Joséli: da garagem ao Império
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Joséli: da garagem ao Império
Encarte comercial da responsabilidade de «Página Exclusiva». Não pode ser vendido separadamente. Portugal Inovador Nr. 56 Abril 2014 Joséli: da garagem ao Império Abril I 1 Portugal Inovador 2 I Abril Portugal Inovador Abril I 3 Portugal Inovador Joséli: Da garagem ao Império Começaram “do zero, do nada, de baixo, mesmo do fundo” para vir a transformar uma empresa de garagem num dos maiores impérios do calçado de Felgueiras. Há um ano a morar nas novas instalações, a Joséli Calçados aponta o mercado externo e o trabalho de equipa como razões do sucesso. São jovens, são empreendedores e de há onze anos para cá, detêm uma das maiores fábricas de calçado da região que apresenta a menor taxa de desemprego do país, com uma tiragem de 40 mil pares de sapatos por mês. A Joséli Calçados Unipessoal, Lda nasce em 2003 pela mão, literalmente, e suor, dos atuais patrões: Eliana Santos, 35 anos, e José Teixeira, de 37. A garagem era antes o local de trabalho. Hoje, um armazém de proporções gigantescas emprega 109 colaboradores. Em 2004, passaram a incluir a valência de corte e costura, sendo que, dois anos depois, contam já com a produção própria do calçado. No mesmo ano é registada em toda a Europa a segunda marca da empresa - Pretty Love -, 4 I Abril dirigida ao pronto moda de senhora. Esta empresa com sede em Felgueiras aposta fortemente na exportação: França, Alemanha ,Rússia ,Estados Unidos , Bélgica etc são alguns dos países que acolhem a maioria, correspondente a 80% na linha desportiva para homem. Os outros 20% concentram a coleção feminina. A “família” Joséli O sucesso é uma realidade. No entanto, é sustentado por patrões que antes foram empregados e, que por terem estado nessa posição, acabaram por criar um ambiente familiar, apontando os colaboradores como um forte fator deste crescimento no mercado. “Devo muito aos meus empregados pela amizade e pelo respeito”, refere José Teixeira. “Considero que somos mesmo uma família dentro desta empresa”, reforça. Já Eliana responde por palavras floreadas: “Andamos na fábrica todo o dia; os nossos funcionários já fazem de conta que não somos patrões. Se estiverem a falar e nós passarmos ao seu lado, eles continuam a fazer o seu trabalho. Não há receio de ser mal tratados, o trabalho está a ser feito de igual forma ”. “As pessoas são responsáveis pelo seu trabalho e também querem que a empresa esteja estável. Nas reuniões, temos por hábito assegurar-lhes que o negócio não funciona apenas com o intuito de nós enriquecermos. Eu tenho um salário igual ao deles, se calhar um Portugal Inovador pouco maior devido à minha responsabilidade, mas se a empresa atravessar momentos difíceis, todos nós somos afetados”, afirma Eliana. Para ambos é maior a responsabilidade para com as famílias que ali trabalham e que deles dependem – desde pais, filhos, genros, sogros –, do que a responsabilidade com os próprios clientes. “São 109 funcionários dentro de portas, no total somos 210. Somos responsáveis por mais de duzentas famílias na região de Felgueiras. É uma responsabilidade muito grande, mas prezamos por manter um ambiente de trabalho espetacular”. “Devo muito aos meus empregados. Também devo muito a mim próprio, ao meu trabalho, mas é o conjunto de circunstâncias que nos conduz ao sucesso”, garante José Teixeira. “A lei foi feita para todos” Entre 2010 e 2011, a empresa foi alvo de uma fiscalização. As restantes indústrias haviam registado uma quebra, ao revés da Joséli que disparou em flecha. “Pensaram que não fosse verdade”, diz Eliana. No fim, após várias semanas com a empresa debaixo de olho, os agentes renderam-se com os parabéns e afastaram-se. José Teixeira mostra o seu desagrado face à “caça” às empresas que “podem pagar”, entendendo que a lei não está a ser cumprida: “Nós ficamos desanimados, porque vimos do nada, vimos do zero, mesmo do fundo, trabalhamos noite e dia; e agora qualquer problema é direcionado apenas para quem tem dinheiro para pagar. Acho que está mal, a lei foi feita para todos”. A sorte e o azar fazem parte do jogo. Mas mais que isso, “há que saber agarrá-los”, defende Eliana Santos. O papel ausente do Estado é indicado por José Teixeira: “O Estado devia dar apoio às empresas que crescem. Muitas, como a minha, começam numa garagem e não é permitido ter este negócio nessas condições”. Competitividade: “Portugal precisa de Felgueiras” Os patrões já foram empregados. Os patrões já tiveram patrões. Em Felgueiras toda a gente se conhece, principalmente entre o mundo empresarial. Questionados sobre como os mais antigos do setor olham agora para eles, José e Eliana estão seguros que “a ‘ciumeira’ entre clientes já passou há muito tempo”. Eliana conta: “O mercado é vasto. Há clientes para tudo e para todos. O nosso público-alvo é diferente do das empresas em nosso redor. É uma concorrência saudável”. O rosto feminino da empresa realça a felicidade que tem em ouvir falar da sua região como a que apresenta melhores índices de empregabilidade. “Fico muito contente quando dizem que em Felgueiras há muito trabalho. Não é só a nós que favorece, é à própria economia de Felgueiras e, consequentemente, de Portugal”, responde. O auge e o segredo A Joséli é uma empresa que trabalha com material próprio, comprado a fornecedores, sendo a mão de obra a única contratação. O designer é exclusivo, o desenho e a produção também. “Temos o nosso espaço próprio de coleção”, realça José Teixeira. A relação com os fornecedores a nível de parceria e entregas é espetacular”, acrescenta. Atingiram o auge, segundo confirmação dos mesmos: “Tentar responder às nossas marcas, aumentar a qualidade e crescer é o que desejamos. Agora, queremos manter a estabilidade e tentar expandir as nossas duas marcas”, congratula-se o administrador, assegurando que a saúde, a estabilidade e o bom financiamento se refletem na empresa. As entidades bancárias que ali tentam investir interrogam-se sobre a emergência de uma empresa de tamanhas proporções, pelas mãos destes jovens empreendedores. Não foi herança, como muitos pensam. Não teve qualquer apoio do Estado, como pensam outros. Foi trabalho exclusivo de José Teixeira e Eliana Santos. “Fomos nós que começámos, não há aqui nenhum projeto, nenhum papel do Estado. Resultou tudo do trabalho, da equipa e do nosso suor”, esclarecem. “Atingimos os nossos objetivos tanto em questões de qualidade como em quantidade. O nosso segredo está aí. O mais importante é a qualidade e é assim que conquistamos o mercado. Somos competitivos nos preços, passamos por feiras, trabalhamos com agentes. Temos de andar e de trabalhar muito”, explicam. Já a chegar ao fim, José Teixeira confessa: “Para chegar aqui ultrapassámos muitos problemas na vida. Passámos maus momentos no decorrer deste projeto. Muitas noites sem dormir por causa destes obstáculos que se vão metendo pelo caminho”. Nasceram numa garagem. Hoje são donos de um império. l Abril I 5 Portugal Inovador Editorial 40 anos de Abril Falar de Abril é falar da luta de homens e mulheres. Da ambição e coragem daqueles, que sem medo do isolamento e da escuridão, procuraram alternativas. Construíram o presente e sonharam com um futuro melhor. Outros tantos continuam, contra ventos e marés, a trabalhar em prol de uma Democracia madura, mas fragilizada pelas circunstâncias globais. Todos os meses, a nossa equipa tem dado voz a empresas e empresários que o têm feito de forma exemplar. Inovando e procuAbril é Liberdade. É opinião. rando soluções apreciadas aqui e Festeja-se Abril há 40 anos. além fronteiras. A globalização e o desenvolvimento tecnológico impulsionaram a liberdade de expressão. Nunca como hoje se disse tanto (e por vezes sobre tão pouco). Nos dias que correm os desafios são outros. Vivemos num tempo em que ditadura dos números asfixia e tolhe os sonhos de toda uma geração. Muitos, obrigados a abandonar o seu país, procuram no exterior alternativas a um futuro que os seus antepassados imaginaram e desejaram. A poucas semanas da saída da troika do nosso país, é tempo de refletir os ideiais de Abril. É crucial que os sacrifícios impostos a milhões de portugueses e portuguesas seja produtivo, para bem das novas gerações. A direção da Portugal Inovador Propriedade: Página Exclusiva – Publicações Periódicas, Lda. I Morada: Rua Augusto Lessa, nº 251 esc. 13 I 4200-100 Porto I Telefones: 22 502 39 07 / 22 502 39 09 I Fax: 22 502 39 08 I Site: www. paginaexclusiva.pt I Email: [email protected] I Periocidade: Mensal I Distribuição: Gratuita com o Jornal PÚBLICO I Preço unitário: 4 euros I Assinatura Anual: 44 euros (11 números) Interdita a reprodução, mesmo parcial, de textos, fotografias ou ilustrações sob quaisquer meios, e para quaisquer fins sem autorização do editor. A paginação é efetuada de acordo com os interesses editoriais e técnicos da revista e o editor não se responsabiliza pelas inserções com erros ou omissões que sejam imputáveis aos anunciantes. 6 I Abril Portugal Inovador Felgueiras, concelho de fortes tradições Município de excelência, com uma área de 116 km2 que engloba 32 freguesias, Felgueiras é um local com fortes tradições, reconhecidas nacional e internacionalmente. Situado na parte superior do Vale do Sousa, Felgueiras promete um enorme desenvolvimento de todas as potencialidades do concelho. A 42 km da cidade do Porto e próximo do rio Vizela, destaca-se pelo seu território natural e paisagístico, rodeado por montes e vales, e alvo de investimento turístico. O concelho integra quatro centros urbanos: a cidade de Felgueiras, a cidade da Lixa, a vila de Barrosas e a vila da Longra. Acolhendo cerca de 59 mil habitantes, é envolvida por uma enorme valorização histórica, cultural e patrimonial, na qual sobressai o Mosteiro de Pombeiro - monumento nacional classificado que demonstra as origens deste concelho. A Igreja de Airães, Igreja de Sousa, Igreja de Unhão e a Igreja de S.Mamede, em Vila Verde, simbolizam o desenvolvimento das tradições religiosas e culturais de Felgueiras. Felgueiras é uma terra excepcional, marcada por cidadãos trabalhadores que contribuem para a produção de mais de 50% da exportação nacional de calçado, a produção de 1/3 dos melhores vinhos verdes, o tradicionalismo de diferentes pontos de bordado da Lixa e o fabrico manual de cavaquinhos, violas e outros instrumentos de cordas. A indústria do calçado manifesta o progresso de Felgueiras, onde a maior parte da população activa contribui para o desenvolvimento económico desta área, produzindo cerca de 250 mil pares de sapatos diariamente, que se destinam à exportação. Uma parte muito rica da tradição são os bordados, setor que emprega 2/3 das bordadeiras nacionais e contribui com exemplos legítimos de produtos artesanais, como o ponto de nó, ponto de cruz, o richelieu e o crivo. Quanto à gastronomia, o vinho verde, o mel e o pão-de-ló de Margaride e Cavacas são representativos desta região e completam as tradições regionais com um sabor autêntico e inesquecível. Felgueiras é um dos concelhos mais jovens de Portugal e da Europa, uma terra privilegiada que aposta nos seus valores humanos e económicos para promover o desenvolvimento e o reconhecimento internacional. l Abril I 7 Portugal Inovador Flores do Vale do Sousa para o país As flores do Grupo LIFLS são um ex-líbris em toda a região Norte, sobretudo no Vale do Sousa. Com cerca de 12 mil m2 de área de produção, esta empresa prima pela qualidade das flores e pelo profissionalismo dos seus colaboradores. As flores continuam a ser uma grande riqueza que Portugal tem. Oriundo de uma família ligada ao ramo, José Carlos Costa decidiu criar, em 2002, a LIFLS, uma empresa de produção de flores, onde a qualidade e a satisfação do José Carlos Costa é também o maior produtor de melão casca de carvalho do Vale Sousa, vendendo-o para toda a região. cliente estão sempre em primeiro lugar. Frescura, beleza e diversidade são as palavras que melhor a definem. “Esta empresa surgiu pelo gosto que tenho por flores e, felizmente, até aos dias de hoje 8 I Abril temos tido sucesso”. Com 12 anos de existência, a LIFLS é a maior empresa na área de produção de flores em toda a região do Vale do Sousa. Um dos fatores fundamentais que contribuiu para que isto acontecesse foi “a dedicação e o trabalho que todos temos. A constante atualização e a busca pela tendência das flores é muito importante nesta área. Obriga-nos a um investimento constante em tecnologias e em variedades novas para acompanhar as tendências e as necessidades dos clientes de modo a mantê-los satisfeitos”, acrescenta. Com um espaço de produção de 12 mil m2, esta empresa produz essencialmente rosas, tulipas, lílios, crisânte- mos e gerberas. “As rosas são a nossa principal produção, de tal modo que temos cerca de oito mil metros quadrados dedicados às roseiras e os restantes quatro mil metros são ocupados com a rotatividade das restantes culturas”, afirma José Carlos Costa. Com seis colaboradores efetivos, a LIFLS tem como principais clientes os revendedores e as floristas, mas “também temos clientes finais que muitas vezes nos procuram, porque sabem da qualidade do nosso produto. O nosso trunfo é a nossa produção”, assegura o proprietário da empresa. De referir que José Carlos Costa é também o maior produtor de melão casca de carvalho do Vale Sousa, ven- Portugal Inovador dendo-o para toda a região. Situada em Felgueiras, cidade conhecida como a “terra do calçado”, José Carlos Costa acredita que o facto de estar numa região onde as pessoas têm poder de compra e onde há emprego é uma mais valia para todo o tecido empresarial. Para o futuro, “um dos grandes projetos que temos é a exportação sendo nos próximos tempos o essencial é manter a qualidade e os clientes satisfeitos”, conclui. “A dedicação e o trabalho que todos temos. A constante atualização e a busca pelas tendências nas flores é muito importante nesta área. Obriga-nos estar sempre a investir em tecnologias e acompanhar as necessidades dos clientes, de modo a mantê-los satisfeitos”. l Rua Sardoal 252 • 4610-585 Pinheiro-Felgueiras Telefone: 255 923 251 • Telemóvel: 967 494 304 www.grupolifls.pt MAIOR PRODUTOR DE FLORES DO VALE DO SOUSA Produtores Flores • Comércio Flores • Flores de Corte Abril I 9 Portugal Inovador Três anos de inovação e criatividade O trabalho da Outros Pormenores, reconhecido por estas características, tem sido um importante auxílio à boa divulgação das nossas indústrias do calçado e mobiliário, a nível nacional e internacional. A atividade desta empresa de Felgueiras concentra-se no design e na conceção de stands para feiras e exposições. Pela sua localização, é natural que o mercado para o qual se dirigiu inicialmente fosse a indústria do calçado. “Começámos com um número reduzido de clientes, mas fomos crescendo dentro desse setor,” conta João Pedro Sousa como fundador e sócio gerente da empresa e José Raimundo, engenheiro responsável. “Paralelamente, fomos estendendo o nosso 10 I Abril trabalho a outras indústrias, sendo que o melhor exemplo disso é o mobiliário. Neste momento, o calçado e o mobiliário são os nossos principais segmentos”. Ainda que sejam duas indústrias geograficamente conotadas com duas áreas que lhe ficam próximas, uma, justamente, com Felgueiras, a outra com Paços de Ferreira, a carteira da Outros Pormenores não termina aí: “No setor do mobiliário temos, por exemplo, parceiros que vêm de Coimbra”. Relativamente ao progresso da empresa em geral, é resumido como “um crescimento não propriamente exponencial, mas consistente e devidamente alicerçado”. Com uma faturação anual próxima do milhão e meio de euros, a atual conjuntura financeira no plano nacional e europeu não se apresenta como um fator de desmotivação. “Muitas vezes, quando se fala na conjuntura, fica, de certa forma, incutida nas pessoas a ideia de que o melhor é baixar os braços e ficar à espera do que venha a acontecer”. O espírito demonstrado aqui é o inverso: “Se existe essa conjuntura, devemos é fazer tudo para ultrapassá-la. É, precisamente, nos momentos difíceis que devemos fazer algo para melhorar”. A propósito, é dado um exemplo que lhes é próximo: “Há empresas no setor do mobiliário que nunca tinham participado em feiras e que, confrontadas com esse desafio, começaram a fazê-lo”. No âmbito deste crescimento, verifica-se uma forte capacidade de intervenção fora do espaço nacional. Mais de 90% das feiras em que a Outros Pormenores realiza trabalhos são no estrangeiro. “Já estamos bem equipados para fazer trabalhos fora”, refere, apontando ainda um bom resultado daí decorrente: “Não é por acaso que já somos procurados por empresas estrangeiras. Principalmente em França, quem frequenta estes eventos já sabe reconhecer um stand da nossa autoria. Inclusive, muitos clientes falam connosco a propósito das vezes em que são abordados para darem o nosso contacto a interessados”. Portugal Inovador A relação com o cliente É justamente pela satisfação dos respetivos parceiros que a Outros Pormenores tem vindo a progredir. “Somos referenciados como uma empresa que merece credibilidade e que tem clientes satisfeitos”. O reconhecimento não se fica pela palavra individual do cliente, uma vez que já é uma empresa recomendada pela APICCAPS (Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos) e pela APIMA (Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins). A justificar esse prestígio, o principal atributo é a diferença.“Tentamos sempre ser diferentes de tudo e de todos. Há uma procura constante por alguma coisa que não exista ou que, a existir, possa ser adaptada”, sublinha. Até porque esta atividade, em particular, requer uma permanente atualização, conforme nos é explicado: “O normal num cliente é que, no espaço de um ano, participe em quatro a seis feiras. Naturalmente, se os seus espaços apresentarem sempre a mesma estrutura, isso irá causar algum cansaço nas pessoas”. Este é um desafio que se contorna, muitas vezes, “com pequenas mudanças num ou noutro apontamento. O aspeto fica logo diferente sem que seja necessária uma grande alteração em termos de estrutura. É algo que se consegue, muitas vezes, jogando com trocas de materiais, cores, etc.”. Quanto aos procedimentos através dos quais esta relação com o cliente é desenvolvida, a Outros Pormenores mostra-se versátil: “Há situações em que o cliente nos diz que vai participar numa determinada feira, tendo já um espaço adquirido, com determinadas dimensões já definidas e, a partir daí, são-nos dadas algumas diretrizes. Aí, nós desenvolvemos o nosso projeto, tentando que vá ao encontro dessas orientações, fazemos a sua apresentação e poderemos alterá-lo neste ou naquele aspeto até que se chegue exatamente ao que é pretendido por ele,” explica. Noutros casos, é simplesmente o cliente que “descreve, concretamente, o que pretende e faz o pedido da respetiva orçamentação do projeto”. Além do talento para inovar no domínio estritamente estético, o êxito dos três últimos anos assenta ainda num profissionalismo marcado pelo “cuidado com a orçamentação, com a qualidade e com o cumprimento dos prazos de entrega”. Para este efeito, muito têm contribuído os seus vinte colaboradores, descritos como “fantásticos” e “parte de uma verdadeira família”. Por estarem reunidas as condições para que se sonhe mais alto, os objetivos e expetativas para o futuro próximo passam, essencialmente, por uma maior presença noutros setores. “Não queremos ficar apenas pelo calçado e pelo mobiliário e estamos a preparar-nos para o nosso crescimento num conjunto de outras indústrias, como, por exemplo, o setor da alimentação”, conclui. l Abril I 11 Portugal Inovador A marca que marca pela diferença A Valter Shoes e a Style and Trends uniram-se e deram origem à Angels & Demons. A marca de calçado surgiu em 2013 e junta a irreverência do design ao conhecimento comercial. Valter Cunha e Alex Santos são os responsáveis pelo surgimento da Angels & Demons, assim como por todo o sucesso que esta marca tem alcançado. A empresa de Valter Cunha, Valter Shoes, e a empresa de Alex Santos, Style and Trends, fizeram com que a Angels & Demons chegasse a um patamar de excelência: “A junção aconteceu naturalmente, visto que a amizade que nos une vem desde o tempo de escola. Era uma ambição antiga a criação de uma marca, já que ambos tínhamos experiência no desenvolvimento de calçado tanto para clientes, como na área de design e na área comercial. Considerámos por isso que estava na hora de expandirmos as nossas criações”, explica Valter Cunha. 12 I Abril A experiência e a paixão pelo que fazem têm-se revelado aliados perfeitos na evolução de todo o projeto. Valter Cunha aproveitou o legado deixado pela sua família no comércio de calçado, juntamente com o gosto que tem por este setor da indústria. Alex Santos conta com 15 anos de experiência na área do design de calçado e componentes. A Angels & Demons cria sapatos de senhora e de homem com um estilo jovem e apelativo. O trabalho é feito, maioritariamente, com peles elaboradas, cores fortes e acessórios que embelezam o produto final. Também existe a produção de sapatos mais simples e acessíveis, que chegam a um público-alvo mais alargado. “As inspirações são captadas de diversos lugares e situações, procuramos tudo à nossa volta. Tudo o que é diferente e, ao mesmo tempo sublime, atrai-nos”, é desta forma que Alex Santos nos explica de onde surgem determinadas ideias. A comercialização dos produtos está mais destinada para o estrangeiro, apesar do mercado interno não estar esquecido, tendo algumas propostas de trabalho. São vários os países que querem o calçado da Angels & Demons. Existe também uma relação privilegiada com agentes, distribuidores e online stores. Este projeto promete continuar a marcar pela diferença: “Não consideramos que o nosso trabalho esteja terminado após a comercialização do nosso projeto ou de uma coleção. Temos que procurá-lo nas lojas, vê-lo exposto, questionar as vendas, investigar os pontos de melhoria. Só assim iremos alcançar o sucesso ambicionado”. Em relação ao futuro, os nossos entrevistados garantem ser essencial continuar a ter excelentes linhas para que os clientes, representantes e agentes, continuem a apostar na marca, chamando a atenção também de novos parceiros. “Nunca esquecendo todo o suporte de várias fábricas que nos ajudam neste crescimento. Continuaremos a apostar forte na parte comercial, marketing e vendas online”. l Portugal Inovador A sua imagem de marca A empresa RogerFardas dedica-se ao fabrico, revenda e venda ao público de vestuário de trabalho. É em Felgueiras que começa todo o processo, apostando na variedade e inovação para servir o cliente da melhor forma. Mónica Teixeira, gerente da RogerFardas, aproveitou o conhecimento e a experiência do seu pai, Rogério Teixeira, como vendedor ambulante de vestuário, para abrir uma loja neste ramo. A vontade de trabalhar e a paixão que foi descobrindo pelo vestuário fez com que fosse a combinação perfeita para a continuidade do legado iniciado pelo seu pai. “O meu pai é um apoio para mim. Ajuda-me muito neste projeto. Aliado a isso, está a minha paixão por aquilo que faço, considero extremamente aliciante e é com muito orgulho que vejo as fardas que aqui foram criadas, serem usadas pelas pessoas”, salienta Mónica Teixeira. Para a nossa entrevistada, existe também a necessidade de ser multifacetada: “Faço a parte das vendas, os cortes nos tecidos, os moldes e as entregas”, refere. No início da atividade, em 2006, a empresa estava localizada em Barrosas, mas posteriormente surgiu a necessidade de mudar de local de trabalho, estando até aos dias de hoje instalada no centro de Felgueiras. O impacto na região tem sido positivo, toda a gente conhece a RogerFardas e está presente em variados setores da atividade. Vendem para hotelaria, escolas, infantários, área da saúde, indústria, restauração, entre outros. Em relação às escolas e infantários, existe um cuidado especial por parte da RogerFardas, confecionando tecidos higienizados, anti bactérias. “Eu gosto de tudo aquilo que faço aqui, mas as fardas ligadas à cozinha, à estética e as batas de criança, são as que me dão um gozo especial”, confessa a gerente. Os clientes podem personalizar o logotipo da instituição, através de bordados e estampados, e podem ter a farda que idealizam. A empresa conta com quatro funcionárias e possui um atelier de costura: “Temos uma excelente equipa de trabalho e o atelier de costura é uma grande vantagem, consigo ter um controlo maior sobre os produtos e ajuda a potenciar todo o negócio”, afirma Mónica Teixeira. De Felgueiras saem fardas para todo o país. A RogerFardas tem clientes em Cascais, Montijo, Açores, Madeira, Porto, entre outros. Também vende para o estrangeiro - Suíça, França e Angola. Na Suíça, está mais focalizada para o fornecimento de fardas para hotelaria e em França para serviços de limpeza. No futuro, “continuar a crescer, proporcionar bons preços aos nossos clientes, continuar a ter uma grande variedade de modelos e uma inovação constante”, são os desejos de Mónica Teixeira. l Abril I 13 Portugal Inovador A construir inovação A J. Costa Máquinas está, desde 1991, a comercializar e reparar máquinas industriais e respetivos equipamentos. As suas instalações estão presentes na freguesia de Macieira da Lixa, em Felgueiras, e faz da máquina processadora de lenha, a sua joia da coroa. A evolução da indústria é algo essencial na economia de um país. A J. Costa Máquinas, dá um contributo bastante importante neste sentido, ao disponibilizar uma série de máquinas e equipamentos para a indústria, com o contributo da New Holland e da Wacker Neuson, seus principais concessionários. Camiões, empilhadores, escavadoras, carregadoras, tratores agrícolas, são alguns dos exemplos de máquinas que esta empresa tem para comercializar e que pode reparar. Mas a grande criação da empresa, é uma máquina vocacionada para rachar lenha, a Processadora de Lenha. Esta máquina tem o cunho pessoal do gerente, Joaquim Costa, que a criou de raiz, desde o desenho ao produto final: “Sonhei sempre fazer uma máquina minha, toda ela pensada e inventada por mim. Algo que não existisse em Portugal”, exprime Joaquim Costa. 