quebras de paradigmas sociais através das referências culturais

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quebras de paradigmas sociais através das referências culturais
QUEBRAS DE PARADIGMAS SOCIAIS ATRAVÉS DAS REFERÊNCIAS
CULTURAIS
Rafael Yudi Faria Yaedú
Introdução
A moda é um veículo condutor de vários produtos, dentre eles, roupas. Todavia sua
causa social e seu efeito sobre a sociedade se impõem acima de um mero produto.
Estes, neste projeto, representarão a libertação de um ser contido, devido as
“normas” sociais, através de suas referências culturais, instigando a liberdade de expressão
e conduzindo a sua auto afirmação.
Materiais e métodos
Através dos recursos virtuais e seus aplicativos foi efetuada uma pesquisa vasta em
sites e uma comunicação critica com grupos que já aderiram os movimentos através de
fórum.
Pesquisas qualitativas também foram realizadas para verificar a viabilidade e
aceitação social.
Resultados e Discusão
Na moda e nas empresas de confecção moderna os elementos do design vão além
de combinações harmoniosas das cores, dos tecidos e da modelagem na concepção de
coleção, estes ingredientes embora essenciais na coordenação de produtos estejam
associados aos quesitos de qualidade.
A gestão de moda moderna possui outras características que vão além da qualidade,
como exemplo, a imagem de uma marca, em todos seus aspectos – formais e estéticos. Em
sua visão empresarial envolvem aspectos relacionados à inovação e modernidade da
empresa.
Dentro deste contexto, o desenvolvimento comercial de uma marca torna-se um
ponto principal, sendo a essência, ou seja, o estilo que se é transmitido através da
identidade da empresa. Esta está ligada a dois fatores: inovação e reinvenção.
Este projeto visa uma mudança no comportamento social através da inserção de
uma nova marca no mercado confeccionista, ao qual, trazendo em referências culturais um
novo estilo de vida e uma nova visão de sociedade.
Esta, inspirada nas tradições japonesas e seus movimentos atuais ao qual a
libertação do “eu” se fazem presentes.
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Centro Universitário de Maringá – Coordenação de Moda
Avenida Guedner 1610 Jd. Aclimação – Maringá-Pr
A “nação suicida” (japoneses), devido sua decadência econômica após seu boom
nos anos 90, teve uma repercussão mútua, tudo explodiu na cabeça do pai de família e isso
refletiu nas atitudes de seus adolescentes, filhos destes pais desesperados com as finanças
da família.
Esta situação não se faz tão drástica aqui no Brasil, mas as condições financeiras
sim, isso também está refletindo nos adolescentes, os quais buscam um refúgio para a suas
condições.
Esta está muito ligada a sua visão mundial, onde sua inclusão social é essencial.
Desta forma, a busca por sua identidade fica abalada, entretanto se faz necessário
movimentos onde se unam estas necessidades da sociedade atual, um conjunto entre a
inclusão social e a liberdade de se expressar individualmente, se tornando um ser único,
mas aceito pela sociedade.
“... às diferentes posições que os grupos ocupam no espaço social correspondem
estilos de vida, sistemas de diferenciação que são a retradução simbólica de diferenças
objetivamente inscritas nas condições de existência” (Boudieu, 1983: 82).
Não se trata de movimentos rebeldes como os da década de oitenta, nem na
construção de “cyborgs” como na concepção da socióloga e feminista Donna Haraway.
Trata-se de um movimento onde o gênero é desligado do biológico e a estética humana se
torna um fator indiferente.
Longe de sermos pessoas fantasiosas, mas pessoas de mentes abertas para o novo,
o inovador e pela expressão de um ser como único sem perder a sua unidade social. Devido
a isso, para a facilidade de sua inclusão, suas referências culturais são presentes, onde sua
origem se torna o ponto inicial para sua expressão.
Baseado nos movimentos ocorridos no Japão, um ponto que chama a nossa atenção
são os adolescentes de Harajuku e Shibuya, bairros de Tóquio, onde nas manhãs de
domingo suas ruas e praças se transformam em verdadeiras passarelas, com desfile de
modelos exóticos, bizarros e divertidos. Suas expressões e ousadias são pacíficas e não
chegam a afetar o convívio entre os mais variados grupos no mesmo espaço. Sem
confrontos ou provocações.
Estes parâmetros que nos levam a fazer este projeto, ao qual este movimento
japonês se torna referência para ser incluído esta livre forma de expressão e identidade em
meio a sociedade brasileira.
Marcas de moda brasileiras e porque não dizer mundiais – exceto as japonesas ainda não alertou para estes movimentos como uma forma social, apenas como estética.
Numa pesquisa de mercado nacional, foram encontra das três marcas que
comercializam suas peças somente através de e-commerce, elas especializadas no estilo
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cosdplay (estilo que imitam personagens de desenhos animados – mangás) onde seu maior
número de vendas é dos acessórios, são elas: Hellayu, Marimoon e Gamblers.
Em nível continental tem a recém lançada marca L.A.M.B., da cantora Gwen Stefani,
onde trás roupas para o dia-a-dia e somente com acessórios homenageando as garotas de
Harajuku. Outra grande força, esta já mundial, é o Atelier BOZ, marca japonesa
especializada em Gothic Lolita (uma fusão de estilo rebelde gótico com a ninfeta lolita –
aspecto de boneca).
Outras referências mundiais: Alice Auaa, A Lidel, Angelic Pretty, Atelier Pierrot, Baby,
The Star, hine Bright, Black Peace Now, Body Line, Candy Fruit, Emily Temple, Cute,
Excentrique, Elements, HeartE, h.NAOTO, ID-Japan, Innocent World, Jane Marple, Juliette
et Justine, Kazuko Ogawa, MA/MAM, Mari's Rock, Marble, Mary Magdalene, Metamorphose,
Miho Matsuda, Mille Fleurs, Moi-meme-Moitie, Na+H, Putumayo, Suppurate System, Shirley
Temple, Union Jack ,Victorian Maiden e Visable. Em sua maioria, seu forte é e-commerce.
Após a análise destas marcas, foi notada a especialização nelas em um ou dois
estilos de Harajuku, nenhuma delas possui um estilo adaptado a um ambiente fora do
Japão. Nesta conclusão, o diferencial é adaptar os movimentos de estilos como razões
sociais e culturais.
A aceitação da sociedade pode ser uma ameaça para uma marca, pois confiança e
credibilidade têm que ser conquistadas, para isso, produtos possuirão um diferencial e uma
autenticidade explicita, valorizando a cultura além de obrigatoriamente estar na mídia, fonte
de acesso mais rápido ao maior número de pessoas.
Desde o final da Segunda Grande Guerra, o ritmo alucinante caracteriza o cenário
urbano, tal andamento frenético, funde-se de forma quase natural com a curiosidade inata
da população pela novidade, atingindo todos os dias o seu clímax.
O desejo reprimido de expressarem-se como indivíduos satisfaz esta poderosa
urgência pela concretização de suas mais profundas fantasias.
A liberdade de expressão própria está crescendo rapidamente, podemos esperar que
as pessoas sejam seduzidas por cada tecnologia histórica, cultural, sexual e no futuro,
recursos genéticos que acrescentem a seu repertório de ferramentas de expressões
próprias.
Referências Bibliográficas:
BOUDIEU, P. Gostos de Classe, Estilos de Vida. In: ORTIZ. R. (org). Pierre Boudieu. São
Paulo: Ática, 1983.
KOTLER, P. e ARMSTRONG, G; Princípios de Marketing, 7ª edição, Editora Prentice-Hall do
Brasil Ltda, Rio de Janeiro, 1995.
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