PROJETO NACIONAL DE MONITORAMENTO DO PINGUIM
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PROJETO NACIONAL DE MONITORAMENTO DO PINGUIM
Instituições participantes desta edição: PROJETO NACIONAL DE MONITORAMENTO DO PINGUIM-DE-MAGALHÃES (Spheniscus magellanicus): 3 ANOS DE TRABALHO. Patricia Pereira Serafini a Nesta edição: Projeto Nacional do pinguim-deMagalhães: 3 anos de trabalho......... 1 Presença de Pox Vírus Aviário em Pingüins-de-Magalhães em centros de Reabilitação no Brasil...................3 Artigo....................................................3 Monitoramento de praias e a importância dos pinguins-demagalhães para avaliação de impacto das atividades marítimas de petróleo e gás na costa brasileira....................4 Curiosidades.......................................7 Reavistamento de pinguins-demagalhães reabilitados na América do Sul.................................................. 8 Editorial..............................................10 Número 03 - 29 de outubro de 2013 Boletim PINGUINS no BRASIL Visitante sazonal oriundo do sul do continente, o pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) é uma espécie de ave marinha classificada como Quase Ameaçada (IUCN 2013) registrada todos os anos no litoral brasileiro. Diversos atores da sociedade e do governo brasileiros estão atualmente engajados em propostas procurando ampliar o conhecimento sobre o pinguim-deMagalhães no Brasil e otimizar os esforços de pesquisa, reabilitação e monitoramento, possibilitando a contribuição e integração de iniciativas em prol de sua conservação. No período de 26 a 29 de outubro de 2010 foi realizado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade na Academia Nacional da Biodiversidade, ACADEBIO/ICMBio, localizada em Iperó / SP, um workshop que marcou o início de um esforço coletivo de diversas instituições e colaboradores para a formulação e implementação de um Projeto Nacional de Monitoramento para a espécie. O propósito desta iniciativa foi evitar o agravamento da situação de ameaça do pinguimde-Magalhães no território nacional. Passados três anos desta oficina, apresentamos breve resumo sobre sua elaboração e andamento da implementação coletiva deste projeto, que tem vigência até 2015. Em 2010, duas áreas temáticas principais (pesquisa e reabilitação/soltura) foram propostas para o Projeto Nacional de Monitoramento. Num total de 35 ações elaboradas, 19 foram vinculadas ao Tema “Pesquisa” e 16 vinculadas ao Tema “Reabilitação e Soltura”. Das 19 ações do tema relacionado à pesquisa, apenas cinco ações estão com o prazo vencido e com dificuldades de implementação. A maioria relacionada à meta “Identificação e fomento ao desenvolvimento de Projeto Nacional de Monitoramento do Pingüim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) 2010-2015 Boletim Pinguins no Brasil n°3, outubro de 2013 PROJETO NACIONAL DE MONITORAMENTO DO PINGUIM-DE-MAGALHÃES (Spheniscus magellanicus): 3 ANOS DE TRABALHO Patricia Pereira Serafini a linhas de pesquisa prioritárias e complementares”. Nesta meta, ainda está pendente a realização de fórum de identificação de lacunas e prioridades em pesquisa com pinguim-de-Magalhães, proposto inicialmente para 2012. Já das 16 ações relacionadas ao tema de reabilitação/soltura, oito estão com dificuldades de continuidade e implementação advindas não apenas da falta de recursos, mas também da necessidade de maior articulação entre os atores envolvidos. Entre as ações que necessitam de maior atenção podemos citar aquelas relacionadas à identificação e divulgação de fontes de fomento; à produção de relatórios sobre os impactos que afetem este táxon no Brasil; à realização de mapeamento das áreas de ocorrência da espécie-alvo ao longo da faixa litorânea brasileira, das potencialidades e das lacunas para seu monitoramento/atendimento em caso de emergências e encalhes; à criação e manutenção de um banco de dados sobre a espécie-alvo; à criação e implementação de programas de informação e sensibilização da