o Pai é, pois, o « lema » do Ano Santo. Na misericórdia, temos a prova
de como Deus ama. Ele dá tudo de Si mesmo, para sempre, gratuitamente e sem pedir nada em
troca. Vem em nosso auxílio, quando O invocamos. É significativo que a oração diária da Igreja
comece com estas palavras: « Deus, vinde em nosso auxílio! Senhor, socorrei-nos e salvai-nos »
(Sal 70/69, 2). O auxílio que invocamos é já o primeiro passo da misericórdia de Deus para
conosco. Ele vem para nos salvar da condição de fraqueza em que vivemos. E a ajuda d’Ele
consiste em fazer-nos sentir a sua presença e proximidade. Dia após dia, tocados pela sua
compaixão, podemos também nós tornar-nos compassivos para com todos.
15. Neste Ano Santo, poderemos fazer a experiência de abrir o coração àqueles que vivem nas
mais variadas periferias existenciais, que muitas vezes o mundo contemporâneo cria de forma
dramática. Quantas situações de precariedade e sofrimento presentes no mundo atual! Quantas
feridas gravadas na carne de muitos que já não têm voz, porque o seu grito foi esmorecendo e se
apagou por causa da indiferença dos povos ricos. Neste Jubileu, a Igreja sentir-se-á chamada
ainda mais a cuidar destas feridas, aliviá-las com o óleo da consolação, enfaixá-las com a
misericórdia e tratá-las com a solidariedade e a atenção devidas. Não nos deixemos cair na
indiferença que humilha, na habituação que anestesia o espírito e impede de descobrir a novidade,
no cinismo que destrói. Abramos os nossos olhos para ver as misérias do mundo, as feridas de
tantos irmãos e irmãs privados da própria dignidade e sintamo-nos desafiados a escutar o seu
grito de ajuda. As nossas mãos apertem as suas mãos e estreitemo-los a nós para que sintam o
calor da nossa presença, da amizade e da fraternidade. Que o seu grito se torne o nosso e, juntos,
possamos romper a barreira de indiferença que frequentemente reina soberana para esconder a
hipocrisia e o egoísmo.
Não podemos escapar às palavras do Senhor, com base nas quais seremos julgados: se
demos de comer a quem tem fome e de beber a quem tem sede; se acolhemos o estrangeiro e
vestimos quem está nu; se reservamos tempo para visitar quem está doente e preso (cf. Mt 25, 3145). De igual modo ser-nos-á perguntado se ajudamos a tirar da dúvida, que faz cair no medo e
muitas vezes é fonte de solidão; se fomos capazes de vencer a ignorância em que vivem milhões
de pessoas, sobretudo as crianças desprovidas da ajuda necessária para se resgatarem da
100
95
75
25
5
132
0
ABC da Liturgia
pobreza; se nos detivemos junto de quem está sozinho e aflito; se perdoamos a quem nos ofende e
rejeitamos todas as formas de ressentimento e ódio que levam à violência; se tivemos paciência, a
exemplo de Deus que é tão paciente conosco; enfim se, na oração, confiamos ao Senhor os
nossos irmãos e irmãs. Em cada um destes « mais pequeninos », está presente o próprio Cristo. A
sua carne torna-se de novo visível como corpo martirizado, chagado, flagelado, desnutrido, em
fuga ... a fim de ser reconhecido, tocado e assistido cuidadosamente por nós. Não esqueçamos as
palavras de São João da Cruz: « Ao entardecer desta vida, examinar-nos-ão no amor ».
16. No Evangelho de Lucas, encontramos outro aspecto importante para viver, com fé, o
Jubileu. Conta o evangelista que Jesus voltou a Nazaré e ao sábado, como era seu costume, entrou
na sinagoga. Chamaram-No para ler a Escritura e comentá-la. A passagem era aquela do profeta
Isaías onde está escrito: « O espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu:
enviou-me para levar a boa-nova aos que sofrem, para curar os desesperados, para anunciar a
libertação aos exilados e a liberdade aos prisioneiros; para proclamar um ano de misericórdia do
Senhor » (61,1-2). « Um ano de misericórdia »: isto é o que o Senhor anuncia e que nós
desejamos viver. Este Ano Santo traz consigo a riqueza da missão de Jesus que ressoa nas
palavras do Profeta: levar uma palavra e um gesto de consolação aos pobres, anunciar a libertação
a quantos são prisioneiros das novas escravidões da sociedade contemporânea, devolver a vista a
quem já não consegue ver porque vive curvado sobre si mesmo, e restituir dignidade àqueles que
dela se viram privados. A pregação de Jesus torna-se novamente visível nas respostas de fé que o
testemunho dos cristãos é chamado a dar. Acompanhem-nos as palavras do Apóstolo: « Quem
pratica a misericórdia, faça-o com alegria » (Rm 12, 8).
17. A Quaresma deste Ano Jubilar seja vivida mais intensamente como tempo forte para
celebrar e experimentar a misericórdia de Deus. Quantas páginas da Sagrada Escritura se podem
meditar, nas semanas da Quaresma, para redescobrir o rosto misericordioso do Pai! Com as
palavras do profeta Miqueias, podemos também nós repetir: Vós, Senhor, sois um Deus que tira a
iniquidade e perdoa o pecado, que não Se obstina na ira mas Se compraz em usar de misericórdia.
Vós, Senhor, voltareis para nós e tereis compaixão do vosso povo. Apagareis as nossas
iniquidades e lançareis ao fundo do mar todos os nossos pecados (cf. 7, 18-19).
As páginas do profeta Isaías poderão ser meditadas, de forma mais concreta, neste tempo de
oração, jejum e caridade. « O jejum que me agrada é este: libertar os que foram presos
injustamente, livrá-los do jugo que levam às costas, pôr em liberdade os oprimidos, quebrar toda
a espécie de opressão, repartir o teu pão com os esfomeados, dar abrigo aos infelizes sem casa,
atender e vestir os nus e não desprezar o teu irmão. Então, a tua luz surgirá como a aurora, e as tuas
feridas não tardarão a cicatrizar-se. A tua justiça irá à tua frente, e a glória do Senhor atrás de ti.
