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CROP BIOTECH UPDATE
Novembro de 2013
NOTÍCIAS
Mundiais
FAO: MENOS PESSOAS PASSAM FOME EM 2013
De acordo com relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e
Alimentação (FAO) de 2013 sobre Insegurança Alimentar, o número estimado de
pessoas que sofrem de fome crônica, impedindo uma vida ativa, diminuiu de 868
milhões, em 2010-2012, para 842 milhões, em 2011-2013. A FAO acrescentou que o
número total de pessoas desnutridas caiu 17 por cento desde 1990-92.
Contudo, apesar do progresso global, a FAO enfatizou que ainda persistem diferenças
acentuadas nas regiões. A África subsaariana continua a ser a região com maior
prevalência de desnutrição, com progresso modesto nos últimos anos; a Ásia Ocidental
não apresenta progresso algum; ao passo que o Sul da Ásia e Norte da África
apresentam progresso lento.
A FAO acrescentou que o compromisso de longo prazo de incorporar a segurança
alimentar e nutrição a políticas públicas e programas é fundamental para reduzir a fome.
Manter a segurança alimentar e agricultura como prioridades da agenda de
desenvolvimento, por meio de reformas abrangentes, melhorias no ambiente de
investimento e proteção social contínua, é crucial para conseguir grandes reduções da
pobreza e desnutrição.
Veja o relatório completo da FAO em http://www.fao.org/docrep/018/i3434e/i3434e.pdf.
O
resumo
executivo
do
relatório
está
disponível
em
http://www.fao.org/docrep/018/i3458e/i3458e.pdf.
ORGANIZAÇÕES AGRÍCOLAS LANÇAM DADOS ABERTOS GLOBAIS RELATIVOS
A AGRICULTURA E NUTRIÇÃO
Um consórcio de mais de 50 organizações lançou a iniciativa Dados Abertos Globais
referentes a Agricultura e Nutrição (GODAN) na Cúpula Aberta da Sociedade do
Governo em Londres. Essa iniciativa busca apoiar esforços globais para fazer com que
dados agrícolas e de nutrição pertinentes sejam disponibilizados, tornem-se acessíveis
e possam ser utilizados sem restrições em todo o mundo. A iniciativa se concentra na
construção de política de alto nível e apoio público e institucional privado aos dados
abertos. A iniciativa incentiva a colaboração e cooperação entre atividades de
agricultura e dados abertos existente, sem duplicação, e reúne todas as partes
interessadas na resolução dos problemas globais há muito existentes.
Para mais informações, visite http://www.godan.info/.
PERITOS IDENTIFICAM NOVA ABORDAGEM PARA TRATAR INSEGURANÇA
ALIMENTAR, MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Peritos globais fizeram um apelo para mudar a maneira como o mundo trata a
insegurança alimentar, mudanças climáticas, pobreza e escassez de água durante a
Conferência das Partes 19 (COP19) em Varsóvia, Polônia. Os negociadores de clima
da ONU que compareceram à Conferência também foram aconselhados a não arriscar
"virar as costas a algumas das pessoas mais vulneráveis e mais pobres deste mundo".
Os peritos pediram uma "abordagem paisagística" do desenvolvimento rural, louvada
como uma forma de reunir os setores agrícola, florestal, energético e de pesca. Esperase que essa abordagem proponha soluções de colaboração e inovação para diminuir a
pressão crescente sobre os recursos do mundo, ameaçados pelas mudanças
climáticas.
Rachel Kyte, Vice-presidente do Banco Mundial para Desenvolvimento Sustentável,
disse aos participantes do Foro de Paisagens Global do COP19 que a ciência avançou
o bastante para permitir que o mundo tenha a necessária capacidade técnica para
quantificar e visualizar as ligações entre atividades humanas e o meio ambiente.
Referindo-se a uma suspensão das conversas sobre agricultura nesta última semana
em Varsóvia, ela acrescentou que "estas negociações correm o risco de dar as costas a
algumas das pessoas mais vulneráveis e mais pobres deste mundo e isso não
construirá uma negociação sobre clima que funcione".
Para mais informações, http://www.landscapes.org/un-climate-talks-stall-expert-identifynew-approach-tackling-climate-change-food-insecuritypoverty/?utm_source=CIFOR+Website&utm_medium=Research+highlights&utm_campa
ign=PressRelease+Landscape#.UowUmtISaSo
CIENTISTAS
DOENÇAS
DESENVOLVEM
LINHAGENS
DE
ERVILHA
RESISTENTES
A
Cientistas do Serviço de Pesquisa Agrícola do Departamento de Agricultura dos
Estados Unidos (USDA-ARS) colaboraram com colegas pesquisadores da Nova
Zelândia e Europa no desenvolvimento de ervilhas resistentes à podridão de raiz por
Aphanomyces. A referida doença pode causar perdas de rendimento de 20 a 100 por
cento na cultura do legume.
Conforme observou Rebecca McGee, geneticista agrícola da Unidade de Pesquisa de
Fisiologia Genética de Legumes e Grãos do USDA-ARS, o cultivo de ervilhas visando à
resistência ao Aphanomyces se mostrou difícil, pois há envolvimento de vários genes.
Os genes de resistência também são associados a características indesejáveis, que
variedades cultivadas podem herdar ao serem cruzadas com fontes de germoplasma
selvagens.
As referidas linhagens de reprodução não se destinam a produção comercial, e sim
fonte de resistência ao Aphanomyces para incorporação a variedades de ervilha de
primeira linha. Tais variedades poderiam beneficiar produtores dos estados do Noroeste
do Pacífico e Centro Norte dos EUA, onde irrupções de Aphanomyces ameaçam o
importante papel avaliado das ervilhas e outros legumes em sistemas de rotação de
culturas baseada em cereais.
Veja
informe
à
imprensa
do
http://www.ars.usda.gov/is/AR/archive/nov13/pea1113.htm.