população, identificando e capacitando agentes e líderes locais para difundir a importância da conservação da espécie alvo; e à proposição, revisão e atualização periódica das normativas oficiais para adequá-las ao conhecimento científico e às necessidades de conservação da espécie. Em relação às ações previstas no projeto e já implementadas, podemos citar como aquelas que tiveram maior impacto neste período: a elaboração do livreto do Projeto Nacional de Monitoramento do Pinguim-de-Magalhães, publicado em versão digital e 500 exemplares impressos, que compilou as informações disponíveis em 2010 sobre a biologia da espécie, identificou os principais fatores de ameaça e apresentou claramente a série de medidas planejadas para implementação das duas áreas temáticas principais do projeto nacional, citando os atores potenciais e seguindo uma escala de prazos e prioridades; a elaboração de banco de dados disponível para ampla consulta no endereço eletrônico do CEMAVE – Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres – contendo pesquisadores, instituições, linhas de pesquisa e projetos ativos e potenciais envolvendo o pinguim-deMagalhães no âmbito científico nacional; a elaboração de Manual de Campo para Colheita e Armazenamento de Informações e Amostras Provenientes do Pinguimde-Magalhães disponibilizado em meio digital; e a elaboração e divulgação de boletins informativos eletrônicos sobre a espécie. Os livretos, manual e boletins gerados foram alvo de grande procura e utilizados pragmaticamente para diversos processos de pesquisa e também processos de gestão da biodiversidade, embasando, por exemplo condicionantes, medidas mitigadoras e compensatórias de licenciamentos ou ações de fiscalização. Apesar das dificuldades inerentes a qualquer grande projeto envolvendo muitos atores, abrangendo quase todo o litoral brasileiro e com alta complexidade de ameaças e interações possíveis, o Projeto Nacional de Monitoramento do Pinguim-deMagalhães tem sido um instrumento de gestão nacional pró-ativo no esforço de reunir e otimizar as iniciativas brasileiras, governamentais e não governamentais, no sentido de plenamente atender às demandas apresentadas para contribuir para a conservação da espécie em longo prazo. Ressaltamos que cada uma das instituições e parceiros envolvidos nesta proposta demonstra inquestionável comprometimento com a conservação desta espécie e da biodiversidade brasileira como um todo. Projeto Nacional de Monitoramento do Pingüim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) 2010-2015 Boletim Pinguins no Brasil n°3, outubro de 2013 a – CEMAVE 2 PRESENÇA DE POX VÍRUS AVIÁRIO EM PINGUINS DE MAGALHÃES EM CENTROS DE REABILITAÇÃO NO BRASIL Claudia Niemeyer a, Cristiane K. M. Kolesnikovas, Patricia Pereira Serafini, José Luiz Catão-Dias. A bouba ou pox vírus aviário é uma doença comum em aves de produção, pombas e canários. Já foi relatada em mais de 60 espécies dentre 20 famílias de aves e apresenta distribuição mundial. É uma doença de desenvolvimento lento podendo deixar a ave portadora sem o aparecimento de quadro clínico, servindo como reservatório e disseminando a doença entre as populações locais. Existem diferentes cepas de pox aviário, algumas são espécie-específicas e outras são capazes de infectar diferentes espécies aviárias. A transmissão da doença ocorre tanto por picada de mosquito que tenha ingerido sangue de outra ave em viremia, quanto pelo contato direto com secreções de uma ave infectada. A transmissão direta pode ser um problema em animais de cativeiro e centros de reabilitação devido ao aglomeramento populacional nos recintos. A infecção pode se apresentar de duas formas: cutânea e diftérica. A forma cutanea se dá pela presença de lesões verrucosas geralmente ulceradas em regiões aptéricas, ou seja, regiões sem a presença de penas, tais como comissura do bico, palpebras (figuras 01 e 02) e membros posteriores. Essas lesões podem ainda ser infectadas por bactérias gerando quadros secundários que podem agravar a