Setembro

Transcrição

Setembro
Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:05 Page 1
Pró-Industrial
ADIAL - Associação Pró-Desenvolvimento Industrial do Estado de Goiás – Setembro – 2013 – ANO V – Nº 45
www.adial.com.br
GOIÁS NA ROTA DAS
FUSÕES E AQUISIÇÕES
Estado é destaque na transação de empresas
REFLEXÃO
NOVOS CENÁRIOS PARA
TAXA DE JUROS E CÂMBIO
EMPRESAS
A HISTÓRIA DO
GRUPO GRAVIA
ENTREVISTA
JONATHAN BARROS
VITA, DO CARF
Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:05 Page 2
Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:05 Page 3
PRO-INDUSTRIAL
Editorial
Sumário
EDITORIAL Negócios e tributos 3. //NEGÓ‐
CIOS Fusão e aquisições 4‐6. // REFLEXÃO
SETORIAL Juros e câmbio 7.// ENTREVISTA
Jonathan Vita 8‐10.// NOTAS INDUSTRIAIS‐
Balança comercial e congresso 11.// MAR‐
KETING & PRODUTOS Novidades na
indústria 12‐13.// INCENTIVOS Convalida‐
ção dos bene cios 14.// MERCADO EXECU‐
TIVO Notas e Código do Contribuinte 15.//
LEITURA Livros Empresariais 18. //OPINIÃO
Cesar Helou 19.
16‐17 GRUPO GRAVIA
EMPRESAS CITADAS NA EDIÇÃO
BRF (pág. 2), Grupo Gravia (3, 16 e 17),
Agrega Consultoria (5), PwC (5), Creme Mel (5
e 6), HIG (5 e 6), ABVCAP (5), Marol (5 e 20),
LG Sistemas (6), Hypermarcas (6 e 13), JBS (6),
PUC‐SP (3 e 9), FGV (9), Mitsubishi (12), Grupo
Mariza (12), Piracanjuba (12), Beraca (12), He‐
ring (12), Valor (12), GSA (12), Cicopal (13),
Mabel (13), Cargill (13), Manacá (13), Ko‐
walski (13), Adial Brasil (14), Acieg (14), Novo
Mundo (15), Sifaeg (15), Faeg (15), Porto Seco
Centro‐Oeste (15), Anamaco (16).
Negócios e tributos
O
fenômeno da explosão de fusões e aquisições empresa‐
riais nas últimas duas décadas no Brasil confirma o ama‐
durecimento e competitividade da nossa economia. A
Pró‐Industrial investiga mais de perto este tema em re‐
portagem que avalia seus efeitos para o Brasil e para
Goiás. Nas últimas edições, aliás, a revista tem se dedicado a temas
que envolvem o processo econômico como um todo, indo além do as‐
pecto tributário – sem deixar de abordá‐lo a cada nova publicação. O
empresário goiano tem seu espaço dentro da Pró‐Industrial, um espaço
para debates, informação e divulgação. A aposta da revista na abor‐
dagem técnica, com profissionais renomados, faz com que a revista
saia do senso comum de abordar temas repetitivos e cansativos. A pro‐
posta é que o empresário, nosso público‐alvo, seja ouvido e participe.
Nesta edição, por exemplo, vamos entrevistar o tributarista Jonathan
Barros Vita, doutor pela PUC‐SP e conselheiro do Carf, que defende
que para a existência dos incentivos fiscais é preciso organizá‐los.
A ADIAL (Associação Pró‐Desenvolvimento Industrial do Estado
de Goiás) participou de evento no Castro´s, com presença de todo
Fórum Empresarial e organização da ADIAL Brasil, em homenagem
aos principais responsáveis pelo sucesso da Marcha a Brasília, em
maio, quando Goiás fez coro pela queda da Reforma do ICMS, pro‐
posta pelo governo federal, que cairia dois dias depois. O governador
Marconi Perillo, que continua em uma marcha ativa pelos incentivos
fiscais junto aos governadores de outros Estados, foi um dos home‐
nageados. Nesta edição ainda, mantivemos ampliada a duas páginas
a coluna Marketing & Produtos, que, modificada no mês passado,
teve boa aceitação. O Grupo Gravia é a empresa associada apresen‐
tada nesta edição, mostrando a história empreendedora, a expansão
e a consolidação do negócio dos “Irmãos Gravia”.
Boa leitura.
Expediente
Presidente do Conselho de Administração
Cesar Helou
Vice‐Presidente Financeiro
Rodrigo Penna de Siqueira
Conselho Nato
Cyro Miranda Gifford Júnior, José Alves
Filho e Alberto Borges de Souza
Vices‐Presidentes e Conselheiros
Nelson Vas Hacklauer, Alberto Borges de
Souza, Maximiliano Liubomir Slivnik,
Vanderlan Vieira Cardoso, Sandro Antônio
Scodro, Heribaldo Egídio da Silva,
Paulo Sérgio Guimarães Santos, Pedro Henri‐
que Pessoa Cunha, Marco Aurélio Limírio
Gonçalves, José Ba sta Júnior, Nelson
Kowalski, José Alves Filho, Domingos Vilefort
Orzil, Alfredo Ses ni Filho, Carlos
Luciano
Ribeiro, Rivas Rezende, Juliana
Nunes e Ingo Kalder.
www.adial.com.br
Produção
COMERCIAL ‐ ANÚNCIOS
Diretor Execu vo
Edwal Freitas Por lho “Chequinho”
(62) 3213‐1666 ou (62) 9125‐9526
Projeto Gráfico
Contemporânea
ADIAL ‐ Rua Dr. Olinto Manso Pereira, 837, 4º
andar ‐ Ed. Rizzo Plaza, Setor Sul, Goiânia Goiás.
CEP: 74.083‐060 Fone: (62) 3213‐1666.
Gráfica
PUC
Pró-Industrial [ 3 ] www.adial.com.br
Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:05 Page 4
NEGÓCIOS
Já
comprou
alguma
empresa
hoje?
AS OPERAÇÕES DE FUSÃO E AQUISIÇÕES NÃO CESSAM. HÁ MAIS DE UMA
DÉCADA EMPRESAS SÃO VENDIDAS E NEGÓCIOS SÃO REFORMATADOS
Pró-Industrial [ 4 ] www.adial.com.br
Pró-Industrial [4] www.adial.com.br
Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:05 Page 5
NEGÓCIOS
O
s números oscilam entre
fortes expansões e leves
desacelerações, mas a cada
novo balanço as operações
de fusão e aquisições no
Brasil mantêm um padrão há mais de
duas décadas: crescimento. Em julho,
último resultado divulgado, o ritmo
das transações reduziu. Mesmo assim,
foram fechados 65 negócios no País. A
queda de 8,4% foi compensada pelos
avanços alcançados nos meses ante‐
riores, principalmente, março, onde o
número de fusões e aquisições foi re‐
corde histórico para o mês.
De janeiro a julho, 462 empresas no
Brasil mudaram seus contratos sociais,
trocando seus donos ou incluindo
novo(s) sócios(s). O número é quase o
mesmo do primeiro semestre do ante‐
rior, com uma redução de 2,5%, se‐
gundo dados da PwC. Em média, 2,5
empresas são vendidas ou ganham
novos acionistas todos os dias no Brasil.
Pelo relatório da consultoria, os inves‐
tidores brasileiros lideram o mercado
de fusões e aquisições – com 239 negó‐
cios. "Verificamos marginal aumento no
porcentual absoluto em relação ao
mesmo período do ano passado, onde
detinham 55% do mercado", traz relató‐
rio da consultoria.
Para o consultor Marcelo Catunda,
diretor da Agrega Consultoria e espe‐
cialista em fusões e compras de empre‐
sas, o Centro‐Oeste tem participação
interessante neste cenário de aquisição
e fusão de negócios, com destaque para
Goiás. Ele destaca o papel da indústria
da alimentação, setor de medicamentos
e tecnologia da informação. “O empre‐
sário goiano quebrou a resistência em
buscar um parceiro para viabilizar a sua
expansão”, destaca Catunda, que há 30
dias assumiu a Diretoria Financeira da
Creme Mel, onde foi indicado pelo
fundo norte‐americano HIG, que com‐
prou participação no grupo goiano.
Para Cassius Pimenta, diretor da
Marol, ocorreu uma forte expansão em
Goiás da procura por parte das empre‐
sas locais pela realização de estudo de
avaliação do negócio. “Percebo que nem
sempre o empresário contrata este ser‐
viço para efetivamente colocar a sua
empresa à venda, no entanto, o resul‐
“O empresário goiano
quebrou a resistência em
buscar um parceiro para via‐
bilizar a sua expansão”
“A empresa fica mais en‐
xuta e lucrativa com novas
práticas de gestão, além de
contar com o capital”
MARCELO CATUNDA
CASSIUS PIMENTA
tado do trabalho dá maior segurança
para iniciar uma negociação futura ou
não se deslumbrar com uma proposta
aparentemente alta. O que não falta são
propostas para comprar empresas goia‐
nas. Temos clientes e parceiros de negó‐
cios que já receberam mais de uma
dezena de propostas de diferentes inte‐
ressados em sociedade ou compra inte‐
gral da empresa.”
Cassius e Catunda apontam que a
associação a fundos de private equity
tem sido um caminho cada vez mais
utilizado para empresas de médio e
grande portes expandirem. “Além do
capital para investir, os fundos propor‐
cionam às empresas associadas mode‐
los de excelência em gestão, o que
