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Sumário Editorial Editorial Editorial Reinvente-se stamos assistindo uma interessante transformação no meio dos profissionais ligados ao Supply Chain Management. Trata-se da ascensão da área de Compras. Par-e-passo com os gerenciadores da cadeia de suprimentos, chega às vezes a suplantar-lhes, adquirindo status de vice-presidência, reportando-se diretamente ao presidente da empresa e ninguém mais. Por conta dessa tendência, aliás, atentos a todas as tendências em Logística & Supply Chain, a revista TODAY Logistics & Supply Chain acompanhou a fase inicial da preparação ao Certified Purchising Management (C.P.M.), a certificação para profissionais de compras, no País, oferecido pela Associação para Educação em Administração Empresarial (ABAI), que representa no Brasil o Institute for Supply Management (ISM), mentor do C.P.M. Conhecemos o instrutor Frank Quiett, responsável pela consolidação de alguns conceitos muito interessantes. Confiram na matéria de Capa, mas de qualquer maneira, destacamos a contraposição entre conhecimento e experiência: experiência é o resultado de ações passadas; conhecimento é o que você adquire em aulas, seminários, cursos, workshops e que faz o profissional desejar ir adiante. É uma maneira de adquirir o hábito constante de questionar-se e mudar, mudar e mudar. A inovação é um estado de espírito que não sossega diante da rotina, do hábito de fazer as coisas sempre do mesmo jeito. Questione-se, reinvente-se todos os dias, não se contente com pouco. O mundo é de quem tem o destino nas próprias mãos. Anote em sua agenda: dia 27 de novembro, I Encontro Nacional de Profissionais Certificados em APICS. Em um dia inteiro de palestras, o evento reúne conteúdo especializado, uma análise da comemoração dos 50 anos da associação - que ocorreu entre os dias 21 e 23 de outubro, nos Estados Unidos - e uma excelente oportunidade de networking com o time de profissionais qualificados do Brasil todo. E como sempre, as informações de mercado e a agenda de cursos para os interessados em crescer e aparecer. Lembramos que a partir deste ano a TODAY Logistics & Supply Chain, depois de um ano de distribuição gratuita, passa a ser oferecida em assinatura anual. Pedimos sua colaboração, leitor, pois com seu apoio podemos consolidar nosso projeto e ir muito mais longe. Leiam, critiquem, contribuam, a revista é sua! E Boa leitura! Cecília Borges Editora [email protected] TODAY Logistics & Supply Chain - 04 06 O profissional de compras atualmente ocupa posição estratégica e tem poder de decisão. Conheça a C.P.M. 08 Ética empresarial, artigo de Gregory Petter dos Santos 10 EXPEDIENTE Thelma Almeida Santos - Diretora Executiva Cecília Borges - Editora - Mtb-19.229-SP [email protected] Antonio Carvalho - Editor de Arte Cíntia Luz / Bruno Ferreira - Estagiários Elenita Senger - Publicidade [email protected] Conselho Editorial - Cristiano Cecatto - Laurent Frédéric Bernard - Nelson Rosário - CPIM, CSCP - Rubens E. Brambilla - CPIM, CIRM, CSCP, P. Eng. Contatos: [email protected] R. Fernandes Moreira, 1.166 04716-003 São Paulo - Brasil Tel. : +55 (11) 51 84 17 10 Portos, recentes novidades 14 Logística reversa de produtos eletrônicos, de Eduardo Miguez 16 Effectiveness in communication, education & training, de Daniel Druwe, OW 19 Profissional Certificado 20 Express - As novidades dos segmentos de logística e Supply Chain Management TODAY Logistics & Supply Chain - 05 vó teresa Capa Da esquerda para a direita: Carlos Roda, Leonardo Reis, Claudio Duarte, Olivier Crouzet, Gustavo MacFarland, Jean-Pierre Bernard, Thelma Almeida Santos, Frank Quiett e Juliana Martin. Sentado, Leonardo Rodrigues Com quem está seu dinheiro? Esta é uma séria pergunta que os proprietários de empresas devem fazer a si próprios quando a estruturam e organizam seus departamentos de compras. Quanto mais qualificado for o profissional, em melhores mãos estará o orçamento. Para os mais atentos, há novidades no mercado brasileiro, como a certificação em compras - C.P.M. m setembro, a Associação para Educação em Administração Empresarial (ABAI), que representa no Brasil o Institute for Supply Management (ISM) recebeu Frank Quiett, orientador da primeira turma brasileira para o Certified Purchising Management (C.P.M.), a certificação para profissionais de compras. O experiente profissional empolgou a todos com uma diferente maneira de pensar e de ver a vida. Ciente de sua missão de ajudar os treinandos, Quiett enfatizou a relação entre conhecimento e experiência. “Experiência baseiase em ações passadas, conhecimento é o que leva os profissionais para frente.” Alguns conceitos apreendidos já foram incorporados pela turma de executivos brasileiros. Entre eles, Leonardo Reis, responsável pela área de Compras Internacionais da Cryovac/Sealed Air, fabricante de embalagens para carnes resfriadas e congêneres, que conta o ensinamento que marcou as aulas desde o primeiro dia: questionamento constante. “Ele nos ensinou a parar e analisar o que está se fazendo. E perguntar- E se se aquela maneira é a mais produtiva, a melhor”. Segundo Quiett, não adianta trabalhar de determinado jeito porque foi assim que o ensinaram ou porque sempre funcionou desse jeito. “Não, de jeito nenhum. Você precisa parar e raciocinar, se não é a melhor maneira, parta para as mudanças”, ressalta Reis. Mas o que atuar diferentemente tem a ver com compras? Simples, explica Frank Quiett: “Se fizer do mesmo jeito os resultados serão os mesmos. O profissional precisa de conhecimento adicional. Eu estou aqui menos para ensinar como passar nos exames da certificação do que para acender a chama da procura constante de conhecimento”. O curso, disponibilizado pela ABAI é estruturado em quatro módulos, com provas a cada dois, iniciou sua primeira turma para a Certified Purchasing Management (C.P.M.) em setembro. A missão do professor é transmitir conhecimento de maneira que os alunos possam aplicá-lo em suas empresas. Ao chegar ao quarto nível, estarão aptos a continuar a crescer e a adquirir conhecimento porque mudaram a maneiTODAY Logistics & Supply Chain - 06 ra de ver o mundo e de pensar. “Quando eles percebem que a responsabilidade sobre a melhoria de vida profissional e pessoal está em suas mãos, o trabalho torna-se mais produtivo e eficiente”. Letras A coordenação do curso preparatório para C.P.M., do I.S.M. está a cargo de Marcelo Offner, CPIM, consultor industrial e logístico, e instrutor dos cursos da APICS, também oferecidos pela ABAI. Ele explica a relação entre as associações: “Elas são correlatas, pois ambas têm a missão de difundir conceitos relacionados com a gestão da produção e dos materiais. Além disso, os cursos preparatórios para as certificações, tanto do I.S.M., como da APICS são oferecidos pela ABAI”. Sobre o início da turma para C.P.M., o consultor explica que a ABAI vinha recebendo consultas de interessados no assunto, normalmente profissionais com vivência no exterior ou de multinacionais que conheciam a importância da certificação. Como foi o caso de Cláudio Duarte, gerente de Supply Chain da Cryovac/Sealed Air, fabricante de embalagens para produtos de carne resfriada, entre outras especialidades. Ele tomou conhecimento do curso com os colegas norte-americanos e conta que nos Estados Unidos as empresas estão considerando a certificação C.P.M.