situação do animal. A ave pode também apresentar prostração e caquexia caso as lesões dificultem a ingestão de alimentos. Referências Kane et al. Avian pox in Magellanic Penguins (Spheniscus magellanicus). Journal of Wildlife Disease 48(3): 790 – 794, 2012. Riper III C, Forrester D. Avian Pox. Capítulo 6. In: Thomas N. Et al. Infectious Diseases of Wild Birds. Blackwell Publishing, pp131 – 176. a – Laboratório de Patologia Comparada (LAPCOM). USP. [email protected] ARTIGO Figuras 1 e 2. Lesões verrucosas em região palpebral de um pinguim de magalhães em reabilitação. Fotos: Claudia Niemeyer A forma diftérica se apresenta com lesões necróticas umedecidas localizadas na mucosa oral, porção superior do trato gastro intestinal e sistema respiratório. Esta forma É importante atentar para a presença dos sinais clínicos e evidenciar a presença da doença na espécie para que medidas apropriadas sejam tomadas visando impedir a disseminação da mesma, tanto entre os pinguins em reabilitação, quanto o contato com outras espécies de aves marinhas e migratórias. O artigo EVIDENCE FOR NORTHWARD EXTENSION OF THE WINTER RANGE OF MAGELLANIC PENGUINS ALONG THE BRAZILIAN COAST escrito pelo grupo formado no workshop da ACADEBIO/ICMBio em outubro de 2010, será publicado esse ano na revista Marine Ornithology. O estudo apresenta informações que confirmam a suposição de que esta espécie ocorre mais ao norte do Brasil do que se tinha registro em publicações anteriores. Esse levantamento foi feito através da compilação de dados de pingüins de Magalhães registrados em sete centros de reabilitação de animais silvestres brasileiros de 2000 a 2010. Um total de 5.404 pinguins de Magalhães foram registrados nos sete centros durante o outono e inverno austral. O artigo sairá no número 41. Projeto Nacional de Monitoramento do Pingüim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) 2010-2015 Boletim Pinguins no Brasil n°3, outubro de 2013 3 MONITORAMENTO DE PRAIAS E A IMPORTÂNCIA DOS PINGUINS-DE-MAGALHÃES PARA AVALIAÇÃO DE IMPACTO DAS ATIVIDADES MARÍTIMAS DE PETRÓLEO E GÁS NA COSTA BRASILEIRA André Favaretto Barbosaa & Paulo Cirnea As atividades marítimas de exploração e produção (E&P) de petróleo e gás natural no Brasil são passíveis de licenciamento ambiental federal conduzido pelo IBAMA, por meio da Coordenação-Geral de Petróleo e Gás (CGPEG). Parte do trabalho desta Coordenação é assegurar que estas atividades econômicas sejam compatíveis com a capacidade suporte do ambiente, promovendo a mitigação ou eliminação dos processos de degradação ambiental e a proteção de ecossistemas e espécies vulneráveis, garantindo uma melhor qualidade de vida para as presentes e futuras gerações. As licenças ambientais expedidas pelo IBAMA possuem uma série de condicionantes que visam o controle, a mitigação ou a compensação dos impactos negativos das atividades de E&P, e são entendidas pelo órgão ambiental como imprescindíveis para garantir que o empreendimento cause o menor impacto ambiental possível. O não cumprimento das condicionantes da licença constitui crime ambiental e está sujeito às sanções cabíveis, conforme previsão legal. Nos empreendimentos de E&P localizados em ecossistemas marinhos de maior sensibilidade ambiental, incluindo aqueles em águas rasas e/ou próximas à linha de costa, o IBAMA tem exigido das empresas o planejamento e a execução de Projetos de Monitoramento de Praias (PMP). Objetiva-se, por meio do patrulhamento sistemático de faixas litorâneas nas áreas de influência dos empreendimentos, a obtenção de dados referentes a encalhes, mortalidade, avistagens e ocorrências reprodutivas de mamíferos, peixes, tartarugas e aves marinhas. Busca-se também a obtenção de séries históricas e a geração de modelos baseados nas dinâmicas de populações e de comunidades faunísticas, considerando as flutuações naturais e as alterações determinadas pelos impactos humanos incidentes na biota. Os PMPs exigidos pela CGPEG interagem com outros projetos de monitoramento em curso ao longo da