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Sumário Editorial 06 SLA ou Service Level Agreement ou Nível de Acordo de Serviços, de Patrícia Longhi 08 Tecnologia à brasileira, o case da Mitsubishi 14 EXPEDIENTE Saiba mais sobre a Certificação em Compras, ou Certified Purchasing Manager (CPM), do Institut of Supply Management (ISM) Thelma Almeida Santos - Diretora Executiva Cecília Borges - Editora - Mtb-19.229-SP [email protected] Antonio Carvalho - Editor de Arte Cíntia Luz - estagiária Elenita Senger - Publicidade [email protected] 18 Push Versus Pull - Perception Versus Reality, de Jim Correll & Daniel Druwe Araujo, 1ª parte, sobre as técnicas de gerenciamento da cadeia de suprimento, da con- Tradutores: Luiz Macedo - inglês sultoria Oliver Wight Conselho Editorial - Cristiano Cecatto - Laurent Frédéric Bernard - Nelson Rosário - CPIM, CSCP - Rubens E. Brambilla - CPIM, CIRM, CSCP, P. Eng. 22 Contatos: [email protected] R. Fernandes Moreira, 1166 cep 04716-003 - São Paulo - Brasil Tel: 55 (11) 51 84 17 10 Express – As novidades dos segmentos de Logística e Supply Chain Management 24 Agenda TODAY Logistics & Supply Chain - 03 vó teresa Editorial Editorial Viva a diferença! grande diferença entre a revista técnica e as outras é que nós, das técnicas, A estamos sempre mais perto dos leitores. Não que as outras não estejam, mas é que como nossos assuntos são específicos conseguimos publicar assuntos de interesse imediato e posterior. Não que nossos leitores não leiam as revis- tas da grande imprensa, por assim dizer, porém tenho certeza que a TODAY Logistics & Supply Chain está guardada desde a número zero em muitos escritórios das grandes empresas do Brasil afora e quiçá, no exterior. A interação da TODAY com o público é tão próxima e rápida que percebemos o que querem ler e, vamos além ao captar as tendências e informações que serão úteis agora e no futuro. Assim ocorreu com o assunto Compras. Como explicamos no número anterior, desde a criação da TODAY assistimos seminários sobre isso porque vimos a estreita ligação entre o assunto e o nosso público. O profissional de Logística & Supply Chain normalmente está ligado à área de Compras, e vice-versa, em função de os dois departamentos serem abrangentes aos mais variados níveis de toda a companhia. Na edição passada, apresentamos um artigo sobre Compras da colunista Patrícia Longhi e nesta levamos ao público, em destaque de matéria de Capa, A ciência das Compras, sobre a certificação Certified Purchasing Manager (CPM), do Institut of Supply Management (ISM), reconhecida mundialmente como a mais adequada para quem trabalha com a gestão de suprimentos. Para qualificar aqueles que já trabalham ou que pretendem ingressar no setor, a Associação para Educação em Administração Empresarial (Abai) está oferecendo o curso preparatório para o CPM. O artigo internacional, com a costumeira colaboração da consultoria Oliver Wight, é Push Versus Pull - Perception Versus Reality, de Jim Correll & Daniel Druwe Araujo, sobre as técnicas de gerenciamento da cadeia de suprimento Push e Pull. Serviços alavancam exportações e movimentam a economia brasileira é o artigo de José Manuel Meireles de Souza, consultor do Idort (Instituto de Organização Racional do Trabalho), nas áreas de Comércio Exterior e Logística e mostra como a intervenção direta das empresas brasileiras garantiu um aumento significativo nas exportações de serviços, que superou os 11% de aumento nas exportações de mercadorias. E como sempre, as informações de mercado e a agenda de cursos para os interessados em crescer e aparecer. Lembramos que a partir deste ano a TODAY Logistics & Supply Chain, depois de um ano de distribuição gratuita, passa a ser oferecida em assinatura anual. Pedimos sua colaboração, leitor, pois com seu apoio podemos consolidar nosso projeto e ir muito mais longe. Leiam, critiquem, contribuam, a revista é sua! Boa leitura! Cecília Borges Editora [email protected] TODAY Logistics & Supply Chain - 04 Compras Você sabe o que é SLA? 6 da qualificação do fornecedor, assim, atenção na hora de fazer a mesma coisa, pesquise, estude clientes dos fornecedores, visite sites em que este fornecedor atue, busque um assessor externo, caso se faça necessário para desenhar o processo. Isso é altamente enriquecedor, pois uma visão externa traz maior assertividade, já que esses profissionais são especialistas nisso, estudam isso todos os dias. E por fim, escrever 5 mil itens ou um calhamaço em um SLA não vai adiantar nada. Escreva aquilo que realmente deve ser feito e cumprido, florear e dar volume em papel torna difícil o processo e sabemos bem que hoje, com o tempo reduzido dos gestores da área de compras, torna-se impossível avaliar o que não seja realmente relevante! Patrícia Longhi é a autora deste artigo que explica o que é SLA, ou Service Level Agreement ou Nível de Acordo de Serviços 1 2 3 A autora: Patrícia Longhi é empresária há 18 anos, desen- 7 4 volvendo Hunting e Treinamento como diretora-Executiva do Instituto Talentos, conferencista por todo Brasil e empresária na área de 5 TODAY Logistics & Supply Chain - 06 esta maneira podemos perceber que o SLA é fundamental em qualquer contratação de serviço, o mesmo deve ser feito a quatro mãos, ou seja: cliente e fornecedor, envolvendo a área operacional, que será a chave do desenvolvimento dos serviços contratados. Outros pontos fundamentais são focar em processos e tomar cuidado pra não confundir SLA com indicadores de qualidade, que estão inseridos nos SLA`s. Vale ressaltar que um SLA deve ser muito claro e objetivo D na escrita, isso assegurará ao cliente o cumprimento ou não por parte do fornecedor. Não existe um tempo para isso, pode ser feito inicialmente no envio da RFP ou durante o processo de adaptação do fornecedor, estando isso claramente designado em contrato para evitar surpresas lá na frente, como dizemos: “Contrato é feito quando se está de bem, para ser cobrado quando se está de mal”. Um SLA bem desenhado e definido em cada serviço contratado será a mola-mestra TODAY Logistics & Supply Chain - 07 Eventos, focando business empresarial, através de fóruns e treinamentos. Prestou serviços à empresas como RMA – Construtora, Laboratórios Delboni Auriemo, Grupo Semco, Laboratoírios Fleury, Citibank, Santander, Xerox, entre outras. Participa de associações como Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), é fundadora da Associação Brasileira de Facilities (Abrafac) e atuante no Grupo de Profissionais Gestores de Serviços (Grupas), que existe há 22 anos. [email protected] Gerenciamento Sistema Mitsubishi de Produçăo ma crescente literatura sobre Sistemas de Produção é