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REVISTA
E
PORTAL
www.meiofiltrante.com.br
Esp e c i a l i za d a e m F i lt r a ç ã o - Se p a r a ç ã o - Tra t a me nt o d e Ág ua - M ei o Amb i e nt e
Ano XV - N˚ 80 - Maio/Junho de 2016
Meios filtrantes sintéticos aplicados no
segmento de filtração
Filtro tipo cartucho para
a linha de processos
Feiras internacionais
movimentam setor industrial
PUREZA DA ÁGUA
PARA LABORATÓRIOS
Carvão
Ativado
A Calgon Carbon oferece dentre seus produtos
uma ampla seleção de carvões ativados, serviços
e equipamentos especializados para atender as suas
necessidades em purificação de água e ar, incluindo:
• Carvões ativados granulados e pulverizados
• Serviços de reativação
• Serviços de suporte técnico e de campo
• Venda e locação de equipamentos de adsorção
(11) 3208 0794 www.calgoncarbon.com.br [email protected]
EDIÇÃO
Nesta
80
Maio/Junho 2016
10
26
Meios filtrantes sintéticos
aplicados no segmento de filtração
18 ABRAFILTROS
Abrafiltros promove I Workshop da
Câmara Setorial Filtros Industriais
38 EVENTOS
Pollutec Brasil se destaca como o
melhor evento de meio ambiente do ano
20 DESTAQUE
Desenvolvimento de uma
bancada de testes para filtração
em fase líquida.
Estudos de caso: filtro
autolimpante e filtro cesto
40 MEIO AMBIENTE
Ceará inaugura unidade para
geração e tratamento de Biogás
34 FILTRAÇÃO DE A a Z
Parâmetros utilizados
em filtração
30
Filtro tipo cartucho para
a linha de processos
Pureza da água para
laboratórios exige sistemas
de filtragem de alta tecnologia
42
06 FILTRADO - O que acontece no
mercado de filtros
08 MERCADO - Confira as novidades
no mercado industrial
50 VISÃO EMPRESARIAL
Feiras internacionais
movimentam setor industrial
Diretora - Editora
Rogéria Sene Cortez Moura
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Redação/Reportagem
Anderson V. da Silva, Cristiane
Rubim, Dayane Cristina da Cunha
Fernandes e Suzana Sakai
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Comunicação
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Reple Sobrinho; Helmut Zschieschang; Hermann Queiser; Jeffrey John
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Moura; Lucas Cortez; Luciano Peske Ceron; Marcia Brunini Truite Hanson;
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Galvin; Paula Rorato; Pedro Verpa; Plínio Centoamore; Ricardo Saad;
Robert Scarlett; Tárcia Rita Davoglio; Tarcisio Costa; Valter Medina; Valdir
Montagnoli; Vinicius Stoco Patricio e Walter Luiz Polônio.
Colaboraram nesta edição:
Robinson Zuntini, Patrícia Gozzi e Andreas Scheurell (Calgon Carbon); Paulo
Roberto Nascimento (Parker); Paul Gaston Cleveland e Sergio Sato (Camfil);
Claudia Montesso e Djalma Baúte (Poli-Filtro); Edgard Luiz Cortez e Lucas
Cortez Moura (Iteb); Abrafiltros (Diretoria); Renato Bruno (Unifilter); André
Luis Moura e Valdir Montagnoli (Laffi Filtration); David Siqueira de Andrade
e Gabriela Oppermann (Supply Service); (All for Filters); Patrick Mendes
(Yanpai Do Brasil); Eduardo Gomes Ferreira e Natã Teodoro de Lima (Sigma
Lean); Juliano Frizzo (Filtros Planeta Água); Thiago Lima (Saati); Marcelo
Felix (Tecfil); Luciana Beneton (Tecitec); Thales Romão (Grupo Fleury);
Alisson Martins Linard (SPLabor); Carolina Minozzi (Veolia Water); Carlos
Augusto Scarton (Sartorius); Edison Ricco Jr, Felipe A. da Cunha, Paula S.
Hashimoto, Prof. Dr. Luiz F. de Moura e Profa. Dra. Mônica L. Aguiar
(Universidade Federal de São Carlos); Cagri Tekmen (Hifyber); Elias Vitalino
(Reipel); André Pereira (Ahlstrom Brasil); Laerte Guião Maroni (ABINT); Alex
Peixoto de Alencar (Hydac); Cinara Scheffler Grutzmacher (Netzsch); Liliane
Bortoluci (Feimec); Carlos Pastoriza (ABIMAQ); Renato Majarão (Danfoss);
William Kishi (Burkert); Dina Diamandi (Tecflux); Jayme M. Bydlowski
(HB Ar Comprimido); Juliano Langer (TopFusion); William Kishi (Burkert);
Daniele Manffim (Metalplan); Fábio Trocoletto (SMC); Fioravante Willi
Nesto (Fioravante Willi Nesto); João Pirillo (Edra Óleo e Gás); Igor Schiewig
(Dassault Systèmes); Marcelo F. Prado (3M Purification); Eduardo Zanizzelo
(Beckins) e Rogério De Luca (Pentair Water).
Assessoria Jurídica
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Gráfica IPSIS - www.ipsis.com.br
EDITORIAL
Ventos de mudança
É inegável e perceptível a necessidade de
mudança nos rumos do país, que por uma
série de fatores tem a governabilidade
bastante comprometida no cenário atual.
A aprovação pela Câmara dos Deputados
no dia 17 de abril, para encaminhamento
do processo de impeachment da presidente
Dilma para o Senado é mais um passo
nessa direção, do qual o resultado ainda
é incerto. Mas é preciso mudar e mudar
exige responsabilidade e ponderação.
Temos que ter a visão que os rumos da
nação não será ajustados em curto prazo,
mas sim através de um amplo diálogo e a
construção de alianças que visem o desenvolvimento
efetivo em várias frentes – social, econômica, política,
passando pela saúde, infraestrutura, agronegócio,
indústria, educação e tantos outros pontos nos quais o
Brasil precisa e tem condições de melhorar, sem perder
o foco na democracia e a possibilidade de um processo
gradativo de evolução e recuperação da credibilidade.
O eventual impeachment de um presidente não é algo
a se comemorar, mas sim o sinal que ainda não alcançamos os objetivos propostos na condução de um país
que realmente atenda as expectativas da sociedade,
independente das classes sociais representadas.
É bem provável que o Brasil não entre nos eixos da
noite para o dia. Mas certamente, a mensagem está
dada na busca de novos horizontes, que os governantes
não são onipotentes e assim como qualquer um de nós,
devem agir com responsabilidade na condução da nação
e responder por erros e acertos no exercício da função.
Nas matérias dessa edição, trazemos como matéria
de capa sistemas de filtragem de alta tecnologia para
garantir a pureza da água em laboratórios; e ainda:
meios filtrantes sintéticos aplicados ao segmento de
filtração; o desenvolvimento de bancada de testes para
filtração em fase líquida; filtro tipo cartucho para a
linha de processos; as expectativas do setor para a Feira
internacional da Mecânica 2016 e a Feimec – Feira
Internacional de Máquinas e Equipamentos, ambas no
mês de maio; e muito mais.
Boa leitura e até a próxima edição.
Rogéria Sene Cortez Moura
Editora
Os artigos e matérias não refletem a opinião desta revista, assim como declarações emitidas
por entrevistados e através de anúncios, sendo de única e exclusiva responsabilidade de seus
autores e anunciantes. A reprodução total ou parcial das matérias só é permitida mediante
autorização prévia da Revista Meio Filtrante, e desde que citada a fonte.
Todos juntos fazem um trânsito melhor.
montadoras, a TECFIL também se preocupa com a preservação do meio ambiente em seus processos de
fabricação, utilizando produtos e recursos que geram o menor índice possível de resíduos nocivos a natureza e
que seguindo os requisitos das montadoras, estão isentos de
disponibilizando ao mercado os
componentes que agridem o meio ambiente, facilitando assim a sua reciclagem.
filtro ecológico
respeito ao meio ambiente.
Respeito à vida.
FILTRADO
Vittorio Frioli, gerente comercial da
Yanpai do Brasil tem visão otimista em
relação ao fortalecimento do mercado de
filtração industrial no Brasil
Apesar da atual crise política e econômica
que o Brasil está enfrentando, estamos vendo
um crescimento e uma necessidade cada vez
maior por parte das indústrias em controlar
emissões de poluentes. Acredito que este fator
é devido não somente a imposição de novas
normas e exigências do setor, mas também
por conta da conscientização ambiental que
muitas empresas adotaram em relação ao
meio ambiente e qualidade do ar.
Este é um mercado que se fortaleceu até
2014 e que deverá se recuperar após atual
momento de incerteza. Devemos ter uma
visão futurista e nos preparar para a retomada econômica, estando sempre atentos
aos sinais do mercado nos momentos de
transição. Algumas empresas do setor estão se preparando e adaptando para atender
as necessidades do mercado. Diante deste
cenário, a Yanpai do Brasil se empenha para identificar oportunidades de negócios e
definir estratégias adequadas para o novo
momento econômico.
Hoje a empresa conta com experiência de
mais de 20 anos com atuação no mercado
brasileiro, europeu e americano com grande
consumo das mídias filtrantes altamente
qualificadas para filtração líquida e seca.
6
Foto: Divulgação Yanpai
Maio/Junho Meio Filtrante
Desafios em momentos de instabilidade
Os tecidos e feltros da Yanpai são produzidos sob rígido controle de qualidade
seguindo normas de qualidade ISO 9001:
2000 garantindo produtos classificados
entre os melhores fabricantes do mundo.
Entre principais setores de aplicação estão:
siderúrgico, metalúrgico, químico, alimentício, mineração, óleo e gás, papel e celulose e tratamento de água e efluentes.
O objetivo da empresa é oferecer aos fabricantes de filtros industriais matéria prima
de qualidade e pronta entrega. Para isso a
Yanpai do Brasil conta com estoque rotativo dos principais produtos comercializados e estrutura comercial para atender as
necessidades de cada cliente.
Temos uma linha de produtos diversificada para cada aplicação: feltros agulhados, tecidos técnicos, spunbond, telas de
inox, poliéster e nylon, geotêxtil, esteiras
airslide, fios e linhas. Cada tipo de produto
com diversas opções de permeabilidade,
gramatura, resistência e possibilidade de
tratamentos especiais.
Hoje se destacam os feltros especiais como
aramida (Nomex), PPS (Ryton) muito utilizados em forma de manga para controle de
particulado em alta temperatura. A alta qualidade desse tipo de feltro é possível graças
ao desenvolvimento de fibras virgens sintéticas. Na minha opinião, o mercado de filtros está com futuro garantido pois cada vez
mais existirá uma preocupação com meio
ambiente e com a saúde das pessoas.
As empresas que estiverem preparadas para
atender a demanda do mercado de forma
flexível, dinâmica e competitiva se destacarão das demais diante do atual cenário.
Manter uma postura positiva, estoque adequado, bom atendimento e negócios rentáveis são alguns fatores importantes para o
sucesso da empresa.
PoliFiltro inaugura novas filias nos estados de Amazonas e Rio Grande do Sul
A maior distribuidora de filtros automotivos para
equipamentos pesados do Brasil escolheu o tradicional bairro comercial de São Paulo, Bom Retiro,
para sediar sua matriz. Com mais de 25 anos de mercado, a empresa vem explorando oportunidades de
negócios dentro do segmento de filtros automotivos,
linha pesada, filtros para aviação e para a linha férrea.
O sucesso da PoliFiltro se dá principalmente por sua
visão empreendedora perante as oportunidades. Com
uma equipe de vendas formada por mais de trinta vendedores, doze representantes comerciais espalhados
pelo Brasil, a empresa vem somando forças no mercado nacional. “Estamos nos preparando para atender
as necessidades de todo mercado com oportunidades e
uso de filtros em geral, automotivo, alimentos, bebida,
processos, entre outros. Pra finalizar, contamos com
um time de 6 técnicos comerciais aptos para auxilia-los na gestão de filtros. Nosso estoque está preparado
para o mercado sucroalcoleiro/Safra da Cana” comenta
Djalma Baúte, gerente comercial da PoliFiltro.
7
Maio/Junho Meio Filtrante
A maior distribuidora de filtros do Brasil, a PoliFiltro não se deixou abater pelas recentes crises
econômicas e incertezas do mercado. Indo na contramão e mantendo a veia empreededora a empresa
planeja a abertura de mais duas filiais para atender
os mercados da região norte e sul do país.
A nova unidade instalada no estado do Amazonas estará localizada na cidade de Manaus, um
dos principais polos produtores do país, e tem
objetivo de atender aos mercados de reposição
para as áreas de Transporte - Caminhões e Ônibus,
Construção / Mineração, Agricultura, Sucroalcooleiro, Industrial em geral, termelétricas, Offshore
(Embarcações / Estaleiros) e Ferrovias.
Seguindo ainda as tendências e os crescimentos
regionais a outra unidade será instalada na cidade
de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul
e com isto a PoliFiltro pretende aumentar a participação da companhia nas regiões do Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
MERCADO
Parker oferece alternativa rápida e econômica para a indústria
Para viabilizar cada projeto de retrofit, a Parker
oferece sistemas completos e customizados.
Isso inclui suporte técnico e fornecimento de
componentes hidráulicos, válvulas e tecnologias de automação envolvendo eletromecânica
e dispositivos eletrônicos que possibilitam a
atualização do equipamento. Em geral, a reforma é concluída entre 30 e 45 dias.
Para oferecer essas soluções em todo o Brasil, a
Parker vem trabalhando ao lado de seus distribuidores, que foram capacitados para integrar os
diversos sistemas e componentes para o retrofit
de equipamentos industriais. Os vários projetos
já realizados pela Parker no país conferiram experiência nesta categoria de serviço às equipes
da empresa, que também fornecem descrição
técnica dos produtos e sistemas necessários.
Parker Hannifin: 0800 727-5374 ou pelo
e-mail [email protected].
Foto: Divulgação Parker Hannifin
Com a vigência da NR-12, novos dispositivos
de segurança em redundância tornaram-se obrigatórios para prensas hidráulicas e máquinas
similares. Neste cenário, a modernização do
parque fabril tornou-se um objetivo comum na
indústria. Como líder global no desenvolvimento de tecnologias para movimento e controle, a
Parker Hannifin observa que a atualização de
equipamentos por meio do retrofitting tem se
mostrado uma alternativa rápida e econômica
para atender as normas atuais.
