revista_today logistics_20_internet.qxp - TODAY

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revista_today logistics_20_internet.qxp - TODAY
Sumário
Editorial
Editorial
Editorial
Reinvente-se
stamos assistindo uma interessante transformação no meio dos
profissionais ligados ao Supply Chain Management. Trata-se da
ascensão da área de Compras. Par-e-passo com os gerenciadores
da cadeia de suprimentos, chega às vezes a suplantar-lhes, adquirindo
status de vice-presidência, reportando-se diretamente ao presidente da
empresa e ninguém mais. Por conta dessa tendência, aliás, atentos a
todas as tendências em Logística & Supply Chain, a revista TODAY
Logistics & Supply Chain acompanhou a fase inicial da preparação ao
Certified Purchising Management (C.P.M.), a certificação para profissionais de compras, no País, oferecido pela Associação para Educação em
Administração Empresarial (ABAI), que representa no Brasil o Institute
for Supply Management (ISM), mentor do C.P.M. Conhecemos o instrutor Frank Quiett, responsável pela consolidação de alguns conceitos
muito interessantes. Confiram na matéria de Capa, mas de qualquer
maneira, destacamos a contraposição entre conhecimento e experiência:
experiência é o resultado de ações passadas; conhecimento é o que você
adquire em aulas, seminários, cursos, workshops e que faz o profissional
desejar ir adiante. É uma maneira de adquirir o hábito constante de questionar-se e mudar, mudar e mudar. A inovação é um estado de espírito
que não sossega diante da rotina, do hábito de fazer as coisas sempre do
mesmo jeito. Questione-se, reinvente-se todos os dias, não se contente
com pouco. O mundo é de quem tem o destino nas próprias mãos. Anote
em sua agenda: dia 27 de novembro, I Encontro Nacional de Profissionais
Certificados em APICS. Em um dia inteiro de palestras, o evento reúne
conteúdo especializado, uma análise da comemoração dos 50 anos da
associação - que ocorreu entre os dias 21 e 23 de outubro, nos Estados
Unidos - e uma excelente oportunidade de networking com o time de profissionais qualificados do Brasil todo. E como sempre, as informações de
mercado e a agenda de cursos para os interessados em crescer e aparecer. Lembramos que a partir deste ano a TODAY Logistics & Supply
Chain, depois de um ano de distribuição gratuita, passa a ser oferecida
em assinatura anual. Pedimos sua colaboração, leitor, pois com seu apoio
podemos consolidar nosso projeto e ir muito mais longe. Leiam, critiquem, contribuam, a revista é sua!
E
Boa leitura!
Cecília Borges
Editora
[email protected]
TODAY Logistics & Supply Chain - 04
06
O profissional de compras atualmente ocupa posição
estratégica e tem poder de decisão. Conheça a C.P.M.
08
Ética empresarial, artigo de Gregory
Petter dos Santos
10
EXPEDIENTE
Thelma Almeida Santos - Diretora Executiva
Cecília Borges - Editora - Mtb-19.229-SP
[email protected]
Antonio Carvalho - Editor de Arte
Cíntia Luz / Bruno Ferreira - Estagiários
Elenita Senger - Publicidade
[email protected]
Conselho Editorial
- Cristiano Cecatto
- Laurent Frédéric Bernard
- Nelson Rosário - CPIM, CSCP
- Rubens E. Brambilla - CPIM, CIRM,
CSCP, P. Eng.
Contatos:
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R. Fernandes Moreira, 1.166
04716-003 São Paulo - Brasil
Tel. : +55 (11) 51 84 17 10
Portos, recentes
novidades
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Logística reversa de produtos
eletrônicos, de Eduardo Miguez
16
Effectiveness in communication, education &
training, de Daniel Druwe, OW
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Profissional Certificado
20
Express - As novidades dos segmentos de
logística e Supply Chain Management
TODAY Logistics & Supply Chain - 05
vó teresa
Capa
Da esquerda para a direita: Carlos Roda, Leonardo Reis, Claudio Duarte, Olivier
Crouzet, Gustavo MacFarland, Jean-Pierre Bernard, Thelma Almeida Santos, Frank
Quiett e Juliana Martin. Sentado, Leonardo Rodrigues
Com quem está seu
dinheiro?
Esta é uma séria pergunta que os proprietários de empresas devem fazer a si próprios quando a
estruturam e organizam seus departamentos de compras. Quanto mais qualificado for o
profissional, em melhores mãos estará o orçamento. Para os mais atentos, há novidades no
mercado brasileiro, como a certificação em compras - C.P.M.
m setembro, a Associação para
Educação em Administração
Empresarial (ABAI), que representa no Brasil o Institute for Supply
Management (ISM) recebeu Frank Quiett,
orientador da primeira turma brasileira
para o Certified Purchising Management
(C.P.M.), a certificação para profissionais
de compras. O experiente profissional
empolgou a todos com uma diferente
maneira de pensar e de ver a vida. Ciente
de sua missão de ajudar os treinandos,
Quiett enfatizou a relação entre conhecimento e experiência. “Experiência baseiase em ações passadas, conhecimento é o
que leva os profissionais para frente.”
Alguns conceitos apreendidos já foram
incorporados pela turma de executivos brasileiros. Entre eles, Leonardo Reis, responsável pela área de Compras Internacionais
da Cryovac/Sealed Air, fabricante de embalagens para carnes resfriadas e congêneres, que conta o ensinamento que marcou
as aulas desde o primeiro dia: questionamento constante. “Ele nos ensinou a parar e
analisar o que está se fazendo. E perguntar-
E
se se aquela maneira é a mais produtiva, a
melhor”. Segundo Quiett, não adianta trabalhar de determinado jeito porque foi
assim que o ensinaram ou porque sempre
funcionou desse jeito. “Não, de jeito nenhum. Você precisa parar e raciocinar, se
não é a melhor maneira, parta para as
mudanças”, ressalta Reis.
Mas o que atuar diferentemente tem a
ver com compras? Simples, explica Frank
Quiett: “Se fizer do mesmo jeito os resultados serão os mesmos. O profissional precisa
de conhecimento adicional. Eu estou aqui
menos para ensinar como passar nos exames da certificação do que para acender a
chama da procura constante de conhecimento”. O curso, disponibilizado pela ABAI
é estruturado em quatro módulos, com provas a cada dois, iniciou sua primeira turma
para a Certified Purchasing Management
(C.P.M.) em setembro. A missão do professor é transmitir conhecimento de maneira
que os alunos possam aplicá-lo em suas
empresas. Ao chegar ao quarto nível,
estarão aptos a continuar a crescer e a adquirir conhecimento porque mudaram a maneiTODAY Logistics & Supply Chain - 06
ra de ver o mundo e de pensar. “Quando eles
percebem que a responsabilidade sobre a
melhoria de vida profissional e pessoal está
em suas mãos, o trabalho torna-se mais produtivo e eficiente”.
Letras
A coordenação do curso preparatório
para C.P.M., do I.S.M. está a cargo de
Marcelo Offner, CPIM, consultor industrial e logístico, e instrutor dos cursos da
APICS, também oferecidos pela ABAI. Ele
explica a relação entre as associações:
“Elas são correlatas, pois ambas têm a
missão de difundir conceitos relacionados
com a gestão da produção e dos materiais.
Além disso, os cursos preparatórios para
as certificações, tanto do I.S.M., como da
APICS são oferecidos pela ABAI”. Sobre o
início da turma para C.P.M., o consultor
explica que a ABAI vinha recebendo consultas de interessados no assunto, normalmente profissionais com vivência no exterior ou de multinacionais que conheciam a
importância da certificação.
Como foi o caso de Cláudio Duarte,
gerente de Supply Chain da Cryovac/Sealed
Air, fabricante de embalagens para produtos
de carne resfriada, entre outras especialidades. Ele tomou conhecimento do curso com
os colegas norte-americanos e conta que nos
Estados Unidos as empresas estão considerando a certificação C.P.M.(Certified
Purchasing Manager) como um critério de
seleção para profissionais das áreas de
Compras e Suprimentos. “Equivale a um
MBA em Compras/Suprimentos. Acho que
em breve seguiremos a mesma tendência no
Brasil”, considera. Duarte salienta ainda que
cerca de 50 a 70% de todas as despesas das
empresas estão nas mãos dos profissionais
de Compras / Suprimentos. Como conseqüência da certificação, o gerente acredita
as companhias terão: otimização dos custos,
aumento do lucro líquido, diferencial para os
profissionais mais qualificados dessas áreas,
sendo pré-requisito para contratação dos
profissionais.
