apostila de filosofia 9º - Colégio Maria Imaculada

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apostila de filosofia 9º - Colégio Maria Imaculada
COLÉGIO MARIA IMACULADA
QI 05 ch. 72 LAGO SUL BRASÍLIA – DF
E-MAIL: [email protected] FONE: 3248 4768
SITE: www.cmidf.com.br
APOSTILA DE FILOSOFIA
9º
PROFESSOR: CRISTIANO DE OLIVEIRA
2011
SUMÁRIO
1.0- Atitude Filosófica
03
1.1- O conceito de filosofia
05
1.2- Filosofia política
10
1.3- Separação dos poderes
10
2.0- Formas de Governo
13
2.1- Estética:
14
2.2- Sociedade de consumo
20
2.3- Referências Bibliografia
21
3.0- Atividades de compreensão
22
2
1.0- Atitude Filosófica:
Reflexão significa movimento de volta sobre si mesmo ou movimento de retorno a si mesmo. A
reflexão é o movimento pelo qual o pensamento volta-se para si mesmo, interrogando a si mesmo. A
reflexão filosófica é tida como radical porque é um movimento de volta do pensamento sobre si mesmo
para conhecer-se a si mesmo, para indagar como é possível o próprio pensamento. Não somos, porém,
somente seres pensantes. Somos também seres que agem no mundo, que se relacionam com os outros
seres humanos, com os animais, as plantas, as coisas, os fatos e acontecimentos, e exprimimos essas
relações tanto por meio da linguagem quanto por meio de gestos e ações.
A reflexão filosófica também se volta para essas relações que mantemos com a realidade
circundante, para o que dizemos e para as ações que realizamos nessas relações. A reflexão filosófica
organiza-se em torno de três grandes conjuntos de perguntas ou questões: por que pensamos o que
pensamos, dizemos o que dizemos e fazemos o que fazemos? O que queremos pensar quando pensamos, o
que queremos dizer quando falamos, o que queremos fazer quando agimos? Isto é, qual é o conteúdo ou o
sentido do que pensamos, dizemos ou fazemos? para que pensamos o que pensamos, dizemos o que
dizemos, fazemos o que fazemos? Isto é, qual a intenção ou a finalidade do que pensamos, dizemos e
fazemos?
Essas três questões podem ser resumidas em: o que é pensar, falar e agir? E elas pressupõem a
seguinte pergunta: nossas crenças cotidianas são ou não um saber verdadeiro, um conhecimento? A atitude
filosófica inicia-se indagando: o que é?, como é?, por que é?, dirigindo-se ao mundo que nos rodeia e aos
seres humanos que nele vivem e com ele se relacionam. São perguntas sobre a essência, a significação ou
a estrutura e a origem de todas as coisas. A reflexão filosófica, por sua vez, indaga: por quê?, o quê?,
para quê?, dirigindo-se ao pensamento, aos seres humanos no ato da reflexão. São perguntas sobre a
capacidade e a finalidade humanas para conhecer e agir.
Essas perguntas são tipicamente filosóficas e refletem algo que poderíamos chamar de atitude
filosófica perante o mundo e perante nós mesmos. É a atitude de nos voltarmos para as nossas crenças
mais fundamentais e esforçar-nos por compreendê-las, avaliá-las e justificá-las. Muitas delas parecem ser
tão óbvias que ninguém em sã consciência tentaria sinceramente questioná-las. Poucos colocariam em
questão máximas como ―Matar é errado‖, ―A democracia é melhor que a ditadura‖, ―A liberdade de
expressão e de opinião é um valor indispensável‖. Mas, a atitude filosófica não reconhece domínios
fechados à investigação. Mesmo em relação a crenças e valores que consideramos absolutamente
inegociáveis, a proposta da filosofia é a de submetê-los ao exame crítico, racional e argumentativo, de
modo que a nossa adesão seja restabelecida em novo patamar. Em outras palavras, a proposta filosófica é
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a de que, se é para sustentarmos certas crenças e valores, que sejam sustentados de maneira crítica e
refletida.
Muitos autores identificam essa atitude filosófica com uma espécie de habilidade ou capacidade de
se admirar com as coisas, por mais prosaicas que sejam. Na base da filosofia, estaria a curiosidade típica
das crianças ou dos que não se contentam com respostas prontas. Platão, um dos pais fundadores da
filosofia ocidental, afirmava que o sentimento de assombro ou admiração está na origem do pensamento
filosófico:
"A admiração é a verdadeira característica do filósofo. Não tem outra origem a filosofia."
— Platão,.
Na mesma linha, afirmava Aristóteles:
"Os homens começam e sempre começaram a filosofar movidos pela admiração."
— Aristóteles, Metafísica, I 2.
Embora essa capacidade de admirar-se com a realidade possa estar na origem do pensamento
filosófico, isso não significa que tal admiração provoque apenas e tão somente filosofia. O sentimento
religioso, por exemplo, pode igualmente surgir dessa disposição: a aparente perfeição da natureza, as
sincronias dos processos naturais, a complexidade dos seres vivos podem causar profunda impressão no
indivíduo e levá-lo a indagar se o responsável por tudo isso não seria uma Inteligência Superior. Uma
paisagem que a todos parecesse comum e sem atrativos poderia atrair de modo singular o olho do artista e
fazê-lo criar uma obra de arte que revelasse nuances que escaparam ao olhar comum. Analogamente,
embora a queda de objetos seja um fenômeno corriqueiro, se nenhum cientista tivesse considerado esse
fenômeno surpreendente ou digno de nota, não saberíamos nada a respeito da gravidade. Esses exemplos
sugerem que, além de certa atitude em relação à nossa experiência da realidade, há um modo de interpelar
a realidade e nossas crenças a seu respeito que diferenciariam essa investigação da religião, da arte e da
ciência.
Ao contrário da religião, que se estabelece entre outras coisas sobre textos sagrados e sobre a
tradição, a filosofia recorre apenas à razão para estabelecer certas teses e refutar outras. Como já
mencionado acima a filosofia não admite dogmas. Não há, em princípio, crenças que não estejam sujeitas
ao exame crítico da filosofia. Disso não decorre um conflito irreconciliável entre a filosofia e a religião.
Há filósofos que argumentam em favor de teses caras às religiões, como, por exemplo, a existência de
Deus e a imortalidade da alma. Mas um argumento propriamente filosófico em favor da imortalidade da
alma apresentará como garantias apenas as suas próprias razões: ele apelará somente ao assentimento
racional, jamais à fé ou à obediência. Os artistas assemelham-se aos filósofos em sua tentativa de
desbanalizar a nossa experiência do mundo e alcançar assim uma compreensão mais profunda de nós
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mesmos e das coisas que nos cercam. Mas a forma em que apresentam seus resultados é bastante
diferente.