(Certified Purchasing Manager) como um critério de seleção para profissionais das áreas de Compras e Suprimentos. “Equivale a um MBA em Compras/Suprimentos. Acho que em breve seguiremos a mesma tendência no Brasil”, considera. Duarte salienta ainda que cerca de 50 a 70% de todas as despesas das empresas estão nas mãos dos profissionais de Compras / Suprimentos. Como conseqüência da certificação, o gerente acredita as companhias terão: otimização dos custos, aumento do lucro líquido, diferencial para os profissionais mais qualificados dessas áreas, sendo pré-requisito para contratação dos profissionais. Marcelo Offner, da coordenação do curso preparatório acrescenta que em linhas gerais o profissional de compras precisa atuar da mesma forma independente como a que explicou Frank Quiett. “Como todos os processos de gestão são, de certa maneira globalizados, a atuação de um gerente de compras nos Estados Unidos deve ser a mesma do que a do Brasil”. alho arv il Prática Outro participante do curso preparatório para C.P.M., Carlos Roda, das Compras Nacionais da Cryovac/Sealed Air, destaca que até pouco tempo trabalhava como responsável pelo departamento de Engenharia de Instalações, até ser convidado a substituir o gerente de Compras, que se aposentou. “O curso está sendo fundamental para o meu novo cargo, pois não tinha experiência no assunto”. Além do conteúdo, outro benefício da série de palestras com Frank Quiett foi o contato entre profissionais altamente qualificado na área de compras, de empresas importantes dentro dos segmentos farmacêutico, serviços e moda. Saídos do curso, os três profissionais da Cryovac/Sealed Air estavam animados em implantar todas as novidades apreendidas. Mas o próprio orientador recomendou que as mudanças fossem feitas aos poucos. “No primeiro momento, reunimos todos os profissionais de compras da companhia”, afirma Cláudio Duarte, “e compartilhamos o que aprendemos, apenas contamos”. Entretanto, não conseguiram ficar apenas na teoria. Como as técnicas são muito interessantes, o grupo não se privou de experimentar, ao menos, uma delas, o TCO, de TODAY Logistics & Supply Chain - 07 t : An ões aç ustr C onio Total Cost of Ownership, ou Custo Total de Aquisição. Cláudio Duarte explica que quando se compara fornecedores, o primeiro critério analisado é o preço. “Depois que aprendemos TCO, não olhamos preços e sim custos. Os fornecedores que apresentam menor preço, muitas vezes têm qualidade pior ou estão mais longe, o que trará despesas com frete”, exemplifica. Mais importante do que a técnica é o raciocínio e esse já foi incorporado pelos profissionais. A preparação ao C.P.M. ocorreu na hora certa. A Cryovac/Sealed Air em 2006 mudou seu approach em relação ao Supply Chain: ao em invés de organização por departamentos passou para processos. “Sou parte viva dessa mudança”, afirma Cláudio Duarte, “pois fui contratado especificamente para montar a gerência de Supply Chain”. Assim, sob o Supply Chain estão as áreas de Compras, Logística, Planejamento de Produção e Materiais. As Compras foram divididas em Nacionais e Internacionais por terem procedimentos muito diferentes. Com a reestruturação global da companhia, a área de Supply Chain adquiriu status de diretoria e vice-presidência, reportando-se diretamente ao CEO. “Hoje o Supply Chain tem muita importância dentro da Cryovac/Sealed Air”, conclui Duarte. Artigo Ética empresarial, a sua empresa tem? unca se falou tanto como hoje em dia sobre ética. Isto tudo devido aos freqüentes escândalos e muitas queixas na sociedade, na política, nas indústrias e em todos os segmentos que, de alguma forma, envolvem ganho financeiro ou até mesmo de status. A sociedade contemporânea cobra das empresas uma atuação responsável e o consumidor atual tem consciência da efetividade de seus direitos. Portanto, exige das empresas uma nova postura que exponha suas reais preocupações com questões sociais. Um dos campos mais carentes, constatado na atual sociedade, refere-se à ética profissional, devido o fato de passarmos grande parte de nosso dia, no ambiente corporativo, onde se desenvolve em uma sucessão de escolhas e da prática de virtudes, que nada mais são do que os valores transformados em ação. Uma empresa só pode ser considerada ética se cumprir de forma clara e transparente todos os compromissos firmados, ou seja, se adotar uma postura de negócios aberta e agir de forma honesta com todos que mantêm qualquer tipo de relacionamento (colaboradores, fornecedores, clientes, acionistas, etc). Seus valores, rumos e expectativas devem levar em conta toda essa totalidade de relacionamentos, e seu desempenho também pode N e deve ser avaliado devido ao seu esforço no cumprimento de suas responsabilidades sociais, como em sua atuação na forma de empresa-cidadã. Nesse cenário mercadológico, há uma grande competitividade dentro das empresas, que acabam por incitar batalhas sem fim entre as pessoas, seja disputando fatias de mercado, ou disputando posições de destaque dentro das empresas e fora delas. Nesta busca desenfreada pelo reconhecimento, manutenção do status, prestígio, lucratividade e poder, quase sempre, a ética é posta de lado. Esta é a guerra pela sobrevivência que é patrocinada pelo mercado, onde para se chegar à vitória não importa os meios utilizados. Mesmo considerando-se óbvio e absolutamente necessário obter, lucros, resultados, produtividade, qualidade e eficiência de produtos e serviços, além de outros valores típicos de empresa, é extremamente necessário que os mesmos sejam aliados aos valores pessoais, tais como: respeito, dignidade, justiça, cooperação, perseverança, honestidade, compreensão, senso crítico, prudência, entre outros. Entende-se claramente a necessidade da moderna gestão empresarial criar relacionamentos mais éticos no mundo dos negócios para poder sobreviver e, obviamente, TODAY Logistics & Supply Chain - 08 obter vantagens competitivas. A empresa, as pessoas e a sociedade como um todo também acabam por se beneficiar com este movimento. Percebe-se que é necessário incutir no empresariado a consciência de que ao estabelecer padrões éticos como missão da empresa, o resultado pode não ser imediato, mas significa ter bons negócios a longo prazo. Quando as pessoas trabalham para uma organização que acreditam ser justa, onde todos estão dispostos a dar o melhor de si para a realização das tarefas, onde as tradições de fidelidade e cuidado são marcantes, elas trabalham com um nível muito mais elevado e com orgulho de fazer parte de numa empresa responsável. Os valores ao seu redor passam a fazer parte delas e elas vêem o cliente como alguém a quem devem o melhor produto ou serviço possível. Bons negócios dependem essencialmente do desenvolvimento e manutenção de relações de longo prazo e as falhas éticas levam as empresas a perderem clientes, fornecedores importantes e profissionais eficientes. Na atualidade a empresa que quiser ser competitiva e obter sucesso tanto no mercado nacional como no mundial, terá de manter impreterivelmente uma sólida reputação no que diz respeito a seu comportamento ético. Através de seus administradores, deve estar ciente de sua responsabilidade, por meio de sua missão fundamentada numa atuação ética, deve implementar ações sociais e ambientais responsáveis, interagindo assim, entre os interesses da comunidade e da empresa, ou seja, detectando necessidades e alternativas de desenvolvimento social e econômico da população, propondo e desenvolvendo formas de solucionar problemas sociais, articulando o apoio e promovendo a elaboração de projetos que visem erradicar carências de todo o tipo. Só assim, os funcionários, seus clientes e a sociedade como um todo acabam por assimilar este movimento ético, tornando as pessoas menos céticas e muito mais preocupadas com o bem estar comum. Segue abaixo os 10 mandamentos das empresas socialmente responsáveis que por muitos não são respeitados. Lembrando que a ética nada mais é do que um instrumento de realização da filosofia da empresa, de sua visão, sua missão e de seus valores, pois a ética passou a ser um fator que agrega valor à imagem da empresa. Não divulgarás propaganda enganosa É preciso banir o péssimo hábito de fisgar o consumidor com a mentira ou meia verdade sobre produto ou serviço. Não farás espionagem industrial Procurar descobrir o que o concorrente está fazendo, com emprego de táticas desonestas, ainda é considerado “natural”, sobretudo em áreas muito competitivas, como automobilística e informática. Não assediarás sexualmente Uma cantada pode não ser nada mais que uma cantada, mas o uso do poder como forma de sedução e coerção sexual é crime e deve ser denunciado. Não apadrinharás A contratação ou promoção de um funcionário deve se dar com base na competência profissional e no mérito. Quando falam mais alto as relações amorosas, de parentesco ou politicagem, todos perdem. Tratarás os funcionários com respeito No local de trabalho devem imperar relações saudáveis, em que não prevaleçam o medo de perder o emprego e o estímulo à competição selvagem. Gregory Petter dos Santos colabora nesta edição com um artigo em que analisa a ética no ambiente corporativo. Valem a reflexão e as sugestões Honrar cliente e fornecedor Não discriminarás Entregar mercadorias na data marcada, fornecer serviços de qualidade e prestar bom atendimento ao cliente, além de cumprir compromissos com fornecedores, são hoje exigências das quais a empresa não pode fugir. Fazer discriminação de raça, preferência sexual ou de deficiência, na hora de contratar e promover, e tratar de forma desigual homens e mulheres ainda