A Matemática dos Labirintos

Transcrição

A Matemática dos Labirintos
Escola de Verão de Matemática, Estatı́stica e Computação
A Matemática dos Labirintos
José Félix Costa1
1 Departamento de Matemática, Instituto Superior Técnico, Universidade de Lisboa
14 – 16 de julho
1/ 113
As Pontes de Königsberg
1. As Pontes de Königsberg
2/ 113
As Pontes de Königsberg
Leonhard Euler
3/ 113
As Pontes de Königsberg
Leonhard Euler
4/ 113
As Pontes de Königsberg
Leonhard Euler
5/ 113
As Pontes de Königsberg
Problema das pontes de Königsberg
6/ 113
As Pontes de Königsberg
Problema das pontes de Königsberg
7/ 113
As Pontes de Königsberg
Problema das pontes de Königsberg
C
A
D
B
Figura: Problema das pontes de Königsberg. O problema concreto (à esquerda) é
resolvido depois de interpretado por grafo modelo (à direita).
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As Pontes de Königsberg
Poema de William Thomas Tutte (1917 – 2002)
Poema de homenagem a Euler
Some citizens of Koenigsberg
Were walking on the strand
Beside the river Pregel
With its seven bridges spanned.
“O, Euler come and walk with us”
Those burghers did beseech
“We’ll walk the seven bridges o’er
And pass but once by each.”
“It can’t be done” then Euler cried
“Here comes the Q. E. D.
Your islands are but vertices,
And all of odd degree.”
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As Pontes de Königsberg
Poema de William Thomas Tutte (1917 – 2002)
Poema de homenagem a Euler
Some citizens of Koenigsberg
Were walking on the strand
Beside the river Pregel
With its seven bridges spanned.
“O, Euler come and walk with us”
Those burghers did beseech
“We’ll walk the seven bridges o’er
And pass but once by each.”
“It can’t be done” then Euler cried
“Here comes the Q. E. D.
Your islands are but vertices,
And all of odd degree.”
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As Pontes de Königsberg
Poema de William Thomas Tutte (1917 – 2002)
Poema de homenagem a Euler
Some citizens of Koenigsberg
Were walking on the strand
Beside the river Pregel
With its seven bridges spanned.
“O, Euler come and walk with us”
Those burghers did beseech
“We’ll walk the seven bridges o’er
And pass but once by each.”
“It can’t be done” then Euler cried
“Here comes the Q. E. D.
Your islands are but vertices,
And all of odd degree.”
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As Pontes de Königsberg
Poema de William Thomas Tutte (1917 – 2002)
Poema de homenagem a Euler
Some citizens of Koenigsberg
Were walking on the strand
Beside the river Pregel
With its seven bridges spanned.
“O, Euler come and walk with us”
Those burghers did beseech
“We’ll walk the seven bridges o’er
And pass but once by each.”
“It can’t be done” then Euler cried
“Here comes the Q. E. D.
Your islands are but vertices,
And all of odd degree.”
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As Pontes de Königsberg
Os teoremas de Euler
Leonhard Euler, letter of April 1736
“... this type of solution bears little relationship to mathematics, and I do
not understand why you expect a mathematician to produce it, rather than
anyone else, for the solution is based on reason alone, and its discovery
does not depend on any mathematical principle.”
Leonhard Euler, letter of March 1736
“This question is so banal, but seemed to me worthy of attention in that
neither geometry, nor algebra, nor even the art of counting was sufficient
to solve it.”
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As Pontes de Königsberg
Os teoremas de Euler
Leonhard Euler, letter of April 1736
“... this type of solution bears little relationship to mathematics, and I do
not understand why you expect a mathematician to produce it, rather than
anyone else, for the solution is based on reason alone, and its discovery
does not depend on any mathematical principle.”
Leonhard Euler, letter of March 1736
“This question is so banal, but seemed to me worthy of attention in that
neither geometry, nor algebra, nor even the art of counting was sufficient
to solve it.”
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As Pontes de Königsberg
Os teoremas de Euler
Leonhard Euler, letter of April 1736
“... this type of solution bears little relationship to mathematics, and I do
not understand why you expect a mathematician to produce it, rather than
anyone else, for the solution is based on reason alone, and its discovery
does not depend on any mathematical principle.”
