03 - matemática - Finalizadas as ofertas de disciplinas dos Cursos
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03 - matemática - Finalizadas as ofertas de disciplinas dos Cursos
Fund_Mat_I.indd 1 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:28 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Fund_Mat_I.indd 2 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:28 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Fundamentos da Matemática I 1º Período 1ª versão Mário Visintainer 2ª versão Moisés de Souza Arantes Neto Fund_Mat_I.indd 3 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:28 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO TOCANTINS MATERIAL DIDÁTICO – EQUIPE UNITINS Reitor Humberto Luiz Falcão Coelho Organização de Conteúdos Acadêmicos 1ª versão: Mário Visintainer 2ª versão: Moisés de Souza Arantes Neto Vice-Reitor Lívio William Reis de Carvalho Pró-Reitor de Graduação Galileu Marcos Guarenghi Pró-Reitor de Pós-Graduação e Extensão Claudemir Andreaci Pró-Reitora de Pesquisa Antônia Custódia Pedreira Pró-Reitora de Administração e Finanças Maria Valdênia Rodrigues Noleto Diretor de EaD e Tecnologias Educacionais Marcelo Liberato Coordenador Pedagógico Geraldo da Silva Gomes Coordenador do Curso Moisés de Souza Arantes Neto Coordenação Editorial Maria Lourdes F. G. Aires Assessoria Editorial Darlene Teixeira Castro Assessoria Produção Gráfica Katia Gomes da Silva Revisão Didático-Pedagógica Sibele Letícia Rodrigues de Oliveira Biazotto Revisão Lingüístico-Textual Sibele Letícia Rodrigues de Oliveira Biazotto Revisão Digital Vladimir Alencastro Feitosa Projeto Gráfico Douglas Donizeti Soares Irenides Teixeira Katia Gomes da Silva Ilustração Geuvar S. de Oliveira Capa Edglei Dias Rodrigues Material Didático – Equipe Fael EMPRESA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA LTDA Diretor Presidente Luiz Carlos Borges da Silveira Diretor Executivo Luiz Carlos Borges da Silveira Filho Diretor de Desenvolvimento de Produto Márcio Yamawaki Diretor Administrativo e Financeiro Júlio César Algeri Coordenação Editorial Leociléa Aparecida Vieira Assessoria Editorial William Marlos da Costa Revisão Juliana Camargo Horning Lisiane Marcele dos Santos Programação Visual e Diagramação Denise Pires Pierin Kátia Cristina Oliveira dos Santos Rodrigo Santos Sandro Niemicz William Marlos da Costa Fund_Mat_I.indd 4 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:29 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Caro aluno, Esta matéria é de fundamental importância para você, estudante de Matemática e futuro professor. Nela, revisaremos alguns dos conceitos fundamentais trabalhados no Ensino Fundamental e Médio. Inicialmente, você pode pensar “agora que sou universitário, querem me ensinar aquilo que eu aprendi no ensino Fundamental?” Você perceberá, por meio desta disciplina, quantos conteúdos e conceitos você deixou de aprender ou, na melhor das hipóteses, esqueceu. Não se preocupe se isso aconteceu com você, pois pode ocorrer As aulas iniciarão a partir de um conteúdo bastante simples para o mais complexo. Assim como os primeiros números escritos foram os naturais, nós também iniciaremos estudando os conjuntos dos números naturais e, gradativamente, passaremos para os conjuntos dos números inteiros, racionais, irracionais até chegarmos aos reais. Também estudaremos as operações fundamentais dentro destes conjuntos e, finalmente, a potenciação e a radiciação. A seguir, já conhecendo o básico, revisaremos razão e proporção aplicando a regra de três simples e composta, as expressões algébricas, noções de funções, a equação e a função do 1o grau e seus gráficos. Por fim, revisaremos a equação e a função do segundo grau com os respectivos gráficos. Bons estudos! Prof. Moisés de Souza Arantes Neto Fund_Mat_I.indd 5 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 Apresentação com todos nós. 19/1/2008 17:24:29 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ EMENTA Conjuntos numéricos. Operações nos conjuntos numéricos. Porcentagem. Regra de três simples e composta. Expressões algébricas. Introdução ao estudo de funções. Função do primeiro grau. Função do segundo grau. Plano de Ensino OBJETIVOS • Compreender a utilização das quatro operações fundamentais na resolução de expressões numéricas e problemas que envolvam números reais. • Resolver situações-problema envolvendo razão e proporção, aplicando a regra de três simples ou composta. • Resolver equações e inequações do primeiro e segundo grau com o estudo dos seus respectivos gráficos. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO • Conjunto dos números naturais e inteiros: sua história e representação na reta em numérica, valor absoluto e simétrico ou oposto • Operações com números naturais e inteiros: adição, subtração, multiplicação e divisão (4 operações fundamentais) • Conjunto dos números racionais, dízimas periódicas simples e compostas • Operações com números racionais e suas 4 operações fundamentais • Conjunto dos números irracionais e conjunto dos números reais e suas propriedades • Potenciação: produto de potências de mesma base, divisão de potências de mesma base, potências com expoentes negativos • Radiciação: propriedades da radiciação e transformação de potências com expoentes fracionários em raízes • Razão e proporção, direta e inversamente proporcional, aplicação da regra de três simples e composta Fund_Mat_I.indd 6 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:29 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ • Porcentagem e problemas que envolvem porcentagem • Expressões algébricas e as operações fundamentais do cálculo algébrico • Introdução ao estudo de Funções • Estudo das equações e inequações do primeiro grau • Função e gráfico do primeiro grau • Equações e inequações do segundo grau • Função do segundo grau • Gráfico da função do segundo grau BIBLIOGRAFIA BÁSICA BEZERRA, M. J.; PUTNOKI, J. C. Matemática. São Paulo: Scipione, 1995. DANTE, L. R. Matemática contexto & aplicações. São Paulo: Ática, 1999. GENTIL, N. et al. Matemática para o Segundo Grau. São Paulo: Ática, 1996. IEZZI, G. et al. Fundamentos de matemática elementar. São Paulo: Atual, 1997. IMENES, L. M. et al. Matemática aplicada. São Paulo: Moderna, 1979. TROTTA, F. et al. Matemática por assunto. São Paulo: Scipione, 1988. YUSSEF, A. N.; FERNANDEZ, V. P. Matemática: conceitos e fundamentos. São Paulo: Scipione, 1993. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR DOMÊNICO, L. C. de. Matemática 3 em 1. Curso Completo do 2º Grau. São Paulo: IBEP, 1998. FERNANDEZ, V. P. et al. Matemática. Curso Completo. São Paulo: Scipione, 1991. SERATES, J. Raciocínio lógico. 8. ed. Brasília: Jonofon, 1998. 2 v. UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 7 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 7 19/1/2008 17:24:29 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 1 – Conjuntos numéricos................................................................. 9 Aula 2 – Potenciação e radiciação........................................................ 25 Aula 3 – Razão, proporção e porcentagem............................................ 35 Aula 4 – Expressões algébricas............................................................. 45 Aula 5 – Introdução ao estudo de funções.............................................. 59 Aula 6 – Função do primeiro grau......................................................... 65 Sumário Aula 7 – Função do segundo grau........................................................ 77 Fund_Mat_I.indd 8 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:29 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 1 • Fundamentos da Matemática I Aula 1 Conjuntos numéricos Objetivos Esperamos que, ao final desta aula, você seja capaz de: • conhecer algumas etapas da criação dos números; • realizar as operações de adição, subtração, multiplicação e divisão dentro dos conjuntos numéricos; • representar os conjuntos numéricos de diferentes formas. Pré-requisitos Para darmos início aos nossos estudos, você deve estar familiarizado com o sistema de numeração decimal, as quatro operações fundamentais e suas propriedades nos conjuntos numéricos. Todos esses conhecimentos básicos foram tratados no primeiro ano do Ensino Médio e formam a base do nosso estudo nesta primeira aula. Introdução O conceito de número e o processo de contar desenvolveram-se antes dos primeiros registros históricos (temos evidências de que o homem é capaz de contar há mais de 50.000 anos). A maneira mais antiga de contar baseava-se em alguns métodos de registro simples, como ranhuras no barro ou em uma pedra, produzindo-se entalhes em um pedaço de madeira ou osso (EVES, 2004). O número não apareceu de repente, por obra de uma única pessoa responsável por esse marco histórico da humanidade. Com a necessidade de contar os animais de suas caças, o homem usava objetos como pedras, nós em cordas, marcas em ossos e em madeiras. Com o passar do tempo, esse sistema foi se aperfeiçoando até dar origem aos números que evoluíram para a forma atual (EVES, 2004). UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 9 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 9 19/1/2008 17:24:29 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 1 • Fundamentos da Matemática I O homem vivia em pequenos grupos, morava em savanas e cavernas, protegendo-se dos animais selvagens e das chuvas. Nessa época, alimentava-se com o que a natureza oferecia (caças, frutos e sementes). Posteriormente, descobriu o fogo, aprendeu a cozinhar os alimentos e a se proteger melhor do frio e dos animais selvagens. Com o surgimento de novas necessidades, o homem começou a modificar seu sistema de vida. Não mais vivia da caça e coleta de frutos e raízes, mas passou a cultivar plantas e a criar animais, era o início da agricultura. Com isso o homem começava a fixar moradia, principalmente às margens de rios, não havendo a necessidade de ficar se deslocando de um lugar para o outro, como nômade (EVES, 2004). Começaram a ser desenvolvidas novas habilidades: construir uma moradia, criar animais, desenvolver ferramentas. Então surgiram as primeiras comunidades organizadas com lideranças e divisões de trabalho entre as pessoas. Para pastorear o rebanho de ovelhas, o pastor arranjou uma maneira de contá-lo no final do dia: relacionava cada ovelha a uma pedra que colocava no saco. Assim teria certeza de que todo o rebanho estaria de volta ao final do dia. Esse pastor jamais poderia imaginar que milhares de anos mais tarde haveria um ramo da Matemática chamado Cálculo, que em latim quer dizer “contas com pedras” (EVES, 2004). 1.1 A idéia de número Utilizando objetos para contar outros objetos, o homem começou a construir o conceito de número. Para o homem primitivo, o número cinco era bastante importante, pois relacionava a esse número os dedos das mãos. Assim, para contar objetos e animais, os pastores separavam sempre em grupos de cinco (EVES, 2004). Do mesmo modo, os caçadores contavam os animais abatidos traçando riscos na madeira ou fazendo nós em corda, também de cinco em cinco. Com o surgimento de algumas comunidades, aldeias às margens dos rios, esses povos primitivos começavam a usar ferramentas e armas de bronze. Com a formação dessas aldeias situadas às margens de rios e sua sucessiva transformação em cidades, a vida ia ficando cada vez mais complicada. Novas atividades iam surgindo, graças, sobretudo, ao desenvolvimento do comércio. Os agricultores passaram a produzir alimentos em grandes quantidades, supe- 10 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 10 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:29 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 1 • Fundamentos da Matemática I rando suas necessidades. Com isso algumas pessoas puderam se dedicar a outras atividades, tornando-se artesãos, comerciantes, sacerdotes, administradores. Como conseqüência desse desenvolvimento, surgiu a escrita. Foi assim que estudiosos do antigo Egito passaram a representar a quantidade de objetos de uma coleção por meio de desenhos, os símbolos. A criação dos símbolos foi um passo muito importante para o desenvolvimento da Matemática. 1.2 O sistema de numeração egípcio e indo-arábico Os egípcios usavam sete números-chave. Um traço vertical representava uma unidade: um osso de calcanhar invertido representava o número 10. Um laço valia 100 unidades. Uma flor de lótus valia 1.000. Um dedo dobrado valia 10.000. Com um girino, os egípcios representavam 100.000 unidades. Uma figura ajoelhada, talvez representando um deus, valia 1.000.000. Todos os outros números eram escritos combinando os números-chave. Na escrita dos números que usamos atualmente, a ordem dos algarismos é muito importante. Mas, para os egípcios, isso não tinha a menor importância: eles escreviam seus números sem preocupar-se com a posição dos símbolos (Disponível em: <http://educar.sc.usp.br/licenciatura/2003>. Acesso em: 1 dez. 2007). O sistema de numeração que usamos atualmente tem o nome devido aos hindus, que o inventaram, e aos árabes, que o divulgaram. Não se sabe ao certo como e quando esses novos símbolos entraram na Europa Ocidental, provavelmente foi por intermédio dos comerciantes árabes (EVES, 2004). Os hindus utilizavam apenas nove sinais para representar os números e fazer os cálculos e não conheciam o número zero. A idéia dos hindus, a de introduzir uma notação para uma posição vazia, ocorreu no fim do século VI. Mas foram necessários muitos séculos para que esse símbolo chegasse à Europa. Com a introdução do décimo sinal, o zero, o sistema de numeração, assim como o conhecemos hoje, estava completo. Até chegar aos números que você aprendeu a ler e a escrever, os símbolos criados pelos hindus tiveram várias mudanças. Hoje, esses símbolos são chamados de algarismos indo-arábicos. Agora já sabemos o porquê. Depois de termos uma breve noção de fatos que marcaram a criação e escrita dos números, vamos estudar como esses números se organizam em conjuntos com suas respectivas operações. UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 11 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 11 19/1/2008 17:24:29 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 1 • Fundamentos da Matemática I 1.3 Conjunto dos Números Naturais (N) Assim como a própria criação dos números, os conjuntos numéricos surgiram das necessidades de representação e de resultados obtidos pelas operações fundamentais. Nesse sentido, o primeiro conjunto numérico que será representado é o Conjunto dos Números Naturais, como segue: N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, ...