disponibilizada ao mercado automobilístico, principalmente ligada à cultura japonesa mais conhecida como TPS ou Lean Manufacturing. Correndo por fora da raia encontra-se a MMC Automotores do Brasil Ltda, a Mitsubishi Motors do Brasil, localizada em Catalão (GO), com capital 100% Nacional e uma cultura híbrida riquíssima, que aos poucos está solidificando e amadurecendo o ‘brasileiro’ SMP – Sistema Mitsubishi de Produção. Visando o aprimoramento da tomada de decisões na empresa, há um ano e meio foi criada a reunião de Schedulling, (em outras montadoras pode ser comparada ao S&OP, Sales & Operation Planning), que com a aderência de necessidades entre os proces- U sos de manufatura, comercial e suprimentos proporciona excelente atendimento aos clientes e a melhor condução dos negócios. O Schedulling opera num ciclo mensal (45 dias antes da execução do plano), em que ocorrem fases distintas e bem definidas (conforme mostrado na Figura 1). Os objetivos principais desta reunião são: • Propor um plano ao balanceamento entre demanda e oferta; • Indicação das áreas onde o consenso não pode ser alcançado; • Tomar decisões para cada modelo produzido (por famílias); • Aprovar mudança de ritmos (takt) de produção e/ou aquisição, e • Revisar questões relativas a projetos espe- ciais e modificações no plano anual de operações (vendas e produção). Os resultados são minutas com detalhamento dos caminhos e escolhas feitas, autorizando o cascateamento das informações às áreas necessárias (a Figura 2 ilustra a diferença básica entre o modo antigo de planejamento e o atual). Todas as atividades antecipadas possibilitam que a tomada de decisão ocorra em uma hora de reunião e que a alta administração a utilize com muita produtividade. Após a decisão aprovada, inicia-se um ciclo de programação, tanto de material quanto de produção (a Figura 3 mostra de forma seqüencial as atividades deste ciclo). Benefícios quando os ciclos são completos: • Inventários de Produtos acabados sempre menores; • Prazos de entrega mais curtos; • Ritmo de produção mais estável; • Trabalho em equipe aprimorado; • Maior responsabilidade em relação ao Plano Real Anual, e • Visibilidade antecipada do resultado das operações. O processo quando bem feito, capacita melhor as pessoas a prever melhor o futuro e aprimora as decisões pró-ativas. Dentro do controle final e execução, existem rotinas dentro do ERP, da People Soft, e Intranet para acompanhamento do seqüenciamento diário de produção. Este seqüenciamento por sua vez tem como objetivo principal a colocação do planejamento em execução, obedecendo a regras de volume, mix e seqüência de produ- William Nunes de Aquino, supervisor PCP, Sergio Gebara, gerente de Planejamento e Ricardo Camargo, diretor Industrial, são funcionários da fabricante automotiva e enviaram-nos este documento com base em suas observações profissionais, e decidimos publicá-lo por não se tratar de apologia da empresa e sim um exemplo de solução tecnológica à brasileira. Figura 1 – Atividades que antecedem a reunião de Schedulling. TODAY Logistics & Supply Chain - 08 TODAY Logistics & Supply Chain - 09 Gerenciamento Figura 2 – Planejamento de Produção versus Schedulling. tos, proporcionando uma visão em tempos diferentes que promovam revisão de objetivos frente a possíveis atrasos, problemas que alterem o ritmo de produção, crippled (falta de material), restrições de equipamentos, mão-de-obra e processo. Em relação ao DTD, é fato que após um ano de monitoramento e ações, houve uma redução de 15 para 7 dias de processamento de nossos produtos, resultando em uma fle- xibilidade para mudanças de rumo e solidificando cada vez mais o pensamento enxuto na operação. Até o momento a descrição é do modelo formal, no entanto, existe uma estrutura paralela de Planejamento a qual atua em veículos especiais, os chamados pedidos VIP, os quais têm entrega prioritária. Utilizando a mesma equipe do grupo de Schedulling, estas necessidades extras que variam de 5 a 10% da Produção Mensal, em sua maior parte saem do mix de cores, opcionais e até modelos, são atendidas em algumas instâncias em até 72 horas (3 dias) dependendo da complexidade da alteração. Tal flexibilidade para atender o cliente final é resultado dos talentos humanos da empresa e não poderíamos deixar de mencionar o uso de TI neste processo, na criação do E-production, uma poderosa ferramenta na Intranet a qual suporta toda a operação descrita. Entre os painéis mais utilizados estão: Em um quadro, conseguimos observar visualmente o timing destas atividades que são monitoradas por 2 indicadores (Figura 5) • BTS – Built to Schedule, o qual compara a Produção Planejada versus a Produção Realizada em três níveis: Volume, MIX e seqüência; • DTD – Dock to Dock, o qual através de uma peça significativa (ex. assoalho) mensura o tempo doca a doca, ou seja, o item passando pelo estoque, transformando-se em carroceria, passando por toda Manufatura e finalmente disponível para embarque. Em suma, em quanto tempo um veículo é realizado. vantagens sobre a opção de UHF com relação a preço, acuracidade de leitura e escrita e imunidade a interferências de RF. • Smart Office Sistema de Abastecimento e Controle de Estoque, baseado no Plano de todas as peças (PFEP – Plan for every Parts), que tem customização interna feita pela equipe de TI, interagindo com o Banco de Dados People Soft - Oracle. Os conceitos deste sistema vão desde o uso de cartões (Kanban) até a utilização de modernos coletores Wi-Fi para geração das necessidades de abastecimento em determinados pontos de produção. Em suma, controlar o fluxo e inventário de materiais por meio de leitor óptico na saída do armazém e pintura para qualquer tipo de abastecimento a linha de produção. Figura 4 – Execução do Plano de Schedulling. Float Online – quantidade de unidades no processo produtivo ponto-a-ponto. Este controle permitiu uma redução de 40% em 2 anos no volume de carrocerias disponíveis na Seletividade (Buffer), ajudando desta forma também a redução da meta DTD já comentada. Hora à Hora – acompanhamento de objetivos horários de produção e liberação de veículos. Relatório de Produção – estatística em três níveis em um mesmo reporte, diária, mensal e anual, contendo todo line up MMCB. das. O controle das leitoras será feito por um do People Software e um Midleware RFID preparado pela Bieletro, com a função de fazer interface de comunicação entre os sistemas pela rede ethernet conectada diretamente no módulo leitor. Este modelo possui Quatro projetos em andamento vão reforçar os pilares do SMP. São eles: • RFID - Sistema de Identificação de Veículo Figura 3 – Atividades resultantes do acordo de