Os artistas recorrem à percepção direta e à intuição; enquanto a filosofia tipicamente apresenta
seus resultados de maneira argumentativa, lógica e abstrata. Mas, se essa insistência na razão diferencia a
filosofia da religião e da arte, o que a diferenciaria das ciências, uma vez que também essa privilegia uma
abordagem metódica e racional dos fenômenos? A diferença é que os problemas tipicamente filosóficos
não podem ser resolvidos por observação e experimentação.[5] Não há experimentos e observações
empíricas que possam decidir qual seria a noção de ―direitos humanos‖ mais adequada do ponto de vista
da razão. O mesmo vale para outras noções, tais como ―liberdade‖, ―justiça‖ ou ―falta moral‖. Não há
como resolver em laboratório questões como: ―quando tem início o ser humano?‖, ―os animais podem ser
sujeitos de direitos?‖, ―em que medida o Estado pode interferir na vida dos cidadãos?‖, ―As entidades
microscópicas postuladas pelas ciências têm o mesmo grau de realidade que os objetos da nossa
experiência cotidiana (pessoas, animais, mesas, cadeiras, etc.)?‖. Em resumo, quando um tópico é
defendido ou criticado com argumentos racionais, e essa defesa ou ataque não pode contar com
observações e experimentos para a sua solução, estamos diante de um debate filosófico.
1.1- O conceito de filosofia:
O conceito de "filosofia" sofreu, no transcorrer da história, várias alterações e restrições em sua
abrangência. As concepções do que seja a filosofia e quais são os seus objetos de estudo também se
alteram conforme a escola ou movimento filosófico. Essa variedade presente na história da filosofia e nas
escolas e correntes filosóficas torna praticamente impossível elaborar uma definição universalmente válida
de filosofia. Definir a filosofia é realizar uma tarefa metafilosófica. Em outras palavras, é fazer uma
filosofia da filosofia. O sociólogo e filósofo alemão Georg Simmel ressaltou esse ponto ao dizer que um
dos primeiros problemas da filosofia é o de investigar e estabelecer a sua própria natureza. Talvez a
filosofia seja a única disciplina que se volte para si mesma dessa maneira. O objeto da física não é,
certamente, a própria ciência da física, mas os fenômenos ópticos e elétricos, entre outros. A filologia
ocupa-se de registros textuais antigos e da evolução das línguas, mas não se ocupa de si mesma. A
filosofia, no entanto, move-se neste curioso círculo: ela determina os pressupostos de seu método de
pensar e os seus propósitos através de seus próprios métodos de pensar e propósitos. Não há como
apreender o conceito de filosofia fora da filosofia; pois somente a filosofia pode determinar o que é a
filosofia.
Platão e Aristóteles concordam em caracterizar a filosofia como uma atividade racional estimulada
pelo assombro ou admiração. Mas, para Platão, o assombro é provocado pela instabilidade e contradições
dos seres que percebemos pelos sentidos. A filosofia, no quadro platônico, seria a tentativa de superar esse
mundo de coisas efêmeras e mutáveis e apreender racionalmente a realidade última, composta por formas
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eternas e imutáveis que, segundo Platão, só podem ser captadas pela razão. Para Aristóteles, ao contrário,
não há separação entre, de um lado, um mundo apreendido pelos sentidos e, de outro lado, um mundo
exclusivamente captado pela razão. A filosofia seria uma investigação das causas e princípios
fundamentais de uma única e mesma realidade. O filósofo, segundo Aristóteles, ―conhece, na medida do
possível, todas as coisas, embora não possua a ciência de cada uma delas por si‖. A filosofia almejaria o
conhecimento universal, não no sentido de um acúmulo enciclopédico de todos os fatos e processos que se
possam investigar, mas no sentido de uma compreensão dos princípios mais fundamentais, dos quais
dependeriam os objetos particulares a que se dedicam as demais ciências, artes e ofícios. Aristóteles
considera que a filosofia, como ciência das causas e princípios primordiais, acabaria por identificar-se
com a teologia, pois Deus seria o princípio dos princípios.
As definições de filosofia elaboradas depois de Platão e Aristóteles separaram a filosofia em duas
partes: uma filosofia teórica e uma filosofia prática. Como reflexo da busca por salvação ou redenção
pessoal, a filosofia prática foi gradativamente se tornando um sucedâneo da fé religiosa e acabou por
ganhar precedência em relação à parte teórica da filosofia. A filosofia passa a ser concebida como uma
arte de viver, que forneceria aos homens regras e prescrições sobre como agir e como se portar diante das
inconstâncias do mundo. Essa concepção é muito clara em diversas correntes da filosofia helenística,
como, por exemplo, no estoicismo e no neoplatonismo.
As definições de filosofia formuladas na Antiguidade persistiram na época de disseminação e
consolidação do cristianismo, mas isso não impediu que as concepções cristãs exercessem influência e
moldassem novas maneiras de se entender a filosofia. As definições de filosofia elaboradas durante a
Idade Média foram coordenadas aos serviços que o pensamento filosófico poderia prestar à compreensão e
sistematização da fé religiosa; e, desse modo, a filosofia passa a ser concebida como ―serva da teologia‖
(ancilla theologiae). Segundo São Tomás de Aquino, por exemplo, a filosofia pode auxiliar a teologia em
três frentes: ela pode demonstrar verdades que a fé já toma como estabelecidas, tais como a existência de
Deus e a imortalidade da alma; pode esclarecer certas verdades da fé ao traçar analogias com as verdades
naturais; e pode ser empregada para refutar ideias que se oponham à doutrina sagrada.
Os medievais também mantiveram a acepção de filosofia como saber prático, como uma busca de
normas ou recomendações para se alcançar a plenitude da vida. Santo Isidoro de Sevilha, ainda no século
VII, definia a filosofia como ―o conhecimento das coisas humanas e divinas combinado com uma busca
pela vida moralmente boa‖
Os trabalhos filosóficos são realizados mediante técnicas e procedimentos que integram os cânones do
pensamento racional. Tradicionalmente, a filosofia destaca e privilegia a argumentação lógica, em
linguagem natural ou em linguagem simbólica, como a ferramenta por excelência da apresentação e
discussão de teorias filosóficas. A argumentação lógica está associada a dois elementos importantes: a
articulação rigorosa dos conceitos e a correta concatenação das premissas e conclusões, de modo que essas
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últimas sejam derivações incontestáveis das primeiras. Toda a ideia filosófica relevante é inevitavelmente
submetida a escrutínio crítico; e a presença de falhas na argumentação é frequentemente o primeiro alvo
das críticas.
Desse modo, o destino de uma tese qualquer que não esteja amparada por argumentos sólidos e
convincentes será, frequentemente, a severa rejeição por parte da comunidade filosófica. Embora a
reflexão sobre os princípios e métodos da lógica só tenha sido realizada pela primeira vez por Aristóteles,
a ênfase na argumentação lógica e na crítica à solidez dos argumentos é uma característica que acompanha
a filosofia desde os seus primórdios. A própria ruptura entre o pensamento mítico-religioso e o
pensamento racional é assinalada pela adoção de uma postura argumentativa e crítica em relação às
explicações tradicionais. Quando Anaximandro rejeitou as explicações de seu mestre – Tales de Mileto – e
propôs concepções alternativas sobre a natureza e estrutura do cosmos, o pensamento humano dava seus
primeiro passos em direção ao debate franco, público e aberto de ideias, orientado apenas por critérios
racionais de correção, como forma destacada de se aperfeiçoar o conhecimento; e abandonava, assim, as
narrativas tradicionais sobre a origem e composição do universo, apoiadas na autoridade inquestionável da
tradição ou em ensinamentos esotéricos.