14 I Abril Aqui fornecem-se também peças e componentes, indispensáveis para o bom funcionamento de todas as máquinas. “Apostámos na diversificação da empresa de forma a garantir a sua manutenção e continuidade no mercado”, refere o gerente. A empresa conquistou uma posição de destaque a nível nacional, tendo clientes espalhados de Norte a Sul do país e começa a dar os primeiros passos a nível internacional: “Os nossos principais clientes estão ligados à construção de obras públicas. Temos parceiros de negócios um pouco por todo o país, mas vamos começar a nossa comercialização em África, nomeadamente Angola e Moçambique”, explica o nosso entrevistado. A equipa de trabalho é constituída por dez funcionários, todos com formação. Alguns destes trabalhadores, estão encarregues de prestar assistência “ao domicílio”, otimizando todo o processo e melhorando a satisfação do cliente. Para que o cliente esteja familiarizado com as novidades da J. Costa Máquinas, são organizadas demonstrações diárias das máquinas a serem comercializadas: “Fazemos demonstrações aos clientes, mostrando todos os detalhes e funcionalidades do equipamento. Como é algo inovador, a primeira abordagem é sempre mais complicada. Queremos que os clientes estejam devidamente informados”, salienta Joaquim Costa. As perspetivas de futuro passam por “conseguir exportar para ainda mais países. O Brasil e alguns países nórdicos são a nossa prioridade. Queremos continuar a alargar horizontes”, conclui o gerente. l Portugal Inovador Peles de sucesso A F. Henrique Peles dedica-se à comercialização de peles para calçado. Felgueiras é o seu ponto de maior referência e a boa relação com fornecedores e clientes, a chave do sucesso. A boa fase que atravessa a indústria do calçado deve-se às empresas que contribuem para o seu desenvolvimento. A F. Henrique Peles tem sido um dos pilares deste setor, comercializando peles de excelência com padrões de qualidade que roçam a perfeição. Henrique Brochado, gerente da empresa, é um dos rostos mais conhecidos em Felgueiras e tem dado um contributo bastante importante na evolução desta indústria no nosso país. “O calçado tem estado numa fase muito boa. O volume de vendas tem vindo a aumentar e, consequentemente, aumenta o nosso stock. Tenho a noção que a minha empresa tem sido essencial para a promoção da indústria do calçado”, afirma Henrique Brochado. “Comecei como empregado de armazém com 11 anos. Posteriormente, passei para vendedor. Depois estabeleci-me por conta própria há 24 anos. Fui crescendo e hoje tenho um dos principais armazéns de Felgueiras. Procuro estar atualizado e para tal, frequentemente, visito feiras do setor para tirar ideias e para potenciar negócios com possíveis fornecedores”, é desta forma que o nosso entrevistado nos demonstra a evolução que tem evidenciado neste ramo de atividade, bem como a experiência que tem neste negócio. A F. Henrique Peles tem inovado constantemente e, para além do atual armazém, tem também outro que oferece ainda melhores condições de trabalho e capacidade de armazenamento. A grande variedade de peles e as diferentes cores que disponibilizam aos seus clientes colocam a F. Henrique Peles num patamar superior em relação à concorrência. As peles que fornecem, embelezam o calçado de homens e mulheres e nas suas instalações têm artigos para todos os gostos, uns em stock e outros por encomenda. Os seis funcionários da empresa dão um contributo essencial a todo o processo de comercialização. “Tenho os melhores funcionários. São como amigos para mim. O meu braço direito é um comercial, o Flávio Gonçalo, que ajuda a empresa a evoluir e a minha filha também tem um papel bastante importante embora ainda esteja a dar os primeiros passos, salienta o nosso entrevistado. Os principais fornecedores estão em Alcanena e em Itália. Também chegam aqui alguns artigos da Índia que vão começar a ser comercializados. Em relação aos clientes, Felgueiras está no top de preferências da F. Henrique Peles, fazendo muitas vendas para empresas da região. Em São João da Madeira também reside algum do fluxo de vendas. Para Henrique Brochado a chave do sucesso vai continuar a ser “os fornecedores e clientes de elite que a empresa procura manter”. l Abril I 15 Portugal Inovador O sabor que familiariza e inova Na rua Rebelo de Carvalho, em Margaride, situa-se um espaço que se faz de uma família para outras famílias. Uma casa que chega a outras casas e acalenta o paladar dos portugueses. Foi no concelho com menos desemprego do país, em Felgueiras, que surgiu a Pastelaria D. Laura. Quando a técnica se alia à criatividade algo de original aparece. Eurico Araújo, de tenra idade decidiu abarcar com responsabilidade o negócio dos pais: a Pastelaria D. Laura, aberta em 1999 e que conta, atualmente, com um total de três espaços. O seu rumo na área da informática, tão apreciado por ele, foi posto de parte. Mas de olhos colocados no futuro arriscou na inovação da casa que o viu amadurecer. A qualidade concilia-se aqui com a novidade, não esquecendo o conforto e o equipamento das suas instalações. Seriedade, competência e qualidade é o que esta casa procura oferecer aos seus clientes. As delícias que satisfazem o paladar O paladar que se aninha nos sabores da sua pastelaria e padaria são variados: o bolo-rei; a rabanada assada, na época específica; a cavaca - tradicional de Felgueiras - acolhida pelos portugueses ao longo de todo o ano; os bolos temáticos; o pão de ló tipo Margaride e o pão de ló, tipo bolinhol; a broa de milho, que tão bom feedback tem recebido. “Na época de Natal, as rabanadas e o bolo Rei são muito procurados. Durante todo o ano, os croissants ‘tipo brioche’ são uma das especialidades mais pedidas”, afirma o nosso entrevistado. 16 I Abril No último Natal de dezembro produziram cerca de 2000 rabanadas, sendo que cerca de 90% dessas foram assadas. “As pessoas no Natal não compram muitas rabanadas por causa do colesterol, por isso inventámos uma nova maneira de fazer rabanada. Sem fugir à parte doce, cortamos na gordura”, explica o jovem empresário. Os pasteleiros, que procuram constantemente novas formas de inovar, “vão agora tirar uma formação para os bolos em 3D, designados bolos temáticos”, realça. É ao fim de semana que as pessoas mais absorvem os cheiros e sabores desta casa. A família junta-se para petiscar e o calor humano aquece o espaço envolvente. A equipa da Pastelaria D. Laura aposta na variedade, estando sempre atenta ao feedback que recebe de todos os seus clientes. Devido à conjuntura económica, verificou-se alguma contenção nos gastos, mas a aposta em novos produtos contesta a crise: “Tentamos inovar e surpreender os nossos clientes, oferecendo aquilo que mais lhes agrada”, conclui Eurico Araújo. l Portugal Inovador Jardins com soluções diferentes Armindo Pereira planta projetos à medida dos sonhos dos seus clientes. Foi em Felgueiras que encontrámos a ArtJardins, uma montra da natureza acessível a todos. Amante da natureza e conhecedor da arte de jardinagem, Armindo Pereira foi encarregado geral de uma empresa durante largos anos. Em 2009, o nosso entrevistado decidiu arriscar e criar o seu próprio negócio. Assim nasce a ArtJardins. Foi em Felgueiras que, após a análise do mercado, Armindo Pereira decidiu implementar o seu negócio. “Considerei ser um bom local para abrir uma empresa deste ramo. Esta região sempre me fascinou e acolheu muito bem”, conta-nos. A dedicação e o trabalho em torno deste projeto têm permitido à ArtJardins arrecadar o reconhecimento e a confiança dos seus clientes, assim como a qualidade e a oferta constante de novidades: “Andamos sempre à procura de novos produtos para expor, de modo a surpreender os nossos visitantes. Somos reconhecidos por isso e, creio, essa é uma das razões que tem permitido a nossa evolução”. Falamos de uma área de dez mil metros com uma enorme variedade de plantas (de interior e de exterior) para todos os gostos – desde o simples vaso decorativo, até às plantas e árvores de jardim de maiores dimensões. Com uma área de atuação que se estende do Norte do país até ao Porto, Armindo Pereira acabou por, estrategicamente, restringir-se à elaboração de obras públicas e de particulares, de pequenas a médias dimensões. “Não queremos fazer grandes projetos que exijam subempreitada, é um risco elevado que não queremos correr. A minha opção passa por gerir uma empresa pequena e organizada, direcionada para obras de pequena dimensão (públicas ou privadas)”, explica o administrador. “Na maioria dos casos os nossos clientes vêm cá solicitar-nos o serviço. Visitam-nos e vêm aquilo que pretendem em termos de qualidade/preço e nós rapidamente orçamentamos o projeto”, esclarece. Trabalhando para particulares ou pequenas obras públicas solicitadas pelas Câmaras Municipais e Juntas de Freguesias, a ArtJardins tem capacidade para garantir a manutenção desses espaços. “As plantas são extremamente sensíveis e, no caso das obras públicas, devemos ter em conta as especificidades de cada espécie e o meio onde vão ser inseridas. Não por raras vezes as entidades têm que alterar o tipo de plantas de determinado projeto, porque estas não se ajustam ao meio. Compete-nos alertar e informar. Por exemplo, aqui no Norte as plantas que mais se adaptam são as camélias. Uma das minhas obras mais recentes ocorreu numa rua de Fafe onde plantámos 25 camélias”, revela. Futuro Planeado “Quero oferecer o máximo de qualidade, mas de forma sustentável. O balanço destes cinco anos é bastante positivo, apesar de exigir um trabalho constante”, garante o administrador que opta por manter o espaço aberto 363 dias por ano, fechando apenas no dia de Páscoa e de Natal. “Desta forma, as pessoas acabam sempre por visitar-nos. Por exemplo, se forem jantar a casa de familiares e amigos podem passam por aqui para comprar um presente original que agrada a todos”. l Abril I 17 Portugal Inovador Múltiplas instalações elétricas Com as suas infraestruturas localizadas em Varziela, freguesia do concelho de Felgueiras, a EDF – Esfera de Fios direciona a sua atividade para a instalação de sistemas elétricos em vários setores. Durante a conversa, António Sampaio, responsável pela empresa, que conta com um largo know how no ramo, alienando um curso de instalador fotovoltaico, começou por contextualizar a sua empresa que labora há 5 anos, definindo-a como um “desafio”, embora implique um árduo esforço: “A Esfera de Fios nasceu em 2009. Foi uma aposta pessoal de forma a garantir um futuro promissor, encarando sempre como um desafio.” O nome atribuído à empresa antes da sua inauguração foi pensado ponderadamente, com vista a criar curiosidade a quem o lesse pela primeira vez e que fosse rapidamente associado 18 I Abril à área da eletricidade: “Tentei escolher um nome apelativo e que levasse à curiosidade das pessoas. Foi o único nome que consegui relacionar com os termos específicos da área em que trabalhámos.” Contando com quatro funcionários nos seus quadros, António António Sampaio enumerou todos os tipos de serviços que a EDF – Esfera de Fios está capacitada a realizar: “Realizámos trabalhos na área da energia, telecomunicações, segurança, a própria manutenção industrial e, inclusive, condominios. Entre outros, fazemos instalações elétricas, automatismos de portões, montagem e reparação de bom- bas de água, instalações ITED e ITUR, ligações de fibra ótica, alarmes de CO2, de incêndio, de gás e até sistemas de video vigilância.” Primando pelo rigor e profissionalismo, a EDF – Esfera de Fios tenta aplicar no seu trabalho “uma rapidez de processos através de um dinamismo muito grande”, prestando uma assistência “atenciosa e cuidada”. Para António Sampaio, são valências necessárias “para atingir uma boa qualidade de serviço”. A rápida fidelização dos seus clientes só é possível com o uso de bons materiais, de marcas como a Bosch, Siemens ou Legrand. A sua abrangência de mercado alterou-se nos últimos tempos: “Trabalhámos aqui na região, mas já realizámos algumas sub-empreitadas em Portalegre e Lisboa, para grupos como o Jerónimo Martins e a SONAE e a própria Makro em Alfragide.” António Sampaio crê num panorama positivo, tendo em vista uma futura instalação de sistemas de ar condicionado: “É evidente que a procura estabilizou de uma forma acentuada, mas acreditámos num bom ano para nós. Contudo, vamos pensar o nosso futuro de forma consciente e realista sem nunca perder a vontade de crescer”, afiançou. l Portugal Inovador Unir a tradição à inovação A HEARTS é uma marca de bordados artesanais, elaborados pelas mãos mais cuidadosas e experientes da região do Vale do Sousa. A aposta na internacionalização é a escolha atual, sempre com a finalidade de divulgar esta arte intemporal além-fronteiras. Patrícia Costa e Tiago Vieira criaram a HEARTS e estão a reinventar uma tradição e a difundir a diversidade de aplicações do bordado. Descendentes de bordadeiras, deram início a este projecto através da internet em 2008. Com 27 anos e licenciada em Educação de Infância, Patrícia Costa decidiu apostar neste projeto inovador, juntamente com Tiago Vieira, de 30 anos, sócio-fundador que exerce Medicina. “O bordado faz parte da mais autêntica cultura portuguesa e, a dada altura, percebemos que poderia também ser uma boa ideia de negócio. Pensamos na maneira mais simples de o publicitar e escolhemos a internet, através das redes sociais e do nosso blog”, esclarece Tiago Vieira. Esta firma inovadora, mas com base na tradição, conta com cinco artistas que elaboram minuciosamente as peças artesanais da HEARTS. Tradição O Bordado da Terra de Sousa aplica uma enorme variedade de pontos de bordar, executados com ilustre qualidade e técnica. “O essencial é não perder a fidelidade à tradição e ter a liberdade para inovar e elaborar produtos modernos de elegância única”, explica Patrícia Costa. Nas peças criadas na HEARTS são utilizados todos esses pontos. A ideia é divulgar em Portugal e internacionalmente a riqueza e versatilidade do Bordado da Terra de Sousa. “Com este projeto, procuramos criar não apenas um negócio, mas também contribuir para a perpetuação desta arte ao longo dos tempos. Por outro lado, a vida da empresa depende também da continuidade da tradição”, conta Tiago Vieira. Valor da Terra A valorização das tradições da região do Vale de Sousa, nomeadamente da Lixa e de Felgueiras, é um ponto fulcral deste projeto: “Benefi- ciamos do conhecimento das nossas famílias e das gentes da nossa terra. Queremos que se reconheçam no nosso trabalho”, elucida Patrícia Costa. Aliando a tradição a preocupações ecológicas, os nossos entrevistados trabalham exclusivamente com produtos naturais (linho, algodão e seda) que garantem o respeito pelo meio ambiente. Sem Fronteiras Para além dos clientes particulares, a HEARTS é parceira de empresas e estilistas a nível nacional e internacional. Os nossos entrevistados concorreram com o apoio do BICMINHO, em 2013, a um programa de internacionalização do QREN. Duas novas marcas estão a ser desenvolvidas, uma de têxteis lar no segmento de luxo, com bordado fino, e a outra de acessórios de moda para senhora, com design desenvolvido pela empresa. Nos próximos meses, a HEARTS participará em feiras em Nova Iorque, Japão, Singapura, Suíça, Dubai e Inglaterra. Em simultâneo, a empresa criará dois novos websites de forma a permitir a interacção digital dos seus clientes com os produtos das suas marcas. Com o desenvolvimento deste projeto, os fundadores contam com a possibilidade de expansão, tanto do espaço de trabalho como do número de colaboradoras. Os bordados manuais são de produção muito demorada e a HEARTS pretende contratar novas bordadeiras. Responsabilidade Social A responsabilidade social da empresa reflete-se no facto de estarem a desenvolver uma arte local, que visa o desenvolvimento sustentável de toda a região. A HEARTS tem também a intenção de dotar as suas marcas com um cariz solidário, fazendo reverter uma percentagem do lucro das vendas para instituições de solidariedade. “Consideramos que é responsabilidade de todos contribuir para a construção de uma sociedade melhor, a nível local e global”, concluiu Patrícia Costa. l Telf.: 255 405 053 Telm: 916 751 488 E-mail: [email protected] www.hearts.com.pt Edificio El Rei D. João - Fracção P Avenida Dr. Machado de Matos 4615 - 655 Lixa Abril I 19 Portugal Inovador Rapidez, qualidade e eficácia A Felraposo, empresa de transporte de mercadorias localizada em Felgueiras, serve, há duas décadas, os seus parceiros de negócio, cumprindo com rigor prazos e normas. Manuel Pires, gerente desta transportadora, conta que iniciou o seu percurso nesta atividade em 1988, trabalhando com um alvará detido pelo pai. Mais tarde, em 1993, fundou a Felraposo. “A minha família tinha a alcunha de Raposo e foi daí que veio esta designação, com a qual comecei a trabalhar a partir dessa altura”, recorda. Neste momento, mais de vinte anos desde a fundação, o filho, Renato Pires, está também no comando dos destinos da empresa. A história da Felraposo tem sido 20 I Abril marcada pela solidez, embora não tenha passado imune à crise vivida no contexto em redor. “Houve muitas empresas cujos negócios falharam e tivemos problemas daí derivados, mas a situação parece estar a melhorar”. Sinais disso são a frota de 15 veículos e a expectativa de acrescentar ao seu espaço um pavilhão de logística, na Zona Industrial de Cabeça da Porca. A gama de serviços inclui o transporte e a distribuição de mercadorias, mudanças e empacotamento, sempre com métodos recentes, assegurados por uma equipa especializada. O âmbito de intervenção é internacional, abrangendo praticamente toda a Europa Central e Ocidental. Contudo, “o forte da Felraposo, atualmente, é a Península Ibérica”. Geograficamente inserida numa área célebre pelo seu papel na indústria nacional, com vários parceiros aí presentes, a empresa de Manuel Pires assiste de perto à vida empresarial de Felgueiras. Considera que, “a indústria local está a funcionar bem. Há uns anos sofreu um forte abalo, mas as empresas locais conseguiram renovar as máquinas, aperfeiçoar a qualidade e introduzir mudanças em termos de design”. Aproveitando também para se manifestar relativamente ao estado do setor, aponta “a necessidade de que haja melhores condições tanto no que respeita aos preços dos combustíveis como às portagens”, sendo este um âmbito em que “as empresas de maior dimensão tendem a ser beneficiadas”. l Portugal Inovador Uma escola dedicada ao próximo A escola de condução Valverde apresenta-se como a mais importante de Felgueiras, em número de inscritos. O êxito assenta na disponibilidade total perante o aluno. O início da atividade remonta a 2002. O gerente, Joaquim Ferraz da Silva, já trabalhara como colaborador de outra escola antes de ter tomado esta iniciativa, conjuntamente com outro sócio. A Valverde conta ainda com seis colaboradores, estando entre estes duas filhas do gerente que se dedicam à função de instrutoras de condução. “Entre as oito escolas a funcionar na zona de Felgueiras, a nossa é a principal, tendo em média mais de 300 inscrições por ano,” refere Joaquim Ferraz da Silva. O segredo para a posição que, ao longo de 12 anos, foi conquistada face à concorrência local é justificado da seguinte forma: “Eu vivo para a escola de condução. Mais do que uma escola, considero este espaço uma casa de Deus, onde todos somos unidos e pensamos primeiramente em ajudar o próximo. Esse próximo é que faz com que a escola vá progredindo, uma vez que um amigo traz outro amigo, um pai traz um filho, etc. Ao fazer o bem, a escola acaba por estar sempre bem”. A inspiração para a atitude descrita nas palavras do gerente é imediatamente visível para quem entra nas instalações, onde, um pouco por toda a parte, podemos ver imagens referentes à fé católica. A entrega ao próximo, neste caso entendido como o aluno, manifesta-se concretamente numa intensa disponibilidade quer em termos materiais, quer em termos de tempo. “Abdico de certas regalias pessoais para que não falte nada na escola,” garante. De facto, a Valverde oferece aos inscritos ótimas condições tanto ao nível dos veículos como do material de estudo. “Facultamos o livro e material informático para que eles estejam bem preparados para a altura do exame”. Relativamente ao horário, o apoio ao aluno é feito “a tempo inteiro. Estamos presentes de manhã, de tarde e de noite, inclusive também muitas vezes aos domingos”. Continuando a fazer referência tanto ao sucesso da escola como à qualidade do trabalho que desenvolve, há ainda que sublinhar que, além das inscrições locais, há também “uma grande quantidade de alunos vindos de Guimarães, Fafe, Vizela, Lousada ou Celorico de Basto”, cujo transporte até à escola é assegurado pela própria. Em acréscimo, recebem igualmente “telefonemas de emigrantes na França, na Alemanha ou na Suíça que preferem tirar a carta através da Valverde”. l Abril I 21 Portugal Inovador Santo António dos Cavaleiros “Verdadeira cidade jardim às portas de Lisboa com relva, árvores e flores” Era assim que começava o slogan da estratégia promocional da ICESA, empresa que levou a cabo a construção do primeiro bairro entre 1965 e 1969, ano em que foi inaugurado. E continuava o slogan: “Onde os seus filhos podem brincar. Onde podem passear, respirar, descansar”. A equipa técnica era constituída pelos arquitectos Reaes Pinto, Ressano Garcia e Gonçalo Ribeiro Telles, engenheiro Pereira Gomes e o topógrafo Oliveira Barroso. O novo bairro foi inaugurado a 24 de Julho de 1969. Durante a década de 70, em consequência da habitação barata e do acesso rodoviário a Lisboa, convergiram para Stº António dos Cavaleiros imigrantes de diferentes zonas do País e do Mundo. No período pós 25 de Abril de 74, em consequência da descolonização, este afluxo intensificou-se contribuindo para que se revele uma localidade de fortes características multiculturais. Em 1989, pelo desmembramento da Freguesia de Loures, ascendeu a Freguesia e em Agosto de 1991 foi elevada a Vila. Ac22 I Abril tualmente serve cerca de 35 mil habitantes. Com a recente reorganização do mapa de Freguesias, passou a englobar também Frielas (União de Freguesias de Santo António dos Cavaleiros e Frielas). Eis, em traços largos, a História desta Terra. E digo Terra porque Stº António, apesar de constituir um espaço de confluência de culturas muito diversas, de emigrações e, erradamente, ser confundida com “um dormitório”, é uma Vila onde as pessoas habitam, interagem, socializam. Se o bairro original da década de 70 se destinava a jovens casais, portugueses, de classe média baixa, no decurso destes mais de 40 anos todo o tecido urbano e respectivas populações se foram alterando. Stº António é hoje “berço” de várias gerações de afro-descendentes (originalmente oriundos da ex-colónias portuguesas e não só), de asiático-descendentes (Índia, Paquistão, China, entre outros), de descendentes da Europa de Leste. Caracteriza-se por acolher desde sectores da população portuguesa e estrangeira oriundos da classe média baixa até à classe média alta (do qual é exemplo a Qtª do Almirante). Se é verdade que continua a ter uma forte preponderância de população na idade activa e de crianças e adolescentes, começa igualmente a evidenciar o envelhecimento global da população portuguesa. A diversidade de oferta de equipamentos sociais e a crescente sediação de pequenas empresas têm contribuído para a fixação de populações e, sobretudo, para uma crescente “apropriação saudável do espaço urbano” por parte da população residente. Quer isto dizer que Stº António dos Cavaleiros constitui hoje uma “Terra” onde as pessoas vivem e não vêm só dormir; onde as pessoas partilham espaços independentemente das suas origens étnicas, culturais ou religiosas. Fazendo jus ao slogan dos seus criadores: Stº António dos Cavaleiros constitui um grande espaço urbano onde, ainda hoje, as amendoeiras florescem, as flores do campo exalam os seus odores, as rolas, os melros e as andorinhas constroem ciclicamente os seus ninhos, os patos nadam no lago. E tudo isto enquanto as crianças brincam nos parques infantis, o circuito de manutenção é amplamente utilizado, os equipamentos públicos de exercício físico destinados a adultos são amplamente utilizados. Um bom exemplo, aqui mesmo “às portas” de Lisboa, de uma Vila a pensar nas pessoas. Ana Isabel Pena Portugal Inovador Credibilidade acima de tudo! Rapidez, eficácia, qualidade e profissionalismo são as palavras-chave que fazem da CREDIS uma empresa de referência na gestão de condomínios na zona da Grande Lisboa. Há vários anos no mercado, Sérgio Sousa trabalha para manter o cliente satisfeito e tornar a sua empresa cada vez mais credível no mercado. Com formação na área de Gestão e com pós graduação em gestão bancária, Sérgio Sousa foi responsável vários anos a nível de contabilidade e controlo orçamental na maior empresa japonesa ligada ao ramo automóvel. Em 1999 participou no lançamento de financeira automóvel em Por- “Dar credibilidade ao setor foi o meu principal objetivo. Gostamos de estar no mercado de forma honesta. Temos preços competitivos e qualidade” tugal, sendo a mesma uma referência sólida no mercado. Em 2005, apostou na área dos seguros e banca e foi selecionado para Diretor de Agência da Tranquilidade. Aos 40 anos, apostado em trabalhar por conta própria decidiu criar a CREDIS, uma empresa de gestão e administração de condomínios, seguros todos os ramos e financiamentos. Sendo uma empresa de referência e destaque a nível nacional nos dias de hoje. Criação da CREDIS Graças a uma vasta experiência e know-how na área de gestão, contabilidade e seguros, o nosso entrevistado efetuou várias auditorias a empresas de Gestão de Condomínios e considerou apostar neste mercado afim de credibilizar o mesmo, podendo disponibilizar aos condóminos serviços ligados às áreas com as quais sempre trabalhou com qualidade e preço. Neste contexto, o nome CREDIS fez todo o sentido. “Dar credibilidade ao setor foi o meu principal objetivo. Gostamos de estar no mercado de forma honesta. Tentamos oferecer preços competitivos e qualidade. As pessoas gostam de proximidade e é isso que procuramos fazer, estar o mais próximo dos condóminos e resolver as situações o mais rápido possível. Temos hoje milhares de condóminos, dos maiores condomínios da área metropolitana de Lisboa, tendo com orgulho na nossa carteira desde o arranque da Empresa o Condomínio Edifício Alves Redol em Vila Franca de Xira com 349 frações.”, refere Sérgio Sousa. O facto de concentrarem uma série de valências como as operações relacionadas com a Banca e Seguros em todos os ramos, num dos escritórios e noutro espaço a gestão de condomínios, prestação de serviços de limpeza, jardinagem e obras, é um garante de qualidade, como refere o nosso entrevistado: “O facto de estar ligado à parte financeira e gestão orçamental, bem como a vasta experiência na Banca e Seguros, dá-nos o privilégio de poder apresentar a melhor solução para particulares e empresas em termos de seguros e opções financeiras, garantindo uma poupança mensal efetiva, pelas várias parcerias com as maiores seguradoras e bancos em Portugal. Além disto, a nível dos condomínios a seleção que fazemos dos prestadores de serviço permite-nos entrar num prédio e ter uma redução de cerca de 40% nos custos, refletindo-se na redução de Abril I 23 Portugal Inovador quotas ou aumento do fundo de reserva. Há uma qualidade que faz com que as pessoas passem a palavra e dessa forma vamos adquirindo novos prédios todos os meses”. O atendimento disponível 24 horas por dia é um serviço de excelência que poucas empresas do género possuem e a transparência total são dois fatores que levam também os condóminos a confiarem no trabalho desta empresa: “O programa de gestão com o qual trabalhamos permite os nossos condóminos via on line podem ter acesso às contas 24 horas por dia. Está tudo devidamente detalhado. Neste negócio, isso é fundamental, porque estamos a mexer com o património das pessoas. Conseguimos reunir um conjunto de condições para satisfazer o cliente”, garante Sérgio Sousa. Parcerias e Formação Cada vez mais, e tendo em conta que vivemos num mundo cada vez mais globalizado, é necessário avaliar a “Está tudo devidamente detalhado e neste negócio isso é fundamental, porque estamos a mexer com o património das pessoas. Conseguimos reunir um conjunto de condições para satisfazer o cliente” concorrência e pensar nela não como uma ameaça, mas sim como parcerias. Na área da administração de condomínios não deixa de ser diferente e, é esta postura que permite que a CREDIS faça parcerias com empresas da mesma área. Há medida que foram crescendo e ganhando relevo no mercado da grande Lisboa, o proprietário decidiu criar a Give & Receive, Lda empresa certificada 24 I Abril pelo IAPMEI e inscrita no INCI que concentra os serviços de obras, desde remodelações interiores e exteriores às pinturas de edifícios em rappel. De acordo com Sérgio Sousa: “Criei a Give & Receive, Lda, porque à medida que ia ganhando prédios, apercebi-me que os condóminos tinham muitas queixas das empresas que faziam as obras, pois muitas no ano seguinte já não estavam no mercado, deixando de existir garantia. Foi para mim um incentivo apresentar aos meus clientes mais uma solução para os seus problemas extensível a qualquer cliente. Aliás, a nossa filosofia é ajudar o nosso cliente a poupar”. Desta forma, a CREDIS começou a ser contactada por outras empresas de gestão de condomínios, cujos prédios necessitavam de obras. “Isto é uma mais-valia para o mercado, termos empresas que reconhecem a nossa qualidade e que nos procuram pelos nossos serviços de manutenção e requalificação dos edifícios, sabendo que não fazemos concorrência e os ajudamos a continuar na gestão desses edifícios”, acrescenta Sérgio Sousa. Em qualquer firma a formação é um elemento fundamental e nesta empresa de Vila Franca de Xira não é exceção. Com uma vasto leque de colaboradores, o nosso entrevistado aposta constantemente na formação, pois acredita que “as pessoas têm de ser qualificadas e ter experiência na área para poderem lidar com determinados assuntos”. Para trabalhar na CREDIS é necessário ter capacidade e experiência comprovada na área, mas a formação nunca é descurada. PERFIL DE UM GESTOR DE CONDOMÍNIOS. QUAL DEVERIA SER? São várias as pessoas que atualmente decidem criar empresas de gestão de condomínios, mas nem todas elas têm o perfil necessário para estar à frente de um negócio com esta envergadura. “É importante gostarmos do que fazemos, porque a área da administração de condomínios é muito trabalhosa e quem pensar que é fácil está enganado, pois muitas são as vezes que necessitamos de investir. Sendo de realçar a importância de ter um gabinete jurídico forte como a Credis é detentora ”, afirma Sérgio Sousa. Quando questionado pela Portugal Inovador sobre quais deveriam ser as características Portugal Inovador de um gestor de condomínios, o nosso entrevistado respondeu prontamente, “as entidades competentes deveriam começar a ver qual o percurso da pessoa em questão e verificar se não existe qualquer tipo de cadastro, pois a idoneidade é crucial neste negócio. E depois, apostar-se em Portugal na formação dos administradores afim de passarem know How para os seus clientes.”