} Na adição de números Naturais, temos sempre como resultado outro número Natural, mas na subtração isso não ocorre, como vamos acompanhar no exemplo a seguir: subtraindo o número 5 do número 2 (2 – 5), temos como resultado o número – 3, que não é um número Natural, portanto necessitamos de um novo conjunto que tenha as características do número apresentado como resultado do exemplo anterior, que é o Conjunto dos Números Inteiros. 1.4 Conjunto dos números Inteiros (Z) Esse conjunto representa todos os números Naturais, mais os números negativos, como aparece na representação a seguir: Z = {... – 6, – 5, – 4, – 3, – 2, – 1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...} Existe ainda uma outra representação desse conjunto que é muito utilizada na representação posicional do conjunto na reta numérica. 1.5 Representação dos números inteiros na reta numérica Os dois primeiros conjuntos que apresentamos até aqui irão nos orientar na realização das quatro operações fundamentais da Matemática, mas antes de começarmos a operar dentro desses conjuntos, vamos falar um pouco sobre o valor absoluto de um número. 1.6 Valor absoluto O valor absoluto de um número inteiro “x”, também chamado “módulo de x”, é expresso por |x| e definido como o máximo valor entre “x” e “– x”, isto é: |x| = máx {x; – x}. x, se x ≥ 0 ∀x ∈ z x = − x, se x < 0 12 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 12 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:30 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 1 • Fundamentos da Matemática I Podemos exemplificar a generalização anterior com alguns exemplos numéricos. Exemplos: −8 = 8 +3 = 3 1.7 Números opostos ou simétricos Números simétricos ou opostos são os números que têm o mesmo valor absoluto e sinais contrários, + 5 e – 5; – 12 e + 12; o simétrico de 0 é o próprio 0. Verificamos ainda, na reta numérica apresentada anteriormente, que os valores opostos ou simétricos têm a mesma distância geométrica do zero. 1.8 Operações fundamentais Vamos iniciar pela adição. Para se adicionar dois ou mais números de sinais iguais, somam-se os valores absolutos dos números e conserva-se o sinal. Exemplos:(+5) + (+8) + (+12) = +25 (–3) + (–5) + (–32) = –40 Para adicionar dois números com sinais diferentes, do maior em módulo se retira o menor e conserva-se o sinal do número que apresentar o módulo maior. Exemplos:(+12) + (–10) = +2 (+7) + (–12) = –5 (–9) + (+5) = –4 Para subtrair dois ou mais números com sinais iguais ou diferentes, basta mudar o sinal do número que aparece depois do sinal de subtração, ou seja, se for positivo, fica negativo e, se for negativo, torna-se positivo. Depois repetimos os procedimentos descritos para a adição. Exemplos:(+12) – (–10) = (+12) + (+10) = +22 (+7) – (+12) = (+7) + (–12) = –5 (–9) – ( +5) = (–9) + (–5) = –14 Para multiplicar ou dividir dois números de sinais iguais, multiplicamos ou dividimos os valores absolutos e damos ao resultado o sinal positivo (+). UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 13 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 13 19/1/2008 17:24:30 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 1 • Fundamentos da Matemática I Para multiplicar ou dividir dois números de sinais diferentes, multiplicamos ou dividimos os valores absolutos e damos ao resultado o sinal negativo (–). Exemplos:(+4) · (+3) = +12 (+8) : (+4) = +2 (–12) · (–5) = +60 (–12) : (–3) = +4 (+5) · (–7) = –35 (–35) : (+7) = –5 1.9 Expressões numéricas As expressões numéricas com as operações de adição, subtração, multiplicação e divisão seguem as seguintes etapas de resolução: • em primeiro lugar, efetuar as multiplicações ou divisões, na ordem em que aparecerem; • em segundo lugar, efetuar as adições e subtrações na ordem em que aparecerem. Exemplos:15 + 5 – 3 · (– 4) = 15 + 5 – (–12) = 20 – (–12) = 20 + 12 = 32 8 : (4 : 2) · 5 + 3 – 5 · (–2) = 8 : 2 · 5 + 3 – 5 · (– 2) = 4 · 5 + 3 – 5 · (–2) = 20 + 3 +10 = 33 {2 + [(2 + 3 – 6 · 2) – 5 + 4 : 2] + 8} = {2 + [(2 + 3 – 12) – 5 + 4 : 2] + 8} = {2 + [–7 – 5 + 4 : 2] + 8} = {2 + [–7 – 5 + 2] + 8} = {2 – 10 + 8} = 0 Vimos que algumas operações fundamentais realizadas com números pertencentes ao mesmo conjunto podem ter como resultado um número que não pertença àquele conjunto. Isso pode ser verificado com o exemplo a seguir: 3 : 4 = 0,75 14 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 14 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:30 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 1 • Fundamentos da Matemática I Observamos que os números da divisão, o 3 e o 4, pertencem ao conjunto dos números inteiros, porém o resultado da divisão não é um número inteiro. Isso nos leva a denominar o próximo conjunto numérico, o Conjunto dos Números Racionais. 1.10 Conjunto dos números Racionais (Q) O número Racional pode ser definido como todo número que pode ser escrito na forma de fração, em que: n é o numerador e d o denominador. Q = {n/d onde n Zed Z*}, ou seja, com d 0. Fração é um número que exprime uma ou mais partes iguais em que foi dividida uma unidade ou um inteiro. Exemplos: 2 4 23 3 ; ; ;1 3 5 4 4 Alguns símbolos são utilizados para mostrar uma característica específica dentro do próprio conjunto, algumas delas são descritas a seguir e valem também para os outros conjuntos vistos. Q* = conjunto dos números racionais sem o zero. Q+ = conjunto dos números racionais não negativos. Q– = conjunto dos números racionais não positivos. 1.11 Tipos de frações Fração própria é aquela em que o numerador é menor que o denominador. Ex.: 2 7 Fração imprópria é aquela em que o numerador é maior ou igual ao denominador. Ex.: 4 ; 8 3 5 Número misto é aquele formado por um número inteiro e uma fração própria. Para se transformar uma fração imprópria em mista, basta dividir o numerador pelo denominador. O Quociente será o número inteiro; o Resto, o numerador da fração; e o Denominador continua sendo o denominador inicial. UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 15 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 15 19/1/2008 17:24:30 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 1 • Fundamentos da Matemática I Exemplo: converta as frações impróprias em mistas. 7 3 =1 4 4 17 5 =2 6 6 23 3 =4 5 5 13 5 =1 8 8 A maioria das frações pode ser representada por um número decimal exato. Para tanto, basta dividir o numerador pelo denominador. 2 = 0, 4 5 55 = 13,75 4 Em alguns casos, quando se efetua a divisão, encontra-se um número que se repete constantemente. O número que se repete é chamado de Período, e o resultado da divisão, Dízima Periódica. Exemplos de dízimas periódicas representadas de duas formas diferentes: a) 0,333333...= 0,3 b) 3,88888... = 3,8 c) 21,555555... = 21,5 d) 1,00343434... = 1,0034 e) 2,122122122... = 2,122 f) 0,2455555... = 0,245 A dízima periódica é simples quando a parte decimal é formada somente pelo período. Ex.: 2,88888... É composta quando, na parte decimal, existe uma parte que não se repete. Ex.: 2,346666... Agora, vamos estudar melhor esses números que pertencem ao conjunto dos números racionais e, portanto, podem ser representados em forma de fração. 1.12 Fração geratriz de uma dízima periódica A fração geratriz que dá origem à parte decimal de uma dízima periódica simples é uma fração que tem como numerador o período e, como denominador, tantos noves quantos forem os algarismos do período. Exemplos: 5,333... = 5 + 0,333... = 5 + 16 5 1 3 ou 16 3 3 9 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 16 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:31 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 1 • Fundamentos da Matemática I 1,666... = 1+ 0,666... = 1+ 2 1 3 ou 5 3 6 9 A fração geratriz que dá origem à parte decimal de uma dízima periódica n composta é a fração , em que n (o numerador) é formado pela parte não d periódica seguida do período, menos a parte não periódica. O d (denominador) é composto por tantos noves quantos forem os algarismos do período, seguidos de tantos zeros quantos forem os algarismos da parte não periódica. Exemplos: 1,8333... = 1+ 0,8333... 1+ 83 − 8 75 5 11 = 1+ =1 ou 90 90 6 6 0, 4525252... = 452 − 4 448 224 = = 990 990 495 Agora que estudamos as quatro operações fundamentais (adição, subtração, multiplicação e divisão) de números Inteiros e vimos que algumas operações, como a divisão, não apresentam como resultado um número dentro do próprio conjunto, vamos estudar essas operações dentro de outro conjunto, o dos números Racionais, tanto na forma decimal como na forma de frações. E são as operações dentro desse conjunto que iremos verificar a seguir. 1.13 Adição e subtração de frações Para adicionar frações, é necessário observar os denominadores. Se eles forem iguais, conserva-se o valor do denominador e somam-se os numeradores. Exemplos: 5 2 7 + = 3 3 3 5 4 1 − = 3 3 3 Para somar frações com denominadores diferentes, reduz-se as frações ao mesmo denominador e, então, somamos os numeradores. Exemplos: 3 + 5 = 9 . 15 = 135 4 3 12 12 2 5 12 − 45 33 11 − = =− =− 9 6 54 54 18 UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 17 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 17 19/1/2008 17:24:31 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 1 • Fundamentos da Matemática I Nos exemplos anteriores, os procedimentos de resolução adotados foram os mesmos. Primeiro, multiplica-se os denominadores das frações; depois, dividimos esse valor encontrado pelo primeiro denominador, e o resultado multiplicamos pelo numerador da primeira fração. Em seguida, repetimos o processo para a segunda fração e assim realizamos a operação algébrica no numerador. Caso a fração possa ser simplificada, dividimos o numerador e o denominador pelo mesmo valor, como foi o caso do segundo exemplo. 1.14 Multiplicação Para se multiplicar frações, multiplicamos os numeradores entre si e os denominadores também. Exemplos: 3 7 21 ⋅ = 5 2 10 15 5 3⋅ − = − 7 7 1.15 Divisão de frações Na divisão de frações, conservamos a primeira fração ou a fração do numerador e multiplicamos (como no item anterior) pelo inverso da segunda fração ou a fração do denominador. Exemplos: 2 7 2 9 18 ÷ = ⋅ = 5 9 5 7 35 1 1 4 4 5 = ⋅ = 3 5 3 15 4 Inicialmente, pensava-se que os números racionais resolveriam todas as nossas necessidades e por um tempo isso foi verdade. Porém, com a evolução da matemática, algumas operações encontraram resultados que não pertenciam aos números Racionais. Esses novos números foram chamados de números Irracionais. 18 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 18 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:31 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 1 • Fundamentos da Matemática I 1.16 Números Irracionais (I) O conjunto dos números Irracionais é formado pelos números que não podem ser escritos na forma de fração. Fazem parte do conjunto dos números Irracionais as raízes não exatas. Tomemos como exemplo: 2 ≅ 1, 414223562... 3 ≅ 1,732050808... 5 ≅ 2,236067977... 3 3 ≅ 1, 44224957... Fazem parte do conjunto dos números irracionais algumas constantes muito usadas na matemática, a mais conhecida é o: π ≅ 3,141592654..., usada para calcular área de um círculo ou perímetro da circunferência. Outra constante é o número de Néper: e ≅ 2,7182818284590452353602874... Com a utilização desse novo conjunto, houve a necessidade de criar outro que abrangesse todos os outros vistos até aqui. Daí a representação do último conjunto numérico que estudaremos nesta disciplina, o Conjunto dos Números Reais. 1.17 Conjunto dos números Reais (R) O conjunto dos números Reais é formado pelo conjunto dos números Racionais, acrescido do conjunto dos números Irracionais. I R Q Z N Vale fazer uma pequena observação antes de prosseguirmos: existe ainda um outro conjunto que não estudaremos nesta disciplina, que é o conjunto dos números complexos. O estudo desse conjunto será realizado na disciplina de Fundamentos da Matemática IV, no quarto período deste curso. UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 19 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19 19/1/2008 17:24:32 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 1 • Fundamentos da Matemática I 1.18 Representação dos números reais na reta numérica Os números reais ocupam todos os espaços existentes na reta real. Representamos alguns a título de exemplo. 1.19 Representação do conjunto dos números reais Entre dois números quaisquer, por mais aproximados que sejam, existem infinitos outros números reais. Assim é impossível enumerar todos os números reais existentes. Como recurso, mostraremos o mesmo conjunto de três formas diferentes. • Por meio das propriedades dos conjuntos: A = {x ∈ R| –5 < x <3} • Por meio da reta real: • Por meio de intervalos: ]– 5; 3[ Outros exemplos: • A = {x ∈ R|x < 2 } ]∞; 2[ [–2; 2[ • B = {x ∈ R|–2 ≤ x < 2 } No decorrer da aula, percebemos, portanto, algumas etapas da criação dos números e como essas etapas foram, progressivamente, sendo utilizadas pelo homem para a realização das operações matemáticas. Síntese da aula O sistema de numeração como conhecemos atualmente é fruto de diversas evoluções sucessivas, ao longo de milhares de anos, pelos povos egípcios, romanos, árabes e indianos. Os números naturais foram os primeiros a serem criados pela necessidade de representar quantidades. A seguir, surgiram os negativos que, unidos aos naturais, formaram o conjunto dos números inteiros. O conjunto dos números reais é formado pelo conjunto dos números racionais acrescido do conjunto dos números irracionais. 