Joséli: da garagem ao Império

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Joséli: da garagem ao Império
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Portugal Inovador
Nr. 56
Abril 2014
Joséli: da garagem
ao Império
Abril I 1
Portugal Inovador
2 I Abril
Portugal Inovador
Abril I 3
Portugal Inovador
Joséli:
Da garagem ao Império
Começaram “do zero, do nada, de baixo, mesmo do fundo” para vir a transformar uma
empresa de garagem num dos maiores impérios do calçado de Felgueiras. Há um ano a
morar nas novas instalações, a Joséli Calçados aponta o mercado externo e o trabalho de
equipa como razões do sucesso.
São jovens, são empreendedores e de há onze anos para cá,
detêm uma das maiores fábricas de
calçado da região que apresenta a
menor taxa de desemprego do país,
com uma tiragem de 40 mil pares de
sapatos por mês. A Joséli Calçados
Unipessoal, Lda nasce em 2003
pela mão, literalmente, e suor, dos
atuais patrões: Eliana Santos, 35
anos, e José Teixeira, de 37.
A garagem era antes o local de
trabalho. Hoje, um armazém de proporções gigantescas emprega 109
colaboradores. Em 2004, passaram
a incluir a valência de corte e costura, sendo que, dois anos depois,
contam já com a produção própria
do calçado. No mesmo ano é registada em toda a Europa a segunda
marca da empresa - Pretty Love -,
4 I Abril
dirigida ao pronto moda de senhora.
Esta empresa com sede em
Felgueiras aposta fortemente na exportação: França, Alemanha ,Rússia
,Estados Unidos , Bélgica etc são
alguns dos países que acolhem a
maioria, correspondente a 80% na
linha desportiva para homem. Os
outros 20% concentram a coleção
feminina.
A “família” Joséli
O sucesso é uma realidade. No
entanto, é sustentado por patrões
que antes foram empregados e, que
por terem estado nessa posição,
acabaram por criar um ambiente
familiar, apontando os colaboradores como um forte fator deste
crescimento no mercado. “Devo
muito aos meus empregados pela
amizade e pelo respeito”, refere
José Teixeira. “Considero que somos mesmo uma família dentro
desta empresa”, reforça. Já Eliana
responde por palavras floreadas:
“Andamos na fábrica todo o dia; os
nossos funcionários já fazem de
conta que não somos patrões. Se
estiverem a falar e nós passarmos
ao seu lado, eles continuam a fazer
o seu trabalho. Não há receio de ser
mal tratados, o trabalho está a ser
feito de igual forma ”.
“As pessoas são responsáveis
pelo seu trabalho e também querem que a empresa esteja estável.
Nas reuniões, temos por hábito
assegurar-lhes que o negócio não
funciona apenas com o intuito de
nós enriquecermos. Eu tenho um
salário igual ao deles, se calhar um
Portugal Inovador
pouco maior devido à minha responsabilidade, mas se a empresa
atravessar momentos difíceis, todos
nós somos afetados”, afirma Eliana.
Para ambos é maior a responsabilidade para com as famílias que ali
trabalham e que deles dependem –
desde pais, filhos, genros, sogros –,
do que a responsabilidade com os
próprios clientes. “São 109 funcionários dentro de portas, no total somos
210. Somos responsáveis por mais
de duzentas famílias na região de
Felgueiras. É uma responsabilidade
muito grande, mas prezamos por
manter um ambiente de trabalho
espetacular”.
“Devo muito aos meus empregados. Também devo muito a mim
próprio, ao meu trabalho, mas é o
conjunto de circunstâncias que nos
conduz ao sucesso”, garante José
Teixeira.
“A lei foi feita
para todos”
Entre 2010 e 2011, a empresa
foi alvo de uma fiscalização. As restantes indústrias haviam registado
uma quebra, ao revés da Joséli que
disparou em flecha. “Pensaram que
não fosse verdade”, diz Eliana. No
fim, após várias semanas com a
empresa debaixo de olho, os agentes renderam-se com os parabéns
e afastaram-se.
José Teixeira mostra o seu desagrado face à “caça” às empresas
que “podem pagar”, entendendo
que a lei não está a ser cumprida:
“Nós ficamos desanimados, porque
vimos do nada, vimos do zero, mesmo do fundo, trabalhamos noite e
dia; e agora qualquer problema é
direcionado apenas para quem tem
dinheiro para pagar. Acho que está
mal, a lei foi feita para todos”.
A sorte e o azar fazem parte do
jogo. Mas mais que isso, “há que
saber agarrá-los”, defende Eliana
Santos. O papel ausente do Estado é indicado por José Teixeira: “O
Estado devia dar apoio às empresas
que crescem. Muitas, como a minha,
começam numa garagem e não é
permitido ter este negócio nessas
condições”.
Competitividade:
“Portugal precisa
de Felgueiras”
Os patrões já foram empregados. Os patrões já tiveram patrões.
Em Felgueiras toda a gente se
conhece, principalmente entre o
mundo empresarial. Questionados
sobre como os mais antigos do setor
olham agora para eles, José e Eliana estão seguros que “a ‘ciumeira’
entre clientes já passou há muito
tempo”. Eliana conta: “O mercado
é vasto. Há clientes para tudo e
para todos. O nosso público-alvo
é diferente do das empresas em
nosso redor. É uma concorrência
saudável”.
O rosto feminino da empresa
realça a felicidade que tem em ouvir falar da sua região como a que
apresenta melhores índices de empregabilidade. “Fico muito contente
quando dizem que em Felgueiras há
muito trabalho. Não é só a nós que
favorece, é à própria economia de
Felgueiras e, consequentemente, de
Portugal”, responde.
O auge e o segredo
A Joséli é uma empresa que
trabalha com material próprio,
comprado a fornecedores, sendo a
mão de obra a única contratação.
O designer é exclusivo, o desenho
e a produção também. “Temos o
nosso espaço próprio de coleção”,
realça José Teixeira. A relação
com os fornecedores a nível de
parceria e entregas é espetacular”,
acrescenta.
Atingiram o auge, segundo
confirmação dos mesmos: “Tentar
responder às nossas marcas, aumentar a qualidade e crescer é o
que desejamos. Agora, queremos
manter a estabilidade e tentar expandir as nossas duas marcas”,
congratula-se o administrador,
assegurando que a saúde, a estabilidade e o bom financiamento se
refletem na empresa.
As entidades bancárias que ali
tentam investir interrogam-se sobre
a emergência de uma empresa de
tamanhas proporções, pelas mãos
destes jovens empreendedores.
Não foi herança, como muitos pensam. Não teve qualquer apoio do
Estado, como pensam outros. Foi
trabalho exclusivo de José Teixeira
e Eliana Santos. “Fomos nós que
começámos, não há aqui nenhum
projeto, nenhum papel do Estado.
Resultou tudo do trabalho, da equipa e do nosso suor”, esclarecem.
“Atingimos os nossos objetivos
tanto em questões de qualidade
como em quantidade. O nosso
segredo está aí. O mais importante é a qualidade e é assim que
conquistamos o mercado. Somos
competitivos nos preços, passamos
por feiras, trabalhamos com agentes. Temos de andar e de trabalhar
muito”, explicam.
Já a chegar ao fim, José Teixeira
confessa: “Para chegar aqui ultrapassámos muitos problemas na
vida. Passámos maus momentos
no decorrer deste projeto. Muitas
noites sem dormir por causa destes
obstáculos que se vão metendo
pelo caminho”. Nasceram numa
garagem. Hoje são donos de um
império. l
Abril I 5
Portugal Inovador
Editorial
40 anos de Abril
Falar de Abril é falar da luta de
homens e mulheres. Da ambição e
coragem daqueles, que sem medo
do isolamento e da escuridão, procuraram alternativas. Construíram
o presente e sonharam com um
futuro melhor.
Outros tantos continuam, contra
ventos e marés, a trabalhar em prol
de uma Democracia madura, mas
fragilizada pelas circunstâncias
globais. Todos os meses, a nossa
equipa tem dado voz a empresas
e empresários que o têm feito de
forma exemplar. Inovando e procuAbril é Liberdade. É opinião. rando soluções apreciadas aqui e
Festeja-se Abril há 40 anos.
além fronteiras.
A globalização e o desenvolvimento tecnológico impulsionaram
a liberdade de expressão. Nunca
como hoje se disse tanto (e por
vezes sobre tão pouco). Nos dias
que correm os desafios são outros.
Vivemos num tempo em que ditadura dos números asfixia e tolhe
os sonhos de toda uma geração.
Muitos, obrigados a abandonar
o seu país, procuram no exterior
alternativas a um futuro que os
seus antepassados imaginaram e
desejaram.
A poucas semanas da saída da
troika do nosso país, é tempo de
refletir os ideiais de Abril. É crucial
que os sacrifícios impostos a milhões de portugueses e portuguesas seja produtivo, para bem das
novas gerações.
A direção da Portugal Inovador
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6 I Abril
Portugal Inovador
Felgueiras,
concelho de fortes tradições
Município de excelência, com uma área de 116 km2 que engloba 32 freguesias, Felgueiras
é um local com fortes tradições, reconhecidas nacional e internacionalmente.
Situado na parte superior
do Vale do Sousa, Felgueiras
promete um enorme desenvolvimento de todas as potencialidades do concelho. A 42 km da
cidade do Porto e próximo do
rio Vizela, destaca-se pelo seu
território natural e paisagístico,
rodeado por montes e vales, e
alvo de investimento turístico.
O concelho integra quatro
centros urbanos: a cidade de
Felgueiras, a cidade da Lixa,
a vila de Barrosas e a vila da
Longra. Acolhendo cerca de
59 mil habitantes, é envolvida
por uma enorme valorização
histórica, cultural e patrimonial,
na qual sobressai o Mosteiro de
Pombeiro - monumento nacional
classificado que demonstra as
origens deste concelho. A Igreja de Airães, Igreja de Sousa,
Igreja de Unhão e a Igreja de
S.Mamede, em Vila Verde, simbolizam o desenvolvimento das
tradições religiosas e culturais
de Felgueiras.
Felgueiras é uma terra excepcional, marcada por cidadãos
trabalhadores que contribuem
para a produção de mais de
50% da exportação nacional de
calçado, a produção de 1/3 dos
melhores vinhos verdes, o tradicionalismo de diferentes pontos
de bordado da Lixa e o fabrico
manual de cavaquinhos, violas e
outros instrumentos de cordas.
A indústria do calçado manifesta o progresso de Felgueiras,
onde a maior parte da população
activa contribui para o desenvolvimento económico desta área,
produzindo cerca de 250 mil
pares de sapatos diariamente,
que se destinam à exportação.
Uma parte muito rica da tradição são os bordados, setor
que emprega 2/3 das bordadeiras nacionais e contribui com
exemplos legítimos de produtos
artesanais, como o ponto de
nó, ponto de cruz, o richelieu e
o crivo.
Quanto à gastronomia, o
vinho verde, o mel e o pão-de-ló de Margaride e Cavacas são
representativos desta região e
completam as tradições regionais com um sabor autêntico e
inesquecível.
Felgueiras é um dos concelhos mais jovens de Portugal e
da Europa, uma terra privilegiada
que aposta nos seus valores
humanos e económicos para
promover o desenvolvimento e o
reconhecimento internacional. l
Abril I 7
Portugal Inovador
Flores do Vale do Sousa
para o país
As flores do Grupo LIFLS são um ex-líbris em toda a região Norte, sobretudo no Vale do
Sousa. Com cerca de 12 mil m2 de área de produção, esta empresa prima pela qualidade
das flores e pelo profissionalismo dos seus colaboradores.
As flores continuam a ser
uma grande riqueza que Portugal tem. Oriundo de uma
família ligada ao ramo, José
Carlos Costa decidiu criar, em
2002, a LIFLS, uma empresa
de produção de flores, onde
a qualidade e a satisfação do
José Carlos Costa é
também o maior produtor
de melão casca de
carvalho do Vale Sousa,
vendendo-o para toda a
região.
cliente estão sempre em primeiro lugar. Frescura, beleza
e diversidade são as palavras
que melhor a definem. “Esta
empresa surgiu pelo gosto
que tenho por flores e, felizmente, até aos dias de hoje
8 I Abril
temos tido sucesso”. Com 12
anos de existência, a LIFLS é
a maior empresa na área de
produção de flores em toda a
região do Vale do Sousa. Um
dos fatores fundamentais que
contribuiu para que isto acontecesse foi “a dedicação e o
trabalho que todos temos. A
constante atualização e a busca pela tendência das flores é
muito importante nesta área.
Obriga-nos a um investimento
constante em tecnologias e em
variedades novas para acompanhar as tendências e as
necessidades dos clientes de
modo a mantê-los satisfeitos”,
acrescenta.
Com um espaço de produção de 12 mil m2, esta empresa produz essencialmente
rosas, tulipas, lílios, crisânte-
mos e gerberas. “As rosas são
a nossa principal produção,
de tal modo que temos cerca
de oito mil metros quadrados
dedicados às roseiras e os
restantes quatro mil metros
são ocupados com a rotatividade das restantes culturas”,
afirma José Carlos Costa. Com
seis colaboradores efetivos,
a LIFLS tem como principais
clientes os revendedores e
as floristas, mas “também temos clientes finais que muitas
vezes nos procuram, porque
sabem da qualidade do nosso
produto. O nosso trunfo é a
nossa produção”, assegura o
proprietário da empresa.
De referir que José Carlos Costa é também o maior
produtor de melão casca de
carvalho do Vale Sousa, ven-
Portugal Inovador
dendo-o para toda a região.
Situada em Felgueiras, cidade conhecida como a “terra
do calçado”, José Carlos Costa acredita que o facto de estar
numa região onde as pessoas
têm poder de compra e onde
há emprego é uma mais valia
para todo o tecido empresarial.
Para o futuro, “um dos grandes
projetos que temos é a exportação sendo nos próximos
tempos o essencial é manter
a qualidade e os clientes satisfeitos”, conclui.
“A dedicação e o trabalho
que todos temos. A constante
atualização e a busca pelas
tendências nas flores é muito
importante nesta área. Obriga-nos estar sempre a investir
em tecnologias e acompanhar
as necessidades dos clientes,
de modo a mantê-los satisfeitos”. l
Rua Sardoal 252 • 4610-585 Pinheiro-Felgueiras
Telefone: 255 923 251 • Telemóvel: 967 494 304
www.grupolifls.pt
MAIOR PRODUTOR DE FLORES DO VALE DO SOUSA
Produtores Flores • Comércio Flores • Flores de Corte
Abril I 9
Portugal Inovador
Três anos de inovação
e criatividade
O trabalho da Outros Pormenores, reconhecido por estas características, tem sido um
importante auxílio à boa divulgação das nossas indústrias do calçado e mobiliário, a nível
nacional e internacional.
A atividade desta empresa de
Felgueiras concentra-se no design
e na conceção de stands para feiras
e exposições. Pela sua localização,
é natural que o mercado para o qual
se dirigiu inicialmente fosse a indústria do calçado. “Começámos com
um número reduzido de clientes,
mas fomos crescendo dentro desse setor,” conta João Pedro Sousa
como fundador e sócio gerente
da empresa e José Raimundo,
engenheiro responsável. “Paralelamente, fomos estendendo o nosso
10 I Abril
trabalho a outras indústrias, sendo
que o melhor exemplo disso é o
mobiliário. Neste momento, o calçado e o mobiliário são os nossos
principais segmentos”.
Ainda que sejam duas indústrias
geograficamente conotadas com
duas áreas que lhe ficam próximas,
uma, justamente, com Felgueiras,
a outra com Paços de Ferreira, a
carteira da Outros Pormenores não
termina aí: “No setor do mobiliário
temos, por exemplo, parceiros que
vêm de Coimbra”. Relativamente ao
progresso da empresa em geral, é
resumido como “um crescimento
não propriamente exponencial,
mas consistente e devidamente
alicerçado”.
Com uma faturação anual próxima do milhão e meio de euros,
a atual conjuntura financeira no
plano nacional e europeu não se
apresenta como um fator de desmotivação. “Muitas vezes, quando
se fala na conjuntura, fica, de certa
forma, incutida nas pessoas a ideia
de que o melhor é baixar os braços
e ficar à espera do que venha a
acontecer”. O espírito demonstrado
aqui é o inverso: “Se existe essa
conjuntura, devemos é fazer tudo
para ultrapassá-la. É, precisamente, nos momentos difíceis que
devemos fazer algo para melhorar”.
A propósito, é dado um exemplo
que lhes é próximo: “Há empresas
no setor do mobiliário que nunca
tinham participado em feiras e que,
confrontadas com esse desafio,
começaram a fazê-lo”.
No âmbito deste crescimento,
verifica-se uma forte capacidade
de intervenção fora do espaço
nacional. Mais de 90% das feiras
em que a Outros Pormenores realiza trabalhos são no estrangeiro.
“Já estamos bem equipados para
fazer trabalhos fora”, refere, apontando ainda um bom resultado daí
decorrente: “Não é por acaso que
já somos procurados por empresas estrangeiras. Principalmente
em França, quem frequenta estes
eventos já sabe reconhecer um
stand da nossa autoria. Inclusive,
muitos clientes falam connosco a
propósito das vezes em que são
abordados para darem o nosso
contacto a interessados”.
Portugal Inovador
A relação
com o cliente
É justamente pela satisfação dos
respetivos parceiros que a Outros
Pormenores tem vindo a progredir.
“Somos referenciados como uma
empresa que merece credibilidade
e que tem clientes satisfeitos”. O
reconhecimento não se fica pela
palavra individual do cliente, uma
vez que já é uma empresa recomendada pela APICCAPS (Associação Portuguesa dos Industriais
de Calçado, Componentes, Artigos
de Pele e seus Sucedâneos) e pela
APIMA (Associação Portuguesa das
Indústrias de Mobiliário e Afins).
A justificar esse prestígio, o principal atributo é a diferença.“Tentamos
sempre ser diferentes de tudo e de
todos. Há uma procura constante
por alguma coisa que não exista ou
que, a existir, possa ser adaptada”,
sublinha. Até porque esta atividade,
em particular, requer uma permanente atualização, conforme nos é
explicado: “O normal num cliente é
que, no espaço de um ano, participe
em quatro a seis feiras. Naturalmente, se os seus espaços apresentarem sempre a mesma estrutura,
isso irá causar algum cansaço nas
pessoas”. Este é um desafio que
se contorna, muitas vezes, “com
pequenas mudanças num ou noutro
apontamento. O aspeto fica logo
diferente sem que seja necessária
uma grande alteração em termos de
estrutura. É algo que se consegue,
muitas vezes, jogando com trocas
de materiais, cores, etc.”.
Quanto aos procedimentos
através dos quais esta relação com
o cliente é desenvolvida, a Outros
Pormenores mostra-se versátil: “Há
situações em que o cliente nos diz
que vai participar numa determinada feira, tendo já um espaço adquirido, com determinadas dimensões
já definidas e, a partir daí, são-nos
dadas algumas diretrizes. Aí, nós
desenvolvemos o nosso projeto,
tentando que vá ao encontro dessas orientações, fazemos a sua
apresentação e poderemos alterá-lo
neste ou naquele aspeto até que
se chegue exatamente ao que é
pretendido por ele,” explica. Noutros
casos, é simplesmente o cliente que
“descreve, concretamente, o que
pretende e faz o pedido da respetiva
orçamentação do projeto”.
Além do talento para inovar no
domínio estritamente estético, o êxito dos três últimos anos assenta ainda num profissionalismo marcado
pelo “cuidado com a orçamentação,
com a qualidade e com o cumprimento dos prazos de entrega”. Para
este efeito, muito têm contribuído os
seus vinte colaboradores, descritos
como “fantásticos” e “parte de uma
verdadeira família”.
Por estarem reunidas as condições para que se sonhe mais alto,
os objetivos e expetativas para o
futuro próximo passam, essencialmente, por uma maior presença
noutros setores. “Não queremos
ficar apenas pelo calçado e pelo
mobiliário e estamos a preparar-nos
para o nosso crescimento num conjunto de outras indústrias, como, por
exemplo, o setor da alimentação”,
conclui. l
Abril I 11
Portugal Inovador
A marca que marca
pela diferença
A Valter Shoes e a Style and Trends uniram-se e deram origem à Angels & Demons. A marca
de calçado surgiu em 2013 e junta a irreverência do design ao conhecimento comercial.
Valter Cunha e Alex Santos são
os responsáveis pelo surgimento
da Angels & Demons, assim como
por todo o sucesso que esta marca tem alcançado. A empresa de
Valter Cunha, Valter Shoes, e a
empresa de Alex Santos, Style and
Trends, fizeram com que a Angels
& Demons chegasse a um patamar
de excelência: “A junção aconteceu naturalmente, visto que a
amizade que nos une vem desde o
tempo de escola. Era uma ambição
antiga a criação de uma marca, já
que ambos tínhamos experiência
no desenvolvimento de calçado
tanto para clientes, como na área
de design e na área comercial.
Considerámos por isso que estava
na hora de expandirmos as nossas
criações”, explica Valter Cunha.
12 I Abril
A experiência e a paixão pelo
que fazem têm-se revelado aliados
perfeitos na evolução de todo o
projeto. Valter Cunha aproveitou
o legado deixado pela sua família
no comércio de calçado, juntamente com o gosto que tem por este
setor da indústria. Alex Santos
conta com 15 anos de experiência
na área do design de calçado e
componentes.
A Angels & Demons cria sapatos de senhora e de homem com
um estilo jovem e apelativo. O
trabalho é feito, maioritariamente,
com peles elaboradas, cores fortes e acessórios que embelezam
o produto final. Também existe a
produção de sapatos mais simples
e acessíveis, que chegam a um
público-alvo mais alargado.
“As inspirações são captadas de
diversos lugares e situações, procuramos tudo à nossa volta. Tudo o
que é diferente e, ao mesmo tempo
sublime, atrai-nos”, é desta forma
que Alex Santos nos explica de
onde surgem determinadas ideias.
A comercialização dos produtos
está mais destinada para o estrangeiro, apesar do mercado interno
não estar esquecido, tendo algumas
propostas de trabalho. São vários
os países que querem o calçado da
Angels & Demons. Existe também
uma relação privilegiada com agentes, distribuidores e online stores.
Este projeto promete continuar
a marcar pela diferença: “Não consideramos que o nosso trabalho
esteja terminado após a comercialização do nosso projeto ou de uma
coleção. Temos que procurá-lo nas
lojas, vê-lo exposto, questionar as
vendas, investigar os pontos de
melhoria. Só assim iremos alcançar
o sucesso ambicionado”.
Em relação ao futuro, os nossos
entrevistados garantem ser essencial continuar a ter excelentes linhas
para que os clientes, representantes e agentes, continuem a apostar
na marca, chamando a atenção
também de novos parceiros. “Nunca esquecendo todo o suporte de
várias fábricas que nos ajudam
neste crescimento. Continuaremos
a apostar forte na parte comercial,
marketing e vendas online”. l
Portugal Inovador
A sua imagem de marca
A empresa RogerFardas dedica-se ao fabrico, revenda e venda ao público de vestuário de
trabalho. É em Felgueiras que começa todo o processo, apostando na variedade e inovação
para servir o cliente da melhor forma.
Mónica Teixeira, gerente da
RogerFardas, aproveitou o conhecimento e a experiência do seu pai,
Rogério Teixeira, como vendedor
ambulante de vestuário, para abrir
uma loja neste ramo. A vontade de
trabalhar e a paixão que foi descobrindo pelo vestuário fez com que
fosse a combinação perfeita para
a continuidade do legado iniciado
pelo seu pai. “O meu pai é um
apoio para mim. Ajuda-me muito
neste projeto. Aliado a isso, está a
minha paixão por aquilo que faço,
considero extremamente aliciante
e é com muito orgulho que vejo
as fardas que aqui foram criadas,
serem usadas pelas pessoas”,
salienta Mónica Teixeira. Para a
nossa entrevistada, existe também
a necessidade de ser multifacetada: “Faço a parte das vendas, os
cortes nos tecidos, os moldes e as
entregas”, refere.
No início da atividade, em 2006, a
empresa estava localizada em Barrosas, mas posteriormente surgiu a necessidade de mudar de local de trabalho, estando até aos dias de hoje
instalada no centro de Felgueiras. O
impacto na região tem sido positivo,
toda a gente conhece a RogerFardas
e está presente em variados setores
da atividade. Vendem para hotelaria,
escolas, infantários, área da saúde,
indústria, restauração, entre outros.
Em relação às escolas e infantários,
existe um cuidado especial por parte
da RogerFardas, confecionando tecidos higienizados, anti bactérias. “Eu
gosto de tudo aquilo que faço aqui,
mas as fardas ligadas à cozinha, à
estética e as batas de criança, são
as que me dão um gozo especial”,
confessa a gerente.
Os clientes podem personalizar
o logotipo da instituição, através de
bordados e estampados, e podem
ter a farda que idealizam. A empresa conta com quatro funcionárias e
possui um atelier de costura: “Temos
uma excelente equipa de trabalho e
o atelier de costura é uma grande
vantagem, consigo ter um controlo
maior sobre os produtos e ajuda a
potenciar todo o negócio”, afirma
Mónica Teixeira.
De Felgueiras saem fardas para
todo o país. A RogerFardas tem clientes em Cascais, Montijo, Açores, Madeira, Porto, entre outros. Também
vende para o estrangeiro - Suíça,
França e Angola. Na Suíça, está mais
focalizada para o fornecimento de
fardas para hotelaria e em França
para serviços de limpeza.
No futuro, “continuar a crescer,
proporcionar bons preços aos nossos clientes, continuar a ter uma
grande variedade de modelos e
uma inovação constante”, são os
desejos de Mónica Teixeira. l
Abril I 13
Portugal Inovador
A construir inovação
A J. Costa Máquinas está, desde 1991, a comercializar e reparar máquinas industriais e
respetivos equipamentos. As suas instalações estão presentes na freguesia de Macieira da
Lixa, em Felgueiras, e faz da máquina processadora de lenha, a sua joia da coroa.
A evolução da indústria é algo
essencial na economia de um
país. A J. Costa Máquinas, dá um
contributo bastante importante
neste sentido, ao disponibilizar
uma série de máquinas e equipamentos para a indústria, com
o contributo da New Holland e
da Wacker Neuson, seus principais concessionários. Camiões,
empilhadores, escavadoras, carregadoras, tratores agrícolas,
são alguns dos exemplos de
máquinas que esta empresa tem
para comercializar e que pode
reparar. Mas a grande criação
da empresa, é uma máquina
vocacionada para rachar lenha,
a Processadora de Lenha. Esta
máquina tem o cunho pessoal
do gerente, Joaquim Costa, que
a criou de raiz, desde o desenho
ao produto final: “Sonhei sempre
fazer uma máquina minha, toda
ela pensada e inventada por mim.
Algo que não existisse em Portugal”, exprime Joaquim Costa.
14 I Abril
Aqui fornecem-se também
peças e componentes, indispensáveis para o bom funcionamento de todas as máquinas.
“Apostámos na diversificação
da empresa de forma a garantir
a sua manutenção e continuidade no mercado”, refere o
gerente.
A empresa conquistou uma
posição de destaque a nível
nacional, tendo clientes espalhados de Norte a Sul do país
e começa a dar os primeiros
passos a nível internacional:
“Os nossos principais clientes
estão ligados à construção de
obras públicas. Temos parceiros
de negócios um pouco por todo
o país, mas vamos começar
a nossa comercialização em
África, nomeadamente Angola e
Moçambique”, explica o nosso
entrevistado.
A equipa de trabalho é constituída por dez funcionários,
todos com formação. Alguns
destes trabalhadores, estão encarregues de prestar assistência “ao domicílio”, otimizando
todo o processo e melhorando
a satisfação do cliente.
Para que o cliente esteja
familiarizado com as novidades da J. Costa Máquinas, são
organizadas demonstrações
diárias das máquinas a serem
comercializadas: “Fazemos
demonstrações aos clientes,
mostrando todos os detalhes
e funcionalidades do equipamento. Como é algo inovador,
a primeira abordagem é sempre
mais complicada. Queremos
que os clientes estejam devidamente informados”, salienta
Joaquim Costa.
As perspetivas de futuro
passam por “conseguir exportar
para ainda mais países. O Brasil
e alguns países nórdicos são
a nossa prioridade. Queremos
continuar a alargar horizontes”,
conclui o gerente. l
Portugal Inovador
Peles de sucesso
A F. Henrique Peles dedica-se à comercialização de peles para calçado. Felgueiras é o seu
ponto de maior referência e a boa relação com fornecedores e clientes, a chave do sucesso.