8
O cerimonial de inauguração da unidade da
Hyundai-Rotem Brasil, em Araraquara (SP),
realizado dia 30 de março, contou com as presenças do governador de São Paulo, Geraldo
Alckmin, do embaixador da República da Coréia (Coréia do Sul) no Brasil, Jeong-gwan Lee,
do CEO mundial da empresa, Seung-tack Kim,
e do prefeito municipal, Marcelo Barbieri.
Em seu pronunciamento, o governador Geraldo
Alckmin destacou que a solução para o problema da mobilidade urbana, que atinge os grandes
centros brasileiros, passa pelo transporte ferroviário e que, nesse sentido, a Hyundai-Rotem veio
para ajudar. “Essa é uma das mais modernas fábricas de trens do mundo. Mostra a recuperação
da indústria ferroviária, especialmente em São
Foto: Divulgação Hyundai-Rotem
Maio/Junho Meio Filtrante
Hyundai-Rotem Brasil é inaugurada em Araraquara (SP)
Paulo. Aqui estão sendo fabricados 30 trens da
CPTM. São carros modernos, vagão contínuo,
mais confortável, mais seguro, transporte de alta capacidade e não poluente”, disse.
O CEO Seung-tack Kim, disse que a Hyundai-Rotem Brasil está empenhada em contribuir
para o desenvolvimento da indústria ferroviária
brasileira, em especial, de Araraquara. “A Hyundai-Rotem irá conquistar o coração dos brasileiros
pelo alto padrão de qualidade de seus produtos
em benefício da mobilidade urbana e da vida das
pessoas. Também vamos assumir nosso papel
como cidadão corporativo no Brasil, apoiando
projetos sociais com foco na educação”, disse.
O embaixador Jeong-gwan Lee cita, “O Brasil
é nosso maior parceiro comercial na América Latina e é o destino de grande parte dos
investimentos sul-coreanos. A inauguração
desta fábrica é uma demonstração de que a
Hyundai-Rotem vai poder contribuir com
o desenvolvimento social e econômico de
Araraquara e região, e estreitar o relacionamento entre as duas nações”.
GDBR inaugura fábrica construída com apoio da Investe SP
A GDBR, subsidiária brasileira do grupo Toyoda
Gosei, inaugurou sua primeira fábrica sul-americana em Itapetininga. O evento contou com
as presenças do vice-governador e secretário
de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação Márcio França, o diretor da
Investe SP Ermínio Lucci, o presidente mundial
da Toyoda Gosei, Tadashi Arashima, do Presdiente da GDBR, Makoto Hirako, do Prefeito de
Itapetininga, Hiram Jr, além do consul geral do
Japão, Takahiro Nakamae e outras autoridades.
“É um orgulho para nós ver a concretização desse
tipo de projeto, principalmente porque teve a participação de quase todas as nossas áreas da Agência:
localização de área, apoio em licenciamento
ambiental, infraestrutura, entre outros”, explicou o
presidente da Investe SP, Juan Quirós.
A GDBR é a primeira fábrica do grupo Toyoda
Gosei na América do Sul, e fabrica produtos de
plástico, borracha e led para o setor automotivo.
Em Itapetininga, foram investidos cerca de R$ 90
milhões em uma área de 220 mil m², empregando
260 trabalhadores diretos e cerca de 50 indiretos.
No Brasil, a GDBR atende atualmente fábricas da
Toyota no Brasil (Indaiatuba-SP e Sorocaba-SP) e Argentina, além das unidades da Honda Brasil (Sumaré-SP e futuramente Itirapina-SP) e também a da Nissan
Brasil (Resende-RJ). A expectativa de faturamento
deve chegar a 100 milhões de reais por ano.
A empresa iniciou as instalações dos equipamentos
e estruturas no início de 2014, permanecendo nesta
atividade até o fim deste ano. Durante as instalações
dos equipamentos, inúmeros testes de confiabilidade, qualidade e eficiência foram efetuados.
gumenta Borgonovi, para quem o fato de auxiliar o
cliente com baixo estoque e aumentar a frequência de
contatos e de pedidos é salutar tanto para os clientes
quanto para a Philips Automotiva. No segundo semestre, o canal de distribuição da Philips Automotiva
vai contar com sistema de rastreamento de carga.
Novo centro – No município de Jaboatão dos Guararapes, na Grande Recife, a Philips Automotiva tinha
um centro de distribuição com área de 2.000 metros
quadrados e 1.046 posições de paletes; em Varginha,
a unidade tem área de 2.550 metros quadrados e 900
posições de paletes. Os números das instalações são
semelhantes. A grande diferença está nas distâncias
do centro para os principais centros consumidores. De
Recife a São Paulo, 2.700 km; Recife – Belo Horizonte 2.100 km; e Recife – Rio de Janeiro 2.300 km.
De Varginha, 330 km até São Paulo; 330 km de Belo
Horizonte e 380 km ao Rio de Janeiro.
9
Foto: Divulgação Philips
Depois de ter fábrica por quase 5 décadas e centro de
distribuição por mais 6 anos em Pernambuco, a Philips Automotiva – com investimento de € 1 milhão
– decidiu deslocar o seu novo centro de distribuição
para a cidade de Varginha, no Sul de Minas Gerais,
com o objetivo de reduzir o transit time das entregas
de lâmpadas automotivas e ficar mais próximo de
montadoras/setmakers e distribuidores.
“Iniciamos as operações em Varginha em janeiro, e
os resultados parciais do primeiro bimestre já indicam
que conseguiremos reduzir o transit time, na média
em 50%, sendo que para os principais mercados
regionais, como a cidade de São Paulo e interior,
Minas Gerais e Rio de Janeiro, a redução no prazo de
entrega já é de 8 para 2 dias e para Porto Alegre de 12
para 3 dias. Também reduzimos muito o número de
redespachos”, explica João Paulo Borgonovi, diretor
geral da Philips Automotiva para a América Latina.
Até dezembro de 2015, ainda com o centro de distribuição na Grande Recife, o percentual de atendimento
aos clientes finais – na média – apontava 85%. Já no
primeiro bimestre deste ano, já subiu para 90%. “Nosso objetivo é atingir 95% ainda em 2016, patamar
considerado excepcional, se considerarmos os índices
globais de atendimento a O&M e aftermarket”, ar-
Maio/Junho Meio Filtrante
Philips Automotive investe €1 milhão em centro de distribuição
CAPA
Dayane
Cristina
da Cunha
Fernandes
Pureza da água para
laboratórios exige sistemas
de filtragem de alta tecnologia
Maio/Junho Meio Filtrante
A
10
s análises e testes realizados
em nível laboratorial em sua
grande maioria necessitam
da água para execução destes
procedimentos, o que requer alta tenologias de filtragem e retirada de compostos
indesejáveis. A água que utilizamos no
dia-a-dia de nossas casas, por mais bem
tratada que seja, não pode ser utilizada em
laboratórios, pois a mesma poderia danificar ou apresentar resultados imprecisos e
incoerentes a análise realizada. Isto ocorre
pois a água fornecida pelas empresas
abastecedoras, mesmo estando dentro dos
parâmetros da Portaria Nº 2.914, referente
a potabilidade de água, podem estar com
presenças de contaminantes químicos e/ou
microbiológicos e que alteram a qualidade
dos reagentes utilizados para o exame,
impactando diretamente em sua qualidade.
Assim, a busca pela pureza da água é
fundamental e deve ser garantida, já que
ela deve conter uma quantidade mínima
de contaminantes como íons, matéria
orgânica e microrganismos, como afirma
Thales Romão, coordenador de engenharia Clínica do Grupo Fleury.
“O principal objetivo da purificação é
minimizar interferências nos resultados
dos exames e evitar falhas nos instrumentos analíticos. A água é utilizada principalmente na alimentação de equipamentos
analíticos, lavagens, preparação de soluções e reconstituição de reagentes”.
Romão explica, no entanto, que cada aplicação possui uma determinada exigência.
“As aplicações são distintas e possuem
pré-requisitos diferentes. A partir das necessidades do processo e dos equipamentos analíticos, um estudo é realizado antes
da tomada de decisão. As características
da água fornecida pelo sistema de abastecimento precisam ser analisadas anteriormente, para definição do sistema de
pré-filtragem mais adequado”.
Segundo Romão, os laboratórios precisam
buscar a qualificação técnica e científica
para investigação de desvios de qualidade,
ter um estoque de filtros e peças bem dimensionado à demanda e tempo de resposta adequado para atuar em chamados corretivos.
E não basta o laboratório pensar na purificação da água. A água recebida pelo sistema
de abastecimento pode dificultar o tratamento dela para uso em laboratórios. “É
notável a relação entre a baixa qualidade
da água fornecida e as despesas com filtros.
Componentes eletrônicos dos sistemas de
produção de água reagente sofrem bastante
nesse contexto”. Segundo ele, os principais
problemas enfrentados na água antes dela
ser purificada são microrganismos, materiais particulados, gases dissolvidos e íons
inorgânicos. E complementa. “Em períodos
chuvosos, a água fornecida pelas empresas
de abastecimento perde muita qualidade,
sendo essencial que a equipe de planejamento da engenharia clínica se antecipe para
adequar o estoque de filtros à demanda prevista.
Os registros de troca no nosso sistema são primordiais para permitir essa previsibilidade”.
Romão conta que o Brasil tem se preocupado
com a qualidade da água para uso em laboratórios. Prova disto é a Resolução da Diretoria Colegiada 302/2005, que versa sobre
o assunto. Mas explica que por não ser tão
específica sobre esse assunto, os laboratórios acabam seguindo as normas preconizadas pelo Clinical and Laboratory Standards
Institute (CLSI). “É um item sempre visado
pelas auditorias externas na obtenção e manutenção das acreditações laboratoriais e hospitalares”. O coordenador ressalta que a falta
de cuidado na purificação, além de tornar
impossível a entrega de resultados de qualidade, em termos legais, o descumprimento
pode gerar uma infração sanitária.
Romão explica como acontece a purificação
de água nas unidades do Fleury Medicina e
Saúde. “De maneira geral, são utilizados sistemas que integram osmose reversa, eletrodeionização, filtros de carvão ativado e ultravioleta.
Sistemas de pré-filtragem com retrolavagem
também são utilizados em locais críticos para
preservar os filtros mais nobres. Os parâmetros de qualidade e desempenho são monitorados de perto pela equipe de engenharia clínica
do Grupo Fleury”. Temos hoje, distribuída no
Métodos de purificação
água enquanto os sais são concentrados;
- Ultra-Filtração: Útil para a remoção de
pirógenos e bactérias. Sob pressão, a água
é forçada a passar por uma membrana com
porosidade menor que 0,005 mm. As partículas são retidas, onde somente ocorre a passagem de água pura.
- Oxidação ultravioleta (UV): a luz UV
(<280 nm) passa através da água destruindo
bactérias, vírus, e vestígios orgânicos.
Fonte: SPLabor
11
Maio/Junho Meio Filtrante
- Adsorção: Utiliza o carvão ativado com
cloro e materiais orgânicos para imobilizar e
remover impurezas;
- Deionização: Ocorre a retirada de íons e
minerais através de resinas de troca iônica
sintéticas. Resinas catiônicas removem íons
carregados positivamente; já resinas aniônicas
removem os íons carregados negativamente;
- Destilação: Processo na qual a água é aquecida até seu estado gasoso e condensada em
um recipiente separado;
- Filtração: Utilizada como pré-tratamento
ou como um tratamento autônomo. A água
passa por um filtro de porosidade definida sob
pressão normal. O filtro reterá a maioria das
partículas, com a passagem da água por ele;
- Osmose Reversa: Também utilizada
como pré-tratamento. Quantidades equivalentes de água pura e solução salina são
separadas em uma tubulação em U por
uma membrana semipermeável. Quando a
pressão externa é aplicada do lado onde
contém a solução salina, a membrana
semipermeável permite a passagem de
Maio/Junho Meio Filtrante
CAPA
Classificação da água
12
Seja qual for o processo de análise, a água
precisa ser purificada, mas cada processo,
tais como preparação de tampões, cultura de
células ou preparação de reagentes, requer um
nível de purificação, que vai de pura a ultrapura. A classificação da água pura pode ter
diferentes significados, dependendo da situação, como explica Alisson Martins Linard,
assessor científico da SPLabor.
A Água Ultrapura (Tipo I) – 18,2 MΩ: Este
tipo de água é exigido para a maioria das
aplicações laboratoriais, classificadas como
críticas e sensíveis. Água tipo I pode ser
obtida livre dos seguintes componentes: livre
de partículas, bactérias, nucleases e pirógenos. Ela tem o maior grau de pureza dentre
todos os outros tipos, consequentemente,
é o método mais caro de obtenção. Geralmente a água tipo I pode ser utilizada para
Cromatografia Líquida de Alta Performance
(HPLC), Cromatografia Gasosa, Espectroscopia de Massa, Absorção Atômica, Carbono
Orgânico Total (TOC), técnicas em Genética,
como por exemplo PCR, imunologia, farmacologia, cultura de células e tecidos e pesquisa e desenvolvimento de medicamentos;
Já a Água Pura (Tipo II) – 1 a 15 MΩ é
utilizada em aplicações laboratoriais gerais,
assim como preparação de reagentes e enxágue
de vidrarias. Geralmente é também utilizado
para alimentar sistemas de purificação de
água tipo I. Água tipo II pode ser utilizada
em Autoclaves, lavagem e enxágue de vidrarias laboratoriais, equipamentos laboratoriais
em geral (banho-maria, incubadoras, etc),
preparação de meios de cultura, preparação
de solução tampão, preparação de reagentes
químicos e bioquímicos.
Para a Água Tipo III, osmose reversa é o
método mais econômico para remoção de
até 99% de impurezas da água. Segundo o
assessor, é uma excelente opção para uso em
equipamentos laboratoriais também, como por
exemplo, banho-maria, autoclaves e umidificadores. Ela pode ser utilizada para umidificação, autoclaves, preparação e diluição de
reagentes e soluções tampão, biotecnologia
em geral, equipamentos laboratoriais em geral
(banho-maria, incubadoras, etc).
Por último, a Água Tipo IV é produzida por
sistemas de filtros e cartuchos (etapa única), e
sua aplicação é um pouco mais limitada, como
lavagem e enxágue de vidrarias, pré-tratamentos, equipamentos laboratoriais em geral
(banho-maria, incubadoras).
Inovação em purificação Para atender os padrões de água mais exigentes do mercado, a Veolia Water Technologies
trabalha com a associação de diversas técnicas de purificação para obter grau de pureza
elevado: pré-tratamento com polipropileno e
carvão ativado, Osmose Reversa, lâmpada UV
em 254 nm para controle bacteriano, filtros
de 0,2 micrômetros, cartucho de deionização,
filtro de ar do reservatório e também recirculação em todo o sistema, segundo Carolina
Minozzi, analista técnico comercial sênior da
Veolia Water Technologies.