certamente influenciam no resultado fu‐
turo da operação”, disse Catunda.
Ao optar pelos fundos, reforça Cas‐
sius, a empresa faz uma ampla reestru‐
turação e busca adquirir novas
empresas do segmento ou abrir uni‐
dades em outras regiões. “A empresa
fica mais enxuta e lucrativa com novas
práticas de gestão, além de contar com
o capital investido pelo fundo parceiro
e a expertise do empreendedor que le‐
vantou o negócio”, diz Cassius.
Pró-Industrial [ 5 ] www.adial.com.br
Para a entidade que representa a in‐
dústria de private equity, a ABVCAP,
destaca que o ambiente para a saída de
fundos das empresas investidas está
desfavorável neste ano – pois o mercado
de ações está em queda e pouco atraente
para abertura de capitais e os investi‐
dores estrangeiros retraíram, ficaram
mais cautelosos. Para Clovis Meurer,
presidente da entidade, quanto mais
tempo o fundo demora para sair do in‐
vestimento, menor o retorno.
Com relação a negócios liderados
por investidores estrangeiros, o número
caiu três pontos porcentuais desde 2012,
e fechou em 175 negociações consolida‐
das, ou seja, 42% do total.
Em maior parte, as aquisições inte‐
grais do negócio representam 55% das
transações no primeiro semestre, com
253 negócios, seguido de compra de
participações minoritárias, com 35%, o
que significa 161 acordos de acionistas
realizados. Pela ordem, os setores com
mais fusões e aquisições no período
foram Serviços, que envolve consulto‐
ria, administração e participação, mar‐
keting e propaganda, assessoria e
corretagem; Tecnologia da Informação;
Varejo; Educação; Logística e Trans‐
Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 6
NEGÓCIOS
porte e Saúde.
Por meio de private equity, que são
fundos privados, foram realizados
50,2% das negociações. Em Goiás, no
mês de julho – o que já computa para o
segundo semestre – o fundo equity
norte‐americano HIG comprou partic‐
pação em duas empresas: na indústria
Creme Mel e na LG, empresa de TI com
destaque na área de recursos humanos.
Um dos motivos que afeta o número de
transações de empresas é o quadro eco‐
nômico atual, com inflação, juros em
alta e desajuste fiscal no setor público –
o que não cria atratividade para demais
negócios em razão da falta de energia
do empresário.
Para Catunda, a empresa que opta
por se associar ao fundo pode fazer um
IPO (abertura de capitais na Bolsa), para
viabilizar a saída do investidor ‐ o que é
natural nestas operações.
DIFERENÇAS
A cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcelas do seu
patrimônio para uma ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já
existentes, extinguindo‐se a companhia cindida, se houver transferência de
todo o seu patrimônio, ou dividindo‐se o seu capital, se for parcial a cisão
(artigo 229 da Lei 6.404/1976).
A fusão é a operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para
formar uma sociedade nova, que lhes sucederá em todos os direitos e
obrigações (artigo 228 da Lei 6.404/1976). Note‐se que, na fusão, todas as
sociedades fusionadas se extinguem, para dar lugar á formação de uma
nova sociedade com personalidade jurídica distinta daquelas.
A incorporação é a operação pela qual uma ou mais sociedades são
absorvidas por outra, que lhes sucede em todos os direitos e obrigações
(artigo 227 da Lei 6.404/1976). Na incorporação a sociedade incorporada
deixa de existir, mas a empresa incorporadora continuará com a sua
personalidade jurídica.
ANÁLISE
Sócio para competir
As empresas a cada dia se depa‐
ram com um cenário de maior com‐
petitividade. Encarar o mercado
com as armas que têm é uma boa
teoria, mas que se esvazia com o
tempo. Chega uma hora que tem de
ter “cacife” para participar do jogo.
Isso significa capital para investir
em máquinas e equipamentos,
compra de insumos, distribuição,
marketing ou desenvolvimento de
novos produtos. Crescer significa
enfrentar novos desafios e novos
concorrentes. Muitas vezes, multi‐
nacionais altamente capitalizadas e
com forte poder de investir.
O caminho da fusão ou venda
do negócio se torna uma opção sen‐
sata se o mercado impôs limites de
competitividade. A entrada de um
novo sócio pode significar um novo
fôlego de expansão dos investimen‐
tos, redução do passivo e um novo
choque de gestão.
Modelos como a Hypermarcas e
o JBS, por coincidência com raízes
em Goiás, se destacam claramente
pela capacidade de enxergar asso‐
ciações com empresas antes concor‐
rentes – quando não compra –
buscando maior competitividade e
participação de mercado. São exem‐
plos de gestores goianos, mas des‐
tacados
nacionalmente.
São
exemplos claros de que a fusão,
bem‐sucedida, transforma o negó‐
cio por completo.
Mas é relevante destacar que
este processo de união de empresas
terá maior chance de sucesso se for
Pró-Industrial [ 6 ] www.adial.com.br
feito com calma, planejamento e
metas.
Uma fusão simples, que vai da
definição do preço da companhia
até a inserção do nome do novo
sócio no Contrato Social pode
durar, naturalmente, até um ano.
Por isso, ter especialistas cuidando
desta transformação da empresa é
vital, até mesmo para que algo que
pareça promissor não se transforme
em um “mico”.
A ruína mora nos detalhes que,
neste caso, pode estar em um
contrato de acionistas mal
construído, avaliação de risco super
ou subestimada, valor da participa‐
ção adquirida fora da realidade ou
preparação (inclusive psicológica)
para a divisão das decisões e lucros
(ou prejuízos) da operação com um
novo grupo que entra no negócio,
que entra não apenas para colocar
dinheiro, mas também ter sua parte
no lucro.
Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 7
REFLEXÃO SETORIAL
Um liquidificador
de números
O cenário econômico virou. A economia dos países ricos está acordando e
volta a incomodar emergentes, que tiveram três anos de folga e não usaram a
receita certa para dar competitividade a sua economia e seus produtos.
RECEITA
Para fazer o País crescer
menos, muito menos, tem
uma receita prática e bem
brasileira. Vamos a ela.
Hoje, ou falta vontade ou
falta capacidade a nossa
intelligentisia pública,
nossa elite (ditadora) do
pensamento econômico.
Com essa grosseira receita
herdada de gerações de
dinossauros ainda da dé‐
cada de 40, os governos
atuais esmagam vanta‐
gens comparativas que
temos perante ao mundo.
INGREDIENTES
Milhões de empresá‐
rios, bilhões em investi‐
mentos, 60% de taxa de
juros, 7% de inflação, 39 mi‐
nistérios, um Guido Man‐
Impostos
Juros
tega, 39% de carga
Câmbio
tributária, um tablete de
E AGORA, JOSÉ?
A situação econômica
câmbio descontrolado, 100
colheres de infraestrutura defasada e trutura defasada (pode ser de qual‐ volta a se complicar. Juros em alta,
quer marca: Valec, Infraero, Eletro‐ inflação em alta, câmbio degringo‐
burocracia estatal à vontade.
brás...). Leve ao forno e retire depois lado, fundamentos econômicos con‐
de duas horas, desenforme, corte em quistado a duras penas ruindo,
MODO DE PREPARO
Pegue milhões de empresa e tri‐ pedaços e sirva. Opção: Se quiser, de‐ impostos cada vez mais pesados...
ture. Coloque no liquidificador tribu‐ core com 39 ministérios e uma cen‐ são alguns dos ingredientes dessa sa‐
tário por cinco minutos. O que tena de estatais fajutas.
lada venenosa que teremos de enca‐
sobrar, coloque burocracia estatal à
rar pelos próximos doze meses. Mas
vontade. Em seguida, faça o investi‐ ACOMPANHAMENTO
sempre otimistas e vacinados, em‐
Essa rápida receita acima inco‐ presários e trabalhadores estão se
mento virar imposto. Se sobrar al‐
guma coisa no caixa, invista logo moda há décadas o empresariado movimentando para sair da plateia e
senão inventarão uma nova taxa, brasileiro, já doente de esperança exigir mais – com muito cuidado
contribuição ou tributo. Na verdade, nesta casta diretiva do País. Essa para não transformar conquistas em