. Futuro da CREDIS A administrar prédios na grande Lisboa com muitos edifícios emblemáticos em Alverca , Vila Franca de Xira, e parque Expo entre outras, Sérgio Sou- “É importante gostarmos do que fazemos, porque a área da administração de condomínios é muito trabalhosa e quem pensar que é fácil está enganado” sa quer continuar a crescer e a manter a credibilidade que a sua empresa tem no mercado. Continuar a ganhar quota de mercado na zona da grande Lisboa com destaque para a Expo e linha de Cascais. Aumentarem o numero de condomínios fechados, pelas várias vertentes de negócio que dominam, e continuar a ser honrado com convites da Banca para Administrar os seus imóveis.: “Quero apostar na gestão de imóveis bancários e, mais tarde, abarcar o mercado do Sul, ao abrir uma loja no Algarve”, conclui.l Rua Gil Vicente, 20 Lj CREDIS Bom Retiro 2600-048 V.F.Xira Telemóvel.: 96 417 55 35 Fax.: 263 098 482 E-mail: [email protected] www.credis.com.pt 38º 57’ 16’’N • 08º 59’ 50’’ W Horário: Segunda a Sexta: 9h00 às 19h00 Abril I 25 Sábado: 10h00 às 13h00 Portugal Inovador Quatro décadas de transparência Fundada por três homens e, atualmente, gerida por três mulheres, a evolução da Aldimar está sintonizada com a evolução das atitudes na sociedade portuguesa e no âmbito dos condomínios em particular. Esta empresa amadorense nasceu há 38 anos, estando a sua história ligada à de um célebre império da construção civil nacional. “Os proprietários iniciais eram, anteriormente, funcionários da J. Pimenta”, conta Alice Mota, uma das gerentes, “tendo sido aliás com o intuito de administrar os condomínios dos respetivos edifícios que a Aldimar surgiu. Praticamente toda a nossa carteira de clientes inicial veio daí”. A identidade e a imagem d a Al d i ma r c o n h e ce ra m uma reviravolta quando, há poucos anos, os três gerentes iniciais passaram as suas responsabilidades a Alice Mota, Vera Aleixo 26 I Abril e Sílvia Silva. As duas últimas tinham o lugar de colaboradoras da empresa, enquanto, para a primeira, o trabalho neste setor foi uma novidade, “embora tendo larga experiência noutras áreas”. Para a empresa, foi algo que representou um desafio no plano do relacionamento com os condóminos, tendencialmente homens, ainda que não seja nada de dramático, conforme contam: “A empresa era gerida por três senhores que até já tinham uma idade avançada e, subitamente, passou a ser representada por três mulheres de uma geração diferente. Nos primeiros tempos, houve quem reagisse com uma certa estranheza, mas a maior parte das pessoas já se habituou a nós”. De facto, a Aldimar continua com uma presença relevante no mercado, intervindo nas zonas da Amadora, Odivelas, Loures, Carcavelos, Oeiras, Cascais e Estoril, com um total de condomínios administrados que perfaz, aproximadamente, 70 prédios. A realidade local na qual se movimenta é complexa e descrita da seguinte forma: “Há vários tipos de condóminos dentro do mesmo edifício, com diferentes formas de estar e de educação. Há zonas que são sempre mais complicadas do que outras e, neste momento, Portugal Inovador o nível de disponibilidade financeira das pessoas é um fator que está a agravar essa situação”. Os problemas conjunturais relativos a esse aspeto têm o seu impacto acrescido também por problemas de mentalidade que se mantêm, uma vez que “as pessoas ainda entendem o pagamento das quotas do condomínio como algo supérfluo, que pode ser deixado para trás face a outras despesas”. O mesmo se verifica no que concerne à necessidade de que se realizem obras de manutenção nos edifícios, cuja obrigatoriedade “está prevista na lei, de oito em oito anos, mas não é aceite por muitos condóminos”. Responsável por vários edifícios que já contam algumas décadas, esse acaba por ser, naturalmente, um aspeto ao qual a Aldimar é sensível. O estado em que se encontram é um constante objeto de preocupação, consistindo a rotina da equipa em visitas semanais ou até bissemanais aos espaços. Aliado a isso, todo o trabalho é realizado numa base de completa transparência perante os condóminos: “Por norma, a empresa evita gerir as contas dos condomínios sozinha; nós só assinamos o que quer que seja havendo a assinatura de um representante dos condóminos. Existem até muitos casos onde apenas os próprios condóminos movimentam as respetivas contas”, garantem. Em jeito de conclusão, e aludindo novamente ao contexto local, as entrevistadas deixam um apelo: “O papel do Tribunal da Ama- dora é nulo. Não existe um serviço de julgados de paz, nem nada que possa servir de acompanhamento para que os processos avancem mais rapidamente. Existe em Lisboa, Cascais, Sintra, Odivelas e Loures. Não se percebe o motivo para que na Amadora tenhamos essa carência, dado que somos uma das cidades mais populosas da região”. l Telf.: 214 956 827 214 961 232 Fax: 214 962 312 E-mail: [email protected] www.aldimar.pt Rua José Gomes Ferreira, nº8 C/v H 2720-325 Amadora Apartado 7127 - Reboleira Abril I 27 Portugal Inovador Administração de Excelência Ilda Matos é uma jovem empresária que, sem medo de arriscar, decidiu, em 2009, abandonar a função de secretária de administração de uma empresa de construção civil, para enveredar pela administração de condomínios. Em conversa com a revista Portugal Inovador Ilda Matos recorda: “Nas minhas anteriores funções, acompanhei os fins de obra e todas as questões relacionadas com a criação dos condomínios. Relembro que, até então, é o construtor que suporta todas as dívidas relacionadas com os elevadores, água, luz, etc. Nesse sentido, competia-me preparar toda a informação que precede a entrega a uma empresa ou administrador interno”. Esta função cativou desde logo a nossa entrevistada, uma pessoa muito comunicativa, altruísta, e que, tendo estado ligada à área da construção civil, possuí uma vasta noção sobre o trabalho que é necessário fazer após o fim de uma obra. A frequência no curso de Gestão de Condomínios e Mediação Imobiliária da APEMIP aguçou-lhe a curiosidade e o engenho que impulsionaram a criação da Estrela D’Excelência. PERCURSO DE EXCELÊNCIA A função como administradora de condomínios começou na avenida 5 de outubro, no número 357. “A part-time assumi esse condomínio e o passa a palavra levou-me a conquistar mais três edifícios nessa avenida”. A dada altura, os oito imóveis que tinha a seu cargo permitiram que Ilda Matos sonhasse mais alto. “Decidi aventurar-me. Apresentei um projeto ao Centro de Emprego e fui contemplada com um apoio financeiro para criar a Estrela D’Excelência”. 28 I Abril Positiva por natureza, Ilda Matos rodeou-se de pessoas de sua confiança, que partilham a sua dedicação e empenho. “Criei esta empresa para ajudar a resolver. Esta é uma profissão muito exigente e sem o forte apoio familiar que tenho os primeiros tempos seriam muito complicados”. Porquê Estrela D’Excelência, questionamos? A nossa entrevistada responde: “Porque considero que trabalho de forma diferente. Seguindo a lei do condomínio enquadro-me a cada cliente. Tenho desde condóminos extremamente exigentes que requerem que as contas sejam realizadas por um TOC, com recurso a auditoria anual; até aos prédios familiares, habitados por reformados que necessitam de explicações mais simples e diretas”. ATUAR PARA PREVENIR Uma das normas de atuação da Estrela D’Excelência passa por “resolver antes que o problema se agrave”, por isso o seu especial enfoque na manutenção e na reabilitação urbana. “Anualmente, em parceria com um engenheiro civil, faço um levantamento das situações mais urgentes para resolver em todos os prédios que administro, assim como a limpeza dos algerozes e desentupimento das fossas, por forma a prevenir ou detetar possíveis falhas. Arrastar os problemas de modo a não confrontar os condóminos com quotas extra, não é a solução. Temos que incutir-lhes a necessidade de investir no valor da quota, pensando no dia de amanhã”, defende a nossa entrevistada. Portugal Inovador Acreditando que a melhor ferramenta de trabalho é a comunicação e a informação, Ilda Matos defende a proximidade entre administradores e condóminos. “É certo que a crise dificulta a nossa atuação, mas temos que abrir as portas aos clientes, desmistificar a nossa forma de atuação e retirar todas as dúvidas que surjam. Enquanto empresa, devemos deixar as pessoas à vontade para, juntamente connosco, solicitar orçamentos a várias empresas. Desde que os clientes sejam devidamente informados e percebam a necessidade de intervenção, considero que se consegue fazer um bom trabalho. É uma questão de consciência”. LEGISLAR “Trabalho em prol da satisfação e do conforto dos meus clientes, por isso espero melhores dias para o setor. As empresas de gestão de condomínios não são vistas com bons olhos, daí a necessidade de se legislar com urgência”, alerta Ilda Matos. Ativa defensora da regulamentação do setor e membro do APEGAC, a administradora acredita que compete às empresas “informar e criar um clima de maior confiança e segurança. O setor está cheio de empresas dúbias e as normas não são cumpridas por todos. Deveriam ser criadas regras, muito para além das já existentes no Código Civil. Provavelmente, se as circunstâncias mudarem muitas das empresas presentes no mercado vão acabar por desaparecer”. Privilegiando o contacto frequente com os seus clientes, assegura: “Faço-me acompanhar nas assembleias de todos os dossiers para que os condóminos analisem e, ao longo do ano, faço questão de manter o contacto com as pessoas. Nunca perdi nenhum cliente, mas também trabalho muito para os satisfazer e ajudar”. e Sacavém, a Estrela D’Excelência acumula as valências de limpezas e de administração de condomínios, mas em alguns casos executa apenas a limpeza. “Assim sendo, somos também parceiros privilegiados dos nossos concorrentes. Temos que nos unir em prol do setor. Considero que a humildade é uma das mais valias para atuar nesta área e saber ouvir os clientes é primordial”. Este é um bom exemplo de uma empresária, empreendedora, que através do seu arrojo tem incentivado a economia e a criação de emprego. l BOM AMBIENTE DE TRABALHO Para prestar um bom serviço é fundamental contar com o apoio de uma equipa unida e especializada. “Aposto muito na formação e nas pessoas. A concorrência não me assusta. Sem falsa modéstia, reconheço as minhas capacidades e as da minha equipa. Em tempos de crise, podem não surgir tantos clientes como eu gostaria, mas sei que aqueles que tenho sentem-se satisfeitos”. Atuando, principalmente, nas zonas de Lisboa, Póvoa de Santa iria Telf./Fax: 219 562 443 Telemóvel: 934 515 408/969 437 775 E-mail: [email protected] [email protected] facebook.estrelaexcelencia.com Praceta dos Autarcas, Lote 94, Loja A 2625-196 Póvoa de Santa Iria Abril I 29 Portugal Inovador “A reabilitação urbana tem uma grande importância!” Neste périplo pelas empresas de gestão de condomínios, a Portugal Inovador foi ao encontro da Condomínios na Linha, uma empresa de referência na linha de Cascais e Estoril. A comunicação séria e transparente faz parte do trabalho dos dois irmãos que gerem esta empresa. No mercado há oito anos, a Condomínios na Linha é uma empresa de Carcavelos que gere a sua atividade principal em torno dos objetivos da gestão e administração de condomínios. Fundada por David Dias, a quem posteriormente se juntou “O tipo de trabalho que pretendemos é sério e sempre com a melhor solução para o condómino. O nosso telefone está disponível durante 24 horas por dia” a sua mãe Lidia Dias e o irmão Hermano Dias, esta empresa tem duas principais vertentes: a conservação e a gestão dos edifícios que administram. Segundo David Dias: “Oferecemos um 30 I Abril trabalho sério com as melhores soluções para o condómino. O nosso telefone está disponível durante 24 horas por dia, porque queremos dar ao condomínio o serviço que ele precisa. A minha principal preocupação é ter estabilidade no prédio”. Com um conjunto de serviços que vão desde a manutenção técnica de edifícios, manutenção de jardins, apoio jurídico e limpezas, esta empresa tem uma equipa sólida que trabalha com total transparência e eficácia: “É esta transparência que nos permite manter a carteira de clientes e, de ano para ano, aumentá-la. Um dos pontos fundamentais para nós, é a transparência da gestão das contas bancárias, no sentido, os nossos clientes decidem como será a gestão de cada conta e acesso à mesma. Fazemos também questão de apresentar relatórios de contas devidamente estruturados, com todos os valores e comprovativos, numa linguagem simples e com apresentação da contabilidade simplificada de forma a que seja acessivel a todos, acrescenta. Conservação dos edifícios: Manutenção preventiva A conservação e preservação de todos os edifícios que administram é um elemento fundamental para os proprietários da Condomínios na Linha. Os trabalhos de conservação são feitos em parceria com empresas que realizam os serviços de forma séria, permitindo que, a longo prazo, as áreas comuns do condomínio mantenham as ideais características, estéticas Portugal Inovador e funcionais. “O nosso trabalho aqui é o de ajudar as pessoas e fazemos questão de dar uma atenção às obras que estão a ser feitas. Quando fazemos apresentação de propostas, fazemos questão de deixar bem claro que o caderno de encargos é feito por nós, em conjunto com os proprietários. Nós apenas damos o parecer sobre cada uma das empresas, quem decide são os condóminos”, garante Hermano Dias. A Condomínios na Linha apenas trabalha do centro de Oeiras até Cascais e abaixo da A5, dado que preza a proximidade com o cliente, trabalhando com duas realidades distintas: uma com maior densidade populacional onde cerca de 30% dos apartamentos são arrendados; e outra, que compõe grande parte dos clientes desta empresa, é a habitação própria. Apesar disto, “os problemas são praticamente os mesmos. A reabilitação urbana é muito importante sim, mas não são só os aspetos visíveis. As pessoas esquecem-se disso! As pessoas não pensam nas modernizações, e tudo o que não seja obrigatório os condóminos não querem. Nesse caso, o nosso papel é fazê-los ver que há alterações necessárias”, afirma David Dias. Para os nossos entrevistados as principais barreiras impostas à reabilitação dos edíficios, prendem-se com o facto de as pessoas não quererem gastar dinheiro, mas também com o conjunto de burocracias que são necessárias. Como fez questão de explicar à Portugal Inovador, Hermano Dias: “As pessoas, hoje em dia, não ligam ao exterior dos prédios onde habitam. Esquecem- -se que os espaços comuns do prédio também são delas. Nós temos de explicar aos condóminos que quando compram um apartamento, são coproprietários de tudo o que é comum”. Juntamente com isto, “as taxas e as licenças de ocupação que eram muito acessíveis, agora têm um preço elevado o que não facilita o nosso trabalho. Felizmente, temos conseguido fazer bastantes obras de conservação”, acrescenta. Para se defenderem de situações desagradáveis, como o empreiteiro não se responsabilizar, ou não terminar a obra, a Condomínios na Linha faz sempre um contrato de empreitada. No futuro, esta empresa de referência pretende alargar os seus horizontes, mas sem nunca antes solidificar o mercado onde se encontra há vários anos. l Telf.: 214 570 770 Fax: 214 570 771 [email protected] www.condominiosnalinha.com Estrada da Torre, 1560 2775-687 Carcavelos Abril I 31 Portugal Inovador Administrar com profissionalismo A NTV atua no mercado há 20 anos no ramo da contabilidade. Há cinco anos surge a NTV Condomínios prestando serviços de administração de condomínios na região de Setúbal e zonas limítrofes. Os interesses dos clientes estão sempre em primeiro lugar e são analisados de uma forma honesta, segura e transparente. Em Portugal mais de dois milhões de famílias habitam em condomínios. Esta dimensão faz com que seja necessário um trabalho criterioso em torno da gestão e administração dos condomínios, existindo a necessidade de melhorar, constantemente, os serviços prestados e responder às exigências dos clientes. Na NTV Condomínios há a noção exata desta realidade e consegue-se ir ao encontro de todas as necessidades dos clientes, através da prestação de serviços multifacetados. Assim, esta empresa apresenta uma série de soluções capazes de resolver os problemas dos condóminos: execução do orçamento de despesas correntes, execução de relatórios de contas anuais, convo32 I Abril cação das assembleias (geral, ordinária ou extraordinária), representação do condomínio perante entidades públicas e privadas, dar seguimento às deliberações da assembleia de condóminos, são alguns dos aspetos assumidos pela NTV Condomínios. Desta forma, as principais preocupações do condomínio são da sua coresponsabilidade, o que confere a garantia necessária para a resolução dos problemas que vão surgindo. Tendo conquistado 20 novos prédios nos primeiros meses deste ano, esta empresa tem apresentado uma constante evolução, contando com a presença de uma equipa de trabalho bastante profissional e qualificada. Para o nosso entrevistado, Nuno Mendes, administrador da NTV Condomínios, para que um gestor tenha sucesso nesta área tem que cumprir alguns requisitos essenciais: “Neste ramo, temos de estabelecer uma linha condutora, ter um perfil realista, empreendedor e organizado. Para esta função é essencial sermos sérios, ter uma enorme vontade de trabalhar, de aprender e saber lidar com as pessoas. Desta forma, conseguimos ter uma função educativa que vai ao encontro das necessidades das pessoas, disciplinando os condóminos e definindo, à partida, direitos e deveres. É importante que o gestor vá ao prédio e não faça só o trabalho de secretário”, afirma. “Temos três gestores de condomínio e, até ao final deste mês, vamos contar com a presença de outro profissional. Além disso, temos um colaborador direcionado para a manutenção, que presta assistência sempre que necessário, por exemplo, trocar lâmpadas, a fechadura, entre outros. Temos ainda parceiros comerciais que se encarregam dos trabalhos mais específicos”, acrescenta o nosso entrevistado. A NTV está sempre atenta às novidades e, há quatro anos, adquiriu uma empresa de gestão de condomínios com 15 anos de atuação e uma carteira de clientes apreciável, que beneficiou o projeto de Nuno Mendes. Aliado a este facto, Portugal Inovador existe também o acompanhamento tecnológico, através da implementação de um novo sistema informático criado pela Universidade do Minho, o Quality Alive. Este software vai trazer mais funcionalidades à empresa, inclusive um maior controlo sobre todo o processo administrativo. REABILITAÇÃO URBANA À semelhança da realidade verificada de Norte a Sul do país, a região de Setúbal já teve melhores dias em relação à prevenção e manutenção dos edifícios. A cidade está degradada em alguns pontos e a NTV Condomínios preocupa-se em fomentar essa preservação recorrendo, se necessário aos julgados de paz. “Não existe uma preocupação por parte dos condóminos em conservar o seu património. Nos últimos anos houve uma grande evolução, porque podemos ir para julga- dos de paz com os devedores, facto que tem beneficiado os cumpridores. É de salientar que grande parte destas obras de reabilitação não necessita de grandes apoios externos, bastam algumas cotas extraordinárias”, refere o administrador. Em relação ao futuro, a NTV Condomínios tem “perspetivas de expandir para o Algarve e, até ao final do ano, vai entrar na malha urbana de Lisboa”, revela Nuno Mendes. l Soluções apresentadas: • Execução do orçamento de despesas correntes; • Execução de relatórios de contas anuais; • Convocação das assembleias (geral, ordinária ou extraordinária); • Representação do condomínio perante entidades públicas e privadas; Telf.: 265 533 963/265 229 830 Telm: 935 192 025 Fax: 265 524 999 E-mail: [email protected] www.ntv.com.pt • Dar seguimento às deliberações da assembleia de condóminos. R. Mariano Coelho, 3-B - Apartado 1132 2901-902 Setúbal Abril I 33 Portugal Inovador “Auditar e monitorizar para valorizar” Esta é a máxima seguida pela Admifícios, empresa sediada em Alverca, com uma presença assinalável na região de Lisboa. Embora fundada em 2012, a Admifícios é gerida por dois responsáveis que contam com muitos anos de experiência na área da administração e manutenção de condomínios. Atualmente, tem cerca de uma centena de clientes, distribuídos pelos concelhos de Lisboa, Vila Franca de Xira, Loures, Odivelas, Amadora e Oeiras. “Cerca de 75% dos condomínios com que trabalhamos vieram ter connosco por recomendação”, conta o gerente, Joaquim Martins. Este sucesso é atribuído, em grande parte, a uma relação de proximidade com o cliente. Seguindo a máxima adotada pela empresa, esta relação é conduzida em duas vertentes: a auditoria e a monitorização. “Quando iniciamos a gestão de um edifício, temos Não menos importante é a necessidade de se proceder à regulamentação da atividade, considerada “urgente devido ao facto de que a administração de condomínios está a ser deturpada. sempre o cuidado de fazer um levantamento das ineficiências e anomalias. Essa auditoria inicial é fundamental para o sucesso da nossa gestão. De seguida, apresentamos propostas e soluções aos condóminos e passamos à sua implementação. A meio do processo, monitorizamos a aplicação dessas medidas em reuniões periódicas de administração, aperfeiçoando-as, se necessário”, explica. “Este trabalho é imprescin34 I Abril dível para estreitar a relação entre a gestão e o condomínio”. Reabilitação e regulamentação A gerência da Admifícios aproveita, em diálogo connosco, para tecer um conjunto de considerações sobre o contexto em que opera. A reabilitação urbana é uma preocupação: “O futuro do país vai estar aí, dado que houve muitos anos em que a preocupação era apenas construir e não havia tanto interesse em fiscalizar. Razão pela qual existem muitos imóveis com patologias construtivas”. Não menos importante é a necessidade de se proceder à regulamentação da atividade, considerada “urgente devido ao facto de que a administração de condomínios está a ser deturpada. Pessoas que estavam noutros setores e que perderam esse rendimento optaram por entrar no ramo, como subterfúgio para conseguirem mais negócios. Falo de pessoas que abrem empresas de gestão de condomínios com um objetivo secundário em relação ao trabalho que se deve fazer, que é conseguirem outro tipo de negócios por essa via”. A ausência de regras resulta em que “as empresas não tenham que estar inscritas em nenhum sítio específico, o que dá abertura para que qualquer pessoa possa trabalhar na área, independentemente de ter um espaço aberto ou de não ter nenhum. Até é possível que se faça esse trabalho nas horas vagas, sem que se passem faturas. Porém, o que mais nos preocupa é que, infelizmente, a situação não se venha a alterar no futuro próximo. Originando, o fecho de muitas empresas que estão no mercado para trabalhar com qualidade”. l Telf.: 214056080 Telm.: 936 296 942 Fax: 219538447 E-mail: [email protected] www.admificios.com R. Joaquim Sabino Faria Nº. 1 A-B Frente 2615-104 Alverca do Ribatejo Portugal Inovador “Existimos para marcar a diferença” A Predilux apresenta-se como uma empresa jovem e dinâmica. Mostrando que é possível combinar preços competitivos com um desempenho de qualidade, o seu grande argumento é o nível de satisfação dos condomínios que gere. Inicialmente instalada no centro de Lisboa, esta jovem empresa de gestão de condomínios está agora na Póvoa de Santa Iria. “Mudámo-nos para aqui, porque é cá que está grande parte do nosso volume de clientes”, refere Andreia Farinha, sócia-gerente, acrescentando-se ainda a atuação em Vila Franca de Xira, Lisboa, Loures, Odivelas, Oeiras e Almada. Este crescimento da Predilux na região de Lisboa é justificado por um trabalho assente no rigor, na transparência e em valores competitivos. “De facto, temos preços bastante convidativos em comparação com os de outras empresas da zona, mas consideramos que são os justos”, garante Ricardo Correia, também parte da gerência. Embora o barato possa revelar-se caro, o portfólio da empresa mostra um desempenho que dá garantias a todos os níveis, mesmo incluindo situações mais difíceis: “Temos em carteira condomínios que até aí eram mal geridos, com muitos problemas de quotas em dívida ou que, em alguns casos, nem sequer estavam constituídos e temos tido muito sucesso. Ainda não perdemos um único prédio”. A contribuir para esse efeito está o esforço que a empresa tem desenvolvido para incutir nos condóminos que o seu respetivo edifício é património deles e que deve ser zelado como as suas casas. Além disso, a Predilux apresenta como vantagem o trabalho em articulação com a Estilo Imparável, empresa de construção, tendo as duas “o objetivo de assegurar o bem-estar e a segurança de todos os clientes, já que, efetuando um trabalho de gestão e administração em conjunto com profissionais da área de construção civil, o cliente ficará sem duvida melhor servido.” O êxito desta jovem