Marcelo Offner, da coordenação do
curso preparatório acrescenta que em linhas
gerais o profissional de compras precisa
atuar da mesma forma independente como a
que explicou Frank Quiett. “Como todos os
processos de gestão são, de certa maneira
globalizados, a atuação de um gerente de
compras nos Estados Unidos deve ser a
mesma do que a do Brasil”.
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Prática
Outro participante do curso preparatório para C.P.M., Carlos Roda, das
Compras Nacionais da Cryovac/Sealed
Air, destaca que até pouco tempo trabalhava como responsável pelo departamento de Engenharia de Instalações, até ser
convidado a substituir o gerente de
Compras, que se aposentou. “O curso está
sendo fundamental para o meu novo
cargo, pois não tinha experiência no
assunto”. Além do conteúdo, outro benefício da série de palestras com Frank
Quiett foi o contato entre profissionais
altamente qualificado na área de compras,
de empresas importantes dentro dos segmentos farmacêutico, serviços e moda.
Saídos do curso, os três profissionais
da Cryovac/Sealed Air estavam animados em implantar todas as novidades
apreendidas. Mas o próprio orientador
recomendou que as mudanças fossem
feitas aos poucos. “No primeiro momento, reunimos todos os profissionais de
compras da companhia”, afirma Cláudio
Duarte, “e compartilhamos o que aprendemos, apenas contamos”. Entretanto,
não conseguiram ficar apenas na teoria.
Como as técnicas são muito interessantes, o grupo não se privou de experimentar, ao menos, uma delas, o TCO, de
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C
onio
Total Cost of Ownership, ou Custo Total
de Aquisição. Cláudio Duarte explica que
quando se compara fornecedores, o primeiro critério analisado é o preço.
“Depois que aprendemos TCO, não olhamos preços e sim custos. Os fornecedores que apresentam menor preço, muitas
vezes têm qualidade pior ou estão mais
longe, o que trará despesas com frete”,
exemplifica. Mais importante do que a
técnica é o raciocínio e esse já foi incorporado pelos profissionais.
A preparação ao C.P.M. ocorreu na hora
certa. A Cryovac/Sealed Air em 2006
mudou seu approach em relação ao Supply
Chain: ao em invés de organização por
departamentos passou para processos.
“Sou parte viva dessa mudança”, afirma
Cláudio Duarte, “pois fui contratado especificamente para montar a gerência de
Supply Chain”. Assim, sob o Supply Chain
estão as áreas de Compras, Logística,
Planejamento de Produção e Materiais.
As Compras foram divididas em
Nacionais e Internacionais por terem procedimentos muito diferentes. Com a reestruturação global da companhia, a área de
Supply Chain adquiriu status de diretoria e
vice-presidência, reportando-se diretamente ao CEO. “Hoje o Supply Chain tem muita
importância dentro da Cryovac/Sealed
Air”, conclui Duarte.
Artigo
Ética
empresarial, a sua
empresa tem?
unca se falou tanto como hoje em
dia sobre ética. Isto tudo devido
aos freqüentes escândalos e muitas queixas na sociedade, na política, nas
indústrias e em todos os segmentos que, de
alguma forma, envolvem ganho financeiro
ou até mesmo de status. A sociedade contemporânea cobra das empresas uma
atuação responsável e o consumidor atual
tem consciência da efetividade de seus
direitos. Portanto, exige das empresas uma
nova postura que exponha suas reais preocupações com questões sociais. Um dos
campos mais carentes, constatado na atual
sociedade, refere-se à ética profissional,
devido o fato de passarmos grande parte de
nosso dia, no ambiente corporativo, onde se
desenvolve em uma sucessão de escolhas e
da prática de virtudes, que nada mais são
do que os valores transformados em ação.
Uma empresa só pode ser considerada
ética se cumprir de forma clara e transparente todos os compromissos firmados, ou
seja, se adotar uma postura de negócios
aberta e agir de forma honesta com todos
que mantêm qualquer tipo de relacionamento (colaboradores, fornecedores,
clientes, acionistas, etc). Seus valores,
rumos e expectativas devem levar em
conta toda essa totalidade de relacionamentos, e seu desempenho também pode
N
e deve ser avaliado devido ao seu esforço
no cumprimento de suas responsabilidades sociais, como em sua atuação na forma
de empresa-cidadã.
Nesse cenário mercadológico, há uma
grande competitividade dentro das empresas, que acabam por incitar batalhas sem
fim entre as pessoas, seja disputando fatias
de mercado, ou disputando posições de
destaque dentro das empresas e fora delas.
Nesta busca desenfreada pelo reconhecimento, manutenção do status, prestígio,
lucratividade e poder, quase sempre, a ética
é posta de lado. Esta é a guerra pela sobrevivência que é patrocinada pelo mercado,
onde para se chegar à vitória não importa
os meios utilizados.
Mesmo considerando-se óbvio e absolutamente necessário obter, lucros, resultados, produtividade, qualidade e eficiência de produtos e serviços, além de outros
valores típicos de empresa, é extremamente necessário que os mesmos sejam
aliados aos valores pessoais, tais como:
respeito, dignidade, justiça, cooperação,
perseverança, honestidade, compreensão,
senso crítico, prudência, entre outros.
Entende-se claramente a necessidade da
moderna gestão empresarial criar relacionamentos mais éticos no mundo dos negócios para poder sobreviver e, obviamente,
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obter vantagens competitivas. A empresa,
as pessoas e a sociedade como um todo
também acabam por se beneficiar com
este movimento.
Percebe-se que é necessário incutir no
empresariado a consciência de que ao
estabelecer padrões éticos como missão
da empresa, o resultado pode não ser imediato, mas significa ter bons negócios a
longo prazo. Quando as pessoas trabalham para uma organização que acreditam
ser justa, onde todos estão dispostos a dar
o melhor de si para a realização das tarefas, onde as tradições de fidelidade e cuidado são marcantes, elas trabalham com
um nível muito mais elevado e com orgulho de fazer parte de numa empresa responsável. Os valores ao seu redor passam
a fazer parte delas e elas vêem o cliente
como alguém a quem devem o melhor produto ou serviço possível. Bons negócios
dependem essencialmente do desenvolvimento e manutenção de relações de longo
prazo e as falhas éticas levam as empresas
a perderem clientes, fornecedores importantes e profissionais eficientes. Na atualidade a empresa que quiser ser competitiva
e obter sucesso tanto no mercado nacional
como no mundial, terá de manter impreterivelmente uma sólida reputação no que
diz respeito a seu comportamento ético.
Através de seus administradores, deve
estar ciente de sua responsabilidade, por
meio de sua missão fundamentada numa
atuação ética, deve implementar ações
sociais e ambientais responsáveis, interagindo assim, entre os interesses da comunidade e da empresa, ou seja, detectando
necessidades e alternativas de desenvolvimento social e econômico da população,
propondo e desenvolvendo formas de
solucionar problemas sociais, articulando
o apoio e promovendo a elaboração de
projetos que visem erradicar carências de
todo o tipo. Só assim, os funcionários,
seus clientes e a sociedade como um todo
acabam por assimilar este movimento
ético, tornando as pessoas menos céticas
e muito mais preocupadas com o bem
estar comum. Segue abaixo os 10 mandamentos das empresas socialmente responsáveis que por muitos não são respeitados. Lembrando que a ética nada mais é
do que um instrumento de realização da
filosofia da empresa, de sua visão, sua
missão e de seus valores, pois a ética passou a ser um fator que agrega valor à imagem da empresa.
Não divulgarás propaganda enganosa
É preciso banir o péssimo hábito de fisgar o consumidor com a mentira ou meia
verdade sobre produto ou serviço.
Não farás espionagem industrial
Procurar descobrir o que o concorrente está fazendo, com emprego de táticas
desonestas, ainda é considerado “natural”,
sobretudo em áreas muito competitivas,
como automobilística e informática.
Não assediarás sexualmente
Uma cantada pode não ser nada mais
que uma cantada, mas o uso do poder
como forma de sedução e coerção sexual é
crime e deve ser denunciado.
Não apadrinharás
A contratação ou promoção de um funcionário deve se dar com base na competência profissional e no mérito. Quando
falam mais alto as relações amorosas, de
parentesco ou politicagem, todos perdem.
Tratarás os funcionários com respeito
No local de trabalho devem imperar
relações saudáveis, em que não prevaleçam o medo de perder o emprego e o
estímulo à competição selvagem.