A empresa também possui modelos de máquinas que atendem a todos os padrões de
água para laboratórios clínicos e de pesquisa. Cada máquina
possui associação de
filtros específicos para retirada dos contaminantes que afetam
as técnicas como, por
exemplo, filtro de
DNAse e RNAse free
para quem trabalha com
Purelab Ultra da Veolia
biologia molecular.
Water Technologies
Foto: Divulgação Veolia Water
Brasil, uma capacidade instalada que permite
produzir até 3.700 litros/h de água reagente.
cartucho de deionização,
filtro de ar do reservatório e também recirculação
em todo o sistema. Nesse
processo, todas as etapas
são de extrema importância pois cada uma delas
é responsável pela retirada de um contaminante”.
Ela destaca ainda o processo de recirculação, que
garante que a água não
fique parada no sistema,
evitando assim a conta- Purelab Flex da Veolia
Water Technologies
minação bacteriana, que é
muito crítico para a garantia de qualidade.
Carolina alerta que a água recebida pelo sistema
de abastecimento pode dificultar o tratamento
dela para uso em laboratórios. “A qualidade
de água de entrada interfere diretamente na
Foto: Divulgação Veolia Water
Para ela, os principais problemas enfrentados
para purificação da água são grande quantidade de particulado, ferro e dureza elevada
(essa última característica de água de poço).
“Os dois primeiros fazem com que os pré-filtros entupam com muita facilidade, impedindo
a entrada de água no sistema e, consequente,
parada na produção. Já a dureza elevada afeta
diretamente a duração dos filtros internos,
além da exposição por muito tempo ocasionar
incrustações nas tubulações da máquina”.
A analista explica sobre o processo de transformação da água potável em água reagente
para laboratórios. “O processo de transformação de água potável em água reagente
para uso em laboratórios demanda a associação de diversas técnicas como pré-tratamento
com polipropileno e carvão ativado, Osmose
Reversa, lâmpada UV em 254 nm para controle bacteriano, filtros de 0,2 micrômetros,
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Maio/Junho Meio Filtrante
CAPA
Tecnologia inovadora
14
Outra empresa preocupada com a complexidade que envolve o assunto, é a Sartorius
do Brasil. Segundo Carlos Augusto Scarton,
gerente de produto, as técnicas analíticas
atuais utilizam instrumentos cada vez mais
precisos e com níveis de detecção ainda mais
sensíveis requerendo um efluente com grau de
pureza elevado.
Segundo ele, para obtenção desta água de grau
de pureza elevado, os purificadores de laboratório utilizam várias técnicas de purificação
associadas aproveitando o que cada uma tem
de atuação específica ou seletividade para a
obtenção do grau de pureza requerida.
Scarton destaca que “todos os fabricantes
de purificadores sempre utilizam como referência da qualidade de água a Norma ASTM
D-1103-06, que se apresenta a mais rigorosa
entre as demais normativas de água reagente,
e nela pode se observar quais técnicas podem
ser utilizadas para a obtenção das qualidades
Tipo I, II, III e IV”. É o que também afirma,
e explica, o assessor científico da SPLabor,
Alisson Martins Linard.
Segundo Linard, a SPLabor possui ampla
variedade de equipamentos para purificação
de água, e de acordo com o objetivo do cliente,
o departamento de assessoria científica auxilia
para que por fim, o equipamento correto seja
cotado pelo departamento de vendas.
No entanto, o mais importante é verificar
os limites de valores de determinadas grandezas para se estabelecer em qual tipo a
água obtida se enquadra.
Normalmente, as técnicas empregadas nos
purificadores de laboratório que podem ser
utilizadas em separado ou em sequência são:
filtração por membrana para remoção de particulado, carvão ativado para eliminação de
cloro e orgânicos, osmose reversa para eliminação da maior parte dos contaminantes,
resinas de troca iônica para eliminação de
sais dissolvidos, eletro-deionização, que é o
método mais eficiente para remoção de sais
dissolvidos, e radiação UV – com diferentes
comprimentos de onda atua hora como agente
bactericida (254nm) e bacteriostático (185nm)
O gerente destaca que o mercado possui
diversos fabricantes com tecnologias exclusivas para oferecer diferenciais a seus consumidores. Entre os produtos da Sartorius, ele
destaca o sistema de armazenamento de água
purificada que garante que as propriedades
não se alterem e dificulta a possibilidade de
formação de biofilme.
“Enquanto os tanques convencionais requerem
uma limpeza periódica que normalmente
C
M
Y
CM
MY
Foto: Divulgação Sartorius
Foto: Divulgação Veolia Water
durabilidade dos filtros. Quanto pior a
qualidade de entrada (particulados, alta
condutividade, dureza
elevada), menor é a
duração dos elementos filtrantes e maior
é a quantidade de
intervenções técniPurelab Option Q da
Veolia Water Technologies
cas que devem ser
feitas. Por esse motivo que é fundamental um
bom pré-tratamento para o funcionamento da
máquina, garantindo, assim, a disponibilidade
de água para os analisadores”.
Sistema de purificação de água Arium® da Sartorius
CY
CMY
K
Foto: Divulgação Sartorius
Sistema de purificação de água da Sartorius
é morosa, utilizam produtos químicos, uma
grande quantidade de água para enxágue e uma
boa quantidade de horas de uma pessoa, nesta
operação, em menos de 5 minutos, a bolsa
utilizada pela Sartorius pode ser substituída,
garantindo a permanência da qualidade da água
produzida”. Ele ainda lembra que com a tecnologia, os operadores não precisam manipular
os produtos químicos, e que o laboratório ecoLAFFI - SYNDER - MF66.pdf 1 18/12/2013 17:23:43
nomiza na água de enxague que não é utilizada
e no tempo do operador para realizar a limpeza.
Scarton também lembra sobre a importância
de se verificar a água recebida dos sistemas de
abastecimento. “A água que será utilizada para
abastecer o purificador sempre é levada em
consideração, pois em função do grau de impurezas que possui, pode requerer a instalação
de algum sistema auxiliar para a redução das
mesmas”. E ressalta que “algumas regiões do
Brasil têm características regionais que introduzem determinadas impurezas, aumentado,
por exemplo, a dureza ou a quantidade de
orgânicos na água. Ele garante, no entanto,
que a empresa possui produtos para qualquer
tipo de água recebida.
É o que afirma também o assessor científico da
SP Labor, Alisson Martins Linard. “É sempre
interessante o cliente tomar conhecimento se a
água de abastecimento na qual ele irá utilizar
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Maio/Junho Meio Filtrante
16
é recomendada para o respectivo equipamento.
Isso porque pode haver influência no resultado
final do sistema de purificação”.
Scarton, da Sartorius, lembra os problemas
causados pela falta de cuidado na questão. Segundo ele, os problemas são variados. “Desde
a temperatura da água, já que as tubulações
passam por fora do prédio e recebem todo o
calor de nosso verão tropical, até à pressão
reduzida por causa de tubulações com entupimento”. Ele explica sobre o processo de transformação de água potável em água reagente.
“O processo de purificação consiste na utilização de técnicas sucessivas na seguinte ordem:
carvão ativado sintético, membrana filtrante,
osmose reversa, eletrodeionização, radiação
UV, resinas de alto desempenho e membrana
esterilizante. O diferencial importante está na
qualidade dos consumíveis utilizados que garantem a produção de água ultra-pura que excede as exigências estabelecidas”.
O gerente da Sartorius ressalta que o mercado
brasileiro no seguimento de purificadores de
laboratório é bem abrangente, e destaca o
de pesquisa dentro das universidades. “Este
cliente tem uma peculiaridade de necessitar da
água ultrapura em suas pesquisas, mas com um
consumo pequeno. Devido à esta demanda, a
Sartorius desenvolveu uma linha de produtos
para esta aplicação com toda a tecnologia
desenvolvida para os purificadores de maior
capacidade na sua versão mini, que oferece
ao usuário os sistemas de purificação de água
arium, disponíveis em mais de 70 versões”.
Segundo ele, a água pura é armazenada em um
sistema fechado de tanque flexível que protege
a água contra a contaminação. “Equipado com
rodinhas, ele pode ser utilizado em vários laboratórios. Esse sistema restitui as cerca de três
ou quatro horas que levaria para a conclusão
de um ciclo de sanitização com uma simples
troca de bolsa que pode ser feita em menos de
dois minutos”. O gerente afirma que o produto
também é mais seguro para que o manipulador
não interaja com os produtos químicos de
limpeza do sistema. A água pura é armazenada
no sistema fechado, que protege a água purificada contra a contaminação secundária.
Todas as funções do produto destacado pelo
gerente podem ser controladas pela tela de
toque, desde o ajuste das configurações básicas
até o fornecimento da água. A navegação é
intuitiva e a atualização dos dados medidos,
fluxogramas e mensagens de aviso são constantemente exibidos.
O sistema também oferece o recurso iJust, que
otimiza a qualidade e o uso da água. O software
mede os dados de uso para controlar os ciclos
de limpeza e prolonga a vida útil do sistema. Consequentemente, isso causa impacto
positivo sobre o ambiente e reduz o custo de
produtos de consumo. Alisson Martins Linard, assessor científico da
SPLabor afirma que a manutenção dos equipamentos depende do problema apresentado.
“Pode ser que seja apenas um episódio exigindo
a troca de um componente do aparelho, ou algo
mais complexo que exigirá análise do departamento de assistência técnica do fabricante”.
É importante ressaltar que se o laboratório
optar por terceirizar o controle de qualidade da
água reagente é recomendado buscar empresas
com competência técnica comprovada, que
sejam habilitadas pela Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (Anvisa) ou acreditadas pelo Instituto Nacional de Metrologia
(Inmetro), que segue a ISO 17025, norma que
exige mais controle e rastreabilidade dos parâmetros de qualidade da água e é aplicável a
laboratórios de calibração e ensaios.
Contatos:
Grupo Fleury: www.fleury.com.br
Veolia Water: www.veoliawaterst.com.br
Sartorius do Brasil: www.sartorius.com
SPLabor: www.splabor.com.br
Março/Abril Meio Filtrante
25
ABRAFILTROS
Abrafiltros promove I Workshop da
Câmara Setorial Filtros Industriais
Maio/Junho Meio Filtrante
Foto: Márcio Savoine/Abrafiltros
Novas linhas de trabalho foram apontadas pelos associados, entre elas,
questões fiscais e tributárias, exportação e mapeamento do mercado de filtros
A
18
Participantes do I Workshop Abrafiltros CSFI – Câmara Setorial Filtros Industriais
Abrafiltros - Associação Brasileira das Empresas de Filtros
e seus Sistemas - Automotivos e Industriais - realizou no
dia 17 de março, no Centro Empresarial
Pereira Barreto em Santo André (SP), o
I Workshop Abrafiltros CSFI - Câmara
Setorial Filtros Industriais - com o tema “Construindo juntos: identificando
tendências e perspectivas de ações para
desenvolvimento do mercado”.
“Com o workshop atingimos o objetivo
de traçar novas linhas de trabalho para o
setor, fortalecendo a entidade pela realização de ações cada vez mais focadas nos
interesses dos associados”, afirma João
Moura, presidente da Abrafiltros.
O workshop teve a participação de repre-
sentantes das empresas 3M do Brasil;
Apexfil; Bosch Rexroth; Camfil Latinoamerica; DBD/Laffi Filtration; Freudenberg Filtration; Hydac Tecnologia; McFil
Tecnologia; e Pall do Brasil.
Durante o evento, os temas foram divididos
em categorias e os assuntos irão pautar as
futuras reuniões da CSFI - Câmara Setorial
Filtros Industriais. Também irão resultar
na estruturação de novos grupos de trabalho envolvendo os associados.
Entre as ações a serem desenvolvidas estão
análises fiscais e tributárias, exportação,
estudo do mercado, mapeamento de produtos, congresso e seminários. Também serão
avaliadas parcerias com outras instituições, feiras e eventos (nacionais e internacionais) e câmaras de comércio.
DESTAQUE
Maio/Junho Meio Filtrante
Edison Ricco
Jr, Felipe A.
da Cunha,
Paula S.
Hashimoto,
Prof. Dr. Luiz
F. de Moura
e Profa. Dra.
Mônica L.
Aguiar
20
Desenvolvimento de uma bancada de
testes para filtração em fase líquida.
Estudos de caso: filtro
autolimpante e filtro cesto
N
os últimos anos, o desenvolvimento de novas tecnologias aumentou a aplicação da filtração,
que se tornou obrigatória em
muitos processos importantes de indústrias
dos mais diversos setores, como indústria
química, alimentícia, farmacêutica, tratamento de água e esgoto, geração de energia e biotecnologia. Além disso, a maior preocupação
com o meio ambiente ajudou a aumentar ainda mais a importância dessa operação (IRITANI, 2007; DICKENSON, 1997).
O filtro tipo cesto, além de versátil, apresenta simples construção. Ele é composto
por uma tela de arame reforçado e/ou chapa
perfurada em formato cilíndrico, sendo
posicionado dentro de um vaso selado
através do qual flui a corrente de alimentação sob pressão. A filtração acontece até
que o cesto fique bloqueado com os sólidos
retidos, quando o fluxo é interrompido e
o cesto é retirado manualmente para troca
ou limpeza (TARLETON e WAKEMAN,
2007). Há ainda os filtros autolimpantes,
nos quais o cesto não necessita ser trocado,
sendo adequado para operações contínuas
ou em situações nas quais a exposição dos
operadores ao fluido do processo é indesejável. Entre os tipos de filtros autolimpantes, encontram-se os de retrolavagem,
que se regeneram através da inversão do
fluxo pelo meio filtrante, e os limpados
mecanicamente, que usam um raspador para
retirar as partículas do cesto (RAU, 2015).
Uma vez que as aplicações industriais têm
se tornado cada vez mais exigentes e cada
vez mais áreas de processos estão sujeitas
à filtração, há uma demanda crescente por
inovação e conhecimento nesta área. Nesse
contexto, o presente trabalho visa analisar
e comparar os filtros cesto e autolimpante,
através do projeto de uma bancada experimental para o estudo da filtração superficial
em fase líquida. Assim, são avaliadas as
curvas de perda de carga, a permeabilidade
dos meios filtrantes e a resistência específica das tortas de filtração, usando-se suspensões de carbonato de cálcio.
