Revista GreenTech

Transcrição

Revista GreenTech
GreenTech
Junho / 2010
Tecnologia e Ecologia
Cresce a geração de energia
eólica no Brasil
Lixo Eletrônico
Tecnologia Policial
T.I.Verde
Tecnologia no Agronegócio
ÍNDICE
Especial
10
Entrevista
Editorial
—Erivelton I. Ferreira
Irmo Celso Vidor fala sobre fotografia e seu
projeto de educação ambiental
Nossa primeira edição!
Seções
05
Lixo Eletrônico
O acúmulo de peças de aparelhos eletrônicos
descartados já soma 5% de todo o lixo sólido
produzido no mundo
06
Energia Eólica
Cresce a geração de energia eólica no Brasil
08
Tecnologia Policial
As autoridades investem fortemente em
tecnologia
14
T.I. Verde
Soluções em virtualização de servidores
17
Tecnologia no
Agronegócio
A combinação de tecnologia e meio ambiente
no agronegócio mundial
4 GreenTech Junho 2010
A jornada está apenas começando...
No início de nossa caminhada,
primeiramente queremos alertar a todos
sobre o aumento do lixo eletrônico, fruto do
nosso estilo de vida moderno.
Passando pelo campo das boas notícias,
vemos um aumento significativo na
produção de energia eólica no Brasil, motivo
de alegria para todos.
Seguimos em segurança pelo campo da
tecnologia policial, com as autoridades
investindo pesadamente em ferramentas
tecnológicas.
Após uma pausa para uma conversa sobre
fotografia e educação ambiental, concluímos
a primeira parte de nossa viagem com uma
visita ao mundo do agronegócio, onde a
tecnologia e o cuidado com o meio ambiente
estão cada vez mais presentes.
Peguem uma carona nessa nossa aventura
e boa viagem!
ALERTA Lixo
Eletrônico
H
—Welton Cyriaco Pacifico
oje em dia não é novidade que nós
estamos cada vez mais dependentes dos
computadores, cada vez mais o uso destes
para fazer compras online está deixando de ser
um “luxo” e se tornando um estilo de vida de
muitas pessoas. Assim, dia após dia, a quantidade
de computadores disponíveis no mercado tem
um aumento significativo, e o acúmulo de peças
destes aparelhos eletrônicos descartados já soma
5% de todo o lixo sólido produzido no mundo. Este
número também é praticamente igual à quantidade de plástico despejada no meio ambiente. E
cresce 5% por ano o que acaba agravando cada dia
mais esta situação, segundo o site da Apple que
oferece dados sobre estudos dos impactos ambientais de cada um de seus produtos.
Revela também que quase 40% de todo impacto
dos produtose eletrônicos acontece na fase de
fabricação e 50% na utilização sendo o descarte
responsável apenas por 10% dos impactos ambientais.
Cada um pode fazer sua parte na reciclagem e
encaminhamento dos equipamentos obsoletos.
Os aparelhos quebrados devem ser descartados de
forma responsável. Nunca jogue pilhas ou baterias
no lixo comum; elas devem ser descartadas em um
posto de coleta. Seus fabricantes mantêm esses
postos em hipermercados, shopping centers ou
assistências técnicas. Se o aparelho for pequeno,
podem ser retirados os componentes internos e
jogue a carcaça nas lixeiras específicas para plásticos. As placas de computadores, por exemplo,
podem ser descartadas em algumas assistências
técnicas, por possuírem alguns materiais valiosos,
podem ser direcionadas a centros de reciclagem.
fonte:
http://computerworld.uol.com.br/gestao/2008/02/22/tecnologia-de-policia-pa
Junho 2010 GreenTech 5 REPORTAGEM
Cresce geração de energia
eólica no Brasil
A
energia eólica, produzida através dos
ventos, é considerada atualmente como a
fonte de energia mais promissora existente.