20 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 20 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:32 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 1 • Fundamentos da Matemática I Atividades 1. Os algarismos que usamos hoje foram descobertos pelos: a) egípcios e romanos; b) romanos e árabes; c) hindus e árabes; d) árabes e egípcios. 2. Enumerando o conjunto A = {x ∈ Z| x < –3}, temos qual dos seguintes conjuntos? a) A = {...; –8; –7; –6; –5; –4} b) B = {...; –3; –2; –1; 0; 1; 2} c) C = {5; 6; 7; 8; 9} d) D = {–2; –1; 0; 1; 2; 3;} 3. Resolvendo as operações indicadas na expressão a seguir, encontramos o valor de: 2 9 3 7 21 2 ⋅ 10 − 2 − 4 : − 8 = a) 5 b) 1/2 c) – 7/3 d) – 7/30 4. Encontre a fração geratriz das dízimas periódicas a seguir. a) 0,44444... b) 3,23333... c) 0,35202020... d) 1,656565... e) 2,00454545... 5. Escreva cada um dos conjuntos por meio de uma linguagem simbólica, conforme o exemplo da letra (a). a) A = {– 2, – 1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6} ⇒ A = {x ∈ Z|–3 < x < 7} UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 21 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 21 19/1/2008 17:24:33 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 1 • Fundamentos da Matemática I b) B = {...; –3; –2; –1; 0} c) C = {–5; –4; –3; –2; –1; 0; 1; ...} d) D = {0; 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8} e) E = {...; –2; –1; 1; 2, 3; ...} 6. Represente os conjuntos de outras duas formas diferentes daquela apresentada. a) A = {x ∈ R| x < 3} b) B = {x ∈ R| x > 2} c) C = {x ∈ R| 0 ≤ x < 7} d) e) f) g) ]–5; –1] h) ] ∞; 0[ i) [0; 2/3] Comentário das atividades A primeira atividade é para você compreender um pouco da história da Matemática e para que se situe na evolução da criação dos números. A resposta é a letra (c). Sabemos que não existe nenhum número entre dois números inteiros, então, a resposta da atividade 2 é a letra (a). Na resolução da terceira atividade, lembre-se de resolver a multiplicação e a divisão na ordem em que aparecem, fazendo isso achará a resposta correta na letra (d). Na quarta atividade, é importante voltar ao item 1.12 desta aula para relembrar como encontrar uma fração geratriz de uma dízima. As respostas dessas atividades são: (a) 4/9; (b) 3 + 21/90; (c) 3485/9900; (d) 1 + 65/99; (e) 2 + 45/9900. 22 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 22 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:33 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 1 • Fundamentos da Matemática I A quinta atividade começa com a letra (a) como exemplo, então, devemos segui-la e encontrar as seguintes respostas: (b) B = {x ∈ Z|x ≤ 0}; (c) C = {x ∈ Z|x > –6}; (d) D = {x ∈ Z|0 ≤ x ≤ 8}; (e) E = {x ∈ Z*}. Na última atividade, basta lembrarmos que temos três maneiras diferentes de representar um conjunto numérico, como em cada alternativa ele já está representado de uma das formas, basta usar outras duas. As respostas são: (a) ]–∞; 3[; (b) ]2; +∞[; (c) [0; 7[; (d) {x ∈ R| 7 < x < 10}; (e) {x ∈ R| –3 < x ≤ –1}; (f) {x ∈ R| x > 3}; (g) {x ∈ R| –5 < x ≤ –1}; (h) {x ∈ R| x < 0}; (i) {x ∈ R| 0 ≤ x ≤ 2/3}. Referência EVES, H. Introdução à história da Matemática. Campinas: Unicamp, 2004. Na próxima aula Agora que já conhecemos os conjuntos numéricos, vamos estudar a potenciação e a radiciação e suas propriedades. Anotações UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 23 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 23 19/1/2008 17:24:33 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 1 • Fundamentos da Matemática I 24 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 24 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:33 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 2 • Fundamentos da Matemática I Aula 2 Potenciação e radiciação Objetivos Esperamos que, ao final desta aula, você seja capaz de: • desenvolver as propriedades de potenciação; • aplicar as propriedades pertinentes às raízes. Pré-requisitos Um bom domínio de conhecimento dos números racionais, principalmente nas operações com frações, que foram vistas na aula anterior, irá auxiliá-lo na compreensão das propriedades e, também, na resolução de expressões numéricas que envolvam potenciação. Para esta aula, é imprescindível que você domine as propriedades de potenciação (relembradas agora), para que consiga compreender as propriedades da radiciação. Introdução O estudo da aula anterior nos deu uma indicação de que as descobertas da Matemática não aconteceram de um dia para o outro, mas sim que a maioria delas surgiram da necessidade de cada fase da descoberta. Assim a potenciação foi criada para resolver situações em que ocorriam multiplicações repetitivas, como, por exemplo, 8 · 8 · 8 · 8 · 8 · 8. 2.1 Potenciação De maneira geral, a situação do exemplo anterior pode ser definida da forma explicitada a seguir. Seja “a” um número Real e “n” inteiro positivo, então: • an = a · a · a · a · a · a · a ... n, onde a é base da potência e n o expoente; UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 25 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 25 19/1/2008 17:24:33 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 2 • Fundamentos da Matemática I • a base é o fator que se repete; • expoente é o número de vezes que multiplicamos a base. Exemplos: 42 = 4 · 4 = 16 (lê-se: quatro elevado ao quadrado é igual a dezesseis) 23 = 2 · 2 · 2 = 8 (lê-se: dois elevado ao cubo é igual a oito) 54 = 5 · 5 · 5 · 5 = 625 (lê-se: cinco elevado à quarta potência é igual a seiscentos e vinte e cinco) Nas expressões aritméticas, calcula-se, em primeiro lugar, as potências; depois, as operações indicadas. Exemplos: 6 – [– 8 + (42 – 25) + 32] = 6 – [– 8 + (16 – 32) + 9] = 6 – [– 8 – 16 + 9] = 6 – [– 15] = 6 + 15 = 21 {25 – [33 +(82 – 72)2 – 250]2} = {32 – [27 +(64 – 49)2 – 250]2} = {32 – [27 + 152 – 250]2} = {32 – [27 + 152 – 250]2} = {32 – [27 + 225 – 250]2} = {32 – [2]2} = {32 – 4} = 28 Potência de uma base positiva é sempre um número positivo. Quando a base é negativa, o sinal resultante depende do expoente: • expoente par – o resultado é positivo (–3)4 = (–3) · (–3) · (–3) · (–3) = 81; • expoente ímpar – o resultado é negativo (–3)3 = (–3) · (–3) · (–3) = –27. Exemplos: 26 (–10)5 = –10000 (– 4)4 = 256 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 26 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:34 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 2 • Fundamentos da Matemática I 5 32 2 − = − 3 243 –52 = –25 (nesse caso, o sinal menos (–) não está sendo elevado ao quadrado) 62 36 = (nesse caso, somente o seis está sendo elevado ao quadrado) 5 5 20 20 4 − 2 =− = − (nesse caso, o sinal menos não está sendo elevado ao 5 25 5 quadrado, nem o numerador 20) 2.2 Propriedades da potenciação a 1 – Multiplicação de potências de mesma base. Para multiplicar potências da mesma base, conserva-se a base e somam-se os expoentes. an · am = an + m 25 · 23 = 25+3 = 28 = 256 a 2 – Divisão de potências de mesma base. Para dividir potências de mesma base, conserva-se a base e subtraem-se os expoentes. an : am = an – m 25 : 23 = 25 – 3 = 22 = 4 3245 : 3242 = 3245 – 242 = 33 = 27 a 3 – Potência de potência. Para elevar uma potência a um novo expoente, conserva-se a base e multiplicam-se os expoentes. (an)m = an.m (23)2 = 23 · 2 = 26 = 64 a 4 – Produto de potências com o mesmo expoente. Para se multiplicar potências que tenham o mesmo expoente, multiplicam-se as bases e conservam-se os expoentes. an · bn = (a · b)n 33 · 53 = 153 = 3375 a 5 – Divisão de potências de mesmo expoente. Para se dividir potências que tenham o mesmo expoente, dividem-se as bases e conserva-se o expoente. n an a = bn b 3 1203 120 3 = =2 =8 3 60 60 UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 27 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 27 19/1/2008 17:24:34 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 2 • Fundamentos da Matemática I 2.3 Expoentes um e zero Qualquer número elevado a 1 é igual a ele mesmo, a1 = a. 121 = 12 (–123,5)1 = –123,5 (3/4)1 = 3/4 Essa propriedade, assim como as outras, é apenas uma conseqüência da definição, pois o expoente indica quantas vezes devemos multiplicar a nossa base. Qualquer número (exceto o zero) elevado a zero é igual a um, a0 = 1, a ≠ 0. Podemos exemplificar essa propriedade e verificar que ela também é apenas uma conseqüência de outras propriedades. 2.4 Expoente inteiro negativo Para se elevar uma potência a, com a ≠ 0 a um expoente negativo, temos: n 1 1 = n= a a − n a Exemplos: 5−3 = 3 4 13 1 = 3 5 125 −2 2 42 16 4 = = 2 = 3 9 3 Exemplo de expressão: 2 2 : 5 4 = 25 = = 3 1 8 1 4 2 − − 0,25 : − − 0,25 = 5 5 25 125 5 125 1 5 1 25 ⋅ − − 0,25 = − − 8 5 2 5 100 23 1 46 5 23 25 10 − 100 = 10 − 4 = 20 − 20 41 1 ou 2 20 20 2.5 Radiciação Assim como a subtração é a operação inversa da adição, a divisão é a operação inversa da multiplicação, a radiciação é a operação inversa da 28 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 28 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:34 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 2 • Fundamentos da Matemática I potenciação. O estudo das formas de determinar a raiz, assim como o estudo das suas propriedades, complementam o estudo das operações dentro do conjunto dos números reais. De maneira geral, temos a representação a seguir para os radicais. Dado um número real “a”, a raiz enésima desse número (n > 0) é indicada pela expressão: n am n = índice a = radicando m = exp oente 16 = 4 ⇔ 4 ⋅ 4 = 16 Obs. 1: quando o índice é par, existe apenas raiz de números reais positivos. Exemplos: 4 =2 −4 = ∃ (lê-se não existe) 4 −16 = ∃ Obs. 2: quando o índice é ímpar, existe raiz de qualquer número real. 3 −8 = −2 3 8=2 Um número inteiro positivo é quadrado perfeito quando, na sua decomposição em fatores primos, todos esses fatores se distribuem aos pares. Exemplos: Verificar se cada número a seguir é quadrado perfeito ou não: 400 400 2 400 = 24 x 52 200 2 400 é um quadrado perfeito 100 2 50 2 25 5 5 5 1 UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 29 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 29 19/1/2008 17:24:34 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 2 • Fundamentos da Matemática I 250 250 2 250 = 21 x 53 125 5 250 não é um quadrado perfeito 25 5 5 5 1 2.6 Propriedades da radiciação 1) n a m = b, com “a” ∈ R+ , n ∈ N e n > 1; 2 52 = 52 = 5 2) n 16 3) m n a = 3 a = 4 5 324 = 20 324 = 5 32 = 2 4) n a⋅b = 3 (a ⋅ b) = 3 a ⋅ 3 b 5) a = b n n a n b 2 = 3 4 4 2 3 n:p am = x4 = 4 a m:p , com p ≠ 0 e p divisor comum de m e n; 16 ÷ 4 m⋅n 6 n x4÷4 = 4 x a a a ⋅ n b, com a ∈ R+ , b ∈ R+ , n ∈ N e n > 1 , com a ∈ R+ , b ∈ R∗+ , n ∈ N e n > 1 2.7 Potenciação com expoente fracionário Uma potência de expoente fracionário representa uma raiz que pode ser escrita na forma: m a n = n am , em que a > 0, m e n ∈ N e n ≠ 0: • n é o denominador da fração que passa a ser o índice da raiz; • m é o numerador é o expoente da base a no radicando. 30 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 30 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:35 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 2 • Fundamentos da Matemática I Exemplos: 1. Transforme as potências de expoente fracionário em raízes e simplifique, se possível. 2 a) 83 = 3 82 = 3 64 = 4 1 b) 325 = 5 32 = 2 3 c) 2 8 4 ⋅9 3 = 3 8 4 ⋅ 2 93 = 3 3 (2 ) 3 4 ⋅ 2 (32 ) = 3 212 ⋅ 2 36 = 24 ⋅ 33 = 16 ⋅ 27 = 432 No estudo desta aula, pudemos entender, portanto, as propriedades da potenciação e aplicar as propriedades às raízes. Síntese da aula Esta aula pode ser sintetizada nos conteúdos apresentados pelas propriedades da potenciação e radiciação: n 1) a = a ⋅ a ⋅ a ⋅ ....a n vezes 2) a0 = 1 3) a1 = a 4) a−n = 1n a n m 5) a ⋅ a = an + m n−m (a ≠ 0) 6) an ÷ am = a 7) (an ) = an ⋅ m m a = b ⇔ b ⋅ b = a , com “a” ∈ R+ , n ∈ N e n > 1 8) m 9) a n = n am , em que a > 0, m e n ∈ N e n ≠ 0 Com o exemplo anterior, podemos dizer que a aula cumpriu a função de apresentar a potenciação e suas propriedades. Atividades 1. Resolvendo a expressão a) 8 b) 3 2 2 , temos o seguinte valor: c) d) 2 8 2 UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 31 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 31 19/1/2008 17:24:36 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 2 • Fundamentos da Matemática I 2. Simplificando a expressão a seguir, encontramos o seguinte valor: 149 : 145 ⋅ 146 : 1411 = 14−2 a) 149 b) 142 c) 143 d) 14 3. Resolva as potências a seguir. a) (–2)2 b) (–0,1)3 c) 50 d) (2)–5 4 2 e) 3 −2 2 f) − 3 4. Extraia as raízes por meio do método de fatoração. Se não for possível extrair totalmente, simplifique ao máximo. a) 576 b) 256 c) 288 d) 384 Comentário das atividades Para essas atividades, você necessita saber as propriedades da potenciação e radiciação. Na primeira atividade, basta multiplicar os índices dos radicais e encontrará o valor 8 2 na letra (c). Na segunda atividade, você usará as propriedades de potenciação e encontrará o resultado 14, que é a letra (d). As respostas da terceira atividade são: (a) 4; (b) –0,001; (c) 1; (d) 1/32; (e) 16/81; (f) 9/4. 