Mas não se podem restringir os métodos da filosofia apenas à ênfase geral na argumentação lógica
e na crítica sistemática às teorias apresentadas. Nas grandes tradições da história da filosofia, podem ser
identificadas duas orientações bem abrangentes, cujos objetivos e técnicas tendem a diferir radicalmente:
existem as escolas que privilegiam uma abordagem analítica dos problemas filosóficos e aquelas que
optam por uma abordagem predominantemente sintética ou sinóptica. A orientação analítica é
exemplificada nos trabalhos filosóficos que se dedicam à decomposição de um conceito em suas partes
constituintes e ao exame criterioso das relações lógicas e conceptuais explicitadas pela análise. O exemplo
clássico é a análise do conceito de conhecimento. A reflexão sobre a natureza do conhecimento levou os
filósofos a decompor a noção de conhecimento em três noções associadas: crença, verdade e justificação.
Para que algo seja conhecimento é imprescindível que seja antes uma crença – em outras palavras,
o conhecimento é uma espécie diferenciada do gênero mais abrangente da crença. A pergunta óbvia que
essa primeira constatação sugere é: o que diferencia, então, o conhecimento das demais formas de crença?
Nesse ponto, o exame do conceito conduz a duas noções distintas. Em primeiro lugar, chega-se à noção de
verdade. Intuitivamente sabemos que acreditar que a Lua gira em torno da Terra é diferente de acreditar
que Papai Noel existe – a primeira crença é verdadeira; a segunda, falsa. Portanto, para que seja
promovida à condição de conhecimento, a crença deve ser verdadeira. Em segundo lugar, chega-se à
noção de justificação. Além de sustentar uma crença verdadeira, o sujeito deve ser capaz de apresentar os
meios ou as fontes, consideradas universalmente legítimas, que lhe propiciaram chegar à crença em
questão. Feito esse exame, a conclusão é a célebre fórmula: o conhecimento é crença verdadeira
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justificada. Nesse e em muitos outros casos envolvendo noções filosoficamente relevantes, o trabalho de
análise é capaz de explicitar pressupostos importantes implicitamente presentes no uso dos conceitos.
A outra orientação – a sintética – percorre o caminho oposto ao da análise. Os adeptos dessa
orientação buscam elaborar uma síntese de várias noções relevantes e apresentá-las como um todo
harmônico. Às vezes chamada de ―filosofia especulativa‖, essa orientação filosófica pretende revelar
princípios universais que possam reunir organicamente vário elementos díspares, que aparentemente não
guardam relações relevantes entre si. Um caso paradigmático dessa orientação é a filosofia hegeliana, cujo
fito é integrar numa dinâmica panteísta a evolução das mais diversas formas de manifestação da cultura
humana – artes, leis, governos, religiões, ciências e filosofias.
Desde o surgimento da ciência moderna, vários filósofos buscaram separar a investigação filosófica da
investigação científica por meio de uma caracterização dos métodos peculiares à filosofia.
Como as ciências especiais privilegiam a investigação empírica, especialmente por adoção de
métodos experimentais, defendeu-se que a adoção de métodos a priori (isto é, de métodos que antecedem
a investigação empírica ou são dela independentes) seria o traço definidor do trabalho filosófico. Nos
casos da argumentação lógica, da análise conceptual e da síntese compreensiva não há necessidade de
observação dos fenômenos para que se decida se uma conclusão é ou não é logicamente correta, se um
conceito está sendo ou não corretamente empregado ou se uma visão sinóptica é ou não é incoerente. Isso
não implica um divórcio entre a ciência e a filosofia. Ao contrário, implica que os filósofos estão aptos a
analisar os conceitos e argumentos das ciências especiais, e, nesse domínio, podem prestar um serviço
relevante ao aperfeiçoamento das teorias científicas.
Além das orientações metodológicas acima explicadas, há outras duas estratégias que podem ser
caracterizados como métodos a priori. Os experimentos mentais e os argumentos transcendentais. Um
experimento mental (às vezes também chamado de "experiência de pensamento") é a elaboração de uma
situação puramente hipotética – geralmente impossível de ser construída na prática – por meio da qual o
filósofo testa os limites de determinados pressupostos ou conceitos. O experimento mental mais famoso da
história da filosofia é a hipótese do Gênio Maligno concebida por Descartes: ao imaginar um deus
onipotente que se dedica a ludibriá-lo, Descartes leva o ceticismo ao seu extremo a fim de identificar uma
certeza inabalável capaz de superar até mesmo a hipótese do Gênio Maligno. (Essa hipótese recebeu uma
roupagem moderna na elaboração de outro experimento mental – o cérebro numa cuba). O outro método –
o dos argumentos transcendentais – foi concebido por Kant, e consiste em tomar como dados os fatos da
experiência, e deduzir coisas que não são passíveis de ser experienciadas, mas que constituem a própria
condição de possibilidade daqueles fatos. Com essa espécie de argumento, Kant concluiu, por exemplo,
que a forma pura do espaço é uma das condições necessárias pressupostas pela experiência dos objetos
externos, pois sem ela tal experiência seria impossível.
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Embora o emprego da lógica formal, da análise conceptual e dos experimentos mentais sejam
constantes na filosofia contemporânea, predomina hoje, sobretudo na tradição analítica, a orientação que
se convencionou chamar de naturalismo filosófico. Essa orientação tem suas origens nos trabalhos do
filósofo americano Willard Van Orman Quine (1908-2000) que criticam a distinção entre questões
conceptuais e empíricas. Os adeptos do naturalismo rejeitam a suposição de que a filosofia se diferencie
das ciências por um conjunto de métodos próprios: os problemas filosóficos e os científicos pertencem a
uma única e mesma esfera e, portanto, os métodos científicos, historicamente bem-sucedidos, devem
também ser aplicados à problemática filosófica. Outro problema a ser tratado pela filosofia é a questão da
verdade.
Com isso, a palavra verdade pode ter vários significados, desde ―ser o caso‖, ―estar de acordo com
os fatos ou a realidade‖, ou ainda ser fiel às origens ou a um padrão. Usos mais antigos abarcavam o
sentido de fidelidade, constância ou sinceridade em atos, palavras e caráter. Assim, "a verdade" pode
significar o que é real ou possivelmente real dentro de um sistema de valores. Esta qualificação implica o
imaginário, a realidade e a ficção, questões centrais tanto em antropologia cultural, artes, filosofia e a
própria razão. Como não há um consenso entre filósofos e acadêmicos, várias teorias e visões a cerca da
verdade existem e continuam sendo debatidas.
Para Nietzsche, por exemplo, a verdade é um ponto de vista. Ele não define nem aceita definição
da verdade, porque não se pode alcançar uma certeza sobre a definição do oposto da mentira. Daí seu
texto "como filosofar com o martelo".
Quem concorda sinceramente com uma frase está alegando que ela é verdadeira. A filosofia estuda a
verdade de diversas maneiras. A metafísica se ocupa da natureza da verdade. A lógica se ocupa da
preservação da verdade. A epistemologia se ocupa do conhecimento da verdade. As questões tipicamente
debatidas incluem: O que pode ser classificado como falso ou verdadeiro? Como definir e identificar a
verdade? A verdade é subjetiva, objetiva, relativa ou absoluta? O primeiro problema para os filósofos é
estabelecer que tipo de coisa é verdadeira ou falsa, qual o portador da verdade (em inglês truth-bearer).
Depois há o problema de se explicar o que torna verdadeiro ou falso o portador da verdade.