empresa torna-se mais assinalável se forem tidas em conta as adversidades encontradas a nível local, onde se verificam problemas relativos ao desempenho das instituições. Por um lado, é de referir o facto do concelho de Vila Franca de Xira não estar “dotado de um serviço de julgados de paz”. Um problema acrescido é também a “indefinição por parte da Câmara Municipal em determinar o que é via pública e o que é património de um edifício.” Por consequência, muitas vezes “existem dificuldades em esclarecer os condóminos, por exemplo, em casos onde alguém pretender colocar nos seus terraços um telheiro ou colocar publicidade numa loja. A CM não dá resposta sobre se o podem fazer ou não, uma vez que a lei não está explicita.” Por contraste, Andreia Farinha deixa a ressalva de que a Junta de Freguesia da Póvoa de Santa Iria tem tido “um papel muito mais eficaz, conseguindo prestar imenso apoio sempre que necessário”. l Telm: 960 038 107 Telf: 219592615 E-mail: [email protected] www.predilux.pt Rua José Gomes da Silva, 2-Loja A 2625-194 Póvoa de Santa Iria Abril I 35 Portugal Inovador Gestão segura e exemplar A HB Condomínios é uma empresa familiar de gestão de condomínios e administração de prédios urbanos. A sua zona de atuação de maior incidência é Paio Pires, no Seixal. Com uma vasta experiência como administrador e com uma relação privilegiada com os seus clientes, Horácio Bernardo tem feito da HB Condomínios uma empresa de referência. São já 14 anos de dedicação a este setor de atividade, tendo a seu cargo um número considerável de condomínios. “Iniciei-me neste ramo desde que me reformei. Comecei por administrar o meu prédio e depois prédios vizinhos, como um hobby, nunca pensei chegar ao ponto de ter um escritório aberto. A empresa surgiu em 2000 e foi evoluindo ao longo dos anos”, explica Horácio Bernardo. Para além do Seixal, esta empresa atua em Almada, Sesimbra, Barreiro e Setúbal, dedicando-se à gestão e manutenção dos condomínios e a todas as atividades inerentes a este processo: mediação de apólices de seguro, gestão das assembleias de condóminos, elaboração de atas, cobrança das quotas aos condóminos, pagamento das despesas correntes do condomínio, 36 I Abril elaboração do relatório de contas, entre outros. Reabilitar No que concerne à temática da reabilitação urbana, segundo o nosso entrevistado, as câmaras municipais têm que ter um papel mais ativo: “Especificamente em alguns prédios devia existir um maior apoio das entidades camarárias. Por exemplo, fui à Câmara pedir apoio para edifícios apenas habitados por idosos e o pedido foi recusado, pois só podem ser intervencionados os prédios localizados em zona histórica. É esta discrepância que tem de ser analisada”, salienta o administrador. A HB Condomínios preza por fazer um acompanhamento personalizado de cada condomínio. Horácio Bernardo está sempre em cima do acontecimento e semanalmente visita cada edifício para verificar qual a situação do mesmo. Esta relação de proximidade com as pessoas é uma das mais valias da HB Condomínios e, para o nosso entrevistado, é essencial preservar este bom relacionamento: “Os condóminos têm que saber quem é o administrador. Não estou só presente no gabinete. Faço questão de me encontrar com eles de forma a tomar conhecimento dos problemas que existem”. O administrador acrescenta ainda a necessidade de existir um seguro só para as partes comuns. “Por exemplo, se existe um problema num prédio é preciso acionar logo os seguros. Eu vou ter com os condóminos para participarem às suas companhias, mas há sempre algum que não participa. Assim o seguro manda o perito, depois deposita o dinheiro na conta do condomínio e eu mando executar o trabalho”. No que diz respeito à regulamentação do setor, e para finalizar, Horácio Bernardo não tem dúvidas: “Acho que deve ser regulamentado. Tem de existir uma entidade que regule esta atividade. Só assim melhoraremos a atual situação do setor”. l Telf.: 212 229 070 Telm: 933 264 539 E-mail: [email protected] www.hbcondominios.pt Rua António Augusto Louro 2, Loja A 2840-097 Aldeia de Paio Pires Portugal Inovador “Estamos a caminhar para a profissionalização” Há vários anos no mercado, a Servicascais é uma empresa de referência no Sul. Desde novembro à frente da empresa, Graça Freitas contou à Portugal Inovador como tem sido esta experiência e qual a realidade que encontrou. Licenciada em geografia e planeamento regional, a questão do urbanismo e da reabilitação sempre fizeram parte da vida de Graça Freitas. Quando, no ano de 2013, lhe foi feito o convite para assumir a direção da Servicascais, uma empresa de administração de condomínios, a nossa entrevistada conta que aceitou o desafio de braços abertos: “Gosto de bons desafios e quando me fizeram o convite não hesitei e hoje aqui estou”. A proximidade com o condómino e a preocupação com o seu bem-estar são dois elementos fulcrais para esta empresa. A grande filosofia que está por detrás deste método de trabalho passa por tratar dos assuntos dos nossos condóminos como se fossem nossos e procurar sempre a melhor solução”, acrescenta. A atuar na linha do Estoril e Cascais, esta empresa administra alguns dos edifícios mais emblemáticos de ambas as zonas: “Neste momento, apenas fazemos gestão de condomínios, todos os outros serviços são subcontratados. Embora, estejamos a considerar colocar o serviço de limpezas como algo inerente à Servicascais e não como um serviço contratado”, explica a administradora. Manutenção preventiva A manutenção preventiva dos edifícios e a reabilitação urbana dos mesmos são duas realidades que estão sempre presentes nas administrações de condomínios. Na região de Cascais é possível encontrar núcleos habitacionais mais degradados do que outros. “Quando vim para a empresa, deparei-me com duas realidades: a de prédios belíssimos e a de edifícios mais degradados e que ao longo dos anos não tiveram os tratamentos devidos. Esta situação ocorre, porque as pessoas não estão habituadas a pensar no coletivo”, refere Graça Freitas. Apesar de uma parte da população se preocupar e ter vontade de que as coisas fiquem preservadas há, por outro lado, “aquelas pessoas que não querem saber e que se esquecem que, para além de estarem a contribuir para o seu bem estar, estão a contribuir para a valorização do seu património. A manutenção preventiva ainda não faz parte da realidade das pessoas e isso tem de mudar. É uma questão cultural e, no momento de se tomarem decisões para benefício do edifício, não aparecem nem proprietários nem arrendatários”, refere. e segundo a nossa entrevistada, “ainda há muita coisa por fazer, como por exemplo, criar um curso que seja obrigatório para as pessoas que querem abrir uma empresa com estas características”. A par disto os conhecimentos em engenharia civil e existência de um técnico oficial de contas são vistas como “essenciais”. Por enquanto, o grande projeto de futuro que Graças Freitas tem para a Servicascais é o de “desenvolver um trabalho com qualidade e continuar a zelar pelos interesses dos condóminos”, conclui. l Legislação Apesar de a concorrência desleal existir no mercado, Graça Freitas acredita que “estamos a caminhar para a profissionalização do setor”, uma vez que o mercado está mais exigente e já há pessoas que estão devidamente informadas. Claro que, Telf.: 21 484 78 91/2 Fax: 21 484 78 93 E-mail: [email protected] Av. 25 de Abril, 1011, Edifício Navegador loja 68 2750-515 Cascais Abril I 37 Portugal Inovador Especialista na administração de condomínios! Confiança, transparência, rigor e eficiência, são as principais linhas, pelas quais a Inédita Atitude se pauta. É nas áreas de Lisboa, Cascais, Sintra e Oeiras, que esta empresa tem mostrado o seu valor e se diferencia das demais. Inédita Atitude, tem como missão, libertar os seus clientes das preocupações inerentes à função de administração, e consegue-o, através da oferta de um conjunto alargado de serviços, transferindo para si, todas as responsabilidades e preocupações relacionadas com o condomínio e a vivência no mesmo. Esta empresa, criou sistemas de trabalho que aplica com rigor e, para tal, criou planos de manutenção. Os funcionários, sabem precisamente o que vão verificar em cada deslocação aos edifícios. “Os planos de manutenção não são iguais para todos condomínios, cada edifício é um ser vivo, com características e patologias próprias.”, afirma o responsável da empresa, Luis Sebastião. Criou ainda uma avença com um escritório de advogados e, confessou que: “A qualquer hora, mesmo durante uma reunião, se necessário, sou esclarecido acerca de uma qualquer situação, se bem que, a bagagem de reuniões e situações, já nos deixa muito à vontade e poucas são as situações 38 I Abril de dúvida. De qualquer forma, o backoffice é importantíssimo”, refere. A empresa surgiu em 2008, e os números não deixam dúvidas que têm a “chave do sucesso”. “Trabalhamos de uma forma diferente” diz, “promovemos as condições necessárias para que os clientes possam estar sempre informados sobre os assuntos que dizem respeito ao seu condomínio, com acesso online, para controlo de todas as actividades da administração”. A par disto, uma das características fundamentais para a Inédita Atitude são as qualidades humanas “que são um fator importantíssimo para esta atividade. O nosso crescimento não advém de publicidade, mas sim do relacionamento interpessoal, acompanhado de profissionalismo e muito trabalho”. Manutenção Preventiva “É importantíssima, se devidamente executada, poupa-se dinheiro aos condóminos, e administrar é isso mesmo, baixar os custos, sem com- prometer a qualidade dos serviços, alertar atempadamente que se deve proceder a esta ou àquela reparação, caso contrário, vão existir despesas superiores.” Fazemos sempre o levantamento das necessidades do prédio, sendo apresentado atempadamente. Levo sempre um orçamento estimativo para que os condóminos possam ter consciência do custo da obra”, refere o responsável.” Graças a esta transparência para com os condóminos, nunca teve problemas com obras”. Na visão do nosso entrevistado, o sector devia ser regulamentado com vista a afastar desta actividade as empresas que não dignificam a atividade. A Inédita Atitude apresenta uma postura inovadora e de proximidade com os clientes, é este fator que por enquanto faz com que não alargue na sua área de atuação.“ trabalhamos de uma forma sustentada e bem estruturada. Há o desejo de abarcar outros áreas, mas por enquanto pretendo solidificar aquelas onde já estou presente”, conclui. l Telefone.: 218 059 961 Telemóvel.: 916 652 227 967 003 919 E-mail: [email protected] www.ineditatitude.pt Rua de Moçambique, lote 11 2º D 2750 - 104 Cascais Portugal Inovador Às portas de Almeirim Na edição do mês de abril, a nossa rúbrica especial sobre ‘gestão e administração de condomínios’ esteve à conversa com o casal proprietário da Frutiservice. Foi em 2009 que os nossos entrevistados, Bruno e Vanessa Duarte adquiriam o goodwill da Frutiservice, uma empresa de gestão de condomínios sediada no concelho de Almeirim. A experiência de Bruno Duarte no ramo dos equipamentos e produtos de limpeza, aliada à formação de Vanessa Duarte em gestão de empresas, constituem a mais-valia da Frutiservice. “Estamos muito focados neste projeto, eu mais direcionada para a vertente de gestão e o Bruno para o setor das limpezas”, introduz Vanessa Duarte. Numa conjuntura propícia à negociação de serviços, “temos a capacidade de oferecer a gestão e a limpeza do condomínio a preços competitivos, assim como limpezas industriais (escritórios, armazéns, etc). Mais recentemente, fruto da confiança que os condóminos têm nas nossas equipas, temos sido muito solicitados para realizar limpezas domésticas”, informa o gestor. Com um maior índice de atividade nos concelhos de Almeirim e Santarém, a Frutiservice serve também os concelhos de Alpiarça, Cartaxo e a freguesia de Fazendas de Almeirim, “realidades muito diferentes”, às quais a equipa tem que se ajustar. “Somos muitas vezes os me diadores de conflitos internos dos condomínios. Neste momento, o maior problema com o qual nos confrontamos é a falta de pagamento. Se existem casos de pessoas que, efetivamente, enfrentam graves dificuldades financeiras, outras há que se aproveitam do facto de o vizinho não pagar para entrarem em situação de incumprimento”, revela Bruno Duarte. “Nós somos um fornecedor de serviços ao condomínio, como tal deveríamos receber atempadamente pelo trabalho prestado. Mas, infelizmente, raros são os casos em que isso acontece. Empregamos 17 colaboradores e prezamos por cumprir sempre com os nossos deveres, no entanto tudo se complica perante estas situações”, reforça a gestora. Este fator vai necessariamente limitar a capacidade para atuar no âmbito da manutenção dos edifícios. “São raros os condomínios que têm dinheiro suficiente no fundo comum de reserva, para socorrer em caso de emergência. É quase sempre necessário recorrer a uma assembleia para definir quotas extra”, assume Vanessa Duarte. No entanto, “apesar das dificuldades crescentes, temos conseguido pintar e fazer a preservação de muitos edifícios”. Atuando num setor regido pelo Código Civil, a Frutiservice cria mecanismos internos para facilitar a sua atuação junto dos condóminos. “Há pessoas que enveredam por esta atividade sem terem noção da sua complexidade. O condomínio tem uma história, por isso, internamente, produzimos um regulamento que fazemos chegar a todos os moradores, assim como aos novos proprietários. Considero que a nova legislação deveria contemplar os direitos e os deveres dos condóminos, porque a maioria não está informada”, assevera Vanessa Duarte. Já Bruno Duarte vai mais longe: “Defendo que deveria estar consagrada a obrigatoriedade de os novos proprietários serem obrigados a aceder ao historial da habitação, sabendo a priori se existem dívidas ao condomínio”. O trabalho da Frutiservice tem sido reconhecido, prova disso é o “crescimento sustentável” revelado pelos nossos entrevistados ao qual pretendem dar continuidade: “Nos dias que correm não podemos ambicionar muito, por isso o nosso crescimento representa um grande orgulho para nós”. l Telf.: 243 597 250 E-mail: [email protected] www.frutiservice.com Quinta de S. José Largo Major Caetano nº 1 2080-004 Almeirim Abril I 39 Portugal Inovador O mínimo incómodo com o mínimo custo A Condomínimo é uma empresa jovem, mas já com ideias bem definidas acerca de como se diferenciar no mercado. Após a experiência no ramo imobiliário, o responsável pela Condomínimo, João Pedro, iniciou a sua incursão na gestão de condomínios por perceber que havia “um gap no mercado”: “Lidava com várias empresas desta área e, para ser sincero, só encontrei uma à qual aceitasse entregar a minha casa”, confessa. Para o nosso interlocutor, o trabalho de uma empresa não se pode resumir a “esperar pelo final do ano para prestar contas”, é essa a carência que encontra generalizada no setor: “Se entra num prédio e pergunta qual é a empresa que faz a gestão e as pessoas não lhe sabem dizer o nome, algo está mal. Isso deve-se ao facto de a empresa não lhes trazer qualidade de vida nem nenhuma mais-valia. E isso, às vezes consegue-se com coisas muito simples”. Não deixam de ser vários os desafios. Questionado sobre o contexto urbanístico da zona em que atua, é desta forma que o caracteriza: “Temos um tecido urbano muito condensado, com uma densidade populacional muito elevada. Há prédios muito altos com muita diversidade de condóminos. O país cresceu muito rapidamente em termos urbanísticos e numa zona como Sintra temos do melhor e do pior”. Neste âmbito, há problemas que são colocados por fatores financeiros, mas também pela própria mentalidade dos condóminos que, muitas vezes, se mostram “relutantes à realização de obras por faltar a noção de que o edifício é um bem deles”. Defendendo que a preservação do prédio é do interesse de qualquer condómino, 40 I Abril acrescenta: “O aspeto exterior do meu prédio vai desvalorizar a minha casa, assim como o mercado habitacional em redor. Na eventualidade de precisar de vender a casa, a pessoa vai necessitar que ela esteja atrativa e isso tem muito a ver com o estado do edifício. Porém, esta mentalidade não existe”. Também nota que ainda existe resistência face ao recurso a empresas de gestão de condomínios, à qual argumenta da seguinte forma: “Há pessoas que entendem que elas próprias podem fazer essa gestão. Aí há que perguntar-lhes se, por exemplo, sabem que existem empresas de manutenção de elevadores com diferenças de custos de 50%, sendo que ambas são certificadas. Há uma diversidade no mercado que as pessoas não conhecem e esse conhecimento é uma vantagem das empresas de gestão de condomínios”. Dentro deste universo, a Condomínimo procura destacar-se como “uma empresa profissional, séria e optimizadora”. Indo, inclusive, ao encontro do próprio nome da marca que criou, o responsável pela empresa promete “ o mínimo incómodo, o mínimo custo e o mínimo de problemas para o cliente”. l Telm: 913 164 294 E-mail: [email protected] www.condominimo.com Rua Francisco Lucas Pires, Nº16, Loja 2 2735-088 Agualva Portugal Inovador Serviço personalizado É a partir de Setúbal que a Servibocage presta serviços de administração de condomínios. A reabilitação urbana e a manutenção preventiva são duas das prioridades da empresa. A gestão e a administração de condomínios é feita com mestria pela Servibocage. Esta empresa, há 19 anos presente no mercado, está sempre atenta aos problemas que vão surgindo nos condomínios, assim como à implementação das novas tecnologias, através da utilização de software de ponta. Reabilitação urbana No âmbito da reabilitação urbana, a Servibocage procura antecipar os problemas dos imóveis: “Quando se fala em reabilitação urbana pensa-se na pintura e no isolamento. Normalmente, quando um edifício começa a ficar degradado apresenta sinais de infiltrações. O que nós fazemos é contactar fornecedores, empreiteiros neste caso, no sentido de tentar arranjar soluções para os problemas, muitas até têm que ser soluções imediatas, porque os danos já se verificam dentro das habitações”, refere Luís Costa. A Servibocage procura estabelecer parcerias com outras empresas, de forma a otimizar todo o trabalho e a garantir o melhor funcionamento na gestão dos condomínios. Além disso, é elaborado e apresentado em assembleia um caderno de encargos que identifica as patologias dos edifícios: “Pedimos orçamentos a três ou quatro empresas que visitam o local, tiram fotografias, e fazem a análise dos problemas. Por exemplo, quando em assembleia apresentamos imagens de pontos de degradação que não são visíveis, mas que fotografados são percetíveis, os condóminos consciencializam-se que têm que atuar”, explica o administrador. No âmbito da reabilitação urbana e da manutenção preventiva, esta empresa não está unicamente focalizada no tratamento dos prédios antigos. Tem também preocupações em estabelecer soluções para prédios recentes, que apresentem anomalias prematuras. Para Luís Costa, a qualidade da construção dos edifícios não tem acompanhado o avanço tecnológico que se tem verificado neste setor: “Tecnologicamente, estamos muito mais avançados do que há vinte ou trinta anos atrás, mas infelizmente aquilo que se verifica, é que a qualidade da construção decaiu brutalmente. Muitas vezes, deparamo-nos com problemas nos edifícios ainda dentro do prazo de garantia dado pelo construtor”. No que concerne à legislação do setor, há muito comentada, Luís Costa refere: “Será benéfico para os condóminos e para as próprias empresas de administração. Irá clarificar certos aspetos essenciais na relação entre as partes”. l Telefone.: 265 535 295 Telemóvel.: 963 669 380 Fax: 256 530 124 E-mail: [email protected] www.servibocage.pt Av. Mariano de Carvalho, 21-C Escritório A/B 2900-487 Setúbal Abril I 41 Portugal Inovador “Focados em atrair investimento para criação de emprego” Desde outubro à frente da Câmara Municipal do Cartaxo, Pedro Ribeiro transmitiu um misto de firmeza e crer em relação a um futuro “exigente”, mas apostado na projeção empresarial. Estendido no território nacional ao longo de 160 quilómetros quadrados e com 25 mil habitantes, o Cartaxo retrata-se como um dos concelhos mais jovens do distrito de Santarém. No próximo ano, comemora 200 anos de elevação à categoria de cidade, sobejamente conhecida como Capital do Vinho. Visão socioeconómica e promoção empresarial Iniciando com a descrição atual do concelho, Pedro Ribeiro chamou à atenção para a fulcral presença do setor primário e “a sua importância para o desenvolvimento económico da região”, acrescentando que o Cartaxo “oferece produtos com grande qualidade”. Numa posição favorável a nível rodoviário e ferroviário, localizando-se numa “zona bastante central”, garantido a sua proximidade com Lisboa, cidade com “infraestruturas de internacionalização”, Pedro Ribeiro assume: “Todos estes fatores são benéficos para as nossas zonas empresariais, uma no eixo de Aveiras, uma na zona da Lapa e outra zona de maior dimensão, entre Ponta, Vela e Cartaxo, chamada Casal Branco. O ValioParque, futuro parque de negócios no concelho, beneficiará com isso mesmo”. Questionado sobre aquilo que tem sido feito pela Câmara Municipal em benefício do seu tecido empresarial, Pedro Ribeiro afiançou que tem havido desenvolvimentos nesse sentido para “todos aqueles que pretendem investir no concelho”, revelando algumas alterações: “Criámos um setor específico de apoio ao empreendedorismo, nomeadamente na carta do investidor, documento destinado à apresen42 I Abril tação das zonas empresariais do Cartaxo. Com redes de suporte à infância, família, velhice e deficiência, cantinas sociais de instituições particulares de solidariedade social apoiadas pela Segurança Social e “capazes de responder às necessidades da população”, Pedro Ribeiro sublinhou que o município “está privilegiado no que toca fundos comunitário no setor público e privado”. PONTOS ATRATIVOS E O FUTURO Cartaxo é, provavelmente, um concelho com pontos relevantes no que toca ao turismo nacional, oferecendo todas as condições necessárias. Para Pedro Ribeiro, “os mais fortes fatores são a localização geográfica, os acessos que temos e a proximidade com a área metropolitana de Lisboa”. Ademais, e não menos importante, temos a Valada com um potencial turístico tremendo e o vinho, o nosso maior embaixador”, frisou. Conhecido como Capital do Vinho, a Camâra Municipal está empenhada em rentabilizar ao máximo essa ímpar distinção: A procura pelo enoturismo no nosso concelho supera largamente a oferta. Recebemos visitas de comitivas brasileiras e chinesas ao longo do ano. Estamos a apostar nas associações de rotas do vinho. A gastronomia regional, o folclore e os passeios pelo Tejo são “excelentes produtos fundamentais para o alavancar da nossa economia”. Traçando o futuro do Cartaxo, Pedro Ribeiro assumiu o desejo de ver um concelho “capaz de fixar os jovens, podendo concretizar os seus sonhos, construindo um projeto de vida”, relembrando que os próximos tempos serão recheados de “exigências ainda maiores”. l Portugal Inovador Mediação de confiança A mediação imobiliária tem verificado grandes alterações ao longo dos anos. Sendo um negócio que gere o património alheio, a criação de uma relação de proximidade entre mediador e cliente é fundamental. A Medicarta está sediada na cidade do Cartaxo. Criado em 1986 por Joaquim Gomes, este começou por ser um negócio feito entre “amigos”, num tempo em que o setor não estava sequer regulamentado. A confiança passada pelo fundador aos seus clientes foi crescente e propiciou a fundação da empresa, como nos contam os filhos e atuais gerentes, Dina e Joaquim Silva: “O nosso pai entrou nesta área quase por brincadeira. No entanto, o trabalho começou a aumentar, mais do que aquilo que inicialmente se poderia pensar, e surgiu a necessidade de, em parceria com um sócio, fundar a Medicarta”. Vinte anos volvidos, a Medicarta assumiu uma nova gerência a cargo da segunda geração. Apesar de na altura não estarem ligados ao ramo imobiliário, os nossos entrevistados não deixaram desaparecer esta empresa familiar que conquistou a confiança dos cartaxenses. ESPECIFICIDADES DO SETOR Abrangendo todo o distrito de Santarém, a Medicarta aposta num serviço de proximidade e no apoio constante prestado aos clientes. “Fazemos o acompanhamento total de todo o processo. Mesmo no fim do negócio, alguns clientes vêm cá e nós disponibilizamo-nos para ajudar no que for necessário, a porta fica sempre aberta para voltarem. Na minha opinião, sendo um serviço bem feito o cliente fica fidelizado e vai, naturalmente, divulgar a nossa oferta”, refere Dina Silva. Atualmente, a empresa tem desenvolvido parcerias com duas imobiliárias de Lisboa, tendo beneficiado também da cooperação com os principais Bancos, no que à venda dos seus imóveis diz respeito. “A Medicarta entrou com o pé direito em 2014. Temos tido muita adesão e realizado muitas visitas, com negócios concretizados. Recentemente, concretizamos um negócio com um cliente suíço que viu um imóvel no nosso site e tratou de tudo por telefone. Apenas necessitou de vir a Portugal para ultimar alguns pormenores”, assume Joaquim Silva - apesar de manter a relutância face ao peso que a internet tem tido no setor. MERCADO POR EXPLORAR O Cartaxo, concelho pertencente ao distrito de Santarém, está situado a 65 km de Lisboa. A sua localização privilegiada deveria ser um chamariz para novos residentes e visitantes, mas, segundo o nosso entrevistado, tal não se verifica. “O mercado de segunda habitação tem caído, mesmo quando a conjuntura nos permite disponibilizar, por exemplo, T3 novos por 50 mil euros - um valor três vezes inferior ao que se regista na área de Lisboa. As mais valias do Cartaxo têm-se perdido ao longo dos anos e, estamos a atravessar um período de desenvolvimento precário. Temos um enorme potencial, mas a divulgação que é feita pelas entidades competentes está muito aquém das expectativas”, realça Joaquim Silva. FUTURO Zelosos por manter viva a memória do pai e, sobretudo, preservar a imagem de credibilidade e confiança por ele conquistada, no futuro os nossos entrevistados pretendem dar continuidade ao projeto adaptando-se às alterações do mercado. l Abril I 43 Portugal Inovador Há mais de 50 anos a cuidar da sua saúde visual A Brancóptica é uma empresa de excelência que lidera com a imagem da marca Multiopticas em seis lojas distribuídas pelo distrito de Santarém. Formado em gestão, Rui Coelho é o diretor geral da empresa que manteve o seu lugar como um dos pioneiros da Multiopticas em Portugal. A sua enorme dedicação a este ramo está evidenciada no modo rigoroso como seleciona cada profissional , 30 no total, que estão distribuídos pelas seis lojas do Grupo. A GÉNESE A primeira loja, situada no Cartaxo, funciona como atual base e foi criada em 1961 por José Branco de Oliveira. Rui Coelho tomou a decisão de continuar o negócio do pai e lutou para manter a excelência do serviço e a carteira de clientes. Entre 1998 e 2004, nasceram mais quatro lojas no distrito, mais concretamente em Almeirim, Aveiras de Cima, Santarém e Rio Maior. Mais recentemente, em Dezembro de 2013, abriu mais uma loja em Santarém, em S. Domingos. Os valores da Brancóptica pas44 I Abril sam pela simpatia no atendimento personalizado, serviço, compromisso, enorme variedade de escolha, a mais avançada tecnologia da Europa e as melhores marcas e modelos. “A equipa de