É uma fonte limpa, renovável e está disponível
em diversas regiões do planeta. Hélices gigantes
conectadas a geradores, conhecidas como turbinas
de vento, produzem eletricidade. Ligando várias
dessas turbinas a uma central de transmissão de
energia obtemos uma central eólica, isso é necessário para que a produção de energia se torne
rentável. Esses geradores, porém, também podem
ser usados isoladamente, em localidades remotas
e distantes de redes de transmissão.
A capacidade de geração de energia eólica no
Brasil aumentou de 341 megawatts (MW) em 2008
para 606 MW em 2009. Um crescimento de 77%
que, segundo o Conselho Global de Energia Eólica
(GWEC, na sigla em inglês), foi mais do que o
dobro da média mundial de 31%.
Embora o crescimento brasileiro tenha sido
maior que o dos Estados Unidos (39%), o da Índia
(13%) e o da Europa (16%), ainda ficou abaixo do
alcançado pela China, que ampliou sua capacidade
de geração em 107%.
A geração de energia eólica na América Latina teve
um crescimento de 95%, que ocorreu, em grande
parte, puxado pelas expansões de capacidade do
México (137%), Chile (740%), Costa Rica (67%) e
Nicarágua(que saiu de zero para 40 MW).
Em 2001, o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro,
elaborado pelo Centro de Pesquisas de Energia
Elétrica (Cepel), já indicava a possibilidade de
produção de 143 mil gigawatts, colocando o Brasil
entre os países mais favorecidos para esse tipo de
geração de energia elétrica.
Pedro Perrelli, diretor-executivo da Associação
Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), afirma
que o desenvolvimento do parque eólico do
país só não é maior porque o Brasil tem muita
capacidade hidrelétrica instalada e potencial.
“A energia eólica é importante, porque ela é
complementar a esse potencial hidráulico.
Inclusive porque ela não consome água, que é um
bem cada vez mais escasso e vai ficar cada vez
mais controlado”.
—Creyton R. B. Grein
Em dezembro de 2009, para ampliar ainda mais
a capacidade instalada de energia eólica no Brasil,
foi realizado um leilão que comercializou 1.805
megawatts. Esse leilão, resultará na construção de
71 empreendimentos espalhados pelos estados de
Sergipe, Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e Rio
Grande do Sul, que devem entrar em atividade até
2012.
Exceto pela região amazônica, o potencial dos
ventos distribui-se pelo território brasileiro de
forma mais intensa entre os meses de junho a
dezembro, o que coincide com o período onde a
intensidade de chuvas é menor.
Segundo o professor da UFPA, João Tavares
Pinho, esse fato coloca a energia eólica como uma
potencial fonte de energia suplementar à gerada
pelas usinas hidrelétricas. “Todas as fontes de
energia têm espaço”, diz ele. “Não acho ruim
termos, por exemplo, investimentos em energia
nuclear, mas temos de priorizar as formas mais
baratas, renováveis e que agridam menos o meio
ambiente.”
Porém, para que haja desenvolvimento do
país no setor de energia eólica, são necessários
investimentos também na formação de mão de
obra qualificada, alerta Pinho. “É um bom negócio,
precisamos agora incentivar as faculdades a oferecer a capacitação durante a formação de profissionais”, afirma.
}Não acho ruim termos, por
exemplo, investimentos em
energia nuclear, mas temos de
priorizar as formas mais baratas,
renováveis e que agridam
menos o meio ambiente.~­
—João Tavares Pinho
fontes:
http://www.ecodesenvolvimento.org.br/conteudo/noticias/saiba-mais-sobre-a-energia-eolica
http://indexet.investimentosenoticias.com.br/arquivo/2010/02/03/589/ENERGIA-Brasil-aumentou-77-a-capacidade-de-geracao-de-energia-eolica.html
http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/ECONOMIA/147974-DEBATEDORES-RESSALTAM-IMPORTANCIA-DO-USO-DA-ENERGIA-EOLICA.html
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1367045-5603,00-LEILAO+EM+DEZEMBRO+BUSCA+IMPULSIONAR+GERACAO+DE+ENERGIA+POR+VENTOS+NO+BRASI.html
6 GreenTech Junho 2010
2
Quando as pás da turbina começam a se mover, movem
também o cubo do rotor que está ligado a um gerador de
energia elétrica.