Materiais e métodos
O material particulado utilizado foi calcita
de malha 100, cujo diâmetro médio volumétrico foi obtido utilizando o equipamento
Malvern Mastersizer Microplus, pertencente ao Laboratório de Controle Ambiental
do Departamento de Engenharia Química
da UFSCar. A análise da distribuição granulométrica das partículas é apresentada na
figura 1, sendo o diâmetro médio volumétrico igual a 39 m.
Os filtros cesto e autolimpante empregados
foram projetados conforme código ASME
VIII divisão 1, com fabricação em aço carbono e pressão de projeto de 10 kgf/cm2.
Os elementos filtrantes são de aço inox com
estrutura externa de chapa perfurada para re-
Figura 1 – Análise granulométrica do CaCO3 malha 100
Fotos: Divulgação
sistência mecânica e aberturas nominais de 25
µm, 50 µm e 100 µm. Suas respectivas caracterizações, obtidas através de imagens da superfície
por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV
- Departamento de Engenharia de Materiais,
UFSCar), são apresentadas na figura 2. Nota-se
que são estruturas consideravelmente planas,
sendo o meio de 25 µm bastante fechado.
pante, por ser do tipo limpado mecanicamente,
utiliza-se uma escova rotativa conectada a um
motor para a retirada de partículas. A figura 3
mostra a vista lateral dos dois filtros, em que
apresenta a carcaça do filtro com o elemento
filtrante na parte interna.
A bancada de testes utilizada é apresentada na
figura 4, sendo constituída por: uma bomba
centrífuga; dois reservatórios de 400L, sendo
um para armazenamento da suspensão a ser
filtrada e outro para o filtrado, além de um
termômetro com precisão de 2% F.E., para
controle da temperatura da suspensão. Ainda
nesta figura é possível verificar a presença de
um manômetro digital, com precisão de 0,25%
F.E., para medição da perda de carga nos filtros;
um rotâmetro, com precisão de 2% F.E., para
medição da vazão de filtrado; válvulas esferas
de 2” e tubulações de PVC de 2’’.
No interior do tanque de armazenamento
21
Figura 3 – Vista lateral dos filtros cesto
e autolimpante, respectivamente
O fluxo nos elementos é de dentro para fora,
com as partículas permanecendo depositadas
em seu interior. No caso do filtro autolim-
Maio/Junho Meio Filtrante
Figura 2 – Meios filtrantes de 25, 50 e 100 µm,
respectivamente, com ampliação de 70x no MEV
calculou-se a permeabilidade dos meios utilizando-se a equação de Forchheimer:
Figura 4 – Bancada de testes utilizada nos experimentos
Maio/Junho Meio Filtrante
DESTAQUE
da suspensão a ser filtrada foi instalado um
quebra-vórtex, já que foi notada a formação de vórtex, conforme se colocava a bomba em funcionamento. Isso prejudicava o
desempenho da bancada, uma vez que muitas bolhas de ar eram formadas. A figura 5
mostra o vórtex formado e o quebra vórtex
instalado no reservatório.
Em que ΔP é a queda de pressão (Pa), L é a espessura do meio (m), µ é a viscosidade dinâmica
do fluido (Pa.s), vS é a velocidade superficial
(m/s), k1 é a permeabilidade darciana (m2), k2 é a
permeabilidade não darciana ou inercial (m) e ρ
é a densidade do fluido (kg/m3).
Já para os ensaios de filtração adicionou-se
o carbonato no tanque com 130L de água nas
concentrações de 0,5 g/L e 1,4 g/L, deixando-se misturar por 15 minutos pelo movimento
de retorno da água por uma das válvulas.
Então, abrindo-se a válvula imediatamente
anterior ao filtro, iniciou-se a filtração, anotando-se a perda de carga e a vazão de filtrado de acordo com o tempo. Desse modo,
foram obtidas as resistências específicas da
torta e do meio pelo uso da equação:
Em que q é a vazão de filtrado (m 3/s), A é a
área da seção transversal (m 2), Cs é a massa
retida no filtro por volume de filtrado (kg/m 3),
Vf é o volume de filtrado (m 3), α é a resistência
específica da torta (m/kg) e Rm é a resistência
específica do meio filtrante (m -1).
Resultados e discussão
22
Figura 5 - Vórtex estabelecido e quebra vórtex
no interior do reservatório, respectivamente
Métodos Primeiramente foram realizados ensaios em triplicata, utilizando somente água para avaliar a
permeabilidade de cada meio filtrante. Variou-se a velocidade superficial do sistema de 1,7
a 14 cm/s através das válvulas e observou-se a
respectiva alteração de perda de carga. Assim,
Com os ensaios de filtração com água limpa
foram obtidas as curvas de perda de carga
para os diferentes elementos filtrantes, sendo
apresentadas na figura 6. A análise do gráfico
da figura 6 mostra que o elemento de 25 μm
do filtro cesto apresenta perda de carga muito
mais elevada do que os outros, o que revela uma
vantagem do filtro autolimpante em relação ao
cesto, com respeito a telas de menores aberturas.
O gráfico da figura 7 foi obtido com os mesmos
A figura 7 mostra que para velocidades mais
baixas a perda de carga do cesto e do autolimpante são muito próximas. Já para velocidades
superficiais mais elevadas a queda de pressão
é mais acentuada no autolimpante. Fazendo-se
os ajustes polinomiais nas curvas e utilizando-se a equação (1), com L=5,2.10 -5 m, obteve-se
Figura 6 – Curvas de perda de carga com água
limpa para os dois filtros com diferentes aberturas
dados de perda de carga da figura 6, porém em
função da velocidade superficial, excluindo-se
o elemento de 25 μm para melhor visualização
dos outros. As áreas dos elementos dos filtros
são diferentes, sendo de 0,033 m2 para o cesto e
de 0,050 m2 para o autolimpante, implicando em
velocidades diferentes para as mesmas vazões.
Figura 7 – Curvas de perda de carga com
água limpa para cálculo da permeabilidade
DESTAQUE
Maio/Junho Meio Filtrante
24
uma média para o autolimpante de k1=2,6.10-12
m2 e k2=6,2.10-8m. Já para o cesto calculou-se, em média, k1=1,9.10-12 m2 e k2=6,2.10-7 m.
Assim, nota-se que a perda de energia por dissipação viscosa é similar para os dois tipos de
filtros, já a perda de pressão por ação inercial,
causada pela alternância de aceleração e desaceleração do fluido e por sua mudança de trajetória durante a permeação pelos poros, é uma
ordem de grandeza maior no autolimpante.
O resultado da filtração de CaCO3 com os diferentes elementos dos dois filtros é mostrado na
figura 8. Foram realizados ensaios com concentrações de 0,5 g/L (para os elementos de 100
µm) e 1,4 g/L. A concentração de 0,5 g/L foi
suficiente para bloquear o cesto após 50s aproximadamente, já no autolimpante essa concentração praticamente não alterou a perda de
carga, não havendo limpeza durante o teste.
Assim, foram feitos ensaios com concentração
maior, de 1,4 g/L, no qual houve um aumento
pronunciado da perda de carga. No caso do
autolimpante, foi realizado um ciclo de limpeza,
com o motor sendo acionado quando ΔP atingiu
seu pico e desligado no ponto mais baixo, o
que mostra que houve uma limpeza apropriada.
Outro fato observado foi a menor eficiência
de limpeza para malhas mais fechadas, talvez
por oclusão permanente de algumas aberturas,
as quais a escova não conseguia alcançar de
maneira eficaz, devido ao seu menor tamanho.
Nestes casos, o uso de retrolavagem poderia
ser mais efetivo. Já no caso do cesto, para essa
concentração mais elevada o teste durou poucos
segundos, já que a vazão caiu quase instantaneamente, em razão do entupimento do cesto,
evidenciado pela elevada perda de carga.
Pelos ajustes lineares para as concentrações de
0,5g/L e através de equação (2), com Cs=0,01
kg/m3, calcularam-se a resistência do meio filtrante e da torta, sendo para o cesto Rm=6,0.106
m-1 e α=7,9.108 m/kg e para o autolimpante,
Rm=6,4.106 m-1 e α=4,0.108 m/kg. Desse modo,
a resistência dos meios filtrantes foi parecida, po-
Figura 8 – Perda de carga em função do tempo para a
filtração de CaCO3 em diferentes elementos
rém a resistência específica da torta foi o dobro
para o cesto, no caso da concentração de 0,5 g/L.
Conclusão
A bancada de testes construída atendeu satisfatoriamente ao seu propósito de realização de
ensaios de filtração tanto em relação ao filtro
cesto quanto ao autolimpante, proporcionando
experimentos de maneira simples e prática.
O filtro autolimpante também funcionou de
maneira apropriada, já que a perda de carga
diminuiu consideravelmente quando o motor
foi acionado, voltando a subir logo após sua
parada. Comparando-se o desempenho dos
filtros, pode-se afirmar que o autolimpante
apresentou elemento com perda de carga maior
para vazões mais altas de água limpa, exceto
para o caso do elemento de 25 μm. No entanto,
nos ensaios de filtração o cesto ficou bloqueado
muito mais facilmente do que o autolimpante,
que por sua vez suportou concentrações mais
altas de carbonato de cálcio por mais tempo.
Assim, o filtro do tipo autolimpante, apesar de
possuir um preço mais elevado, justifica seu
custo pela capacidade de filtração de partículas
em concentrações maiores, além da praticidade
em relação à sua limpeza.
Ver referências bibliográficas em nosso site:
www.meiofiltrante.com.br
Edison Ricco Jr, Felipe A. da Cunha, Paula S. Hashimoto, Prof. Dr.
Luiz F. de Moura e Profa. Dra. Mônica L. Aguiar
Universidade Federal de São Carlos
O
Devido ao enorme potencial a ser explorado no país o uso
de não tecidos em filtração crescerá nos próximos anos
s papéis filtrantes são compostos de vários tipos de
mídia, entre elas, celulose,
não tecido sintético, papel
wetlaid, fibra de vidro, entre outras naturais, que podem ser combinadas. Elas
formam uma camada filtrante como base
que recebe uma proteção por resina, fenólica, acrílica, etc. – cujo objetivo é criar
resistência ao meio onde é aplicada –, que
permite a formatação necessária para a
fabricação de elementos filtrantes. O processo de filtração é feito por três meios:
mecânico, eletrostático e repulsão.
Maio/Junho Meio Filtrante
Tendências do setor
26
“Nossa recente pesquisa de mercado
mostra que a produção de papel filtrante
no Brasil é limitada a apenas um produtor,
visando, principalmente, ao mercado de filtração automotiva. Por outro lado, existem
diversos produtores de não tecidos sintéticos com foco em higiene e aplicações
médicas”, compartilha Cagri Tekmen, responsável técnico da Hifyber, empresa do
Grupo Abalioglu Teknologi, da Turquia,
representada no Brasil pela MSF Service
por Mauro Ferreira, responsável comercial.
Segundo Tekmen as rigorosas normas
ambientais e a necessidade de meios filtrantes mais eficientes, apontam que a
demanda por produtos de alto desempenho
crescerá significativamente em um futuro
Foto: Divulgação Hifyber
MEIO FILTRANTE
Cristiane
Rubim
Meios filtrantes sintéticos
aplicados no segmento de filtração
Teste de fluxo comparativo entre as midias
próximo, principalmente no segmento de
filtração industrial. “O mercado brasileiro
de filtração é muito sensível ao preço, e a
demanda por produtos de alto desempenho
de valor agregado ainda é limitada, diferente do que vemos acontecer em outras
partes do mundo”, afirma Tekmen.
“A crise tende sempre a diminuir a demanda
de qualquer produto e em qualquer segmento. Com as vendas reduzidas, a lei da
oferta nacional aumenta e a importação
automaticamente reduz, ainda mais que um
dos fatores da crise é a alta do câmbio, principal moeda de importação”, analisa Elias
Vitalino, gerente comercial da Reipel.
Segundo André Pereira, líder de vendas
para a América do Sul da Ahlstrom Brasil,
“O principal fornecedor de papéis fil-
Mundialmente utilizados na filtração de ar,
partículas, líquidos e gases, os não tecidos têm
um enorme potencial a ser explorado devido
ao ainda baixo índice de penetração mercadológica no Brasil. “O atual cenário econômico
prejudica as vendas e desenvolvimentos de curto prazo, mas as questões ambientais, conforto e saúde deverão impulsionar muito esse
segmento no longo prazo. Não é muito difícil
imaginar que a filtração será um dos segmentos
de aplicação dos não
tecidos que mais vai
crescer no país nos
próximos anos”, prevê
o engenheiro Laerte
Guião Maroni, diretor
de relações externas
da Associação Brasileira das Indústrias de
Laerte Guião Maroni
Não Tecidos e Tecidos
diretor de relações
Técnicos (ABINT).
externas da ABINT
O consumo per capita/ano/hab dá a ideia do
potencial do mercado brasileiro:
Gráfico de análise de sujeira - 5 ciclos
Aplicações
Vários tipos de mídia são utilizados em aplicações de filtração de ar para captação da
poeira, de acordo com Tekmen. No tipo mais
comum de filtro, o pó é recolhido no interior
dos meios filtrantes, a “filtração de profundidade”. Os filtros são substituídos já que o
movimento de ar é restrito devido ao aumento
da queda de pressão. Um outro tipo de filtro
é desenhado para captar o pó na superfície
dos meios filtrantes, a “filtragem superficial”,
quando o pó é liberado por meio de pulso de
limpeza. Os meios filtrantes de nanofibras são
outra solução para a filtração de superfície
devido à sua capacidade superior de liberação
de poeira e alto desempenho de filtração.
As nanofibras podem ser usadas em diferentes
tipos de materiais de base (substrato), incluindo
papel filtrante e não tecidos sintéticos. “A adição
de uma camada de nanofibras em meios tradicionais melhora significativamente o desempenho da filtração”, diz Tekmen. Benefícios
das nanofibras nas seguintes aplicações:
· Filtração de turbina a gás.
· Filtração industrial de pó (cimento, revestimento em pó, corte a plasma/laser, jato de
areia, madeira etc.).
· Filtração de ar do motor para serviço pesado.
E mais recentemente, segundo ele, meios filtrantes de nanofibras são projetados para aplicações HVAC e HEPA devido a uma concepção
composição/gradiente (medida de variação de
uma grandeza) de mídia que demonstra maior
27
Maio/Junho Meio Filtrante
Foto: Divulgação ABINT
Mercado potencial
Foto: Divulgação Hifyber
trantes no Brasil hoje é a Ahlstrom, que tem
uma fábrica no país. As tendências do mercado
se direcionam cada vez mais para utilização
de mídias sintéticas, que têm condições de
apresentar uma melhor eficiência e vida no
processo de filtragem”, avalia. Segundo ele,
a maior parte dos materiais fornecidos atualmente é fabricada localmente.