32 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 32 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:36 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 2 • Fundamentos da Matemática I A última atividade tem como respostas os seguinte valores, respectivamente: 24; 16; 2 12 e 8 6 . Na próxima aula Vamos enfocar um assunto bastante diferente daquele que tratamos até o momento. Diferente, porém não menos importante. No dia-a-dia, constantemente usamos os cálculos ligados à razão, proporção, porcentagem e à popular regra de três. Que tal conhecê-los mais? Anotações UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 33 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 33 19/1/2008 17:24:36 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 2 • Fundamentos da Matemática I 34 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 34 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:36 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 3 • Fundamentos da Matemática I Aula 3 Razão, proporção e porcentagem Objetivos Esperamos que, ao final desta aula, você seja capaz de: • reconhecer razões e grandezas direta e inversamente proporcionais; • resolver situações-problema envolvendo razão e proporção, por meio da regra de três simples ou composta; • entender a aplicação dos elementos básicos da porcentagem na resolução de problemas. Pré-requisitos Esta aula exige algo que você já sabe: o domínio das quatro operações fundamentais com números racionais, pois foram vistos em nossa primeira aula. Então, vamos em frente, mas é importante lembrar que, para um bom desempenho no estudo em porcentagem, é necessário que você tenha tido bastante aproveitamento no primeiro tópico desta aula, no conhecimento básico de razão proporção, principalmente no que se refere à aplicação da regra de três simples. Introdução Todos nós, querendo ou não, vivemos fazendo cálculos a todo o momento. Ao fazermos compras, envolvemo-nos com preços: quanto podemos gastar; ou, ao verificar o preço de uma peça, ficamos calculando o preço do total que gostaríamos de comprar; quando analisamos as notas dos nossos alunos, fazemos pequenos cálculos e fazemos a projeção do que acontecerá se as notas permanecerem assim, ou se será necessário melhorar. Quando percebemos que os números que representam determinadas grandezas são proporcionais, podemos calcular o possível resultado com grandezas diferentes. UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 35 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 35 19/1/2008 17:24:36 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 3 • Fundamentos da Matemática I 3.1 Razão Dados a e b pertencentes ao conjunto dos números inteiros e b diferente a de zero, a razão entre a e b é . b 3 A razão entre 3 e 5 é = . 5 A razão entre o número de alunas e o número de alunos do Curso de 30 3 Matemática é de 30 alunos para 20 alunas. Logo, a razão é = . 20 2 3.2 Grandezas proporcionais • Grandezas diretamente proporcionais Duas grandezas variáveis são chamadas de grandezas diretamente proporcionais quando a razão entre os valores da primeira grandeza e os valores correspondentes da segunda grandeza é sempre a mesma. • Grandezas inversamente proporcionais Duas grandezas variáveis são chamadas de grandezas inversamente proporcionais quando o produto de cada valor da primeira grandeza pelo valor correspondente da segunda grandeza é sempre o mesmo. 3.3 Regra de três simples A regra de três simples é uma maneira de descobrir um valor a partir de outros três, divididos em pares relacionados, cujos valores têm mesma grandeza e unidade. Em uma proporção, o produto dos extremos é igual ao produto dos meios. Veja alguns exemplos de resolução de problemas: a) Devido à promoção, o seu salário de R$ 800,00 teve um aumento de 25%. Qual será o seu novo salário? Salário Aumento 800,00 100% x 125% Quando aumenta o salário, aumenta também a porcentagem em relação ao total. Portanto as grandezas são diretamente proporcionais. 100 · x = 800 · 125 100x = 100000 36 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 36 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:37 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 3 • Fundamentos da Matemática I 100x/100 = 100000/100 x = 1000 O seu salário, com o aumento, é de R$ 1.000,00. b) Se cinco torneiras enchem um tanque em 450 minutos, nove torneiras encherão esse tanque em quantos minutos? Torneiras Tempo 5 450 min 9 x Nesse caso, as grandezas são inversamente proporcionais, invertemos uma das duas grandezas 5 = x 9 450 9 · x = 5 · 450 9x = 2250 (9x)/9 = 2250/9 x = 250 As cinco torneiras encherão o tanque em 250 minutos. c) Um automóvel faz um percurso em 8h com uma velocidade média de 60 km/h. Se a velocidade fosse de 80 km/h, qual seria o tempo para fazer o mesmo percurso? Tempo Velocidade 8h 60 km/h x 80 km/h Quanto maior a velocidade, menor será o tempo gasto para realizar o percurso. Logo as grandezas são inversamente proporcionais, inver8 80 : temos uma das duas grandezas = x 60 80 · x = 8 · 60 80x = 480 80x/80 = 480/80 x=6 O tempo para realizar o mesmo percurso será de 6 horas. UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 37 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 37 19/1/2008 17:24:37 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 3 • Fundamentos da Matemática I 3.4 Regra de três composta A regra de três composta é utilizada quando se quer descobrir um único valor a partir de três, ou mais valores já conhecidos, e tendo em conta que os valores referentes a uma mesma classe de objeto devem estar na mesma unidade de medida (essa regra continua a se chamar regra de três porque comparamos as grandezas aos pares). Alguns exemplos de resolução de problemas serão mostrados a você. a) O dono de uma fábrica de automóveis sabe que precisa de 48 mecânicos para fazer dez automóveis em cinco dias. Quantos mecânicos seriam necessários para fazer 20 automóveis em 12 dias? Mecânicos Carros Dias de trabalho 48 10 5 x 20 12 Inicialmente, foi determinado o sentido da primeira seta ( ) quando se aumenta o número de mecânicos. A seguir, comparamos essa grandeza em relação às outras duas variáveis. Aumentando o número de mecânicos e permanecendo o número de dias trabalhado, aumenta o número de carros fabricados: o sentido da seta permanece ( ). Aumentando o número de mecânicos e permanecendo o número de carro trabalhados, diminui o número de dias trabalhados: o sentido da seta inverte ( ). O produto da grandeza situada na ponta da seta x pelas grandezas situadas no final das outras setas (x · 10 · 12) é igual ao produto das três outras grandezas restantes (48 · 20 · 5): x · 10 · 12 = 48 · 20 · 5 120x = 4800 120x/120 = 4800/120 x = 40 mecânicos b) Doze operários em 90 dias, trabalhando oito horas por dia, fazem 72 metros de tecido. Quantos dias de trabalho de dez horas serão necessários para que 18 operários façam 36 metros do mesmo tecido? 38 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 38 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:37 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 3 • Fundamentos da Matemática I no. operários no. de dias horas p/dia metros/tecido 12 90 8 72 18 x 10 36 As comparações devem ser sempre feitas em relação ao par no qual se encontra a variável x. Aumentando o número de dias trabalhados ( ) e mantendo o número das horas diárias trabalhadas e o comprimento da peça feita, diminui o número de operários para realizar o serviço ( ). Aumentando o número de dias trabalhados ( ) e mantendo o número de operários e o comprimento da peça feita, diminui o número de horas diárias para realizar o serviço ( ). Aumentando o número de dias trabalhados ( ) e mantendo o número de operários e o número de horas diárias trabalhadas, aumenta o comprimento da peça confeccionada ( ). O produto de x que está no fim da seta pelas outras três grandezas que estão nas pontas ( x · 18 · 10 · 72) é igual ao produto das quatro grandezas restantes (90 · 12 · 8 · 36): x · 18 · 10 · 72 = 90 · 12 · 8 · 36 12960x = 311040 (12960x)/12960 = 311040/12960 x = 24 Serão necessários 24 dias de trabalho. 3.5 Porcentagem O símbolo (%) aparece com bastante freqüência no nosso dia-a-dia. Assim devemos entender com bastante segurança o que ele realmente representa. Sempre que nos deparamos com situações que envolvam o cálculo de porcentagens, devemos ter noção dos seus princípios básicos para sair dessas situações com a solução correta e realmente entender o significado de cada operação. Os exemplos a seguir ilustram situações do cotidiano que aparecem em jornais, revistas, na TV, em lojas, em embalagens de produtos, entre outros. UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 39 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 39 19/1/2008 17:24:37 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 3 • Fundamentos da Matemática I Exemplos: a) A gasolina subiu 12%. b) Houve um reajuste de 24% no salário. c) Desconto de 40% na compra a vista. d) 22% de álcool é misturado à gasolina aqui no Brasil. Todos esses exemplos ilustram bem como a porcentagem aparece nas várias situações sociais. Vamos agora ver como a Matemática está presente nos problemas que envolvem porcentagem. O estudo da porcentagem é um modo de comparar números, usando uma proporção direta. Só que, nesse caso, temos uma das razões da proporção, uma fração cujo denominador vale 100. Todos os termos mencionados anteriormente são bastante conhecidos de todos nós. Assim vamos ver alguns exemplos numéricos para darmos uma noção de grandeza. Vamos supor que eu desejo saber quanto é 20% de R$ 500,00. O meu trabalho será o de descobrir um valor que represente, em 500, o mesmo que 20 representa em 100. Essa operação pode ser representada na proporção a seguir (lembra da regra de três?). 20 x = 100 500 Se resolvermos essa proporção, como vimos na seção anterior, vamos encontrar o valor de R$ 100,00. Quando resolvemos situações como essa, percebemos que será necessário utilizar sempre proporções diretas, o que deixa claro que qualquer problema dessa natureza pode ser resolvido com uma regra de três simples. Podemos tentar definir porcentagem como uma fração cujo denominador é 100. Assim vamos fazer algumas aplicações diretas e também resolução de problemas para consolidarmos esse conteúdo. Vejamos. 15 a) 15% de 300 = ⋅ 300 = 45 100 35 b) 35% de 700 = ⋅ 700 = 245 100 Exemplos de problemas 1. O salário de um aposentado, no mês de janeiro, era de R$ 2.500,00. No mês de fevereiro, sofreu um reajuste de 23%; então o aposentado passou a receber quanto? 40 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 40 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:37 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 3 • Fundamentos da Matemática I Precisamos saber o quanto vale 23% de R$ 2.500,00. 23 ⋅ 2500 = 575 100 Somando esse resultado ao salário inicial, temos o novo valor da aposentadoria, que é de: R$ 575,00 + R$ 2.500,00 = R$ 3.075,00 2. Mistura-se 30 litros de detergente com 50 litros de água. Qual a porcentagem de detergente e de água que essa mistura contém? (30L + 50 L) 80 L da mistura contém 30 L de detergente. 100 L da mistura contém x de detergente. 80 30 30 ⋅ 100 = ⇔x= = 37,5% de detergente. 100 x 80 80 50 50 ⋅ 100 = ⇔x= = 62,5% de água. 100 x 80 Poderíamos, ainda, propor outras soluções, como, por exemplo, subtrair do total 100% o valor encontrado no primeiro cálculo, e teríamos encontrado o valor do segundo cálculo, como vamos observar na representação a seguir: 100% – 37,5% = 62,5% Portanto, o reconhecimento de razões e grandezas, a solução de situações-problema envolvendo razão e proporção (a partir da regra de três) e o entendimento da aplicação dos elementos básicos de porcentagem constituíram o foco desta aula, cuja importância deve ser considerada para a utilização no cotidiano. Síntese da aula Vimos, nesta aula, que razão é o quociente entre duas grandezas a/b. Duas grandezas são proporcionais quando a variação de uma implica em uma variação correspondente na outra. Em uma proporção direta, é possível aplicar a regra de três simples, que diz: o produto dos extremos é igual ao produto dos meios. Tratamos, ainda, de um assunto muito utilizado em nosso cotidiano, a porcentagem, que irá nos auxiliar na resolução de problemas extremamente simples até os mais complexos no decorrer do nosso curso. Porcentagem ou percentagem é a fração de um número inteiro, expressa em centésimos, e representa-se com o símbolo % (que se lê “por cento”). UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 41 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 41 19/1/2008 17:24:37 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 3 • Fundamentos da Matemática I Atividades 1. Na construção de um muro de 12m2, foram utilizados 2160 tijolos. Quantos tijolos serão necessários para construir, nas mesmas condições, 30m2 de muro? a) 4600 b) 5400 c) 6300 d) 6800 2. Doze operários, em 50 dias, trabalhando 8 horas por dia, fazem 1000 m2 de vidro plano. Quantos dias de trabalho de 10 horas serão necessários para que 15 operários façam 2500 m2 do mesmo vidro? a) 40 b) 60 c) 80 d) 100 3. Cinco homens podem arar um campo de 20 ha em 10 dias, trabalhando 10 horas por dia. Quantos dias de trabalho 15 homens terão de trabalhar para arar um campo de 40 ha, trabalhando 8 horas por dia? a) 8 dias b) Menos de 8 dias c) 5 dias d) Mais de 8 dias 4. Uma bola de futebol custa R$ 40,00. Pagando à vista, ela tem um desconto de 20%. Qual o valor em reais do desconto? 5. A biblioteca de uma escola tem 600 livros. Quantos são os livros de Matemática, se eles representam 25% do total? 6. A tabela a seguir se refere à distribuição dos alunos de uma universidade, separados por áreas de conhecimento. EXATAS 40% 42 HUMANAS 15% SAÚDE 45% Obs.: total de 3.000 alunos. 