Diagnóstico dos postos de combustíveis no município de
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Diagnóstico dos postos de combustíveis no município de
UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE Departamento de Engenharia Ambiental DANIEL BARP CREMA DIAGNÓSTICO DOS POSTOS DE COMBUSTÍVEIS NO MUNICÍPIO DE CRICIÚMA – SC Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Ambiental como requisito parcial à obtenção do grau de Engenheiro Ambiental. Orientadora: Profa. Nadja Zim Alexandre Co-orientador: Prof. Mário Ricardo Guadagnin CRICIÚMA, 2003 1 UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE Departamento de Engenharia Ambiental DANIEL BARP CREMA DIAGNÓSTICO DOS POSTOS DE COMBUSTÍVEIS NO MUNICÍPIO DE CRICIÚMA - SC Este trabalho de conclusão de curso foi julgado adequado à obtenção do grau de Engenheiro Ambiental e aprovado em sua forma final pelo Curso Engenharia Ambiental da Universidade do Extremo Sul Catarinense. Criciúma – SC, 10 de novembro de 2003. ______________________________________________________ Prof.(a) / M. Sc. Nadja Zim Alexandre Universidade do Extremo Sul Catarinense ______________________________________________________ Prof.(a) / M. Sc. Yasmine Moura da Cunha Universidade do Extremo Sul Catarinense ______________________________________________________ Prof. / M. Sc. Mário Ricardo Guadagnin Universidade do Extremo Sul Catarinense 2 DEDICATÓRIAS Dedico este trabalho em primeiro lugar a Deus, que nos deu a vida e ensinou a acreditar na humanidade. Aos mestres que nos deram conhecimento e nos transmitiram a crença no saber. A todos que de alguma forma contribuíram para realização desta conquista. 3 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, que possibilitou a concretização de mais essa etapa. A minha família, em especial aos meus pais, por me proporcionarem o estudo. Agradeço a Nadja Zim Alexandre que por inúmeras vezes abriu mão de suas atividades para prestar esclarecimentos as minhas dúvidas para conclusão deste trabalho. Agradeço a todo o pessoal da FATMA e ao Prof. Mário Ricardo Guadagnin... 4 O HOMEM Muitos matos destruídos, Muitos mares poluídos, Aquele campo lindo, Com o qual costumava sonhar Muito tempo não conseguiu durar, Eu queria que o homem pensasse, E começa-se a preservar, O que para os meus filhos falar, Quando eles pedirem ar para respirar, O homem com suas máquinas só sabe destruir, Ele só sabe é lucrar, Quero ver quando ele precisar, De um mato para descansar, De um lago para velejar, De um rio para nadar, de um oceano para pescar, do ar para voar e respirar, O próprio homem vai se matar. (Miguel M. Souza) 5 SUMÁRIO LISTAS DE TABELAS .............................................................................................................7 LISTA DE FIGURAS ................................................................................................................ 8 RESUMO .................................................................................................................................10 ABSTRACT .............................................................................................................................11 INTRODUÇÃO........................................................................................................................13 1 OBJETIVOS..........................................................................................................................14 1.1 OBJETIVO GERAL.......................................................................................................14 1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO.............................................................................................. 14 2 JUSTIFICATIVAS................................................................................................................ 14 3 EMBASAMENTO TEÓRICO ..............................................................................................16 3.1 FUNDAÇÃO DO MEIO AMBIENTE – FATMA ........................................................ 16 3.2 LICENCIAMENTO AMBIENTAL...............................................................................18 3.3 ÁREA DE ESTUDO ......................................................................................................22 3.4 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE.................................................................................... 23 3.5 EFLUENTES LÍQUIDOS..............................................................................................24 3.5.1 CAIXAS DE AREIA............................................................................................... 27 3.5.2 SEPARADOR DE ÁGUA/ÓLEO........................................................................... 27 3.5.3 FILTROS DE AREIA ............................................................................................. 28 3.5.4 ESGOTO SANITÁRIO...........................................................................................29 3.5.4.1 Caixas de gordura .............................................................................................30 3.5.4.2 Fossa séptica .....................................................................................................30 3.5.4.3 Sumidouro ........................................................................................................ 31 3.5.4.4 Filtro anaeróbio................................................................................................. 31 6 3.6 RESÍDUOS SÓLIDOS...................................................................................................32 3.7 VAZAMENTOS DE COMBUSTÍVEIS........................................................................33 3.7.1 CONTROLE DE ESTOQUE ..................................................................................36 3.7.2 ENSAIO DE ESTANQUEIDADE..........................................................................38 3.7.3 POÇO DE MONITORAMENTO (PIEZÔMETRO) .............................................. 39 3.8 BOX PARA TROCA DE ÓLEO ................................................................................... 40 3.9 PISO IMPERMEÁVEL E CALHAS DE DRENAGEM ...............................................42 4 MATERIAIS E MÉTODOS..................................................................................................44 5 RESULTADOS OBTIDOS...................................................................................................49 5.1 CADASTRAMENTO DOS POSTOS DE COMBUSTÍVEIS....................................... 49 5.2 SITUAÇÃO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL................................................... 54 5.3 DIAGNÓSTICO DOS POSTOS DE CRICIÚMA.........................................................55 5.3.1 VAZAMENTOS DE COMBUSTÍVEIS.................................................................57 5.3.2 GERAÇÃO DE EFLUENTES ................................................................................58 5.3.3 BOX PARA TROCA DE ÓLEO ............................................................................61 5.3.4 PISO IMPERMEÁVEL E CALHAS DE DRENAGEM ........................................62 5.3.5 RESÍDUOS SÓLIDOS............................................................................................63 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................65 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................................................67 ANEXO 1 – QUESTIONÁRIO ............................................................................................... 69 ANEXO 2 - ANÁLISE DOS EFLUENTES ............................................................................72 7 LISTAS DE TABELAS Tabela 1 - Área de abrangência da Coordenadoria Regional Sul da FATMA ......................... 17 Tabela 2 - Controle contra corrosão do sistema de armazenamento subterrâneo de combustível.......................................................................................................................36 Tabela 3 - Cadastramento dos postos de combustíveis do município de Criciúma. ................51 Tabela 4 – Situação dos Postos de combustíveis de Criciúma em relação ao licenciamento ambiental. .........................................................................................................................54 Tabela 5 - Diagnóstico dos tanques de armazenamento de combustíveis e controles ambientais dos postos de combustíveis. ............................................................................................. 56 Tabela 6 - Resumo da situação dos postos de combustíveis no município de Criciúma, SC. 57 Tabela 7 - Resultados obtidos no efluente bruto e tratado em dois postos de abastecimento amostrados. .......................................................................................................................60 8 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Localização do Município de Criciúma................................................................... 23 Figura 2 - Box utilizado para lavação de veículos, onde se destaca a caixa de coleta de efluente dotado de sistema de gradeamento. .................................................................... 