USDA-ARS
em
EQUIPE INTERNACIONAL EFETUA SEQUENCIAMENTO DE FUNGO CONHECIDO
POR SIMBIOSE EM RAIZ DE PLANTAS
Uma equipe internacional liderada por pesquisadores do Instituto Nacional para
Pesquisa Agrícola (INRA) da França efetuou o sequenciamento do genoma haploide do
Rhizophagus irregularis, fungo que estabelece relações simbióticas com raízes de
plantas e contribui com o ciclo do fósforo. O genoma proporciona uma visão da
natureza da relação do R. irregularis com plantas terrestres, revelando componentes da
comunicação vegetal e uso de fósforo.
A equipe descobriu que o genoma recém-sequenciado contém um grupo vigoroso de
genes de captação de nutrientes e genes que participam de processos metabólicos
primários. Francis Martin, autor principal do trabalho publicado em Proceedings of the
National Academy of Sciences disse "Por meio da análise deste e de outros genomas
de micorrózico, podemos ajudar a entender melhor as interações e condições cruciais
ao crescimento sustentável de plantas de bioenergia, mas também culturas básicas,
pré-requisito para ajudar a alimentar o mundo".
Os resultados do estudo de sequenciamento estão disponíveis on-line em
http://www.pnas.org/content/early/2013/11/21/1313452110.abstract(DOI:10.1073/pnas.1
313452110).
África
CULTURAS PERENES DE GRÃOS PARA A ÁFRICA
A Universidade Estadual de Michigan (MSU) está estudando os potenciais benefícios da
introdução de grãos perenes em fazendas africanas. O cientista Sieg Snapp da MSU
lidera o projeto de pesquisa que abrangerá cinco nações africanas identificadas como
"países prioritários" pela Agência Norte-Americana para Desenvolvimento Internacional:
Gana, Mali, Malauí, Tanzânia e Etiópia.
O trabalho de Snapp testará a viabilidade do crescimento de grãos perenes em vários
ecossistemas africanos. A equipe de pesquisa examinará a capacidade de grãos
perenes de reduzir a erosão do solo e trabalho no campo, melhorará a qualidade da
água e aumentará o armazenamento de matéria orgânica no solo. Avaliará, também, o
risco potencial da introdução de espécies vegetais em um novo ambiente de modo a
assegurar que os grãos não prejudiquem a ecologia africana. "É algo que quis fazer
toda a minha vida - trazer novas opções a fazendeiros da África", disse Snapp.
Para mais informações, leia o informe à imprensa da MSU disponível em:
http://msutoday.msu.edu/news/2013/bringing-perennial-grain-crop-to-africa/.
Américas
BIÓLOGOS DESCOBREM REGRAS QUE NORTEIAM O DESENHO DAS FOLHAS
Biólogos da Universidade da Califórnia Los Angeles (UCLA) descobriram regras
fundamentais de desenho de folha subjacentes à capacidade das plantas de produzir
folhas que variam em tamanho. Em seu desenho matemático, as folhas são as
“máquinas perfeitas", disse Lawren Sack, professor de ecologia e biologia evolutiva da
UCLA e autor principal da pesquisa, publicada na edição de outubro do American
Journal of Botany.
A equipe descobriu as relações matemáticas com utilização de "análise alométrica" que
estuda como as proporções de partes de um organismo mudam segundo as diferenças
de tamanho total. Os biólogos se concentraram na maneira pela qual a anatomia das
folhas varia nas folhas de diferentes tamanhos e espécies de planta examinadas em
todo o mundo. Testaram a relação subjacente entre dimensões de célula e de tecido e
tamanho de folha por espécie, e descobriram que as células maiores de folhas mais
espessas são rodeadas por paredes de célula mais espessas.
A equipe propôs a hipótese de que essas relações matemáticas fortes decorrem do
desenvolvimento da folha. Como a luz consegue penetrar apenas certo número de
camadas de células, as folhas não podem variar muito quanto ao número de células
dispostas verticalmente. A expansão das células individuais e suas paredes celulares
ocorre concomitantemente e é refletida na espessura de toda a folha. Por outro lado, o
número de células dispostas horizontalmente na folha continua a aumentando conforme
as folhas se expandem, independentemente do tamanho das células individuais.
Para mais informações sobre este estudo, leia o informe à imprensa da UCLA
disponível
em
http://newsroom.ucla.edu/portal/ucla/ucla-biologists-discover-newmathematical-249097.aspx.
ESFORÇO INTERNACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DE TRIGO RESILIENTE AO
CLIMA
Pesquisadores da Universidade Estadual de Kansas (K-Estadual) liderarão novo
esforço de desenvolvimento de variedades de trigo resilientes aos efeitos de
aquecimento das mudanças climáticas. Liderados pelo professor Jesse Poland da KEstadual, os colaboradores do projeto incluem o Centro Internacional de Melhoria de
Milho e Trigo (CIMMYT), a Universidade Cornell, e o Departamento de Agricultura norteamericano.
O foco inicial do projeto será o trigo do Sul da Ásia, que produz 20 por cento do trigo do
mundo. A equipe usará seleção genômica para impulsionar ganhos genéticos em trigo
visando climas mais quentes no futuro, com o objetivo de desenvolver variedades
resistentes ao calor, de alto rendimento e aceitas pelos produtores para o Sul da Ásia.
O projeto toma por base pesquisa já realizada na CIMMYT e, de acordo com Poland, a
equipe incorporará seleção genômica ao canal de reprodução de trigo de panificação da
CIMMYT com o objetivo específico de aumentar o rendimento potencial sob calor
extremo.
Para mais informações sobre este projeto, leia o informe à imprensa em:
http://www.ksre.ksu.edu/news/story/climate_resilient103013.aspx.
PESQUISA MELHORA A COMPREENSÃO DA MANEIRA PELA QUAL AS PLANTAS
SE PROTEGEM DE CONDIÇÕES AMBIENTAIS ADVERSAS
Pesquisa realizada na Universidade Estadual de Iowa (ISU) lançou nova luz em
mecanismos genéticos utilizados pelas plantas para se proteger de estresse ambiental.
Com uso da Arabidopsis, os pesquisadores observaram o que acontece com as plantas
em nível molecular quando confrontadas com estresse ambiental com o emprego do
processo denominado resposta a proteína mal-enovelada, o que funciona como um
sistema de alarme quando a planta sente condições severas.