Leonhard Euler, letter of March 1736
“This question is so banal, but seemed to me worthy of attention in that
neither geometry, nor algebra, nor even the art of counting was sufficient
to solve it.”
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As Pontes de Königsberg
Os Teoremas de Euler
Teorema (Teorema de Euler-Hierholzer)
Um multigrafo G é euleriano se e só se G é conexo e todo o vértice de G é
par.
Teorema (Teorema de Euler-Hierholzer)
Um multigrafo G é atravessável se e só se G é conexo e tem exatamente
dois vértices ı́mpares. Nomeadamente, todo o atalho euleriano de G
começa num dos vértices ı́mpares e termina no outro dos vértices ı́mpares.
Teorema (Teorema de Euler-Hierholzer)
Um multigrafo G com 2n vértices ı́mpares pode ser descrito por n atalhos
disjuntos. (Note-se que o número de vértices ı́mpares é necessariamente
par.)
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As Pontes de Königsberg
Os Teoremas de Euler
Teorema (Teorema de Euler-Hierholzer)
Um multigrafo G é euleriano se e só se G é conexo e todo o vértice de G é
par.
Teorema (Teorema de Euler-Hierholzer)
Um multigrafo G é atravessável se e só se G é conexo e tem exatamente
dois vértices ı́mpares. Nomeadamente, todo o atalho euleriano de G
começa num dos vértices ı́mpares e termina no outro dos vértices ı́mpares.
Teorema (Teorema de Euler-Hierholzer)
Um multigrafo G com 2n vértices ı́mpares pode ser descrito por n atalhos
disjuntos. (Note-se que o número de vértices ı́mpares é necessariamente
par.)
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As Pontes de Königsberg
Os Teoremas de Euler
Teorema (Teorema de Euler-Hierholzer)
Um multigrafo G é euleriano se e só se G é conexo e todo o vértice de G é
par.
Teorema (Teorema de Euler-Hierholzer)
Um multigrafo G é atravessável se e só se G é conexo e tem exatamente
dois vértices ı́mpares. Nomeadamente, todo o atalho euleriano de G
começa num dos vértices ı́mpares e termina no outro dos vértices ı́mpares.
Teorema (Teorema de Euler-Hierholzer)
Um multigrafo G com 2n vértices ı́mpares pode ser descrito por n atalhos
disjuntos. (Note-se que o número de vértices ı́mpares é necessariamente
par.)
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As Pontes de Königsberg
Os Teoremas de Euler
Teorema (Teorema de Euler-Hierholzer)
Um multigrafo G é euleriano se e só se G é conexo e todo o vértice de G é
par.
Teorema (Teorema de Euler-Hierholzer)
Um multigrafo G é atravessável se e só se G é conexo e tem exatamente
dois vértices ı́mpares. Nomeadamente, todo o atalho euleriano de G
começa num dos vértices ı́mpares e termina no outro dos vértices ı́mpares.
Teorema (Teorema de Euler-Hierholzer)
Um multigrafo G com 2n vértices ı́mpares pode ser descrito por n atalhos
disjuntos. (Note-se que o número de vértices ı́mpares é necessariamente
par.)