costuma sobrar muito pouco. Colo‐ regra de trabalhar muito para ali‐ mais desajustes, pois o populismo
que em banho‐maria por duas horas. mentar uma máquina de produzir político impera quando a panela de
Acrescente inflação de 7% ao ano e burocracia e impostos já está muito pressão apita. Enfim, estamos nova‐
juros efetivos de mais de 60% ao ano. perto do limite. Falta ao País uma ge‐ mente diante do dilema do cresci‐
Unte a assadeira com um tablete de ração de gestores públicos realmente mento. Mesmo com as diferenças e
câmbio descontrolado e despeje um interessados em solucionar proble‐ indiferenças, trabalhar unido, setores
Guido Mantega inteiro, seguido de mas estruturais, colocar o País no público e privado, nesta hora, é o que
pelo menos 100 colheres de infraes‐ eixo correto de desenvolvimento. resta, é o que precisa ser feito.
Pró-Industrial [ 7 ] www.adial.com.br
Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 8
Jonathan Barros Vita
ENTREVISTA
“A questão não é eliminar
incentivos, mas organizá-los”
Pró-Industrial [ 8 ] www.adial.com.br
Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 9
A
ausência de um equilíbrio federativo favorece que o desenvolvimento da economia
brasileira seja desarmônico, propiciando o aparecimento e fortalecimento dos pro‐
gramas de incentivos fiscais, que é a tentativa de reequilibrar as forças federativas.
Para o doutor em Direito Tributário pela PUC‐SP e pela FGV, Johnathan Vita,
não existe no País um desenvolvimento econômico coordenado, o que provoca com‐
petição para atração de investimentos entre os Estados. Vita, que é conselheiro do Carf, parti‐
cipou do Congresso Goiano de Direito Tributário, na última semana. O advogado diz que esta
disputa entre Estados por empresas não é um mal e pode ser útil em vários momentos, no en‐
tanto, pode ser prejudicial quando se criam incentivos patológicos, aqueles que não preveem
investimentos produtivos. Confira a entrevista a seguir:
Qual a relação tributação e desen‐
volvimento econômico?
Decisivamente a tributação é
um dos elementos fundamentais
no campo das ineficiências econô‐
micas artificialmente alocadas a
produção, o que gera desincenti‐
vos à expansão tanto da oferta
como da demanda de produtos.
Entretanto, a tributação também
tem outro lado, que é a distributi‐
vidade do sistema, permitindo
equalização das rendas, além de
permitir que, com incentivos cria‐
dos de maneira correta, criem‐se
condições para o desenvolvi‐
mento econômico sustentável.
Qual o caminho para reduzir a
complexidade do sistema tributá‐
rio brasileiro?
Atualmente, dois eixos temáti‐
cos podem ser utilizados para a
redução de complexidades: altera‐
ção de competências tributárias
com fusões de vários tributos; e in‐
tegração dos chamados deveres
instrumentais.
Hoje temos 27 diferentes legisla‐
ções tributárias estaduais e um
conflito entre as Unidades da Fe‐
deração na busca de atrair empre‐
sas. Esta concorrência é um mal
para o setor público ou é algo na‐
tural do capitalismo?
O problema está justamente na
Michal Gartenkraut
“
Esta concorrên‐
cia (dos Estados por
empresas) não seria
necessariamente um
mal para o setor pú‐
blico, podendo ser útil
em vários momentos,
vez que é algo natural
do capitalismo a cria‐
ção de mecanismos de
assimetrias artificiais
para equilibrar o mer‐
cado.”
ausência de um equilíbrio federa‐
tivo, pois não há um desenvolvi‐
mento econômico coordenado,
deixando que uma competição
para atração de investimentos,
algo natural e desejado no sistema
capitalista, transborde para uma
relação disfuncional entre Estados
(e também, em certa medida, entre
municípios).
Esta concorrência não seria ne‐
cessariamente um mal para o setor
público, podendo ser útil em vá‐
rios momentos, vez que é algo na‐
tural do capitalismo a criação de
Pró-Industrial [ 9 ] www.adial.com.br
mecanismos de assimetrias artifi‐
ciais para equilibrar o mercado.
Esta concorrência torna‐se um
mal quando criam‐se incentivos
patológicos (que não preveem in‐
vestimentos produtivos) e des‐
coordenados,
gerando
uma
entropia da federação brasileira.
A Reforma do ICMS não avançou
no Congresso, em junho. Como
vê as articulações que são realiza‐
das em torno das mesmas pro‐
postas
para
serem
reapresentadas?
O grande problema são os inte‐
resses conflitantes dos Estados li‐
quidamente
exportadores
e
importadores, além de não existir
uma política coordenada de des‐
envolvimento nacional, papel este
que deveria sair da mão dos esta‐
dos para ir para a União, obvia‐
mente com uma garantia de
manutenção de arrecadação tribu‐
tária por um período de tempo
através de um fundo de compen‐
sações.
Qual avaliação que o senhor faz
da redução da alíquota do ICMS
para 7% e 4%?
Acho que é uma proposta posi‐
tiva, por minimizar a margem de
manobra para incentivos fiscais pa‐
tológicos, entretanto, deveria ter ido
mais além, migrando o sistema
Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 10
“
A questão não é a eliminação da possibilidade de incentivos no sis‐
tema, mas criar estratégias de organização dos mesmos, estabelecendo li‐
mites em relação à receita dos Estados para fazer frente aos afluxos das
necessidades de infraestrutura.”
para, de fato, uma tributação
concentrada no destino, como existe
na Europa, o que impediria a criação
de incentivos fiscais que afetassem
mais fortemente o mercado.
Como o senhor vê o papel do
Confaz? Que alterações seriam
necessárias ao Conselho Fazen‐
dário?
O CONFAZ poderia ter uma
função fundamental na uniformi‐
zação do sistema tributário, in‐
cluindo na questão dos deveres
instrumentais que são um dos
grandes problemas enfrentados
pelas empresas. Entretanto, este
órgão está aparentemente parali‐
sado, vez que a exigência de una‐
nimidade não vem criando
condições para diálogo entre Esta‐
dos e impede qualquer tipo de
coordenação nacional em matéria
de ICMS.
As economias emergentes do
País, que dependem dos incenti‐
vos fiscais, teriam alguma alter‐
nativa de crescimento se forem
extintos todos benefícios?
A questão não é a eliminação
da possibilidade de incentivos no
sistema, mas criar estratégias de
organização dos mesmos, estabe‐
lecendo limites em relação à re‐
ceita dos Estados para fazer frente
aos afluxos das necessidades de
infraestrutura e apoio estatal que
surgem com a instalação de em‐
preendimentos produtivos.
Mais ainda, estes incentivos
devem ter contrapartidas mais cla‐
ras e estudos mais concretos de
impactos econômicos, pois o que
se vê são justamente incentivos
dados sem nenhuma orientação
ou estudos. Obviamente estes in‐
centivos são a única alternativa de
crescimento destas economias
emergentes do País, pois não exis‐
tem condições de competitividade
nem atratividade de empresas que
se instalem nestes locais, vez que
as diferenças entre as eficiências
dos fatores produtivos são mitiga‐
das pelo custo de logística para os
Estados consumidores.
As subvenções diretas seriam a
alternativa?
Em certa medida, as subven‐
ções poderiam ser uma alternativa
se bem aplicadas, entretanto, estas
não devem possuir uma grande
duração no tempo, motivo pelo
qual os tributos acabam, em certa
medida, sendo mais efetivos que
subvenções diretas.
De qualquer forma, as subven‐
ções através de obras de infraes‐
trutura são também uma boa
alternativa para permitir a instala‐
ção destas empresas.
A propósito das subvenções tem‐
se hoje muitos dos incentivos fis‐
cais de ICMS são classificados
pela Receita Federal como sub‐
venções de custeio o que termina
por onerá‐las em sede de IRPJ.
Seria isso um desencontro de po‐
líticas públicas na medida que o
Pró-Industrial [ 10 ] www.adial.com.br
Estado incentiva e a União desin‐
centiva?
Este é um caso clássico de pa‐