Stephen Howell, professor de genética, desenvolvimento e biologia celular da ISU, disse
"Considerando as preocupações quanto a mudanças climáticas e algumas das
alterações climáticas extremas que observamos nos últimos anos, uma das
características mais valiosas das culturas é a resistência ao estresse. Trata-se de
questão muito oportuna".
A via de sinalização que possibilita a resposta apresenta várias redundâncias que
tornaram o sistema de difícil estudo a princípio. Quando uma parte do sistema é
fechada, a sinalização de estresse segue via alternativa, mas o bloqueio de cada
componente da via revelou sua total importância para as plantas. O cientista Renu
Srivastava da ISU disse que o sistema, além de afetar a maneira pela qual as plantas
respondem ao estresse ambiental, também é importante para a reprodução e
desenvolvimento.
Leia
mais
sobre
esta
http://www.news.iastate.edu/news/2013/10/30/plantstress.
pesquisa
em:
REJEITADA ROTULAGEM DE ALIMENTOS GM NO ESTADO DE WASHINGTON
Os eleitores de Washington rejeitaram a Iniciativa 522 (I-522), iniciativa que exigiria a
rotulagem dos alimentos contendo ingredientes produzidos por engenharia genética
(EG). A votação foi 54,8% contra a rotulagem e 45,2% a favor. A I-522 foi posta em
votação por escrutínio no Estado de Washington este ano por ativistas anti OGM
(organismos geneticamente modificados) com o fim de proibir alimentos derivados de
culturas EG. A iniciativa foi contestada por ampla coalizão de produtores agrícolas
familiares, cientistas, doutores, consumidores e empresários de todo o estado.
"Trata-se de uma clara vitória para os consumidores, contribuintes e produtores
familiares de Washington de todo o nosso estado", disse Dana Bieber, porta-voz do
"Não" na 522. A indústria alimentícia alega que a iniciativa teria fornecido aos
consumidores informações inexatas e enganosas sobre os alimentos que compram, ao
mesmo tempo aumentando em centenas de dólares ao ano os custos às famílias com
compras.
Mais informações sobre a I-522 disponíveis em http://www.factsabout522.com/.
ESTUDO DA RUTGERS SOBRE A PERCEPÇÃO DOS NORTE-AMERICANOS
QUANTO A ROTULAGEM DE ALIMENTOS GM
A maioria dos americanos não presta muita atenção a alimentos GM, de acordo com
pesquisa sobre a percepção do público quanto à rotulagem de alimentos GM realizada
por pesquisadores da Faculdade Rutgers de Ciências Ambientais e Biológicas. Mais da
metade (53%) dos pesquisados disse ter conhecimento limitado sobre alimentos GM, e
aproximadamente 25 por cento disseram não ter conhecimento de alimentos GM.
Para melhor compreender as atuais atitudes dos consumidores, os pesquisadores
fizeram perguntas sobre rotulagem de diferentes maneiras. Quando foi perguntado aos
consumidores o que gostariam de ver nos rótulos de alimentos que ainda não houvesse
nos rótulos, apenas 7 por cento falaram de alimentos GM por iniciativa própria. Mas
quando lhes perguntaram diretamente se queriam que os alimentos GM fossem
rotulados, 73 por cento disseram que sim. A maioria (59%) dos pesquisados disse ser
importante rotular alimentos GM, aproximadamente o mesmo número de pesquisados
que disseram querer informações sobre o uso de hormônios (63%), pesticidas (62%) ou
antibióticos (61%), se foi cultivado ou criado nos Estados Unidos (60%), e se o produto
contém alérgenos (59%).
As
anotações
de
trabalho
do
estudo
estão
disponíveis
http://humeco.rutgers.edu/documents_PDF/news/GMlabelingperceptions.pdf.
em
CRESCE A DEMANDA DE ÓLEO DE SOJA MAIS SAUDÁVEL
A DuPont Pioneer e a Perdue AgriBusiness aumentarão a área cultivada contratada a
produtores para soja com alto teor de ácido oleico Plenish® em 2014 em Salisbury,
Maryland, EUA.
"Os sojicultores de Maryland têm em alta consideração a soja e o valor que a sojicultura
proporciona ao setor agrícola do estado”, disse Randy Minton, diretor de negócios da
DuPont Pioneer para a região Leste. "O programa de contratos de 2014 proporcionará a
eles oportunidade para fortalecer a demanda de mercado do setor de soja e obter mais
lucro por alqueire".
De acordo com a Pioneer, o óleo de soja com alto teor de ácido oleico desenvolvido
com emprego de genética avançada e tecnologias avançadas, apresenta 0g de
gorduras trans por porção e 20 por cento menos gordura saturada do que o óleo de soja
básico. A soja com alto teor de ácido oleico Plenish está prestes a receber aprovações
regulatórias globais com mais de 96 por cento de mercados de exportação de soja
norte-americanos no momento aprovados.
Para
mais
informações,
leia
o
informe
à
imprensa
http://www.pioneer.com/home/site/about/news-media/newsreleases/template.CONTENT/guid.17F567F5-5AF2-7ED8-A7D6-27BAA176DEA2.
em
O USDA FINANCIA PESQUISA PARA MELHORAR A PRODUÇÃO AGRÍCOLA E
SAÚDE VEGETAL
O Instituto Nacional de Alimentos e Agricultura (NIFA) do Departamento de Agricultura
norte-americano (USDA) anunciou subsídios de quase $9 milhões para pesquisa de
assuntos que afetam a reprodução vegetal e produção agrícola, conduzindo a melhorias
de plantas cruciais à sustentabilidade e à competitividade da agricultura americana. Os
subsídios foram concedidos ao amparo da área prioritária de reprodução vegetal para
produção agrícola do Programa Fundamental de Iniciativa de Pesquisa Alimentar e de
Agricultura (AFRI). Os projetos financiados incluem desenvolvimento de cultivares, prémelhoramento e aprimoramento de germoplasma, introgressão de espécies
relacionadas e novas abordagens de fenotipagem, entre outras áreas.
