Egito quer fortalecer relação econômica
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Egito quer fortalecer relação econômica
Egito quer fortalecer relação econômica ANBA (Agência de Notícias Brasil-Árabe) - 1/6/2009 Reforçar a cooperação na área econômica e de investimentos entre o Brasil e o Egito é o principal objetivo da delegação egípcia que estará em São Paulo esta semana. Ela é formada por representantes da agência de promoção de investimentos (Gafi, na sigla em inglês), da agência de desenvolvimento industrial (IDA), da Bolsa de Valores do Cairo, além de outros órgãos e empresas do país árabe. “Uma das prioridades da política egípcia é o aprofundamento das relações econômicas e políticas com o Brasil”, disse o conselheiro comercial da embaixada egípcia e chefe do escritório comercial do Egito em São Paulo, ministro plenipotenciário Mahmoud Mazhar. Segundo ele, os dois países ocupam posições de liderança em suas respectivas regiões e são potências econômicas emergentes. Para a vice-presidente da Gafi, Nevin Alshfei, chefe da delegação, os participantes vão explorar as oportunidades de investimentos e de criação de parcerias entre empresas egípcias e brasileiras. “Vamos tentar trabalhar particularmente com empresas dos setores têxtil, alimentício, de autopeças, de tecnologia e de equipamentos médicohospitalares”, afirmou. Companhias interessadas em comparecer aos encontros ainda podem se inscrever (veja contato abaixo). Mazhar lembrou de parcerias já em andamento entre empresas dos dois países, como a fábrica de material elétrico em Minas Gerais criada por meio de uma joint-venture entre o grupo egípcio El-Sewedy e a brasileira Damp Electronics; e a linha de montagem de ônibus em Suez, no Egito, resultado de uma parceria entre a Marcopolo e a Ghabbour Auto. Para o diplomata, o Egito pode servir de plataforma de exportação para empresas brasileiras que queiram atingir mercados na África, Oriente Médio e Europa, por causa dos acordos de comércio que o país tem; assim como o Brasil pode ser um pólo para companhias egípcias interessadas no mercado sul-americano. Ele citou ainda outros setores passíveis de parcerias, como os de couros, mármore e fertilizantes. A delegação egípcia terá, de hoje até sexta-feira, encontros com companhias e entidades brasileiras na sede da Câmara de Comércio Árabe Brasileira. A agenda foi organizada pela Câmara Árabe e pelo escritório comercial do Egito em São Paulo. Estão marcadas reuniões com representantes da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e dos ramos de equipamentos médicos e odontológicos, autopeças, têxteis e alimentos. Fora da Câmara estão programadas visitas à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), Banco ABC Brasil, ao escritório do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a outras instituições. Bolsa Nevin Alshfei, da Gafi, acrescentou que há um grande interesse em promover uma maior aproximação na seara do mercado financeiro, daí a visita à Bovespa. “Por essa razão nos acompanha também o vice-presidente da Bolsa de Valores do Cairo, Mohammad Omran”, declarou. Omran disse que, no início de maio, o embaixador brasileiro no Cairo, Cesário Melantonio, e o ministro egípcio dos Investimentos, Mahmoud Mohieldin, discutiram a necessidade da adoção de medidas para estimular a cooperação no setor de investimento entre os dois países, como acordos de intercâmbio de informações técnicas. “Nos encontraremos com responsáveis da Bovespa, considerada uma das maiores bolsas de valores do mundo e que tem diversas experiências que nos interessam bastante no Egito”, disse. Ele acrescentou que um dos principais temas de discussão com seus colegas brasileiros serão os mecanismos para conter os efeitos da crise econômica mundial nas bolsas do Brasil e do Egito. “Esperamos poder desenvolver vias sólidas de cooperação para lidar com essa questão”, afirmou. “Queremos conhecer um pouco das suas experiências e o que foi feito nas entidades financeiras brasileiras para tratar da questão da crise no último ano”, declarou. Para Omran, a aproximação se enquadra num interesse crescente do governo egípcio em aumentar o número de parceiros do país nas áreas de finanças e investimentos. “Há alguns anos nossos interesses se concentravam nos países da Europa Ocidental e no Estados Unidos. Hoje o que está ocorrendo é que estamos nos dirigindo a países menos tradicionais, dentre os quais estão vários países latino-americanos, como o Brasil e o México, que são atualmente duas economias bastante importantes no contexto mundial”, destacou. Fornecedores Segundo Ashraf Dueidar, da agência de desenvolvimento industrial, a participação de sua entidade na missão faz parte de uma estratégia destinada a buscar fornecedores para grandes empresas que trabalham no Egito e exportam seus produtos para outros destinos, como Europa, países árabes e africanos. “Na indústria automobilística, por exemplo, vamos buscar o fornecimento de autopeças brasileiras para empresas como a General Motors, que já fabricam automóveis aqui no Egito. Queremos fornecedores brasileiros, pois isso ajudará a tornar os preços dos veículos mais competitivos e facilitará a exportação para outros países desta região”, disse Dueidar. Mahmoud Mazhar destacou que a missão tem também entre seus objetivos o incentivo ao comércio. O diplomata Mazhar acrescentou que, durante a visita, deverão ser assinados memorandos de entendimentos com a Apex, a Bovespa e o Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores). “O estabelecimento de novas pontes de fortalecimento das relações políticas e econômicas entre o Brasil e o Egito poderão servir de base para outros países árabes”, concluiu. Mais informações Câmara de Comércio Árabe Brasileira Departamento de Marketing Tel: (11) 3147-4071 / 72 E-mail: [email protected]