Gregory Petter dos
Santos colabora nesta
edição com um artigo
em que analisa a ética
no ambiente corporativo. Valem a reflexão e
as sugestões
Honrar cliente e fornecedor
Não discriminarás
Entregar mercadorias na data marcada, fornecer serviços de qualidade e prestar bom atendimento ao cliente, além de
cumprir compromissos com fornecedores,
são hoje exigências das quais a empresa
não pode fugir.
Fazer discriminação de raça, preferência sexual ou de deficiência, na hora de contratar e promover, e tratar de forma desigual homens e mulheres ainda é a regra em
muitas firmas.
Não subornarás
Nas relações do setor privado com o
setor publico, o suborno tem sido uma das
praticas mais em evidência, seja para vencer licitação de obras, livrar-se de multas
ou obter vantagem em negociação.
A falta de ética em uma
empresa acarreta na perda de
bons clientes, bons fornecedores e
bons profissionais.
Não poluirás
É crescente a rejeição às firmas que
poluem rios e mares, liberam gases
poluentes, jogam lixo em local impróprio,
abusam de recursos naturais e não se responsabilizam pelo destino dos produtos
que criam.
Não fraudarás
A fraude é qualificada como falsificação,
adulteração, contrabando, abuso de confiança ou ação praticada de má fé. Os diferentes tipos de fraude podem ser encaixados em diversos artigos do Código Penal.
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O autor: Gregory Petter dos Santos é Bacharel
em Logística, com vários cursos de complementação em Logística Empresarial, tendo concluído
o último, sobre Balanced ScoreCard, em julho de
2007. Sua experiência profissional abrange as
áreas de Operações Portuárias, Transporte
Rodoviário de Carga, Armazéns Gerais, de
Contêineres e Frigorificados. Atualmente é
Analista de Logística na Perdigão
Agroindustrial, no setor Gerência Logística de
Armazenagem e Distribuição do Mercado
Portos
SEP considera
Rio Grande o segundo mais
importante porto brasileiro
detalhe do Porto de Rio Grande (RS)
Bercílio Silva, Superintendente
do Porto de Rio Grande
O Ministro da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito deu a entender durante
o seminário da Santos Export, em outubro, que o Porto de Rio Grande teria
condições de se tornar um dos portos hub brasileiros (de concentração de
cargas), juntamente com o Porto de Santos. Em visita a Rio Grande, um mês
antes, o Ministro afirmou que o local é o segundo mais importante do Brasil em
movimentação de cargas. Para comentar as afirmações de Brito, o
Superintendente de Rio Grande, Bercílio Silva concedeu uma entrevista
à TODAY, que você confere a seguir
TODAY: O ministro Pedro Brito declarou
que o Porto de Santos é o primeiro porto hub
do Brasil e que há mais duas possibilidades,
mencionando que Rio Grande seria uma
delas. O que o senhor diz sobre isso?
Bercílio Silva: Recebemos o Ministro
que, em reunião com todos os operadores,
trabalhadores, empresários e autoridades,
deu a declaração que depois de Santos, o
Porto de Rio Grande seria o segundo porto
de importância no Brasil, o que para nós foi
uma surpresa e confirma o que ele disse no
seminário. Estrategicamente, as condições
naturais e de investimento, tanto público,
quanto privado, e de multimodalidade, no
parecer do ministro, indicam que Rio
Grande pode ser um grande porto concentrador de cargas, principalmente em termos de Mercosul. Falou mais: que, do Sul,
Rio Grande será um dos primeiros portos.
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Entretanto, a medida ainda não é oficial.
T: E como o senhor, Superintendente de
Rio Grande, pretende conduzir essa
situação?
BS: Com maior responsabilidade, trabalhando cada vez melhor e olhando muito
para o futuro. Temos, com nossos técnicos,
feito um planejamento estratégico para o
desenvolvimento do porto e este ano esta-
mos com a perspectiva de aproximadamente
25 milhões de toneladas de cargas, entre
importação e exportação, 17,5% de crescimento médio nas nossas atividades. Para
2015, a projeção é de aumento médio anual
de 9%.
sejam competitivos e o que estamos discutindo com o Porto de Montevidéu, de Buenos
Aires, de Paranaguá, de Itajaí é a complementaridade, para que cada vez gastemos menos
em termos de logística para ser mais competitivo na hora de exportar nossos produtos.
T: O senhor atribui a isso o fato de o
ministro ter colocado o porto de Rio Grande
como o segundo principal do País?
T: A que o senhor atribui os bons índices
do Porto?
BS: Podemos melhorá-los mais. Vamos
BS: Não. Nós já estávamos trabalhando
fortemente e o planejamento estava adequado nesse sentido. Agora, com a notícia,
estudamos as ações a articular com o
Governo Federal para que o porto seja tão
importante na prática quanto é no discurso, que esteja nas prioridades da
Secretaria Especial de Portos. Queremos
transformar palavras em ações consolidadas para que se tornem realidade.
dedicar os próximos anos à eficiência e à eficácia. Propusemos-nos em não mexer em
tarifas portuárias nos próximos cinco anos,
manter as mesmas tarifas que já temos há
dez anos e mexer apenas em ganhos de produtividade e na eficácia para que possamos
melhorar ainda mais toda a infra-estrutura
do porto e dar condições de sustentar esse
processo. Mas diria que há uma grande vantagem comparativa pela multimodalidade do
transporte no Porto de Rio Grande. O governo está dando um especial interesse à parte
hidroviária e o porto está junto nesse processo, no aproveitamento de menos de 3,7% de
todas as cargas que saem ou que chegam ao
porto de Rio Grande via hidrovia, e queremos elevar isso nos próximos 4 ou 5 anos
para 20% no mínimo, porque é uma via mais
econômica, ecologicamente segura e correta, e isso vai nos dar mais competitividade e
os investimentos são muito menores do que
na sustentação das rodovias.
T: Quais as expectativas para o futuro?
BS: Acredito que em 2015 – com o crescimento normal que estamos trabalhando,
conforme a média e as projeções de todas as
demandas dos terminais portuários, – o porto
estará operando com 50 milhões de toneladas. Creio também que em um período tão
pequeno o porto estará dobrando sua movimentação e, para isso temos de ter a estrutura preparada para um porto multiplicar sua
infra-estrutura, com novos terminais, com
canais dragados, aprofundados, sinalizados
com tecnologia moderna e gestão dinâmica.
Sem dúvida, o Rio Grande do Sul, que usa
mais de 96% de suas exportações pelo Porto
do Rio Grande, vai, nos próximos anos, alavancar esse desenvolvimento.
T: Como é a relação de Rio Grande com
os portos vizinhos?
BS: Não creio que os portos entre si
T: Esse seria um diferencial logístico do
Porto de Rio Grande?
BS: Acho que esse seria um diferencial
por nos dar a competitividade na exportação
dos produtos. Isso em termos internos. Em
termos externos, a proximidade entre os
portos mais ao sul, como Buenos Aires,
Montevidéu, e também com Santa Catarina,
Paraná e até São Paulo. Nós ficamos no meio
TODAY Logistics & Supply Chain - 11
do processo, numa faixa de 800 / 1800 km, o
que também possibilita que esse processo
de concentração de cargas possa ser realizado no Porto de Rio Grande.
T: E o que mais o senhor gostaria de destacar nos processos logísticos?
BS: Acho também que a hidrovia nos
favorece com o Uruguai, e o nosso aproveitamento na Lagoa Mirim também é grande.
Então a grande área produtora do Uruguai
de minérios e madeira é a região norte deles,
justamente na fronteira com o Rio Grande
do Sul, onde temos a via férrea para auxiliálos, como também a hidrovia, dando mais
competitividade para eles, e o uso da sua
madeira para as indústrias de celulose que
estão se instalando na região.
T: O que o senhor destacaria em metas
para os próximos anos e até mesmo para de
2007?
BS: Em 2007 a safra foi boa, mas não só o
aumento da safra que movimentou o trânsito
das mercadorias do porto. Houve o aumento
de importação, houve o aumento da exportação em todo sentido – cargas gerais, automóveis – foi um aumento linear com maior
concentração na safra agrícola, sem dúvida,
mas houve um crescimento em todas as
áreas. Granel líquido também, o que mostra
que a atividade econômica está começando a
ultrapassar os índices do PIB nacional.
T: E o principal objetivo de vocês, seria
justamente em 2015 conseguir atingir 50
milhões de toneladas?