Para
mais
informações,
visite
http://www.csrees.usda.gov/newsroom/news/2013news/11151_plant_awards.html.
NOVA TECNOLOGIA PARA AJUDAR O DESENVOLVIMENTO DE CULTURAS
ALIMENTARES EM CAMPOS SUPERPOPULOSOS
Pesquisa realizada na Universidade de Wisconsin-Madison (UW-Madison) identificou
uma maneira de aumentar o rendimento de culturas por meio do plantio de campos
mais densos - uma possível solução para produzir mais alimentos para a crescente
população mundial. O geneticista de plantas da UW-Madison, Richard Vierstra, e sua
equipe estão realizando a reengenharia do fitocromo, molécula sensível a estímulos
luminosos, para possibilitar às plantas crescerem normalmente mesmo quando forem
plantadas muito próximas umas das outras.
No laboratório, Vierstra e sua equipe desenvolveram as primeiras estruturas
tridimensionais de fitocromos com o fim de redesenhar o fotorreceptor de forma a alterar
as propriedades de sensibilidade à luz. A equipe obteve vários mutantes extremamente
sensíveis à luz. Essas moléculas mutantes, caso sejam submetidas à engenharia
genética e transformadas em culturas alimentares, poderiam enganar as plantas para
que pensassem estar recebendo bastante luz, mesmo que estivessem em um campo
superpopuloso.
Vierstra disse "Em vez de filas de 30 polegadas, esta tecnologia poderia nos permitir
plantar milho em filas de 20 polegadas, aumentando o rendimento em até 50 por cento".
Para informações sobre esta pesquisa, leia o informe à imprensada UW-Madison em:
http://www.news.wisc.edu/22323.
GOVERNO CANADENSE INVESTE NA PESQUISA DO TRIGO UG99
O Ministro da Agricultura do Canadá, Gerry Ritz, anunciou um investimento adicional de
CAD$1,26 milhão no âmbito do projeto Growing Forward 2 para uma pesquisa contínua
visando o combate à doença do trigo chamada Ug99. A pesquisa é liderada pelo
Departamento de Agrícola e Agroalimentar Canadense (AAFC).
Embora a Ug99 ainda não esteja presente na América do Norte, os cientistas da AAFC
estão trabalhando proativamente não só para proteger o trigo do Canadá, mas também
para ajudar o esforço global de proteção das reservas mundiais de trigo. Por meio de
esforços coordenados, os pesquisadores da AAFC acelerarão a substituição de
variedades suscetíveis por novas variedades com rendimento maior e resistência
duradoura à Ug99.
Veja
informe
à
imprensa
do
Governo
do
http://www.agr.gc.ca/cb/index_e.php?s1=n&s2=2013&page=n131120.
Canadá
em
AUMENTO DO FITOQUÍMICO PTEROSTILBENO EM CULTURAS
Cientistas do Serviço de Pesquisa Agrícola do USDA (USDA ARS) relataram
abordagem biotecnológica que permite às culturas produzir ou aumentar a produção do
composto fitoquímico pterostilbeno. A abordagem poderia abrir caminho para o aumento
dos níveis de pterostilbeno em culturas que normalmente o produzem, como uvas e
frutas vermelhas.
Existem dois estilbenos, resveratrol e pterostilbeno, que podem possuir propriedades
benéficas à saúde similares. Durante seu trabalho, a equipe mostrou que o SbOMT3,
um gene de sorgo anteriormente caracterizado e patenteado, é capaz de converter
resveratrol em pterostilbeno. A seguir, a equipe tomou por base essa atividade de
conversão por meio da coexpressão do SbOMT3 com gene estilbeno-sintase (AhSTS3)
que fora isolado do amendoim. A abordagem foi então testada em plantas transgênicas
de duas espécies diferentes que não produzem pterostilbeno naturalmente.
Para mais informações sobre esta pesquisa, leia o artigo Ramping up a Phytochemical
Compound in Crops na edição de novembro/dezembro de 2013 da revista Agricultural
Research disponível em: http://www.ars.usda.gov/is/AR/archive/nov13/.
AUMENTO DA FREQUÊNCIA
PRODUÇÃO DE ALIMENTOS
DE
COLHEITAS
VISANDO
AUMENTAR
A
A colheita mais frequente de culturas existentes poderia aumentar substancialmente a
produção de alimentos global sem necessidade de preparar mais terra para o plantio,
de acordo com novo estudo do Instituto do Meio Ambiente (IonE) da Universidade de
Minnesota (UM). O estudo acompanhou tendências de colheita globais de 177 culturas
entre 1961 e 2011. De acordo com o estudo, o total de terra colhido aumentou quatro
vezes mais rapidamente do que o total de terras cultiváveis entre 2000 e 2011,
sugerindo que a frequência da colheita estava aumentando, levando os autores a se
perguntar se o aumento da frequência de colheitas poderia levar a ganhos adicionais.
Deepak Ray, autor líder do estudo, introduziu o conceito de intervalo entre colheitas - a
diferença entre a frequência de colheita anual efetiva e a frequência potencial máxima.
Descobriram que a África, América Latina e Ásia apresentam a maior concentração de
intervalo entre colheitas em potencial. Por exemplo, o Brasil tem intervalo entre
colheitas de 0,9, sugerindo que, em suas terras cultiváveis atuais, é possível uma
segunda colheita a cada ano.
A eliminação do intervalo aumentaria a produção da cultura nas terras cultiváveis
existentes sem necessidade de recorrer à preparação adicional da terra para plantio, o
que poderia potencialmente reduzir a pressão para destruição de mais florestas
tropicais. O aumento da frequência das colheitas também apresenta potencial para
mitigar o risco em condições climáticas variáveis. Em todo o mundo, os pesquisadores
constataram que a eliminação do intervalo entre colheitas no mundo todo poderia
teoricamente aumentar a produção em mais que 44 por cento.
Para mais informações sobre este estudo, leia o informe à imprensa da UM em:
http://www1.umn.edu/news/news-releases/2013/UR_CONTENT_464003.html.