Foto: Divulgação Ahlstrom
capacidade de retenção de poeira, menor queda
de pressão e funciona puramente na filtragem
mecânica, sem qualquer efeito de carga.
Segundo Fernando Costa, vendedor técnico
da Reipel, a empresa importa duas mídias de
celulose para o uso na filtragem de ar leve e ar
pesado/óleo. “Estes dois tipos de papéis atuam
nas confecções de filtros e um dos principais
diferenciais em suas características técnicas
é a vazão de cada mídia, lembrando também
avaliações de outros testes físicos”, aponta.
De acordo com Pereira
da Ahlstrom, os papéis
filtrantes e meios filtrantes sintéticos são
utilizados na linha automotiva, em filtros
de ar dos motores, de
combustível, de óleo
e do ar-condicionado,
e também na indústria
em geral, como nas
câmaras frias, turbinas
Ahlstrom Disruptor é uma
de geração de energia
linha de produtos comercialmente disponíveis do
etc. Além da linha
meio filtrante electroadautomotiva, Costa da
sorptive que melhora a
qualidade da água atraReipel complementa
vés de uma carga positiva
natural que é eficaz tanto
dizendo que são apliem água doce e salobra
na remoção de contamicados em diversos pronantes submicrométricas
cessos para fabricação
de filtros para cabines de pintura, eletroerosão,
compressores de ar, locomotivas, tratores, entre
outros segmentos, atendendo a necessidades técnicas e projeto de cada equipamento.
Maio/Junho Meio Filtrante
MEIO FILTRANTE
®
28
Benefícios e desafios
“Os benefícios desses papéis e meios filtrantes
são garantir aos sistemas a que estão inseridos
uma durabilidade maior, melhor aproveitamento energético e eficiência de funcionamento”, analisa Pereira. Para ele, o maior
desafio é atender aos requisitos específicos,
como propriedades de resistência à água ou
características antichamas, sem comprometer
as funcionalidades básicas do produto.
O vendedor técnico da Reipel destaca, “Entre os
benefícios, é ter a certeza de um meio filtrante
com qualidade em nível mundial e que atinja os
dados técnicos solicitados pelo projeto de fabricação. Fazem parte dos desafios e estudos que
cada vez mais tenhamos um meio filtrante com
vida útil maior sem perder a eficiência dele em
seus equipamentos”, avalia Costa.
Como uma empresa voltada à inovação, a
Abalioglu Teknoloji investe de forma contínua em tecnologia de nanofibras. A marca
Hifyber, é projetada para aplicações de filtração de alta eficiência. Benefícios:
Melhor durabilidade – Perfeito para limpeza de pulso.
Melhoria da liberação de poeiras – Períodos
Segmentos de uso dos não tecidos
Os não tecidos atendem a uma variedade
de aplicações no país. “A indústria brasileira de não tecidos supre essa demanda
nacional, sendo atualizada tecnologicamente, contando com um parque fabril
moderno, semelhante ao existente na
Europa e nos EUA”, enfatiza o engenheiro
Laerte Guião Maroni, diretor de Relações
Externas da Abint.
Descartáveis higiênicos – Fraldas, absorventes femininos, lenços umedecidos e
roupas médicas.
Duráveis – Automotivo, calçadista, moveleiro, filtração, construção civil/geotecnia,
embalagens, tapetes e carpetes, aplicações
industriais, material promocional, decoração, como agrotêxtil em cultivo protegido, e outras aplicações.
Semiduráveis – Panos de limpeza domésticos, industrial, farmacêutico, hospitalar,
mecânico, gráfica e ótica.
Fonte: Abint.
Foto: Divulgação Hifyber
Composição microscópica Hifyber
rentes mídias como num processo de laminação.
Elas conjugam propriedades distintas em um
único tipo de produto”, indica Pereira. O processo de laminação permite “aderir” uma mídia
na outra como se elas fossem coladas e feitas
camadas distintas de produtos diferentes.
Hoje a Reipel importa apenas dois tipos de
meios filtrantes de acordo com a necessidade
do Brasil. “Nossa parceira está bem adiantada
em estudos e desenvolvimentos de novas tecnologias de meios filtrantes na linha sintética.
Devido ao grande investimento em estudos,
temos certeza de sua qualidade e confiança em
uma empresa que atua há mais de 180 anos no
segmento”, garante Costa.
Foto: Divulgação Hifyber
Contatos:
ABINT: www.abint.org.br
Ahlstrom Brasil: www.ahlstrom.com
Hifyber/MSF Service: www.msfservice.com
Reipel: www.reipel.com.br
mais longos entre manutenções.
Maior eficiência – Atende F9/E10(/16)
MERV15 graus.
Queda de pressão mais baixa – Vida útil do
filtro estendida.
Excelente uniformidade – Manutenção de um
desempenho de qualidade.
Novas abordagens
O foco principal hoje, segundo Tekmen, é sobre
o desenvolvimento dos meios filtrantes para
melhorar o desempenho de filtração. “Diferentes
abordagens têm sido consideradas, incluindo a
redução do diâmetro da fibra e concepções inovadoras de mídia, por exemplo, multicamada, a
estrutura de gradiente”, revela.
“Existem tecnologias de combinação de dife-
29
Maio/Junho Meio Filtrante
Composição microscópica de outros tipos de midia
TECNOLOGIA
Foto: Divulgação Pentair
Carla
Legner
Filtro tipo cartucho para
a linha de processos
Maio/Junho Meio Filtrante
O
30
Cartuchos Pentair
mercado oferece, hoje, inúmeras opções para filtração,
uma delas é o filtro de cartucho. São elementos filtrantes
utilizados para filtração e tratamento de
água, isto dependendo do tipo de composto
que forma o elemento filtrante, passando
de cartuchos de polipropileno (pré-filtragem) para retenção de particulado sólido,
até cartucho recarregável. São utilizados
em tratamentos de água com quantidades
elevadas de ferro, manganês, cálcio, etc.
“O elemento filtrante tipo cartucho é um
cilindro poroso permeável que pode ter
diversas dimensões. Eles são montados
em vasos de pressão com diversos tamanhos e matérias primas, usados para separar sólidos de líquidos, em processos de
purificação de fluidos em geral. Esses
elementos são utilizados em diferentes
segmentos de fabricação: filtração de alimentos, produtos farmacêuticos, tintas,
óleos, etc”, completa Marcelo F. Prado,
gerente de produtos da 3M Purification.
Cartuchos filtrantes podem ser aplicados
em ampla gama de processos industriais,
comerciais e municipais. As principais
aplicações são: Água Potável ou de Processo, Alimentos e Bebidas, Químico e
Petroquímico, Tintas e Vernizes, Farmacêutico Humano e Veterinário, Biotecnologia, Papel e Celulose, Auto Montadoras
e Indústria Geral.
De acordo com Eduardo Zanizzelo, representante da Beckins Filtros, os filtros cartucho podem ser fabricados em diversos
materiais como polipropileno, poliéster,
poliéstersulfona, carvão ativado, resina
mista, catiônica e aniônica. Estes elementos filtrantes necessitam sempre de uma
Nominal: A eficiência desse filtro é um valor
arbitrário, que é especificado pelo fabricante,
como sendo a eficiência média.
Absoluto: Nos absolutos, é esperada no
mínimo 99,9% de eficiência no processo de
filtração, uma vez que o valor micra refere-se ao diâmetro da maior partícula que poderá
passar pelo meio filtrante.
Rogério De Luca, gerente de produção da
Pentair Water, destaca que os filtros podem
ser desenvolvidos com os processos de retenção de partículas de superfície ou de profundidade. O primeiro, todas as partículas iguais
ou maiores a micragem determinada serão
retidas na superfície filtrante externa. Já o de
profundidade, as partículas iguais ou maiores a micragem determinada serão retidas na
superfície e também ao longo da “parede” filtrante, conforme sentido da filtração, sendo
assim a classificação de eficiência pode ser
Nominal ou Absoluto.
As classificações dos elementos filtrantes
devem ser empregadas somente como um
guia para estreitar a faixa de seleção. Um
teste na aplicação real é o melhor método de
avaliar seu desempenho. Além desses dois
tipos, Marcelo destaca duas outras novidades,
filtros microbiológicos e esterilizantes:
Foto: Divulgação 3M
Como funcionam
Cartucho absoluto da 3M
Foto: Divulgação 3M
31
Elemento nominal da 3M
Maio/Junho Meio Filtrante
carcaça para acomodação, estas carcaças fabricadas em polipropileno ou estireno-acrilonitrila, com diâmetro de 2 ½” ou 4 ½” e
alturas de 5”, 10” ou 20”. Existem ainda opções de cartuchos filtrantes em materiais sinterizados, carbon block, entre outros. Já no
caso de carcaças filtrantes ou vasos de pressão, existe ainda as opções em aço carbono e
aço inoxidável e com diversas alturas, diâmetros e quantidade de catuchos internamente.
32
Tipos de filtros e aplicações
As aplicações dos filtros de cartucho são inúmeras, desde filtragem em pontos de entrada
de água residencial, (cavalete de entrada,
torneira, caixa d’água, máquina de lavar
roupa e louça) há sistemas industriais, farmacêuticos, hospitalares entre outros, para
retenção de particulados sólidos, retenção
de cloro, odores, pré filtração de sistemas
mais complexos como Osmose Reversa.
Eduardo destaca os tipos mais utilizados:
Cartucho de polipropileno liso e ranhurado: fabricados com diversas camadas de
polipropileno sem qualquer adição de adesivos, apenas por meio da fusão do termoplástico, o que nos permite obter diversos
tamanhos de poros caracterizando diversas
micragens de filtração.
Foto: Divulgação Beckins
Cartucho de polipropileno liso e ranhurado da Beckins
Foto: Divulgação Beckins
Cartucho de polipropileno bobinado: fabricado com fibras de polipropileno e algodão,
possui um tubo central que pode ser também
em polipropileno ou aço inoxidável (estes para
temperaturas mais elevadas), são enrolados similares a novelos de lã e este embobinamento
permite a variação da micragem de filtração.
Cartucho polipropileno bobinado da Beckins
Cartucho plissado: fabricado em poliéster ou polipropileno, formam uma trama
com suas fibras onde o mesmo é plissado e
envolto a um tubo de polipropileno e suas
bases imersas em vinil plastisol termofixo,
estes cartuchos tem a vantagem de serem
laváveis e reutilizados.
Foto: Divulgação Beckins
Maio/Junho Meio Filtrante
TECNOLOGIA
Microbiológico - LRV: A eficiência de remoção de microrganismos por um meio filtrante é medida pelo “LRV” (Log Reduction
Value). É o logaritmo do valor de redução
entre a entrada e a saída do filtro.
Esterilizante: Um filtro é considerado esterilizante quando ao ser desafiado com no
mínimo 107 UFC de Brevundimonas diminuta por cm² de área filtrante efetiva, gera
um filtrado estéril.
Eduardo da Beckins, explica ainda que o
funcionamento desses filtros se dá pelo
tempo de contato entre a água e o elemento
filtrante, cada um possui uma vazão específica que é seu limitante, este um fator
importante a ser considerado na aquisição
dos mesmos, além é claro da micragem de
filtração de cada elemento, indo de 100
micron a 0,05 micron de particulados a
serem retidos pelos cartuchos, e quanto ao
tratamento de água realizado pelas resinas,
estas estão diretamente ligadas ao tempo
de contato entre água e resina para tempo
de reação entre ambos.
Cartucho plissado da Beckins
Foto: Divulgação Beckins
Cartucho absoluto: são fabricados em fibras de poliéstersulfona plissadas para
aumentar a área de contato
com a água podendo assim
reter uma maior quantidade
de particulado, com retenção absoluta de partículas
de 0,05 a 0,45 micron.
Cartucho recarregável da Beckins
Para Rogério, entre as principais vantagens do uso
desse tipo de elemento filtrante estão: versatilidade
na montagem, operação e
troca dos cartuchos; atende
vazões; custos acessíveis
em relação a outros tipos de
filtros convencionais; grande variedade de micragens
disponíveis e após o descarte, podem ser incinerados.
Para ele, apesar de tantos
benefícios, a pouca opção
de empresas independentes
para coleta, descarte e incineração e o custo de incineração ainda alta, em relação
ao custo dos cartuchos novos, podem ser ainda uma
dificuldade do segmento.
Eduardo comenta sobre a
reposição, “Este é um mercado comprador, pois não é
mercado de uma venda só,
há sempre a reposição dos
elementos filtrantes (cartuchos), então se transforma
em um processo cíclico, que
uma vez bem atendido, o
cliente sempre retorna para
uma nova aquisição dos
refis”, finaliza.
Contato das empresas:
3M Purification:
www.3m.com.br
Beckins Filtros:
www.beckins.com.br
Pentair Water:
www.pentair.com
33
Cartucho absoluto da Beckins
Cartucho de carvão ativado granulado: fabricado a
partir de carvão de casca de
Maio/Junho Meio Filtrante
Cartucho carvão
absoluto da Beckins
côco de alta qualidade.
Cartucho recarregável: possue tampa roscada e filtro de
retenção interno que permite
que sejam carregados com
vários meios filtrantes como:
carvão ativado, resinas mista, catiônica, aniônica para
retenção de cálcio, magnésio
entre outros.
Foto: Divulgação Beckins
Foto: Divulgação Beckins
Cartuchos de carvão ativado: fabricado em bloco
de carvão ativado envolvido
por uma manta de polipropileno e uma rede de proteção,
utilizados na adsorção do
cloro, e remoção de sabores
e odores, além de toxinas.
Foto: Depositphotos.com
FILTRAÇÃO DE A a Z
Anderson V.
da Silva
Parâmetros utilizados em filtração
Maio/Junho Meio Filtrante
E
34
m nossa edição anterior de
Meio Filtrante, iniciamos
com a seção Filtração de A a
Z, e trouxemos como tema as
abordagens de filtração de superfície x
filtração de profundidade x filtração tangencial, além de comentarmos também
sobre as diferenças existentes entre filtração nominal e absoluta. Nesta edição
traremos informações e conceitos sobre
os principais parâmetros utilizados em
filtração, quer seja para um dimensionamento ou para operação do sistema.
Vazão
A vazão é uma unidade de medida muito
utilizada no segmento de filtros, e que norteiam diretamente o tamanho do filtro a ser
utilizado e sua capacidade de filtragem.
Segundo estudos apresentados em 2010
pela revista Control Engeneering, a vazão
é a terceira grandeza e parâmetro mais
medida em processos industriais, atrás
apenas da presão e da temperatura. E suas
aplicações são bem variadas, sendo muito
utilizada no segmento de filtros em geral,
quer sejam residencial, automotivo, industrial ou tratamento de água e efluentes.