funcionários também é uma preocupação nossa e tem sido consolidada por colaboradores dedicados a esta empresa há alguns anos, e não prescindimos deles nem com a crise!”, explica Rui Coelho. O serviço de pós-venda é um ponto que o diretor geral quer realçar como prioritário, citando que, no que diz respeito a garantias, estão sempre prontos a dar a cara para resolver qualquer problema. A escolha de trabalhar com a marca Multiopticas foi vista como um meio para revolucionar o mercado da saúde visual. “Esta marca foi escolhida pelo valor que poderia acrescentar ao mercado e também pela oferta de produtos e preços acessíveis que até então não existiam. Com o conhecimento desta marca, foi consciencializada a necessidade de cuidar da saúde visual”, confirma Rui Coelho. LÍDER E EXCELÊNCIA O nome da empresa tem sido reconhecido nacionalmente nos últimos anos, pela atribuição dos títulos de PME Líder em 2010, 2011 e 2012 e excelência em 2011. Estas distinções têm marcado a Brancóptica como uma das melhores óticas a nível nacional, diferenciando-se como uma empresa sólida no mercado. A procura da marca Multiopticas tem ascendido bastante, prin cipalmente com a aquisição do título de Marca de Confiança 2013 e 2014 e do Prémio Escolha do Consumidor. Para fazer jus a este grande reconhecimento nacional, a Brancóptica oferece serviços gratuitos de optometria, contactologia, medição de tensão ocular, tonometria e campimetria, disponibilizando também consultas de oftalmologia com especialistas da área. A excelência tem sido uma prioridade em quaisquer dos serviços Portugal Inovador oferecidos, principalmente com o serviço pós-venda. Hoje, aproveitam o enorme leque de produtos e preços muito acessíveis para que a saúde visual se torne uma prioridade indispensável e ao alcance de todos os cidadãos do distrito de Santarém. OLHAR EM FRENTE Falando um pouco do projeto e da sua futura evolução, Rui Coe- lho indicou, com convicção: “Não vamos parar por aqui”, no que diz respeito ao aumento do número de estabelecimentos. No último ano, a Brancóptica optou por criar uma loja em Namibe, Angola, iniciando assim uma jornada internacional que não cessará em breve. O diretor geral garante que vai continuar o investimento constante na formação dos seus profissionais, bem como na melhoria dos serviços e aperfeiçoamento do funcio-namento interno que os torna mais competitivos no mercado atual. Em jeito de conclusão, Rui Coelho deixa uma nota de agradecimento aos seus funcionários: “Juntos formamos uma família e deixo um ‘muito obrigado’, pois ajudaram a erguer a empresa e a manter o seu valor na região”. l Abril I 45 Portugal Inovador Em prol do bem dos outros A Santa Casa da Misericórdia do Cartaxo é uma marca de qualidade no apoio à sociedade e mantém a sua reputação a partir da sua posição como membro fundador da União das Misericórdias Portuguesas. Luísa Pato ocupa a posição de provedora da Santa Casa da Misericórdia do Cartaxo, é licenciada em engenharia civil e o contacto com a instituição surgiu do papel do pai como mesário. Esta instituição de caráter especial recebeu Luísa Pato de braços abertos e está, atualmente, a exercer o seu primeiro mandato. “Penso que a vocação para ajudar as pessoas derivou da aprendizagem em casa e do valor de altruísmo que nos foi ensinado”, elucida a provedora. A Misericórdia do Cartaxo apoia diariamente mais de 200 pessoas, contando com 65 residentes no Lar de S. João, dez em residências assistidas, 35 na Casa de Santa Cruz, 45 em apoio domiciliário e 25 pessoas no centro de dia. Diariamente é prestado um notável serviço no Lar S. João, onde são servidas mais de 350 refeições. Na Casa de Santa Cruz encontramos uma vertente de apoio social diferenciado e inovador, com um caráter mais intimista. “O estigma de que a ajuda é só destinada aos menos favorecidos está errado, por isso queremos eliminá-lo”, conta Luísa Pato. O apoio deve ser oferecido igualmente, por mãos profissionais, que todos os dias aprendem com os funcionários mais antigos nesta instituição. VOLUNTARIADO “Embora seja maioritariamente reconhecida como a cara da Misericórdia, dou o devido valor ao trabalho dos muitos colaboradores que aqui trabalham”, indica Luísa Pato, admitindo que a sobrevivência da SCMC se deve ao voluntariado dos órgãos sociais pois, a não remuneração desses 46 I Abril órgãos, resulta numa verba que passa a ser disponibilizada para a ação social. O voluntariado vai muito para além dos órgãos sociais: todos os funcionários são remunerados, mas oferecem-se para realizar outras funções que lhes sejam solicitadas. “As Santas Casas têm uma marca muito especial que deve ser valorizada pela sua qualidade. Os critérios de escolha dos funcionários são muito rigorosos, dado que estes devem saber dar resposta às nossas necessidades: mimar e proporcionar calor humano às pessoas que por aqui passam”, explica a provedora. Na SCMC os espaços verdes são muito privilegiados, daí a Casa Santa Cruz (local onde foi conduzida a nossa entrevista) ter Sempre Consigo A Misericórdia do Cartaxo conta, ainda, com um serviço distinto de apoio domiciliário permanente (24 horas) - denominado “Sempre Consigo”. Para tal, criou um modelo de apoio baseado num sistema de teleassistência em que a pessoa e os seu familiares, sentem-se mais seguros, uma vez que podem solicitar ajuda a qualquer hora do dia, acionando o botão de emergência de um relógio de teleassistência. “Temos de estar atentos às debilidades dos mais velhos e foi com essa base que o Sempre Consigo foi criado”, indica Luísa Pato. Portugal Inovador sido estruturada de modo a apresentar ampla visão sob o jardim e a fonte decorativa que confere requinte a este espaço. SUSTENTABILIDADE Anualmente, a Misericórdia recorre ao património para conseguir satisfazer todas as necessidades dos utentes: “As mensalidades englobam todos os serviços prestados, nomeadamente os serviços clínicos e de reabilitação, mas para conseguir cumprir com todos os nossos compromissos, por vezes, temos de nos valer de verbas provenientes do património. Os nossos sonhos estão controlados para que não surjam sobressaltos financeiros e podermos continuar a assegurar a excelência da qualidade dos serviços prestados pela Santa Casa”, admite Luísa Pato. NO CONCELHO A Santa Casa da Misericórdia do Cartaxo é um dos primeiros seis empregadores do Cartaxo, conta com um orçamento muito razoável para a sua dimensão. A provedora realça também que a influência das ajudas estatais à Misericórdia representam 23% do orçamento, logo depende muito menos que o habitual, o que demonstra o imenso trabalho na gestão desta instituição. l Abril I 47 Portugal Inovador “Oferecemos qualidade a quem procura qualidade” A Martinica é um espaço que integra quatro vertentes do mesmo negócio: padaria, pastelaria, take away, gelataria (sazonal). É no número 2 da rua de Batalhoz, no Cartaxo, que está localizada a Martinica, uma das maiores referências no ramo da padaria e pastelaria do concelho do Cartaxo. No seu périplo pelo tecido empresarial da região, visitamos o espaço e estivemos à conversa com Luís Gonçalves, atual cogerente e filho de Severino Gonçalves, um dos fundadores da Sevefer - Indústria de Pastelaria, Lda. Foi em junho de 1978 que, por iniciativa de dois sócios, nasceu a Sevefer como fabricante e revendedora, no setor alimentar, de produtos de padaria e pastelaria (atividade que mantém dado deter clientes fidelizados há longa data – instituições de ensino, cafés, entre outros). Ao longo dos anos o projeto foi evoluindo e ajustando-se às necessidades do mercado. Se em 1981, o crescimento da atividade propiciou a abertura da primeira pastelaria no Cartaxo, em 1984 o negócio alargou-se com a inaugu- Especialidades: Apostando na confeção própria, para além da pastelaria corrente, a Martinica oferece uma variedade de doces regionais muito apreciados (por exemplo, os Pampilhos, os Arrepiados, os Cartaxinhos e as Broas de Anis). Se nas épocas festivais o bolo-rei, o tronco de chocolate e a lampreia de ovos são especialidades muito procuradas, durante todo o ano a equipa da Martinica está à sua disposição para elaborar bolos temáticos que prometem dar um colorido diferente às suas festas. 48 I Abril ração de uma gelataria artesanal. Já em 1988, é adquirida uma unidade fabril própria onde todos os produtos são confecionados – pastelaria, pão e gelados. Uma década após a abertura do primeiro espaço comercial, a gerência optou por concentrar todos os serviços num mesmo local, através do alargamento das instalações da gelataria, onde hoje está centralizada toda a oferta da Martinica. Sendo que, desde 1997, com a aquisição de um espaço contíguo, a pastelaria dispõe de um serviço de take away onde são servidas também refeições diárias. Este projeto de ampliação foi desenvolvido por um arquiteto Portugal Inovador francês que, aproveitando todas as potencialidades do espaço, criou um balcão em forma de ‘U’ – uma espécie de ilha (Martinica, ilha francesa) em torno da entrada do edifício – enaltecendo as vitrinas que expõe as especialidades aqui confecionadas. Em 2001, o sócio de Severino Gonçalves abandona o projeto, que integra mais tarde dois novos sócios, minoritários. Esta mudança propiciou a renovação das instalações, em 2007, para a imagem que hoje nos é apresentada. Em 2012, as maiores exigências do mercado conduziram Luís Gonçalves, juntamente com o cunhado, a assumir a gerência do espaço. É com o intuito de inovar e cativar novos públicos que, já este ano, está programada uma renovação da imagem da pastelaria, como nos conta o nosso entrevistado: “Em 2014 vamos fazer um upgrade na decoração por forma a agradar os clientes. Os tempos que vivemos são conturbados por isso, temos que tentar cativar um crescente número de clientes sem nunca descurar a qualidade que tanto nos carateriza”. A Martinica é uma casa com grande tradição no concelho do Cartaxo. Usando receitas tradicio- nais que primam pela qualidade dos produtos, a aposta no atendimento e na renovação constante do espaço têm sido fatores que a destacam no ramo. “Oferecemos qualidade a quem procura qualidade. Numa época em que quase tudo foi inventado, a nossa equipa tem apostado na recriação de receitas, na qualidade e no serviço de excelência”. l Abril I 49 Portugal Inovador Cuidados para a toda a família Dando voz às empresas do concelho do Cartaxo, nesta edição da Portugal Inovador estivemos numa clínica médica que, há duas décadas, presta serviços na área da saúde a toda a comunidade. A Clínica Ferrodengomar foi fundada, em 1994, no concelho do Cartaxo, por António Moreira da Silva, enfermeiro de formação. Sediada no edifício Ferrodengomar o nome acabou por tornar-se marca, indissociável da clínica. “Mudamos de instalações, mas o nome ficou”, explica em conversa com a revista Portugal Inovador, Susana Onyido, filha do fundador e atual sócia-gerente. Tendo iniciado a sua atividade num espaço exíguo, essencialmente direcionado para a prestação de serviços de enfermagem, a clínica foi crescendo à medida das necessidades da população e das exigências do mercado. Sediada no Cartaxo, concelho que em tempos apresentou um grande índice de atividade industrial, a Clínica Ferrodengomar conquistou a confiança de inúmeras seguradoras que lhe direcionavam vítimas de acidentes laborais. “Apesar de estarmos abertos à comunidade, o nosso trabalho tem incidido na assistência a acidentes de trabalho. Ao longo dos anos fomos desenvolvendo uma relação de parceria com várias agências de seguros e hoje somos seus parcerios de confiança na região”, reforça a administradora. Atualmente com três espaços abertos ao público, a empresa foi expandindo em número de valências e espaços. Na clínica generalista é disponibilizada uma enorme variedade de serviços e tratamentos. Um segundo espaço é totalmente centrado no tratamento e nos cuidados da mulher e da criança (obstetrícia, ginecologia, 50 I Abril pediatria). Por fim, uma terceira filial presta tratamentos de fisioterapia a sinistrados de acidentes de trabalho e de viação, bem como a particulares, seguros de saúde e ADSE. FASE DE MUDANÇA É do conhecimento público que a crise económica tem afetado fortemente uma parte do setor industrial português, talvez a mais fragilizada e inadaptada às crescentes exigências do mercado global. Esta realidade verificou-se também no concelho do Cartaxo, interferindo com o número de serviços prestados pela equipa da Ferrodengomar às seguradoras. “Se a área da saúde foi muito afetada pela crise económica, nós que conciliamos a vertente particular e empresarial, temos enfrentando maiores dificuldades. Muitas empresas fecharam, facto que dificulta o nosso trabalho, e a concorrência dos grandes grupos é cada vez mais feroz. Felizmente, a maioria dos nossos clientes estão fidelizados”. Para fazer face às dificuldades, a Clínica Ferrodengomar tem apostado na divulgação do trabalho junto dos clientes particulares e das famílias. “As pessoas são cada vez mais exigentes e procuram maior inovação. Nós queremos responder às suas expectativas, por isso continuamos a alargar a nossa oferta, direcionada para os habitantes do Cartaxo e não só. Por exemplo, como disponibilizamos a especialidade de gastroenterologia - fazemos endoscopias e colonoscopias -, somos visitados por utentes de Portugal Inovador zonas mais distantes, não somente do Cartaxo”, explica Susana Onyido. OFERTA PLURIDISCIPLINAR Respondendo às exigências, a Clínica Ferrodengomar oferece uma grande variedade de serviços, sempre em constante evolução. A equipa de parceiros é composta por médicos das mais variadas especialidades que colaboram com a clínica há longa data e que marcam presença no espaço sempre que seja necessário. “Este é um setor onde a concorrência aperta e o atendimento de proximidade e cuidado prestado aos clientes são fatores que cativam os utentes. Temos clientes que estão connosco há longa data, por isso acabamos por prestar cuidados de saúde a todos os membros da família”. Hoje a administração da clínica está a cargo da segunda geração, três irmãos – Susana Onyido, Rui Silva e Fernando Silva, sendo que Susana Silva está mais ligada à administração e gestão diária da empresa. De futuro, a segunda geração pretende dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelo pai. “Temos sonhos que passam pela criação de novas instalações, mais amplas e que agreguem todos os serviços no mesmo espaço de modo a optimziar recursos. Infelizmente, a conjuntura económica não é muito favorável e temos contido este nosso anseio”. Alimentando constantemente a expectativa de prestar um serviço de excelência aos utentes e dar-lhes a melhor resposta para cada caso, Susana Onyido alerta para o facto de estarem abertos à parceria com um neurocirurgião. “Quanto mais diversidade oferecermos, melhor serviço prestamos”, conclui. l Abril I 51 Portugal Inovador “Um ponto de apoio” Situada numa das ruas de acesso ao centro do Cartaxo, a Grau de Prova é uma entidade que desempenha o papel de escola e centro de estudo para todos aqueles que necessitem de apoio escolar ou tenham vontade de dominar outras línguas. A Grau de Prova é, seguramente, uma porta aberta a qualquer faixa etária, cultivando um clima de proximidade, onde os seus profissionais “não fazem apenas o papel de professor”. Rodeados de um ambiente acolhedor, Ana Gaudêncio, professora de formação, contextualizou historicamente a sua escola, revelando os motivos que a levaram a abraçar este projeto: “Surgimos há quatro anos, na sequência de término do meu outro emprego. Decidi arriscar num projeto novo, criando esta escola no Cartaxo”. E a própria procura de mercado foi igualmente favorável ao sucesso do projeto: “Sabia que haveria um bom mercado para explorar. Temos alunos de vários locais, estendendo o nosso leque de alunos até Lisboa”, continuou. Com uma equipa constituída por nove pessoas – todas elas professoras – contam com um espaço com salas equipadas e 52 I Abril um pátio, infraestruturas que contribuem para “a proximidade entre todos”, tendo uma noção clara do que “cada aluno necessita”. Com alunos até aos 76 anos de idade e com um limite mínimo de três, a Grau de Prova tem uma vasta oferta formativa, apropriada às necessidades de cada aluno: “Lecionámos francês, inglês, espanhol, alemão e italiano. Com um sistema de ano letivo, temos cursos intensivos para aqueles que têm necessidade de aprender línguas num curto espaço de tempo. Os cursos flash têm menor duração, mas são mais intensivos para o caso das pessoas que necessitam de sair do país no mês seguinte, por exemplo”, esclareceu. Para Ana Gaudêncio, o facto de a essência do curso de inglês ser igual a Cambridge é factor de relevo para a eficiência do trabalho desenvolvido: “Quanto ao conteúdo dos cursos, são idênticos aos de Cambridge. Além do exame feito aqui, podem fazer também o exame de Cambridge, obtendo duas certificações no mesmo ano, desde que propostos pelos nossos professores. A nossa escola, até ao momento, obteve uma média de classificação A (nota máxima), obtida no exame de maior complexidade de Cambridge, o Proficiency, em cursos de ano letivo”. Com o programa “Sala Aberta” – programa que inscreve automaticamente os alunos com mais dificuldades em todas as disciplinas – e atividades lúdicas nas férias escolares, a Grau de Prova tem um objetivo claro: “Estamos a planear uma viagem feita, anualmente, a Inglaterra e/ou aos países da língua lecionada pela nossa escola. Achamos muito importante o contato com o inglês e/ ou as línguas aqui lecionadas, no seu dia-a-dia. O balanço de todo este projeto é positivo”, afiançou. l Portugal Inovador Oitava Arte Com as suas infraestruturas situadas na Zona Industrial da Lapa, no Cartaxo, a JMFernandes é uma empresa que dedica a sua atividade a inovadores trabalhos em vidro, desde 1991. Maioritariamente feita em vidro e alumínio, a JMFernandes conta com amplas instalações e um showroom, onde todo o trabalho elaborado até hoje é o principal fator de fidelização dos seus clientes. Joaquim e Luísa Fernandes, administradores e responsáveis, começaram por fazer um relato pormenorizado acerca do surgimento e crescimento gradual da empresa: “Decidi criar a empresa, porque já tinha o know-how necessário. Começámos num espaço pequeno, onde fazíamos o básico. Passados dois anos, já tínhamos realizado obras interessantes. Com o mercado da reabilitação urbana, tivemos muita procura em Lisboa. Em 1998, construímos estas instalações, algo necessário para os nossos objetivos”. Além do atendimento ao público, o “ponto forte” da JMFernandes “sempre foi o trabalho em vidro e a personalização feita pelo cliente”. Todavia, as alterações de mercado suscitaram o câmbio da estratégia delineada: “Começámos na construção civil, mas em 1998, direcionamo-nos para a arquitetura e decoração. Grande parte dos nossos clientes enquadram-se aí, tanto em Portugal, como em França e Angola. Desenvolvemos ideias para produtos que se comercializassem com facilidade, como é o caso das televisões envidraçadas, os vidros decorativos ou de segurança”. Fizeram ainda questão de revelar a sua especialidade: “Fomos das poucas empresas a começar a substituir paredes normais de tinta ou de papel de parede pelo vidro pintado com as mais diversas cores e desenhos”. COMPLEMENTO PROFISSIONAL Com uma equipa de 12 colaboradores, Joaquim Fernandes e Luísa Fernandes revelaram que optaram por criar uma empresa que servisse de complemento ao trabalho desenvolvido na vidreira: “Para além disto, criámos, em 2005, uma empresa paralela, devido à nossa necessidade no que toca às montagens em alumínio, sendo uma espécie de complemento. Neste momento, qualquer pessoa pode-nos pedir trabalhos em alumínio, vidro, inox, vinil, entre outros”, continuaram. Diferenciando o seu trabalho pela qualidade apresentada e o facto de terem definido o seu “próprio caminho”, os administradores da JMFernandes realçaram que “a maior valência passa por gostar daquilo que se faz”, definindo um futuro sempre otimista: “As perspectivas são as mesmas de há 20 anos. Sempre achei que o ano que vem a seguir será melhor que o anterior. Temos uma série de projectos interessantes em vista”, afiançaram. l Abril I 53 Portugal Inovador Reestruturar o futuro Certificada desde 2002 e com instalações localizadas na zona industrial do Cartaxo, a Jorge Honório da Silva & Filho, Lda dedica, atualmente, a sua atividade ao fabrico de caixas frigoríficas e a própria assistência técnica. Com um discurso transversal e realista, Pedro Honório, atual responsável, sublinhou, inicialmente, que o objetivo passará por “atravessar esta conjuntura económica desfavorável”. Posteriormente, revelou todos os capítulos da história e transformações na Jorge Honório da Silva & Filho, Lda ao longo dos seus 85 anos: “Surgiu em 1929 e fazia, principalmente, carroças para animais. Na década de 40, dedicou-se ao fabrico de caixa normal de carga para camiões. A empresa, tal como ela é agora - Jorge Honório da Silva - foi fundada em 1968, já com o meu pai como sócio. A partir de 1971, dedicamo-nos ao fabrico em fibra. O nosso forte sempre foram as caixas em fibra ou frigoríficas para transporte de alimentos. Vendemos, sobretudo, para grandes transportadores, como supermercados e hipermercados.” 54 I Abril Com o know-how comprado em França – entre 1972 e 1973 e novamente entre 1988 e 1989 – a Jorge Honório & Filho, Lda arrecadou a capacidade necessária para se tornar numa referência nacional no setor: “Aprendemos toda a orgânica da construção deste tipo de produtos, e com todos os nossos anos de existência, temos um bom nome no mercado, apresentando-nos como uma empresa responsável, com qualidade no produto fabricado, garantindo uma rápida fidelização de clientes”, afiançou Pedro Honório. Com uma constante necessidade “de atualização do know-how de acordo com o mercado” e contando com a colaboração de 70 funcionários, a Jorge Honório & filho, Lda apostou, há cerca de três anos, no negócio das carroçarias de luxo para transporte de cavalos, distribuindo por todo o continente europeu, inclusive na Rússia. Atualmente, o negócio foi passado para outra empresa, embora Pedro Honório tenha frisado que a empresa possui todos os recursos tecnológicos para o desenvolvimento das carroçarias: “Encarregámo-nos de criar os designs, estando apetrechados de scanners 3D e CRC’s.” Traçando o futuro próximo da Jorge Honório & Filho, Lda, Jorge Honório foi perentório: “Queremos apostar, essencialmente, no nosso produto.” O responsável fez ainda questão de acrescentar que “as perspetivas são boas”, argumentando que se reconhecem como “uma referência no mercado”, alienando uma equipa “trabalhadora e competente de forma a corresponder às exigências apresentadas”, terminou. l Portugal Inovador Análise referenciada Com cerca de 60 anos de existência no município do Cartaxo, o Laboratório de Análises Clínicas Dr. Henrique dos Santos Silva desenvolve um importante papel na saúde da população cartaxense. “A existência de laboratórios de análises clínicas tem 70 anos de história, constituído inicialmente por profissionais de saúde ou de farmácia”, começou por introduzir Henrique dos Santos Silva, figura ímpar na área de análise clínica. Encarando a profissão como “liberal”, o Laboratório de Análises Clínicas Dr. Henrique dos Santos Silva tornou-se rapidamente “numa referência”. De acordo com Henrique dos Santos Silva, o seu fundador, o modus operandi “era diferente devido à falta de automatização”. Contudo, e após alguns anos de trabalho, “deslocava-me a Santarém, Rio Maior, Azambuja e até Lisboa, para fazer colheitas de sangue”, acrescentou. Atualmente, o panorama é diferente. Ana Paula Marques e Maria Inês Costa são as diretoras técnicas e gerentes de um laboratório por onde passaram cerca de 100 colegas estagiários. Contam com o auxílio de uma equipa de cinco colaboradores que desempenham o seu serviço em áreas como bacteriologia, parasitologia, hematologia, dermatologia e análises à própria água. Apetrechado de todas as condições necessárias – humanas, físicas e tecnológicas – o Laboratório de Análises Clínicas Dr. Henrique dos Santos Silva “faz tudo o que envolve a área das análises clínicas, estabelecendo convenções com o Serviço Nacional de Saúde, assim como todos os subsistemas tradicionais”. Além disto, o laboratório presta um serviço de proximidade com a comunidade: “Fazemos assistência ao domicílio, contando com o apoio de duas viaturas que percorrem as ruas da região todas as manhãs”, revelaram. Apesar de a história contar com vários capítulos e um estatuto intocável, o laboratório continua a realizar “um controlo de qualidade”, em parceria com “firmas de grande prestígio” o que lhe permite “ter noção da eficácia do seu trabalho”. Ademais, a administração do laboratório não é “apologista de trabalhar em zonas distantes”, de forma a “garantir que os produtos biológicos cheguem nas melhores condições”. Admitindo que “a nova forma de trabalhar dos hospitais prejudica o trabalho do laboratório” – devido aos requisitos exigidos aos utentes – a administração revela que o futuro passará pela dedicação aos seus utentes: “Costumamos dizer que ‘trabalho há muito’, devido ao facto de sermos uma referência e usufruir de um grande prestígio aqui no Cartaxo. Temos pacientes que precisam de nós”, afiançaram. l Abril I 55 Portugal Inovador Internacionalização empresarial com conta, peso e medida Afinal, o que significa internacionalizar? Ser reconhecido noutro país além daquele que somos oriundos? Esta palavra que poderá remeter para uma imagem alusiva ao planeta Terra, visto de cima significa difusão em vários países. Mas difusão de algo? Ou de alguém? Neste caso concreto, seria algo a internacionalizar-se. Para isso, nada melhor do que apanhar um avião e tomar contato com a realidade dos mercados mundiais. Há até quem já tenha pronunciado: “Emigrem!”. Seria sempre a solução mais fácil, mas uma empresa sediada neste “canto à beira mar plantado” pode chegar a outro tecido empresarial. Como se fosse omnipresente, mantendo as suas quatro paredes no local onde foi fundada. Obviamente que a sua capacidade financeira para se manobrar nesse sentido será o fator mais relevante, mas a Internet poderá ajudar numa fase inicial. Atualmente, não acontece o mesmo que há 10 ou 20 anos. Vemos a olho nu diferenças no mundo empresarial. Com a entrada na União Europeia, Portugal recuperou uns anos 56 I Abril de atraso em relação aos restantes países desenvolvidos (porque esses devem ser os modelos a seguir). Até então, a única frase que entoava de Trás-os-Montes até ao Algarve era “Orgulhosamente sós!”