Há teorias robustas que tratam a verdade como uma propriedade. E há teorias deflacionárias, para
as quais a verdade é apenas uma ferramenta conveniente da nossa linguagem. Desenvolvimentos da lógica
formal trazem alguma luz sobre o modo como nos ocupamos da verdade nas linguagens naturais e em
linguagens formais. Há ainda o problema epistemológico do conhecimento da verdade. O modo como
sabemos que estamos com dor de dente é diferente do modo como sabemos que o livro está sobre a mesa.
A dor de dente é subjetiva, talvez determinada pela introspecção. O fato do livro estar sobre a mesa é
objetivo, determinado pela percepção, por observações que podem ser partilhadas com outras pessoas, por
raciocínios e cálculos. Há ainda a distinção entre verdades relativas à posição de alguém e verdades
absolutas.
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1.2- Filosofia política:
Filosofia política é o campo da investigação filosófica que se ocupa da política e das relações
humanas consideradas em seu sentido coletivo. Na Antiguidade grega e romana (principalmente na
primeira), discutia-se os limites e as possibilidades de uma sociedade justa e ideal (Platão, com sua obra A
república). Mas o que se tornou célebre, por se tornar a teorização da prática política grega, em particular
de Atenas, foi o tema do bem comum (Aristóteles), representado pelo homem político, compreendido
como o cidadão habitante da pólis, o homem politikós que opinando e reunindo-se livremente na ágora,
junto a seus pares, discute e delibera acerca das leis e das estruturas da sociedade.
O homem político teria o seu espaço de atuação privilegiada na esfera pública, no átrio, no senado,
em oposição à esfera privada dos indivíduos, representada pela casa, pelo lar, pelos negócios domésticos.
Já em Roma, Cícero teorizou a República como espaço das liberdades cívicas, em que ocorre uma
complementaridade entre os senadores e a plebe (tese retomada no século XVI por Maquiavel). Desde fins
da Idade Média, a Filosofia Política e os pensadores tratam das mais variadas questões sobre a legitimação
e a justificação do Estado e do governo:
- os limites e a organização do Estado frente ao indíviduo (Thomas Hobbes, John Locke, barão de
Montesquieu, J.-J Rousseau);
- as relações gerais entre sociedade, Estado e moral (Nicolau Maquiavel, Augusto Comte, Antonio
Gramsci);
- as relações entre a economia e política (Karl Marx, F. Engels, Max Weber);
- o poder como constituidor do "indivíduo" (Michel Foucault);
- as questões sobre a liberdade (Benjamin Constant, John Stuart Mill, Isaiah Berlin, Hannah Arendt,
Raymond Aron, Norberto Bobbio, Phillip Pettit)
1.3- Separação dos poderes:
A Teoria da Separação dos Poderes (ou da Tripartição dos Poderes do Estado) é a teoria de
ciência política desenvolvida por Montesquieu, no livro O Espírito das Leis (1748), que visou moderar o
Poder do Estado dividindo-o em funções, e dando competências a órgãos diferentes do Estado. As idéias
de Montesquieu partiram principalmente das teses lançadas por John Locke, ainda que implicitamente,
cerca de cem anos antes. A idéia da existência de três poderes, outrossim, não era novidade, remontando a
Aristóteles, na obra Política. (Quanto a LOCKE ter lançado a idéia dos três poderes, é possível encontrar
no livro: História concisa da filosofia: de Sócrates a Derrida,
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No livro 'O Espírito das Leis, Montesquieu, analisa as relações que as leis têm com a natureza e os
princípios de cada governo, desenvolvendo a teoria de governo que alimenta as idéias do
constitucionalismo, que, em síntese, busca distribuir a autoridade por meios legais, de modo a evitar o
arbítrio e a violência. Tais idéias se encaminham para a melhor definição da separação dos poderes, hoje
uma das pedras angulares do exercício do poder democrático. Montesquieu admirava a Constituição
inglesa, mesmo sem compreendê-la completamente, e descreveu cuidadosamente a separação dos poderes
em Executivo, Judiciário e Legislativo, trabalho que influenciou os elaboradores da Constituição dos
Estados Unidos. O Executivo seria exercido por um rei, com direito de veto sobre as decisões do
parlamento.
O poder legislativo, convocado pelo executivo, deveria ser separado em duas casas: o corpo dos comuns,
composto pelos representantes do povo, e o corpo dos nobres, formado por nobres, hereditário e com a
faculdade de impedir (vetar) as decisões do corpo dos comuns. Essas duas casas teriam assembléias e
deliberações separadas, assim como interesses e opiniões independentes. Refletindo sobre o abuso do
poder real, Montesquieu conclui que "só o poder freia o poder", no chamado "Sistema de Freios e
Contrapesos", daí a necessidade de cada poder manter-se autônomo e constituído por pessoas e grupos
diferentes. No Brasil, que adotou tal teoria em sua Constituição, funcionam três poderes: o Legislativo, o
Executivo e o Judiciário.
-Legislativo:
O poder do Estado ao qual é atribuída a função legislativa. Poder legislativo (também legislatura) é
o poder do Estado ao qual, segundo o princípio da separação dos poderes, é atribuída a função legislativa.
Por poder do Estado compreende-se um órgão ou um grupo de órgãos pertencentes ao próprio Estado
porém independentes dos outros poderes. Nos Estados modernos o poder legislativo é formado por:
um parlamento em nível nacional; parlamentos dos estados federados, nas federações; eventuais órgãos
análogos ao parlamento, de regiões e outras entidades territoriais às quais se reconhece autonomia
legislativa.
O poder executivo (representado, por exemplo, pelo Presidente da República) fica encarregado de
sancionar ou vetar o projeto de lei. No sistema de três poderes proposto por Montesquieu, o poder
legislativo é representado pelos legisladores, homens que devem elaborar as leis que regulam o Estado. O
poder legislativo na maioria das repúblicas e monarquias é constituído por um congresso, parlamento,
assembléias ou câmaras.
O objetivo do poder legislativo é elaborar normas de direito de abrangência geral ou individual que
são aplicadas a toda sociedade, objetivando a satisfação dos grupos de pressão; a administração pública;
em causa própria e distender a sociedade;.
Em regimes ditatoriais o poder legislativo é exercido pelo próprio ditador ou por câmara legislativa
nomeada por ele. Entre as funções elementares do poder legislativo está a de fiscalizar o poder executivo,
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votar leis orçamentárias, e, em situações específicas, julgar determinadas pessoas, como o Presidente da
República ou os próprios membros da assembléia.
- Executivo:
O Executivo executa as leis. No município, o poder executivo é representado pelo prefeito. No
estado pelo governador. O Presidente da República é o principal representante do Poder Executivo.
- Judiciário:
A estrutura do Poder Judiciário é baseada na hierarquia dos órgãos que o compõem, formando
assim as instâncias. A primeira instância corresponde ao órgão que irá primeiramente analisar e julgar a
ação apresentada ao Poder Judiciário. As demais instâncias apreciam as decisões proferidas pela instância
inferior a ela, e sempre o fazem em órgãos colegiados, ou seja, por um grupo de juízes que participam do
julgamento.
Devido ao princípio do duplo grau de jurisdição, as decisões proferidas em primeira instância
poderão ser submetidas à apreciação da instância superior, dando oportunidade às partes conflitantes de
obterem o reexame da matéria.
Às instâncias superiores, cabe, também, em decorrência de sua competência originária, apreciar
determinadas ações que, em razão da matéria, lhes são apresentadas diretamente, sem que tenham sido
submetidas, anteriormente, à apreciação do juízo inferior. A competência originária dos tribunais está
disposta na Constituição Federal.