ROTOR
GERADOR DE
ENERGIA ELÉTRICA
Pás
1
A energia cinética dos
ventos movimenta as
pás da turbina.
ALTURA
As turbinas eólicas podem ser
colocadas até uma altura de
80 metros do solo. Quanto
maior as pás, maior a resistência
ao vento e maior a capacidade
de gerar energia.
fonte dos dados do infográfico:
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL1367045-5603,00LEILAO+EM+DEZEMBRO+BUSCA+IMPULSIONAR+GERACAO+
DE+ENERGIA+POR+VENTOS+NO+BRASI.html
torre de
sustentação
Junho 2010 GreenTech 7 Tecnologia
Policial
—Guilherme H. Waldelm. C
om a enorme onda de crimes e violência que
assola o Brasil e o mundo, cada vez mais a
polícia deve renovar os seus arsenais e investir em novas maneiras de cumprir o seu trabalho,
que é a preservação da ordem pública, da incolumidade das pessoas e do patrimônio.
Com isso, as autoridades investem fortemente
em tecnologia para lhes auxiliar em suas tarefas.
Nos Estados Unidos da América, enquanto você
está em seu carro procurando os documentos,
o guarda está na viatura, parado atrás de seu
carro provavelmente pesquisando sobre você
e encontrando um número surpreendente de
informações.
Foto: http://www.pm.go.gov.br/2008/download/wall_rotam2_800.jpg
Uma tecnologia muito utilizada pela polícia é
a Arma de choque Taser. A arma tem formato de
uma pistola e atua pelo principio IEM (interrupção elétrica intramuscular), ou seja, age direto no
sistema nervoso central, imobilizando a vítima.
As Redes Sociais como o Twitter, LinkedIn e o
MySpace são uma das armas utilizadas pelos agentes federais para caçar criminosos. Os Agentes
simplesmente criam perfis falsos para o processo
de investigação e encontram coisas surpreendentes. Essa arma tem sido muito útil contra abusos
sexuais, principalmente a pedofilia.
Foto: http://www.pc.rs.gov.br/img/jpg/typing.jpg
Essas e outras tecnologias são a prova de que a
polícia está cada vez mais empenhada e determinada a manter a ordem e a perseguir os infratores.
Todos os dias novas tecnologias são inventadas e
aprimoradas e a polícia é uma grande contribuidora para tal evolução.
fontes:
http://computerworld.uol.com.br/gestao/2008/02/22/tecnologia-de-policia-para-prender-bandidos/
http://tarauaca.aleac.net/noticia/2010/02/pistola-taser-policia-militar-ja-dispoe-de-um-novo-tipo-de-arma-e-vai-usar-no-period
http://www.publico.pt/Tecnologia/fbi-usa-as-redes-sociais-para-seguir-suspeitos_1427851
8 GreenTech Junho 2010
EVENTOS
Agenda
EXPO ENERGIA 2010
Seminário de
EXPOSIÇÃO E CONGRESSO Convergência da
DE ENERGIA RENOVÁVEL Mobilidade e da WEB
Local: Expo Center Norte 27 de julho - SP
Endereço: São Paulo
Data: 18/08/2010 até 21/08/2010
Horário: 18 a 20/08 das 13h às
20h - 21/08 das 10h às 17h
Congresso de
Planejamento
Estratégico de TI
PLANETA EXPO 17 e 18 de agosto - SP
Feira de Tecnologias e
Ações para a Preservação
da Vida
Seminário de
Data: 06 a 08 de outubro de 2010 Gerenciamento
Local: Centro de Exposições Imide Projetos,
grantes - São Paulo, Brasil
Desenvolvimento de
IV Congresso de Gover- Sistemas e Aplicações
nança de TI
22 e 23 de novembro - DF
24 de novembro - DF
fontes:
http://www.aprendaaqui.com.br/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=89&Itemid=190
http://www.ideti.com.br/
Junho 2010 GreenTech 9 E
ntrevista
Em entrevista à Revista GreenTech,
Irmo Celso Vidor nos fala sobre as
mudanças na tecnologia da fotografia
e sobre seu atual projeto de educação
ambiental.