BS: Sim, 50 milhões com as mais baixas
taxas portuárias e um atendimento cada vez
mais eficiente em serviço, ou seja, fazer com
que haja negócios cada vez mais eficientes e
competentes para todos.
Portos
Missão Portuária vai a
portos europeus
Ministro da Secretaria Especial de Portos, Pedro Brito e comissão
prepararam Missão aos portos de Hamburgo e Le Havre
Ministro Pedro Brito
meta é visitar randes centros
portuários mundiais a fim de
conhecer a experiência destes
portos e prospectar possibilidades de
investimento”. Essa é a justificativa dada
pelo Conselheiro Rodrigo Azeredo Alves
sobre a missão do Ministro-Chefe da
Secretaria Especial de Portos (SEP),
Pedro Brito, aos portos europeus de
Hamburgo (Alemanha) e Le Havre
(França), entre os dias 10 e 17 de outubro.
Trata-se da segunda missão de um total de
quatro que abrangem a área portuária. Na
primeira comissão foram visitados os portos de Cingapura e Xangai, em maio, e as
próximas contemplarão os portos dos
Estados Unidos, Dubai e Japão.
Alves, que é Chefe da Divisão de
Programas de Promoção Comercial do
Ministério das Relações Exteriores, desta-
“A
ca a importância dos portos a serem visitados: “Le Havre e Hamburgo são portos que
movimentam cargas que são distribuídas
para toda a Europa. Hamburgo é o maior
porto da Alemanha, o terceiro maior da
Europa e o 9º no ranking mundial em termos de movimentação de contêineres. Em
2006, movimentou cerca de 8.861.804 unidades de 20 TEU’s - 9,6% a mais que em
2005 - e 135 milhões de toneladas de carga,
tendo sido 79 milhões de toneladas desembarcadas e 56 milhões de toneladas expedidas. O porto de Le Havre é o primeiro
porto de importância do continente norteeuropeu, situado no eixo Mancha/Mar do
Norte, pelo qual transita um quarto dos
intercâmbios marítimos do planeta. A visita
tem caráter exploratório e, por isso, Alves vê
a possibilidade de um futuro acordo entre os
portos nacionais e europeus. “Os dois portos
Pa n o r a m a p o r t u á r i o
r ev e l a p ro b l e m a d e
atraso em Santos
Michel Siva, diretor de operações da Aliança
Brasileira e da Hamburg Sud Internacional
No final de setembro, eventos em São Paulo levantaram discussões
e apresentaram propostas de melhorias acerca do atual
sistema portuário brasileiro. Confira o que ocorreu
em alguns desses debates.
TODAY Logistics & Supply Chain - 12
oferecem ao Brasil uma oportunidade de
diversificação logística e melhoria nos canais
de distribuição”, afirma.
Mas as atenções do governo brasileiro
estão destinadas à cooperação técnica que
esses portos podem oferecer, por serem
mais modernos, o que permite a movimentação de uma grande quantidade de cargas. A idéia é equipar os portos nacionais
com uma estrutura semelhante aos portos
europeus para que consigam movimentar
um número superior de cargas.
O Ministro-Chefe da Secretaria de
Portos, Pedro Brito, será acompanhado pelo
Diretor-Geral da Antaq, Fernando Fialho,
pelo Subsecretário-Geral de Cooperação e
de Promoção Comercial do MRE,
Embaixador Ruy Nunes Pinto Nogueira,
além de representantes de portos brasileiros
e empresários ligados ao setor.
um Brasil que vive o ano todo
perguntando quando ocorrerá
o apagão logístico, um debate
desses tinha de ser feito”, afirmou o coordenador do VIII Congresso da ABML
(Associação Brasileira de Movimentação e
Logística), realizado no final de setembro
na Câmara Americana de Comércio
(Amcham). Essa edição do Congresso foi
realizada em um momento em que a logística ganha maior relevância no cenário nacional. As palestras foram elaboradas ao longo
“N
de seis meses, e contaram com a colaboração de empresários e especialistas da área.
Durante o Panorama de Modais, ocorrido no primeiro dia do evento, o diretor de
Operações da América do Sul da Hamburg
Süd Internacional e da Aliança Brasileira,
Michael Martins da Silva, afirmou que ainda
há terminais brasileiros que embarcam
contêineres de modo informal e que há portos operando acima de sua capacidade,
gerando atrasos nas operações.
Segundo ele, o caso do Porto de Santos é
um dos mais preocupantes, pois apresenta
atraso de 15h30min, e um dos motivos que
justificam essa deficiência em Santos seria a
falta de dragagem. Silva enfatizou a necessidade de implementar janelas de atracação, o
que reduziria os atrasos no terminal.
Dentre as deficiências do atual sistema
portuário, o diretor de Operações ressaltou o caso dos portos estratégicos que precisam de revisão, a insuficiência de investimentos públicos quanto à expansão linear e horizontal, acessos restritivos aos portos e falta de complemento da janela de
atracação.
Durante a sessão “Direto ao Assunto”,
debate entre os congressistas que participaram do Panorama dos Modais, que
encerrou o primeiro dia do evento, Silva
afirmou que a verba para a manutenção
dos portos acaba sendo destinada para
outros setores, tanto que os terminais brasileiros apelam pelo retorno das arrecadações para fazerem os investimentos
necessários. Isso fez com que o jornalista
Heródoto Barbeiro, que mediou o debate,
comentasse que essa situação assemelhase à atual crise vivida no setor aéreo, cujos
investimentos também são desviados para
outras áreas.
Outros participantes do debate foram
José Vitor Mamede (Fiesp), Rodrigo
Vilaça (ANTF), Élcio Ribeiro (Sindicado
de Armadores de Navegação Fluvial do
Estado de São Paulo), Marcelino Guedes
(Transpetro), Carlos Alberto Alcântara
(Infraero)
e
Marcelo
Perrupato
(Secretário de Política Nacional dos
Transportes). O Panorama dos Modais
ocupou o primeiro dia do VIII Congresso
ABML, ocorrido nos dias 17 e 18 de setembro. O segundo dia do evento foi dedicado
ao VIII Prêmio ABML de Logística.
CMA/CGM aborda deficiências do
setor portuário brasileiro em
reunião do Comus
Nelson Carlini, diretor geral da
CMA/CGM do Brasil)
engenheiro Nelson Carlini, diretor
geral da CMA/CGM do Brasil,
defendeu as privatizações e modernizações no setor portuário e qualificou como
ineficientes as ações governamentais nos
portos, durante sua apresentação na 14ª
Reunião do Comitê de Usuários dos Portos e
Aeroportos de São Paulo, Comus, realizado
na sede da Associação Comercial de São
Paulo, em 25 de setembro.
“Apagão Marítimo” foi o tema do encontro que reuniu armadores do setor portuário
brasileiro, dentre eles, Michael Martins da
Silva, diretor de Operações da América do
Sul da Hamburg Süd Internacional e da
Aliança Brasileira, que palestrou sobre o
O
panorama portuário brasileiro no VIII
Congresso ABML.
Durante o evento, Carlini afirmou que a
capacidade dos portos do sudeste brasileiro
estaria esgotada em 2009 se entidades privadas não investissem no setor. Esses investimentos, segundo ele, são responsáveis pelo
atual aumento de capacidade dos terminais,
mas enfatizou que os empresários ainda
encontram obstáculos advindos da ineficiência do sistema. Para Carlini, o setor privado
está disposto a investir, embora “isso não se
materialize no tempo devido”.
Assim como Michael Silva no Congresso
da ABML, o diretor geral da CMA/CGM do
Brasil fez referência ao movimento excessivo
TODAY Logistics & Supply Chain - 13
do Porto de Santos, ressaltando o empenho
do colega da Hamburg Süd em estabelecer
janelas de atracações no terminal, para amenizar esse problema.
Quanto ao Programa de Aceleração do
Crescimento, PAC, que prevê R$ 2,7 bilhões
de investimentos no setor portuário, Carlini
disse que as atenções estão mais voltadas
para a dragagem, mas falta uma ação no setor
logístico. “Não vejo como as ações anunciadas podem melhorar a logística”, afirmou.
As reuniões do Comus ocorrem anualmente desde 1993 com o objetivo de discutir os problemas existentes, assim
como propor melhorias aos portos e aeroportos brasileiros.
Artigo
Como atua um operador
na logística reversa de
produtos eletrônicos?
