Bernardinho

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Bernardinho
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Esportes
jornal da tarde
sexta-feira, 1 de abril de 2005
Sergio Moraes/Reuters – 21/8/2004
Paulo Pinto/AE – 22/2/2005
caderno B
5
Jonne Roriz/AE – 29/8/2004
Sergio Moraes/Reuters – 27/8/2004
Ele está descontrolado
Desde a divulgação do caso de doping de Estefânia, Bernardinho anda uma pilha de nervos. Além da vitalidade de sempre no banco de reservas, o
técnico do Rexona deu para chutar porta de vestiário e sugerir que jornalistas façam antidoping. Amanhã, seu time pode perder o título brasileiro
As finais da Superliga Feminina
de Vôlei estão pegando fogo, em todos os sentidos. O Finasa/Osasco
pode conquistar amanhã o título
sobre o temido Rexona/Ades, até
então favorito ao título. Mais intrigante do que a vantagem de 2 a 0
do time paulista, no entanto, é o
comportamento do técnico do Rexona, Bernardinho.
Vencedor nos Jogos Olímpicos
de Atenas, no Campeonato Mundial e três vezes na Liga Mundial,
Bernardinho anda agressivo desde
que a imprensa descobriu o doping de Estefânia, no segundo jogo
da semifinal, contra Campos. O técnico falou sobre conspiração dos
jornalistas contra ele e disparou:
“Gostaria de poder fazer exame antidoping nos jornais. Seria bacana!
Com que moral vamos trabalhar?
Veja se consegue escrever o que
vou dizer: o esporte não é um mundo perfeito, mas é certamente
mais perfeito que outras áreas. O
esporte é um mundo muito me-
lhor do que temos por aí.”
Após perder o segundo jogo da
A declaração abalou a imprensa decisão, anteontem, em Osasco, o
carioca. O Sindicato dos Jornalistas técnico esbravejou e descontou a
do Rio se manifestou com uma no- frustração nos jornalistas que
ta intitulada “Medalha de lata para aguardavam uma declaração sobre
Bernardinho”, que em certo trecho o jogo. Tentou entrar rapidamente
diz: “Tremenda bola fora. Além da no vestiário, que estava trancado, e
indesculpável falta de modos, Ber- chutou a porta aos berros, gritando
nardinho demonse pedindo respeitrou não saber conto. Ele acha que foi
viver com uma ra- Bernardinho disse
mal interpretado.
ra crítica do mes- ontem à
Antes de ir embomo jeito que sabora, respondeu duas
reia os freqüentes reportagem do JT
perguntas. “Estou
elogios decorren- que não vive à beira sendo julgado por
tes dos títulos que de um ataque de
algo que começou
conquista. O Sindino Rio. Escrevecato lamenta e con- nervos. “Eu não
ram várias coludena o comporta- estou nervoso”
nas, sem nunca famento do treinalar comigo.”
dor, que confundiu
O clima está petudo.”
sado. Um dos repórteres do jornal
A situação só piorou desde en- O Globo, Cláudio Nogueira, acreditão. O mesmo comportamento ta que foi o próprio técnico quem
agressivo em quadra – onde chuta piorou a situação. “Se ele tivesse fabancos, morde os dedos e a gola da lado da falha da Estefânia e encercamisa, sapateia, grita com as joga- rado ali o assunto, teria sido medoras (inclusive com palavrões), ba- lhor do que culpar a imprensa, que
te com a prancheta na cabeça – ele acha que não gosta dele. Na verpassou para os bastidores.
dade, todo mundo o respeita mui-
to porque ele é um técnico vencedor. Não sei o que está havendo”,
disse o jornalista.
Bernardinho garante que não está
à beira de um ataque de nervos.
“Eu não estou nervoso”, ressaltou
ontem à reportagem do JT. Disse
que prefere não dar entrevista logo
após uma partida “para esfriar um
pouco a cabeça”.
O treinador admite que está
aborrecido com a imprensa. Disse
que apenas três jornalistas (do JT,
O Estado de S.Paulo e O Globo) conversaram com ele, pessoalmente,
após a denúncia do caso de doping
de Estefânia, num momento tão decisivo da Superliga. “A mídia apenas divulgou. Eu sei que a imprensa não é culpada disso, mas eu disse que quem tinha a informação esperou o momento preciso do campeonato para divulgar.”
Masculino – Banespa/Mastercard e Suzano podem fechar as séries semifinais amanhã. Em Novo
Hamburgo, o Banespa pega a On Line e se vencer, fecha em 3 a 1. O
mesmo acontece com o Suzano,
que recebe a Ulbra.