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As Pontes de Königsberg
Os teoremas de Euler
v0
C
v1
u1
= vi
u0
un
v2
C1
u2
u3
u`
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As Pontes de Königsberg
Os teoremas de Euler
v0
C
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u1
= vi
u0
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C1
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As Pontes de Königsberg
Os teoremas de Euler
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C
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u1
= vi
u0
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C1
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As Pontes de Königsberg
Os teoremas de Euler
v0
C
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u1
= vi
u0
un
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C1
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As Pontes de Königsberg
Os teoremas de Euler
v0
C
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= vi
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As Pontes de Königsberg
Os teoremas de Euler
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= vi
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C1
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As Pontes de Königsberg
Os teoremas de Euler
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C
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As Pontes de Königsberg
Os teoremas de Euler
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As Pontes de Königsberg
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C
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As Pontes de Königsberg
Os teoremas de Euler
v0
C
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u1
= vi
u0
un
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C1
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As Pontes de Königsberg
Os teoremas de Euler
v0
C
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u1
= vi
u0
un
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C1
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As Pontes de Königsberg
Os teoremas de Euler
v0
C
v1
u1
= vi
u0
un
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C1
u2
u3
u`
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As Pontes de Königsberg
Os teoremas de Euler
v0
C
v1
u1
= vi
u0
un
v2
C1
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u3
u`
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As Pontes de Königsberg
Os teoremas de Euler
v0
C
v1
u1
= vi
u0
un
v2
C1
u2
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As Pontes de Königsberg
Os teoremas de Euler
v0
C
v1
u1
= vi
u0
un
v2
C1
u2
u3
u`
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As Pontes de Königsberg
Os teoremas de Euler
v0
C
v1
u1
= vi
u0
un
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C1
u2
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u`
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As Pontes de Königsberg
Os teoremas de Euler
v0
C
v1
u1
= vi
u0
un
v2
C1
u2
u3
u`
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As Pontes de Königsberg
As pontes do rio Madison
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Plantas e Redes
2. Plantas e Redes
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Plantas e Redes
Plantas, vide [Cha85]
D
E
A
B
C
R
D
E
A
B
C
R
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Plantas e Redes
Plantas, vide [Cha85]
D
E
A
B
C
R
D
E
A
B
C
R
32/ 113
Plantas e Redes
Plantas, vide [Cha85]
A
B
D
C
E
F
R
33/ 113
Plantas e Redes
Plantas, vide [Cha85]
A
A
1
B
2
R
1
D
2
C
E
R
F
B
1
2
C
E
F
D
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Plantas e Redes
Plantas
R1
R2
R3
R4
R5
R6
R7
R8
R9
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Plantas e Redes
Plantas
R1
R2
R3
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R5
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Plantas e Redes
Plantas
R1
R2
R3
R4
R5
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Plantas e Redes
Plantas
R1
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Plantas e Redes
Plantas
R1
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R3
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R5
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Plantas e Redes
Plantas
R1
R2
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Plantas e Redes
Plantas
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Plantas e Redes
Plantas
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Plantas e Redes
Plantas
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Plantas e Redes
Plantas
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R3
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Plantas e Redes
Plantas
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R3
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Plantas e Redes
Plantas
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Plantas e Redes
Plantas
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R5
R6
R7
R8
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Plantas e Redes
“Doodleling”
Casa do Pai Natal
Quais das seguintes figuras podem ser desenhadas sem levantar a caneta do papel, iniciando o
desenho num dos vértices e sem repetir arestas?
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Plantas e Redes
“Doodleling”
49/ 113
Plantas e Redes
Casa do Pai Natal
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Plantas e Redes