Quem é?
Irmo Celso Vidor, autodidata em fotografia,
desde muito jovem já mostrava interesse pelo
jornalismo. Trabalhou com fotografia até os 34
anos, prestando serviços a diversos órgãos de
comunicação, tais como: jornal O Estado do
Paraná, O Diário do Paraná, O Globo e outros.
No período de 1978 a 1984 foi contratado para
fotografar exclusivamente para a Revista Veja,
em São Paulo. Formado em Direito em 2003 pela
Unopar, trabalha atualmente como advogado e
está concluindo um MBA em Direito Ambiental.
GreenTech: Como eram as câmeras no período em
que você trabalhou como fotógrafo?
Irmo Celso Vidor: Quando eu comecei a aprender
a fotografar, as câmeras eram totalmente “manuais”, não possuíam nenhum recurso de regulagem
automatizada como as atuais.
No início da minha carreira profissional não foi
muito diferente, o fotógrafo ainda era obrigado a
ter muita habilidade ao manusear a máquina, que
não possuía recursos tecnológicos como os disponíveis hoje em dia. No jornalismo as coisas acontecem
“no ato”, e você precisa ter essa agilidade pra resolver... Quando eu deixei o jornalismo profissional,
em meados da década de 80, as câmeras já contavam com as opções de foco automático, regulagem
de luz automática, regulagem de sensibilidade,
10 GreenTech Junho 2010
Foto: Irmo Celso Vidor
enfim, já estavam completamente automatizadas.
Porém, ainda se utilizava filme. Após fotografar, era
preciso submeter o seu trabalho a todo um processamento em laboratório.
GreenTech:O que acha da fotografia na atualidade?
Irmo: Hoje a fotografia está bem diferente, é digital, e qualquer criança tem uma câmera acoplada
ao seu telefone celular. Todavia, a relação entre
fotógrafo e equipamento continua a mesma: o fotógrafo precisa ter todo o conhecimento técnico sobre
fotografia, noções de enquadramento, luz, sensibilidade; embora as câmeras atuais façam a maioria dos
ajustes automaticamente.
Greentech: Você conseguiu acompanhar essa evolução tecnológica?
Irmo: Na verdade, de 1985 até 2007 eu praticamente fiquei sem fotografar. Fazia apenas algumas
fotos familiares, utilizando ainda equipamento
analógico. Com a minha nova profissão direcionada
para o Direito Ambiental, decorrente da especialização que estou fazendo, resolvi fotografar algumas
coisas relacionadas ao meio ambiente na cidade,
mais especificamente, as principais nascentes. Ou
seja, os principais cursos d’água que se originam
no perímetro urbano e que vão formar três grandes
bacias que são a do rio Ivaí, do rio Tibagi e do rio
Paraná. Para fazer esse trabalho, comecei com a
ENTREVISTA
minha antiga máquina, uma Nikon F2, porém logo
vi que seria inviável devido aos altos custos com
revelação, digitalização de imagens, etc. Então
decidi comprar uma câmera digital. Comprei
uma Sony A100, que naquela época (2008) era o
modelo mais avançado disponibilizado pela Sony.
Hoje, dois anos depois, esse equipamento já está
fora de linha...
Foto: Irmo Celso Vidor
GreenTech: Como foi sua transição da fotografia
analógica para a digital?