. Quando visitamos as principais cidades portuguesas apercebemo-nos que, na maioria, existe uma placa a indicar a sua área industrial. Reparamos então em empresas com qualidade, dinamismo, sustentadas em projetos realistas e sem dar azo à ilusão. Contudo, a subida de impostos em território luso obriga a que as direções empresariais coloquem travão na internacionalização das empresas que representam. Os empresários portugueses já se aperceberam que ao criar a sua empresa têm dois caminhos: ou fomentam a sua posição no mercado regional e/ ou nacional e mantêm apenas clientes nacionais ou, passados os anos em que atingem a autossustentabilidade empresarial, decidem levantar voo para mercados mais ambiciosos e com margens de lucro bem maiores, embora mais competitivos e ferozes. Ouvimos empresários a lamentarem-se da concorrência da empresa “vizinha” (têm todo o direito a isso), mas imagine-se em países como Alemanha, Estados Unidos da América, Japão ou China em que existem vários “vizinhos”. A internacionalização de uma empresa não é o garante da sua continuada existência, mas sim a forma como se executa a sua gerência. O termo “se” deve ficar fora do dicionário empresarial, caso contrário pode ser um desagradável indicador de contração económica. Aproveite-se, então, os apoios direcionados às PME’s como o QREN, o CORDIS, o FEDER, as linhas de crédito ou as incubadoras empresariais, com o objetivo previamente ponderado de estender o seu raio de ação sem esquecer que o Mundo é semelhante à selva: domina quem for o mais empreendedor. Permanecem aqueles que se assemelharem aos melhores exemplos de empreendedorismo. Os restantes? Talvez se avizinhe um futuro à semelhança do nosso passado mais recente. l Hugo Lopes Portugal Inovador BARCELOS Abril I 57 Portugal Inovador Crescer Saudável Desde cedo que Ângela Magalhães percebeu a sua vocação para a educação pré-escolar. A sua dedicação e naturalidade com as crianças são enternecedoras e impulsionaram, em 2007, a criação da Bola de Sabão. “As crianças necessitam de um ambiente familiar”, é a introdução da diretora a esta entrevista. Perto de 100 crianças partilham na Bola de Sabão os espaços de creche, jardim de infância e ATL sendo que, para além do trabalho pedagógico na sala, usufruem de aulas de inglês, música, educação física, danças contemporâneas, ballet, piscina e uma nova modalidade este ano, o karaté. Atenta a todas as necessidades dos pais e das crianças, a Bola de Sabão dispõe também de um serviço de apoio psicológico e de terapia da fala. A Bola de Sabão é um espaço acolhedor, onde oito colaboradores trabalham das 7h30 às 21h, para proporcionar um ensino de qualidade, multifacetado. “Se tivermos a capacidade de nos adaptarmos às diferentes personalidades e conhecer cada criança o ensino vai ser harmonioso. Tentamos sempre enquadrar os meninos ao mundo real, pois o nosso objetivo é prepará-los para o dia a dia”, explica. A fundadora defende que a partilha de informação e o relacionamento entre pais, crianças e educadores é crucial neste processo. Outro das mensagens importantes vincadas no dia a dia desta instituição é a educação alimentar. A diretora orgulha-se de criar parcerias com produtores 58 I Abril locais que oferecem às crianças frutas e legumes biológicos. Estes podem também ser vendidos aos pais que optem por uma alimentação mais saudável. O ensino não começa na escola Ângela Magalhães explica que “para uma criança, é maravilhoso passar algum tempo com os pais e poder observar as suas ações”. Assim, na Bola de Sabão E-Blocks os parentes mais próximos têm a oportunidade de participar no ensino, com tarefas próprias, podendo demonstrar aos mais pequenos o seu interesse pela vida escolar. A participação ativa dos pais na formação da criança é a mais valia deste projeto. É esta responsabilidade partilhada que permite à criança ter um crescimento saudável, num ambiente familiar e descontraído. l A Bola de Sabão possui um computador didático - que funciona com cubos - onde todos os conceitos de matemática, inglês e português que as crianças devem adquirir entre 0 meses até aos 12 anos, estão inseridos. É muito proveitoso para as crianças pois estão em constante atualização, algo que Ângela Magalhães considera essencial. Portugal Inovador RAMO IMOBILIARIO | CONSTRUÇÃO CIVIL | OBRAS PUBLICAS Rua Cândido da Cunha, nº152 A 4750-276 BARCELOS Telefone: 253826541 │Fax: 253826543 E-mail: [email protected] www.martinsprestige.pt Abril I 59 Portugal Inovador Centro Óptico 91, uma óptica que vê mais além. Com 10 anos de existência, o Centro Óptico 91 é uma referência no concelho de Barcelos. Com uma equipa jovem, dinâmica e multidisciplinar, o Centro introduziu novas práticas, e aborda a saúde visual de um ponto de vista holístico, relacionando-a com diferentes áreas da saúde. Em entrevista à revista Portugal Inovador, a diretora, Ana Paula Pinto de Azevedo explicou este conceito. Atualmente, sabemos que cerca 70% da informação que o nosso cérebro processa, tem origem no nosso sistema visual. A visão é um canal recetor de um processo neurológico complexo que, em conjunto com a formação auditiva e proprioceptiva (capacidade de reconhecimento da localização espacial do corpo), nos permite a interação com o meio circundante. Assim, quanto mais eficiente e estruturado este sistema se demonstrar, melhor se cumpre o processamento cognitivo e sensorial, resultando em maior equilíbrio do indivíduo em termos racionais e emocionais. Conheci esta abordagem aquando do meu estágio em Barcelona, ainda nos primeiros anos de prática. Aí constatei que a visão era avaliada, não só de um ponto de vista refrativo, ou seja, medindo os níveis de acuidade visual, mas também de um ponto de vista da integração motora. Em vários casos, pude comprovar que esse elo é fundamental para o desenvolvimento da capacidade de atenção e perceção visual, levando o Indivíduo a uma melhor compreensão cognitivo-espacial e, logicamente, a um aumento do seu desempenho. Nos primeiros anos da minha experiência clínica tive a oportunidade de concretizar estes conceitos, e associá-los a uma experiência em desenvolvimento na área da posturologia clínica. Como o nome deixa antever, a posturologia intervêm 60 I Abril sobre a regulação postural, cujo impacto no sistema oculo-motor, proprioceptivo, emocional, visceroceptivo, etc, é determinante . Assim, quando criei o Centro Óptico 91 tentei implementar este conceito integrativo, necessitando desde logo um conhecimento abrangente, especializando-me assim nesta área da posturologia. Inovação no conceito de ótica Uma das áreas pelas quais nutro um carinho especial é a do ensino, especialmente nas crianças com dificuldades de aprendizagem. A neurociência vai comprovando várias teorias para explicar a dislexia, disgrafia, défice de atenção, etc. Algumas dessas teorias mostram a importância da eficácia visual e do processamento da informação visual. Saliento que os problemas vi- suais não são meramente refrativos, e que, a maioria das dificuldades de aprendizagem que as crianças apresentam, embora com boa acuidade visual, tem que ver com anomalias na eficácia visual e processamento da informação. Por estes motivos o Centro Óptico 91, oferece um conjunto de serviços que permite diagnosticar e introduzir práticas que colmatam estas anomalias e aumentam a sua eficácia visual, logo, o desempenho do cognitivo. Além da prática clínica, queremos chegar até às escolas, com o objetivo de atuar na prevenção, e passar esta informação também a educadores sobre como melhorar o desempenho das crianças em sala de aula. Com uma equipa multidisciplinar que atua em diferentes áreas, que vão desde a oftalmologia à psicopedagogia clínica, o Centro Óptico 91, adotou este novo conceito de Portugal Inovador visão, trabalhando as diversas áreas corelacionadas simultaneamente. “Não podemos ver a ótica, de um ponto de vista isolado, mas sim numa perspetiva de total integração sensorial e cognitiva. Esta especialização serve exatamente esse objetivo - saber como é que os nossos olhos se comportam juntamente com todos os outros sentidos, - como é que se identificam e nos permitem interagir com o meio”, explica a diretora do Centro Óptico 91. Para além de querer manter como objetivo permanente, um conceito inovador, com uma equipa multidisciplinar com a qual trabalha, um dos grandes projetos que Ana Paula Pinto de Azevedo tem para o futuro passa por “desenvolver um estudo de relevo sobre este tema, porque é uma realidade que nos afeta cada vez mais, devido ao fluxo e velocidade da informação que recebemos e a forma como lidamos com ela. Em Portugal ainda não existe informação e acesso a novas terapias de hoje nesta área”, conclui. l Abril I 61 Portugal Inovador Estética com diferenciação e qualidade Liliana Neto tem vindo a destacar-se como uma profissional de referência nos cuidados estéticos na área de Barcelos. Fomos conhecer o seu espaço, em funcionamento desde 2008. Com uma boa dose de know-how adquirida anteriormente, a evolução para a atividade por conta própria surgiu com naturalidade. “O percurso não tem sido fácil, dadas as despesas com o espaço, mas tem havido capacidade para se levar o barco a bom porto,” conta a jovem responsável. As instalações inspiram a máxima tranquilidade, sendo este um local convidativo para o conjunto de serviços que ali se encontram. “Prestamos tratamentos para o corpo e para o rosto, depilações, pédicure, spa, maquilhagem e aplicamos unhas de gel”, apostando sempre “na diferenciação, na qualidade, no bom atendimen- 62 I Abril to e também num bom preço”. Para esse efeito, o serviço é prestado com recurso a “produtos e equipamentos de elevada qualidade,” sublinha Liliana Neto, enaltecendo, o “L600” equipamento de depilação permanente e o “LPG” equipamento para tratamentos específicos de corpo e rosto. Um desafio identificado à luz das tendências recentes é o crescente interesse por parte de homens, que vêm ao encontro deste centro, principalmente para “depilação e tratamentos do rosto”. O profissionalismo pelo qual o trabalho de Liliana Neto se pauta convive com várias adversidades. Designadamente, há uma disparidade evidente no que toca aos constrangimentos colocados aos que trabalham dentro da legalidade e a muitos outros que trabalham clandestinamente. “Exige-se de tudo a quem quer trabalhar legalmente, que é forçado a competir com quem faz o mesmo como um hobby, desempenhado em casa, com um trabalho e com produtos de qualidade deficiente, mas com preços imbatíveis. Existe uma banalização do serviço de estética e a legislação é muito vaga em relação ao exercício das profissões”, conclui. l Portugal Inovador Sirva-se e apaixone-se O restaurante Novo Horizonte está entre a elite de restaurantes da região do Minho. Com uma garrafeira sublime, aliada a uma gastronomia portuguesa de excelência, disponibiliza, desde 1985, um serviço de qualidade aos seus clientes. A freguesia de Gilmonde, no concelho de Barcelos, orgulha-se de apadrinhar um local com muita história e encanto. O restaurante Novo Horizonte está, há quase trinta anos, em terras barcelenses e é um autêntico oásis gastronómico. Duas das pessoas mais importantes para a dimensão alcançada pelo Novo Horizonte, são os seus fundadores, António Ferreira e a sua esposa, Maria da Conceição. Falar do percurso evolutivo deste restaurante, é falar também da dedicação dos dois gerentes, que aproveitaram as origens minhotas para se lançarem num projeto que nunca perdeu o norte: “Começou como um capricho e aos poucos foi-se tornando um caso sério de sucesso. O facto de ser natural de Gilmonde, fez com que tivesse algum know-how em relação ao meio envolvente. A paixão que tenho pelo que faço não se perdeu ao longo destes anos, o que também ajudou na evolução deste espaço. De referir ainda que eu faço todo o serviço externo do restaurante e a minha esposa é a cozinheira. Sem ela metade do sucesso não teria sido alcançado”, explica o gerente. A génese do nome do restaurante é-nos também explicada por António Ferreira: “Quando fundei o restaurante, sentia que em Gilmonde era tudo muito monótono, por isso tive o objetivo de criar algo de novo, um novo conceito na região que acabou por ser uma lufada de ar fresco”. Com uma variedade gastronómica capaz de deixar “água na boca” a qualquer pessoa e com uma garrafei- ra dotada dos melhores vinhos, tudo o que é servido no Novo Horizonte é especial. O lema “o que é nacional é bom” assenta que nem uma luva na filosofia de trabalho do restaurante. “Privilegiamos o conceito da cozinha tradicional portuguesa. A confeção dos pratos reporta-nos ao tempo da minha avó“, refere o nosso entrevistado. Também “90% dos nossos vinhos são portugueses”, acrescenta. No restaurante Novo Horizonte, mais do que uma refeição, serve-se uma autêntica obra de arte: “Preocupamo-nos em ser criativos e inovar na apresentação dos pratos. Gostamos de deixar o cliente completamente maravilhado e satisfeito com aquilo que é apresentado”, refere António Ferreira. O restaurante é composto por três salas para refeições, sete funcionários, parque privativo, privilegiando o ambiente acolhedor e familiar, de modo a fazer com que o cliente se sinta em casa. “Temos clientes a almoçar todos os dias, há 25 anos. Consideramos que cada cliente, é um amigo”, sublinha o gerente. A receita para o futuro do Novo Horizonte passa por “continuar a fazer o melhor em prol do desenvolvimento do nosso restaurante”. l Abril I 63 Portugal Inovador “Calçar aquilo que é nosso” A Manbri direciona a sua atividade para o fabrico de calçado, maioritariamente, para o setor jovial e feminino. José Brito, administrador da empresa, classificou o calçado português de “grande qualidade” e “ao nível dos melhores”. Liderando uma equipa de 23 funcionários que dão continuidade ao fabrico de calçado que conta com 35 anos de história, José Brito, em entrevista, começou por contextualizar a Manbri, localizada em Remelhe, freguesia de Barcelos: “Surgiu por intermédio do meu pai, em 1978. Fruto de um fracasso de uma antiga sociedade, decidiu criar esta empresa. Anos depois, em 2007, a empresa, denominada por Manuel Fonseca da Silva Brito, sofreu uma alteração no seu nome, passando a denominar-se Manbri.” Com um raio de ação alargado, a Manbri distribui os seus produtos por todo o território nacional, inclusive em vários países do continente europeu. Todavia, José Brito não coloca um travão ao seu alargamento: “Ambicionámos entrar noutros mercados, em mercado fora da Europa, estando, neste momento, em contatos com alguns possíveis clientes”, revelou. O administrador da empresa barcelense admitiu que “se produzisse calçado em plástico já tinha fechado as suas portas”. Teceu ainda algumas criticas à concorrência asiática: “O mercado nacional sofreu muito devido à aceitação em relação ao mercado chinês, tornando- 64 I Abril -se demasiado desleal devido à prática de preços baixos no que toca à mão de obra e à qualidade do produto em si”. Mas mostrou-se satisfeito com o trabalho desenvolvido pela Manbri: “Orgulhámo-nos de usar apenas pele e fabricármos um produto português, em qualquer parte do Mundo.” Com um designer próprio e com a opção de uma personalização feita pelo próprio cliente, José Brito admitiu alterações – positivas, claro está – embora diferentes no panorama global e nacional: “São notórias as di- ferenças. Contudo, o mercado externo continua numa posição mais favorável do que o nosso. Ainda está pouco reconhecido, o que nos obriga a uma maior difusão. Mas a verdade é que temos tido um aumento no volume de negócios e isso é ótimo para nós.” Ressalvando que continuarão “a viver um dia de cada vez”, José Brito mostrou-se confiante em relação ao futuro da Manbri: “Se tudo correr como planeado, 2014 será um ano extremamente positivo para nós”, afiançou. l Portugal Inovador Assistência técnica de excelência Especializada em assistência técnica, a Digibarcel é uma empresa que prima pelo profissionalismo e pela eficácia do seu trabalho. Desde há 20 anos as tecnologias têm-se alterado de uma forma abrupta e, com o evoluir dos tempos, foram muitas as empresas que necessitaram de atualizar o equipamento e de ter uma empresa de confiança a quem pudessem pedir assistência técnica. Na área há 28 anos, este foi um dos motivos que levou Adelino Silva a fundar a Digibarcel: “Criei esta empresa para manter os clientes que tinha e para dar continuidade ao meu trabalho. Hoje em dia, muitas firmas dependem das máquinas e o cliente não pode ficar à espera. O problema tem de ser solucionado no imediato. É isso que fazemos”. Resolver problemas é o principal lema desta empresa e o profissionalismo é aquilo que distingue a Digibarcel no mercado. O facto de estarem constantemente disponíveis para os clientes é um fator fundamental. Com cinco colaboradores, a formação é essencial: “Ao longo dos tempos os colaboradores vão adquirindo formação, porque este tipo de equipamento está sempre a ser atualizado. Temos a formação que é dada internamente e, quando entra um colaborador novo, este passa por uma fase de estágio para poder aprender todo o procedimento e forma de atuação. Temos também formação dada pelas marcas sempre que é lançado um novo modelo de equipamento. É graças a esta aposta que somos uma referência”. O facto de trabalhar com marcas de renome a nível nacional e internacional, como a Ricoh, a Kyocera ou a Toshiba, faz com que o trabalho tenha de ser mais exigente para também responder às necessidades dos clientes que têm equipamentos destas marcas. A atuar maioritariamente no mercado do Norte de Portugal, com maior incidência nas regiões de Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila do Conde e Póvoa de Varzim, cerca de 90% dos clientes da Digibarcel são empresas. “Desde que existimos que o nosso foco são as empresas, porque são estas que utilizam o tipo de equipamento com o qual trabalhamos”, refere Adelino Silva. Melhorar a qualidade de serviço e criar mais postos de trabalho é o grande objetivo para o futuro. “Acredito que é possível melhorar e crescer sempre mais um pouco e espero um dia poder alargar o mercado de atuação. Consolidar o mercado e dar confiança aos clientes são os nossos maiores projetos”, conclui. l Abril I 65 Portugal Inovador Seguramente do seu lado A Espobarcelos é uma empresa de mediação de seguros com um historial de excelência e liderança na cidade de Barcelos. João Arantes iniciou a sua carreira nesta área em 1992, com o seu primeiro estágio no ramo dos seguros. A partir daí, o nosso entrevistado consagrou-se nesta área e reconhece que foi a escolha correta. A Espobarcelos descende de uma parceria com a Espoalarmes, empresa de comércio e instalação de sistemas de alarme. Com a progressão do negócio, João Arantes tomou as rédeas da empresa juntamente com Márcia Briote, tornando-se as novas caras do estabelecimento. Esta empresa trabalha com multimarcas há 11 anos e tem tomado preferência pelas seguradoras de excelência: Fi- 66 I Abril delidade, Açoreana, Generali e Metlife. O trabalho da Espobarcelos é positivamente exaustivo e controlado e o gerente admite que a sua principal preocupação é fidelizar o cliente, através da qualidade dos serviços e da disponibilidade total. HONESTIDADE E QUALIDADE “Muitas vezes perdemos contratos por sermos francos com o cliente, mas é essa característica que mantemos em primeiro lugar, independentemente do resultado”, admite João Arantes. A Espobarcelos prima pela adequação do melhor valor a cada cliente, sempre com o cuidado de de- monstrar total disponibilidade para ajudar quem procura os seus serviços. “Cada vez mais temos de estar atentos e saber o serviço que a pessoa necessita no momento em que entra na nossa loja”, explica o assistente comercial. Atualmente, o trabalho da empresa de mediação de seguros é célere e a resolução de problemas tem sido a sua prioridade. A informação total que é passada ao cliente é também uma das características da Espobarcelos. João Arantes defende que “o cliente tem que confiar no seu parceiro de negócio”. Assim, a gerência da Espobarcelos admite que privilegia o contacto direto com os clientes, sendo esta uma das mais-valias desta empresa de renome. PARA O FUTURO A Espobarcelos procura abrir um novo espaço e fazer parcerias com mediadores, com a intenção de atingir um nível mais elevado na área de mediação de seguros. “Queremos criar uma rede, onde se unem algumas companhias de mediação de seguros, para rapidamente conseguir ajudar e receber apoio nas atualizações constantes tecnológicas. Assim, estamos sempre a evoluir com o mercado nacional”, conclui João Arantes. l Portugal Inovador Espaços verdejantes enriquecem o coração do Minho No extremo Norte do concelho de Barcelos, na freguesia de Durrães, encontra-se a Quinta de Malta. A casa muito antiga, construída em 1570, respira história, enquanto a sua envolvência alimenta os olhos com o seu verde tranquilizante. O edifício foi ampliado ao longo dos tempos e completamente restaurado em 2004. Um sonho de Luís Sobreiro, que juntamente com a esposa, Maria Helena Sobreiro tornaram a Quinta de Malta um lugar de requinte e beleza. “A Quinta estava à venda, era preciso requalificar, e a vontade dos pais continuarem ativos, a hospitalidade, o gosto por receber pessoas”, são razões que ajudam a perceber os segredos que a Quinta tem para desvendar, explica Luís Sobreiro. Turistas portugueses e de outras nacionalidades já foram, e continuam a ser, acolhidos nesta casa, com um público predominantemente na faixa etária entre os 40-60 anos. A Quinta de Malta é reconhecida por ser o espaço de eleição entre 78 hotéis no Distrito de Braga; número 1 entre os seis hotéis de Barcelos; 24º qualificado entre os hotéis com bom preço no Norte de Portugal; e, por fim, 32º numa lista dos hotéis mais românticos do Norte do país. Esta valorização revela o que esta casa tem para oferecer e a paz que aqui se pode disfrutar: “Aqui, onde até o vinho é verde”, reforça Luís Sobreiro. Riquezas do Norte Os turistas que procuram a Quinta esperam por horas sossegadas de convívio com a natureza e a família. Os seus jardins com piscina, o corte de ténis, as bicicletas de montanha, a sala de jogos, a pro- ximidade que beneficia das praias e dos caminhos de Santiago de Compostela, o Rio Neiva - um dos menos poluídos do país -, a riqueza da sua fauna e flora, estimulam esta região que se acalora no coração do Minho. Ao pensar no futuro demonstram a sua vontade de praticar um turismo sustentável. Uma das preocupações mais prementes, no momento, passa pela inclusão de novos serviços, preferencialmente gratuitos. Um serviço específico passaria pela restauração, apesar dos restaurantes serem relativamente perto, a família Sobreiro preocupa-se com a comodidade dos seus hóspedes. l Abril I 67 Portugal Inovador A criatividade que zela pelo conforto A confeção ganha terreno num mercado que se descobre mais elitista, contrariando aquilo que vai ao encontro das massas. Deixe-se seduzir pelas peças que a Confecção Julimatex produz. Com diferentes formas, tamanhos e tecidos, não colocam de lado a inovação e a moda que enriquece e deixa o cliente confortável. Há 25 anos, Maria Emília, juntamente com o seu marido, abriu a Confeção Julimatex, em Barcelos. Cem pessoas inicialmente colaboravam e davam os primeiros passos numa indústria que se fazia com novidade e rigor. Misturavam-se sonhos e projetos, ansiando pela sua concretização, com a verdade e a seriedade que a indústria da moda exige. Nesta empresa, o valor da peça concretiza-se num produto personificado, porque “cada cliente é um cliente diferente”, refere Maria Emília. Dando primazia à diversificação, procura-se conjugar pequenos detalhes num só elemento - a peça -, de modo a satisfazer o cliente que, de outra forma, seria absorvido por uma indústria de moda que produz uniformemente, que não arrisca. Com várias lojas de revenda espalhadas pelo país, e uma aberta ao público no Porto, no Bonfim, a Confeção Julimatex atende às novas realidades que os novos clientes procuram, sem nunca esquecer o cliente fiel que, ao longo destes anos, vem ter consigo. Marca a diferença Através de dois designers que integram a equipa, esta empresa realiza um trabalho criativo e per- 68 I Abril sonalizado, um compromisso que conjuga a inovação e a modernidade, demonstrando a preocupação de criar a sua própria imagem. As suas coleções ajustam-se a diferentes públicos: produzindo desde uma linha mais juvenil até uma linha mais clássica. A Julimatex foi a primeira empresa em território nacional a produzir peças com tamanhos grandes. “Não existem muitas marcas a confecionar tamanhos grandes para pessoas de meia-idade”, por isso, os plus size (3XL e 4XL) são aqui produzidos, colmatando uma lacuna existente em Portugal. “Os clientes de meia-idade são mais fortes, mas querem modelos jovens”, sublinha. Numa visão futurista, aguardam-se tempos de mudança. Como uma lufada de ar fresco compassada num olhar esperançoso, é assim que a Maria Emília pensa na renovação de um mercado que está em constante atualização. l Portugal Inovador O futuro: uma indústria competitiva A Indústria de Moldes portuguesa é um símbolo de qualidade e profissionalismo, e tem demonstrado a sua aptidão para ultrapassar desafios no mercado internacional. Com o apoio da Cefamol, as capacidades existentes têm sido dinamizadas de modo relevante para o crescimento dos seus associados. Constituída por sete empresas em 1969, a Cefamol tinha como função impedir a saída dos colaborados para criarem as suas próprias firmas. Com a adesão de novos associados, esse objetivo foi gradualmente alterado, relfectindo-se no crescimento da indústria. Resultadamente, o setor uniu-se para promover o A Cefamol conta com 127 associados distribuídos pelo distrito de Leiria, principalmente na Marinha Grande, e Aveiro, em Oliveira de Azeméis. Ao exportar atualmente para cerca de 80 países, as empresas têm a possibilidade de aumentar a produção e o número de postos de trabalho. desenvolvimento das capacidades e prepará-las para mercados internacionais. O papel da Cefamol consiste no auxílio aos associados, contribuindo para a dinamização das capacidades e para a representação nacional. A Cefamol conta com 127 associados distribuídos pelo distrito de Leiria, principal- mente na Marinha Grande, e Aveiro, em Oliveira de Azeméis. Ao exportar atualmente para cerca de 80 países, as empresas têm a possibilidade de aumentar a produção e o número de postos de trabalho. Formação “A indústria de moldes detém a tecnologia mais moderna do mundo e, para que essa seja corretamente utilizada, deve haver uma simbiose entre a indústria e o ensino, para rentabilizar as oportunidades que surgem” confirma o presidente. Para completar esse processo, a Cefamol fez alguns protocolos com instituições de ensino para aproveitar o conhecimento teórico que, associado ao prático da indústria, resulta no desenvolvimento de novos conceitos. Uma das maiores apostas é a formação, e são lecionadas dezenas de ações de formação ao longo do ano para as empresas associadas. Evolução A Cefamol estabeleceu um plano estratégico no qual definiu seis áreas de atuação, para as quais estão a dirigir bastante atenção, visando o aumento da capacidade industrial no mercado externo. “Para além da indústria automóvel, para a qual cerca de 70% da indústria dos moldes está direcionada, queremos dar algum foco às áreas de moldes para o setor de aeronáutica, ambiental, de embalagem, médica e eletrónica” indica João Faustino. Uma enorme vantagem da Cefamol é a notável capacidade de agregação das empresas, que embora sejam concorrentes, unem-se na tentativa de ultrapassar desafios de forma coletiva e positiva. Um segundo fator importante na atividade desta associação é a disseminação de informação, para a qual estão constantemente a agregar as empresas com vista a enfrentar desafios e prolongar a evolução contínua que se tem feito notar. O setor tem ultrapassado dificuldades e fortaleceu-se de tal modo a possibilitar a aproximação a mercados mais fortes. Nos últimos anos fizeram-se notar crescimentos de 15% em 2011, 35% em 2012, 7% em 2013, logo há uma tendência de elevar a indústria dos moldes portuguesa a um novo patamar de qualidade e profissionalismo para competir com o mercado internacional do mais alto nível. l Abril I 69 Portugal Inovador Empresa multifacetada A Paulo Pinto & Figueiredo presta um número extenso de serviços, sendo que a manutenção e a venda de máquinas Negri Bossi, assume papel de destaque na empresa. As marcas Eurochiller, Plastic Systems, Tecnomatic S.R.L, Mass International S.R.L., DPS S.R.L. e Marsé garantem a qualidade dos restantes produtos comercializados. A empresa teve origem na década de 90, apenas com o nome Paulo Pinto. Posteriormente, em 2005 nasce a Paulo Pinto & Figueiredo. Paulo Pinto e Paula Figueiredo, gerentes desta empresa da Marinha Grande, preocupam-se em prestar um serviço rápido e eficiente aos seus clientes. Este serviço é multifacetado e, para além das vendas e da manutenção de máquinas, fazem também mudanças industriais com desmontagem, transporte e montagem de equipamentos e mudanças nas próprias instalações. Desumificadores, tapetes, estufas, alimentadores, refrigeradores, robots, máquinas elétricas, são alguns dos exemplos de produtos que esta empresa comercializa. No que diz respeito às marcas representadas, nas máquinas de injeção, a Negri Bossi é a referência. 