As últimas do Zangado
Quebrou a porta do vestiário após a
segunda derrota na final da Superliga
Disse que todo jornalista devia fazer
antidoping por ocasião da divulgação
do caso de Estefânia
Rendeu uma nota intitulada “Medalha
de lata para Bernardinho”, do Sindicato
dos Jornalistas do Rio
Seu jeito em quadra
Morde o dedo
Sapateia
Chuta o banco de reservas
Morde a gola da camisa
Bate com a prancheta
na cabeça
Grita com as jogadoras
(mais que o normal)
A bronca com a imprensa
Não sai no jornal que
um jornalista estava
fumando maconha, por
corporativismo
Parte da imprensa faz
restrição a mim. Tento
ser transparente, mas
só levo na cabeça
ArteJT
ERICA AKIE
HELENI FELIPPE
Fórmula 1 proíbe jóias e
bijuterias em geral no cockpit
Alegando que peças de metal aquecem e provocam queimadura em caso de
incêndio, a FIA obrigará os pilotos a correr sem seus amuletos
LIVIO ORICCHIO
Enviado especial
Montoya: historinha mal contada...
De nada adiantou o desmentido
oficial da assessora de imprensa da
McLaren, Elen Kolby, no fim da
tarde. A impressão geral no
circuito de Sakhir, ontem, era uma
só: Juan Pablo Montoya fraturou a
omoplata ao cair enquanto
realizava suas manobras de
motocross, esporte que ele próprio
admite praticar. O comunicado da
equipe, quarta-feira, reafirmou a
versão de que o piloto e seu
preparador físico jogavam tênis na
Páscoa quando ocorreu uma
queda na quadra.
O que se comentava ontem no
autódromo era que se Montoya
assumisse que estava praticando
um esporte de elevado risco de
contusão, como o motocross, a
seguradora da McLaren não se
responsabilizaria por pagar o
salário do piloto enquanto ele não
corre. Como estima-se que seu
contrato é de US$ 8 milhões por
ano, um mês corresponde a algo
como US$ 660 mil.
Haverá três semanas de
intervalo até a etapa seguinte da
temporada, dia 24, em Ímola,
tempo talvez suficiente para sua
recuperação. A esposa de Montoya
está para ter o primeiro filho do
casal. O piloto permanecerá em
Miami, onde ela se encontra,
enquanto não puder correr.
Bahrein – O inspetor de segurança da Fórmula 1, Charlie Whiting, não quer ver pilotos usando
relógios com pulseira e caixa de
metal, anéis, pulseiras, gargantilhas e correntinhas nos GPs. A medida não faz parte de nenhuma cruzada conservadora da FIA. O motivo alegado é a segurança. Em caso
de incêndio, qualquer peça de metal pode provocar queimaduras sérias. A norma até que seria bemvinda se para alguns pilotos essas
jóias não fossem amuletos.
O GP de Bahrein começa hoje,
com duas sessões de treinos livres,
sob calor intenso. É enorme a expectativa quanto a uma eventual
reação da Ferrari no campeonato,
já que irá estrear o modelo F2005.
Mas para alguns pilotos, o fim de
semana pode causar apreensão
por um motivo a mais: correr pela
primeira vez sem amuleto.
“Tenho de aceitar”, afirmou ontem Michael Schumacher, da Ferrari. Com certeza ele irá relutar, antes de entrar no cockpit do seu carro, em retirar a correntinha que
sempre o acompanha, com uma
medalhinha de ouro contendo os
nomes dos filhos, Ginna Maria e
Michael, e da esposa, Corinna, numa das faces. “Na outra há a lua e
algumas estrelas. Regras são regras
e devem ser seguidas. Terei de enfrentar essa situação”, disse o piloto, que é supersticioso e só entra
no cockpit pelo lado direito.
Pedro de la Rosa não
terá mais a
companhia da
medalhinha de
Nossa Senhora, que
sua mulher sempre
esconde no carro
Ontem, Schumacher apareceu
no autódromo com uma tatuagem
de henna no braço. “É um pássaro,
desenhado pelo meu filho.”
Jarno Trulli, da Toyota, comentou a proibição da FIA: “Fiquei surpreso, o que nos disseram é que
em caso de fogo o metal aquece rápido e pode nos causar sérios danos. Aceitei. Não vou usar mais no
pescoço minha correntinha com a
aliança enquanto piloto.” Vai lhe
causar insegurança? Trulli respira
fundo: “Não sei, espero que não.”
O médico Riccardo Ceccarelli,
proprietário de uma das mais conceituadas clínicas de estudos médicos voltados para a atividade de piloto (Formula Medicine, em Viareggio, Itália), alerta que a medida pode, potencialmente, desestabilizar
emocionalmente esses profissionais: “Há quem associe os objetos
a estar vivo ou a conquistas. De repente sua ausência pode criar um
desconforto grande, insegurança.”