PERITOS DESCOBREM MILHO MUTANTE QUE CONSEGUE RESISTIR À LARVAALFINETE
Pesquisadores de Purdue e da Universidade de Illinois descobriram um milho mutante
cujas folhas são altamente suscetíveis ao ataque de larvas-alfinetes, praga que se
alimenta principalmente das barbas e pólen do milho.
Embora anteriormente se pensasse que as larvas-alfinetes evitassem as folhas de milho
por uma preferência de fonte de alimento, o estudo do mutante sugere que as plantas
de milho normais têm um mecanismo de defesa ativo que impede que os besouros se
alimentem de sua folhagem. A identificação desse mecanismo poderia levar a novas
estratégias de controle da larva-alfinete, a praga de inseto mais destrutiva do milho dos
EUA.
Guri Johal, um dos principais pesquisadores do estudo, diz que estão sendo realizadas
mais pesquisas sobre a possibilidade de usar o mutante em estratégias de controle de
pragas e identificar a via genética em plantas de milho normais. Acrescentou que os
genes poderiam ser usados para tornar o milho mais resistente a pragas.
Veja
informe
à
imprensa
da
Universidade
Purdue
em
http://www.purdue.edu/newsroom/releases/2013/Q4/mutant-corn-could-yield-new-waysto-curb-billion-dollar-bug.html.
Ásia e Pacífico
FILIPINAS PERMITE ENSAIOS DE CAMPO DE CULTURAS GM
O Secretário do Departamento da Agricultura das Filipinas, Proceso Alcala, disse que o
governo não vê problema nenhum em permitir ensaios de campo em culturas GM
durante uma conferência de imprensa. “Há um programa sobre berinjela Bt e Arroz
Dourado, que os cientistas estão estudando. Contanto que os testes sejam feitos em
ambiente restrito, não é certo de nossa parte interrompê-los... Afinal de contas, se não
lhes dermos uma chance de provar isso, vamos tolher o desenvolvimento para o futuro.
Se não permitirmos aos cientistas produzir Diatabs (Cloridrato de loperamida), é como
dizer que deveríamos usar apenas carvão vegetal (para curar diarreia)", disse Alcala.
Alcala também mencionou que há produtores em várias partes do país dispostos a
adotar culturas GM. Dessa forma, o governo dá importância à decisão deles, pois a
decisão de adotar ou não é dos produtores. Tecnologias inovadoras como modificação
genética apresentam potencial de solucionar problemas graves como desnutrição,
pobreza e fome.
Leia o artigo original em http://bcp.org.ph/activities/da-allows-field-trials-for-gm-crops/.
ESTUDO DE TOXICIDADE DE LONGO PRAZO DE ARROZ GM COM DOIS GENES
RESISTENTES A INSETOS NÃO MOSTRA EFEITOS ADVERSOS À SAÚDE
Um estudo de longo prazo realizado pelo Instituto Nacional da China para Nutrição e
Segurança Alimentar mostrou que o arroz geneticamente modificado não tem efeitos
adversos à saúde quando dado a ratos. Os autores do estudo selecionaram
aleatoriamente 180 ratos e os dividiram em três grupos: o primeiro grupo foi alimentado
com arroz contendo dois genes, Cry1Ac e sck, que originam proteínas inseticidas. O
segundo recebeu arroz não GM, e o terceiro foi alimentado com dieta de controle. Os
autores monitoraram o peso corporal, consumo alimentar e química sanguínea dos
ratos. Depois de 78 semanas, os autores concluíram que os ratos que consumiram o
arroz GM não manifestaram efeitos adversos à saúde.
Os resultados do estudo estão publicados no periódico Food and Chemical Toxicology
disponível em: http://dx.doi.org/10.1016/j.fct.2013.10.035.
CIENTISTAS CHINESES ELUCIDAM O ENIGMA GENÔMICO DO CHOUPO DO
EUFRATES
Um estudo de colaboração realizado por pesquisadores da Universidade de Lanzhou,
Instituto de Genômica de Pequim (BGI), e outros institutos parceiros elucidou com êxito
todo o sequenciamento do genoma do choupo do Eufrates, Populus euphratica. O
genoma recém-sequenciado proporciona novas ideias para entender a base genética
da adaptação da árvore a estresse salino e viabilização da modificação genética de
choupos cultivados em campos salinos.
Os pesquisadores estudaram as diferenças entre o genoma do choupo do Eufrates e
congênere mesófíta estreitamente relacionado, P. trichocarpa. Eles sugerem que o P.
euphratica se separou do P. trichocarpa no decorrer dos últimos 8 a 14 milhões de
anos. Também descobriram que, apesar de ambas as espécies terem compartilhado
pelo menos duas duplicações de genoma total e terem exibido extensa colinearidade
em todo o espaço gênico, genes específicos a espécies participantes da tolerância a
estresse expandiram-se seletivamente e/ou foram positivamente selecionados no
genoma do P. euphratica.
Para
mais
informações,
leia
informe
à
imprensa
do
BGI
em:
http://www.genomics.cn/en/news/show_news?nid=99803. Os resultados da pesquisa
foram
publicados
on-line
em
Nature
Communications
em:
http://www.nature.com/ncomms/2013/131121/ncomms3797/full/ncomms3797.html.
Europa
CULTURAS GM E SUA IMPORTÂNCIA NA AGRICULTURA DA SUÍÇA
Um resumo descritivo sobre a importância das culturas GM na agricultura da Suíça foi
publicada pela Academia Suíça de Ciências. De acordo com o relatório, a agricultura da
Suíça precisa aumentar sua produção, mantendo, ao mesmo tempo, a mesma
qualidade e reduzindo o impacto ambiental. Novas técnicas usadas na agricultura, como
modificação genética, podem ajudar a lograr esses objetivos. Contudo, o uso de
culturas GM na pesquisa e na produção de alimentos é atualmente impedido por
restrições legais. O relatório sugeriu os seguintes possíveis cursos de ação para
melhorar a agricultura da Suíça:
 fortalecimento adicional da pesquisa agrícola pública;
 aprovação do procedimento de plantas GM baseada no produto;
 ensejo e respaldo científico da coexistência.