costa brasileira, por vezes com objetivos e métodos distintos. Atualmente, o IBAMA vem envidando esforços para integrar e complementar estes Projetos, resultando na incorporação ou discussão de ações de avaliação de impactos na rotina das instituições locais. Por qual razão as empresas de petróleo devem ser responsáveis pela execução de Projetos de Monitoramento de Praias? Historicamente, a indústria mundial do petróleo tem contribuído de forma contundente para a contaminação por óleo nos oceanos. As estimativas das entradas totais de hidrocarbonetos nos ambientes marinhos variam entre 470 mil a 8,4 milhões de toneladas anuais, sendo a indústria do petróleo responsável por mais de 50% dessas entradas (Global Marine Oil Pollution Information Gateway, 2012; ESA, 2012). Tais entradas são atribuídas principalmente a descargas operacionais durante a limpeza de tanques e acidentes em plataformas e navios. As perspectivas de aumento na produção nacional de petróleo nos próximos anos, decorrentes principalmente das atividades relacionadas aos megacampos do présal, apontam para a possibilidade de impactos cada vez mais expressivos na biota marinha, com especial relevância para as espécies mais vulneráveis. Neste contexto se insere o pinguim-demagalhães, Spheniscus magellanicus. Visitantes frequentes da nossa costa nos meses de inverno, os pinguins podem ser considerados como uma das espécies mais sensíveis à poluição por óleo no ambiente marinho. Derramamentos e poluição crônica por óleo têm sido assim extensivamente documentadas como responsáveis pela mortalidade de S. magellanicus tanto durante estações reprodutivas quanto durante seus deslocamentos sazonais (Ruoppolo et al., 2012). A permeabilidade das penas dos pinguins diminui em contato com óleo na água, resultando muitas vezes em mortalidade por hipotermia ou por intoxicação, esta última determinante na diminuição de imunidade e maior vulnerabilidade a doenças (Carrasco et al., 2001; Valim et al., 2004). No Brasil, evidências dos impactos negativos da poluição por óleo sobre pinguins e outras aves marinhas têm sido identificadas em diversos estudos. Em 620 km de costa do Rio Grande do Sul, Mader et al. (2010) estimaram uma mortalidade anual de 19.500 pinguins-de- Projeto Nacional de Monitoramento do Pingüim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) 2010-2015 Boletim Pinguins no Brasil n°3, outubro de 2013 4 MONITORAMENTO DE PRAIAS E A IMPORTÂNCIA DOS PINGUINS-DE-MAGALHÃES PARA AVALIAÇÃO DE IMPACTO DAS ATIVIDADES MARÍTIMAS DE PETRÓLEO E GÁS NA COSTA BRASILEIRA André Favaretto Barbosaa & Paulo Cirnea magalhães, sendo a proporção de carcaças com presença de óleo na plumagem de 30%. Petry e Fonseca (2002) identificaram 61,5% das 1319 carcaças de aves marinhas amostradas no RS com manchas de óleo na plumagem, a maior parte sendo S. magellanicus. Dos 354 pinguins-demagalhães recebidos no Centro de Reabilitação de Animais Marinhos (CRAM/ FURG), entre os anos de 1998 e 2007, 71% estavam impactados por óleo, sendo que 71% dos juvenis e 73% dos adultos estavam petrolizados. Em setembro de 2008, o CRAM respondeu à uma emergência envolvendo mais de 300 pinguins-demagalhães atingidos por uma mancha de óleo órfã no litoral de Santa Catarina e no inverno de 2011 recebeu para atendimento mais de 150 pinguins-demagalhães cobertos por óleo (Canabarro et al., 2012). Em outras áreas de distribuição da espécie, os números são ainda mais contundentes. Em referência aos dados de Gandini et al. (1994), estima-se que a poluição por óleo tenha sido responsável por taxas de mortalidade anuais superiores a 20.000 adultos e a 22.000 indivíduos em estágio juvenil na costa Argentina. Dos 2.370 pinguins recebidos em 19 anos no Centro de Resgate e Reabilitação da Fauna Marinha da Fundación Mundo Marino (FMM), a causa principal de entrada foi a contaminação por óleo (Heredia, 2008). Impactos decorrentes de diferentes eventos de derrames de óleo na Argentina também foram relacionados por Sardi (2012) com graves consequências