A boa fase que atravessa a
indústria do calçado deve-se às
empresas que contribuem para o
seu desenvolvimento. A F. Henrique Peles tem sido um dos pilares
deste setor, comercializando peles
de excelência com padrões de
qualidade que roçam a perfeição.
Henrique Brochado, gerente da
empresa, é um dos rostos mais
conhecidos em Felgueiras e tem
dado um contributo bastante importante na evolução desta indústria
no nosso país. “O calçado tem
estado numa fase muito boa. O
volume de vendas tem vindo a
aumentar e, consequentemente,
aumenta o nosso stock. Tenho a
noção que a minha empresa tem
sido essencial para a promoção
da indústria do calçado”, afirma
Henrique Brochado.
“Comecei como empregado
de armazém com 11 anos. Posteriormente, passei para vendedor.
Depois estabeleci-me por conta
própria há 24 anos. Fui crescendo
e hoje tenho um dos principais
armazéns de Felgueiras. Procuro
estar atualizado e para tal, frequentemente, visito feiras do setor para
tirar ideias e para potenciar negócios com possíveis fornecedores”,
é desta forma que o nosso entrevistado nos demonstra a evolução
que tem evidenciado neste ramo de
atividade, bem como a experiência
que tem neste negócio.
A F. Henrique Peles tem inovado constantemente e, para além
do atual armazém, tem também
outro que oferece ainda melhores
condições de trabalho e capacidade de armazenamento. A grande
variedade de peles e as diferentes
cores que disponibilizam aos seus
clientes colocam a F. Henrique
Peles num patamar superior em relação à concorrência. As peles que
fornecem, embelezam o calçado
de homens e mulheres e nas suas
instalações têm artigos para todos
os gostos, uns em stock e outros
por encomenda.
Os seis funcionários da empresa dão um contributo essencial a
todo o processo de comercialização. “Tenho os melhores funcionários. São como amigos para mim. O
meu braço direito é um comercial,
o Flávio Gonçalo, que ajuda a
empresa a evoluir e a minha filha
também tem um papel bastante
importante embora ainda esteja a
dar os primeiros passos, salienta o
nosso entrevistado.
Os principais fornecedores
estão em Alcanena e em Itália.
Também chegam aqui alguns artigos da Índia que vão começar a
ser comercializados. Em relação
aos clientes, Felgueiras está no
top de preferências da F. Henrique
Peles, fazendo muitas vendas para
empresas da região. Em São João
da Madeira também reside algum
do fluxo de vendas. Para Henrique
Brochado a chave do sucesso vai
continuar a ser “os fornecedores
e clientes de elite que a empresa
procura manter”. l
Abril I 15
Portugal Inovador
O sabor que familiariza
e inova
Na rua Rebelo de Carvalho, em Margaride, situa-se um espaço que se faz de uma família para
outras famílias. Uma casa que chega a outras casas e acalenta o paladar dos portugueses.
Foi no concelho com menos desemprego do país, em Felgueiras, que surgiu a Pastelaria
D. Laura.
Quando a técnica se alia à criatividade algo de original aparece.
Eurico Araújo, de tenra idade decidiu
abarcar com responsabilidade o negócio dos pais: a Pastelaria D. Laura,
aberta em 1999 e que conta, atualmente, com um total de três espaços.
O seu rumo na área da informática,
tão apreciado por ele, foi posto de
parte. Mas de olhos colocados no
futuro arriscou na inovação da casa
que o viu amadurecer. A qualidade
concilia-se aqui com a novidade,
não esquecendo o conforto e o
equipamento das suas instalações.
Seriedade, competência e qualidade
é o que esta casa procura oferecer
aos seus clientes.
As delícias que
satisfazem o paladar
O paladar que se aninha nos sabores da sua pastelaria e padaria são
variados: o bolo-rei; a rabanada assada, na época específica; a cavaca
- tradicional de Felgueiras - acolhida
pelos portugueses ao longo de todo
o ano; os bolos temáticos; o pão de
ló tipo Margaride e o pão de ló, tipo
bolinhol; a broa de milho, que tão bom
feedback tem recebido. “Na época
de Natal, as rabanadas e o bolo Rei
são muito procurados. Durante todo
o ano, os croissants ‘tipo brioche’ são
uma das especialidades mais pedidas”, afirma o nosso entrevistado.
16 I Abril
No último Natal de dezembro
produziram cerca de 2000 rabanadas, sendo que cerca de 90%
dessas foram assadas. “As pessoas
no Natal não compram muitas rabanadas por causa do colesterol, por
isso inventámos uma nova maneira
de fazer rabanada. Sem fugir à parte
doce, cortamos na gordura”, explica
o jovem empresário. Os pasteleiros, que procuram constantemente
novas formas de inovar, “vão agora
tirar uma formação para os bolos em
3D, designados bolos temáticos”,
realça.
É ao fim de semana que as pessoas mais absorvem os cheiros e
sabores desta casa. A família junta-se
para petiscar e o calor humano aquece
o espaço envolvente. A equipa da Pastelaria D. Laura aposta na variedade,
estando sempre atenta ao feedback
que recebe de todos os seus clientes.
Devido à conjuntura económica,
verificou-se alguma contenção nos
gastos, mas a aposta em novos produtos contesta a crise: “Tentamos inovar e
surpreender os nossos clientes, oferecendo aquilo que mais lhes agrada”,
conclui Eurico Araújo. l
Portugal Inovador
Jardins com soluções diferentes
Armindo Pereira planta projetos à medida dos sonhos dos seus clientes. Foi em Felgueiras
que encontrámos a ArtJardins, uma montra da natureza acessível a todos.
Amante da natureza e conhecedor da arte de jardinagem, Armindo
Pereira foi encarregado geral de
uma empresa durante largos anos.
Em 2009, o nosso entrevistado decidiu arriscar e criar o seu próprio
negócio. Assim nasce a ArtJardins.
Foi em Felgueiras que, após
a análise do mercado, Armindo
Pereira decidiu implementar o seu
negócio. “Considerei ser um bom
local para abrir uma empresa deste ramo. Esta região sempre me
fascinou e acolheu muito bem”,
conta-nos.
A dedicação e o trabalho em
torno deste projeto têm permi­tido
à ArtJardins arrecadar o reconhecimento e a confiança dos seus
clientes, assim como a qualidade
e a oferta constante de novidades:
“Andamos sempre à procura de
novos produtos para expor, de
modo a surpreender os nossos
visitantes. Somos reconhecidos
por isso e, creio, essa é uma das
razões que tem permitido a nossa
evolução”. Falamos de uma área
de dez mil metros com uma enorme
variedade de plantas (de interior e
de exterior) para todos os gostos –
desde o simples vaso decorativo,
até às plantas e árvores de jardim
de maiores dimensões.
Com uma área de atuação que
se estende do Norte do país até
ao Porto, Armindo Pereira acabou
por, estrategicamente, restringir-se
à elaboração de obras públicas
e de particulares, de pequenas a
médias dimensões. “Não queremos
fazer grandes projetos que exijam
subempreitada, é um risco elevado
que não queremos correr. A minha
opção passa por gerir uma empresa
pequena e organizada, direcionada
para obras de pequena dimensão
(públicas ou privadas)”, explica
o administrador. “Na maioria dos
casos os nossos clientes vêm cá
solicitar-nos o serviço. Visitam-nos
e vêm aquilo que pretendem em
termos de qualidade/preço e nós
rapidamente orçamentamos o projeto”, esclarece.
Trabalhando para particulares
ou pequenas obras públicas solicitadas pelas Câmaras Municipais e
Juntas de Freguesias, a ArtJardins
tem capacidade para garantir a
manutenção desses espaços. “As
plantas são extremamente sensíveis e, no caso das obras públicas,
devemos ter em conta as especificidades de cada espécie e o meio
onde vão ser inseridas. Não por
raras vezes as entidades têm que
alterar o tipo de plantas de determinado projeto, porque estas não
se ajustam ao meio. Compete-nos
alertar e informar. Por exemplo,
aqui no Norte as plantas que mais
se adaptam são as camélias. Uma
das minhas obras mais recentes
ocorreu numa rua de Fafe onde
plantámos 25 camélias”, revela.
Futuro Planeado
“Quero oferecer o máximo de
qualidade, mas de forma sustentável. O balanço destes cinco anos é
bastante positivo, apesar de exigir
um trabalho constante”, garante o
administrador que opta por manter o espaço aberto 363 dias por
ano, fechando apenas no dia de
Páscoa e de Natal. “Desta forma,
as pessoas acabam sempre por
visitar-nos. Por exemplo, se forem
jantar a casa de familiares e amigos podem passam por aqui para
comprar um presente original que
agrada a todos”. l
Abril I 17
Portugal Inovador
Múltiplas instalações elétricas
Com as suas infraestruturas localizadas em Varziela, freguesia do concelho de Felgueiras,
a EDF – Esfera de Fios direciona a sua atividade para a instalação de sistemas elétricos
em vários setores.
Durante a conversa, António
Sampaio, responsável pela empresa, que conta com um largo
know how no ramo, alienando
um curso de instalador fotovoltaico, começou por contextualizar
a sua empresa que labora há
5 anos, definindo-a como um
“desafio”, embora implique um
árduo esforço: “A Esfera de Fios
nasceu em 2009. Foi uma aposta
pessoal de forma a garantir um
futuro promissor, encarando
sempre como um desafio.”
O nome atribuído à empresa
antes da sua inauguração foi
pensado ponderadamente, com
vista a criar curiosidade a quem
o lesse pela primeira vez e que
fosse rapidamente associado
18 I Abril
à área da eletricidade: “Tentei
escolher um nome apelativo e
que levasse à curiosidade das
pessoas. Foi o único nome que
consegui relacionar com os termos específicos da área em que
trabalhámos.”
Contando com quatro funcionários nos seus quadros, António António Sampaio enumerou
todos os tipos de serviços que a
EDF – Esfera de Fios está capacitada a realizar: “Realizámos
trabalhos na área da energia,
telecomunicações, segurança,
a própria manutenção industrial
e, inclusive, condominios. Entre
outros, fazemos instalações elétricas, automatismos de portões,
montagem e reparação de bom-
bas de água, instalações ITED
e ITUR, ligações de fibra ótica,
alarmes de CO2, de incêndio,
de gás e até sistemas de video
vigilância.”
Primando pelo rigor e profissionalismo, a EDF – Esfera de
Fios tenta aplicar no seu trabalho “uma rapidez de processos
através de um dinamismo muito
grande”, prestando uma assistência “atenciosa e cuidada”.
Para António Sampaio, são valências necessárias “para atingir
uma boa qualidade de serviço”.
A rápida fidelização dos seus
clientes só é possível com o uso
de bons materiais, de marcas
como a Bosch, Siemens ou
Legrand. A sua abrangência de
mercado alterou-se nos últimos
tempos: “Trabalhámos aqui na
região, mas já realizámos algumas sub-empreitadas em Portalegre e Lisboa, para grupos como
o Jerónimo Martins e a SONAE
e a própria Makro em Alfragide.”
António Sampaio crê num
panorama positivo, tendo em
vista uma futura instalação de
sistemas de ar condicionado: “É
evidente que a procura estabilizou de uma forma acentuada,
mas acreditámos num bom
ano para nós. Contudo, vamos
pensar o nosso futuro de forma
consciente e realista sem nunca
perder a vontade de crescer”,
afiançou. l
Portugal Inovador
Unir a tradição à inovação
A HEARTS é uma marca de bordados artesanais, elaborados pelas mãos mais cuidadosas e
experientes da região do Vale do Sousa. A aposta na internacionalização é a escolha atual,
sempre com a finalidade de divulgar esta arte intemporal além-fronteiras.
Patrícia Costa e Tiago Vieira criaram
a HEARTS e estão a reinventar uma
tradição e a difundir a diversidade de
aplicações do bordado. Descendentes
de bordadeiras, deram início a este projecto através da internet em 2008. Com
27 anos e licenciada em Educação de
Infância, Patrícia Costa decidiu apostar
neste projeto inovador, juntamente com
Tiago Vieira, de 30 anos, sócio-fundador
que exerce Medicina.
“O bordado faz parte da mais autêntica cultura portuguesa e, a dada altura,
percebemos que poderia também ser
uma boa ideia de negócio. Pensamos
na maneira mais simples de o publicitar
e escolhemos a internet, através das redes sociais e do nosso blog”, esclarece
Tiago Vieira. Esta firma inovadora, mas
com base na tradição, conta com cinco
artistas que elaboram minuciosamente
as peças artesanais da HEARTS.
Tradição
O Bordado da Terra de Sousa
aplica uma enorme variedade de pontos de bordar, executados com ilustre
qualidade e técnica. “O essencial é
não perder a fidelidade à tradição e
ter a liberdade para inovar e elaborar
produtos modernos de elegância única”,
explica Patrícia Costa.
Nas peças criadas na HEARTS
são utilizados todos esses pontos. A
ideia é divulgar em Portugal e internacionalmente a riqueza e versatilidade do
Bordado da Terra de Sousa.
“Com este projeto, procuramos criar
não apenas um negócio, mas também
contribuir para a perpetuação desta arte
ao longo dos tempos. Por outro lado, a
vida da empresa depende também da
continuidade da tradição”, conta Tiago
Vieira.
Valor da Terra
A valorização das tradições da
região do Vale de Sousa, nomeadamente da Lixa e de Felgueiras, é um
ponto fulcral deste projeto: “Benefi-
ciamos do conhecimento das nossas
famílias e das gentes da nossa terra.
Queremos que se reconheçam no nosso trabalho”, elucida Patrícia Costa.
Aliando a tradição a preocupações
ecológicas, os nossos entrevistados trabalham exclusivamente com produtos
naturais (linho, algodão e seda) que garantem o respeito pelo meio ambiente.
Sem Fronteiras
Para além dos clientes particulares,
a HEARTS é parceira de empresas e
estilistas a nível nacional e internacional.
Os nossos entrevistados concorreram com o apoio do BICMINHO, em
2013, a um programa de internacionalização do QREN. Duas novas marcas
estão a ser desenvolvidas, uma de
têxteis lar no segmento de luxo, com
bordado fino, e a outra de acessórios
de moda para senhora, com design
desenvolvido pela empresa.
Nos próximos meses, a HEARTS
participará em feiras em Nova Iorque,
Japão, Singapura, Suíça, Dubai e Inglaterra. Em simultâneo, a empresa criará
dois novos websites de forma a permitir
a interacção digital dos seus clientes
com os produtos das suas marcas.
Com o desenvolvimento deste
projeto, os fundadores contam com a
possibilidade de expansão, tanto do
espaço de trabalho como do número de
colaboradoras. Os bordados manuais
são de produção muito demorada e
a HEARTS pretende contratar novas
bordadeiras.
Responsabilidade Social
A responsabilidade social da empresa reflete-se no facto de estarem a
desenvolver uma arte local, que visa o
desenvolvimento sustentável de toda
a região. A HEARTS tem também a
intenção de dotar as suas marcas com
um cariz solidário, fazendo reverter uma
percentagem do lucro das vendas para
instituições de solidariedade. “Consideramos que é responsabilidade de
todos contribuir para a construção de
uma sociedade melhor, a nível local e
global”, concluiu Patrícia Costa. l
Telf.: 255 405 053
Telm: 916 751 488
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Edificio El Rei D. João - Fracção P
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4615 - 655 Lixa
Abril I 19
Portugal Inovador
Rapidez, qualidade e eficácia
A Felraposo, empresa de transporte de mercadorias localizada em Felgueiras, serve, há
duas décadas, os seus parceiros de negócio, cumprindo com rigor prazos e normas.
Manuel Pires, gerente desta
transportadora, conta que iniciou
o seu percurso nesta atividade em
1988, trabalhando com um alvará
detido pelo pai. Mais tarde, em 1993,
fundou a Felraposo. “A minha família
tinha a alcunha de Raposo e foi daí
que veio esta designação, com a qual
comecei a trabalhar a partir dessa altura”, recorda. Neste momento, mais
de vinte anos desde a fundação, o
filho, Renato Pires, está também no
comando dos destinos da empresa.
A história da Felraposo tem sido
20 I Abril
marcada pela solidez, embora não
tenha passado imune à crise vivida no
contexto em redor. “Houve muitas empresas cujos negócios falharam e tivemos problemas daí derivados, mas
a situação parece estar a melhorar”.
Sinais disso são a frota de 15 veículos
e a expectativa de acrescentar ao seu
espaço um pavilhão de logística, na
Zona Industrial de Cabeça da Porca.
A gama de serviços inclui o transporte e a distribuição de mercadorias,
mudanças e empacotamento, sempre
com métodos recentes, assegurados
por uma equipa especializada. O
âmbito de intervenção é internacional, abrangendo praticamente toda a
Europa Central e Ocidental. Contudo,
“o forte da Felraposo, atualmente, é a
Península Ibérica”.
Geograficamente inserida numa
área célebre pelo seu papel na indústria nacional, com vários parceiros
aí presentes, a empresa de Manuel
Pires assiste de perto à vida empresarial de Felgueiras. Considera que, “a
indústria local está a funcionar bem.
Há uns anos sofreu um forte abalo,
mas as empresas locais conseguiram
renovar as máquinas, aperfeiçoar a
qualidade e introduzir mudanças em
termos de design”.
Aproveitando também para se
manifestar relativamente ao estado
do setor, aponta “a necessidade de
que haja melhores condições tanto
no que respeita aos preços dos combustíveis como às portagens”, sendo
este um âmbito em que “as empresas
de maior dimensão tendem a ser
beneficiadas”. l
Portugal Inovador
Uma escola dedicada
ao próximo
A escola de condução Valverde apresenta-se como a mais importante de Felgueiras, em
número de inscritos. O êxito assenta na disponibilidade total perante o aluno.
O início da atividade remonta a 2002. O gerente, Joaquim
Ferraz da Silva, já trabalhara
como colaborador de outra escola antes de ter tomado esta
iniciativa, conjuntamente com
outro sócio. A Valverde conta
ainda com seis colaboradores,
estando entre estes duas filhas
do gerente que se dedicam à
função de instrutoras de condução.
“Entre as oito escolas a funcionar na zona de Felgueiras,
a nossa é a principal, tendo em
média mais de 300 inscrições
por ano,” refere Joaquim Ferraz da Silva. O segredo para
a posição que, ao longo de 12
anos, foi conquistada face à
concorrência local é justificado
da seguinte forma: “Eu vivo para
a escola de condução. Mais
do que uma escola, considero
este espaço uma casa de Deus,
onde todos somos unidos e
pensamos primeiramente em
ajudar o próximo. Esse próximo
é que faz com que a escola vá
progredindo, uma vez que um
amigo traz outro amigo, um pai
traz um filho, etc. Ao fazer o
bem, a escola acaba por estar
sempre bem”. A inspiração para
a atitude descrita nas palavras
do gerente é imediatamente
visível para quem entra nas instalações, onde, um pouco por
toda a parte, podemos ver imagens referentes à fé católica.
A entrega ao próximo, neste
caso entendido como o aluno,
manifesta-se concretamente
numa intensa disponibilidade
quer em termos materiais, quer
em termos de tempo. “Abdico
de certas regalias pessoais para
que não falte nada na escola,”
garante. De facto, a Valverde
oferece aos inscritos ótimas
condições tanto ao nível dos
veículos como do material de estudo. “Facultamos o livro e material informático para que eles
estejam bem preparados para a
altura do exame”. Relativamente
ao horário, o apoio ao aluno é
feito “a tempo inteiro. Estamos
presentes de manhã, de tarde e
de noite, inclusive também muitas vezes aos domingos”.
Continuando a fazer referência tanto ao sucesso da escola
como à qualidade do trabalho
que desenvolve, há ainda que
sublinhar que, além das inscrições locais, há também “uma
grande quantidade de alunos
vindos de Guimarães, Fafe,
Vizela, Lousada ou Celorico
de Basto”, cujo transporte até
à escola é assegurado pela
própria. Em acréscimo, recebem igualmente “telefonemas
de emigrantes na França, na
Alemanha ou na Suíça que
preferem tirar a carta através
da Valverde”. l
Abril I 21
Portugal Inovador
Santo António dos Cavaleiros
“Verdadeira cidade jardim às portas de
Lisboa com relva, árvores e flores”
Era assim que começava
o slogan da estratégia promocional da ICESA, empresa
que levou a cabo a construção do primeiro bairro entre
1965 e 1969, ano em que foi
inaugurado. E continuava o
slogan: “Onde os seus filhos
podem brincar. Onde podem
passear, respirar, descansar”. A equipa técnica era
constituída pelos arquitectos
Reaes Pinto, Ressano Garcia e Gonçalo Ribeiro Telles,
engenheiro Pereira Gomes e
o topógrafo Oliveira Barroso.
O novo bairro foi inaugurado
a 24 de Julho de 1969.
Durante a década de 70,
em consequência da habitação barata e do acesso rodoviário a Lisboa, convergiram
para Stº António dos Cavaleiros imigrantes de diferentes
zonas do País e do Mundo.
No período pós 25 de Abril
de 74, em consequência da
descolonização, este afluxo
intensificou-se contribuindo
para que se revele uma localidade de fortes características
multiculturais. Em 1989, pelo
desmembramento da Freguesia de Loures, ascendeu
a Freguesia e em Agosto de
1991 foi elevada a Vila. Ac22 I Abril
tualmente serve cerca de 35
mil habitantes. Com a recente
reorganização do mapa de
Freguesias, passou a englobar também Frielas (União de
Freguesias de Santo António
dos Cavaleiros e Frielas).
Eis, em traços largos, a
História desta Terra. E digo
Terra porque Stº António, apesar de constituir um espaço de
confluência de culturas muito
diversas, de emigrações e,
erradamente, ser confundida
com “um dormitório”, é uma
Vila onde as pessoas habitam, interagem, socializam.
Se o bairro original da
década de 70 se destinava a
jovens casais, portugueses,
de classe média baixa, no
decurso destes mais de 40
anos todo o tecido urbano e
respectivas populações se
foram alterando.
Stº António é hoje “berço”
de várias gerações de afro-descendentes (originalmente oriundos da ex-colónias
portuguesas e não só), de
asiático-descendentes (Índia, Paquistão, China, entre
outros), de descendentes da
Europa de Leste. Caracteriza-se por acolher desde sectores da população portuguesa
e estrangeira oriundos da
classe média baixa até à
classe média alta (do qual é
exemplo a Qtª do Almirante).
Se é verdade que continua a
ter uma forte preponderância
de população na idade activa
e de crianças e adolescentes,
começa igualmente a evidenciar o envelhecimento global
da população portuguesa.
A diversidade de oferta
de equipamentos sociais e a
crescente sediação de pequenas empresas têm contribuído
para a fixação de populações
e, sobretudo, para uma crescente “apropriação saudável
do espaço urbano” por parte
da população residente. Quer
isto dizer que Stº António
dos Cavaleiros constitui hoje
uma “Terra” onde as pessoas
vivem e não vêm só dormir;
onde as pessoas partilham
espaços independentemente
das suas origens étnicas,
culturais ou religiosas.
Fazendo jus ao slogan dos
seus criadores: Stº António
dos Cavaleiros constitui um
grande espaço urbano onde,
ainda hoje, as amendoeiras
florescem, as flores do campo exalam os seus odores,
as rolas, os melros e as
andorinhas constroem ciclicamente os seus ninhos, os
patos nadam no lago. E tudo
isto enquanto as crianças
brincam nos parques infantis, o circuito de manutenção
é amplamente utilizado, os
equipamentos públicos de
exercício físico destinados
a adultos são amplamente
utilizados. Um bom exemplo,
aqui mesmo “às portas” de
Lisboa, de uma Vila a pensar
nas pessoas.
Ana Isabel Pena
Portugal Inovador
Credibilidade
acima de tudo!
Rapidez, eficácia, qualidade e profissionalismo são as palavras-chave que fazem da CREDIS
uma empresa de referência na gestão de condomínios na zona da Grande Lisboa. Há vários
anos no mercado, Sérgio Sousa trabalha para manter o cliente satisfeito e tornar a sua
empresa cada vez mais credível no mercado.
Com formação na área de
Gestão e com pós graduação
em gestão bancária, Sérgio
Sousa foi responsável vários
anos a nível de contabilidade
e controlo orçamental na maior
empresa japonesa ligada ao
ramo automóvel. Em 1999
participou no lançamento de
financeira automóvel em Por-
“Dar credibilidade ao
setor foi o meu principal
objetivo. Gostamos de
estar no mercado de forma
honesta. Temos preços
competitivos e qualidade”
tugal, sendo a mesma uma
referência sólida no mercado.
Em 2005, apostou na área
dos seguros e banca e foi
selecionado para Diretor de
Agência da Tranquilidade. Aos
40 anos, apostado em trabalhar por conta própria decidiu
criar a CREDIS, uma empresa
de gestão e administração de
condomínios, seguros todos os
ramos e financiamentos. Sendo
uma empresa de referência e
destaque a nível nacional nos
dias de hoje.
Criação da CREDIS
Graças a uma vasta experiência e know-how na área de
gestão, contabilidade e seguros, o nosso entrevistado efetuou várias auditorias a empresas de Gestão de Condomínios
e considerou apostar neste
mercado afim de credibilizar o
mesmo, podendo disponibilizar aos condóminos serviços
ligados às áreas com as quais
sempre trabalhou com qualidade e preço. Neste contexto, o
nome CREDIS fez todo o sentido. “Dar credibilidade ao setor
foi o meu principal objetivo.
Gostamos de estar no mercado
de forma honesta. Tentamos
oferecer preços competitivos
e qualidade. As pessoas gostam de proximidade e é isso
que procuramos fazer, estar o
mais próximo dos condóminos
e resolver as situações o mais
rápido possível. Temos hoje
milhares de condóminos, dos
maiores condomínios da área
metropolitana de Lisboa, tendo
com orgulho na nossa carteira
desde o arranque da Empresa
o Condomínio Edifício Alves
Redol em Vila Franca de Xira
com 349 frações.”, refere Sérgio Sousa.
O facto de concentrarem
uma série de valências como
as operações relacionadas
com a Banca e Seguros em
todos os ramos, num dos escritórios e noutro espaço a gestão
de condomínios, prestação de
serviços de limpeza, jardinagem e obras, é um garante
de qualidade, como refere o
nosso entrevistado: “O facto de
estar ligado à parte financeira e
gestão orçamental, bem como
a vasta experiência na Banca
e Seguros, dá-nos o privilégio
de poder apresentar a melhor
solução para particulares e empresas em termos de seguros e
opções financeiras, garantindo
uma poupança mensal efetiva,
pelas várias parcerias com as
maiores seguradoras e bancos
em Portugal. Além disto, a nível
dos condomínios a seleção
que fazemos dos prestadores
de serviço permite-nos entrar
num prédio e ter uma redução
de cerca de 40% nos custos,
refletindo-se na redução de
Abril I 23
Portugal Inovador
quotas ou aumento do fundo
de reserva. Há uma qualidade
que faz com que as pessoas
passem a palavra e dessa forma vamos adquirindo novos
prédios todos os meses”.
O atendimento disponível
24 horas por dia é um serviço
de excelência que poucas empresas do género possuem e
a transparência total são dois
fatores que levam também os
condóminos a confiarem no
trabalho desta empresa: “O
programa de gestão com o qual
trabalhamos permite os nossos
condóminos via on line podem
ter acesso às contas 24 horas
por dia. Está tudo devidamente
detalhado. Neste negócio, isso
é fundamental, porque estamos
a mexer com o património das
pessoas. Conseguimos reunir
um conjunto de condições para
satisfazer o cliente”, garante
Sérgio Sousa.
Parcerias
e Formação
Cada vez mais, e tendo
em conta que vivemos num
mundo cada vez mais globalizado, é necessário avaliar a
“Está tudo devidamente
detalhado e neste negócio
isso é fundamental, porque
estamos a mexer com o
património das pessoas.
Conseguimos reunir um
conjunto de condições
para satisfazer o cliente”
concorrência e pensar nela não
como uma ameaça, mas sim
como parcerias. Na área da
administração de condomínios
não deixa de ser diferente e, é
esta postura que permite que
a CREDIS faça parcerias com
empresas da mesma área. Há
medida que foram crescendo e
ganhando relevo no mercado
da grande Lisboa, o proprietário decidiu criar a Give & Receive, Lda empresa certificada
24 I Abril
pelo IAPMEI e inscrita no INCI
que concentra os serviços de
obras, desde remodelações interiores e exteriores às pinturas
de edifícios em rappel. De acordo com Sérgio Sousa: “Criei a
Give & Receive, Lda, porque
à medida que ia ganhando
prédios, apercebi-me que os
condóminos tinham muitas
queixas das empresas que faziam as obras, pois muitas no
ano seguinte já não estavam no
mercado, deixando de existir
garantia. Foi para mim um incentivo apresentar aos meus
clientes mais uma solução para
os seus problemas extensível
a qualquer cliente. Aliás, a
nossa filosofia é ajudar o nosso
cliente a poupar”. Desta forma,
a CREDIS começou a ser contactada por outras empresas
de gestão de condomínios,
cujos prédios necessitavam de
obras. “Isto é uma mais-valia
para o mercado, termos empresas que reconhecem a nossa
qualidade e que nos procuram
pelos nossos serviços de manutenção e requalificação dos
edifícios, sabendo que não
fazemos concorrência e os ajudamos a continuar na gestão
desses edifícios”, acrescenta
Sérgio Sousa.