é a regra em muitas firmas. Não subornarás Nas relações do setor privado com o setor publico, o suborno tem sido uma das praticas mais em evidência, seja para vencer licitação de obras, livrar-se de multas ou obter vantagem em negociação. A falta de ética em uma empresa acarreta na perda de bons clientes, bons fornecedores e bons profissionais. Não poluirás É crescente a rejeição às firmas que poluem rios e mares, liberam gases poluentes, jogam lixo em local impróprio, abusam de recursos naturais e não se responsabilizam pelo destino dos produtos que criam. Não fraudarás A fraude é qualificada como falsificação, adulteração, contrabando, abuso de confiança ou ação praticada de má fé. Os diferentes tipos de fraude podem ser encaixados em diversos artigos do Código Penal. TODAY Logistics & Supply Chain - 09 O autor: Gregory Petter dos Santos é Bacharel em Logística, com vários cursos de complementação em Logística Empresarial, tendo concluído o último, sobre Balanced ScoreCard, em julho de 2007. Sua experiência profissional abrange as áreas de Operações Portuárias, Transporte Rodoviário de Carga, Armazéns Gerais, de Contêineres e Frigorificados. Atualmente é Analista de Logística na Perdigão Agroindustrial, no setor Gerência Logística de Armazenagem e Distribuição do Mercado Portos SEP considera Rio Grande o segundo mais importante porto brasileiro detalhe do Porto de Rio Grande (RS) Bercílio Silva, Superintendente do Porto de Rio Grande O Ministro da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito deu a entender durante o seminário da Santos Export, em outubro, que o Porto de Rio Grande teria condições de se tornar um dos portos hub brasileiros (de concentração de cargas), juntamente com o Porto de Santos. Em visita a Rio Grande, um mês antes, o Ministro afirmou que o local é o segundo mais importante do Brasil em movimentação de cargas. Para comentar as afirmações de Brito, o Superintendente de Rio Grande, Bercílio Silva concedeu uma entrevista à TODAY, que você confere a seguir TODAY: O ministro Pedro Brito declarou que o Porto de Santos é o primeiro porto hub do Brasil e que há mais duas possibilidades, mencionando que Rio Grande seria uma delas. O que o senhor diz sobre isso? Bercílio Silva: Recebemos o Ministro que, em reunião com todos os operadores, trabalhadores, empresários e autoridades, deu a declaração que depois de Santos, o Porto de Rio Grande seria o segundo porto de importância no Brasil, o que para nós foi uma surpresa e confirma o que ele disse no seminário. Estrategicamente, as condições naturais e de investimento, tanto público, quanto privado, e de multimodalidade, no parecer do ministro, indicam que Rio Grande pode ser um grande porto concentrador de cargas, principalmente em termos de Mercosul. Falou mais: que, do Sul, Rio Grande será um dos primeiros portos. TODAY Logistics & Supply Chain - 10 Entretanto, a medida ainda não é oficial. T: E como o senhor, Superintendente de Rio Grande, pretende conduzir essa situação? BS: Com maior responsabilidade, trabalhando cada vez melhor e olhando muito para o futuro. Temos, com nossos técnicos, feito um planejamento estratégico para o desenvolvimento do porto e este ano esta- mos com a perspectiva de aproximadamente 25 milhões de toneladas de cargas, entre importação e exportação, 17,5% de crescimento médio nas nossas atividades. Para 2015, a projeção é de aumento médio anual de 9%. sejam competitivos e o que estamos discutindo com o Porto de Montevidéu, de Buenos Aires, de Paranaguá, de Itajaí é a complementaridade, para que cada vez gastemos menos em termos de logística para ser mais competitivo na hora de exportar nossos produtos. T: O senhor atribui a isso o fato de o ministro ter colocado o porto de Rio Grande como o segundo principal do País? T: A que o senhor atribui os bons índices do Porto? BS: Podemos melhorá-los mais. Vamos BS: Não. Nós já estávamos trabalhando fortemente e o planejamento estava adequado nesse sentido. Agora, com a notícia, estudamos as ações a articular com o Governo Federal para que o porto seja tão importante na prática quanto é no discurso, que esteja nas prioridades da Secretaria Especial de Portos. Queremos transformar palavras em ações consolidadas para que se tornem realidade. dedicar os próximos anos à eficiência e à eficácia. Propusemos-nos em não mexer em tarifas portuárias nos próximos cinco anos, manter as mesmas tarifas que já temos há dez anos e mexer apenas em ganhos de produtividade e na eficácia para que possamos melhorar ainda mais toda a infra-estrutura do porto e dar condições de sustentar esse processo. Mas diria que há uma grande vantagem comparativa pela multimodalidade do transporte no Porto de Rio Grande. O governo está dando um especial interesse à parte hidroviária e o porto está junto nesse processo, no aproveitamento de menos de 3,7% de todas as cargas que saem ou que chegam ao porto de Rio Grande via hidrovia, e queremos elevar isso nos próximos 4 ou 5 anos para 20% no mínimo, porque é uma via mais econômica, ecologicamente segura e correta, e isso vai nos dar mais competitividade e os investimentos são muito menores do que na sustentação das rodovias. T: Quais as expectativas para o futuro? BS: Acredito que em 2015 – com o crescimento normal que estamos trabalhando, conforme a média e as projeções de todas as demandas dos terminais portuários, – o porto estará operando com 50 milhões de toneladas. Creio também que em um período tão pequeno o porto estará dobrando sua movimentação e, para isso temos de ter a estrutura preparada para um porto multiplicar sua infra-estrutura, com novos terminais, com canais dragados, aprofundados, sinalizados com tecnologia moderna e gestão dinâmica. Sem dúvida, o Rio Grande do Sul, que usa mais de 96% de suas exportações pelo Porto do Rio Grande, vai, nos próximos anos, alavancar esse desenvolvimento. T: Como é a relação de Rio Grande com os portos vizinhos? BS: Não creio que os portos entre si T: Esse seria um diferencial logístico do Porto de Rio Grande? BS: Acho que esse seria um diferencial por nos dar a competitividade na exportação dos produtos. Isso em termos internos. Em termos externos, a proximidade entre os portos mais ao sul, como Buenos Aires, Montevidéu, e também com Santa Catarina, Paraná e até São Paulo. Nós ficamos no meio TODAY Logistics & Supply Chain - 11 do processo, numa faixa de 800 / 1800 km, o que também possibilita que esse processo de concentração de cargas possa ser realizado no Porto de Rio Grande. T: E o que mais o senhor gostaria de destacar nos processos logísticos? BS: Acho também que a hidrovia nos favorece com o Uruguai, e o nosso aproveitamento na Lagoa Mirim também é grande. Então a grande área produtora do Uruguai de minérios e madeira é a região norte deles, justamente na fronteira com o Rio Grande do Sul, onde temos a via férrea para auxiliálos, como também a hidrovia, dando mais competitividade para eles, e o uso da sua madeira para as indústrias de celulose que estão se instalando na região. T: O que o senhor destacaria em metas para os próximos anos e até mesmo para de 2007? BS: Em 2007 a safra foi boa, mas não só o aumento da safra que movimentou o trânsito das mercadorias do porto. Houve o aumento de importação, houve o aumento da exportação em todo sentido – cargas gerais, automóveis – foi um aumento linear com maior concentração na safra agrícola, sem dúvida, mas houve um crescimento em todas as áreas. Granel líquido também, o que mostra que a atividade econômica está começando a ultrapassar os índices do PIB nacional. T: E o principal objetivo de vocês, seria justamente em 2015 conseguir atingir 50 milhões de toneladas? BS: Sim, 50 milhões com as mais baixas taxas portuárias e um atendimento cada vez mais eficiente em serviço, ou seja, fazer com que haja negócios cada vez mais eficientes e competentes para todos. Portos Missão Portuária vai a portos europeus Ministro da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito e comissão prepararam Missão aos portos de Hamburgo e Le Havre Ministro Pedro Brito meta é visitar randes centros portuários mundiais a fim de conhecer a experiência destes portos e prospectar possibilidades de investimento”. Essa é a justificativa dada pelo Conselheiro Rodrigo Azeredo Alves sobre a missão do Ministro-Chefe da Secretaria Especial de Portos (SEP), Pedro Brito, aos portos europeus de Hamburgo (Alemanha) e Le Havre (França), entre os dias 10 e 17 de outubro. Trata-se da segunda missão de um total