Definição do problema
om o avanço tecnológico e a
redução no ciclo de vida de produtos eletrônicos, as empresas vêm
sentindo cada vez mais a necessidade de
darem uma destinação a produtos obsoletos ou defeituosos. Muitos aparelhos eletrônicos possuem materiais perigosos. Por
esta razão, devem procurar alternativas ao
descarte em aterros sanitários ou à incineração. Computadores, monitores, televisões e outros equipamentos eletrônicos,
não podem ser descartados juntamente
com o lixo normal. Estes aparelhos podem
ser doados ou revendidos, prolongando
assim, suas vidas úteis. Aparelhos que não
estejam funcionando, devem ser reciclados
por uma empresa especializada no descarte
destes tipos de produtos.
Muitos componentes de equipamentos
eletrônicos, incluindo plásticos e vidros
podem ser reutilizados ou reciclados,
enquanto outros tipos de materiais podem
causar danos ambientais se não forem
corretamente descartados, como baterias,
por exemplo.
C
Por que as empresas devem desenvolver
atividades de logística reversa?
As empresas estão percebendo cada vez
mais a importância e a necessidade de inse-
rirem um programa de logística reversa em
suas empresas, por diversos motivos. Os
principais são:
· Limpar o canal para a introdução de
novos produtos, ou produtos com upgrade
de tecnologia;
· Dar assistência técnica, através do serviço de garantia ao consumidor, recolhendo
produtos defeituosos e fornecendo produtos novos, caso não seja possível o conserto
do bem devolvido. O serviço de assistência
técnica pode ser executado também fora do
prazo de garantia do produto, neste caso, a
empresa receberá pelo serviço;
· Proteger a marca, evitando que produtos
defeituosos sejam vendidos no mercado
paralelo. Se a empresa recuperar seus produtos após seu consumo por parte do cliente, ela evitará que produtos com defeito
sejam mal consertados por pessoas não
autorizadas e vendidas para os consumidores, pois a marca da empresa estará atrelada ao produto, danificando sua imagem,
caso o produto dê defeito;
· Lucrar com o aproveitamento de componentes, substituindo matérias-primas
virgens, diminuindo assim, o custo de
produção;
·Lucrar com a venda de partes de produtos
para reciclagem;
· Preservar o meio ambiente, evitando que
TODAY Logistics & Supply Chain - 14
O artigo é uma contribuição
de Eduardo Correia Miguez,
administrador de empresas e
mestrando em Engenharia
de Produção, pela
COPPE/UFRJ
substâncias tóxicas ou materiais com período longo de deterioração sejam lançados no
meio ambiente, recebendo assim, o tratamento adequado.
Por que terceirizar as atividades de
logística reversa?
As grandes corporações possuem recursos financeiros, logísticos e funcionários
suficientes para realizar as tarefas da logística reversa sem a necessidade de uma
empresa especializada. Além disso, possuem escala, o que é muito importante para
se viabilizar o investimento em logística
reversa. Entretanto, as empresas de menor
porte, geralmente, não possuem recursos
suficientes para realizarem estas atividades
nem uma escala suficiente, portanto, contratam uma empresa especializada para efetuar os processos de logística reversa.
Outra questão importante é a definição
do quão estratégico a logística reversa é para
a empresa, isto é, o quanto as atividades
reversas impactam na atividade central da
empresa. Neste sentido, empresas de grande porte podem achar que a logística reversa não influi diretamente em sua atividade
central, não justificando assim, um esforço
para realizar o retorno dos produtos internamente. Por outro lado, há aquelas empresas
que, independentemente de seu porte, preferem apenas gerenciar as atividades de logística reversa, mesmo esta sendo estratégica.
Estas empresas ficam responsáveis apenas
pela gestão do processo.
Há outros casos, em que empresas, por
questões estratégicas, como já citadas
acima, resolvem adotar um canal reverso,
mas sem o interesse de recuperar componentes de seus produtos. O intuito nestes
casos é apenas por questão operacional (os
produtos defeituosos decorrentes da
assistência técnica ficam armazenados na
empresa) ou para proteção da marca.
Algumas empresas, quando precisam se
desfazer de computadores, impressoras e
outros tipos de aparelhos eletrônicos, recorrem às empresas especializadas em logística reversa, pois não possuem necessidade
de criar processos reversos para casos em
que o aproveitamento de materiais e até
mesmo a proteção da marca não são o foco.
Para estas empresas, o mais importante é o
respeito ao meio ambiente, e também a proteção dos dados contidos nos computadores. Esta proteção acontece quando a
empresa destrói (ou contrata alguém para
destruir) seus componentes, que contenham dados sigilosos da organização.
Quando a empresa decidir terceirizar o
processo de logística reversa, ela deve proTODAY Logistics & Supply Chain - 15
curar no mercado uma empresa especializada nisto, e esta, é uma etapa muito
importante, pois a escolha de um parceiro
que não seja sério pode gerar sérios problemas, inclusive jurídicos para a empresa
contratante. Para tanto, é importante
escolher uma empresa com boa reputação
no mercado e verificar se ela respeita o
meio ambiente, as legislações locais e se
ela tem permissão para a reciclagem e descarte de tais materiais.
O autor: Eduardo Correia Miguez é
Administrador de Empresas, formado pela
Universidade Estadual do Rio de Janeiro
(UERJ) e mestrando em Engenharia de
Produção, pela Coordenação dos Programas
de Pós-graduação de Engenharia
(COPPE/UFRJ). Trabalhou em empresas
como Financiadora de Estudos e Projetos
(FINEP), na Área de Capital de Risco; na
Operadora Vivo, Área de Cobrança; e atualmente na Petroflex, como Trainee da
Coordenação de Suprimentos
Contato: [email protected]
continua na próxima edição
Internacional
Efetividade em comunicação,
educação e treinamento
O artigo – da costumeira colaboração da consultoria Oliver Wight e com a autoria e introdução em
português de Daniel Druwe – analisa as ações de comunicação, educação e treinamento
anto as organizações quanto as pessoas estão saturadas por ações de
comunicação, educação e treinamento (neste artigo citadas como CE&T, de
Comunication, Education & Training).
Ainda assim, diariamente nos deparamos
com situações que demonstram desvios de
comportamento, erros e baixo desempenho
atribuídos à falta de CE&T. Isso demonstra
que as maneiras costumeiras de avaliar
CE&T como, por exemplo, o número de
horas por funcionário, não tem tanto significado. O que realmente interessa, a
Efetividade das Ações de CE&T, raramente
é medido. Se CE&T são valiosos instrumentos da gestão das empresas, a atenção
das pessoas-alvo é ainda mais preciosa. Não
é aceitável satisfazer-se com a execução das
ações de CE&T - é essencial verificar se
os objetivos foram ou não atingidos.
O simples fato de focalizar na efetividade
já produz uma mudança na abordagem à
CE&T, incluindo a análise de como os diferentes instrumentos de CE&T devem interagir e integrar-se para produzir as mudanças
desejadas. Como princípio, o objetivo de toda
e qualquer ação de CE&T deve ser promover
uma mudança: de valores, crenças, atitudes,
comportamentos, conhecimento e habilidades. Em negócios, essas mudanças precisam
converter-se em confiabilidade, melhores
decisões e maior desempenho. Ações de
CE&T não-efetivas para esses fins são um
desperdício de recursos e, principalmente,
T
da disputada atenção das pessoas-alvo.
Simplesmente por exigir uma definição clara
de quais mudanças deverão ocorrer e de
como elas serão verificadas já se provoca
uma abordagem mais responsável e conseqüente, tanto dos que irão executar as ações
quanto dos que irão recebê-las. E, tendo claramente definidos os objetivos de mudança a
mensuração da efetividade é facilitada.
Em resumo, podem-se obter mais resultados com provavelmente menos CE&T. O que
se propõe a seguir aplica-se a todos os tipos
de CE&T: para baixo, para cima, horizontal,
360º, coaching, cursos, auto-estudo e todas
as outras formas. Todas as ações de CE&T
devem ser desafiadas quanto às mudanças
desejadas e à medição da sua efetividade.
EFFECTIVENESS IN COMMUNICATION,
EDUCATION & TRAINING
Summary
Organizations and individuals today are
saturated with communication, education
and training. Nevertheless, we are confronted daily with situations indicating that the
lack of communication, education and training are causing misbehavior, mistakes and
low performance.
This shows that the traditional ways of
assessing CE&T, as for example, the number of hours per employee, is not good
enough.
What really matters is the
Effectiveness in promoting the desired chanTODAY Logistics & Supply Chain - 16
ges in the business, not the number of hours
people have been subject to CE&T.
Focusing on the effectiveness of CE&T
leads us to a significant change in our use of
CE&T, including the analysis of how the different instruments of CE&T interact and
integrate to produce the desired changes.