Em qualquer firma a formação é um elemento fundamental e nesta empresa de Vila
Franca de Xira não é exceção.
Com uma vasto leque de colaboradores, o nosso entrevistado aposta constantemente
na formação, pois acredita
que “as pessoas têm de ser
qualificadas e ter experiência
na área para poderem lidar
com determinados assuntos”.
Para trabalhar na CREDIS é
necessário ter capacidade e
experiência comprovada na
área, mas a formação nunca é
descurada.
PERFIL DE UM
GESTOR
DE CONDOMÍNIOS.
QUAL DEVERIA SER?
São várias as pessoas que
atualmente decidem criar empresas de gestão de condomínios, mas nem todas elas têm
o perfil necessário para estar à
frente de um negócio com esta
envergadura. “É importante
gostarmos do que fazemos,
porque a área da administração
de condomínios é muito trabalhosa e quem pensar que é fácil
está enganado, pois muitas são
as vezes que necessitamos
de investir. Sendo de realçar a
importância de ter um gabinete
jurídico forte como a Credis é
detentora ”, afirma Sérgio Sousa. Quando questionado pela
Portugal Inovador sobre quais
deveriam ser as características
Portugal Inovador
de um gestor de condomínios,
o nosso entrevistado respondeu prontamente, “as entidades competentes deveriam
começar a ver qual o percurso
da pessoa em questão e verificar se não existe qualquer tipo
de cadastro, pois a idoneidade é
crucial neste negócio. E depois,
apostar-se em Portugal na formação dos administradores afim
de passarem know How para os
seus clientes.”.
Futuro da CREDIS
A administrar prédios na
grande Lisboa com muitos edifícios emblemáticos em Alverca
, Vila Franca de Xira, e parque
Expo entre outras, Sérgio Sou-
“É importante gostarmos
do que fazemos, porque
a área da administração
de condomínios é muito
trabalhosa e quem pensar
que é fácil está enganado”
sa quer continuar a crescer e
a manter a credibilidade que a
sua empresa tem no mercado.
Continuar a ganhar quota de
mercado na zona da grande
Lisboa com destaque para a
Expo e linha de Cascais. Aumentarem o numero de condomínios fechados, pelas várias
vertentes de negócio que dominam, e continuar a ser honrado
com convites da Banca para
Administrar os seus imóveis.:
“Quero apostar na gestão de
imóveis bancários e, mais tarde, abarcar o mercado do Sul,
ao abrir uma loja no Algarve”,
conclui.l
Rua Gil Vicente, 20 Lj CREDIS
Bom Retiro
2600-048 V.F.Xira
Telemóvel.: 96 417 55 35
Fax.: 263 098 482
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38º 57’ 16’’N • 08º 59’ 50’’ W
Horário:
Segunda a Sexta: 9h00 às 19h00
Abril I 25
Sábado: 10h00 às 13h00
Portugal Inovador
Quatro décadas
de transparência
Fundada por três homens e, atualmente, gerida por três mulheres, a evolução da Aldimar está
sintonizada com a evolução das atitudes na sociedade portuguesa e no âmbito dos
condomínios em particular.
Esta empresa amadorense nasceu há 38 anos, estando a sua história ligada
à de um célebre império da
construção civil nacional.
“Os proprietários iniciais
eram, anteriormente, funcionários da J. Pimenta”,
conta Alice Mota, uma das
gerentes, “tendo sido aliás
com o intuito de administrar
os condomínios dos respetivos edifícios que a Aldimar
surgiu. Praticamente toda
a nossa carteira de clientes
inicial veio daí”.
A identidade e a imagem
d a Al d i ma r c o n h e ce ra m
uma reviravolta quando,
há poucos anos, os três
gerentes iniciais passaram
as suas responsabilidades
a Alice Mota, Vera Aleixo
26 I Abril
e Sílvia Silva. As duas últimas tinham o lugar de
colaboradoras da empresa,
enquanto, para a primeira, o
trabalho neste setor foi uma
novidade, “embora tendo
larga experiência noutras
áreas”.
Para a empresa, foi algo
que representou um desafio
no plano do relacionamento com os condóminos,
tendencialmente homens,
ainda que não seja nada
de dramático, conforme
contam: “A empresa era
gerida por três senhores
que até já tinham uma idade
avançada e, subitamente,
passou a ser representada
por três mulheres de uma
geração diferente. Nos primeiros tempos, houve quem
reagisse com uma certa
estranheza, mas a maior
parte das pessoas já se
habituou a nós”. De facto,
a Aldimar continua com
uma presença relevante no
mercado, intervindo nas zonas da Amadora, Odivelas,
Loures, Carcavelos, Oeiras,
Cascais e Estoril, com um
total de condomínios administrados que perfaz, aproximadamente, 70 prédios.
A realidade local na qual
se movimenta é complexa e
descrita da seguinte forma:
“Há vários tipos de condóminos dentro do mesmo edifício, com diferentes formas
de estar e de educação.
Há zonas que são sempre
mais complicadas do que
outras e, neste momento,
Portugal Inovador
o nível de disponibilidade
financeira das pessoas é
um fator que está a agravar
essa situação”. Os problemas conjunturais relativos
a esse aspeto têm o seu
impacto acrescido também
por problemas de mentalidade que se mantêm, uma
vez que “as pessoas ainda
entendem o pagamento
das quotas do condomínio
como algo supérfluo, que
pode ser deixado para trás
face a outras despesas”. O
mesmo se verifica no que
concerne à necessidade de
que se realizem obras de
manutenção nos edifícios,
cuja obrigatoriedade “está
prevista na lei, de oito em
oito anos, mas não é aceite
por muitos condóminos”.
Responsável por vários
edifícios que já contam algumas décadas, esse acaba
por ser, naturalmente, um
aspeto ao qual a Aldimar é
sensível. O estado em que
se encontram é um constante objeto de preocupação, consistindo a rotina da
equipa em visitas semanais
ou até bissemanais aos espaços. Aliado a isso, todo o
trabalho é realizado numa
base de completa transparência perante os condóminos: “Por norma, a empresa
evita gerir as contas dos
condomínios sozinha; nós
só assinamos o que quer
que seja havendo a assinatura de um representante
dos condóminos. Existem
até muitos casos onde apenas os próprios condóminos
movimentam as respetivas
contas”, garantem.
Em jeito de conclusão,
e aludindo novamente ao
contexto local, as entrevistadas deixam um apelo: “O
papel do Tribunal da Ama-
dora é nulo. Não existe um
serviço de julgados de paz,
nem nada que possa servir
de acompanhamento para
que os processos avancem
mais rapidamente. Existe
em Lisboa, Cascais, Sintra,
Odivelas e Loures. Não se
percebe o motivo para que
na Amadora tenhamos essa
carência, dado que somos
uma das cidades mais populosas da região”. l
Telf.: 214 956 827
214 961 232
Fax: 214 962 312
E-mail: [email protected]
www.aldimar.pt
Rua José Gomes Ferreira, nº8 C/v H
2720-325 Amadora
Apartado 7127 - Reboleira
Abril I 27
Portugal Inovador
Administração
de Excelência
Ilda Matos é uma jovem empresária que, sem medo de
arriscar, decidiu, em 2009, abandonar a função de secretária
de administração de uma empresa de construção civil, para
enveredar pela administração de condomínios.
Em conversa com a revista Portugal Inovador Ilda Matos recorda:
“Nas minhas anteriores funções,
acompanhei os fins de obra e todas
as questões relacionadas com a
criação dos condomínios. Relembro que, até então, é o construtor
que suporta todas as dívidas relacionadas com os elevadores, água,
luz, etc. Nesse sentido, competia-me preparar toda a informação que
precede a entrega a uma empresa
ou administrador interno”. Esta
função cativou desde logo a nossa
entrevistada, uma pessoa muito comunicativa, altruísta, e que, tendo
estado ligada à área da construção
civil, possuí uma vasta noção sobre
o trabalho que é necessário fazer
após o fim de uma obra.
A frequência no curso de Gestão de Condomínios e Mediação
Imobiliária da APEMIP aguçou-lhe
a curiosidade e o engenho que
impulsionaram a criação da Estrela
D’Excelência.
PERCURSO
DE EXCELÊNCIA
A função como administradora
de condomínios começou na avenida 5 de outubro, no número 357. “A
part-time assumi esse condomínio
e o passa a palavra levou-me a
conquistar mais três edifícios nessa
avenida”.
A dada altura, os oito imóveis
que tinha a seu cargo permitiram
que Ilda Matos sonhasse mais alto.
“Decidi aventurar-me. Apresentei
um projeto ao Centro de Emprego
e fui contemplada com um apoio
financeiro para criar a Estrela
D’Excelência”.
28 I Abril
Positiva por natureza, Ilda Matos rodeou-se de pessoas de sua
confiança, que partilham a sua
dedicação e empenho. “Criei esta
empresa para ajudar a resolver.
Esta é uma profissão muito exigente e sem o forte apoio familiar
que tenho os primeiros tempos
seriam muito complicados”. Porquê Estrela D’Excelência, questionamos? A nossa entrevistada
responde: “Porque considero que
trabalho de forma diferente. Seguindo a lei do condomínio enquadro-me a cada cliente. Tenho
desde condóminos extremamente
exigentes que requerem que as
contas sejam realizadas por um
TOC, com recurso a auditoria
anual; até aos prédios familiares,
habitados por reformados que
necessitam de explicações mais
simples e diretas”.
ATUAR PARA PREVENIR
Uma das normas de atuação
da Estrela D’Excelência passa
por “resolver antes que o problema se agrave”, por isso o seu
especial enfoque na manutenção e na reabilitação urbana.
“Anualmente, em parceria com
um engenheiro civil, faço um levantamento das situações mais
urgentes para resolver em todos
os prédios que administro, assim
como a limpeza dos algerozes e
desentupimento das fossas, por
forma a prevenir ou detetar possíveis falhas. Arrastar os problemas
de modo a não confrontar os condóminos com quotas extra, não
é a solução. Temos que incutir-lhes a necessidade de investir
no valor da quota, pensando no
dia de amanhã”, defende a nossa
entrevistada.
Portugal Inovador
Acreditando que a melhor ferramenta de trabalho é a comunicação e a informação, Ilda Matos
defende a proximidade entre
administradores e condóminos. “É
certo que a crise dificulta a nossa
atuação, mas temos que abrir as
portas aos clientes, desmistificar
a nossa forma de atuação e retirar
todas as dúvidas que surjam. Enquanto empresa, devemos deixar as
pessoas à vontade para, juntamente
connosco, solicitar orçamentos a
várias empresas. Desde que os
clientes sejam devidamente informados e percebam a necessidade
de intervenção, considero que se
consegue fazer um bom trabalho. É
uma questão de consciência”.
LEGISLAR
“Trabalho em prol da satisfação
e do conforto dos meus clientes,
por isso espero melhores dias para
o setor. As empresas de gestão de
condomínios não são vistas com
bons olhos, daí a necessidade de
se legislar com urgência”, alerta Ilda
Matos. Ativa defensora da regulamentação do setor e membro do
APEGAC, a administradora acredita
que compete às empresas “informar
e criar um clima de maior confiança
e segurança. O setor está cheio de
empresas dúbias e as normas não
são cumpridas por todos. Deveriam
ser criadas regras, muito para além
das já existentes no Código Civil.
Provavelmente, se as circunstâncias mudarem muitas das empresas
presentes no mercado vão acabar
por desaparecer”. Privilegiando o
contacto frequente com os seus
clientes, assegura: “Faço-me acompanhar nas assembleias de todos os
dossiers para que os condóminos
analisem e, ao longo do ano, faço
questão de manter o contacto com
as pessoas. Nunca perdi nenhum
cliente, mas também trabalho muito
para os satisfazer e ajudar”.
e Sacavém, a Estrela D’Excelência
acumula as valências de limpezas
e de administração de condomínios,
mas em alguns casos executa apenas a limpeza. “Assim sendo, somos
também parceiros privilegiados dos
nossos concorrentes. Temos que
nos unir em prol do setor. Considero
que a humildade é uma das mais
valias para atuar nesta área e saber
ouvir os clientes é primordial”.
Este é um bom exemplo de uma
empresária, empreendedora, que
através do seu arrojo tem incentivado a economia e a criação de
emprego. l
BOM AMBIENTE
DE TRABALHO
Para prestar um bom serviço é
fundamental contar com o apoio de
uma equipa unida e especializada.
“Aposto muito na formação e nas
pessoas. A concorrência não me
assusta. Sem falsa modéstia, reconheço as minhas capacidades
e as da minha equipa. Em tempos
de crise, podem não surgir tantos
clientes como eu gostaria, mas sei
que aqueles que tenho sentem-se
satisfeitos”.
Atuando, principalmente, nas zonas de Lisboa, Póvoa de Santa iria
Telf./Fax: 219 562 443
Telemóvel: 934 515 408/969 437 775
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2625-196 Póvoa de Santa Iria
Abril I 29
Portugal Inovador
“A reabilitação
urbana tem uma
grande importância!”
Neste périplo pelas empresas de gestão de condomínios, a Portugal Inovador foi ao encontro
da Condomínios na Linha, uma empresa de referência na linha de Cascais e Estoril. A
comunicação séria e transparente faz parte do trabalho dos dois irmãos que gerem esta
empresa.
No mercado há oito anos, a
Condomínios na Linha é uma
empresa de Carcavelos que
gere a sua atividade principal
em torno dos objetivos da gestão
e administração de condomínios. Fundada por David Dias, a
quem posteriormente se juntou
“O tipo de trabalho que
pretendemos é sério e
sempre com a melhor
solução para o condómino.
O nosso telefone está
disponível durante 24
horas por dia”
a sua mãe Lidia Dias e o irmão
Hermano Dias, esta empresa
tem duas principais vertentes: a
conservação e a gestão dos edifícios que administram. Segundo
David Dias: “Oferecemos um
30 I Abril
trabalho sério com as melhores
soluções para o condómino. O
nosso telefone está disponível
durante 24 horas por dia, porque
queremos dar ao condomínio o
serviço que ele precisa. A minha
principal preocupação é ter estabilidade no prédio”. Com um
conjunto de serviços que vão
desde a manutenção técnica de
edifícios, manutenção de jardins,
apoio jurídico e limpezas, esta
empresa tem uma equipa sólida
que trabalha com total transparência e eficácia: “É esta transparência que nos permite manter
a carteira de clientes e, de ano
para ano, aumentá-la. Um dos
pontos fundamentais para nós,
é a transparência da gestão das
contas bancárias, no sentido, os
nossos clientes decidem como
será a gestão de cada conta
e acesso à mesma. Fazemos
também questão de apresentar
relatórios de contas devidamente estruturados, com todos
os valores e comprovativos,
numa linguagem simples e com
apresentação da contabilidade
simplificada de forma a que seja
acessivel a todos, acrescenta.
Conservação
dos edifícios:
Manutenção
preventiva
A conservação e preservação de todos os edifícios que
administram é um elemento fundamental para os proprietários
da Condomínios na Linha. Os
trabalhos de conservação são
feitos em parceria com empresas que realizam os serviços de
forma séria, permitindo que, a
longo prazo, as áreas comuns
do condomínio mantenham as
ideais características, estéticas
Portugal Inovador
e funcionais. “O nosso trabalho
aqui é o de ajudar as pessoas
e fazemos questão de dar uma
atenção às obras que estão a
ser feitas. Quando fazemos apresentação de propostas, fazemos
questão de deixar bem claro que
o caderno de encargos é feito
por nós, em conjunto com os
proprietários. Nós apenas damos
o parecer sobre cada uma das
empresas, quem decide são os
condóminos”, garante Hermano
Dias.
A Condomínios na Linha apenas trabalha do centro de Oeiras
até Cascais e abaixo da A5,
dado que preza a proximidade
com o cliente, trabalhando com
duas realidades distintas: uma
com maior densidade populacional onde cerca de 30% dos
apartamentos são arrendados; e
outra, que compõe grande parte
dos clientes desta empresa, é a
habitação própria. Apesar disto,
“os problemas são praticamente
os mesmos. A reabilitação urbana é muito importante sim, mas
não são só os aspetos visíveis.
As pessoas esquecem-se disso!
As pessoas não pensam nas
modernizações, e tudo o que
não seja obrigatório os condóminos não querem. Nesse caso,
o nosso papel é fazê-los ver
que há alterações necessárias”,
afirma David Dias. Para os nossos entrevistados as principais
barreiras impostas à reabilitação dos edíficios, prendem-se
com o facto de as pessoas não
quererem gastar dinheiro, mas
também com o conjunto de burocracias que são necessárias.
Como fez questão de explicar
à Portugal Inovador, Hermano
Dias: “As pessoas, hoje em dia,
não ligam ao exterior dos prédios onde habitam. Esquecem-
-se que os espaços comuns do
prédio também são delas. Nós
temos de explicar aos condóminos que quando compram um
apartamento, são coproprietários de tudo o que é comum”.
Juntamente com isto, “as taxas
e as licenças de ocupação que
eram muito acessíveis, agora
têm um preço elevado o que
não facilita o nosso trabalho.
Felizmente, temos conseguido
fazer bastantes obras de conservação”, acrescenta. Para se
defenderem de situações desagradáveis, como o empreiteiro
não se responsabilizar, ou não
terminar a obra, a Condomínios
na Linha faz sempre um contrato
de empreitada.
No futuro, esta empresa de
referência pretende alargar os
seus horizontes, mas sem nunca
antes solidificar o mercado onde
se encontra há vários anos. l
Telf.: 214 570 770
Fax: 214 570 771
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Estrada da Torre, 1560
2775-687 Carcavelos
Abril I 31
Portugal Inovador
Administrar com
profissionalismo
A NTV atua no mercado há 20 anos no ramo da contabilidade. Há cinco anos surge a NTV
Condomínios prestando serviços de administração de condomínios na região de Setúbal e
zonas limítrofes. Os interesses dos clientes estão sempre em primeiro lugar e são analisados
de uma forma honesta, segura e transparente.
Em Portugal mais de dois
milhões de famílias habitam
em condomínios. Esta dimensão faz com que seja necessário um trabalho criterioso
em torno da gestão e administração dos condomínios,
existindo a necessidade de
melhorar, constantemente, os
serviços prestados e responder às exigências dos clientes.
Na NTV Condomínios há a
noção exata desta realidade
e consegue-se ir ao encontro
de todas as necessidades dos
clientes, através da prestação
de serviços multifacetados.
Assim, esta empresa apresenta uma série de soluções
capazes de resolver os problemas dos condóminos: execução do orçamento de despesas
correntes, execução de relatórios de contas anuais, convo32 I Abril
cação das assembleias (geral,
ordinária ou extraordinária),
representação do condomínio
perante entidades públicas e
privadas, dar seguimento às
deliberações da assembleia de
condóminos, são alguns dos
aspetos assumidos pela NTV
Condomínios. Desta forma,
as principais preocupações do
condomínio são da sua coresponsabilidade, o que confere
a garantia necessária para a
resolução dos problemas que
vão surgindo.
Tendo conquistado 20 novos prédios nos primeiros meses deste ano, esta empresa
tem apresentado uma constante evolução, contando com
a presença de uma equipa de
trabalho bastante profissional
e qualificada. Para o nosso
entrevistado, Nuno Mendes,
administrador da NTV Condomínios, para que um gestor
tenha sucesso nesta área tem
que cumprir alguns requisitos essenciais: “Neste ramo,
temos de estabelecer uma
linha condutora, ter um perfil
realista, empreendedor e organizado. Para esta função é essencial sermos sérios, ter uma
enorme vontade de trabalhar,
de aprender e saber lidar com
as pessoas. Desta forma, conseguimos ter uma função educativa que vai ao encontro das
necessidades das pessoas,
disciplinando os condóminos
e definindo, à partida, direitos
e deveres. É importante que o
gestor vá ao prédio e não faça
só o trabalho de secretário”,
afirma. “Temos três gestores
de condomínio e, até ao final
deste mês, vamos contar com a
presença de outro profissional.
Além disso, temos um colaborador direcionado para a manutenção, que presta assistência
sempre que necessário, por
exemplo, trocar lâmpadas, a
fechadura, entre outros. Temos
ainda parceiros comerciais que
se encarregam dos trabalhos
mais específicos”, acrescenta
o nosso entrevistado.
A NTV está sempre atenta
às novidades e, há quatro
anos, adquiriu uma empresa de
gestão de condomínios com 15
anos de atuação e uma carteira de clientes apreciável, que
beneficiou o projeto de Nuno
Mendes. Aliado a este facto,
Portugal Inovador
existe também o acompanhamento tecnológico, através da
implementação de um novo
sistema informático criado
pela Universidade do Minho,
o Quality Alive. Este software
vai trazer mais funcionalidades
à empresa, inclusive um maior
controlo sobre todo o processo
administrativo.
REABILITAÇÃO
URBANA
À semelhança da realidade
verificada de Norte a Sul do
país, a região de Setúbal já
teve melhores dias em relação
à prevenção e manutenção
dos edifícios. A cidade está
degradada em alguns pontos
e a NTV Condomínios preocupa-se em fomentar essa
preservação recorrendo, se
necessário aos julgados de
paz. “Não existe uma preocupação por parte dos condóminos em conservar o seu
património. Nos últimos anos
houve uma grande evolução,
porque podemos ir para julga-
dos de paz com os devedores,
facto que tem beneficiado os
cumpridores. É de salientar
que grande parte destas obras
de reabilitação não necessita
de grandes apoios externos,
bastam algumas cotas extraordinárias”, refere o administrador.
Em relação ao futuro, a NTV
Condomínios tem “perspetivas
de expandir para o Algarve e,
até ao final do ano, vai entrar
na malha urbana de Lisboa”,
revela Nuno Mendes. l
Soluções apresentadas:
• Execução do orçamento de despesas correntes;
• Execução de relatórios de contas anuais;
• Convocação das assembleias (geral, ordinária ou extraordinária);
• Representação do condomínio perante entidades públicas e privadas;
Telf.: 265 533 963/265 229 830
Telm: 935 192 025
Fax: 265 524 999
E-mail: [email protected]
www.ntv.com.pt
• Dar seguimento às deliberações da assembleia de condóminos.
R. Mariano Coelho, 3-B - Apartado 1132
2901-902 Setúbal
Abril I 33
Portugal Inovador
“Auditar e monitorizar
para valorizar”
Esta é a máxima seguida pela Admifícios, empresa sediada em Alverca, com uma presença
assinalável na região de Lisboa.
Embora fundada em 2012, a
Admifícios é gerida por dois responsáveis que contam com muitos
anos de experiência na área da
administração e manutenção de
condomínios. Atualmente, tem
cerca de uma centena de clientes,
distribuídos pelos concelhos de
Lisboa, Vila Franca de Xira, Loures, Odivelas, Amadora e Oeiras.
“Cerca de 75% dos condomínios com que trabalhamos vieram
ter connosco por recomendação”,
conta o gerente, Joaquim Martins. Este sucesso é atribuído,
em grande parte, a uma relação
de proximidade com o cliente.
Seguindo a máxima adotada pela
empresa, esta relação é conduzida
em duas vertentes: a auditoria e a
monitorização. “Quando iniciamos
a gestão de um edifício, temos
Não menos importante
é a necessidade
de se proceder à
regulamentação da
atividade, considerada
“urgente devido ao facto
de que a administração
de condomínios está a ser
deturpada.
sempre o cuidado de fazer um
levantamento das ineficiências e
anomalias. Essa auditoria inicial
é fundamental para o sucesso da
nossa gestão. De seguida, apresentamos propostas e soluções
aos condóminos e passamos à
sua implementação. A meio do
processo, monitorizamos a aplicação dessas medidas em reuniões periódicas de administração,
aperfeiçoando-as, se necessário”,
explica. “Este trabalho é imprescin34 I Abril
dível para estreitar a relação entre
a gestão e o condomínio”.
Reabilitação
e regulamentação
A gerência da Admifícios aproveita, em diálogo connosco, para
tecer um conjunto de considerações sobre o contexto em que
opera. A reabilitação urbana é uma
preocupação: “O futuro do país vai
estar aí, dado que houve muitos
anos em que a preocupação era
apenas construir e não havia tanto
interesse em fiscalizar. Razão pela
qual existem muitos imóveis com
patologias construtivas”.
Não menos importante é a necessidade de se proceder à regulamentação da atividade, considerada
“urgente devido ao facto de que a
administração de condomínios está
a ser deturpada. Pessoas que estavam noutros setores e que perderam
esse rendimento optaram por entrar
no ramo, como subterfúgio para
conseguirem mais negócios. Falo
de pessoas que abrem empresas
de gestão de condomínios com um
objetivo secundário em relação ao
trabalho que se deve fazer, que é
conseguirem outro tipo de negócios
por essa via”.
A ausência de regras resulta
em que “as empresas não tenham
que estar inscritas em nenhum sítio
específico, o que dá abertura para
que qualquer pessoa possa trabalhar na área, independentemente
de ter um espaço aberto ou de não
ter nenhum. Até é possível que se
faça esse trabalho nas horas vagas, sem que se passem faturas.
Porém, o que mais nos preocupa
é que, infelizmente, a situação não
se venha a alterar no futuro próximo. Originando, o fecho de muitas
empresas que estão no mercado
para trabalhar com qualidade”. l
Telf.: 214056080
Telm.: 936 296 942
Fax: 219538447
E-mail: [email protected]
www.admificios.com
R. Joaquim Sabino Faria Nº. 1 A-B
Frente
2615-104 Alverca do Ribatejo
Portugal Inovador
“Existimos para
marcar a diferença”
A Predilux apresenta-se como uma empresa jovem e dinâmica. Mostrando que é possível
combinar preços competitivos com um desempenho de qualidade, o seu grande argumento
é o nível de satisfação dos condomínios que gere.
Inicialmente instalada no
centro de Lisboa, esta jovem
empresa de gestão de condomínios está agora na Póvoa de
Santa Iria. “Mudámo-nos para
aqui, porque é cá que está grande parte do nosso volume de
clientes”, refere Andreia Farinha,
sócia-gerente, acrescentando-se ainda a atuação em Vila
Franca de Xira, Lisboa, Loures,
Odivelas, Oeiras e Almada.
Este crescimento da Predilux
na região de Lisboa é justificado
por um trabalho assente no rigor,
na transparência e em valores
competitivos. “De facto, temos
preços bastante convidativos em
comparação com os de outras
empresas da zona, mas consideramos que são os justos”,
garante Ricardo Correia, também parte da gerência. Embora
o barato possa revelar-se caro,
o portfólio da empresa mostra
um desempenho que dá garantias a todos os níveis, mesmo
incluindo situações mais difíceis:
“Temos em carteira condomínios
que até aí eram mal geridos,
com muitos problemas de quotas em dívida ou que, em alguns
casos, nem sequer estavam
constituídos e temos tido muito
sucesso. Ainda não perdemos
um único prédio”.
A contribuir para esse efeito
está o esforço que a empresa
tem desenvolvido para incutir
nos condóminos que o seu respetivo edifício é património deles
e que deve ser zelado como as
suas casas. Além disso, a Predilux apresenta como vantagem
o trabalho em articulação com
a Estilo Imparável, empresa de
construção, tendo as duas “o
objetivo de assegurar o bem-estar e a segurança de todos
os clientes, já que, efetuando
um trabalho de gestão e administração em conjunto com profissionais da área de construção
civil, o cliente ficará sem duvida
melhor servido.”
O êxito desta jovem empresa
torna-se mais assinalável se
forem tidas em conta as adversidades encontradas a nível local,
onde se verificam problemas
relativos ao desempenho das
instituições. Por um lado, é de
referir o facto do concelho de
Vila Franca de Xira não estar
“dotado de um serviço de julgados de paz”. Um problema
acrescido é também a “indefinição por parte da Câmara Municipal em determinar o que é via
pública e o que é património de
um edifício.” Por consequência,
muitas vezes “existem dificuldades em esclarecer os condóminos, por exemplo, em casos
onde alguém pretender colocar
nos seus terraços um telheiro ou
colocar publicidade numa loja.