de quatro que abrangem a área portuária. Na primeira comissão foram visitados os portos de Cingapura e Xangai, em maio, e as próximas contemplarão os portos dos Estados Unidos, Dubai e Japão. Alves, que é Chefe da Divisão de Programas de Promoção Comercial do Ministério das Relações Exteriores, desta- “A ca a importância dos portos a serem visitados: “Le Havre e Hamburgo são portos que movimentam cargas que são distribuídas para toda a Europa. Hamburgo é o maior porto da Alemanha, o terceiro maior da Europa e o 9º no ranking mundial em termos de movimentação de contêineres. Em 2006, movimentou cerca de 8.861.804 unidades de 20 TEU’s - 9,6% a mais que em 2005 - e 135 milhões de toneladas de carga, tendo sido 79 milhões de toneladas desembarcadas e 56 milhões de toneladas expedidas. O porto de Le Havre é o primeiro porto de importância do continente norteeuropeu, situado no eixo Mancha/Mar do Norte, pelo qual transita um quarto dos intercâmbios marítimos do planeta. A visita tem caráter exploratório e, por isso, Alves vê a possibilidade de um futuro acordo entre os portos nacionais e europeus. “Os dois portos Pa n o r a m a p o r t u á r i o r ev e l a p ro b l e m a d e atraso em Santos Michel Siva, diretor de operações da Aliança Brasileira e da Hamburg Sud Internacional No final de setembro, eventos em São Paulo levantaram discussões e apresentaram propostas de melhorias acerca do atual sistema portuário brasileiro. Confira o que ocorreu em alguns desses debates. TODAY Logistics & Supply Chain - 12 oferecem ao Brasil uma oportunidade de diversificação logística e melhoria nos canais de distribuição”, afirma. Mas as atenções do governo brasileiro estão destinadas à cooperação técnica que esses portos podem oferecer, por serem mais modernos, o que permite a movimentação de uma grande quantidade de cargas. A idéia é equipar os portos nacionais com uma estrutura semelhante aos portos europeus para que consigam movimentar um número superior de cargas. O Ministro-Chefe da Secretaria de Portos, Pedro Brito, será acompanhado pelo Diretor-Geral da Antaq, Fernando Fialho, pelo Subsecretário-Geral de Cooperação e de Promoção Comercial do MRE, Embaixador Ruy Nunes Pinto Nogueira, além de representantes de portos brasileiros e empresários ligados ao setor. um Brasil que vive o ano todo perguntando quando ocorrerá o apagão logístico, um debate desses tinha de ser feito”, afirmou o coordenador do VIII Congresso da ABML (Associação Brasileira de Movimentação e Logística), realizado no final de setembro na Câmara Americana de Comércio (Amcham). Essa edição do Congresso foi realizada em um momento em que a logística ganha maior relevância no cenário nacional. As palestras foram elaboradas ao longo “N de seis meses, e contaram com a colaboração de empresários e especialistas da área. Durante o Panorama de Modais, ocorrido no primeiro dia do evento, o diretor de Operações da América do Sul da Hamburg Süd Internacional e da Aliança Brasileira, Michael Martins da Silva, afirmou que ainda há terminais brasileiros que embarcam contêineres de modo informal e que há portos operando acima de sua capacidade, gerando atrasos nas operações. Segundo ele, o caso do Porto de Santos é um dos mais preocupantes, pois apresenta atraso de 15h30min, e um dos motivos que justificam essa deficiência em Santos seria a falta de dragagem. Silva enfatizou a necessidade de implementar janelas de atracação, o que reduziria os atrasos no terminal. Dentre as deficiências do atual sistema portuário, o diretor de Operações ressaltou o caso dos portos estratégicos que precisam de revisão, a insuficiência de investimentos públicos quanto à expansão linear e horizontal, acessos restritivos aos portos e falta de complemento da janela de atracação. Durante a sessão “Direto ao Assunto”, debate entre os congressistas que participaram do Panorama dos Modais, que encerrou o primeiro dia do evento, Silva afirmou que a verba para a manutenção dos portos acaba sendo destinada para outros setores, tanto que os terminais brasileiros apelam pelo retorno das arrecadações para fazerem os investimentos necessários. Isso fez com que o jornalista Heródoto Barbeiro, que mediou o debate, comentasse que essa situação assemelhase à atual crise vivida no setor aéreo, cujos investimentos também são desviados para outras áreas. Outros participantes do debate foram José Vitor Mamede (Fiesp), Rodrigo Vilaça (ANTF), Élcio Ribeiro (Sindicado de Armadores de Navegação Fluvial do Estado de São Paulo), Marcelino Guedes (Transpetro), Carlos Alberto Alcântara (Infraero) e Marcelo Perrupato (Secretário de Política Nacional dos Transportes). O Panorama dos Modais ocupou o primeiro dia do VIII Congresso ABML, ocorrido nos dias 17 e 18 de setembro. O segundo dia do evento foi dedicado ao VIII Prêmio ABML de Logística. CMA/CGM aborda deficiências do setor portuário brasileiro em reunião do Comus Nelson Carlini, diretor geral da CMA/CGM do Brasil) engenheiro Nelson Carlini, diretor geral da CMA/CGM do Brasil, defendeu as privatizações e modernizações no setor portuário e qualificou como ineficientes as ações governamentais nos portos, durante sua apresentação na 14ª Reunião do Comitê de Usuários dos Portos e Aeroportos de São Paulo, Comus, realizado na sede da Associação Comercial de São Paulo, em 25 de setembro. “Apagão Marítimo” foi o tema do encontro que reuniu armadores do setor portuário brasileiro, dentre eles, Michael Martins da Silva, diretor de Operações da América do Sul da Hamburg Süd Internacional e da Aliança Brasileira, que palestrou sobre o O panorama portuário brasileiro no VIII Congresso ABML. Durante o evento, Carlini afirmou que a capacidade dos portos do sudeste brasileiro estaria esgotada em 2009 se entidades privadas não investissem no setor. Esses investimentos, segundo ele, são responsáveis pelo atual aumento de capacidade dos terminais, mas enfatizou que os empresários ainda encontram obstáculos advindos da ineficiência do sistema. Para Carlini, o setor privado está disposto a investir, embora “isso não se materialize no tempo devido”. Assim como Michael Silva no Congresso da ABML, o diretor geral da CMA/CGM do Brasil fez referência ao movimento excessivo TODAY Logistics & Supply Chain - 13 do Porto de Santos, ressaltando o empenho do colega da Hamburg Süd em estabelecer janelas de atracações no terminal, para amenizar esse problema. Quanto ao Programa de Aceleração do Crescimento, PAC, que prevê R$ 2,7 bilhões de investimentos no setor portuário, Carlini disse que as atenções estão mais voltadas para a dragagem, mas falta uma ação no setor logístico. “Não vejo como as ações anunciadas podem melhorar a logística”, afirmou. As reuniões do Comus ocorrem anualmente desde 1993 com o objetivo de discutir os problemas existentes, assim como propor melhorias aos portos e aeroportos brasileiros. Artigo Como atua um operador na logística reversa de produtos eletrônicos? Definição do problema om o avanço tecnológico e a redução no ciclo de vida de produtos eletrônicos, as empresas vêm sentindo cada vez mais a necessidade de darem uma destinação a produtos obsoletos ou defeituosos. Muitos aparelhos eletrônicos possuem materiais perigosos. Por esta razão, devem procurar alternativas ao descarte em aterros sanitários ou à incineração. Computadores, monitores, televisões e outros equipamentos eletrônicos, não podem ser descartados juntamente com o lixo normal. Estes aparelhos podem ser doados ou revendidos, prolongando assim, suas vidas úteis. Aparelhos que não estejam funcionando, devem ser reciclados por uma empresa especializada no descarte destes tipos de produtos. Muitos componentes de equipamentos eletrônicos, incluindo plásticos e vidros podem ser reutilizados ou reciclados, enquanto outros tipos de materiais podem causar danos ambientais se não forem corretamente descartados, como baterias, por exemplo. C Por que as empresas devem desenvolver atividades de logística reversa? As empresas estão percebendo cada vez mais a importância e a necessidade de inse- rirem um programa de logística reversa em suas empresas, por diversos motivos. Os principais são: · Limpar o canal para a introdução de novos produtos, ou produtos com upgrade de tecnologia; · Dar assistência técnica, através do serviço de garantia ao consumidor, recolhendo produtos defeituosos e fornecendo produtos novos, caso não seja possível o conserto do bem devolvido. O serviço de assistência técnica pode ser executado também fora do prazo de garantia