25 Figura 3 - Detalhe do escoamento dos efluentes da lavação de veículos a calha de drenagem. ..........................................................................................................................................26 Figura 4 – Disposição do sistema de tratamento de efluentes líquidos. ................................... 26 Figura 5 - Fluxograma de coleta e tratamento dos efluentes líquidos das águas provenientes da lavação de veículos, limpeza do posto, sistema de drenagem dos pátios......................... 29 Figura 6 - Fluxograma de coleta e tratamento de esgoto sanitário........................................... 32 Figura 7 - Contaminação de águas subterrâneas por produtos químicos orgânicos................. 35 Figura 8 – Disposição dos poços de monitoramento (piezômetros) localizados ao lado do tanque de armazenamento de combustível. ...................................................................... 40 Figura 9 - Box para troca de óleo dos veículos, detalhe para as calhas de drenagem. ............. 41 Figura 10 - Bandeja coletora de óleo e canalização que é ligada a um tanque subterrâneo de armazenamento................................................................................................................. 41 Figura 11 - Piso impermeável e calhas de drenagem instalados de forma a conduzir águas do pátio e possíveis vazamentos ao sistema de tratamento. .................................................. 42 Figura 12 - Piso impermeável e calhas de drenagem na área de abastecimento dos tanques. . 43 Figura 13 - Coleta de amostras de efluente bruto e tratado. .....................................................46 Figura 14 - Aspecto do efluente bruto. ..................................................................................... 47 Figura 15 - Coleta das amostras conforme o procedimento Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. ...........................................................................47 Figura 16 - Recebimento e cadastramento das amostras na Central de Recebimento de Amostras do IPAT/UNESC.............................................................................................. 48 9 Figura 17 - Mapa 1: Localização dos postos de combustíveis no município de Criciúma. .....53 Figura 18 - Resíduos gerados nos postos de abastecimento de combustíveis. ......................... 64 Figura 19 - Embalagens de óleos lubrificantes tecidos, plásticos, papéis entre outros resíduos. ..........................................................................................................................................64 10 RESUMO A Fundação do Meio Ambiente – FATMA é um órgão público estadual que têm entre suas finalidades, fiscalizar e expedir licenças ambientais quando delegado as atividades consideradas potencialmente causadoras de degradação ambiental. A Resolução CONAMA 273/2000 e a Portaria intersetorial FATMA no 01/92 mencionam a obrigatoriedade do licenciamento ambiental para atividade de postos de abastecimento de combustíveis. Estes estabelecimentos comerciais são geradores principalmente de efluentes líquidos e resíduos sólidos que necessitam de tratamento ou destinação adequado. Outro fator levado em consideração nestes estabelecimentos são os vazamentos de combustíveis que podem causar além da contaminação do solo e dos recursos hídricos, explosões e incêndios. As medidas de controle ambiental são adotadas pelos postos de combustíveis com intuito de minimizar os impactos ao ambiente e obtenção da licença ambiental. No entanto, a eficácia e o atendimento a legislação pertinente destas medidas de controle da poluição nem sempre são satisfatórias. O diagnóstico vem contribuir com informações sobre a situação do licenciamento ambiental junto a FATMA, medidas de controle a poluição e a eficiência das estações de tratamento de efluentes líquidos provenientes da lavação de veículos, área de drenagem do posto e limpeza do mesmo. Palavras-chave: FATMA, Licenciamento ambiental, Postos de combustíveis. 11 ABSTRACT The Foundation of the Environment – FATMA state public department have between its purposes, to inspect and to emit environmental license when is delegated the activities considered highly environment degradation. The Resolution CONAMA 273/2000 and Portaria intersetorial FATMA in the 01/92 mention the obligation of the environmental licensing for activity of fuel supplying stations. These commercial establishments are creators mainly of liquids effluents, solid wastes that need treatment or adequate destination. Another factor taken under consideration about these establishments is the fuel leaking which may cause soil and hidrics resources contamination and also may cause explosion and conflagration. The environment control standards are taken by the gas station trying to minimize the impact on the environment and to acquire the license. However the efficiency and the respect to the pertinent legislation to these standards are not always satisfactory. The 12 diagnosis comes to contribute with information about the situation of the environmental licensing within FATMA, pollution control standards and the efficiency of the liquid effluents treatment stations, deriving from cars washes, ditching area of the gas station and the cleaning of the same station. Key word: FATMA, Environment licensing, Gas station. 13 INTRODUÇÃO No município de Criciúma encontram-se instalados atualmente quarenta e cinco postos de combustíveis. Estes estabelecimentos comerciais são considerados potencialmente ou parcialmente poluidores e geradores de acidentes ambientais, conforme a Resolução CONAMA 273 de 29 de novembro de 2000. A ocorrência de vazamentos de combustíveis, sistemas de tratamento de efluentes líquidos mal dimensionados ou até mesmo inexistentes, resíduos sólidos destinados de forma inadequada, somada ao sistema de fiscalização deficiente são agravantes desta situação. No intuito de obter a devida licença ambiental, estes estabelecimentos implementam vários dispositivos e medidas de controle ambiental. Contudo o conhecimento da eficácia destes controles pelos órgãos fiscalizadores se faz necessária para se manter ou exigir ainda ações próativas de controle ambientais. 14 1 OBJETIVOS 1.1 OBJETIVO GERAL Diagnosticar a situação atual dos Postos de Abastecimento de Combustíveis no Município de Criciúma, quanto ao sistema de controle ambiental, contribuindo dessa forma com a fiscalização e o processo de licenciamento ambiental desta atividade junto à FATMA. 1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO Cadastrar os postos de combustíveis inseridos no município de Criciúma; x Verificar quais os postos de combustíveis possuem processo de licenciamento ambiental junto à FATMA; x Gerar mapa temático da atividade no município para facilitar a fiscalização; x Reconhecer os atuais sistemas de controle de poluição adotados; x Caracterizar os efluentes líquidos gerados nos postos de abastecimento de combustíveis; x Verificar a eficiência dos atuais sistemas de tratamento de efluentes líquidos provenientes da área de drenagem, limpeza do posto e lavação de veículos através do atendimento a legislação aplicável. 2 JUSTIFICATIVAS 15 Existe uma variada quantidade de normas técnicas e legislações aplicável à atividade de postos de combustíveis com objetivo de minimizar os efeitos negativos ao meio ambiente. Faz-se necessário resumir e reunir estas informações de forma a padronizar a avaliação dos processos de licenciamento ambiental junto a FATMA. O conhecimento e o cadastramento com informações atualizadas dos postos de combustíveis em funcionamento no município tornam-se uma necessidade ao órgão fiscalizador, para regulamentar a atividade e efetivar o processo de fiscalização. A falta de conhecimento sobre a eficiência do sistema de tratamento de efluentes líquidos, faz com que amostragens sejam necessárias, a fim de avaliar a necessidade de outras medidas de controle para os mesmos. Este diagnóstico vem auxiliar o conhecimento sobre os principais impactos no ambiente ocasionados pelos postos de combustíveis e suas medidas de controle. 