Então invocarás o Senhor e Ele te atenderá, pedirás auxílio e te dirá: “Aqui estou!” Se retirares da
tua vida toda a opressão, o gesto ameaçador e o falar ofensivo, se repartires o teu pão com o
faminto e matares a fome ao pobre, a tua luz brilhará na escuridão, e as tuas trevas tornar-se-ão
como o meio-dia. O Senhor te guiará constantemente, saciará a tua alma no árido deserto, dará
vigor aos teus ossos. Serás como um jardim bem regado, como uma fonte de águas inesgotáveis »
(58, 6-11).
100
95
75
A iniciativa « 24 horas para o Senhor », que será celebrada na sexta-feira e no sábado
anteriores ao IV Domingo da Quaresma, deve ser incrementada nas dioceses. Há muitas pessoas –
e, em grande número, jovens – que estão a aproximar-se do sacramento da Reconciliação e que
frequentemente, nesta experiência, reencontram o caminho para voltar ao Senhor, viver um
25
5
133
0
ABC da Liturgia
134
momento de intensa oração e redescobrir o sentido da sua vida. Com convicção, ponhamos
novamente no centro o sacramento da Reconciliação, porque permite tocar sensivelmente a
grandeza da misericórdia. Será, para cada penitente, fonte de verdadeira paz interior.
Não me cansarei jamais de insistir com os confessores para que sejam um verdadeiro sinal da
misericórdia do Pai. Ser confessor não se improvisa. Tornamo-nos tal quando começamos, nós
mesmos, por nos fazer penitentes em busca do perdão. Nunca esqueçamos que ser confessor
significa participar da mesma missão de Jesus e ser sinal concreto da continuidade de um amor
divino que perdoa e salva. Cada um de nós recebeu o dom do Espírito Santo para o perdão dos
pecados; disto somos responsáveis. Nenhum de nós é senhor do sacramento, mas apenas servo
fiel do perdão de Deus. Cada confessor deverá acolher os fiéis como o pai na parábola do filho
pródigo: um pai que corre ao encontro do filho, apesar de lhe ter dissipado os bens. Os
confessores são chamados a estreitar a si aquele filho arrependido que volta a casa e a exprimir a
alegria por o ter reencontrado. Não nos cansemos de ir também ao encontro do outro filho, que
ficou fora incapaz de se alegrar, para lhe explicar que o seu juízo severo é injusto e sem sentido
diante da misericórdia do Pai que não tem limites. Não hão de fazer perguntas impertinentes, mas
como o pai da parábola interromperão o discurso preparado pelo filho pródigo, porque saberão
individuar, no coração de cada penitente, a invocação de ajuda e o pedido de perdão. Em suma, os
confessores são chamados a ser sempre e por todo o lado, em cada situação e apesar de tudo, o
sinal do primado da misericórdia.
18. Na Quaresma deste Ano Santo, é minha intenção enviar os Missionários da Misericórdia.
Serão um sinal da solicitude materna da Igreja pelo povo de Deus, para que entre em profundidade
na riqueza deste mistério tão fundamental para a fé. Serão sacerdotes a quem darei autoridade de
perdoar mesmo os pecados reservados à Sé Apostólica, para que se torne evidente a amplitude do
seu mandato. Serão sobretudo sinal vivo de como o Pai acolhe a todos aqueles que andam à
procura do seu perdão. Serão missionários da misericórdia, porque se farão, junto de todos,
artífices dum encontro cheio de humanidade, fonte de libertação, rico de responsabilidade para
superar os obstáculos e retomar a vida nova do Baptismo. Na sua missão, deixar-se-ão guiar pelas
palavras do Apóstolo: « Deus encerrou a todos na desobediência, para com todos usar de
misericórdia » (Rm 11, 32). Na verdade todos, sem excluir ninguém, estão chamados a acolher o
apelo à misericórdia. Os missionários vivam esta chamada, sabendo que podem fixar o olhar em
Jesus, « Sumo Sacerdote misericordioso e fiel » (Hb 2, 17).
Peço aos irmãos bispos que convidem e acolham estes Missionários, para que sejam, antes
de tudo, pregadores convincentes da misericórdia. Organizem-se, nas dioceses, « missões
populares », de modo que estes Missionários sejam anunciadores da alegria do perdão. Seja-lhes
pedido que celebrem o sacramento da Reconciliação para o povo, para que o tempo de graça,
concedido neste Ano Jubilar, permita a tantos filhos afastados encontrar de novo o caminho para a
casa paterna. Os pastores, especialmente durante o tempo forte da Quaresma, sejam solícitos em
convidar os fiéis a aproximar-se « do trono da graça, a fim de alcançar misericórdia e encontrar
graça » (Hb 4, 16).
19. Que a palavra do perdão possa chegar a todos e a chamada para experimentar a
misericórdia não deixe ninguém indiferente. O meu convite à conversão dirige-se, com insistência
ainda maior, àquelas pessoas que estão longe da graça de Deus pela sua conduta de vida. Penso
de modo particular nos homens e mulheres que pertencem a um grupo criminoso, seja ele qual
for. Para vosso bem, peço-vos que mudeis de vida. Peço-vo-lo em nome do Filho de Deus que,
embora combatendo o pecado, nunca rejeitou qualquer pecador. Não caiais na terrível cilada de
100
95
75
25
5
0
ABC da Liturgia
pensar que a vida depende do dinheiro e que, à vista dele, tudo o mais se torna desprovido de valor
e dignidade. Não passa de uma ilusão. Não levamos o dinheiro conosco para o além. O dinheiro
não nos dá a verdadeira felicidade. A violência usada para acumular dinheiro que transuda sangue
não nos torna poderosos nem imortais. Para todos, mais cedo ou mais tarde, vem o juízo de Deus,
do qual ninguém pode escapar.
O mesmo convite chegue também às pessoas fautoras ou cúmplices de corrupção. Esta praga
putrefata da sociedade é um pecado grave que brada aos céus, porque mina as próprias bases da
vida pessoal e social. A corrupção impede de olhar para o futuro com esperança, porque, com a
sua prepotência e avidez, destrói os projetos dos fracos e esmaga os mais pobres. É um mal que se
esconde nos gestos diários para se estender depois aos escândalos públicos. A corrupção é uma
contumácia no pecado, que pretende substituir Deus com a ilusão do dinheiro como forma de
poder. É uma obra das trevas, alimentada pela suspeita e a intriga. Corruptio optimi pessima: dizia,
com razão, São Gregório Magno, querendo indicar que ninguém pode sentir-se imune desta
tentação. Para a erradicar da vida pessoal e social são necessárias prudência, vigilância, lealdade,
transparência, juntamente com a coragem da denúncia. Se não se combate abertamente, mais
cedo ou mais tarde torna-nos cúmplices e destrói-nos a vida.