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 42 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:37 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 3 • Fundamentos da Matemática I a) Qual o número de alunos que não são da área de exatas? b) Qual o número de alunos da área de saúde? c) Qual o número de alunos da área de humanas? d) Qual o número de alunos que não são da área de humanas? Comentário das atividades Para resolver essas atividades, você deve dominar as noções de regra de três simples e, para isso, vamos nos lembrar do seguinte: nesses problemas, conhecemos todos os valores das gradezas e desconhecemos apenas um, basta relacionar as grandezas que são direta e inversamente proporcionais. Na primeira atividade, a resposta é a letra (b); na segunda, a resposta é a letra (c); e, na terceira, letra (d). No desenvolvimento das três últimas atividades, você encontrará problemas que envolvem tanto o cálculo de porcentagens que representam certa quantidade, quanto quantidades que representam uma porcentagem. A quarta atividade tem como resposta um desconto de R$ 8,00; na quinta atividade, a resposta é 150 livros de Matemática; e, na última atividade, as respostas são: (a) 1800; (b) 1350; (c) 450; (d) 2550. Na próxima aula Vamos dar início ao estudo do cálculo algébrico, que trata da utilização de letras em expressões. Iremos chamá-las de expressões algébricas ou literais. Anotações UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 43 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 43 19/1/2008 17:24:38 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 3 • Fundamentos da Matemática I 44 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 44 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:38 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 4 • Fundamentos da Matemática I Aula 4 Expressões algébricas Objetivos Esperamos que, ao final desta aula, você seja capaz de: • compreender a utilização do cálculo algébrico; • efetuar as operações fundamentais com monômios e polinômios; • operacionalizar os principais casos de fatoração. Pré-requisitos Para um bom desempenho no estudo desta aula, é necessário que você tenha compreendido a resolução de expressões numéricas e também as operações dentro do conjunto dos números reais. Todos esses conteúdos foram vistos em aulas anteriores e podem ser aprofundados com o auxílio das referências bibliográficas citadas e também no material complementar no portal de relacionamento. Introdução Os conceitos algébricos são utilizados desde a Antiguidade. Os filósofos gregos Aristóteles e Euclides foram os precursores na utilização de símbolos para indicar números desconhecidos e para expressar a solução de um problema. Giovanni (2002, p. 34) cita que, por volta de 1400/1500, Stifel (Alemanha), Cardano e Bombelli (Itália) passaram a usar as letras para montar equações nas soluções de problemas. Finalmente, o advogado e matemático francês François Viète introduziu o uso sistemático das letras para representar valores e fenômenos desconhecidos e os símbolos das operações usados até hoje. O cálculo literal fez com que o avanço na matemática – claro que passando por um longo caminho – fosse imenso e evoluindo até os dias de hoje. Antes de começarmos a trabalhar com as operações entre equações literais, temos de relembrar algumas considerações básicas que subsidiem nosso estudo. UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 45 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 45 19/1/2008 17:24:38 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 4 • Fundamentos da Matemática I 4.1 Expressões algébricas Podemos afirmar que essas expressões são formadas pelo conjunto de letras ou número e letras que geralmente se transformam em uma expressão numérica quando substituímos as letras por números. Também pode ser chamada de expressão literal. No caso da generalização de soluções de problemas ou fórmulas, a álgebra usa as letras do alfabeto para representar valores que medem quantidades conhecidas ou desconhecidas. As primeiras letras do nosso alfabeto são utilizadas, geralmente, para representar números conhecidos, e as últimas, os números desconhecidos ou incógnitos. É importante lembrar que, quando uma mesma letra assume diferentes valores, devemos usar sinais particulares que denominamos de índices. Dessa maneira, se quisermos indicar o comprimento de várias circunferências, temos as notações que podemos observar a seguir: c, c’, c’’, c’’’, c’’’’ (lemos: c, c linha, c duas linhas, etc.) ou c, c1, c2, c3, c4 (lemos: c, c índice um, c índice dois, etc.) As letras são empregadas na generalização de problemas para se estabelecer uma “regra geral” ou uma “lei de formação” na resolução de um dado problema, independentemente de valores particulares. 4.2 Valor numérico de uma expressão algébrica Quando substituímos as letras de uma expressão algébrica por valores determinados e efetuamos as operações indicadas, temos o valor numérico dessa expressão. Exemplos: 1. O valor numérico da expressão 3ab − 5 a + b = –2, temos: 3 ⋅ (9) ⋅ ( −2) − 5 9 + 4 2 a b − ab3, para a = 9 e 5 4 ⋅ (9)2 ⋅ ( −2) − (9) ⋅ ( −2)3 = 5 4 ⋅ 81⋅ ( −2) − (9) ⋅ ( −8) = 5 4 −54 − 15 + ⋅ ( −162) + 72 = 5 648 −69 − + 72 = 5 648 = − 633 3− 5 −54 − 5 ⋅ 3 + 46 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 46 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:38 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 4 • Fundamentos da Matemática I 2. Calcular o valor numérico de (a + b + c)0 – (a – b + c) + 5(a – b – c), sendo: a = 3 b = −2 c = 1 (a + b + c)0 – (a – b + c) + 5(a – b – c) = [3 + (–2) + 1]0 – [3 – (–2) + 1] + 5[3 – (–2) – 1] = 1 – (3 + 2 + 1) + 5(3 + 2 –1) = 1 – 6 + 20 = 15 (a m 3. Calcular o valor de N = 4x y (q – p p q 3 (5 – 2 ) (1 +1 ) 1 N= ( – bn ) ma + nb 1 5 2 2 5 4 ⋅ 60 ⋅ ⋅ 23 – 02 2 3⋅ 2 6 3 = = N= 25 200 100 ⋅8 4 ⋅ 1⋅ 4 ( ) 2 ) ) a = 5 b = 2 x = 6 5 y = sendo 2 m = 1 n = 1 p = 0 q = 2 4.3 Monômios O cálculo literal envolve um conjunto de regras, por meios das quais podemos transformar uma expressão literal em expressões literais equivalentes, que podem ser monômios e polinômios. Um monômio é uma expressão algébrica em que não há nem somas nem subtrações, ou seja, alternação dos sinais (+) e (–). As partes que compõem um monômio, também chamado de termo algébrico, são as seguintes: sinal, coeficiente, parte literal e expoente. 4.4 Grau de um monômio Como toda expressão algébrica, os monômios podem ser racionais ou irracionais. Como nos exemplos que vemos a seguir: 7a2b5 (racional) 3a6 b3 (irracional) UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 47 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 47 19/1/2008 17:24:38 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 4 • Fundamentos da Matemática I O grau de um monômio inteiro é encontrado pela soma dos expoentes das letras que o formam. Assim temos, a seguir, respectivamente, monômios do primeiro, segundo, terceiro e quarto graus. 3 a2 y, 5ab, −1 , 7xyzt 4 b O grau de um monômio fracionário é encontrado pela diferença, positiva ou negativa, entre os graus do numerador e o denominador. Nos monômios a seguir, temos, respectivamente, monômios do primeiro e do segundo graus. a4 5a4b3c5 , c3 d10 O grau de um monômio irracional é encontrado pelo quociente, inteiro ou fracionário, do grau da quantidade no radicando dividido pelo índice da raiz. Assim temos, a seguir, respectivamente, monômios do primeiro, segundo e do grau 2/3. a5 , c3 a2b2 , 3 ac Lembramos ainda que podemos encontrar o grau de um monômio em relação a uma certa letra. Esse grau é o próprio expoente da letra. Como exemplo, temos o monômio a seguir, que é do terceiro grau, para a letra “x”, e do quinto grau, para a letra “y”. 8x 3 y 5 4.5 Polinômios Podemos defini-lo como sendo a soma algébrica de monômios, ou seja, a expressão algébrica formada de dois ou mais monômios (termos algébricos). Exemplos: 3a2 + 5b3 ; 7x − 5y 5 + 2x 2 ; ax + by − a y + 5b x 4.6 Grau de um polinômio Os polinômios, assim como os monômios, são expressões algébricas e podem ser racionais, irracionais, inteiros e fracionários. Os exemplos a seguir mostram essa característica. 3ab 4 + 5m3 − 7nx (racional e inteiro) xy 3 − a b + 3bx (irracional) by ax + − c3 + x (racional fracionário) c 48 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 48 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:39 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 4 • Fundamentos da Matemática I O último exemplo anterior é fracionário em relação à letra “c”, e inteiro em relação às outras variáveis. O grau de um polinômio é determinado pelo termo de maior expoente, como podemos ilustrar no exemplo a seguir: 3 4 6 ax 3 x y + 4 4 b O polinômio anterior é do décimo grau, que é determinado pelo terceiro termo − 3 x 4 y 6 desse polinômio. 4 ax 5 + b2 xy 6 − 4.7 Termos semelhantes Os termos de um polinômio, os monômios que o formam, são semelhantes quando contêm os mesmos fatores literais, inclusive seus expoentes, ou seja, os termos semelhantes só podem se diferenciar em seus coeficientes. Os termos a seguir são exemplos de termos semelhantes. a3bx 5 ; − 6a3bx 5 ; 5 3 5 a3bx 5 7 a bx ; 3 4 4.8 Redução de termos semelhantes Dois ou mais monômios (termos) semelhantes podem ser substituídos por um único monômio equivalente, que conservará a mesma parte literal e coeficiente igual à soma algébrica dos coeficientes. Isso pode ser verificado nos exemplos a seguir: a) 5x + 4x – 3x + x – 11x + 8x = x(5 + 4 – 3 + 1 – 11 + 8 ) = + 4x b) axy – bxy + xy = xy(a – b + 1) c) 2x2y + 5xy3 – xy – 7x2y – 3xy3 + 8xy = x2y(2 – 7) + xy3(5 – 3) + xy (– 1 + 8)= = – 5x2y + 2xy3 + 7xy 4.9 Operações algébricas 4.9.1 Adição A finalidade da adição de duas ou mais expressões algébricas é a operação que determina uma outra expressão, a mais simples possível, na qual o valor numérico, para qualquer valor atribuído às letras, seja sempre igual à soma algébrica dos valores numéricos das expressões consideradas, para o mesmo sistema de valores das letras. UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 49 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 49 19/1/2008 17:24:39 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 4 • Fundamentos da Matemática I Exemplos: a) 4x – 3xy + 5y2 + 3x – 7xy = 7x – 10xy + 5y2 b) –2a + 3b – 5c – 8a + 7c = – 10a + 3b +2c 4.9.2 Subtração Para subtrair uma expressão algébrica de uma outra expressão algébrica, temos de determinar uma terceira expressão, na qual o seu valor numérico será igual à diferença algébrica dos valores numéricos das expressões consideradas, para qualquer valor que seja atribuído às letras. Exemplos: a) (4x – 3xy + 5y2) – (3x – 7xy) = 4x – 3xy + 5y2 – 3x + 7xy = = x + 4xy + 5y 2 b) (5a2b + 3ab2) – (3ab2 – 7a2b – 5c) = 5a2b + 3ab2 – 3ab2 + 7a2b + 5c = = 12a2b + 5c 4.9.3 Multiplicação A finalidade da multiplicação de duas ou mais expressões algébricas é determinar uma outra expressão cujo valor numérico seja igual ao produto dos valores numéricos das expressões consideradas para qualquer valor numérico atribuído às letras. O resultado é obtido multiplicando-se os coeficientes numéricos dos monômios dados, somando os expoentes das letras comuns e escrevendo como fatores as demais letras com os seus respectivos expoentes. Vamos aplicar essa definição nos exemplos a seguir: a) (3xy2) · (2x3y5z2) · (–4yz6t3) = [3 · 2 · (–4)] x1 + 3 y2 + 5 + 1 z2 + 6 t3 = = –24x4y8z8t3 b) (–2xy2) · (–5xyz3) · (–3x2y4zn) = –30x4y7zn + 3 4.9.4 Multiplicação de um monômio por um polinômio Essa multiplicação segue a mesma regra da multiplicação de uma soma algébrica por um número relativo, como segue no exemplo a seguir: a) (4x2y) · (3xy5 – 6x3y6 + 2xy3). Se fizermos a multiplicação de cada termo do polinômio, em separado, pelo monômio, temos: 50 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 50 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:39 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 4 • Fundamentos da Matemática I (4x2y) · (3xy5) = 12x3y6 (4x2y) · (–6x3y6) = –24x5y7 (4x2y) · (2xy3) = 8x3y4 Logo, o resultado desse produto é o polinômio 12x3y6 – 24x5y7 + 8x3y4. 4.9.5 Multiplicação de um polinômio por outro polinômio Esse produto é encontrado pela multiplicação de um dos polinômios por cada termo do outro polinômio e somando os resultados obtidos. a) (3a – 2b) · (1 + 5c) = 3a + 15ac – 2b – 10bc b) (3x – 2) · (4 + 5x)= 12x + 15x2 – 8 – 10x = = 15x2 + 2x – 8 Obs.: ordenando os dois polinômios, torna-se conveniente posicionar o cálculo como na multiplicação de números inteiros, colocando os produtos parciais de maneira que os termos semelhantes fiquem em uma mesma coluna. Isso facilita a redução dos termos semelhantes. (3x3 + 5xy2 – 2y3 + x2y) · (4y2 – x2 + xy) 3x3 + x2y + 5xy2 – 2y3 – x2 + xy + 4y2 – 3x5 – x4y – 5x3y2 + 2x2y3 3x4y + x3y2 + 5x2y3 – 2xy4 12x3y2 + 4x2y3 + 20xy4 – 8y5 – 3x5 + 2x4y + 8x3y2 + 11x2y3 + 18xy4 – 8y5 4.9.6 Divisão A divisão de monômios se dá pela divisão do coeficiente do dividendo pelo coeficiente do divisor. Depois, escrevem-se as letras comuns aos dois monômios com expoente igual à diferença do que as mesmas têm no dividendo e divisor, e repetem-se as letras que pertencem somente ao dividendo. Os exemplos a seguir irão ilustrar essa definição. x4 a) 2 = x 4−2 = x 2 x b) 5x 5 y 3 z 2 5 5 − 2 3− 3 2 1 1 =− x y z = − x 3 y 0 z 2 = − x 3z 2 2 3 −10x y 10 2 2 UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 51 01 - MATEM´PATICA - 1º PERÍODO - 6ª PROVA - 19/01/2008 51 19/1/2008 20:57:34 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) VISTO ______________ Aula 4 • Fundamentos da Matemática I 4.9.7 Divisão de um polinômio por um monômio Devemos dividir cada termo do polinômio pelo monômio e somar os quocientes parciais. Podemos verificar nos exemplos a seguir: a) (6x 3 y 4 − 9xz 6 ) ÷ (2xz ) = (12a b + 15a b 3 b) 2 2 6x 3 y 4 9xz 6 3x 2 y 4 9z 5 − = − 2xz 2xz z 2 − 6a2b )÷ (3a2b ) 12a3b + 15a2b2 − 6a2b = 4a + 5b − 2 3a2b 4.9.8 Divisão de um polinômio por um polinômio Devemos seguir os passos mostrados a seguir para generalizarmos a regra dessa divisão. Dado a divisão do polinômio 3x4 + 2x3 – 7x2 – 3x + 7 pelo polinômio x2 + 3x – 1, temos os passos que você verá a seguir. o 1 ) Dividimos o primeiro termo do dividendo pelo primeiro termo do divisor (3x4/x2) e obtemos o primeiro termo do quociente. 3x4 + 2x3 – 7x2 – 3x +7 x2 + 3x – 1 3x2 o 2 ) Multiplicamos o termo encontrado (3x2) pelo divisor, e o produto subtraímos do dividendo. 3x4 + 2x3 – 3x4 – 7x2 – 9x3 + 3x2 – 7x3 – 4x2 – 3x +7 x2 + 3x – 1 3x2 – 3x +7 o 3 ) Dividimos o primeiro termo do resto pelo primeiro do divisor e obtemos o segundo termo do quociente. Sobre esse termo encontrado, operamos como no primeiro termo encontrado. 3x4 + 2x3 – 3x4 – 7x2 – 3x – 9x3 + 3x2 – 7x3 – 4x2 – 3x 7x3 + 21x2 – 7x x2 + 3x – 1 3x2 – 7x 17x2 – 10x 52 +7 +7 +7 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 52 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:40 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 4 • Fundamentos da Matemática I o 4 ) De maneira análoga, procedemos a seguir, até chegarmos a um resto de grau menor do que o grau do divisor, que será o resto dessa divisão. 3x4 + 2x3 – 7x2 – 3x – 3x4 – 9x3 + 3x2 – 7x3 – 4x2 – 3x 7x3 + 21x2 – 7x +7 x2 3x2 17x2 – 10x + 3x –1 – 7x + 17 (quociente) +7 +7 – 17x2 – 51x + 17 – 61x + 24 (resto) 4.10 Fatoração A fatoração pode ser considerada como a tabuada da álgebra. Ela é de suma importância na continuidade do estudo da matemática e será uma ferramenta útil nas próximas disciplinas deste curso. Como a fatoração não pode ser definida por uma regra geral, iremos tratar, nesta aula, de alguns casos, mas partindo do pressuposto de que devemos decompor um polinômio em um produto de fatores que o compõem, ou seja, transformar expressões algébricas em produtos de duas ou mais expressões. 