referências, personagens, universo astístico

Transcrição

referências, personagens, universo astístico
REFERÊNCIAS, PERSONAGENS, UNIVERSO ARTÍSTICO
para o catálogo da exposição "Rendam-se Terráqueos"(Casa das Rosas, janeiro
de 2002) foi solicitado aos artistas participantes um texto com estes bem escolhidos
dizeres; desde então, divirto-me inventariando tudo aquilo de que gosto
Tintin, de Hergé – Little Nemo, de Winsor McCay – o Reizinho, de Otto Soglow
– os retratos de Erik Satie e Igor Stravinsky, inúmeras pinturas e desenhos de Pablo
Picasso – os daguerreótipos de Eugène Atget – os índios de Edward Curtis – Edgar
Allan Poe – os carimbos Dulcemira – os selos e caixas de charuto – "As aventuras do
Anjo", de Flávio Colin – Corto Maltese, de Hugo Pratt – Petra Chérie, Air Mail (na
verdade, todas as HQs) de Attilio Micheluzzi – a caligrafia e todas as pequenas
preciosidades de Paul Klee – os romances de Aluísio de Azevedo – a série "Studio",
de Georges Braque – Pato Donald, de Carl Barks – os retratos de Nadar – os retratos
de August Sander – selos dos correios da Europa Central – os cavalos de Han Gan – as
paisagens retorcidas de Guo Xi – o imperador Huizong – os desenhos e as colagens
de sua mesa de trabalho, de Saul Steinberg – os cartuns de Jaguar –
Blake e
Mortimer, de Edgar-Pierre Jacobs – os trabalhos de Aldemir Martins – as pinturas de
Carlos Scliar – os pastéis e as gravuras de Marcelo Grassman – o trabalho e o atelier
de Rubens Matuck, Kenji Ota, Feres Khoury e Luise Weiss – "Composition aux deux
perroquets" e "Les Loisirs" de Fernand Léger – os jardins clássicos da China Imperial,
em especial o "Jardim do Mestre das Redes" e o "Jardim para se Deixar Ficar", em
Suzhou – "História Universal da Infâmia" (e tudo que conheço), de Jorge Luis Borges
– os desenhos de Ralph Steadman – Egon Schiele – as estampilhas de via aérea – os
desenhos de J. Carlos – os ângulos e as águas de Ma Yuan – as longínquas paisagens
de Xia Gui – o traço de Liang Kai – os desenhos de Andrés Guevara – o Barão de
Itararé – Popeye, de Elsie C. Segar – "Popeye", o filme de Robert Altman – Krazy Kat,
de George Herriman – Spirit, de Will Eisner – as xilogravuras, as esculturas em madeira
e as pinturas de Eugène Henri Paul Gauguin – os carimbos-assinatura chineses – os
"Poemas Inconjuntos", de Fernando Pessoa – as fotografias do Rio de Janeiro, de
Marc Ferrez – as de São Paulo, de Militão Augusto de Azevedo, Guilherme Gaensly e
Theodor Preising – Henry de Toulouse-Lautrec – catálogos de tipos e vinhetas – as
máquinas malucas de Rube Goldberg – as colagens de Henri Matisse – os desenhos
secretos de Luiz Gê – Zuane Antonio Canal, dito Canaletto – as pinturas figurativas de
Piet Mondrian – as paisagens lineares de Ni Zan – as imagens da história da bicicleta –
Sir Arthur Conan Doyle – as fotografias da polícia do século XIX e XX – Sir Charles
Archibald Mogadom, o Conde Euphrates de Açafrão e o Sr. Obda Leuly – o autoretrato com dois círculos, de Rembrandt – Huang Gongwang, Zhao Mengfu – a
genialidade de Bada Shanren (Chu Ta) – Amedeo Modigliani – as HQs de Mickey e
Eega Beeva (Esquálidus), de Bill Walsh e Al Levin – os desenhos de Belmonte – as HQs
e as cidades de Lyonel Feininger – os desenhos e pinturas de Alberto Giacometti –
Giorgio Morandi – George Grosz – as HQs de Benito Jacovitti – Carlo Carrà – Buck
Rogers, Brick Bradford, Flash Gordon – as caricaturas e pinturas de Hermenegildo
Sábat – Júlio Verne – “Le Moulin de la Galette” e mais uma dúzia de pinturas de
Pierre-Auguste Renoir – Marcel Proust – as pinturas e o tratado "As anotações sobre a
pintura do monge Abóbora-Amarga", de Shitao – Pogo, de Walt Kelly – Roy
Lichtenstein – Zhang Daqian – os filmes de Sergio Leone – os selos e as cartas de
Donald Evans – os pequenos "croquetons" de Georges Seurat – os retratos de Hans
Holbein, o moço (e aquela caveira em anamorfose de "Os Embaixadores"?) –
Raffaello Santi de Urbino ("A Libertação de São Pedro", "A Madona Sistina") – James
Ensor – "El Loco Chávez", de Carlos Trillo e Horacio Altuna – os magníficos desenhos
e os textos autobiográficos de Alfred Kubin – Sir Alfred Hitchcock – os textos de Su
Dong Po – os materiais de papelaria japoneses – Gustave Moreau (e toda a sua casaatelier da Rue de la Rochefoucauld) – Alberto Santos-Dumont, é claro – os desenhos
de Orlando Pedroso – August Robert Ludwig Macke – os estranhos trabalhos de
Valerio Adami – as monotipias de Hilaire-Germain-Edgar de Gas – "O Morgado de
Ballantrae", de Robert Louis Stevenson – "Seis narrativas de uma vida à deriva" de
Chen Fou – as fabulosas marinhas de Victor Hugo – latas de whisky – Dashiell
Hammett e Raymond Chandler – as pinturas coladas de Jean Dubuffet – as
xilogravuras de Félix Edouard Vallotton – os ensaios de Stephen Jay Gould – Franz
Kafka – "O Processo", filme de Orson Welles – qualquer Atlas Histórico – os gêmeos
desenhistas Paulo e Chico Caruso – "A Comédia Humana", de Honoré de Balzac –
Héctor Germán Oesterheld – Primo Levi – "Navio Negreiro, traficantes de escravos
atiram pela borda os mortos e os feridos - Forma-se um tufão" de J. M. W. Turner –
Juó Bananére
(continua)
Carlos Matuck. Janeiro de 2007