Schedulling. TODAY Logistics & Supply Chain - 10 O sistema de identificação de Veículo será constituído de um tag eletrônico que acompanhará o produto e leitoras de RFID instaladas nas estações da previamente seleciona- Figura 5 – Timing. TODAY Logistics & Supply Chain - 11 • Times de Trabalho É um grupo de pessoas com um objetivo comum, compromissadas com a melhoria dos processos/produtos/serviços, planejando e controlando seu próprio trabalho. Gerenciamento Capa e olho na tendência internacional e com a intenção de qualificar profissionais brasileiros, a Associação para Educação em Administração Empresarial (Abai) está oferecendo o curso preparatório para a certificação CPM, reconhecida mundialmente como a mais adequada para quem trabalha com a gestão de suprimentos. Por que certificar profissionais da área? Marcelo Offner, coordenador dos estudos para CPM da Abai explica que profissionais certificados desempenham melhor as suas funções e são mais valorizados no mercado de trabalho. Para as empresas competirem no mercado, os seus gestores de dar e validar seus conhecimentos gerenciais na área. Adequa-se tanto para níveis de direção e gerenciais, quanto para os profissionais que queiram aumentar suas responsabilidades dentro de sua empresa. Além disso, a CPM também é de grande valia para consultores, editores e integradores de software que devem prôpor as melhores soluções a seus clientes. Na França, onde a certificação existe há dois anos, e no Estados Unidos, numerosas empresas como Boeing, General Electric, Lucent Technologies, Oracle, Cabot, Lexmark, Philips, Legris, Solectron, CSC Peat-Marwick, não somente encorajam seus compradores a preparar a D Figura 6 – Leitor de campo. Trabalhando juntas e se relacionando de forma transparente entre si, entre as áreas, entre empresas. O Time é responsável pelas atividades operacionais, atuando como ‘dono do processo’, cumprindo diariamente o programa de produção, e pelas atividades não-operacionais, como: Indicadores da Área, Segurança e Meio Ambiente, Produtividade, RH, Satisfação do Time e dos Clientes, Figura 7 – Tag com encapsulamento. Figura 8 – Repack. • A entrega do produto no prazo estabelecido pelo cliente; • Poder de decisão dentro do Time; • Agilidade nas respostas aos problemas e na sua resolução; • Oportunidade de cada componente poder participar, apresentando idéias, sugestões e agindo como “dono do processo” O papel dos pontas de diamante (RH, Qualidade, Segurança e Abastecimento) • Manter as minutas das reuniões sob sua responsabilidade sempre atualizadas; • Implantar e acompanhar o indicador e o Plano de Ação correspondente a sua responsabilidade; • Nivelar o conhecimento entre todos os Qualidade de Vida, além de propor melhorias para o produto, processo, acompanhando a implantação e seus resultados: • Estabelecer uma estrutura para os times de trabalhos sim- Figura 9 – Fluxo de informações nos Times de Trabalho. ples e efetiva; • Clarificar os papéis e responsabilidades membros do Time referente a sua Ponta de de cada integrante do time e demais funDiamante; cionários que integram com os mesmos; • Dividir Boas Práticas com outros times. Criar uma estrutura que promova melhoria contínua através da valorização de cada funcionário; • Garantir a implantação e a efetividade do sistema de times de trabalho na MMCB. • Segurança como prioridade; • A qualidade do produto em cada etapa do processo; TODAY Logistics & Supply Chain - 12 Estabilidade Figura 10 – Pilares da Manufatura Enxuta. Lean Manufacturing Em parceria com o Lean Institute iniciase um forte trabalho com uma equipe de 20 colaboradores determinado a implementar os conceitos de Manufatura enxuta. Início do Projeto • Formação do grupo, escolha da área piloto (Pajero TR4); • Palestra Gerência (Kick-off); • Curso Introdução Workshops; • Mapeamento do Fluxo de Valor; • Criando Fluxo Contínuo e Trabalho Padronizado; • Sistema Puxado e Nivelamento da Produção; • Ws temático tema a definir (Jidoka, Set-up Rápido, Manutenção Autônoma); • Acompanhamento Visitas; • Auditoria (Genba Walk); 1ª Auditoria 2ª Auditoria •Reunião de Fechamento. Autores: William Nunes de Aquino, Supervisor PCP, Sergio Gebara, Gerente de Planejamento e Ricardo Camargo, Diretor Industrial, todos da Mitsubishi Motors do Brasil. [email protected] A ciência das Compras Compras devem saber pensar estrategicamente, ampliar suas perspectivas e trabalhar para agregar valor ao negócio. “Na verdade, as áreas de Compras e de Supply Chain há muito se sobrepõem. É difícil estabelecer um limite entre elas ou a separação completa. Há interdependência”. Sobre o interesse da Abai no assunto, Offner destaca que há aproximadamente três anos, as pessoas vêm perguntando sobre a certificação, pois conhecem no exterior a atuação de colegas capacitados e portadores da CPM. “Agora há um número suficiente de interessados para que possamos oferecer um curso de cinco dias”. O programa visa tanto as indústrias quanto as empresas prestadoras de serviços, autarquias ou organizações sem fins lucrativos. Elas terão a certeza de se apoiar em profissionais capazes de definir estratégias globais e executá-las mundialmente. A certificação é essencial para todos os profissionais de Compras que queiram completar, consoli- Será preciso estudar para saber fazer compras?E o que se aprende em um curso de Compras? Longe da banalidade que possa transparecer, a área de Compras está surgindo no cenário mundial de negócios como o conhecimento que pode fazer diferença no faturamento de uma companhia. Para qualificar aqueles que já trabalham ou que pretendem ingressar no setor, há a Certified Purchasing Manager (CPM), do Institut of Supply Management (ISM). Confira mais informações sobre o assunto TODAY Logistics & Supply Chain - 13 certificação CPM como fazem dela um prérequisito na contratação de novos funcionários ou para acesso a novas responsabilidades. Este reconhecimento de profissionalismo se estende às suas filiais no exterior. Entretanto, Marcelo Offner destaca que a profundidade do curso é de nível avançado, requisitando que o candidato tenha experiência e que além do curso, se dedique, estudando bastante. Mas o sacrifício vale a pena, garante. “A certificação destaca o profissional no mercado”. Decifra-me Afinal o que é uma área de compras? Nos anos 90, a função Compras nas empresas era essencialmente voltada para a atividade de aquisição. Mas com o final da época da reserva de mercado, as empresas tiveram de enfrentar a concorrência interna e externa. Com a evolução do consumo e dos meios Capa produtivos, Compras passou a fazer parte de um processo complexo e integrado, envolvendo outras áreas da organização, como