radoxos do sistema brasileiro, vez
que a União é que deveria dar
estes incentivos (os quais deve‐
riam ser focados mais na tributa‐
ção da renda que na do consumo,
diga‐se) e coordenar a política de
desenvolvimento nacional, mas
não o faz. Daí abriu‐se espaço, a
partir da década de 1980 para
atuação dos estados que utiliza‐
ram‐se impropriamente dos in‐
centivos na tributação do
consumo como forma de desen‐
volver o estado e auferir mais re‐
ceitas tributárias. Em movimento
paralelo, a União passa a dar tam‐
bém seus incentivos e dividir o
seu encargo econômico com Esta‐
dos e Municípios, através da redu‐
ção
do
FPE
e
FPM,
respectivamente. E de outro lado,
a União passa a tributar pelo
IRPJ/CSLL e PIS/COFINS os in‐
centivos dados pelos estados e
Municípios.
Qual o caminho para o desenvol‐
vimento econômico brasileiro?
Uma federação mais equili‐
brada e uma redução drástica dos
deveres instrumentais, reduzindo
os custos de compliance e a incer‐
teza no pagamento de tributos, o
que pode ser atingido a partir de
uma política de incentivos estatais
coordenada e com critérios e
metas claras para os seus reci‐
pientes/empresas.
Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 11
NOTAS INDUSTRIAIS
Exportações goianas têm agosto histórico
Com um total exportado de US$ 686,5
milhões, a balança comercial goiana em agosto
de 2013 apresentou dados extremamente
positivos. Foi o melhor mês de agosto em
exportações desde que os dados começaram a
ser divulgados, em 1996. As exportações
cresceram 18,81% em relação ao mesmo
período do ano passado (US$ 577,8 milhões
exportados) e as importações caíram ‐11,81 %
(US$ 428.9 milhões importados), também em
relação ao mesmo período de 2012 (US$ 486,3
milhões importados).
Em volume, as exportações também
cresceram: 25,14% em relação a agosto de 2012.
Isso comprova que o incremento das nossas
vendas externas não foi proveniente apenas das
oscilações da moeda norte americana perante o
real. O saldo comercial que em agosto de 2012
foi de U$ 91,5 milhões; já em agosto deste ano
chegou a U$ 257,6 milhões. De acordo com o
secretário de Indústria e Comércio, Alexandre
Baldy, Goiás vem obtendo números expressivos
e este ano, mesmo com a crise internacional e
diante de um cenário de indefinição, o Estado
está conseguindo saldos positivos.
No acumulado de janeiro a agosto de 2013,
a balança comercial goiana também apresentou
dados extremamente positivos. Foi o melhor
resultado nos primeiros oito meses desde que os
números começaram a ser divulgados (1996):
US$ 4,7 bilhões exportados. As exportações
cresceram 1,35% em relação ao mesmo período
de 2012 e as importações caíram ‐2,12 %. (em
valores monetários). O saldo comercial
acumulado em 2012 era de US$ 1,1 bilhão e
este ano já chegou a US$ 1,3 bilhão.
Os números da nossa balança também são
ainda mais positivos quando comparados aos
números da balança comercial brasileira, que
apresentou queda de 4,27% nas suas
exportações em relação a agosto de 2012 e de
2,46% em relação ao período de janeiro a agosto
do ano anterior, enquanto Goiás teve
crescimento em ambos períodos. O saldo
comercial brasileiro acompanhou a tendência de
queda e fechou o período de janeiro a agosto
deste ano deficitário em US$ 3,7 bilhões. Já o
saldo comercial brasileiro do mês de agosto foi
positivo em US$ 1,2 bilhão. “O Estado de Goiás
está colaborando para melhorar a performance
da balança brasileira. Isso significa que estamos
aproveitando as nossas riquezas e as
oportunidades que se abrem para os que
trabalham dobrado e com foco em tempos de
crise,” resumiu o secretário Baldy.
PRODUTOS E DESTINOS
Os principais produtos exportados foram
respectivamente: soja (grãos, bagaços, óleo
etc..), carnes (bovinas, aves, suínas e outras),
milho, sulfeto de cobre, ferroligas e açúcar. Os
principais países de destino foram
respectivamente: China, Holanda, Japão, Índia,
Egito e Coreia Do Sul.
As exportações de soja e sulfeto de cobre
cresceram substancialmente em relação a
agosto de 2012 (45% e 112,46%
respectivamente) e tiveram como principal
destino a China e a Índia.
Tributação e desenvolvimento
O 2º Congresso Goiano de Direito Tributário discutiu neste ano a
“Tributação e Desenvolvimento Econômico” tendo como principal assunto a
ser tratado as normativas e debates em relação ao Imposto sobre ICMS. O
evento ocorreu na semana passada no salão nobre da Faculdade de Direito
da UFG, com a abertura do presidente do Instituto Brasileiro de Direito
Tributário, Ricardo Mariz de Oliveira (foto). O Congresso foi promovido pelo
Núcleo de Pesquisas em Direito do Estado (NUPEDE), com apoio IDAG, IBDT,
ADIAL, UFG, SEFAZ, APEG e CEJUR/PGE. E conta com a participação de onze
palestrantes que são referências em Direito Tributário, no Brasil, sob a
coordenação dos advogados Lucas Bevilacqua e Leonardo Buíssa.
Pró-Industrial [ 11 ] www.adial.com.br
Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 12
MARKETING & PRODUTOS
MITSUBISHI
Inovação, tecnologia e conforto com o DNA 4x4 da Mitsubishi
Motors. Esse é o All New Outlander 2014, a nova geração deste
crossover de sucesso, equipado com o que há de mais moderno,
reunindo potência e desempenho com espaço de sobra para toda a
família. Dando continuidade a tradição e pioneirismo da marca, o All
New Outlander é mais um passo da Mitsubishi Motors no segmento
iniciado por ela em 2002 com o Airtrek, aprimorado com o Outlander
em 2008, e agora com um carro
totalmente novo, disponível em três
versões: All New Outlander 2.0L,
All New Outlander GT V6 e All
New Outlander GT V6 com Full
Technology Pack. O que era
bom ficou ainda melhor.
MARI
FRUITT
A bebida feita a base de frutas citricas da Mari Fruitt tem agradado
tanto o varejista quanto ao consumidor. O produto faz parte do mix do
Grupo Mariza, também proprietário, entre outras, das marcas de sucos
NutriNéctar e Marisoy, da bebida energética Héctor e da Água Mineral
Mariza, todas com grande aceitação de mercado.
PIRACANJUBA
A Piracanjuba não para
de inovar. Depois de
apresentar o primeiro leite
Zero Lactose do Brasil, a
marca amplia portfólio e traz
para o mercado a bebida
láctea Zero Lactose sabor
chocolate. O produto é uma
opção a mais para quem
tem intolerância à lactose.
Ele é leve, saudável e muito
saboroso.
BERACA
Para fortalecer a sua atuação no setor sucroalcooleiro,
a Beraca, empresa brasileira que investe no
desenvolvimento de insumos e tecnologias sustentáveis,
ampliou o portfólio, com o Clarificante (Linha Beraçúcar), os Anti‐
incrustrantes, o Antiespumante, o Dispersante e o Nutriente (Linha
Beralcool), soluções sustentáveis capazes de otimizar o processo
produtivo em usinas, agregando valor ao cliente e ao mercado.
HERING
A 13ª edição do
anuário Valor 1000, do
Jornal Valor Econômico,
elegeu a Cia. Hering como
a melhor companhia da
categoria “Têxtil, Couro e
Vestuário”. A cerimônia
de premiação ocorreu na
noite de segunda‐feira,
19, em São Paulo, e
contou com a presença de autoridades, empresários e representantes de
diversos setores da economia. A Cia. Hering se destacou pelos bons
resultados operacionais e financeiros, gestão eficiente, transparente,
práticas de governança corporativa, envolvimento social e respeito ao
consumidor e ao meio ambiente. As vencedoras integram o anuário Valor
1000, que traz um ranking completo com as 1000 maiores empresas.
SANDELLA
Em 2007, a marca Sandella foi criada pela GSA para ser a
preferida da dona de casa, levando mais praticidade e sabor para o
seu dia a dia. Atualmente a linha Sandella é composta de macarrão
instantâneo, tempero em pó, tempero em pote, caldo em cubo,
mistura para bolo, pipoca de microondas e achocolatado. E para
divulgar todas estas delícias no universo digital, a Plus/AD
desenvolveu um projeto contemplando o descritivo de cada