Efetue
download
do
resumo
descritivo
http://www.geneticresearch.ch/downloads/Factsheet_GrueneGentechnik_e.
em
O VATICANO INCENTIVA O DIÁLOGO ENTRE PESSOAS INTERESSADAS EM
RELAÇÃO A SEGURANÇA ALIMENTAR
O Cardeal Peter Turkson, Presidente do Pontifício Conselho de Justiça e Paz do
Vaticano, falou durante o Simpósio Internacional de Diálogo do Prêmio Mundial de
Alimentação de Borlaug, em Iowa em 17 de outubro de 2013. O Cardeal tratou
diretamente a controvérsia de alimentos GM e usou o pensamento Católico e Concílio
Vaticano II como seus pontos de referência. Ele citou o Papa João Paulo II que disse
"As descobertas da ciência devem ser usadas para assegurar alta produtividade da
terra de modo que a população local possa obter alimentos e sustento sem destruir a
natureza".
O Cardeal Turkson também disse que é certo comemorar as realizações dos cientistas
que foram aclamados os Laureados do Prêmio Mundial de Alimentação deste ano.
Enfatizou que a igreja católica não é contra a ciência, tampouco promove a
biotecnologia. Pediu diálogo significativo entre os interessados, pois todos os lados da
controvérsia têm como finalidade derrotar a fome e uma agricultura sustentável. Disse
que escutar uns aos outros com respeito e com desejo verdadeiro de aprender com o
outro levará a soluções melhores, duradouras e sustentáveis para a segurança
alimentar mundial.
Leia a transcrição completa da apresentação do Cardeal Turkson em
http://ofwlaw.files.wordpress.com/2013/10/cardinal-turkson-at-world-food-prize-in-desmoines-10-17-2013.pdf.
UMA PLANTA QUE SE ACLIMATA SEM INFLUÊNCIA EXTERIOR
Uma equipe liderada pelo Professor Roman Ulm da Universidade de Genebra (UNIGE),
Suíça, gerou uma planta transgênica que se aclimata a partir de sua constituição,
independentemente dos níveis de ultravioleta B (UV-B). Essa planta apresenta um
receptor constantemente ativo, que propicia resistência a UV mais alta, associada ao
aumento da produção de flavonoides, substâncias que atuam como 'protetor solar' e
antioxidantes.
As plantas conseguem detectar raios UV-B graças a um receptor denominado UVR8,
composto de flavonoides – que agem como protetores solares e antioxidantes - e
enzimas que reparam o dano causado ao DNA durante exposição à luz. Por meio da
colaboração com seus colegas das Universidades de Ghent (Bélgica) e de Friburgo
(Alemanha), a equipe de Ulm gerou uma planta transgênica dotada do receptor mutado
UVR8. O receptor está sempre ativo, resultando em estímulo constante dos genes
necessários às respostas de sobrevivência.
Para mais informações sobre esta pesquisa, o informe à imprensa da UNIGE está
disponível
em
francês
em:
http://www.unige.ch/communication/communiques/2013/CdP131125.html.
Tradução
para
o
inglês
do
informe
à
imprensa
pode
ser
lida
em
http://www.seedquest.com/news.php?type=news&id_article=42953&id_region=&id_cate
gory=&id_crop=.
PESQUISA
DESENVOLVIDA BATATA-DOCE GE COM RESISTÊNCIA A VÁRIOS VÍRUS
Vários vírus causam uma doença sinergética destrutiva complexa à batata-doce em
KwaZulu-Natal, África do Sul. Esses vírus incluem o vírus mosqueado plumoso da
batata-doce (Sweet potato feathery mottle vírus - SPFMV), o Vírus do nanismo clorótico
da batata doce (Sweet potato chlorotic stunt virus - SPCSV), o Vírus G da batata doce
(Sweet potato virus G - SPVG) e o vírus mosqueado suave da batata-doce (Sweet
potato mild mottle virus - SPMMV). Para tratar esse assunto, os pesquisadores da
Universidade de KwaZulu-Natal desenvolveram plantas de batata-doce transgênicas
com ampla resistência a vírus.
Foram usados segmentos de gene de proteína capsidial de cada um dos quatro vírus
mencionados com o fim de induzir silenciamento do gene na batata-doce transgênica.
As extremidades apicais da batata-doce foram transformadas usando Agrobacterium
tumefaciens. A reação em cadeia da polimerase e análises Sorthern blot mostraram que
os transgenes estavam presentes em 6 de 24 plantas transgênicas e que todas as
plantas pareciam corresponder ao mesmo evento de transformação. Análises adicionais
mostraram a presença de vírus nas plantas transgênicas, mas todas exibiram sintomas
tardios e mais moderados de descoloração da folha em comparação às plantas não
transformadas.
Leia o resumo em http://link.springer.com/article/10.1007/s11248-013-9759-7.
CIENTISTAS INVESTIGAM O MECANISMO DE TOLERÂNCIA A TOXINAS BT DAS
LARVAS DE BROCA DO MILHO ASIÁTICA
A população da broca de milho asiática com maior resistência (~100 vezes) ao Cry1Ab
do que uma população suscetível exibiu níveis altos de resistência cruzada ao Cry1Ah
(131 vezes), mas não apresentou resistência cruzada ao Cry1le. Sugeriu-se que a
resistência cruzada foi causada por alteração dos receptores das toxinas do Cry
presentes nos intestinos das larvas de broca de milho asiática. Outro estudo foi
realizado por Lina Xu da Academia Chinesa de Ciências Agrícolas e colegas para
identificação das proteínas das vesículas da membrana de borda em escova dos
intestinos das larvas da broca do milho asiáticas resistentes e suscetíveis que
interagem com proteínas biotiniladas (Cry1Ab Bt, Cry1Ah e Cry1Ie).
Foi usada 2D-Electroforese com ligantes e as identidades efetivas da proteína foram
caracterizadas por espectrometria de massa MALDI-ToF/ToF. A subunidade A catalítica
da ATPase do próton tipo V e proteínas 70 kDa de choque de calor foram identificadas
como interagindo com as toxinas Cry testadas nas larvas resistentes e suscetíveis. Os
resultados também mostraram que as proteínas Bt biotiniladas tiveram interações mais
fortes com proteínas nas larvas resistentes em comparação com as larvas suscetíveis,
o que implica haver aumento da subunidade A catalítica da ATPase de próton tipo V e
proteínas 70 kDa de choque de calor nas larvas resistentes. Não foram constatadas
interações de Cry1Ie com a subunidade A catalítica da ATPase de próton tipo V nas
larvas suscetíveis.