engenharia, qualidade, finanças, logística, marketing, entre outras. A evolução dos negócios pela Internet, as novas formas de relacionamento entre as empresas na cadeia de suprimentos e o surgimento de fornecedores mais especializados em função dos avanços tecnológicos e a própria competição global, provocaram uma reestruturação organizacional nas empresas. Mas Compras está em transformação acentuada nestes últimos cinco anos, motivada pela competitividade e pela globalização. Ocupando uma área estratégica nas companhias, Compras surge como equacionador de resultados, na redução de custos no momento da aquisição de itens e serviços. As novas necessidades deram muita visibilidade e exigências aos profissionais dos departamentos, o que fez com que buscassem mais conhecimento e especialização para consolidar sua importância. Hoje a área de Compras decide e concretiza os objetivos da empresa. Módulo 1: Processo de compras (Purchasing Process) A. Identificação das necessidades a) Estabelecer planos de compras em fase com os objetivos e as estratégias de aprovisionamento; b) Rever as demandas de compra em função das necessidades e das restrições orçamentárias; c) Determinar métodos apropriados de compras; d) Efetuar análises de custos/benefícios das compras consideradas; e e) Analisar as amostras e as demonstrações dos fornecedores com os usuários e a diretoria de compras. CPM, prepare-se! B. Preparação dos editais (solicitações de propostas) a) Definir e/ou rever as especificações, os desempenhos esperados e os critérios de aceitação; b) Localizar e selecionar as origens potenciais de produtos e/ou de serviços; c) Preparar e solicitar propostas competitivas com especificações, termos e condições pertinentes; e d) Gerenciar e desenvolver listas de fontes recomendadas dos aprovisionamentos. C. Avaliação das propostas a) Avaliar e procurar a melhor oferta; b) Auditar o fornecedor; e c) Mensurar o desempenho a partir de padrões e/ou critérios de classificação. D. Implementação a) Preparar e emitir as ordens de compras e/ou os contratos; b) Garantir a sua legalidade; c) Administrá-los e seguí-los da sua emissão até sua execução completa; d) Resolver litígios eventuais, resolver dificuldades de pagamento com os fornecedores e os usuários; e) Rever práticas de compras para assegurar sua adequação com a lei, políticas empresárias e princípios éticos; e f) Gerenciar dossiês de contratos, de equipamentos e/ou de especificações. Módulo 2 : Ambiente dos suprimentos (Supply Environment) A. Negociações a) Preparar as estratégias e táticas de negociação; e TODAY Logistics & Supply Chain - 14 A certificação C.P.M., Certified Purchasing Manager, do Institute of Supply Management (ISM) abrange todas as atividades exercidas por um diretor ou pelo responsável pela área de compras. Com acentuado foco na parte prática, a certificação baseia-se nas melhores práticas desenvolvidas na atividade de compras internacionais. Uma análise exaustiva das funções de compras de produtos ou serviços permitiu ao ISM detalhar no programa preparatório o conteúdo dessas melhores práticas. O tempo dedicado a cada uma dessas atividades traduz a importância dos temas abordados. Essa certificação atesta a capacidade de um profissional de compras de gerenciar as atividades inerentes à sua função, tanto no mercado interno, quanto externo. O reconhecimento do ISM é evidenciado pela relevância de seus 60 mil associados, sendo de longe a maior associação de compradores do mundo; e pelos seus indicadores de tendências que são balizadores para economistas e profissionais do mundo inteiro. Com 40 mil profissionais certificados, o CPM é o único diploma reconhecido internacionalmente pelos profissionais de compras. Seu novo programa educacional e de certificação promove uma vasta análise do impacto das novas tecnologias (software e internet) nas estratégias de compras. Os dois primeiros módulos estão agendados para o mês de setembro e o terceiro e quarto para o primeiro trimestre de 2008. O programa de preparação compõe-se do seguinte: b) Conduzir negociações com fornecedores e candidatos maximizando o valor da sua posição. B. Informatização a) Desenvolver e/ou usar um sistema de compras informatizado (on-line, TED, ecommerce, praça de mercado...); b) Desenvolver, manter e/ou usar uma base de dados de especificações, fornecedores, produtos e serviços; e c) Informatizar a gestão dos estoques de materiais e dos equipamentos imobilizados. d) Coordenar, averiguar e processar as solicitações, demandas e reclamações dos fornecedores; e) Estabelecer um programa de contratação de fornecedores pequenas empresas ou ligados a minorias / deficientes; e f) Representar o departamento de compras em reuniões com associações profissionais, agências governamentais, imprensa etc. Módulo 3 : Estratégia de fortalecimento do valor (Value Enhancement Strategy) A. Escolha das fontes de abastecimento C. Qualidade a) Resolver problemas de qualidade com fornecedores e usuários; e b) Desenvolver critérios de mensuração da qualidade e de definição de objetivos (Bestin-Class benchmarks). D. Relações internas a) Desenvolver, administrar e avaliar as relações com outros serviços da empresa; b) Participar em equipes multifuncionais; c) Recomendar e implementar as mudanças apropriadas para compras e cadeia de abastecimento; e d) Transmitir informação e assegurar a formação ligada a compras e à cadeia de abastecimento. E. Relações externas a) Desenvolver e administrar relações eficazes com fornecedores via parcerias, alianças estratégicas, SCM e treinamento dos fornecedores; b) Rever a disponibilidade dos produtos e/ou a adequação dos preços com os fornecedores; c) Entrevistar os vendedores dos fornecedores e candidatos a fornecedor; a) Fazer, comprar ou externalizar; b) Alugar ou comprar um equipamento; e c) Desenvolver estratégias de financiamento. B. Gestão do abastecimento e dos estoques a) Organizar, gerenciar e melhorar o armazenamento; b) Negociar o nível de estoque, as políticas de abastecimento, a estratégia Just-In-Time; c) Encontrar as causas das diferenças de inventário e corrigi-las; e d) Desfazer-se dos produtos obsoletos e/ou dos refugos. C. Métodos para fortalecimento do valor a) Conduzir um programa de padronização; b) Implementar um processo de melhoria continuada; c) Desenvolver programas de redução, supressão ou de controle de custos; e d) Coordenar a introdução ou a melhoria de produtos ou serviços. mento baseadas na demanda futura; c) Fornecer previsões de compras aos fornecedores; e d) Comunicar informações sobre o mercado aos gerentes, vendedores e usuários. Módulo 4 : Gerenciamento (Management) A. Gestão e organização