A vazão pode ser ainda dividida em
duas categorias, sendo elas: vazão volumétrica e vazão mássica, sendo que
a primeira é mais utilizada em nossos
segmento de mercado.
- Vazão volumétrica: Conceitualmente é
definida pela quantidade de fluido (liquído
ou gasoso) que passa por uma secção em
uma determinada unidade de tempo.
As unidades volumétricas mais comuns
são: m 3/s, m 3/h, l/h, l/min, GPM (galões
por minuto), entre outras.
Classificação de medidores de vazão, extraídos do
artigo técnico “Medidores de Vazão”, da empresa
Smar Equipamentos Industriais, escritos pelos
Engenheiros César Cassiolato e Evaristo O. Alves
Segundo Cassiolato e Alves os medidores de
vazão podem ser classificados conforme o
quadro ao lado.
Pressão
A pressão, como citado anterioremente, é a
variável de medição e controle de processo
mais usada na indústria e em seus mais
diversos segmentos de mercado. O termo
pressão é também utilizado em diversas
áreas da ciência como uma grandeza escalar
que mensura a ação de uma ou mais forças
sobre um determinado espaço, podendo
este ser líquido, gasoso ou mesmo sólido.
Tabela de referência direta entre
as unidades de medida de pressão
Em homenagem ao cientista francês Blaise
Pascal, por suas diversas contribuições relativas a pressão, pressão mecânica e hidrostática, a unidade no Sistema Internacional
(SI) para medição e controle de pressão é o
Pascal (Pa) que é a pressão gerada pela força
de 1 Newton agindo sobre uma superfície de
1 metro quadrado à Pa = N/m 2. Tomando-se como base a unidade padrão Pa a pressão
exercida pela atmosfera ao nível do mar,
corresponde a aproximadamente 101.325 Pa
(pressão normal), e esse valor é normalmente
associado a uma unidade chamada atmosfera
padrão, ou 1 (atm). Outras unidades de medida
também são muito utilizadas para determinar
a pressão dos sistemas e processos industriais. No Brasil, por exemplo, temos adotado
diversas unidades de medida para designar a
pressão, sendo as mais comuns o Bar, o PSI
35
Maio/Junho Meio Filtrante
- Vazão mássica: É definida como sendo
a quantidade em massa de um fluido que
escoa através de certa secção em um
intervalo de tempo considerado. As unidades de vazão mássica mais utilizadas
são: kg/s, kg/h, t/h e lb/h.
A vazão é uma grandeza normalmente medida
indiretamente, ou seja, uma outra grandeza
associada à vazão é a grandeza realmente
medida, e a vazão é calculada em função do
valor obtido. Por isso, o medidor de vazão
consiste de um elemento primário, responsável por gerar através de um processo físico
uma grandeza mensurável, um elemento
secundário, responsável por transformar essa
segunda grandeza numa terceira que seja
diretamente mensurável e um transmissor de
vazão, utilizado para enviar as informações
para o dispositivo que vai utilizar a informação e executar as conversões necessárias
para a unidade de medida. A escolha por
qual equipamento utilizar para a medição
depende de diversos fatores como: precisão
da medição, tipo de fluido a ser medido, temperatura de trabalho, frequência de medição e
controle, viscosidade, entre outros.
FILTRAÇÃO DE A a Z
Maio/Junho Meio Filtrante
36
(pound per square inch), libra por polegada
a 1 N·s/m² ou 1 kg/(m·s). Para o Sistema CGS
quadrada, que é a unidade de pressão no
de unidades a viscosidade dinâmica é detersistema inglês/americano, onde 1 psi = 0,07
minada em poise (P), cujo nome homenageia
bar e o kgf/cm² que representa
a Jean Louis Marie Poiseuille,
o peso normal do ar ao nível
médico e físico francês que desendo mar por cm², sendo 1 kgf/
volveu diversos trabalhos cientícm² = 98066,52 Pa.
ficos sobre circulação sanguínea
Uma das relações mais usuais e
e a influência da viscosidade nas
consideradas na área de filtros
arterias. Atualmente utiliza-se
é o diferencial de pressão,
o seu submúltiplo: o centipoise
LONAS E PLACAS PARA
sendo este em muitos casos,
(cP), sendo um dos mais utilizaFILTROS PRENSA
o fator preponderante para a
dos principalmente no ambiente
troca dos elementos filtrantes
industrial. Como referência podeutilizados no processo.
mos citar a água que possui uma
Tel.: 11 2198 2200 - www.tecitec.com.br
Dependendo do sistema de
viscosidade de 1,0020 cP a 20°C
filtragem utilizado e sua aplie 0,891 cP a 25°C.
cação o fabricante poderá recomendar
1 poise = 100 centipoise =
ao usuário que o elemento filtrante seja
1 g/(cm·s) = 0,1 Pa·s
trocado ao ser atingido determinado dife1 centipoise = 1 mPa·s
rencial de pressão, também conhecido
como Delta P (P), que nada mais é do
O Sistema CGS de unidades determina ainda
que a diferença existente entre a medição
que no caso de viscosidade cinemática a
da pressão em dois pontos, antes da entrada
unidade de medida padrão é o stokes, deterdo fluido e após a filtragem.
minado pela sigla S ou St, e leva este nome
Viscosidade
em homenagem a George Gabriel Stokes,
A viscosidade é a propriedade física do
matemático e físico irlandês que contribuiu
fluido que caracteriza a sua resistência ao
diretamente na dinâmica de fluidos. Também
escoamento e passagem por determinada
pode ser utilizado com seu submúltiplo e
área e é diretamente influenciada pela temexpresso em termos de centistokes (cS ou
peratura do fluido, sendo que em fluidos
cSt). Para o Sistema Internacional de Unidade
líquidos, quando se aumenta a temperatura
(SI) é adotado a unidade de m²/s.
a viscosidade diminui, e em fluidos gasosos, quando se aumenta a temperatura a
1 stokes = 100 centistokes =
viscosidade aumenta. A viscosidade pode
1 cm²/s = 0.0001 m²/s
ser divida em dois tipos sendo: absoluta ou
1 centistokes = 1 mm²/s
dinâmica, conforme explicação citada acima
e cinemática, que é a relação da viscosidade
dinâmica por uma massa específica.
Pelo Sistema Internacional de Unidade (SI)
a unidade padrão de viscosidade é o pascalTabela de referência para
viscosidades cinemática a 20ºC
-segundo (Pa·s), que corresponde exatamente
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O grupo DBD Filtros, fabricante dos produtos LAFFI
FILTRATION, possui 25 anos de experiência e atuação em todo
território nacional e América do Sul. É especializado em projeto,
desenvolvimento e fornecimento de filtros e sistemas de filtração
industrial de alta qualidade, sistemas para tratamento de água e
separação de sólidos e líquidos.
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SOCIALMENTE
RESPONSÁVEL
EVENTOS
Estreia da Pollutec Brasil em São
Paulo se destaca como o melhor
evento de meio ambiente do ano
Maio/Junho Meio Filtrante
C
38
Inovações tecnológicas, soluções e conteúdo informativo de alto
nível mostraram ao mercado como aumentar a produtividade
e contribuir com a gestão dos recursos e a qualidade de vida
om a presença de 97 empresas do
setor de tratamento de água, solo,
resíduos, análise e medição de ar,
4 mil compradores dos setores
privado e público, 68 palestras e participação
de mais de 120 especialistas ao longo da programação de todos seus eventos técnicos, os
quatro dias da 1ª edição da Pollutec Brasil no
Pavilhão de Exposições do Anhembi foram
um grande sucesso. Entre os dias 12 a 15 de
abril, a Pollutec Brasil agregou muito conhecimento técnico ao público, formado principalmente por profissionais com poder de
decisão final (15% de sócios-proprietários,
16% de diretores e 14% de gerentes).
“Contamos com a participação dos grandes
players nacionais e internacionais que atuam
na área de desenvolvimento sustentável”,
avalia Paulo Octávio de Almeida, vice-presidente da Reed Exhibitions Alcantara
Machado, organizadora da feira. Empresas
líderes do setor como Suez, Estre, Solví,
Thermo Fisher, Mizumo, Dow e Pellenc aproveitaram a Pollutec Brasil para lançamento
das últimas novidades. A Veolia trouxe
para a feira uma Unidade Móvel de Tratamento de Água que despertou o interesse
dos visitantes. “Além de funcionar como
vitrine das mais novas soluções ambientais
disponíveis no mercado, a Pollutec Brasil
abrigou eventos emblemáticos como o 6º
Encontro Nacional das Águas e a assinatura
da Carta das Águas, que vai compor a pauta
do Fórum Mundial da Água de Brasília de
2018”, complementa Paulo Octávio.
O fórum Cuidando do Futuro, elaborado
em conjunto com a Associação Brasileira de
Engenharia Sanitária e Ambiental — ABES,
promoveu 32 palestras gratuitas, entre cases
em soluções sustentáveis no setor de monitoramento da qualidade do ar, gestão de
resíduos sólidos, geração de biogás, geração
de energia com fontes renováveis, remediação de áreas contaminadas, dessalinização
e reúso de água e análises dos panoramas de
hoje e de amanhã dos serviços ambientais.
“Demos nossa contribuição para que o saneamento seja visto para além da questão do
binômio água e esgoto. O assunto exige uma
visão sistêmica para que o Brasil obtenha
mais avanços em pontos como a sustentabilidade em seu sentido mais amplo, economia
verde e aproveitamento energético”, disse
Dante Pauli, presidente da ABES.
Por meio de parceria com o Abcon/Sindcon
— Associação e Sindicato das Empresas Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto,
o público da Pollutec Brasil teve acesso às
palestras do 6º Encontro Nacional das Águas,
o ENA, que reuniu em dois dias (12 e 13 de
Abril) as principais lideranças do saneamento
básico (tanto do setor privado quanto público)
feira referência do mercado da arquitetura e construção civil, a Feicon Batimat. Como resultado
da sinergia entre expositores e conferências das
duas feiras, o público saiu ganhando com um
ambiente de negócios inovador tanto para o setor
de meio ambiente quanto para o de construção.
No mundo, a Pollutec é a feira histórica da inovação ambiental, pois há mais de 40 anos apresenta ao mercado internacional as evoluções
do setor. Com edições anuais na França — em
Lyon e Paris —, Argélia e Marrocos (estreia
na China em outubro de 2016), a feira enfim
veio à América Latina. Por aqui, Pollutec Brasil
cumpriu a missão de ampliar o repertório de
soluções ambientais que podem contribuir para
a competitividade com sustentabilidade das
empresas brasileiras e uma melhor gestão dos
serviços públicos, promovendo também a cooperação internacional e geração de negócios.
Empresas oriundas de 12 países (França, Holanda,
Bélgica, Áustria, Reino Unido, Portugal, Alemanha, Austrália, China, Suécia, Estados Unidos
e Itália) apresentaram através de estandes individuais e pavilhões nacionais a suas expertises
e inovações tecnológicas representando mais de
35% da oferta da feira. Algumas delas vieram ao
Brasil pela primeira vez acreditando no grande
potencial do mercado, na marca Pollutec de
grande renome fora do país e na organização da
Reed Exhibitions Alcantara Machado.
“A Pollutec Brasil foi uma iniciativa pioneira
e inédita, no sentido de que ela propiciou uma
visão multissetorial dos desafios ambientais do
país em todas as dimensões do desenvolvimento
sustentável”, pontua Yves Besse, conselheiro
da Pollutec Brasil. “Os produtos e serviços oferecidos na feira mostram que o setor ambiental,
além de ser um dos mais inovadores, é dos únicos
que podem gerar negócios promissores neste
momento crítico”, afirma. “O sucesso da Pollutec
Brasil confirma a vocação da Reed Exhibitions
Alcantara Machado para investir em segmentos
que fazem a diferença para o planeta.”
39
Maio/Junho Meio Filtrante
no Hotel Holiday Inn Parque Anhembi, dentro do
Pavilhão. Cerca de 500 profissionais circularam
no ENA, que abriu os debates com uma mesa
mediada pelo jornalista William Waack. Posteriormente, no terceiro dia de Pollutec Brasil, foi
realizada uma Visita Técnica com a presença de
40 profissionais ao Aquapolo, o maior empreendimento de água de reúso industrial da América
Latina, fruto de parceria entre Sabesp e Odebrecht e localizado em São Caetano do Sul.
Como não poderia deixar de ser, a feira propiciou intercâmbio tecnológico e oportunidades
de negócios às empresas. Em seu estande, a CNI
– Confederação Nacional da Indústria promoveu
Encontros Internacionais de Negócios: foram
realizadas 30 rodadas de negócio durante dois
dias, das quais participaram 40 empresas de cinco
países diferentes. Ademais, dois dos maiores
órgãos de fomento a projetos de infraestrutura
do Brasil — o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Finep
(Financiadora de Estudos e Projetos, vinculada
ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação)
— se colocaram à disposição do público para
divulgar suas linhas de crédito.
Outro diferencial da Pollutec Brasil foi que a feira
reuniu as principais entidades do setor ambiental,
entre elas CETESB (Companhia Ambiental do
Estado de São Paulo), FIESP — Federação das
Indústrias do Estado de São Paulo (por meio de
seu departamento de meio ambiente), ABES,
Abcon/Sindcon, Abetre (Associação Brasileira de
Empresas de Tratamento de Resíduos), Abrelpe
(Associação Brasileira de Empresas de Limpeza
Pública e Resíduos Especiais), Abesco (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de
Conservação de Energia), Abrecon (Associação
Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição), Abal (Associação
Brasileira do Alumínio), Abividro (Associação
Técnica Brasileira das Indústrias Automáticas de
Vidro) e Instituto Trata Brasil.
A Pollutec Brasil aconteceu simultaneamente à
MEIO AMBIENTE
Maio/Junho Meio Filtrante
40
Ceará inaugura unidade para
geração e tratamento de Biogás
A Gás Natural Renovável Fortaleza será a segunda maior usina desse tipo
no país, com capacidade de produção de até 150.000 m³/dia de biometano
A
Ecofor Ambiental inaugurou, a primeira etapa
da unidade para captação
e tratamento do biogás
produzido no Aterro Municipal Oeste
de Caucaia (ASMOC). O sistema de
tratamento de gás natural renovável,
quando em plena atividade, terá capacidade de produção de 150.000 m³/dia de
biometano, tornando-se a segunda maior
unidade do gênero do país. Com investimento privado de R$100 milhões, o
projeto deve ser concluído no segundo
semestre de 2017.