16 3 EMBASAMENTO TEÓRICO 3.1 FUNDAÇÃO DO MEIO AMBIENTE – FATMA A Fundação do Meio Ambiente - FATMA, tem sua sede localizada em Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina, e oito Coordenadorias Regionais. A Região Sul do Estado de Santa Catarina é área de jurisdição da Coordenadoria Regional do Sul, CER/SU, com sede em Criciúma, na rua Melvin Jones, 123 - Bairro Comerciário. A Portaria nº 045 de 13 de junho de 1998 (FATMA 2002), determinou a área de jurisdição das Coordenadorias Regionais de Meio Ambiente da FATMA, no âmbito Estadual, para a execução e desenvolvimento das suas competências regimentais específicas. A tabela 1, mostra a área de abrangência da CER/SU - Coordenadoria Regional de Meio Ambiente do Sul. 17 Tabela 1 - Área de abrangência da Coordenadoria Regional Sul da FATMA 1 – Araranguá 13 - Morro Grande 2 - Balneário Arroio Silva 14 - Nova Veneza 3 - Balneário Gaivota 15 - Passo de Torres 4 – Cocal do Sul 16 - Praia Grande 5 – Criciúma 17 - Santa Rosa do Sul 6 – Ermo 18 - São João do Sul 7 - Forquilhinha 19 – Siderópolis 8 – Içara 20 – Sombrio 9 - Jacinto Machado 21 - Timbé do Sul 10 - Maracajá 22 – Treviso 11 - Meleiro 23 – Turvo 12 - Morro da Fumaça 24 – Urussanga Fonte: PORTARIA Nº 045/98 (FATMA 2002). As coordenadorias regionais têm como finalidades básicas determinadas pelo artigo 26 do Decreto no 3.573, de 18 de dezembro de 1998 (FATMA 2002 p.39): “I- representar a FATMA, nos seus limites de jurisdição e competência; II- realizar estudos, levantamentos, avaliações e fiscalizações de fontes de poluição ou de agentes de degradação ambiental; III- atender reclamações sobre poluição sonora, atmosférica, hídrica e do solo; IV- fiscalizar e autuar infrações ambientais, e penalizar nos limites da delegação; V- prestar assessoramento e apoio às ações dos Postos Avançados de Controle Ambiental conforme vinculação, inclusive com atuação supletiva; VI- elaborar pareceres e relatórios técnicos sobre empreendimentos, públicos ou privados, instalados, em implantação ou expansão, no que se refere ao controle do meio ambiente e análise de projetos de poluição sonora, atmosférica, hídrica e do solo, para fins de licenciamento ambiental; VII- expedir licenças ambientais, quando delegado pela autoridade competente; VIII- prestar informações, orientações e fornecer dados e elementos sobre suas atividades; IX- assessorar tecnicamente os municípios em problemas relativos ao controle da poluição sonora, atmosférica, hídrica e do solo; X- elaborar anualmente, o programa operacional de atividades, submetendo-o à aprovação da Diretoria de Controle da Poluição Industrial, Rural e Urbana; XI- realizar estudos e levantamentos ambientais nos municípios, cadastrando os dados obtidos; XII- apoiar as entidades e as empresas que atuam nos municípios de sua jurisdição, na execução de serviços, obras, levantamentos, estudos e projetos voltados à conservação e proteção ambiental; 18 XIII- atender pedidos de diligências e vistorias dos órgãos oficiais; XIV- desenvolver outras atividades relacionadas com o meio ambiente.” Decreto no 3.573/98 (FATMA 2002 p.39). 3.2 LICENCIAMENTO AMBIENTAL Durante as últimas décadas, a questão ambiental no Brasil tem alcançado significativos avanços. A referência legislativa nesse sentido é bem vasta, sendo que a própria Constituição Federal, em seu art. 225 (FATMA 2002 p.25), assegura que: “Todos têm o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” Constituição Federal, art. 225 (FATMA 2002 p.25). Entre os diplomas legais voltados à proteção do meio ambiente, destaca-se a Lei Federal 6.938 de 31 de agosto de 1981 (FATMA 2002) – Lei da Política Nacional do Meio Ambiente, que estabeleceu os conceitos legais de meio ambiente, degradação ambiental, poluição, recursos ambientais... Para assegurar uma efetiva proteção ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, instituiu-se o licenciamento ambiental, que é justamente o procedimento administrativo, através do qual o empreendedor busca a obtenção da Licença Ambiental. O artigo 1º da (FATMA 2002 p.390), define: Resolução CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997 19 “I- Licenciamento Ambiental: Procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso. II- Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente, estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental” Resolução CONAMA 237/97 (FATMA 2002 p.390). No artigo 8º da mesma Resolução é mencionado que o Poder Público no exercício de sua competência de controle, expedirá as seguintes licenças: “I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação; II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante; III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação” Resolução CONAMA 237/97 (FATMA 2002 p.391). 20 A Lei Federal no 6938, de 31 de agosto de 1981 (FATMA 2002 p.345), em seu artigo 10 cita obrigatoriedade de licenciamento ambiental para as atividades que causam degradação ambiental, conforme o exposto: “A construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva e potencialmente poluidores, bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento de órgão estadual competente [...]” Lei Federal no 6938/81 (FATMA 2002 p.345). Esta Lei no entanto, não lista as atividades que necessitam de licenciamento ambiental. A Resolução CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997 FATMA (2002), que lista as atividades e empreendimentos sujeitos ao licenciamento ambiental não especifica a obrigatoriedade desse instrumento para os postos de abastecimento de combustíveis. Em 2000, foi criada a Resolução CONAMA 273, de 29 de novembro de 2000 FATMA (2002), que dispõe sobre prevenção da poluição em postos de combustíveis e serviços. Esta Resolução foi editada especificamente para este tipo de empreendimento. Dando nova redação a dispositivos desta Resolução, foi publicada a Resolução CONAMA 319, de 4 de dezembro de 2002 FATMA (2002). No estado de Santa Catarina a atividade de postos de abastecimentos de combustíveis, por ser uma atividade considerada potencialmente causadora de degradação ambiental, segundo a Portaria intersetorial n.º 01/92 FATMA (2002), está sujeita ao licenciamento ambiental e tem aspectos relacionados à legislação ambiental e à atuação da Fundação do Meio Ambiente – FATMA, órgão ambiental estadual. Segundo esta Portaria os postos de abastecimento de combustíveis podem ser enquadrados de duas maneiras (FATMA, 2002 p. 90): 21 “42.32.00 - Postos de abastecimento de álcool e derivados do refino de petróleo Potencial Poluidor/Degradador : Ar: P Água: P Solo: P Geral: P Porte: AU <= 0,5 e NE <= 5 : pequeno AU >= 2,0 ou NE >= 20 : grande os demais : médio 42.32.10 - Postos de abastecimento de álcool e derivados do refino de petróleo, com lavagem e lubrificação de veículos Potencial Poluidor/Degradador : Ar: P Água: M Solo: P Geral: M Porte: AU <= 0,5 e NE <= 5 : pequeno AU >= 2,0 ou NE >= 20 : grande os demais : médio” Portaria intersetorial n.º 01/92 (FATMA 2002 p.90). No enquadramento dessa atividade AU significa área útil medida em hectare, NE o número de empregados, P, M, G, pequeno, médio e grande respectivamente. A Instrução Normativa IN-01 da FATMA dispõe sobre procedimentos para o licenciamento de postos de combustíveis e orienta o interessado como proceder para obter a licença ambiental de sua atividade. No processo de licenciamento ambiental são avaliados entre outros, os impactos causados pelo empreendimento, tais como seu potencial ou sua capacidade de gerar efluentes líquido, resíduos sólidos, emissões atmosféricas, ruídos e o potencial de risco. As medidas de controle da poluição adotadas por estes estabelecimentos para amenizar os impactos são analisadas no intuito de verificar a possibilidade da atividade obter o licenciamento ambiental. 22 Especificamente na atividade de postos de combustíveis, as medidas de controle ambiental exigidas pela CER/SU para o licenciamento ambiental são: Poços de monitoramento (piezômetros), no mínimo quatro; Ensaios de estanqueidade; Tanques e tubulações conforme determina a NBR 13786/2001; Estação de tratamento de efluentes líquidos; Armazenamento e destinação adequada de resíduos sólidos; Piso impermeável e calhas de drenagem nas áreas de abastecimento do posto, tanques, lavação de veículos e no Box para troca de óleo; Box apropriado para troca de óleo; Recolhimento do óleo usado dos veículos e do sistema de tratamento de efluentes, por empresa devidamente licenciada para atividade. 3.3 ÁREA DE ESTUDO O município de Criciúma encontra-se localizado na porção sudeste do estado de Santa Catarina, distando através da BR – 101, 188 Km de Florianópolis e 285 Km de Porto Alegre, Figura 1. 23 Fonte: Centro de cartografia – Figura 1 - Localização do Município de Criciúma Fundado em 06/01/1880, o município emancipou-se em 04/11/1925. Sua área abrange 244,83 Km² e uma população em torno de 167.661 habitantes, constituída por descendentes de diversas origens, como italianos, alemães, poloneses, portugueses e negros (ALEXANDRE & NOSSE, 1995). 3.4 DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE Venda de combustíveis, troca de óleo, lubrificação, lavação e lojas de conveniência, (restaurantes, bares...), são alguns dos serviços oferecidos pelos postos de combustíveis. No entanto, a quantidade, variedade e qualidade destes serviços podem variar de estabelecimento para estabelecimento. 24 Os serviços oferecidos nestes estabelecimentos comerciais são geradores significativos de resíduos líquidos e sólidos, que necessitam de tratamento adequado antes de serem lançados num corpo receptor. Outro fator agravante desta atividade, é o armazenamento de substâncias químicas perigosas que podem causar acidentes e danos ambientais devido a vazamentos, podendo comprometer a qualidade do solo e das águas subterrâneas. 