Aluno: Alessandra Cristina Oliveira
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Aluno: Alessandra Cristina Oliveira
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Programa de Pós-Graduação em Toxicologia Área de Concentração: Toxicologia Aluno: Carolina Dalaqua Sant’Ana Título: “Caracterização funcional e estrutural de uma nova serinoprotease do veneno de Bothrops jararacussu" Orientador: Porfa. Dra. Suely Vilela Data da Defesa: 05/08/2005 RESUMO Este trabalho teve como objetivo isolar uma proteína com atividade coagulante do veneno de Bothrops jararacussu caracterizando-a bioquímica, enzimática, imunoquímica e estruturalmente. O isolamento da serinoprotease, denominada BjussuSP-I, envolveu duas etapas cromatográficas, a saber uma exclusão molecular em resina G-75 e uma afinidade em Benzamidina Sepharose 6B, e uma etapa de ultrafiltração em sistema AMICON, conferindo um alto grau de pureza à BjussuSP-I, confirmado por SDS-PAGE, PAGE para proteínas ácidas e HPLC de fase reversa em coluna C18. Apresentou uma Mr ~ 55.000, 27% de carboidratos neutros totais e um pI ~ 3,8, confirmando ser uma glicoproteína de caráter ácido. Apresentou atividade coagulante sobre o plasma, formando um coágulo semi-rígido diferente da trombina que resulta na formação de um coágulo consistente. Sugerimos que esta trombinasímile não apresenta atividade sobre o fator XIII, responsável por estabilizar a rede de fibrina. A enzima apresentou-se estável para esta atividade quando avaliada em diferentes temperaturas (-70 a 100ºC) e pHs (2,5 a 10,0). Na presença de diferentes 2+ 2+ 2+ 2+ 2+ 2+ íons (Co , Mg , Fe , Ca , Mn e Zn ) e inibidores (PMSF, leupeptina, EGTA, EDTA, aprotinina, B-mercaptoetanol, 1,10- phenantrolina e heparina) sua atividade 2+ 2+ 2+ 2+ coagulante foi mantida, com exceção para os íons Fe , Ca , Mn e Zn e os inibidores 1,10-Phenantrolina, heparina, PMSF e leupeptina, provocando uma diminuição na sua atividade coagulante sobre o plasma. Foi observada a diminuição significativa das suas atividades enzimáticas quando incubada com inibidores específicos, como o PMSF e a leupeptina, confirmando sua classificação no grupo das serinoproteases. A atividade proteolítica da trombina-símile foi confirmada sobre os substratos artificiais como (i) BAPNA, S-2238 e S-2288 não apresentando atividade sobre a caseína, e os naturais como (i) a fibrina e o fibrinogênio, degradando apenas a cadeia Aα. A atividade esterásica da BjussuSP-I sobre o substrato artificial TAME foi confirmada. Apresentou atividade pró-coagulante e calicreína-simile, mas não apresentou atividade sobre plaquetas. A BjussuSP-I foi capaz de induzir a produção de anticorpos policlonais (antiBjussuSP-I), o qual apresentou imunorreatividade com outras espécies de venenos dos gêneros Bothrops, Crotalus, Calloselasma e com uma enzima LAAO isolada do veneno de B. moojeni. Os inibidores naturais, anti-BjussuSP-I e o extrato aquoso de partes aéreas de Bauhinia forficata (AEBf) foram capazes de inibir a atividade coagulante da enzima, sendo que apenas o AEBf foi capaz de inibir a atividade fibrinogenolítica da BjussuSP-I. Esta enzima apresentou atividade edematogênica moderada, quando comparada com a atividade causada pelo veneno bruto de B. jararacussu e não induziu efeito hemorrágico nem miotóxico in vivo, apresentando, portanto, características peculiares que a tornam uma proteína de grande interesse na área médico-científica, em casos de pacientes com distúrbios hemostáticos. Através da clonagem e seqüênciamento do cDNA da BjussuSP-I foi possível realizar um alinhamento múltiplo Atualizado em 07/2013. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Programa de Pós-Graduação em Toxicologia Área de Concentração: Toxicologia da estrutura primária desta enzima, confirmando a alta identidade com outras enzimas trombina-símiles. Portanto, a BjussuSP-I confirma ser uma nova trombina-símile isolada do veneno bruto de Bothrops jararacussu. Atualizado em 07/2013. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Programa de Pós-Graduação em Toxicologia Área de Concentração: Toxicologia Aluno: Maurício Homem de Mello Título: "N-acetilcisteína e dapsona: avaliação da toxicidade hematológica e Bioquímica em ratos Wistar" Orientador: Profa. Dra. Regina Helena Costa Queiroz Data da Defesa: 23/06/2005 RESUMO Homem de Mello, M. N-acetilcisteína e dapsona: avaliação da toxicidade hematológica e bioquímica em ratos Wistar. 2005, 120 f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Ciências farmacêuticas de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2005. A dapsona, fármaco de escolha no tratamento da hanseníase, induz hemotoxicidade que está diretamente relacionada à N-hidroxilação sofrida pelo fármaco, uma de suas principais vias de biotransformação, devido à formação de produtos reativos, as Nhidroxilaminas. Com o objetivo de se avaliar a influência da N-acetilcisteína na toxicidade hematológica e bioquímica da dapsona, foi administrado em ratos Wistar, por via intraperitoneal, 40 mg/kg de dapsona em monoterapia e associada à Nacetilcisteína na dose de 75 mg/kg, concomitantemente e previamente. Os resultados obtidos mostraram que a interação entre a N-acetilcisteína e a dapsona potenciava a hemotoxicidade induzida pela dapsona, principalmente pelo incremento da porcentagem de metemoglobinemia. Em relação aos outros parâmetros estudados: glutationa, bilirrubina, lactato desidrogenase, hemograma completo, contagem de reticulócitos, fragilidade osmótica e dosagem de haptoglobina, os resultados encontrados foram controversos e pouco conclusivos. Os dados observados no presente trabalho permitiram evidenciar que a associação da N-acetilcisteína potenciou a hemotoxicidade da dapsona, como comprovado pelas análises estatísticas de variância (ANOVA), através do teste de Tukey-Kramer, com nível de significância fixado em p<0,05. Palavras-chave: Dapsona, N-acetilcisteína, Metemoglobina, N-hidroxilamina Atualizado em 07/2013. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto Programa de Pós-Graduação em Toxicologia Área de Concentração: Toxicologia Aluno: Fernando José Malagueño de Santana Titulo: "Análise enantiosseletiva da mirtazapina em plasma: comparação de métodos de preparação das amostras" Orientador: Profa. Dra. Pierina Sueli Bonato Data da Defesa: 22/06/2005 RESUMO O crescente interesse na avaliação da estereosseletividade na farmacocinética e farmacodinâmica de fármacos quirais, visando estabelecer as vantagens na produção de fármacos estereoquimicamente puros, tem levado ao desenvolvimento de métodos de análises com baixos limites de quantificação, seletividade e reprodutibilidade compatíveis com sua utilização em estudos de disposição cinética. Nesse contexto, um método empregando a cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) foi desenvolvido para a análise enantiosseletiva da mirtazapina em plasma humano. A mirtazapina foi selecionada para esse estudo por ser um novo antidepressivo, com propriedades farmacocinéticas e farmacodinâmicas estereosseletivas e em razão da carência de metodologia adequada para a quantificação individual dos seus enantiômeros. O procedimento de preparação das amostras envolveu tanto a extração líquido-líquido (LLE) quanto uma nova técnica de microextração em fase líquida empregando fibra cilíndrica microporosa de polipropileno (LPME), ambas usando tolueno como solvente de extração, seguido de análise cromatográfica, com detecção por absorção no UV, em 292 nm. A separação cromatográfica das formas (+)-(S)- e (-)-(R)-mirtazapina foi obtida em uma coluna Chiralpak AD protegida por coluna de guarda CN, usando hexano: etanol (98:2, v/v) + 0,1% de dietilamina como fase móvel. A recuperação média dos enantiômeros da mirtazapina empregando a LLE (96%) foi superior à obtida com a LPME (29%); apesar disso, os limites de quantificação foram muito próximos, isto é, 5,0 ng mL-1 para a LLE e 6,25 ng mL-1 para a LPME. Nos estudos de precisão e exatidão, os coeficientes de variação e erros relativos foram inferiores a 15% para todas as amostras avaliadas, empregando ambas as técnicas. O método de microextração baseado na LPME provou ser mais econômico e menos poluente e tão rápido, sensível e reprodutível quanto a LLE. As duas técnicas de preparação de amostras provaram ser adequadas e compatíveis para sua aplicações em estudos de disposição cinética. Atualizado em 07/2013.