O coração como `bomba` Ciclo e Débito Cardíaco Efeitos do Exercício
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O coração como `bomba` Ciclo e Débito Cardíaco Efeitos do Exercício
O coração como ‘bomba’ Ciclo e Débito Cardíaco Efeitos do Exercício Lisete C. Michelini Relembrando conceitos da aula anterior… ECG Sendo o coração um sincício funcional, todos os miócitos (átrios e ventrículos) respondem ao estímulo gerado no nódulo SA, despolarizam-se e desencadeiam a contração (acoplamento excitação-contração) Como explicar o aumento da força de contração do miocárdio, observado por exemplo durante o exercício? Força de contração (Pressão Ventricular) Mecanismos de regulação da força de contração (inotropismo) do miocárdio: 1. Tamanho inicial do sarcômero Comprimento inicial fibra (Volume diastólico final ventrículo) Dentre de limites fisiológicos, quanto maior a distensão do sarcômero, maior sua força de contração (Lei de Frank-Starling) Mecanismos de regulação da força de contração (inotropismo) do miocárdio: 2. Disponibilidade de Ca++ [Ca++] Ca++ Força ATP Dentre de limites fisiológicos, quanto maior a disponibilidade de Ca++, maior a força de contração Mecanismos que regulam a disponibilidade de Ca++ intracelular Canais de Ca2+ operados por Voltagem Ca2+-ATPase do sarcolema Canais de Ca2+ operados por receptor Trocador Na+/Ca2+ (bidirecional), acoplado à Na+-K+ ATPase Canais de Rianodina Ligantes de Ca2+ (Calmodulina, Mosina de cadeia leve, troponina C) Ca2+-ATPase do retículo sarcoplasmático (SERCA) Transporte Ca2+ no mitocôndria (trocador Na+/Ca2+ , H+/Na+ Mecanismos de regulação da força de contração (inotropismo) do miocárdio: 3. Ativação simpática Dentre de limites fisiológicos, quanto maior a ativação simpática, maior a força de contração Ciclo cardíaco Efeitos do Exercício Ciclo Cardíaco = atividade sincrônica das câmaras cardíacas (contração) e válvulas atrioventriculares e semilunares (direcionamento do fluxo sanguíneo) Válvulas semilunares: aórtica e pulmonar Válvulas atrioventriculares: tricúspide e mitral Como são gerados Pressão e fluxo pelos ventrículos? Ciclo Cardíaco Contração atrial Bulhas ECG Fluxo sanguíneo Aórtico (l/min) O nodo SA despolariza-se, conduzindo a excitação para átrios (onda P) que se contraem, deslocando sangue para os ventrículos e completando seu enchimento (pequena elevação da P. atrial e P. ventricular) Pressão (mmHg) Na diástole do coração, átrios e ventrículos estão em repouso, as válvulas atrioventriculares encontram-se abertas e o sangue flui para átrios e ventrículos. P. aorta P. ventrículo P. átrio despolarização atrial Ciclo Cardíaco P. ventrículo P. átrio Despolarização ventricular Contração isovolumétrica ventricular Bulhas ECG Fluxo sanguíneo Aórtico (l/min) Quando a P dos ventrículos ultrapassa a dos átrios, fecham-se as válvulas atrioventriculares separando os ventrículos da circulação. Os ventrículos, isolados e cheios de sangue, contraem-se elevando abruptamente a P. ventricular Pressão (mmHg) A despolarização atinge o nodo AV, despolariza o Hiss-Purkinje e em sequencia os ventrículos (QRS) que se contraem elevando a P ventricular P. aorta 1ª bulha cardíaca Ciclo Cardíaco Nesta fase os ventrículos encontram-se despolarizados, desenvolvendo a contração P ventrículo Pressão (mmHg) Quando a pressão nos ventrículos supera a dos grandes vasos abertura válvulas semilunares e início da ejeção de sangue para aorta e artéria pulmonar: há aumento abrupto de fluxo com elevação da P. na aorta e artéria pulmonar (ventrículos encontram-se em continuidade com os grandes vasos). P aorta Válvula aórtica abre Ejeção ventricular rápida Bulhas ECG Fluxo sanguíneo Aórtico (l/min) P átrio aumento do fluxo aórtico Segmento S-T (platô despolarização ventricular) 1ª bulha cardíaca Ciclo Cardíaco Nesta fase ocorre a repolarização (onda T) que precede o relaxamento ventricular Pressão (mmHg) A ejeção prossegue mais lentamente, há redução do fluxo aórtico, e, com a saída de sangue dos ventrículos a P. ventricular fica ligeiramente menor que a da aorta (e artéria pulmonar) com tendência a fluxo retrógrado P ventrículo P aorta Ejeção ventricular lenta Bulhas ECG Fluxo sanguíneo Aórtico (l/min) P átrio diminuição do fluxo aórtico repolarização ventricular Nó dicrótico Com a tendência ao fluxo retrógrado p/ ventriculos fecham-se as válvulas semilunares e novamente ventrículos são câmaras separadas da circulação que se relaxam Inicia-se a diástole ventricular com queda abrupta da P. ventricular. Cessa o fluxo de sangue para os grandes vasos e a P. nos mesmos cai mais lentamente em função de suas resistências Pressão (mmHg) Ciclo Cardíaco P. aorta P. ventrículo sem fluxo aórtico Relaxamento Isovolumétrico ventricular Bulhas ECG Fluxo sanguíneo Aórtico (l/min) P. átrio 2ª bulha Quando a P dos ventrículos cai abaixo da P atrial, as válvulas atrioventriculares abrem-se iniciando o enchimento ventricular. Enchimento ventricular (rápido e lento) Bulhas ECG Fluxo sanguíneo Aórtico (l/min) A despolarização do nodo SA despolariza os átrios (onda P, seta), iniciando-se um novo ciclo cardíaco Pressão (mmHg) Ciclo Cardíaco P O ciclo cardíaco: sucessão de períodos/fases ao longo do tempo Sístole Ventricular: • contração isovolumétrica • ejeção rápida • ejeção lenta Diástole Ventricular: • relaxamento isovolumétrico • enchimento rápido • enchimento lento (diástase) • contração atrial O ciclo cardíaco: sucessão de períodos/fases ao longo do tempo e através relação Pressão-Volume aórtica fecha aórtica abre Volume sistólico (VS) mitral abre volume sistólico final volume diastólico final contração isovolumétrica Pressão (mmHg) relaxamento isovolumétrico ejeção ventricular mitral fecha Volume (ml) enchimento ventricular Sequência de eventos no VD/art. pulmonar é similar ao do VE/aorta, diferindo apenas nos valores de pressão VD VE pressão VE > VD volume sistólico VE = VD Débito Cardíaco VE = VD Pressão e Fluxo gerados pelos VE e VD nas grandes artérias são intermitentes Volume Sistólico (VS): Efeitos da pré- e póscarga e da contratilidade cardíaca Ino Ino P. Vent. Inotropismo ventricular pré-carga ( RV) VS pós-carga ( RP) VS Contratilidade VS Débito cardíaco Efeitos do Exercício Determinantes do DC: Fatores que afetam o VS e o DC DC = VS (mL) x FC (b/min) DC = mL/min ou L/min Distensibilidade pré-carga Débito Sistólico DC ou Volume Minuto Cardíaco: valores no repouso e exercício Repercussão Funcional de alterações da FC sobre o VS e DC Alteração do tonus vagal e simpático Frequencia Cardíaca (b/min) Alteração do Débito Sistólico (DS) e Débito Cardíaco (DC) durante aumentos excessivos da FC VS Fatores que alteram o VS e FC para ajustar o DC às necessidades momentâneas tônus venoso RV / PVC (pré-carga) FC volemia Mecanismo Frank-Starling distensibilidade contratilidade disponibilidade Ca++ (canais iônicos) DC VS alt. postura estr. sarcômero = Simpático / hormônios RP / PA (pós-carga) = Vago Como estes diferentes fatores contribuiriam para o ajuste do DC no exercício dinâmico e de força? RECUMBENTE ERETA + SIMPATICO Fatores que regulam o DC no exercício dinâmico tônus venoso RV / PVC (pré-carga) FC Mecanismo Frank-Starling DC VS contratilidade alt. postura volemia distensibilidade disponibilidade Ca++ (canais iônicos) estr. sarcômero RP / PA (pós-carga) = Simpático / hormônios = Vago Fatores que regulam o DC no exercício de força tônus venoso RV / PVC (pré-carga) FC Mecanismo Frank-Starling DC VS contratilidade alt. postura volemia distensibilidade disponibilidade Ca++ (canais iônicos) estr. sarcômero RP / PA (pós-carga) = Simpático / hormônios = Vago Efeitos do exercício dinâmico sobre o DC Exercício = FC x VS DC o menor ou maior da FC é determinado pelo condicionamento físico S T
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