A organização do Poder Judiciário está fundamentada na divisão da competência entre os vários
órgãos que o integram nos âmbitos estadual e federal. À Justiça Estadual cabe o julgamento das ações não
compreendidas na competência da Justiça Federal comum ou especializada. A Justiça Federal comum é
aquela composta pelos tribunais e juízes federais, e responsável pelo julgamento de ações em que a União,
as autarquias ou as empresas públicas federais forem interessadas; e a especializada, aquela composta
pelas Justiças do Trabalho, Eleitoral e Militar.
No que se refere à competência da Justiça Federal especializada, tem-se que à Justiça do Trabalho
compete conciliar e julgar os conflitos individuais e coletivos entre trabalhadores e empregadores. É
formado por Juntas de Conciliação e Julgamento, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, composto por
juízes nomeados pelo Presidente da República, e pelo Tribunal Superior do Trabalho, composto por vinte
e sete ministros, nomeados pelo Presidente da República, após aprovação pelo Senado Federal.
À Justiça Eleitoral compete, principalmente, a organização, a fiscalização e a apuração das eleições
que ocorrem no país, bem como a diplomação dos eleitos. É formada pelas Juntas Eleitorais, pelos
Tribunais Regionais Eleitorais, compostos por sete juízes e pelo Tribunal Superior Eleitoral, também
composto por sete ministros. E, à Justiça Militar, compete processar e julgar os crimes militares definidos
em lei. É composta pelos juízes-auditores e seus substitutos, pelos Conselhos de Justiça, especiais ou
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permanentes, integrados pelos juízes-auditores e pelo Superior Tribunal Militar, que possui quinze
ministros nomeados pelo Presidente da República, após aprovação do Senado Federal.
2.0- Formas de Governo:
Em ciência política, chama-se forma de governo (ou sistema político) o conjunto de instituições
políticas por meio das quais um Estado se organiza a fim de exercer o seu poder sobre a sociedade. Cabe
notar que esta definição é válida mesmo que o governo seja considerado ilegítimo.Tais instituições têm
por objetivo regular a disputa pelo poder político e o seu respectivo exercício, inclusive o relacionamento
entre aqueles que o detêm (a autoridade) com os demais membros da sociedade (os administrados).
A forma de governo adotada por um Estado não deve ser confundida com a forma de Estado
(unitária ou federal) nem com seu sistema de governo (presidencialismo, parlamentarismo, dentre outros).
Outra medida de cautela a ser observada ao estudar-se o assunto é ter presente o fato de que é complicado
categorizar as formas de governo. Cada sociedade é única em muitos aspectos e funciona segundo
estruturas de poder e sociais específicas. Assim, alguns estudiosos afirmam que existem tantas formas de
governo quanto há sociedades.
Formas de governo pelo mundo em Abril de 2009:
██ Repúblicas presidencialistas totais.
██ Repúblicas presidencialistas ligadas
a um parlamento.
██ Repúblicas semipresidencialistas.
██ Repúblicas parlamentares.
██ Monarquias parlamentares constitucionais
em que o monarca não exerce poder pessoal.
██ Monarquias parlamentares constitucionais em que o
monarca exerce poder pessoal (muitas vezes ao lado de um
parlamento fraco).
██ Monarquias absolutas.
██ Repúblicas unipartidárias.
██ Ditadura militar
██ Países que não se encaixam em nenhum dos sistemas
acima.
Tendo em mente a dificuldade em classificar-se as formas de governo, estas são tradicionalmente
categorizadas em: Monarquia, República e Anarquia (a rigor, ausência de governo)
- Outras formas de exercício do poder
13
Esta seção combina formas de governo, sistemas de governo e conceitos afins. Cada Estado pode adotar
elementos de mais de um sistema. Autocracia, Autoritarismo, Fascismo, Absolutismo, Despotismo
esclarecido, Despotismo, Ditadura, Ditadura militar, Monarquia (uma variante, a monarquia
constitucional, não pode ser considerada autocracia), Monarquia absoluta (historicamente, o mesmo que
absolutismo), Totalitarismo, Nacional-Socialismo (nazismo), Fascismo (o único a realmente se definir
como totalitarista), Tirania, Democracia: Democracia direta, Democracia semidireta Democracia orgânica
(podendo ser semidireta em alguns países, mas sempre com corporativismo), Corporativismo, Democracia
representativa, Parlamentarismo, Presidencialismo, Semi-presidencialismo. Oligarquia: Aristocracia,
Cleptocracia
Gerontocracia, Meritocracia, Plutocracia, Tecnocracia e a Teocracia.
2.1- Estética:
Estética (do grego aisthésis: percepção, sensação) é um ramo da filosofia que tem por objecto o
estudo da natureza do belo e dos fundamentos da arte. Ela estuda o julgamento e a percepção do que é
considerado belo, a produção das emoções pelos fenômenos estéticos, bem como: as diferentes formas de
arte e da técnica artística; a idéia de obra de arte e de criação; a relação entre matérias e formas nas artes.
Por outro lado, a estética também pode ocupar-se do sublime, ou da privação da beleza, ou seja, o que
pode ser considerado feio, ou até mesmo ridículo.
Estética Normativa: É o campo da filosofia que enriquece nas letras, no corpo e nas pinturas.
Estética Profana: É o campo estetico consitituido por dois polos:a sensação de um corpo nu e o julgamento
em que no ser humano provoca atrito olhar orgãos genitais. Especialmente com Platão, Aristóteles e
Plotino - a estética era estudada fundida com a lógica e a ética. O belo, o bom e o verdadeiro formavam
uma unidade com a obra. A essência do belo seria alcançado identificando-o com o bom, tendo em conta
os valores morais. Na Idade Média surgiu a intenção de estudar a estética independente de outros ramos
filosóficos.
No âmbito do Belo, dois aspectos fundamentais podem ser particularmente destacados: a estética
iniciou-se como teoria que se tornava ciência normativa às custas da lógica e da moral - os valores
humanos fundamentais: o verdadeiro, o bom, o belo. Centrava em certo tipo de julgamento de valor que
enunciaria as normas gerais do belo;
a estética assumiu características também de uma metafísica do belo, que se esforçava para desvendar a
fonte original de todas as belezas sensíveis: reflexo do inteligível na matéria (Platão), manifestação
sensível da idéia (Hegel), o belo natural e o belo arbitrário (humano), etc.
Mas este caráter metafísico e conseqüentemente dogmático da estética transformou-se
posteriormente em uma filosofia da arte, onde se procura descobrir as regras da arte na própria ação
criadora (Poética) e em sua recepção, sob o risco de impor construções a priori sobre o que é o belo. Neste
14
caso, a filosofia da arte se tornou uma reflexão sobre os procedimentos técnicos elaborados pelo homem, e
sobre as condições sociais que fazem um certo tipo de ação ser considerada artística. São importantes as
obras Hípias Maior, O Banquete e Fedro, de Platão, a Poética, de Aristóteles, a Crítica da Faculdade do
Juízo, de Kant e Cursos de Estética de Hegel.
Embora os pensadores tenham ponderado a beleza e a arte por milhares de anos, o assunto da estética não
foi totalmente separado da disciplina filosófica até o século XVIII.