Este é o momento favorável para mudar de vida! Este é o tempo de se deixar tocar o coração.
Diante do mal cometido, mesmo crimes graves, é o momento de ouvir o pranto das pessoas
inocentes espoliadas dos bens, da dignidade, dos afetos, da própria vida. Permanecer no caminho
do mal é fonte apenas de ilusão e tristeza. A verdadeira vida é outra coisa. Deus não se cansa de
estender a mão. Está sempre disposto a ouvir, e eu também estou, tal como os meus irmãos bispos
e sacerdotes. Basta acolher o convite à conversão e submeter-se à justiça, enquanto a Igreja
oferece a misericórdia.
20. Neste contexto, não será inútil recordar a relação entre justiça e misericórdia. Não são dois
aspectos em contraste entre si, mas duas dimensões duma única realidade que se desenvolve
gradualmente até atingir o seu clímax na plenitude do amor. A justiça é um conceito fundamental
para a sociedade civil, normalmente quando se faz referimento a uma ordem jurídica através da
qual se aplica a lei. Por justiça entende-se também que a cada um deve ser dado o que lhe é
devido. Na Bíblia, alude-se muitas vezes à justiça divina, e a Deus como juiz. Habitualmente é
entendida como a observância integral da Lei e o comportamento de todo o bom judeu conforme
aos mandamentos dados por Deus. Esta visão, porém, levou não poucas vezes a cair no legalismo,
mistificando o sentido original e obscurecendo o valor profundo que a justiça possui. Para superar
a perspectiva legalista, seria preciso lembrar que, na Sagrada Escritura, a justiça é concebida
essencialmente como um abandonar-se confiante à vontade de Deus.
Por sua vez, Jesus fala mais vezes da importância da fé que da observância da lei. É neste
sentido que devemos compreender as suas palavras, quando, encontrando-Se à mesa com
Mateus e outros publicanos e pecadores, disse aos fariseus que O acusavam por isso mesmo: «
Ide aprender o que significa: Prefiro a misericórdia ao sacrifício. Porque Eu não vim chamar os
justos, mas os pecadores » (Mt 9, 13). Diante da visão duma justiça como mera observância da lei,
que julga dividindo as pessoas em justos e pecadores, Jesus procura mostrar o grande dom da
misericórdia que busca os pecadores para lhes oferecer o perdão e a salvação. Compreende-se
que Jesus, por causa desta sua visão tão libertadora e fonte de renovação, tenha sido rejeitado
pelos fariseus e os doutores da lei. Estes, para ser fiéis à lei, limitavam-se a colocar pesos sobre os
ombros das pessoas, anulando porém a misericórdia do Pai. O apelo à observância da lei não pode
obstaculizar a atenção às necessidades que afetam a dignidade das pessoas.
100
95
75
25
5
135
0
ABC da Liturgia
A propósito, é muito significativo o apelo que Jesus faz ao texto do profeta Oseias: « Eu quero a
misericórdia e não os sacrifícios » (6, 6). Jesus afirma que, a partir de agora, a regra de vida dos
seus discípulos deverá ser aquela que prevê o primado da misericórdia, como Ele mesmo dá
testemunho partilhando a refeição com os pecadores. A misericórdia revela-se, mais uma vez,
como dimensão fundamental da missão de Jesus. É um verdadeiro desafio posto aos seus
interlocutores, que se contentavam com o respeito formal da lei. Jesus, pelo contrário, vai além da
lei, a sua partilha da mesa com aqueles que a lei considerava pecadores permite compreender até
onde chega a sua misericórdia.
Também o apóstolo Paulo fez um percurso semelhante. Antes de encontrar Cristo no caminho
de Damasco, a sua vida era dedicada a servir de maneira irrepreensível a justiça da lei (cf. Fl 3, 6). A
conversão a Cristo levou-o a inverter a sua visão, a ponto de afirmar na Carta aos Gálatas: «
Também nós acreditámos em Cristo Jesus, para sermos justificados pela fé em Cristo e não pelas
obras da lei » (2, 16). A sua compreensão da justiça muda radicalmente: Paulo agora põe no
primeiro lugar a fé, e já não a lei. Não é a observância da lei que salva, mas a fé em Jesus Cristo,
que, pela sua morte e ressurreição, traz a salvação com a misericórdia que justifica. A justiça de
Deus torna-se agora a libertação para quantos estão oprimidos pela escravidão do pecado e todas
as suas consequências. A justiça de Deus é o seu perdão (cf. Sl 51/50, 11-16).
21. A misericórdia não é contrária à justiça, mas exprime o comportamento de Deus para com
o pecador, oferecendo-lhe uma nova possibilidade de se arrepender, converter e acreditar. A
experiência do profeta Oseias ajuda-nos, mostrando-nos a superação da justiça na linha da
misericórdia. A época em que viveu este profeta conta-se entre as mais dramáticas da história do
povo judeu. O Reino está próximo da destruição; o povo não permaneceu fiel à aliança, afastou-se
de Deus e perdeu a fé dos pais. Segundo uma lógica humana, é justo que Deus pense em rejeitar o
povo infiel: não observou o pacto estipulado e, consequentemente, merece a devida pena, ou seja,
o exílio. Assim o atestam as palavras do profeta: « Não voltará para o Egito, mas a Assíria será o seu
rei, porque recusaram converter-se » (Os 11, 5). E todavia, depois desta reação que faz apelo à
justiça, o profeta muda radicalmente a sua linguagem e revela o verdadeiro rosto de Deus: « O meu
coração dá voltas dentro de mim, comovem-se as minhas entranhas. Não desafogarei o furor da
minha cólera, não voltarei a destruir Efraim; porque sou Deus e não um homem, sou o Santo no
meio de ti e não me deixo levar pela ira » (11, 8-9). Santo Agostinho, de certo modo comentando
as palavras do profeta, diz: « É mais fácil que Deus contenha a ira do que a misericórdia ». É mesmo
assim! A ira de Deus dura um instante, ao passo que a sua misericórdia é eterna.