Irmo: Como a minha formação é toda sobre a
fotografia analógica, tive que passar por uma
adaptação. Tive que ler e reler o manual da minha
câmera e buscar informação com outros fotógrafos mais atualizados. A própria terminologia
é totalmente diferente, por exemplo, o que é
“pixel”? Até você entender isso, pra quem tem
aquela formação antiga é muito complicado. Mas,
a partir do momento que você aprende a lidar
com o novo equipamento, a tecnologia moderna
facilita extremamente a vida do fotógrafo. Seja ele
profissional, seja ele amador.
GreenTech: Qual era o seu objetivo ao fotografar
as principais nascentes de Apucarana?
Irmo: A ideia inicial era mostrar a situação
dos principais cursos d’água de Apucarana, que
nascem na região urbana. Fotografei o ribeirão
Biguaçú, o córrego Ouro Fino, o ribeirão Barra
Nova e o rio Pirapó. No início não tinha grandes
pretensões, mas à medida que eu fui fotografando,
fui percebendo que a situação estava calamitosa.
Aí começaram a surgir algumas ideias, e acabei
formatando um projeto.
GreenTech: Que projeto é esse? Qual a sua
finalidade?
Irmo: O projeto implicava num levantamento
fotográfico desses principais cursos d’água, e essas
fotos se transformariam em uma exposição itinerante pelas escolas públicas do município. Além da
exposição, estavam previstas palestras aos alunos,
entrega de um DVD com as fotos e uma cartilha
educativa voltada ao meio ambiente. Foi feito um
orçamento e o projeto foi enviado ao Ministério
da Cultura para que fosse aprovado através da Lei
Rouanet.
Greentech: O que prevê a Lei Rouanet? O projeto
foi aprovado?
Irmo: Essa lei prevê a captação de recursos dos
contribuintes, que deixam de pagar uma parcela
de seu imposto de renda para a Receita Federal, e
financiam projetos voltados ao meio ambiente, à
educação, à arte e cultura em geral. O projeto foi
aprovado na íntegra pelo Ministério da Cultura e
publicado no Diário Oficial. Entretanto, na fase
seguinte de captação de recursos, não obtive êxito.
Junho 2010 GreenTech 11 ENTREVISTA
GreenTech: Quais os problemas encontrados
durante captação de recursos para o projeto?
Irmo: Embora ninguém tenha me dito expressamente, ficou bastante claro que ninguém
quer financiar projetos para denunciar questões
ambientais porque, de uma forma ou de outra, a
grande maioria dos empresários contribui (ou é
amigo de alguém que contribui) direta ou indiretamente para a degradação do meio ambiente. Seja
pela má utilização da água, pela falta de tratamento de resíduos sólidos, pela deposição inadequada de dejetos em rios e afluentes ou outros
fatores. Em algumas grandes cidades, existem rios
já completamente “sem vida” devido à poluição, e
Apucarana começa a sofrer esse mesmo processo.
Como um projeto desse tipo atrairia a atenção
da mídia, e até mesmo do Ministério Público, os
empresários consideraram que financiá-lo seria
algo como “um tiro no pé”.
águas e outros recursos, evitando a agressão ao
meio ambiente. Enfim, vai ser um livro de educação ambiental voltado para os alunos de primeira
a quarta séria do ensino público do município.
Como o projeto foi ampliado significativamente, atualmente está em fase de reestruturação
e deverá ser enviado novamente para aprovação.
Logo após, passará por uma nova fase de captação
de recursos. Se correr tudo bem, no máximo em
um ano estaremos com tudo isso resolvido.
Foto: Irmo Celso Vidor
GreenTech: Você vê alguma solução para esse
impasse? Em que fase se encontra o projeto
atualmente?
Irmo: Como foi aprovado no final de 2008 e ainda
não consegui captar os recursos, optei por dar
uma nova “cara” para o projeto.