Kirk Patrick and Phillips are two important contributors to the development of methodologies to assess effectiveness of C, E &
T. Jeanenne LaMarsh and Rebecca Potts(2)
have developed what I consider as the best
approaches and methodology to manage
changes. This article extensively benefits
from their ideas and proposals.
Communication, Education and Training
are all extremely valuable instruments and
the attention of the employees is an even
more precious element. We cannot afford
using them without a clear purpose and without making sure they are being effectively
used for the defined purpose.
As a principle, the objective of every and
all CE&T actions needs to be justified with
an objective of promoting change: change of
values, beliefs, attitudes, behaviors, knowledge and/or skills. From a business perspective these changes must result in reliability, better decisions and performance.
When we force a clear definition of which
changes are targeted with an action of
CE&T, we promote a more responsible
approach to it and we make it easier and
more accurate the measurement of the
effectiveness of the action.
Having a clear definition of the targeted
change and of how it will be measured helps
us select the most appropriate combination
of actions in each case. Measuring the effectiveness enables us to identify deviations and
to learn and improve over time.
In summary, we will achieve a lot more
with possibly less C,& T.
What follows equally applies to all types
of CE&T: top-down, bottom-up, horizontal,
360o, coaching, lecturing, self-studying and
other ways should all be challenged as to
which changes are targeted and how effectively changes are being promoted.
Five Levels of Measurement
The effectiveness of CE&T can be measured in 5 different levels:
Level 1 - Quality of the event: contents, instructor, room, duration, etc. This
is most frequently done through a perception survey of the participants at the end of
the event.
Level 2 - Acquisition of knowledge and
skills. This can be measured with before /
after tests.
Level 3 - Effect on the job - for example,
the observed changes in the measured performance on the job: productivity, rate of
defects, customer satisfaction.
Level 4 - Effect on the business - for
example, how much rework hours were
saved, throughput increased, product cost
decreased, as a result of the increased productivity of the participant observed after
the event.
Level 5 - Return on the CE&T
Investment. Once we measure the effect on
the business results, we can analyze them
against the cost of the CE&T actions.
Adapted from the classification developed by Kirkpatrick and Phillips.(1)
Case as Illustration
The following case explains and illustrates the process and the main points that
need to be considered.
Through the Strategic Management process Velocity was identified by CompanyX as
a desired competitive advantage and as a critical success factor; then it was converted
into a Strategic Objective for CompanyX.
In the deployment of the Strategic Plan,
the Planning & Logistics organization perceived the need to significantly improve the
performance of material inventory management, in order to contribute to the Velocity
strategic objective.
As the manager of Planning analyzed the
performance of the Material Planner
Stephanie, he verified that the following changes should be targeted:
‹
safety stocks for the items managed
by Stephanie then represented $20 million.
Given the demand and supply characteristics of the items under her responsibility
and the service level objectives, $10 million
would be the ideal level; therefore a change
from $20 to $10 should be promoted;
‹ the service level then provided by
most of the items managed by Stephanie
ranged from 60 to 70%; a minimum of 95%
is considered necessary to support production; an improvement of at least 25-35% needed to be obtained;
‹ other changes were identified as
required but are disregarded in this article
to simplify the explanation.
A similar analysis was made for the colleagues of Stephanie and for other related
functions. This illustration will proceed with
the Stephanie’s example alone.
The following actions were identified as
necessary to produce the desired changes:
education on the basics of supply chain
TODAY Logistics & Supply Chain - 17
management;
education and training on inventory
management techniques;
coaching by the manager and by the
internal expert on Inventory Management.
The investigation of the alternative ways
to execute the actions led to the selection of
two courses given by an external entity the
best ways to teach the basics of supply chain
and the techniques for inventory management. When discussing the fitness of these
courses with the external entity the specific
objectives targeted were explained and the
entity was challenged as to the ability to produce the specified changes.
The targeted changes were made clear to
the external entity and to Stephanie as well
as how they would be measured afterwards.
The appropriate internal Coaches were
identified, thus completing the solution
package. The internal Coaches and
Stephanie agreed on how the coaching
should be conducted.
Upon the execution of courses, performance was measured at Levels 1 and 2.
The execution of Coaching was monitored
against the plan, with periodical review between coaches, Stephanie and her manager
(who was also one of the coaches).
One month after the solution package
(courses and coaching) was completed, the
planned safety stocks were measured based
on the parameters in the system.
This showed a sum of $13 million planned.
Some change was measured on service
level: 80% of the items moved from the 6070% range to 70-75%.
The effectiveness of the solution at that
point was considered to be around 60% of the
expectation; it was recognized that the increased maturity in the following months would
improve the results but would not be able to
complete the desired changes.
Internacional
An analysis of the causes of insufficient
effectiveness was made and two of the causes identified were the lack of proficiency in
the supporting systems and a need for better
knowledge of the materials and of the way
they moved in the chain from the suppliers
to the point of use in production.
An additional program was defined with
systems training and an ‘walk through’ of
the supply and usage chain of the different
types of materials.
One month after the extended solution
was completed the parameterized safety
stocks in the systems were measured again
and amounted to $9.2 million, while the service level had increased to 85-95%. It was
then assessed that service level would continue to increase as the actions taken in inventory management and procurement would
become effective in the following 3 months.
It was concluded that the extended solution
achieved the desired changes and potentially exceeded them ($9.2 current vs. $10
millions
target
safety
stocks).
The Level 3 effectiveness measurement was
therefore considered 100%, to be confirmed
once service level would mature and
demonstrate to be sustainable at or above
the target level. (Remembering: Level 3 is
the effectiveness in producing the desired
changes in the performance at the job).
The performance in the job was then
translated as to the impact on the business:
one time cash flow release of $10.8 million;
yearly savings in the cost of carrying inventory ($10.8 * 10%) $1.08 million/year
impact of improved service level: reduction of emergency actions, expediting, special freight, reduction of disruption to the
processes that use the items, reduction of
missed shipments to customers, etc.). The
quantifiable effects in this item were valued
at $3 million per year
The total impact on the business was estimated at $10.8 million onetime cash relief
plus $4.08 million per year. This was considered the effectiveness measurement at level 4
(impact on the business).
The impact on the business was then
analyzed against the cost of the solution.
Because education & training needs periodical reinforcement and there is some expected turnover of personnel, a conservative
approach considered only the benefits of
one full year.
Costs were estimated as follows:
Courses given to Stephanie: $ 4,900
Coach time (2h/week * 12 weeks = 24 h)
$ 2,400
Stephanie’s time (108 h) $ 2,700
Total = $10,000
Roughly calculating, the investment on
Stephanie returned 4,080,000 /
10,000 = 40,800%.
The investment paid for itself since she
first applied the learned concepts and techniques to the parameterization of Safety
Stocks. It was considered that payback time
was around 1 month from initial costs.
The percentage of return on investment
and the payback time were considered as
the Level 5 performance measurement:
Return on E&T Investment.
would be welcome, focusing on accuracy is
the sure way to preclude the benefits.
We have observed that simply challenging people with questions like
are you communicating this or giving
that class simply to inform?
which are the actual changes you want to
promote in values, beliefs, attitudes, behaviors, knowledge and/or skills?
have you thought of all the actions that
need to promote the desired changes, in an
integrated way?
do these actions make the best combination of means to achieve the desired changes?
how can we verify that the changes are
being achieved?
have we gotten designers, executors and
target people of CE&T to agree on the objectives, the means and the measurements?
Experience has demonstrated that the
simple fact of stating that effectiveness will
be measured is sufficient to change the
design to increase the attention of those delivering and of those receiving CE&T.
Approaching CE&T as an instrument
of change management that should be
held accountable for effectiveness has a
high potential to increase the performance
of people and convert it into actual business results.
Conclusion
Measuring effectiveness of CE&T is clearly underutilized and, as Demin and Juran
repeated many times, measuring is a prerequisite to improving.
As with anything involving subjective
aspects, the accuracy of the measurement of
effectiveness of CE&T will always be subject
to debate. Although improving the ways of
measuring to obtain increased accuracy
TODAY Logistics & Supply Chain - 18
References
(1)Handbook of Training Evaluation and
Measurement Methods, 3rd edition, Jack J.
Phillips, Butterworth-Heinemann.
(2)Master Change, Maximize Success,
Rebecca Potts and Jeanenne LaMarsh,
Chronicle Books, San Francisco
Daniel Druwe Araujo, freqüente colaborador da TODAY Logistics & Supply Chain, é o entrevistado desta edição.