70 I Abril Os periféricos têm marca Marsé e Plastic Systems, enquanto que os refrigeradores são marca Eurochiller. “Fiquei muito ligado à Negri Bossi pela experiência profissional do passado e fiquei a ser o representante desta marca no país. Depois fui adquirindo outras marcas. De referir ainda que prezo por ter marcas europeias”, explica Paulo Pinto. Com uma equipa de trabalho qualificada, constituída por quatro pessoas, e recorrendo a tecnologia de ponta, o negócio tem evoluído e os clientes têm aumentado, ganhando preponderância o ramo automóvel. O gerente revela-nos: “A mala do porta luvas da Polo, fomos nós que ganhámos o projeto e fizemos umas quatro máquinas.” A responsabilidade ambiental também faz parte do “código genético” da empresa. Todas as marcas que representa preocupam-se com as questões ecológicas, sendo que algumas até já foram premiadas. A faceta empregadora desta empresa, aliada à ambição de alargar horizontes, fazem parte dos objetivos primordiais da Paulo Pinto & Figueiredo para o futuro: “Espero que mais tarde, ao invés de ser uma empresa que apenas se posiciona para o mercado nacional, que cresça e que comece a ter espaço para desenvolver produtos. E, numa altura em que muitos jovens abandonam o país, espero que a Paulo Pinto e Figueiredo tenha a capacidade para ir buscar esses jovens, dar-lhes trabalho e fazer com que eles desenvolvam inovação para depois podermos vender para todo o mundo. É o nosso maior objetivo, espero um dia alcançá-lo”, finaliza Paulo Pinto. l Portugal Inovador Abril I 71 Portugal Inovador Ferramentas de corte para a indústria de Moldes Sediada na Marinha Grande, a Hexatool é uma empresa vocacionada para a comercialização de ferramentas de corte para a indústria dos moldes. Com o crescimento da indústria de moldes, várias foram as empresas que surgiram no mercado. Em 2001, surge a Hexatool uma empresa que conta com profissionais com uma longa experiência e conhecimento no setor das ferramentas de corte e que é capaz de dar soluções e respostas aos problemas, contribuindo para o aumento do rendimento dos processos de maquinação. Adelino Gaspar, administrador da empresa esclarece: “A Hexatool surgiu pelo facto de alguns dos acionistas, já estarem envolvidos na área e de terem um grande know-how acerca das ferramentas necessárias para a indústria. Desta forma, criaram a Hexatool para ajudar os seus clientes, sendo que o grande objetivo não foi dedicarem-se apenas à comercialização de ferramentas, mas sim criar e desenvolver soluções que sejam uma mais valia para o produtor de moldes”. A comercializar produtos especializados no corte de aço, como pastilhas, machos, brocas, fresas de metal duro, óleos solúveis e todos as ferramentas inerentes a 72 I Abril este trabalho. A formação é um ponto fundamental para a Hexatool. “Graças à formação que temos e que proporcionamos aos nossos coloaboradores, somos capazes de abraçar novos desafios. Todos os comerciais têm formação interna e externa, que é dada por nós, e pelos nossos fornecedores, refere o nosso entrevistado. “Graças à formação que temos e que proporcionamos aos nossos colaboradores, somos capazes de abraçar novos desafios” MERCADO DE ATUAÇÃO Contrariamente a muitas empresas que atuam no setor dos moldes, a Hexatool não faz exportação, mas sim importação das ferramentas que são necessárias para as empresas portuguesas fabricantes de moldes e para as metalomecânicas. De acordo com Adelino Gaspar, administrador da empresa: “Trabalhamos exclusi- vamente com empresas nacionais e cobrimos o país de Norte a Sul com uma equipa de técnicos qualificados”. A par disto, a Hexatool é representante exclusiva em Portugal de algumas marcas de ferramentas de corte, óleos solúveis e sistemas de fixação, nomeadamente, “a Dc Swiss, Rego-Fix e Triag que são três marcas suiças, a Krebs & Riedel e a Oemeta, marcas alemãs, a Showa, marca Japonesa e a TaeguTec, marca Coreana, que é uma das principais produtoras de metal duro a nível mundial”. FUTURO Com 13 anos de existência, sempre com produtos de alta qualidade, é considerada uma empresa de referência no mercado nacional, o administrador desta empresa refere à revista Portugal Inovador que o futuro passa por: “Dar continuidade àquilo que iniciámos há 13 anos e ampliar ainda mais a nossa gama de produtos. O nosso grande objetivo é melhorar sempre a qualidade, o serviço e o crescimento”. l Casal Galego ■ 2430-070 Marinha Grande Telefone: 244 550 424/5 ■ Fax.: 244 550 426 E-mail: [email protected] www.hexatool.com Portugal Inovador OS DESAFIOS ELEVAM-SE, OS SUCESSOS REPETEM-SE. VISITE-NOS NA MOLDPLÁS E TECNA 7-10 de maio na EXPOSALÃO BATALHA 74 I Abril Portugal Inovador “Acredito nos meus sonhos” EPOXYTECH, empresa criada recentemente, sediada na Marinha Grande, está vocacionada para o revestimento de pavimentos industriais/decorativos em resinas – epoxy. Na EPOXYTECH todas as especificações técnicas de cada produto são cumpridas e realizadas por aplicadores experientes e profissionais “Renovamos qualquer espaço – habitações, estabelecimentos comercias, escritórios, clínicas, ginásios, indústrias, entre outros, garantindo qualidade e eficiência no serviço prestado, tendo sempre em conta a satisfação total do cliente. Desenvolvemos soluções inovadoras em vários tipos de pavimento: pavimento autonivelante; pavimento antiderrapante/ multicamadas; impermeabilização; pavimento de pintura em epoxy”. O gerente e responsável pala empresa, Marco silva sublinhou ainda, em conversa com a revista Portugal Inovador, que o “brio e gosto” foram motivos preponde- rantes que o levaram a enveredar por esta área. Todavia, o know-how adquirido a priori da criação do seu próprio negócio foi fundamental: “Trabalhei durante 12 anos numa empresa do ramo e quis começar a incutir esta técnica no setor imobiliário. Abri a minha própria loja, onde coloquei um showroom. Após três anos, mudámos de instalações fazendo sempre questão de manter a mesma equipa”, revelou. Marco Silva afiançou que a concorrência “é algo fácil de lidar”, desta forma, garante: “O futuro da EPOXYTECH passa por viver um dia de cada vez, sempre acreditando nos meus sonhos”. Marco Silva traça boas perspetivas: “Com certeza que este ano será de crescimento para nós”. l Abril I 75 Portugal Inovador Soldadura sublime A empresa Paulino, Lda presta serviços de soldaduras técnicas para moldes. Fundada em 1994, em Maceira, utiliza a soldadura TIG e laser para dar um toque de classe ao molde. Paulino Oliveira fundou a Paulino, Lda em 1994, mas a história no mundo dos moldes começou a ser contada muito antes: “Praticamente toda a minha vida foi dedicada à soldadura. Tive oito anos ligado ao fabrico de moldes. Após essa atividade, dediquei-me exclusivamente à soldadura. Aproveitei a experiência na indústria de moldes e abri o meu próprio negócio“, explica o nosso entrevistado. Atualmente, a empresa dedica-se a soldar a laser e TIG, mas nem sempre foi assim: “Temos soldadura TIG e laser. No início, começámos pelo TIG e, em 2002, quando surgiu o laser, lançamo-nos com esse tipo de soldadura. Há trabalhos específicos com o TIG e outros com o laser. Em relação ao laser, apesar de serem soldados moldes de todas as dimensões, 76 I Abril é um tipo de soldadura destinada a trabalhos mais ao pormenor, enquanto que o TIG se direciona para o enchimento do próprio molde, com mais quantidade de solda”, refere o gerente. 99% do trabalho da empresa dedica-se à indústria dos moldes para plásticos, sendo o ramo automóvel o principal destino. Há também o tratamento de moldes para brinquedos, por exemplo. Os seus clientes são empresas sediadas entre Aveiro e Setúbal. Para que o trabalho tenha o máximo rendimento possível, são utilizados equipamentos de alta tecnologia, dando uma maior rentabilidade e eficiência a todo o processo. Na Paulino, Lda são três os colaboradores, exclusivamente, responsáveis pela soldadura e todos os funcionários têm acesso a formação constante. Paulino Oliveira e a sua esposa Fátima Oliveira, dedicam-se à parte administrativa, sendo que Paulino Oliveira passa praticamente todo o tempo a fazer trabalho de soldadura. Os anos foram passando e a empresa foi crescendo, “durante todos estes anos, foram sempre aparecendo novos desafios. Tem existido muito trabalho, dedicação e esforço. Para chegarmos a este patamar foi necessário muito espírito de sacrifício e houve alturas em que trabalhávamos entre 13 a 14 horas por dia, sete dias por semana”, confessa o nosso entrevistado. “No futuro, continuaremos a estar atentos à evolução desta indústria, investiremos com cautela no momento oportuno. A empresa tem evoluído muito e esperamos que esse percurso continue”, conclui Paulino Oliveira. l Portugal Inovador Empenho e dedicação Em 2001, Susana Marques decidiu expandir o seu conhecimento para outros ramos profissionais e optou pela mediação imobiliária. Juntamente com Alberto Matias, criou a Remax Empenho, uma agência de referência na Marinha Grande. Como uma das pioneiras da marca Remax, Susana Marques preocupou-se em estudar o melhor caminho a seguir para abrir a sua própria loja e hoje afirma: “É gratificante reconhecerem o nosso bom trabalho. Queremos sempre melhorar, daí continuarmos numa perspetiva de expansão, sempre com muita responsabilidade, para podermos dar o máximo serviço a todos aqueles que nos procuram”, explica. SERVIÇO Cinco Estrelas Atualmente, são 13 os colaboradores da Remax Empenho que trabalham em conjunto para elaborar um trabalho profissional que facilite a vida de quem os procura. “Queremos um cliente que deposite a sua confiança em nós para toda a vida e por isso, o nosso esforço de equipa centra-se na tranquilização do cliente e na criação de uma relação que nos permita compreender exatamente o que o cliente necessita e procura”, elucida Alberto Matias, gerente. A zona de Leiria é estrategicamente correta para a aquisição de um imóvel, devido ao seu preço acessível, acessos e localização privilegiada. Clientes de todas as zonas escolhem a Marinha Grande para viver ou adquirem aqui uma segunda habitação. Formação Para além da formação institucional da rede, a loja aposta na formação local com ações, iniciais e avançadas, gratuitas. “Exigimos aos nossos comerciais um bom serviço desde o primeiro contacto até ao pós-venda”, indica. O serviço de pós-venda e acompanhamento é uma das maiores preocupações da Remax Empenho. A formação contínua ao longo do ano contribuiu para que tenham adquirido fortes qualificações no ranking nacional, tanto como loja ou comerciais individuais. “Temos muito orgulho nos vários prémios com que a Remax Portugal nos agraciou, mas nenhum vale tanto como o reconhecimento dos nossos clientes”, acrescenta a sócia-gerente da Empenho. “E não podemos deixar passar esta oportunidade sem agradecer a ambos, aos nossos prezados clientes e à nossa equipa de comerciais. Continuaremos a trabalhar no sentido da qualidade do serviço que prestamos”, completa Alberto Matias. l Abril I 77 Portugal Inovador O seu projeto ao cubo A fotografia, o design de comunicação e o webdesign são as três vertentes de trabalho da Ao Cubo. Com profissionais dotados das melhores capacidades criativas, esta empresa tem proporcionado soluções personalizadas aos seus clientes. A formação em informática e a paixão pela fotografia estão na génese do projeto Ao Cubo. Paulo Zenha, gerente da empresa, teve o objetivo de conciliar fotografia, webdesign e design de comunicação de forma a garantir aos clientes um serviço multifacetado: “Tenho formação em informática, sempre fui apaixonado pela fotografia, como tal, aproveitei para conjugar as duas vertentes. O webdesign está relacionado com a informática, a fotografia vai ao encontro da paixão que tenho e o design de comunicação também é algo que me interessa, apesar de, neste momento, ter colegas que estão mais vocacionados nessa área. O que me dá mais gozo fazer é a fotografia. Neste momento, estou a especializar-me em fotografia de produto, mas também gosto muito de fotografia de moda”, explica Paulo Zenha. “A ideia era impulsionar uma empresa, eleva-la, daí o surgimento deste nome”, acrescenta. Neste primeiro ano de existência, já muito foi elaborado e o crescimento do Ao Cubo é uma evidência. Para o desenvolvimento de todo o trabalho, há a necessidade de respeitar uma série de critérios que colocam a empresa num patamar elevado de qualidade e empreendedorismo: “Antes de fazermos qualquer tipo de trabalho, realizamos um estudo de mercado para analisarmos como a concorrência comunica. Inspiramo-nos na melhor Rua Coronel Artur de Paiva, n.º 21, Rch 2400 Leiria Telefone: 244 208 617 E-mail: [email protected] Site: www.aocubo.pt 78 I Abril forma do nosso cliente comunicar. Os clientes têm que nos dar todas as informações necessárias, tem de existir uma constante interação entre nós e o cliente”, salienta o nosso entrevistado. Paulo Zenha e mais seis colaboradores fazem dos seus projetos autênticas obras de arte. O catálogo da marca de roupa TH Clothes e um serviço de fotografia para o cantor David Fonseca, são alguns dos exemplos onde está espelhada toda a criatividade do Ao Cubo. Neste momento, esta empresa está a fazer o tratamento da imagem de uma empresa de comercialização de cogumelos, a SousaCamp. O produto nacional é a essência do trabalho do Ao Cubo: “Neste momento, o nosso trabalho é feito apenas a nível nacional. Em termos criativos, somos um país riquíssimo com muita matéria para nos inspirarmos e com profissionais excelentes”, enaltece Paulo Zenha. O feedback das pessoas tem sido positivo e, para o futuro, “continuar a desenvolver um bom trabalho dentro dos nossos padrões de qualidade e profissionalismo, e sobretudo continuar a ter paixão por aquilo que vamos criando”, é o mote dado pela empresa. l Portugal Inovador Parceiros gráficos na Indústria dos Moldes Com 13 anos de existência a Parcigraf é uma empresa que começou por se dedicar às artes gráficas e publicidade. Em 2005, tudo mudou passando a apostar na criação de soluções para a indústria, que hoje representa cerca de 70% do seu negócio. Fundada em Leira, em 2001, a Parcigraf desde sempre mostrou uma grande capacidade de responder às necessidades dos seus clientes, de inovar e de apostar nas tecnologias. A versatilidade e a tecnologia de ponta são os fatores chave desta empresa. Inicialmente, começou por produzir brindes, carimbos e material de sinalética, mas o facto de estarem numa região onde a indústria é um dos principais setores de atividade, fez com que começasse a investir neste negócio. “Em 2005, mudámos de instalações para podermos trabalhar melhor com aquilo que nos era solicitado. Hoje em dia, fazemos trabalho de gravação e corte a laser, quer em materiais orgânicos ou metálicos e marcação técnica em peças de aço ou plástico para a indústria dos moldes”, refere Pedro Silva, proprietário desta empresa. O facto de nos últimos anos a indústria dos moldes ter evoluído e ter apostado nas novas tecnologias e na inovação, permitiu que a Parcigraf acompanhasse esse crescimento. Desde o início deste ano que a empresa possui um equipamento de ponta na área de marcação e gravação laser em profundidade permitindo aumentar a capacidade de resposta relativamente à indústria dos moldes, a grande aposta da Parcigraf. “Gostamos de acompanhar o crescimento da indústria e, ao mesmo tempo, queremos lançar algumas tendências no mercado, conforme já o fizemos anteriormente. O objetivo é apostar, constantemente, nas novas tecnologias para sermos uma referência na área”, refere Pedro Silva. Neste momento, cerca de 70% do trabalho da Parcigraf centra-se na indústria dos moldes e a maioria dos clientes são empresas. A atuar apenas no mercado interno, esta empresa conta com colaboradores experientes, todos eles com um grande know-how: “O que permite sermos bons naquilo que fazemos e garantir rapidez e eficácia na resposta ao cliente”, assegura o proprietário. O futuro da Parcigraf passa por dar continuidade ao trabalho que tem sido feito até aqui e “pela constante aposta na inovação e nas tecnologias. A abertura a novos mercados é um dos desejos para este ano”, conclui. l Serviços da Parcigraf: • Corte Laser • Marcação a Laser • Gravação a Laser • Sinalética • Decoração • Carimbos Abril I 79 Portugal Inovador Qualidade “plastificada” A Espaçoplás, sediada na Marinha Grande, tem sido um ponto de referência no fabrico de embalagens desde 2001, sendo reconhecida pelo seu trabalho de desenvolvimento de novas soluções, trabalhando com grandes marcas nacionais. Falámos com Carlos Silva e Gonçalo Marques, diretores geral e de produção da Espaçoplás, respetivamente, sobre a criação da unidade e os serviços que oferece. A empresa, que produz os seus próprios moldes, dedica-se à produção de embalagens plásticas para clientes das áreas alimentar, farmacêutica e química, entre outras. “Alguns moldes fazemos exclusivamente para certos clientes e, nesse caso, recebemos o desenho da embalagem já pré-definida. Outros planos requerem a nossa colaboração para criar algo de raíz, dando espaço à nossa equipa de design para desenvolver um conceito diferente que depois, e tal como acontece em todos os projetos, passa para o aço, com a execução do molde, e para a produção através dos métodos de injeção, insuflação e injeção-sopro, 80 I Abril consoante o material em causa”, explica Carlos Silva. A Espaçoplás é uma das empresas de referência neste ramo, especialmente quando se trata de criar novos produtos, de qualidade e a preços competitivos. No portfólio da empresa constam marcas como a Delta Cafés, Continente, Pingo Doce, Savora e Fula, mas também cooperativas de vinho e de azeite de vários pontos do país. Os ramos alimentar e farmacêutico representam 70% da produção da Espaçoplás. No que se refere à exportação, esta representa 7% das vendas diretas para países como Espanha, França, Holanda e Inglaterra, sendo que 23% da produção é indiretamente exportada através dos seus clientes. “O nosso objetivo, a curto/médio prazo, é aumentar a exportação, contudo há algumas dificuldades neste campo tendo em conta o volume das embalagens, que encarece o transporte”, refere Gonçalo Marques. A preocupação da Espaçoplás passa por manter a proximidade ao cliente através do acompanhamento regular e da apresentação de novas soluções a preços competitivos. A inovação no processo produtivo e no design são também pontos que contribuem para a expansão num futuro próximo. Esta relação com o cliente passa pela confiança que este deposita no trabalho da Espaçoplás e pelo cuidado e rapidez de resposta que garantem. A Espaçoplás integra formação em contexto de trabalho para os seus funcionários, fornecida internamente com especialistas no ramo de embalagem. Em jeito de conclusão, Carlos Silva realça que esta empresa foi pioneira na produção de garrafões de plástico de cinco litros para vinho. l Portugal Inovador Aqui a sua empresa está bem entregue! A IDD.NET surgiu em 2011, dentro da IDD (Incubadora D. Dinis), pertencente a Leiria. Este projeto visa transmitir o valor do trabalho da incubadora, bem como as suas competências e a forma como pode ser útil para as empresas. Falar no projeto IDD.NET, é falar de inovação. Numa altura em que existe uma grande competitividade empresarial e em que a produtividade das empresas é um objetivo premente, faz todo o sentido a existência destes projetos que colaboram para que o sucesso das empresas seja mais fácil de alcançar. Isabel Marto e Cristina Barros são as responsáveis por este projeto e por todo este elo de ligação empresarial resultante do IDD.NET. Segundo Isabel Marto: “Fomentamos novas ideias, o que permite acelerar a geração e a validação dos produtos e serviços de determinadas empresas, tornando-as mais inovadoras”. Cristina Barros, acrescenta a necessidade da elaboração de um trabalho em rede: “Este projeto tem a missão de colocar as pessoas em contacto. Aqui gera-se um ecossistema de rede, capaz de apoiar, incentivar e promover a criação de equipas de trabalho”. Para além de Isabel Marto e Cristina Barros, a equipa da IDD.NET conta com mais dois colaboradores. Estas quatro pessoas executam um trabalho importantíssimo com as empresas e para tal, é necessária muita experiência assim como o estabelecimento de algumas parcerias. Os parceiros são variados e as áreas de atuação são igualmente extensas. Por entre todos os parceiros associados à IDD.NET, a Indústria de Moldes, está bem representada, existindo o objetivo de alargá-la. O Grupo LN Moldes e as relações privilegiadas com a CEFAMOL, o CENTIMFE e a Open, fazem com que este projeto consiga andar de mãos dadas com um dos setores da indústria mais importantes do nosso país. Para além destas parcerias ao nível da indústria de moldes, existem também parceiros noutros setores, entre os quais se destacam, o Grupo Delta Cafés e o Grupo Incentea. Entre vários grupos de trabalho, destacamos a existência, no âmbito informático, de cerca de 60 peritos, ligados à incubadora, que juntamente com os que integram o centro de formação de informática do Instituto Politécnico de Leiria (60), formam um núcleo de conhecimento precioso, capaz de apresentar soluções sustentadas face aos problemas expostos pelas empresas. A partilha, o desafio e a criação constante, são as melhores formas de caracterizar este projeto que tem vindo a evoluir de uma forma bastante aceitável. Já muito foi feito, mas ainda existe muito para se fazer no futuro e a receita parece ser simples: “Colocar a rede em contacto ainda com mais eficácia. Continuar a criar negócio e mercado sendo a interface, o elo de ligação perfeito com as empresas que estiveram interessadas nas nossas ideias inovadoras”, salienta Cristina Barros. “Acho que é um potencial que muitas pessoas não conhecem e devemos continuar a comunicar e a mostrar ao país, estes bons exemplos”, finaliza Isabel Marto. l Abril I 81 Portugal Inovador Dar potência à indústria Situada na Maceira, no concelho de Leiria, a STARMILL é uma empresa que se dedica à comercialização e assistência técnica de máquinas para a indústria metalomecânica e principalmente dos moldes. Em conversa com a Portugal Inovador, André Elói, diretor geral, revelou as razões que levaram à criação da empresa, contextualizando historicamente: “O nosso ano de fundação foi em 2003 após o encerramento de uma outra empresa onde trabalhava. Com uma vasta experiência adquirida junto de conceituados fabricantes internacionais e um continuado know-how, a atividade principal era a assistência técnica especializada, principalmente a electro erosão e centros de maquinação. Todavia e apesar da recessão da época, também comercializávamos máquinas novas a empresas do setor”. Posteriormente, André Elói abordou as alterações que ocorreram: “As máquinas usadas de ocasião surgiram mais tarde. Com o estalar da crise e o investimento ponderado, começou a procurar-se 82 I Abril qualidade a um preço acessível. Como eramos especializados na reparação de máquinas, apercebemo-nos da procura de máquinas recentes de marcas conceituadas e fabricação Europeia ou Japonesa. Com as muitas falências na Europa, foi-nos fácil fornecer soluções de maquinas com especificações técnicas de qualidade superior, precisão e rentabilidade, uma mais valia face a maquinas novas de fabrico provenientes da Asia já que o preço ditava o mercado”. Apoiada por uma equipa de sete colaboradores com “grande especialização técnica”, a STARMILL presta uma panóplia de serviços, entre os quais, meios de diagnóstico e reparação, na mecânica, eletrónica, eletricidade, automação, instalação de máquinas novas e usadas, dispondo de meios de movimentação e equipamento de aferição. André Elói frisou que a empresa “não se limita a receber uma máquina usada, retocar e entregar ao cliente”, mas sim “proceder ao diagnóstico, verificação técnica e reparação necessária de modo a garantir a mesma precisão e especto de quando era nova. Estamos em condições de prestação de apoio técnico após o negócio”, apesar da evolução da tecnologia e inovação que algumas máquinas apresentam, atualmente, garante: “Estamos preparados”. Mantendo parcerias de distribuição com marcas de referência, como a Hardinge BRIDGEPORT e OPS-INGERSOLL com soluções de automação, a STARMILL carateriza-se pelo “know-how na assistência, facilidade e rapidez na reparação e todo o stock existente, estando permanentemente disponíveis de modo a que o cliente tenha o menor tempo possível as maquinas paradas”, “tempo é dinheiro, mas mais importante são os prazos cada vez menores no fabrico de moldes”. A STARMILL ocupa uma posição fundamental na área dos moldes, enquadrando-se objetivamente “nos grandes pólos deste mercado, como Marinha Grande Leiria e Oliveira de Azeméis”. Além da assistência técnica, os profissionais da empresa deslocam-se e fornecem formação aos seus clientes para que “tirem todo o proveito das suas máquinas”. Implementados numa área que “sofreu um crescimento exponencial nos últimos anos”, André Elói traçando as suas perspetivas de futuro afirmou: “O mercado das máquinas novas e usadas cruzam-se apesar de distintos mas o importante é ter a solução. Pretendemos crescer, tendo planos de aumento da nossa capacidade de fornecimento”. l Portugal Inovador EM STOCK DISPOMOS SEMPRE GRANDE VARIEDADE DE MÁQUINAS USADAS/OCASIÃO André Eloi Estrada dos Guilhermes 9500 - Cerca Telemovel: 936 604 181 2405-012 Maceira - Leiria Email: [email protected] Tel/Fax: 244 503 408 | Email: [email protected] WWW.STARMILL.PT Abril I 83 Portugal Inovador Projetar, desenvolver e criar A Cadmold atua, há mais de 20 anos, como gabinete técnico direcionado ao projeto e desenvolvimento de moldes para a indústria de plásticos, enquadrando-se na área das engenharias. Com as suas infraestruturas situadas na Maceira, freguesia do concelho de Leiria, a empresa leiriense primou pela inovação aquando da sua própria criação: “Surgimos como gabinete de desenho e projecto de moldes para a indústria de plásticos, virada exclusivamente para a utilização do Cad-Cam como ferramenta de trabalho. Na altura, existia um vazio nesse tipo de mercado, pois a utilização de computadores no desenvolvimento de projectos de moldes estava a dar os primeiros passos em Portugal”, iniciou Emidio Edra, um dos responsáveis pela Cadmold. Atualmente, a empresa beneficia de um reconhecimento 84 I Abril ímpar graças a todo o trabalho desenvolvido nos últimos anos: “Somos uma empresa acreditada pelo IPAC cumprindo as requisitos da norma ISO 9001. É um fator que comprova