Leia o resumo em http://link.springer.com/article/10.1007/s11248-013-9718-3.
ALÉM DA BIOTECNOLOGIA AGRÍCOLA
COLABORAÇÃO NA CRIAÇÃO DE FRANGOS RESISTENTES A DOENÇAS E AO
CALOR
Cientistas da Universidade da Califórnia, em Davis, da Universidade de Gana, da
Universidade de Agricultura de Sokoine, na Tanzânia, e da Universidade de Delaware
estão colaborando em novo programa voltado à criação de frangos resistentes a
doenças e ao calor na África.
O programa de pesquisa de $6 milhões visa reduzir a fome mundial e lograr segurança
alimentar. A Agência norte-americana para Desenvolvimento Internacional está
financiando o programa como parte da iniciativa Feed the Future.
Leia a versão pormenorizada da história em http://amestrib.com/sections/news/amesand-story-county/isu-help-breed-disease-heat-resistent-chicken.html.
NOVA ABORDAGEM PARA IDENTIFICAÇÃO DOS EFEITOS ECOLÓGICOS DA
LIBERAÇÃO DE INSETOS EG
Pesquisadores da Universidade de Minnesota (UM) desenvolveram nova abordagem
para identificação dos efeitos ambientais em potencial da liberação deliberada de
insetos criados por engenharia genética (EG). Os insetos EG são muito promissores
para modificar significativamente o manejo de pragas e combater as doenças humanas
transmitidas por insetos em todo o mundo. Antes de liberar insetos EG, os cientistas, os
governos e a indústria devem examinar os possíveis efeitos ecológicos dos insetos EG
por meio da realização de avaliações de risco ecológico (ERA). Essa nova abordagem
proporciona melhor orientação para tais avaliações.
Os pesquisadores se concentram em todos os efeitos ecológicos em potencial, se o
efeito é adverso ou benéfico. Aplicam sua própria abordagem ao mosquito Anopheles
gambiae - vetor da malária criado por engenharia genética para suprimir a população de
mosquitos selvagens. Também exploram os possíveis efeitos ecológicos durante a fase
transitória no curto prazo e nas fases de estado estável do mosquito EG a longo prazo.
Enquanto outras avaliações de risco se atêm apenas aos resultados, a estrutura da
equipe da UM avalia a gama inteira de efeitos potenciais.
Os pesquisadores traçam sua abordagem em um trabalho no periódico Ecology and
Evolution (DOI: 10.1002/ece3.737). Para mais informações, leia o informe à imprensa
da
UM
disponível
em
http://www1.umn.edu/news/newsreleases/2013/UR_CONTENT_463290.html.
PESQUISADORES PRODUZEM MAPA DO GENOMA DA CAMPILOBACTÉRIA
Estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa de Alimentos (IFR) do Reino Unido produziu
um novo mapa do genoma da Campilobactéria, mostrando os pontos nos quais todos
os genes desta bactéria patogênica são ativados. Usando uma técnica de
sequenciamento de alto rendimento, a Dra. Ida Porcelli e colegas do IFR produziram um
recurso inestimável para pesquisadores da Campilobactéria em todo o mundo. O mapa
permitirá uma melhor compreensão de como a Campilobactéria controla sua expressão
gênica em resposta a ambientes diferentes, e uma ideia melhor de como este patógeno
importante evoluiu e se adaptou tornando-se um problema tão grande na cadeia
alimentar.
Os resultados do estudo estão disponíveis em um trabalho publicado on-line pela BMC
Genomics.
Leia
o
resumo
em:
http://www.biomedcentral.com/14712164/14/616/abstract. Para mais informações, leia informe à imprensa do IFR em:
http://news.ifr.ac.uk/2013/11/new-cromossome-map-point-the-way-throughcampylobacters-genetic-controls/.
NOTA DE DOCUMENTOS
TECNOLOGIAS TRANSGÊNICAS NA AGRICULTURA: DO LABORATÓRIO AO
CAMPO AO MERCADO
O CIBTech Journal of Biotechnology publica uma resenha apresentando a perspectiva
global quanto à aceitabilidade e à comercialização de tecnologia transgênica na
agricultura. Trata os méritos científicos da tecnologia e também as incertezas quanto à
adoção
da
tecnologia.
Realize
download
do
trabalho
em
http://cibtech.org/J%20Biotechnology/PUBLICATIONS/2013/Vol-2-No-3/CJB-03-006GUPTA-TRANSGENIC-MARKET.pdf.
SUPLEMENTO DE BIOCOMBUSTÍVEIS
RELÓGIO BIOLÓGICO ALTERADO DE ALGAS PROMETE AUMENTAR A
PRODUÇÃO DE BIOCOMBUSTÍVEIS
Informe à imprensa: http://news.vanderbilt.edu/2013/11/algaes-clock-drugs-biofuels/
Referência
do
periódico:
http://www.cell.com/current-biology/abstract/S09609822(13)01251-7
Uma pesquisa conjunta de cientistas da Universidade de Vanderbilt, do Instituto J. Craig
Venter e da Universidade de Waseda (Japão) descobriu que a manipulação do relógio
biológico da cianobactéria ajustando-o para permanecer em seu registro diurno pode
aumentar a produção de biocombustível de algas e outros compostos comercialmente
valiosos.
As microalgas são amplamente usadas para a produção de biocombustíveis e
biomoléculas de alto valor. Os cientistas mapearam inteiramente o mecanismo do
relógio biológico da cianobactéria, que é o relógio biológico mais simples da natureza. O
conhecimento pormenorizado da estrutura do relógio permitiu aos pesquisadores
determinar como ligar e desligar o relógio.