3.5 EFLUENTES LÍQUIDOS Os efluentes líquidos gerados nos postos de abastecimento de combustíveis são provenientes da lavação veículos, da limpeza do posto, águas de drenagem de seus pátios e também dos esgotos sanitários gerados pelos funcionários e usuários do posto. A lavação de veículos é um serviço oferecido pelos postos de abastecimento de combustíveis que consome em média seiscentos (600) litros de água por veículo (NUNES, 2001), quantidade elevada se considerarmos que cada posto do município lava em média quinze (15) veículos por dia. 25 Figura 2 - Box utilizado para lavação de veículos, onde se destaca a caixa de coleta de efluente dotado de sistema de gradeamento. São gerados também efluentes na limpeza do posto, onde são lavados os pisos da área de abastecimento, o Box para troca de óleo, paredes, entre outros. Estes efluentes são caracterizados principalmente pela presença de sólidos sedimentáveis, parte deles em suspensão, óleos e graxas minerais e detergentes (ALEXANDRE & NOSSE, 1995). O tratamento dos efluentes líquidos provenientes da limpeza da área do posto e da lavação de veículos, tem por objetivo impedir que óleos e graxas minerais e material sólido sejam lançados diretamente em redes coletoras de esgoto ou cursos de água. Estes efluentes devem ser conduzidos às calhas de drenagem e dirigidas até o sistema de tratamento. 26 Figura 3 - Detalhe do escoamento dos efluentes da lavação de veículos a calha de drenagem. Os sistemas de tratamento freqüentemente adotados nos postos de combustíveis são compostos por unidades de caixa separadora de água e óleo e com menos freqüência unidades de caixa de areia e filtro de areia. Figura 4 – Disposição do sistema de tratamento de efluentes líquidos. 27 3.5.1 CAIXAS DE AREIA As caixas de areia têm como objetivo principal reter substâncias inertes, como as areias, sólidos minerais sedimentáveis (NUNES, 2001). 3.5.2 SEPARADOR DE ÁGUA/ÓLEO Segundo IMHOFF (1986), os separadores de água/óleo são todos os recipientes que provoquem a redução da velocidade da água e apresentem uma superfície tranqüila ou em fluxo de água laminar de modo a propiciar a separação das fases. Enquanto os sólidos mais densos se depositam no fundo e formam lodo, os corpos menos densos sobem a superfície e formam a escuma. Nesta unidade, a escuma é formada por óleo, que deve ser drenada a uma caixa de armazenamento, onde seu recolhimento deve ser feito por empresa especializada e devidamente licenciada para a atividade de re-refino de óleo. Separador de água/óleo são unidades destinadas a remover o óleo presente num efluente, em particular nos casos em que há presença de despejos industriais com elevado teor de óleo (PESSÔA & JORDÃO, 1982). A NBR no 14605 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – (ABNT, 2000 p.2) define separador de água/óleo como “recipiente que coleta a água e óleo, separando a primeira do segundo”. 28 3.5.3 FILTROS DE AREIA A necessidade de instalação de filtro de areia após os separadores de água/óleo deve-se a não separação completa do óleo dos efluentes apenas por meio de gravidade. As partículas menores de óleo permanecem na água e sólidos em suspensão finos, encharcados por óleo terão densidade próxima a da água e passam pelos separadores. Isto deve-se principalmente pela presença de substâncias emulsivas (sabões e detergentes) nestes efluentes (PROGESC, 1995). Conforme descrito na NBR no 13969 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – (ABNT, 1997) os filtros de areia são tanques preenchidos de areia e outros meios filtrantes, com fundo drenante e com efluente em fluxo descendente, onde ocorre a remoção de poluentes, tanto por ação biológica quanto física. A Figura 5 traz um fluxograma da coleta e tratamento dos efluentes líquidos gerados na atividade de postos de combustível. Lavação de veículos Limpeza do posto Caixa de areia (desarenador) Calhas de drenagem pluvial da área do posto 29 Caixa de armazenamento Separador de óleo Filtro de areia Caixa de inspeção Corpo receptor Figura 5 - Fluxograma de coleta e tratamento dos efluentes líquidos das águas provenientes da lavação de veículos, limpeza do posto, sistema de drenagem dos pátios. 3.5.4 ESGOTO SANITÁRIO Estes efluentes segundo PESSÔA & JORDÃO (1982 p.9) “provêm de residências, edifícios comerciais, instituições ou quaisquer edificações que contenham instalações de banheiros, lavanderias, cozinhas, ou qualquer dispositivo de utilização da água para fins domésticos”. Nos postos de combustíveis estes efluentes são provenientes dos banheiros, lojas de conveniência, restaurantes, bares... Compõem-se essencialmente da água de banho, urina, fezes, papel, restos de comida, sabão, detergentes. Os esgotos sanitários devem ser tratados conforme NBR no 7229 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – (ABNT, 1995) por fossa séptica, tendo como tratamento complementares caixa de gordura, sumidouro e filtro anaeróbio. 30 O efluente líquido das lojas de conveniência, restaurantes, bares..., deverá passar por caixa de gordura, antes de ser direcionado para o sistema de tratamento para melhor eficiência do mesmo. 3.5.4.1 Caixas de gordura Segundo NUNES (2001 p.97), as caixas retentoras de gordura são “unidades destinadas a reter gorduras e materiais que flotam naturalmente”. Conforme PESSÔA & JORDÃO (1982 p.15), “a gordura é um termo normalmente usado para se referir à matéria graxa, aos óleos e ás substâncias semelhantes encontradas nos esgotos. A gordura está presente no esgoto doméstico proveniente do uso de manteiga, óleos vegetais, em cozinha, da carne, etc”. 3.5.4.2 Fossa séptica De acordo com PESSÔA & JORDÃO (1982), fossas sépticas são câmaras convenientemente construídas para reter os despejos domésticos, por um período de tempo especificamente estabelecido, de modo a permitir a decantação dos sólidos e retenção do material graxo contido nos esgotos, transformando-os, bioquimicamente, em substâncias e composto mais simples e estáveis. 31 Segundo os mesmos autores, uma parte dos sólidos em suspensão contida nestes esgotos sedimenta, formando uma substância semilíquida denominada lodo. Parte dos sólidos não decantados, formados por óleos, graxas, gorduras e outros materiais misturados com gases, é retida na superfície livre do líquido, no interior da fossa séptica, os quais são comumente denominados escuma. Ainda conforme os mesmos autores ambos, lodo e escuma, são atacados por bactérias anaeróbias, provocando uma destruição total ou parcial de organismos patogênicos. 3.5.4.3 Sumidouro A NBR no 7229 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – (ABNT, 1995 p.3) define sumidouro como “poço escavado no solo destinado para depuração e disposição final do esgoto no nível subsuperficial”. Segundo PESSÔA & JORDÃO (1982 p.216), “os sumidouros são também conhecidos como poços absorventes, recebendo os efluentes diretamente das fossas sépticas, tendo, portanto, vida útil longa, devido á facilidade de infiltração do líquido praticamente isento dos sólidos causadores da colmatação do solo”. 3.5.4.4 Filtro anaeróbio 32 Ainda de acordo com PESSÔA & JORDÃO (1982), as unidades de filtro anaeróbio para o tratamento de efluentes líquidos de fossas sépticas são tanques cheios de pedras, onde o esgoto é contactado com culturas de microorganismos anaeróbios durante um período de tempo pré-determinado, suficiente para reduzir de 70 a 90% a carga orgânica (DBO5). A Figura 6 traz um fluxograma da coleta e tratamento dos esgotos sanitários. Efluente Sanitário Lanchonete Caixa de gordura Filtro Anaeróbio Efluente Sanitário Banheiros Corpo receptor Fossa Séptica Sumidouro Figura 6 - Fluxograma de coleta e tratamento de esgoto sanitário. 3.6 RESÍDUOS SÓLIDOS A NBR no 10004 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – (ABNT, 1987 p.1) define resíduos sólidos como: “Resíduos nos estados sólido e semi-sólido, que resultem de atividades da comunidade de origem: industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam 33 para isso soluções técnica e economicamente inviáveis em face à, melhor tecnologia disponível” (NBR 10.004/87). As unidades geradoras de resíduos sólidos nos postos de abastecimento de combustíveis são os banheiros, troca de óleo dos veículos, lojas de conveniências, restaurante, bar, limpeza de veículos, atividades administrativas, sistema de tratamento de efluentes líquidos entre outros. Estes resíduos podem ser classificados segundo essa NBR em resíduos classes I, II, III ou perigosos, não inertes e inertes, respectivamente. Segundo a NBR 11174 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – (ABNT, 1990 p.2) “os resíduos das classes II e III não devem ser armazenados juntamente com resíduos classe I, em face da possibilidade da mistura resultante ser caracterizada como resíduo perigoso”. Os resíduos perigosos formados particularmente por embalagens de óleos, produtos químicos em geral, lodo do sistema de tratamento de efluentes líquidos, tecidos contaminados por óleos e/ou combustíveis devem ter como destino final aterros industriais, enquanto os demais resíduos como papel, papelão, material de varredura, vidro, latas, plásticos entre outros dispostos em aterros sanitários. Estes resíduos devem ser gerenciados desde sua geração até sua disposição final, de forma a atender aos requisitos ambientais e saúde pública. 