Se Deus Se detivesse na justiça, deixaria de ser Deus; seria como todos os homens que
clamam pelo respeito da lei. A justiça por si só não é suficiente, e a experiência mostra que,
limitando-se a apelar para ela, corre-se o risco de a destruir. Por isso Deus, com a misericórdia e o
perdão, passa além da justiça. Isto não significa desvalorizar a justiça ou torná-la supérflua. Antes
pelo contrário! Quem erra, deve descontar a pena; só que isto não é o fim, mas o início da
conversão, porque se experimenta a ternura do perdão. Deus não rejeita a justiça. Ele engloba-a e
supera-a num evento superior onde se experimenta o amor, que está na base duma verdadeira
justiça. Devemos prestar muita atenção àquilo que escreve Paulo, para não cair no mesmo erro que
o apóstolo censurava nos judeus seus contemporâneos: « Por não terem reconhecido a justiça que
vem de Deus e terem procurado estabelecer a sua própria justiça, não se submeteram à justiça de
Deus. É que o fim da Lei é Cristo, para que, deste modo, a justiça seja concedida a todo o que tem
fé » (Rm 10, 3-4). Esta justiça de Deus é a misericórdia concedida a todos como graça, em virtude
da morte e ressurreição de Jesus Cristo. Portanto a Cruz de Cristo é o juízo de Deus sobre todos
100
95
75
25
5
136
0
22. O Jubileu inclui também o referimento à indulgência. Esta, no Ano Santo da Misericórdia,
adquire uma relevância particular. O perdão de Deus para os nossos pecados não conhece limites.
Na morte e ressurreição de Jesus Cristo, Deus torna evidente este seu amor que chega ao ponto de
destruir o pecado dos homens. É possível deixar-se reconciliar com Deus através do mistério
pascal e da mediação da Igreja. Por isso, Deus está sempre disponível para o perdão, não Se
cansando de o oferecer de maneira sempre nova e inesperada. No entanto todos nós fazemos
experiência do pecado. Sabemos que somos chamados à perfeição (cf. Mt 5, 48), mas sentimos
fortemente o peso do pecado. Ao mesmo tempo que notamos o poder da graça que nos
transforma, experimentamos também a força do pecado que nos condiciona. Apesar do perdão,
carregamos na nossa vida as contradições que são consequência dos nossos pecados. No
sacramento da Reconciliação, Deus perdoa os pecados, que são verdadeiramente apagados; mas
o cunho negativo que os pecados deixaram nos nossos comportamentos e pensamentos
permanece. A misericórdia de Deus, porém, é mais forte também do que isso. Ela torna-se
indulgência do Pai que, através da Esposa de Cristo, alcança o pecador perdoado e liberta-o de
qualquer resíduo das consequências do pecado, habilitando-o a agir com caridade, a crescer no
amor em vez de recair no pecado.
ABC da Liturgia
nós e sobre o mundo, porque nos oferece a certeza do amor e da vida nova.
A Igreja vive a comunhão dos Santos. Na Eucaristia, esta comunhão, que é dom de Deus,
realiza-se como união espiritual que nos une, a nós crentes, com os Santos e Beatos cujo número
é incalculável (Ap 7, 4). A sua santidade vem em ajuda da nossa fragilidade, e assim a Mãe-Igreja,
com a sua oração e a sua vida, é capaz de acudir à fraqueza de uns com a santidade de outros.
Portanto viver a indulgência no Ano Santo significa aproximar-se da misericórdia do Pai, com a
certeza de que o seu perdão cobre toda a vida do crente. A indulgência é experimentar a santidade
da Igreja que participa em todos os benefícios da redenção de Cristo, para que o perdão se estenda
até às últimas consequências aonde chega o amor de Deus. Vivamos intensamente o Jubileu,
pedindo ao Pai o perdão dos pecados e a indulgência misericordiosa em toda a sua extensão.
23. A misericórdia possui uma valência que ultrapassa as fronteiras da Igreja. Ela relacionanos com o judaísmo e o islamismo, que a consideram um dos atributos mais marcantes de Deus.
Israel foi o primeiro que recebeu esta revelação, permanecendo esta na história como o início
duma riqueza incomensurável para oferecer à humanidade inteira. Como vimos, as páginas do
Antigo Testamento estão permeadas de misericórdia, porque narram as obras que o Senhor
realizou em favor do seu povo, nos momentos mais difíceis da sua história. O islamismo, por sua
vez, coloca entre os nomes dados ao Criador o de Misericordioso e Clemente. Esta invocação
aparece com frequência nos lábios dos fiéis muçulmanos, que se sentem acompanhados e
sustentados pela misericórdia na sua fraqueza diária. Também eles acreditam que ninguém pode
pôr limites à misericórdia divina, porque as suas portas estão sempre abertas.
100
Possa este Ano Jubilar, vivido na misericórdia, favorecer o encontro com estas religiões e com
as outras nobres tradições religiosas; que ele nos torne mais abertos ao diálogo, para melhor nos
conhecermos e compreendermos; elimine todas as formas de fechamento e desprezo e expulse
todas as formas de violência e discriminação.
95
75
24. O pensamento volta-se agora para a Mãe da Misericórdia. A doçura do seu olhar nos
acompanhe neste Ano Santo, para podermos todos nós redescobrir a alegria da ternura de Deus.
Ninguém, como Maria, conheceu a profundidade do mistério de Deus feito homem. Na sua vida,
tudo foi plasmado pela presença da misericórdia feita carne. A Mãe do Crucificado Ressuscitado
25
5
137
0
ABC da Liturgia
entrou no santuário da misericórdia divina, porque participou intimamente no mistério do seu
amor.
Escolhida para ser a Mãe do Filho de Deus, Maria foi preparada desde sempre, pelo amor do
Pai, para ser Arca da Aliança entre Deus e os homens. Guardou, no seu coração, a misericórdia
divina em perfeita sintonia com o seu Filho Jesus. O seu cântico de louvor, no limiar da casa de
Isabel, foi dedicado à misericórdia que se estende « de geração em geração » (Lc 1, 50). Também
nós estávamos presentes naquelas palavras proféticas da Virgem Maria. Isto servir-nos-á de
conforto e apoio no momento de atravessarmos a Porta Santa para experimentar os frutos da
misericórdia divina.