Pedro de la Rosa, espanhol que
substituirá Juan Pablo Montoya na
McLaren, tem um acordo com sua
esposa, desde os tempos de noivado: “Ela coloca uma medalhinha
de Nossa Senhora, sem que eu saiba onde, no bolso do macacão, ou
embaixo do banco, e só depois da
prova me avisa onde está. Isso não
será mais possível.”
Ceccarelli vê também o lado positivo da história: “No primeiro
bom resultado sem seus objetos
de fantasia, os pilotos compreenderão que a causa do sucesso não era
o amuleto.” Trulli reage: “Fique
tranqüilo, nós arrumaremos outros amuletos, dentro das regras.”
Nacional de Basquete
Escolha seu esporte
Os melhores se enfrentam hoje no Rio
NBA: pivô internado Sharapova deixa
com arritmia
Venus quietinha
Barco novo em
Guarapiranga
O pivô Eddy Curry, de 22 anos,
do Chicago Bulls, está internado
em um hospital de Charlotte,
Carolina do Norte, por causa de
uma arritmia cardíaca. A
informação foi divulgada ontem
por um porta-voz da equipe da
NBA.
O Bulls havia informado que o
jogador apresentava sintomas de
gripe e, por isso, não atuou na
vitória sobre o Charlotte Bobcats,
por 102 a 99, na quarta-feira.
Com 39 vitórias e 31 derrotas, o
Chicago Bulls tem a quarta melhor
campanha da Conferência Leste e
está próximo dos playoffs.
A edição 2005 da Taça Regatta,
que conta pontos para o Paulista de
Monotipos, começa amanhã na
Represa de Guarapiranga, em São
Paulo. A novidade é que este ano a
classe HPE25 fará parte da disputa,
ao lado de outras 19. Neste fim de
semana, entram na água os barcos
Snipe, Finn, 470, Hobie Cat 14 e 16,
Super Cat 17, Laser Radial e Dingue.
As regatas da HPE25 serão
realizadas de 21 a 24 de abril, em
Ilhabela. Lançado em 2004, o barco
é considerado um dos mais
interessantes surgidos no Brasil nos
últimos tempos, por ser rápido e
fácil de manobrar.
Um jogão será realizado hoje, às
19h, pelo Nacional Masculino de
Basquete. O líder COC/Ribeirão
Preto vai ao Rio de Janeiro
enfrentar a Telemar, segunda
colocada. A partida será
transmitida ao vivo pela SporTV.
O time do Rio “transborda”
experiência fora e dentro da
quadra, segundo Aluísio Ferreira, o
Lula, técnico do COC e da Seleção
masculina. Isso porque é
comandado por Miguel Ângelo da
Luz, campeão mundial com a
Seleção feminina, em 1994. Sem
contar o manager (Oscar Schmidt)
e os jogadores veteranos que já
defenderam o Brasil, como os
pivôs Sandro Varejão e Aílton.
Da nova geração, o destaque da
Telemar tem sido o ala
Marcelinho, cestinha do time. Mas,
para Lula, “é um erro estratégico
achar que o Marcelinho pode
resolver tudo num jogo”.
Lula pede que a defesa fique
atenta a todo o time adversário. Os
armadores Rato e Demétrius, por
exemplo. “Quanto mais velhos
ficam, vão melhorando o
desempenho.” Também tem o
Josuel, o Dedé, o Fúlvio, que está
voltando de contusão. “Parece
uma lista telefônica, mas a
realidade é que o time todo é
bom.”
O COC tem 19 vitórias e 2
derrotas, contra 16 e 2 da Telemar.
“Nosso time está na frente porque
jogou mais vezes. Será um jogo
duríssimo, muito equilibrado”,
avalia o técnico da equipe de
Ribeirão.
O ala Renato, do COC, está
recuperado da contusão na virilha
que o deixou fora de duas partidas
(contra Corinthians e Paulistano).
Ao time de Ribeirão, restam nove
jogos para avançar aos playoffs. Só
dois serão fora de casa. Depois da
Telemar, a equipe enfrentará o
Ajax, em Goiânia. “Esses jogos em
casa nos ajudarão.” (Glenda
Carqueijo)
Maria Sharapova deu um ‘cala a
boca’ em Venus Williams. Um dia
após a tenista norte-americana ter
se declarado a melhor, foi quase
humilhada ao perder para a russa
em dois sets: 6/3 e 6/4. Sharapova
classificou-se para a final do WTA
de Miami, amanhã, contra Amelie
Mauresmo ou Kim Clijsters.
“Estou na final e isso é
fantástico”, comemorou a russa.
No masculino, Roger Federer
derrotou Tim Henman (6/4 e 6/2),
passando para as semifinais –
contra Andre Agassi ou Taylor
Dent. A outra semifinal será entre
David Ferrer e Rafael Nadal.