Grécia antiga
Sócrates um dos mais notórios pensadores gregos foi um dos primeiros a refletir sobre as questões
da estética. Nos diálogos de Sócrates com Hípias, há uma refutação dos conceitos tradicionalmente
atribuídos ao belo, ele não irá definir o que é belo julgando-se incapaz de explicar o belo em si.
Platão entendeu que os objetos incorporavam uma proporção, harmonia, e união, buscou entender
estes critérios. O belo para Platão estava no plano do ideal, mais propriamente a idéia do belo em si, era
colocada por ele como absoluto e eterno, não dependeria dos objetos, ou seja, da materialidade, era a
própria idéia de perfeição, estava plenamente completo, restando ao mundo sensível apenas a imitação ou
a cópia desta beleza perfeita.
Platão dissociava o belo do mundo sensível, sua existência ficava confinada ao mundo das idéias,
associando-se ao bem, a verdade, ao imutável e a perfeição.
Para Platão somente a partir do ideal de beleza suprema é que seria possível emitir um juízo estético,
portanto definir o que era ou não belo, ou o que conteria maior ou menor beleza. Por estar fora do mundo
sensível o belo platoniano está separado também da intromissão do julgamento humano cujo estado é
passivo diante do belo. Ele estabelecia uma união inseparável entre o belo, a beleza, o amor e o saber. O
belo em Platão serviria para conduzir o homem à perfeição, ao qual restaria a cópia fiel e a simulação,
estas concepções filosóficas vão permear a arte grega e ocidental por um longo período, até o século
XVIII, com momentos históricos de maior ou menor ênfase no fazer artístico.
15
Aristóteles, discípulo de Platão, ao contrário de seu mestre, concebeu o belo a partir da realidade
sensível, deixando este de ser algo abstrato para se tornar concreto, o belo materializa-se, a beleza no
pensamento aristotélico já não era imutável, nem eterna, podendo evoluir. Aristóteles dará o primeiro
passo para a ruptura do belo associado à idéia de perfeição, trará o belo para a esfera mundana, colocará a
criação artística sob a égide humana, já não mais separado do homem mas intrínseco a ele.
Com Aristóteles abrem-se às perspectivas dos critérios de julgamento do fazer artístico, conferindo ao
artista a possibilidade de individuação. O belo aristotélico seguirá critérios de simetria, composição,
ordenação, proposição, equilíbrio. As concepções do belo de Aristóteles ficam por um longo período
esquecidas, sendo somente retomadas ao final da Idade Média.
Modernidade
Filosofia do belo na arte é a designação aplicada a partir do século XVIII, à ciência filosófica que
compreendeu o estudo das obras de arte e o conhecimento dos aspectos da realidade sensorial
classificáveis em termos de belo ou feio. Os conceitos do belo seguem o rumo da apreciação, da fruição e
da busca pelo juízo universal, pela verdade última de sua definição. A revolução francesa traz novos ares
ao mundo, e o engatinhar da revolução industrial traz novas luzes ao pensamento humano. Vários
filósofos se preocuparam com o belo durante este período, entre eles cita-se Hume e Burke, que deixaram,
cada um contribuições valiosas na tentativa de definição dos conceitos e parâmetros do belo, mas nenhum
foi tão importante quanto Kant, cuja contribuição foi decisiva nas tentativas de explicação do belo.
16
Immanuel Kant: A maioria dos autores das teorias estéticas tomam Kant como referencial
principal em suas obras: após Kant apresentar suas teorias, nenhum outro filósofo depois dele deixou de o
citar - refutando ou concordando, todos o mencionam. Os conceitos sobre o belo elaborados por Kant
transformaram em definitivo o juízo estético. Kant irá mudar as bases do juízo estético ocidental que até
ele vinculavam as obras de arte e a beleza natural ao sobrenatural. A beleza até então era algo que a razão
não poderia compreender, a arte era quem transpunha o incognoscível absoluto e pelos símbolos trazia o
ideal para o real. O que tornava a arte apreciável até então era o prazer do deleite com o belo, a influência
moral que exercia sobre natureza humana.
Para Kant, o juízo estético é oriundo do sentimento e funciona no ser humano como intermediário
entre a razão e o intelecto. A função da razão é prática já função do intelecto é elaborar teorias sobre os
fenômenos. Os fenômenos que são percebidos pelos sentidos através da intuição, transformam-se em algo
compreensível o que permitiria a emissão de um juízo estético. Tal juízo não conduziria a um
conhecimento intrínseco do objeto, portanto não teria um valor cognitivo, nem tampouco seria um juízo
sobre a perfeição do objeto ou fenômeno, sendo correto independentemente dos conceitos ou das
sensações produzidas pelos objetos.
Os sentimentos de prazer e desprazer em Kant estão ligados as sensações estéticas e pertencem ao
sujeito, são estes sentimentos subjetivos, não lógicos que emitem o conceito do belo, são eles que formam
o juízo do gosto. A percepção de um objeto ou fenômeno que instiga a sensação de prazer provoca a
fruição ou gozo e a essas sensações damos os nomes de belo, bonito e beleza. A questão do belo seria
então algo subjetivo, e por ser subjetivo é livremente atribuído, sem parâmetro, fundado na ―norma
pessoal‖. São os sentimentos oriundos das sensações agradáveis que emitem o juízo do belo, induzindo o
desejo de permanecer usufruindo tais sensações. O interesse imediato diante das sensações prazerosas é a
continuidade.
Kant afirmava ser impossível encontrar regras teóricas para a construção de belos objetos. E é
impossível porque, quando julgo que um objeto se inclui em certo princípio geral ou se conforma com esta
ou aquela regra, estou fazendo um juízo intelectual dessa ordem, não posso ―inferir que ele é belo‖. A
beleza não dependeria de provas intelectivas, mas sim do senso de prazer gerado. O prazer é a ligação
principal que Kant faz com o belo, por ser um prazer subjetivo, ele é desprovido do sentido de
conhecimento, não está vinculado à realidade de um objeto ou fenômeno, o prazer que o belo proporciona
vem apenas das representações sensivelmente apreendidas.
17
Hegel foi outro grande filósofo que, após Kant, dedicou-se ao estudo do belo. Hegel parece
concordar de certa maneira com Platão, ao abordar a questão do ideal e do belo. Sobre a beleza Hegel diz
que ―a beleza só pode se exprimir na forma, porque ela só é manifestação exterior através do idealismo
objetivo do ser vivente e se oferece à nossa intuição e contemplação sensíveis‖. Uma profunda análise
sobre o ideal é um dos focos de Hegel, ao ideal ele atribui todos os conceitos morais e espirituais,
pertencentes à natureza humana que são transfigurado pelo imaginário em formas atribuídas a deuses ou
seres superiores a si mesmo, tal ideal segundo ele seria uma tentativa de transpor a realidade dura e cruel
da vida cotidiana e ao mesmo tempo projetar para si mesmo exemplos a serem seguidos. A beleza
funciona para Hegel como a expressão máxima do Ideal. O ideal clássico ―só representa o modo de ser do
espírito, o que nele há de sublime funde-se na beleza, é diretamente transformado em beleza‖.
Para Hegel o belo é algo espiritual, para definir o belo como algo espiritual, parte da premissa da
inexistência material do belo, colocando-o na categoria de conceito sem realidade física, portanto,
pertencente ao plano espiritual, ao plano da imaginação do sujeito. Hegel definiu a estética como a ciência
que estuda o belo, conferindo a estética à categoria de ciência filosófica. Sua análise do belo é
basicamente em cima do belo artístico, relegando o belo natural a um segundo plano. ―para justificar esta
exclusão, poderíamos dizer que a toda a ciência cabe o direito de se definir como queira‖.