a) Desenvolver os planos estratégicos e os objetivos a médio e longo prazo; b) Equalizar os objetivos e as metas do departamento com aqueles da empresa; c) Planejar, desenvolver e fornecer os regulamentos e procedimentos; d) Elaborar os relatórios periódicos das atividades do departamento para os gerentes e as outras áreas da empresa; e) Analisar e resolver os problemas verificados durante as auditorias departamentais; f) Desenvolver e usar critérios de avaliação das performances; g) Preparar e administrar o orçamento; e h) Conceber, modificar e gerenciar os documentos (em suporte papel ou eletrônico). B. Gestão dos recursos humanos a) Supervisionar e gerenciar seu pessoal; b) Contratar, promover e/ou demitir; c) Avaliar as performances; d) Conduzir e gerenciar a formação para assegurar o desenvolvimento das competências; e) Resolver os problemas de performances dos colaboradores; e f) Pôr em prática programas contra a discriminação e o assédio. D. Previsão e estratégias a) Planejar as compras, a escolha dos fornecedores e o abastecimento baseado nas previsões; b) Desenvolver as estratégias de abasteciTODAY Logistics & Supply Chain - 15 [email protected] Internacional Push Versus Pull - Perception Versus Reality By Jim Correll & Daniel Druwe Araujo re the management of their supply chains influenced only by those preconceived judgments. Few, however, actually base their decisions on a sound analysis of their business practices and requirements. This paper explains why Push and Pull cannot be automatically associated to one or another technique and describes other factors that have a critical influence on how to configure the supply chain. Push: The Concept and the Practice “Push” e “Pull” têm sido associados automaticamente a técnicas de gerenciamento da cadeia de suprimento. Também tornou-se comum preconceber que as técnicas associadas com Pull são avançadas e boas e que as técnicas associadas com Push são ultrapassadas e inadequadas. Neste artigo Jim Correll e Daniel Druwe Araujo propõem restaurar o conceito original de Pull e demonstram que a escolha das técnicas de gestão do suprimento deve ser feita em função das características de demanda e suprimento de cada item. O efeito Pull ou Push ocorrerá em função da competência na escolha e operação das técnicas mais do que em função da lógica de cada técnica em si. Os autores enfatizam também a importância das diferentes características de cada negócio e da estratégia de cada empresa na escolha do modelo de gestão da cadeia de suprimento. Copiar modelo e técnicas de uma empresa, por mais bem sucedida que seja, desconsiderando as diferenças de negócio e da definição estratégica é um grave engano. Introduction “Push” and “Pull” are terms that have become synonymous with specific supply chain designs. In recent years, these words also have come to characterize the “quality” of said supply chains. The preconceived impression is that “Push” is inappropriate, while “Pull” is the preferable or acceptable methodology. In addition, Push and Pull have been relegated to certain inappropriately preassigned techniques. As an illustration, Push is typically aligned with Material Requirements Planning (MRP), while Pull is TODAY Logistics & Supply Chain - 16 placed alongside Kanban. This, by extension, transfers these techniques (practices) to the corresponding level of appropriateness. In the market, we see many professionals and organizations making decisions on which techniques to use and how to structu- Push is typically defined as the model in which the delivery of materials, the production of goods and/or the shipment of goods to customers, is done according to a predefined schedule. In fact, Push means to procure or produce some material or product without an immediate demand to use it. As the material or product shows in inventory, there will be efforts to “push” it to the next stage of the supply chain and ultimately to the consumers. Poorly-managed schedules tend to create many conditions to push materials and products without a true demand for them. For example: Schedules tend to accommodate “waste” (safety stock, safety lead time, lot sizing, queues, set-ups, etc.), which makes schedules exceed the expected demands; Supply chain is often slow to react to the true demands; Demand management and supply chain management are not coordinated, leading to inefficiency and the failure of meeting demands, resulting in higher inventories. This further decouples the supply chain from the true demands; Personnel are not sufficiently trained and, combined with inaccurate data, produce inappropriate schedules. The mismatch between the formal schedules and the real execution erodes the credibility of the whole model. As a result, where these distortions happen, the schedule-driven model presents low efficiency, slow response, high inventories and low customer service levels. However, we can attest that, for almost 40 years, Oliver Wight clients have demonstrated that the schedule model can be operated in the Pull mode supporting high customer service levels, low inventories, fast response to changes, and the ability to synchronize actions throughout the supply chain. Pull is the determination to produce exactly what the customers need, in the quantity and time closest to when they need it. The concept, admittedly, has been one of the most important factors of competitiveness in industry. Toyota is considered the most successful applicant of the Pull concept. It uses Pull principles to condition its corporate culture, strategy, value chain configuration, and its day-to-day operations. This consistency from culture and strategy to day-to-day operations makes Toyota a perfect representation of Pull. To emulate the Toyota model, a company needs to either redefine its business and culture to conform to their ‘Pull’ operational model or to rethink the elements in the model according to their chosen business definition. However, many companies have tried to replicate the Toyota success without TODAY Logistics & Supply Chain - 17 understanding and reconciling culture, strategy, value chain configuration and day-today operations. The result has been frustration and failure instead of expected success. The frequent distortions of the schedule-driven model and the widely-advertised success of Pull at Toyota have led to the mistaken and harmful association of Pull to some techniques and Push to others. In fact, it is our contention that most supply chain management techniques can be applied in a Pull or in a Push mode, depending on the culture and competence with which they are applied. The Value Chain and its Alignment to the Business Each