3.7 VAZAMENTOS DE COMBUSTÍVEIS 34 A ocorrência de vazamentos em tanques e tubulações de armazenamento ou que transportam combustíveis é um fator que contribui para o risco de explosões e incêndios, além da contaminação do solo e corpos d'água subterrâneos e superficiais. Este impacto se torna mais significativo quando associamos que a maioria dos postos de abastecimento de combustíveis está localizada em áreas densamente povoada, gerando risco à segurança da população. Segundo BAIRD (2002), dentre os contaminantes orgânicos típicos dos suprimentos de água subterrânea encontram-se o benzeno, tolueno e xileno (BTX) da gasolina e outros derivados do petróleo, provenientes principalmente de vazamentos de tanques subterrâneos de armazenamento de gasolina. Segundo o mesmo autor ao entrar em contato com o lençol freático o BTX por ser menos denso que a água formam uma massa que flutua sobre a parte superior do lençol freático. A Figura 7 mostra a contaminação das águas subterrâneas pelo BTX. Fonte: BAIRD (2002 p.486) Adaptação pelo autor. 35 Figura 7 - Contaminação de águas subterrâneas por produtos químicos orgânicos. Muitos postos de combustíveis possuem tanques e tubulações antigos, outros nem tanto, mas devido à falta de manutenção adequada, ou ainda a obsolescência de equipamentos de segurança estes riscos de vazamentos aumentam. O tipo de material utilizado na fabricação dos tanques e tubulações, refere-se a sua maior ou menor resistência à corrosão frente aos agentes do subsolo (correntes elétricas, acidez, quantidade de oxigênio, salinidade, flutuações do lençol d'água...). O período de instalação está relacionado ao prazo em que o tanque e a tubulação estiveram submetidos à ação daqueles agentes. Assim, conforme as características desses tanques e tubulações (parede dupla de aço-carbono, revestimento externo reforçado, parede externa não-metálica, proteção catódica, etc.), eles têm maior ou menor durabilidade. Segundo BAIRD (2002 p.487), “antes de 1980, os tanques subterrâneos de armazenamento de gasolina eram feitos de aço; quase a metade deles apresentou corrosão, provocando vazamento durante seus primeiros quinze (15) anos de existência”. Os tanques e tubulações com maior confiabilidade passaram a ser exigidos pelos órgãos fiscalizadores através das normas construtivas e de instalação. A FATMA neste sentido é rigorosa pedindo a substituição dos tanques e tubulações com idade igual ou superior a dez (10) anos por tanques padronizados pela NBR 13786/2001. Esta NBR, menciona que para proteção e controle de corrosão do sistema de armazenamento subterrâneo de combustíveis - SASC, tanques e tubulações devem ser fabricados conforme a tabela 2. 36 Tabela 2 - Controle contra corrosão do sistema de armazenamento subterrâneo de combustível. Tanque fabricado conforme NBR 13312 Tanque fabricado conforme NBR 13212 Tanque fabricado conforme NBR 13785 Corrosão do SASC Tubulação de aço-carbono com proteção contra corrosão, compatível com a utilizada no tanque Tubulação fabricada em material não-metálico Segundo a NBR no 13784 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – (ABNT, 1997) métodos e sistemas de detecção de vazamentos dos tanques e suas tubulações devem ser adotados, mantidos e operados pelos operadores dos postos de serviço. A constatação de vazamentos deve determinar uma ação imediata no sentido de proceder aos ensaios de estanqueidade dos tanques e suas tubulações, visando detectar o local do vazamento para a adoção de medidas corretivas. Constatado o vazamento de combustível, o operador do posto deve informar imediatamente à distribuidora, bem com aos órgãos públicos competentes, como corpo de bombeiros, órgão de controle ambiental, prefeitura, e outros... para eventuais medidas de proteção à população e ao meio ambiente. 3.7.1 CONTROLE DE ESTOQUE Conforme disposto na NBR no 13784 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – (ABNT, 1997), o controle de estoque manual é apropriado para constatação de vazamentos acima de 4L/h, desde que realizado apropriadamente. Através da medição com régua graduada e registros diários em um livro de estoque é possível medir perdas nos tanques, detectando assim o vazamento. 37 Já os sistemas automáticos podem ser o único método de detecção de vazamentos, desde que sua precisão possibilite constatar vazamentos de no mínimo 1L/h, com 95% de possibilidade de acerto e no máximo de 5% de probabilidade de alarme falso, isso considerando-se a compensação do coeficiente térmico de expansão do combustível (NBR 13784, 1997). Esta mesma NBR menciona que a periodicidade das avaliações devem ser diárias. 38 3.7.2 ENSAIO DE ESTANQUEIDADE A NBR no 13784 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – (ABNT, 1997 p.2), define ensaio de estanqueidade como “método que avalia a estanqueidade dos sistemas de armazenamento subterrâneos de combustíveis – SASC” (NBR 13784, 1997). Segundo esta mesma NBR, “estes ensaios devem ser executados por pessoal qualificado e com procedimentos padronizados compatíveis com a metodologia empregada, devendo estar disponíveis aos órgãos de fiscalização para fins de auditoria técnica” (NBR 13784, 1997 p.5). Menciona ainda que os ensaios de estanqueidade dos tanques de armazenamento de combustíveis são feitos para avaliar possíveis vazamentos na estrutura do tanque, tanto abaixo do nível de combustível na fase líquida, como acima destes. Devem ser capazes de detectar vazamentos de 0,5L/h com 95% de possibilidade de acerto e máximo de 5% de probabilidade de alarme falso, considerando-se a compensação do coeficiente térmico de expansão do combustível (NBR 13784, 1997). Conforme a NBR no 13783 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – (ABNT, 1997 p.3) “antes da interligação ao tanque, a tubulação deve ser submetida ao ensaio de estanqueidade [...], após a execução do ensaio de estanqueidade da tubulação e efetuada a interligação ao tanque, deve ser executado um novo ensaio de estanqueidade, envolvendo o conjunto” (NBR 13783, 1997 p.3). 39 3.7.3 POÇO DE MONITORAMENTO (PIEZÔMETRO) Para avaliar a eficácia das medidas de controle que visam evitar os vazamentos de combustíveis em tanques e tubulacões, se faz necessário a instalação de poços de monitoramento conforme descrito na NBR no 13784 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – (ABNT, 1997 p.2) que define poço de monitoramento como um “sistema de detecção de vazamento, que permite verificação da existência de combustível em fase livre na superfície da água subterrânea, ou em fase de vapor sobre a água subterrânea”. Esta mesma norma menciona que a periodicidade das avaliações devem ser no máximo trinta (30) dias, e em caso de solos permeáveis (solos arenosos), a freqüência de medição deve ser quinze (15) dias. A constatação da existência de combustíveis pode ser detectada através da presença do BTX. Ressalta-se que atualmente em Santa Catarina, apenas o Laboratório da Engenharia Sanitária e Ambiental da UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina, esta habilitado para realizar essa análise a um custo de quinhentos (500) reais/amostra. O laboratório de cromatografia gasosa do IPAT/UNESC, através do convênio com a FATMA, está se preparando para realizar esse tipo de análise e em breve poderá estar prestando esse tipo de serviço. A Figura 8 mostra a disposição dos poços de monitoramento instalados ao lado do tanque de armazenamento de combustível. 40 Figura 8 – Disposição dos poços de monitoramento (piezômetros) localizados ao lado do tanque de armazenamento de combustível. A instalação de poços de monitoramento deve obedecer a NBR no 14623 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – (ABNT, 2000). 3.8 BOX PARA TROCA DE ÓLEO O box para troca de óleo deve ser fechado e impermeabilizado de modo a não permitir que possíveis derramamentos de óleo possam infiltrar no solo, devem ser dotados de calhas de drenagem direcionando o fluxo dos efluentes líquidos à estação de tratamento, conforme apresentado na Figura 9. Deve constar também, um tanque subterrâneo impermeabilizado para armazenamento deste óleo, para posterior recolhimento por empresa devidamente licenciada por órgão ambiental para as atividades de transporte, armazenamento e re-refino de óleo usado. 41 Figura 9 - Box para troca de óleo dos veículos, detalhe para as calhas de drenagem. A Figura 10 mostra o detalhe da bandeja móvel e a canalização ligada a ela para recolhimento do óleo retirado dos veículos. Figura 10 - Bandeja coletora de óleo e canalização que é ligada a um tanque subterrâneo de armazenamento. 42 3.9 PISO IMPERMEÁVEL E CALHAS DE DRENAGEM A área de abastecimento, lavação e troca de óleo de veículos deverá contar com piso impermeável para inibir a percolação de possíveis derramamentos de combustíveis ou óleos e calhas de drenagem nos limites desta impermeabilização, direcionando o fluxo até o sistema de tratamento de efluentes, conforme apresentado nas Figuras 11 e 12. Figura 11 - Piso impermeável e calhas de drenagem instalados de forma a conduzir águas do pátio e possíveis vazamentos ao sistema de tratamento. 43 Figura 12 - Piso impermeável e calhas de drenagem na área de abastecimento dos tanques. 