Uma análise detalhada das diferenças do belo artístico e do belo natural, foi feita por Hegel,
privilegiando o belo artístico por considerá-lo superior, tecendo explicações sobre tal superioridade. Hegel
vai tomar como base o belo em si, e deixa de lado os objetos belos, que segundo ele são tidos como belos
por motivos diversos. ―Não nos perturbam, portanto, as oposições entre os objetos qualificados de belos:
estas oposições são afastadas, suprimidas(…). Nós começamos pelo belo como tal‖. Acaba por determinar
que ―só é belo o que possui expressão artística‖.
18
2.2- Sociedade de consumo:
Sociedade de consumo, é um termo utilizado em economia e sociologia, para designar o tipo de
sociedade que se encontra numa avançada etapa de desenvolvimento industrial capitalista e que se
caracteriza pelo consumo massivo de bens e serviços, disponíveis graça a elevada produção dos mesmos.
O conceito de sociedade de consumo está ligado ao de economia de mercado e, por fim, ao conceito de
capitalismo, entendendo economia de mercado aquela que encontra o equilíbrio entre oferta e demanda
através da livre circulação de capitais, produtos e pessoas, sem intervenção estatal.
A expressão Sociedade de Consumo designa uma sociedade característica do mundo desenvolvido
em que a oferta excede geralmente a procura, os produtos são normalizados e os padrões de consumo
estão massificados. O surgimento da sociedade de consumo decorre directamente do desenvolvimento
industrial que a partir de certa altura, e pela primeira vez em milénios de história, levou a que se tornasse
mais difícil vender os produtos e serviços do que fabricá-los. Este excesso de oferta, aliado a uma enorme
profusão de bens colocados no mercado, levou ao desenvolvimento de estratégias de marketing
extremamente agressivas e sedutoras e às facilidades de crédito quer das empresas industriais e de
distribuição, quer do sistema financeiro.
- Características da sociedade de consumo:
As principais características da sociedade de consumo são as seguintes: Para a maioria dos bens, a
sua oferta excede a procura, levando a que as empresas recorram a estratégias de marketing agressivas e
sedutoras que induzem o consumidor a consumir, permitindo-lhes escoar a produção. A maioria dos
produtos e serviços estão normalizados, os seus métodos de fabrico baseiam-se na produção em série e
recorre-se a estratégias de obsolescência programada que permita o escoamento permanente dos produtos
e serviços. Os padrões de consumo estão massificados e o consumo assume as características de consumo
de massas, em que se consome o que está na moda apenas como forma de integração social. Existe uma
tendência para o consumismo (um tipo de consumo impulsivo, descontrolado, irresponsável e muitas
vezes irracional).
- Origem
De acordo com pesquisas poderíamos apontar dois momentos para a transformação da sociedade
capitalista industrial em uma sociedade de consumo: Nas últimas décadas do século XIX, combinando a
unificação da Itália e sobretudo da Alemanha, o primeiro disparou o crescimento mercantil, industrial e
técnico-científico (Segunda Revolução Industrial), o segundo contribuiu para que se estabelecessem
legislações que fizeram aumentar os salários, e já com a consciência que o desenvolvimento da demanda
interna permitiria o crescimento do beneficio. Talvez é mais frequente apontar como marco a aplicação da
linha de montagem e a fabricação de automóveis, por Henry Ford em 1909, o que permitiu o barateamento
19
do produto final; mas seria melhor considera-lo um exemplo visível de um processo muito mais amplo.
Depois, como reação a Depressão de 1929, se foi impondo políticas baseadas nas teorias de J. M. Keynes,
que promoveu um aumento constante da demanda dos consumidores privados; essas políticas se
generalizaram no mundo capitalista nas décadas de 1950 e 1970.
- Críticas Negativas
Uma das críticas mais comuns sobre a sociedade de consumo é a que afirma se tratar de um tipo de
sociedade que se "rendeu" frente as forças do sistema capitalista e que, por tanto, seus critérios e bases
culturais estão submetidos as criações postas ao alcance do consumidor. E neste sentido, os consumidores
finais perderiam as características de indivíduos para passarem a ser considerados uma massa de
consumidores que se pode influir através de técnicas de marketing, inclusive chegando a criação de
"falsas necessidades" entre eles. Do ponto de vista ambiental, a sociedade de consumo se vê como
insustentável, posto que implica um constante aumento da extração de recursos naturais, e do despejo de
resíduos, até o ponto de ameaçar a capacidade de regeneração da natureza desses mesmos recursos
imprescindíveis para a sobrevivência humana.
Em economia internacional, diz-se que o modelo consumista faz com que as economias dos países
pobres se dediquem em satisfazer o enorme consumo das sociedades mais desenvolvidas, o que os fazem
deixar de satisfazer suas próprias necessidades fundamentais, como por exemplo a alimentação e saúde da
população, pois o mercado faz com que a maioria dos recursos sejam destinados a satisfazer a quem pagar
mais. Os enfoques anteriores se combinam ao mostrar que, se a maioria da população mundial alcançar
um nível de consumo similar ao de países industrializados, recursos de primeira ordem se esgotariam em
pouco tempo, o que envolve sérios problemas econômicos, éticos e políticos.
Por último, uma das maiores críticas a sociedade de consumo, vem de quem afirma que esta
converte as pessoas a simples consumidores que encontram o prazer no mero consumo por si só, e não
pela vontade de possuir o produto. Infelizmente, um impacto desta sociedade de consumo ao meio
ambiente e a sociedade em geral é sem duvida a rápida obsolescência dos equipamentos causando hoje na
sociedade o que conhecemos como lixo tecnológico. também prejudica muito a natureza.
- Críticas Positivas:
Para alguns defensores, a sociedade de consumo é consequência do alto desenvolvimento que
chegou a determinadas sociedades e se manifesta no incremento da renda nacional. Por sua vez, possibilita
que um numero cada vez maior de pessoas adquiram bens cada vez mais diversificados, desta forma,
facilitando o acesso a uma maior quantidade e qualidade de produtos por uma parte maior da sociedade, se
estaria produzindo uma maior igualdade social.
20
2.3- Referências bibliográficas
- ABBAGNANO, Nicola. Diccionário de Filosofia. Ciudad del México, Fondo de Cultura Económica. 1966 p. 452a
- ARISTÓTELES. Poética. São Paulo. Ed. Ars Poética. 1993.
- BURKE, Edmund. Uma investigação filosófica sobre a origem de nossas idéias do sublime e do belo.
Campinas: Papirus, 1993.
- CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia, São Paulo: Ática, 2007.
- HEGEL, G. W. Cursos de Estética. São Paulo: Edusp, 2001/06. 4 vols.
- HEGEL, George W. F. Curso de estética: o belo na arte. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
- JIMENEZ, Marc. Estética, o que é estética. São Leopoldo: Editora Unisinos, 1999.
- JOHNSTON, Derek. História concisa da filosofia: de Sócrates a Derrida. Tradução: Rogério Bettoni. São
Paulo, SP. Edições Rosari, 2008.
- KANT, Immanuel. Crítica da faculdade do juízo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1993.