Ao pé da cruz, Maria, juntamente com João, o discípulo do amor, é testemunha das palavras
de perdão que saem dos lábios de Jesus. O perdão supremo oferecido a quem O crucificou,
mostra-nos até onde pode chegar a misericórdia de Deus. Maria atesta que a misericórdia do Filho
de Deus não conhece limites e alcança a todos, sem excluir ninguém. Dirijamos-Lhe a oração,
antiga e sempre nova, da Salve Rainha, pedindo-Lhe que nunca se canse de volver para nós os
seus olhos misericordiosos e nos faça dignos de contemplar o rosto da misericórdia, seu Filho
Jesus.
E a nossa oração estenda-se também a tantos Santos e Beatos que fizeram da misericórdia a
sua missão vital. Em particular, o pensamento volta-se para a grande apóstola da Misericórdia,
Santa Faustina Kowalska. Ela, que foi chamada a entrar nas profundezas da misericórdia divina,
interceda por nós e nos obtenha a graça de viver e caminhar sempre no perdão de Deus e na
confiança inabalável do seu amor.
25. Será, portanto, um Ano Santo extraordinário para viver, na existência de cada dia, a
misericórdia que o Pai, desde sempre, estende sobre nós. Neste Jubileu, deixemo-nos
surpreender por Deus. Ele nunca Se cansa de escancarar a porta do seu coração, para repetir que
nos ama e deseja partilhar conosco a sua vida. A Igreja sente, fortemente, a urgência de anunciar a
misericórdia de Deus. A sua vida é autêntica e credível, quando faz da misericórdia seu convicto
anúncio. Sabe que a sua missão primeira, sobretudo numa época como a nossa cheia de grandes
esperanças e fortes contradições, é a de introduzir a todos no grande mistério da misericórdia de
Deus, contemplando o rosto de Cristo. A Igreja é chamada, em primeiro lugar, a ser verdadeira
testemunha da misericórdia, professando-a e vivendo-a como o centro da Revelação de Jesus
Cristo. Do coração da Trindade, do íntimo mais profundo do mistério de Deus, brota e flui
incessantemente a grande torrente da misericórdia. Esta fonte nunca poderá esgotar-se, por maior
que seja o número daqueles que dela se abeirem. Sempre que alguém tiver necessidade poderá
aceder a ela, porque a misericórdia de Deus não tem fim. Quanto insondável é a profundidade do
mistério que encerra, tanto é inesgotável a riqueza que dela provém.
Neste Ano Jubilar, que a Igreja se faça eco da Palavra de Deus que ressoa, forte e convincente,
como uma palavra e um gesto de perdão, apoio, ajuda, amor. Que ela nunca se canse de oferecer
misericórdia e seja sempre paciente a confortar e perdoar. Que a Igreja se faça voz de cada homem
e mulher e repita com confiança e sem cessar: « Lembra-te, Senhor, da tua misericórdia e do teu
amor, pois eles existem desde sempre » (Sl 25/24, 6).
Dado em Roma, junto de São Pedro, no dia 11 de Abril – véspera do II Domingo de Páscoa ou
da Divina Misericórdia – do Ano do Senhor de 2015, o terceiro de pontificado.
Francisco
100
95
75
25
5
138
0
Reuniões de Núcleo Ambiental
O (a) animador (a) do Núcleo Ambiental de Evangelização deve preparar a reunião. O roteiro abaixo foi
pensado para uma reunião semanal. O ideal seria que os funcionários e a empresa combinassem uma dia na
semana em que a reunião seria feita. Em alguns lugares, os funcionários chegam meia hora mais cedo e a
firma abre meia hora mais tarde do que o horário costumeiro. Onde a reunião é mais curta e diária, pode-se,
dentro de um planejamento, aproveitar – cada vez – elementos do roteiro previsto para uma reunião semanal
maior. Neste caso, é muito difícil não perder a sequência e não prejudicar o aproveitamento.
1. Acolhida – Preparar com antecedência o local da reunião. Receber as pessoas com
alegria e simplicidade. Deixar todo mundo à vontade. Incentivar com jeito a participação de todos,
sobretudo dos novos participantes e visitantes.
2. Oração inicial – Vinde, Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fiéis e acendei
neles o fogo do vosso amor. Enviai, ó Pai, o vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da
terra. OREMOS. Ó Deus, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo,
fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos sempre de
sua consolação. Por Cristo, Nosso Senhor. Amém.
3. Jornal da semana – O (a) animador (a) convida a todos a contarem os fatos da última
semana que consideram mais importantes. Podem ser fatos da vida pessoal, da família, da
comunidade e outros, mas, sobretudo, do próprio ambiente de trabalho. O Núcleo Ambiental tem o
objeto de colocar espírito e critérios evangélicos na realidade do trabalho. O importante é não
desligar a reunião do Núcleo da vida concreta de todos os dias.
4.
4.1.
4.2.
4.3.
4.4.
4.5.
4.6.
4.7.
“O que caiu em terra boa são os que, ouvindo de coração bom e generoso...”
Alguém do grupo lê o Evangelho do domingo anterior à reunião
Todos ficam em silêncio
Todos respiram lentamente
Cada um se convence de que encontrará o Senhor
Cada um (em silêncio) pede perdão pelas ofensas feitas
Cada um (em silêncio) perdoa de coração as ofensas recebidas
Cada um se coloca na presença de Deus
100
95
SEMANA DE 5 A 11 DE JULHO DE 2015
Mc 6,1-6
75
5. “Conservam a palavra...”
- Jesus foi para a sua terra. A nossa terra – família, amigos, ambientes mais próximos – é o
que há de mais envolvente e caloroso, mas também mais sensível e delicado. As pessoas
25
5
139
0
Reuniões de Núcleo Ambiental
convivem mais, se conhecem mais, se cobram mais, exigem mais. Em todos os sentidos.
- Mas há aspectos nossos que os nossos não conhecem. Que desenvolvemos em outros
lugares, em outros ambientes. O nosso mundo não é apenas o mundo da nossa família, da nossa
cidade natal, do nosso ambiente. Daí a pergunta - “De onde vem tudo isso?” – que é dirigida
também a Jesus.
- Como reagimos em relação às opiniões e aos juízos que as pessoas mais próximas fazem
a nosso respeito?
- Prestemos atenção à palavra de Jesus: “um profeta só não é estimado em sua própria
pátria, entre seus parentes e em sua família” (Mc 6,4).