A CM não dá resposta sobre se
o podem fazer ou não, uma vez
que a lei não está explicita.”
Por contraste, Andreia Farinha deixa a ressalva de que a
Junta de Freguesia da Póvoa
de Santa Iria tem tido “um papel
muito mais eficaz, conseguindo
prestar imenso apoio sempre
que necessário”. l
Telm: 960 038 107
Telf: 219592615
E-mail: [email protected]
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Abril I 35
Portugal Inovador
Gestão segura
e exemplar
A HB Condomínios é uma empresa familiar de gestão de
condomínios e administração de prédios urbanos. A sua zona
de atuação de maior incidência é Paio Pires, no Seixal.
Com uma vasta experiência
como administrador e com uma
relação privilegiada com os seus
clientes, Horácio Bernardo tem
feito da HB Condomínios uma
empresa de referência. São já 14
anos de dedicação a este setor
de atividade, tendo a seu cargo
um número considerável de condomínios. “Iniciei-me neste ramo
desde que me reformei. Comecei
por administrar o meu prédio e
depois prédios vizinhos, como um
hobby, nunca pensei chegar ao
ponto de ter um escritório aberto.
A empresa surgiu em 2000 e foi
evoluindo ao longo dos anos”,
explica Horácio Bernardo.
Para além do Seixal, esta empresa atua em Almada, Sesimbra,
Barreiro e Setúbal, dedicando-se
à gestão e manutenção dos condomínios e a todas as atividades
inerentes a este processo: mediação de apólices de seguro,
gestão das assembleias de condóminos, elaboração de atas,
cobrança das quotas aos condóminos, pagamento das despesas correntes do condomínio,
36 I Abril
elaboração do relatório de contas,
entre outros.
Reabilitar
No que concerne à temática
da reabilitação urbana, segundo
o nosso entrevistado, as câmaras
municipais têm que ter um papel
mais ativo: “Especificamente em
alguns prédios devia existir um
maior apoio das entidades camarárias. Por exemplo, fui à Câmara
pedir apoio para edifícios apenas
habitados por idosos e o pedido
foi recusado, pois só podem ser
intervencionados os prédios localizados em zona histórica. É esta
discrepância que tem de ser analisada”, salienta o administrador.
A HB Condomínios preza por
fazer um acompanhamento personalizado de cada condomínio.
Horácio Bernardo está sempre
em cima do acontecimento e semanalmente visita cada edifício
para verificar qual a situação do
mesmo. Esta relação de proximidade com as pessoas é uma das
mais valias da HB Condomínios
e, para o nosso entrevistado, é
essencial preservar este bom
relacionamento: “Os condóminos
têm que saber quem é o administrador. Não estou só presente no
gabinete. Faço questão de me encontrar com eles de forma a tomar
conhecimento dos problemas que
existem”.
O administrador acrescenta
ainda a necessidade de existir um
seguro só para as partes comuns.
“Por exemplo, se existe um problema num prédio é preciso acionar
logo os seguros. Eu vou ter com
os condóminos para participarem
às suas companhias, mas há
sempre algum que não participa.
Assim o seguro manda o perito,
depois deposita o dinheiro na
conta do condomínio e eu mando
executar o trabalho”.
No que diz respeito à regulamentação do setor, e para finalizar, Horácio Bernardo não tem
dúvidas: “Acho que deve ser regulamentado. Tem de existir uma entidade que regule esta atividade.
Só assim melhoraremos a atual
situação do setor”. l
Telf.: 212 229 070
Telm: 933 264 539
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Rua António Augusto Louro 2, Loja A
2840-097 Aldeia de Paio Pires
Portugal Inovador
“Estamos a
caminhar para
a profissionalização”
Há vários anos no mercado, a Servicascais é uma empresa de referência no Sul. Desde
novembro à frente da empresa, Graça Freitas contou à Portugal Inovador como tem sido
esta experiência e qual a realidade que encontrou.
Licenciada em geografia e planeamento regional, a questão do
urbanismo e da reabilitação sempre
fizeram parte da vida de Graça Freitas. Quando, no ano de 2013, lhe foi
feito o convite para assumir a direção
da Servicascais, uma empresa de
administração de condomínios, a
nossa entrevistada conta que aceitou
o desafio de braços abertos: “Gosto de
bons desafios e quando me fizeram o
convite não hesitei e hoje aqui estou”.
A proximidade com o condómino e a
preocupação com o seu bem-estar
são dois elementos fulcrais para esta
empresa. A grande filosofia que está
por detrás deste método de trabalho
passa por tratar dos assuntos dos
nossos condóminos como se fossem
nossos e procurar sempre a melhor
solução”, acrescenta.
A atuar na linha do Estoril e Cascais, esta empresa administra alguns
dos edifícios mais emblemáticos de
ambas as zonas: “Neste momento,
apenas fazemos gestão de condomínios, todos os outros serviços são
subcontratados. Embora, estejamos a
considerar colocar o serviço de limpezas como algo inerente à Servicascais
e não como um serviço contratado”,
explica a administradora.
Manutenção
preventiva
A manutenção preventiva dos
edifícios e a reabilitação urbana dos
mesmos são duas realidades que
estão sempre presentes nas administrações de condomínios. Na região de
Cascais é possível encontrar núcleos
habitacionais mais degradados do que
outros. “Quando vim para a empresa,
deparei-me com duas realidades: a
de prédios belíssimos e a de edifícios
mais degradados e que ao longo dos
anos não tiveram os tratamentos devidos. Esta situação ocorre, porque
as pessoas não estão habituadas
a pensar no coletivo”, refere Graça
Freitas. Apesar de uma parte da população se preocupar e ter vontade
de que as coisas fiquem preservadas
há, por outro lado, “aquelas pessoas
que não querem saber e que se esquecem que, para além de estarem a
contribuir para o seu bem estar, estão
a contribuir para a valorização do seu
património. A manutenção preventiva
ainda não faz parte da realidade das
pessoas e isso tem de mudar. É uma
questão cultural e, no momento de se
tomarem decisões para benefício do
edifício, não aparecem nem proprietários nem arrendatários”, refere.
e segundo a nossa entrevistada,
“ainda há muita coisa por fazer,
como por exemplo, criar um curso
que seja obrigatório para as pessoas
que querem abrir uma empresa com
estas características”. A par disto os
conhecimentos em engenharia civil
e existência de um técnico oficial de
contas são vistas como “essenciais”.
Por enquanto, o grande projeto de
futuro que Graças Freitas tem para a
Servicascais é o de “desenvolver um
trabalho com qualidade e continuar a
zelar pelos interesses dos condóminos”, conclui. l
Legislação
Apesar de a concorrência desleal
existir no mercado, Graça Freitas
acredita que “estamos a caminhar
para a profissionalização do setor”,
uma vez que o mercado está mais
exigente e já há pessoas que estão
devidamente informadas. Claro que,
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Fax: 21 484 78 93
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Edifício Navegador loja 68
2750-515 Cascais
Abril I 37
Portugal Inovador
Especialista
na administração
de condomínios!
Confiança, transparência, rigor e eficiência, são as principais linhas, pelas quais a Inédita
Atitude se pauta. É nas áreas de Lisboa, Cascais, Sintra e Oeiras, que esta empresa tem
mostrado o seu valor e se diferencia das demais.
Inédita Atitude, tem como missão, libertar os seus clientes das
preocupações inerentes à função de
administração, e consegue-o, através
da oferta de um conjunto alargado de
serviços, transferindo para si, todas
as responsabilidades e preocupações
relacionadas com o condomínio e a
vivência no mesmo.
Esta empresa, criou sistemas de
trabalho que aplica com rigor e, para
tal, criou planos de manutenção. Os
funcionários, sabem precisamente o
que vão verificar em cada deslocação
aos edifícios. “Os planos de manutenção não são iguais para todos
condomínios, cada edifício é um ser
vivo, com características e patologias próprias.”, afirma o responsável
da empresa, Luis Sebastião. Criou
ainda uma avença com um escritório
de advogados e, confessou que: “A
qualquer hora, mesmo durante uma
reunião, se necessário, sou esclarecido acerca de uma qualquer situação,
se bem que, a bagagem de reuniões
e situações, já nos deixa muito à
vontade e poucas são as situações
38 I Abril
de dúvida. De qualquer forma, o
backoffice é importantíssimo”, refere.
A empresa surgiu em 2008, e os
números não deixam dúvidas que têm
a “chave do sucesso”. “Trabalhamos
de uma forma diferente” diz, “promovemos as condições necessárias para
que os clientes possam estar sempre
informados sobre os assuntos que dizem respeito ao seu condomínio, com
acesso online, para controlo de todas
as actividades da administração”. A
par disto, uma das características
fundamentais para a Inédita Atitude
são as qualidades humanas “que são
um fator importantíssimo para esta
atividade. O nosso crescimento não
advém de publicidade, mas sim do
relacionamento interpessoal, acompanhado de profissionalismo e muito
trabalho”.
Manutenção
Preventiva
“É importantíssima, se devidamente executada, poupa-se dinheiro
aos condóminos, e administrar é isso
mesmo, baixar os custos, sem com-
prometer a qualidade dos serviços,
alertar atempadamente que se deve
proceder a esta ou àquela reparação,
caso contrário, vão existir despesas
superiores.”
Fazemos sempre o levantamento
das necessidades do prédio, sendo
apresentado atempadamente. Levo
sempre um orçamento estimativo
para que os condóminos possam ter
consciência do custo da obra”, refere
o responsável.” Graças a esta transparência para com os condóminos,
nunca teve problemas com obras”. Na
visão do nosso entrevistado, o sector
devia ser regulamentado com vista a
afastar desta actividade as empresas
que não dignificam a atividade.
A Inédita Atitude apresenta uma
postura inovadora e de proximidade
com os clientes, é este fator que por
enquanto faz com que não alargue na
sua área de atuação.“ trabalhamos de
uma forma sustentada e bem estruturada. Há o desejo de abarcar outros
áreas, mas por enquanto pretendo
solidificar aquelas onde já estou presente”, conclui. l
Telefone.: 218 059 961
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Rua de Moçambique, lote 11 2º D
2750 - 104 Cascais
Portugal Inovador
Às portas
de Almeirim
Na edição do mês de abril, a nossa rúbrica especial sobre
‘gestão e administração de condomínios’ esteve à conversa
com o casal proprietário da Frutiservice.
Foi em 2009 que os nossos entrevistados, Bruno e Vanessa Duarte
adquiriam o goodwill da Frutiservice,
uma empresa de gestão de condomínios sediada no concelho de
Almeirim.
A experiência de Bruno Duarte
no ramo dos equipamentos e produtos de limpeza, aliada à formação
de Vanessa Duarte em gestão de
empresas, constituem a mais-valia
da Frutiservice. “Estamos muito
focados neste projeto, eu mais direcionada para a vertente de gestão e
o Bruno para o setor das limpezas”,
introduz Vanessa Duarte.
Numa conjuntura propícia à
negociação de serviços, “temos a
capacidade de oferecer a gestão e
a limpeza do condomínio a preços
competitivos, assim como limpezas
industriais (escritórios, armazéns,
etc). Mais recentemente, fruto da
confiança que os condóminos têm
nas nossas equipas, temos sido muito solicitados para realizar limpezas
domésticas”, informa o gestor.
Com um maior índice de atividade nos concelhos de Almeirim
e Santarém, a Frutiservice serve
também os concelhos de Alpiarça,
Cartaxo e a freguesia de Fazendas
de Almeirim, “realidades muito diferentes”, às quais a equipa tem que
se ajustar.
“Somos muitas vezes os me diadores de conflitos internos dos
condomínios. Neste momento, o
maior problema com o qual nos confrontamos é a falta de pagamento.
Se existem casos de pessoas que,
efetivamente, enfrentam graves
dificuldades financeiras, outras há
que se aproveitam do facto de o
vizinho não pagar para entrarem em
situação de incumprimento”, revela
Bruno Duarte.
“Nós somos um fornecedor de
serviços ao condomínio, como tal deveríamos receber atempadamente pelo
trabalho prestado. Mas, infelizmente,
raros são os casos em que isso acontece. Empregamos 17 colaboradores
e prezamos por cumprir sempre com
os nossos deveres, no entanto tudo
se complica perante estas situações”,
reforça a gestora.
Este fator vai necessariamente
limitar a capacidade para atuar no
âmbito da manutenção dos edifícios.
“São raros os condomínios que têm
dinheiro suficiente no fundo comum
de reserva, para socorrer em caso de
emergência. É quase sempre necessário recorrer a uma assembleia para
definir quotas extra”, assume Vanessa
Duarte. No entanto, “apesar das dificuldades crescentes, temos conseguido
pintar e fazer a preservação de muitos
edifícios”.
Atuando num setor regido pelo
Código Civil, a Frutiservice cria mecanismos internos para facilitar a sua
atuação junto dos condóminos. “Há
pessoas que enveredam por esta atividade sem terem noção da sua complexidade. O condomínio tem uma história, por isso, internamente, produzimos
um regulamento que fazemos chegar a
todos os moradores, assim como aos
novos proprietários. Considero que a
nova legislação deveria contemplar os
direitos e os deveres dos condóminos,
porque a maioria não está informada”,
assevera Vanessa Duarte. Já Bruno
Duarte vai mais longe: “Defendo que
deveria estar consagrada a obrigatoriedade de os novos proprietários serem
obrigados a aceder ao historial da
habitação, sabendo a priori se existem
dívidas ao condomínio”.
O trabalho da Frutiservice tem sido
reconhecido, prova disso é o “crescimento sustentável” revelado pelos
nossos entrevistados ao qual pretendem dar continuidade: “Nos dias
que correm não podemos ambicionar
muito, por isso o nosso crescimento
representa um grande orgulho para
nós”. l
Telf.: 243 597 250
E-mail: [email protected]
www.frutiservice.com
Quinta de S. José
Largo Major Caetano nº 1
2080-004 Almeirim
Abril I 39
Portugal Inovador
O mínimo incómodo
com o mínimo custo
A Condomínimo é uma empresa jovem, mas já com ideias bem definidas acerca de como
se diferenciar no mercado.
Após a experiência no ramo
imobiliário, o responsável pela
Condomínimo, João Pedro, iniciou
a sua incursão na gestão de condomínios por perceber que havia
“um gap no mercado”: “Lidava
com várias empresas desta área
e, para ser sincero, só encontrei
uma à qual aceitasse entregar a
minha casa”, confessa.
Para o nosso interlocutor, o
trabalho de uma empresa não
se pode resumir a “esperar pelo
final do ano para prestar contas”,
é essa a carência que encontra
generalizada no setor: “Se entra
num prédio e pergunta qual é a
empresa que faz a gestão e as
pessoas não lhe sabem dizer o
nome, algo está mal. Isso deve-se ao facto de a empresa não
lhes trazer qualidade de vida nem
nenhuma mais-valia. E isso, às
vezes consegue-se com coisas
muito simples”.
Não deixam de ser vários os
desafios. Questionado sobre o
contexto urbanístico da zona em
que atua, é desta forma que o
caracteriza: “Temos um tecido urbano muito condensado, com uma
densidade populacional muito elevada. Há prédios muito altos com
muita diversidade de condóminos.
O país cresceu muito rapidamente
em termos urbanísticos e numa
zona como Sintra temos do melhor
e do pior”.
Neste âmbito, há problemas
que são colocados por fatores
financeiros, mas também pela própria mentalidade dos condóminos
que, muitas vezes, se mostram
“relutantes à realização de obras
por faltar a noção de que o edifício
é um bem deles”. Defendendo
que a preservação do prédio é do
interesse de qualquer condómino,
40 I Abril
acrescenta: “O aspeto exterior do
meu prédio vai desvalorizar a minha casa, assim como o mercado
habitacional em redor. Na eventualidade de precisar de vender a
casa, a pessoa vai necessitar que
ela esteja atrativa e isso tem muito
a ver com o estado do edifício. Porém, esta mentalidade não existe”.
Também nota que ainda existe
resistência face ao recurso a empresas de gestão de condomínios,
à qual argumenta da seguinte
forma: “Há pessoas que entendem
que elas próprias podem fazer
essa gestão. Aí há que perguntar-lhes se, por exemplo, sabem que
existem empresas de manutenção
de elevadores com diferenças
de custos de 50%, sendo que
ambas são certificadas. Há uma
diversidade no mercado que as
pessoas não conhecem e esse
conhecimento é uma vantagem
das empresas de gestão de condomínios”.
Dentro deste universo, a Condomínimo procura destacar-se
como “uma empresa profissional,
séria e optimizadora”. Indo, inclusive, ao encontro do próprio nome
da marca que criou, o responsável
pela empresa promete “ o mínimo incómodo, o mínimo custo e
o mínimo de problemas para o
cliente”. l
Telm: 913 164 294
E-mail: [email protected]
www.condominimo.com
Rua Francisco Lucas Pires, Nº16, Loja 2
2735-088 Agualva
Portugal Inovador
Serviço
personalizado
É a partir de Setúbal que a Servibocage presta serviços de administração de condomínios.
A reabilitação urbana e a manutenção preventiva são duas das prioridades da empresa.
A gestão e a administração
de condomínios é feita com
mestria pela Servibocage. Esta
empresa, há 19 anos presente
no mercado, está sempre atenta
aos problemas que vão surgindo
nos condomínios, assim como à
implementação das novas tecnologias, através da utilização de
software de ponta.
Reabilitação urbana
No âmbito da reabilitação urbana, a Servibocage procura antecipar os problemas dos imóveis:
“Quando se fala em reabilitação
urbana pensa-se na pintura e no
isolamento. Normalmente, quando um edifício começa a ficar
degradado apresenta sinais de
infiltrações. O que nós fazemos é
contactar fornecedores, empreiteiros neste caso, no sentido de
tentar arranjar soluções para os
problemas, muitas até têm que
ser soluções imediatas, porque os
danos já se verificam dentro das
habitações”, refere Luís Costa.
A Servibocage procura estabelecer parcerias com outras empresas, de forma a otimizar todo o
trabalho e a garantir o melhor funcionamento na gestão dos condomínios. Além disso, é elaborado e
apresentado em assembleia um
caderno de encargos que identifica as patologias dos edifícios:
“Pedimos orçamentos a três ou
quatro empresas que visitam o
local, tiram fotografias, e fazem
a análise dos problemas. Por
exemplo, quando em assembleia
apresentamos imagens de pontos de degradação que não são
visíveis, mas que fotografados
são percetíveis, os condóminos
consciencializam-se que têm que
atuar”, explica o administrador.
No âmbito da reabilitação urbana e da manutenção preventiva,
esta empresa não está unicamente focalizada no tratamento
dos prédios antigos. Tem também
preocupações em estabelecer
soluções para prédios recentes,
que apresentem anomalias prematuras.
Para Luís Costa, a qualidade
da construção dos edifícios não
tem acompanhado o avanço tecnológico que se tem verificado
neste setor: “Tecnologicamente,
estamos muito mais avançados
do que há vinte ou trinta anos
atrás, mas infelizmente aquilo que
se verifica, é que a qualidade da
construção decaiu brutalmente.
Muitas vezes, deparamo-nos com
problemas nos edifícios ainda
dentro do prazo de garantia dado
pelo construtor”.
No que concerne à legislação
do setor, há muito comentada, Luís
Costa refere: “Será benéfico para
os condóminos e para as próprias
empresas de administração. Irá
clarificar certos aspetos essenciais
na relação entre as partes”. l
Telefone.: 265 535 295
Telemóvel.: 963 669 380
Fax: 256 530 124
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Av. Mariano de Carvalho, 21-C
Escritório A/B
2900-487 Setúbal
Abril I 41
Portugal Inovador
“Focados em atrair investimento
para criação de emprego”
Desde outubro à frente da Câmara Municipal do Cartaxo, Pedro Ribeiro transmitiu um misto
de firmeza e crer em relação a um futuro “exigente”, mas apostado na projeção empresarial.
Estendido no território nacional
ao longo de 160 quilómetros quadrados e com 25 mil habitantes, o
Cartaxo retrata-se como um dos
concelhos mais jovens do distrito
de Santarém. No próximo ano,
comemora 200 anos de elevação à
categoria de cidade, sobejamente
conhecida como Capital do Vinho.
Visão socioeconómica
e promoção
empresarial
Iniciando com a descrição atual
do concelho, Pedro Ribeiro chamou
à atenção para a fulcral presença do
setor primário e “a sua importância
para o desenvolvimento económico da região”, acrescentando que
o Cartaxo “oferece produtos com
grande qualidade”. Numa posição
favorável a nível rodoviário e ferroviário, localizando-se numa “zona
bastante central”, garantido a sua
proximidade com Lisboa, cidade
com “infraestruturas de internacionalização”, Pedro Ribeiro assume:
“Todos estes fatores são benéficos
para as nossas zonas empresariais, uma no eixo de Aveiras, uma
na zona da Lapa e outra zona de
maior dimensão, entre Ponta, Vela
e Cartaxo, chamada Casal Branco.
O ValioParque, futuro parque de
negócios no concelho, beneficiará
com isso mesmo”.
Questionado sobre aquilo que
tem sido feito pela Câmara Municipal em benefício do seu tecido
empresarial, Pedro Ribeiro afiançou
que tem havido desenvolvimentos
nesse sentido para “todos aqueles
que pretendem investir no concelho”, revelando algumas alterações:
“Criámos um setor específico de
apoio ao empreendedorismo, nomeadamente na carta do investidor,
documento destinado à apresen42 I Abril
tação das zonas empresariais do
Cartaxo.
Com redes de suporte à infância, família, velhice e deficiência,
cantinas sociais de instituições
particulares de solidariedade social
apoiadas pela Segurança Social
e “capazes de responder às necessidades da população”, Pedro
Ribeiro sublinhou que o município
“está privilegiado no que toca fundos comunitário no setor público e
privado”.
PONTOS ATRATIVOS
E O FUTURO
Cartaxo é, provavelmente, um
concelho com pontos relevantes
no que toca ao turismo nacional,
oferecendo todas as condições
necessárias. Para Pedro Ribeiro,
“os mais fortes fatores são a localização geográfica, os acessos que
temos e a proximidade com a área
metropolitana de Lisboa”. Ademais,
e não menos importante, temos a
Valada com um potencial turístico
tremendo e o vinho, o nosso maior
embaixador”, frisou. Conhecido
como Capital do Vinho, a Camâra
Municipal está empenhada em
rentabilizar ao máximo essa ímpar
distinção: A procura pelo enoturismo
no nosso concelho supera largamente a oferta. Recebemos visitas
de comitivas brasileiras e chinesas
ao longo do ano. Estamos a apostar
nas associações de rotas do vinho.
A gastronomia regional, o folclore
e os passeios pelo Tejo são “excelentes produtos fundamentais para
o alavancar da nossa economia”.
Traçando o futuro do Cartaxo,
Pedro Ribeiro assumiu o desejo
de ver um concelho “capaz de fixar
os jovens, podendo concretizar os
seus sonhos, construindo um projeto de vida”, relembrando que os
próximos tempos serão recheados
de “exigências ainda maiores”. l
Portugal Inovador
Mediação de confiança
A mediação imobiliária tem verificado grandes alterações ao longo dos anos. Sendo um
negócio que gere o património alheio, a criação de uma relação de proximidade entre
mediador e cliente é fundamental.
A Medicarta está sediada na cidade
do Cartaxo. Criado em 1986 por Joaquim Gomes, este começou por ser um
negócio feito entre “amigos”, num tempo em que o setor não estava sequer
regulamentado. A confiança passada
pelo fundador aos seus clientes foi
crescente e propiciou a fundação da
empresa, como nos contam os filhos
e atuais gerentes, Dina e Joaquim
Silva: “O nosso pai entrou nesta área
quase por brincadeira. No entanto, o
trabalho começou a aumentar, mais
do que aquilo que inicialmente se poderia pensar, e surgiu a necessidade
de, em parceria com um sócio, fundar
a Medicarta”.
Vinte anos volvidos, a Medicarta
assumiu uma nova gerência a cargo
da segunda geração. Apesar de na
altura não estarem ligados ao ramo
imobiliário, os nossos entrevistados
não deixaram desaparecer esta
empresa familiar que conquistou a
confiança dos cartaxenses.
ESPECIFICIDADES
DO SETOR
Abrangendo todo o distrito de
Santarém, a Medicarta aposta num
serviço de proximidade e no apoio
constante prestado aos clientes.
“Fazemos o acompanhamento total
de todo o processo. Mesmo no fim
do negócio, alguns clientes vêm cá e
nós disponibilizamo-nos para ajudar
no que for necessário, a porta fica
sempre aberta para voltarem. Na
minha opinião, sendo um serviço
bem feito o cliente fica fidelizado e
vai, naturalmente, divulgar a nossa
oferta”, refere Dina Silva.
Atualmente, a empresa tem desenvolvido parcerias com duas
imobiliárias de Lisboa, tendo beneficiado também da cooperação
com os principais Bancos, no que à
venda dos seus imóveis diz respeito.
“A Medicarta entrou com o pé direito
em 2014. Temos tido muita adesão e
realizado muitas visitas, com negócios concretizados. Recentemente,
concretizamos um negócio com um
cliente suíço que viu um imóvel no
nosso site e tratou de tudo por telefone. Apenas necessitou de vir a Portugal para ultimar alguns pormenores”,
assume Joaquim Silva - apesar de
manter a relutância face ao peso que
a internet tem tido no setor.
MERCADO POR
EXPLORAR
O Cartaxo, concelho pertencente
ao distrito de Santarém, está situado
a 65 km de Lisboa. A sua localização
privilegiada deveria ser um chamariz
para novos residentes e visitantes,
mas, segundo o nosso entrevistado,
tal não se verifica. “O mercado de
segunda habitação tem caído, mesmo quando a conjuntura nos permite
disponibilizar, por exemplo, T3 novos
por 50 mil euros - um valor três vezes
inferior ao que se regista na área de
Lisboa. As mais valias do Cartaxo
têm-se perdido ao longo dos anos
e, estamos a atravessar um período
de desenvolvimento precário. Temos
um enorme potencial, mas a divulgação que é feita pelas entidades
competentes está muito aquém das
expectativas”, realça Joaquim Silva.
FUTURO
Zelosos por manter viva a memória
do pai e, sobretudo, preservar a imagem de credibilidade e confiança por
ele conquistada, no futuro os nossos
entrevistados pretendem dar continuidade ao projeto adaptando-se às
alterações do mercado. l
Abril I 43
Portugal Inovador
Há mais de 50 anos a cuidar
da sua saúde visual
A Brancóptica é uma empresa de excelência que lidera com a imagem da marca Multiopticas
em seis lojas distribuídas pelo distrito de Santarém.
Formado em gestão, Rui Coelho é o diretor geral da empresa
que manteve o seu lugar como um
dos pioneiros da Multiopticas em
Portugal. A sua enorme dedicação
a este ramo está evidenciada no
modo rigoroso como seleciona
cada profissional , 30 no total, que
estão distribuídos pelas seis lojas
do Grupo.
A GÉNESE
A primeira loja, situada no Cartaxo, funciona como atual base e
foi criada em 1961 por José Branco
de Oliveira. Rui Coelho tomou a
decisão de continuar o negócio do
pai e lutou para manter a excelência
do serviço e a carteira de clientes.
Entre 1998 e 2004, nasceram mais
quatro lojas no distrito, mais concretamente em Almeirim, Aveiras
de Cima, Santarém e Rio Maior.
Mais recentemente, em Dezembro
de 2013, abriu mais uma loja em
Santarém, em S. Domingos.
Os valores da Brancóptica pas44 I Abril
sam pela simpatia no atendimento
personalizado, serviço, compromisso, enorme variedade de escolha, a
mais avançada tecnologia da Europa e as melhores marcas e modelos.
“A equipa de funcionários também
é uma preocupação nossa e tem
sido consolidada por colaboradores
dedicados a esta empresa há alguns
anos, e não prescindimos deles nem
com a crise!”, explica Rui Coelho.
O serviço de pós-venda é um
ponto que o diretor geral quer realçar como prioritário, citando que, no
que diz respeito a garantias, estão
sempre prontos a dar a cara para
resolver qualquer problema.
A escolha de trabalhar com a
marca Multiopticas foi vista como
um meio para revolucionar o mercado da saúde visual. “Esta marca
foi escolhida pelo valor que poderia acrescentar ao mercado e
também pela oferta de produtos e
preços acessíveis que até então
não existiam. Com o conhecimento
desta marca, foi consciencializada
a necessidade de cuidar da saúde
visual”, confirma Rui Coelho.