4.11 Fator comum Nesse caso, os termos apresentam fatores comuns, ou seja, mesma parte literal, por isso podemos colocar o fator comum em evidência, como mostram os exemplos a seguir. Exemplos: a) ax + ay = a · (x + y) b) 3x2 + xy = x ∙ (3x + y) c) 11m6n3 – 22m4n2 + 33mn = 11mn (m5n2 – 2m2n + 3) 4.12 Fatoração por agrupamento Esse caso ocorre quando não há fator comum a todos os termos do polinômio. Então devemos aplicar duas vezes o caso do fator comum no polinômio. Como, por exemplo: ax + ay + bx + by UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 53 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 53 19/1/2008 17:24:40 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 4 • Fundamentos da Matemática I Os dois primeiros termos possuem em comum o fator “a”, os dois últimos termos possuem em comum o fator b. Colocando esses termos em evidência: a · (x + y) + b · (x + y) Esse novo polinômio possui o termo (x + y) em comum. Assim, colocando-o em evidência, temos a seguinte forma fatorada: (x + y) · (a + b) Ou seja: ax + ay + bx + by = (x + y) · (a + b) Podemos fazer outro exemplo: 1 – ym + x – ymx = 1 – ym + x · (1 – ym) = (1 – ym) · (1 + x) 4.13 Diferença de dois quadrados Nesse caso, temos uma igualdade em que a diferença dos quadrados de dois termos é igual ao produto da soma pela diferença desses dois termos. Ilustraremos esse fato nos exemplos a seguir. a) x2 – 1 = (x – 1) · (x + 1) b) 25y2 – 16y4 = (5y – 4y2) · (5y + 4y2) c) a8 – a4 = (a4 – a2) · (a4 + a2) = (a4 + a2) · (a2 + a) · (a2 – a) 9 1 3 1 3 1 d) x 2 − = x− . x+ 4 16 2 4 2 4 4.14 Trinômio quadrado perfeito Nesse caso, a identidade será valida quando, em um trinômio, ordenado segundo as potências decrescentes de uma letra, o primeiro e o último termo tenha sinal positivo, e que o segundo seja mais (+) ou menos (–) o dobro do produto das raízes quadradas dos outros dois. Vamos acompanhar, a seguir, alguns exemplos para que possamos ilustrar essa definição. a) (a + b)2 = a2 + 2ab +b2 b) (a – b)2 = a2 – 2ab +b2 4.15 Soma e diferença de dois cubos Essa identidade é igual à raiz cúbica do primeiro, mais ou menos a raiz cúbica do segundo, multiplicado pelo quadrado da raiz cúbica do 54 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 54 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:40 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 4 • Fundamentos da Matemática I primeiro, mais ou menos o produto da raiz cúbica do segundo, mais o quadrado da raiz cúbica do segundo. A seguir, vamos ver alguns exemplos desse caso. a) (a + b) · (a2 – ab + b2) = a3 + b3 b) (a – b) · (a2 + ab + b2) = a3 – b3 c) (8x3 – 125y6) = (2x – 5y2) · (4x2 + 10xy2 + 25y4) 4.16 Cubo da soma e da diferença de dois termos Esse caso apresenta uma identidade em que o cubo da soma ou da diferença de dois termos é igual ao cubo do primeiro termo mais ou menos três vezes o primeiro termo ao quadrado, vezes o segundo, mais três vezes o primeiro termo, vezes o segundo ao quadrado, mais ou menos o cubo do segundo. Assim temos os exemplos a seguir. a) (a ± b)3 = a3 ± 3a2b + 3ab2 ± b3 b) a3 + 6a2 + 12a +8 = (a + 2)3 c) 8x3 – 12x2 + 6x – 1 = (2x – 1)3 O cálculo algébrico foi, portanto, uma preocupação humana desde a Antiguidade. Isso é importante considerar, já que a evolução desses estudos foram sofrendo alterações para que melhor pudéssemos entender as operações com o cálculo algébrico. Síntese da aula Nesta aula, relembramos algumas operações com cálculo algébrico, produtos notáveis e fatoração, que serão ferramentas importantes no estudo que virá nos próximos períodos. Estude bastante! Atividades 1. Resolvendo as operações (2x + 1) · (–6x2 – 4x + 2), teremos o seguinte polinômio: a) –12x3 – 14x2 + 2 b) –12x3 c) 12x3 – 14x2 d) 12x3 + 14x2 UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 55 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 55 19/1/2008 17:24:40 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 4 • Fundamentos da Matemática I 2. Determine o polinômio que representa a área da figura a seguir, cujas medidas estão contidas nela. 3x + 2y a) 3x – y + 3x + 2y b) 3x2 + 3xy – 2y2 c) 6x + y d) x2 + 6xy – 2y2 3x – y 3. Determinando algebricamente o volume do paralelepípedo a seguir, cujas medidas de suas dimensões estão expressas em cada um deles, encontramos, respectivamente, para a figura A e para a figura B, os seguintes valores: a) 6a3 + 2a2 ; x3 + 5x2 + 6x b) x3 + 5x2 + 6x ; 6a3 + 2a2 c) 6a3 + 2a ; x3 + 5x2 3a + 1 d) a3 + 2a2 ; 8x3 + 6x 2a A a x+2 B x+3 x 4. Resolva as seguintes operações: ( b) (12a b ) a) 40x 3 y 2 − 5x 2 y 3 ÷ (−10xy ) 4 2 ) − 28a2b2 + 4ab3 ÷ (4ab) 5. Desenvolva os seguintes produtos notáveis: a) (xy + 3z) · (xy – 3z) b) (2x – 5)² c) (2a – b)³ 6. Fatore as expressões a seguir. a) x³y² + x²y² + xy² x2 y2 − b) 9 16 c) x² + 4x + 4 d) x³y – xy³ Comentário das atividades Essas atividades visam a consolidar conceitos do cálculo algébrico. Isso auxiliará você na compreensão dos aspectos matemáticos fundamentais. Realize as 56 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 56 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:40 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 4 • Fundamentos da Matemática I atividades, retorne aos exemplos e, caso tenha dúvidas, contate os professores da equipe. Na primeira atividade, temos como resposta a letra (a); na segunda, temos a letra (b); e, na terceira, a letra (a). Na quarta atividade, as respostas são: (a) – 4x2y + xy2/2; (b) 3a3b – 7ab + b2. Na quinta atividade, as respostas são: (a) (x2y2 – 9z2); (b) 4x2 – 20x + 25; (c) 8a3 – 6a2b 6ab2 – b3. Na última atividade, temos as seguintes respostas: (a) xy(x2y + xy + y); x y x y (b) − ⋅ + ; (c) (x + 2)2; (d) xy(x + y)(x – y). 3 4 3 4 Referência GIOVANI, J. R.; BONJORNO, J. R. Matemática 2º grau. São Paulo: FTD, 2002. v. 1. Na próxima aula Vamos fazer um estudo introdutório de noções de funções, que irá nos auxiliar para o estudo das funções do primeiro e segundo grau nas duas últimas aulas. Anotações UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 57 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 57 19/1/2008 17:24:40 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 4 • Fundamentos da Matemática I 58 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 58 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:40 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 5 • Fundamentos da Matemática I Aula 5 Introdução ao estudo de funções Objetivos Esperamos que, ao final desta aula, você seja capaz de: • apresentar conceitos básicos no estudo de funções; • identificar o domínio de funções. Pré-requisitos Para um bom desempenho no estudo desta aula, você precisa ter compreendido o estudo das equações algébricas, visto na aula 4, em especial o valor numérico dessas expressões, que irão nos auxiliar na identificação do domínio de algumas funções. É muito importante também retornar à aula 1 para verificar a representação dos conjuntos numéricos. Introdução Em Matemática, o uso do conceito de funções se torna uma ferramenta poderosa para compreendermos melhor as implicações da matemática em nosso dia-a-dia. As aplicabilidades desse conceito, em instituições empresariais, são muito largas e importantes para a área gerencial e contábil. Alguns exemplos de aplicações são: despesa com energia, preço de um produto, preço de mercado, ponto de nivelamento, custos de um produto no mercado, entre outros. Depois de uma breve introdução sobre a importância do estudo desta aula, vamos tratar de alguns conceitos básicos no estudo de funções. 5.1 Pares ordenados Antes de tentarmos definir o que é uma função, precisamos conhecer alguns elementos importantes que fazem parte do conhecimento básico necessário para UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 59 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 59 19/1/2008 17:24:41 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 5 • Fundamentos da Matemática I a compreensão do que é uma função. O primeiro elemento que vamos conhecer é um par ordenado. Um par ordenado pode ser definido como dois números que seguem uma determinada ordem, como observaremos no exemplo a seguir: 1 ; − 4 3 2º elemento 1º elemento É importante estabelecer que o primeiro elemento do par pertence ao eixo x, e o segundo elemento pertence ao eixo y. Essa colocação será útil para a representação de qualquer par ordenado em um plano cartesiano (que será definido ainda nesta aula). 5.2 Representação gráfica de um par ordenado Como dissemos na seção anterior, um par ordenado pode ser representado por um ponto em um plano cartesiano, que estudaremos a partir de agora. Definimos os pares ordenados como coordenadas cartesianas. Exemplos: A (2; 4) ==> 2 e 4 são as coordenadas do ponto A. Denominamos de abscissa o 1º elemento do par ordenado; e ordenada, o 2º elemento desse par. Assim: (2; 4) 2º elemento 1º elemento coordenadas 1º elemento: eixo das abscissas; 2º elemento: eixo das ordenadas. 5.3 Plano cartesiano A representação do par ordenado em um sistema de coordenadas ocorre da seguinte forma: utilizamos duas retas, x e y, perpendiculares entre si, onde o eixo das abscissas (eixo x) é uma reta horizontal, e o eixo das ordenadas (eixo y) é uma reta vertical. 60 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 60 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:41 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 5 • Fundamentos da Matemática I A figura a seguir mostra o plano que acabamos de definir. y origem ou ponto (0; 0) x Agora que já definimos o nosso sistema de coordenadas (plano cartesiano), podemos localizar um ponto nesse sistema. A localização do ponto é realizada da seguinte maneira: devemos localizar o primeiro elemento do par ordenado no eixo x, depois proceder da mesma maneira para localizar o segundo elemento do par no eixo y. Depois, basta traçarmos retas paralelas ao eixo x e ao eixo y que passam pelos dois elementos do par e, no encontro dessas retas, marcamos o ponto. Para identificar melhor essa definição, vamos verificar a representação do ponto A (–1; 3) no plano: y A 3 -1 x 5.4 Produto cartesiano Dados dois conjuntos A e B, não-vazios, denominamos produtos cartesiano A x B o conjunto de todos os pares ordenados (x; y), em que: A x B = {(x; y) / x ∈ A e y ∈ B} Exemplo: Dados os conjuntos A = {1, 2, 3} e B = {3, 4} e com o auxílio do diagrama de flechas, formaremos o conjunto de todos os pares ordenados, em que o 1º elemento pertença ao conjunto A, e o 2º pertença ao conjunto B. UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 61 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 61 19/1/2008 17:24:41 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 5 • Fundamentos da Matemática I A B 1• •3 2• 3• •4 Assim, obtemos o conjunto: {(1; 3), (1; 4), (2; 3), (2; 4), (3; 3), (3; 4)}. Esse conjunto é denominado produto cartesiano de A por B e é indicado por: A x B = {(1; 3), (1; 4), (2; 3), (2; 4), (3; 3), (3; 4)}. 5.5 Noções de funções Dados dois conjuntos A e B, não-vazios, com a relação A x B, temos que essa relação será função, se e somente se, todo elemento do conjunto A se relacionar com um único elemento do conjunto B. Com esse primeiro cuidado de definir uma função, vamos agora definir, de maneira geral, o domínio de uma função. Seja D um subconjunto não-vazio dos números reais, então definir em D uma função f é explicar uma lei de formação em que a cada elemento x ∈ D faça corresponder um único número real y. A=D B = CD x y lm O conjunto D é chamado domínio da função f (conjunto de partida). O conjunto CD é o conjunto de chegada dos elementos, independente daqueles que estão em correspondência com algum elemento do domínio, e Im é o conjunto imagem, ou seja, o conjunto formado pelos elementos que fazem correspondência com os elementos do domínio. a) Domínio de funções polinômicas simples Ex.: f(x) = 3x – 4 ⇒ D = R f(x) = 3x2 – 9 ⇒ D = R f(x) = x3 – 4x + 6 ⇒ D = R 62 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 62 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:41 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 5 • Fundamentos da Matemática I b) Domínio da função quociente (denominador deve ser diferente de zero) 1 ⇒ D=R≠0 x 3 ⇒ D=R≠4 f(x) = x−4 f(x) = c) Domínio da função raiz de índice par (o radicando deve ser sempre maior ou igual a “zero”) f(x) = x + 3 ⇒ D = R ≥ −3 Existem outros modelos de funções em que o domínio é determinado por diferentes maneiras e procedimentos. Porém, aqui, o mais interessante para o curso são as funções elementares. Dessa forma, é importante estarmos atentos para o uso e a aplicabilidade das funções no nosso cotidiano, seja nas situações informais ou empresariais. Síntese da aula Nesta aula, fizemos uma retomada dos conceitos básicos no estudo de funções, além de analisar o domínio de diferentes tipos de funções. Compreendemos que a função está definida quando todos os elementos do domínio têm uma única imagem. Atividades 1. Qual dos gráficos a seguir não representa uma função? y y a) 0 b) x 0 y y c) 0 x d) x 0 x UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 63 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 63 19/1/2008 17:24:41 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 5 • Fundamentos da Matemática I 2. Analise a função dada e responda qual o seu domínio. f (x ) = 2 2x + 10 a) D = {x ∈ R/ x > – 5} b) D = {x ∈ R/ x ≥ – 5} c) D = {x ∈ R/ x < – 5} d) D = {x ∈ R/ x ≤ – 5} 3. Determine o domínio das seguintes funções: a) f (x ) = 3x − 20 b) f (x ) = 2 −5x − 15 c) f (x ) = 5 −2x − 20 d) f (x ) = 4x − 20 e) f (x ) = 2 2x + 10 4. Encontre o domínio da função b) f (x ) = 5 3x 3x − 15 Comentário das atividades Exercite essas atividades para conseguirmos passar para as próximas aulas, que dependem diretamente desta aula. Na primeira atividade, o gráfico que não representa uma função está na letra (d), pois existe um elemento do domínio com mais de uma imagem. Na segunda atividade, a resposta é a letra (a). A terceira traz a seguinte seqüência de respostas: (a) D = R; (b) D = {x ∈ R/ x ≠ –3}; (c) D = R; (d) D = {x ∈ R/ x ≥ 5}; (e) D = {x ∈ R/ x > –5}. Na última atividade, a resposta é o conjunto D = {x ∈ R/ x ≠ 5}. Na próxima aula Trabalharemos com o estudo da função do primeiro grau, que se caracteriza como uma das mais importantes funções com suas aplicações práticas. 