O diretor geral da Marquise Ambiental –
empresa que controla a Ecofor e outras 10
empresas de serviços ambientais no país,
Hugo Nery, ressalta o caráter inovador
da iniciativa “A destinação inadequada
dos resíduos sólidos gera problemas de
saúde e ambientais. Transformar o lixo
em insumos para a economia é um caminho que precisa ser trilhado. A Ecofor,
assim como toda a Marquise Ambiental,
busca encontrar soluções que agreguem
valor aos resíduos e os transforme em
benefícios para a sociedade. Esse é o
caso da GNR Fortaleza”, explica Nery.
A administração e operação da unidade
são de responsabilidade da Ecofor.
Com a instalação da GNR Fortaleza, mais
de 610 toneladas de gás carbônico deixarão de ser lançadas na atmosfera anualmente, reduzindo a emissão de gases de
efeito estufa e contribuindo positivamente para as futuras gerações.
A geração de energia renovável pode
substituir os combustíveis fósseis, utilizados para abastecer veículos e indústrias, reduzindo passivos ambientais e
atribuindo selo verde - ecoetiqueta que
atesta a qualidade ecológica e socioambiental de um produto ou serviço - à
matriz de tratamento.
Em construção, a unidade gera mais de
150 empregos diretos e outros 400 indiretos. Em funcionamento, serão 25 empregos diretos e mais de 100 indiretos.
Biometano
O Biometano (CH 4) tem alto poder
combustível e é resultante da concentração do biogás. Em termos de
combustível automotivo, tem comportamento igual ao GNV (Gás Natural
Veicular). Automóveis ou veículos de
carga podem utilizá-lo quando adaptados com as mesmas tecnologias de
conversão de motores a GNV.
EVENTOS
Maio/Junho Meio Filtrante
Suzana
Sakai
42
Feiras internacionais
movimentam setor industrial
D
Mecânica 2016 e Feimec acontecem em maio
uas importantes feiras com
expositores nacionais e internacionais prometem movimentar o setor industrial no mês de
maio: a Feira Internacional de Máquinas e
Equipamentos (Feimec), que ocorre entre os
dias 3 e 7 de maio, e a 31ª Feira Internacional da Mecânica, que acontece entre os dias
17 e 21 de maio, ambas em São Paulo.
Com a participação dos principais players
do setor industrial, esses eventos são ótimas
oportunidades para fazer networking e conhecer as inovações de destaque no mercado.
Realizada a cada dois anos, a Feira Internacional da Mecânica completa em 2016, 48
anos de existência, consagrada como um dos
principais eventos do setor. Mais de mil marcas de empresas nacionais e internacionais
estarão presentes na feira. A expectativa
da organização é que cerca de 90 mil compradores participem do evento. Na última
edição, a feira recebeu 100 mil visitantes
e gerou R$ 500 milhões em resultados de
negócios para expositores. O sucesso do
evento também é medido pelo grau de satisfação dos visitantes e expositores, que
em 2014 atingiu a marca de 98%.
A fidelidade dos expositores é outra forma
de comprovar a eficácia da Mecânica na
prospecção de novos negócios. A Tecitec,
que participa da feira há 20 anos, é um
bom exemplo da satisfação dos expositores. “Neste evento temos a oportunidade de
encontrar nossos clientes, parceiros e prospectar novos contatos”, afirma a represen-
tante da empresa, Luciana Benetton. Já a
Hydac participa da feira há 15 anos e acredita no potencial do evento para impulsionar os negócios e expor novos produtos.
“Para a Hydac é, além de uma vitrine de alta
exposição, a feira é uma excelente oportunidade de apresentar ideias inovadoras ao
mercado”, ressalta o engenheiro e gerente de produtos da Hydac, Alex Peixoto de
Alencar. A Netzsch participa da feira há 8
anos e obteve bons resultados com essa participação. “Participar desse evento é uma
grande oportunidade de fidelizar clientes,
trocar experiências, fortalecer parcerias e
estar atualizado das dinâmicas do setor e das
reais necessidades do mercado e de nossos
clientes. A Netzsch tem obtido bons resultados nas edições anteriores e conseguido
fidelizar clientes com grande potencial de
compra”, conta a supervisora de marketing,
Cinara Scheffler Grutzmacher.
A Feimec nasceu da iniciativa da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas
e Equipamentos (ABIMAQ) e de mais de
30 entidades setoriais para se tornar uma
ferramenta efetiva de desenvolvimento tecnológico e comercial do setor. Mais do que
fomentar os negócios, o evento tem como
propósito promover o debate dos grandes
temas, tendências e desafios do setor.
Segundo Liliane Bortoluci, Show Director-Global Exhibitions “A expectativa é de um
evento promissor e impactante, os âncoras do setor metal mecânico confirmaram
a participação e todos os expositores estão
crise. Em um cenário de retração algumas
empresas estão se antecipando e estudando inovações para aumento de produtividade. “Para
nós fornecedores o evento é essencial para o
desenvolvimento sustentável do mercado, com
imensas possibilidades, lançamentos e tecnologia de ponta”, ressalta.
A feira conta com mais de 180 expositores
confirmados. A Tecflux é um deles e acredita
no sucesso da Feimec. “Este evento gera bastante expectativa para o mercado, uma vez que
traz profissionais de diversos setores e estados
a conhecer as novidades que temos para oferecer, além de termos a oportunidade de relacionamento com nossos atuais clientes”, explica a
representante da empresa, Dina Diamandi.
Segundo o diretor da HB Ar Comprimido,
Jayme M. Bydlowski, a credibilidade das
organizadoras da Feimec traz pontos a favor
da feira. “Optamos pela Feimec por ser fruto
43
Maio/Junho Meio Filtrante
Foto: Divulgação Feimec
fortemente engajados na
divulgação da feira, já que
ela representa uma nova
fase no setor de feiras”.
A primeira edição da feira
já provou que ela veio para
ficar e inovar. O pavilhão
a qual está instalada a feira
Liliane Bortoluci
é moderno, e conta com
Show DirectorGlobal Exhibitions
uma infraestrutura total
de apoio ao expositor e visitantes. Contando
com docas que facilitam a montagem, piso
completamente nivelado e ar condicionado
em todo pavilhão, que possibilitam economia na montagem dos estandes. Já para o
visitante o grande destaque fica por conta
de ampla área de estacionamento com 4500
vagas cobertas e cancelas automatizadas que
aceleram a entrada ao edifício, além de estar
localizado a margem da Rodovia dos Imigrantes o centro de exposições São Paulo,
antigo Imigrantes, fica fora da área de rodízio de veículos e caminhões.
Apesar da crise política e econômica do Brasil,
as expectativas para o evento são positivas.
Para o presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ, Carlos Pastoriza, a
Feimec será o ponto de inflexão da retomada
dos investimentos no Brasil. A Danfoss acredita nesse potencial do evento. “Muitos segmentos de mercado estão passando por um
momento de baixos volumes de negócios
resultado da economia do país. Porém, entendemos que é neste momento que as empresas
precisam ganhar eficiência em suas operações, máquinas e equipamentos, e aí é onde a
Danfoss pode ajudar e muito com sua ampla
linha de produtos inovadores”, destaca Renato
Majarão, diretor regional de marketing e de
desenvolvimento de negócios da Danfoss.
Para o engenheiro da Burkert, William Kishi,
a Feimec mostra que o mercado traz diversas
possibilidades e o otimismo com relação à
44
As perspectivas para a indústria brasileira de
bens de capital mecânico é de mais um ano de
crise. As incertezas políticas combinadas com
a política econômica recessiva, onde o custo
do capital é incompatível com o retorno dos
investimentos, tem inviabilizado muitos investimentos no Brasil. De acordo com os Indicadores Conjunturais da Associação Brasileira da
Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), Em janeiro de 2016 o setor registrou
queda de 24,2% em relação ao mês de dezembro
de 2015 e de 35,0% em relação ao mesmo mês
de 2015. Este resultado mostra não só o baixo
nível de investimento do mercado doméstico
que no período (janeiro 2016/janeiro 2015) recuou 55,9%, mas também a falta de dinamismo
do setor no mercado externo.
O estudo da ABIMAQ aponta ainda que no
mês de janeiro de 2016 a indústria de máquinas e equipamentos reduziu suas exportações
para US$ 509 milhões, queda de 40,4% nas
vendas externas em relação ao mês imediatamente anterior (dezembro 2015) e queda de
12,1% em relação a janeiro de 2015. Mesmo
com o câmbio refletindo em ganhos de competitividade para o produtor nacional, ainda
não observa-se uma tendência de crescimento
das exportações do setor.
Diante deste cenário, a realização da Feira
Internacional da Mecânica e da Feimec se apresenta como um momento oportuno para buscar
soluções, discutir os desafios e ampliar a rede
de relacionamentos. Para Juliano Langer, da
TopFusion, a participação na Mecânica é uma
A Topfusion levará para a Mecânica 2016 sua linha
completa de tubos e conexões em PPR e PEAD
estratégia de fortalecimento e marketing da
empresa. “Diante do cenário econômico que
o país está atravessando, é normal que o mercado num todo, acaba se retraindo um pouco,
porém o Brasil possui um poder de recuperação muito grande, diante dos ecléticos
segmentos de negócios que aqui se consolidaram. É nas adversidades que precisamos
inovar; e em alguns canais de comunicação
a Topfusion não cortou verba de marketing
em função do momento atual, e a participação nesta feira será para fortalecer e divulgar
nossa empresa”, afirma.
Dina Diamandi, da Tecflux, acredita que
apesar da crise, ainda há potencial de crescimento no setor e que a Feimec é uma grande
oportunidade de conhecer as novidades do
mercado e ampliar o networking. “O mercado
vive um momento de retenção, porém ainda
Foto: Divulgação Tecflux
Maio/Junho Meio Filtrante
EVENTOS
Mercado
Foto: Divulgação Topfusion
de um grande investimento por parte dos organizadores e de um trabalho sério e de qualidade realizado pela ABIMAQ - uma associação
de sólida credibilidade. O evento deverá
atrair visitantes não só em quantidade, mas
também de qualidade, com foco no mercado
industrial”, comenta.
O sistema de Flushing é uma das novidades
que a Tecflux apresentará na Feimec
com um potencial muito grande de desenvolvimento com projetos parados momentaneamente. Temos de investir em novos clientes
e mercados para estarmos preparados e estruturados no momento em que formos exigidos”, ressalta. Para Renato Majarão, diretor
regional de marketing e de desenvolvimento
de negócios da Danfoss, a crise também gera
oportunidades e estar presente em um evento
como a Feimec contribui para isso. “Muitos
segmentos de mercado estão passando por
um momento de baixos volumes de negócios
resultado da economia do país. Porém, entendemos que é neste momento que as empresas
precisam ganhar eficiência em suas operações, máquinas e equipamentos, e aí é onde
a Danfoss pode ajudar e muito com sua ampla
linha de produtos inovadores”, destaca.
Dados dos eventos
FEIMEC – Feira Internacional de
Máquinas e Equipamentos
3 a 7 de maio 2016
São Paulo Expo (antigo imigrantes)
www.feimec.com.br
Foto: Divulgação Danfoss
ciência energética e seminário sobre manufatura avançada – indústria 4.0, a curto, médio
e longo prazo, além de trazer uma grande
novidade - a ilha da manufatura avançada, um
espaço inovador e representativo do futuro
da indústria mostrado agora. Uma ilha totalmente automatizada integrando mais de 20
empresas com demonstrações de combinação
de modernos recursos de automação industrial
com os avanços dos sistemas de computação,
informação e comunicação via internet, é o
futuro da indústria acontecendo agora.
A Meio Filtrante conversou com alguns deles
e adianta novidades da feira.
A HB Ar comprimido apresentará a linha
completa de produtos da empresa, que inclui:
Secadores de ar comprimido por refrigeração
e adsorção, Separadores de Condensado, Filtros Coalescentes e adsorventes, Separadores
de Água e Óleo, Elementos Filtrantes, Drenos
Entre as soluções que apresentará na Feimec
a Danfoss destaca a Telematics Solutions
A Feimec terá como cenário o mais moderno pavilhão e centro de convenções da América Latina: o São Paulo Expo Exhibition and Convention
Center, que conta com uma área de exposição de
90.000m². O evento contará com a participação
de expositores nacionais e internacionais.
Outro ponto destacado por Liliane Bortoluci,
Show Director-Global Exhibitions fica por
conta da inovação, “A Feimec terá conteúdo
técnico relevante apresentado por especialistas
no segmento de energia eólica, óleo e gás, efi-
Foto: Divulgação HB Ar Comprimido
Feimec 2016
A HB Ar Comprimido mostrará na Feimec
sua linha completa de produtos
45
Maio/Junho Meio Filtrante
31ª Feira Internacional da Mecânica
Data: 17 a 21 de maio de 2016
Pavilhão de Exposições do Anhembi
www.mecanica.com.br
Foto: Divulgação Bürkert
EVENTOS
Maio/Junho Meio Filtrante
46
para Condensado, Central de Ar de Respiração
e Central de Monitoramento e Controle de Ar
Comprimido. “Estamos preparando o lançamento de um equipamento com tecnologia de
ponta, que proporcionará aos nossos clientes
uma economia substancial nos seus gastos”,
adianta Jayme Bydlowski.
A principal novidade que a Tecflux apresentará na feira é a Unidade de pressurização
hidráulica e pneumática, montada com bombas hidropneumáticas, amplificadores de ar
ou boosters para gás, acionados a ar comprimido ou nitrogênio. O sistema de Flushing é
outra novidade da Tecflux. Trata-se de equipamentos para operações de limpeza interna
em mangueiras, tubos e outros componentes
hidráulicos, atuando através do fluxo gerado
por bombas especiais, que podem ser acionadas por ar comprimido ou energia elétrica,
com auxílio de filtros e sistema para análise de
amostras em atendimento à classe de limpeza
necessária. “Para estes produtos não existem
muitos fornecedores capacitados no país, e
estamos entrando no mercado com o respaldo
da experiência da nossa fábrica nos EUA, a
Swagelok Co”, afirma Dina Diamandi.
A Burkert levará para o evento alguns produtos
lançados recentemente. A empresa destaca-se
pelo completo portfólio de produtos e soluções
A Burkert mostrará na Feimec lançamentos
e tendências para o mercado de
automação e instrumentação industrial
Indústria 4.0
Além de receber os principais players do
mercado industrial, a Feira Internacional
da Mecânica e a Feimec terão outro ponto
em comum: a discussão sobre os caminhos
para a indústria 4.0.