para os pinguins. No âmbito dos Projetos exigidos pelo licenciamento conduzido pela CGPEG, alguns resultados importantes começam a surgir. O Relatório Anual do PMP-ES/BC (período 2010/ 2011) executado pela CTA, consultora capixaba contratada pela Petrobras- UO ES, nas Bacias de Campos e do Espírito Santo, registrou 734 ocorrências de aves marinhas em sua área de cobertura de mais de 750 km de praias entre Conceição da Barra e Saquarema. Do total das aves, 391 (53,8%) indivíduos eram da espécie S. magellanicus, dos quais 98 foram encontrados vivos pelas equipes de monitores. Para esta espécie, cerca de 10% dos indivíduos apresentaram evidências de contaminação por óleo. Análises preliminares conduzidas pelo CENPES/Petrobras demonstraram a presença de derivados do petróleo em 13 aves examinadas. A importância e a recorrência dos eventos de arribadas de pinguins nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, sua intrínseca correlação com a poluição por óleo e a complexidade da condução dos processos de reabilitação destas aves motivaram o IBAMA a exigir como condicionante da empresa Perenco Petróleo e Gás a complementação do PMP da Petrobras-UO ES. Por meio do apoio ao Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (IPRAM), a Perenco vem custeando o atendimento e a reabilitação dos pinguins que foram recolhidos na área de cobertura do PMP da Petrobras na temporada de 2012 (Figura 1). Até o mês de outubro, mais de 280 pinguins vivos foram recebidos no IPRAM. O primeiro lote de 69 indivíduos reabilitados e com anilhas do CEMAVE foi devolvido ao mar em 04.10.2012. Figura 1. Centro de Reabilitação de Pinguins, condicionante para atividades de E&P no Espírito Santo e operado pela ONG IPRAM. No litoral nordestino, a equipe da Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA) contratada pela Petrobras-UO SEAL para executar o PMP das Bacias de Sergipe/Alagoas encontra-se agora se estruturando para realizar o atendimento às aves marinhas arribadas, oleadas ou não. Conforme consta no 1° Relatório de Acompanhamento Anual do Projeto de Monitoramento de Encalhes e Anormalidades, englobando a temporada de março de 2010 a fevereiro de 2011, na área de 275 km compreendida entre o sul de Alagoas e o norte da Bahia foram registradas 466 aves durante os monitoramentos, com predomínio de espécies oceânicas Projeto Nacional de Monitoramento do Pingüim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) 2010-2015 Boletim Pinguins no Brasil n°3, outubro de 2013 5 MONITORAMENTO DE PRAIAS E A IMPORTÂNCIA DOS PINGUINS-DE-MAGALHÃES PARA AVALIAÇÃO DE IMPACTO DAS ATIVIDADES MARÍTIMAS DE PETRÓLEO E GÁS NA COSTA BRASILEIRA André Favaretto Barbosaa & Paulo Cirnea (pardelas e petréis). Foram registrados somente 6 pinguins-de-magalhães. Do total das aves, 25 apresentaram óleo na plumagem. Já no Rio Grande do Norte e Ceará, o PMP da Petrobras UO-RNCE que cobre 332.34 km entre os municípios de Caiçara do Norte até Aquiraz sob responsabilidade de execução da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte e da Aquasis registraram a entrada de 16 aves marinhas no setor de veterinária, sendo somente 1 pinguim-de-magalhães (Britto et al., 2012). Diversos fatores têm sido citados, de forma isolada ou sinergética, como determinantes para o alto grau de ameaça imposto aos pinguins-de-magalhães. Destacam-se entre estes os processos de destruição de habitat, o turismo desordenado, a redução na oferta de recursos devido à pesca predatória, a captura incidental, as mudanças climáticas e a poluição marinha por diferentes agentes, incluindo os derramamentos de óleo nos ecossistemas marinhos e costeiros (Gandini et al., 1994, Petry e Fonseca, 2002, Schiavini et al., 2005; GarcíaBorboroglu et al., 2006; Pinto et al., 2007; Mäder et al., 2010). Nas últimas três décadas observa-se a existência de processos globais de declínio populacional moderadamente rápidos, assim determinantes na categorização desta espécie pela IUCN como “em perigo” (Birdlife International, 2012; IUCN, 