Graduado em Economia, especializou-se em Administração Empresarial por cursos e experiência profissional no Brasil
e no exterior. Além da certificação pela APICS, Daniel é diretor da Associação para Educação em Administração
Empresarial (ABAI) e consultor associado à The Oliver Wight Companies (OW). É um dos palestrantes do
I Conferência ABAI de Certificados APICS, em 27 de novembro, em São Paulo (confira detalhes da
programação em www.todaylogistics.net)
Resumo de suas atividades dentro da con sultoria
Primeiramente nos dedicamos a entender as necessidades percebidas pelo cliente. Com o benefício da visão externa e da
habilidade de análise, ajudamos o cliente a
validá-las (ou retificá-las). Em seguida
aconselhamos o cliente sobre como servirse dos melhores conceitos e práticas para
resolver as suas necessidades e atingir
altos níveis de competitividade.
Finalmente damos suporte no gerenciamento das mudanças necessárias.
Quando desejado pelo cliente fazemos trabalhos de avaliação e certificação usando a
metodologia Classe A da Oliver Wight.
Qual a importância da certificação CPIM
para o profissional que atua em Supply
Chain?
As empresas têm muitos profissionais
que são excelentes funcionários e, por
vezes, excelentes especialistas em algum
aspecto do gerenciamento da cadeia de
valor. Em muitos casos esses profissionais
estão restritos aos conceitos e práticas
empregados nas empresas em que trabalhou. Entretanto, gerenciar a cadeia de valor
exige uma visão abrangente com um mínimo de conhecimento dos diversos aspectos
e suas interações. Exige também o conhecimento de conceitos e técnicas alternativos,
que podem ser necessários numa mudança
das condições atuais. As certificações pela
APICS são o método mais efetivo de asse-
gurar a abrangência e o mínimo de profundidade de conhecimento.
Quais os benefícios de obter essa certifi cação no dia-a-dia de seu trabalho e em sua
carreira?
Pessoalmente a certificação ajudou-me
a estruturar os conhecimentos adquiridos
em 20 anos de estudos e prática na empresa, forçou-me a completar as áreas faltantes e deu-me segurança para enfrentar o
mundo exterior. Para muitos outros profissionais que se certificaram mais cedo em
suas carreiras, a certificação foi um tremendo avanço de conhecimento.
Que dicas daria para quem ainda não se
certificou e tem dúvidas quanto a isso?
As mesmas que dou a profissionais em
vários países da Europa, América Latina e
nos Estados Unidos. Primeiro, esse é um
investimento em você mesmo. O benefício
que as empresas obtêm de sua competência é passageiro, mas o desenvolvimento
que você promove em si mesmo fica com
você para sempre. Não se certifique porque
é bom para a empresa, certifique-se por que
é bom para você. Segundo, eu jamais arrependi-me de qualquer investimento que fiz
no meu desenvolvimento, mesmo tendo
mudado drasticamente de área e de função
ao longo de minha carreira.
Para aqueles que já possuem a certificação,
o que devem buscar para não se desatuali zar quanto ao aprendizado adquirido?
Sobreviver profissionalmente é como
TODAY Logistics & Supply Chain - 19
andar de bicicleta - pode-se ficar parado
por algum tempo, porém quem não anda,
inevitavelmente cai e fica para trás. Livros,
revistas e artigos especializados, em papel
e na internet, são a fonte mais “cost-effective” e conveniente para manter-se a par
do que se pensa e se experimenta no
mundo. Quem pode fazer “benchmarking”
em empresas, participar de convenções,
como a da APICS, e cursos certamente ajudam muito. Mas em tudo, o mais importante é a atitude inquisitiva, o desafiar das verdades estabelecidas, o experimentar.
Outros comentários
A APICS e suas certificações não são
muito conhecidas e apreciadas fora de círculos restritos. Isso não é algo exclusivamente
brasileiro. Entretanto, uma vez que explico o
que é e seus benefícios, rapidamente cresce
o respeito, a valorização e o interesse.
Meu trabalho “missionário” já motivou
dezenas de profissionais na Itália, França e
vários outros países (além do Brasil) a
entrarem nesse caminho. Nenhum deles
até agora manifestou arrependimento. Vá
em frente, conquiste o seu CPIM e ostente-o com orgulho. Quando lhe perguntarem o que significa essa sigla ao lado do
seu nome, explique o quanto isso representa. Com certeza você colherá frutos
compensadores!
Express
Rápido 900 investe em qualidade e nos serviços prestados ao grupo Basf/Suvinil
Em parceria com a Benner, Cesa Logística investe em sistema integrado de gestão empresarial
A fornecedora de soluções logísticas Cesa acaba de fechar uma parceria com a Benner Sistemas. Trata-se de um projeto de
implantação de um sistema integrado de gestão empresarial, envolvendo as soluções Benner Transportes e Manutenção de
Frotas , Benner Corporativo, Benner Recursos Humanos e Benner BI.
Com início de funcionamento esperado para daqui a um ano, a Cesa poderá contar com melhor planejamento e controle das atividades relacionadas à consolidação de carga, expedição e outros benefícios específicos para as atividades relacionadas ao transporte e logística, além de consolidar as
informações operacionais desse trabalho no ERP corporativo, garantindo mais exatidão nos dados
e mais agilidade no dia-a-dia da empresa.
“Analisamos vários softwares corporativos do mercado e a solução da Benner foi a que apresentou
melhor aderência aos negócios da Cesa”, diz o Consultor de Tecnologia da Informação da Cesa,
Carlos Otávio Mendonça. Segundo ele, a empresa possuía um sistema de gestão anterior, porém ela
não atendia as necessidades particulares da empresa.
Jean Pitz, diretor da Unidade de Transporte
Para Jean Carlos Pitz, gestor da unidade de transportes da Benner, esse é um projeto de grande
da Bener
motivação para os profissionais da empresa em que atua. “É um trabalho de muita responsabilidade,
já que a implantação envolve várias atividades da Cesa, desde a área administrativa, a gestão das pessoas, até o operacional. “É um projeto
importante para mostrarmos a nossa experiência em software corporativo e também nosso conhecimento e diferencial no segmento de
transportes e logística”.
Goodyear, Cummins, ZF e Randon são premiadas no “Supply Awards 2006” da Volkswagen
Caminhões e Ônibus
A Goodyear é a grande vencedora na categoria “Melhor dos Melhores” do prêmio “Supply
Awards 2006”, evento em que a Volkswagen Ônibus e Caminhões destacou seus melhores fornecedores do ano. Foram 11 empresas contempladas em seis categorias: pós-vendas, responsabilidade ambiental, qualidade do produto, logística, competência no desenvolvimento do produto e excelência comercial.
A Cummins foi premiada nas categorias “Excelência Comercial”, como fornecedora de motores e a
divisão de sistema de filtração, e “Pós-venda”, pela sua especialização em filtros e exaustão.
Já a ZF recebeu o prêmio na categoria “Competência no Desenvolvimento do Produto”, pela inovação
e tecnologia. Um dos destaques do grupo, que contribuiu para a conquista da premiação foi a nova
transmissão ZF-Ecosplit 3, a mais moderna entre os veículos pesados e extrapesados.
Benedito Faria e diretoria VWCO
As empresas JOST e Master, do Grupo Randon, do Rio Grande do Sul, também foram contempladas
durante o “Supply Awards 2006”. A JOST recebeu o prêmio nas categorias “Qualidade do Produto” e “Desempenho em Qualidade de
Campo”. Já a Master foi considerada a melhor fornecedora na categoria “Excelência Comercial”, tendo sido premiada também em 2005,
na categoria “Desenvolvimento”.
Para o presidente da Volkswagen Ônibus e Caminhões, Roberto Cortes, todas as empresas premiadas são vitoriosas. “A competência
dos serviços prestados por nossos fornecedores é fundamental para o sucesso dos produtos Volkswagen Caminhões e Ônibus. Todos
são atuantes de uma operação da qual me orgulho muito”.
Bycon lança sensor de impacto para garantir qualidade em logística
A Bycon, distribuidora exclusiva das soluções VPON de transmissão e armazenamento de vídeo,
acaba de lançar o sensor Shockwatch, um dispositivo de detecção de impacto não-mecânico
projetado para indicar quando acontece um nível específico de impacto ou choque.
O novo sistema de controle de qualidade permite que o cliente saiba sobre a manipulação incorreta,
reduzindo os possíveis danos aos produtos inseridos no processo de logística. Quando ocorre um impacto
excessivo o sensor muda de branco para vermelho.