Casa do Pai Natal
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Plantas e Redes
Casa do Pai Natal
52/ 113
Plantas e Redes
Casa do Pai Natal
53/ 113
Plantas e Redes
Casa do Pai Natal
54/ 113
Plantas e Redes
Casa do Pai Natal
55/ 113
Plantas e Redes
Casa do Pai Natal
56/ 113
Plantas e Redes
Casa do Pai Natal
57/ 113
Plantas e Redes
Casa do Pai Natal
58/ 113
Plantas e Redes
Casa do Pai Natal
59/ 113
Plantas e Redes
Casa do Pai Natal
60/ 113
Plantas e Redes
Casa do Pai Natal
61/ 113
Plantas e Redes
Casa do Pai Natal
62/ 113
Plantas e Redes
“Doodling a lot”: Pitágoras, Maomé e Tutte (vide [BC87])
63/ 113
Plantas e Redes
Quantas vezes é necessário levantar a caneta do papel? (Vide [BC87])
64/ 113
Labirintos
2. Labirintos
65/ 113
Labirintos
Catedral de Notre Dame d’Amiens
66/ 113
Labirintos
Catedral de Notre Dame d’Amiens
67/ 113
Labirintos
Catedral de Notre Dame de Chartres
68/ 113
Labirintos
Labirinto de Hever Castle
69/ 113
Labirintos
Labirinto de New Hampton
70/ 113
Labirintos
Labirinto de Wiltshire (Somerset)
71/ 113
Labirintos
Labirinto de Reignac sur Indre (França)
72/ 113
Labirintos
Labirinto de New Hampton
73/ 113
Labirintos
Labirinto de New Hampton (vide [BLW06])
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O Labirinto de Dédalo
4. O Labirinto de Dédalo
75/ 113
O Labirinto de Dédalo
O labirinto de Dédalo
76/ 113
O Labirinto de Dédalo
O Labirinto de Dédalo
77/ 113
O Labirinto de Dédalo
O labirinto de Dédalo
78/ 113
O Labirinto de Dédalo
Labirinto de Creta
79/ 113
O Labirinto de Dédalo
O labirinto de Dédalo
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O Labirinto de Dédalo
O labirinto de Dédalo
81/ 113
O Labirinto de Dédalo
O labirinto de Dédalo
82/ 113
O Labirinto de Dédalo
O labirinto de Dédalo
83/ 113
O Labirinto de Dédalo
O labirinto de Dédalo
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O Labirinto de Dédalo
O labirinto de Dédalo na Eneida de Virgı́lio
Eneida, Livro V, trad. João Franco Barreto
Como já na alta Creta o monstruoso
Labirinto se diz teve tecido
Um caminho tão cego, e portentoso,
Com outros mil caminhos dividido;
Que era assaz intrincado e duvidoso
Error, e tão confuso e incompreendido,
Que aos que entravam nele era impossı́vel
Sair daquela confusão terrı́vel:
85/ 113
O Labirinto de Dédalo
Labirinto da Quinta da Regaleira em Sintra
86/ 113
O Labirinto de Dédalo
O labirinto de Dédalo nas Metamorfoses de Ovı́dio
Metamorfoses, Livro VIII, trad. Paulo Farmhouse Alberto
Celebérrimo pelo seu talento na arte da arquitetura, Dédalo
encarrega-se da obra, baralha os sinais e faz o olhar enganar-se
em retorcidas curvas e contracurvas de corredores sem conta.
Tal como na Frı́gia o Meandro nas lı́mpidas águas se diverte
fluindo e refluindo num deslizar que confunde, e, correndo
ao encontro de si próprio, contempla a água que há-de vir,
e, voltando-se ora para nascente, ora para o mar aberto, empurra a sua corrente
sem rumo certo, assim enche Dédalo
os inumeráveis corredores de equı́vocos. A custo ele próprio
logrou voltar à entrada: de tal modo enganador era o edifı́cio.
87/ 113
O Labirinto de Dédalo
Labirinto de Avaris
88/ 113
O Labirinto de Dédalo
Labirinto romano
89/ 113
O Labirinto de Dédalo
Labirinto romano
90/ 113
O Labirinto de Dédalo
Labirinto moderno (vide [BC87])
91/ 113
O Labirinto de Dédalo
Pesquisa em profundidade
Pesquisa em profundidade
Seja G um grafo conexo e v0 um vértice de G. A árvore de cobertura de G
obtida por pesquisa em profundidade constrói-se da seguinte maneira:
1
Toma-se u = v0 como vértice corrente da pesquisa e n = 0. T0 é a
árvore que contém somente o vértice v0 .
2
Escolhe-se, caso exista, um vértice vn+1 ainda não incluı́do em Tn
adjacente a u; toma-se para Tn+1 a árvore que expande Tn com a
nova aresta vn vn+1 ; toma-se u := vn+1 e n := n + 1.
3
Repete-se o passo 2 até que o vértice corrente u não seja adjacente a
nenhum vértice de G ainda não visitado. Se a árvore obtida Tn cobre
todo o grafo, então a pesquisa termina; se não, retrocede-se para o
vértice corrente anterior, i.e. toma-se u = vn−1 e n := n + 1;
repete-se o passo 2.
92/ 113
O Labirinto de Dédalo
Pesquisa em profundidade
v0
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O Labirinto de Dédalo
Pesquisa em profundidade
v0
e0
v1
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O Labirinto de Dédalo
Pesquisa em profundidade
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O Labirinto de Dédalo
Pesquisa em profundidade
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v6
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e3
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O Labirinto de Dédalo
Pesquisa em profundidade
v4
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e7
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O Labirinto de Dédalo
Pesquisa em profundidade
v4
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v2
v12
e9
v10
e11
e10
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O Labirinto de Dédalo
Pesquisa em profundidade
v4
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e0
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v11
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O Labirinto de Dédalo
Pesquisa em largura
Pesquisa em largura
Seja G um grafo conexo e v0 um vértice de G. A árvore de cobertura de G
obtida por pesquisa em largura constrói-se da seguinte maneira:
1
Toma-se u = v0 como vértice corrente da pesquisa, n = 0 e m = 1.