do produto, neste caso, a empresa receberá pelo serviço; · Proteger a marca, evitando que produtos defeituosos sejam vendidos no mercado paralelo. Se a empresa recuperar seus produtos após seu consumo por parte do cliente, ela evitará que produtos com defeito sejam mal consertados por pessoas não autorizadas e vendidas para os consumidores, pois a marca da empresa estará atrelada ao produto, danificando sua imagem, caso o produto dê defeito; · Lucrar com o aproveitamento de componentes, substituindo matérias-primas virgens, diminuindo assim, o custo de produção; ·Lucrar com a venda de partes de produtos para reciclagem; · Preservar o meio ambiente, evitando que TODAY Logistics & Supply Chain - 14 O artigo é uma contribuição de Eduardo Correia Miguez, administrador de empresas e mestrando em Engenharia de Produção, pela COPPE/UFRJ substâncias tóxicas ou materiais com período longo de deterioração sejam lançados no meio ambiente, recebendo assim, o tratamento adequado. Por que terceirizar as atividades de logística reversa? As grandes corporações possuem recursos financeiros, logísticos e funcionários suficientes para realizar as tarefas da logística reversa sem a necessidade de uma empresa especializada. Além disso, possuem escala, o que é muito importante para se viabilizar o investimento em logística reversa. Entretanto, as empresas de menor porte, geralmente, não possuem recursos suficientes para realizarem estas atividades nem uma escala suficiente, portanto, contratam uma empresa especializada para efetuar os processos de logística reversa. Outra questão importante é a definição do quão estratégico a logística reversa é para a empresa, isto é, o quanto as atividades reversas impactam na atividade central da empresa. Neste sentido, empresas de grande porte podem achar que a logística reversa não influi diretamente em sua atividade central, não justificando assim, um esforço para realizar o retorno dos produtos internamente. Por outro lado, há aquelas empresas que, independentemente de seu porte, preferem apenas gerenciar as atividades de logística reversa, mesmo esta sendo estratégica. Estas empresas ficam responsáveis apenas pela gestão do processo. Há outros casos, em que empresas, por questões estratégicas, como já citadas acima, resolvem adotar um canal reverso, mas sem o interesse de recuperar componentes de seus produtos. O intuito nestes casos é apenas por questão operacional (os produtos defeituosos decorrentes da assistência técnica ficam armazenados na empresa) ou para proteção da marca. Algumas empresas, quando precisam se desfazer de computadores, impressoras e outros tipos de aparelhos eletrônicos, recorrem às empresas especializadas em logística reversa, pois não possuem necessidade de criar processos reversos para casos em que o aproveitamento de materiais e até mesmo a proteção da marca não são o foco. Para estas empresas, o mais importante é o respeito ao meio ambiente, e também a proteção dos dados contidos nos computadores. Esta proteção acontece quando a empresa destrói (ou contrata alguém para destruir) seus componentes, que contenham dados sigilosos da organização. Quando a empresa decidir terceirizar o processo de logística reversa, ela deve proTODAY Logistics & Supply Chain - 15 curar no mercado uma empresa especializada nisto, e esta, é uma etapa muito importante, pois a escolha de um parceiro que não seja sério pode gerar sérios problemas, inclusive jurídicos para a empresa contratante. Para tanto, é importante escolher uma empresa com boa reputação no mercado e verificar se ela respeita o meio ambiente, as legislações locais e se ela tem permissão para a reciclagem e descarte de tais materiais. O autor: Eduardo Correia Miguez é Administrador de Empresas, formado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e mestrando em Engenharia de Produção, pela Coordenação dos Programas de Pós-graduação de Engenharia (COPPE/UFRJ). Trabalhou em empresas como Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), na Área de Capital de Risco; na Operadora Vivo, Área de Cobrança; e atualmente na Petroflex, como Trainee da Coordenação de Suprimentos Contato: [email protected] continua na próxima edição Internacional Efetividade em comunicação, educação e treinamento O artigo – da costumeira colaboração da consultoria Oliver Wight e com a autoria e introdução em português de Daniel Druwe – analisa as ações de comunicação, educação e treinamento anto as organizações quanto as pessoas estão saturadas por ações de comunicação, educação e treinamento (neste artigo citadas como CE&T, de Comunication, Education & Training). Ainda assim, diariamente nos deparamos com situações que demonstram desvios de comportamento, erros e baixo desempenho atribuídos à falta de CE&T. Isso demonstra que as maneiras costumeiras de avaliar CE&T como, por exemplo, o número de horas por funcionário, não tem tanto significado. O que realmente interessa, a Efetividade das Ações de CE&T, raramente é medido. Se CE&T são valiosos instrumentos da gestão das empresas, a atenção das pessoas-alvo é ainda mais preciosa. Não é aceitável satisfazer-se com a execução das ações de CE&T - é essencial verificar se os objetivos foram ou não atingidos. O simples fato de focalizar na efetividade já produz uma mudança na abordagem à CE&T, incluindo a análise de como os diferentes instrumentos de CE&T devem interagir e integrar-se para produzir as mudanças desejadas. Como princípio, o objetivo de toda e qualquer ação de CE&T deve ser promover uma mudança: de valores, crenças, atitudes, comportamentos, conhecimento e habilidades. Em negócios, essas mudanças precisam converter-se em confiabilidade, melhores decisões e maior desempenho. Ações de CE&T não-efetivas para esses fins são um desperdício de recursos e, principalmente, T da disputada atenção das pessoas-alvo. Simplesmente por exigir uma definição clara de quais mudanças deverão ocorrer e de como elas serão verificadas já se provoca uma abordagem mais responsável e conseqüente, tanto dos que irão executar as ações quanto dos que irão recebê-las. E, tendo claramente definidos os objetivos de mudança a mensuração da efetividade é facilitada. Em resumo, podem-se obter mais resultados com provavelmente menos CE&T. O que se propõe a seguir aplica-se a todos os tipos de CE&T: para baixo, para cima, horizontal, 360º, coaching, cursos, auto-estudo e todas as outras formas. Todas as ações de CE&T devem ser desafiadas quanto às mudanças desejadas e à medição da sua efetividade. EFFECTIVENESS IN COMMUNICATION, EDUCATION & TRAINING Summary Organizations and individuals today are saturated with communication, education and training. Nevertheless, we are confronted daily with situations indicating that the lack of communication, education and training are causing misbehavior, mistakes and low performance. This shows that the traditional ways of assessing CE&T, as for example, the number of hours per employee, is not good enough. What really matters is the Effectiveness in promoting the desired chanTODAY Logistics & Supply Chain - 16 ges in the business, not the number of hours people have been subject to CE&T. Focusing on the effectiveness of CE&T leads us to a significant change in our use of CE&T, including the analysis of how the different instruments of CE&T interact and integrate to produce the desired changes. Kirk Patrick and Phillips are two important contributors to the development of methodologies to assess effectiveness of C, E & T. Jeanenne LaMarsh and Rebecca Potts(2) have developed what I consider as the best approaches and methodology to manage changes. This article extensively benefits from their ideas and proposals. Communication, Education and Training are all extremely valuable instruments and the attention of the employees is an even more precious element. We cannot afford using them without a clear purpose and without making sure they are being effectively used for the defined purpose. As a principle, the objective of every and all CE&T actions needs to be justified with an objective of promoting change: change of values, beliefs, attitudes, behaviors, knowledge and/or skills. From a business perspective these changes must result in reliability, better decisions and performance. When we force a clear definition of which changes are targeted with an action of CE&T, we promote a more responsible approach to it and we make it easier and more accurate the measurement of the effectiveness of the action. Having