company in the market can choose to define its business in a variety of ways. Different companies succeed and become market leaders with different operational models. Therefore, it would be arbitrary to define a single way as the best for all companies. As Treacy and Wiersema postulate (The Discipline of Market Leaders, AddisonWeoley Publishing Company, 1995) the choice of a different value discipline is enough to drive the definition of the culture of the organization, its strategies, and operational model in different directions. Other decisions, like those related to the product portfolio, the market, and the physical location, also can lead to very different business models. As the Toyota application clearly demonstrates, the configuration of the value chain needs to be consistent with the cultu- Internacional ral, strategic, and operational choices of each company. Consistency between the culture, strategies, operational choices and the value chain configuration is critical to evolve into a Pull model and a prerequisite to the appropriate choice of the supply chain management techniques. As an illustration, Pull, in a business of one-of-a-kind, engineer-to-order, will require a different culture, strategies, operational choices, value chain configuration and techniques as compared to a high-quantity producer of a standard product with few options. In the same market, one producer may choose standardization while another may choose customization. We cannot say that one is right, and the other is wrong. Each company must have the right to choose different value propositions. But we can say that applying the same culture, strategies, operational choices, value chain configuration, and techniques of the standard business to the customization business is wrong. In a business where, for an extended time overall demand will by far exceed overall capacity to supply, management will probably choose a strategy of maximizing the use of supply resources in detriment to some demands. The best strategy for this business may not be a pure Pull, at least in the foreseeable future. The Choice of Techniques Even if a chosen business model establishes some preference for one technique over another, at different points in the value chain, different techniques may be appropriate to plan and manage the demand, the production activities, the resources, and the supply of materials. Knowing when and where to apply each of the different techniques is critical to attain the maximum performance in converting materials, productive resources, and technology into the products demanded by the customers. Unfortunately, instead of understanding the business environment and defining the appropriate suite of techniques, management often focuses on one or another methodology and tries to apply it across the board. This often leads to devastating results. The distortions in the application of the schedule-driven model and some misconceptions about Pull and Push have led to the unwise fixation on reactive techniques (like Kanban) to the detriment of ‘dependentdemand’ techniques (like MRP) in the belief that the former are necessarily Pull and the latter primarily Push. In fact, both can be either Push or Pull depending on their application. A lean MRP operation maintains the supply chain constantly synchronized to the variations of demand and benefits from the lean culture and techniques to pursue the lowest lead times, lot sizes, and inventories. The cases of the automotive industry which synchronize the delivery of suppliers directly to the point of use in the assembly lines are straight applications of the ‘dependentdemand’ (MRP) logic. And, while the final trigger to deliver the components to the production line will be determined by the imminent execution in the line, all the preceding actions to make it possible were supported by the production line schedule and a back-scheduling technique. Assuming the same lean environment, a dependentdemand technique permits organizations to TODAY Logistics & Supply Chain - 18 operate with much lower inventories and to react much faster to variations of demand than a reactive/replenishment technique. On the other hand, a distorted application of MRP allows lot sizes to grow to cover for manufacturing inefficiencies, safety stocks to be abused to cope with long lead times, and changes to demand to be filtered from MRP because the supply chain has not been enabled to respond. This results in inadequate schedules and inventories being pushed forth or simply being wasted. A Kanban environment without the lean culture will present the same sins in which the supply chain ‘stabilization’ will be proffered as an absolute virtue, even when “true” demand may be far from stable. Distortions in the use of Kanban will be less noticeable in an environment of standard products, stable demands, and high volumes. However, it will create major problems if those conditions are not present. For many individuals, ‘demand-driven’ and ‘schedule-driven’ are mutually exclusive concepts. This common misconception has contributed to many unwise choices. Part of the reason for the misconception is that inappropriate scheduling can lead to the supply chain losing sight of the true demands, as previously explained. But the illusion created by Kanban in a high-volume, repetitive, demand environment also contributes to the misconception. Under these conditions, it looks like the supply actions are only executed when there is an actual demand to fulfill. In reality, the true demand depletes an inventory below its ‘reorder point’ which then triggers a supply action to replenish the inventory. The units replenished are not intended to meet the demand that actually happened but, rather, the demand that is expected to happen later. The supply action is, therefore, based on the assumption that the demand that just happened will happen again, in the same pattern, and in the immediate future. This is called the ‘naïve forecasting technique’. Since the forecasting technique encoded in Kanban is not apparent, most people believe that the utilization of Kanban can spare them from the risks of forecasting. In fact, because forecasting in Kanban is hidden, it makes it more difficult to measure the deviations of forecast, to perceive when the Kanban parameters need to be adjusted to a changed pattern of demand, and to improve the forecasts. Again, where demands are very stable, these distortions and misconceptions produce less visible effects. Should a company redefine its business just to make Kanban an appropriate technique? This is a strategic decision that cannot be made lightly and