64 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 64 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:41 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 6 • Fundamentos da Matemática I Aula 6 Função do primeiro grau Objetivos Esperamos que, ao final desta aula, você seja capaz de: • resolver sentenças matemáticas abertas e fechadas; • representar graficamente a função do primeiro grau para fazer o seu estudo de sinal. Pré-requisitos Para um bom desempenho no estudo desta aula, é necessário ter o domínio de expressões algébricas, vistas na aula 4, mas principalmente o método de resolução de problemas que adotamos na aula 3. Portanto retome os exemplos que resolvemos naquela aula para compreender melhor o desenvolvimento desta. Introdução Na Matemática, alguns assuntos podem ser expressos por meio de sentenças ou expressões matemáticas, chamadas de sentenças abertas ou fechadas. As sentenças matemáticas fechadas trazem uma igualdade ou desigualdade que pode ser classificada imediatamente como sendo verdadeira ou falsa. Já as sentenças matemáticas abertas são assim denominadas por apresentar em elementos desconhecidos em sua igualdade. A seguir, observe os exemplos de sentenças matemáticas fechadas e abertas, respectivamente. a) 5 + 3 > 7 b) 2x – 9 = 1 Nosso objetivo, nesta aula, é o estudo das sentenças matemáticas abertas. No exemplo (b) anterior, temos um elemento desconhecido, que chamamos de incógnita ou variável. O conjunto de valores que uma variável pode assumir é conhecido como conjunto universo. Dentro desse conjunto, o valor que se UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 65 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 65 19/1/2008 17:24:42 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 6 • Fundamentos da Matemática I atribui à variável para tornar a sentença verdadeira é chamado de conjunto verdade. No exemplo (b), a incógnita terá valor 5 para tornar a sentença como verdadeira. As sentenças matemáticas que desejamos estudar constituem igualdades, que trazem a forma de representação mostrada a seguir: P=S P e S são separados pelo sinal de igual, em que P recebe o nome de Primeiro Membro, e S de Segundo Membro. 6.1 Equações do primeiro grau Uma equação pode ser definida como sendo uma sentença matemática aberta expressa por uma igualdade, e pode ser escrita na forma ax + b = 0, onde a e b são números reais e a ≠ 0. Vamos analisar a seguir um problema simples que envolve o conjunto universo e o conjunto verdade de uma equação. 1. Em uma partida de vôlei, uma das equipes se apresentou com apenas 4 jogadores. Quantos jogadores faltam para completar a equipe? O número de jogadores de uma equipe de vôlei é 6. Se representarmos a quantidade desconhecida de jogadores pela letra “x”, vamos ter a seguinte equação do primeiro grau: x+4=6 Nesse caso, o número de jogadores que faltam são 2, pois 2 + 4 = 6. Portanto temos o conjunto universo e o conjunto verdade a seguir: U = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6} V = {2} 6.2 Resolução de uma equação do primeiro grau Na resolução de uma equação do primeiro grau, podemos seguir alguns passos que nos auxiliem nessa tarefa, como: • devemos fazer todas as operações indicadas e simplificar ao máximo nossa equação; • eliminar denominadores, se houver; • colocar os termos dependentes da incógnita no primeiro membro, e os independentes no segundo; 66 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 66 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:42 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 6 • Fundamentos da Matemática I • dividir os membros da equação pelo coeficiente da incógnita. Obs.: podemos verificar a veracidade da solução da equação substituindo o valor encontrado no lugar da variável, efetuar as operações indicadas e confirmar a raiz da equação, ou seja, o seu conjunto verdade. Exemplos: a) 2x – 8 = 0 2x – 8 + 8 = 0 + 8 2x = 8 2x/2 = 8/2 x=4 V = {4} b) (2x – 4) · 3 – 5 = 6 · (3x – 8) – 29 6x – 12 – 5 = 18x – 48 – 29 6x – 17 = 18x – 77 6x – 17 + 17 = 18x – 77 + 17 6x = 18x – 60 6x – 18x = 18x – 60 – 18x – 12x = – 60 – 12x/ – 12 = – 60/– 12 x=5 V = {5} c) 3x 6 2x − 12 x − − = −2 7 7 3 3 9x − 18 − 7(2x − 12) = 7x − 42 21 9x − 18 − 14x + 84 = 7x − 42 9x − 14x − 7x = 18 − 84 − 42 −12x = −108 x= −108 =9 −12 V = {9} UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 67 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 67 19/1/2008 17:24:42 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 6 • Fundamentos da Matemática I 6.3 Inequações de primeiro grau Denominamos inequação toda sentença matemática aberta expressa por uma desigualdade. Essas inequações do 1º grau com uma variável podem ser escritas em uma das seguintes formas: ax + b ≥ 0, ax + b ≤ 0, ax + b > 0 e ax + b < 0 3x − 5 ≥ 0, 4x 5 3 + < 0, 5x − ≤ 0 3 3 4 Exemplo: 3x – 4 > 0 / 3x > 4 / x > 4/3 S = {x ∈ R / x > 4/3} 6.4 Resolução de sistemas de equações do primeiro grau Nesta aula, trabalhamos com a resolução de equações do primeiro grau com uma única variável. Agora, vamos aplicar um dispositivo na resolução de equações do primeiro grau com duas variáveis. Essas equações são sentenças matemáticas abertas compostas e constituídas por equações que têm o mesmo conjunto universo. Vejamos agora algumas maneiras de se resolver um sistema de equações: 3x + 5y = 6 a) 5x = 10 Da segunda equação, temos que x = 2, substituindo esse valor na primeira, temos o valor de y: 3(2) + 5y = 6 5y = 6 – 6 y = 0 V = {2; 0} No exemplo que acabamos de resolver, tínhamos uma das equações do sistema com apenas uma incógnita. Mas quando temos um sistema formado por duas equações e duas incógnitas, devemos operacionalizar esse sistema de maneira que uma das equações contenha apenas uma variável. Esse processo é denominado de eliminação e consta de três principais métodos: redução ao mesmo coeficiente, comparação e substituição. 68 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 68 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:42 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 6 • Fundamentos da Matemática I 6.5 Método de redução ao mesmo coeficiente Nesse primeiro método, devemos escolher a variável a ser eliminada, então multiplicar cada equação pelo coeficiente simétrico que tem essa incógnita na outra equação e somar membro a membro as equações. Exemplo: x + 2y = 4( −2) a) 2x − 3y = −6 −2x − 4y = −8 2x − 3y = −6 Somando as equações termo a termo, teremos: 0x − 7y = −14 −14 −7 y= 2 y= Substituindo o y na primeira equação do primeiro sistema, temos: x + 2y = 4 x + 2 ⋅ (2) = 4 x+4=4 x=0 V = {0;2} 6.6 Método de eliminação por comparação Isolamos a mesma variável nas duas equações e depois igualamos as expressões obtidas. Exemplo: 3x + 2y = 2 a) 2x − y = 1 3x = 2 − 2y x= 2 − 2y 3 2x = 1+ y x= 1+ y 2 UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 69 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 69 19/1/2008 17:24:42 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ a) 2x − y = 1 3x = 2 − 2y 2x = 1+ y Aula 6 • Fundamentos da Matemática I x= 2 − 2y 3 2 − 2y 1+ y = 3 2 3(1+ y) = 2(2 − 2y) 3 + 3y = 4 − 4y 3y + 4y = 4 − 3 7y = 1 y= x= 1+ y 2 1 1+ 7 x= 2 8 x= 7 2 8 1 x= ⋅ 7 2 4 x= 7 1 7 4 1 V= ; 7 7 6.7 Método da eliminação por substituição Isolamos uma das variáveis que se deseja eliminar na primeira ou na segunda equação. Depois, basta substituir na outra equação, como mostra o exemplo a seguir. 3x − y = 1 a) 2y − x = 8 − x = 8 − 2y(−1) x = −8 + 2(5) x = −8 + 2y x = −8 + 10 3(−8 + 2y) − y = 1 x=2 −24 + 6y − y = 1 5y = 1+ 24 25 5 y=5 y= V = {2;5} 6.8 Função do 1º grau Chama-se função polinomial do 1º grau, ou função afim, a qualquer função f de R em R dada por uma lei da forma f(x) = ax + b, em que a e b são números reais dados e a ≠ 0. Na função f(x) = ax + b, o número a é chamado de coeficiente de x, e o número b é chamado de termo constante ou independente. Veja alguns exemplos de funções polinomiais do 1º grau: f(x) = 7x – 3, onde a = 7 e b = –3 f(x) = – 4x – 7, onde a = – 4 e b = –7 f(x) = x, onde a = 1 e b = 0 70 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 70 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:42 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 6 • Fundamentos da Matemática I 6.9 Gráfico O gráfico de uma função polinomial do 1º grau, y = ax + b, com a ≠ 0, é sempre uma reta. Exemplo: Vamos construir o gráfico da função y = 3x – 1. a) Para x = 0, temos y = 3 · 0 – 1 = –1; portanto, um ponto é (0; –1). b) Para y = 0, temos 0 = 3x – 1; portanto, x = 1/3 e, então, o outro ponto é (1/3; 0 ). y x y 0 –1 0 1/3 1 3 x –1 Podemos acrescentar ao nosso estudo que o gráfico da função afim y = ax + b é uma reta, em que “a” é o coeficiente angular da reta (conteúdo que será aprofundado na disciplina de Cálculo Diferencial e Integral I, no próximo período) e “b” é o coeficiente linear da reta e também o ponto onde a reta intercepta o eixo y, como aconteceu no gráfico do exemplo anterior. Outra observação que se deve acrescentar ao nosso estudo é quanto à classificação da função como crescente ou decrescente. Quando o coeficiente de x (a) é positivo, temos uma função crescente; mas, quando o valor de (a) for negativo, temos uma função decrescente, como ilustram os exemplos a seguir: a) f(x) = 2x + 3, função crescente (a > 0) b) f(x) = –x + 2, função decrescente (a < 0) 6.10 Zero da função do primeiro grau Chama-se zero ou raiz da função polinomial do 1º grau f(x) = a x + b, a ≠ 0 o número real x tal que f(x) = 0, como foi visto para a solução de uma equação do primeiro grau. UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 71 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 71 19/1/2008 17:24:42 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 6 • Fundamentos da Matemática I Temos: f(x) = 0 ⇒ ax + b = 0 ⇒ x = –b / a Vejamos alguns exemplos. a) Determinação do zero da função f(x) = 2x – 7: f(x) = 0 ⇒ 2x – 7 = 0 ⇒ x = 7 / 2 b) Cálculo da raiz da função g(x) = 3x + 6: g(x) = 0 ⇒ 3x + 6 = 0 ⇒ x = –2 c) Cálculo da abscissa do ponto em que o gráfico de f(x) = –2x + 10 corta o eixo das abscissas (eixo x). O ponto em que o gráfico corta o eixo dos x é aquele em que f(x) = 0; então: f(x) = 0 ⇒ –2x + 10 = 0 ⇒ x = 5 6.11 Estudo do sinal da função do primeiro grau Estudar o sinal de uma função qualquer y = f(x) é determinar o valor de x para os quais y é positivo, negativo ou nulo. f(x) = ax + b –b / a y>0 x y<0 f(x) = – ax + b –b / a y>0 y<0 72 x 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 72 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:43 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 6 • Fundamentos da Matemática I Exemplo: Vamos estudar o sinal da função f(x) = x – 8: x – 8 = 0 / x = 8, então, o sinal da função será: a = 1; b = –8; – b/a = 8 sinal contrário de a – mesmo sinal de a + 8 x Podemos concluir que: para y < 0 <=> x < 8; para y > 0 <=> x > 8; para y = 0 <=> x = 8. Portanto vimos, nesta aula, a função do primeiro grau e suas aplicações, a partir da exposição de exemplos práticos. Síntese da aula Fizemos o estudo da função do primeiro grau com a sua representação gráfica e, principalmente, o estudo de sinais de uma função, que sintetiza o trabalho no estudo desta aula. Vimos ainda que, para resolver um sistema de equações com duas variáveis, temos três métodos distintos de resolução, que são: método de redução ao mesmo coeficiente, método de eliminação por comparação e método de eliminação por substituição. Atividades 1. A solução da equação – 4 – 3 · (3x + 2) = x – 4 é: a) 7 b) –1/10 c) 2/3 d) –3/5 2. Encontre a solução para a inequação a) S = {x ∈ R/ x > 12} b) S = {x ∈ R/ x < –12} c) S = {x ∈ R/ x > 18} d) S = {x ∈ R/ x < –18} 2x − 5 > x + 1: 3 UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 73 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 73 19/1/2008 17:24:43 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 6 • Fundamentos da Matemática I 3. Usando um dos métodos que estudamos, resolva os sistemas a seguir: a) 2x + 3y = 23 2y = 10 b) x − 2y = 0 x − y = 1 S = {2; 1} c) 2x − y = 1 x + 3y = 11 S = {2; 3} d) 5x + 2y = 45 4x + y = 33 S = {7; 5} S = {3; 5} 4. Dadas as funções a seguir, determine o seu gráfico, o zero ou raiz e faça o estudo de sinais: a) f(x) = x + 4 b) f(x) = –x + 4 c) f(x) = 2x + 3 d) f(x) = –3x – 1 Comentário das atividades Essas atividades refletem os objetivos inerentes ao estudo da função do primeiro grau e também ao estudo das equações e inequações do primeiro grau. Para resolvê-las, isole a variável para o primeiro membro usando o mesmo procedimento da resolução da equação do primeiro grau. Lembre-se de que sempre que se multiplicar ambos os termos de uma inequação por um número negativo, o sinal de desigualdade se inverte. A primeira e a segunda atividade tem como resposta a letra (d). A terceira atividade deixa você livre para utilizar um dos três métodos de resolução que vimos e as respostas estão na atividade. Procure praticar o uso dos diferentes métodos de resolução de sistema de equações e, ao encontrar a solução, verifique se ela realmente é verdadeira substituindo os valores encontrados nas equações. Lembre-se de estudar os sinais da função para valores de x que a tornam positiva, negativa e nula. 74 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 74 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:43 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 6 • Fundamentos da Matemática I Nessa última atividade, você deve ter atenção especial ao fato de termos funções crescentes e decrescentes, pois este fato influencia na construção do gráfico. Na próxima aula Estudaremos as equações do segundo grau que servirão de preparação para o estudo da função do segundo grau ainda nessa aula que virá. Fique atento! Anotações UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 75 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 75 19/1/2008 17:24:43 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 6 • Fundamentos da Matemática I 76 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 76 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:43 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 7 • Fundamentos da Matemática I Aula 7 Função do segundo grau Objetivos Esperamos que, ao final desta aula, você seja capaz de: • determinar o vértice e o conjunto imagem de uma função do segundo grau; • determinar o conjunto solução de equações e inequações do segundo grau. Pré-requisitos Para um bom desempenho no estudo desta aula, é necessário dominar o estudo feito com o cálculo algébrico e também a revisão feita com potenciação e radiciação (aula 2), pois esses conteúdos servirão de ferramentas para a resolução das equações de segundo grau. Introdução No campo da Matemática, as aplicações desse modelo de equação abrangem várias áreas do conhecimento humano. Na Engenharia, por exemplo, temos a aplicação em cálculos de estruturas e também em cálculo de áreas. Na Física, lançamento de projéteis, no estudo da dinâmica da partícula, e, na área de Economia e de Administração, em oferta de mercado, receita total, preço de equilíbrio, entre outras. Evidentemente, o estudo dessa equação é muito importante e, no decorrer do nosso curso, devemos salientar a importância dela para que os nossos horizontes, em nível de aplicação da função quadrática, sejam ampliados. 