O conceito da indústria 4.0 refere-se à
4ª Revolução Industrial, que atualmente
oferece à indústria a manufatura executada
através de inteligência artificial, bases de
informação, big data e a total comunicabilidade entre as máquinas e equipamentos.
Essa revolução seguiu-se às três anteriores
– a primeira, das máquinas a vapor substituindo a tração animal; a segunda, da produção em massa e a terceira que introduziu
a grande escala da eletrônica e da tecnologia da informação.
Na Feira da Mecânica, o tema será abordado
em um fórum inédito, com apresentações
da CNI e das consultorias Roland Berger,
Ernst & Young e Boston Consulting
Group. Já na Feimec, o tema será discutido
durante o VI Simpósio Internacional de
Excelência em Produção: Indústria 4.0 Curto, Médio e Longo Prazo.
e vem desenvolvendo grandes aplicações nos
mercados em que atua, dentre eles: águas, processos higiênicos, gases e micro fluídica. “Na
ocasião o público que ainda não teve oportunidade de conhecer a marca poderá verificar toda
a qualidade de um produto com padrão Alemão,
a experiência de uma equipe qualificada e toda
tecnologia embarcada nas soluções e inovações
Burkert. Aos que já tem contato com a marca,
poderão verificar os lançamentos e tendências
para o mercado de automação e instrumentação
industrial”, afirma William Kishi.
A principal novidade da Metalplan é o compressor de parafuso TotalPack Flex Intercooler
duplo estágio. “Com resfriamento interme-
A SMC apresentará na feira Unidade
Geradora de Vácuo Série ZK2
Liliane Bortoluci acrescenta, “A Feimec superou diversas expectativas, ela foi lançada num
momento difícil da economia e em um pavilhão que ainda estava em obras. Foi um longo
processo de esclarecimento ao mercado. As
empresas que demandaram por uma nova feira
confirmaram a participação, estão empenhadas
e participando de todo o processo porque agora
eles sabem que a feira é estrategicamente pensada junto com eles. Temos um comitê que se
47
Maio/Junho Meio Filtrante
diário entre os estágios, o produto proporciona
20% de aumento de eficiência energética. Em
outras palavras, esse compressor produz 20%
mais ar comprimido com o mesmo consumo de
energia, em comparação com os compressores
de parafuso de 1 estágio”, explica a gerente de
marketing da Metalplan, Daniele Manffim.
Entre as soluções que apresentará no evento, a
Danfoss destaca a Telematics Solutions, plataforma robusta e acessível “plug-and-perform”,
que utiliza dados para aumentar a eficiência,
estender a vida útil do produto e minimizar o
tempo de inatividade dos equipamentos fora de
estrada. “Os quatro novos produtos da plataforma (WS103, WS403J, WS503 e WS503BP)
apresentam aplicações avançadas para serviço
remoto, gestão de eficiência, gestão de frotas,
antirroubo, segurança do operador e conectividade. As soluções estão disponíveis tanto
para novas máquinas como para retrofits da
frota existente. Além disso, a Danfoss apresentará na Feimec os motores orbitais, os conversores de frequência descentralizados, os
conversores de frequência de alta performance
e sua linha completa de Automação Industrial
com especial destaque para as válvulas pneumáticas AV210”, comenta Renato Majarão.
A SMC levará para a feira os lançamentos em
atuadores elétricos, que são voltados para aplicações que exigem grande precisão de movimentos e paradas intermediárias, os atuadores
Foto: Divulgação SMC
Foto: Divulgação Metalplan
A Metalplan apresentará na feira o compressor de
parafuso TotalPack Flex Intercooler duplo estágio
elétricos da SMC são de fácil instalação, baixa
manutenção e apresentam excelente custo-benefício. “É importante ressaltar também
que, como as utilidades “geração de ar comprimido” de algumas empresas encontram-se
descuidadas, em muitos casos, deixar de utilizar o ar comprimido – de péssima qualidade
por causa das instalações inadequadas – e utilizar o atuador elétrico é um grande ganho em
vida útil no parque fabril”, indica o gerente
de contas globais e de segmentos, Fábio Trocoletto. A SMC também apresentará na feira
Unidade Geradora de Vácuo Série ZK2, que
dispõe de um ejetor mais eficiente do que a
versão anterior, possibilitando aumento de 50%
na vazão de vácuo e redução de 90% no consumo
de ar. ”Com a ZK2, além de um alto rendimento
e baixo consumo de ar comprimido, você consegue, inclusive, fechar o consumo de ar comprimido em alguns momentos, diferentemente
de uma bomba de vácuo, que ficaria 100% do
tempo com motor ligado”, explica Fábio.
Maio/Junho Meio Filtrante
EVENTOS
Mecânica 2016
48
Com uma área de 85.000 m² de exposição
e participação de mais de duas mil marcas
de empresas nacionais e internacionais, a
Mecânica apresenta uma série de inovações e
oportunidades para o mercado internacional.
A Meio Filtrante conversou com alguns dos
expositores da feira para adiantar algumas
novidades do evento.
Em sua primeira participação na Mecânica, a
Topfusion levará para a feira a linha completa
de tubos e conexões em PPR (Polipropileno
Copolímero Randon - tipo 3) e também a linha
em PEAD (Polietileno de Alta Densidade),
que são soluções eficazes para utilização nas
mais diversas aplicações. “Tecnologia e inovação. É isso que estaremos mostrando ao
mercado, na substituição de produtos já ultrapassados para alguns tipos de utilizações no
segmento industrial”, afirma o representante
da empresa, Juliano Langer.
A Tecitec possui uma vasta linha de equipamentos fornecendo soluções para tratamento
de efluentes e reúso da água dentre eles: filtros
prensa, separadores de óleo, decantadores
lamelares, peneiras hidrostáticas, filtros de
polimento, entre outros. Entre as soluções que
a empresa levará à Mecânica está um Filtro
Prensa, totalmente automático controlado por
CLP com deslocamento de placas automático,
Foto: Divulgação Tecitec
Entre as soluções que a Tecitec levará à
Mecânica está um Filtro Prensa, totalmente
automático controlado por CLP
lavagem de elementos filtrantes e cortina de
segurança. “Teremos no estande um filtro
prensa e um separador de óleo ambos em funcionamento. Além disso, o público poderá
contar com nossa equipe técnica que possui
larga experiência em filtração, equipamentos
para tratamento de efluentes e reúso da água e
está apta a atende-lo”, conta Luciana.
A Netzsch apresentará na feira as últimas
novidades da linha de bombas helicoidais
NEMO ® e a tecnologia de ponta da nova linha
de bombas de fusos NOTOS ™. “Os equipamentos Netzsch apresentam soluções reais
para aos mais difíceis aplicações para todos
os segmentos de mercado”, indica Cinara.
Foto: Divulgação Netzsch
reúne mensalmente que pensa estrategicamente em todas as ações e na melhor estratégia e resultado do evento. O envolvimento
das associações apoiadoras foi fundamental
para elaboração da estratégia e execução do
plano como um todo”.
Segundo Liliane Bortoluci, a Feimec acontecerá
sempre nos anos pares, e já está previsto pela
Abimaq o desenvolvimento de outros dois novos
eventos que serão realizados em anos ímpares
sendo: Plástico Brasil e a Expomafe que acontecerão no mesmo pavilhão de exposições.
A Netzsch apresentará na feira as últimas novidades
da linha de bombas helicoidais NEMO ®
Nesta edição da feira, a Erwin Junker apresentará a série de equipamentos eliminadores
de névoa LTA Basic Line e uma categoria de
filtros leves da série AC500 fabricados pela
LTA Lufttechinik GmbH. “Estes produtos
entram no mercado de eliminadores de névoa
de funcionamento com princípio Eletrostático
garante a qualidade, uma vez que a EOG entrega o produto e passa também a fazer a instalação e a manutenção. São novidades como esta
que apresentaremos na Mecânica 2016”, afirma
o gerente da empresa, João Pirillo.
Contatos:
ABIMAQ: www.abimaq.com.br
Burkert: www.burkert.com.br
Danfoss: www.danfoss.com.br
Edra: www.edra.com.br
Erwin Junker: www.junker-group.com
HB Ar Comprimido: www.hbdh.com.br
Hydac: www.hydac.com.br
Metalplan: www.metalplan.com.br
Netzsch: www.netzsch.com.br
SMC: www.smcbr.com.br
Tecflux/Swagelok: www.swagelok.com.br
Tecitec: www.tecitec.com.br
TopFusion: www.topfusion.com.br
Foto: DivulgaçãoEdra
49
O gerente da Edra Óleo e Gás, João Pirillo, garante
que a empresa levará novidades para a Mecânica 2016
Maio/Junho Meio Filtrante
com um menor valor de investimento, redução
de consumo de energia e óleo, sistemas filtrantes totalmente laváveis e trazem consigo
ótimos benefícios de trabalho aos colaboradores da empresa que atuam em ambientes
atingidos por névoa de óleo, fumos de soldas
e também ao meio ambiente”, explica o representante da empresa, Fioravante Willi Nesto.
A Hydac não atua exclusivamente no segmento
de filtros, mas também em praticamente todos
os segmentos da hidráulica com componentes,
subconjuntos e sistemas hidráulicos completos
oferecendo a solução integrada ao mercado.
Durante a Mecânica 2016, a empresa apresentará
novos conceitos e produtos de última geração
para aplicação hidráulica incluindo, os últimos
desenvolvimentos Hydac para a linha de filtros
hidráulicos, como por exemplo, a tecnologia
Optimicron. “Estes novos produtos reforçam a
posição de liderança tecnológica da Hydac com
sua presença global em toda a indústria, o que
contribui pra o desenvolvimento tecnológico
brasileiro”, ressalta Alex de Alencar.
A Edra Óleo e Gás (EOG) levará para a feira
toda a sua linha de produtos offshore, como flanges de diversos diâmetros, acessórios, Spools
(peças pré-montadas) e tubos. “A EOG oferece
para o segmento offshore projetos de tubulação
com total gerenciamento, especificamente em
quatro plataformas - P 25, PCE 1, PCH 1 e PCH
Essa autonomia na gestão dos projetos facilita e
VISÃO EMPRESARIAL
Maio/Junho Meio Filtrante
Igor
Schiewig
50
A
Indústria 4.0: desafios
e oportunidades
Indústria 4.0 é muito mais do
que o uso de tecnologias como
Internet das Coisas (IoT) e Computação em Nuvem nos processos de produção. Ela é caracterizada por
modelos de negócio realmente inovadores,
que gerem vantagens competitivas significativas e sustentáveis para as empresas.
As tecnologias que suportam os novos modelos
de negócio da Indústria 4.0 são aquelas que
oferecem condições para que as organizações
atuem de forma mais rápida e assertiva, com
a customização em massa de produtos, o
aumento da velocidade no atendimento e a otimização de suas cadeias de valor.
Esse conceito se aplica a todos os segmentos da
indústria e pode se adequar às necessidades dos
clientes, embora existam variações entre modelos
de negócio, tecnologias necessárias para suportá-los e a forma de implementação. Reinventar-se é
a base desse novo ambiente de negócios.
No Brasil, este é um processo em evolução.
A possibilidade de observar o que já foi feito
em outros países, com seus erros e acertos,
permite que tomemos decisões estratégicas.
As empresas brasileiras têm condições de
recuperar o tempo perdido e criar mecanismos para se beneficiarem da Indústria
4.0 como uma poderosa alavanca de crescimento econômico e de prosperidade.
Em nosso país, onde a mão de obra não
está preparada para absorver a sofisticação
tecnológica decorrente da automação da
Indústria 4.0, é necessário engajar os profissionais e treiná-los para que desempenhem
suas novas funções no curto e médio prazo.
A mudança no perfil dos profissionais pressupõe uma reinvenção necessária, com novas
oportunidades surgindo e elevando a qualidade
dos serviços. A questão mais relevante é como
as empresas estão se preparando para lidar
com os novos desafios. A Indústria 4.0 requer
um novo perfil profissional, um novo papel das
pessoas como coordenadores ou maestros dos
processos automatizados.
Atualmente, estamos em um cenário heterogêneo, com empresas pioneiras tomando a iniciativa e adotando novas soluções, e outras que ainda
não conseguiram criar experiências comprovadas. Ainda assim, a necessidade de modernização e o aumento de competitividade do parque
industrial brasileiro, associados com mecanismos
de fomento adequados e metodologias de implantação de menor risco, devem fazer com que as
empresas aproveitem melhor seus ativos existentes, estimulando o ritmo de adoção das práticas da
Indústria 4.0 nos próximos anos.
As empresas que conseguirem se beneficiar
desse cenário certamente atingirão um novo
patamar de produtividade e competitividade.
Aquelas que não seguirem essa tendência
não desaparecerão repentinamente, mas
terão dificuldades crescentes para seguirem
competitivas, pois enfrentarão concorrentes
mais ágeis, flexíveis, capazes de se adaptar
às variações de demanda e aos desejos dos
clientes com custos e prazos menores.
O que realmente vai assegurar diferenciais
competitivos sustentáveis às empresas não
é a simples adoção da Indústria 4.0, mas a
capacidade de utilizar seus recursos para
criar experiências únicas e inovadoras para
seus clientes (Manufatura na Era da Experiência). Estas experiências, que poderão
ser aceleradas e levadas a novos patamares,
serão o segredo do sucesso das empresas
nesse novo ambiente de negócios.
Igor Schiewig
Diretor de business transformation da Dassault Systèmes para a
América Latina.
ONDE TEM ESTE SELO,
TEM TROCA DE FILTRO
E AMBIENTE LIMPO.
O
TADO D
S
E
O
N
AGORA
SANTO
ArteplenA
O
ESPÍRIT
Os fabricantes, importadores e distribuidores
de Filtros do Óleo Lubrificante Automotivo
estão promovendo o descarte dos filtros
usados, de forma
correta e consciente.
Em sintonia com todos os avanços em busca da sustentabilidade,
a Abrafiltros, associação que reúne os fabricantes, importadores
e distribuidores de filtros automotivos, está coordenando a implantação
de um eficiente programa-piloto de Logística Reversa em pontos
de coleta nos estados de São Paulo, Paraná e Espírito Santo, onde os
filtros do óleo usados são periodicamente retirados por empresa
credenciada que faz a destinação correta do descarte.
THIS IS
FUEL EFFICIENCY
Separadores de Água
Parker Racor
Separa a água do diesel e proporciona a melhor
eficiência e a mais avançada tecnologia ao
motor de seu veículo.
O E-Max quebra paradigmas relacionados ao uso de materiais plásticos para esta
aplicação, com viabilidade técnica comprovada e redução de peso total do veículo,
proporcionando assim melhor desempenho energético.
parker.com.br

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