produto Sandella e suas características técnicas. Com Ana Maria
Braga sempre a frente dos comerciais.
Pró-Industrial [ 12 ] www.adial.com.br
Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 13
MICOS
BOZZANO
Com atuação nos segmentos de
Pré‐Barbear (Cremes e Espumas de
Barbear), Após Barbear, Fixadores e
Estilizadores de Penteado e
Desodorantes para os Pés, Bozzano,
da Hypermarcas, oferece uma linha
completa de produtos de cuidados
pessoais especialmente
desenvolvida para os homens.
Bozzano reformula toda a sua linha
e inclui novos produtos,
embalagens, fórmulas, fragrâncias,
enfim, uma completa
modernização.
Com o objetivo de divulgar os produtos Micos, a Mini Fábrica de Salgadinhos
já percorreu quase todo o Brasil, participando de eventos, exposições, festas
populares, feiras e inaugurações. São produzidos e empacotados salgadinhos de
milho que saem quentinhos e prontos para serem distribuídos e consumidos aos
nossos visitantes. Escritório com ar‐condicionado para atender clientes,
autoridades, entre outros, além de gerador embutido auto‐sustentável. a Mini
Fábrica Micos atende mais de 20 mil pessoas por ação e são produzidos cerca de
50 pacotes por minuto.
MABEL
ELEFANTE
O extrato de tomate Elefante, da
Cargill, retorna à mídia em campanha
criada pela agência Talent. Com a
assinatura “Elefante, o preferido do
Brasil”, a campanha, que já foi veiculada
em 2012, reforça os principais atributos
do produto: rendimento, cor e sabor.
Personagem da marca, o elefante
Jotalhão é o protagonista da campanha.
No filme, produzido em conjunto com a
Mauricio de Sousa Produções, o
personagem aparece em 2D, interagindo
com uma mulher que elogia pratos feitos
com Elefante. A campanha estreia em 17
de agosto e tem duração de seis semanas.
MANACÁ
Produzido com o alto padrão de
qualidade Manacá, o Creme de Leite
200 g possui consistência e
cremosidade ideais. É ótimo para ser
utilizado na culinária nos mais
diversos pratos, sejam eles doces ou
salgados. Há 45 anos, a Lacel
Laticínios Ceres Ltda. atua no ramo
de derivados de leite. A história de
carinho e atenção da marca Manacá
começou com a manteiga com sal,
seu primeiro produto. Sempre empenhada em satisfazer seus clientes, a
Manacá oferece embalagens práticas de fácil transporte e alta segurança.
Lançado no ano
passado, o
Amanteigado Especial
Mabel ‐ Chocolate ao
Leite e Maltado,
responde bem às
expectativas. O desafio
do projeto foi criar uma
identidade premium
para os Amanteigados
Especiais da Mabel,
para que pudessem concorrer com as latas de
amanteigados importadas. Para tanto, foi adotada uma
linguagem clean, com a marca Mabel em dourado, ao
invés do tradicional vermelho, trazendo requinte às
embalagens. O conceito black & white diferencia e
destaca os produtos nas gôndolas.
XODÓMILHO
Os produtos Kowalski são fabricados
com matérias‐primas de qualidade e
selecionadas por rígido controle de
qualidade, proporcionando uma
adequada alimentação. Os produtos
Kowalski são práticos e saudáveis. Entre
suas linhas de produtos, destaca‐se o
flocos pré‐cozido Xodómilho, utilizado
em diversas receitas, doces e salgadas,
sendo mais tradicionais na culinária
brasileira: cuscuz, bolos, mingau, e angu.
As embalagens são de 500g (papel) e
fardos com 30 pacotes.
Envie novidades da empresa no e‐mail: [email protected]
Pró-Industrial [ 13 ] www.adial.com.br
Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 14
INCENTIVOS FISCAIS
Goianos se unem pela
convalidação dos benefícios
EVENTO HOMENAGEIA OS QUE COLABORARAM COM A MARCHA PARA BRASÍLIA
E CONVOCA PARA A LUTA PELA CONVALIDAÇÃO DOS BENEFÍCIOS FISCAIS
C
omemorar uma etapa vencida e
voltar a unir esforços para a
conquista da regulação dos in‐
centivos fiscais. A partir deste in‐
tuito que a Associação Brasileira
Pró‐Desenvolvimento Regional Sustentável
(Adial‐Brasil)reuniu empresários e represen‐
tantes do Governo de Goiás e de entidades
do Fórum Empresarial do Estado, no dia 19
de agosto, em um jantar realizado no Cas‐
tro’s Hotel, de Goiânia. Além de participar
de uma homenagem pela contribuição dada
à mobilização ‐ que levou à suspensão do
projeto de lei de unificação da alíquota do
ICMS ‐, os presentes foram convocados para
apoiar o projeto de lei complementar, elabo‐
rado pela Adial‐Brasil, que convalida o ofe‐
recimento de benefícios fiscais as indústrias.
“O sucesso da marcha é um capítulo da
batalha. A guerra é pela regulamentação”, re‐
sumiu o presidente entidade, José Alves. Se‐
gundo ele, por meio da regulamentação, será
possível acabar com a chamada guerra fiscal
ao mesmo tempo em que legitimar os incen‐
tivos. “A unificação põe um fim aos incenti‐
vos e na evolução do desenvolvimento
regional.Temos experiência do que foi o re‐
trocesso de Goiás, e nenhum dos Estados que
utilizam os benefícios estará a salvo do tsu‐
nami que será se houver a unificação.”
Para findar com as possíveis desigual‐
dades, a proposta é que haja a estipulação de
margens estaduais para as alíquotas, desta
forma elas seriam condizentes com a reali‐
dade econômica e a infraestrutura de cada
região, levando em consideração para a aná‐
lise o Produto Interno Bruto (PIB) e o Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH). Outro
ponto considerado primordial para a igual‐
dade das relações interestaduais é o fim da
unanimidade do Conselho Nacional de Po‐
lítica Fazendária (Confaz), isto porque – de
acordo com o presidente da Adial Brasil –
tornaria possível a negociação.
O projeto de lei teve orientações do ex‐
ministro Delfim Netto e do advogado tribu‐
José Alves Filho, com lideranças empresariais e políticas, durante entrega de homenagem a Marconi
tarista Flávio Rodovalho e deve ser apresen‐
tado ao Congresso Nacional ainda neste ano,
após a construção de um consenso com o
maior número de governadores das Regiões
Centro‐Oeste, Norte e Nordeste.
Integrante da lista dos homenageados, o
governador de Goiás, Marconi Perillo ava‐
liou o resultado da marcha como “uma im‐
portante vitória conquistada pela união dos
esforços” entre o setor produtivo e público.
Para o governador a marcha ficará na história
do Estado como uma conquista que permitiu
a continuidade da industrialização e geração
de milhares de empregos.
Marconi Perillo afirmou ainda que é pre‐
ciso buscar a manutenção dos incentivos “in‐
cansavelmente”, uma vez que as respostas
dadas aos prejuízos que os Estados prejudi‐
cados terão caso a unificação da alíquota seja
aprovada não são suficientes para amenizar
as perdas. “Já tivemos uma experiência mal
sucedida anteriormente com a Lei Kandir, na
qual houve uma promessa de compensação
que também não era satisfatória e mesmo
assim nunca foi cumprida. O Fundo também
não é satisfatório e ainda temos o risco de que
ele não funcione, como na Lei Kandir.”
O secretário de Indústria e Comércio,
Alexandre Baldy, também homenageado,
diz que as saídas das empresas do Estado já
tornariam o Fundo incapaz de resolver o pro‐
blema. “Há perda de competitividade, de in‐
Pró-Industrial [ 14 ] www.adial.com.br
dustrialização, tecnologia, qualificação de
mão de obra e abalos a toda cadeia”, decla‐
rou Baldy durante o jantar.
A necessidade de conscientização dos lí‐
deres políticos e da população como um todo
também foi lembrada durante o evento do
dia 19 de agosto. De acordo com José Alves,
grande parcela dos questionamentos a cerca
do assunto é proveniente da falta de conhe‐
cimento dos mecanismos e seus impactos
para a distribuição de riquezas no Brasil.
“As concessões de incentivo ainda são
pouco entendidas, afirmamos isto porque
parte do Congresso ainda não entendeu a
importância delas para os Estados, a quanti‐
dade de postos de trabalho criados, o que si‐
gnifica nos números do País”, declarou José