a clear definition of the targeted change and of how it will be measured helps us select the most appropriate combination of actions in each case. Measuring the effectiveness enables us to identify deviations and to learn and improve over time. In summary, we will achieve a lot more with possibly less C,& T. What follows equally applies to all types of CE&T: top-down, bottom-up, horizontal, 360o, coaching, lecturing, self-studying and other ways should all be challenged as to which changes are targeted and how effectively changes are being promoted. Five Levels of Measurement The effectiveness of CE&T can be measured in 5 different levels: Level 1 - Quality of the event: contents, instructor, room, duration, etc. This is most frequently done through a perception survey of the participants at the end of the event. Level 2 - Acquisition of knowledge and skills. This can be measured with before / after tests. Level 3 - Effect on the job - for example, the observed changes in the measured performance on the job: productivity, rate of defects, customer satisfaction. Level 4 - Effect on the business - for example, how much rework hours were saved, throughput increased, product cost decreased, as a result of the increased productivity of the participant observed after the event. Level 5 - Return on the CE&T Investment. Once we measure the effect on the business results, we can analyze them against the cost of the CE&T actions. Adapted from the classification developed by Kirkpatrick and Phillips.(1) Case as Illustration The following case explains and illustrates the process and the main points that need to be considered. Through the Strategic Management process Velocity was identified by CompanyX as a desired competitive advantage and as a critical success factor; then it was converted into a Strategic Objective for CompanyX. In the deployment of the Strategic Plan, the Planning & Logistics organization perceived the need to significantly improve the performance of material inventory management, in order to contribute to the Velocity strategic objective. As the manager of Planning analyzed the performance of the Material Planner Stephanie, he verified that the following changes should be targeted: safety stocks for the items managed by Stephanie then represented $20 million. Given the demand and supply characteristics of the items under her responsibility and the service level objectives, $10 million would be the ideal level; therefore a change from $20 to $10 should be promoted; the service level then provided by most of the items managed by Stephanie ranged from 60 to 70%; a minimum of 95% is considered necessary to support production; an improvement of at least 25-35% needed to be obtained; other changes were identified as required but are disregarded in this article to simplify the explanation. A similar analysis was made for the colleagues of Stephanie and for other related functions. This illustration will proceed with the Stephanie’s example alone. The following actions were identified as necessary to produce the desired changes: education on the basics of supply chain TODAY Logistics & Supply Chain - 17 management; education and training on inventory management techniques; coaching by the manager and by the internal expert on Inventory Management. The investigation of the alternative ways to execute the actions led to the selection of two courses given by an external entity the best ways to teach the basics of supply chain and the techniques for inventory management. When discussing the fitness of these courses with the external entity the specific objectives targeted were explained and the entity was challenged as to the ability to produce the specified changes. The targeted changes were made clear to the external entity and to Stephanie as well as how they would be measured afterwards. The appropriate internal Coaches were identified, thus completing the solution package. The internal Coaches and Stephanie agreed on how the coaching should be conducted. Upon the execution of courses, performance was measured at Levels 1 and 2. The execution of Coaching was monitored against the plan, with periodical review between coaches, Stephanie and her manager (who was also one of the coaches). One month after the solution package (courses and coaching) was completed, the planned safety stocks were measured based on the parameters in the system. This showed a sum of $13 million planned. Some change was measured on service level: 80% of the items moved from the 6070% range to 70-75%. The effectiveness of the solution at that point was considered to be around 60% of the expectation; it was recognized that the increased maturity in the following months would improve the results but would not be able to complete the desired changes. Internacional An analysis of the causes of insufficient effectiveness was made and two of the causes identified were the lack of proficiency in the supporting systems and a need for better knowledge of the materials and of the way they moved in the chain from the suppliers to the point of use in production. An additional program was defined with systems training and an ‘walk through’ of the supply and usage chain of the different types of materials. One month after the extended solution was completed the parameterized safety stocks in the systems were measured again and amounted to $9.2 million, while the service level had increased to 85-95%. It was then assessed that service level would continue to increase as the actions taken in inventory management and procurement would become effective in the following 3 months. It was concluded that the extended solution achieved the desired changes and potentially exceeded them ($9.2 current vs. $10 millions target safety stocks). The Level 3 effectiveness measurement was therefore considered 100%, to be confirmed once service level would mature and demonstrate to be sustainable at or above the target level. (Remembering: Level 3 is the effectiveness in producing the desired changes in the performance at the job). The performance in the job was then translated as to the impact on the business: one time cash flow release of $10.8 million; yearly savings in the cost of carrying inventory ($10.8 * 10%) $1.08 million/year impact of improved service level: reduction of emergency actions, expediting, special freight, reduction of disruption to the processes that use the items, reduction of missed shipments to customers, etc.). The quantifiable effects in this item were valued at $3 million per year The total impact on the business was estimated at $10.8 million onetime cash relief plus $4.08 million per year. This was considered the effectiveness measurement at level 4 (impact on the business). The impact on the business was then analyzed against the cost of the solution. Because education & training needs periodical reinforcement and there is some expected turnover of personnel, a conservative approach considered only the benefits of one full year. Costs were estimated as follows: Courses given to Stephanie: $ 4,900 Coach time (2h/week * 12 weeks = 24 h) $ 2,400 Stephanie’s time (108 h) $ 2,700 Total = $10,000 Roughly calculating, the investment on Stephanie returned 4,080,000 / 10,000 = 40,800%. The investment paid for itself since she first applied the learned concepts and techniques to the parameterization of Safety Stocks. It was considered that payback time was around 1 month from initial costs. The percentage of return on investment and the payback time were considered as the Level 5 performance measurement: Return on E&T Investment. would be welcome, focusing on accuracy is the sure way to preclude the benefits. We have observed that simply challenging people with questions like are you communicating this or giving that class simply to inform? which are the actual changes you want to promote in values, beliefs, attitudes, behaviors, knowledge and/or skills? have you thought of all the actions that need to promote the desired changes, in an integrated way? do these actions make the best combination of means to achieve the desired changes? how can we verify that the changes are being achieved? have we gotten designers, executors and target people of CE&T to agree on the objectives, the means and the measurements? Experience has demonstrated that the simple fact of stating that effectiveness will be measured is sufficient to change the design to increase the attention of those