44 4 MATERIAIS E MÉTODOS Os postos de combustíveis são estabelecimentos que exercem diversas atividades, dentre as quais podemos destacar o armazenamento e revenda de combustível, troca de óleo, lavação de veículos, lojas de conveniências, restaurantes, bares... O levantamento das normas técnicas, legislações e referências bibliográficas referentes ao tema tiveram como fundamento às atividades desenvolvidas por estes estabelecimentos. Visando atualizar e uniformizar as informações desta atividade junto a FATMA, foram realizadas vistorias nos quarenta e cinco (45) postos do município de Criciúma, SC. A razão social e endereços destes estabelecimentos foram obtidos junto ao setor de arrecadação da Secretaria de Finanças da Prefeitura Municipal. Para facilitar a referida vistoria e coletar as informações necessárias sobre atividade, foi elaborado um questionário (anexo 1), tendo como base a NBR no 13786 de agosto de 2001, Resolução CONAMA 273 de novembro de 2000, Resolução Conama 319 de 4 de dezembro de 2002, Instrução Normativa N-01 da FATMA entre outros referenciais. 45 O referido questionário foi aplicado entre os dias 21/08 à 05/09 de 2003 ao proprietário ou responsável pelo empreendimento, assim como o preenchimento do mesmo foi acrescido de dados observados por ocasião da entrevista. O questionário serviu para atualizar informações, cadastrar e conhecer a realidade dos controles ambientais adotados pelos postos, afim de avaliá-los. Depois de preenchidos os questionários com informações atualizadas e consolidadas, foi possível elaborar um mapa temático com a localização destes estabelecimentos no município, que retrata também a situação dos mesmos perante o processo de licenciamento ambiental junto a FATMA. O mapa foi gerado utilizando-se como base cartográfica a Folha Criciúma – IBGE – Esc. 1/50.000 e Folha Araranguá – IBGE – Esc. 1/50.000 sendo que o mesmo foi produzido no Centro de Cartografia do IPAT - Instituto de Pesquisas Ambientais e Tecnológicas. Durante a aplicação do questionário, selecionou-se através de observações, dois postos para avaliar a eficiência dos sistemas de tratamento de efluentes líquidos. As estações de tratamento de efluentes líquidos escolhidas foram as dos postos Sorato e Barp. As amostras foram coletadas na entrada e saída de cada estação de tratamento seguindo o procedimento do Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 20a edição. 1998. Foram selecionados para análise os parâmetros óleos/graxas, fenóis, pH, detergentes, sólidos sedimentáveis, suspensos e dissolvidos. 46 A amostra para determinação de pH, detergentes, sólidos sedimentáveis, suspensos e dissolvidos foi obtida em um frasco de polietileno, sendo o mesmo enxaguado com a própria água a ser coletada. A amostra para análise de fenóis foi coletada em um frasco de vidro, sendo armazenada sob refrigeração de 4 0C, tendo o cuidado de não agitar a amostra. Já a coleta para análise de óleos e graxas foi realizada em um frasco de vidro, boca larga onde foi adicionado 2,0 ml de Ácido Clorídrico (HCL) para um litro de amostra e armazenado sob refrigeração de 4 0C, tendo o cuidado de não agitar a amostra. Figura 13 - Coleta de amostras de efluente bruto e tratado. 47 Figura 14 - Aspecto do efluente bruto. Figura 15 - Coleta das amostras conforme o procedimento Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater. 48 As análises (anexo 2) foram realizadas no laboratório conveniado FATMA/UNESC, localizado no IPAT - Instituto de Pesquisas Ambientais e Tecnológicas. A figura 16 ilustra o recebimento e o cadastramento das amostras na Central de Recebimento de Amostras do IPAT/UNESC. Figura 16 - Recebimento e cadastramento das amostras na Central de Recebimento de Amostras do IPAT/UNESC. 49 5 RESULTADOS OBTIDOS 5.1 CADASTRAMENTO DOS POSTOS DE COMBUSTÍVEIS O resultado do cadastramento realizado nos postos de combustíveis no município de Criciúma é apresentado na tabela 3, onde consta: bandeira, nome fantasia, razão social, endereço e coordenadas UTM de cada posto. A espacialização das atividades pode ser observada no Mapa 1: localização dos postos de abastecimento de combustíveis no município de Criciúma, SC. A identificação de cada posto de combustível no referido mapa é obtida através do número que consta na primeira coluna da tabela 3. Durante o levantamento dos dados, foi registrado que os postos de abastecimento de combustíveis do município de Criciúma são geradores de quinhentos e doze empregos (512) diretos. 51 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Bandeira Número Tabela 3 - Cadastramento dos postos de combustíveis do município de Criciúma. Nome Fantasia Razão Social Endereço Av. Universitária s/n - São Defende Av. Universitária, esquina com a PO Posto Sta Luzia Rua da Paz - Santa Luzia. Av. Universitária 1200 - Santa PO Posto Rio Sangão Auto Posto Rio Sangão Ltda Luzia Auto Posto Santo Agostinho Rua Archangelo Meller s/n - Sta BB Posto Santa Augusta Ltda Augusta. Giovial Combustíveis e PO Posto Imigrante Av. João Ronchi 423 - Rio Maina Transporte Ltda Avenida dos Imigrantes, Auto Posto Santo Agostinho IP Posto Santo Agostinho 830/Esquina com Avenida Luiz Ltda Lazarin – Rio Maina. Avenida dos Imigrantes, 1607 – IP Posto Rio Maina Auto Posto Rio Maina Ltda Rio Maina. Rodovia Sebastião Toledo dos BB Posto Imola Posto Imola Ltda Santos 1435 - Vila Zuleima. Posto Albino Comércio de Rodovia Luiz Lazzarin, 2.274 – BR Posto Albino Combustível e Transporte Ltda Rio Maina Av. Professor Nicolau Destri IP Posto Barp Barp e Cia Ltda Napoleão, s/n – Jardim Angélica. Rua Cônego Aníbal Maria De IP Posto Barp Posto Barp & Cia Francia 20 - Pinheirinho. Rua Cônego Aníbal de Francia BR Posto Pinheirinho Auto Posto Pinheiro Ltda Pinheirinho. Conego Anibal Maria de Francia IP Posto Esperança Auto Posto Esperança Ltda 577 - Pinheirinho Rua Henrique Lage 2162 - Santa TE Posto Cresciumense Auto Posto Cresciumense Bárbara Av. Centenário, 1717 – Santo SH Posto Rosso Comercial de Comb. Rosso Ltda Antônio. Rua Henrique Lage, 1300 - Santa PO Posto Chairlene Auto Posto Chairlene Ltda Barbara. Abastecedora Avenida de Rua Domingos Bristot 49 - Santa IP Posto Avenida Combustíveis Ltda Barbara Rua Henrique Lage, 798 – Sociedade Abastecedora Sta TE Nosso Posto Centro. Bárbara Ltda IP Posto São Defende Comercio de combustíveis Goulart Comercial de Combustíveis e Lubrificantes Santa Luzia Ltda 19 ES Posto Tigre Distribuidora de Combustíveis Av. Centenário, 2999 - Centro Rosso Ltda. 20 TE Posto São Pedro Benedet & CIA Ltda 21 BR Posto Central Presto Acessório e Com. Ltda 22 SH Posto Belluno Auto Posto Belluno 23 SH Posto Rosso Comercial de Rosso Ltda 24 PO Posto Sorato Rua Henrique Lage 327, Centro Av. Rui Barbosa, 184 – Centro. Rua Rui Barbosa, 320 - Centro Combustíveis Rua Marechal Deodoro/Pedro Benedet, 529 – Centro. Rua Cel. Marcos Rovaris, 405 – Tranqüilo Soratto Ltda Centro. 1/2 Coordenadas UTM 650986 6823917 653308 6823907 654485 6824068 655169 6824818 654667 6826384 654685 6826749 654391 6827470 656715 6828408 656876 6826904 656190 6824169 656404 6824462 656796 6824765 658767 6825103 657517 6825496 657606 6826056 658149 6826234 658372 6826252 658488 6826421 658889 6826457 659085 6826653 659512 6826492 659655 6826386 659673 6826822 659886 6826626 Número Bandeira 52 25 TE 26 IP 27 IP Posto Rosso 28 ES Posto Rosso 29 IP Posto Dário Auto Posto Dário Ltda 30 PO Posto Chile Auto Posto Maccari 31 TE Posto São Pedro Benedet & Cia Ltda 32 IP Posto Daré Borges e Daré Ltda 33 BR Posto Trevo Comelub Comércio de Combustíveis e Lubrificantes Ltda 34 ES Angeloni & CIA Ltda 35 BR Posto Pinheirinho Auto Posto Pinheiro Ltda 36 ES Posto Marcos Auto Posto Santos Dumont 37 IP Posto São Luiz 38 BR Posto Amboni 39 BB Pneutur Auto posto Pneutur Auto posto LTDA 40 BR Posto Morro Estevão Auto Posto Morro Estevão Ltda 41 RD Posto Acesso Sul Auto Posto Acesso Sul Ltda 42 BB Posto Forgiarini Auto Posto Forgiarini Ltda 43 PO Posto HG Auto Posto HG Ltda 44 TE Posto Fera Auto Posto Fera Ltda 45 IP Posto Rosso Auto Posto Rosso Ltda Nome Fantasia Razão Social Posto Sorato Posto Soratto & Cia Ltda Posto Nova Europa Nova Europa Posto de Abastecimento Ltda Comercial de Combustíveis Rosso Ltda Comercial de Combustível Rosso Ltda Posto Angeloni Auto Posto e Comércio Darolt Ltda Amboni Comércio de Combustíveis Ltda 2/2 Convenções BR – Petrobras BB – Bandeira Branca ES – Esso IP – Ipiranga PO – Polipetro TE – Texaco RD – RDP SH - Shell Endereço Rodovia SC 446 – Km 0 – Mina Brasil. Avenida Centenário, 4222 – São Cristóvão. Av. Centenário, 4650 – São Cristóvão. Coordenadas UTM Av. Miguel Patrício de Souza 150 - Ceara Av. Centenário, 6.500 – Nossa Senhora da Salete. Rua General Osvaldo Pinto da Veiga, 1.410 - Próspera. 660171 6827569 660225 6826394 660430 6826581 660706 6826617 661320 6826448 661656 6825914 661825 6825763 662582 6826216 Osvaldo Pinto da Veiga 1600 Próspera 650986 6823917 Avenida Jorge Elias de Lucca, 550 – Nossa Senhora da Salete. Rua Desembargador Pedro Silva 355 - Comerciário Avenida Santos Dumont, 1987 – São Luiz. Rua Desembargador Pedro Silva, 1.301 – São Luiz. Rua Miguel Patrício de Souza, 1655 - Nossa Senhora da Salete. Rodovia Luiz Rosso, 1124 – Km 01 – São Luiz. Rodovia Luiz Rosso, Km 06 Morro Estevão Rodovia Jorge Lacerda 5100 – Km 05 – Sangão. Rodovia Jorge Lacerda s/n Km 11– Sangão. Rod. Luiz Rosso KM 8 - Quarta Linha Rod. Luiz Rosso, Km 10 - Quarta Linha Rodovia BR 101, Km 392 – Quarta Linha. 662680 6825513 659393 6825866 658767 6825103 659400 6825073 660904 6824608 659361 6823956 659096 6820058 655526 6819352 655229 6818706 659533 6816011 659585 6814572 659533 6812906 Av. Centenário 4942, Próspera. Av. Centenário 5654 - Próspera. 