LÍDER E EXCELÊNCIA
O nome da empresa tem sido
reconhecido nacionalmente nos últimos anos, pela atribuição dos títulos
de PME Líder em 2010, 2011 e 2012
e excelência em 2011. Estas distinções têm marcado a Brancóptica
como uma das melhores óticas a nível nacional, diferenciando-se como
uma empresa sólida no mercado.
A procura da marca Multiopticas tem ascendido bastante, prin­
cipalmente com a aquisição do título
de Marca de Confiança 2013 e 2014
e do Prémio Escolha do Consumidor.
Para fazer jus a este grande reconhecimento nacional, a Brancóptica oferece serviços gratuitos de optometria,
contactologia, medição de tensão
ocular, tonometria e campimetria,
disponibilizando também consultas
de oftalmologia com especialistas
da área. A excelência tem sido uma
prioridade em quaisquer dos serviços
Portugal Inovador
oferecidos, principalmente com o
serviço pós-venda. Hoje, aproveitam o enorme leque de produtos e
preços muito acessíveis para que a
saúde visual se torne uma prioridade
indispensável e ao alcance de todos
os cidadãos do distrito de Santarém.
OLHAR EM FRENTE
Falando um pouco do projeto e
da sua futura evolução, Rui Coe-
lho indicou, com convicção: “Não
vamos parar por aqui”, no que diz
respeito ao aumento do número de
estabelecimentos. No último ano, a
Brancóptica optou por criar uma loja
em Namibe, Angola, iniciando assim
uma jornada internacional que não
cessará em breve.
O diretor geral garante que vai
continuar o investimento constante
na formação dos seus profissionais,
bem como na melhoria dos serviços e aperfeiçoamento do funcio-namento interno que os torna mais
competitivos no mercado atual. Em
jeito de conclusão, Rui Coelho deixa
uma nota de agradecimento aos
seus funcionários: “Juntos formamos uma família e deixo um ‘muito
obrigado’, pois ajudaram a erguer
a empresa e a manter o seu valor
na região”. l
Abril I 45
Portugal Inovador
Em prol do bem dos outros
A Santa Casa da Misericórdia do Cartaxo é uma marca de qualidade no apoio à sociedade
e mantém a sua reputação a partir da sua posição como membro fundador da União das
Misericórdias Portuguesas.
Luísa Pato ocupa a posição
de provedora da Santa Casa da
Misericórdia do Cartaxo, é licenciada em engenharia civil e o
contacto com a instituição surgiu
do papel do pai como mesário.
Esta instituição de caráter especial recebeu Luísa Pato de braços
abertos e está, atualmente, a
exercer o seu primeiro mandato.
“Penso que a vocação para ajudar
as pessoas derivou da aprendizagem em casa e do valor de
altruísmo que nos foi ensinado”,
elucida a provedora.
A Misericórdia do Cartaxo
apoia diariamente mais de 200
pessoas, contando com 65 residentes no Lar de S. João, dez
em residências assistidas, 35
na Casa de Santa Cruz, 45 em
apoio domiciliário e 25 pessoas
no centro de dia. Diariamente é
prestado um notável serviço no
Lar S. João, onde são servidas
mais de 350 refeições. Na Casa
de Santa Cruz encontramos uma
vertente de apoio social diferenciado e inovador, com um caráter
mais intimista.
“O estigma de que a ajuda é só
destinada aos menos favorecidos
está errado, por isso queremos
eliminá-lo”, conta Luísa Pato. O
apoio deve ser oferecido igualmente, por mãos profissionais,
que todos os dias aprendem com
os funcionários mais antigos nesta instituição.
VOLUNTARIADO
“Embora seja maioritariamente reconhecida como a cara da
Misericórdia, dou o devido valor
ao trabalho dos muitos colaboradores que aqui trabalham”, indica
Luísa Pato, admitindo que a sobrevivência da SCMC se deve ao
voluntariado dos órgãos sociais
pois, a não remuneração desses
46 I Abril
órgãos, resulta numa verba que
passa a ser disponibilizada para
a ação social.
O voluntariado vai muito para
além dos órgãos sociais: todos
os funcionários são remunerados,
mas oferecem-se para realizar
outras funções que lhes sejam
solicitadas. “As Santas Casas
têm uma marca muito especial
que deve ser valorizada pela sua
qualidade. Os critérios de escolha
dos funcionários são muito rigorosos, dado que estes devem saber
dar resposta às nossas necessidades: mimar e proporcionar calor
humano às pessoas que por aqui
passam”, explica a provedora.
Na SCMC os espaços verdes
são muito privilegiados, daí a
Casa Santa Cruz (local onde foi
conduzida a nossa entrevista) ter
Sempre Consigo
A Misericórdia do Cartaxo conta, ainda, com um serviço distinto de
apoio domiciliário permanente (24 horas) - denominado “Sempre
Consigo”. Para tal, criou um modelo de apoio baseado num sistema
de teleassistência em que a pessoa e os seu familiares, sentem-se
mais seguros, uma vez que podem solicitar ajuda a qualquer hora do
dia, acionando o botão de emergência de um relógio de teleassistência. “Temos de estar atentos às debilidades dos mais velhos e foi
com essa base que o Sempre Consigo foi criado”, indica Luísa Pato.
Portugal Inovador
sido estruturada de modo a apresentar ampla visão sob o jardim
e a fonte decorativa que confere
requinte a este espaço.
SUSTENTABILIDADE
Anualmente, a Misericórdia recorre ao património para
conseguir satisfazer todas as
necessidades dos utentes: “As
mensalidades englobam todos
os serviços prestados, nomeadamente os serviços clínicos e de
reabilitação, mas para conseguir
cumprir com todos os nossos
compromissos, por vezes, temos
de nos valer de verbas provenientes do património. Os nossos
sonhos estão controlados para
que não surjam sobressaltos financeiros e podermos continuar
a assegurar a excelência da
qualidade dos serviços prestados
pela Santa Casa”, admite Luísa
Pato.
NO CONCELHO
A Santa Casa da Misericórdia
do Cartaxo é um dos primeiros
seis empregadores do Cartaxo,
conta com um orçamento muito
razoável para a sua dimensão. A
provedora realça também que a
influência das ajudas estatais à
Misericórdia representam 23% do
orçamento, logo depende muito
menos que o habitual, o que
demonstra o imenso trabalho na
gestão desta instituição. l
Abril I 47
Portugal Inovador
“Oferecemos qualidade
a quem procura qualidade”
A Martinica é um espaço que integra quatro vertentes do mesmo negócio: padaria, pastelaria,
take away, gelataria (sazonal).
É no número 2 da rua de
Batalhoz, no Cartaxo, que está
localizada a Martinica, uma das
maiores referências no ramo da
padaria e pastelaria do concelho
do Cartaxo. No seu périplo pelo
tecido empresarial da região,
visitamos o espaço e estivemos
à conversa com Luís Gonçalves,
atual cogerente e filho de Severino Gonçalves, um dos fundadores
da Sevefer - Indústria de Pastelaria, Lda.
Foi em junho de 1978 que, por
iniciativa de dois sócios, nasceu
a Sevefer como fabricante e revendedora, no setor alimentar, de
produtos de padaria e pastelaria
(atividade que mantém dado deter
clientes fidelizados há longa data
– instituições de ensino, cafés,
entre outros).
Ao longo dos anos o projeto
foi evoluindo e ajustando-se às
necessidades do mercado. Se em
1981, o crescimento da atividade
propiciou a abertura da primeira
pastelaria no Cartaxo, em 1984 o
negócio alargou-se com a inaugu-
Especialidades:
Apostando na confeção própria,
para além da pastelaria corrente, a Martinica oferece uma
variedade de doces regionais
muito apreciados (por exemplo,
os Pampilhos, os Arrepiados,
os Cartaxinhos e as Broas de
Anis). Se nas épocas festivais
o bolo-rei, o tronco de chocolate
e a lampreia de ovos são especialidades muito procuradas,
durante todo o ano a equipa da
Martinica está à sua disposição
para elaborar bolos temáticos
que prometem dar um colorido
diferente às suas festas.
48 I Abril
ração de uma gelataria artesanal.
Já em 1988, é adquirida uma
unidade fabril própria onde todos
os produtos são confecionados –
pastelaria, pão e gelados.
Uma década após a abertura
do primeiro espaço comercial, a
gerência optou por concentrar
todos os serviços num mesmo
local, através do alargamento
das instalações da gelataria,
onde hoje está centralizada toda
a oferta da Martinica. Sendo que,
desde 1997, com a aquisição de
um espaço contíguo, a pastelaria
dispõe de um serviço de take
away onde são servidas também
refeições diárias.
Este projeto de ampliação foi
desenvolvido por um arquiteto
Portugal Inovador
francês que, aproveitando todas
as potencialidades do espaço,
criou um balcão em forma de ‘U’
– uma espécie de ilha (Martinica,
ilha francesa) em torno da entrada
do edifício – enaltecendo as vitrinas que expõe as especialidades
aqui confecionadas.
Em 2001, o sócio de Severino
Gonçalves abandona o projeto, que integra mais tarde dois
novos sócios, minoritários. Esta
mudança propiciou a renovação
das instalações, em 2007, para
a imagem que hoje nos é apresentada.
Em 2012, as maiores exigências do mercado conduziram Luís
Gonçalves, juntamente com o
cunhado, a assumir a gerência
do espaço. É com o intuito de
inovar e cativar novos públicos
que, já este ano, está programada uma renovação da imagem
da pastelaria, como nos conta o
nosso entrevistado: “Em 2014
vamos fazer um upgrade na decoração por forma a agradar os
clientes. Os tempos que vivemos
são conturbados por isso, temos
que tentar cativar um crescente
número de clientes sem nunca
descurar a qualidade que tanto
nos carateriza”.
A Martinica é uma casa com
grande tradição no concelho do
Cartaxo. Usando receitas tradicio-
nais que primam pela qualidade
dos produtos, a aposta no atendimento e na renovação constante
do espaço têm sido fatores que
a destacam no ramo. “Oferecemos qualidade a quem procura
qualidade. Numa época em que
quase tudo foi inventado, a nossa
equipa tem apostado na recriação
de receitas, na qualidade e no
serviço de excelência”. l
Abril I 49
Portugal Inovador
Cuidados para a toda
a família
Dando voz às empresas do concelho do Cartaxo, nesta edição da Portugal Inovador
estivemos numa clínica médica que, há duas décadas, presta serviços na área da saúde a
toda a comunidade.
A Clínica Ferrodengomar foi
fundada, em 1994, no concelho
do Cartaxo, por António Moreira
da Silva, enfermeiro de formação.
Sediada no edifício Ferrodengomar o nome acabou por tornar-se
marca, indissociável da clínica.
“Mudamos de instalações, mas o
nome ficou”, explica em conversa
com a revista Portugal Inovador,
Susana Onyido, filha do fundador
e atual sócia-gerente.
Tendo iniciado a sua atividade
num espaço exíguo, essencialmente direcionado para a prestação
de serviços de enfermagem, a
clínica foi crescendo à medida das
necessidades da população e das
exigências do mercado.
Sediada no Cartaxo, concelho
que em tempos apresentou um
grande índice de atividade industrial, a Clínica Ferrodengomar
conquistou a confiança de inúmeras
seguradoras que lhe direcionavam
vítimas de acidentes laborais.
“Apesar de estarmos abertos à
comunidade, o nosso trabalho tem
incidido na assistência a acidentes
de trabalho. Ao longo dos anos
fomos desenvolvendo uma relação
de parceria com várias agências de
seguros e hoje somos seus parcerios de confiança na região”, reforça
a administradora.
Atualmente com três espaços
abertos ao público, a empresa
foi expandindo em número de
valências e espaços. Na clínica
generalista é disponibilizada uma
enorme variedade de serviços e
tratamentos. Um segundo espaço é
totalmente centrado no tratamento
e nos cuidados da mulher e da
criança (obstetrícia, ginecologia,
50 I Abril
pediatria). Por fim, uma terceira filial
presta tratamentos de fisioterapia
a sinistrados de acidentes de
trabalho e de viação, bem como
a particulares, seguros de saúde
e ADSE.
FASE DE MUDANÇA
É do conhecimento público que
a crise económica tem afetado
fortemente uma parte do setor
industrial português, talvez a mais
fragilizada e inadaptada às crescentes exigências do mercado
global. Esta realidade verificou-se
também no concelho do Cartaxo,
interferindo com o número de
serviços prestados pela equipa da
Ferrodengomar às seguradoras.
“Se a área da saúde foi muito
afetada pela crise económica,
nós que conciliamos a vertente
particular e empresarial, temos
enfrentando maiores dificuldades.
Muitas empresas fecharam, facto
que dificulta o nosso trabalho, e a
concorrência dos grandes grupos
é cada vez mais feroz. Felizmente, a maioria dos nossos clientes
estão fidelizados”.
Para fazer face às dificuldades, a Clínica Ferrodengomar
tem apostado na divulgação do
trabalho junto dos clientes particulares e das famílias. “As pessoas
são cada vez mais exigentes e
procuram maior inovação. Nós
queremos responder às suas expectativas, por isso continuamos a
alargar a nossa oferta, direcionada para os habitantes do Cartaxo
e não só. Por exemplo, como
disponibilizamos a especialidade
de gastroenterologia - fazemos
endoscopias e colonoscopias -,
somos visitados por utentes de
Portugal Inovador
zonas mais distantes, não somente do Cartaxo”, explica Susana
Onyido.
OFERTA
PLURIDISCIPLINAR
Respondendo às exigências, a
Clínica Ferrodengomar oferece uma
grande variedade de serviços, sempre em constante evolução. A equipa
de parceiros é composta por médicos
das mais variadas especialidades
que colaboram com a clínica há longa data e que marcam presença no
espaço sempre que seja necessário.
“Este é um setor onde a concorrência aperta e o atendimento de
proximidade e cuidado prestado aos
clientes são fatores que cativam os
utentes. Temos clientes que estão
connosco há longa data, por isso
acabamos por prestar cuidados
de saúde a todos os membros da
família”.
Hoje a administração da clínica
está a cargo da segunda geração,
três irmãos – Susana Onyido, Rui
Silva e Fernando Silva, sendo que
Susana Silva está mais ligada à
administração e gestão diária da
empresa. De futuro, a segunda
geração pretende dar continuidade ao trabalho desenvolvido
pelo pai. “Temos sonhos que
passam pela criação de novas
instalações, mais amplas e que
agreguem todos os serviços no
mesmo espaço de modo a optimziar recursos. Infelizmente,
a conjuntura económica não é
muito favorável e temos contido
este nosso anseio”.
Alimentando constantemente
a expectativa de prestar um serviço de excelência aos utentes e
dar-lhes a melhor resposta para
cada caso, Susana Onyido alerta
para o facto de estarem abertos à
parceria com um neurocirurgião.
“Quanto mais diversidade oferecermos, melhor serviço prestamos”, conclui. l
Abril I 51
Portugal Inovador
“Um ponto de apoio”
Situada numa das ruas de acesso ao centro do Cartaxo, a Grau de Prova é uma entidade
que desempenha o papel de escola e centro de estudo para todos aqueles que necessitem
de apoio escolar ou tenham vontade de dominar outras línguas.
A Grau de Prova é, seguramente, uma porta aberta a qualquer faixa etária, cultivando um clima de proximidade, onde os seus
profissionais “não fazem apenas o
papel de professor”. Rodeados de
um ambiente acolhedor, Ana Gaudêncio, professora de formação,
contextualizou historicamente a
sua escola, revelando os motivos
que a levaram a abraçar este
projeto: “Surgimos há quatro anos,
na sequência de término do meu
outro emprego. Decidi arriscar
num projeto novo, criando esta
escola no Cartaxo”.
E a própria procura de mercado foi igualmente favorável ao
sucesso do projeto: “Sabia que
haveria um bom mercado para
explorar. Temos alunos de vários
locais, estendendo o nosso leque
de alunos até Lisboa”, continuou.
Com uma equipa constituída
por nove pessoas – todas elas
professoras – contam com um
espaço com salas equipadas e
52 I Abril
um pátio, infraestruturas que contribuem para “a proximidade entre
todos”, tendo uma noção clara do
que “cada aluno necessita”.
Com alunos até aos 76 anos
de idade e com um limite mínimo
de três, a Grau de Prova tem uma
vasta oferta formativa, apropriada
às necessidades de cada aluno:
“Lecionámos francês, inglês, espanhol, alemão e italiano. Com
um sistema de ano letivo, temos
cursos intensivos para aqueles
que têm necessidade de aprender línguas num curto espaço
de tempo. Os cursos flash têm
menor duração, mas são mais intensivos para o caso das pessoas
que necessitam de sair do país
no mês seguinte, por exemplo”,
esclareceu.
Para Ana Gaudêncio, o facto
de a essência do curso de inglês
ser igual a Cambridge é factor
de relevo para a eficiência do
trabalho desenvolvido: “Quanto
ao conteúdo dos cursos, são
idênticos aos de Cambridge. Além
do exame feito aqui, podem fazer
também o exame de Cambridge,
obtendo duas certificações no
mesmo ano, desde que propostos pelos nossos professores. A
nossa escola, até ao momento,
obteve uma média de classificação A (nota máxima), obtida no
exame de maior complexidade
de Cambridge, o Proficiency, em
cursos de ano letivo”.
Com o programa “Sala Aberta” – programa que inscreve
automaticamente os alunos com
mais dificuldades em todas as
disciplinas – e atividades lúdicas
nas férias escolares, a Grau de
Prova tem um objetivo claro: “Estamos a planear uma viagem feita,
anualmente, a Inglaterra e/ou aos
países da língua lecionada pela
nossa escola. Achamos muito importante o contato com o inglês e/
ou as línguas aqui lecionadas, no
seu dia-a-dia. O balanço de todo
este projeto é positivo”, afiançou. l
Portugal Inovador
Oitava Arte
Com as suas infraestruturas situadas na Zona Industrial da Lapa, no Cartaxo, a JMFernandes
é uma empresa que dedica a sua atividade a inovadores trabalhos em vidro, desde 1991.
Maioritariamente feita em vidro e
alumínio, a JMFernandes conta com
amplas instalações e um showroom,
onde todo o trabalho elaborado até
hoje é o principal fator de fidelização
dos seus clientes.
Joaquim e Luísa Fernandes,
administradores e responsáveis,
começaram por fazer um relato pormenorizado acerca do surgimento
e crescimento gradual da empresa:
“Decidi criar a empresa, porque já
tinha o know-how necessário. Começámos num espaço pequeno,
onde fazíamos o básico. Passados
dois anos, já tínhamos realizado
obras interessantes. Com o mercado da reabilitação urbana, tivemos
muita procura em Lisboa. Em 1998,
construímos estas instalações, algo
necessário para os nossos objetivos”.
Além do atendimento ao público, o “ponto forte” da JMFernandes
“sempre foi o trabalho em vidro e a
personalização feita pelo cliente”.
Todavia, as alterações de mercado suscitaram o câmbio da estratégia delineada: “Começámos
na construção civil, mas em 1998,
direcionamo-nos para a arquitetura e
decoração. Grande parte dos nossos
clientes enquadram-se aí, tanto em
Portugal, como em França e Angola.
Desenvolvemos ideias para produtos
que se comercializassem com facilidade, como é o caso das televisões
envidraçadas, os vidros decorativos
ou de segurança”. Fizeram ainda
questão de revelar a sua especialidade: “Fomos das poucas empresas a
começar a substituir paredes normais
de tinta ou de papel de parede pelo
vidro pintado com as mais diversas
cores e desenhos”.
COMPLEMENTO
PROFISSIONAL
Com uma equipa de 12 colaboradores, Joaquim Fernandes e Luísa
Fernandes revelaram que optaram
por criar uma empresa que servisse
de complemento ao trabalho desenvolvido na vidreira: “Para além disto,
criámos, em 2005, uma empresa paralela, devido à nossa necessidade no
que toca às montagens em alumínio,
sendo uma espécie de complemento.
Neste momento, qualquer pessoa
pode-nos pedir trabalhos em alumínio, vidro, inox, vinil, entre outros”,
continuaram.
Diferenciando o seu trabalho pela
qualidade apresentada e o facto de terem definido o seu “próprio caminho”,
os administradores da JMFernandes
realçaram que “a maior valência passa
por gostar daquilo que se faz”, definindo um futuro sempre otimista: “As
perspectivas são as mesmas de há
20 anos. Sempre achei que o ano que
vem a seguir será melhor que o anterior. Temos uma série de projectos
interessantes em vista”, afiançaram. l
Abril I 53
Portugal Inovador
Reestruturar o futuro
Certificada desde 2002 e com instalações localizadas na zona industrial do Cartaxo, a
Jorge Honório da Silva & Filho, Lda dedica, atualmente, a sua atividade ao fabrico de caixas
frigoríficas e a própria assistência técnica.
Com um discurso transversal e realista, Pedro Honório, atual responsável,
sublinhou, inicialmente, que o objetivo
passará por “atravessar esta conjuntura
económica desfavorável”. Posteriormente, revelou todos os capítulos da
história e transformações na Jorge Honório da Silva & Filho, Lda ao longo dos
seus 85 anos: “Surgiu em 1929 e fazia,
principalmente, carroças para animais.
Na década de 40, dedicou-se ao fabrico
de caixa normal de carga para camiões.
A empresa, tal como ela é agora - Jorge
Honório da Silva - foi fundada em 1968,
já com o meu pai como sócio. A partir de
1971, dedicamo-nos ao fabrico em fibra.
O nosso forte sempre foram as caixas
em fibra ou frigoríficas para transporte
de alimentos. Vendemos, sobretudo,
para grandes transportadores, como
supermercados e hipermercados.”
54 I Abril
Com o know-how comprado em
França – entre 1972 e 1973 e novamente entre 1988 e 1989 – a Jorge Honório
& Filho, Lda arrecadou a capacidade
necessária para se tornar numa referência nacional no setor: “Aprendemos toda
a orgânica da construção deste tipo de
produtos, e com todos os nossos anos
de existência, temos um bom nome no
mercado, apresentando-nos como uma
empresa responsável, com qualidade
no produto fabricado, garantindo uma
rápida fidelização de clientes”, afiançou
Pedro Honório.
Com uma constante necessidade
“de atualização do know-how de acordo com o mercado” e contando com
a colaboração de 70 funcionários, a
Jorge Honório & filho, Lda apostou,
há cerca de três anos, no negócio das
carroçarias de luxo para transporte de
cavalos, distribuindo por todo o continente europeu, inclusive na Rússia.
Atualmente, o negócio foi passado para
outra empresa, embora Pedro Honório
tenha frisado que a empresa possui
todos os recursos tecnológicos para
o desenvolvimento das carroçarias:
“Encarregámo-nos de criar os designs,
estando apetrechados de scanners 3D
e CRC’s.”
Traçando o futuro próximo da Jorge
Honório & Filho, Lda, Jorge Honório foi
perentório: “Queremos apostar, essencialmente, no nosso produto.” O responsável fez ainda questão de acrescentar
que “as perspetivas são boas”, argumentando que se reconhecem como
“uma referência no mercado”, alienando uma equipa “trabalhadora e competente de forma a corresponder às
exigências apresentadas”, terminou. l
Portugal Inovador
Análise referenciada
Com cerca de 60 anos de existência no município do Cartaxo, o Laboratório de Análises
Clínicas Dr. Henrique dos Santos Silva desenvolve um importante papel na saúde da
população cartaxense.
“A existência de laboratórios
de análises clínicas tem 70
anos de história, constituído
inicialmente por profissionais
de saúde ou de farmácia”, começou por introduzir Henrique
dos Santos Silva, figura ímpar
na área de análise clínica.
Encarando a profissão como
“liberal”, o Laboratório de Análises Clínicas Dr. Henrique
dos Santos Silva tornou-se
rapidamente “numa referência”.
De acordo com Henrique dos
Santos Silva, o seu fundador, o
modus operandi “era diferente
devido à falta de automatização”. Contudo, e após alguns
anos de trabalho, “deslocava-me a Santarém, Rio Maior,
Azambuja e até Lisboa, para
fazer colheitas de sangue”,
acrescentou.
Atualmente, o panorama é
diferente. Ana Paula Marques e
Maria Inês Costa são as diretoras técnicas e gerentes de um
laboratório por onde passaram
cerca de 100 colegas estagiários. Contam com o auxílio de
uma equipa de cinco colaboradores que desempenham o
seu serviço em áreas como
bacteriologia, parasitologia,
hematologia, dermatologia e
análises à própria água.
Apetrechado de todas as
condições necessárias – humanas, físicas e tecnológicas – o
Laboratório de Análises Clínicas Dr. Henrique dos Santos
Silva “faz tudo o que envolve
a área das análises clínicas,
estabelecendo convenções com
o Serviço Nacional de Saúde,
assim como todos os subsistemas tradicionais”. Além disto,
o laboratório presta um serviço
de proximidade com a comunidade: “Fazemos assistência ao
domicílio, contando com o apoio
de duas viaturas que percorrem
as ruas da região todas as manhãs”, revelaram.
Apesar de a história contar
com vários capítulos e um estatuto intocável, o laboratório
continua a realizar “um controlo
de qualidade”, em parceria com
“firmas de grande prestígio” o
que lhe permite “ter noção da eficácia do seu trabalho”. Ademais,
a administração do laboratório
não é “apologista de trabalhar
em zonas distantes”, de forma
a “garantir que os produtos biológicos cheguem nas melhores
condições”.
Admitindo que “a nova forma
de trabalhar dos hospitais prejudica o trabalho do laboratório”
– devido aos requisitos exigidos
aos utentes – a administração
revela que o futuro passará pela
dedicação aos seus utentes:
“Costumamos dizer que ‘trabalho
há muito’, devido ao facto de
sermos uma referência e usufruir
de um grande prestígio aqui no
Cartaxo. Temos pacientes que
precisam de nós”, afiançaram. l
Abril I 55
Portugal Inovador
Internacionalização
empresarial com conta,
peso e medida
Afinal, o que significa
internacionalizar? Ser
reconhecido noutro país
além daquele que somos
oriundos? Esta palavra
que poderá remeter para
uma imagem alusiva ao
planeta Terra, visto de
cima significa difusão em
vários países. Mas difusão
de algo? Ou de alguém?
Neste caso concreto, seria
algo a internacionalizar-se.
Para isso, nada melhor do
que apanhar um avião e
tomar contato com a realidade dos mercados mundiais. Há até quem já tenha
pronunciado: “Emigrem!”.
Seria sempre a solução
mais fácil, mas uma empresa sediada neste “canto à
beira mar plantado” pode
chegar a outro tecido empresarial. Como se fosse
omnipresente, mantendo
as suas quatro paredes
no local onde foi fundada.
Obviamente que a sua capacidade financeira para
se manobrar nesse sentido
será o fator mais relevante,
mas a Internet poderá ajudar numa fase inicial.
Atualmente, não acontece o mesmo que há 10 ou
20 anos. Vemos a olho nu
diferenças no mundo empresarial. Com a entrada
na União Europeia, Portugal recuperou uns anos
56 I Abril
de atraso em relação aos
restantes países desenvolvidos (porque esses devem
ser os modelos a seguir).
Até então, a única frase
que entoava de Trás-os-Montes até ao Algarve era
“Orgulhosamente sós!”.
Quando visitamos as principais cidades portuguesas
apercebemo-nos que, na
maioria, existe uma placa
a indicar a sua área industrial. Reparamos então em
empresas com qualidade,
dinamismo, sustentadas
em projetos realistas e sem
dar azo à ilusão. Contudo,
a subida de impostos em
território luso obriga a que
as direções empresariais
coloquem travão na internacionalização das empresas que representam.
Os empresários portugueses já se aperceberam
que ao criar a sua empresa têm dois caminhos: ou
fomentam a sua posição
no mercado regional e/
ou nacional e mantêm
apenas clientes nacionais
ou, passados os anos em
que atingem a autossustentabilidade empresarial,
decidem levantar voo para
mercados mais ambiciosos
e com margens de lucro
bem maiores, embora mais
competitivos e ferozes.
Ouvimos empresários a
lamentarem-se da concorrência da empresa “vizinha”
(têm todo o direito a isso),
mas imagine-se em países
como Alemanha, Estados
Unidos da América, Japão
ou China em que existem
vários “vizinhos”. A internacionalização de uma empresa não é o garante da
sua continuada existência,
mas sim a forma como se
executa a sua gerência. O
termo “se” deve ficar fora
do dicionário empresarial,
caso contrário pode ser um
desagradável indicador de
contração económica.