based on the virtues of the technique alone. For different stages of the chain and for different materials, products, and market segments, different techniques will be appropriate based on the volume, regularity, and predictability of demand, response time required by the customers, set-up costs, capacity, and other factors. About this book: This third edition of Gaining Control focuses on the latest concepts, software and processes that exist today and provides detailed explanations and step-by-step instructions on how and where to apply these tools to achieve success in managing and controlling your manufacturing operation. An added feature in this new edition is the introduction of the expectations of excellence as described in the Oliver Wight Class A Business Excellence Checklist, Sixth Edition, along with the associated processes. mance. These companies include numerous Caterpillar Divisions, Imperial Tobacco, General Dynamics Land Systems, Martin Marietta Astronautics, Boeing Portland, and Tektronix, Inc. At Tektronix he served as the Class A implementation manager. In that capacity, he develo- Highlights of the Book: ped a new organizational structure, implemented new software, and designed and delivered an This book defines such concepts as Finite Capacity Scheduling (FCS) and Advanced Planning and Scheduling (APS) to provide a clear understanding of both their potential and pitfalls. Other concepts explored and updated include Lean and Agile manufacturing, Six Sigma, and customer centricity, all of which can be applied individually or in combination to attain efficient operations in a single- or multi-plant environment. This updated edition includes many practical illustrations, descriptive charts and detailed tables to enhance the learning process. In addition, specific steps are identified to follow along with the formulae for calculating performance metrics. effective educational training program for both the new software and the behavior changes required to obtain bottom-line results. He co-authored Gaining Control: Managing Capacity and Priorities, Third Edition. Daniel Druwe Araujo graduou-se em Economia e especializou-se em Administração Empresarial por cursos e experiência profissional no Brasil e internacionalmente. É profissional certificado pela The Association for Operations Management (APICS) e diretor da Associação para Educação em Administração Empresarial (ABAI). Como consultor associado à The Oliver Wight Companies, orienta empresas no Brasil, América Latina, Europa e Estados Unidos na avaliação, implementação e aperfeiçoamento de seus processos estratégicos, de recursos huma- Sobre os autores: Daniel Araujo and Jim nos, de aperfeiçoamento contínuo e de planeja- Correll are principals of Oliver Wight Americas. mento operacional. Daniel tem conduzido inú- Both work with senior management of client meras organizações à certificação pela Oliver companies in the areas of manufacturing plan- Wight, como empresas “Classe A” e “Excelência ning and behavior changes required to obtain Operacional”. Trabalha também como professor bottom-line results. They have many years of convidado em cursos de pós-graduação em international experience guiding companies to administração empresarial e palestrante em con- Class A performance. ferências profissionais. Jim Correll, a principal of Oliver Wight since 1984, served eight years as chairman of Oliver Wight Americas and co-chairman of Oliver Wight International. As a consultant, he has assisted [email protected] more than 20 companies attain Class A perfor- (Fim da 1ª Parte. Continua na Próxima Edição) TODAY Logistics & Supply Chain - 19 Express Artok lança contêiner aramado que beneficia frigoríficos Em decorrência da falta de disponibilidade de contêineres específicos para o transporte de blocos de carne congelada, a Artok, fabricante de racks aramados desenvolveu dois equipamentos especialmente para esta finalidade: o Meatainer, um contêiner que acondiciona até uma tonelada de carne congelada, e o estrado de congelamento. O Meatainer reduz em mais de 30% o tempo de estocagem e movimentação do produto, agilizando muito o tempo de carga e descarga, aumentando a linha de produção. Já o estrado de congelamento diminui até 70% o tempo gasto em congelamento e descongelamento dos frios, ambos proporcionando ventilação total da carga, por serem vazados. Além de resolverem problemas como a quebra de embalagens no acondicionamento (pois antes eram usados recipientes de papelão ou plástico) e tempo gasto em congelamento e descongelamento, os dois produtos aumentam a competitividade, abrindo possibilidades de exportação para os mercados europeu e oriental. Favorecem também o crescimento das exportações brasileiras de carne in natura, que aumentaram em 50% em comparação ao mesmo período do ano passado, chegando à cifra de US$ 1,42 bilhão de dólares. 1ª Conferência Mundial da Business Process Society XI Conferência Nacional de Logística A XI Conferência Nacional de Logística, organizada pela Associação Brasileira de Logística (Aslog) nos dias 25 e 26 de junho no hotel Novotel Jaraguá em São Paulo, apresentou sessões estratégicas e técnicas que exemplificaram a situação atual da logística no País, além de levantar a discussão de tendências do transporte nos próximos anos, com sessões empresariais reunindo profissionais dos segmentos ferroviário, aéreo, rodoviário e aquaviário. A Business Process Society, entidade não-governamental de estudos de melhores práticas em negócios, sediada em Mumbai, na Índia, organizará, nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro a 1ª. Conferência Mundial e Exibição da Business Process Society, em parceria com o Institute of Manufacturing Resource Management of India. A temática da conferência neste ano será “Conduzindo a experiência através das melhores práticas”, onde se espera reunir profissionais capacitados, atuantes no campo de gerenciamento de business em um networking de excelência. Para os associados às entidades afiliadas à BPS (membros da APICS, AST&L, CSCMP e SCOR) que desejem se apresentar na conferência, o envio de material deve ocorrer até o dia 14 de julho, e deverá se encaixar em uma das três categorias especificadas: estudos de caso, novos conceitos e descobertas obtidas através de pesquisas. Mais informações são obtidas no site da Business Process Society, no endereço www.bpsociety.org Grupo logístico Abertis quer investir no território baiano Após conhecerem o programa de desenvolvimento da Bahia, que requer investimentos em logística, o grupo espanhol Abertis, líder em gestão de infra-estruturas ao serviço da mobilidade e das comunicações, revelou