Os cientistas agora sabem que o relógio biológico das algas consiste em três proteínas:
KaiA, KaiB e KaiC. No estudo publicado no periódico Current Biology, os pesquisadores
descobriram que os componentes da KaiA e da KaiC atuam como interruptores que
ligam e desligam os genes diurnos e noturnos da célula. Para fixar o relógio biológico
das algas em sua configuração de luz do dia, eles precisaram apenas produzir mais
KaiA por meio do aumento genético de sua expressão.
Para demonstrar o efeito de enganar o relógio biológico da cianobactéria em sua
capacidade de produzir compostos comercialmente importantes, os pesquisadores
inseriram um gene de insulina humana em algumas das células da cianobactéria, um
gene de proteína fluorescente (luciferase) em outras células e um gene de hidrogenase,
enzima que produz gás hidrogênio, em outras células ainda. Descobriram que as
células com os relógios fixados produziram 200 por cento mais hidrogenase, 500 por
cento mais insulina e 700 por cento mais luciferase quando cultivadas na luz constante
do que produziram quando os genes foram inseridos em células com relógios
funcionando normalmente.
PRODUÇÃO DE ETANOL, ELEVAÇÃO DE VENDAS NO BRASIL
Artigo de notícia: http://www.platts.com/latest-news/agriculture/brasilia/brazil-centersouth-ethanol-production-up-11-21811027
A produção de etanol no Brasil aumentou quase 11 por cento no ano nas últimas duas
semanas de outubro, para 1,62 bilhão de litros, em comparação com 1,48 bilhão de
litros no mesmo período no ano passado, de acordo com o Sindicato da Associação da
Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA).
Uma decisão do governo de aumentar a proporção de etanol anidro misturada com
gasolina de 20 por cento para 25 por cento, tomada em maio, impulsionou
significativamente a demanda do combustível.
As vendas de etanol nas usinas do centro-sul do país totalizaram 2,23 bilhões de litros
em outubro, em comparação com 2,16 bilhões vendidos em outubro de 2012. Do
volume total vendido em outubro de 2013, foram exportados 170,43 milhões de litros.
As vendas internas aumentaram 19,23 por cento em relação ao ano passado, para 2,06
bilhões de litros.
MICROALGAS SUBMETIDAS À ENGENHARIA GENÉTICA RENDEM MAIS LIPÍDIOS
REFERENTES A BIOCOMBUSTÍVEIS
Informe à imprensa: https://scripps.ucsd.edu/news/13933
Referência
do
periódico:
http://www.pnas.org/content/early/2013/11/14/1309299110.full.pdf
Pesquisadores da Instituição de Oceanografia Scripps da Universidade da Califórnia,
San Diego, desenvolveram abordagem de engenharia metabólica para aumentar o
rendimento de lipídios referentes a biocombustíveis em uma espécie de alga marinha
microscópica sem afetar seu crescimento.
As algas produzem principalmente óleos lipídicos, as moléculas de gordura que
armazenam energia que pode ser produzida para combustível, quando estão ávidas por
nutrientes. Contudo, a nutrição limitada reduz o crescimento de algas. Com uma dieta
forte, as algas crescem bem, mas produzem carboidratos em vez dos lipídios
desejados. Para tratar esse problema, os pesquisadores da Scripps empregaram uma
manipulação metabólica específica que resultaria no aumento do rendimento de lipídios
e acúmulo contínuo de biomassa. Especificamente, criaram uma engenharia metabólica
"derrubadora" de enzimas redutoras de gordura denominadas lipases com o fim de
aumentar o rendimento de lipídio de algas sem comprometer o crescimento.
A equipe usou um conjunto de dados de expressão genética (denominado
transcriptomica) obtido de um grupo de microalgas denominado diatomáceas
(Thalassiosira pseudonana) visando à enzima lipase. A onipresença da enzima alvo
sugere que esta abordagem pode ser aplicada em geral para melhorar a viabilidade
econômica de biocombustíveis de algas em outros grupos de microalgas.
AVANÇA O ESTUDO DE FOLHAS DE TEQUILA COMO FONTE DE ETANOL
Artigo de notícia: http://www.abc.net.au/news/2013-11-21/nrn-tequila-enthanol/5107664
Na Austrália, pesquisadores concluíram a determinação do teor de açúcar das folhas de
agave, também denominadas planta da tequila, aproximando-se mais da etapa seguinte
- descobrir um modo de converter o material da planta em biocombustível.
Pesquisadores da Universidade Central de Queensland descobriram que as folhas da
planta da tequila têm grande potencial como fonte de bioetanol. No México, o talo da
planta da tequila é usado na produção álcool de até $200 por litro e as folhas são
simplesmente deixadas no solo como uma cobertura. A equipe australiana está
atualmente trabalhando no desenvolvimento de uma tecnologia para converter as folhas
da planta de tequila em bioetanol.
PESQUISADORES FAZEM BIOCOMBUSTÍVEL USANDO MICRO-ONDA
Artigo de notícia: http://www.biodieselmagazine.com/articles/9407/israeli-taiwaneseteam-developing-microwave-biodiesel-process
Artigo de notícia: http://biofuelsandbiomass.energy-business-review.com/news/taiwansncku-researchers-develops-new-method-to-cost-effectively-produce-biodiesel-fromused-cooking-oil-051113
Pesquisadores da Universidade Nacional Cheng Kung (Taiwan) em cooperação com
um cientista convidado da Universidade Bar-Ilan (Israel) desenvolveram um processo
baseado em micro-ondas que transforma óleo de cozinha usado em biodiesel em 10
segundos.
A tecnologia da equipe, que pode converter óleo de cozinha usado em biodiesel e
glicerol em cerca de 10 a 40 segundos, usa micro-ondas em combinação com óxido de
estrôncio como um catalisador para conversão eficiente. O catalisador pode ser
removido e reciclado para realizar a mesma reação pelo menos mais 10 vezes.
Com essa tecnologia, a NCKU pode atualmente processar 100 kg de óleo usado por dia
para produzir biodiesel, mas está previsto aumento deste volume para várias toneladas
à medida que aumentarem a produção. A universidade está agora dando andamento ao
pedido de registro de patente da tecnologia e busca aumentar a produção com
parceiros do setor.

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