delivering and of those receiving CE&T. Approaching CE&T as an instrument of change management that should be held accountable for effectiveness has a high potential to increase the performance of people and convert it into actual business results. Conclusion Measuring effectiveness of CE&T is clearly underutilized and, as Demin and Juran repeated many times, measuring is a prerequisite to improving. As with anything involving subjective aspects, the accuracy of the measurement of effectiveness of CE&T will always be subject to debate. Although improving the ways of measuring to obtain increased accuracy TODAY Logistics & Supply Chain - 18 References (1)Handbook of Training Evaluation and Measurement Methods, 3rd edition, Jack J. Phillips, Butterworth-Heinemann. (2)Master Change, Maximize Success, Rebecca Potts and Jeanenne LaMarsh, Chronicle Books, San Francisco Daniel Druwe Araujo, freqüente colaborador da TODAY Logistics & Supply Chain, é o entrevistado desta edição. Graduado em Economia, especializou-se em Administração Empresarial por cursos e experiência profissional no Brasil e no exterior. Além da certificação pela APICS, Daniel é diretor da Associação para Educação em Administração Empresarial (ABAI) e consultor associado à The Oliver Wight Companies (OW). É um dos palestrantes do I Conferência ABAI de Certificados APICS, em 27 de novembro, em São Paulo (confira detalhes da programação em www.todaylogistics.net) Resumo de suas atividades dentro da con sultoria Primeiramente nos dedicamos a entender as necessidades percebidas pelo cliente. Com o benefício da visão externa e da habilidade de análise, ajudamos o cliente a validá-las (ou retificá-las). Em seguida aconselhamos o cliente sobre como servirse dos melhores conceitos e práticas para resolver as suas necessidades e atingir altos níveis de competitividade. Finalmente damos suporte no gerenciamento das mudanças necessárias. Quando desejado pelo cliente fazemos trabalhos de avaliação e certificação usando a metodologia Classe A da Oliver Wight. Qual a importância da certificação CPIM para o profissional que atua em Supply Chain? As empresas têm muitos profissionais que são excelentes funcionários e, por vezes, excelentes especialistas em algum aspecto do gerenciamento da cadeia de valor. Em muitos casos esses profissionais estão restritos aos conceitos e práticas empregados nas empresas em que trabalhou. Entretanto, gerenciar a cadeia de valor exige uma visão abrangente com um mínimo de conhecimento dos diversos aspectos e suas interações. Exige também o conhecimento de conceitos e técnicas alternativos, que podem ser necessários numa mudança das condições atuais. As certificações pela APICS são o método mais efetivo de asse- gurar a abrangência e o mínimo de profundidade de conhecimento. Quais os benefícios de obter essa certifi cação no dia-a-dia de seu trabalho e em sua carreira? Pessoalmente a certificação ajudou-me a estruturar os conhecimentos adquiridos em 20 anos de estudos e prática na empresa, forçou-me a completar as áreas faltantes e deu-me segurança para enfrentar o mundo exterior. Para muitos outros profissionais que se certificaram mais cedo em suas carreiras, a certificação foi um tremendo avanço de conhecimento. Que dicas daria para quem ainda não se certificou e tem dúvidas quanto a isso? As mesmas que dou a profissionais em vários países da Europa, América Latina e nos Estados Unidos. Primeiro, esse é um investimento em você mesmo. O benefício que as empresas obtêm de sua competência é passageiro, mas o desenvolvimento que você promove em si mesmo fica com você para sempre. Não se certifique porque é bom para a empresa, certifique-se por que é bom para você. Segundo, eu jamais arrependi-me de qualquer investimento que fiz no meu desenvolvimento, mesmo tendo mudado drasticamente de área e de função ao longo de minha carreira. Para aqueles que já possuem a certificação, o que devem buscar para não se desatuali zar quanto ao aprendizado adquirido? Sobreviver profissionalmente é como TODAY Logistics & Supply Chain - 19 andar de bicicleta - pode-se ficar parado por algum tempo, porém quem não anda, inevitavelmente cai e fica para trás. Livros, revistas e artigos especializados, em papel e na internet, são a fonte mais “cost-effective” e conveniente para manter-se a par do que se pensa e se experimenta no mundo. Quem pode fazer “benchmarking” em empresas, participar de convenções, como a da APICS, e cursos certamente ajudam muito. Mas em tudo, o mais importante é a atitude inquisitiva, o desafiar das verdades estabelecidas, o experimentar. Outros comentários A APICS e suas certificações não são muito conhecidas e apreciadas fora de círculos restritos. Isso não é algo exclusivamente brasileiro. Entretanto, uma vez que explico o que é e seus benefícios, rapidamente cresce o respeito, a valorização e o interesse. Meu trabalho “missionário” já motivou dezenas de profissionais na Itália, França e vários outros países (além do Brasil) a entrarem nesse caminho. Nenhum deles até agora manifestou arrependimento. Vá em frente, conquiste o seu CPIM e ostente-o com orgulho. Quando lhe perguntarem o que significa essa sigla ao lado do seu nome, explique o quanto isso representa. Com certeza você colherá frutos compensadores! Express Rápido 900 investe em qualidade e nos serviços prestados ao grupo Basf/Suvinil Em parceria com a Benner, Cesa Logística investe em sistema integrado de gestão empresarial A fornecedora de soluções logísticas Cesa acaba de fechar uma parceria com a Benner Sistemas. Trata-se de um projeto de implantação de um sistema integrado de gestão empresarial, envolvendo as soluções Benner Transportes e Manutenção de Frotas , Benner Corporativo, Benner Recursos Humanos e Benner BI. Com início de funcionamento esperado para daqui a um ano, a Cesa poderá contar com melhor planejamento e controle das atividades relacionadas à consolidação de carga, expedição e outros benefícios específicos para as atividades relacionadas ao transporte e logística, além de consolidar as informações operacionais desse trabalho no ERP corporativo, garantindo mais exatidão nos dados e mais agilidade no dia-a-dia da empresa. “Analisamos vários softwares corporativos do mercado e a solução da Benner foi a que apresentou melhor aderência aos negócios da Cesa”, diz o Consultor de Tecnologia da Informação da Cesa, Carlos Otávio Mendonça. Segundo ele, a empresa possuía um sistema de gestão anterior, porém ela não atendia as necessidades particulares da empresa. Jean Pitz, diretor da Unidade de Transporte Para Jean Carlos Pitz, gestor da unidade de transportes da Benner, esse é um projeto de grande da Bener motivação para os profissionais da empresa em que atua. “É um trabalho de muita responsabilidade, já que a implantação envolve várias atividades da Cesa, desde a área administrativa, a gestão das pessoas, até o operacional. “É um projeto importante para mostrarmos a nossa experiência em software corporativo e também nosso conhecimento e diferencial no segmento de transportes e logística”. Goodyear, Cummins, ZF e Randon são premiadas no “Supply Awards 2006” da Volkswagen Caminhões e Ônibus A Goodyear é a grande vencedora na categoria “Melhor dos Melhores” do prêmio “Supply Awards 2006”, evento em que a Volkswagen Ônibus e Caminhões destacou seus melhores fornecedores do ano. Foram 11 empresas contempladas em seis categorias: pós-vendas, responsabilidade ambiental, qualidade do produto, logística, competência no desenvolvimento do produto e excelência comercial. A Cummins foi premiada nas categorias “Excelência Comercial”, como fornecedora de motores e a divisão de sistema de filtração, e “Pós-venda”, pela sua especialização em filtros e exaustão. Já a ZF recebeu o prêmio na categoria “Competência no Desenvolvimento do Produto”, pela inovação e tecnologia. Um dos destaques do grupo, que contribuiu para a conquista da premiação foi a nova transmissão ZF-Ecosplit 3, a mais moderna entre os veículos pesados e extrapesados. Benedito Faria e diretoria VWCO As empresas JOST e Master, do Grupo Randon, do Rio Grande do Sul, também foram contempladas durante o “Supply Awards 2006”. A JOST recebeu o prêmio nas categorias “Qualidade do Produto” e “Desempenho em Qualidade de Campo”. Já a Master foi considerada a melhor fornecedora na categoria “Excelência Comercial”, tendo sido premiada também em 2005, na categoria “Desenvolvimento”. Para o presidente da Volkswagen Ônibus e Caminhões, Roberto Cortes, todas