interesse em criar alianças com o governo baiano. A empresa, que é um dos três maiores operadores europeus de auto-estradas, presente em 15 países, planeja, a partir da nova parceria, se tornar a maior operadora de autoestradas do mundo. O estado da Bahia poderá oferecer uma extensão de trabalho de até 70% de sua área total, atingindo desde as regiões sul e oeste até o semi-árido. Além disso, o estado também prevê disponibilizar aos possíveis investidores um sistema ferroviário que liga o leste da Bahia ao oeste do Brasil, até onde se encontra a fronteira com o Peru. A nova ligação de ferrovias facilitará a distribuição do ferro produzido em Boquira, Macaúbas, Botuporã, Tanque Novo e Ibipitanga, municípios do estado. As melhorias também se estendem a outros projetos de infra-estrutura, como parcerias público-privadas (PPPs) das BRs 324 e 116, a ampliação do contorno rodoviário de Feira de Santana, a duplicação do porto contêineiro de Salvador, o porto entre Ilhéus e Camamu, os portos de granéis líquidos e sólidos em Aratu e a plataforma intermodal no porto de Juazeiro, que inclui a revitalização da hidrovia do São Francisco. A reunião com os investidores espanhóis para apresentação das propostas contou com a presença de membros da Secretaria de Planejamento da Bahia e outros membros de comissões técnicas do estado, e a parceria com o grupo logístico Abertis deverá ser formalizada nos próximos meses. I Conferência Pharmalogistics & Cold Chain 2007 A primeira edição da conferência Pharmalogistics & Cold Chain, organizada pelo International Quality & Productivity Center (IQPC), nos dias 19 e 20 de junho contou com a presença de profissionais atuantes em logística farmacêutica e cadeia de frio das maiores empresas do ramo situadas no Brasil. O evento mostrou soluções e técnicas de planejamento de produção, armazenamento, distribuição, segurança das cargas e aumento de produtividade, com palestras dirigidas por profissionais do setor. A conferência abriu discussão a respeito do sistema logístico operado no país, onde Dra. Oacy de Mello Allende Toledo, representante da Anvisa pôde, a partir de um networking com representantes de grandes laboratórios e operadoras logísticas, debater as mudanças esperadas para os próximos meses, assim como outras soluções para problemas comumente encontrados para a execução dos transportes. Brasil conquista a marca de 3 milhões de caminhões produzidos O Brasil, que produz caminhões desde o ano de 1957, atinge em 2007 a marca de 3 milhões de caminhões fabricados em seu território. Este promete ser o segundo ano em maior número de produção, perdendo apenas para o ano de 1977, quando houve recorde de produção de caminhões de portes leve a médio. Atualmente, a produção se intensifica principalmente em veículos de categorias pesado a semipesado, e a produção é liderada por oito marcas que correspondem a 95% do total produzido no país. O Brasil é o terceiro maior fabricante de caminhões no mundo, segundo o ranking mundial realizado pela Organização Internacional de Produtores de Veículos Motorizados (Oica), e sua produção é liderada por Mercedes-Benz, seguida de Ford e General Motors. Mercedes, Scania e Volvo têm construídas no Brasil suas maiores montadoras. TODAY Logistics & Supply Chain - 20 Alstom fecha contrato de US$ 450 milhões com a CSA Após seis meses de concorrência com a alemã Siemens num leilão pela construção e manutenção de uma térmica de 49 MW em Santa Cruz, no Rio de Janeiro, a francesa Alstom fechou contrato com a CSA (Companhia Siderúrgica do Atlântico) no valor de 330 milhões de euros, o equivalente a 450 milhões de dólares. O projeto prevê a implantação da térmica para 2009, onde será gerada energia para o consumo interno e externo do complexo, e 200 MW serão vendidos a terceiros. Além do aumento de produtividade, a unidade proporcionará controle ambiental através do maior aproveitamento do gás de processo em plantas de ciclo combinado, proporcionando o ganho de 10% de energia, além da adoção do uso de gás natural, tecnologia existente hoje apenas em duas outras térmicas existentes no mundo também mantidas pela Alstom, uma no Japão e outra na China. Segundo a CSA, a energia produzida na térmica deverá ser comercializada a partir de 2011, e a assinatura do contrato representa hoje o equivalente a 40% na receita da Alstom no período fiscal 2006/2007. TODAY Logistics & Supply Chain - 21 Agenda Julho BSCM - Basics of Supply Chain Management (CPIM / APICS) 21e 28 de julho e 4 de agosto (3 dias) na ABAI / SP www.abai.com.br Planejamento Logístico Integrado 24 e 25 de julho em São Paulo www.centrodelogistica.com.br 18º Simpósio Ciclo Parcerias Estratégicas em Logística & Supply Chain 25 de julho em São Paulo www.portalsupplychain.com.br Transporte Aéreo de Cargas 26 de julho em São Paulo 15% de desconto para assinantes TODAY www.iir.com.br TODAY GCS - Gestão da Cadeia de Suprimentos 26 a 28 de julho em São Paulo www.todaylogistics.net www.abai.com.br BSCM - Basics of Supply Chain Management (CPIM / APICS) 02 a 04 de agosto na Fundação Vanzolini / SP www.abai.com.br Certificação em Logística Empresarial 06 e 07 de agosto em São Paulo www.canalexecutivo.com VIII Congresso Nacional Intermodal dos Transportadores de Cargas 08 a 10 de agosto em Joinville / SC www.abtc.org.br Logística para Arquitetos e Engenheiros Civis 11 de agosto em São Paulo www.imam.com.br XIII Fórum Internacional & Expo Logística 13 a 15 de agosto no Rio de Janeiro www.centrodelogistica.com.br IV Fórum Nacional de Gestão de Compras e Suprimentos 14 de agosto em São Paulo www.ebusinessbrasil.com.br Agosto The Supply Chain Management Revolution 02 e 03 de agosto em São Paulo www.hsm.com.br/eventos Warehouse Management 15 e 16 de agosto em São Paulo 15% de desconto para assinantes TODAY www.iqpc.com.br TODAY Logistics & Supply Chain - 22 DSP - Detailed Scheduling & Planning (CPIM / APICS) 15 a 18 de agosto na Fundação Vanzolini / SP www.abai.com.br Técnicas Avançadas em Gestão Logística 18 de agosto em São Paulo www.centrodelogistica.com.br ECO - Execution and Control of Operations (CPIM / APICS) 22 a 25 de agosto na Fundação Vanzolini / SP www.abai.com.br SLA em Compras 23 e 24 de agosto em Belo Horizonte / MG 15% de desconto para assinantes TODAY www.iir.com.br Formação em Logística Empresarial 25 de agosto no Rio de Janeiro www.centrodelogistica.com.br MPR - Master Planning of Resources (CPIM / APICS) 29 de agosto a 01 de setembro na Fundação Vanzolini / SP www.abai.com.br SMR - Strategic Management of Resources (CPIM / APICS) 29 de agosto a 01 de setembro na Fundação Vanzolini / SP www.abai.com.br
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