Ao invés de fazer uma exposição itinerante para
mostrar a realidade das nascentes, que é caótica,
resolvi fazer um livro de educação ambiental.
Nesse livro vão aparecer, além das fotos da
poluição das nascentes, fotos dos efeitos da
poluição causada por indústrias, fotos de desmatamento, de lixo nas ruas, de tratamento, reuso e
reciclagem de resíduos, etc. Além disso, conterá
ilustrações e um texto explicativo com informações sobre o que se deve fazer em casa e nas
indústrias, para um melhor aproveitamento das
Foto: Irmo Celso Vidor
12 GreenTech Junho 2010
Foto: Irmo Celso Vidor
Foto: Irmo Celso Vidor
Foto: Irmo Celso Vidor
Junho 2010 GreenTech 13 SOLUÇÕES
T.I. Verde
—Rai Biscaia
O que é TI Verde ou “Green IT”?
Quando as pessoas falam de TI verde a primeira
coisa que elas pensam justamente é a redução
da quantidade de maquinas ou trocar hardwares
por outros que consomem menos energia. Mas
TI verde é muito mais do que isso, além de claro
reduzir maquinas e implantar hardwares mais
eficientes no consumo de energia também envolve
uma série de práticas como por exemplo redução
de quantidade de papel impresso, virtualização de
servidores e entre outros.
As empresas nunca estiveram sob tanta pressão
para reduzir custos e operar com mais eficiência. A
virtualização é um dos meios mais eficientes para
fazer isso acontecer. Ela proporciona maneiras
poderosas e tangíveis para dinamizar muitos processos tradicionalmente demorados e minimiza
os recursos necessários para implantar e gerenciar
recursos de TI.
O que é virtualização?
Virtualização é uma solução baseada em software que usa um ambiente de um único servidor
e cria a ilusão de vários ambientes. Ao fazer isso,
ela reduz o consumo de energia do data center
em até 80%. A virtualização tem os benefícios
adicionais de consolidação de servidor, melhorando a facilidade de gerenciamento, reduzindo
o tempo de backup e recuperação, melhorando as
14 GreenTech Junho 2010
configurações de software e economizando espaço
na sala do servidor.
Economias Inerentes à
Virtualização de Servidores
Soluções Microsoft em virtualização.
O Windows Server 2008 Hyper-V, uma tecnologia de última geração de virtualização de servidor
baseada em hipervisor, permite a melhor aplicação
de seus investimentos em hardware de servidor,
por meio da consolidação de múltiplas funções de
servidor como máquinas virtuais (VMs) separadas, executadas em uma única máquina física.
Com o Hyper-V, também é possível executar de
forma eficiente vários sistemas operacionais diferentes Windows, Linux, entre outros em paralelo,
em um único servidor, e aproveitar ao máximo o
poder da computação x64.
System Center Virtual Machine Manager
O gerenciador de máquinas virtuais System
Center Virtual Machine Manager é uma solução
de gerenciamento heterogênea e abrangente para
centros de dados virtualizados. O Virtual Machine
Manager possibilita uma melhor utilização do
servidor físico, o gerenciamento centralizado
da infra-estrutura de máquinas virtuais e o
rápido fornecimento de novas máquinas virtuais
pelo administrador e usuários finais. O Virtual
Machine Manager oferece a melhor solução para o
aproveitamento das habilidades e processos administrativos de TI, no gerenciamento de ambientes
físicos e virtuais.
Consolidação, Energia Elétrica, TI Verde, Espaço
As empresas são pressionadas a facilitar o
gerenciamento e reduzir os custos, ao mesmo
tempo em que precisam manter e aprimorar suas
vantagens competitivas, como flexibilidade, confiabilidade, escalabilidade e segurança. O uso fundamental da virtualização para a consolidação de
vários servidores em um único sistema, mantendo
ao mesmo tempo o isolamento, ajuda a suprir
estas necessidades. Um dos principais benefícios da consolidação de servidor é a redução do
custo total de propriedade (TCO), não apenas por
diminuir os requisitos de hardware, mas também
por reduzir os custos com energia, refrigeração e
gerenciamento.