53 Figura 17 - Mapa 1: Localização dos postos de combustíveis no município de Criciúma. 54 5.2 SITUAÇÃO DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL O mapa temático mostra a situação dos postos de combustíveis no município de Criciúma frente ao licenciamento ambiental na FATMA, situação que encontra-se resumida na tabela 4. Tabela 4 – Situação dos Postos de combustíveis de Criciúma em relação ao licenciamento ambiental. Situação Número de Postos Licenciados Licença Vencida 03 06 Processo de Sem processo de Licenciamento licenciamento 27 09 Dos quarenta e cinco (45) postos vistoriados entre os dias 21/08 à 05/09 de 2003, nove (9) possuíam a licença ambiental, sendo que seis (6) estavam vencidas. A tabela mostra que nove (9) postos não têm processo de licenciamento junto a FATMA, enquanto os outros vinte e sete (27) aguardam a análise dos seus processos junto ao órgão ambiental. Na maioria das vezes, os processos acumulam-se na FATMA principalmente pela carência de informações prestadas pelos interessados, falta de documentos necessários a obtenção da licença, como anotação de responsabilidade técnica do engenheiro projetista, comprovante da publicação do pedido da licença, documento da prefeitura municipal informando que a atividade esta localizada em área apropriada, entre outros, além de projetos mal dimensionados, alto custo de implementação das medidas de controle ambientais 55 apresentados nos projetos, somado ao número insuficiente de técnicos na FATMA capacitados para analisar os projetos e realizar as vistorias viabilizando a emissão da licença ambiental. 5.3 DIAGNÓSTICO DOS POSTOS DE CRICIÚMA A tabela 5 apresenta a situação de cada posto de combustível no município frente suas atividades e medidas de controle ambiental, onde pode ser constatado: quantidade de tanques em cada empreendimento, capacidade de armazenamento de combustível, idade dos tanques instalados, a existência de poços de monitoramento (piezômetros) para identificação de contaminação do solo e águas subterrâneas e número de poços piezométricos instalados. Além disso, indica-se também aqueles que realizam lavação de veículos e a existência ou não de estações de tratamento dos efluentes dessa atividade, se o Box utilizado para a troca de óleo esta instalado de acordo com as diretrizes do licenciamento, a existência de calhas de drenagem para águas de pátio e coleta de líquidos ou resíduos derramados, além da impermeabilização do piso. 56 1/1 Onde S: Sim ; N: Não ETE Lavação Box apropriado para troca de óleo Calhas de drenagem Piso Impermeável 15.000 4 anos 10.000 1,5 anos 15.000 6 anos 15.000 5 anos 30.000 3 anos 15.000 7 meses 30.000 1 ano 20.000 3 meses 30.000 3 anos 15.000 1 ano 45.000 4 anos 15.000 6 anos 15.000 1 ano 15.000 5 anos 45.000 10 anos 7.000 7 anos 15.000 3 anos 30.000 15 anos 15.000 4 anos 30.000 7 anos 30.000 1 mês 0 7 anos 0 5 anos 15.000 6 meses 20.000 4 anos 10.000 3 anos 15.000 5 anos 15.000 3 anos 45.000 3 anos 15.000 2,5 anos 30.000 3,5 anos 10.000 3 anos 30.000 10 anos 60.000 5 anos 15.000 7 anos 30.000 5 anos 15.000 12 anos 15.000 4 anos 20.000 4 meses 15.000 10 anos 20.000 1 ano 30.000 6 anos 20.000 2 anos 30.000 4 anos 105.000 12 anos Lavação 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 50.000 45.000 20.000 45.000 45.000 45.000 30.000 15.000 30.000 45.000 45.000 45.000 90.000 60.000 45.000 45.000 45.000 45.000 50.000 45.000 40.000 30.000 60.000 35.000 35.000 45.000 40.000 30.000 60.000 45.000 45.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 30.000 45.000 30.000 Numero de poços 15.000 10.000 15.000 15.000 10.000 10.000 15.000 10.000 15.000 15.000 15.000 15.000 15.000 15.000 15.000 15.000 15.000 25.000 15.000 15.000 15.000 15.000 15.000 10.000 15.000 10.000 15.000 15.000 10.000 15.000 15.000 10.000 15.000 15.000 15.000 15.000 15.000 15.000 10.000 15.000 10.000 15.000 10.000 15.000 15.000 Poço de monitoramento 4 4 5 5 3 5 3 5 4 5 7 6 3 4 7 5 5 10 6 6 3 4 4 5 3 5 4 5 4 4 3 5 5 4 5 6 4 4 4 4 4 5 3 6 10 Diesel Gasolina Posto São Defende Posto Sta Luzia Posto Rio Sangão Posto Santa Augusta Posto Imigrante Posto Santo Agostinho Posto Rio Maina Posto Imola Posto Albino Posto Barp Posto Barp Posto Pinheirinho Posto Esperança Posto Cresciumense Posto Rosso Posto Chairlene Posto Avenida Nosso Posto Posto Tigre Posto São Pedro Posto Central Posto Belluno Posto Rosso Posto Sorato Posto Sorato Posto Nova Europa Posto Rosso Posto Rosso Posto Dário Posto Chile Posto São Pedro Posto Daré Posto Trevo Posto Angeloni Posto Pinheirinho Posto Marcos Posto São Luiz Posto Amboni Pneutur Auto posto Posto Morro Estevão Posto Acesso Sul Posto Forgiarini Posto HG Ltda Posto Fera Posto Rosso Álcool 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 Capacidade de armazenamento (L) Quantidade de tanques Número Nome Fantasia Idade dos Tanques Tabela 5 - Diagnóstico dos tanques de armazenamento de combustíveis e controles ambientais dos postos de combustíveis. S N N N N S S S N S N N N S N N N N S N S N N S S N N S N N S N N S N N N N S N S N S N N 1 0 0 0 0 2 2 4 0 6 0 0 0 4 0 0 0 0 2 0 4 0 0 7 3 0 0 4 0 0 3 0 0 2 0 0 0 0 4 0 2 0 3 0 0 S S S S S S S S S S S N S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S S N S S S S S S S N S S N N N N N S S S S S S N N N N N N S N S N N S N S N S S S S S N S S S S N N S S N N S S N N N S S S S S S N S N N S S S S N S N S S N S S N S S S S N S N S N N N S S N S S N N S S S S S S S S S S N S S S N S N S N S S S S S S S S S S S S N S N S S S S N S S S N N N N N N S S N S S S N N S N N N N N S N S N N S N S N N S S S S N S N N S S S N S S S S N 57 Tabela 6 - Resumo da situação dos postos de combustíveis no município de Criciúma, SC. Itens Observados Tanques com idade idade < 10 anos Poço de monitoramento no mínimo 4 Estação de tratamento de efluentes líquidos* Box apropriado para troca de óleo Piso impermeável Calhas de drenagem Destinação e armazenamento adequado de resíduos sólidos Número de postos Não Atendem % atendem 39 86,66 6 7 15,55 38 21 50 21 28 62,22 17 22 48,88 23 35 77,77 10 0 0 45 % 13,34 84,45 50 37,78 51,12 22,23 100 * Somente quarenta e dois postos do município possuem lavação de veículos. 5.3.1 VAZAMENTOS DE COMBUSTÍVEIS A ocorrência de vazamentos em tanques de armazenamento de combustíveis é um fator que contribui para o risco de explosões e incêndios, além de contaminação do solo e corpos d'água subterrâneos e superficiais como visto anteriormente. Este impacto se torna mais significativo quando observamos o mapa temático, onde a maioria dos postos de abastecimento de combustíveis neste município localizam-se na área central da cidade, densamente povoada, apresentando potencial risco a segurança da população visto que a capacidade de armazenamento dos tanques de combustível quando somados todos postos chega a três milhões e quatrocentos e cinqüenta e dois mil (3.452.000) litros ou três mil quatrocentos e cinqüenta e dois (3.452) m3. 58 De todos postos existentes neste município seis (6) possuem tanques com idade máxima permitido pela FATMA que é de dez (10) anos, considerados velhos, devendo ser substituídos pelos tanques padronizados pela ABNT, também chamados de tanques ecológicos ou enjaquetados. Outro dado importante que deve ser relatado é que somente sete (7) postos possuem o número de poços de monitoramento para detecção de vazamentos que atendem a exigência da CER/SU que determina a instalação de no mínimo de quatro (4). 5.3.2 GERAÇÃO DE EFLUENTES Os esgotos sanitários não foram objeto de estudo a campo devido o seu sistema de tratamento ser de difícil acesso, sendo que as informações foram obtidas através dos proprietários ou responsáveis dos postos entrevistados. Alerta-se para o fato que estas informações podem ter sido distorcidas comprometendo assim a veracidade do diagnóstico frente a essa informação. Dentre os postos existentes neste município quarenta e dois (42) possuem lavação e somente vinte e um (21) possuem estação de tratamento. Para cálculo da geração média de efluentes nesta atividade, estimou-se a lavagem de quinze (15) veículos diariamente em cada posto de combustível instalado em 59 Criciúma, sendo que o consumo médio de água por veículo de acordo com NUNES (2001) é de seiscentos (600) litros. Com estes dados é possível estimar o consumo de água e a geração de efluentes líquidos diários na lavação de veículos nos postos de combustíveis de Criciúma. Média de veículos lavados por dia = 15 / posto de combustível Consumo de água por veículo = 600 l / veículo Postos com lavação = 42 15 veículos diários X 600 l/veículo = 9.000 l ou 9 m3/ dia x posto 42 postos x 9.000 l diários = 378.000 l / dia ou 378 m3/ dia Este valor quando somado a água consumida na limpeza do posto torna-se significativo e deve ser considerado no dimensionamento da estação de tratamento. Durante o cadastramento dos postos, selecionou-se duas (2) estações de tratamento de efluentes para avaliar sua eficiência, desta forma estes dois (2) sistemas de tratamento foram amostrados, conforme mencionado em materiais e métodos. As amostras foram coletadas na entrada e saída de cada uma das estações de tratamento. Os resultados obtidos foram comparados aos padrões de emissão de efluentes previstos no artigo 21 da Resolução CONAMA 020, de 18 de junho de 1986 (FATMA 2002) e no artigo 19 do Decreto Estadual 14250, de 5 de junho de 1981 (FATMA 2002), sendo que o efluente lançado deve atender os padrões de emissão exigidos pela legislação mais restritiva. 