Alves ao pedir que os presentes no encontro
buscassem conscientizar as pessoas sobre a
urgência da regulamentação.
A presidente da Acieg, Helenir Queiroz,
complementou o pedido feito pelo presi‐
dente da Adial‐Brasil ao relembrar o surgi‐
mento de diversas empresas de médio e
pequeno porte nas imediações dos locais
agraciados com a instalação de indústrias. A
presidente da Acieg assegurou que enquanto
houver incentivos, haverá crescimento,
novas empresas de todos os portes e novas
oportunidades e por este motivo é necessário
fazer com que a mensagem chegue a todos.
(ANA HELENA BORGES)
Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 15
MERCADO EXECUTIVO
Código do Contribuinte
MERCADO EXECUTIVO
é aprovado em Goiás
Novo Mundo avança no Norte
O Plenário da Assembleia Legislativa de Goiás aprovou, em segunda
e definitiva votação, nesta terça‐feira (3), projeto que institui o Código de
Direitos e Obrigações do Contribuinte no Estado. A proposta normatiza a
relação entre o contribuinte e a administração pública, dando eficácia a
garantias e direitos, como prazos para procedimento fiscalizatório e a
preservação do sigilo de dados.De iniciativa do deputado Fábio Sousa
(PSDB), o chamado Código do Contribuinte, no Estado de Goiás, foi
elaborado com o apoio do Fórum Empresarial, OAB e escritórios de
advocacia e segue agora para sanção do governador Marconi Perillo.
A iniciativa já vigora sob a forma de lei em Estados como São Paulo,
Minas Gerais e Paraná, sendo um importante instrumento para
resguardar os direitos das empresas, principalmente, para as de médio e
pequeno porte, uma vez confere a elas tranquilidade para que
produzam, gerem empregos e recolham tributos devidos.
Na justificativa do processo, o deputado Fábio de Sousa relata a
importância da minuta: “O Código de Defesa do Contribuinte é uma lei
que visa harmonizar a relação entre o Estado (Fisco) e o contribuinte
(setor produtivo), com o intuito principalmente de evitar abusos por
ambas as partes. Visa, ainda, reforçar e regulamentar os direitos e
garantias já previstos na Constituição Federal”, anotou.
Energia sobe 10% para indústria
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou a Celg a
reajustar, a partir do dia 12 de setembro, a tarifa das indústrias pode
chegar a 10%. Pela regra da agência, as as empresas e indústrias de
consumo de baixa tensão, ou seja, abaixo de 2,3 quilovolt (kV), terá
redução de 0,34% nas tarifas. Para as indústrias de consumo de alta
tensão, entre 2,3 e 230 kV, o reajuste será de 10%. Para o consumidor
residencial, foi autorizado reduzir a conta de luz em 0,9%.
Executivo de Marketing do Grupo
Novo Mundo, Luiz Cláudio Araújo,
anunciou que Manaus deverá receber 20
lojas até o final do primeiro semestre de
2014, sendo pelo menos oito até
novembro, o que deve gerar 1,2 mil
empregos diretos. As 200 lojas da Novo
Mundo estão distribuídas em 8
mercados. São eles: Goiás, Distrito
Federal, Mato Grosso, Tocantins, Minas
Gerais, Bahia, Maranhão e Pará. Além de
consolidar a rede nestes Estados, queremos expandir para Amapá,
Amazonas, Roraima, Mato Grosso do Sul, Acre, Piauí e Ceará.
O presidente‐executivo do Sifaeg/Sifaçúcar, André Rocha,
participou na Austrália de uma missão técnica até o dia 03 de
setembro. André Rocha integra uma comitiva de empresários e
lideranças do setor canavieiro e também de técnicos da Federação
da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg). O grupo está
conhecendo o sistema de produção, pesquisa e logística da cana‐
de‐açúcar na Austrália.
O diretor superintendente do Porto Seco Centro‐Oeste, Edson
Tavares está anunciando a instalação de três quilômetros de linha
férrea paralela à linha principal da Ferrovia Centro‐Atlântica para
servir de apoio ao aumento do volume de composição que circula
para FCA. De acordo com o superintendente, o projeto destes três
quilômetros já foi aprovado pela FCA e depende apenas de
assinatura da ordem de serviço para que a obra seja iniciada.
TERMÔMETRO ECONÔMICO 2013
Confira abaixo a última atualização dos indicadores econômicos do País e do Estado. A cada ediçao, a PRÓ‐INDUSTRIAL traz
novos números e suas sinalizações. Confira os resultados dos últimos dados divulgados.
Inflação de agosto
Expansão da indústria
Depois de dois meses de redução da taxa de inflação, os principais
índices começaram o segundo semestre em alta.
Apesar do bom resultado do segundo trimestre, os dados do terceiro
trimestre não devem acompanhar o ritmo. Indústria oscila todo mês.
Inflação em 2013
Comércio exterior
As previsões não são nada boas. Só sobem. Agora passou de
5,80% para 5,83%. Há quatro semanas estava em 5,75%.
Os números são muito bons em Goiás, com alto superávit, mas
péssimos no País, principalmente pela importação de petróleo.
PIB em 2013
Desemprego
Após o surpreendente cresciento de 1,5% no segundo trimestre, as
previsões para o ano subiram. Na média, saiu de 2,20% para 2,32%.
A taxa de desemprego tem primeira queda no ano e fica em 5,6% em julho. Em
junho, estava em 6%. O menor porcentual do ano ainda é de janeiro: 5,4%.
Pró-Industrial [ 15 ] www.adial.com.br
Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 16
EMPRESA
A história dos Gravias
EMPRESA FOI FUNDADA NA DÉCADA DE 60 POR CARLOS E JOSÉ GRAVIA, EM
BRASÍLIA, E QUE SE EXPANDIU COM ABERTURA DE FÁBRICA EM ANÁPOLIS EM 1985
U
ma pequena serralheria,
fundada em 1961, em
Brasília deu origem a
marca Gravia, pesquisa
recente do Instituto de
Pesquisa da Universidade Ana‐
maco apontou como a que obteve
os melhores resultados no seg‐
mento Alumínio, alcançando as
melhores notas em todos os quesi‐
tos. A mesma pesquisa traz que as
portas e janelas de aço Gravia des‐
pontaram nos critérios de quali‐
dade, logística, atendimento e
orientação técnica, também garan‐
tindo à marca o primeiro lugar na
avaliação geral.
Mas para atingir o topo do
ranking da principal avaliação e
ser apontada pela pesquisa Ana‐
maco 2013 como a marca referên‐
cia em portas e janelas na opinião
de distribuidores por todo o País,
foram 52 anos de trabalho. E co‐
meçou no primeiro ano da Capi‐
tal Federal.
Em pleno "Milagre Econô‐
mico", os Irmãos Gravia ampliam
Pró-Industrial [ 16 ] www.adial.com.br
suas atividades para atender o
crescimento enérgico da constru‐
ção civil. Em poucos anos, a Gra‐
via passa também a atuar na
comercialização de ferragens
com duas lojas. O resultado foi
uma rápida expansão e confiança
do mercado regional, fornecendo
estruturas metálicas e partici‐
pando de grandes obras.
Com o tempo, a marca se na‐
cionalizou e exigiu novos inves‐
timentos. Um passo importante
foi dado em 1985, com a Gravia
Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 17
inaugurando em Anápolis, sua
fábrica de esquadrias de aço, a
Gravia Portas e Janelas.
Neste ano, a Gravia comple‐
tou 52 anos, o que foi comemo‐
rado pelo presidente da
empresa, Carlos Gravia: “Dia‐
riamente, ao longo de 52 anos,
nos empenhamos em fazer a di‐
ferença para nossos clientes. Di‐
ferença que se traduz em
produtos confiáveis, em atendi‐
mento qualificado, em tecnolo‐
gia associada à segurança, em
responsabilidade social e am‐
biental. Acima de tudo, dife‐
rença baseada no respeito e na
valorização de pessoas, pois a
história da Gravia é construída
por gente comprometida com a
visão inovadora e empreende‐
dora dos irmãos serralheiros
Carlos e José Gravia.”
Nos anos 90, a Gravia deixa de
atuar diretamente na construção
civil. Suas duas unidades fabris
do DF são incorporadas à Gravia
Indústria de Perfilados, aumen‐
tando a produção de tubos, per‐
fis, telhas metálicas e chapas
dobradas e passando a atender
construtoras, indústrias, serralhe‐
rias e comércio.
O Grupo Gravia consolida
sua posição de liderança no cen‐