“O programa Shockwatch encoraja todo o pessoal que manuseia nossos produtos a ser mais cuidadoso, ajuda
a reduzir os danos e identifica áreas de manuseio incorreto. Foi uma ótima solução que encontramos tanto
para a transportadora quanto para o cliente”, diz Edvaldo Pereira, diretor de tecnologia da BYCON
TODAY Logistics & Supply Chain - 20
Realizando parceria com o grupo Basf/Suvinil desde 1979 a partir da distribuição de produtos em 16 estados do país, a operadora logística Rápido 900 assume hoje 100% das operações de distribuição de tintas no território do Rio de Janeiro. Para isso, foram investidos R$ 4
milhões em 26 veículos 0km.
Somente no ano passado a Rápido 900 realizou 24.238 viagens para o grupo, o que representou
57.887 entregas. Para este ano, é esperado crescimento entre 15 e 20% nas viagens realizadas em
relação a 2006. Isso é refletido pelo reconhecimento obtido pela empresa, que, pelo 2º ano consecutivo é elogiada pelo grupo Basf/Suvinil por sua toda a qualidade de de seu atendimento e serviços.
“Esta ampliação do trabalho nada mais é do que o fruto de toda a dedicação e profissionalismo que temos e que sela esta parceria de longa
data”, diz Ferreira, Diretor Comercial da Rápido 900. Para melhorar ainda mais os processos, a Rápido acaba de conquistar, após 16 meses
de iniciação, a certificação ISO 9001:2000, conferida pela certificadora DQS. A certificação é válida por três anos, e a empresa deverá passar por inspeções semestrais e anuais.
Battistella lança tampa lateral com garantia de 10 anos
O grupo Battistella, atuante nas áreas de produtos e serviços veiculares, acaba de lançar
um produto inédito no mercado: A tampa lateral para caminhões semi-reboque Stella
Laterale. Com um diferencial de 10 anos de garantia, a tampa é fabricada com material
ecologicamente correto, e uma tecnologia que resolve o problema mais queixado pelos clientes:
a deterioração dos produtos transportados. Sua matéria prima é o pinus, madeira que ao sofrer
tratamento, aumenta a durabilidade do produto.
As vantagens da Stella, além de proteção contra desplacamento, possibilidade de utilização em
qualquer região ou clima, e aceitar incisões em qualquer ponto sem perder sua resistência. “A
Stella Laterale está protegida contra a ação de insetos, como cupins e brocas, intempérie e ação
de fungos, que provocam o apodrecimento dos produtos tradicionais”, declara Sérgio Martini,
gerente de desenvolvimento de novos produtos da Battistella Florestal.
“Descobrimos que os fabricantes e reformadores de implementos rodoviários, transportadoras e motoristas, queriam longa
durabilidade e custo-benefício compatível”, conta Luciano Battistela, diretor geral do grupo, sobre a peça que recebe parafusos
exclusivos que resistem à ferrugem e evitam avarias às cargas, e pintura que não descasca nem sofre rachaduras.
“Além de dispor de um produto de preço competitivo, o cliente ainda pode investir o montante, antes gasto com reformas,
no desenvolvimento de seu negócio”, completa Martini.
Standard Logística amplia armazenagem e intermodalidade em Santos
A Standard Logística e Distribuição inaugurou uma unidade em Cubatão (SP), em setembro, a Standard Santos, com a promoção de
um evento ocorrido no Guarujá, local onde está sendo construída a sede da empresa.
O presidente da Standard, José Luis Demeterco Neto, justifica a localização da nova sede: “A Standard está na cidade de Cubatão o que
facilitará o atendimento pelas margens direita e esquerda do porto”. Segundo Demerteco, a nova unidade custará cerca de R$ 35 milhões,
que terá uma área de 105 mil m².
Com o início das operações previsto para 31 de outubro deste ano, a empresa disponibilizará aos clientes câmaras frigorificadas operando
em todos os regimes de temperatura e ainda dois túneis de congelamento com capacidade para 100 toneladas/dia, terminal de contêineres com 300 tomadas reefers, depósito de contêineres vazios de armadores e desvio ferroviário em bitola mista para 30 vagões.
Mas o grande diferencial para as indústrias daquela região será a opção do corredor intermodal para seus produtos, ligando as cidades
de Araraquara – São Paulo – Santos. “A vantagem deste investimento para essas indústrias além da opção ferroviária é a unificação na operação logística. A economia de custos para as indústrias que pode chegar a 30%, pois todo o processo de captação, transporte intermodal,
armazenagem e distribuição será feito por um único operador”, esclarece Demeterco.
Para a Standard, o investimento trará uma grande abertura de negócios e mercado. De acordo com Demeterco, o Porto de Santos con‘
centra 90% das exportações de bovinos registradas em todo o país e essa nova unidade irá consolidar ainda mais o posicionamento de
sua empresa no mercado de exportação de proteína animal.
TODAY Logistics & Supply Chain - 21
Agenda
Outubro
FENATRAN – 16º Salão Internacional do
Transporte
15 a 19 de outubro em São Paulo
www.fenatran.com.br
3ª Conferência Cadeia de Suprimentos
Hospitalares
16 a 17 de outubro em São Paulo
www.ibcbrasil.com.br
Negociação e finanças para compradores
18 a 19 de outubro em São Paulo
*15% de desconto para assinantes TODAY
www.iir.com.br
II Encontro de Logística Enalog
18 a 20 de outubro em Jataí / GO
www.jatai.ueg.br/enalog
Logística Internacional
19 de outubro em Campinas / SP
www.cescomex.com.br
BSCM – Basics of Supply Chain
Management (CPIM – APICS)
20 e 27 de outubro e 10 de novembro
(3 dias) na Fundação Vanzolini / SP
www.abai.com.br
Inteligência em Compras
22 a 23 de outubro em São Paulo
*15% de desconto para assinantes TODAY
www.iir.com.br
7º Fórum Logística & Supply Chain
23 de outubro em Belo Horizonte / MG
www.portalsupplychain.com.br
Estratégias para segurança de cargas
23 a 24 de outubro em São Paulo
www.iqpc.com.br
Gestão de Estoque na Cadeia de
Suprimentos
23 a 24 de outubro em São Paulo
www.centrodelogistica.com.br
Intensivo para Gestores de Logística e
Supply Chain
23 a 24 de outubro no Rio de Janeiro / RJ
www.ceteal.com
SMR – Strategic Management of
Resources (CPIM / APICS)
24 a 27 de outubro na Fundação Vanzolini / SP
www.abai.com.br
Scala 2007 Simpósio e Feira
30 a 31 de outubro em Campinas / SP
www.simposioscala.com.br
Planejamento Estratégico, Inteligência
Competitiva e Strategic Sourcing em
Compras
12 a 13 de novembro em São Paulo
*15% de desconto para assinantes TODAY
www.iir.com.br
Smart Tags & RFID - Supply Chain
19 de novembro em Campinas / SP
www.cebralog.com.br
DSP - Detailed Scheduling & Planning
(CPIM / APICS)
21 a 24 de novembro na Fundação
Vanzolini / SP
www.abai.com.br
MPR - Master Planning of Resources
(CPIM / APICS)
21 a 24 de novembro na Fundação
Vanzolini / SP
www.abai.com.br
Novembro
Gestão Estratégica da Armazenagem
06 a 07 de novembro em São Paulo
www.centrodelogistica.com.br
ECO - Execution and Control of
Operations (CPIM / APICS)
07 a 10 de novembro na Fundação
Vanzolini / SP
www.abai.com.br
Demand Chain Management
07 a 08 de novembro em São Paulo
www.portalsupplychain.com.br
BSCM – Basics of Supply Chain
Management (CPIM – APICS)
08 a 10 de novembro na Fundação
Vanzolini / SP
www.abai.com.br
TODAY Logistics & Supply Chain - 22
Operações logísticas de produtos perigo sos, químicos e granéis
26 a 28 de novembro em São Paulo
www.ibcbrasil.com.br
Conferência ABAI de Certificados APICS
Encontro Nacional dos Profissionais com
certificações APICS
27 de novembro em São Paulo
veja anúncio na p. 03
www.todaylogistics.net
Estratégias Corporativas para a Supply
Chain
29 de novembro em São Paulo
www.cebralog.com.br
Gestão de Operações Portuárias
30 de novembro a 01 de dezembro em
Belo Horizonte / MG
www.cescomex.com.br

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