as empresas premiadas são vitoriosas. “A competência dos serviços prestados por nossos fornecedores é fundamental para o sucesso dos produtos Volkswagen Caminhões e Ônibus. Todos são atuantes de uma operação da qual me orgulho muito”. Bycon lança sensor de impacto para garantir qualidade em logística A Bycon, distribuidora exclusiva das soluções VPON de transmissão e armazenamento de vídeo, acaba de lançar o sensor Shockwatch, um dispositivo de detecção de impacto não-mecânico projetado para indicar quando acontece um nível específico de impacto ou choque. O novo sistema de controle de qualidade permite que o cliente saiba sobre a manipulação incorreta, reduzindo os possíveis danos aos produtos inseridos no processo de logística. Quando ocorre um impacto excessivo o sensor muda de branco para vermelho. “O programa Shockwatch encoraja todo o pessoal que manuseia nossos produtos a ser mais cuidadoso, ajuda a reduzir os danos e identifica áreas de manuseio incorreto. Foi uma ótima solução que encontramos tanto para a transportadora quanto para o cliente”, diz Edvaldo Pereira, diretor de tecnologia da BYCON TODAY Logistics & Supply Chain - 20 Realizando parceria com o grupo Basf/Suvinil desde 1979 a partir da distribuição de produtos em 16 estados do país, a operadora logística Rápido 900 assume hoje 100% das operações de distribuição de tintas no território do Rio de Janeiro. Para isso, foram investidos R$ 4 milhões em 26 veículos 0km. Somente no ano passado a Rápido 900 realizou 24.238 viagens para o grupo, o que representou 57.887 entregas. Para este ano, é esperado crescimento entre 15 e 20% nas viagens realizadas em relação a 2006. Isso é refletido pelo reconhecimento obtido pela empresa, que, pelo 2º ano consecutivo é elogiada pelo grupo Basf/Suvinil por sua toda a qualidade de de seu atendimento e serviços. “Esta ampliação do trabalho nada mais é do que o fruto de toda a dedicação e profissionalismo que temos e que sela esta parceria de longa data”, diz Ferreira, Diretor Comercial da Rápido 900. Para melhorar ainda mais os processos, a Rápido acaba de conquistar, após 16 meses de iniciação, a certificação ISO 9001:2000, conferida pela certificadora DQS. A certificação é válida por três anos, e a empresa deverá passar por inspeções semestrais e anuais. Battistella lança tampa lateral com garantia de 10 anos O grupo Battistella, atuante nas áreas de produtos e serviços veiculares, acaba de lançar um produto inédito no mercado: A tampa lateral para caminhões semi-reboque Stella Laterale. Com um diferencial de 10 anos de garantia, a tampa é fabricada com material ecologicamente correto, e uma tecnologia que resolve o problema mais queixado pelos clientes: a deterioração dos produtos transportados. Sua matéria prima é o pinus, madeira que ao sofrer tratamento, aumenta a durabilidade do produto. As vantagens da Stella, além de proteção contra desplacamento, possibilidade de utilização em qualquer região ou clima, e aceitar incisões em qualquer ponto sem perder sua resistência. “A Stella Laterale está protegida contra a ação de insetos, como cupins e brocas, intempérie e ação de fungos, que provocam o apodrecimento dos produtos tradicionais”, declara Sérgio Martini, gerente de desenvolvimento de novos produtos da Battistella Florestal. “Descobrimos que os fabricantes e reformadores de implementos rodoviários, transportadoras e motoristas, queriam longa durabilidade e custo-benefício compatível”, conta Luciano Battistela, diretor geral do grupo, sobre a peça que recebe parafusos exclusivos que resistem à ferrugem e evitam avarias às cargas, e pintura que não descasca nem sofre rachaduras. “Além de dispor de um produto de preço competitivo, o cliente ainda pode investir o montante, antes gasto com reformas, no desenvolvimento de seu negócio”, completa Martini. Standard Logística amplia armazenagem e intermodalidade em Santos A Standard Logística e Distribuição inaugurou uma unidade em Cubatão (SP), em setembro, a Standard Santos, com a promoção de um evento ocorrido no Guarujá, local onde está sendo construída a sede da empresa. O presidente da Standard, José Luis Demeterco Neto, justifica a localização da nova sede: “A Standard está na cidade de Cubatão o que facilitará o atendimento pelas margens direita e esquerda do porto”. Segundo Demerteco, a nova unidade custará cerca de R$ 35 milhões, que terá uma área de 105 mil m². Com o início das operações previsto para 31 de outubro deste ano, a empresa disponibilizará aos clientes câmaras frigorificadas operando em todos os regimes de temperatura e ainda dois túneis de congelamento com capacidade para 100 toneladas/dia, terminal de contêineres com 300 tomadas reefers, depósito de contêineres vazios de armadores e desvio ferroviário em bitola mista para 30 vagões. Mas o grande diferencial para as indústrias daquela região será a opção do corredor intermodal para seus produtos, ligando as cidades de Araraquara – São Paulo – Santos. “A vantagem deste investimento para essas indústrias além da opção ferroviária é a unificação na operação logística. A economia de custos para as indústrias que pode chegar a 30%, pois todo o processo de captação, transporte intermodal, armazenagem e distribuição será feito por um único operador”, esclarece Demeterco. Para a Standard, o investimento trará uma grande abertura de negócios e mercado. De acordo com Demeterco, o Porto de Santos con‘ centra 90% das exportações de bovinos registradas em todo o país e essa nova unidade irá consolidar ainda mais o posicionamento de sua empresa no mercado de exportação de proteína animal. TODAY Logistics & Supply Chain - 21 Agenda Outubro FENATRAN – 16º Salão Internacional do Transporte 15 a 19 de outubro em São Paulo www.fenatran.com.br 3ª Conferência Cadeia de Suprimentos Hospitalares 16 a 17 de outubro em São Paulo www.ibcbrasil.com.br Negociação e finanças para compradores 18 a 19 de outubro em São Paulo *15% de desconto para assinantes TODAY www.iir.com.br II Encontro de Logística Enalog 18 a 20 de outubro em Jataí / GO www.jatai.ueg.br/enalog Logística Internacional 19 de outubro em Campinas / SP www.cescomex.com.br BSCM – Basics of Supply Chain Management (CPIM – APICS) 20 e 27 de outubro e 10 de novembro (3 dias) na Fundação Vanzolini / SP www.abai.com.br Inteligência em Compras 22 a 23 de outubro em São Paulo *15% de desconto para assinantes TODAY www.iir.com.br 7º Fórum Logística & Supply Chain 23 de outubro em Belo Horizonte / MG www.portalsupplychain.com.br Estratégias para segurança de cargas 23 a 24 de outubro em São Paulo www.iqpc.com.br Gestão de Estoque na Cadeia de Suprimentos 23 a 24 de outubro em São Paulo www.centrodelogistica.com.br Intensivo para Gestores de Logística e Supply Chain 23 a 24 de outubro no Rio de Janeiro / RJ www.ceteal.com SMR – Strategic Management of Resources (CPIM / APICS) 24 a 27 de outubro na Fundação Vanzolini / SP www.abai.com.br Scala 2007 Simpósio e Feira 30 a 31 de outubro em Campinas / SP www.simposioscala.com.br Planejamento Estratégico, Inteligência Competitiva e Strategic Sourcing em Compras 12 a 13 de novembro em São Paulo *15% de desconto para assinantes TODAY www.iir.com.br Smart Tags & RFID - Supply Chain 19 de novembro em Campinas / SP www.cebralog.com.br DSP - Detailed Scheduling & Planning (CPIM / APICS) 21 a 24 de novembro na Fundação Vanzolini / SP www.abai.com.br MPR - Master Planning of Resources (CPIM / APICS) 21 a 24 de novembro na Fundação Vanzolini / SP www.abai.com.br Novembro Gestão Estratégica da Armazenagem 06 a 07 de novembro em São Paulo www.centrodelogistica.com.br ECO - Execution and Control of Operations (CPIM / APICS) 07 a 10 de novembro na Fundação Vanzolini / SP www.abai.com.br Demand Chain Management 07 a 08 de novembro em São Paulo www.portalsupplychain.com.br BSCM – Basics of Supply Chain Management (CPIM – APICS) 08 a 10 de novembro na Fundação Vanzolini / SP www.abai.com.br TODAY Logistics & Supply Chain - 22 Operações logísticas de produtos perigo sos, químicos e granéis 26 a 28 de novembro em São Paulo www.ibcbrasil.com.br Conferência ABAI de Certificados APICS Encontro Nacional dos Profissionais com certificações APICS 27 de novembro em São Paulo veja anúncio na p. 03 www.todaylogistics.net Estratégias Corporativas para a Supply Chain 29 de novembro em São Paulo www.cebralog.com.br Gestão de Operações Portuárias 30 de novembro a 01 de dezembro em Belo Horizonte / MG www.cescomex.com.br
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