60 Os rios do município de Criciúma são classificados como classe II segundo a PORTARIA No 024/79 (FATMA, 2002), que enquadra os cursos de água do Estado de Santa Catarina. A tabela 7 apresenta os resultados obtidos na amostragem e a eficiência da estação de tratamento frente aos parâmetros analisados com base na legislação vigente. Tabela 7 - Resultados obtidos no efluente bruto e tratado em dois postos de abastecimento amostrados. Efluente Final Fenóis (mg.L-1) Óleos e graxas (mg.L-1) Posto Barp Efluente Bruto Sólidos sedimentáveis (mL.L-1) Sólidos suspensos (mg.L-1) Sólidos totais (mg.L-1) Substâncias tensoativas (Detergentes) (mg.L-1) pH d1 d1 0,9 1,0 0,5 0,6 - - 594 561 226 217 - - 792 768 338 353 - d 2,0 10,9 10,4 6,8 2 5a9 6a9 6,3 6,7 6,1 6,4 - d 0,2 < 0,1 0,1 0,3 < 0,1 d 20 d 20 48 3 583 <1 CONAMA Decreto 20 14250 Efluente Final Parâmetros Efluente Bruto Posto Sorato Dentre os parâmetros amostrados nas duas estações, pode-se observar uma boa eficiência na remoção de óleos e graxas, enquanto que para detergentes, somente o tratamento do Posto Barp mostrou-se eficiente. Os resultados mostram que o sistema de tratamento utilizado neste posto é mais eficiente que o adotado pelo Posto Sorato, provavelmente pelo fato deste sistema de tratamento ser adotado de: caixa de areia, 61 separador água e óleo e filtro de areia, enquanto o Posto Sorato adota somente a caixa de areia e separador de água/óleo. O efluente que passa pelo filtro de areia é mais clarificado que aquele proveniente do separador água/óleo, provavelmente porque detém também partículas suspensas finamente divididas e que não se sedimentam na caixa de areia, além de remover partículas de óleos emulsionados devido à presença de detergentes e que não são removidos no separador. Com esta amostragem fica comprovado que o sistema de tratamento destes efluentes deve ser composta por caixa de areia, separador água e óleo e filtro de areia, pois quando bem dimensionados atendem aos padrões de emissão fixados pelo artigo 21 da Resolução CONAMA 20/86 e do artigo 19 do Decreto 14250/81. A CER/SU com base nos resultados da amostragem destes efluentes passou a exigir para a renovação ou emissão de novas licenças ambientais dos postos de abastecimento de combustíveis caixa de areia, separador água e óleo e filtro de areia, visto que anteriormente a obrigatoriedade dava-se somente a caixa de areia e separador água e óleo. 5.3.3 BOX PARA TROCA DE ÓLEO 62 Dentre os postos vistoriados vinte e oito (28) possuem box fechado, com piso impermeável, calhas de drenagem e tanque subterrâneo de armazenamento de óleo. Os postos deste município vendem o óleo usado retirado dos veículos e da estação de tratamento para as refinarias onde as mesmas fazem o recolhimento. 5.3.4 PISO IMPERMEÁVEL E CALHAS DE DRENAGEM Dos quarenta e cinco (45) postos vistoriados somente em vinte e dois (22) possuem piso impermeável para evitar possíveis infiltrações de líquidos derramados. As calhas de drenagem são adotados por trinta e cinco (35) postos, sendo que destes uma parcela não possui as calhas de drenagem em todos os lugares exigidos pela FATMA. 63 5.3.5 RESÍDUOS SÓLIDOS Os postos de combustíveis deste município não fazem separação dos resíduos sólidos, estes são armazenados em tonéis ou sacos, e posteriormente são recolhidos pela prefeitura municipal, apesar da determinação da FATMA de que os resíduos classe I devam ser encaminhados para aterro industrial, enquanto os resíduos classes II e III para aterros sanitários. Nas licenças emitidas aos postos de abastecimento de combustíveis após o início desse diagnóstico, a CER/SU passou a exigir o comprovante de encaminhamento dos resíduos: para óleo usado, embalagens vazias contaminadas e areias do sistema de tratamento para aterro de resíduo industrial devidamente licenciado ou emprese de reciclagem também licenciada no órgão ambiental. 64 Figura 18 - Resíduos gerados nos postos de abastecimento de combustíveis. Figura 19 - Embalagens de óleos lubrificantes tecidos, plásticos, papéis entre outros resíduos. 65 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS A FATMA órgão estadual responsável por licenciar e vistoriar as atividades potencialmente causadoras de degradação ambiental através do licenciamento ambiental, têm o licenciamento como instrumento de controle sobre estas atividades. As exigências estabelecidas por leis, resoluções, decretos, normas, em fim, não são seguidas em sua totalidade, algumas vezes por sua complexidade, por serem rigorosas e de difícil entendimento. A falta de recursos financeiros, insuficiência de funcionários capacitados, grande número de atividades que necessitam de licenciamento, diversidade de atribuições, falta de fiscalização, somado aos interesses políticos e financeiros são fatores que prejudicam a eficiência da FATMA no controle à poluição. Com os postos de combustíveis não é diferente, observou-se um grande número destes estabelecimentos funcionando sem controle ambiental e sem o devido licenciamento ambiental. Ressalta-se que nenhum posto deste município atende todas as exigências da CER/SU, inclusive os três postos que estavam licenciados durante a vistoria. 66 Um trabalho sério voltado as questões ambientais tem que ser objeto de interesse de todos, principalmente dos representantes públicos, para que a FATMA tenha suporte e infra-estrutura para realizar em todas atividades passíveis de licenciamento ambiental, vistoria, fiscalização e as exigências das medidas de controle a poluição, acima de qualquer interesse político e financeiro. 67 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABNT. 1987. Resíduos Sólidos – Classificação. Rio de Janeiro (NBR 10004). 49p. ABNT. 1990. Armazenamento de resíduos classes II – não inertes e III – inertes. Rio de Janeiro: (NBR 11174). 7p. ABNT. 1995. Projeto, construção e operação de unidades de tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos de tanques sépticos. Rio de Janeiro: (NBR 7229). 57p. ABNT. 1997. Detecção de vazamento em postos de serviço. Rio de Janeiro: (NBR 13784). 8p. ABNT. 1997. Instalação hidráulica de tanque atmosférico subterrâneo em postos de serviço. Rio de Janeiro: (NBR 13783). 3p. ABNT. 1997. Tanques sépticos - Unidades de tratamento complementar e disposição final de efluentes líquidos – Projeto, construção e operação. Rio de Janeiro: (NBR 13969). 60p. ABNT. 2000. Posto de serviço - Poço de monitoramento para detecção de vazamento. Rio de Janeiro: (NBR 14623). 4p. ABNT. 2000. Posto de serviço – Sistema de drenagem oleosa. Rio de Janeiro: (NBR 14605). 2p. ABNT. 2001. Posto de serviço - Seleção de equipamentos e sistemas para instalações subterrâneas de combustíveis. Rio de Janeiro: (NBR 13786). 111p. ALEXANDRE, Nadja Zim, NOSSE, Eduardo Oliveira. Fontes de Poluição no Município de Criciúma SC. Porto Alegre: CPRM, 1995. 55p. 68 American Public Health Association. Standard methods for the examination of water and wastewater. 20a ed. Washington: APHA, 1998. BAIRD, Colin. Química Ambiental. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2002. 621 p. FATMA. 2002. Coletânea da Legislação Ambiental Aplicável no Estado de Santa Catarina. Florianópolis. 520 p. IMHOFF, Karl e Klaus R. Manual de Tratamento de Águas Residuárias. São Paulo: Edgard Blücher, 1986. 301p. MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 7. ed., São Paulo: Malheiros, 1998. 893 p. NUNES, José Alves. Tratamento Físico-Químico de Águas Residuárias Industriais. 3. ed., Sergipe: Triunfo, 2001. 277 p. PESSÔA, Constantino Arruda, JORDÃO, Eduardo Pacheco. Tratamento de Esgotos Domésticos. 2. ed. Rio de Janeiro: ABES, 1982. 1 Volume. 536 p. 69 ANEXO 1 – QUESTIONÁRIO 70 Questionário Postos de Combustíveis no Município de Criciúma Nome Fantasia:__________________________________________________________ Razão Social:_____________________________________________________________ Endereço:________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ CNPJ:_________________________ Tel:___________________________ Proprietário: _____________________________________________________________ Responsável:_____________________________________________________________ Licença? LP LI LO Não Possui Vencimento _____/_____/________ Lavação? Sim Não Sistema de tratamento efluentes líquidos? Gradeamento Caixa de areia Filtro de areia Não possui Separador de água/óleo Sistema tratamento do Esgoto Sanitário? Caixa de gordura Fossa Séptica Filtro Anaeróbio Sumidouro 71 Quantidade de tanques: ____________________ Idade dos Tanques:______________ Capacidade de armazenamento(L): Álcool____________ Gasolina____________ Diesel____________ Área do posto possui calhas de drenagem? Sim Não Área do posto possui piso impermeável? Sim Não Poço para monitoramento (piezômetros)? Sim Não Quantos? ____________ Box apropriado para troca de óleo (local fechado e impermeabilizado)? Sim Não Não realiza troca de óleo Separação de resíduos sólidos? Sim Não Destinação dos resíduos sólidos? _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 72 ANEXO 2 - ANÁLISE DOS EFLUENTES