Aproveite-se, então, os
apoios direcionados às
PME’s como o QREN, o
CORDIS, o FEDER, as
linhas de crédito ou as incubadoras empresariais,
com o objetivo previamente ponderado de estender
o seu raio de ação sem esquecer que o Mundo é semelhante à selva: domina
quem for o mais empreendedor. Permanecem aqueles que se assemelharem
aos melhores exemplos
de empreendedorismo. Os
restantes? Talvez se avizinhe um futuro à semelhança do nosso passado mais
recente. l
Hugo Lopes
Portugal Inovador
BARCELOS
Abril I 57
Portugal Inovador
Crescer Saudável
Desde cedo que Ângela Magalhães percebeu a sua vocação para a educação pré-escolar.
A sua dedicação e naturalidade com as crianças são enternecedoras e impulsionaram, em
2007, a criação da Bola de Sabão.
“As crianças necessitam de
um ambiente familiar”, é a introdução da diretora a esta entrevista. Perto de 100 crianças
partilham na Bola de Sabão os
espaços de creche, jardim de
infância e ATL sendo que, para
além do trabalho pedagógico
na sala, usufruem de aulas de
inglês, música, educação física,
danças contemporâneas, ballet,
piscina e uma nova modalidade
este ano, o karaté. Atenta a todas
as necessidades dos pais e das
crianças, a Bola de Sabão dispõe
também de um serviço de apoio
psicológico e de terapia da fala.
A Bola de Sabão é um espaço
acolhedor, onde oito colaboradores trabalham das 7h30 às 21h,
para proporcionar um ensino de
qualidade, multifacetado.
“Se tivermos a capacidade
de nos adaptarmos às diferentes personalidades e conhecer
cada criança o ensino vai ser
harmonioso. Tentamos sempre
enquadrar os meninos ao mundo real, pois o nosso objetivo
é prepará-los para o dia a dia”,
explica. A fundadora defende
que a partilha de informação
e o relacionamento entre pais,
crianças e educadores é crucial
neste processo.
Outro das mensagens importantes vincadas no dia a dia
desta instituição é a educação
alimentar. A diretora orgulha-se
de criar parcerias com produtores
58 I Abril
locais que oferecem às crianças
frutas e legumes biológicos. Estes podem também ser vendidos
aos pais que optem por uma
alimentação mais saudável.
O ensino não
começa na escola
Ângela Magalhães explica
que “para uma criança, é maravilhoso passar algum tempo com
os pais e poder observar as suas
ações”. Assim, na Bola de Sabão
E-Blocks
os parentes mais próximos têm
a oportunidade de participar no
ensino, com tarefas próprias,
podendo demonstrar aos mais
pequenos o seu interesse pela
vida escolar.
A participação ativa dos pais
na formação da criança é a
mais valia deste projeto. É esta
responsabilidade partilhada que
permite à criança ter um crescimento saudável, num ambiente
familiar e descontraído. l
A Bola de Sabão possui um computador didático - que funciona com
cubos - onde todos os conceitos de matemática, inglês e português
que as crianças devem adquirir entre 0 meses até aos 12 anos, estão
inseridos. É muito proveitoso para as crianças pois estão em constante atualização, algo que Ângela Magalhães considera essencial.
Portugal Inovador
RAMO IMOBILIARIO | CONSTRUÇÃO CIVIL | OBRAS PUBLICAS
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Telefone: 253826541 │Fax: 253826543
E-mail: [email protected]
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Abril I 59
Portugal Inovador
Centro Óptico 91, uma óptica
que vê mais além.
Com 10 anos de existência, o Centro Óptico 91 é uma referência no concelho de Barcelos.
Com uma equipa jovem, dinâmica e multidisciplinar, o Centro introduziu novas práticas, e
aborda a saúde visual de um ponto de vista holístico, relacionando-a com diferentes áreas
da saúde. Em entrevista à revista Portugal Inovador, a diretora, Ana Paula Pinto de Azevedo
explicou este conceito.
Atualmente, sabemos que cerca
70% da informação que o nosso cérebro processa, tem origem no nosso sistema visual. A visão é um canal
recetor de um processo neurológico
complexo que, em conjunto com a
formação auditiva e proprioceptiva
(capacidade de reconhecimento
da localização espacial do corpo),
nos permite a interação com o meio
circundante. Assim, quanto mais
eficiente e estruturado este sistema
se demonstrar, melhor se cumpre o
processamento cognitivo e sensorial, resultando em maior equilíbrio
do indivíduo em termos racionais e
emocionais.
Conheci esta abordagem aquando do meu estágio em Barcelona,
ainda nos primeiros anos de prática.
Aí constatei que a visão era avaliada, não só de um ponto de vista
refrativo, ou seja, medindo os níveis
de acuidade visual, mas também
de um ponto de vista da integração
motora. Em vários casos, pude comprovar que esse elo é fundamental
para o desenvolvimento da capacidade de atenção e perceção visual,
levando o Indivíduo a uma melhor
compreensão cognitivo-espacial e,
logicamente, a um aumento do seu
desempenho.
Nos primeiros anos da minha experiência clínica tive a oportunidade
de concretizar estes conceitos, e
associá-los a uma experiência em
desenvolvimento na área da posturologia clínica. Como o nome deixa
antever, a posturologia intervêm
60 I Abril
sobre a regulação postural, cujo
impacto no sistema oculo-motor,
proprioceptivo, emocional, visceroceptivo, etc, é determinante .
Assim, quando criei o Centro
Óptico 91 tentei implementar este
conceito integrativo, necessitando
desde logo um conhecimento abrangente, especializando-me assim
nesta área da posturologia.
Inovação
no conceito de ótica
Uma das áreas pelas quais nutro
um carinho especial é a do ensino,
especialmente nas crianças com
dificuldades de aprendizagem. A
neurociência vai comprovando várias teorias para explicar a dislexia,
disgrafia, défice de atenção, etc.
Algumas dessas teorias mostram
a importância da eficácia visual e
do processamento da informação
visual. Saliento que os problemas vi-
suais não são meramente refrativos,
e que, a maioria das dificuldades de
aprendizagem que as crianças apresentam, embora com boa acuidade
visual, tem que ver com anomalias
na eficácia visual e processamento
da informação. Por estes motivos
o Centro Óptico 91, oferece um
conjunto de serviços que permite
diagnosticar e introduzir práticas
que colmatam estas anomalias e
aumentam a sua eficácia visual,
logo, o desempenho do cognitivo.
Além da prática clínica, queremos
chegar até às escolas, com o objetivo
de atuar na prevenção, e passar esta
informação também a educadores
sobre como melhorar o desempenho
das crianças em sala de aula.
Com uma equipa multidisciplinar
que atua em diferentes áreas, que
vão desde a oftalmologia à psicopedagogia clínica, o Centro Óptico
91, adotou este novo conceito de
Portugal Inovador
visão, trabalhando as diversas
áreas corelacionadas simultaneamente. “Não podemos ver a ótica,
de um ponto de vista isolado, mas
sim numa perspetiva de total integração sensorial e cognitiva. Esta
especialização serve exatamente
esse objetivo - saber como é que
os nossos olhos se comportam
juntamente com todos os outros
sentidos, - como é que se identificam e nos permitem interagir com
o meio”, explica a diretora do Centro
Óptico 91.
Para além de querer manter
como objetivo permanente, um
conceito inovador, com uma equipa
multidisciplinar com a qual trabalha,
um dos grandes projetos que Ana
Paula Pinto de Azevedo tem para
o futuro passa por “desenvolver
um estudo de relevo sobre este
tema, porque é uma realidade que
nos afeta cada vez mais, devido ao
fluxo e velocidade da informação
que recebemos e a forma como
lidamos com ela. Em Portugal ainda
não existe informação e acesso a
novas terapias de hoje nesta área”,
conclui. l
Abril I 61
Portugal Inovador
Estética com diferenciação
e qualidade
Liliana Neto tem vindo a destacar-se como uma profissional de referência nos cuidados
estéticos na área de Barcelos. Fomos conhecer o seu espaço, em funcionamento desde 2008.
Com uma boa dose de know-how adquirida anteriormente, a
evolução para a atividade por conta própria surgiu com naturalidade. “O percurso não tem sido fácil,
dadas as despesas com o espaço,
mas tem havido capacidade para
se levar o barco a bom porto,”
conta a jovem responsável.
As instalações inspiram a máxima tranquilidade, sendo este um
local convidativo para o conjunto
de serviços que ali se encontram.
“Prestamos tratamentos para o
corpo e para o rosto, depilações,
pédicure, spa, maquilhagem e
aplicamos unhas de gel”, apostando sempre “na diferenciação,
na qualidade, no bom atendimen-
62 I Abril
to e também num bom preço”.
Para esse efeito, o serviço é
prestado com recurso a “produtos e equipamentos de elevada
qualidade,” sublinha Liliana Neto,
enaltecendo, o “L600” equipamento de depilação permanente
e o “LPG” equipamento para
tratamentos específicos de corpo
e rosto.
Um desafio identificado à luz
das tendências recentes é o
crescente interesse por parte de
homens, que vêm ao encontro
deste centro, principalmente
para “depilação e tratamentos do
rosto”.
O profissionalismo pelo qual
o trabalho de Liliana Neto se
pauta convive com várias adversidades. Designadamente,
há uma disparidade evidente no
que toca aos constrangimentos
colocados aos que trabalham
dentro da legalidade e a muitos
outros que trabalham clandestinamente. “Exige-se de tudo a
quem quer trabalhar legalmente,
que é forçado a competir com
quem faz o mesmo como um
hobby, desempenhado em casa,
com um trabalho e com produtos
de qualidade deficiente, mas
com preços imbatíveis. Existe
uma banalização do serviço de
estética e a legislação é muito
vaga em relação ao exercício das
profissões”, conclui. l
Portugal Inovador
Sirva-se e apaixone-se
O restaurante Novo Horizonte está entre a elite de restaurantes da região do Minho. Com
uma garrafeira sublime, aliada a uma gastronomia portuguesa de excelência, disponibiliza,
desde 1985, um serviço de qualidade aos seus clientes.
A freguesia de Gilmonde, no concelho de Barcelos, orgulha-se de apadrinhar um local com muita história e
encanto. O restaurante Novo Horizonte está, há quase trinta anos, em terras
barcelenses e é um autêntico oásis
gastronómico. Duas das pessoas
mais importantes para a dimensão
alcançada pelo Novo Horizonte, são
os seus fundadores, António Ferreira
e a sua esposa, Maria da Conceição.
Falar do percurso evolutivo deste restaurante, é falar também da dedicação
dos dois gerentes, que aproveitaram
as origens minhotas para se lançarem
num projeto que nunca perdeu o norte:
“Começou como um capricho e aos
poucos foi-se tornando um caso sério
de sucesso. O facto de ser natural
de Gilmonde, fez com que tivesse
algum know-how em relação ao meio
envolvente. A paixão que tenho pelo
que faço não se perdeu ao longo
destes anos, o que também ajudou
na evolução deste espaço. De referir
ainda que eu faço todo o serviço externo do restaurante e a minha esposa
é a cozinheira. Sem ela metade do
sucesso não teria sido alcançado”,
explica o gerente. A génese do nome
do restaurante é-nos também explicada por António Ferreira: “Quando
fundei o restaurante, sentia que em
Gilmonde era tudo muito monótono,
por isso tive o objetivo de criar algo
de novo, um novo conceito na região
que acabou por ser uma lufada de
ar fresco”.
Com uma variedade gastronómica
capaz de deixar “água na boca” a
qualquer pessoa e com uma garrafei-
ra dotada dos melhores vinhos, tudo
o que é servido no Novo Horizonte é
especial. O lema “o que é nacional é
bom” assenta que nem uma luva na
filosofia de trabalho do restaurante.
“Privilegiamos o conceito da cozinha
tradicional portuguesa. A confeção
dos pratos reporta-nos ao tempo da
minha avó“, refere o nosso entrevistado. Também “90% dos nossos vinhos
são portugueses”, acrescenta.
No restaurante Novo Horizonte,
mais do que uma refeição, serve-se
uma autêntica obra de arte: “Preocupamo-nos em ser criativos e inovar na
apresentação dos pratos. Gostamos
de deixar o cliente completamente maravilhado e satisfeito com aquilo que é
apresentado”, refere António Ferreira.
O restaurante é composto por três
salas para refeições, sete funcionários, parque privativo, privilegiando
o ambiente acolhedor e familiar, de
modo a fazer com que o cliente se
sinta em casa. “Temos clientes a
almoçar todos os dias, há 25 anos.
Consideramos que cada cliente, é um
amigo”, sublinha o gerente.
A receita para o futuro do Novo
Horizonte passa por “continuar a fazer
o melhor em prol do desenvolvimento
do nosso restaurante”. l
Abril I 63
Portugal Inovador
“Calçar aquilo que é nosso”
A Manbri direciona a sua atividade para o fabrico de calçado, maioritariamente, para o setor
jovial e feminino. José Brito, administrador da empresa, classificou o calçado português de
“grande qualidade” e “ao nível dos melhores”.
Liderando uma equipa de
23 funcionários que dão continuidade ao fabrico de calçado
que conta com 35 anos de história, José Brito, em entrevista,
começou por contextualizar a
Manbri, localizada em Remelhe, freguesia de Barcelos:
“Surgiu por intermédio do meu
pai, em 1978. Fruto de um
fracasso de uma antiga sociedade, decidiu criar esta empresa. Anos depois, em 2007,
a empresa, denominada por
Manuel Fonseca da Silva Brito,
sofreu uma alteração no seu
nome, passando a denominar-se Manbri.”
Com um raio de ação alargado, a Manbri distribui os
seus produtos por todo o território nacional, inclusive em
vários países do continente
europeu. Todavia, José Brito
não coloca um travão ao seu
alargamento: “Ambicionámos
entrar noutros mercados, em
mercado fora da Europa, estando, neste momento, em
contatos com alguns possíveis
clientes”, revelou.
O administrador da empresa barcelense admitiu que “se
produzisse calçado em plástico
já tinha fechado as suas portas”. Teceu ainda algumas criticas à concorrência asiática: “O
mercado nacional sofreu muito
devido à aceitação em relação
ao mercado chinês, tornando-
64 I Abril
-se demasiado desleal devido
à prática de preços baixos no
que toca à mão de obra e à
qualidade do produto em si”.
Mas mostrou-se satisfeito com
o trabalho desenvolvido pela
Manbri: “Orgulhámo-nos de
usar apenas pele e fabricármos um produto português,
em qualquer parte do Mundo.”
Com um designer próprio e
com a opção de uma personalização feita pelo próprio cliente,
José Brito admitiu alterações –
positivas, claro está – embora
diferentes no panorama global
e nacional: “São notórias as di-
ferenças. Contudo, o mercado
externo continua numa posição
mais favorável do que o nosso.
Ainda está pouco reconhecido,
o que nos obriga a uma maior
difusão. Mas a verdade é que
temos tido um aumento no
volume de negócios e isso é
ótimo para nós.”
Ressalvando que continuarão “a viver um dia de cada
vez”, José Brito mostrou-se
confiante em relação ao futuro da Manbri: “Se tudo correr
como planeado, 2014 será um
ano extremamente positivo
para nós”, afiançou. l
Portugal Inovador
Assistência técnica
de excelência
Especializada em assistência técnica, a Digibarcel é uma empresa que prima pelo
profissionalismo e pela eficácia do seu trabalho.
Desde há 20 anos as tecnologias têm-se alterado de uma forma
abrupta e, com o evoluir dos tempos, foram muitas as empresas
que necessitaram de atualizar o
equipamento e de ter uma empresa de confiança a quem pudessem
pedir assistência técnica. Na
área há 28 anos, este foi um dos
motivos que levou Adelino Silva
a fundar a Digibarcel: “Criei esta
empresa para manter os clientes
que tinha e para dar continuidade
ao meu trabalho. Hoje em dia,
muitas firmas dependem das máquinas e o cliente não pode ficar
à espera. O problema tem de ser
solucionado no imediato. É isso
que fazemos”.
Resolver problemas é o principal lema desta empresa e o profissionalismo é aquilo que distingue
a Digibarcel no mercado. O facto
de estarem constantemente disponíveis para os clientes é um fator
fundamental. Com cinco colaboradores, a formação é essencial:
“Ao longo dos tempos os colaboradores vão adquirindo formação,
porque este tipo de equipamento
está sempre a ser atualizado.
Temos a formação que é dada
internamente e, quando entra um
colaborador novo, este passa por
uma fase de estágio para poder
aprender todo o procedimento e
forma de atuação. Temos também
formação dada pelas marcas
sempre que é lançado um novo
modelo de equipamento. É graças
a esta aposta que somos uma referência”. O facto de trabalhar com
marcas de renome a nível nacional
e internacional, como a Ricoh, a
Kyocera ou a Toshiba, faz com
que o trabalho tenha de ser mais
exigente para também responder
às necessidades dos clientes que
têm equipamentos destas marcas.
A atuar maioritariamente no
mercado do Norte de Portugal,
com maior incidência nas regiões
de Porto, Braga, Viana do Castelo,
Vila do Conde e Póvoa de Varzim,
cerca de 90% dos clientes da Digibarcel são empresas. “Desde que
existimos que o nosso foco são as
empresas, porque são estas que
utilizam o tipo de equipamento
com o qual trabalhamos”, refere
Adelino Silva. Melhorar a qualidade de serviço e criar mais postos
de trabalho é o grande objetivo
para o futuro. “Acredito que é possível melhorar e crescer sempre
mais um pouco e espero um dia
poder alargar o mercado de atuação. Consolidar o mercado e dar
confiança aos clientes são os nossos maiores projetos”, conclui. l
Abril I 65
Portugal Inovador
Seguramente do seu lado
A Espobarcelos é uma empresa de mediação de seguros com um historial de excelência e
liderança na cidade de Barcelos.
João Arantes iniciou a sua
carreira nesta área em 1992,
com o seu primeiro estágio no
ramo dos seguros. A partir daí,
o nosso entrevistado consagrou-se nesta área e reconhece
que foi a escolha correta.
A Espobarcelos descende
de uma parceria com a Espoalarmes, empresa de comércio
e instalação de sistemas de
alarme. Com a progressão do
negócio, João Arantes tomou
as rédeas da empresa juntamente com Márcia Briote,
tornando-se as novas caras do
estabelecimento.
Esta empresa trabalha com
multimarcas há 11 anos e tem
tomado preferência pelas seguradoras de excelência: Fi-
66 I Abril
delidade, Açoreana, Generali e
Metlife. O trabalho da Espobarcelos é positivamente exaustivo
e controlado e o gerente admite
que a sua principal preocupação é fidelizar o cliente, através
da qualidade dos serviços e da
disponibilidade total.
HONESTIDADE
E QUALIDADE
“Muitas vezes perdemos
contratos por sermos francos
com o cliente, mas é essa característica que mantemos em
primeiro lugar, independentemente do resultado”, admite
João Arantes. A Espobarcelos prima pela adequação do
melhor valor a cada cliente,
sempre com o cuidado de de-
monstrar total disponibilidade
para ajudar quem procura os
seus serviços.
“Cada vez mais temos de
estar atentos e saber o serviço
que a pessoa necessita no momento em que entra na nossa
loja”, explica o assistente comercial. Atualmente, o trabalho
da empresa de mediação de
seguros é célere e a resolução
de problemas tem sido a sua
prioridade.
A informação total que é
passada ao cliente é também
uma das características da
Espobarcelos. João Arantes
defende que “o cliente tem
que confiar no seu parceiro de
negócio”. Assim, a gerência da
Espobarcelos admite que privilegia o contacto direto com os
clientes, sendo esta uma das
mais-valias desta empresa de
renome.
PARA O FUTURO
A Espobarcelos procura
abrir um novo espaço e fazer
parcerias com mediadores,
com a intenção de atingir um
nível mais elevado na área de
mediação de seguros. “Queremos criar uma rede, onde
se unem algumas companhias
de mediação de seguros, para
rapidamente conseguir ajudar
e receber apoio nas atualizações constantes tecnológicas.
Assim, estamos sempre a evoluir com o mercado nacional”,
conclui João Arantes. l
Portugal Inovador
Espaços verdejantes
enriquecem o coração do Minho
No extremo Norte do concelho de Barcelos, na freguesia de Durrães, encontra-se a Quinta de
Malta. A casa muito antiga, construída em 1570, respira história, enquanto a sua envolvência
alimenta os olhos com o seu verde tranquilizante. O edifício foi ampliado ao longo dos tempos
e completamente restaurado em 2004.
Um sonho de Luís Sobreiro, que
juntamente com a esposa, Maria
Helena Sobreiro tornaram a Quinta
de Malta um lugar de requinte e beleza. “A Quinta estava à venda, era
preciso requalificar, e a vontade dos
pais continuarem ativos, a hospitalidade, o gosto por receber pessoas”,
são razões que ajudam a perceber
os segredos que a Quinta tem para
desvendar, explica Luís Sobreiro.
Turistas portugueses e de outras nacionalidades já foram, e
continuam a ser, acolhidos nesta
casa, com um público predominantemente na faixa etária entre os
40-60 anos.
A Quinta de Malta é reconhecida
por ser o espaço de eleição entre 78
hotéis no Distrito de Braga; número
1 entre os seis hotéis de Barcelos;
24º qualificado entre os hotéis com
bom preço no Norte de Portugal; e,
por fim, 32º numa lista dos hotéis
mais românticos do Norte do país.
Esta valorização revela o que esta
casa tem para oferecer e a paz que
aqui se pode disfrutar: “Aqui, onde
até o vinho é verde”, reforça Luís
Sobreiro.
Riquezas do Norte
Os turistas que procuram a
Quinta esperam por horas sossegadas de convívio com a natureza e a
família. Os seus jardins com piscina,
o corte de ténis, as bicicletas de
montanha, a sala de jogos, a pro-
ximidade que beneficia das praias
e dos caminhos de Santiago de
Compostela, o Rio Neiva - um dos
menos poluídos do país -, a riqueza
da sua fauna e flora, estimulam esta
região que se acalora no coração
do Minho.
Ao pensar no futuro demonstram a sua vontade de praticar
um turismo sustentável. Uma das
preocupações mais prementes, no
momento, passa pela inclusão de
novos serviços, preferencialmente
gratuitos. Um serviço específico
passaria pela restauração, apesar
dos restaurantes serem relativamente perto, a família Sobreiro
preocupa-se com a comodidade
dos seus hóspedes. l
Abril I 67
Portugal Inovador
A criatividade que zela
pelo conforto
A confeção ganha terreno num mercado que se descobre mais elitista, contrariando aquilo
que vai ao encontro das massas. Deixe-se seduzir pelas peças que a Confecção Julimatex
produz. Com diferentes formas, tamanhos e tecidos, não colocam de lado a inovação e a
moda que enriquece e deixa o cliente confortável.
Há 25 anos, Maria Emília,
juntamente com o seu marido,
abriu a Confeção Julimatex, em
Barcelos. Cem pessoas inicialmente colaboravam e davam os
primeiros passos numa indústria
que se fazia com novidade e rigor.
Misturavam-se sonhos e projetos,
ansiando pela sua concretização,
com a verdade e a seriedade que
a indústria da moda exige.
Nesta empresa, o valor da peça
concretiza-se num produto personificado, porque “cada cliente é
um cliente diferente”, refere Maria
Emília. Dando primazia à diversificação, procura-se conjugar pequenos detalhes num só elemento
- a peça -, de modo a satisfazer o
cliente que, de outra forma, seria
absorvido por uma indústria de
moda que produz uniformemente,
que não arrisca.
Com várias lojas de revenda
espalhadas pelo país, e uma aberta
ao público no Porto, no Bonfim, a
Confeção Julimatex atende às novas realidades que os novos clientes procuram, sem nunca esquecer
o cliente fiel que, ao longo destes
anos, vem ter consigo.
Marca a diferença
Através de dois designers que
integram a equipa, esta empresa
realiza um trabalho criativo e per-
68 I Abril
sonalizado, um compromisso que
conjuga a inovação e a modernidade, demonstrando a preocupação
de criar a sua própria imagem.
As suas coleções ajustam-se
a diferentes públicos: produzindo
desde uma linha mais juvenil até
uma linha mais clássica. A Julimatex foi a primeira empresa em
território nacional a produzir peças
com tamanhos grandes. “Não existem muitas marcas a confecionar
tamanhos grandes para pessoas
de meia-idade”, por isso, os plus
size (3XL e 4XL) são aqui produzidos, colmatando uma lacuna
existente em Portugal. “Os clientes
de meia-idade são mais fortes, mas
querem modelos jovens”, sublinha.
Numa visão futurista, aguardam-se tempos de mudança.
Como uma lufada de ar fresco compassada num olhar esperançoso,
é assim que a Maria Emília pensa
na renovação de um mercado que
está em constante atualização. l
Portugal Inovador
O futuro: uma indústria
competitiva
A Indústria de Moldes portuguesa é um símbolo de qualidade e profissionalismo, e tem
demonstrado a sua aptidão para ultrapassar desafios no mercado internacional. Com o
apoio da Cefamol, as capacidades existentes têm sido dinamizadas de modo relevante para
o crescimento dos seus associados.
Constituída por sete empresas
em 1969, a Cefamol tinha como
função impedir a saída dos colaborados para criarem as suas
próprias firmas. Com a adesão
de novos associados, esse objetivo foi gradualmente alterado,
relfectindo-se no crescimento
da indústria. Resultadamente, o
setor uniu-se para promover o
A Cefamol conta com 127
associados distribuídos
pelo distrito de Leiria,
principalmente na Marinha
Grande, e Aveiro, em
Oliveira de Azeméis.
Ao exportar atualmente
para cerca de 80 países,
as empresas têm a
possibilidade de aumentar
a produção e o número de
postos de trabalho.
desenvolvimento das capacidades e prepará-las para mercados
internacionais.
O papel da Cefamol consiste
no auxílio aos associados, contribuindo para a dinamização das
capacidades e para a representação nacional. A Cefamol conta
com 127 associados distribuídos
pelo distrito de Leiria, principal-
mente na Marinha Grande, e
Aveiro, em Oliveira de Azeméis.
Ao exportar atualmente para
cerca de 80 países, as empresas
têm a possibilidade de aumentar
a produção e o número de postos
de trabalho.
Formação
“A indústria de moldes detém
a tecnologia mais moderna do
mundo e, para que essa seja corretamente utilizada, deve haver
uma simbiose entre a indústria e o
ensino, para rentabilizar as oportunidades que surgem” confirma
o presidente.
Para completar esse processo,
a Cefamol fez alguns protocolos
com instituições de ensino para
aproveitar o conhecimento teórico que, associado ao prático
da indústria, resulta no desenvolvimento de novos conceitos.
Uma das maiores apostas é a
formação, e são lecionadas dezenas de ações de formação ao
longo do ano para as empresas
associadas.
Evolução
A Cefamol estabeleceu um
plano estratégico no qual definiu
seis áreas de atuação, para as
quais estão a dirigir bastante
atenção, visando o aumento da
capacidade industrial no mercado
externo. “Para além da indústria
automóvel, para a qual cerca de
70% da indústria dos moldes está
direcionada, queremos dar algum
foco às áreas de moldes para o
setor de aeronáutica, ambiental,
de embalagem, médica e eletrónica” indica João Faustino.
Uma enorme vantagem da
Cefamol é a notável capacidade
de agregação das empresas,
que embora sejam concorrentes,
unem-se na tentativa de ultrapassar desafios de forma coletiva e positiva. Um segundo fator
importante na atividade desta
associação é a disseminação de
informação, para a qual estão
constantemente a agregar as
empresas com vista a enfrentar
desafios e prolongar a evolução
contínua que se tem feito notar.
O setor tem ultrapassado
dificuldades e fortaleceu-se de
tal modo a possibilitar a aproximação a mercados mais fortes.
Nos últimos anos fizeram-se notar
crescimentos de 15% em 2011,
35% em 2012, 7% em 2013, logo
há uma tendência de elevar a
indústria dos moldes portuguesa
a um novo patamar de qualidade
e profissionalismo para competir
com o mercado internacional do
mais alto nível. l
Abril I 69
Portugal Inovador
Empresa multifacetada
A Paulo Pinto & Figueiredo presta um número extenso de serviços, sendo que a manutenção
e a venda de máquinas Negri Bossi, assume papel de destaque na empresa. As marcas
Eurochiller, Plastic Systems, Tecnomatic S.R.L, Mass International S.R.L., DPS S.R.L. e
Marsé garantem a qualidade dos restantes produtos comercializados.
A empresa teve origem na década de 90, apenas com o nome Paulo
Pinto. Posteriormente, em 2005
nasce a Paulo Pinto & Figueiredo.
Paulo Pinto e Paula Figueiredo,
gerentes desta empresa da Marinha
Grande, preocupam-se em prestar
um serviço rápido e eficiente aos
seus clientes. Este serviço é multifacetado e, para além das vendas e
da manutenção de máquinas, fazem
também mudanças industriais com
desmontagem, transporte e montagem de equipamentos e mudanças
nas próprias instalações.