2012). Considera-se, entretanto, que a principal ameaça à espécie corresponde justamente à poluição marinha por óleo (IUCN, 2012), denotando uma clara e importante relação com as atividades E&P, tanto em escalas locais quanto globais, o que justifica a execução dos PMPs no âmbito dos processos de licenciamento ambiental. Um dos desafios impostos inicialmente ao IBAMA por meio dos PMPs foi mapear e dimensionar nacionalmente as ocorrências de pinguins oleados ao longo do nosso litoral. A etapa atual é de examinar os resultados obtidos, visando avançar na proposição de medidas de âmbito nacional para mitigação do impacto gerado pela indústria de E&P. Neste sentido, a evolução dos PMPs vem levando à exigência de análises mais aprofundadas e específicas relacionadas à avifauna marinha e ao tipo de óleo encontrado nas plumagens, bem como aos processos humanos geradores de contaminação por óleo no mar. Referências BIRDLIFE INTERNATIONAL. Species factsheet: Spheniscus magellanicus, 2012. 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Encontro de Spheniscus mangellanicus (Forster, 1781) (Aves: Sphenisciformes) parasitado por Austrogoniodes bifasciatus (Piaget, 1885) (Ishnocera: Philopteridae) na região dos lagos, Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Entomologia y Vectores, v.11, n.1, p. 191-194, 2004. a - IBAMA – Diretoria de Licenciamento, Coordenação-Geral de Petróleo e Gás. Rio de Janeiro. [email protected] e [email protected] CURIOSIDADES Aurélea Mäder a Um estudo feito no litoral do Rio Grande do Sul (Nunes et al., dados não publicados) indicam uma maior quantidade de fêmeas encontradas nas praias gaúchas. De 43 carcaças sexadas encontradas nos litorais sul e norte do Rio Grande do Sul, 65% revelaram fêmeas e 35 %, machos. Mas será que isso é padrão? Ou foi um ano atípico? Será que há migração diferencial entre machos e fêmeas? O as fêmeas são mais vulneráveis? O artigo publicado por Vanstreels et al. (2013) amostrou indivíduos entre 2002 e 2009 (um total de 528 pinguins sexados) no mesmo estado brasileiro. Eles encontraram uma proporção de fêmeas semelhante ao estudo acima, o que pode indicar que a razão sexual assimétrica realmente ocorre no estado. Mas e fora do Rio Grande do Sul? Será que isso ocorre? Reis et al.(2011) identificaram o sexo de 15 pinguins encontrados mortos no Rio de Janeiro e Sergipe, e encontraram 70% de fêmeas, indicando que a predominância de fêmeas pode ser um padrão ocorrente em toda a costa brasileira. Mas para essa afirmação, mais sexagens de pingüins decorrentes de outros estados devem ser averiguadas. Então mãos a obra! Referências NUNES, G.T.; GABRIELA PAULA FERNÁNDEZ, G.P.; MÄDER, A; BARRETO, J.S.; LEAL, G.R.; LOPES, D.D.; FREITAS, T.R.O. Razão sexual assimétrica entre carçacas de Spheniscus magellanicus(Forster, 1781) na costa norte do Rio Grande do Sul (Dados não publicados). REIS, E.C.; R.M. AIRES; J.F. MOURA; C.A.R. MATIAS; M. TAVARES; P.H. OTT; S. SICILIANO & G. LÔBOHAJDU. 2011. Molecular sexing of unusually large numbers of Spheniscus magellanicus (Spheniscidae) washed ashore along the Brazilian coast in 2008. Genetics and Molecular Research 10: 37313737. VANSTREELS, R.E.T.; A.C. ADORNES; P.L. CANABARRO; V. RUOPPOLO; M. AMAKU; R.P. SILVA-FILHO & J. L. CATÃO-DIAS. 2013. Female-biased mortality of Magellanic Penguins (Spheniscus magellanicus) on the wintering grounds. Emu 113: 1. a – ARDEA Consultoria Ambiental [email protected] Projeto Nacional de Monitoramento do Pingüim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) 2010-2015 Boletim Pinguins no Brasil n°3, outubro de 2013 7 REAVISTAMENTO DE PINGUINS-DEMAGALHÃES REABILITADOS NA AMÉRICA DO SUL Valeria Ruoppoloa & Ralph Eric Thijl Vanstreels Em julho de 2012, num esforço conjunto de um grupo de onze pesquisadores, publicamos um artigo na revista científica Marine Pollution Bulletin em que descrevemos os achados de pinguins-de-Magalhães reabilitados e reavistados na América do Sul. O artigo reúne uma década de dados sobre as atividades