tro‐oeste e cresce nacional‐
mente. Gravia Portas e Janelas e
Gravia Indústria de Perfilados
recebem certificação ISO 9001.
PRODUTOS
Com a linha Eterna, a Gravia
Portas e Janelas entra no mer‐
cado de esquadrias de alumínio.
É criada a Gravia Postes e Bra‐
ços, fabricante de postes e bra‐
ços para iluminação pública.
A Gravia moderniza sua rede
de lojas e amplia seu mix de
produtos, tornando‐se líder em
seu segmento no Distrito Fede‐
ral e mais competitiva por todo
o País. Novas tecnologias são in‐
corporadas, potencializando a
sinergia entre as empresas do
grupo e aumentando sua produ‐
tividade.
Planta industrial da Gravia na década de 80, quando instalou fábrica em Anápolis
Foto recente da fábrica do Grupo Gravia no Daia: liderança nacional do setor
DISTRITO FEDERAL (DF)
Sede das divisões Indústria
de Perfilados, Lojas e
Postes e Braços.
Pró-Industrial [ 17 ] www.adial.com.br
ANÁPOLIS (GO)
Sede da divisão Portas
e Janelas.
Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 18
LEITURA EMPRESARIAL
CONHECENDO O MERCADO
Esta obra é um verdadeiro manual, que vai ajudar o leitor a conhecer os diversos tipos de produtos e
serviços oferecidos nos mercados financeiros, de capitais e de derivativos, além de prepará‐lo para entender
as melhores opções de investimento. O livro é hoje uma referência para quem deseja investir, atuar direta ou
indiretamente na área financeira e para os que querem aprofundar seus conhecimentos neste campo.
ISO: GESTÃO
A revisão 2008 das normas da família ISO 9000 buscou refletir as modernas abordagens de gestão e
aperfeiçoar as práticas organizacionais existentes, facilitando sua aplicação a qualquer tipo ou porte de
organização, seja ela para a produção de bens ou para prestação de serviços. A norma ISO 9001, a única
pela qual as empresas podem ser certificadas, sofreu mudanças estruturais que a aproximaram de outras
normas de gestão e critérios de premiação, como a ISO 14000 e o Prêmio Nacional da Qualidade,
facilitando a implementação dos sistemas integrados de gestão e intensificando seu foco em resultado
PESSOAS, POR CHIAVENATO
O objetivo central deste livro é mostrar as novos características e o novo perfil da
gestão de pessoas. Essa área tem sido a responsável pela excelência das organizações
bem‐sucedidas e pelo aporte de capital intelectual que simboliza, mais do que tudo, a
importância do fator humano em plena Era da Informação
PRODUÇÃO & ESTRATÉGIA
Este moderno livro‐texto fornece um caminho lógico nas atividades de administração da produção e um
entendimento do contexto estratégico em que os gerentes de produção trabalham. Está estruturado em torno
do modelo de programação, planejamento e controle, mas sem isolar as atividades de planejamento das de
controle. As possibilidades de melhoria de produção são apresentadas separadamente para refletir a
responsabilidade dos gerentes de produção quanto à melhoria contínua do desempenho de suas operações. A
produção de serviços é tratada com o mesmo nível de profundidade da produção de bens.
MACRO DE FORMA SIMPLES
Esta sétima edição, revista e ampliada, de Macroeconomia cobre as principais teorias econômicas clássicas
e modernas, apresentando‐se com uma variedade de modelos simples e mostrando que esta é, antes de tudo,
uma disciplina empírica. O livro traz ainda inúmeros estudos de caso ‐ incluindo a recente crise americana e
suas consequências no mundo globalizado ‐ que fazem uso da teoria macroeconômica para tornar mais claros
os dados ou os eventos do mundo real. Numa linguagem simples e tendo como base o uso de clareza para
ensinar a teoria e como ela se aplica na prática, N. Gregory Mankiw escreveu um livro que é hoje item
obrigatório na bibliografia desta disciplina, tornando‐se um autor de referência não apenas por sua didática,
mas também pela utilização de ferramentas na Internet para ajudar estudantes e professores.
Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 19
OPINIÃO
CESAR HELOU
Cenário exige mais
empenho e planejamento
B
alanços e relatórios
divulgados
por
institutos e consultorias
diariamente
podem
iludir ou deslumbrar,
mas, de fato, o que importa é o que
o empresário vive no dia‐a‐dia do
seu negócio. Se o choque de
realismo nos diz que a indústria
brasileira não vive um bom
momento, não há nada que
garanta que essa situação
perdurará por longos anos.
Trabalhar é o que nós,
empresários, sabemos fazer.
Assim, vale apostar primeiro no
trabalho, a conjuntura e os
indicadores serão consequência. A
história do empresariado goiano
foi construída antes de tudo nestas
premissas, de dedicação ao
trabalho e respeito aos clientes.
Com essas duas sentenças,
conquistamos
mercado
e
expandimos nossas empresas,
independentemente
das
turbulências e crises econômicas.
As indústrias instaladas em
Goiás
há
três
décadas
representavam 5% do Produto
Interno Bruto do Estado. Desde
então, passamos a processar parte
da produção agrícola goiana e
ainda atraímos novos segmentos
industriais que não estão
relacionados ao agronegócio,
como setores de medicamentos e
automotivo. Hoje, a participação
da indústria na economia do
Estado chega próxima a 40%.
Neste meio tempo, deixamos as
últimas posições no ranking
econômico de Estados, onde
figurávamos entre os mais pobres
do País, e firmamos, na última
década, entre os 10 Estados mais
ricos do País. A indústria foi
decisiva para agregar valor a nossa
produção e ampliar nossas
riquezas. Mérito do setor privado,
com empresários e trabalhadores,
e do setor público, que buscou
mecanismos de estimular constan‐
temente este desenvolvimento.
Percebo claramente que, nestes
momentos, o empresário goiano
se sobressai. E também foi assim
em outros momentos de crise no
passado. Ele não fica sentado
esperando bons ventos. Aproveita
estes momentos menos favoráveis
para repensar a empresa, buscar
novas ferramentas de vendas,
aproximar e buscar respostas em
seus clientes, inovar.
Essa capacidade de enxergar a
mudança e, efetivamente, mudar
é
que
diferencia
os
empreendedores
mais
preparados. Se for o produto que
não está vendendo, troque o
produto. Se é a marca, mude a
marca. Se for o mercado que não
responde, busque outros. O pior
dos cenários é sentar e esperar
mudar.
A expectativa da ADIAL
(Associação Pró‐Desenvolvimento
Industrial do Estado de Goiás) é
que o primeiro semestre já
sinalizou com uma leve retomada,
que deve continuar neste segundo
Pró-Industrial [ 19 ] www.adial.com.br
semestre – sem ainda se consolidar
uma recuperação completa do
setor. O cenário com dólar alto
atrapalhou a concretização de
números melhores para o terceiro
e quarto trimestres – apesar do
surpreendente crescimento de
1,5% no segundo trimestre.
O dólar afeta diretamente no
preço
final
dos
produtos
industriais, o que impede um
planejamento de médio e longo
prazos mais precisos. Tem efeito
semelhante ao da inflação na base
de custos. Ou seja, não é apenas
um obstáculo no momento
presente dos negócios, mas
também na capacidade de uma
melhor visualização do futuro.
No entanto, é apenas mais uma
pedra no meio do caminho que
terá de ser removida com trabalho,
assim como são tributos e as taxas
de juros. São componentes que
fazem do ato de empresariar uma
profissão de risco. Reforço a
importância de conhecer os limites
do próprio negócio e, em
momentos
de
estagnação,
desenvolver a cautela nos gastos e
a ousadia nas vendas.
Avançar passo a passo, com
consciência e planejamento, neste
momento pode garantir ao
empresário dedicado um bônus de
produtividade e competitividade
quando ocorrer a real retomada da
expansão da economia brasileira.
Cesar Helou
é empresário e presidente da ADIAL
Adial 45:Layout 1 06/09/2013 09:06 Page 20
"
"%
"%
!"#$
%
&"'()*+,
-./+0
1/+23 "45.)(61'161
78+7
<
96-1:-
./-9
;;;