Desumificadores, tapetes, estufas, alimentadores, refrigeradores,
robots, máquinas elétricas, são
alguns dos exemplos de produtos
que esta empresa comercializa.
No que diz respeito às marcas
representadas, nas máquinas de
injeção, a Negri Bossi é a referência.
70 I Abril
Os periféricos têm marca Marsé e
Plastic Systems, enquanto que os
refrigeradores são marca Eurochiller.
“Fiquei muito ligado à Negri Bossi
pela experiência profissional do
passado e fiquei a ser o representante desta marca no país. Depois fui
adquirindo outras marcas. De referir
ainda que prezo por ter marcas europeias”, explica Paulo Pinto.
Com uma equipa de trabalho
qualificada, constituída por quatro
pessoas, e recorrendo a tecnologia
de ponta, o negócio tem evoluído e
os clientes têm aumentado, ganhando preponderância o ramo automóvel. O gerente revela-nos: “A mala
do porta luvas da Polo, fomos nós
que ganhámos o projeto e fizemos
umas quatro máquinas.”
A responsabilidade ambiental
também faz parte do “código genético” da empresa. Todas as marcas
que representa preocupam-se com
as questões ecológicas, sendo que
algumas até já foram premiadas.
A faceta empregadora desta
empresa, aliada à ambição de
alargar horizontes, fazem parte dos
objetivos primordiais da Paulo Pinto
& Figueiredo para o futuro: “Espero
que mais tarde, ao invés de ser
uma empresa que apenas se posiciona para o mercado nacional, que
cresça e que comece a ter espaço
para desenvolver produtos. E, numa
altura em que muitos jovens abandonam o país, espero que a Paulo
Pinto e Figueiredo tenha a capacidade para ir buscar esses jovens,
dar-lhes trabalho e fazer com que
eles desenvolvam inovação para
depois podermos vender para todo
o mundo. É o nosso maior objetivo,
espero um dia alcançá-lo”, finaliza
Paulo Pinto. l
Portugal Inovador
Abril I 71
Portugal Inovador
Ferramentas de corte
para a indústria de Moldes
Sediada na Marinha Grande, a Hexatool é uma empresa vocacionada para a comercialização
de ferramentas de corte para a indústria dos moldes.
Com o crescimento da indústria
de moldes, várias foram as empresas
que surgiram no mercado. Em 2001,
surge a Hexatool uma empresa que
conta com profissionais com uma
longa experiência e conhecimento no
setor das ferramentas de corte e que
é capaz de dar soluções e respostas
aos problemas, contribuindo para o
aumento do rendimento dos processos de maquinação. Adelino Gaspar,
administrador da empresa esclarece:
“A Hexatool surgiu pelo facto de
alguns dos acionistas, já estarem
envolvidos na área e de terem um
grande know-how acerca das ferramentas necessárias para a indústria.
Desta forma, criaram a Hexatool para
ajudar os seus clientes, sendo que o
grande objetivo não foi dedicarem-se
apenas à comercialização de ferramentas, mas sim criar e desenvolver
soluções que sejam uma mais valia
para o produtor de moldes”.
A comercializar produtos especializados no corte de aço, como
pastilhas, machos, brocas, fresas
de metal duro, óleos solúveis e
todos as ferramentas inerentes a
72 I Abril
este trabalho. A formação é um
ponto fundamental para a Hexatool.
“Graças à formação que temos e
que proporcionamos aos nossos
coloaboradores, somos capazes de
abraçar novos desafios. Todos os
comerciais têm formação interna e
externa, que é dada por nós, e pelos
nossos fornecedores, refere o nosso
entrevistado.
“Graças à formação
que temos e que
proporcionamos aos
nossos colaboradores,
somos capazes de abraçar
novos desafios”
MERCADO DE ATUAÇÃO
Contrariamente a muitas empresas que atuam no setor dos moldes,
a Hexatool não faz exportação, mas
sim importação das ferramentas que
são necessárias para as empresas
portuguesas fabricantes de moldes e
para as metalomecânicas. De acordo
com Adelino Gaspar, administrador
da empresa: “Trabalhamos exclusi-
vamente com empresas nacionais
e cobrimos o país de Norte a Sul
com uma equipa de técnicos qualificados”. A par disto, a Hexatool é
representante exclusiva em Portugal
de algumas marcas de ferramentas
de corte, óleos solúveis e sistemas
de fixação, nomeadamente, “a Dc
Swiss, Rego-Fix e Triag que são três
marcas suiças, a Krebs & Riedel e a
Oemeta, marcas alemãs, a Showa,
marca Japonesa e a TaeguTec,
marca Coreana, que é uma das
principais produtoras de metal duro
a nível mundial”.
FUTURO
Com 13 anos de existência, sempre com produtos de alta qualidade,
é considerada uma empresa de
referência no mercado nacional, o
administrador desta empresa refere
à revista Portugal Inovador que o
futuro passa por: “Dar continuidade
àquilo que iniciámos há 13 anos e
ampliar ainda mais a nossa gama de
produtos. O nosso grande objetivo
é melhorar sempre a qualidade, o
serviço e o crescimento”. l
Casal Galego ■ 2430-070 Marinha Grande
Telefone: 244 550 424/5 ■ Fax.: 244 550 426
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Portugal Inovador
OS DESAFIOS ELEVAM-SE, OS SUCESSOS REPETEM-SE.
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7-10 de maio na EXPOSALÃO BATALHA
74 I Abril
Portugal Inovador
“Acredito nos meus sonhos”
EPOXYTECH, empresa criada recentemente, sediada na Marinha Grande, está vocacionada
para o revestimento de pavimentos industriais/decorativos em resinas – epoxy.
Na EPOXYTECH todas as
especificações técnicas de cada
produto são cumpridas e realizadas por aplicadores experientes e
profissionais “Renovamos qualquer
espaço – habitações, estabelecimentos comercias, escritórios,
clínicas, ginásios, indústrias, entre
outros, garantindo qualidade e eficiência no serviço prestado, tendo
sempre em conta a satisfação total
do cliente. Desenvolvemos soluções inovadoras em vários tipos
de pavimento: pavimento autonivelante; pavimento antiderrapante/
multicamadas; impermeabilização;
pavimento de pintura em epoxy”.
O gerente e responsável pala
empresa, Marco silva sublinhou
ainda, em conversa com a revista
Portugal Inovador, que o “brio e
gosto” foram motivos preponde-
rantes que o levaram a enveredar
por esta área.
Todavia, o know-how adquirido
a priori da criação do seu próprio
negócio foi fundamental: “Trabalhei
durante 12 anos numa empresa do
ramo e quis começar a incutir esta
técnica no setor imobiliário. Abri a
minha própria loja, onde coloquei
um showroom. Após três anos,
mudámos de instalações fazendo
sempre questão de manter a mesma equipa”, revelou.
Marco Silva afiançou que a
concorrência “é algo fácil de lidar”,
desta forma, garante: “O futuro da
EPOXYTECH passa por viver um
dia de cada vez, sempre acreditando nos meus sonhos”. Marco
Silva traça boas perspetivas: “Com
certeza que este ano será de crescimento para nós”. l
Abril I 75
Portugal Inovador
Soldadura sublime
A empresa Paulino, Lda presta serviços de soldaduras técnicas para moldes. Fundada em
1994, em Maceira, utiliza a soldadura TIG e laser para dar um toque de classe ao molde.
Paulino Oliveira fundou a
Paulino, Lda em 1994, mas a
história no mundo dos moldes
começou a ser contada muito antes: “Praticamente toda a minha
vida foi dedicada à soldadura.
Tive oito anos ligado ao fabrico
de moldes. Após essa atividade,
dediquei-me exclusivamente à
soldadura. Aproveitei a experiência na indústria de moldes e abri
o meu próprio negócio“, explica
o nosso entrevistado.
Atualmente, a empresa dedica-se a soldar a laser e TIG,
mas nem sempre foi assim:
“Temos soldadura TIG e laser.
No início, começámos pelo TIG
e, em 2002, quando surgiu o
laser, lançamo-nos com esse
tipo de soldadura. Há trabalhos
específicos com o TIG e outros
com o laser. Em relação ao laser, apesar de serem soldados
moldes de todas as dimensões,
76 I Abril
é um tipo de soldadura destinada
a trabalhos mais ao pormenor,
enquanto que o TIG se direciona
para o enchimento do próprio
molde, com mais quantidade de
solda”, refere o gerente.
99% do trabalho da empresa
dedica-se à indústria dos moldes
para plásticos, sendo o ramo
automóvel o principal destino. Há
também o tratamento de moldes
para brinquedos, por exemplo.
Os seus clientes são empresas
sediadas entre Aveiro e Setúbal.
Para que o trabalho tenha o
máximo rendimento possível,
são utilizados equipamentos de
alta tecnologia, dando uma maior
rentabilidade e eficiência a todo
o processo. Na Paulino, Lda são
três os colaboradores, exclusivamente, responsáveis pela soldadura e todos os funcionários têm
acesso a formação constante.
Paulino Oliveira e a sua esposa
Fátima Oliveira, dedicam-se à
parte administrativa, sendo que
Paulino Oliveira passa praticamente todo o tempo a fazer
trabalho de soldadura.
Os anos foram passando e a
empresa foi crescendo, “durante
todos estes anos, foram sempre
aparecendo novos desafios. Tem
existido muito trabalho, dedicação e esforço. Para chegarmos a
este patamar foi necessário muito espírito de sacrifício e houve
alturas em que trabalhávamos
entre 13 a 14 horas por dia, sete
dias por semana”, confessa o
nosso entrevistado.
“No futuro, continuaremos a
estar atentos à evolução desta
indústria, investiremos com
cautela no momento oportuno.
A empresa tem evoluído muito
e esperamos que esse percurso
continue”, conclui Paulino Oliveira. l
Portugal Inovador
Empenho e dedicação
Em 2001, Susana Marques decidiu expandir o seu conhecimento para outros ramos
profissionais e optou pela mediação imobiliária. Juntamente com Alberto Matias, criou a
Remax Empenho, uma agência de referência na Marinha Grande.
Como uma das pioneiras da
marca Remax, Susana Marques preocupou-se em estudar
o melhor caminho a seguir para
abrir a sua própria loja e hoje
afirma: “É gratificante reconhecerem o nosso bom trabalho.
Queremos sempre melhorar,
daí continuarmos numa perspetiva de expansão, sempre
com muita responsabilidade,
para podermos dar o máximo
serviço a todos aqueles que
nos procuram”, explica.
SERVIÇO
Cinco Estrelas
Atualmente, são 13 os colaboradores da Remax Empenho
que trabalham em conjunto
para elaborar um trabalho
profissional que facilite a vida
de quem os procura. “Queremos um cliente que deposite
a sua confiança em nós para
toda a vida e por isso, o nosso
esforço de equipa centra-se
na tranquilização do cliente
e na criação de uma relação
que nos permita compreender
exatamente o que o cliente
necessita e procura”, elucida
Alberto Matias, gerente.
A zona de Leiria é estrategicamente correta para a
aquisição de um imóvel, devido
ao seu preço acessível, acessos e localização privilegiada.
Clientes de todas as zonas
escolhem a Marinha Grande
para viver ou adquirem aqui
uma segunda habitação.
Formação
Para além da formação institucional da rede, a loja aposta
na formação local com ações,
iniciais e avançadas, gratuitas.
“Exigimos aos nossos comerciais um bom serviço desde o
primeiro contacto até ao pós-venda”, indica.
O serviço de pós-venda
e acompanhamento é uma
das maiores preocupações da
Remax Empenho. A formação
contínua ao longo do ano contribuiu para que tenham adquirido
fortes qualificações no ranking
nacional, tanto como loja ou
comerciais individuais. “Temos
muito orgulho nos vários prémios com que a Remax Portugal
nos agraciou, mas nenhum vale
tanto como o reconhecimento
dos nossos clientes”, acrescenta a sócia-gerente da Empenho.
“E não podemos deixar passar
esta oportunidade sem agradecer a ambos, aos nossos prezados clientes e à nossa equipa
de comerciais. Continuaremos a
trabalhar no sentido da qualidade do serviço que prestamos”,
completa Alberto Matias. l
Abril I 77
Portugal Inovador
O seu projeto ao cubo
A fotografia, o design de comunicação e o webdesign são as três vertentes de trabalho da
Ao Cubo. Com profissionais dotados das melhores capacidades criativas, esta empresa tem
proporcionado soluções personalizadas aos seus clientes.
A formação em informática
e a paixão pela fotografia estão na génese do projeto Ao
Cubo. Paulo Zenha, gerente
da empresa, teve o objetivo de
conciliar fotografia, webdesign
e design de comunicação de
forma a garantir aos clientes
um serviço multifacetado: “Tenho formação em informática,
sempre fui apaixonado pela
fotografia, como tal, aproveitei para conjugar as duas
vertentes. O webdesign está
relacionado com a informática,
a fotografia vai ao encontro da
paixão que tenho e o design de
comunicação também é algo
que me interessa, apesar de,
neste momento, ter colegas
que estão mais vocacionados
nessa área. O que me dá mais
gozo fazer é a fotografia. Neste
momento, estou a especializar-me em fotografia de produto,
mas também gosto muito de
fotografia de moda”, explica
Paulo Zenha. “A ideia era impulsionar uma empresa, eleva-la, daí o surgimento deste
nome”, acrescenta.
Neste primeiro ano de existência, já muito foi elaborado
e o crescimento do Ao Cubo é
uma evidência. Para o desenvolvimento de todo o trabalho,
há a necessidade de respeitar
uma série de critérios que
colocam a empresa num patamar elevado de qualidade e
empreendedorismo: “Antes de
fazermos qualquer tipo de trabalho, realizamos um estudo
de mercado para analisarmos
como a concorrência comunica. Inspiramo-nos na melhor
Rua Coronel Artur de Paiva, n.º 21, Rch
2400 Leiria
Telefone: 244 208 617
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Site: www.aocubo.pt
78 I Abril
forma do nosso cliente comunicar. Os clientes têm que nos
dar todas as informações necessárias, tem de existir uma
constante interação entre nós
e o cliente”, salienta o nosso
entrevistado.
Paulo Zenha e mais seis
colaboradores fazem dos seus
projetos autênticas obras de
arte. O catálogo da marca de
roupa TH Clothes e um serviço de fotografia para o cantor
David Fonseca, são alguns dos
exemplos onde está espelhada
toda a criatividade do Ao Cubo.
Neste momento, esta empresa
está a fazer o tratamento da
imagem de uma empresa de
comercialização de cogumelos, a SousaCamp.
O produto nacional é a essência do trabalho do Ao Cubo:
“Neste momento, o nosso
trabalho é feito apenas a nível
nacional. Em termos criativos,
somos um país riquíssimo com
muita matéria para nos inspirarmos e com profissionais
excelentes”, enaltece Paulo
Zenha.
O feedback das pessoas
tem sido positivo e, para o futuro, “continuar a desenvolver
um bom trabalho dentro dos
nossos padrões de qualidade
e profissionalismo, e sobretudo continuar a ter paixão por
aquilo que vamos criando”, é
o mote dado pela empresa. l
Portugal Inovador
Parceiros gráficos
na Indústria dos Moldes
Com 13 anos de existência a Parcigraf é uma empresa que começou por se dedicar às artes
gráficas e publicidade. Em 2005, tudo mudou passando a apostar na criação de soluções
para a indústria, que hoje representa cerca de 70% do seu negócio.
Fundada em Leira, em 2001, a
Parcigraf desde sempre mostrou
uma grande capacidade de responder às necessidades dos seus
clientes, de inovar e de apostar
nas tecnologias. A versatilidade
e a tecnologia de ponta são os
fatores chave desta empresa. Inicialmente, começou por produzir
brindes, carimbos e material de
sinalética, mas o facto de estarem
numa região onde a indústria é
um dos principais setores de atividade, fez com que começasse
a investir neste negócio. “Em
2005, mudámos de instalações
para podermos trabalhar melhor
com aquilo que nos era solicitado.
Hoje em dia, fazemos trabalho de
gravação e corte a laser, quer em
materiais orgânicos ou metálicos
e marcação técnica em peças de
aço ou plástico para a indústria
dos moldes”, refere Pedro Silva,
proprietário desta empresa.
O facto de nos últimos anos a
indústria dos moldes ter evoluído
e ter apostado nas novas tecnologias e na inovação, permitiu
que a Parcigraf acompanhasse
esse crescimento. Desde o início
deste ano que a empresa possui
um equipamento de ponta na
área de marcação e gravação
laser em profundidade permitindo
aumentar a capacidade de resposta relativamente à indústria
dos moldes, a grande aposta da
Parcigraf. “Gostamos de acompanhar o crescimento da indústria
e, ao mesmo tempo, queremos
lançar algumas tendências no
mercado, conforme já o fizemos
anteriormente. O objetivo é apostar, constantemente, nas novas
tecnologias para sermos uma
referência na área”, refere Pedro
Silva.
Neste momento, cerca de 70%
do trabalho da Parcigraf centra-se
na indústria dos moldes e a maioria dos clientes são empresas. A
atuar apenas no mercado interno,
esta empresa conta com colaboradores experientes, todos eles
com um grande know-how: “O
que permite sermos bons naquilo
que fazemos e garantir rapidez e
eficácia na resposta ao cliente”,
assegura o proprietário.
O futuro da Parcigraf passa
por dar continuidade ao trabalho
que tem sido feito até aqui e “pela
constante aposta na inovação e
nas tecnologias. A abertura a novos mercados é um dos desejos
para este ano”, conclui. l
Serviços
da Parcigraf:
• Corte Laser
• Marcação a Laser
• Gravação a Laser
• Sinalética
• Decoração
• Carimbos
Abril I 79
Portugal Inovador
Qualidade “plastificada”
A Espaçoplás, sediada na Marinha Grande, tem sido um ponto de referência no fabrico de
embalagens desde 2001, sendo reconhecida pelo seu trabalho de desenvolvimento de novas
soluções, trabalhando com grandes marcas nacionais.
Falámos com Carlos Silva e
Gonçalo Marques, diretores geral
e de produção da Espaçoplás,
respetivamente, sobre a criação da
unidade e os serviços que oferece.
A empresa, que produz os seus
próprios moldes, dedica-se à produção de embalagens plásticas para
clientes das áreas alimentar, farmacêutica e química, entre outras.
“Alguns moldes fazemos exclusivamente para certos clientes e,
nesse caso, recebemos o desenho
da embalagem já pré-definida.
Outros planos requerem a nossa
colaboração para criar algo de
raíz, dando espaço à nossa equipa
de design para desenvolver um
conceito diferente que depois, e
tal como acontece em todos os
projetos, passa para o aço, com
a execução do molde, e para a
produção através dos métodos de
injeção, insuflação e injeção-sopro,
80 I Abril
consoante o material em causa”,
explica Carlos Silva.
A Espaçoplás é uma das empresas de referência neste ramo,
especialmente quando se trata de
criar novos produtos, de qualidade e
a preços competitivos.
No portfólio da empresa constam
marcas como a Delta Cafés, Continente, Pingo Doce, Savora e Fula,
mas também cooperativas de vinho
e de azeite de vários pontos do país.
Os ramos alimentar e farmacêutico
representam 70% da produção da
Espaçoplás.
No que se refere à exportação,
esta representa 7% das vendas
diretas para países como Espanha,
França, Holanda e Inglaterra, sendo
que 23% da produção é indiretamente
exportada através dos seus clientes.
“O nosso objetivo, a curto/médio prazo, é aumentar a exportação, contudo
há algumas dificuldades neste campo
tendo em conta o volume das embalagens, que encarece o transporte”,
refere Gonçalo Marques.
A preocupação da Espaçoplás
passa por manter a proximidade ao
cliente através do acompanhamento
regular e da apresentação de novas
soluções a preços competitivos. A
inovação no processo produtivo e
no design são também pontos que
contribuem para a expansão num
futuro próximo. Esta relação com o
cliente passa pela confiança que este
deposita no trabalho da Espaçoplás
e pelo cuidado e rapidez de resposta
que garantem.
A Espaçoplás integra formação em
contexto de trabalho para os seus funcionários, fornecida internamente com
especialistas no ramo de embalagem.
Em jeito de conclusão, Carlos Silva
realça que esta empresa foi pioneira na produção de garrafões de
plástico de cinco litros para vinho. l
Portugal Inovador
Aqui a sua empresa
está bem entregue!
A IDD.NET surgiu em 2011, dentro da IDD (Incubadora D. Dinis), pertencente a Leiria. Este
projeto visa transmitir o valor do trabalho da incubadora, bem como as suas competências
e a forma como pode ser útil para as empresas.
Falar no projeto IDD.NET, é falar
de inovação. Numa altura em que
existe uma grande competitividade
empresarial e em que a produtividade
das empresas é um objetivo premente, faz todo o sentido a existência
destes projetos que colaboram para
que o sucesso das empresas seja
mais fácil de alcançar. Isabel Marto e
Cristina Barros são as responsáveis
por este projeto e por todo este elo
de ligação empresarial resultante
do IDD.NET. Segundo Isabel Marto:
“Fomentamos novas ideias, o que
permite acelerar a geração e a validação dos produtos e serviços de
determinadas empresas, tornando-as
mais inovadoras”. Cristina Barros,
acrescenta a necessidade da elaboração de um trabalho em rede: “Este
projeto tem a missão de colocar as
pessoas em contacto. Aqui gera-se
um ecossistema de rede, capaz de
apoiar, incentivar e promover a criação de equipas de trabalho”.
Para além de Isabel Marto e
Cristina Barros, a equipa da IDD.NET
conta com mais dois colaboradores.
Estas quatro pessoas executam um
trabalho importantíssimo com as
empresas e para tal, é necessária
muita experiência assim como o estabelecimento de algumas parcerias.
Os parceiros são variados e as áreas
de atuação são igualmente extensas. Por entre todos os parceiros
associados à IDD.NET, a Indústria
de Moldes, está bem representada,
existindo o objetivo de alargá-la.
O Grupo LN Moldes e as relações
privilegiadas com a CEFAMOL, o
CENTIMFE e a Open, fazem com
que este projeto consiga andar de
mãos dadas com um dos setores da
indústria mais importantes do nosso
país. Para além destas parcerias ao
nível da indústria de moldes, existem
também parceiros noutros setores,
entre os quais se destacam, o Grupo
Delta Cafés e o Grupo Incentea.
Entre vários grupos de trabalho,
destacamos a existência, no âmbito
informático, de cerca de 60 peritos,
ligados à incubadora, que juntamente com os que integram o centro de
formação de informática do Instituto
Politécnico de Leiria (60), formam
um núcleo de conhecimento precioso, capaz de apresentar soluções
sustentadas face aos problemas
expostos pelas empresas.
A partilha, o desafio e a criação
constante, são as melhores formas
de caracterizar este projeto que tem
vindo a evoluir de uma forma bastante
aceitável. Já muito foi feito, mas ainda
existe muito para se fazer no futuro e
a receita parece ser simples: “Colocar
a rede em contacto ainda com mais
eficácia. Continuar a criar negócio e
mercado sendo a interface, o elo de
ligação perfeito com as empresas que
estiveram interessadas nas nossas
ideias inovadoras”, salienta Cristina
Barros. “Acho que é um potencial
que muitas pessoas não conhecem
e devemos continuar a comunicar e
a mostrar ao país, estes bons exemplos”, finaliza Isabel Marto. l
Abril I 81
Portugal Inovador
Dar potência à indústria
Situada na Maceira, no concelho de Leiria, a STARMILL é uma empresa que se dedica
à comercialização e assistência técnica de máquinas para a indústria metalomecânica e
principalmente dos moldes.
Em conversa com a Portugal
Inovador, André Elói, diretor geral,
revelou as razões que levaram à
criação da empresa, contextualizando historicamente: “O nosso
ano de fundação foi em 2003 após
o encerramento de uma outra
empresa onde trabalhava. Com
uma vasta experiência adquirida
junto de conceituados fabricantes
internacionais e um continuado
know-how, a atividade principal era
a assistência técnica especializada,
principalmente a electro erosão e
centros de maquinação. Todavia e
apesar da recessão da época, também comercializávamos máquinas
novas a empresas do setor”.
Posteriormente, André Elói
abordou as alterações que ocorreram: “As máquinas usadas de
ocasião surgiram mais tarde. Com
o estalar da crise e o investimento
ponderado, começou a procurar-se
82 I Abril
qualidade a um preço acessível.
Como eramos especializados na
reparação de máquinas, apercebemo-nos da procura de máquinas
recentes de marcas conceituadas e
fabricação Europeia ou Japonesa.
Com as muitas falências na Europa, foi-nos fácil fornecer soluções
de maquinas com especificações
técnicas de qualidade superior,
precisão e rentabilidade, uma mais
valia face a maquinas novas de
fabrico provenientes da Asia já que
o preço ditava o mercado”.
Apoiada por uma equipa de sete
colaboradores com “grande especialização técnica”, a STARMILL
presta uma panóplia de serviços,
entre os quais, meios de diagnóstico e reparação, na mecânica,
eletrónica, eletricidade, automação,
instalação de máquinas novas e
usadas, dispondo de meios de
movimentação e equipamento de
aferição. André Elói frisou que a
empresa “não se limita a receber
uma máquina usada, retocar e
entregar ao cliente”, mas sim “proceder ao diagnóstico, verificação
técnica e reparação necessária de
modo a garantir a mesma precisão
e especto de quando era nova. Estamos em condições de prestação
de apoio técnico após o negócio”,
apesar da evolução da tecnologia
e inovação que algumas máquinas
apresentam, atualmente, garante:
“Estamos preparados”.
Mantendo parcerias de distribuição com marcas de referência,
como a Hardinge BRIDGEPORT
e OPS-INGERSOLL com soluções de automação, a STARMILL
carateriza-se pelo “know-how na
assistência, facilidade e rapidez na
reparação e todo o stock existente,
estando permanentemente disponíveis de modo a que o cliente tenha
o menor tempo possível as maquinas paradas”, “tempo é dinheiro,
mas mais importante são os prazos
cada vez menores no fabrico de
moldes”. A STARMILL ocupa uma
posição fundamental na área dos
moldes, enquadrando-se objetivamente “nos grandes pólos deste
mercado, como Marinha Grande Leiria e Oliveira de Azeméis”. Além
da assistência técnica, os profissionais da empresa deslocam-se e fornecem formação aos seus clientes
para que “tirem todo o proveito das
suas máquinas”.
Implementados numa área que
“sofreu um crescimento exponencial nos últimos anos”, André Elói
traçando as suas perspetivas de
futuro afirmou: “O mercado das máquinas novas e usadas cruzam-se
apesar de distintos mas o importante é ter a solução. Pretendemos
crescer, tendo planos de aumento
da nossa capacidade de fornecimento”. l
Portugal Inovador
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Abril I 83
Portugal Inovador
Projetar, desenvolver e criar
A Cadmold atua, há mais de 20 anos, como gabinete técnico direcionado ao projeto e
desenvolvimento de moldes para a indústria de plásticos, enquadrando-se na área das
engenharias.
Com as suas infraestruturas
situadas na Maceira, freguesia do concelho de Leiria, a
empresa leiriense primou pela
inovação aquando da sua própria criação: “Surgimos como
gabinete de desenho e projecto
de moldes para a indústria de
plásticos, virada exclusivamente
para a utilização do Cad-Cam
como ferramenta de trabalho.
Na altura, existia um vazio
nesse tipo de mercado, pois a
utilização de computadores no
desenvolvimento de projectos de
moldes estava a dar os primeiros passos em Portugal”, iniciou
Emidio Edra, um dos responsáveis pela Cadmold.
Atualmente, a empresa beneficia de um reconhecimento
84 I Abril
ímpar graças a todo o trabalho
desenvolvido nos últimos anos:
“Somos uma empresa acreditada pelo IPAC cumprindo as
requisitos da norma ISO 9001.
É um fator que comprova toda a
nossa eficiência e profissionalismo.” Leonel Calças fez questão
de acrescentar: “Temos um
importante papel neste setor do
qual fazemos parte, apostando
largamente na satisfação do
cliente”.
Contando com uma equipa
de 11 colaboradores com “larga
experiência e know-how necessário”, as valências da Cadmold
passam pela “utilização de softwares de ultima geração, no
cumprimento de prazos e pelo
suporte à produção ”, atuando,
essencialmente, na Marinha
Grande, um dos maiores pólos
industriais do setor.