7.1 Equação do 2º grau É uma equação do tipo ax² + bx + c = 0, com coeficientes numéricos a, b e c, e com a ≠ 0. UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 77 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 77 19/1/2008 17:24:43 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 7 • Fundamentos da Matemática I O esquema a seguir mostra a relação dos coeficientes da equação e sua classificação: ax² + bx + c = 0 ax² + bx = 0 ax² + c = 0 ax² = 0 completas incompletas O que observamos no esquema anterior é que, se um dos coeficientes (b ou c) ou os dois forem nulos, temos uma equação do 2º grau incompleta. 7.1.1 Resolução das equações do segundo grau A resolução de equações do 2º grau completas, ou seja, do tipo ax² + bx + c = 0 com a, b e c diferentes de zero, pode ter até 2 raízes reais, que podem ser determinadas pela fórmula de resolução das equações de segundo grau, encontrada da seguinte forma: ax 2 + bx + c = 0 4a ⋅ (ax 2 + bx + c) = 4a ⋅ 0 4a2 x 2 + 4abx + 4ac = 0 4a2 x 2 + 4abx + 4ac + b2 − b2 = 0 + b2 − b2 (4a2 x 2 + 4abx + b2 ) − (b2 − 4ac) = 0 (2ax + b)2 − (b2 − 4ac) = 0 (2ax + b)2 = b2 − 4ac (2ax + b)2 = ± b2 − 4ac 2ax + b = ± b2 − 4ac 2ax = −b ± b2 − 4ac x= −b ± b2 − 4ac 2a x= −b ± ∆ , em que ∆ = b2 − 4ac 2a Exemplos: a) 3x² – 7x + 2 = 0 78 a = 3, b = – 7 e c = 2 ∆ = b2 – 4ac ∆ = (– 7)² – 4 · 3 · 2 = 49 – 24 = 25 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 78 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:43 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 7 • Fundamentos da Matemática I Substituindo na fórmula: x= −b ± ∆ −( −7) ± 25 7 ± 5 1 = = ⇔ x ' = 2 e x '' = 2a 2⋅3 6 3 S = {2; 1/3} b) –x² + 4x – 4 = 0 a = –1, b = 4 e c = –4 ∆ = 4² – 4 · (–1) · (–4) = 16 – 16 = 0 Substituindo na fórmula: x= −b ± ∆ −4 ± 0 4 ± 0 = = ⇔ x ' = x '' = 2 2a 2 ⋅ ( −1) 2 c) 5x² – 6x + 5 = 0 a = 5; b = – 6; c = 5 ∆= (–6) ² – 4 · 5 · 5 = 36 – 100 = –64 Note que ∆ < 0 e não existe raiz quadrada de um número negativo. Assim a equação não possui nenhuma raiz real. Logo: S = { }. 7.2 Relação entre os coeficientes e as raízes A relação entre os coeficientes de uma equação do segundo grau e suas raízes está fundamentada em dois teoremas, que serão apresentados a seguir. o 1 A soma das raízes da equação ax2 + bx + c = 0 é igual ao coeficiente de x o (b), com o sinal contrário, dividido pelo coeficiente de x2, o (a), ou seja: x '+ x '' = − b a o 2 O produto das raízes da equação ax2 + bx + c = 0 é igual ao termo independente de x, o (c) dividido pelo coeficiente de x2, o (a), ou seja: x ' ⋅ x '' = c a UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 79 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 79 19/1/2008 17:24:44 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 7 • Fundamentos da Matemática I Exemplo: x2 – 7x +10 = 0 b ( −7) x '+ x '' = − = − = 7 = 5+2 a 1 x ' ⋅ x '' = c 10 = = 10 = 5 ⋅ 2 a 1 Logo x’= 2 e x” = 5, ou seja, dois números reais que, somados, são iguais a “b/a” com o sinal contrário, e que multiplicados são iguais a “c/a”. 7.3 Regra mnemônica dos sinais Podemos determinar os sinais das raízes de uma equação do segundo grau sem precisar resolvê-la. Dada a equação ax2 + bx + c = 0 pode acontecer de termos as seguintes seqüências de sinais para os seus coeficientes: • (+), (+) e (+): sinais sem variação, temos duas raízes negativas; • (+), (–) e (+): sinais com variação, temos duas raízes positivas; • (+), (+) e (–): sinais sem alteração e com alteração, temos duas raízes de sinais contrários com a raiz negativa de maior valor absoluto que a positiva; • (+), (–) e (–): sinais com alteração e sem alteração, temos duas raízes de sinais contrários com a raiz positiva de maior valor absoluto que a negativa. Exemplos: a) x2 – 12x + 35 = 0 Duas raízes positivas. b) x2 – x – 56 = 0 Duas raízes de sinais diferentes, com a maior c) 4x2 + 21x – 18 = 0 positiva. Duas raízes de sinais diferentes, com a maior negativa. 7.4 Função do segundo grau Chama-se função quadrática, ou função polinomial do 2º grau, qualquer função f de R em R dada por uma lei da forma f(x) = ax2 + bx + c, em que a, b e c são números reais e a ≠ 0. 80 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 80 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:44 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 7 • Fundamentos da Matemática I Vejamos alguns exemplos de funções quadráticas: a) f(x) = 2x2 – 5x + 1, em que a = 2, b = –5 e c = 1 b) f(x) = x2 – 4, em que a = 1, b = 0 e c = –4 c) f(x) = x2 + 3x + 5, em que a = 1, b = 3 e c = 5 d) f(x) = –x2 + 3x, em que a = –1, b = 3 e c = 0 e) f(x) = –x2, em que a = –1, b = 0 e c = 0 7.5 Representação gráfica O gráfico de uma função polinomial do 2º grau, y = ax2 + bx + c, com a ≠ 0, é uma curva denominada parábola. Exemplo: Vamos construir o gráfico da função y = x2 + x 8 x y –2 –1 0 1 2 2 0 0 2 6 6 (–3, 6) (2, 6) 4 (–2, 2) 2 (1, 2) 0 (1, 0) Observação: (0, 0) (– 12 , – 14 ) • se a > 0, a parábola tem a concavidade voltada para cima; • se a < 0, a parábola tem a concavidade voltada para baixo. 7.6 Zeros ou raízes da função do 2º grau Chamam-se zeros ou raízes da função polinomial do 2º grau, f(x) = ax2 + bx + c a≠ 0, os números reais x, tais que f(x) = 0. A determinação das raízes se dá da mesma maneira em que foram resolvidas as equações do segundo grau nesta aula, seja ela completa ou incompleta. 7.7 Número de raízes Se ∆ > 0 (positivo), existem duas raízes reais e distintas; Se ∆ = 0 (zero), existem duas raízes reais iguais; Se ∆ < 0 (negativo), não existem raízes reais. UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 81 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 81 19/1/2008 17:24:44 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 7 • Fundamentos da Matemática I A figura a seguir resume, graficamente, o estudo do número de raízes e a concavidade da parábola. ∆>0 ∆=0 ∆<0 a>0 a<0 7.8 Estudo de sinais da função do segundo grau Considerando uma função quadrática y = f(x) = ax2 + bx + c, determinaremos os valores de x para os quais y é negativo, positivo ou nulo. Conforme o sinal do discriminante ∆ = b2 – 4ac, podem ocorrer os casos a seguir. 1º Caso: quando o discriminante for maior que zero (∆ > 0), a função quadrática admite dois zeros reais distintos (x1 ≠ x2). A parábola intercepta o eixo Ox em dois pontos e o sinal da função para valores externos ao intervalo das raízes terá o mesmo sinal de “a”, e para os valores internos ao intervalo das raízes, o sinal da função terá o sinal contrário ao de “a”. a) a > 0 mesmo de “a” contrário de “a” mesmo de “a” + – + contrário de “a” mesmo de “a” b) a < 0 mesmo de “a” – 82 x’ x’’ y > 0 para x < x’ ou x > x’’ y < 0 para x’ < x < x’’ y = 0 para x = x’ = x’’ + x’ x’’ y > 0 para x’ < x < x’’ y < 0 para x < x’ ou x > x’’ y = 0 para x = x’ = x’’ – x x 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 82 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:45 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 7 • Fundamentos da Matemática I 2º Caso: quando o discriminante for igual a zero (∆ = 0), a função quadrática admite dois zeros reais iguais (x’ = x’’). A parábola intercepta o eixo Ox em um ponto, e o sinal da função para qualquer valor de “x” terá sempre o mesmo sinal de “a”, exceto para x = x’, valor para o qual a função se anula. a) a > 0 mesmo sinal de “a” + mesmo sinal de “a” + x’ = x’’ x y > 0 para x R y < 0 para x R y = 0 para x = x’ = x’’ b) a < 0 mesmo sinal de “a” – mesmo sinal de “a” – x’ = x’’ x y > 0 para x R y < 0 para x R y = 0 para x = x’ = x’’ 3º Caso: quando o discriminante for menor que zero (∆ < 0), a função quadrática não admite raízes reais, e a parábola não intercepta o eixo Ox. Nesse caso, o sinal da função para qualquer valor de “x” terá sempre o mesmo sinal de “a”. a) a > 0 mesmo sinal de “a” + y > 0 para y < 0 para y = 0 para x x R x R x R b) a < 0 mesmo sinal de “a” – y > 0 para y < 0 para y = 0 para x x R x R x R UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 83 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 83 19/1/2008 17:24:45 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 7 • Fundamentos da Matemática I 7.9 Coordenadas do vértice da parábola (V) O vértice de uma parábola é o ponto em que a função terá o seu valor máximo ou mínimo da imagem. Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima e um ponto de mínimo V; quando a < 0, a parábola tem concavidade voltada para baixo e um ponto de máximo V. Em qualquer caso, as coordenadas de V são: ∆ b V− ;– 2a 4a Veja os gráficos: y y v – ∆ 4a a>0 0 – b 2a a<0 x – b 2a 0 x – ∆ 4a v 7.10 Imagem O conjunto-imagem Im da função y = ax2 + bx + c, a ≠ 0 é o conjunto dos valores que y pode assumir. Há duas possibilidades: a 1 ) quando a > 0 yv Im = {y ∈ R / y ≥ y V } xv 84 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 84 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:45 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 7 • Fundamentos da Matemática I 2ª) quando a < 0 xv yv Im = {y ∈ R / y ≤ y V } 7.11 Inequações do segundo grau Chama-se inequação do segundo grau toda desigualdade que resulta em pelo menos uma equação do segundo grau. Para resolvermos uma inequação do segundo grau, devemos acompanhar os seguintes passos: • verificar se o segundo membro da desigualdade é igual a zero; • determinar as raízes da equação caso elas existam; • construir o gráfico de estudo de sinais da equação; • baseado no gráfico do item anterior, dar a solução da inequação. Exemplo: x2 – 5x + 6 > 0 x= −( −5) ± 25 − 24 5 ± 1 = 2 2 x' = 3 e x '' = 2 Estudar o sinal da função: mesmo de “a” contrário de “a” 2 S = {x – mesmo de “a” x 3 R|x < 2 vx > 3} O estudo desta aula foi, então, das equações do segundo grau. Portanto você já estará pronto para nossa próxima disciplina específica do curso de Matemática. UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 85 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 85 19/1/2008 17:24:46 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 7 • Fundamentos da Matemática I Síntese da aula Esta aula nos mostrou caminhos e ferramentas no estudo das equações do segundo grau. É importante saber resolver equações aplicando a fórmula −b ± b2 − 4ac e as relações 2a c b entre coeficientes e as raízes x '+ x '' = − ; x ' ⋅ x '' = . a a de resolução da equação de segundo grau x = Vimos a apresentação da função do segundo grau e a sua representação gráfica. Estudamos, também, a influência do valor de “a” e de “∆” na forma da parábola que representa a função. Analisamos o comportamento de uma função do segundo grau de acordo com o número de raízes e, para isso, utilizamos o estudo de sinais. No estudo, vimos que a resolução de uma inequação do segundo grau se assemelha à resolução da equação de mesmo grau, diferindo apenas no seu conjunto solução que satisfaça a desigualdade. Atividades 1. As raízes da equação –x2 + x + 6 = 0 são: a) x’ = 0 e x” = 3 b) x’ = 0 e x” = 6 c) x’ = –2 e x” = 3 d) x’ = 2 e x” = –3 2. O conjunto solução da inequação x2 – 5x + 6 ≤ 0 é: a) S = {x ∈ R|x < 2 vx > 3} b) S = {x ∈ R|2 ≤ x ≤ 3} c) S = {x ∈ R|3 ≤ x ≤ 2} d) S = {x ∈ R|x < 5 vx > 6} 3. Represente graficamente as funções a seguir: 86 a) f(x) = x2 c) f(x) = –x2 + 8x – 17 b) f(x) = –x2 d) f(x) = x2 – 3x – 10 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 86 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:46 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 7 • Fundamentos da Matemática I 4. Encontre o vértice e o conjunto imagem das funções a seguir: a) f(x) = x2 – 10x + 21 b) f(x) = x2 – 25 c) f(x) = x2 + 1x + 8 d) f(x) = –x2 + x + 6 Comentário das atividades Na resolução da primeira atividade, você pode utilizar a fórmula de resolução ou simplesmente a soma e o produto de suas raízes e encontrará os seguintes valores, x’ = –2 e x” = 3, letra (c). Na segunda atividade, a resposta é a letra (b). Na terceira atividade, procure atribuir pelo menos dois valores menores e dois valores maiores do que as raízes da função. Isso é importante para garantir a simetria da parábola. A última atividade tem como resposta os seguintes conjuntos imagem: (a) Im = {y ∈ R/ y ≥ –19/4}; (b) Im = {y ∈ R/ y ≥ –25}; (c) Im = {y ∈ R/ y ≥ 4}; (d) Im = {y ∈ R/ y ≤ 25/4}. Anotações UNITINS • MATEMÁTICA • 1º PERÍODO Fund_Mat_I.indd 87 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 87 19/1/2008 17:24:46 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________ Aula 7 • Fundamentos da Matemática I 88 1º PERÍODO • MATEMÁTICA • UNITINS Fund_Mat_I.indd 88 03 - MATEMÁTICA - 1º P - 5ª PROVA - 19/01/2008 19/1/2008 17:24:46 APROVADA? NÃO ( ) SIM ( ) _____________