- Vamos conversar um pouco sobre essa palavra. Cada um poderia abrir-se a partir do que
ela sugere.
6. “E dão fruto na perseverança”.
- O que faço para manter meus vínculos com as minhas raízes?
- O que faço para não reduzir as pessoas ao seu 'pequeno mundo'?
- O que é preciso fazer para que o nosso 'pequeno mundo' não nos anule ou abafe ou
diminua?
7. Intimidade e missão
- Cada um pede a Deus o que para ele (a) é mais importante. (Em silêncio ou em voz alta,
para que todos participem).
- Cada um pede o presente que esta passagem do evangelho lhe quer dar. Hoje, esse
presente é o próprio Espírito Santo. (Em silêncio, mas, de preferência, em voz alta, pois é
importante que todos participem).
O grupo apresente espontaneamente suas preces. Senão, recorra a esta ajuda:
- Para que saibamos voltar ao nosso 'pequeno mundo', rezemos ao Senhor.
- Para que o 'pequeno mundo' de cada um de nós seja capaz de abrir-se aos problemas
comuns a todas as pessoas, rezemos ao Senhor.
- Para que sejamos capazes de valorizar as pessoas pelo que elas são e não por sua origem,
por sua cor, por suas ideias e preferências, rezemos ao Senhor.
SEMANA DE 12 A 18 DE JULHO DE 2015
Mc 6,7-13
100
5. “Conservam a palavra...”
- Marcos narra a missão dos discípulos. Vamos reconstituir a cena. Cada um vai colocando
algum elemento que faça parte desta cena de envio. Procurar não repetir os elementos. Não se
preocupar com a ordem dos elementos.
- Os que quiserem comentem aquela palavra de Jesus que mais chamou a sua atenção.
Brevemente.
A gente conhece passagens de outros Evangelhos que também falam da missão dos
discípulos.
95
75
25
5
140
0
7. Intimidade e missão
- Cada um pede a Deus o que para ele (a) é mais importante. (Em silêncio ou em voz alta,
para que todos participem).
- Cada um pede o presente que esta passagem do evangelho lhe quer dar. Hoje, esse
presente é o próprio Espírito Santo. (Em silêncio, mas, de preferência, em voz alta, pois é
importante que todos participem).
Reuniões de Núcleo Ambiental
6. “E dão fruto na perseverança”.
- Todos somos enviados em missão. O que estou fazendo com a missão recebida?
- O que estou fazendo para ser como os discípulos? Estou partindo, estou parado, estou
voltando?
- O que devo fazer para ser como Jesus? Em que sentido Jesus pode ser modelo de
missionário?
O grupo apresente espontaneamente suas preces. Senão, recorra a esta ajuda:
- Para que eu me sinta enviado pessoalmente por Jesus, rezemos ao Senhor.
- Para que eu veja as orientações de Jesus como ditas a mim, rezemos ao Senhor.
- Para que, em nossos trabalhos de evangelização, possamos viver as mesmas atitudes que
Jesus pediu dos primeiros missionários, rezemos ao Senhor.
SEMANA DE 19 A 25 DE JULHO DE 2015
Mc 6,30-34
5. “Conservam a palavra...”
- O Evangelho de hoje tem que ser lido junto com o da semana passada. Lá, Jesus
preparava os discípulos para a missão. Eles partiram a fazer o que Jesus mandou. Aqui, eles voltam
a se reunir com Jesus para contar o que fizeram.
- A “revisão de vida” não é perda de tempo. É um momento importante de formação das
pessoas e de crescimento do grupo. O nosso grupo – o nosso Núcleo Ambiental – também deveria
prever algum momento para isso. Falar sobre o grupo, a sua vida, os seus projetos, as suas
dificuldades é tão importante quanto reunir-se, ler a Bíblia, conversar, rezar juntos.
- O que aconteceu nessa “revisão de vida” promovida por Jesus? Vamos conversar
livremente sobre isso.
- Qual aspecto foi mais importante para mim?
100
6. “E dão fruto na perseverança”.
- A “revisão de vida” é importante na vida pessoal. Tenho algum momento de revisão
pessoal de vida?
- A “revisão de vida” é importante para o grupo. Vamos planejar algum dia para fazer isso?
- O que o nosso grupo precisa fazer para ser como o grupo de Jesus?
95
75
7. Intimidade e missão
- Cada um pede a Deus o que para ele (a) é mais importante. (Em silêncio ou em voz alta,
para que todos participem).
25
5
141
0
Reuniões de Núcleo Ambiental
- Cada um pede o presente que esta passagem do evangelho lhe quer dar. Hoje, esse
presente é o próprio Espírito Santo. (Em silêncio, mas, de preferência, em voz alta, pois é
importante que todos participem).
O grupo apresente espontaneamente suas preces. Senão, recorra a esta ajuda:
- Para que aprendamos a valorizar a “revisão de vida”, rezemos ao Senhor.
- Para que sejamos como Jesus, que convida seu grupo para uma parada, rezemos ao
Senhor.
- Para que, em nossa vida de evangelizadores, saibamos dosar ação e oração, ação e
revisão, ação e reunião, rezemos ao Senhor.
SEMANA DE 26 DE JULHO A 1º DE AGOSTO DE 2015
Jo 6,1-15
5. “Conservam a palavra...”
- A multiplicação dos pães não é um sinal qualquer no ministério de Jesus. Ela faz parte de
uma das principais práticas de Jesus, que é a prática da “comensalidade”. “Comensalidade” pode
soar difícil, mas é algo muito simples. Vem de “mesa” (em latim, 'mensa'). Jesus se senta à mesma
mesa com algumas pessoas particulares. Essas pessoas sãos os pobres, os pecadores, as pessoas
mal afamadas, mal vistas. Não que essas pessoas mereçam mais que outras. Elas precisam mais
que as outras.
- Jesus vê e sente as necessidades das pessoas. Esses dois verbos são muito importantes.
“Ver” e “sentir”. Tem gente que vê e não sente. Tem gente que sente e não vê. Como somos nós?
Vemos o que as pessoas sentem? Sentimos o que as pessoas sentem?
- Jesus vê, sente e faz. Nós também vivemos essa sequência? Onde o nosso seguimento
fica enroscado?
- Os discípulos tinham algumas desculpas para deixar tudo do jeito que estava. Quais
eram? E as nossas?
6.
fazer?