T0 é a árvore que contém somente o vértice v0 .
2
Escolhe-se, caso exista, um vértice vn+1 ainda não incluı́do em Tn
adjacente a u; toma-se para Tn+1 a árvore que expande Tn com a
nova aresta vn vn+1 ; toma-se n := n + 1.
3
Repete-se o passo 2 até que não existam mais vértices não visitados
adjacentes a u. Se a árvore obtida Tn cobre já todo o grafo, então a
pesquisa termina; se não, toma-se o primeiro dos vértices vm que
ainda não foi vértice corrente e toma-se m := m + 1; repete-se o
passo 2.
100/ 113
O Labirinto de Dédalo
Pesquisa em largura
v0
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O Labirinto de Dédalo
Pesquisa em largura
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e3
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e1
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O Labirinto de Dédalo
Pesquisa em largura
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103/ 113
O Labirinto de Dédalo
Pesquisa em largura
v6
e5
v3
e2
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e7
v8
e3
v0
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e0
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104/ 113
O Labirinto de Dédalo
Pesquisa em largura
v6
e5
v3
e2
v7
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v0
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e4
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O Labirinto de Dédalo
Pesquisa em largura
v6
e5
v3
e2
v7
e9
v10
e6
v4
e7
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v2
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O Labirinto de Dédalo
Pesquisa em largura
v6
e5
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v11
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e11
v12
e3
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v1
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e8
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O Labirinto de Dédalo
Pesquisa em largura
v6
e5
v3
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v7
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v10
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v8
e10
v11
v4
e11
v12
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e0
v1
e4
v5
e8
v13
e12
v9
108/ 113
O Labirinto de Dédalo
Labirinto de Gopal
S
R
K
J
D
A
U
T
L
M
E
N
P
Q
G
F
C
H
B
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O Labirinto de Dédalo
Labirinto de Gopal
K
R
S
U
Q
L
J
D
M
T
G
P
A
F
E
N
C
H
B
110/ 113
O Labirinto de Dédalo
Algoritmo dos labirintos
Algoritmo dos labirintos
1
Sempre que chegar a um vértice não visitado, siga pela aresta ainda
não percorrida nele incidente que lhe aprouver;
2
Sempre que, por aresta ainda não percorrida, chegar a vértice já
visitado ou a vértice de grau 1 (beco sem saı́da), recue pela mesma
aresta até ao vértice precedente;
3
Sempre que por aresta já percorrida chegar a vértice já visitado, siga
por nova aresta, se esta existir;
4
Uma aresta já percorrida duas vezes não pode mais ser mais usada.
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O Labirinto de Dédalo
O tema do labirinto na poesia (vide compilação em [Fer08])
Miguel Torga, Diário VII
Perdi-me nos teus braços, alamedas
Onde o tempo caminha e descaminha.
Pus a força que tinha
Na instintiva defesa
De encontrar a saı́da, a liberdade.
Mas agora Teseu era um poeta,
E Ariane a poesia, o labirinto.
Desajudado,
Só me resta cantar, deixar marcado
O pânico que sinto.
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O Labirinto de Dédalo
Bibliography I
[BC87] W. W. Rouse Ball and H. S. M. Coxeter. Mathematical Recreations and Essays. Dover Publications, Inc., New York,
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[BLW06] N. L. Biggs, E. K. Lloyd, and R. J. Wilson. Graph Theory 1736–1936. Clarendon Press, Oxford, 1976, 1986, 2006.
[Cha85] Garry Chartrand. Introduction to Graph Theory. Dover Publications, Inc., New York, 1977, 1985.
[Fer08] José Ribeiro Ferreira. Labirinto e Minotauro, Mito de Ontem e de Hoje. UI&D Centro de Estudos Clássicos e
Humanísticos da Universidade de Coimbra, 2008.
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