Documentos relacionados

Maio - Adial

Maio - Adial Botelho Teixeira, Olympio José Abrão, Pedro Henri‐ que Pessoa Cunha, Sandro Scodro, Alexandre Baldy Sant'anna Braga, Domingos Vilefort Orzil, Alfredo Ses ni Filho, Carlos Luciano Mar ns Ribeiro, Ri...

Leia mais

Março - Adial

Março - Adial xeira, Olympio José Abrão, Pedro Henrique Pessoa Cunha, Sandro Scodro, Domingos Vilefort Orzil, Alfredo Sesni Filho, Carlos Luciano Marns Ribeiro, Rivas Re‐ zende da Costa, José Alves Filho, José...

Leia mais

Apagão da infraestrutura

Apagão da infraestrutura Botelho Teixeira, Olympio José Abrão, Pedro Henri‐ que Pessoa Cunha, Sandro Scodro, Domingos Vile‐ fort Orzil, Alfredo Ses ni Filho, Carlos Luciano Mar ns Ribeiro, Rivas Rezende da Costa, José Alve...

Leia mais

Governo Dilma destrói 3,1 milhões de empregos em um ano

Governo Dilma destrói 3,1 milhões de empregos em um ano Antônio da Rocha, Márcio Botelho Teixeira, Olympio José Abrão, Pedro Henrique Pessoa Cunha, Sandro Scodro, Domingos Vilefort Orzil, Alfredo Sesni Filho, Carlos Luciano Marns Ribeiro, Rivas Rezend...

Leia mais

Junho - Adial

Junho - Adial lho Teixeira, Olympio José Abrão, Pedro Henrique Pes‐ soa Cunha, Sandro Scodro, Domingos Vilefort Orzil, Alfredo Ses ni Filho, Carlos Luciano Mar ns Ribeiro, Rivas Rezende da Costa, José Alves Filh...

Leia mais

Outubro

Outubro Vices‐Presidentes e Conselheiros Nelson Vas Hacklauer, Alberto Borges de Souza, Maximiliano Liubomir Slivnik, Vanderlan Vieira Cardoso, Sandro Antônio Scodro, Heribaldo Egídio da Silva,

Leia mais