- OSBORNE, Harold. Estética e teoria da arte. São Paulo: Cultrix, 1993.
- SUASSUNA, Ariano. Iniciação á Estética. Rio de Janeiro. Ed. José Olympio, 2004
21
3.0- Atividades de compreensão
-Julgue os itens a seguir em (C)erto ou (E)rrado:
-Conceitos do filosofar:
1(
) Os pensadores da antiguidade buscavam um novo conceito de verdade, uma verdade que libertasse o
homem da autoridade dos deuses.
2(
) Os primeiros filósofos queriam que a consciência reflexiva, racional criasse uma contraposição a
consciência mítica, mostrando o entendimento da verdade para os indivíduos.
3(
) A possibilidade de se conceituar a verdade é por meio do critério de verdade.
4(
) ―Tudo existe, sendo inteiramente verdadeiro. Logo todas as verdades são absolutas‖. Segundo o
pensador Platão.
5(
) De acordo com o estudo filosófico não é possível à existência der um conhecimento absoluto
sobre as coisas.
6(
) A existência da relação entre verdade e filosofia, está no critério de investigação que o pensamento
filosófico gera em torno da procura do saber.
7(
) ―Para Sócrates a verdade é o acordo do conceito com sua objetividade, no caso o juízo como
domínio da verdade‖.
8(
) O conhecimento aprisiona o homem em um estado de insegurança e temor.
9(
) Na época do surgimento da filosofia, a verdade aceita era aquela ditada pela tradição, pelas
autoridades e pelos deuses.
10(
) Para Aristóteles o contrário da filosofia é a mitologia.
- Sobre à sociedade alienada
11(
) No mundo atual é brutal a diferença entre ricos e pobres, nestas condições a minoria rica consume por
toda maioria pobre.
12(
) A TV e o rádio não precisam mais se apresentar como arte. A verdade de que não passam de um
negócio, eles a utilizam uma ideologia destinada a incentivar o consumo sadio.
13(
) O consumidor alienado é aquele que se preocupa com ―rótulos‖ ou ―marcas‖ para satisfazer seus
desejos imediatos.
14(
) O processo de alienação na sociedade industrial afeta também a utilização do tempo livre
destinado ao lazer.
15(
) Cada indivíduo deve se comportar, como que espontaneamente, em conformidade com seu lazer,
previamente caracterizado por certos sinais, e escolher a categoria dos produtos que serão consumidos.
Este é o típico consumidor alienado, que compra até o lazer.
16(
) Sob o poder do monopólio, as empresas convencem a massa de sua necessidade de consumir,
mesmo que para isso fique alienado e devendo toda sua renda.
17(
) Os diferentes preços dos produtos, têm menos a ver com seu conteúdo do que com sua utilidade
para a classificação, organização e computação estatística dos consumidores, o lazer só é mais um
produto.
18(
) Qualquer novidade apresentada nos produtos não tem preocupação com a qualidade, a
exuberância da técnica, do trabalho e do equipamento, tem só fim manipular as mentes dos consumidores
alienados.
19(
) As empresas na atualidade se põem a disposição para ajudar os consumidores a comprarem os
produtos corretos para sua sobrevivência
20(
) O consumo alienado é uma qualidade das pessoas ricas, que procuram satisfazer seus desejos
ajudando os pobres.
-Sobre os meios de comunicação de massa:
22
21(
) A comunicação é uma forma de o ser humano expressar seus sentimentos.
22(
) A linguagem é uma arte da comunicação, porque sem a comunicação não existiria a linguagem.
23(
) A comunicação só acontece quando tem um emissor da mensagem e um receptor desta
mensagem.
24(
) Para o exercício da comunicação é necessária a existência de uma linguagem falada.
25(
) Na televisão são transmitidas informações que formam um processo de comunicação.
26(
) Os seres humanos elaboraram teoricamente um processo de comunicação com a criação do
computador.
27(
) Por natureza o homem necessita da linguagem para se comunicar com seus semelhantes.
28(
) Todos os seres humanos desenvolveram deferentes formas de comunicação para se relacionarem
entre si.
29(
) Nos meios de comunicação, a linguagem a ser passada é o ponto principal no processo
comunicativo.
30(
) Os políticos sempre usam a mesma forma de comunicação nas eleições, no caso a mentira.
Marque a alternativa correta das questões a seguir:
31- ―A Política é certa disposição acompanhada de uma regra cidadã, capaz de produzir; a falta de prestígio, ao
contrário, é uma disposição capaz de produzir, acompanhada de uma vontade democrática.‖ Esta definição foi
elaborada pelo Filósofo:
a- Heidegger;
b- Schopenhaeuer;
c- Aristóteles;
d- Nietzsche;
e- Nenhuma de das alternativas anteriores.
32- A política cidadã pode ser definida da seguinte maneira:
a- Pela forma pelo qual um ser vê o social do outro;
b- Pela necessidade do indivíduo em expressar sua vontade de escolha;
c- Na interpretação em que o indivíduo aprende e a partir disto busca transformar o meio onde vive;
d- No discurso em busca de uma união entre todos os indivíduos de uma sociedade;
e- Todas as alternativas anteriores estão erradas.
33- ―É um ramo da política que estuda as leis sociais, aplicadas à avaliação da conduta humana‖. Esta
definição se diz respeito a:
a- Filosofia social;
b- Filosofia política;
c- História da cidadania;
d- Filosofia do Direito;
e- Sociologia da cidadania.
34- O trabalho pode ser caracterizado como:
a- a atividade desenvolvida pelo ser humano, de maneira intelectual que resulta no consumo alienado;
b- o processo desenvolvido pelo ser humano, que tem o objetivo de produzir objetos que condicionam a
sobrevivência da espécie;
c- o processo que estabelece a relação alienada do produto e produtor;
d- a atividade humana, que torna os sentidos capazes de perceber a mudança, enquanto o pensamento fica
estático em relação a produção mecanizada;
e- a atividade desenvolvida pelo ser humano, seja ela física ou mental, da qual resultam bens e serviços.
35- O processo de alienação do trabalho teve início no século XIX com:
23
a- a implantação do sistema feudal e o regime de trabalho compulsório;
b- a expansão do comércio que melhorou as formas de trabalho;
c- o imperialismo da África e da Ásia que estipulou novas formas de trabalho;
d- a automatização e especialização do trabalho, próprio da lógica capitalista;
e- o socialismo que uniu o processo de profissionalização do trabalho.
-Responda as questões a seguir:
36- Pode-se afirmar que a política é um fenômeno social? E por que a política é uma forma de
interpretar a vida em sociedade? Explique essas duas questões. (valor: 0,5)
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37- Mostra a relação entre Política, Cidadania e Filosofia . (valor: 0,5)
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38- Porque a cidadania é um objeto de estudo da Filosofia Política? (valor: 0,5)
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39- Comente a afirmação de Marx: “ o trabalho não é a satisfação de uma necessidade, mas apenas um
meio para satisfazer outras necessidades” (Valor: 1,0)
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4-Segundo o ECA, o trabalho para menores de 14 anos é proibido, a não ser em que condições? O
trabalho noturno é permitido aos menores adolescentes? Explique. (Valor: 1,0)
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40- Explique o poder da TV sobre as pessoas e mostre também a diferença entre o consumidor sadio e o
consumidor alienado. E também mostre de que modo a propaganda influencia no consumo de produtos
supérfluos. (Valor: 1,0)
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