toda a nossa eficiência e profissionalismo.” Leonel Calças fez questão de acrescentar: “Temos um importante papel neste setor do qual fazemos parte, apostando largamente na satisfação do cliente”. Contando com uma equipa de 11 colaboradores com “larga experiência e know-how necessário”, as valências da Cadmold passam pela “utilização de softwares de ultima geração, no cumprimento de prazos e pelo suporte à produção ”, atuando, essencialmente, na Marinha Grande, um dos maiores pólos industriais do setor. Em relação à cooperação internacional, a Cadmold mantém várias parcerias com empresas europeias: “Temos feito trabalhos de projeção, desenvolvimento e produção de peças e moldes para a indústria relojoeira”, frisou Fernando Ribeiro. Os responsáveis do gabinete foram esclarecedores quanto aos objetivos traçados previamente pela administração: “Estamos convictos que vamos crescer, queremos melhorar ainda mais na nossa qualidade de trabalho, apostando sempre na formação e na inovação”, afiançaram. l Portugal Inovador O Rei do Caracol Mais de 2 mil toneladas de caracóis são distribuídas, por parte do Grupo Francisconde, provenientes de Marrocos. O apetite pelo caracol, mais notado no Centro do país, é correspondido pela venda em 11 estabelecimentos deste que é o maior importador português destes gastrópodes. Falámos com o célebre Francisco Caetano, denominado o Rei do Caracol, que nos explicou um pouco mais sobre a formação do Grupo Francisconde, em 1991, e as suas subsidiárias. “Temos perto de 80 trabalhadores empregados pelo Grupo e esse número poderá aumentar com a criação de novos espaços”, explica o fundador. O Grupo Francisconde é constituído por quatro subsidiárias: Marrocos, Transportes, Import/ Export e Francisconde II, que inclui 11 lojas de venda ao público. Nos últimos anos, a preferência por caracóis tem-se refletido no valor de venda em cafés e restaurantes na Margem Sul e arredores. Francisco Caetano comercializa caracóis desde 1978, um produto lucrativo que tem como único inconveniente o facto de só estar disponível entre a primavera e o verão. Esta empresa de referência elabora todo o processo de comércio de caracóis desde a origem até ao consumidor final, de Vila Real de Santo António até Viana do Castelo. “Notamos a falta de sensibilização dos nortenhos para o consumo do caracol, mas a venda deste produto tem vindo a evoluir bastante no Norte do país”, completa o fundador. “Distribuimos perto de duas mil toneladas de caracóis por ano, para todo o país, através da subsidiária de transportes”, conclui Francisco Caetano. Estes valores corroboram o facto do Grupo Francisconde ter crescido vertiginosamente e ser, atualmente, o principal Grupo de comércio de caracóis vivo e selvagens que distribui em Portugal. l Lojas: Armazém – Estrada São Gonçalo Lote 116, São Simão - 2925-240 Brejos de Azeitão / Telf: 212 190 876 Amora – Estrada Foros de Amora 214 – 2845-220 Amora / Telf: 212 251 779 Barreiro – Rua Calouste Gulbenkian 113, Alto Seixalinho – 2830-046 Barreiro / Telf: 212 165 487 Bar Caracol – Rua José Joaquim Marques 237/239 – 2870-348 Montijo / Telf: 212 321 606 Montijo – Rua José Joaquim Marques 229 E – 2870-348 Montijo / Telf: 212 320 015 Nacional 10 – Rua João Vaz 94, Chiolo norte – 2925-651 Brejos de Azeitão / Telf: 211 819 235 Quinta Conde – Rua Gregório Lopes, Lote 1155, Quinta do Conde 1 – 2975-277 Telf: 212 102 982 Setúbal – Av. Bento Gonçalves, Lote 2, Loja 6-B – 2910-431 Setúbal / Telf: 265 534 627 Torre Marinha – Rua Sá de Miranda, Lote 7, Loja 2-A – 2840-348 Torre da Marinha / Telf: 212 222 834 Sete Rios – Rua Campolide 370 B/C, Edifício Monsanto Residence – São Sebastião da Pedreira – 1070040 Lisboa / Telf: 217 270 928 MARL – Pavilhão 1 Abril I 85 Portugal Inovador A arte da ourivesaria Fundada em 1995, a ourivesaria Alma de Ouro possui um vasto stock de objetos de ourivesaria e joalharia sendo uma referência a nível nacional. À frente desta ourivesaria está Paulo Martinho, também presidente da Associação dos Comerciantes de Ourivesaria e Relojoaria do Sul. A arte da ourivesaria é algo que se aprende com muita dedicação e, dada a sua complexidade, só com o tempo pode ser aperfeiçoada. Podemos levá-la connosco sem esforço nenhum, contempla-nos, define-nos e fala por nós. A admiração por esta arte, seja ela tradicional ou moderna, e a constante procura pelas novas tendências foi o que levou Paulo Martinho a criar a Alma de Ouro. Licenciado em Engenharia de Produção Industrial e oriundo da região dos ourives, o nosso entrevistado afirma: “Por volta de 1989, eu e a minha mulher começámos por ser vendedores ambulantes. Posteriormente, após uma fase de crescimento, passámos a armazenistas e, em 1995, abrimos a Alma de Ouro”. Durante os primeiros anos de atividade a Alma de Ouro foi somente armazenista de ourivesaria: “Nessa altura, comprávamos, colocávamos na montra e 99% das peças eram vendidas”. Posteriormente, o proprietário da empresa decidiu acumular essa função juntamente com a de comércio a retalho e revenda de artigos em segunda mão e, para que esta missão se realizasse, abriram uma loja em Almada em 2001. Atualmente, “compramos e vendemos ouro 86 I Abril e prata usados. A par disto, reciclamos metais precisosos para, posteriormente, serem vendidos a compradores e refinarias internacionais”, acrescenta. Com lojas nos diversos pontos do país, desde o Pombal até à Grândola, mas a trabalhar com maior incidência na região de Setúbal, a Alma de Ouro conta com mais de 20 colaborados: “O que me enche a alma é poder ajudar as pessoas que precisam, porque quando abri a loja em Almada, foram muitas as pessoas que me procuraram a pedir emprego. Na altura, acabamos por ceder a nossa imagem a colaboradores nossos, mas sempre com o compromisso de sermos nós a comprar os artigos. Todas essas pessoas têm formação e passam pelo menos um mês aqui para poderem perceber como o negócio funciona”, refere Paulo Martinho. “A diferença entre uma ourivesaria se manter aberta ou fechar, passa pela alteração do regulamento” Alteração do regulamento Enquanto presidente da ACORS – Associação de Co- Portugal Inovador merciantes de Ourivesaria e Relojoaria do Sul, Paulo Martinho defende que o regulamento do setor deve ser alterado, pois para além de ser limitativo para os comerciantes, tem fundamentos que já não se aplicam aos dias de hoje. “Em 20 anos, as circunstâncias alteraram-se e o conceito de joia não passa “O que no fundo nós queríamos era uma legislação conjunta que atravessasse transversalmente a ourivesaria, desde os ensaiadores fundidores, os fabricantes, os retalhistas, os corretores, os armazenistas e as casas de penhores” apenas pelos metais preciosos. Hoje em dia, já há peças de madeira, cortiça e mesmo de metais pobres que são consideradas joias e o regulamento é extremamente limitativo no que diz respeito à incorporação de metais pobres na ourivesaria, o que não faz sentido. A diferença entre uma ourivesaria se manter aberta ou fechar, passa pela alteração do regulamento”. Para o nosso entrevistado, que também sente as limitações deste regulamento, deveriam existir dois pontos obrigatórios, nomeadamente a formação dos profissionais que estão à frente das casas de penhores e ter o registo criminal limpo, livre de crimes contra a honra. “Para ser retalhista, deveriam exigir a mesma formação que se exige aos fabricantes de ourivesaria: ter sete anos de descontos na área e ao fim desse tempo realizar o curso na Casa da Moeda. O que no fundo queríamos era uma legislação conjunta que atravessasse transversalmente a ourivesaria, desde os ensaiadores fundidores, os fabricantes, os retalhistas, os corretores, os armazenistas e as casas de penhores”, salienta o proprietário da Alma de Ouro. Para o futuro, Paulo Martinho apenas tem dois desejos: “Manter os postos de trabalho dos meus colaboradores e continuar a fazer de tudo para alertar os nossos governantes de que o regulamento tem de ser alterado, para o bem da ourivesaria portuguesa que é um dos maiores bens que o nosso país tem”, conclui. l Abril I 87 Portugal Inovador “O nosso trabalho é a nossa maior publicidade” Com mais de 60 anos de existência, a Agência Funerária de Loures é uma referência em Loures e na Grande Lisboa. Liderada por Paulo Almeida esta é uma empresa que prima pelo profissionalismo e pela competência do serviço prestado. Desde há muito tempo que o negócio das agências funerárias é visto como um trabalho prestigioso e de referência. Fundada em 1951 em Loures, esta empresa foi adquirida por Alcindo Almeida, em 1974, e desde então tem vindo a modernizar a agência, tanto em equipamento 88 I Abril automóvel, como funerário. No ramo há mais de 20 anos, Paulo Almeida, filho do proprietário deste espaço, mantém a filosofia de trabalho imposta pelo pai. “Tentamos inovar sempre que possível, dentro dos nossos limites, procurando encontrar novidades e proporcionar aos nossos clientes o melhor ambiente possível”, esclarece. A atuar não apenas no concelho de Loures, mas também na Grande Lisboa, Cascais e Sintra, a Agência Funerária de Loures distingue-se no mercado pelo profissionalismo e pelo serviço que presta aos clientes. De acordo com o nosso entrevistado: “O mais importante e o que nos distingue é o contacto com as pessoas e o acompanhamento direto durante todo o processo. O facto de sermos nós a lidar diretamente com a pessoa é fundamental. É muito importante quando os clientes ficam agradados, porque para além do nosso trabalho, a sua satisfação é a nossa melhor publicidade”. A par disto, o facto de assumirem a responsabilidade pelo tratamento de todo o processo, incluindo a parte burocrática, faz com que as pessoas tenham confiança no serviço que é prestado por esta agência. Com seis funcionários e três agências abertas - em Loures, Bucelas e Flamenga -, esta empresa dispõe de um conjunto de valências, onde se destacam os diversos serviços funerários, florista e cremação, sendo que, para Paulo Almeida, esta última tem sido uma opção que tem aumentado nos últimos anos. “A cremação de há 10 anos para cá tem tido uma procura muito grande e aqui, na área urbana de Lisboa já ronda os 50%. Isto acontece, porque há mais oferta de locais onde se possam fazer cremações e também Portugal Inovador tem-se verificado uma gradual mudança de mentalidade das pessoas”, refere o nosso entrevistado. Salienta ainda que, este aumento das cremações também se deve ao facto de a sociedade portuguesa estar a perder o culto de ir ao cemitério. A completar 63 anos de existência e com um percurso de excelência, o grande projeto de futuro da Agência Funerária de Loures passa por criar novas instalações com salas próprias para a realização de velórios. “Ainda este ano, queremos ar- rancar o projeto de um centro funerário moderno, por forma a dar abertura e possibilidade de escolha aos nossos clientes. Continuar a inovar e a manter os clientes satisfeitos é uma prioridade”, conclui Paulo Almeida. l Abril I 89 Portugal Inovador “Não existe falta de qualidade em Portugal!” Victor Fernandes decidiu manter as suas raízes em Quinta do Anjo e comprometeu-se a apresentar produtos com a mais elevada qualidade, através da sua marca de Queijos Artesanais. A Portugal Inovador teve a oportunidade única de entrevistar a segunda geração deste negócio, representada por Rúben Fernandes. A Victor Fernandes Queijaria surgiu da grande paixão do seu fundador por ovelhas e queijo. Tendo aberto em 1988, conserva ainda hoje uma relação com clientes que conhecem há mais de 25 anos. O negócio foi criado por Victor Fernandes e a sua esposa, que sempre tentaram manter o tradicionalismo nas técnicas de produção. “Fomos desenvolvendo e crescendo para que conseguíssemos oferecer um produto de excelente qualidade. Para além do nosso produto de destaque ser o queijo de Azeitão (D.O.P. – denominação de origem protegida), produzimos também queijo de ovelha curado, queijo fresco de ovelha, requeijão de ovelha e o ex-líbris desta queijaria, a manteiga de ovelha, que provém do soro do leite do queijo de Prémios Para além de serem PME Líder, venceram também no mais conceituado concurso mundial de queijos World Cheese Awards 2013 com o queijo de azeitão. Em Portugal no concurso nacional Melhor Queijo 2013, conseguiram uma menção honrosa no Queijo de Ovelha Curado e obtiveram o 1º lugar com o requeijão de ovelha. 90 I Abril Azeitão”, refere Rúben Fernandes. As raízes desta marca surgiram pela aprendizagem de Victor Fernandes com o queijeiro Alfredo “Migalheiro”, da Quinta Velha, que impulsionou a escolha da produção de Queijo de Azeitão. Com condições geográficas perfeitamente propícias, a família começou a comercializar o seu queijo nas pequenas charcutarias e, com um impulso enorme no mercado, produz agora para todas as grandes superfícies. Além fronteiras “O nosso principal interesse neste momento é a exportação: temos muitos clientes em Portugal e, exportamos para Macau, França e Angola, mas pretendemos alargar os nossos horizontes na distribuição fora de portas. Além de termos mais rentabilidade, podemos demonstrar ao mundo este produto especial característico de Portugal”, elucida o gerente. Trabalham com o mercado tradicional e fazem distribuição pela região da Margem Sul, Lisboa, Cascais e Estoril. Distribuem também para restaurantes e charcutarias no Norte do país, clientes que fizeram esta Queijaria crescer e ganhar a sua reputação em Portugal. Em jeito de conclusão, Rúben Fernandes afirma que “Portugal não tem falta de qualidade, mas sim de quantidade de produção, e cada vez mais o stock não é uma opção. Por outro lado, quando a exportação se torna uma hipótese, devemos pensar no aumento da produção para corresponder a potenciais pedidos de grande volume”. l www.solarpalmeiras.com I Portugal Inovador Hotel Solar Palmeiras**** O Hotel de Charme Solar Palmeiras, outrora mansão senhorial residência da Condessa de Cuba, fica Localizado na Avenida marginal, Curva dos Pinheiros, em Paço D’Arcos, com uma vista magnífica sobre o rio Tejo a 15km de Lisboa e de Cascais, a 20km do Aeroporto internacional Lisboa e a 500m da Estação de Comboios (Caxias). O Alojamento deste Hotel é composto por 34 Suites, todas insonorizadas e equipadas com mini bar, Tv por cabo, ar condicionado, telefone de linha directa, cofre individual gratuito, acesso à internet Wireless e casa de banho completa com secador de cabelo. Todos os hóspedes do Hotel têm acesso à piscina exterior do Solar rodeada por um Avenida marginal, Curva dos Pinheiros, 2780-749 Paço D’Arcos i Tel.: 21 446 8300 2 I Fevereiro jardim com palmeiras e podendo também relaxar na esplanada que se encontra equipada com mesas, cadeiras e um bar de apoio e disfrutar de uma soberba paisagem abrangendo a parte ribeirinha de Lisboa e o estuário do Tejo, com o seu Farol e Fortalezas. Quem vem em negócios, pode juntar o útil ao agradável e usufruir de uma Sala de reunião muito aprazível, com luz natural e capacidade máxima para 40 pessoas. O Restaurante Claro! serve cozinha clássica e criativa, com influências de vários países e culturas e alia sólidos conhecimentos às melhores tradições da culinária portuguesa, conciliando a gastronomia com o vinho. I Portugal Inovador Refúgio no meio da tradição Implantada em Vila Franca da Serra, no concelho de Gouveia, a Quinta do Lagar da Moira é um espaço repleto de história, difundida entre o seu próprio museu e um característico alojamento rural. A Quinta do Lagar da Moira é uma unidade de turismo rural com uma componente museológica integrada numa propriedade agrícola de grande riqueza hídrica e com uma extensão de 25 hectares. Dispõe de quatro quartos e mantém a sala de produção de azeite totalmente equipada. A recuperação deste espaço é uma homenagem prestada a Mário Gomes Figueira pela família, sua viúva, suas três filhas e netos, e às populações desta região. Elisa Figueira caracterizou seu Pai como sendo um ”médico rural, ambientalista e extremamente culto em várias áreas do saber.” E continuou afirmando que: “Todo este espaço era um lagar de azeite que começou a funcionar no início do século XX, laborando até 1989. A partir de 1953, foi dirigido por Mário Figueira. Em 1997, juntamente 92 I Abril com a família, tomámos conta desta pequena fábrica que produziu, durante 80 anos, azeite da região da Beira Alta”. Assumimos o desejo de “criar um museu”, argumentando que “havia um património arqueológico que deveria ser mantido”. Desta forma, a responsável atribuiu grande importância à serra da Estrela e aos costumes da região: “Tentamos proporcionar uma informação muito séria sobre a serra da Estrela, disponibilizando uma bibliografia sobre a região. Os nossos hóspedes podem também vivenciar o pastoreio das ovelhas e o fabrico do queijo”. A produção do célebre “fio de ouro” também não foi esquecida por Elisa Figueira: “Apresentamos um vídeo feito pela Associação Cultural Mário Gomes Figueira que mostra imagens de um lagar tradicional, exibindo o processo de fabrico desde a oliveira até ao azeite”. A Ribeira de Linhares da Beira é um dos pontos turísticos de relevância na Quinta do Lagar da Moira. Existe uma panóplia de atividades denominadas de “escapadinhas temáticas” para desfrute dos seus visitantes: “É um meio extremamente rico em tradições, algo fundamental para o desenvolvimento da nossa atividade. Temos estado a recuperar espaços para exibir culturas temporárias como o centeio e a aveia, de forma a complementar a rota do pão, tradição desta região”, revelou Elisa Figueira. Com a maioria de visitantes portugueses – embora recebam pessoas de outros países – a responsável traçou, fruto de um “2013 menos positivo”, um futuro com contenção. Contudo, o objetivo passa por “ter as portas abertas, com vista à satisfação de quem nos visita, trazendo vida à região, afiançou Elisa Figueira. l Portugal Inovador A electromedicina ao seu dispôr A Bramédica nasceu há cerca de 30 anos. Apesar de trabalhar numa empresa que não era do ramo, Manuel A. Martins, tornou-se um dos quatro sócios da Bramédica, uma das mais bem sucedidas empresas de electromedicina de Braga. Após a entrada de Manuel Martins na direção da Bramédica, a empresa enfrentou uma fase menos lucrativa que conduziu o nosso entrevistado à decisão de assumir na totalidade a liderança da firma. Através de valores vantajosos (qualidade, rapidez de resposta), a empresa conquistou uma posição de relevância no mercado que conduziu ao aumento das suas instalações, sendo que há 14 anos adquiriu o espaço onde está situada. A atividade principal da Bramédica é a comercialização de produtos para a vertente da electromedicina. Disponibilizando produtos consumíveis e descartáveis, detêm também uma área importante de mobiliário hospitalar, que lhes permite transformar um vulgar edifício numa unidade de cuidados continuados, equipando-o na totalidade e entregando-o pronto a funcionar. Um serviço que tem verificado muita procura. Segundo o nosso entrevistado, “a ética no negócio e o facto de primarem pela honestidade são as suas caraterísticas fundamentais”. No ano passado, esta empresa obteve um aumento no seu volume de faturação, números que, “em muito se devem à distribuição exclusiva da OMROM que atua em áreas distintas: aparelhos de tensão digitais, nebulizadores para todos os segmentos de mercado e termómetros de ouvido por infravermelhos. Esta marca tem também balanças digitais que permitem analisar a massa gorda corporal”. Fornecendo estabelecimentos como farmácias, ortopedias, nutricionistas, parafarmácias, na opinião de Manuel Martins o acompanhamento pós-venda é crucial, assim como a assistência direta aos seus clientes: “Em três dias damos resposta aos nossos clientes, enquanto as empresas concorrentes enviam os pedidos para a marca”. Inovação Em julho do ano passado, a Bramédica alterou o software de trabalho, o que garante agora que possam fazer orçamentos atempadamente de Norte a Sul do país, controlando de forma rigorosa a entrada e a saída de mercadorias. Este controle de stock eleva o nível de gestão da empresa, facto que Manuel Martins considera muito eficaz, ajudando também o trabalho da equipa comercial que, devidamente equipada com tablets, sabe perfeitamente o que tem em stock, qual o preço, registo de vendas e ficha de clientes. Há cerca de cinco anos, a Bramédica conquistou o alvará de venda de medicamentos do Infarmed que lhe permite a venda por grosso para unidades médicas como, por exemplo, clínicas. Integrado nesta nova valência, a empresa aderiu ao código 3D para controle de lotes, número de série, leitura de validades, o que permite controlar o armazém a 100%. Com um plano de futuro já definido, a Bramédica pretende expandir a sua área de atuação para os PALOP. Sendo que, já este ano, começa a atuar em Angola e Moçambique. l Abril I 93 Portugal Inovador Dez anos a concretizar expectativas e a realizar sonhos dos clientes Na procura das referências empresariais de Aveiro, a revista Portugal Inovador visitou a Paula Barros- Interior Design. Um espaço de Arquitetura, Design e Decoração que gosta de surpreender pela criação de ambientes elegantes, intemporais e personalizados. Com dez anos de existência, a marca é um projecto liderado pelo casal Paula e João Barros. O vasto conhecimento do mercado e a recolha permanente na evolução das tendências em fóruns internacionais, como Milão e Paris, permitem à marca Paula Barros-Interior Design, pensar propor e executar os seus trabalhos com total actualidade, desde os mais contemporâneos aos mais conservadores. “Dispomos de uma equipa de profissionais especializada que nos permite intervir em projectos globais que podem passar pela reabilitação, remodelação e posterior decoração de qualquer espaço” refere João Barros. 94 I Abril Com este conjunto de valências a Paula Barros- Interior Design executa todo o tipo de projectos: habitacionais, comerciais e serviços, estabelecendo também parcerias com outros agentes, como sejam arquitectos, imobiliárias e empresas de construção. “Desde que iniciamos, em 2003, que o nosso principal objectivo é colaborar activamente na concretização das necessidades e expectativas dos que nos procuram” afirma-nos a gerente que dá nome à marca. Abrangendo sempre os Portugal Inovador conceitos de personalização, originalidade, funcionalidade, qualidade nos produtos e nos serviços”, realizamos o nosso trabalho com energia, paixão e determinação em cumprir o nosso propósito, que é: no final e seguindo ao máximo os parâmetros de actualidade resulte um ambiente em que o cliente se identifique e se sinta feliz no espaço que é seu”, afirma a empresária. Especialmente motivada e vocacionada no design e execução de mobiliário personalizado Paula Barros- Interior Design coloca em todos os seus trabalhos peças únicas obedecendo a elevados padrões de qualidade e modernidade. INOVAÇÃO SEMPRE PRESENTE Os tempos mudam, as modas mudam, a evolução é constante e o seu acompanhamento é obrigatório o que leva a um permanente investimento em conhecimento e em ferramentas de trabalho. A admissão de colaboradores com formação em design e a aquisição de software aplicado a esta área são investimentos que esta empresa se orgulha de ter realizado já no ano de 2011. “Quando o cliente nos procura, a maioria das vezes já não é para comprar uma peça, mas sim para solicitar um serviço” diz João Barros. É agendada uma visita ao espaço a intervencionar para fazer o levantamento, perceber as suas características e simultaneamente saber quais as expectativas do cliente. Segue-se o trabalho de gabinete, onde no final é apresentado ao cliente o projecto a maioria das vezes em formato 3D,bem como os materiais utilizados. “São frequentes as vezes em que o cliente nos adjudica o trabalho chave na mão” afirma Paula Barros. O FUTURO COMEÇA AGORA A cumprirem dez anos de existência “o balanço é claramente positivo na concretização dos objectivos a que nos propusemos”, refere-nos a entrevistada. A equipa Paula Barros- Interior Design olha o futuro com espírito positivo e assume estar preparada para os trabalhos mais exigentes que possam surgir. Tem também ideias e projectos em curso que irão permitir um alargamento dos horizontes no mercado interno mas principalmente no mercado externo. l Abril I 95 Portugal Inovador 96 I Abril Portugal Inovador Alojamento digno de realeza O Real Abadia Congress & SPA Hotel foi inaugurado em 2013, no histórico concelho de Alcobaça. O hotel oferece-lhe um número infindável de serviços que o fazem sentir em casa. Localizado a três quilómetros da zona histórica de Alcobaça, o Real Abadia Congress & SPA Hotel, possibilita-lhe uma história de glamour e conforto. Quem acreditar em amor à primeira vista, este é o local apropriado para defender essa tese. O Real Abadia tem tido um grande impacto nesta região do país, tendo promovido uma nova dinâmica turística em Alcobaça, através do turismo cultural, de negócios e de saúde. Rita Leão, diretora do hotel, aproveitou a inspiração dada pela região, como uma boa oportunidade de negócio. “A perceção de que nos encontramos numa região com um grande potencial turístico foi fundamental para a criação deste empreendimento e serviu de inspiração para a temática do mesmo. O facto de existir uma grande variedade de atrações promove a repetição das visitas à região e, consequentemente, o alojamento no hotel”, explica a nossa entrevistada. Cada canto está repleto de história e as paredes transmitem inovação e ao mesmo tempo “fazem-nos viajar no tempo”. A arquitetura, a decoração e o design do hotel, pretendem transmitir a cultura e história da região dando particular ênfase aos monges de Alcobaça”, salienta Rita Leão. O Real Abadia Congress & Spa Hotel tem 32 quartos: 26 standard (dos quais oito são comunicantes), duas suites júnior para hóspedes com mobilidade reduzida e quatro suites temáticas: D. Pedro e Dª Inês, Romeu e Julieta, Adão e Eva e ainda D. Quixote e Dulcineia. Para além do alojamento com receção disponível 24 horas, o hotel conta com um restaurante aberto todos os dias, um espaço de spa & wellness, dois auditórios preparados para receber vários tipos de eventos com condições especiais para empresas, uma biblioteca, wi-fi em todo o hotel, uma loja de produtos regionais, serviço de lavandaria para os hóspedes, parque de estacionamento, parque infantil, jardim com percursos pedonais e bicicletas gratuitas para descobrir a região. De salientar ainda a faceta ambiental inerente ao hotel, as boas acessibilidades e os inúmeros eventos organizados. O futuro do Real Abadia adivinha-se risonho e a gerência tem alguns projetos em mente: “A inclusão do espaço em várias redes de divulgação, a obtenção de vários certificados nas áreas ambiental e social e a melhoria dos nossos percursos pedestres, através da criação de mais informação para os nossos hóspedes”. Portanto já sabe, se quer passar um momento inesquecível na sua vida, não hesite e escolha o Real Abadia! l REAL ABADIA - CONGRESS & SPA HOTEL Rua da Escola, Capuchos | 2460-479 Alcobaça Tlf: +351 262 580 370 | Fax: +351 262 580 379 | Tlm: +351 915 827 012 GPS: 39.535855, -8.962076 | [email protected] www.realabadiahotel.pt Abril I 97 Portugal Inovador 98 I Abril Portugal Inovador www.outrospormenores.com Rua Nicolau Coelho, nº3741-B Travassõ - Senfim 4610-741 FELGUEIRAS Telefone 255 923 186 • Fax 255 923 186 Abril I 99 Portugal Inovador JOOZE ® Rua Nossa Senhora de Fátima, 184 Lagares - Felgueiras Telefone: 255 926 132 E-mail:[email protected] 100 I Abril
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