As empresas também podem se beneficiar da
virtualização de servidor com a otimização da
infraestrutura, tanto do ponto de vista da utilização dos ativos, como da capacidade de balancear
as cargas de trabalho através de diferentes recursos. Outro benefício é a flexibilidade avançada
de todo o ambiente e a capacidade de integrar
livremente cargas de trabalho de 32 bits e 64 bits
no mesmo ambiente.
Economias da Consolidação de S ervidores
Ao executar várias máquinas virtuais em
menos servidores físicos, clientes Microsoft estão
reduzindo drasticamente requisitos de hardware
e facilitando o gerenciamento de servidores. Por
exemplo, usando o Windows Server 2008 Hyper-V,
o Dartmouth-Hitchcock Medical Center consolidou 400 servidores em 100.“Esperamos consolidar em 75 servidores usando o Hyper-V, o que
nos levará a uma economia de custos adicional
de mais de US$325.000 anualmente,” diz Robert
McShinsky, Administrador de Sistemas Sênior do
Centro Médico Dartmouth-Hitchcock.
A Saxo Banck teve uma utilização média
de servidores de apenas 20 por cento e estava
implantando cerca de 200 servidores novos por
ano antes de usar a virtualização de servidores. O
Hyper-V permitiu ao banco reduzir o número de
servidores necessários em 36 por cento e conseguir economia equivalente a US$1 milhão, devido
a custos de hardware de servidores mais baixos e
reduções associadas em custos de espaço, energia
e refrigeração.
Economia em Energia Elétrica
Um estudo feito nos laboratórios Lawrence
Berkeley National Laboratories para o American
Council for an Energy-Efficient Economy
(Conselho Americano de Economia com Eficiência
Energética) determinou que os data centers
podem usar 40 vezes mais energia do que os
prédios comerciais convencionais. O estudo
fornece detalhes sobre o que pode ser feito para
aumentar a eficiência energética das instalações.
A TALX espera economizar aproximadamente
50 por cento em custos de energia e refrigeração
anuais através da consolidação de seu ambiente de
servidores com o Hyper-V. A HotSchedules, que
observa que seu “custo número um no data center
é energia elétrica,” gasta atualmente cerca de
US$11.000 por mês em custos de eletricidade no
data center, mas, com o Hyper-V, estima que esse
valor mensal deverá cair para US$2.500.
Impacto Ambiental e Economia
A virtualização de servidores pode ter um
impacto enorme em iniciativas verdes. Ao melhorar a utilização de capacidade através da consolidação de servidores subutilizados, a virtualização
de servidores não apenas reduz os requisitos de
refrigeração e os quilowatts de energia usados,
mas também reduz impacto ambiental.
Segundo Jodi Hurley, Gerente de Operações
de Infraestrutura do Departamento de Ensino
de Kentucky,“usando menos servidores físicos,
reduzimos nosso impacto ambiental e baixamos
nossos custos de energia elétrica. Estamos usando
menos eletricidade e jogando menos servidores
descartados em aterros sanitários. A virtualização nos ajuda a ser cidadãos ambientalmente
melhores.”
Economia de Espaço
Farms de servidores crescentes também podem
ser caros para alojar. Mas consolidar servidores
através de virtualização pode poupar espaço
valioso em seu data center e escritórios remotos e
reduzir ainda mais os custos operacionais.