de reabilitação de seis instituições atuando no Brasil, Argentina, Uruguai e Chile (International Fund for Animal Welfare, Fundación Mundo Marino, Centro de Recuperação de Animais Marinhos, Natura Patagônia, Associação R3 Animal, e Mar del Plata Aquarium) que, através de suas atividades de rotina e de respostas a sete derramamentos de óleo, atuaram na reabilitação de mais de 2000 pinguins. Os resultados apresentam as informações sobre 41 pinguins que foram reavistados posteriormente à sua reabilitação e liberação, e trazem vários achados importantes para os esforços de reabilitação destas aves. As aves reabilitadas foram capazes de nadar distâncias enormes, chegando a ser reavistadas a até 2160 km da localidade em que foram liberadas; em média, os pinguins reabilitados foram reavistados a 604 km do local de soltura. Os dados também demonstram que as aves podem ser reavistadas muito tempo após sua liberação: em média, os pinguins foram reavistados 789 dias (2 anos e 2 meses) após a soltura. Em alguns casos, houveram aves que foram reavistadas até 9 anos após sua liberação. Além disto, os dados trazem outras boas notícias: em 73% dos reavistamentos os pinguins estavam vivos e, destes, 43% estavam em ninhos ativos, copulando, incubando ovos ou criando filhotes. Estes resultados enfatizam a importância do uso de protocolos de reabilitação internacionalmente reconhecidos. Em especial, a sobrevivência das aves no período pós-soltura depende do uso de critérios rigorosos de liberação, para garantir que apenas aves em excelentes condições de saúde sejam liberadas à natureza. O quadro abaixo resume os critérios de soltura elaboradas através do acúmulo de quase duas décadas de experiência conjunta do IFAW, do CRAM-FURG e da Fundación Mundo Marino, e segundo estes protocolos apenas as aves que satisfaçam todos os critérios podem ser liberadas. Os pinguins que foram reavistados haviam sido recebidos com até 100% de sua superfície corpórea coberta por óleo (em média, 46%), corroborando a experiência de que mesmo aves intensamente petrolizadas podem se recuperar e retornar à natureza. Outros critérios, como parâmetros hematológicos (hematócrito e proteína plasmática total) e massa corpórea, são sabidamente melhores indicadores de sobrevivência e os animais recémadmitidos devem ser avaliados para estes parâmetros a fim de indicar o melhor tratamento. O quadro abaixo lista as referências de protocolos internacionais para a reabilitação de pinguins-de-Magalhães: PROTOCOLOS DE REABILITAÇÃO DE PINGUINSDE-MAGALHÃES • Heredia, S.A.R., Alvarez, C.K., Loureiro, J.D., 2008. Aves marinas empetroladas: Guía práctica para su atención y manejo. Fundación Mundo Marino. San Clemente Del Tuyú, Argentina. 138 p. • Ruoppolo, V., Adornes, A.C., Nascimento, A.C., Silva-Filho, R.P., 2004. Reabilitação de pingüins afetados por petróleo. Clínica Veterinária 51, 7883. • Silva-Filho, R.P., Ruoppolo, V., 2007. Sphenisciformes (Pinguim). In: Cubas, Z.S., Silva, J.C.R., Catão-Dias, J.L. (Eds.). Tratado de animais selvagens: Medicina veterinária. Roca, São Paulo, Brasil, pp. 309-323. Uma discussão importante acerca dos resultados desta pesquisa é de que a taxa de reavistamento aparentemente baixa (41/2183 = 1.88%) na realidade é esperada e compatível com a biologia da espécie. Com uma população de 1.7 milhões de casais distribuídos em mais 80 colônias reprodutivas, das quais menos de um décimo é regularmente monitorada, é natural e esperado que poucos pinguins sejam reavistados. Observou-se que derramamentos que ocorreram no verão e em proximidade a colônias Projeto Nacional de Monitoramento do Pingüim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) 2010-2015 Boletim Pinguins no Brasil n°3, outubro de 2013 8 REAVISTAMENTO DE PINGUINS-DEMAGALHÃES REABILITADOS NA AMÉRICA DO SUL Valeria Ruoppoloa & Ralph Eric Thijl Vanstreels reprodutivas monitoradas por pesquisadores tiveram taxas muito superiores de reavistamento, indicando que a taxa de reavistamento não reflete uma baixa sobrevivência