Jornadas de Facility Management: ir além da manutenção dos imóveis
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Jornadas de Facility Management: ir além da manutenção dos imóveis
ID: 61902417 18-11-2015 | Imobiliário Tiragem: 33573 Pág: 14 País: Portugal Cores: Cor Period.: Semanal Área: 21,22 x 30,00 cm² Âmbito: Informação Geral Corte: 1 de 1 Jornadas de Facility Management: ir além da manutenção dos imóveis Decorreu a 11 e 12 de novembro, em Lisboa, a 9ª edição das Jornadas de Facility Management, que concentrou cerca de 40 oradores num programa com várias conferências e debates sobre um setor, que mais do que “na manutenção dos imóveis”, se centra nas pessoas RICARDO NOVAIS PEREIRA Ana Tavares A edição deste ano das Jornadas de Facility Management (FM), um evento organizado pela Associação Portuguesa de Facility Management (APFM) em conjunto com a Vida Imobiliária, decorreu ao longo de 2 dias intensos, o primeiro voltado para o “Foco nas Pessoas” e o segundo para a “Sustentabilidade”. A abertura do evento ficou a cargo de Pedro Ló, presidente da direção da APFM, segundo o qual “se em 2014 falávamos de internacionalização, em 2015 falamos em organizar os espaços de trabalho com um maior foco nas pessoas”, acrescentando que “mais do que na manutenção dos imóveis, centramo-nos nas pessoas, na satisfação dos colaboradores e gerimos a mudança”. Na opinião deste responsável, “as tendências estão a ser lideradas pelas consultoras internacionais e são claras”, destacando o processo de análise dos ativos imobiliários, a racionalização do espaço, o project management ou os facility services e sustentabilidade. “O facility management está casado com a gestão imobiliária, e não há dúvidas que o FM acrescenta valor aos ativos imobiliários”. O foco nas pessoas e na contratação… A manhã de dia 11 focou-se nos temas “Os ‘Novos’ espaços de trabalho” e “O impacto do Facility Management no Customer Satisfaction”, com intervenções de Belén de Vicente, gestora do projeto do novo Campus da NovaSBE, Neuza Pedro, coordenadora do e-learning Lab ULisboa, Mark Catchlove, diretor Insight Group, Herman Miller EMEA ou Frederico Viana, head of Siemens Real Estate Portugal. Um painel diversificado e alargado que procurou reunir experiências de vários tipos de infraestruturas, desde salas de aula a unidades prisionais ou escritórios e espaços comerciais. Durante a tarde, o foco esteve na “Eficiência na Contratação”, com as experiências da REN, com a participação de Alexandra Reis, diretora de compras da empresa, que deu nota da forma como a REN escolhe Pedro Ló, presidente da APFM, considera que "em 2015 falamos em organizar os espaços de trabalho com um maior foco nas pessoas" e efetua as suas contratações e por que várias fases passa o processo. Já António Aguiar Costa, presidente da Comissão Técnica de Normalização BIM e professor auxiliar do IST explicou os “Desafios e Oportunidades da Contratação BIM”, um sistema que permite «não só um planeamento em 3D mas também em 4D, 5D, até 7D», sendo que a 7ª dimensão é precisamente o facility management. Deu nota de que, apesar de a implementação BIM ainda enfrentar alguns obstáculos em Portugal e de «não haver plano», «as diretivas europeias já encorajam a contratação com base em BIM». Rui Ferreira Ramos, diretor de mercados da Vortal, que gere plataformas eletónicas de compras deu também o seu testemunho destes processos, salientando que permitem «poupanças de 20% a 50% às empresas» e «com um simples clique aceder a mais negócios». Por outro lado, para abordar a temática das “Tendências e Boas Práticas na Contratação”, estiveram presentes César Pestana, vice presidente da eSPap, Luís Cardoso, gestor de contratos FM e Manutenção do Hospital de Cascais, e Miguel Fran- co, administrador da Schmitt+Sohn Elevadores (S+), que deram nota das experiências da contratação pública, no caso da eSPap, e de uma unidade hospitalar, no caso do Hospital de Cascais. O debate centrou-se na questão da durabilidade dos equipamentos, nomeadamente no caso dos elevadores, que muitas vezes são contratados com baixa qualidade ou sem a qualificação necessária dos técnicos, como testemunhou Miguel Franco. O responsável da S+ lembrou que, nesses casos, “estamos a transferir custos para amanhã”. “Temos de criar uma cultura que não se baseie só nos preços mas também na prestação de serviços pura e dura”. …E na sustentabilidade O dia 12 arrancou com uma apresentação de Chris Claessens, diretor General Services da PwC Belgium, que se focou nas 3 principais ‘megatrends’ do facility management, salientando “a aceleração da urbanização e o crescimento dos espaços urbanos, dos espaços urbanos em rede; as alterações climáticas e escassez de recursos naturais; as mudanças demográficas; a mudança no poder económico global e o avanço tecno- lógico”. Neste contexto, acredita que “é necessário um espaço de trabalho alternativo e flexível. A componente do FM é fundamental na gestão do espaço de trabalho e a sua importância irá aumentar em qualquer parâmetro, desde a construção aos serviços do espaço”. Para terminar as Jornadas de FM, os holofotes voltaram-se para as “Políticas Públicas, Financiamento e Alinhamento Estratégico para a Sustentabilidade e Eficiência” e para “O Facility Management nos Espaços Públicos”. Para dar o testemunho do FM nessas áreas participaram João Barroso, da eSPap, Sérgio Carvalho, da Sonae Sierra, Manuel Cunha, da Manvia, Carlos Marques, da Parque Escolar, Bruno Pimenta, da POSEUR, e Dinis Rodrigues, da ADENE. Pedro Ló encerrou o evento, dando nota de que “o feedback que recebemos leva-nos a pensar já nos desafios do próximo ano”. Entre os patrocinadores gold do evento estão a EDP, a Ferrovial, o Procos Group, Sinal Mais, e TDGI, enquanto que a CityMover, a Herman Miller, a Schmitt+Sohn Elevadores, a Sotécnica, Steelcase, Manvia, Aguirre Newman ou Next Bitt são patrocinadores silver.