O Departamento de TI Auxiliar da Indiana
University gastava US$17.500 anualmente
no aluguel de cinco racks para seu data
center. Usando a tecnologia de virtualização
Microsoft, reduziu o número de racks para dois,
economizando US$10.500 anualmente em tarifas
de racks de data center.
fontes:
http://technet.microsoft.com/pt-br/default.aspx
http://www.microsoft.com/brasil/servidores/virtualizacao/promise.mspx
http://www.microsoft.com/brasil/servidores/hyper-v-server/default.mspx
Junho 2010 GreenTech 15 CHARGE
fonte: http://4.bp.blogspot.com/_aJffGMys2lg/SwKb1Ei7ayI/AAAAAAAAAvI/WMDSDqWh1ZI/s1600/lei+ambiental656.jpg
16 GreenTech Junho 2010
MEIO AMBIENTE
Tecnologia no Agronegócio
—Christian Marchiori da Silva
A
combinação tecnologia e meio-ambiente
é uma tendência cada vez mais presente no
agronegócio mundial e que vai acompanhar
a avicultura, tanto de corte, como de postura
nos próximos anos. As granjas estão investindo
cada vez mais na mecanização e há uma corrida
por técnicas de processamento e melhorias
tecnológicas.
Para acompanhar esta tendência do desenvolvimento tecnológico, as pesquisas para o desenvolvimento pessoal acontecem num ritmo acelerado,
trazendo novidades constantes no que se refere
ao tratamento de dejetos avícolas.
Equipamentos como fermentadoras e secadoras
de dejetos estão ganhando cada vez mais espaço
no processo de produção de proteína animal. O
produtor precisa ficar atento à forma de atuação
dos equipamentos do mercado, pois há sistemas
de funcionamento bastante simples, que processam a massa com pás metálicas movidas à
baixíssima velocidade, misturando tudo várias
vezes e reduzindo o esterco a grânulos finos, de
fácil aplicação.
Estes equipamentos permitem o aproveitamento de 100% do esterco saído dos galpões
automatizados que, por ser muito líquido, praticamente não tem condição de utilização em sua
forma ‘crua’.
Os equipamentos mais modernos fazem a
mistura e a aeração permanentes do esterco
misturado a outras massas orgânicas (como palha
de arroz ou café, serragem, bagaço de cana, aparas
de grama, etc) até atingir uma umidade de 60%
para garantir uma fermentação eficiente.
Porque optar pela mecanização no
tratamento de dejetos avícolas?
O produto gerado é um adubo orgânico da
mais alta qualidade, que pode ser utilizado como
importante fonte de nutrientes para o solo, economizando em adubação química.
A comercialização do esterco orgânico pode
chegar a representar até 3% do faturamento
da granja, diferença significativa para a saúde
financeira de uma empresa.
Dessa forma, mantêm sua produção em
conformidade com as exigências meio-ambientais
e os agricultores ainda se alinham à tendência
da exploração agrícola de modo ecologicamente
correto, o que valoriza seus produtos.
fonte: http://www.uniquimica.com
Junho 2010 GreenTech 17 CLASSIFICADOS Classificados
Eletric Volvo
Papernote
R$ 33.600,00
60x de R$ 560.00
R$ 5.000,00
7x de R$ 728,57
Carro movido a eletricidade,
sem necessidade de qualquer
tipo de combustível prejudicial
a atmosfera. Ecologicamente
correto e pode ser
carregado em sua própria casa.
FOTO: http://motorsa.com.br/2008/03/06/carroeletrico-popular-um-sonho-cada-vez-mais-proximo/
Computador feito de papel reciclável, excelente tecnologia que
reduz as agressões ambientais.
FOTO: http://blogcdigital.wordpress.com/2010/05/11/designer-projeta-computador-feito-com-papel-reciclado/
Pencil Printer
R$ 3.000,00
7x de R$ 428,57
Impressora tecnologicamente correta
utiliza grafite de lápis ao invés de tinta,
um grande diferencial pois o material
impresso pode ser
apagado a qualquer momento.
FOTO: http://blogcdigital.wordpress.
com/category/tecnologia-verde/
Notebook
Notebook
R$ 1.399,00
12x de R$ 116,59
R$ 1.699,00
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