“E dão fruto na perseverança”.
O que posso fazer para melhorar meu olhar?
O que estou fazendo para sentir o que os outros sentem (“com-paixão”)?
Tem gente que fica paralisado entre o “tudo” e o “nada”. Onde é que estou? O que posso
7. Intimidade e missão
- Cada um pede a Deus o que para ele (a) é mais importante. (Em silêncio ou em voz alta,
para que todos participem).
- Cada um pede o presente que esta passagem do evangelho lhe quer dar. Hoje, esse
presente é o próprio Espírito Santo. (Em silêncio, mas, de preferência, em voz alta, pois é
importante que todos participem).
O grupo apresente espontaneamente suas preces. Senão, recorra a esta ajuda:
-
142
Para que não fechemos os olhos diante da dor, do desespero, da necessidade, rezemos
100
95
75
25
5
0
PARA O FINAL DE CADA REUNIÃO
-
Pai nosso...
Ave Maria...
Glória ao Pai...
Santo Anjo...
A alegria eterna (o descanso eterno)...
Louvado seja nosso Senhor, Jesus Cristo!
Para sempre seja louvado!
Reuniões de Núcleo Ambiental
ao Senhor.
- Para que sejamos como Jesus, que provoca os discípulos à reflexão e à ação, rezemos ao
Senhor
- Para que, em nossos trabalhos de evangelização, possamos, como Jesus, mostrar as
capacidades e os recursos que as pessoas e a comunidade têm, rezemos ao Senhor.
100
95
75
25
5
143
0
Cantos para Liturgia
01) NO MEIO DA TUA CASA
(Canto inicial - 14º Dom. Comum)
Ref.: No meio da tua casa recebemos, ó
Deus, a tua graça. Sem fim nossa
louvação, pois a justiça está toda em tuas
mãos!
1. Alegrai-vos no Senhor, quem e bom
venha louvar, peguem logo um violão e um
pandeiro pra tocar. Para ele um canto novo
vamos, gente, improvisar.
2. Ele cumpre o que promete, podem nele
confiar, ele ama o que e direito e ele sabe bem
julgar; sua palavra fez o céu, fez a terra e fez o
mar.
3. Ele faz do mar um açude e governa os
oceanos, toda a terra a ele teme, mesmo os
corações humanos; tudo aquilo que ele diz não
nos causa desengano.
4. Põe abaixo os planos todos desse povo
poderoso e derruba os pensamentos dos
malvados orgulhosos, mas os planos que ele
faz vão sair vitoriosos.
02) ASSIM QUE A TUA GLÓRIA
(Canto inicial - 15º Dom. Comum)
Ref.: Assim que a tua glória revelar-se,
Senhor, perante a história, tua face
contemplarei e satisfeito pra sempre
ficarei.
1. Alegrai-vos no Senhor, quem e bom
venha louvar, peguem logo um violão e um
pandeiro pra tocar. Para ele um canto novo
vamos, gente, improvisar.
2. Ele cumpre o que promete, podem nele
confiar, ele ama o que e direito e ele sabe bem
julgar; sua palavra fez o céu, fez a terra e fez o
mar.
144
3. Ele faz do mar um açude e governa os
oceanos, toda a terra a ele teme, mesmo os
corações humanos; tudo aquilo que ele diz não
nos causa desengano.
4. Põe abaixo os planos todos desse povo
poderoso e derruba os pensamentos dos
malvados orgulhosos, mas os planos que ele
faz vão sair vitoriosos.
03) É DEUS QUEM ME ABRIGA
(Canto inicial - 16º Dom. Comum)
Ref.: É Deus quem me abriga, o Senhor,
quem sustenta a minha vida! De todo o
meu coração, porque és bom, vou fazer-te
a oblação.
1. Alegrai-vos no Senhor, quem e bom
venha louvar, peguem logo um violão e um
pandeiro pra tocar. Para ele um canto novo
vamos, gente, improvisar.
2. Ele cumpre o que promete, podem nele
confiar, ele ama o que e direito e ele sabe bem
julgar; sua palavra fez o céu, fez a terra e fez o
mar.
3. Ele faz do mar um açude e governa os
oceanos, toda a terra a ele teme, mesmo os
corações humanos; tudo aquilo que ele diz não
nos causa desengano.
4. Põe abaixo os planos todos desse povo
poderoso e derruba os pensamentos dos
malvados orgulhosos, mas os planos que ele
faz vão sair vitoriosos.
04) ACOLHE OS OPRIMIDOS
(Canto inicial - 17º Dom. Comum)
Ref.: Acolhe os oprimidos em sua casa,
ó Senhor, é seu abrigo! Só Ele se faz temer,
pois a seu povo dá força e poder!
100
95
75
25
5
0
05) A MESA SANTA QUE PREPARAMOS
(Oferendas - 14º ao 17º Dom. Comum)
1. A mesa santa que preparamos, mãos
que se elevam a ti, ó Senhor. O pão e o vinho,
frutos da terra, duro trabalho, carinho e amor: ô,
ô, ô, recebe, Senhor; ô, ô, recebe, Senhor!
2. Flores, espinhos, dor e alegria, pais,
mães e filhos diante do altar. A nossa oferta em
nova festa, a nossa dor vem, Senhor, transformar! Ô, ô, ô, recebe, Senhor; ô, ô, recebe,
Senhor!
3. A vida nova, nova família que celebramos aqui tem lugar. Tua bondade vem com
fartura, é só saber, reunir, partilhar. Ô, ô, ô,
recebe, Senhor; ô, ô, recebe, Senhor!
06) TUA MESA, SENHOR
(Comunhão - 14º ao 16º Dom. Comum)
1. Tua mesa, Senhor, tem lugares sobrando, porque muitos irmãos não puderam
chegar. É preciso mais gente que vá proclamando que só tu és o pão que nos pode
salvar.
Ref.: Quem está nesta mesa, quem já
tem seu lugar, compreenda a grandeza do
teu reino anunciar.
2. Multiplicas o pão que sustenta e sacia,
para ser alimento de libertação. É preciso mais
gente que sinta alegria de fazer a partilha com
os outros irmãos.
3. Tu vieste salvar o que estava perdido e,
por esta missão, deste a vida na cruz. É preciso
mais gente que viva o sentido do projeto cristão
de no mundo ser luz.