das aves, mas sim um forte efeito de diluição pelo tamanho populacional. Neste sentido, o sucesso em longo prazo dos esforços de reabilitação destas aves só poderá ser determinado quando uma maior fração das colônias reprodutivas da espécie forem monitoradas para o reavistamento de aves anilhadas. especial a P. Dee Boersma, Luciana Pozzi, Pablo García-Borboroglu, Claudia Godoy, Agustina Gómez Laich, Corporación Nacional Forestal de Chile (Alejandra Silva, Roberto Fernandez), Consejo Agrario Provincial de Santa Cruz Areas Protegidas (Pablo Irazoqui, Mario Beroiz). À Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (2009/53956-9, 2010/51801-5). Referências Ruoppolo V., Vanstreels R.E.T., Woehler E.J., Heredia S.A.R., Adornes A.C., Silva-Filho R.P., Matus R., Poleschi C., Griot K., Kolesnikovas C.K.M., Serafini P. 2012. Survival and movements of Magellanic penguins rehabilitated from oil fouling along the coast of South America, 2000–2010. Marine Pollution Bulletin 64:1309-1317. Mesmo assim, a publicação é o primeiro estudo de grande escala examinando o destino dos pinguins-de-Magalhães após a reabilitação, e há evidência suficiente para concluir que, à semelhança do observado para outras espécies de pinguins, a reabilitação de pinguins-deMagalhães é uma estratégia que contribui para a mitigação dos efeitos adversos da poluição crônica e dos derramamentos de petróleo. Agradecimentos Site: www.ifaw.org Ao International Fund for Animal Welfare (IFAW), International Bird Rescue, Fundación Mundo Marino, Centro de Recuperação de Animais Marinhos (CRAM-FURG), Associação R3 Animal, Natura Patagonia, Fundación Patagonia Natural, Mar del Plata Aquarium e a todos os seus profissionais e voluntários. A todos aqueles que reportaram reavistamentos e contribuíram ao trabalho, em a – Valeria Ruoppolo ([email protected]) Ralph Eric Thijl Vanstreels ([email protected]) Projeto Nacional de Monitoramento do Pingüim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) 2010-2015 Boletim Pinguins no Brasil n°3, outubro de 2013 9 SEGUNDA EDIÇÃO DO MANUAL DE CAMPO PARA A COLHEITA E ARMAZENAMENTO DE INFORMAÇÕES E AMOSTRAS BIOLÓGICAS Em 2012 saiu a segunda edição do: Para participar da lista de discussão PINGUIMBR: [email protected] EDITORIAL Este Boletim é uma publicação do Projeto Nacional de Monitoramento do Pingüim-de-Magalhães. Coordenação 2010-2015: Para submeter textos para a próxima publicação do Boletim Pingüins no Brasil enviar ate: 30 de outubro para a próxima edição Textos Word Fonte Arial Narrow 12 Espaçamento Simples Até 7000 caracteres sem espaços Máximo 3 figuras Link para acesso: http://intranet.cemave.net/downloads/ projeto_pinguins/manual_campo_ce mave_colheita_pinguins_2ed.pdf Aurélea Mäder Biol. MSc. em Diversidade e Manejo de Vida Silvestre. (ARDEA Consultoria Ambiental) Patrícia Serafini Veterinária Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) Publicação Aurélea Mäder Para enviar artigos para publicação no Boletim PINGUINS NO BRASIL entre em contato com Aurélea Mäder Revisão Patrícia Serafini [email protected] Tradução Ralph Vanstreels Publicação anual: Enviar até 30 de outubro. Maiores informações sobre: Para receber os Boletins anteriores entre em contato com Aurélea Mäder Pesquisadores cadastrados no banco de dados do Projeto Nacional de Monitoramento do Pinguim-de-Magalhães [email protected] Projetos ativos cadastrados no banco de dados do Projeto Nacional de Monitoramento do Pinguim-de-Magalhães ou baixe-os dos arquivos do grupo do Yahoo PINGUIMBR As metas do Projeto Nacional de Monitoramento do Pinguim-de-Magalhães http://www4.icmbio.gov.br/cemave//index.php?id_menu=480 Agradecimentos: Agradecemos ao ICMBio – CEMAVE pela iniciativa, workshop e projeto e também aos autores desta edição e colaboradores do Grupo Pinguimbr. Projeto Nacional de Monitoramento do Pingüim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) 2010-2015 Boletim Pinguins no Brasil n°3, outubro de 2013 10
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