Em relação à cooperação internacional, a Cadmold mantém
várias parcerias com empresas
europeias: “Temos feito trabalhos de projeção, desenvolvimento e produção de peças e
moldes para a indústria relojoeira”, frisou Fernando Ribeiro.
Os responsáveis do gabinete
foram esclarecedores quanto
aos objetivos traçados previamente pela administração:
“Estamos convictos que vamos
crescer, queremos melhorar
ainda mais na nossa qualidade
de trabalho, apostando sempre
na formação e na inovação”,
afiançaram. l
Portugal Inovador
O Rei do Caracol
Mais de 2 mil toneladas de caracóis são distribuídas, por parte do Grupo Francisconde,
provenientes de Marrocos. O apetite pelo caracol, mais notado no Centro do país, é
correspondido pela venda em 11 estabelecimentos deste que é o maior importador português
destes gastrópodes.
Falámos com o célebre Francisco Caetano, denominado o Rei
do Caracol, que nos explicou um
pouco mais sobre a formação do
Grupo Francisconde, em 1991, e
as suas subsidiárias. “Temos perto
de 80 trabalhadores empregados
pelo Grupo e esse número poderá
aumentar com a criação de novos
espaços”, explica o fundador.
O Grupo Francisconde é constituído por quatro subsidiárias:
Marrocos, Transportes, Import/
Export e Francisconde II, que inclui 11 lojas de venda ao público.
Nos últimos anos, a preferência
por caracóis tem-se refletido
no valor de venda em cafés e
restaurantes na Margem Sul e
arredores.
Francisco Caetano comercializa caracóis desde 1978, um
produto lucrativo que tem como
único inconveniente o facto de só
estar disponível entre a primavera e o verão.
Esta empresa de referência
elabora todo o processo de
comércio de caracóis desde a
origem até ao consumidor final,
de Vila Real de Santo António até
Viana do Castelo. “Notamos a
falta de sensibilização dos nortenhos para o consumo do caracol,
mas a venda deste produto tem
vindo a evoluir bastante no Norte
do país”, completa o fundador.
“Distribuimos perto de duas mil
toneladas de caracóis por ano,
para todo o país, através da subsidiária de transportes”, conclui
Francisco Caetano. Estes valores corroboram o facto do Grupo
Francisconde ter crescido vertiginosamente e ser, atualmente, o
principal Grupo de comércio de
caracóis vivo e selvagens que
distribui em Portugal. l
Lojas:
Armazém – Estrada São Gonçalo Lote 116, São Simão - 2925-240 Brejos de Azeitão / Telf: 212 190 876
Amora – Estrada Foros de Amora 214 – 2845-220 Amora / Telf: 212 251 779
Barreiro – Rua Calouste Gulbenkian 113, Alto Seixalinho – 2830-046 Barreiro / Telf: 212 165 487
Bar Caracol – Rua José Joaquim Marques 237/239 – 2870-348 Montijo / Telf: 212 321 606
Montijo – Rua José Joaquim Marques 229 E – 2870-348 Montijo / Telf: 212 320 015
Nacional 10 – Rua João Vaz 94, Chiolo norte – 2925-651 Brejos de Azeitão / Telf: 211 819 235
Quinta Conde – Rua Gregório Lopes, Lote 1155, Quinta do Conde 1 – 2975-277 Telf: 212 102 982
Setúbal – Av. Bento Gonçalves, Lote 2, Loja 6-B – 2910-431 Setúbal / Telf: 265 534 627
Torre Marinha – Rua Sá de Miranda, Lote 7, Loja 2-A – 2840-348 Torre da Marinha / Telf: 212 222 834
Sete Rios – Rua Campolide 370 B/C, Edifício Monsanto Residence – São Sebastião da Pedreira – 1070040 Lisboa / Telf: 217 270 928
MARL – Pavilhão 1
Abril I 85
Portugal Inovador
A arte da ourivesaria
Fundada em 1995, a ourivesaria Alma de Ouro possui um vasto stock de objetos de ourivesaria
e joalharia sendo uma referência a nível nacional. À frente desta ourivesaria está Paulo
Martinho, também presidente da Associação dos Comerciantes de Ourivesaria e Relojoaria
do Sul.
A arte da ourivesaria é algo
que se aprende com muita dedicação e, dada a sua complexidade, só com o tempo pode ser
aperfeiçoada. Podemos levá-la
connosco sem esforço nenhum,
contempla-nos, define-nos e fala
por nós. A admiração por esta
arte, seja ela tradicional ou moderna, e a constante procura pelas
novas tendências foi o que levou
Paulo Martinho a criar a Alma de
Ouro. Licenciado em Engenharia
de Produção Industrial e oriundo
da região dos ourives, o nosso
entrevistado afirma: “Por volta
de 1989, eu e a minha mulher
começámos por ser vendedores
ambulantes. Posteriormente, após
uma fase de crescimento, passámos a armazenistas e, em 1995,
abrimos a Alma de Ouro”. Durante
os primeiros anos de atividade a
Alma de Ouro foi somente armazenista de ourivesaria: “Nessa
altura, comprávamos, colocávamos na montra e 99% das peças
eram vendidas”. Posteriormente,
o proprietário da empresa decidiu
acumular essa função juntamente
com a de comércio a retalho e
revenda de artigos em segunda
mão e, para que esta missão se
realizasse, abriram uma loja em
Almada em 2001. Atualmente,
“compramos e vendemos ouro
86 I Abril
e prata usados. A par disto, reciclamos metais precisosos para,
posteriormente, serem vendidos
a compradores e refinarias internacionais”, acrescenta.
Com lojas nos diversos pontos
do país, desde o Pombal até à
Grândola, mas a trabalhar com
maior incidência na região de Setúbal, a Alma de Ouro conta com
mais de 20 colaborados: “O que
me enche a alma é poder ajudar
as pessoas que precisam, porque
quando abri a loja em Almada,
foram muitas as pessoas que
me procuraram a pedir emprego.
Na altura, acabamos por ceder
a nossa imagem a colaboradores nossos, mas sempre com o
compromisso de sermos nós a
comprar os artigos. Todas essas
pessoas têm formação e passam
pelo menos um mês aqui para poderem perceber como o negócio
funciona”, refere Paulo Martinho.
“A diferença entre uma ourivesaria se manter aberta ou
fechar, passa pela alteração do
regulamento”
Alteração
do regulamento
Enquanto presidente da
ACORS – Associação de Co-
Portugal Inovador
merciantes de Ourivesaria e
Relojoaria do Sul, Paulo Martinho
defende que o regulamento do
setor deve ser alterado, pois
para além de ser limitativo para
os comerciantes, tem fundamentos que já não se aplicam
aos dias de hoje. “Em 20 anos,
as circunstâncias alteraram-se
e o conceito de joia não passa
“O que no fundo nós
queríamos era uma
legislação conjunta
que atravessasse
transversalmente a
ourivesaria, desde os
ensaiadores fundidores, os
fabricantes, os retalhistas,
os corretores, os
armazenistas e as casas
de penhores”
apenas pelos metais preciosos.
Hoje em dia, já há peças de
madeira, cortiça e mesmo de
metais pobres que são consideradas joias e o regulamento é
extremamente limitativo no que
diz respeito à incorporação de
metais pobres na ourivesaria,
o que não faz sentido. A diferença entre uma ourivesaria se
manter aberta ou fechar, passa
pela alteração do regulamento”.
Para o nosso entrevistado, que
também sente as limitações
deste regulamento, deveriam
existir dois pontos obrigatórios,
nomeadamente a formação dos
profissionais que estão à frente
das casas de penhores e ter o
registo criminal limpo, livre de
crimes contra a honra. “Para
ser retalhista, deveriam exigir a
mesma formação que se exige
aos fabricantes de ourivesaria:
ter sete anos de descontos na
área e ao fim desse tempo realizar o curso na Casa da Moeda.
O que no fundo queríamos era
uma legislação conjunta que
atravessasse transversalmente
a ourivesaria, desde os ensaiadores fundidores, os fabricantes, os retalhistas, os corretores,
os armazenistas e as casas de
penhores”, salienta o proprietário da Alma de Ouro.
Para o futuro, Paulo Martinho apenas tem dois desejos:
“Manter os postos de trabalho
dos meus colaboradores e
continuar a fazer de tudo para
alertar os nossos governantes
de que o regulamento tem de
ser alterado, para o bem da ourivesaria portuguesa que é um
dos maiores bens que o nosso
país tem”, conclui. l
Abril I 87
Portugal Inovador
“O nosso trabalho
é a nossa maior publicidade”
Com mais de 60 anos de existência, a Agência Funerária de Loures é uma referência em
Loures e na Grande Lisboa. Liderada por Paulo Almeida esta é uma empresa que prima
pelo profissionalismo e pela competência do serviço prestado.
Desde há muito tempo que o
negócio das agências funerárias
é visto como um trabalho prestigioso e de referência. Fundada
em 1951 em Loures, esta empresa foi adquirida por Alcindo
Almeida, em 1974, e desde
então tem vindo a modernizar a
agência, tanto em equipamento
88 I Abril
automóvel, como funerário. No
ramo há mais de 20 anos, Paulo
Almeida, filho do proprietário
deste espaço, mantém a filosofia de trabalho imposta pelo
pai. “Tentamos inovar sempre
que possível, dentro dos nossos
limites, procurando encontrar
novidades e proporcionar aos
nossos clientes o melhor ambiente possível”, esclarece.
A atuar não apenas no concelho de Loures, mas também
na Grande Lisboa, Cascais e
Sintra, a Agência Funerária de
Loures distingue-se no mercado pelo profissionalismo e pelo
serviço que presta aos clientes.
De acordo com o nosso entrevistado: “O mais importante e o
que nos distingue é o contacto
com as pessoas e o acompanhamento direto durante todo
o processo. O facto de sermos
nós a lidar diretamente com a
pessoa é fundamental. É muito
importante quando os clientes
ficam agradados, porque para
além do nosso trabalho, a sua
satisfação é a nossa melhor
publicidade”. A par disto, o facto
de assumirem a responsabilidade pelo tratamento de todo
o processo, incluindo a parte
burocrática, faz com que as
pessoas tenham confiança no
serviço que é prestado por esta
agência.
Com seis funcionários e três
agências abertas - em Loures,
Bucelas e Flamenga -, esta
empresa dispõe de um conjunto
de valências, onde se destacam
os diversos serviços funerários,
florista e cremação, sendo que,
para Paulo Almeida, esta última
tem sido uma opção que tem
aumentado nos últimos anos. “A
cremação de há 10 anos para
cá tem tido uma procura muito
grande e aqui, na área urbana
de Lisboa já ronda os 50%. Isto
acontece, porque há mais oferta de locais onde se possam
fazer cremações e também
Portugal Inovador
tem-se verificado uma gradual
mudança de mentalidade das
pessoas”, refere o nosso entrevistado. Salienta ainda que,
este aumento das cremações
também se deve ao facto de a
sociedade portuguesa estar a
perder o culto de ir ao cemitério.
A completar 63 anos de
existência e com um percurso
de excelência, o grande projeto
de futuro da Agência Funerária
de Loures passa por criar novas
instalações com salas próprias
para a realização de velórios.
“Ainda este ano, queremos ar-
rancar o projeto de um centro
funerário moderno, por forma a
dar abertura e possibilidade de
escolha aos nossos clientes.
Continuar a inovar e a manter
os clientes satisfeitos é uma
prioridade”, conclui Paulo Almeida. l
Abril I 89
Portugal Inovador
“Não existe falta de qualidade
em Portugal!”
Victor Fernandes decidiu manter as suas raízes em Quinta do Anjo e comprometeu-se
a apresentar produtos com a mais elevada qualidade, através da sua marca de Queijos
Artesanais. A Portugal Inovador teve a oportunidade única de entrevistar a segunda geração
deste negócio, representada por Rúben Fernandes.
A Victor Fernandes Queijaria
surgiu da grande paixão do seu fundador por ovelhas e queijo. Tendo
aberto em 1988, conserva ainda
hoje uma relação com clientes que
conhecem há mais de 25 anos.
O negócio foi criado por Victor
Fernandes e a sua esposa, que
sempre tentaram manter o tradicionalismo nas técnicas de produção.
“Fomos desenvolvendo e crescendo para que conseguíssemos
oferecer um produto de excelente
qualidade. Para além do nosso
produto de destaque ser o queijo
de Azeitão (D.O.P. – denominação
de origem protegida), produzimos
também queijo de ovelha curado,
queijo fresco de ovelha, requeijão
de ovelha e o ex-líbris desta queijaria, a manteiga de ovelha, que
provém do soro do leite do queijo de
Prémios
Para além de serem PME Líder,
venceram também no mais conceituado concurso mundial de
queijos World Cheese Awards
2013 com o queijo de azeitão.
Em Portugal no concurso nacional
Melhor Queijo 2013, conseguiram
uma menção honrosa no Queijo
de Ovelha Curado e obtiveram
o 1º lugar com o requeijão de
ovelha.
90 I Abril
Azeitão”, refere Rúben Fernandes.
As raízes desta marca surgiram pela aprendizagem de Victor
Fernandes com o queijeiro Alfredo
“Migalheiro”, da Quinta Velha, que
impulsionou a escolha da produção
de Queijo de Azeitão. Com condições geográficas perfeitamente
propícias, a família começou a comercializar o seu queijo nas pequenas charcutarias e, com um impulso
enorme no mercado, produz agora
para todas as grandes superfícies.
Além fronteiras
“O nosso principal interesse
neste momento é a exportação:
temos muitos clientes em Portugal
e, exportamos para Macau, França
e Angola, mas pretendemos alargar
os nossos horizontes na distribuição
fora de portas. Além de termos mais
rentabilidade, podemos demonstrar
ao mundo este produto especial característico de Portugal”, elucida o
gerente. Trabalham com o mercado
tradicional e fazem distribuição pela
região da Margem Sul, Lisboa, Cascais e Estoril. Distribuem também
para restaurantes e charcutarias no
Norte do país, clientes que fizeram
esta Queijaria crescer e ganhar a
sua reputação em Portugal.
Em jeito de conclusão, Rúben
Fernandes afirma que “Portugal não
tem falta de qualidade, mas sim de
quantidade de produção, e cada vez
mais o stock não é uma opção. Por
outro lado, quando a exportação se
torna uma hipótese, devemos pensar no aumento da produção para
corresponder a potenciais pedidos
de grande volume”. l
www.solarpalmeiras.com
I Portugal Inovador
Hotel Solar Palmeiras****
O
Hotel de Charme Solar Palmeiras,
outrora mansão senhorial residência da Condessa de Cuba, fica
Localizado na Avenida marginal, Curva dos
Pinheiros, em Paço D’Arcos, com uma vista
magnífica sobre o rio Tejo a 15km de Lisboa
e de Cascais, a 20km do Aeroporto
internacional Lisboa e a 500m da Estação
de Comboios (Caxias).
O Alojamento deste Hotel é composto
por 34 Suites, todas insonorizadas e
equipadas com mini bar, Tv por cabo, ar
condicionado, telefone de linha directa,
cofre individual gratuito, acesso à internet
Wireless e casa de banho completa com
secador de cabelo.
Todos os hóspedes do Hotel têm acesso
à piscina exterior do Solar rodeada por um
Avenida marginal, Curva dos Pinheiros, 2780-749 Paço D’Arcos i Tel.: 21 446 8300
2 I Fevereiro
jardim com palmeiras e podendo também
relaxar na esplanada que se encontra
equipada com mesas, cadeiras e um bar de
apoio e disfrutar de uma soberba paisagem
abrangendo a parte ribeirinha de Lisboa e o
estuário do Tejo, com o seu Farol e Fortalezas.
Quem vem em negócios, pode juntar o
útil ao agradável e usufruir de uma Sala de
reunião muito aprazível, com luz natural e
capacidade máxima para 40 pessoas.
O Restaurante Claro! serve cozinha
clássica e criativa, com influências de vários
países e culturas e alia sólidos conhecimentos às melhores tradições da culinária
portuguesa, conciliando a gastronomia com
o vinho. I
Portugal Inovador
Refúgio no meio da tradição
Implantada em Vila Franca da Serra, no concelho de Gouveia, a Quinta do Lagar da Moira
é um espaço repleto de história, difundida entre o seu próprio museu e um característico
alojamento rural.
A Quinta do Lagar da Moira é uma
unidade de turismo rural com uma
componente museológica integrada
numa propriedade agrícola de grande
riqueza hídrica e com uma extensão de
25 hectares. Dispõe de quatro quartos
e mantém a sala de produção de azeite
totalmente equipada.
A recuperação deste espaço é uma
homenagem prestada a Mário Gomes
Figueira pela família, sua viúva, suas
três filhas e netos, e às populações
desta região.
Elisa Figueira caracterizou seu Pai
como sendo um ”médico rural, ambientalista e extremamente culto em várias
áreas do saber.” E continuou afirmando
que: “Todo este espaço era um lagar
de azeite que começou a funcionar
no início do século XX, laborando até
1989. A partir de 1953, foi dirigido por
Mário Figueira. Em 1997, juntamente
92 I Abril
com a família, tomámos conta desta
pequena fábrica que produziu, durante
80 anos, azeite da região da Beira Alta”.
Assumimos o desejo de “criar um museu”, argumentando que “havia um património arqueológico que deveria ser
mantido”. Desta forma, a responsável
atribuiu grande importância à serra da
Estrela e aos costumes da região: “Tentamos proporcionar uma informação
muito séria sobre a serra da Estrela,
disponibilizando uma bibliografia sobre
a região. Os nossos hóspedes podem
também vivenciar o pastoreio das ovelhas e o fabrico do queijo”. A produção
do célebre “fio de ouro” também não foi
esquecida por Elisa Figueira: “Apresentamos um vídeo feito pela Associação
Cultural Mário Gomes Figueira que
mostra imagens de um lagar tradicional,
exibindo o processo de fabrico desde a
oliveira até ao azeite”.
A Ribeira de Linhares da Beira é um
dos pontos turísticos de relevância na
Quinta do Lagar da Moira. Existe uma
panóplia de atividades denominadas de
“escapadinhas temáticas” para desfrute
dos seus visitantes: “É um meio extremamente rico em tradições, algo fundamental para o desenvolvimento da nossa
atividade. Temos estado a recuperar
espaços para exibir culturas temporárias
como o centeio e a aveia, de forma a
complementar a rota do pão, tradição
desta região”, revelou Elisa Figueira.
Com a maioria de visitantes portugueses – embora recebam pessoas de
outros países – a responsável traçou,
fruto de um “2013 menos positivo”, um
futuro com contenção. Contudo, o objetivo passa por “ter as portas abertas,
com vista à satisfação de quem nos
visita, trazendo vida à região, afiançou
Elisa Figueira. l
Portugal Inovador
A electromedicina
ao seu dispôr
A Bramédica nasceu há cerca de 30 anos. Apesar de trabalhar numa empresa que não era
do ramo, Manuel A. Martins, tornou-se um dos quatro sócios da Bramédica, uma das mais
bem sucedidas empresas de electromedicina de Braga.
Após a entrada de Manuel
Martins na direção da Bramédica,
a empresa enfrentou uma fase
menos lucrativa que conduziu o
nosso entrevistado à decisão de
assumir na totalidade a liderança da firma. Através de valores
vantajosos (qualidade, rapidez de
resposta), a empresa conquistou
uma posição de relevância no
mercado que conduziu ao aumento das suas instalações, sendo
que há 14 anos adquiriu o espaço
onde está situada.
A atividade principal da Bramédica é a comercialização de
produtos para a vertente da
electromedicina. Disponibilizando
produtos consumíveis e descartáveis, detêm também uma área importante de mobiliário hospitalar,
que lhes permite transformar um
vulgar edifício numa unidade de
cuidados continuados, equipando-o na totalidade e entregando-o
pronto a funcionar. Um serviço
que tem verificado muita procura.
Segundo o nosso entrevistado,
“a ética no negócio e o facto de
primarem pela honestidade são
as suas caraterísticas fundamentais”.
No ano passado, esta empresa obteve um aumento no seu volume de faturação, números que,
“em muito se devem à distribuição
exclusiva da OMROM que atua
em áreas distintas: aparelhos de
tensão digitais, nebulizadores
para todos os segmentos de mercado e termómetros de ouvido por
infravermelhos. Esta marca tem
também balanças digitais que
permitem analisar a massa gorda
corporal”.
Fornecendo estabelecimentos como farmácias, ortopedias,
nutricionistas, parafarmácias,
na opinião de Manuel Martins o
acompanhamento pós-venda é
crucial, assim como a assistência
direta aos seus clientes: “Em três
dias damos resposta aos nossos
clientes, enquanto as empresas
concorrentes enviam os pedidos
para a marca”.
Inovação
Em julho do ano passado, a
Bramédica alterou o software de
trabalho, o que garante agora que
possam fazer orçamentos atempadamente de Norte a Sul do país,
controlando de forma rigorosa a
entrada e a saída de mercadorias.
Este controle de stock eleva o nível de gestão da empresa, facto
que Manuel Martins considera
muito eficaz, ajudando também
o trabalho da equipa comercial
que, devidamente equipada com
tablets, sabe perfeitamente o que
tem em stock, qual o preço, registo de vendas e ficha de clientes.
Há cerca de cinco anos, a
Bramédica conquistou o alvará
de venda de medicamentos do
Infarmed que lhe permite a venda
por grosso para unidades médicas como, por exemplo, clínicas.
Integrado nesta nova valência,
a empresa aderiu ao código 3D
para controle de lotes, número
de série, leitura de validades, o
que permite controlar o armazém
a 100%.
Com um plano de futuro já
definido, a Bramédica pretende
expandir a sua área de atuação
para os PALOP. Sendo que, já
este ano, começa a atuar em
Angola e Moçambique. l
Abril I 93
Portugal Inovador
Dez anos a concretizar
expectativas e a realizar sonhos
dos clientes
Na procura das referências empresariais de Aveiro, a revista Portugal Inovador
visitou a Paula Barros- Interior Design. Um espaço de Arquitetura, Design e
Decoração que gosta de surpreender pela criação de ambientes elegantes,
intemporais e personalizados. Com dez anos de existência, a marca é um
projecto liderado pelo casal Paula e João Barros.
O vasto conhecimento do
mercado e a recolha permanente na evolução das tendências
em fóruns internacionais, como
Milão e Paris, permitem à marca
Paula Barros-Interior Design,
pensar propor e executar os
seus trabalhos com total actualidade, desde os mais contemporâneos aos mais conservadores.
“Dispomos de uma equipa de
profissionais especializada que
nos permite intervir em projectos globais que podem passar
pela reabilitação, remodelação e
posterior decoração de qualquer
espaço” refere João Barros.
94 I Abril
Com este conjunto de valências a Paula Barros- Interior
Design executa todo o tipo de
projectos: habitacionais, comerciais e serviços, estabelecendo
também parcerias com outros
agentes, como sejam arquitectos, imobiliárias e empresas de
construção.
“Desde que iniciamos, em
2003, que o nosso principal objectivo é colaborar activamente
na concretização das necessidades e expectativas dos que nos
procuram” afirma-nos a gerente
que dá nome à marca.
Abrangendo sempre os
Portugal Inovador
conceitos de personalização,
originalidade, funcionalidade,
qualidade nos produtos e nos
serviços”, realizamos o nosso
trabalho com energia, paixão
e determinação em cumprir o
nosso propósito, que é: no final
e seguindo ao máximo os parâmetros de actualidade resulte
um ambiente em que o cliente
se identifique e se sinta feliz
no espaço que é seu”, afirma a
empresária.
Especialmente motivada e
vocacionada no design e execução de mobiliário personalizado
Paula Barros- Interior Design
coloca em todos os seus trabalhos peças únicas obedecendo a
elevados padrões de qualidade
e modernidade.
INOVAÇÃO SEMPRE
PRESENTE
Os tempos mudam, as modas
mudam, a evolução é constante e o seu acompanhamento
é obrigatório o que leva a um
permanente investimento em
conhecimento e em ferramentas de trabalho. A admissão de
colaboradores com formação em
design e a aquisição de software
aplicado a esta área são investimentos que esta empresa se
orgulha de ter realizado já no
ano de 2011.
“Quando o cliente nos procura, a maioria das vezes já não
é para comprar uma peça, mas
sim para solicitar um serviço” diz
João Barros. É agendada uma
visita ao espaço a intervencionar
para fazer o levantamento, perceber as suas características e
simultaneamente saber quais as
expectativas do cliente. Segue-se o trabalho de gabinete, onde
no final é apresentado ao cliente
o projecto a maioria das vezes
em formato 3D,bem como os materiais utilizados. “São frequentes as vezes em que o cliente
nos adjudica o trabalho chave na
mão” afirma Paula Barros.
O FUTURO
COMEÇA AGORA
A cumprirem dez anos de
existência “o balanço é claramente positivo na concretização
dos objectivos a que nos propusemos”, refere-nos a entrevistada. A equipa Paula Barros- Interior Design olha o futuro com
espírito positivo e assume estar
preparada
para os trabalhos mais exigentes que possam surgir. Tem
também ideias e projectos em
curso que irão permitir um alargamento dos horizontes no mercado interno mas principalmente
no mercado externo. l
Abril I 95
Portugal Inovador
96 I Abril
Portugal Inovador
Alojamento
digno de realeza
O Real Abadia Congress & SPA Hotel foi inaugurado em 2013,
no histórico concelho de Alcobaça. O hotel oferece-lhe um
número infindável de serviços que o fazem sentir em casa.
Localizado a três quilómetros
da zona histórica de Alcobaça, o
Real Abadia Congress & SPA Hotel,
possibilita-lhe uma história de glamour
e conforto. Quem acreditar em amor à
primeira vista, este é o local apropriado para defender essa tese. O Real
Abadia tem tido um grande impacto
nesta região do país, tendo promovido uma nova dinâmica turística em
Alcobaça, através do turismo cultural,
de negócios e de saúde. Rita Leão,
diretora do hotel, aproveitou a inspiração dada pela região, como uma boa
oportunidade de negócio. “A perceção
de que nos encontramos numa região
com um grande potencial turístico foi
fundamental para a criação deste empreendimento e serviu de inspiração
para a temática do mesmo. O facto
de existir uma grande variedade de
atrações promove a repetição das visitas à região e, consequentemente, o
alojamento no hotel”, explica a nossa
entrevistada.
Cada canto está repleto de história
e as paredes transmitem inovação e
ao mesmo tempo “fazem-nos viajar
no tempo”. A arquitetura, a decoração e o design do hotel, pretendem
transmitir a cultura e história da região
dando particular ênfase aos monges
de Alcobaça”, salienta Rita Leão.
O Real Abadia Congress & Spa
Hotel tem 32 quartos: 26 standard
(dos quais oito são comunicantes),
duas suites júnior para hóspedes
com mobilidade reduzida e quatro
suites temáticas: D. Pedro e Dª Inês,
Romeu e Julieta, Adão e Eva e ainda
D. Quixote e Dulcineia.
Para além do alojamento com
receção disponível 24 horas, o hotel
conta com um restaurante aberto
todos os dias, um espaço de spa &
wellness, dois auditórios preparados
para receber vários tipos de eventos
com condições especiais para empresas, uma biblioteca, wi-fi em todo o
hotel, uma loja de produtos regionais,
serviço de lavandaria para os hóspedes, parque de estacionamento,
parque infantil, jardim com percursos
pedonais e bicicletas gratuitas para
descobrir a região. De salientar ainda
a faceta ambiental inerente ao hotel,
as boas acessibilidades e os inúmeros eventos organizados.
O futuro do Real Abadia adivinha-se risonho e a gerência tem alguns
projetos em mente: “A inclusão do espaço em várias redes de divulgação,
a obtenção de vários certificados nas
áreas ambiental e social e a melhoria
dos nossos percursos pedestres, através da criação de mais informação
para os nossos hóspedes”.
Portanto já sabe, se quer passar
um momento inesquecível na sua
vida, não hesite e escolha o Real
Abadia! l
REAL ABADIA - CONGRESS & SPA HOTEL
Rua da Escola, Capuchos | 2460-479 Alcobaça
Tlf: +351 262 580 370 | Fax: +351 262 580 379 | Tlm: +351 915 827 012
GPS: 39.535855, -8.962076 | [email protected]
www.realabadiahotel.pt
Abril I 97
Portugal Inovador
98 I Abril
Portugal Inovador
www.outrospormenores.com
Rua Nicolau Coelho, nº3741-B
Travassõ - Senfim
4610-741 FELGUEIRAS
Telefone 255 923 186 • Fax 255 923 186
Abril I 99
Portugal Inovador
JOOZE ®
Rua Nossa Senhora de Fátima, 184
Lagares - Felgueiras
Telefone: 255 926 132
E-mail:[email protected]
100 I Abril

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