Cantos para Liturgia
1. A nação que ele governa é feliz com tal
Senhor. Lá do céu ele vê tudo, vê o homem e seu
valor. Fez o nosso coração forte e contemplador.
2. O que dá a vitória ao rei não é ter muitos
soldados. O valente não se livra por sua força ou
seus cuidados. Quem confia nos cavalos vai, no
fim, ser derrotado.
3. O Senhor protege sempre quem espera
em seu amor, pra livrar da triste morte e, na
fome, dar vigor. No Senhor é que esperamos,
ele é escudo protetor.
4. Nele nosso coração encontrou sempre
alegria. No seu nome sacrossanto, quem é bom,
sempre confia. Traz, Senhor, com teu amor,
esperança e alegria!
07) SENHOR, A FOME NO MUNDO
(Comunhão - 17º Dom. Comum)
Ref.: Senhor, a fome no mundo faz
tanta gente morrer! Ainda não aprendemos a mão ao faminto estender, nós
mesmos dando-lhe pão pra vida a morte
vencer. (bis)
1. Escuta, ó meu povo, a minha Lei, ouve
atento as palavras que eu te digo. Abrirei a
minha boca em parábolas, os mistérios do
passado lembrarei.
2. Não havemos de ocultar aos nossos
filhos, mas à nova geração nós contaremos as
grandezas do Senhor e seu poder, os seus feitos
que por nós realizou.
3. Rochedos no deserto Ele partiu e lhes
deu para beber águas correntes; mas pecaram
contra ele sempre mais, provocaram no deserto
o Deus Altíssimo.
4. Falavam contra Deus e assim diziam:
“Eis que fere os rochedos num momento, faz as
águas transbordarem em torrentes, mas será
também capaz de dar-nos pão?”
5. Ordenou, então, às nuvens, lá dos céus
e as compotas das alturas fez abrir; fez choverlhes o maná e alimentou-os e lhes deu para
comer o pão do céu.
6. O homem se nutriu do pão dos anjos,
pois mandou-lhes alimento em abundância; e
comeram e beberam à vontade, o Senhor
satisfizera os seus desejos.
100
95
75
Maestro Adenor Leonardo Terra
APUCARANA - PR - Tel.: (43) 3422-2611
E-mail: [email protected]
25
5
145
0
Bibliografia
Bibliografia
Agenda Latino-americana 2015. Direitos humanos.
CENTRO EVANGELIZZAZIONE E CATECHESI "DON BOSCO". I quattro vangeli commentati: strumenti
di lavoro per i gruppi biblici e per la preparazione della liturgia. Torino: Elledici, 2002.
Comissão Nacional de liturgia, Oração universal ferial. Anos pares, Gráfica de Coimbra Ltda.,
Coimbra, 2009.
CNBB, Diretório da Liturgia e da organização da Igreja no Brasil. 2015 – Ano B - São Marcos, Edições
CNBB,
Brasília, 2014.
S. FAUSTI, I quattro Vangeli. Traduzione di Silvano Fausti, EDB, Bologna, 2010.
S. FAUSTI, Ricorda e racconta il Vangelo. La catechesi narrativa di Marco, EDB - Bologna, Ancora Milano, 1994.
S. FAUSTI, Una comunità legge il Vangelo di Luca, EDB, Bologna, 1994.
S. FAUSTI, Una comunità legge il Vangelo di Matteo I, EDB, Bologna, 1998.
S. FAUSTI, Una comunità legge il Vangelo di Matteo II, EDB, Bologna, 1999.
S. FAUSTI, Una comunità legge il Vangelo di Giovanni I, EDB - Ancora, Bologna – Milano, 2002.
S. FAUSTI, Una comunità legge il Vangelo di Giovanni II, EDB - Ancora, Bologna – Milano, 2004.
A. GRABNER – HAIDER, Prontuario della Bibbia, EDB, Bologna, 2000.
N. LEMAITRE, M.-T. QUINSON, V. SOT, Dicionário cultural do cristianismo, Loyola, São Paulo, 1999.
E. PEPE, Mártires e santos do calendário romano, Ave-Maria, São Paulo, 2008.
G. RAVASI, Questioni di fede. 150 risposte ai perché di chi crede e di chi non crede, Mondadori,
Milano, 2010.
G. RAVASI, La Bibbia in un frammento, Mondadori, Milano, 2013.
A. RICHOMME, Un amico per ogni giorno. I santi del calendário, Queriniana, Brescia, 1986.
V. SCHAUBER – H. M. SCHINDLER, Heilige und Namenspatrone im Jahreslauf, Pattloch Verlag,
München, 2001.
100
95
M. SGARBOSSA – L. GIOVANNINI, Il santo del giorno, Edizioni Paoline, Roma, 1981.
75
25
5
146
0
100
95
75
25
5
147
0
ASSINE JÁ!
)
R.G.:
CIDADE:
Data
Assinaturas
1A5
6 A 10
11 A 15
R$ 85,00
R$ 78,00
R$ 74,00
Valor Unitário
R$ 66,00
R$ 61,00
R$ 59,00
Valor Unitário
Assinaturas
31 A 50
51 A 70
71 A 100
ESTADO:
R$ 56,00
R$ 53,00
R$ 50,00
ACIMA DE 501
Assinaturas
101 A 300
301 A 500
R$ 48,00
R$ 45,00
R$ 41,00
Valor Unitário
QUANTAS ASSINATURAS:
CNPJ/CPF:
Valor Unitário
BAIRRO:
MANDAR O FORMULÁRIO PREENCHIDO PARA:
O PÃO NOSSO DE CADA DIA
Rua Itamarati, 179 – Jd. Itamarati
CEP 86990-000 MARIALVA - PR
E-mail: [email protected]
Fones: (44) 3015-3033 - (44) 9725-2625 (tim)
16 A 20
21 A 25
26 A 30
Assinaturas
Assinatura:
E-mail:
OBS.: NÃO MANDE DINHEIRO. AGUARDE BOLETO BANCÁRIO.
TELEFONE: (
CEP:
END.:
NOME:
FORMULÁRIO PARA ASSINATURA ANUAL
Preencha o formulário abaixo e dê uma assinatura de presente para:
para você mesmo
seus pais
um parente
um(a) amigo(a)
alguém de uma equipe da paróquia ou comunidade
seu(a) namorado(a).
100
95
75
25
5
0

Documentos relacionados